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Graças exclusivamente ao amadureci- mento instucional, o país começa a voltar para a normalidade políca. Digo exclusivamente porque esta volta à normalidade ocorre apesar da apaa da presidente Dilma Rousseff, que até agora se mostrou incapaz de arcular um programa mínimo de governo. Tem a seu favor o fato de que oposição (com Gilmar Mendes) e imprensa não lhe deram um minuto de folga desde o segun- do turno. Agora, ocorre uma confluência de fato- res estabilizadores. Do lado da oposição, a desmoralização do golpismo de fancaria do PSDB de Aécio Neves, Carlos Sampaio e Aloysio Nunes. Nesse período todo, contando com a re- taguarda total da mídia, não logrou desen- volver uma proposta sequer. A inabilidade políca foi tal que, ao propor a anulação completa das eleições, Aécio Neves conse- guiu jogar fora a única âncora para o impe- achment: a parceria com o PMDB. Conseguiu descontentar os aliados, quei- mou-se com a opinião pública e com o em- presariado e ainda teve que assisr o enter- ro do aliado Eduardo Cunha. Essa sucessão de erros polícos é surpre- endente em alguém que parecia ter vindo da melhor escola políca mineira. A exposição ao sol desmanchou a ima- gem de Aécio e levou junto à do PSDB. É possível que, nos próximos meses, o empresariado paulista e o mercado finan- ceiro passem a apostar na Rede Sustentabi- lidade, de Marina Silva. O segundo fator de estabilização é a Lei de Direito de Resposta aprovada pelo Con- gresso e sancionada por Dilma. Ela deverá conter os exageros de uma imprensa que parece ter perdido totalmente o rumo em sua aposta inconsequente no pior. A terceira frente foi essa tentava ca- nhestra de emplacar o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles na Fazen- da. Pode haver discordâncias em relação ao eslo de Joaquim Levy. Pode cometer erros de diagnósco, mas é um funcionário públi- co responsável que jamais jogaria o país em aventuras. Além de seu desconhecimento de econo- mia, Meirelles é do po que cede o que for necessário para sustentar uma imagem va- zia. Ao sair de cena, devolve um pouco de tranquilidade ao cenário econômico. Com as três frentes relavamente apa- ziguadas, abre-se espaço para o desafio maior: Dilma começar a governar. Nos úlmos dias, assessores presiden- ciais anunciaram a disposição de o governo ouvir sugestões visando reavar a econo- mia. Dá a impressão que Dilma abrirá con- curso para selecionar as melhores suges- tões e dar um prêmio para os autores. Se se indagar de qualquer analista se acredita que a proposta é para valer, a res- posta será negava. Dilma não conseguiu romper a imagem de isolamento que cons- truiu. Se quiser parcipação, basta recorre aos instrumentos de que dispõe. Centro relevante de discussão da socie- dade civil, o CDES (Conselho de Desenvolvi- mento Econômico Social) perdeu totalmen- te relevância no governo Dilma. Agora, com Jaques Wagner na Casa Civil, poderá voltar a ter importância. Ao mesmo tempo, o governo tem no Ipea (Instuto de Pesquisa Econômica Aplicada) e no CGEE (Centro de Gestão e Estudos Es- tratégicos) dois think tank com bom reper- tório de diagnóscos e visões de futuro. Há um enorme elenco de estudos, des- de as reformas instucionais defendidas por instuições ligadas ao mercado, simpli- ficações tributárias estudadas por Associa- ções Comerciais, polícas industriais e ins- trumentos de capitalização estudados pela Universidade e pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Falta apenas a presidente dar-se conta disso e sair a campo para ouvir, ouvir, ouvir. E, depois, ouvir mais até assimilar os concei- tos e, sendo uma pessoa reconhecidamen- te inteligente, conseguir definir seu segun- do governo. A presidente tem resisdo bravamente a propostas que, no fundo, buscam desmon- tar o Estado de bem-estar social construído desde a Constuição de 1988. Falta sair da atude defensiva e apre- sentar propostas de governo. QUESTÃO sindical OPINIÃO OPINIÃO Mais uma vez a bola está com Dilma Lições cubanas 26 de novembro de 2015 - número 25 - ano 1 11 - 2087-3304 / 11 - 3843-0355 / 11 9.6718-9312 QUESTÃO sindical é uma publicação da DO LADO DE KA Soluções em Comunicação e Troadeditora.com.br Assessoria de imprensa. O bolem eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus. Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. Telefones: (11) 2087-3304 e (11) 3843-0355. EXPEDIENTE [email protected] www.questaosindical.com.br Começou nesta quarta (25) o “16 Dias de Avismo pelo Fim da Violên- cia contra as Mulheres”. Cerca de 150 países parcipam, com palestras, ma- nifestações e outras ações. No Brasil, o Fórum Nacional das Mulheres Trabalha- doras das Centrais Sindicais promoverão panfletagem dia 1º de dezembro, na Praça Ramos de Azevedo (Centro da capital paulista), e seminário dia 7 do mesmo mês. Os “16 Dias” terminam dia 10 de dezembro. Junéia Basta, secretária de Mulhe- res Trabalhadoras da CUT, afirma: “O Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher não é um dia de comemoração, é um dia de reflexão, de debates, de atos e de protestos. A violência sofrida pela mulher, seja ela qual for, interfere diretamente em todos os papéis sociais da víma, inclusive no trabalho”. Ela destacou a importância do mo- vimento sindical ampliar a luta por res- peito e igualdade. “A violência nos locais de trabalho acontece, é uma realidade. Uma das próximas ações da CUT será neste sendo. Muitas vezes as mulheres nem sabem, mas brincadeiras sexistas são consideradas violência e prejudicam a vida da mulher trabalhadora”, afirma a dirigente. Segundo estudo da Universidade de Santa Maria, no Sul do país, metade da população brasileira é de mulheres e 41% da força de trabalho brasileira é feminina. Elas estudam mais que os homens, ganham menos nos mesmos postos de trabalho, predominam no EM BRASÍLIA POR EMPREGO A Comissão de Direitos Humanos e Le- gislação Parcipava (CDH) do Senado re- alizou uma audiência pública em home- nagem aos 60 anos do Departamento Intersindical de Estasca e Estudos So- cioeconômicos (Dieese). A reunião, nesta terça (24), contou com a parcipação da presidente do Departamento, Zenaide Ho- nório, da coordenadora de Estudos e De- senvolvimento da instuição, Ângela Ma- ria Schwengber, além de representantes de Centrais Sindicais e do Departamen- to Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). A homenagem foi proposta pelo se- nador Paulo Paim (PT-RS). Zenaide Honório destacou os 60 anos de atuação da entidade, que realiza es- tudos relacionados ao mundo do traba- lho. Segundo a presidente, hoje o órgão está presente em todas as Unidades da Federação, com escritórios regionais em 19 estados e no Distrito Federal, au- xiliando o trabalho de todas as centrais sindicais e mais 700 sindicatos. Honório afirma que o Dieese é a única institui- ção no mundo que realiza esse tipo de trabalho. Para o vice-presidente da CTB, Joílson Cardoso, o Departamento atua como bússola e é indispensável ao movimen- to sindical, “pois traz a realidade em nú- meros, dados e ajuda a formular a visão, a concepção das organizações sindicais, dos trabalhadores e das trabalhadoras”. Ele comenta: “O Dieese ajuda a ler o pen- samento sindical brasileiro. É ele quem consolida a prática por meio das teorias desenvolvidas e nós sabemos o quanto este trabalho é fundamental para orien- tar as ações das nossas entidades”. Saiba mais: hp://goo.gl/e4rfLC Protesto promovido pelas Cen- trais Sindicais nesta quarta (25), na avenida Paulista, em frente ao prédio do Banco Central, reivindi- cou nesta quarta (25) redução da taxa básica de juros. “O País preci- sa de uma políca econômica que leve em conta a distribuição de ren- da”, afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçal- ves (Juruna). “Somos pelo empre- go, contra a recessão”, completou. Para José Braz Fofão, presiden- te do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, o Comitê de Políca Econômica (Copom), do Banco Cen- tral, precisa reduzir os juros para que o os invesmentos