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Bossa Nova

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Bossa NovaAlgunos Intérpretes

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ConteúdoPáginas

Antônio Carlos Jobim 1Vinicius de Moraes 8Alaíde Costa 17Astrud Gilberto 18Baden Powell 20Carlos Lyra 24Claudette Soares 30Danilo Caymmi 33Elizeth Cardoso 36Johnny Alf 40João Donato 42João Gilberto 46Luiz Bonfá 63Luiz Eça 64Marcos Valle 68Maysa 75Miúcha 80Nara Leão 82Newton Mendonça 85Os Cariocas 86Oscar Castro-Neves 90Roberto Menescal 91Ronaldo Bôscoli 93Sérgio Mendes 94Sylvia Telles 96Stan Getz 99Toquinho 101Zimbo Trio 105Wanda Sá 108Wilson Simonal 109

ReferênciasFontes e Editores da Página 125Fontes, Licenças e Editores da Imagem 127

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Licenças das páginasLicença 128

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Antônio Carlos Jobim 1

Antônio Carlos Jobim

Tom Jobim

Foto: © Marcia Kranz

Informação geral

Nome completo Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim

Apelido Tom Jobim

Nascimento 25 de janeiro de 1927Rio de Janeiro, RJ

Brasil

Data de morte 8 de dezembro de 1994 (67 anos)Nova Iorque

 Estados Unidos

Gênero(s) Bossa nova, samba, MPB

Instrumento(s) Piano e violão

Período em atividade 1948 — 1994

Afiliação(ões) Banda NovaVinícius de MoraesNewton MendonçaJoão GilbertoLuiz BonfáDolores DuranBilly BlancoChico BuarqueEdu LoboElis ReginaAstrud GilbertoFrank Sinatra

Influência(s) Heitor Villa-LobosDorival CaymmiRadamés GnattaliAry BarrosoGeorge GershwinDebussy

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Antônio Carlos Jobim 2

Página oficial www2.uol.com.br/TomJobim [1]

Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim[2] (Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1927 — Nova Iorque, 8 dedezembro de 1994), mais conhecido como Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador eviolonista brasileiro.É considerado o maior expoente de todos os tempos da música brasileira pela revista Rolling Stone[3], e um doscriadores do movimento da bossa nova.

BiografiaNascido no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, Tom mudou-se com a família no ano seguinte para Ipanema, ondefoi criado. A ausência do pai, Jorge de Oliveira Jobim, durante a infância e adolescência lhe impôs um contidoressentimento, desenvolvendo no maestro uma profunda relação com a tristeza e o romantismo melódico, transferidopeculiarmente para as construções harmônicas e melódicas. Aprendeu a tocar violão e piano em aulas, entre outros,com o professor alemão Hans-Joachim Koellreutter, introdutor da técnica dodecafônica no Brasil.

Vida pessoalNo dia 15 de outubro de 1949, Antônio Carlos Jobim casou-se com Thereza de Otero Hermanny (1985), com quemteve dois filhos, Paulo (n. 1950) e Elizabeth (1957).Em 30 de abril de 1986,[4] ele casou-se com a fotógrafa e vocalista da Banda Nova, Ana Beatriz Lontra,[5] que tinhaa mesma idade de sua filha Elizabeth. Tom e sua segunda esposa tiveram dois filhos juntos, João Francisco(1979-1998[6][7]) e Maria Luiza (1987).[8]

Declarou em entrevista à TV Globo, em 1987, que o Rio de Janeiro onde viveu sua infância era muito diferente doRio que se encontrava na época da entrevista.

Trajetória profissionalPensou em trabalhar como arquiteto, chegando a cursar o primeiro ano da faculdade e até a se empregar em umescritório, mas logo desistiu e decidiu ser pianista. Tocava em bares e boates em Copacabana, como no Beco dasGarrafas no início dos anos 1950, até que em 1952 foi contratado como arranjador pela gravadora Continental, ondetrabalhou com Sávio Silveira. Além dos arranjos, também tinha a função de transcrever para a pauta as melodias decompositores que não dominavam a escrita musical. Datam dessa época as primeiras composições, sendo a primeiragravada "Incerteza", uma parceria com Newton Mendonça, na voz de Mauricy Moura.Depois da Continental, foi para a Odeon. Entretanto, não tinha tanto tempo para se dedicar à composição, que lheinteressava mais. É nesse época que compõe alguns sambas, em parceria de Billy Blanco: Tereza da Praia, gravadapor Lúcio Alves e Dick Farney pela Continental (1954), Solidão e a Sinfonia do Rio de Janeiro. Tereza da Praia oprimeiro sucesso. Depois disso, ocorreram outras parcerias, como com a cantora e compositora Dolores Duran, nacanção Se é por Falta de Adeus.

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Antônio Carlos Jobim 3

Placa em homenagem a Tom Jobim no Aeroporto Internacional do Rio deJaneiro Tom Jobim/Galeão.

Em 1956 musicou a peça Orfeu da Conceiçãocom Vinícius de Moraes, que se tornou um deseus parceiros mais constantes. Dessa peça fezbastante sucesso a canção antológica Se TodosFossem Iguais a Você, gravada diversas vezes.Tom Jobim fez parte do núcleo embrionário dabossa nova. O LP Canção do Amor Demais(1958), em parceria com Vinícius, einterpretações de Elizeth Cardoso, foiacompanhado pelo violão de um baiano até entãodesconhecido, João Gilberto. A orquestração éconsiderada um marco inaugural da bossa nova,pela originalidade das melodias e harmonias.Inclui, entre outras, Canção do Amor Demais,Chega de Saudade e Eu Não Existo sem Você. Aconsolidação da bossa nova como estilo musicalveio logo em seguida com o 78 rotações Chegade Saudade, interpretado por João Gilberto,lançado em 1959, com arranjos e direção musicalde Tom, selou os rumos que a música popularbrasileira tomaria dali para frente. No mesmo anofoi a vez de Sílvia Telles gravar Amor de GenteMoça, um disco com 12 canções de Tom, entreelas "Só em Teus Braços", "Dindi" (com Aloysiode Oliveira) e "A Felicidade" (com Vinícius).

Tom foi um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York em 1962. No ano seguintecompôs, com Vinícius, um dos maiores sucessos e possivelmente a canção brasileira mais executada no exterior:"Garota de Ipanema". Nos anos de 1962 e 1963 a quantidade de "clássicos" produzidos por Tom é impressionante:"Samba do Avião", "Só Danço Samba" (com Vinícius), "Ela é Carioca" (com Vinícius), "O Morro Não Tem Vez","Inútil Paisagem" (com Aloysio), "Vivo Sonhando". Nos Estados Unidos gravou discos (o primeiro individual foiThe Composer of Desafinado, Plays, de 1965), participou de espetáculos e fundou sua própria editora, a CorcovadoMusic.

O sucesso fora do Brasil o fez voltar aos EUA em 1967 para gravar com um dos grandes mitos americanos, FrankSinatra. O disco Francis Albert Sinatra e Antônio Carlos Jobim, com arranjos de Claus Ogerman, incluiu versões eminglês das canções de Tom ("The Girl From Ipanema", "How Insensitive", "Dindi", "Quiet Night of Quiet Stars") ecomposições americanas, como "I Concentrate On You", de Cole Porter. No fim dos anos 1960, depois de lançar odisco Wave (com a faixa-título, Triste, Lamento entre outras instrumentais), participou de festivais no Brasil,conquistando o primeiro lugar no III Festival Internacional da Canção (Rede Globo), com Sabiá, parceria com ChicoBuarque, interpretado por Cynara e Cybele, do Quarteto em Cy. Sabiá conquistou o júri, mas não o público, quevaiou ostensivamente a interpretação diante dos constrangidos compositores.Aprofundando seus estudos musicais, adquirindo influências de compositores eruditos, principalmente Villa-Lobos e Debussy, Tom Jobim prosseguiu gravando e compondo músicas vocais e instrumentais de rara inspiração, juntando harmonias do jazz (Stone Flower) e elementos tipicamente brasileiros, fruto de suas pesquisas sobre a cultura brasileira. É o caso de "Matita Perê" e "Urubu", lançados na década de 1970, que marcam a aliança entre sua sofisticação harmônica e sua qualidade de letrista. São desses dois discos Águas de Março, Ana Luiza, Lígia, Correnteza, O Boto, Ângela. Também nessa época grava discos com outros artistas, como Elis e Tom, com Elis

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Antônio Carlos Jobim 4

Regina, Miúcha e Tom Jobim e Edu e Tom, com Edu Lobo.Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, nocoro da versão brasileira de We are the world, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ouUSA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985) abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto,de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretaçõesindividuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delasno coro.

Túmulo de Tom Jobim no Cemitério São João Batista,RJ.

Em 1987, lançou Passarim, obra de um compositor já consagrado,que pode desenvolver seu trabalho sem qualquer receio,acompanhado por uma banda grande, a Banda Nova. Além dafaixa-título, Gabriela, Luiza, Chansong, Borzeguim e AnosDourados (com Chico Buarque) são os destaques. Em 1992 foienredo da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Seuúltimo álbum, Antônio Brasileiro, foi lançado em 1994, poucoantes da sua morte, em dezembro, de parada cardíaca, quandoestava se recuperando de um câncer de bexiga no Hospital MountSinai, em Nova Iorque.[9]

Algumas biografias foram publicadas, entre elas Antônio CarlosJobim, um Homem Iluminado, de sua irmã Helena Jobim, AntônioCarlos Jobim - Uma Biografia, de Sérgio Cabral, e Tons sobre Tom, de Márcia Cezimbra, Tárik de Souza e TessyCallado.

Antônio Carlos Jobim era doutor «honoris causa» pela Universidade Nova de Lisboa / Faculdade de Ciências Sociaise Humanas, por volta de 1991.O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro foi renomeado Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão -Antônio Carlos Jobim ' junto ao Congresso Nacional por uma comissão de notáveis, formada por Chico Buarque,Oscar Niemeyer, João Ubaldo Ribeiro, Antônio Cândido, Antônio Houaiss e Edu Lobo, criada e pessoalmentecoordenada pelo crítico Ricardo Cravo Albin.[carece de fontes?]

Em 25 de janeiro de 2011, dia em que Tom Jobim completaria 84 anos, o Google alterou o logo da sua página inicialem homenagem a Tom.[10]

Discografia

Álbuns de estúdio

Solo

• The Composer of Desafinado, Plays (Verve, 1963)• Antônio Carlos Jobim (Elenco, 1964), reedição brasileira do álbum acima, com capa e título diferentes.• The Wonderful World of Antonio Carlos Jobim (Warner, 1964)• A Certain Mr. Jobim (Warner, 1965)• Wave (A&M/CTI, 1967)• Stone Flower (CTI, 1970)• Tide (A&M/CTI, 1970)• Matita Perê (Philips, 1973)• Jobim (MCA, 1973), reedição estadunidense do álbum acima, com capa e título diferentes. A diferença é que

contém uma faixa a mais: "Waters of March".[11]

• Urubu (Warner, 1975)

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• Terra Brasilis (Warner, 1980)• Passarim (PolyGram, 1987)• Antônio Brasileiro (Columbia, 1994)• Inédito (BMG, 1995)

Com parcerias ou como contribuidor

• Sinfonia do Rio de Janeiro (Continental, 1954), parceira com Billy Blanco.• Orfeu da Conceição (Odeon, 1956)• O Pequeno Príncipe (Festa, 1957), um audiolivro cuja trilha sonora foi composta por Jobim.• Canção do Amor Demais - Elizete Cardoso (Festa, 1958)• Amor de gente moça - Silvia Telles (Odeon, 1959)• Chega de Saudade - João Gilberto (Odeon, 1959)• Por tôda a minha vida - Lenita Bruno (Festa, 1959)• Brasília - Sinfonia da Alvorada (Columbia, 1960)• O Amor, o Sorriso e a Flor - João Gilberto (Odeon, 1960)• João Gilberto - João Gilberto (Odeon, 1961)• Getz/Gilberto - Stan Getz, João Gilberto (Verve, 1963)• Jazz Samba Encore! (MGM/Verve, 1963)• The Astrud Gilberto Album (Verve/Elenco, 1965)• Caymmi Visita Tom (Elenco, 1965), parceria com Dorival Caymmi e seus filhos, Danilo Caymmi, Dori Caymmi e

Nana Caymmi• Garota de Ipanema - vários intérpretes (Philips, 1967), trilha sonora do filme homônimo.• Antonio Carlos Jobim & Sérgio Mendes (Odeon, 1967), com Sérgio Mendes. Algumas faixas desse álbum foram

retiradas do The Wonderful World of Antonio Carlos Jobim.• Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim (Reprise, 1967)• The Adventurers (Paramount, 1970), trilha sonora do filme homônimo.• Sinatra & Company - Frank Sinatra e Antonio Carlos Jobim (Reprise, 1971)• Elis & Tom (PolyGram, 1974), parceria com Elis Regina.• Miucha & Antonio Carlos Jobim - vol. I (RCA, 1977), parceria com Miúcha.• Miucha & Tom Jobim - vol. II (RCA, 1979), parceria com Miúcha.• Edu & Tom (PolyGram, 1981), parceria com Edu Lobo.• Gabriela (RCA, 1983), trilha sonora original do filme Gabriela, Cravo e Canela.• O Tempo e o Vento (Som Livre, 1985)

Compactos• Disco de bolso - O Tom de Tom Jobim e o tal de João Bosco (Zen Editora, 1972)

Álbuns ao vivo• Tom, Vinicius, Toquinho, Miucha - gravado ao vivo no Canecão, Rio de Janeiro (Som Livre, 1977)• Rio Revisited - Tom Jobim & Gal Costa (Verve/Polygram, 1989)• Tom Canta Vinícius (Universal, 2000)• Em Minas ao Vivo: Piano e Voz (Biscoito Fino, 2004)• Ao Vivo em Montreal (Biscoito Fino, 2007)

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Compilações• Antonio Carlos Jobim: Composer (Warner, 1995)• Sinatra-Jobim Sessions (WEA, 1979)• Meus Primeiros Passos e Compassos (Revivendo, 1997), coletânea das suas primeiras composições na década de

1950.• Raros Compassos (Revivendo, 2000), coletânea de gravações raras da década de 1950. Lançado em três volumes.

Álbuns de tributo• Onda (3M, 1987), interpretado pelo cantor e compositor Wauke, acompanhado pela banda High Life, formada

por Nico Assumpção, Carlos Bala, Ricardo Silveira, Márcio Montarroyos e Luiz Avelar, com produção de FátimaLeão e Lucia Sweet. Indicado ao Prêmio Sharp daquele ano. Em 1996, o disco foi relançado em CD como Waukecanta Jobim.

• The Antonio Carlos Jobim Songbook (Verve, 1994), interpretado por vários artistas, como Ella Fitzgerald, OscarPeterson e Dizzy Gillespie, incluindo algumas músicas de álbuns que Tom Jobim participou, como o álbumGetz/Gilberto e The Composer of Desafinado, Plays.

• Songbook Instrumental Antonio Carlos Jobim (Lumiar, 1995), álbum duplo interpretado por vários artistas.• Songbook Antonio Carlos Jobim (Lumiar, 1996), interpretado por vários artistas e lançado em 5 volumes.• Jobim Sinfônico - OSESP (Biscoito Fino, 2002)

Bibliografia• JOBIM, Helena. Antonio Carlos Jobim: Um Homem Iluminado (em português). Rio de Janeiro: Nova Fronteira,

1996. ISBN 85-209-0684-2.• LISBOA, Luis Carlos. A Vida de Tom Jobim (em português). Rio de Janeiro: Rio Cultura/Faculdades Integradas

Estácio de Sá, 1983.• CABRAL, Sérgio. Antonio Carlos Jobim: Uma Biografia (em português). Rio de Janeiro: Lumiar, 1997.• CEZIMBRA, Márcia. SOUZA, Tárik de. CALLADO, Tessy. Tons sobre Tom (em português). Rio de

Janeiro: Revan, 1995. ISBN 85-7106-076-2.

