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N este dia 04 de outubro de 2011, o Fórum Nacional de Reforma Urbana, realizará em todo país a Jornada Nacional de Luta pela Reforma Urbana. Com o lema: Para o Brasil Avançar, Reforma Urbana Já, milhares de pessoas se mobilizarão nos estados e em todas as regiões do país, e ao mesmo tempo, aproximadamente 5 mil pessoas se concentrarão na Capital Federal para levar uma extensa pauta de reivindicações à Presidenta Dilma, envolvendo temas como a participação popular nas políticas urbanas, o andamento das obras do PAC, e do Programa Minha Casa, Minha Vida, além de tratar sobre as remoções e despejos em função da Copa do Mundo de 2014. Com relação ao PAC, as entidades do FNRU, exigirão a participação popular e o controle social sobre essas obras. Este Movimento que lutou pela criação do Ministério das Cidades e de seu Conselho Nacional, não aceita mais assistir calado o seu esvaziamento com tomadas nos gabinetes sem participação popular. Se de um lado o governo coloca recursos para as faixas de 0 a 3 salários no Programa Minha Casa Minha Vida, por outro, a questão da terra, as exigências e as normativas apresentadas, tanto pelo Ministério das Cidades como pela Caixa, dificultam que este seguimento acesse moradias em regiões mais urbanizadas das cidades. Outro tema importante, é a questão da terra para moradia e a situação dos imóveis da União. Exigimos uma urgente política de distribuição de terras para que se possa alavancar com mais agilidade a produção habitacional nos centros e nas periferias, e para democratizar o acesso às terras do Governo Federal. Para enfrentar a especulação imobiliária, que tira a possibilidade de produção habitacional para as famílias de renda, é fundamental a ampliação dos recursos para compra antecipada de terrenos. Neste dia 04 de outubro estaremos nas ruas para exigir a aprovação da PEC 285/2008, que propõe a vinculação de 2% das receitas orçamentárias no âmbito federal e 1 % do orçamento no âmbito estadual e municipal para moradia popular. Vamos cobrar também agilidade no encaminhamento da lei que Cria o Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano considerando que o governo deve dar uma resposta urgente à desarticulação das políticas urbanas no âmbito do Ministério das Cidades e que é inaceitável um Conselho Nacional das Cidades de natureza apenas consultiva. Em relação aos Megaeventos, as Entidades do FNRU vem acompanhando e participando da luta de centenas de Comunidades que são ameaçadas de remoções em função das grandes obras em execução nas 12 cidades sedes. Para estas remoções ou despejos as razões são diversas: Grandes obras como as Operações Urbanas ou Concessões Urbanísticas, Grandes Parques Lineares, Construção de Túneis e Viadutos, Projetos de Renovação Urbana, Obras do PAC, Grandes Obras Várias e de Infra-estrutura, Obras do Setor Privado como os Estádios para Copa do Mundo de 2014, e ainda Remoções ou despejos para construção de imóveis de alta renda. O fato concreto é que as cidades vivem uma explosão imobiliária vinculada aos grandes projetos, parte deles com prazos para conclusão em 2014, coincidentemente na mesma época dos Jogos da Copa do Mundo. Outros projetos estão com conclusão prevista para depois de 2014. No entanto, que chama atenção e indigna a todos, é a enorme quantidade de remoções na cidade sem solução habitacional definitiva, acarretando em graves violações de direitos humanos. Há denuncias sobre a atuação de “jagunços e milícias armadas” que ameaçam pessoas para que deixem suas casas, disseminando a violência com a conivência do Poder Público. Nestas Comunidades, casas são demolidas, incendiadas e os móveis são confiscados ou saqueados enquanto as pessoas estão trabalhando. É preciso dar um basta nesta situação. O Governo Federal é também responsável por esta situação na medida em que não fiscaliza a atuação das Prefeituras e dos Governos Estaduais. Assim, não basta uma ou outra política setorial, Para o Brasil Avançar, Reforma Urbana Já. Para o Brasil avançar, Reforma Urbana já Donizete Fernandes (União Nacional de Moradia Popular-UNMP) Benedito Barbosa (Central de Movimentos Populares-CMP) Edição especial do Jornal do FNRU – Fórum Nacional de Reforma Urbana Nº 03 - Outubro/2011

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Publicação do Fórum Nacional de Reforma Urbana distribuído em Brasília durante a Jornada Nacional da Moradia e da Reforma Urbana, que aconteceu no dia 4 de outubro.