sejam di- recionados para a produção. “Hoje estamos passando por um dos perí- odos mais diceis da nossa história, com demissão em massa no ABC, em São Paulo e várias cidades do País”, avaliou. “Vemos diariamente na perife- ria, trabalhadores de cabeça bai- xa procurando emprego. Só lem- bro desta situação na década de 80”, afirmou Roberto Sargento, diretor do Sindicato dos Metalúr- gicos de São Paulo. Saiba mais: site das Centrais. Com a presença de dirigentes sindi- cais de todo país e da América Lana, foi aberta nesta quarta (25), em Forta- leza, Ceará, a 3ª Plenária Nacional dos Dirigentes Sindicais Comerciários da UGT, com o objevo de discur o mo- mento sócio econômico e traçar dire- trizes e estratégias em defesa desta que é uma das categorias mais afeta- das pela conjuntura atual. Na oportunidade, o secretário na- cional do Comércio da Central, José Cloves Rodrigues, chamou a atenção dos dirigentes sindicais presentes para gravidade do momento e para a neces- sidade de somar forças e unir esfor- ços em defesa dos trabalhadores co- merciários de todas as regiões do País, principalmente por ser esta a catego- ria que mais sofre as consequências de uma economia instável. Para Ricardo Patah, presidente na- cional da União Geral dos Trabalhado- res, medidas como a busca de uma da- ta-base e de um piso nacional para os trabalhadores do comércio é uma das reinvindicações essenciais da catego- ria, principalmente para coibir as dis- torções salariais pracadas, principal- mente pelos grupos mulnacionais que atuam em várias partes do país. Saiba mais: ugt.org.br Dieese é homenageado pelo Senado em audiência pública; entidade completa 60 anos no próximo dia 22 de dezembro Centrais protestam na avenida Paulista contra juros altos em frente ao prédio do Banco Central UGT debate cenário socioeconômico brasileiro durante 3ª Plenária dos Comerciários na capital cearense CURTAS Subsede Itaquaquecetuba 11 4642-0381 / 4642-0792 Sede Guarulhos 11 2475-6565 www.comerciariosdeguarulhos.org.br [email protected] Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região (11) 2463.5300 www.metalurgico.org.br [email protected] RECEBA GRATUITAMENTE O QUESTÃO SINDICAL Toda quinta-feira, o bolem eletrônico Questão Sindical é enviado aos e-mails cadastrados. Para você se cadastrar e também receber este bolem toda semana é bem simples. Basta enviar um e-mail para bolem@questaosindical.com.br. Pronto. Você receberá informação de qualidade sobre lutas, ações e conquistas do sindicalismo. [email protected] Sindicalismo fortalece “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres Esve em Cuba, a trabalho, na primeira quinzena de novembro. Na condição de Se- cretário de Formação Sindical, da Força Sin- dical, integrei delegação com 18 dirigentes brasileiros, para curso de formação em Ha- vana. O curso decorre de convênio entre nossa Central e a CTC local. Foram 40 horas de aprendizado muito úl e de fraterna convivência com dirigen- tes preparados e detentores de elevada for- mação políca e cultural. Minha ideia, que levarei à Força Sindical, é trazer ano que vem uma delegação de cubanos para que deem curso semelhante aqui, no Brasil. Dias antes da viagem, um sindicalista amigo provocou: - Vai fazer o que em Cuba; o que eles têm a nos ensinar? Pois bem. Responderei neste argo. Os companheiros cubanos, de um país onde não há nada sobrando (muito pelo contrário), possuem algo precioso: a essên- cia. Os dirigentes com quem convivi foram o tempo todo educados, fraternos e com- panheiros - um companheirismo que tantas vezes nos faz falta por aqui. Convivi com homens e mulheres de ex- trema simplicidade, mas de alta cultura, cuja formação lhes permite analisar concre- tamente seu país e entender a conjuntura internacional. Pessoas sinceramente com- promedas com um projeto social e de na- ção fora dos padrões capitalistas. Todo povo tem suas caracteríscas. O cubano é alegre e expansivo. Várias vezes, encontrei pessoas cantando nas ruas. Mes- mo na fábrica que visitei - onde não