Ligações externas• Site oficial [12]

• Instituto Antonio Carlos Jobim [13]

• Arquivo digitalizado de Antonio Carlos Jobim [14]

• Clube do Tom [15]

• Histórias da bossa nova [16]

• Tom Jobim - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira [17]

• Tom Jobim era um apaixonado por Drummond e Guimarães Rosa [18] Globo.com• KUEHN, Frank M. C. Antonio Carlos Jobim, a Sinfonia do Rio de Janeiro e a Bossa Nova: caminho para a

construção de uma nova linguagem musical. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004. Primeira Parte [19], segunda Parte [20],terceira Parte [21].

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Antônio Carlos Jobim 7

Referências[1] http:/ / www2. uol. com. br/ tomjobim[2] A grafia original do nome do biografado, Antonio, deve ser atualizada conforme a onomástica estabelecida a partir do Formulário Ortográfico

de 1943, por seguir as mesmas regras dos substantivos comuns ( Academia Brasileira de Letras – Formulário Ortográfico de 1943 (http:/ /www. academia. org. br/ abl/ cgi/ cgilua. exe/ sys/ start. htm?sid=20)). Tal norma foi reafirmada pelos subsequentes Acordos Ortográficos dalíngua portuguesa ( Acordo Ortográfico de 1945 (http:/ / www. portaldalinguaportuguesa. org/ index. php?action=acordo& version=1945) eAcordo Ortográfico de 1990 (http:/ / www. portaldalinguaportuguesa. org/ index. php?action=acordo& version=1990)). A norma é optativapara nomes de pessoas em vida, a fim de evitar constrangimentos, mas após seu falecimento torna-se obrigatória para publicações, ainda quese possa utilizar a grafia arcaica no foro privado (Formulário Ortográfico de 1943, IX).

[3] Ricardo Franca Cruz (14 de outubro de 2008). 1. TOM JOBIM - Edição 25 - (Outubro/2008) - Rolling Stone Brasil (http:/ / www.rollingstone. com. br/ edicoes/ 25/ textos/ 3465/ ) (em português). Rolling Stone. Página visitada em 1 de fevereiro de 2011.

[4] Cronologia (http:/ / www. jobim. com. br/ cgi-bin/ clubedotom/ cronologia. cgi). Clube do Tom. Página visitada em 3 de abril de 2009.[5] Magioli, Ailton. Sem Fronteiras (http:/ / www. clubedejazz. com. br/ noticias/ noticia. php?noticia_id=573). Estado de Minas. Página visitada

em 3 de abril de 2009.[6] Datas (http:/ / veja. abril. com. br/ 290798/ p_039. html). Revista Veja. Página visitada em 10 de fevereiro de 2009.[7] Filho de Tom Jobim morre em acidente (http:/ / jornal. valeparaibano. com. br/ 1998/ 07/ 23/ geral/ jobim. html). O Vale Paraibano. Página

visitada em 28 de agosto de 2009.[8] Antonio Carlos Jobim (http:/ / www. geneall. net/ P/ per_page. php?id=539819). GeneAll. Página visitada em 3 de abril de 2009.[9] As coincidências entre John Lennon e Tom Jobim (http:/ / entretenimento. r7. com/ musica/ noticias/

as-coincidencias-entre-john-lennon-e-tom-jobim-20091208. html) Portal R7.[10] Google homenageia aniversário de Tom Jobim (http:/ / g1. globo. com/ tecnologia/ noticia/ 2011/ 01/

google-homenageia-aniversario-de-tom-jobim. html)[11] Jobim (http:/ / www. jobim. org/ xmlui/ handle/ 2010/ 8386). Acervo Antonio Carlos Jobim. Página visitada em 16 de outubro de 2009.[12] http:/ / www2. uol. com. br/ tomjobim/ index_flash. htm[13] http:/ / www. jobim. org[14] http:/ / www. jobim. org/ jobim[15] http:/ / www. jobim. com. br[16] http:/ / www. almacarioca. com. br/ mpb. htm[17] http:/ / www. dicionariompb. com. br/ tom-jobim[18] http:/ / video. globo. com/ Videos/ Player/ Noticias/ 0,,GIM1179283-7823-TOM+ JOBIM+ ERA+ UM+ APAIXONADO+ POR+

DRUMMOND+ E+ GUIMARAES+ ROSA,00. html[19] http:/ / unirio-br. academia. edu/ fmc/ Papers/ 612772/ ANTONIO_CARLOS_JOBIM_Antonio_Carlos_Jobim_[20] http:/ / unirio-br. academia. edu/ fmc/ Papers/ 695463/ A_BOSSA_NOVA_The_Bossa_Nova_movement_[21] http:/ / unirio-br. academia. edu/ fmc/ Papers/ 745345/ A_SINFONIA_DO_RIO_DE_JANEIRO_de_A. C.

_Jobim_Billy_Blanco_e_Radames_Gnattali_The_Symphony_of_Rio_de_Janeiro_by_A. C. Jobim_Billy_Blanco_and_Radames_Gnattali_

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Vinicius de Moraes 8

Vinicius de Moraes

Vinícius de Moraes

Caricatura de Vinicius de Moraes

Informação geral

Apelido Poetinha

Nascimento 19 de outubro de 1913

Origem Rio de Janeiro, RJ

País Brasil

Data de morte 9 de julho de 1980 (66 anos)Rio de Janeiro

Gênero(s) MPB, bossa nova, samba

Afiliação(ões) Carlos Lyra, Tom Jobim, Toquinho

Vinícius de Moraes[1][2] (Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi umdiplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.[3][4][5]

Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "poetinha"[6], apelido que lhe teria atribuído Tom Jobim[7],notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, eratambém conhecido por ser um grande conquistador.[8] O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida esuas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo (mais conhecida como Tati de Moraes), ReginaPederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta RodriguesSantamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso.[8]

Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve comoprincipais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.

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Vinicius de Moraes 9

VidaVinicius de Moraes nasceu em 1913 no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, filho de Clodoaldo Pereira da SilvaMoraes, funcionário da Prefeitura, poeta e violinista amador, e Lídia Cruz, pianista amadora. Vinícius é o segundode quatro filhos, Lygia (1911), Laetitia (1916) e Helius (1918).[8] Mudou-se com a família para o bairro de Botafogoem 1916, onde iniciou os seus estudos na Escola Primária Afrânio Peixoto, onde já demonstrava interesse emescrever poesias.[9] Em 1922, a sua mãe adoeceu e a família de Vinicius mudou-se para a Ilha do Governador, ele esua irmã Lygia permanecendo com o avô, em Botafogo, para terminar o curso primário.[10]

Vinicius de Moraes ingressou em 1924 no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, onde passou a cantar no coral ecomeçou a montar pequenas peças de teatro. Três anos mais tarde, tornou-se amigo dos irmãos Haroldo e PauloTapajós, com quem começou a fazer suas primeiras composições e a se apresentar em festas de amigos.[11] Em 1929,concluiu o ginásio e no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, hoje integrada à Universidade doEstado do Rio de Janeiro (UERJ). Na chamada "Faculdade do Catete", conheceu e tornou-se amigo do romancistaOtavio Faria, que o incentivou na vocação literária. Vinicius de Moraes graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociaisem 1933.[8]

Três anos depois, obteve o emprego de censor cinematográfico junto ao Ministério da Educação e Saúde. Dois anosmais tarde, Vinicius de Moraes ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas naUniversidade de Oxford. Em 1941, retornou ao Brasil empregando-se como crítico de cinema no jornal "AManhã".[12] Tornou-se também colaborador da revista "Clima" e empregou-se no Instituto dos Bancários.No ano seguinte, foi reprovado em seu primeiro concurso para o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Em1943, concorreu novamente e desta vez foi aprovado.[12] Em 1946, assumiu o primeiro posto diplomático comovice-cônsul em Los Angeles. Com a morte do pai, em 1950, Vinicius de Moraes retornou ao Brasil. Nos anos 1950,Vinicius atuou no campo diplomático em Paris e em Roma, onde costumava realizar animados encontros na casa doescritor Sérgio Buarque de Holanda.No final de 1968 foi afastado da carreira diplomática tendo sido aposentado compulsoriamente pelo Ato InstitucionalNúmero CincoO poeta estava em Portugal, a dar uma série de espectáculos, alguns com Chico Buarque e Nara Leão, quando oregime militar emitiu o AI-5. O motivo apontado para o afastamento foi o seu comportamento boêmio que o impediade cumprir as suas funções. Vinícius foi anistiado (post-mortem)pela Justiça em 1998. A Câmara dos Deputadosbrasileira aprovou em Fevereiro de 2010 a promoção póstuma do poeta ao cargo de "ministro de primeira classe" doMinistério dos Negócios Estrangeiros - o equivalente a embaixador, que é o cargo mais alto da carreira diplomática.A lei foi publicada no Diário Oficial do dia 22 de junho de 2010 e recebeu o número 12.265.[13]

Vinicius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro "Orfeu da Conceição", em 25 de setembro de 1956.Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de1950 - época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composiçõesforam gravadas por inúmeros artistas.[12] Na década seguinte, Vinicius de Moraes viveu um período áureo na MPB,no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores comoBaden Powell, Carlos Lyra e Francis Hime.Na década de 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbunse livros de grande sucesso.Na noite de 8 de julho de 1980, acertando detalhes com Toquinho sobre as canções do álbum "Arca de Noé",Vinicius alegou cansaço e que precisava tomar um banho. Na madrugada do dia seguinte Vinicius foi acordado pelaempregada, que o encontrara na banheira de casa, com dificuldades para respirar. Toquinho, que estava dormindo,acordou e tentou socorrê-lo, seguido por Gilda Mattoso (última esposa do poeta), mas não houve tempo e Viniciusde Moraes morreu pela manhã.

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Vinicius de Moraes 10

Carreira artística

O início

Vinicius com Pierre Seghers.

No fim da década de 1920 Vinicius deMoraes produziu letras para dezcanções gravadas - nove delasparcerias com os Irmãos Tapajós. Seuprimeiro registro como letrista veio em1928, quando compôs (com Haroldo)"Loira ou Morena", gravado em 1932pela dupla de irmãos. Vinicius tevepublicado seu primeiro livro depoemas, O Caminho para a Distância,em 1933, e lançou outros livros depoemas nessa década.[8] Foramtambém gravadas outras canções desua autoria, como "Dor de umaSaudade" (composta com JoaquimMedina), gravada em 1933 por JoãoPetra de Barros e Joaquim Medina, "O Beijo Que Você Não Quis Dar" (composta com Haroldo Tapajós) e "Cançãoda Noite" (composta com Paulo Tapajós), ambas gravadas em 1933 pelos Irmãos Tapajós e também "Canção paraAlguém" (composta com Haroldo Tapajós), gravada pelos mesmos um ano depois.[12]

Ainda na década de 1930 Vinicius de Moraes estabeleceu amizade com os poetas Manuel Bandeira, Mário deAndrade e Oswald de Andrade. Em sua fase considerada mística, ele recebeu o Prêmio Felipe D'Oliveira pelo livroForma e Exegese, de 1935. No ano seguinte, lançou o livro Ariana, a Mulher.Declarava-se partidário do Integralismo, partido brasileiro de orientação fascista.[14]

Mudança de faseNa década de 1940 suas obras literárias foram marcadas por versos em linguagem mais simples, sensual e, por vezes,carregados de temas sociais. Vinicius de Moraes publicou os livros Cinco Elegias (1943), que marcou esta nova fase,e Poemas, Sonetos e Baladas (1946); obra ilustrada com 22 desenhos de Carlos Leão. Atuando como jornalista ecrítico de cinema em diversos jornais, Vinicius lançou em 1947, com Alex Vianny, a revista Filme. Dois anosdepois, publicou em Barcelona o livro Pátria Minha.De volta ao Brasil no início dos anos 1950, após servir ao Itamaraty nos Estados Unidos, Vinicius começou atrabalhar no jornal Última Hora, exercendo funções burocráticas na sede do Ministério das Relações Exteriores.Em 1953 Aracy de Almeida gravou "Quando Tu Passas Por Mim", primeiro samba de sua autoria. Escrita comAntônio Maria, a canção foi dedicado à esposa Tati de Moraes - e marcava também o fim do seu casamento. Aindanaquele ano, Vinícus foi para Paris como segundo secretário da embaixada brasileira. Aracy de Almeida tambémgravou "Dobrado de Amor a São Paulo" (outra parceria com Antônio Maria), em 1954.

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Orfeu e o amigo TomEm 1954, Vinícius publica sua coletânea de poemas, Antologia Poética,[15][16] mesmo ano que publica sua peçateatral Orfeu da Conceição, premiada no concurso do IV Centenário de São Paulo e publicada na revista Anhembi.Dois anos depois, quando Vinicius buscava alguém para musicar a peça, e aceitou a sugestão do amigo Lúcio Rangelpara trabalhar com um jovem pianista, Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, que na época tinha 29 anos evivia da venda de músicas e arranjos nos inferninhos de Copacabana.[17]

Do encontro entre Vinícius e Tom nasceria uma das mais fecundas parcerias da música brasileira, que a marcariadefinitivamente. Os dois compuseram a trilha sonora, que incluía "Lamento no Morro", "Se Todos Fossem Iguais AVocê", "Um Nome de Mulher", "Mulher Sempre Mulher" e "Eu e Você" e foram lançadas em disco por RobertoPaiva, Luiz Bonfá e Orquestra. A peça estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Além destas canções, a duplaVinicius e Tom compuseram, entre outros clássicos, "A Felicidade", "Chega de Saudade", "Eu sei que vou te amar","Garota de Ipanema", "Insensatez", entre outras belas canções.Entre 1957 a 1958, o diretor de cinema francês Marcel Camus filmou "Orfeu do Carnaval" no Rio de Janeiro, filmeeste que recebeu o nome de Orfeu Negro. Vinicius compôs para o filme "A Felicidade" e "O Nosso Amor". Um anodepois, o filme seria contemplado com a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e o Oscar de melhor filmeestrangeiro.Em 1957 teve sua carreira diplomática transferida para Montevidéu, onde permaneceu por três anos.

A Bossa Nova

Vinicius em 1970.

O ano de 1958 marcaria o início de um dosmovimentos mais importantes da música brasileira, aBossa Nova. A pedra fundamental do movimentoveio com o álbum "Canção do Amor Demais",gravado pela cantora Elizeth Cardoso. Além dafaixa-título, o antológico LP contava ainda comoutras canções de autoria da dupla Vinicius e Tom,como "Luciana", "Estrada Branca", "Outra Vez" e"Chega de Saudade", em interpretações vocaisintimistas.

"Chega de Saudade" foi uma canção fundamentaldaquela novo movimento, especialmente porque oálbum de Elizeth contou com a participação de umjovem violonista, que com seu inovador modo detocar o violão, caracterizado por uma nova batida,marcaria definitivamente a bossa nova e a tornariafamosa no mundo inteiro a partir dali. O nome desteviolonista é João Gilberto.[12] A importância do disco "Canção do Amor Demais" é tamanha que ele é tido comoreferência por muitos artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso.

Várias das composições de Vinicius foram gravadas na metade final daquela década por outros artistas. Joel deAlmeida gravou "Loura ou Morena" (1956). No ano seguinte, Aracy de Almeida gravou "Bom Dia, Tristeza"(composta com Adoniran Barbosa), Tito Madi gravou "Se Todos Fossem Iguais A Você", Bill Farr gravou "Eu NãoExisto Sem Você", Agnaldo Rayol gravou "Serenata do Adeus" e Albertinho Fortuna gravou "Eu Sei Que Vou TeAmar". "O Nosso Amor" e "A Felicidade" foram duas das canções mais lançadas no final daquela década. Aprimeira foi gravada por Lueli Figueiró e Diana Montez, ambas em 1959. Já a segunda foi lançada por LueliFigueiró, Lenita Bruno, Agostinho dos Santos e João Gilberto.

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Servindo ao Itamaraty em Montevidéu desde 1957, Vinicius de Moraes deixaria a embaixada brasileira no Uruguaisomente em 1960. Suas canções continuaram sendo gravadas por muitos artistas no início da década de 1960. Foramlançadas "Janelas Abertas" (composta com Tom Jobim), por Jandira Gonçalves, e "Bate Coração", (composta comAntônio Maria), por Marianna Porto de Aragão, cantora cultuada na época como uma das vozes mais poderosas detoda uma geração de cantoras .

