16
03 • JUNHO 2016 Boletim Informativo da Associação de Municípios Portugueses do Vinho www.ampv.pt facebook.com/ampvinho Portugal na liderança da Recevin Francisco Lopes (Lamego) José Calixto (Reguengos de Monsaraz) Pedro Ribeiro (Cartaxo) Álvaro Amaro (Palmela) Todos os municípios da AMPV passam a ser associados desta Rede Europeia de Cidades do Vinho Capoulas Santos Entrevista ao Ministro da Agricultura Rede de Museus do Vinho Projetos e prioridades para 2016

Boletim AMP Vinho n.º 03 – Junho 2016

  • Upload
    ampv

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Boletim informativo da Associação de Municípios Portugueses do Vinho

Citation preview

№ 03 • junho 2016

Boletim Informativo da Associação de Municípios Portugueses do Vinho

www.ampv.pt facebook.com/ampvinho

Portugal na liderança daRecevin

Francisco Lopes (Lamego) josé Calixto (Reguengos de Monsaraz)

Pedro Ribeiro (Cartaxo) Álvaro Amaro (Palmela)

Todos os municípios da AMPV passam a ser associados desta

Rede Europeia de Cidades do Vinho

Capoulas SantosEntrevista ao Ministro da Agricultura

Rede de Museus do VinhoProjetos e prioridades para 2016

nove anos se passaram sobre a criação da AMPV - Associa-ção de Municípios Portugueses do Vinho. Foram anos de inten-so trabalho e contínuo esforço no sentido de apoiar e elevar um dos produtos que mais tem contribuído para a distinção do nome de Portugal.

Se, por um lado, a evolução tecnológica já estava em cam-po, o certo é que já no campo havia naturalmente condições edafoclimáticas, fundamentais à produção de qualidade que a técnica se encarregaria de afinar.

Reunidas estas condições, os municípios, através da AMPV, aceitam o desafio de acarinhar e promover os seus vinhos, quais gestores de territórios definidos e singularizados nos seus hábitos e costumes. Associam-se à AMPV, na promoção de festas, feiras, simpósios, debates, reuniões e congressos à volta deste produto tão agregador como diferenciador. A pro-blemática do vinho, desde a sua produção ao consumo mode-rado, é debatido um pouco por todo o lado. É de facto um tema transversal ao país. 

Conscientes da importância deste tema e deste produto, a AMPV cresce em número de municípios, multiplicam-se os contactos ao nível nacional e internacional e a relevância da associação aumenta.

hoje, nove anos após a criação da AMPV, com uma cober-tura integral do país continental e insular, os municípios do vi-nho constituem-se como uma força a ser ouvida e respeitada.

A AMPV assume a liderança das expectativas e persegue as resoluções de problemas atuais e novos que sempre surgirão.

As Rotas dos Vinhos, o consumo moderado, a promoção de concursos nacionais e internacionais são apenas alguns desa-fios, entre muitos, que temos todo o prazer de enfrentar.

o vinho é vida, e como diz o poeta “o mundo pula e avança”, não temos a pretensão de pular tanto como a própria vida mas nada nos impede de tentar.

um brinde com moderação e consciente ao futuro da AMPV, aos municípios e, sobretudo, ao Vinho.

Bem-haja a todos

PEDRO MAGALHÃES RIBEIROPresidente da AMPV

Propriedade: AMPV - Associação de Municípios Portugueses do VinhoTorreão do Mercado MunicipalApartado 55, 2071-909 CartaxoNIF: 508 038 430

Diretor: Pedro Magalhães RibeiroEditor: José Arruda

Redação: Ana FernandesDesign e Paginação: Sandro Funina

Impressão: FIG – Indústrias Gráficas, SATiragem: 1000 exemplaresPeriodicidade: semestralDepósito Legal: 394397/15ISSN 1647 - 3108

AnIvERSáRIO AMPvPRéMIOS PREStíGIO

nOtA DE ABERtuRA

FIcHA técnIcAAMP vinho - boletim informativo

AMPV comemorou 9º aniversário

A AMPV – Associação de Municípios Portugueses do Vinho comemorou no dia 30 de abril o seu 9.º aniversário com a entrega dos Prémios Prestígio, que homenage-aram Vasco d’Avillez como Personalidade do Ano 2015 e a Associação Portuguesa de Enologia (APE) como Enti-dade do Ano 2015. Na sessão

comemorativa, que teve lu-gar no Cartaxo, no decorrer de mais uma edição da Fes-ta do Vinho, o presidente da AMPV, Pedro Magalhães Ribeiro, destacou “o papel fulcral dos municípios na promoção e preservação da identidade e da cultura dos territórios com forte tradição vitivinícola”.

Edição № 03 / junho 2016

◆ VASCo d’AViLLEz RECEBEu o PRÉMio dE PERSonALidAdE do Ano

◆ AMPV diStinguE ASSoCiAção PoRtuguESA dE EnoLogiA CoMo EntidAdE do Ano

A AMPV quer continuar a afirmar-se cada vez mais, tanto a nível nacional como a nível internacional

amp vinho2 boletim informativo

MInIStRO DA AGRIcuLtuRA, FLOREStAS E DESEnvOLvIMEntO RuRAL

“O programa VITIS permitiu reestruturar mais de um terço da nossa área vitícola”

Na sua opinião, o que poderão fazer as regiões vitivinícolas para afirmarem ainda mais a qualidade do seu vinho?

Cada região tem autono-mia e capacidades próprias para definir a estratégia que considera mais adequada para promover os seus vi-nhos, não deixando certa-mente de se inspirar nos bons exemplos nacionais e inter-nacionais.

Que contributo pretende dar o Mi-nistério da Agricultura no sentido de assegurar a continuidade do cres-cimento das exportações de vinho, considerando também a evolução dos mercados emergentes?

O Ministério continuará a aplicar, como tem vindo a ser feito até aqui, os instrumen-tos colocados à disposição do setor, designadamente o PDR 2020 e o Programa VITIS. Quanto a este último progra-ma, estou a bater-me, em Bruxelas, pela sua continui-dade e financiamento para além de 2018, ano previsto para o seu termo.