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Neste dia 04 de outubro de 2011, o Fórum Nacional de Reforma Urbana, realizará em todo país a Jornada Nacional de Luta pela Reforma Urbana. Com o lema: Para o Brasil Avançar, Reforma

Urbana Já, milhares de pessoas se mobilizarão nos estados e em todas as regiões do país, e ao mesmo tempo, aproximadamente 5 mil pessoas se concentrarão na Capital Federal para levar uma extensa pauta de reivindicações à Presidenta Dilma, envolvendo temas como a participação popular nas políticas urbanas, o andamento das obras do PAC, e do Programa Minha Casa, Minha Vida, além de tratar sobre as remoções e despejos em função da Copa do Mundo de 2014.

Com relação ao PAC, as entidades do FNRU, exigirão a participação popular e o controle social sobre essas obras. Este Movimento que lutou pela criação do Ministério das Cidades e de seu Conselho Nacional, não aceita mais assistir calado o seu esvaziamento com tomadas nos gabinetes sem participação popular.

Se de um lado o governo coloca recursos para as faixas de 0 a 3 salários no Programa Minha Casa Minha Vida, por outro, a questão da terra, as exigências e as normativas apresentadas, tanto pelo Ministério das Cidades como pela Caixa, dificultam que este seguimento acesse moradias em regiões mais urbanizadas das cidades.

Outro tema importante, é a questão da terra para moradia e a situação dos imóveis da União. Exigimos uma urgente política de distribuição de terras para que se possa alavancar com mais agilidade a produção habitacional nos centros e nas periferias, e para democratizar o acesso às terras do Governo Federal. Para enfrentar a especulação imobiliária, que tira a possibilidade de produção habitacional para as famílias de renda, é fundamental a ampliação dos recursos para compra antecipada de terrenos.

Neste dia 04 de outubro estaremos nas ruas para exigir a aprovação da PEC 285/2008, que propõe a vinculação de 2% das receitas orçamentárias no âmbito federal e 1 % do orçamento no âmbito estadual e municipal para

moradia popular. Vamos cobrar também agilidade no encaminhamento da lei que Cria o Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano considerando que o governo deve dar uma resposta urgente à desarticulação das políticas urbanas no âmbito do Ministério das Cidades e que é inaceitável um Conselho Nacional das Cidades de natureza apenas consultiva.

Em relação aos Megaeventos, as Entidades do FNRU vem acompanhando e participando da luta de centenas de Comunidades que são ameaçadas de remoções em função das grandes obras em execução nas 12 cidades sedes. Para estas remoções ou despejos as razões são diversas: Grandes obras como as Operações Urbanas ou Concessões Urbanísticas, Grandes Parques Lineares, Construção de Túneis e Viadutos, Projetos de Renovação Urbana, Obras do PAC, Grandes Obras Várias e de Infra-estrutura, Obras do Setor Privado como os Estádios para Copa do Mundo de 2014, e ainda Remoções ou despejos para construção de imóveis de alta renda.

O fato concreto é que as cidades vivem uma explosão imobiliária vinculada aos grandes projetos, parte deles com prazos para conclusão em 2014, coincidentemente na mesma época dos Jogos da Copa do Mundo. Outros projetos estão com conclusão prevista para depois de 2014. No entanto, que chama atenção e indigna a todos, é a enorme quantidade de remoções na cidade sem solução habitacional definitiva, acarretando em graves violações de direitos humanos.

Há denuncias sobre a atuação de “jagunços e milícias armadas” que ameaçam pessoas para que deixem suas casas, disseminando a violência com a conivência do Poder Público. Nestas Comunidades, casas são demolidas, incendiadas e os móveis são confiscados ou saqueados enquanto as pessoas estão trabalhando. É preciso dar um basta nesta situação. O Governo Federal é também responsável por esta situação na medida em que não fiscaliza a atuação das Prefeituras e dos Governos Estaduais. Assim, não basta uma ou outra política setorial, Para o Brasil Avançar, Reforma Urbana Já.