Novas parceriasNo ano seguinte, Vinicius registrou pela primeira vez sua voz, em um álbum contendo os sambas "Água de Beber" e"Lamento no Morro", novamente parcerias com Tom Jobim. O poeta teria também um novo parceiro naqueleperíodo, o cantor, compositor e violonista Carlos Lyra. Com ele, Vinicius iria compor clássicos como "Você e Eu","Coisa Mais Linda", "A Primeira Namorada" e "Nada Como Te Amar". Ainda em 1961, o Teatro Santa Rosa foiinaugurado no Rio de Janeiro com "Procura-se uma rosa", peça de autoria de Vinicius, Pedro Bloch e Gláucio Gil -filmada depois pelo cinema italiano com o nome de "Una Rosa per Tutti" (o longa-metragem foi rodado no Rio eestrelado por Cláudia Cardinale).Em 1962, a Banda do Corpo de Bombeiros fluminense gravou "Serenata do Adeus", um ano após gravarem "Ranchodas Flores", marcha-rancho com versos do poeta sobre tema de Jesus, Alegria dos Homens, de Johann SebastianBach. Ainda naquele ano, enquanto "Canção da Eterna Despedida" (composta com Tom Jobim) "Em Noite de Luar"(composta com Ary Barroso) foram gravadas por Orlando Silva e Ângela Maria, respectivamente, Vinicius deMoraes publicou três livros: Antologia Poética, Procura-se Uma Rosa e Para Viver Um Grande Amor.Com Pixinguinha, compôs a trilha sonora do filme Sol sobre a Lama, de Alex Vianny, escrevendo as letras para oschorinhos "Lamento" e "Mundo Melhor". Também naquele período, nasceu a parceria com o compositor e violonistaBaden Powell. Desta, resultariam inúmeros sucessos, como "Apelo", "Canção de Amor", "Canto de Ossanha","Formosa", "Mulher Carioca", "Paz", "Pra Que Chorar", "Samba da Bênção", "Samba Em Prelúdio", "Só PorAmor", "Tem Dó", "Tempo Feliz", entre outras.Em agosto de 1962, com Tom Jobim, João Gilberto e o grupo Os Cariocas, Vinicius de Moraes participou de"Encontro", um dos mais importantes concertos da bossa nova e realizado na boate "Au Bon Gourmet", no Rio deJaneiro. Neste show, foram lançadas clássicos da música popular brasileira como "Ela é Carioca", "Garota deIpanema", "Insensatez", "Samba do Avião" e "Só Danço Samba". Naquela mesma casa noturna foi montada "PobreMenina Rica", mais uma peça do poeta, cuja trilha sonora trazia canções como "Sabe Você", "Primavera" e "Sambado Carioca" (lançando a cantora Nara Leão),[12] ambas parcerias com Carlos Lyra. Ainda naquele ano, Viniciuscomporia com Lyra "Marcha da Quarta-feira de Cinzas" e "Minha Namorada".Várias daquelas seriam gravadas em 1963. Jorge Goulart gravou "Marcha da Quarta-feira de Cinzas", ElizethCardoso gravou "Mulher Carioca" e "Menino Travesso" (composta com Moacir Santos), Elza Soares gravou "SóDanço Samba", Pery Ribeiro e o Tamba Trio gravaram "Garota de Ipanema" e Jair Rodrigues gravou "O Morro NãoTem Vez" (composta com Tom Jobim).Naquele mesmo período, Vinicius de Moraes lançou com a atriz Odete Lara seu primeiro álbum: Vinicius e OdeteLara. Com arranjos e regência do poeta Moacir Santos, o LP continha canções da parceria com Baden Powell, como"Berimbau", "Mulher Carioca", "Samba em Prelúdio" e "Só por Amor", entre outras. Ainda em 1963, o seloCopacabana lançou o álbum "Elizeth Interpreta Vinicius", contendo as parcerias do poetinha com Baden Powell,Moacir Santos (e arranjos deste), Nilo Queiroz e Vadico.

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Retorno ao BrasilEm 1964 Vinicius retornou ao Brasil e logo se apresentou na boate "Zum Zum", ao lado de Dorival Caymmi,Quarteto em Cy e o Conjunto de Oscar Castro Neves. O concerto teve grande repercussão nos meios artísticos e foilançado em LP pelo selo Elenco, contendo composições como "Bom-dia, Amigo" (parceria com Baden Powell),"Carta ao Tom", "Dia da Criação" e "Minha Namorada" (parcerias com Carlos Lyra), e "Adalgiza", "...Das Rosas","História de Pescadores" e "Saudades da Bahia" (parcerias com o cantor, compositor e violonista DorivalCaymmi).[12]

Duas canções de Vinicius de Moraes concorreram, em 1965, o I Festival Nacional de Música Popular Brasileira (daextinta TV Excelsior). "Arrastão" (composta com Edu Lobo), defendida por Elis Regina, ficou com o primeiro lugar,e "Valsa do Amor que Não Vem" (parceria com Baden Powell), defendida por Elizeth Cardoso, ficou com o segundolugar. Também com o arranjador, cantor e instrumentista Edu Lobo, Vinicius compôs "Zambi" e "Canção doAmanhecer" - canções que se engajaram no clima de protesto da época e foram apresentadas em projetos do CentroPopular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). Por um breve período, Vinicius foi designado paratrabalhar na delegação do Brasil junto à UNESCO, na Europa. O poeta também trabalhou com o diretor LeonHirszman no roteiro do filme Garota de Ipanema, voltou a se apresentar no Zum Zum com Dorival Caymmi elançou o livro "Cordélia e o Peregrino".Ainda em 1965, o Teatro Municipal de São Paulo foi o palco de uma homenagem para o poetinha, com o showVinicius: Poesia e Canção, espetáculo que contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo(sob a regência do maestro Diogo Pacheco). As composições apresentadas receberam arranjos dos maestros GuerraPeixe, Radamés Gnattali, Luís Eça, Gaya e Luís Chaves e contou com intérpretes com Carlos Lyra, Edu Lobo,Suzana de Morais, Francis Hime, Paulo Autran, Cyro Monteiro e Baden Powell. Quando o poeta terminou aapresentação de "Se Todos Fossem Iguais A Você", a platéia respondeu com dez minutos ininterruptos de aplausos.Em 1966, foi lançado o álbum Os Afro-Sambas, com suas composições em parceria com Baden Powell. Constam dorepertório do disco "Canto de Ossanha", "Canto de Xangô", "Canto de Iemanjá" e "Lamento de Exu", entre outras,além da participação de Powell tocando violão. Naquele mesmo período, Vinicius participou do concerto Pois É, noTeatro Opinião, ao lado de Maria Bethânia e Gilberto Gil. No espetáculo dirigido pelo arranjador, compositor,maestro e pianista Francis Hime, o público carioca conheceu pela primeira vez as canções de Gilberto Gil. Aindanaquele ano, lançou o livro de crônicas Para Uma Menina Com Uma Flor e também foi convidado a participar dojúri do Festival de Cannes. Na ocasião, descobriu que sua canção "Samba da Bênção" havia sido utilizada, sem osdevidos créditos, na trilha sonora do filme Um Homem e Uma Mulher, do diretor francês Claude Lelouch, vencedordo festival. Após uma ameaça de processo, a obra de Lelouch creditou a canção de Vinicius. O ano de 1967 marcoua estréia do filme Garota de Ipanema, baseado no sucesso homônimo de Vínicius. É a canção brasileira maisconhecida no mundo depois de "Aquarela do Brasil" (de Ary Barroso).[carece de fontes?] Ainda naquele período,Vinícius organizou um festival de artes em Ouro Preto e excursionou para a Argentina e o Uruguai.

Aposentadoria compulsóriaEm 1968 Vinicius de Moraes participou de shows em Lisboa, na companhia de Chico Buarque e Nara Leão.Também naquele ano, a convite do crítico Ricardo Cravo Albin, Vinicius prestou histórico depoimento para o Museuda Imagem e do Som (de onde era membro do Conselho Superior de MPB).Mas o ano de 1968 marcou o fim da carreira diplomática de Vinicius de Moraes. Após 26 anos de serviços prestados ao MRE, Vinicius foi aposentado pelo Ato Institucional 5, criado pela ditadura militar brasileira, fato que o magoou profundamente. No dia em que o ato era editado, Vinicius encontrava-se em Portugal onde realizava um concerto. Após este espetáculo, estudantes salazaristas estavam aglomerados na porta do teatro para protestar contra o poeta. Avisado disto e aconselhado a se retirar pelos fundos do teatro, o poetinha preferiu enfrentar os protestos e, parando diante dos manifestantes, começou a declamar "Poética I" ("De manhã escureço/De dia tardo/De tarde anoiteço/De noite ardo"). Então, um dos jovens tirou a capa do seu traje acadêmico e a colocou no chão para que Vinicius

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pudesse passar sobre ela — ato imitado pelos outros estudantes e que, em Portugal, é uma forma tradicional dehomenagem acadêmica.Segundo entrevista publicada pela Revista Veja em 12 de janeiro de 2000 o ex-presidente João Figueiredo explicouas reais causas da demissão do poeta do Itamaraty: "Ele até diz que muita gente do Itamaraty foi cassada ou porcorrupção ou por pederastia. É verdade. Mas no caso dele foi por vagabundagem mesmo. Eu era o chefe da AgênciaCentral do Serviço e recebíamos constantemente informes de que ele, servindo no consulado brasileiro deMontevidéu, ganhando 6 000 dólares por mês, não aparecia por lá havia três meses. Consultamos o Ministério dasRelações Exteriores, que nos confirmou a acusação. Checamos e verificamos que ele não saía dos botequins do Riode Janeiro, tocando violão, se apresentando por aí, com copo de uísque do lado. Nem pestanejamos. Mandamosbrasa."A reabilitação ao corpo diplomático brasileiro só ocorreu trinta anos depois de sua morte por meio da Lei 12.265 de21 de junho de 2010[18]. Em cerimônia no Palácio do Itamaraty, Vinicius de Moraes foi elevado ao cargo de ministrode exterior, cargo semelhante ao de embaixador[19].Em 1969 Vinicius de Moraes publicou o livro Obra Poética e se apresentou ao lado de Maria Creuza e DorivalCaymmi em Punta del Este. O poetinha também fez recital na Livraria Quadrante, em Lisboa, apresentando, entreoutros, os poemas "A Uma Mulher", "O Falso Mendigo", "Sob o Trópico de Câncer" (no qual trabalhou durantenove anos) e "Soneto da Intimidade". O evento foi gravado ao vivo e lançado em LP pelo selo Festa. Ainda naqueleano, Vinicius fez apresentações em Buenos Aires, ao lado de Caymmi, Baden Powell, Quarteto em Cy e OscarCastro Neves.

Parceria com ToquinhoNaquele mesmo período, iniciou suas primeiras composições com um novo parceiro, o violonista Toquinho. Destaparceria, viriam clássicos como "Como Dizia o poeta", "Tarde em Itapoã" e "Testamento".Em 1970 Vinicius se apresentou na casa de espetáculo carioca Canecão, com o parceiro Tom Jobim, o violonistaToquinho e a cantora Miúcha. O show, que relembrou a trajetória do poeta, ficou quase um ano em cartaz devido aogrande sucesso obtido. Outra apresentação marcante de Vinícus de Moraes, ao lado de Toquinho e da cantora MariaCreuza, foi em a cidade argentina de Mar del Plata, na boate La Fusa. O concerto resultaria no LP ao vivo ViniciusEn La Fusa, uma das mais belas joias gravadas ao vivo da música brasileira. No repertório, interpretado de modoespetacular pela cantora baiana, estavam entre outras "A Felicidade", "Garota de Ipanema", "Irene", "Lamento noMorro", "Canto de Ossanha" (canção muito aplaudida pela plateia argentina), "Samba em Prelúdio", "Eu Sei QueVou Te Amar" (canção que contou ainda com a declamação do poetinha de "Soneto da Fidelidade", para delírio dopúblico argentino), "Minha Namorada" e "Se Todos Fossem Iguais A Você", que encerrou o magnífico concerto. Noano seguinte, Vinicius voltou à Fusa para gravar um novo LP ao vivo, também com Toquinho, mas desta vez com acantora Maria Bethânia nos vocais. Neste álbum estão presentes canções com "A Tonga da Mironga do Kabuletê","Testamento" e "Tarde em Itapoã". Também em 1971, assinou com Chico Buarque, sobre antigo choro de Garoto, acanção "Gente Humilde", grande sucesso gravada pelo próprio Chico e, pouco depois, por Ângela Maria.A parceria Vinicius/Toquinho excursionou por várias cidades brasileiras e também pelo exterior. Ainda em 1971, adupla lançou seu primeiro LP de estúdio, com destaque para "Maria Vai com as Outras", "Morena Flor", "A RosaDesfolhada" e "Testamento". Em 1972, eles lançaram o álbum "São Demais os Perigos Dessa Vida", contendo -além da faixa-título - grandes sucessos como "Cotidiano nº 2", "Para Viver Um Grande Amor" e "Regra três". ComToquinho, também compôs a trilha sonora da telenovela "Nossa Filha Gabriela" (da extinta TV Tupi), registrada emdisco naquele mesmo ano. No ano seguinte, a dupla se apresentou no show "O Poeta, a Moça e o Violão", com acantora Clara Nunes no Teatro Castro Alves, em Salvador.Em 1974 Vinicius e Toquinho compuseram "As Cores de Abril" e "Como É Duro Trabalhar", ambas incluídas na trilha sonora da novela Fogo Sobre Terra, da Rede Globo. Naquele mesmo ano, a parceria lançou o álbum Toquinho, Vinicius e Amigos. O disco teve as participações de Maria Bethânia (em "Apelo" e "Viramundo"), Cyro Monteiro

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("Que Martírio" e "Você Errou", últimas gravações deste cantor), Maria Creuza ("Tomara" e "Lamento no Morro"),Sergio Endrigo ("Poema Degli Occhi" e "La Casa") e Chico Buarque ("Desencontro"). Ainda naquele ano, a duplalançou "Vinicius e Toquinho", quarto álbum de estúdio da parceria, que trazia composições de autoria deles, como"Samba do Jato", "Sem Medo" e "Tudo Na Mais Santa Paz", e ainda "Samba pra Vinicius", homenagem ao poetinhade Toquinho e Chico Buarque, que fez uma participação especial no disco.Em 1975 Vinicius do Moraes lançou o álbum "O Poeta e o Violão". Gravado em Milão, o LP teve a participaçãoespecial dos maestros Bacalov e Bardotti. No mesmo ano, a gravadora Philips lançou o álbum "Vinicius eToquinho". Deste LP, destaca-se "Onde Anda Você" - parceria com Hermano Silva e que alcançou grande sucesso.Ainda naquele ano, Vinicius lançou o livro de poemas infantis A Arca de Noé. Foram lançados em no ano seguinteos álbuns Ornella Vanoni, Vinicius de Moraes e Toquinho - La voglia, la pazzia, l'incoscienza e l'allegria e Deus lhePague - este com as composições da parceria Vinicius e Edu Lobo.Vinicius teve publicado, em 1977, o livro O Breve Momento, com 15 serigrafias de Carlos Leão. Naquele ano, o seloPhilips lançou o álbum "Antologia Poética", uma seleção da obra poética do poetinha e que teve a participaçãoespecial de Tom Jobim, Francis Hime e Toquinho. A gravadora Som Livre disponibilizou no mercado o LP Tom,Vinicius, Toquinho e Miúcha - Ao Vivo no Canecão. Em 1978 foi lançado o álbum Vinicius e Amália, gravado emLisboa com a cantora portuguesa Amália Rodrigues. Naquele mesmo ano, foi editado o álbum "10 Anos de Toquinhoe Vinicius" - uma coletânea de uma década de trabalhos da dupla. Em 1980 foi lançado o álbum Arca de Noé, quetrouxe diversos intérpretes para as composições infantis do poeta, musicadas a partir do livro homônimo. O discogerou um especial infantil na Rede Globo, naquele mesmo ano.