O Programa de Reestruturação da Vinha veio trazer alterações substan-ciais à viticultura nacional. Que resul-tados mais significativos se estão a verificar?

Tenho orgulho em ter esta-do associado ao VITIS já lá vão uns 15 anos. Este programa é hoje considerado, justamen-te, o programa comunitário agrícola de maior sucesso e são evidentes os seus resul-tados. Através dele, foram injetados no setor mais de 550 milhões de euros e foi re-estruturada mais de um terço da nossa área vitícola.

O enoturismo tem registado uma pro-cura bastante significativa por parte dos turistas estrangeiros. Como é que vê o aproveitamento desta oportuni-dade de negócio por parte dos agentes do setor e de novos empresários?

Com muito agrado. O vi-nho é talvez, dos produtos agrícolas, aquele que maior associação tem à cultura e às tradições de Portugal e da Eu-ropa. Hoje, o turismo cultu-ral tem uma procura crescen-te entre nós. A conjugação da produção, transformação e degustação do vinho com elementos culturais e com o próprio turismo cultural é de extrema importância para a criação de riqueza nas regiões e para a promoção do consu-mo de vinho.

Prémios Prestígio

Vasco d’Avillez é presiden-te da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa e foi ho-menageado pela sua longa e preenchida carreira de mais de 40 anos de dedicação ao setor do vinho. Já foi presi-dente da Viniportugal, dire-tor do grupo Symington, Port and Madeira Shippers e vice--presidente de A. A. Cálem & Filho, Lda. A Associação Portuguesa de Enologia (APE) foi distinguida com o prémio Entidade do Ano 2015, entre-gue ao presidente da associa-ção, António Ventura. A APE promove há mais de 35 anos o conhecimento e o prestígio do vinho, através das suas ações e atividade. É membro efetivo da Union Internationale des Oenologues.

AMPV em crescimento

A AMPV conta com cerca de 70 municípios associados e tem vindo a afirmar-se cada vez mais, tanto a nível na-cional como internacional. Como exemplos de projetos de sucesso, destaque para a Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal, a Rede das Aldeias Vinhateiras de Portugal, a Rede de Museus do Vinho, a Cidade do Vinho ou o Concurso nacional da Rainha das Vindimas. A ní-vel internacional, a AMPV tem assumido uma repre-sentação cada vez mais sig-nificativa, reforçada recen-temente com a presidência da Recevin. detém ainda a presidência da Aenotur e a vice-presidência da iter Vi-tis e da Retecork.

Ministro está a desenvolver esforços em Bruxelas para dar continuidade ao Programa VitiS para além de 2018

O vinho é talvez, dos produtos agrícolas, aquele que maior associação tem à cultura e às tradições

Luís capoulas SantosMinistro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural

3

Quais são as principais prioridades da Rede de Museus Portugueses do Vinho (RMPV) neste momento?

A primeira prioridade será operacionalizar a RMPV, pas-sar do quadro de intensões para ações concretas que pos-sam beneficiar os museus do vinho em Portugal e que ajudem a proteger e divulgar o legado cultural do vinho. Para isso, vai ser necessário estabelecer os princípios de funcionamento da RMPV e os objetivos a que se propõe. É de salientar que a RMPV tem uma feição informal, até vo-luntária, o que obriga que se estabeleça uma base de en-tendimento forte e concerta-da para que a articulação en-tre os museus funcione e com isso todos possamos verda-deiramente beneficiar dela. Neste quadro de prioridades, torna-se essencial também fazer o levantamento da rea-lidade dos museus do vinho portugueses. Estabelecer um diagnóstico atual a partir da constituição de um observató-rio sistematizado e atualizado das evoluções e involuções do panorama museológico do vinho. Este barómetro é essencial para implementar

programas e definir estraté-gias para os museus. Torna-se importante conhecermo-nos melhor para que a articula-ção em rede de facto funcio-ne. Uma das sensações que ficam hoje é que na realidade conhecemo-nos ainda pou-co, raramente nos visitamos e quase nunca partilhamos projetos, coleções, know-how técnico, etc. É uma priorida-de da rede alterar este prisma e constituir uma plataforma mais eficiente de partilha e desenvolvimento de projetos articulados. Isto só se faz co-nhecendo a realidade.

Que contributo poderão dar estes espaços museológicos no sentido de alcançar uma maior dinâmica?

O panorama museológico português evoluiu bastante nas últimas duas décadas. Os museus do vinho, tal como os seus congéneres de outras temáticas, têm vindo a acom-panhar esta mudança. Quero dizer com isto que muita des-sa dinâmica já existe. Sim-plesmente às vezes é pouco vi-sível e com dificuldade em se expressar na crescente com-petitividade que sentimos no setor cultural. Penso que

este é um dos pontos em que a RMPV pode ter um papel crucial. Ajudar a tornar mais visível o dinamismo já exis-tente dos museus do vinho e ver reconhecido o seu con-tributo no seio dos museus portugueses. Ao contrário de uma rota que é sobretudo um mecanismo funcional (os agentes têm que estar a ope-rar para ela funcionar), uma rede é essencialmente uma plataforma estruturante, ou seja, deve existir para garan-tir e promover uma série de condições essenciais para o desenvolvimento operacional dos museus. Um género de “back office” de garantia de qualidade e operacionalida-de. Penso mesmo que os mu-seus terão um papel essencial na sobrevivência futura das rotas do vinho, sobretudo porque têm uma função liga-da ao serviço público de cultu-ra que os produtores não têm, porque não se podem desligar da sua vocação essencialmen-te empresarial. A rede alberga um universo multidisciplinar de museus, vamos do museu clássico a outras estruturas patrimoniais importantes no contexto histórico do vinho

português, como a Quinta do Sanguinhal ou espaços muito recentes como o Centro Inter-pretativo e de Promoção do Vi-nho Verde de Ponte de Lima. Esta opção abrangente, não restritiva mas antes inclusiva do património do vinho, pode ser uma mais-valia para al-cançar o objetivo da dinami-zação que se sustenta muito pela diferenciação.