Para o Brasil avançar, Reforma Urbana já Donizete Fernandes (União Nacional de Moradia Popular-UNMP)Benedito Barbosa (Central de Movimentos Populares-CMP)

Edição especial do Jornal do FNRU – Fórum Nacional de Reforma Urbana

Nº 03 - Outubro/2011

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10 Anos do Estatuto da Cidade: desafios na perspectiva do Direito à Cidade

Orlando Alves dos Santos Junior (Observatório das Metrópoles)Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro (Observatório das Metrópoles)

A dinâmica conflituosa e injusta de formação das cidades brasileiras fez emergir uma questão urbana, formulada de forma mais estruturada

durante a década de 1980, sintetizando duas questões fundamentais: por um lado, a questão democrática, traduzida na proposta de construção da cidadania ativa, capaz de substituir a coalizão de interesses que sustentou o processo de acumulação urbana de forma desigual, por um regime político republicano capaz de assegurar a todos o direito de cidade, isto é, o direito à participação nos processos deliberativos que dizem respeito à cidade; por outro lado, a questão distributiva, traduzida na proposta de regulação pública do solo urbano, de forma a garantir a justa distribuição da riqueza, da renda e das oportunidades geradas na sua produção e gestão, assegurando a todos o direito à cidade como riqueza social em contraposição a sua mercantilização. São estas as questões que foram traduzidas no movimento social organizado em torno da bandeira da reforma urbana e do direito à cidade, cujo principal expressão é o Fórum Nacional de Reforma Urbana, e no arcabouço institucional denominado Estatuto da Cidade.

No entanto, há fortes indícios de que existem alterações no padrão clássico conservador de acumulação urbana As cidades brasileiras vivem hoje um momento crucial de transformações que coloca a necessidade de atualizar a questão urbana e traduzi-la em novos modelos de planejamento e gestão das cidades. Percebe-se que as cidades brasileiras passam a constituir atrativas fronteiras para o capital financeiro e serem incluídas nos circuitos mundiais de acumulação do capital, exatamente em razão do ciclo de prosperidade e estabilidade que o país atravessa, combinado com a existência de ativos urbanos (imóveis e infraestrutura) passíveis de serem espoliados, ou seja, comprados a preços desvalorizados, e integrados aos circuitos internacionalizados de valorização financeira.

Pode-se observar nas cidades brasileiras, com efeito, a emergência de uma governança empreendedorista, que mantém as antigas práticas patrimonialistas de acumulação urbana e de representação baseadas no clientelismo, ao mesmo tempo em que promove novas práticas orientadas pela transformação das cidades em commodities. A crescente hegemonia da governança empreendedorista fundada na lógica do empresariamento urbano, ao tratar a cidade como commodity, desencadeia dinâmicas econômicas, sociais, políticas e espaciais frontalmente contrárias aos princípios do direito de cidade e do direito à cidade. O Estatuto da Cidade, após dez anos de sua promulgação parece viver os efeitos dos conflitos entre essas duas visões, o que explica os dilemas para a efetivação dos instrumentos nele previstos.

As conclusões da análise dos planos diretores elaborados após o Estatuto da Cidade, realizada pela Rede de Avaliação dos Planos Diretores Participativos, parece confirmar essa hipótese. De uma forma geral, a avaliação demonstra a generalizada incorporação dos instrumentos

previstos no Estatuto da Cidade pelos municípios, o que permite intuir que a agenda e a propostas da reforma urbana foram efetivamente disseminadas na sociedade brasileira. Ao mesmo tempo, percebe-se que foram poucos os Planos Diretores que avançaram no adequado rebatimento territorial de diretrizes e instrumentos vinculados à afirmação da função social da propriedade, o que evidencia, em diversos casos, o descolamento dos propósitos dos planos com o território municipal e a fragilidade das estratégias de desenvolvimento urbano estabelecidas. Mas, percebe-se que os Planos Diretores estabelecem definições, diretrizes e objetivos relacionados à política de habitação, à política de saneamento ambiental, à política de mobilidade, à política ambiental e à gestão democrática, porém sem incorporar os elementos necessários à efetividade dos instrumentos adotados.

Para enfrentar esse novo contexto de aprofundamento da mercantilização da cidade contemporânea parece necessário, antes de tudo, atualizar o ideário do direito à cidade como parte de uma nova utopia dialética em construção, emancipatória e pós-capitalista, materializada em um novo projeto de cidades e de organização da vida social, e expressa tanto na atualização do programa e da agenda da reforma urbana como na promoção de práticas e políticas socioterritoriais de afirmação do direito à cidade.