MorteNa madrugada de 9 de julho de 1980 Vinicius de Moraes começou a se sentir mal na banheira da casa onde morava,na Gávea, vindo a falecer pouco depois. O poeta passara o dia anterior com o parceiro e amigo Toquinho, com quemplanejava os últimos detalhes do volume 2 do álbum "Arca de Noé". Em 1981, este LP foi lançado.Mesmo após a morte, a obra musical de Vinicius manteve-se prestigiada na música brasileira. Foram lançados osálbuns Toquinho, Vinicius e Maria Creuza - O Grande Encontro (1988) e A História dos Shows Inesquecíveis -Poeta, Moça e Violão: Vinicius, Clara e Toquinho (1991), além de terem sido lançados livros sobre o poeta, comoVinicius de Moraes - Livro de Letras (1993), de José Castello, Vinicius de Moraes (1995), também de José Castello,"Vinicius de Moraes" (1997), de Geraldo Carneiro (uma edição ampliada do livro publicado em 1984). Ainda em1993, Almir Chediak editou os três volumes do Songbook Vinicius de Moraes.Por ocasião dos vinte anos da morte do poeta, em 2000, a Praia de Ipanema foi o palco de um show em homenagema Vinicius, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica Brasileira, Roberto Menescal, Wanda Sá, ZimboTrio, Os Cariocas, Emílio Santiago e Toquinho, interpretando composições de sua autoria.Em 2003, ano em que o poeta completaria seu 90º aniversário, foram lançados vários projetos em tributo à suacriação artística. Também foi lançado o website oficial de Vinicius.Em 2005 "The Girl from Ipanema", versão em inglês de "Garota de Ipanema", interpretada por Astrud Gilberto, TomJobim, João Gilberto e Stan Getz e gravada em 1963, foi escolhida como uma das 50 grandes obras musicais daHumanidade pela Biblioteca do Congresso Americano. Ainda em 2005, estreou, na abertura da sétima edição doFestival do Rio, o documentário Vinicius, dirigido por Miguel Faria Jr. e produzido por Suzana de Moraes, filha dopoeta, com a participação de Chico Buarque, Carlos Lyra, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Adriana Calcanhoto,Mariana de Moraes e Olívia Byington, entre outros convidados. A trilha sonora do filme foi lançada em CD.Em 2006 foi lançada a caixa "Vinicius de Moraes & Amigos", com cinco álbuns do poetinha, contendo 70 cançõescompiladas de fonogramas gravados por vários intérpretes e pelo próprio Vinicius (solo ou em dueto. A caixa incluiuainda um livreto com a biografia do homenageado e as letras de todas as canções.Em 2011 a escola Império Serrano falou sobre ele com o enredo : "A Benção, Vinicius".

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Obras[1] (http:/ / www. viniciusdemoraes. org/ textos/ index. php) Segundo Laetitia de Moraes Vasconcellos, irmã de Vinicius, o nome Marcus

Vinicius da Cruz de Mello Moraes se deve a uma brincadeira de Manuel Bandeira. Vinicius foi registrado pelo pai como Marcus Vinicius deMoraes, abandonando posteriormente o nome Marcus. A mudança foi registrada em cartório na rua São José, no centro do Rio. Castello(1994), pp. 30.

[2] Segundo a ortografia vigente, seu nome deve ser grafado Vinícius de Morais.[3] Ruy Castro -Bossa Nova: The Story of the Brazilian Music That Seduced the World Page 78 2003 "Bôscoli and his friend Chico Feitosa had

gone to Vinícius's house, in Avenida Henrique Dumont in Ipanema, with the express purpose of selling him the idea to invite Jobim to writethe music for Orfeu, and Vinícius had bought it."

[4][4] Songbook Vinícius de Moraes - Vol. 3: Volume 3 - Page 171 Vinícius De Moraes, Almir Chediak - 1993 "In Gratitude The idea of aSongbook which would include the works of Vinícius de Moraes was born in 1987 during a guitar class which I was giving to the poet'sdaughter, Luciana de Moraes. "

[5] Tom Jobim Volume 2 - Page 118 Almir Chediak - 1990 "Modinha (Tom Jobim e Vinícius de Moraes)[6] Adolfo, Lucas (2011). Serestas homenageia o Poetinha Vinícius de Moraes (http:/ / www. ulbratv. com. br/ institucional/ ?p=389). Ulbra TV.

Página visitada em 4 de maio de 2011.[7] O poetinha Vinícius de Moraes completaria hoje 97 anos (http:/ / www. vermelho. org. br/ noticia. php?id_secao=11& id_noticia=139605).

Portal Vermelho (2011). Página visitada em 4 de maio de 2011.[8] Vinicius de Moraes (http:/ / educacao. uol. com. br/ biografias/ vinicius-de-moraes. jhtm) (em português). UOL - Educação. Página visitada

em 19 de outubro de 2012.[9][9] Castello (1994), pp. 25-30[10][10] Castello (1994), pp. 36-37[11][11] Castello (1994), pp. 49-50[12] Araújo, A. Ana Paula de (20 de janeiro de 2012). Biografia de Vinícius de Moraes (http:/ / www. infoescola. com/ escritores/

biografia-de-vinicius-de-moraes/ ) (em português). InfoEscola. Página visitada em 19 de outubro de 2012.[13] [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / www. planalto. gov. br/ ccivil_03/ _Ato2007-2010/ 2010/ Lei/ L12265. htm)] Título

não preenchido, favor adicionar]. Planalto.gov.br.[14] NARLOCH, Leandro: "Eles Estão Entre Nós", in: revista Aventuras na História, ed. 31 de março de 2006, editora Abril, São Paulo, ISSN

18062415[15][15] Morais (2003), Introdução[16][16] Há divergências com relação à publicação da Antologia. Por exemplo, na sua primeira publicação pela editora carioca A Noite, havia uma

nota antecedendo os poemas que dizia "Los Angeles, junho de 1949". Entretanto, optou-se pela mesma data utilizada na Nova AntologiaPoética publicada em 2003, onde se aponta como 1954 a data mais comum nas biografias, inferindo-se anuência do poeta com a data referida

[17][17] Morais (2005), pg.14[18] Presidência da República: (http:/ / www. planalto. gov. br/ ccivil_03/ _Ato2007-2010/ 2010/ Lei/ L12265. htm). Planalto.gov.br.[19] Vinicius de Moraes - Embaixador do Brasil: (http:/ / www. itamaraty. gov. br/ sala-de-imprensa/ notas-a-imprensa/

cerimonia-de-promocao-i-post-mortem-i-de-vinicius-de-moraes). Itamaraty.gov.br.

Bibliografia• Morais, Vinicius (organização de Antonio Cicero e Eucanaã Ferrasz). Nova Antologia Poética. 1a. ed. São

Paulo: Companhia das Letras, 2003. ISBN 978-85-359-0439-0• Morais, Vinicius (texto de José Castello). Livro de Letras. 1a. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. ISBN

85-359-0730-0• Castello, José. Vinicius de Moraes: o poeta da paixão. 1a. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. ISBN

85-7164-355-5

Ligações externas• Fundación Internacional José Guillermo Carrillo (http:/ / www. fundacionjoseguillermocarrillo. org/ sitio/

muspopular_vinicius_de_moraes. php)• Portal oficial do poeta (http:/ / www. viniciusdemoraes. com. br/ ) , supervisionado por Suzana Moraes.• TODA A POESIA DE VINICIUS DE MORAES - Brasiliana/USP (http:/ / www. brasiliana. usp. br/ node/ 455)

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Alaíde Costa

Alaíde Costa

Alaíde em 2010, durante evento promovido pelo Ministério da Cultura

Informação geral

Nome completo Alaíde Costa Silveira Mondin Gomide

Nascimento 8 de dezembro de 1935 (77 )

Origem Rio de Janeiro

País Brasil

Gênero(s) Bossa nova, samba, MPB

Instrumento(s) voz

Outras ocupações compositora

Alaíde Costa Silveira Mondin Gomide, mais conhecida como Alaíde Costa, (Rio de Janeiro, 8 de dezembro de1935) é uma cantora e compositora brasileira.[1]

Começou no programa A raia miúda de Renato Murce. Com um canto suave e sussurrado, é considerada uma dasperfeitas vozes do país. Consagrou em 1964 com Onde está você?, grande marco da voz, que embalou casais. Comquinze discos gravados em cinqüenta anos de carreira, participou dos principais programas de televisão e de rádio noeixo Rio-São Paulo. Tema de reportagens de jornais e revistas, participou de festivais internacionais e recebeuimportantes prêmios e homenagens de expoentes da música popular brasileira. Uma das grandes referências musicaisdo movimento surgido em 1957, a bossa nova, frequentava a boemia do Beco das Garrafas, em Copacabana.

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Ligações externas• Revista Veja - A nação das cantoras [2]

• Os Grandes Sucessos do Paramount (1965) [3]

Referências[1] Biografia no Cravo Albin (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ alaide-costa). dicionariompb.com.br. Página visitada em 26/10/2012.[2] http:/ / veja. abril. com. br/ 110407/ p_120. shtml[3] http:/ / www. waltersilvapicapau. com/ dp4. html

Astrud Gilberto

Astrud Gilberto

Informação geral

Nome completo Astrud Evangelina Weinert

Nascimento 29 de março de 1940 (72 )

Origem Salvador, Bahia

País Brasil

Gênero(s) Bossa nova

Instrumento(s) Vocal

Período em atividade 1963 – atualmente

Afiliação(ões) Tom JobimJoão GilbertoStan Getz

Página oficial Link [1]

Astrud Gilberto, nascida Astrud Evangelina Weinert, (Salvador, 29 de março de 1940) é uma cantora brasileirade samba e bossa nova de fama internacional.Nascida na Bahia, filha de mãe brasileira e pai alemão, mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família, em 1947.

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Astrud Gilberto 19

Astrud casou-se com João Gilberto em 1959 e mudou-se para os Estados Unidos em 1963, ano em que participou doálbum Getz/Gilberto juntamente de seu marido, do músico Stan Getz e do também brasileiro Tom Jobim. Astrud,que nunca havia cantado profissionalmente antes, participou das gravações por convite de seu marido, e durante assubsequentes apresentações descobriu que sofria de medo de palco. Astrud e João divorciaram-se em 1964. JoãoGilberto retornou ao Brasil, mas Astrud Gilberto continua residindo nos Estados Unidos, desde 1963.O sucesso do trabalho de Astrud Gilberto na canção The Girl from Ipanema tornou-a um nome proeminente namúsica do jazz, e logo começou a fazer gravações solo.Embora Astrud tenha começado como intérprete de bossa nova brasileira e jazz americano, passou também a gravarcomposições próprias na década de 1970. A canção "Astrud" , interpretada pela cantora polaca Basia é um tributo aela.Astrud Gilberto recebeu o prêmio Latin Jazz USA Award for Lifetime Achievement (1992) e foi incluída noInternational Latin Music Hall of Fame, em 2002.A cantora também tornou-se conhecida pelo seu trabalho como artista pintora, assim como pelo apoio e contribuiçãoque tem dado a proteção dos animais.

DiscografiaÁlbuns• Stan Getz e Astrud Gilberto - Getz Au-Go-Go (Verve, 1964)• The Astrud Gilberto Album (Verve, 1964)• The Shadow Of Your Smile (Verve, 1965)• Look To The Rainbow (Verve, 1965)• Beach Samba (Verve, 1966)• A Certain Smile, A Certain Sadness with Walter Wanderley (Verve, 1967)• Windy (Verve, 1968)• September 17, 1969 (Verve, 1969)• Gilberto Golden Japanese Album (Verve, 1969)• I Haven't Got Anything Better To Do (Verve, 1970)• Astrud Gilberto With Stanley Turrentine (CTI, 1971)• Astrud Gilberto Now (Perception, 1972)• That Girl From Ipanema (Audio Fidelity, 1977)• Astrud Gilberto Plus James Last Orchestra (Polygram, 1987)• Live In New York (Pony Canyon, 1996)• Temperance (album) (Pony Canyon, 1997)• Jungle (Magya, 2002)• The Diva Series (Verve, 2003)Trilhas sonoras• The Deadly Affair (Verve, 1965)Outros álbuns com participação de Astrud Gilberto• Stan Getz and João Gilberto – Getz/Gilberto (Verve, 1963)• Shigeharu Mukai and Astrud Gilberto – So & So - Mukai Meets Gilberto (Denon, 1982)• Michael Franks – Passionfruit (album) (Warner Bros., 1983)• Etienne Daho – Eden (album) (Virgin, 1996)• George Michael – Ladies And Gentleman - Best of George Michael (Sony, 1998)

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Astrud Gilberto 20

Ligações externas• Página oficial [2]

Referências[1] http:/ / www. astrudgilberto. com/[2] http:/ / www. astrudgilberto. com

Baden Powell

Baden Powell

Powell em 1971.

Informação geral

Nome completo Baden Powell de Aquino

Nascimento 6 de agosto de 1937Varre-Sai, RJ

Brasil

Data de morte 26 de setembro de 2000 (63 anos)Rio de Janeiro, RJ

Brasil

Gênero(s) JazzBossa NovaMPB

Ocupação(ões) violonista

Instrumento(s) violãoguitarra

Período em atividade 1950 - 2000

Baden Powell de Aquino (Varre-Sai, 6 de agosto de 1937 — Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2000), maisconhecido simplesmente por Baden Powell, foi um violonista brasileiro. É considerado um dos maiores músicosbrasileiros de sua época e um dos maiores violonistas brasileiros de todos os tempos.[1][2]

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BiografiaFilho de Dona Adelina e do violinista e escoteiro Lilo de Aquino, nasceu no dia 6 de agosto de 1937 em Varre-Sai,se mudando para o Rio de Janeiro, aos quatro meses de idade.[3] Recebeu seu nome, pois seu pai era fã do generalbritânico criador do Escotismo, Robert Stephenson Smyth Baden-Powell.[4] É irmão de Vera[4] Gonçalves de Aquinoe pai do pianista e tecladista Philippe Baden Powell e do violonista Louis Marcel Powell (ambos nascidos naFrança)[3] e primo do violonista João de Aquino.Começou a tocar violão com sete anos,[5] se tornou profissional aos treze,[6] mas só ficou famoso no Brasil quandoconstituiu uma parceria com Vinícius de Moraes, que escreveu versos para suas composições, criando o gênerochamado de afro-samba. Para tais músicas, ele e Vinícius foram a Bahia para pesquisarem sobre o candomblé e aumbanda.[1][6]

Tocava a música tradicional brasileira, mas amava o jazz e logo desenvolveu um estilo que se baseava em DjangoReinhardt e Barney Kessel. Passou a ser conhecido internacionalmente em 1966 quando Joaquim Berendt teve aoportunidade de conhecê-lo, convidando-o para gravar seu primeiro disco e visitar a Europa.[carece de fontes?]

O sucesso não o abandonou e sua fama foi aumentando com seus discos, principalmente na Alemanha.[carece de

fontes?] Continuou dando concertos, também nos Estados Unidos, onde teve a oportunidade de se apresentar com StanGetz, Stephane Grapelli e Jean Luc Ponty.[6]

Powell foi internado, em 22 de agosto de 2000, na Clínica Sorocaba, pois estava como pneumonia[7] bacteriana gravee morreu em 26 de setembro de 2000, aos 63 anos, devido a uma infecção generalizada em decorrência da mesma.Seu corpo foi velado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro e, posteriormente, enterrado no Cemitério de SãoJoão Batista.[3]

Cronologia• 1937, 6 de agosto - Nascimento em Natividade, à época distrito do município de Itaperuna, RJ.• 1937 - Muda-se, com a família, para a cidade do Rio de Janeiro, morando no bairro de São Cristóvão.• 1962 - Conhece Vinícius de Moraes.• 1962 - Primeira viagem à Europa, quando se torna o mais prestigioso artista brasileiro. Apresentações e gravações

em vários países.• 1969 - Vence a I Bienal do Samba, com a música Lapinha, composta junto com Paulo César Pinheiro.• 1994 - Lança, no Brasil, o disco Baden Powell de Rio a Paris.• 1994, julho - Apresenta-se na Sala Cecília Meireles, a cidade do Rio de Janeiro, ao lado dos filhos Louis Marcel

Powell, violonista, e Phillipe Baden Powell, pianista e tecladista. Esse concerto foi gravado em CD, com o títuloBaden Powell e Filhos.