Que tipo de projetos poderão ser im-plementados por esta rede a curto prazo?

O principal projeto é ala-vancar a RMPV, estruturá-la e operacionalizá-la. Atualmen-te estamos a elaborar a carta de princípios da rede que será apresentada em breve aos parceiros. Simultaneamente queremos dar visibilidade à rede, que é o mesmo que dar mais visibilidade aos museus e às suas iniciativas, com a ativação de um site que será financiado pela AMPV. Gos-taríamos, já em 2016, de ver implementada uma relação mais estreita entre os museus que potenciasse projetos de parceria. A concretização de um espírito de partilha real, onde a concertação e a soli-

REDE DE MuSEuS PORtuGuESES DO vInHO

Alberto GuerreiroMuseólogo no Museu do Vinho de Alcobaça e Coordenador da Rede de Museus Portugueses do Vinho

“Uma plataforma mais eficiente de partilha e desenvolvimento de projetos articulados”

amp vinho4 boletim informativo

dariedade técnica e institu-cional se implemente, é um dos nossos grandes objetivos já para este ano. Gostaríamos também de ver alargado o espetro das instituições en-volvidas neste processo. Dar jus ao espírito abrangente e inclusivo da rede e ver asso-ciados mais parceiros fora do âmbito municipal e incluir mais espaços de outros con-textos e tutelas (como por exemplo as caves do Douro). Finalmente, perspetivamos a organização de um encontro nacional dedicado aos mu-seus do vinho.

Como caracteriza os museus nacionais dedicados à temática do vinho e que preocupações são mais relevantes?

As preocupações que in-cidem nos museus do vinho não são muito diferentes daquelas que afetam os res-tantes museus do país. Os problemas da museologia em Portugal são transver-sais e estruturais: tais como, um certo distanciamento das tutelas, a falta de dota-ção orçamental, lacunas de relevo ao nível dos quadros de pessoal técnico e espe-cializado, dificuldades no

cumprimento das funções museológicas (investigação, inventário, conservação, ex-posição). Aqui a RMPV pode ter um papel fundamental através do espírito solidário e concertado que queremos implementar, podendo a rede dar apoio em áreas que os museus tenham dificul-dade e fomentar parcerias de cooperação técnica entre os museus aderentes. Por outro lado, a rede deve acompa-nhar o panorama e sinalizar as dificuldades e oportunida-des e a partir daí funcionar como uma entidade sensibi-lizadora junto de quem tem o poder de decisão. Penso que a ideia não é tornarmo-nos uma entidade fiscalizadora mas antes uma plataforma de entendimento, no fundo agilizar e facilitar o desblo-queio dos problemas dos mu-seus do vinho.

Esta rede pretende também intervir e recolher contributos além-fronteiras?

Na verdade, a rede aqui deverá seguir o exemplo da própria AMPV, que tem tido uma ação de relevo na defe-sa da cultura do vinho na-cional além-fronteiras. Uma das ligações primordiais é a Espanha. Temos tido con-tactos regulares com a asso-ciação espanhola de museus do vinho e estamos a encetar esforços para que os nossos irmãos espanhóis se façam representar na próxima reu-nião da RMPV. Na ordem de trabalhos estão dois pontos que queremos ver discutir: a eventual constituição de uma associação ibérica de museus do vinho e a organização de um congresso, que poderá vir a ser ibérico ou europeu, dos museus do vinho a ocorrer já em 2017.

nOvOS MunIcíPIOS ASSOcIADOS

◆ ARCoS dE VALdEVEz

◆ ARRudA doS VinhoS

◆ SALVAtERRA dE MAgoS

◆ São RoquE do PiCo

◆ CARREgAL do SAL

Cinco novos municípios aderem à AMPV no primeiro semestre

no primeiro semestre deste ano registou-se a entrada de cinco novos municípios para a AMPV, de diferentes regiões vitivinícolas: Arcos de Valde-vez (Vinhos Verdes), Carre-gal do Sal (dão), Arruda dos Vinhos (Lisboa), que foi um dos municípios fundadores e regressa agora após ter aban-

donado a associação em 2012, São Roque do Pico (Açores) e de Salvaterra de Magos (tejo). todos estes municípios têm uma forte ligação ao vinho, que representa um peso signi-ficativo para a economia local e uma referência histórica na cultura e tradições destes ter-ritórios.

amp vinho 5boletim informativo

ASSOcIAçÃO DAS ROtAS DOS vInHOS DE PORtuGAL

ARVP debate enoturismo em Portugal nas comemorações do seu 2º aniversário

ERt do Alentejo e Ribatejo adere à ARvP

A Entidade Regional de turis-mo (ERt) do Alentejo e Riba-tejo é a mais recente entida-de a aderir à ARVP. A adesão foi aprovada por unanimida-de, na Assembleia geral que a ERt do Alentejo e Ribatejo realizou no dia 14 de abril, em Reguengos de Monsaraz. A ARVP conta já com várias en-tidades associadas, ligadas à promoção e valorização do turismo, nomeadamente a Associação nacional de tu-rismo (Ant) e as Entidades Regionais de turismo do Por-to e norte de Portugal, do Centro e do Algarve.

ARvP com funções na Ant e Federação de turismo Rural

A Federação Portuguesa de turismo Rural elegeu no dia 2 de maio os novos órgãos sociais, que foram aprova-dos por unanimidade. josé Arruda, em representação da ARVP, é o novo presidente da Assembleia geral. Cândido Mendes foi novamente elei-to presidente da direção, e Emanuel Pereira, da Madeira Rural, foi eleito presidente do Conselho Fiscal. tam-bém a Associação nacional de turismo (Ant) elegeu os seus novos órgãos sociais, no dia 11 de maio, com jorge Sampaio, da ARVP, a assumir a presidência do Conselho Fiscal. o novo presidente da Ant é desidério Silva, presi-dente da Região de turismo do Algarve.

A Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal (ARVP) foi constituída no dia 6 de maio de 2014 e resultou de um pro-jeto impulsionado pela AMPV, com o objetivo de fomentar um turismo de vinho de qua-lidade, baseado numa promo-ção integrada das Rotas do Vi-nho nacionais.