Essa atualização da agenda da reforma urbana, expressando o ideário do direito à cidade, deve ser capaz de efetivar os atuais instrumentos no Estatuto da Cidade e de propor novos mecanismos capazes de reverter os processos de segregação residencial e

promover a função social da cidade e da propriedade, a gestão democrática, e a difusão de uma nova cultura social, territorial e ambiental, visando o desenvolvimento de novos padrões de sociabilidade com base na solidariedade, na construção de identidades e na representação de interesses coletivos. Isso exige uma nova concepção de planejamento politizado baseado na criação de esferas públicas efetivamente democráticas de gestão das políticas públicas (tais como os conselhos das cidades) que ultrapassem os limites das instituições da democracia representativa liberal e possibilitem a visibilização, interação, conflito e negociação entre os diferentes agentes sociais e entre esses e pode público, de forma que a tomada de decisões seja resultado desse conflito e negociação.

Ao mesmo tempo, essa agenda exige um agente social capaz de expressar esse ideário. Com efeito, o movimento da reforma urbana está desafiado a intervir programaticamente na cidade na forma de uma rebeldia criativa, buscando promover universos sociais nos quais possam surgir e se desenvolver práticas educativas, políticas públicas e novas linguagens culturais geradoras da desmercantilização da cidade e da promoção do direito à cidade, buscando romper, desta forma, com a hegemonia do empresariamento urbano neoliberal e garantir a efetivação dos instrumentos do Estatuto da Cidade. 2

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Sistemas de transportes em operação em 2014

Aprovação sem vetos do PL da Mobilidade

O PAC da Copa dispõe de R$ 11 bilhões para utilização em sistemas de transportes estruturais nas cidades-sedes e seu legado mais significativo será fazer com que esses meios de transportes estejam em operação em 2014 para dar qualidade à mobilidade dos cidadãos. Não podemos aceitar as propostas de adiamento dos prazos para implantação de “sistemas definitivos” de alta capacidade sem o devido compromisso com a urgência de suprir o déficit de transportes públicos, há mais de 20 anos sem investimentos. De igual modo, o PAC da Mobilidade, com seus R$ 18 bilhões, está na mesma pauta de discussão, gerando desvinculação dos prazos previstos para 2014 .

Entretanto, uma notícia positiva nesse sentido vem do anunciado compromisso do Governo do Estado de São Paulo em investir até 2014 R$ 45 bilhões em sistemas estruturais de transporte público, sendo R$ 15 bilhões através de Parcerias Público Privadas-PPPs.

O PL da Mobilidade (PLC 166/10), marco regulatório da Mobilidade, foi aprovado no Senado Federal com apenas uma emenda de redação e deverá ser enviado para sanção presidencial.

Lamentavelmente o Ministério da Fazenda está propondo o veto do Art. 8, que proíbe que novas gratuidades sejam pagas pelos usuários na tarifa, responsáveis hoje pela majoração das citadas tarifas em mais de 20%.

Mobilidade na Marcha da Reforma UrbanaNazareno Stanislau Affonso (Urbanista, Coordenador Nacional da Articulação MDT)

Diesel limpo em 2013

Urgente: Barateamento das tarifas para inclusão social

Fim do genocídio nas vias urbanas e rodovias com trânsito

Essa luta está caminhando para uma melhoria na qualidade do ar de nossas cidades com a utilização obrigatória do diesel S 10 em 2013 e do diesel S 50 em 2012 com os motores ecologicamente limpos, do tipo Euro 5;

O PL do Barateamento (PLC 310/09), voltou a tramitar no Senado Federal e foi aprovado em mais uma Comissão (restam duas), porém permanece a dúvida se os governos federal, estatuais e municipais estarão dispostos a subsidiar os usuários, como acontece na Europa. A aprovação do PL significa uma redução de até 25% das tarifas, mas poderá ocorrer veto presidencial se não houver mobilização e pressão da sociedade;

Os 100 mortos diários e mais de 300 portadores de deficiência precisam deixar de manter anestesiados o povo brasileiro e principalmente os Governos, que chegam ao cúmulo de contingenciar mais de R$ 3 bilhões de recursos destinados às medidas de redução de acidentes. Para isso é fundamental colocar em prática as propostas aprovadas pelo Comitê do Comitê de Mobilização da Saúde e Paz no Trânsito para a Década de Ação pela Segurança no Trânsito, Resolução da ONU que propõe a redução de 50% dos mortos por acidente no trânsito. Temos que lutar para que o DENATRAN se torne uma autarquia e que os recursos do FUNSET e DPVAT deixem de ser contingenciados e que as ações e propostas para 2012 sejam de conhecimento público.