• 2000, 26 de setembro - Falecimento na cidade do Rio de Janeiro.

Discografia• 1959 - 78 RPM• 1959 - Apresentando Baden Powell e Seu Violão• 1961 - Um Violão na Madrugada• 1962 - Baden Powell (Compacto Duplo)• 1962 - Baden Powell Swing With Jimmy Pratt• 1963 - Baden Powell à Vontade• 1964 - Le Monde Musical de Baden Powell (gravado na França)• 1965 - Billy Nencioli / Baden Powell• 1966 - Baden Powell ao Vivo no Teatro Santa Rosa• 1966 - Os Afro-sambas - Baden & Vinícius

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• 1966 - Tempo Feliz• 1966 - Tristeza on Guitar• 1967 - Berlin Jazz Festival• 1968 - Poema on Guitar• 1968 - Show Recital: Baden, Marcia & Originais do Samba• 1969 - 27 Horas de Estúdio• 1969 - Le Monde Musical de Baden Powell - Vol. 2• 1970 - Baden Powell Quartet Vol. 1• 1970 - Baden Powell Quartet Vol. 2• 1970 - Baden Powell Quartet Vol. 3• 1970 - Canto on Guitar• 1970 - Lotus/Tristeza• 1970 - Os Cantores de Lapinha• 1971 - Estudos• 1971 - L'ame de Baden Powell• 1971 - L'art de Baden Powell• 1972 - Samba Triste• 1972 - Baden Powell• 1973 - Apaixonado• 1973 - Solitude on Guitar (gravado na Alemanha)• 1974 - La Grande Reunion• 1974 - La Grande Reunion vol.2• 1977 - Baden Powell canta Vinicius de Moraes e Paulo Cesar Pinheiro• 1977 - Maria D'Apparecida et Baden Powell• 1979 - Grande Show ao Vivo no Procopio Ferreira• 1983 - Felicidades/Felicidade/Live in Hamburgo• 1988 - Rio das Valsas• 1990 - Os Afro-sambas - Regravação com Quarteto em Cy• 1990 - Live at The Rio Jazz Club• 1992 - The Frankfurt Opera Concert 1975• 1992 - Live in Switzerland• 1994 - Rio a Paris - Decembre 94• 1995 - Baden Powell & Filhos• 1996 - Baden Powell a Paris• 1996 - Live at Montreux Jazz Festival• 1998 - Suite Afro-Consolação• 2000 - Lembranças

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Bibliografia• Dreyfus, Dominique. O violão vadio de Baden Powell [8]. [S.l.]: Editora 34, 1999. 380 p. ISBN

978-8-573-26148-6

Ligações externas• Baden Powell – Uma Lenda Brasileira, Reconhecido Mundialmente [9]

• Baden Powell [10]

• Baden Powell no CliqueMusic [11] (inclui trechos de áudio)

Referências[1] McGowan, Chris; Pessanha, Ricardo. The Brazilian Sound: Samba, Bossa Nova, and the Popular Music of Brazil (http:/ / books. google.

com. br/ books?id=7MFD-EoTR7MC& pg=PA64& redir_esc=y#v=onepage& q& f=false). [S.l.]: Temple University Press, 1998. p. 64-65.ISBN 978-1-566-39545-8

[2] Os 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão (http:/ / rollingstone. com. br/ galeria/ os-30-maiores-icones-da-guitarra-e-do-violao/#imagem14). Rollingstone. Página visitada em 29 de janeiro de 2013.

[3] Franca, Luciana (26 de setembro de 2000). Baden Powell (http:/ / www. terra. com. br/ istoegente/ 61/ tributo/ index. htm). ISTOÉ Gente.Página visitada em 29 de janeiro de 2013.

[4][4] Dreyfus 1999, pp. 15[5][5] Dreyfus 1999, pp. 11[6] Morte de Baden Powell é sentida na Europa (http:/ / www. bbc. co. uk/ portuguese/ omundohoje/ omh00092614. htm). BBC (26 de setembro

de 2000). Página visitada em 29 de janeiro de 2013.[7] Morreu hoje no Rio o músico Baden Powell (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ ilustrada/ ult90u4496. shtml). Folha.com (26 de

setembro de 2000). Página visitada em 29 de janeiro de 2013.[8] http:/ / books. google. com. br/ books?id=9vLLi3_MHlcC& printsec=frontcover#v=onepage& q& f=false[9] http:/ / auladeviolao. net/ baden-powell-uma-lenda-brasileira-reconhecido-mundialmente. html[10] http:/ / www. brazil-on-guitar. de/[11] http:/ / www. cliquemusic. com. br/ artistas/ baden-powell. asp

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Carlos Lyra

Carlos Lyra

Informação geral

Nome completo Carlos Eduardo Lyra Barbosa

Nascimento 11 de maio de 1936 (76 )Rio de Janeiro, RJ

Brasil

Gênero(s) Bossa Nova

Ocupação(ões) cantor, violonista

Instrumento(s) ViolãoVocal

Período em atividade 1954 - hoje

Outras ocupações compositor

Carlos Eduardo Lyra Barbosa (Rio de Janeiro, 11 de maio de 1936) é um cantor, compositor e violonistabrasileiro. Junto com Roberto Menescal, era uma das figuras jovens da bossa nova. Fez parte de uma bossa novamais ativista, propondo o retorno do ritmo às suas raízes no samba.Dentre suas canções mais famosas estão "Maria Ninguém", "Minha Namorada", "Ciúme", "Lobo bobo", "Menina","Maria moita" e "Se é tarde me perdoa".

BiografiaNasceu no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em 11 de maio de 1936.[1][2] Era o filho mais velho deJosé Domingos Barbosa, um oficial da Marinha, e da dona-de-casa Helena Lyra Barbosa.[1][2] Possui dois irmãos:Sérgio Henrique Lyra Barbosa, também oficial da Marinha, e Maria Helena Lyra Fialho, professora de teatro.[1][2]

Carlos Lyra começou a fazer música com um piano de brinquedo aos sete anos de idade, passando, em seguida, atocar gaita de boca.[1][2] Ainda adolescente, quebrou a perna num campeonato de salto à distância.[1][2] O acidentelhe obrigou a ficar de repouso na cama por seis meses.[1][2] Para passar o tempo, foi-lhe oferecido um violão e oMétodo Paraguaçu de aprendizado do instrumento.[1][2]

Ao receber alta do médico, já dominava o violão.[1][2] Estudou no Colégio Santo Inácio, foi semi-interno no Colégio São Bento e concluiu o antigo segundo grau no Colégio Mallet Soares, em Copacabana, onde conheceu o compositor Roberto Menescal, com quem montou a primeira Academia de Violão, uma forma que encontraram de viver

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profissionalmente da atividade musical,[2] por onde passaram Marcos Valle, Edu Lobo, Nara Leão e Wanda Sá, entreoutros.[1] Nessa época, decidiu trocar o curso de Arquitetura na faculdade pela música.[3] Participou da primeirageração da bossa nova ao lado do parceiro Ronaldo Bôscoli, e de Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto[2]

– todos representados no álbum Chega de Saudade, lançado em 1959.[1]

Carreira

Década de 1950Carlos Lyra escreveu sua primeira canção, intitulada "Quando chegares", em 1954. Ainda nesse ano, Geraldo Vandré(à época apresentando-se como Carlos Dias), interpretou sua composição "Menina" no I Festival da Canção,realizado pela TV Rio. Em 1955, a música foi gravada por Sylvinha Telles e lançada como single pela gravadoraOdeon. O disco é considerado um precursor da bossa nova.No ano seguinte, iniciou sua carreira profissional como músico, tocando violão elétrico no conjunto de Bené Nunes.Ainda em 1956, seu samba "Criticando", precursor de "Influência do jazz", foi gravado pelo grupo vocal OsCariocas. Em 1957, começou a compor em parceria com Ronaldo Bôscoli. São dessa época as canções "Lobo bobo"e "Se é tarde me perdoa". Ainda em 1957, participou, na Sociedade Hebraica de Laranjeiras, de um show cujaapresentação em cartaz dizia: "Hoje, Sylvia Telles, Carlos Lyra e os bossa nova", expressão utilizada pela primeiravez para descrever a música do compositor e seus companheiros de palco daquela noite. No ano seguinte, compôs,em parceria com Geraldo Vandré, as canções "Quem quiser encontrar o amor" (famosa na voz de Maysa) e"Aruanda".Em 1959, suas composições "Maria Ninguém", "Lobo Bobo" e "Saudade fez um samba" foram gravadas por JoãoGilberto no álbum Chega de Saudade, lançado pela Odeon. Ainda em 1959, gravou seu primeiro disco, Carlos Lyra:bossa nova, lançado pela Philips, com texto de contracapa escrito por Ary Barroso.

Década de 1960Em 1960, escreveu a trilha sonora de A mais-valia vai acabar, seu Edgard, peça teatral de Oduvaldo Vianna Filhocom direção de Chico de Assis. Nesse ano, conheceu Vinicius de Moraes, que se tornaria seu parceiro em inúmerascomposições de sucesso, como "Você e eu", "Coisa mais linda", "Primavera" e "Minha namorada", entre outras.Em 1961, compôs "Canção que morre no ar" ao lado de Ronaldo Bôscoli. Escreveu o musical infantil O dragão e afada, cujas letras foram compostas com a parceria de Nelson Lins e Barros. Musicou Um americano em Brasília,peça teatral de Chico de Assis e Nelson Lins e Barros, que incluiu as canções "Mister Golden", "Maria doMaranhão", "Canção do subdesenvolvido", "É tão triste dizer adeus" e "Promessas de você", entre outras.Ainda em 1961 fundou, ao lado de Oduvaldo Viana Filho, Ferreira Gullar, Leon Hirszman e Carlos Estevam, oCentro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE). No exercício dessa função, entrou emcontato com compositores populares como Zé Keti (que viria a se tornar seu parceiro no "Samba da Legalidade",composto durante a Campanha da Legalidade), Cartola, Nelson Cavaquinho, Elton Medeiros e João do Vale. Estegrupo de compositores, mais tarde apresentado por ele a Nara Leão, deu origem ao álbum Nara pede passagem, comdestaque para a música "Se alguém perguntar por mim" e, mais tarde, ao Grupo Opinião. Ainda nesse ano, escreveu"Influência do Jazz" e compôs a música da peça infantil Maroquinhas Fru-Fru, de Maria Clara Machado.Em 1962, musicou Couro de gato, curta-metragem premiado de Joaquim Pedro de Andrade realizado em 1960 e nesse ano incluido como segmento do filme Cinco Vezes Favela. E Gimba, filme dirigido por Flávio Rangel. Participou, também em 1962, do histórico Festival de Bossa Nova, realizado no Carnegie Hall, em Nova York, interprentado suas canções "Maria ninguém", "Lobo bobo" e "Influência do jazz", esta última também apresentada pelo Bossa Rio, quarteto de Sérgio Mendes. Ainda nesse ano, escreveu com Vinícius de Moraes as canções do musical Pobre menina rica. O espetáculo foi montado em 1963, inicialmente na casa noturna Au Bon Gourmet (RJ), com direção geral de Aloysio de Oliveira e direção musical de Eumir Deodato. No elenco, além do compositor,

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figuraram ainda o próprio Vinícius e Nara Leão, que estava sendo lançada como cantora. O show seguiu, sob suadireção, para o Teatro Maison de France (RJ) e, depois, para o Teatro de Bolso (RJ), quando contou com aparticipação de Ari Toledo, que se tornou conhecido por sua interpretação de "Pau de arara (O comedor de giletes)".Ainda em 1963, participou, com Tom Jobim, João Gilberto e Luiz Bonfá, do concerto promovido pelo entãoEmbaixador Roberto Campos e realizado no George Washington Auditorium, na capital norte-americana. Lançoupelo CPC da UNE a "Canção do subdesenvolvido" no disco O povo canta. A venda desse compacto arrecadoufundos para a construção do Teatro do CPC da UNE. No ano seguinte, o disco foi retirado de circulação pela recéminstaurada ditadura militar. Na mesma época, o Teatro do CPC da UNE, recém-construído, foi metralhado peloMovimento Anti-Comunista (MAC).Atuou também como diretor musical do Teatro de ArenaWikipedia:Desambiguação, promovendo apresentações deZé Keti, Cartola, Nélson Cavaquinho, João do Vale, Nara Leão, As baianinhas (batizadas por ele como "Quarteto emCy", nome artístico com o qual passaram a atuar profissionalmente) e Trio Tamba. Musicou Bonitinha masordinária, filme de José Pereira de Carvalho, baseado em obra de Nélson Rodrigues. Compôs, com Vinícius deMoraes, a "Marcha da quarta-feira de cinzas" e o "Hino da UNE". Atuou como diretor musical da RádioNacionalWikipedia:Desambiguação, exercendo o cargo até o golpe militar em 1964. Nesse ano, viajou para osEstados Unidos, onde participou, com Stan Getz, do Festival de Jazz de Newport.Em 1965, gravou a trilha sonora de Pobre menina rica, em disco lançado pela CBS, que contou com a participaçãode Dulce Nunes, Moacir Santos, Catulo de Paula e Telma Soares. Gravou, também pela CBS, o disco Sound ofIpanema, em parceria com Paul Winter, produzido por John Hammond com contracapa de Felix Grant (disc jockeyde Washington, que era grande apreciador da bossa nova). Ainda nesse ano, escreveu a trilha de O padre e a moça,filme de Joaquim Pedro de Andrade. Participou do show O remédio é bossa, realizado no Teatro Paramount, em SãoPaulo, ao lado de Sylvinha Telles, Tom Jobim, Alaíde Costa e Marcos Valle. Ainda em 1965, excursionou com StanGetz por diversas cidades norte-americanas, e cinco regiões: Brasil, Japão, Canadá, Europa e México.Em 1966, compôs "Lá vem o bloco" com Gianfrancesco Guarnieri. Em seguida, viajou para o México, onde seapresentou com Stan Getz, fixando residência nesse país por quatro anos. Ainda em 1966, apresentou o Concerto deBossa Nova e Jazz do México, no Parque de Chapultepec, para uma platéia de seis mil pessoas, no qual seus músicosabriam o espetáculo com três números de jazz instrumental. No ano seguinte, compôs 20 trilhas musicais para curtametragens, além de criar e fazer a locução de textos de orientação turística para os Jogos Olímpicos da Cidade doMéxico.

Década de 1970Em 1970, dirigiu, nessa cidade, seu musical infantil O dragão e a fada. Ainda naquele ano, montou o musical Pobremenina rica, cujo texto recebeu tradução para o espanhol de Gabriel Garcia Marquez e Francisco Cervantes. Oespetáculo foi encenado, nessa temporada mexicana, por um elenco formado por Marli Tavares, Leny Andrade e oBossa Três (trio integrado por Luis Carlos Vinhas, Otávio Bailly e Ronnie Mesquita).Voltou para o Brasil em 1971, casado com a atriz e modelo norte-americana Kate Lyra, sua parceira nas canções "Isee me passing by", "Nothing night" e "It's so obvious" (versão de "Cara bonita"). Nesse ano, lançou pela gravadoraPhilips o álbum ...E no entanto é preciso cantar, que contou com a participação de Chico Buarque na música "Essapassou", parceria de ambos. Em 1972, lançou também pela Philips o álbum Eu e elas, produzido por PaulinhoTapajós. Participou da trilha sonora da novela O Cafona, com suas canções "Tudo que eu sou eu dei" e "Gente domorro", esta última escrita originalmente com Vinicius de Moraes para a peça Eles não usam black-tie, deGianfrancesco Guarnieri.Em 1973, assinou contrato com a gravadora Continental e lançou o álbum Carlos Lyra. Em 1974, gravou o disco Herói do medo, censurado na íntegra e finalmente liberado e lançado no ano seguinte. Mudou-se, ainda em 1974, para Los Angeles, onde viveu durante dois anos. Participou da "terapia do grito primal", de Arthur Janov, e estudou astrologia na Sideral School of Astrology. Voltou para o Brasil em 1976, e lançou, pela Editora Codecri, a mesma do

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jornal O Pasquim, o livro "O seu verdadeiro signo".Em 1979, participou do Congresso da UNE realizado em Salvador. Nessa ocasião, regeu um coro de cinco milestudantes que cantavam em uníssono o "Hino da UNE", de sua autoria ao lado de Vinícius de Moraes. No anoseguinte, musicou Vidigal, peça teatral de Millôr Fernandes baseada em Memórias de um sargento de milícias,romance de Manoel Antônio de Almeida. Ainda em 1980, a peça infantil O dragão e a fada, em cartaz desde 1970no México, foi contemplada com cinco Deusas de Prata, o maior prêmio mexicano de teatro, nas categorias MelhorDireção, Melhor Texto, Melhor Música, Melhor Elenco e Melhor Cenário e Figurino.