aconte- ce acidente de trabalho há cinco anos – vi operários e operárias muito alegres. O povo cubano é também bastante saudável – ou- tra de suas marcas visíveis. Em Cuba, ao contrário do Brasil, a educa- ção é connuada. A parr dos quatro anos, até o ciclo superior, todos podem estudar, de graça. Entre meus colegas locais de cur- so havia vários com mestrado e doutorado. Até os 18 anos não se trabalha. Até essa ida- de, apenas estudos. Pouco tempo ve para andar por Hava- na. Mas onde andei não vi qualquer risco de violência ou assaltos, tão comuns por aqui. Soube, por um colega de lá, que o porte ile- gal de arma é punido com 25 anos de pri- são e que a pena para o tráfico de drogas é de 15 anos. O sindicalismo cubano está, evidente- mente, ligado a um projeto de poder. Ídolos como Fidel Castro e Che Guevara são muito cultuados. Nas empresas maiores, o Sindi- cato tem uma base local. Os dirigentes são eleitos pelos delegados. A práca de con- gressos sindicais é uma tradição na ilha. Lo- cais de trabalho elegem delegados e estes, os dirigentes; de baixo para cima. Já visitei muitos países e respeito as for- mas do sindicalismo local, porque cada ex- periência é original e única. Mas confesso que aprendi muito nessa estada na terra de Fidel e parabenizo a Força Sindical pela feliz iniciava de aproximação com a Central Na- cional dos Trabalhadores de Cuba. Este argo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 25 de novembro de 2015. A Secretaria Municipal de Desen- volvimento, Trabalho e Empreende- dorismo (SDTE), por meio de unida- de móvel do CATe e MEI, direciona, até sábado (28) trabalhadores para 2 mil vagas. A ação acontece no Jar- dim Elba, zona leste da capital pau- lista. Outros serviços: orientações, regularização de negócios para mi- croempreendedores individuais e seguro-desemprego. Há 20 postos para vendedor (remuneração de R$ 1.098,34) e 12 para fiscal de loja (sa- lário de 1.098,34). Ambas as vagas exigem seis meses de experiência e estar cursando o Ensino Médio. Os parcipantes receberão mudas de plantas, parciparão de murão de limpeza. Haverá, ainda, informações sobre direitos das mulheres e sobre cadastro em programas sociais. Saiba mais: hp://goo.gl/uVTzpn Ação em São Paulo direciona para 2 mil vagas de trabalho Será neste domingo (29) a final do 22º Campeonato de Futebol promo- vido pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Disputam o tulo Elecon (Parque das Nações) e Marília (Macedo), a parr das 10h30. Na parda preliminar, às 9 horas, Jú- lio Simões e Tecfil (ambas de Cumbi- ca) jogam pelo terceiro lugar. Os dois jogos serão no Clube de Campo da endade, no Parque Primavera. En- trada é gratuita e aberta a todos. Há amplo estacionamento no local. In- formações: (11) 2463-5300. Saiba mais: metalurgico.org.br Marília e Elecon disputam final domingo (29) no Clube de Campo dos metalúrgicos O Sindicato dos Empregados no Co- mércio de Guarulhos e o Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Ali- mencios do Estado de São Paulo (Sin- covaga) celebraram, na úlma segunda (23), Convenção Coleva de Trabalho: reajuste salarial de 9,9% para os traba- lhadores do segmento nas cidades da base de atuação do sindicato que são Guarulhos, Arujá, Poá, Santa Isabel, Itaquaquecetuba e Ferraz de Vascon- celos. Data-base é 1º de outubro. Salá- rio de admissão sobe para R$ 1.198,00. Saiba mais: comerciariosdeguarulhos.org.br Reajuste é de 9,9% para comerciários varejistas de gêneros alimentícios Movimento começou em 1991 por iniciativa do Centro de Liderança Global de Mulheres; hoje, cerca de 150 países participam trabalho informal, precário e tempo- rário com contratos flexibilizados, sem direitos trabalhistas. História - Em 1991, mulheres de diferentes países, reunidas pelo Cen- tro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership - CWGL), iniciaram a Campanha 16 dias de avismo pelo fim da violência contra a mulher, com o objevo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. Saiba mais: sites das Centrais.