Para assinalar o seu 2º ani-versário, a ARVP promoveu um seminário sobre Enoturis-mo, no dia 11 de maio, no Cen-tro Cultural Olga Cadaval. O presidente da associação, Jor-ge Sampaio, destacou o eno-turismo como sendo uma área importante para a promoção e valorização dos territórios

das diferentes regiões vitivi-nícolas. O secretário-geral da AMPV, José Arruda, marcou também presença neste en-contro, apresentando o pro-jeto da Rede das Aldeias Vi-nhateiras de Portugal. Entre os oradores convidados, este-ve também José Mendes, da empresa IDTOUR, que apre-sentou o Plano Estratégico, Comunicação e Marketing da ARVP – antevisão de conclu-sões de “status quo” do Enotu-rismo em Portugal.

No dia seguinte, a ARVP promoveu uma visita à Adega Regional de Colares, com pro-va de vinhos e visita às vinhas de Colares.

17%

63%

71%

2,2milhõesé o número total de enoturistas que visitaram Portugal em 2015

foi o crescimento da procura enoturística em relação a 2014

dos visitantes preferiram o mês de setembro

dos enoturistas são estrangeiros e vêm sobretudo do Brasil e França

A importância do enoturismo para a promoção e valorização dos territórios

Fonte: Plano de Intervenção Estratégico – Plano de Marketing e Comunicação, IDTOUR, José Mendes

ENOTURISMO EM 2015

amp vinho6 boletim informativo

Portugal é o país do mundo com maior cobertura de área de vinhaMesão Frio é o concelho que tem maior cobertura de vinha num país onde apenas dois municípios não têm vinha registada

Portugal é o país do mun-do com maior percentagem de área de vinha, sendo que apenas dois municípios do território continental não têm vinha registada. Ama-dora e Barreiro são os únicos que não constam na tabela, que coloca no topo Mesão Frio, Peso da Régua e Santa Marta de Penaguião. Nestes três municípios, a viticultu-ra ocupa mais de um terço do território do concelho.

Os números foram divul-gados pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e correspon-dem ao ano de 2014. Segundo as estatísticas, 36,77% da área do concelho de Mesão Frio é dedicada à viticultura. Peso da Régua ocupa o segundo lugar, com 36,46% de área

cultivada com vinha, seguin-do-se Santa Marta de Pena-guião, com 34,68%. São João da Pesqueira, Alijó, Alpiarça, Alenquer, Lamego, Arma-mar e Almeirim completam o “Top 10” dos municípios com maior percentagem de vinha.

No lado oposto, temos Amadora e Barreiro (cuja den-sidade populacional, urbani-zação e industrialização justi-ficam a ausência da atividade vitícola) e mais 75 concelhos com menos de 0,5% de área cultivada de vinha. No fundo da tabela estão municípios como Monchique, Paredes de Coura ou Almodôvar.

Olhando para os muni-cípios com a maior área de vinha em termos absolutos, temos no topo da tabela Pal-

mela, seguindo-se Alijó e Torres Vedras. Em termos distritais, Viseu é o que regis-ta maior área de vinha (2.734 hectares), seguido de Santa-rém (2.313 hectares) e Évora (2.057 hectares). Já Vila Real é o distrito com maior per-centagem de vinha no terri-tório (6,76%). Lisboa e Porto ocupam as últimas posições, quer em área de vinha, quer em percentagem de ocupação do território.

Portugal é o país do mun-do que dedica maior área do seu território ao cultivo da vinha. Com uma média na-cional de 2,59%, encontra-se ligeiramente à frente de Itália (2,55%). Espanha e França têm uma média de 2.01% e 1,45%, respetivamente.

© M

USE

U D

O D

OU

RO

/ D

OU

RO

VA

llEy

cEntRO DE ExcELêncIA DA vInHA E DO vInHO

Regia Douro Park o Regia douro Park é um Par-que de Ciência e tecnologia, em Vila Real, que foi inaugu-rado no dia 20 de maio e que está focado nas áreas agro--alimentar, agro-industrial, enologia, vitivinicultura, eco-nomia verde, valorização am-biental e tecnologias agro--ambientais. Entre as suas valências, contempla um pólo de investigação, desig-nado de Centro de Excelência da Vinha e do Vinho (CEVV), que se assume como um complexo laboratorial de ex-celência tecnológica, dinami-zado pela utAd e instituições parceiras, direcionado para a investigação, desenvolvi-mento e apoio às empresas nos setores da vitivinicultu-ra, agro-alimentar e ambien-te, estando equipado com a mais recente tecnologia.

amp vinho 7boletim informativo

Palmela foi a primeira Ci-dade Europeia do Vinho e está envolvida, desde início, em todos os processos que visem promover os territórios vitivi-nícolas e o enoturismo a eles associados como esteios fun-damentais do seu progresso social e económico.

O cultivo da vinha e a produ-ção de vinhos na nossa região conheceram, a partir dos anos 90, uma fase decisiva para a sua qualificação e expansão, que resultou, em grande medi-da, de um trabalho consistente de parceria entre o município e os vitivinicultores. Muitos deles passaram a investir mais quer no engarrafamento, quer na criação de marcas, hoje reconhecidas nos mercados nacional e internacional, e a apostar em estratégias de de-senvolvimento que tiveram como âncora as estruturas as-sociativas então criadas. Um grande caminho, de consolida-ção económica e de diversifica-ção e aposta em novas castas e rótulos afirmou a vitivinicul-tura e o território, lançando sementes para os passos que agora queremos dar.

Neste novo ciclo, estamos perfeitamente sintonizados com as linhas estratégicas da candidatura aprovada e que integra as três grandes cida-des do vinho - em Itália, Espa-nha e Portugal.

A acrescentar ao patrimó-nio já constituído, é o mo-mento de alargar o trabalho em rede nos territórios vi-nhateiros, com forte aposta na sua visibilidade, dado que o turismo rural, a história, o património e a natureza se complementam muito bem e o enoturismo, que tem sido uma experiência de sucesso, constitui um enorme filão que ainda tem muito que po-tenciar e explorar.