Décadas de 1980 e 1990Em 1982, a peça Vidigal entrou em cartaz no Teatro João Caetano (RJ). Ainda nessa época, escreveu letras para ocantor espanhol Julio Iglesias. Em 1983 compôs, com Paulo César Pinheiro, a trilha sonora de As primícias, peçateatral de Dias Gomes. Também nesse ano, musicou "O negócio é amar", uma letra deixada por Dolores Duran. Noano seguinte, o show 25 anos de bossa nova estreou no Teatro dos Quatro no Rio de Janeiro, tendo estreado noTeatro Cultura, em São Paulo, no ano seguinte. O espetáculo foi gravado ao vivo e lançado em disco pela gravadora3M.Participou, em 1986, do VII Carrefour Mondial de La Guitare, realizado na Ilha da Martinica. Em 1987,apresentou-se na Espanha ao lado de Caetano Veloso, Toquinho e Nana Caymmi. Em 1989, viajou ao Japão,dividindo o palco com Leila Pinheiro e o Quarteto em Cy. No ano seguinte, apresentou-se no Norte e Nordeste dopaís pelo "Projeto Brasileirinho", promovido pelo SESC. Em 1991, seu musical Pobre menina rica foi remontadosob a direção de Aderbal Júnior. Em 1992, viajou em turnê pela Espanha e Portugal. Participou também do Festivalde Jazz de Pescara, na ltália, ao lado de Gerry Mulligan e Gary Burton. No ano seguinte, gravou no Japão o CDBossa Lyra, lançado pela BMG/Victor.Em 1994, a Editora Lumiar, de Almir Chediak, lançou o livro e o CD Carlos Lyra. De acordo com entrevista de Lyrapublicada no livro, "Maria Ninguém" era a canção favorita da primeira-dama estadunidense Jacqueline Kennedy.[4]

Publicou, em seguida, pela Editora Maltese, o livro Ayanamsa: astrologia sideral. Ainda nesse ano, seu CD BossaLyra foi lançado no mercado brasileiro pela BMG/Ariola. Gravou, também em 1994, o CD Carioca de algema,lançado pela EMI-Odeon. No ano seguinte, realizou vários shows pelo Brasil, apresentando sua obra.Em 1996, compôs, com Paulo César Pinheiro, a trilha sonora de Policarpo Quaresma, Herói do Brasil, filme dePaulo Thiago. Voltou ao Japão para uma temporada de shows. Ao final desse ano, estreou, no Metropolitan, no Rio,o show Vivendo Vinícius, ao lado de Leila Pinheiro, Toquinho e Baden Powell. Em 1997, participou do álbum Get'sbossa nova lançado pela Pony Cannion Records. Ainda naquele ano, apresentou-se, ao lado de Roberto Menescal,Leila Pinheiro e Astrud Gilberto, entre outros, no espetáculo Get's bossa nova, realizado em Tóquio, emcomemoração aos 40 anos da bossa nova. Em 1998 participou, ao lado de Baden Powell, Toquinho e Miucha, danova montagem do espetáculo Vivendo Vinícius, realizado no Teatro João Caetano e gravado ao vivo em CD pelaBMG.No ano seguinte, apresentou-se no "Festival de Verão: Rio, sempre Bossa Nova", projeto da Prefeitura do Rio deJaneiro realizado no Parque Garota de Ipanema. Participou, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Joyce, LeilaPinheiro, Roberto Menescal e Wanda Sá, entre outros, do show de encerramento desse projeto, realizado no Posto 10da Praia de Ipanema em comemoração aos 40 anos da Bossa Nova. Ainda em 1999, musicou o poema "Quando elafala", de Machado de Assis. A canção foi interpretada por sua filha Kay Lyra na cerimônia do translado dos restosmortais do escritor e de sua esposa Carolina para o Mausoléu da Academia Brasileira de Letras.

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Década de 2000Em 2000, abriu a temporada de shows do "Projeto Bossa Nova 2000", realizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro noParque dos Patins, acompanhado por Adriano Giffoni (baixo), Helvius Vilela (teclados), Marcio Bahia (bateria) ecom participação especial de sua filha Kay Lyra. Nesse ano, lançou, pela Editora Irmãos Vitale, o método paraviolão "Harmonia prática da bossa nova", acompanhado de um CD contendo demonstrações de ritmos, além de 17canções de sua autoria. Saiu em turnê pela América Latina, com um show em homenagem ao poeta e parceiroVinícius de Moraes, que completava 20 anos de falecimento. Esse show contou também com a presença de SebastiãoTapajós, Miúcha e Georgiana de Moraes. Ainda em 2000, gravou o CD Carlos Lyra: Sambalanço, com produção deKazuo Yoshida, lançado no mercado japonês pela Inpartmaint Inc. O disco contou com a participação de Kay Lyraem "Pode ir" e "O barco e a vela", nessa faixa acompanhada pelo violão do autor da canção, Claudio Lyra, sobrinhodo compositor. No repertório, além das já citadas, regravações de "Minha namorada", "Canção que morre no ar" e"Também quem mandou", entre outras, além de canções inéditas como "Se quiseres chorar" e "Só choro quandoestou feliz".Em 2001, seu disco Saravá, relançado em CD pela BMG em produção assinada por Arnaldo DeSouteiro, foipremiado pela revista japonesa Record Collectors como o melhor relançamento do ano. Em 2002, a WEA Musicrelançou em CD o disco Herói do medo, com evento promovido na Modern Sound, no Rio de Janeiro. Dois anosdepois, o CD Sambalanço foi lançado no mercado brasileiro. Nesse mesmo ano, comemorou 50 anos de carreira comshow no Canecão. O espetáculo contou com a participação de Emílio Santiago, João Donato, Ivan Lins, ToniGarrido, Leila Pinheiro, Miúcha, Quarteto em Cy, Leny Andrade, Roberto Menescal, Wanda Sá, Marcos Valle, LeoGandelman, Chico Caruso, Os Cariocas e Antonio Adolfo, além de seu sobrinho Claudio Lyra e sua filha Kay Lyra.Também em 2004, participou, ao lado de Johnny Alf, João Donato, Roberto Menescal, Wanda Sá, Leny Andrade,Pery Ribeiro, Durval Ferreira, Eliane Elias, Marcos Valle, Os Cariocas e Bossacucanova, do espetáculo Bossa Novain Concert, realizado no Canecão. O show foi apresentado por Miele.Apresentou-se, em 2005, no Martinus Concert Hall, em Helsinki. No mesmo ano, foi contemplado com o PrêmioShell de Música, pelo conjunto de sua obra. Também em 2005, participou, como convidado especial, do show Bossaentre amigos, no Bar do Tom, no Rio, ao lado de Marcos Valle, Roberto Menescal e Wanda Sá. Nesse mesmo ano,fez show no Songbook Café, no Rio, ao lado de Antonio Adolfo, e atuou na segunda apresentação do espetáculoBossa nova in concert, no Pátio dos Patins, também no Rio. Também em 2005, lançou o DVD 50 anos de música,registro do show realizado no ano anterior no Canecão. Ainda nesse ano, estreou o documentário Coisa mais linda -Histórias e casos da bossa nova, de Paulo Thiago, que contou com sua participação, ao lado de Roberto Menescal,na condução da narrativa. Apresentou-se, também em 2005, no Mistura Fina, no Rio.No dia 25 de abril de 2007, foi homenageado pelo Instituto Cultural Cravo Albin na série Sarau da Pedra. Noevento, foi afixada no Mural da Música do instituto, diante da presença de várias personalidades da cena culturalcarioca, uma placa com seu nome, a ele dedicada pela relevância de sua obra musical. A comemoração contou compalestra sobre Vinicius de Moraes, proferida pelo poeta e membro da Academia Brasileira de Letras Ivan Junqueira,além de show de Kay Lyra, interpretando músicas de sua autoria. Em 2008 apresentou-se no Mistura Fina, no Rio deJaneiro, com o show Eu e a bossa. No mesmo ano, participou do espetáculo Bossa nova 50 anos, realizado na Praiade Ipanema, no Rio de Janeiro. Também no elenco, Roberto Menescal, Oscar Castro Neves, Wanda Sá, LeilaPinheiro, Emílio Santiago, Zimbo Trio, Leny Andrade, Fernanda Takai, Maria Rita, João Donato, Joyce, MarcosValle e Patrícia Alvi, Bossacucanova e Cris Delanno. O show foi feito em comemoração aos 50 anos da bossa nova,e também ao aniversário da cidade do Rio. Em 2008, publicou o livro Eu e a bossa pela editora Casa da Palavra. Nomesmo ano, lançou, com João Donato, Roberto Menescal e Marcos Valle, o CD Os Bossa Nova, contendo suascanções "Samba do carioca", "Até o fim", "Sextante" e "Ciúme".Compôs, em parceria com Aldir Blanc, a trilha sonora do espetáculo Era no tempo do Rei, baseado no livro homônimo de Ruy Castro, que estreou em março de 2010 no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, com direção geral de João Fonseca, direção musical de Délia Fischer e roteiro assinado por Heloisa Seixas e Julia Romeu. No

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mesmo ano, a banda Mantiqueira faz show em sua homenagem no Espaço Tom Jobim, no Rio, interpretandocanções de sua autoria, como "Maria Ninguém" e "Se é tarde me perdoa" no estilo big band. No dia 9 de julho de2010, fez recital na Academia Brasileira de Letras, no Rio, dentro da série "MPB na ABL", homenageando oparceiro Vinicius de Moraes. A apresentação do espetáculo esteve a cargo de Ricardo Cravo Albin, com roteiroelaborado pelo compositor, em parceria com o Instituto Cultural Cravo Albin. A homenagem marcou os 30 anos defalecimento do poeta e diplomata, e também sua promoção post mortem ao cargo de Embaixador do Brasil, com atosolene no Palácio do Itamaraty, em Brasília, no dia 16 de agosto do mesmo ano.

Vida pessoalAbandonou o país após o golpe de 1964, só retornando em 1971.[1][2] Casou-se com a atriz e modelonorte-americana Katherine Lee Revell (radicada no Brasil como Kate Lyra) na Cidade do México em 1969.[1][2]

Teve com ela sua única filha, Kay Lyra, cantora popular de formação clássica.[1][2] Em 2004, seu casamento de 34anos com Kate chegou ao fim.[5] Atualmente, Carlos Lyra vive no Rio.[2]

Discografia•• 1959 - Bossa Nova•• 1961 - Carlos Lyra• 1962 - Bossa Nova Mesmo - Carlos Lyra / Laís / Lúcio Alves /Silvia Telles / Vinícius de Moraes /Conjunto Oscar

Castro Neves•• 1963 - Depois do carnaval, O Sambalanço de Carlos Lyra•• 1964 - Pobre Menina Rica• 1965 - The Sound of Ipanema - Paul Winter / Carlos Lyra•• 1967 - Carlos Lyra•• 1969 - Carlos Lyra / Saravá• 1971 - …E no Entanto é Preciso Cantar• 1972 - Eu & Elas•• 1974 - Carlos Lyra•• 1975 - Herói do Medo•• 1987 - 25 Anos de Bossa Nova•• 1993 - Bossa Lyra•• 1994 - Carioca de Algema•• 1994 - Songbook• 1999 - Vivendo Vinícius ao Vivo - Baden Powell / Carlos Lyra / Miúcha / Toquinho•• 2000 - Enciclopédia musical brasileira•• 2000 - Millennium• 2003 - Coisa mais linda – As canções de Carlos Lyra•• 2004 - Sambalanço•• 2005 - Carlos Lyra - 50 Anos de Música

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Ligações externa• Sítio oficial de Carlos Lyra [6]

• Dados Artísticos [7] no Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira.

Referências[1] Biografia (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ carlos-lyra/ biografia) no Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira.[2] ARCANJO PRADO, Miguel. "Bossa Nova: Carlos Lyra começou a fazer música com piano de brinquedo" (http:/ / www1. folha. uol. com.

br/ folha/ ilustrada/ ult90u439216. shtml). Folha Online. 29 de agosto de 2008.[3] Murgel, Carô. "Carlos Lyra" (http:/ / www. mpbnet. com. br/ musicos/ carlos. lyra/ index. html).[4] Chediak, Almir. Bossa Nova, Volume 2 (http:/ / books. google. com. br/ books?id=ZngslfmiZPgC& pg=PA147& lpg=PA147& dq=maria+

ninguém+ jacqueline+ kennedy& source=bl& ots=SjC7-DjT3V& sig=LPQPj9UZkaFysMgPb66c_313bm0& hl=pt-BR&ei=wJToTPfLDMH88Ab4z8zxDA& sa=X& oi=book_result& ct=result& resnum=1& ved=0CBYQ6AEwAA#v=onepage& q=marianinguém jacqueline kennedy& f=false). Irmãos Vitale, 1990. 3a. edição. 158 páginas. ISBN 8585426039

[5] Antunes, Elizabete. "Kate Lyra, de 'brasileiro é tão bonzinho', volta em 'Passione'" (http:/ / oglobo. globo. com/ cultura/ kogut/ posts/ 2010/05/ 14/ kate-lyra-de-brasileiro-tao-bonzinho-volta-em-passione-290380. asp). Blog de Patrícia Kogut. O Globo. 14 de maio de 2010.

[6] http:/ / www. carloslyra. com[7] http:/ / www. dicionariompb. com. br/ carlos-lyra/ dados-artisticos

Claudette Soares

Claudette Soares

Informação geral

Nome completo Claudette Cloubert Soares

Apelido Princesinha do Baião

Nascimento 31 de outubro de 1937 (75 )

Origem Rio de Janeiro

País Brasil

Gênero(s) MPB, Baião, Bossa Nova, Sambalanço Romântico

Instrumento(s) Vocais

Gravadora(s) Mocambo, Philips, Universal, EMI-Odeon, CID, Lua Music

Página oficial Sítio oficial [1]

Claudette Cloubert Soares, Claudete Soares ou Claudette Soares (Rio de Janeiro, 31 de outubro de 1937) é umacantora brasileira.

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CarreiraComeçou sua carreira muito cedo: foi revelada no programa A raia miúda, de Renato Murce, na Rádio Nacional.Apresentou-se no programa da Rádio Mauá chamado Clube do Guri, de Silveira Lima. Depois também seapresentou no programa Papel Carbono, de Renato Murce. Na Rádio Tupi participou do programa Salve o Baião!,conhecendo Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Ele a apelidou de Princesinha do baião. Ainda na década de 1950, naRádio Tamoio, ela apresentou ao lado de Ademilde Fonseca o programa No mundo do baião (programa de ZéGonzaga, irmão do Luís).[2]

Silvinha Telles chamou-a para substituí-la como cantora na boate do Plaza, no final da década de 1950. Dividiu opalco com Luiz Eça, João Donato, Baden Powell e Milton Banana e outros músicos. Participou do programa de TV -Brasil 60, da apresentadora de TV e atriz Bibi Ferreira, pela TV Excelsior - canal 9, de São Paulo. Divulgou ascanções da Bossa Nova em São Paulo, nas casas noturnas Baiúca, Cambridge e João Sebastião Bar. Inaugurou aboate Ela, Cravo e Canela, junto com o pianista Pedrinho Mattar, apresentando o espetáculo Um show de show. Em1967, compareceu ao programa de TV Jovem Guarda, da TV Record, (Rede Record), canal 7 de São Paulo, ocasiãoem que interpretou Como é grande o meu amor por você (Roberto Carlos/Erasmo Carlos). Casou-se com o músicoJúlio César Figueiredo, em 1972. Seu grande sucesso, De tanto amor, foi um presente de casamento dado porRoberto Carlos, que foi seu padrinho. Veio a se divorciar na década de 1990. Tinha um projeto junto com DickFarney de gravar uma série de músicas brasileiras, mas, com a morte do amigo, isso foi abandonado. Claudetteretomou à sua carreira artística, depois do seu divórcio. Fez turnês por Paris e Lisboa.