Boletim Questão Sindical Ano 1 Número 25

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QUESTÃO sindical é uma publicação da DO LADO DE KA Soluções em Comunicação e Troad editora e Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus. Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. (11) 2087-3304 (11) 947540103. WhatsApp: 11 9.4754-0103

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Page 1: Boletim Questão Sindical Ano 1 Número 25

Graças exclusivamente ao amadureci-mento institucional, o país começa a voltar para a normalidade política.

Digo exclusivamente porque esta volta à normalidade ocorre apesar da apatia da presidente Dilma Rousseff, que até agora se mostrou incapaz de articular um programa mínimo de governo.

Tem a seu favor o fato de que oposição (com Gilmar Mendes) e imprensa não lhe deram um minuto de folga desde o segun-do turno.

Agora, ocorre uma confluência de fato-res estabilizadores.

Do lado da oposição, a desmoralização do golpismo de fancaria do PSDB de Aécio Neves, Carlos Sampaio e Aloysio Nunes.

Nesse período todo, contando com a re-taguarda total da mídia, não logrou desen-volver uma proposta sequer. A inabilidade política foi tal que, ao propor a anulação completa das eleições, Aécio Neves conse-guiu jogar fora a única âncora para o impe-achment: a parceria com o PMDB.

Conseguiu descontentar os aliados, quei-mou-se com a opinião pública e com o em-presariado e ainda teve que assistir o enter-ro do aliado Eduardo Cunha.

Essa sucessão de erros políticos é surpre-endente em alguém que parecia ter vindo da melhor escola política mineira.

A exposição ao sol desmanchou a ima-gem de Aécio e levou junto à do PSDB.

É possível que, nos próximos meses, o empresariado paulista e o mercado finan-ceiro passem a apostar na Rede Sustentabi-lidade, de Marina Silva.

O segundo fator de estabilização é a Lei de Direito de Resposta aprovada pelo Con-gresso e sancionada por Dilma. Ela deverá conter os exageros de uma imprensa que parece ter perdido totalmente o rumo em sua aposta inconsequente no pior.

A terceira frente foi essa tentativa ca-nhestra de emplacar o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles na Fazen-da.

Pode haver discordâncias em relação ao estilo de Joaquim Levy. Pode cometer erros de diagnóstico, mas é um funcionário públi-co responsável que jamais jogaria o país em aventuras.

Além de seu desconhecimento de econo-mia, Meirelles é do tipo que cede o que for necessário para sustentar uma imagem va-zia.

Ao sair de cena, devolve um pouco de tranquilidade ao cenário econômico.

Com as três frentes relativamente apa-ziguadas, abre-se espaço para o desafio maior: Dilma começar a governar.

Nos últimos dias, assessores presiden-ciais anunciaram a disposição de o governo ouvir sugestões visando reativar a econo-

mia. Dá a impressão que Dilma abrirá con-curso para selecionar as melhores suges-tões e dar um prêmio para os autores.

Se se indagar de qualquer analista se acredita que a proposta é para valer, a res-posta será negativa. Dilma não conseguiu romper a imagem de isolamento que cons-truiu.

Se quiser participação, basta recorre aos instrumentos de que dispõe.

Centro relevante de discussão da socie-dade civil, o CDES (Conselho de Desenvolvi-mento Econômico Social) perdeu totalmen-te relevância no governo Dilma. Agora, com Jaques Wagner na Casa Civil, poderá voltar a ter importância.

Ao mesmo tempo, o governo tem no Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e no CGEE (Centro de Gestão e Estudos Es-tratégicos) dois think tank com bom reper-tório de diagnósticos e visões de futuro.

Há um enorme elenco de estudos, des-de as reformas institucionais defendidas por instituições ligadas ao mercado, simpli-ficações tributárias estudadas por Associa-ções Comerciais, políticas industriais e ins-trumentos de capitalização estudados pela Universidade e pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Falta apenas a presidente dar-se conta disso e sair a campo para ouvir, ouvir, ouvir. E, depois, ouvir mais até assimilar os concei-tos e, sendo uma pessoa reconhecidamen-te inteligente, conseguir definir seu segun-do governo.