Outra linha estratégica é o aprofundamento do trabalho junto das instituições euro-peias para a defesa e promo-ção do setor, face até à concor-rência de outros continentes. Manter as denominações de origem é, provavelmente, o principal desafio que teremos pela frente porque esse é o úni-co caminho para o desenvolvi-mento económico da vitivini-cultura nos nossos territórios.

É também importante pro-curar apoios comunitários para que esta rede se estenda a outros países que estão a ter mais dificuldade para se inte-grarem, sendo possível assu-mir um papel dinamizador de sinergias que concorram para o seu sucesso.

REdE EuRoPEiA dAS CidAdES do Vinho

Portugal na liderança da Recevintodos os municípios da AMPV passam a ser associados desta rede europeia

A AMPV foi eleita para a presi-dência da Recevin – Rede Eu-ropeia das Cidades do Vinho no passado dia 1 de abril, com o presidente do município de Reguengos de Monsaraz, josé Calixto, a assumir a liderança deste organismo. Para o Conselho de Adminis-tração foram também eleitos o presidente da AMPV e do mu-nicípio do Cartaxo, Pedro Ma-galhães Ribeiro, o presidente da Assembleia da AMPV e pre-sidente de Lamego, Francisco Lopes, e o presidente do muni-

cípio de Palmela – Cidade Euro-peia do Vinho em 2012, Álvaro Amaro, que ficou também com a tesouraria. A Recevin passa a ter três vice--presidentes: Pedro Magalhães Ribeiro, Rosa Melchor, presi-dente de Alcázar San juan e da Associação de Municípios do Vinho de Espanha – Acevin, e Floriano zambon, presidente da associação italiana Città del Vino e do município de Cone-gliano. josé Ramon, do municí-pio espanhol de Cambados, foi eleito secretário.

Desafios e metas nos territórios vitivinícolasMunicípio de Palmela eleito para o Conselho de Administração da Recevin

álvaro AmaroPresidente da CM de Palmela

◆ REunião dA RECEVin EM itÁLiA, nA CidAdE EuRoPEiA do Vinho 2016

amp vinho8 boletim informativo

“Queremos fazer ouvir a voz dos territórios do vinho no Parlamento Europeu”José calixto Presidente da RECEVIN

Como encara este novo desafio de pre-sidir à Recevin?

É com muita honra e or-gulho que assumo a presi-dência desta Rede Europeia de Cidades do Vinho, no en-tanto não poderia deixar de referir que esta eleição traduz o reconhecimento de quase 10 anos de trabalho levados a cabo pela AMPV. Entendo, ainda, esta eleição como o reconhecimento do trabalho que Reguengos de Monsaraz fez ao longo de 2015, ano em que se assumiu como Cidade Europeia do Vinho. Este pro-jeto será um grande desafio para mim, mas será também um desafio para a AMPV, as-sim como para os municípios produtores de vinho e todas as entidades do setor envolvidas. O envolvimento de todos estes agentes permitirá tornar esta rede mais coesa, mais inter-ventiva e mais profícua para as 600 cidades associadas.

É também o reconhecimento do traba-lho que os municípios e as entidades do setor nacionais têm vindo a desen-volver?

Esta eleição mostra-nos que o trabalho que a AMPV tem vindo a fazer se tem re-velado uma mais-valia para os seus associados. Destaco o trabalho de cooperação entre

os municípios e as várias enti-dades do setor, procurando to-dos um caminho comum para a promoção dos nossos vinhos e dos nossos territórios. É este espírito de partilha e dedica-ção que procuraremos levar para a Recevin. Reflexo disto é, de facto, a forte presença de portugueses nos órgãos so-ciais da Recevin. Acredito que todos estamos comprometi-dos com esta missão, procu-rando uma afirmação cada vez maior do vinho e do eno-turismo, tanto a nível nacio-nal como internacional.

Que objetivos mais imediatos preten-de alcançar na Recevin?

Fizemos uma apresentação institucional no Parlamento Europeu, no dia 25 de maio, onde reunimos com os euro-deputados dos diferentes pa-íses. É nosso objetivo obter apoio dos eurodeputados na criação e posicionamento de um espaço/grupo de trabalho em Bruxelas que vise a defesa dos territórios produtores de vinho e, simultaneamente, valorize e aumente a dimen-são da rede. Pretendemos igualmente a criação de uma estrutura/canal de informa-ção de acesso aos fundos co-munitários destinados ao se-tor, a promoção dos interesses

comuns das regiões vitícolas na economia europeia e a cria-ção de uma grande base de da-dos dos territórios vinhateiros da Europa, disponível na pá-gina de internet da Recevin. Procuraremos, essencialmen-te, fazer ouvir a voz dos terri-tórios do vinho no Parlamen-to Europeu. No plano traçado para a Recevin são vários os objetivos pelos quais lutare-mos ao longo deste mandato,

nomeadamente, promover o aumento de cidades europeias associadas e alargar o número de países europeus represen-tados, criar estruturas facili-tadoras da comunicação entre os parceiros e associados, va-lorizar o trabalho produzido pelas associações nacionais de municípios produtores de vinho e pelos próprios muni-cípios, constituir as Rotas do Vinho da Europa, trabalhar o projeto Iter Vitis assumindo um papel de maior evidência, criar uma rede de Museus do Vinho da Europa, criar o Con-curso Rainha das Vindimas da Europa, entre outros projetos.

Tem algum projeto mais ambicioso que gostasse de implementar durante este mandato?

Colocarmos definitivamen-te esta Rede Europeia no mapa como uma grande instituição com uma estratégia bem de-finida na defesa do setor vi-tivinícola europeu e do seu enoturismo é um processo que queremos encarar com toda a convicção para este mandato.

Esta eleição mostra-nos que o trabalho da AMPV se tem revelado uma mais-valia para os seus associados

amp vinho 9boletim informativo

O primeiro Conselho de Ad-ministração da Recevin - Rede Europeia de Cidades do Vinho com Reguengos de Monsaraz na presidência ocorreu no dia 29 de abril, em Alcázar de San Juan (Espanha).