A mobilidade urbana tem positivos desafios que exigem muita atenção dos movimentos sociais para que seus resultados revertam na melhoria da qualidade de vida de nossas cidades:

Dia da Cidade sem meu Carro em Belo Horizonte

MDT na Marcha pela Reforma Urbana em 2005

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FNRU

ABEA - Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo ActionAid do BrasilAGB - Associação dos Geógrafos BrasileirosANTP - Associação Nacional de Transportes PúblicosCAAP - Centro de Assessoria à Autogestão Popular Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social - CENDHECCMP - Central de Movimentos PopularesCONAM Confederação Nacional de Associações de MoradoresCFESS - Conselho Federal de Serviço SocialFASE - Federação dos Órgãos para Assistência Social e EducacionalFENAE - Federação Nacional das Associações de Empregados da Caixa EconômicaFENEA - Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil FISENGE - Federação Interestadual dos Sindicatos de EngenheirosFNA - Federação Nacional de ArquitetosFórum da Amazônia OcidentalFórum Nordeste de Reforma UrbanaFórum Sul de Reforma UrbanaFundação Bento RubiãoGT Urbano do FAOR - Fórum da Amazônia OrientalHabitat para Humanidade BrasilIBAM - Instituto Brasileiro de Administração MunicipalIBASE - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e EconômicasInstituto Polis - Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas SociaisMNLM - Movimento Nacional de Luta pela MoradiaObservatório das Metrópoles IPPUR/UFRJ/FASETerra de DireitosUNMP - União Nacional por Moradia Popular

O Fórum Nacional de Reforma Urbana, com representação de todas as regiões do Brasil, é constituído por organizações brasileiras que lutam pelo direito à cidade para todas e todos. São

movimentos populares, associações de classe, ONGs e instituições de pesquisa que têm como objetivo promover a reforma urbana, que se traduz na defesa de políticas e programas que garantam o acesso de todos e todas aos direitos sociais básicos como a moradia de qualidade, água e saneamento, transporte público acessível e eficiente.

A existência do Fórum Nacional de Reforma Urbana data de 1987. Em todos esses anos, as organizações que o constituem, a partir de uma agenda estratégica, têm contribuído para fortalecer a participação popular em conselhos e fóruns regionais e municipais, para mobilizar as lutas em torno da reforma urbana, para capacitar lideranças sociais, para ampliar o debate dos planos diretores democráticos para as cidades e, não menos importante, nas diferentes formas de resistência que tenham como objetivo a luta e a construção de cidades igualitárias para todos e todas.

Parte dessa agenda estratégica é a realização de um Encontro Nacional da Reforma Urbana a cada dois anos com o objetivo de discutir

Encontro Nacional da Reforma Urbana: agenda política do Fórum Nacional da Reforma Urbana

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coletivamente as políticas urbanas no contexto de um projeto de sociedade justa e igualitária para todas e todos, a partir de um espaço ampliado de mobilização.

É nesse sentido que a pauta do próximo Encontro Nacional (que deverá ocorrer em São Paulo no início de 2012) já está sendo desenhada com a proposta de debater e articular ações estratégicas de enfrentamento aos desafios que se apresentam para a conquista do direito à cidade: a unificação das lutas dos movimentos sociais e segmentos da sociedade civil com vistas à ampliação dos mecanismos de participação popular e controle social e pelo fortalecimento dos conselhos das cidades; a ampliação dos processos de capacitação e formação de novos quadros; o aprofundamento da discussão sobre o modelo de desenvolvimento que se defende para o país, a promoção de políticas visando à universalização dos direitos humanos, firmando oposição aos processos de criminalização dos movimentos sociais.

São desafios que impõem, também, aprofundar o debate sobre a necessária articulação entre o cumprimento de uma agenda institucionalizada governamental e a agenda histórica e autônoma da luta urbana.

Coordenação Nacional

Tânia Bartíria Lima da Costa (Confederação Nacional de Associações de Moradores - CONAM)

Diniz (Conselho Federal de Serviço Social - CFESS)

Secretaria do Fórum Nacional de Reforma UrbanaRua Eça de Queirós, 346, Vila Mariana - São Paulo-SP - CEP 04011-050Telefone - (11) 5084-1073. E-mail: Skype: Site:

Colaboradores deste BoletimMércia Alves (Cendhec); Donizete Fernandes (UNMP); Benedito Barbosa (CMP);

Nazareno Stanislau Affonso (MDT); Tânia Diniz (CFESS) e Bartíria Lima da Costa (CONAM).

Edição e DiagramaçãoPaulo Lago - jornalista (Cendhec).

Apoio

[email protected] secretaria.fnru

www.forumreformaurbana.org.br

Orlando Alves dos Santos Junior (Observatório das Metrópoles); Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro (Observatório das Metrópoles);

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