A presidente tem resistido bravamente a propostas que, no fundo, buscam desmon-tar o Estado de bem-estar social construído desde a Constituição de 1988.

Falta sair da atitude defensiva e apre-sentar propostas de governo.

QUESTÃO sindicalOPINIÃO

OPINIÃO

Mais uma vez a bola está com Dilma

Lições cubanas

26 de novembro de 2015 - número 25 - ano 111 - 2087-3304 / 11 - 3843-0355 / 11 9.6718-9312

QUESTÃO sindical é uma publicação da DO LADO DE KA Soluções em Comunicação e Troadeditora.com.br Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus.

Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. Telefones: (11) 2087-3304 e (11) 3843-0355.

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Começou nesta quarta (25) o “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violên-cia contra as Mulheres”. Cerca de 150 países participam, com palestras, ma-nifestações e outras ações. No Brasil, o Fórum Nacional das Mulheres Trabalha-doras das Centrais Sindicais promoverão panfletagem dia 1º de dezembro, na Praça Ramos de Azevedo (Centro da capital paulista), e seminário dia 7 do mesmo mês. Os “16 Dias” terminam dia 10 de dezembro.

Junéia Batista, secretária de Mulhe-res Trabalhadoras da CUT, afirma: “O Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher não é um dia de comemoração, é um dia de reflexão, de debates, de atos e de protestos. A violência sofrida pela mulher, seja ela qual for, interfere diretamente em todos os papéis sociais da vítima, inclusive no trabalho”.

Ela destacou a importância do mo-vimento sindical ampliar a luta por res-peito e igualdade. “A violência nos locais de trabalho acontece, é uma realidade. Uma das próximas ações da CUT será neste sentido. Muitas vezes as mulheres nem sabem, mas brincadeiras sexistas são consideradas violência e prejudicam a vida da mulher trabalhadora”, afirma a dirigente.

Segundo estudo da Universidade de Santa Maria, no Sul do país, metade da população brasileira é de mulheres e 41% da força de trabalho brasileira é feminina. Elas estudam mais que os homens, ganham menos nos mesmos postos de trabalho, predominam no

EM BRASÍLIA

POR EMPREGO

A Comissão de Direitos Humanos e Le-gislação Participativa (CDH) do Senado re-alizou uma audiência pública em home-nagem aos 60 anos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos So-cioeconômicos (Dieese). A reunião, nesta terça (24), contou com a participação da presidente do Departamento, Zenaide Ho-nório, da coordenadora de Estudos e De-senvolvimento da instituição, Ângela Ma-ria Schwengber, além de representantes de Centrais Sindicais e do Departamen-to Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). A homenagem foi proposta pelo se-

nador Paulo Paim (PT-RS).Zenaide Honório destacou os 60 anos

de atuação da entidade, que realiza es-tudos relacionados ao mundo do traba-lho. Segundo a presidente, hoje o órgão está presente em todas as Unidades da Federação, com escritórios regionais em 19 estados e no Distrito Federal, au-xiliando o trabalho de todas as centrais sindicais e mais 700 sindicatos. Honório afirma que o Dieese é a única institui-ção no mundo que realiza esse tipo de trabalho.

Para o vice-presidente da CTB, Joílson

Cardoso, o Departamento atua como bússola e é indispensável ao movimen-to sindical, “pois traz a realidade em nú-meros, dados e ajuda a formular a visão, a concepção das organizações sindicais, dos trabalhadores e das trabalhadoras”. Ele comenta: “O Dieese ajuda a ler o pen-samento sindical brasileiro. É ele quem consolida a prática por meio das teorias desenvolvidas e nós sabemos o quanto este trabalho é fundamental para orien-tar as ações das nossas entidades”.

Saiba mais: http://goo.gl/e4rfLC

Protesto promovido pelas Cen-trais Sindicais nesta quarta (25), na avenida Paulista, em frente ao prédio do Banco Central, reivindi-cou nesta quarta (25) redução da taxa básica de juros. “O País preci-sa de uma política econômica que leve em conta a distribuição de ren-da”, afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçal-ves (Juruna). “Somos pelo empre-

go, contra a recessão”, completou.Para José Braz Fofão, presiden-

te do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, o Comitê de Política Econômica (Copom), do Banco Cen-tral, precisa reduzir os juros para que o os investimentos sejam di-recionados para a produção. “Hoje estamos passando por um dos perí-odos mais difíceis da nossa história, com demissão em massa no ABC,

em São Paulo e várias cidades do País”, avaliou.