A reunião teve como prin-cipal objetivo analisar estraté-gias para valorizar o setor viti-vinícola europeu em Bruxelas. E foi precisamente ao Parla-mento Europeu que se deslocou a Recevin, no dia 25 de maio, para uma reunião de apresen-

tação aos eurodeputados de Portugal, Espanha e Itália.

A reunião juntou pela pri-meira vez em Bruxelas os pre-sidentes das associações dos municípios do vinho dos paí-ses que mais têm dinamizado a Recevin nos últimos anos: Pedro Magalhães Ribeiro, pre-sidente da AMPV (Associação dos Municípios Portugueses do Vinho), Rosa Melchor, pre-sidente da Acevin (Associação de Municípios do Vinho de Espanha) e Floriano Zambon,

presidente da associação ita-liana Città del Vino.

A Recevin apelou em Bru-xelas ao apoio e ao envolvi-mento dos eurodeputados nos desafios do setor do vinho, sendo que no que toca a Portu-gal, esse apelo foi dirigido aos deputados europeus Carlos Zorrinho (PS), Miguel Viegas (PCP), Nuno Melo (CDS-PP) e Sofia Ribeiro (PSD).

comitiva portuguesa em Alcázar de San Juan

Além do presidente José Calixto, marcaram presença nesta reunião José Arruda, em representação do presidente da Câmara do Cartaxo, Luís Miguel Calha, em representa-ção de Palmela, e José Pinto, em representação de Lamego. Foram recebidos pela presi-dente do município de Alcázar de San Juan e presidente da Acevin, que assume uma das vice-presidências da Recevin.

Recevin quer reforçar a sua ação em BruxelasCriar um grupo de trabalho em Bruxelas e um canal para acesso a fundos comunitários são os principais objetivos

Assembleia da Iter Vitis em ItáliaA associação iter Vitis – os Caminhos da Vinha reuniu em Assembleia geral, no dia 1 de abril, em itália, na Cida-de Europeia do Vinho 2016 – Conegliano Valdobbiadene, para aprovar as orientações e os projetos para 2016/2017. A AMPV, que detém a vice-pre-sidência desta associação, marcou presença na reunião, através do presidente Pedro Magalhães Ribeiro e o secre-tário-geral josé Arruda.

Assembleia da Retecork em Espanha

A AMPV renovou a vice-presi-dência da Retecork – Rede Eu-ropeia de territórios Corticei-ros e o município de Coruche mantém-se na presidência da Comissão Executiva. A reunião da Assembleia geral teve lu-gar no dia 28 de abril, em San Vicente de Alcántara, muni-cípio raiano da Extremadura espanhola que continuará a presidir à Assembleia geral. A responsabilidade do Conselho Fiscal foi entregue ao muni-cípio de Vendas novas. Atual-mente, a Retecork é composta por cerca de 70 sócios de Espa-nha, Portugal, itália e França.

ASSEMBLEIAS

◆ REunião dE APRESEntAção dA RECEVin AoS dEPutAdoS EuRoPEuS

amp vinho10 boletim informativo

REDE DAS ALDEIAS vInHAtEIRAS DE PORtuGAL

AMPV avança com Rede das Aldeias Vinhateiras de Portugal

Projeto pretende promover de uma forma integrada a identidade cultural das aldeias vinhateiras de todo o país

Aldeias Vinhateiras do Douro

Barcos, Favaios, Provesende, Salzedas, trevões e ucanha são as seis localidades que fa-zem parte da rede das Aldeias Vinhateiras do douro. destacam-se pela riqueza cul-tural e pela beleza das paisa-gens e oferecem experiências únicas através do seu patri-mónio, da sua gastronomia e da natureza envolvente.o projeto nasceu em 2001 com o intuito de recuperar várias aldeias do douro Vi-nhateiro, através da revita-lização socio-económica, da fixação da população, da reabilitação dos espaços pú-blicos, do fomento da cultura popular e do reforço da pro-moção turística do douro.

A AMPV está a trabalhar na criação de uma rede de aldeias vinhateiras que abar-que todo o território nacio-nal. A constituição da Rede das Aldeias Vinhateiras de Portugal foi aprovada no dia 21 de março, na Assembleia Intermunicipal da Primavera da AMPV, que decorreu em Palmela.

O projeto pretende promo-ver de uma forma integrada a identidade cultural das al-deias vinhateiras de todo o país, aumentando e diversifi-cando a oferta enoturística, e tem como base o programa já existente das Aldeias Vinha-teiras do Douro, que envolve

seis aldeias daquela região vinhateira.

“O objetivo é integrar numa única rede todas as aldeias do país que tenham uma ligação ao vinho, seja ela social, cultural ou econó-mica”, explica José Arruda, secretário-geral da AMPV, acrescentando que a expecta-tiva é que esta rede tenha cer-ca de uma centena de aldeias, das diferentes regiões, nos próximos dois a três anos.

Uma das grandes mais--valias da criação desta rede é a possibilidade de obtenção de financiamentos comuni-tários para a implementação e dinamização do projeto,

que por sua vez “vai também potenciar todas estas aldeias e o mercado do turismo, a nível nacional”, reforça José Arruda.

Os municípios associados da AMPV das várias regiões do país, incluindo as ilhas, têm vindo a manifestar interesse por esta rede, estando alguns deles já a desenvolver projetos específicos para a integração das suas aldeias. Por exemplo, o município de Nelas já mani-festou interesse em incluir a sua típica aldeia de Santar e Palmela está já a dinamizar um conjunto de projetos para potenciar o turismo do vinho em Fernando Pó.

◆ ALdEiA dE FAVAioS

amp vinho 11boletim informativo

AEnOtuR ASSoCiAção intERnACionAL dE EnotuRiSMo

Aenotur prepara dois novos congressos internacionaisuma das principais apostas da associação é alargar a sua intervenção e estar representada nos cinco continentes

◆ CongRESSo EuRoPEu REALizA-SE EM ConEgLiAno – VALdoBBiAdEnE, itÁLiA

A Aenotur – Associação In-ternacional de Enoturismo apresenta-se desde março com uma nova imagem e com uma nova página de internet (www.aenotur.org), que foi apresentada pela AMPV na BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa.