Prêmios• 1966 - Troféu Euterpe de "melhor cantora do ano"• 1990 - Recebeu o título de Cidadã paulistana.

Festivais de música• 1966 - I Festival Internacional da Canção - fase nacional - cantando Chorar e cantar (Vera Brasil/Sivan Castelo

Neto)• 1970 - V Festival Internacional da Canção (Fic) - fase nacional - interpretando a música Mundo novo, vida nova,

de Gonzaguinha

Espetáculos• 1960 - "A noite do amor, do sorriso e da flor" - Faculdade de Arquitetura do Rio de Janeiro;• 1966 - "Primeiro tempo 5x0" - junto com o cantor e compositor Taiguara e o Jongo Trio - direção: Miele/Bôscoli

- realizado na casa noturna Rui Bar Bossa, e depois no Teatro Princesa Isabel;• 1971 - "Fica combinado assim" - com Agildo Ribeiro e Pedrinho Mattar, no Teatro Princesa Isabel;• 1991 - "Nova leitura" - Teatro Rival, no Rio de Janeiro;• 1992 - "Não há mulheres iguais" - de Chiquinha Gonzaga à Rita Lee. Uma homenagem´`as maiores compositoras

brasileiras;• 1993 - "Claudette Soares interpreta Vinicius" - Homenagem à Vinicius de Moraes;• 1996 - "Claudette en-canta Taiguara: Geração 70" - com acompanhamento da orquestra de cordas Cellos em

Sampa - Memorial da América Latina, em São Paulo;• 2000 - "Claudete Soares ao vivo" - gravado na casa noturna carioca Mistura Fina. Em comemoração aos seus 50

anos de carreira. Convidados: Roberto Menescal, Claudia Telles, Velha guarda da Mangueira, Lucinha Lins,Paulinho da Viola, Jorge Benjor, Fábio Júnior, Fafá de Belém, e outros mais;

• 2002 - "Claudette Soares & Leandro Braga, na casa noturna Mistura Fina, em Copacabana, no Rio de Janeiro;• 2003 - "Pano de fundo" - com o pianista Marco Tommaso e do saxofonista Chico Costa, no Vinicius Piano Bar;

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• 2005 - Retrospectiva da carreira, se apresentando no Botafogo Praia Shopping, Bingos Méier, Centro e Tijuca, noRio de Janeiro, e Bingo Icaraí, em Niterói, e Sesc Teresópolis.

Discografia

78rpm• 1958 - Foi a noite - 78rpm

Álbuns• 1964 - A dona da bossa - longplay e compact disc - gravadora Mocambo• 1966 - Primeiro tempo 5x0 - com Taiguara e Jongo Trio - LP - gravadora Philips• 1967 - Claudette Soares - LP - gravadora Philips• 1968 - Gil, Chico e Veloso por Claudette Soares - LP - gravadora Philips• 1969 - Claudette Soares - LP - gravadora Philips• 1969 - Quem não é a maior tem que ser a melhor - LP - gravadora Philips• 1970 - Claudette nº 3 - LP - gravadora Philips• 1971 - De tanto amor - LP - gravadora Philips• 1974 - Você - LP - gravadora EMI-Odeon• 1976 - Tudo isso é amor - com Dick Farney - LP/CD - gravadora EMI-Odeon• 1976 - Fiz do amor meu canto - LP - gravadora EMI-Odeon• 1977 - Tudo isso é o amor vol. 2 - com Dick Farney - LP - CD - gravadora EMI-Odeon• 1995 - Vida real - CD - gravadora Imagem/Movieplay• 2000 - Claudette Soares ao vivo - CD - gravadora Som Livre• 2002 - Claudette Soares & Leandro Braga - CD - gravadora CIA• 2007 - Foi a noite - homenagem a Tom Jobim e a Silvinha Telles.

Participações Especiais• 1960 - Nova geração em ritmo de samba - LP - gravadora Copacabana• 1966 - Festivais dos festivais - LP - gravadora Philips• 1967 - I Festival Universitário - LP - gravadora Philips• 1968 - I Bienal do samba - LP - gravadora Philips• 1969 - II Festival Universitário - LP - gravadora Philips• 1970 - Pigmalião 70 - LP - gravadora Philips• 1970 - Assim na Terra como no céu - LP - gravadora Philips• 1972 - Tempo de viver - LP - gravadora PhonoGram• 1972 - Os maiores sambas-enredo de todos os tempos - vol. 2 - LP - gravadora PhonoGram• 1974 - A paulistana - LP/CD - gravadora Evento• 1975 - Bossa nova, sua história, sua gente - LP - gravadora Philips• 1976 - A música de Roberto Carlos - LP - gravadora PolyGram• 1990 - Eu sei que vou te amar: a música de Vinicius de Moraes - LP - gravadora EMI-Odeon• 1994 - O fino da bossa - CD - gravadora Velas• 1994 - Chega de saudade: The best of Bossa nova - CD - gravadora EMI-Odeon• 1996 - Tempos da Bossa nova - CD - gravadora Ventura Music• 1996 - Bossa nova volume 1: o amor - CD - gravadora Albatroz• 1996 - Bossa nova volume 2: o sorriso - CD - gravadora Albatroz• 1996 - Bossa nova volume 3: a flor - CD - gravadora Albatroz

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• 1997 - Casa da bossa - CD - gravadora PolyGram• 2007 - Maysa - Esta chama que não vai passar - CD - gravadora Biscoito Fino• 2007 - Dolores - A Música de Dolores Duran - CD - gravadora Lua Music[1] http:/ / www. claudettesoares. com. br[2] O campeão de audiência, Walter Clark com Gabriel Priolli, Editora Best Seller,1991 - pgs. 34-37

Ligações externas• Página oficial de Claudette Soares (http:/ / www. claudettesoares. com. br)• Verbete no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ detalhe.

asp?nome=Claudette+ Soares& tabela=T_FORM_A& qdetalhe=art)

Este artigo sobre um(a) músico(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia Soares expandindo-o (http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/:Claudette).

Danilo Caymmi

Danilo Caymmi

Informação geral

Nome completo Danilo Candido Tostes Caymmi

Nascimento 7 de março de 1948 (64 )

Origem Rio de Janeiro

País Brasil

Gênero(s) MPB

Instrumento(s) Flauta,Violão

Danilo Candido Tostes Caymmi (Rio de Janeiro, 7 de março de 1948) é um músico, cantor, compositor earranjador brasileiro.É filho de Dorival Caymmi e Stella Maris, e irmão de Dori e Nana Caymmi. Começou a tocar flauta e violão naadolescência. Abandonou o curso de arquitetura no fim do curso.

CarreiraIniciou a carreira artística, participando como flautista, da gravação do disco "Caymmi Visita Tom", de 1964. Seuprimeiro trabalho como compositor a ser registrado foi com a música "De Brincadeira", feita em parceria comEdmundo Souto, interpretada por Mário Castro Neves em 1967. Atuou como flautista e compositor, obtendo oterceiro lugar no III Festival Internacional da Canção, na fase nacional, transmitido pela Rede Globo, em 1968, coma canção Andança, sendo seus parceiros na composição da canção Edmundo Souto e Paulinho Tapajós), lançando acantora Beth Carvalho, contando com a participação do grupo vocal Golden Boys.Fez sucesso com a canção Casaco Marrom, composta juntamente com Guarabyra, na voz da cantora Evinha. Danilotrabalhou com seus irmãos e fez espetáculos em 1973 com Edu Lobo. No mesmo ano, participou da gravação dodisco "Matança do Porco", do grupo Som Imaginário. Em 1983 entra para o conjunto musical Banda Nova de TomJobim. Foi convidado pela TV Globo (Rede Globo) a escrever trilhas musicais para alguns seriados e novelas comoRiacho Doce, Teresa Batista, Corpo e Alma e Mulheres de Areia, sendo lançado o longplay Trilhas.

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Em 2001 participou com Roberto Menescal, Marcos Valle e Wanda Sá do Fare Festival, realizado em Pavia, naItália pela Società dell'Academia.Fez turnê nas seguintes cidades Estocolmo, na Suécia, Helsinki na Finlândia e em Moscou na Rússia.Em comemoração aos noventa anos do pai, lançou em 2004, junto com seus irmãos Nana e Dori, o compact discPara Caymmi de Nana, Dori e Danilo, com os maiores sucessos de Dorival Caymmi.Em 2009, foi lançado pela Rob Digital, em parceria com o Canal Brasil (TV por Assinatura), o CD e DVD "DaniloCaymmi e Amigos", cujo registro teve a participação de Roberto Menescal, Fafá de Belém, Zé Renato, ClaudioNucci, Dori Caymmi e sua filha Alice Caymmi.

Discografia• 1973 - Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta - Odeon• 1977 - Cheiro Verde - Ana Terra/Independente• 1986 - Caymmi's Grandes Amigos - Nana, Dori e Danilo Caymmi - EMI/Odeon• 1987 - Família Caymmi: Dorival Caymmi, Dori Caymmi, Nana Caymmi e Danilo Caymmi - ao vivo -

EMI/Odeon• 1992 - Danilo Caymmi - RGE• 1992 - Família Caymmi em Montreux - Polygram• 1994 - Danilo Caymmi - EMI/Odeon• 1995 - Sol Moreno - EMI/Odeon• 1997 - Mistura Brasileira - EMI Music• 1998 - Eu, Você, Nos Dois - Albatroz• 2001 - Trilhas - Os Mais Bonitos Temas da TV Brasileira - Albatroz• 2004 - O Patriota - C/ Manu Lafer - Independente• 2004 - Para Caymmi : De Nana, Dori e Danilo - Warner Music• 2005 - Falando de Amor - Famílias Caymmi e Jobim Cantam Antonio Carlos Jobim - Sony BMG• 2009 - Danilo Caymmi e Amigos - Rob Digital• 2011 - Alvear - Biscoito Fino

Participações• Dorival Caymmi - Caymmi Visita Tom - 1964 - Elenco• Tom Jobim - Caymmi Visita Tom - 1964 - Elenco; Miucha e Antonio Carlos Jobim - 1977 - RCA; Miucha e Tom

Jobim - 1979 - RCA; Passarim - 1987 - Verve/Polygram; Tom Jobim - Inédito - 1987/1995/2005 - SBPO/BMGAriola/Jobim/Biscoito Fino; Rio Revisited - 1987 - Verve/Polygram; Antonio Brasileiro - 1994 - Globo/Columbia;Tom Canta Vinicius - 2000 - Jobim Music; Tom Jobim Ao Vivo em Montreal - 2007 - Discmedi(Barcelona)/JobimBiscoito Fino

• Piry Reis - Vocês Querem Mate? - 1970 - Quartin• Nelson Angelo - Nelson Angelo e Joyce - 1972 - Odeon; Violão e outras coisas - 1988 - Eldorado; A Vida Leva -

1994 - Velas• Joyce - Nelson Angelo e Joyce - 1972 - Odeon; Feminina - 1980 - EMI/Odeon; Água e Luz - 1981 - EMI/Odeon• Lô Borges - Lô Borges - 1972 - Odeon; Nuvem Cigana - 1982 - EMI/Odeon• Quarteto em Cy - Quarteto em Cy - 1972 - Odeon; Caminhos Cruzados - Caymmis, Lobos & Jobins - 1981 - RGE• Som Imaginário - Matança do Porco - 1973 - Odeon• Edu Lobo - Edu Lobo - 1973 - Odeon; Limite das Águas - 1976 - Continental; Camaleão - 1978 -

Philips/Phonogram; Tempo Presente - 1980 - Philips/Polygram• Egberto Gismonti - Academia de Danças - 1974 - Odeon; Corações Futuristas - 1976 - EMI/Odeon• Emílio Santiago - Emílio Santiago - 1975 - CID

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• Nana Caymmi - Nana Caymmi - 1975 - CID; Renascer - 1976 - CID; Nana - 1977 - RCA; Nana Caymmi - 1979 -EMI/Odeon; Mudança dos Ventos - 1980 - EMI/Odeon; E a gente nem deu nome - 1981 - EMI/Odeon; Nana -1988 - EMI/Odeon; A Noite do Meu Bem - As Canções de Dolores Duran - 1994 - EMI/Odeon; Alma Serena -1996 - EMI/Odeon; O Mar E O Tempo - 2002 - Som Livre/Universal Music; Sem Poupar Coração - 2009 - SomLivre

• Milton Nascimento - Minas - 1975 - EMI/Odeon; Geraes - 1976 - EMI/Odeon; Clube da Esquina N. 2 - 1978 -EMI/Odeon; Novas Bossas - 2008 - EMI

• Tamba Trio - Tamba Trio - 1975 - RCA• Tom e Dito - Tom e Dito - 1977 - Continental• Antonio Adolfo - Feito em Casa - 1977 - Independente• Simone - Face A Face - 1977 - EMI/Odeon; Cigarra - 1978 - EMI/Odeon; Pedaços - 1979 - EMI/Odeon• Francis Hime - Passaredo - 1977 - Som Livre; Francis - 1980 - Som Livre; Sonho de Moço - 1981 - Som Livre• Sarah Vaughan - O Som Brasileiro de Sarah Vaughan - 1978 - RCA• Fafá de Belém - Banho de Cheiro - 1978 - Philips/Phonogram• Ruy Maurity - Bananeira Mangará - 1978 - Som Livre• Sueli Costa - Vida de Artista - 1978 - EMI/Odeon• Djavan - Djavan - 1978 - EMI/Odeon• Elba Ramalho - Ave de Prata - 1979 - CBS• Geraldo Azevedo - Bicho de 7 Cabeças - 1979 - CBS• Mario Adnet e Alberto Rosenblit - Mario Adnet e Alberto Rosenblit - 1979 - Independente• Boca Livre - Boca Livre - 1979 - Independente; Bicicleta - 1980 - Independente; Folia - 1981 - Philips/Polygram• Bernard Lavilliers - O Gringo - 1980 - Barclay (França)• Hélio Delmiro - Emotiva - 1980 - EMI/Odeon• Chico Buarque - Vida - 1980 - Philips/Polygram; Chico Buarque - 1984 - Barclay• Cristina Buarque - Vejo Amanhecer - 1980 - Ariola• Cláudio Nucci - Cláudio Nucci - 1980 - EMI/Odeon• Dori Caymmi - Dori Caymmi - 1980 - EMI/Odeon; Dori Caymmi - 1982 - EMI/Odeon• Teca Calazans - Eu Não Sou Dois - 1981 - EMI/Odeon; Teca Calazans - 1982 - EMI/Odeon• Ricardo Vilas - Eu Não Sou Dois - 1981 - EMI/Odeon• João do Vale - João do Vale - 1981 - CBS• Robertinho Silva - MPBC - 1981 - Philips/Polygram• MPB-4 - Tempo Tempo - 1981 - Ariola• Olívia Hime - Olívia Hime - 1981 - RGE; Estrela da Vida Inteira - Manuel Bandeira - 1986/1994 -

Continental/Leblon Records• Vinícius Cantuária - Gávea de Manhã - 1983 - RCA• Telma Costa - Telma Costa - 1983 - Opus/Columbia• Para Viver Um Grande Amor - Trilha Sonora do Filme - 1983 - CBS• Zé Luiz - E O Amor Falou - 1984 - Pointer• Premeditando o Breque - Grande Coisa - 1986 - EMI/Odeon• Márcio Hallack - Talismã - 1987 - Chorus Independente• Selma Reis - Selma Reis - 1987 - Continental• Família Jobim - Amazonas - 1989 - BMG Ariola/Som Livre• Ronaldo Bastos - Cais - 1989/1995 - Som Livre/Dubas Música/Warner Music• Adriano Giffoni - Contrabaixo Brasileiro - 1996 - Perfil Edições Musicais• Lisa Ono - Bossa Carioca - 1998 - Toshiba EMI/Deck Disc• Gal Costa - Gal de Tantos Amores - 2001 - BMG• Ivan Lins - Love Songs - A Quem Me Faz Feliz - 2002 - Abril Music

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• Marcelo Salazar - The Tropical Lounge Project - 2005 - JSR• Geraldo Carneiro - Gozos da Alma - 2006 - Sesc/Rio Som

Alguns intérpretesNana Caymmi, Beth Carvalho, Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Jobim, Dominguinhos, Joyce, LuizEça, Evinha, Milton Nascimento, Boca Livre, Cláudia, MPB-4, Walter Wanderley, Alaíde Costa e Fagner.