“Vemos diariamente na perife-ria, trabalhadores de cabeça bai-xa procurando emprego. Só lem-bro desta situação na década de 80”, afirmou Roberto Sargento, diretor do Sindicato dos Metalúr-gicos de São Paulo.

Saiba mais: site das Centrais.

Com a presença de dirigentes sindi-cais de todo país e da América Latina, foi aberta nesta quarta (25), em Forta-leza, Ceará, a 3ª Plenária Nacional dos Dirigentes Sindicais Comerciários da UGT, com o objetivo de discutir o mo-mento sócio econômico e traçar dire-trizes e estratégias em defesa desta que é uma das categorias mais afeta-das pela conjuntura atual.

Na oportunidade, o secretário na-

cional do Comércio da Central, José Cloves Rodrigues, chamou a atenção dos dirigentes sindicais presentes para gravidade do momento e para a neces-sidade de somar forças e unir esfor-ços em defesa dos trabalhadores co-merciários de todas as regiões do País, principalmente por ser esta a catego-ria que mais sofre as consequências de uma economia instável.

Para Ricardo Patah, presidente na-

cional da União Geral dos Trabalhado-res, medidas como a busca de uma da-ta-base e de um piso nacional para os trabalhadores do comércio é uma das reinvindicações essenciais da catego-ria, principalmente para coibir as dis-torções salariais praticadas, principal-mente pelos grupos multinacionais que atuam em várias partes do país.

Saiba mais: ugt.org.br

Dieese é homenageado pelo Senado em audiência pública; entidade completa 60 anos no próximo dia 22 de dezembro

Centrais protestam na avenida Paulistacontra juros altos em frente ao prédio do Banco Central

UGT debate cenário socioeconômico brasileirodurante 3ª Plenária dos Comerciários na capital cearense

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RECEBA GRATUITAMENTEO QUESTÃO SINDICALToda quinta-feira, o boletim eletrônico Questão Sindical é enviado aos e-mails cadastrados. Para você se cadastrar e também receber este boletim toda semana é bem simples. Basta enviar um e-mail para [email protected]. Pronto. Você receberá informação de qualidade sobre lutas, ações e conquistas do sindicalismo.

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Sindicalismo fortalece “16 Dias de Ativismopelo Fim da Violência contra as Mulheres

Estive em Cuba, a trabalho, na primeira quinzena de novembro. Na condição de Se-cretário de Formação Sindical, da Força Sin-dical, integrei delegação com 18 dirigentes brasileiros, para curso de formação em Ha-vana. O curso decorre de convênio entre nossa Central e a CTC local.

Foram 40 horas de aprendizado muito útil e de fraterna convivência com dirigen-tes preparados e detentores de elevada for-mação política e cultural. Minha ideia, que levarei à Força Sindical, é trazer ano que vem uma delegação de cubanos para que deem curso semelhante aqui, no Brasil.

Dias antes da viagem, um sindicalista amigo provocou: - Vai fazer o que em Cuba; o que eles têm a nos ensinar? Pois bem. Responderei neste artigo.

Os companheiros cubanos, de um país onde não há nada sobrando (muito pelo contrário), possuem algo precioso: a essên-cia. Os dirigentes com quem convivi foram o tempo todo educados, fraternos e com-panheiros - um companheirismo que tantas vezes nos faz falta por aqui.

Convivi com homens e mulheres de ex-trema simplicidade, mas de alta cultura, cuja formação lhes permite analisar concre-tamente seu país e entender a conjuntura internacional. Pessoas sinceramente com-prometidas com um projeto social e de na-ção fora dos padrões capitalistas.

Todo povo tem suas características. O cubano é alegre e expansivo. Várias vezes, encontrei pessoas cantando nas ruas. Mes-mo na fábrica que visitei - onde não aconte-ce acidente de trabalho há cinco anos – vi operários e operárias muito alegres. O povo cubano é também bastante saudável – ou-tra de suas marcas visíveis.