Criada em 2014 no municí-pio espanhol de Cambados, a Aenotur é formada por muni-cípios e entidades gestoras do turismo vinculado à cultura do vinho e promotoras de ro-tas do vinho, de vários países da Europa e América Latina. A AMPV foi um dos sócios fundadores da associação e

detém a sua presidência des-de julho do ano passado, atra-vés do município de Viana do Castelo.

A associação está já re-presentada em sete países – Portugal, Espanha, Fran-ça, Itália, Argentina, Brasil e Uruguai – e uma das suas principais apostas é alargar a sua intervenção a outros pa-íses e estar representada em todos os continentes.

A nova página de internet e os dois congressos anuais, de âmbito internacional, “são fundamentais para a estraté-gia de comunicação e promo-

ção da associação”, defende o secretário-geral da AMPV, José Arruda, que destaca tam-bém as comemorações do Dia Mundial do Enoturismo, que se vão realizar este ano pela primeira vez, na sequência da proposta lançada pela Ae-notur, a par do Dia Europeu do Enoturismo, cuja promo-ção é feita pela Recevin. Este ano a Aenotur irá organizar também mais dois congres-sos internacionais, um em Conegliano-Valdobbiadene - Cidade Europeia do Vinho (Itália), e outro em Mendoza (Argentina).

cOnSuMO MODERADO DE vInHO

Seminário sobre consumo responsável

A Câmara Municipal de Lou-res, em parceria com a AMPV, organizou no dia 5 de maio o seminário “Vinho e Consumo Moderado – o papel das insti-tuições”. Alertar e sensibilizar para a importância do consu-mo responsável de álcool tem sido uma das principais preo-cupações da AMPV, que de-finiu para este ano o reforço da sua ação na promoção de iniciativas sobre esta temáti-ca. Este seminário teve como objetivo debater o consumo moderado e responsável de vinho nas várias perspetivas da sensibilização, prevenção, educação, autorregulação e comunicação. na assistên-cia estiveram muitos jovens, que ouviram intervenções de várias entidades, tais como o Serviço de intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas dependências, Preven-ção Rodoviária Portuguesa, Federação nacional das Ade-gas Cooperativas de Portugal ou Federação Portuguesa das Confrarias Báquicas.

© c

On

SOR

zIO

cO

nEg

lIA

nO

VA

lDO

BB

IAD

EnE

amp vinho12 boletim informativo

Portugal entre os países com maior participação no concursoAMPV e 12 enólogos portugueses integraram o júri responsável pela avaliação dos mais de 1.100 vinhos

Na sua 15ª edição, o Con-curso Internacional de Vi-nhos “La Selezione del Sin-daco” regressou a Itália, desta vez à cidade de L’Aquila, situada no centro de um ter-ritório historicamente com uma forte vocação vitiviní-cola. Durante três dias, de 26 a 28 de maio, um júri in-ternacional avaliou os mais de 1.100 vinhos, dos quais mais de duas centenas foram portugueses. Além de Itália, Portugal esteve entre os paí-ses com representação mais expressiva, bem como Fran-ça, Espanha ou Alemanha.

A AMPV, que no ano passa-do teve a responsabilidade da organização do concurso em Oeiras, foi uma das entidades

parceiras desta edição, tendo marcado a sua presença jun-tamente com 12 conceituados enólogos portugueses. O júri português, coordenado pelo secretário-geral da AMPV, José Arruda, foi composto por António Sousa, António Ven-tura, Carmen Santos, Eduar-do Abade, Helena Mira, Ma-

ria Vicente, Martta Simões, Pedro Andrade, Pedro Cor-reia, Pedro Sá, Sérgio Oliveira e Tiago Correia.

Os vinhos portugueses premiados no concurso são conhecidos por ocasião da Feira Nacional de Agricultu-ra, em Santarém, de 4 a 12 de junho.

FEIRA nAcIOnAL DE AGRIcuLtuRA

AMPV marca presença na FNA

Mais uma vez, a AMPV marca presença naquela que é con-siderada uma das maiores e mais importantes feiras de-dicadas ao setor agrícola, a FnA – Feira nacional de Agri-cultura, de 4 a 12 de junho, em Santarém, numa edição dedicada à fruta portuguesa. num espaço central do Salão Prazer de Provar, os vinhos portugueses das diferentes regiões vitivinícolas são pro-movidos por produtores dos municípios associados da AMPV. A presença da AMPV no certame destaca-se tam-bém por proporcionar a re-flexão sobre os desafios que se colocam aos vinhos nacio-nais e ao enoturismo, com destaque para o seminário organizado em parceria com a Federação Portuguesa de turismo Rural. Por ocasião das jornadas técnicas pro-movidas pela Associação Portuguesa de Enologia, a AMPV assina também um protocolo que vem reforçar a colaboração e trabalho em parceria entre as duas asso-ciações.

LA SELEzIOnE DEL SInDAcO 2016

© V

AlE

RIA

PA

lMA

FnA

20

15

◆ júRi PoRtuguêS no ConCuRSo

amp vinho 13boletim informativo

cIDADES DO vInHO

Novos desafios para as novas cidades do vinho

O início do ano ficou mar-cado pela passagem de teste-munhos da Cidade Europeia do Vinho e o começo de novos desafios para a nova Cidade Portuguesa do Vinho: Lagoa, no Algarve.

Após um ano de promo-ção nacional e internacional do concelho de Reguengos de Monsaraz enquanto Cida-de Europeia do Vinho 2015, chegou no dia 13 de fevereiro o momento da passagem de testemunho a Conegliano--Valdobbiadene. A cerimónia contou com a presença do ministro Luís Capoulas San-tos e do eurodeputado Carlos Zorrinho, tendo a autarquia homenageado a Recevin, a

AMPV, a Città del Vino e a Acevin.

No dia 20 de fevereiro, brindou-se em Lagoa à aber-tura do programa da Cidade do Vinho 2016, que contou com a presença do Secretá-rio de Estado da Agricultura e Alimentação. O dia ficou marcado pela apresentação de um livro e pela entrega dos prémios do Concurso de Ró-tulos para garrafas de vinho.

O título de Cidade Euro-peia do Vinho 2016 é parti-lhado por dois municípios da região italiana do Prosecco Superiore: Conegliano e Val-dobbiadene. A Gala de aber-tura teve lugar na noite do dia 1 de abril.

◆ LAgoA É A CidAdE do Vinho dE PoRtugAL EM 2016

◆ EnCERRAMEnto dE REguEngoS dE MonSARAz CidAdE EuRoPEiA do Vinho 2015

◆ ConEgLiAno–VALdoBBiAdEnE É A noVA CidAdE EuRoPEiA do Vinho

MU

nIc

íPIO

DE

lAg

OA

amp vinho14 boletim informativo

LAGOA CidAdE do Vinho 2016

FATACIL 2016 dá particular destaque ao vinho e à cultura

Lagoa promove vinho e território em eventos nacionais e internacionais

A 37ª FATACIL – Feira de Artesanato, Turismo, Agri-cultura, Comércio e Indús-tria é outro dos eventos mais marcantes do município de Lagoa. Decorre de 19 a 28 de agosto e vai estar integrado nas comemorações de Lagoa - Cidade do Vinho 2016, bem como no programa anual de eventos do município, cujo tema é “ A Nossa Gente, A Nossa Identidade”.

As atividades e os conte-údos do programa da feira vão dar um particular desta-que ao vinho e à cultura, nas suas mais variadas valências.

O evento engloba, além das grandes áreas de exposição, complementos de animação, com destaque para os concer-tos musicais ou os espetácu-los de arte equestre.

A última edição da FATA-CIL registou a presença de cerca de 800 expositores e mais de 170.000 visitantes. O certame realiza-se, como ha-bitualmente, no Parque Mu-nicipal de Feiras e Exposições da Cidade de Lagoa, recinto com cerca de 50.000 m2, si-tuado numa localização pri-vilegiada no centro litoral do Algarve.

no ano em que Lagoa ostenta o título de Cidade do Vinho, o município organizou pela se-gunda vez uma das maiores exposições e venda de vinhos do sul do país, o Lagoa Wine Show, de 22 a 24 de abril. Este foi um dos eventos mais mar-cantes deste primeiro semes-tre de promoção dos vinhos do concelho e da região e que in-cluiu também a realização da conferência “Lagoa Cidade do Vinho desde há dois mil anos”.o município de Lagoa tem es-tado também representado nos mais conceituados cer-

tames e feiras de vinhos e tu-rismo, tanto nacionais como internacionais, com destaque para as presenças na BtL – Fei-ra internacional de turismo (Lisboa), FituR em Madrid, no Salon international du touris-me em nantes (França) e na itB – internationale tourismus Börse, em Berlim. Este ano, o iX Concurso de Vi-nhos do Algarve esteve tam-bém inserido no programa de Lagoa Cidade do Vinho 2016 e decorreu no dia 11 de abril, no Convento de São josé, com mais de 80 vinhos a concurso.

◆ LAgoA WinE ShoW

MU

nIc

íPIO

DE

lAg

OA

amp vinho 15boletim informativo

AgendaAcOntEcEu

9 a 12 de junhovInIREGuEnGOS / FEStAS DE Stº AntónIOReguengos de Monsaraz

18 a 26 de junho

FEIRA DA vInHA E DO vInHOAnadia

28 de julho a 7 de agostoExPOFAcIcCantanhede

2 a 7 de agostoFEStIvAL DO vInHO PORtuGuêSBombarral

19 a 28 de agostoFAtAcILLagoa

1 a 6 de setembroFEStA DAS vInDIMAS Palmela

2 a 4 de setembroFEIRA DO vInHO DO DÃONelas

3 a 11 de setembroALPIAGRAAlpiarça

13 de novembroDIA DO EnOtuRISMO

vidigueira Branco24 a 27 março, Vidigueira

ávinho (Aveiras de Cima) 8 a 10 abril, Azambuja

Feira dos Produtos da terra 16 e 17 abril, Ourém

Feira do Alvarinho e Fumeiro 22 a 24 abril, Melgaço

Festa do vinho do cartaxo 28 abril a 1 maio

Há Prova em Oeiras 6 a 8 maio, Oeiras

Grande Mostra de vinhos de Portugal 6 a 9 maio, Albufeira

Festival vinho Douro Superior 20 a 22 maio, V. N. Foz Côa

Feira Internacional da cortiça 25 a 29 maio, Coruche

Simpósio viñas por calor10-11 mar., V.F. Penedez, Espanha

Fórum vinho e vinha9 maio, Albufeira

Expovez 20 a 22 maio, Arcos de Valdevez

RAInHA DAS vInDIMAS DE PORtuGAL10 de setembro, Lagoa, centro de congressos do Arade

Lagoa vai ser o palco da gala de eleição da Rainha das Vindimas de Portugal 2016, marcada para o dia 10 de setembro, no Centro de Congressos do Arade. Em palco vão apresentar-se as jovens vencedoras dos concursos realizados nos concelhos que man-têm esta tradição. A coroa pertence neste momento a joana Espada, do município de Palmela, eleita no ano passado em Re-guengos de Monsaraz – Cidade Europeia do Vinho 2015.

cIDADE DO vInHO DE PORtuGAL 2017candidaturas abertasA AMPV já está a receber candidaturas para a Cidade do Vinho 2017. desenvolvido pela AMPV, o projeto “Cidade do Vinho” tem como principal objetivo valorizar a riqueza, a diversidade e as caracterís-ticas comuns dos territórios associados à cultura do vinho e de to-das as suas influências na sociedade, na paisagem, na economia, na gastronomia e no património. os municípios interessados em apresentar a sua candidatura deverão elaborar um programa anu-al de ações culturais, formação e sensibilização ligadas ao vinho, com visibilidade nacional. Recorde-se que este ano o título de Ci-dade do Vinho pertence ao município algarvio de Lagoa.

amp vinho16 boletim informativo