Em Cuba, ao contrário do Brasil, a educa-ção é continuada. A partir dos quatro anos, até o ciclo superior, todos podem estudar, de graça. Entre meus colegas locais de cur-so havia vários com mestrado e doutorado. Até os 18 anos não se trabalha. Até essa ida-de, apenas estudos.

Pouco tempo tive para andar por Hava-na. Mas onde andei não vi qualquer risco de violência ou assaltos, tão comuns por aqui. Soube, por um colega de lá, que o porte ile-gal de arma é punido com 25 anos de pri-são e que a pena para o tráfico de drogas é de 15 anos.

O sindicalismo cubano está, evidente-mente, ligado a um projeto de poder. Ídolos como Fidel Castro e Che Guevara são muito cultuados. Nas empresas maiores, o Sindi-cato tem uma base local. Os dirigentes são eleitos pelos delegados. A prática de con-gressos sindicais é uma tradição na ilha. Lo-cais de trabalho elegem delegados e estes, os dirigentes; de baixo para cima.

Já visitei muitos países e respeito as for-mas do sindicalismo local, porque cada ex-periência é original e única. Mas confesso que aprendi muito nessa estada na terra de Fidel e parabenizo a Força Sindical pela feliz iniciativa de aproximação com a Central Na-cional dos Trabalhadores de Cuba.

Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos

Hoje, dia 25 de novembro de 2015.

A Secretaria Municipal de Desen-volvimento, Trabalho e Empreende-dorismo (SDTE), por meio de unida-de móvel do CATe e MEI, direciona, até sábado (28) trabalhadores para 2 mil vagas. A ação acontece no Jar-dim Elba, zona leste da capital pau-lista. Outros serviços: orientações, regularização de negócios para mi-croempreendedores individuais e seguro-desemprego. Há 20 postos para vendedor (remuneração de R$ 1.098,34) e 12 para fiscal de loja (sa-lário de 1.098,34). Ambas as vagas exigem seis meses de experiência e estar cursando o Ensino Médio. Os participantes receberão mudas de plantas, participarão de mutirão de limpeza. Haverá, ainda, informações sobre direitos das mulheres e sobre cadastro em programas sociais.

Saiba mais: http://goo.gl/uVTzpn

Ação em São Paulo direciona para2 mil vagas de trabalho

Será neste domingo (29) a final do 22º Campeonato de Futebol promo-vido pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Disputam o título Elecon (Parque das Nações) e Marília (Macedo), a partir das 10h30. Na partida preliminar, às 9 horas, Jú-lio Simões e Tecfil (ambas de Cumbi-ca) jogam pelo terceiro lugar. Os dois jogos serão no Clube de Campo da entidade, no Parque Primavera. En-trada é gratuita e aberta a todos. Há amplo estacionamento no local. In-formações: (11) 2463-5300.

Saiba mais: metalurgico.org.br

Marília e Elecon disputam final domingo (29) no Clube de Campo dos metalúrgicos

O Sindicato dos Empregados no Co-mércio de Guarulhos e o Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Ali-mentícios do Estado de São Paulo (Sin-covaga) celebraram, na última segunda (23), Convenção Coletiva de Trabalho: reajuste salarial de 9,9% para os traba-lhadores do segmento nas cidades da base de atuação do sindicato que são Guarulhos, Arujá, Poá, Santa Isabel, Itaquaquecetuba e Ferraz de Vascon-celos. Data-base é 1º de outubro. Salá-rio de admissão sobe para R$ 1.198,00.

Saiba mais:comerciariosdeguarulhos.org.br

Reajuste é de 9,9% para comerciários varejistasde gêneros alimentícios

Movimento começou em 1991 por iniciativa do Centro de Liderança Global de Mulheres; hoje, cerca de 150 países participam

trabalho informal, precário e tempo-rário com contratos flexibilizados, sem direitos trabalhistas.

História - Em 1991, mulheres de diferentes países, reunidas pelo Cen-tro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership

- CWGL), iniciaram a Campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo.

Saiba mais: sites das Centrais.