Ligações externas• Dicionário Cravo Albin [1]

• Música Brasileira [2]

• Cantores/Compositores [3]

Referências[1] http:/ / www. dicionariompb. com. br/ detalhe. asp?nome+ Danilo+ Caymmi& tabela+ T_form_a& qdetalhe=art[2] http:/ / musicabrasileira. org/ danilocaymmi/[3] http:/ / www. millarch. org/ artigo/ cantorescompositores-ii

Elizeth Cardoso

Elizeth Cardoso

Informação geral

Nome completo Elizeth Moreira Cardoso

Apelido A Divina

Nascimento 16 de julho de 1920Rio de Janeiro, RJ

Brasil

Data de morte 7 de maio de 1990 (69 anos)Rio de Janeiro, RJ

Brasil

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Gênero(s) ChoroSamba-cançãoBossa nova

Instrumento(s) vocal

Extensão vocal Contralto

Período em atividade 1936 - 1990

Elizeth Cardoso (Rio de Janeiro, 16 de julho de 1920 — 7 de maio de 1990) foi uma cantora brasileira. Conhecidacomo A Divina, Elizeth é considerada uma das maiores intérpretes da música brasileira e um das mais talentosascantoras de todos os tempos, reverenciada pelo público e pela crítica.

BiografiaElizeth Moreira Cardoso nasceu na rua Ceará, no subúrbio de São Francisco Xavier, e cantava desde pequena pelosbairros da Zona Norte carioca, cobrando ingresso (10 tostões) das outras crianças para ouvi-la cantar os sucessos deVicente Celestino. O pai, seresteiro, tocava violão e a mãe gostava de cantar.

Primeira apresentaçãoDesde cedo precisou trabalhar e, entre 1930 e 1935, foi balconista, funcionária de uma fábrica de saponáceos ecabeleireira, até que o talento foi descoberto aos dezesseis anos, quando comemorava o aniversário. Foi entãoconvidada para um teste na Rádio Guanabara, pelo chorão Jacob do Bandolim.Apesar da oposição inicial do pai, apresentou-se em 1936 no Programa Suburbano, ao lado de Vicente Celestino,Araci de Almeida, Moreira da Silva, Noel Rosa e Marília Batista. Na semana seguinte foi contratada para umprograma semanal na rádio.Casou-se no fim de 1939 com Ari Valdez, mas o casamento durou pouco. Trabalhou em boates como taxi-girl,atividade que exerceria por muito tempo.Em 1941, tornou-se crooner de orquestras, chegando a ser uma das atrações do Dancing Avenida, que deixou em1945, quando se mudou para São Paulo para cantar no Salão Verde e para apresentar-se na Rádio Cruzeiro do Sul,no programa Pescando Humoristas.

EstiloAlém do choro, Elizeth consagrou-se como uma das grandes intérpretes do gênero samba-canção (surgido na décadade 1930), ao lado de Maysa, Nora Ney, Dalva de Oliveira, Ângela Maria e Dolores Duran. O gênero, comparado aobolero, pela exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado tambémde dor-de-cotovelo ou fossa. O samba canção antecedeu o movimento da bossa nova (surgido ao final da década de1950, 1957). Mas este último representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações emdetrimento do drama e das melodias ressentidas, da dor-de-cotovelo e da melancolia.Elizeth migrou do choro para o samba-canção e deste para a bossa nova gravando em 1958 o LP Canção do AmorDemais,[1] considerado axial para a inauguração deste movimento, surgido em 1957. O antológico LP trazia ainda,também da autoria de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, Chega de Saudade, Luciana, As Praias Desertas e OutraVez. A melodia ao fundo foi composta com a participação de um jovem baiano que tocava o violão de maneiraoriginal, inédita: o jovem João Gilberto.

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Anos 1960Em 1960, gravou jingle para a campanha vice-presidencial de João Goulart.[2] Nos anos 1960 apresentou o programade televisão Bossaudade (TV Record, Canal 7, São Paulo). Em 1968 apresentou-se num espetáculo que foiconsiderado o ápice da carreira, com Jacob do Bandolim, Época de Ouro e Zimbo Trio, no Teatro João Caetano, embenefício do Museu da Imagem e do Som (MIS) (Rio de Janeiro). Considerado um encontro histórico da músicapopular brasileira, no qual foram ovacionados pela platéia; long-plays (Lps) foram lançados em edição limitada peloMIS. Em abril de 1965 conquistou o segundo lugar na estréia do I Festival de Música Popular Brasileira (TVRecord) interpretando Valsa do amor que não vem (Baden Powell e Vinícius de Moraes); o primeiro lugar foi danovata Elis Regina, com Arrastão. Serviu também de influência para vários cantores que viriam depois, sendo umadas principais a cantora Maysa.Elizeth Cardoso lançou mais de 40 LPs no Brasil e gravou vários outros em Portugal, Venezuela, Uruguai, Argentinae México.

MorteEm 1987, quando estava em uma excursão no Japão, os médicos japoneses diagnosticaram um carcinoma gástrico, oque obrigou a cantora a uma cirurgia. Apesar disso, a doença ainda a acompanharia durante os três últimos anos devida. A cantora faleceu às 12h28 do dia 7 de maio de 1990, na Clínica Bambina, no bairro carioca de Botafogo. Foivelada no Teatro João Caetano, onde compareceram milhares de fãs. Foi sepultada, ao som de um surdo portelense,no Cemitério do Caju[3].

Discografia• De 1950 até 1954, Elizeth Cardoso só lançou canções em discos 78 rpm.

Álbuns de estúdio solo• Canções à Meia Luz (1955)• Fim de Noite (1956)• Noturno (1957)• Canção do Amor Demais (1958)• Retrato da Noite (1958)• Naturalmente (1958)• Magnífica (1959)• A Meiga Elizeth (1960)• A Meiga Elizeth nº 2 (1962)• Grandes Momentos (1963)• A Meiga Elizeth nº 3 (1963)• Elizeth Interpreta Vinícius (1963)• A Meiga Elizeth nº 4 (1963)• A Meiga Elizeth nº 5 (1964)• Quatrocentos Anos de Samba (1965)• Elizete Sobe o Morro (1965)• Muito Elizeth (1966)• A Enluarada Elizeth (1967)• Momento de Amor (1968)• Falou e Disse (1970)• Preciso Aprender a Ser Só (1972)

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• Mulata Maior (1973)• Feito em Casa (1974)• Elizeth Cardoso (1976)• A Cantadeira do Amor (1978)• O Inverno do Meu Tempo (1979)• Outra Vez Elizeth (1982)• Ary Amoroso (1991)

Álbuns de estúdio em conjuntos• Sax Voz (1960)• Sax Voz nº 2 (1961)• A Bossa Eterna de Elizeth e Cyro (1966)• A Bossa Eterna de Elizeth e Ciro nº 2 (1969)• Elizeth Cardoso e Silvio Caldas Vol. I (1971)• Elizeth Cardoso e Silvio Caldas Vol. II (1971)• Todo o Sentimento (1991)

Álbuns ao vivo solo e em conjuntos• Ao Vivo no Teatro João Caetano Vol. I (1968)• Ao Vivo no Teatro João Caetano Vol. II (1968)• Elizeth e Zimbo Trio Balançam na Sucata (1969)• Elizeth no Bola Preta com a Banda do Sodré (1970)• É de Manhã (1970)• Elizeth Cardoso em Tokyo (1977)• Elizethíssima (1981)• Recital (1982)• Elizeth - Uma Rosa para Pixinguinha (1983)• Leva Meu Samba (1984)• Luz e Esplendor (1986)

Bibliografia• ALBIN, Ricardo Cravo. MPB - A História de um século. Rio de Janeiro: Funarte, 1998.• ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB - A História de nossa música popular de sua origem até hoje.

Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.• AZEVEDO, M. A. de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.• CABRAL, Sérgio. Elisete Cardoso - Uma vida. Rio de Janeiro. Lumiar, 1994.• CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário biográfico da música popular. Rio de Janeiro; Edição do autor, 1965.• EPAMINONDAS, Antônio. Brasil brasileirinho. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1982.• MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e

popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.• PAVAN, Alexandre. Timoneiro, perfil biográfico de Hermínio Bello de Carvalho. Ed. Casa da Palavra. [4]•• SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Vol 1. São Paulo: Editora 34, 1997.•• VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira. Rio de Janeiro: Martins, 1965.[1] Capa do Lp e comentário (http:/ / www. luizamerico. com. br/ fundamentais-elizete-cardoso. php)[2] "Dos sonhos de JK às vassouras de Jânio" (http:/ / veja. abril. com. br/ blog/ caca-ao-voto/ tag/ udn/ ). Veja. 2 de setembro de 2010.[3] JORNAL DO BRASIL. Cala-se a voz enluarada.. Rio de Janeiro, 8/5/1990.[4] http:/ / livrotimoneiro. blogspot. com/

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Ligações externas• Revista Veja - A nação das cantoras (http:/ / veja. abril. com. br/ 110407/ p_120. shtml)

Johnny AlfJohnny Alf, nome artístico de Alfredo José da Silva (Rio de Janeiro, 19 de maio de 1929 — Santo André, 4 demarço de 2010), foi um compositor, cantor e pianista brasileiro.

CarreiraPerdeu o pai, cabo do exército, aos três anos de idade. Sua mãe trabalhava em casa de uma família na Tijuca e ocriou sozinha. Seus estudos de piano começaram aos nove anos, com Geni Borges, amiga da família para a qual suamãe trabalhava.Após o início na música erudita, começou a se interessar pela música popular, principalmente trilhas sonoras docinema norte-americano e por compositores como George Gershwin e Cole Porter. Aos 14 anos, formou umconjunto musical com seus amigos de Vila Isabel, que tocavam na praça Sete (atual praça Barão de Drummond).Estudou no Colégio Pedro II. Entrando em contato com o Instituto Brasil-Estados Unidos, foi convidado paraparticipar de um grupo artístico. Uma amiga americana sugeriu o nome de Johnny Alf.Em 1952, Dick Farney e Nora Ney o contratam como pianista da nova Cantina do César, de propriedade doradialista César de Alencar, iniciando assim sua carreira profissional. Mary Gonçalves, atriz e Rainha do Rádio,estava sendo lançada como cantora, e escolheu três canções de Johnny: Estamos sós, O que é amar e Escuta parafazerem parte do seu longplay Convite ao Romance.Foi gravado seu primeiro disco em 78 rpm, com a música Falsete de sua autoria, e De cigarro em cigarro (LuísBonfá). Tocou nas boates Monte Carlo, Mandarim, Clube da Chave, Beco das Garrafas, Drink e Plaza. Duas cançõesse destacaram neste período: Céu e mar e Rapaz de bem (1953), ambas de melodia e harmonia consideradasrevolucionárias, precursoras da bossa nova.Em 1955 foi para São Paulo, tocando na boate Baiuca e no bar Michel, com os iniciantes Paulinho Nogueira, Sabá eLuís Chaves. Em 1962 voltou ao Rio de Janeiro, se apresentando no Bottle's Bar, junto com o conjunto musicalTamba Trio, Sérgio Mendes, Luís Carlos Vinhas [1] e Sylvia Telles. Apresentava-se no Litlle Club e Top, o conjuntoformado por Tião Neto (baixista) e Edison Machado (baterista).Em 1965 realizou uma turnê pelo interior paulista. Tornou-se professor de música no Conservatório Meireles, de SãoPaulo. Participou do III Festival da Música Popular Brasileira em 1967, da TV Record - Canal 7, de São Paulo, coma música Eu e a brisa, tendo como intérprete a cantora Márcia (esposa de Silvio Luiz). A música foi desclassificada,porém se tornando um dos maiores sucessos de sua carreira.Em seus últimos anos de vida Johnny raramente se apresentava, em razão de problemas de saúde. Esteve apenas naabertura das exposições dedicadas aos 50 anos da bossa nova na Oca, em 2008,[2] e, em janeiro de 2009, noAuditório do SESC Vila Mariana, em São Paulo.[3][4] Na mostra sobre os 50 anos da bossa nova, Alf teve umencontro virtual com nomes como Tom Jobim, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e Stan Getz. O artista tocava piano comas projeções dos colegas, já mortos, para um filme que foi exibido ao longo do evento. Segundo o curador da mostra,Marcello Dantas, Johnny Alf foi "o caso clássico do artista que não teve o reconhecimento a altura de seu talento.Alf foi um gênio e teve participação na história da nossa música".[5]

O compositor não tinha parentes. Vivia em um asilo em Santo André. Seu último show foi em agosto de 2009, noTeatro do Sesi, em São Paulo, ao lado da cantora Alaíde Costa.[6]

Faleceu aos 80 anos no hospital estadual Mário Covas, em Santo André (SP), onde, durante três anos, se tratou deum câncer de próstata. Ele vivia em uma casa de repouso na cidade.[7][8][9]

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Segundo o jornalista Ruy Castro, Johnny Alf foi o "verdadeiro pai da Bossa Nova". Tom Jobim, outro dos primeirosartistas da Bossa Nova, admirava Johnny Alf a ponto de apelidá-lo de "Genialf".[10]

Discografia• 1952 - Johnny Alf• 1952 - Convite ao Romance - Mary Gonçalves• 1954 - Johnny Alf (78 rpm)• 1955 - Johnny Alf (78 rpm)• 1958 - Johnny Alf (78 rpm)• 1961 - Rapaz de bem (longplay)• 1964 - Diagonal (Lp)• 1965 - Johnny Alf - arranjos de José Briamonte• 1968 - Johnny Alf e Sexteto Contraponto• 1971 - Ele é Johnny Alf• 1972 - Johnny Alf - compacto duplo• 1974 - Nós• 1978 - Desbunde total• 1986 - Johnny Alf - Eu e a brisa• 1988 - O que é amar• 1990 - Olhos Negros - participação Gilberto Gil,Chico Buarque,Caetano Veloso, Roberto Menescal, Leny

Andrade e outros.• 1997 - Johnny Alf e Leandro Braga - Letra e música Noel Rosa• 1998 - Cult Alf - Johnny Alf - gravado ao vivo• 1999 - As sete palavras de Cristo na Cruz - Dom Pedro Casaldáliga• 2001 - Johnny Alf - Eu e a Bossa - 40 anos de Bossa Nova

Participações especiais• 1975 - 100 anos de Música Popular Brasileira - Projeto Minerva - série de oito álbuns produzidos e apresentado

por Ricardo Cravo Albin, gravados ao vivo na rádio MEC do Rio de Janeiro. Cantando ao lado de Alaíde Costa eLúcio Alves.

• 1984 - Trilha sonora da telenovela Anjo Mau, da Rede Globo, com a música O que é amar.• 1998 - O show Noel Rosa - Letra e música, lançando um compact disc com o mesmo nome, foi realizado no Sesc

Pompéia, em São Paulo. Incluindo a canção Noel, Rosa do Samba, de Paulo César Pinheiro.• 2004 - CD Dois Corações, da cantora mineira Fernanda Cunha. No Cd os "dois corações" são Johnny Alf e Sueli

Costa, uma das mais importantes compositoras brasileiras, que também faz participação especial com piano e voz.[1] Johnny Alf, father of bossa nova, dies (http:/ / www. cbc. ca/ arts/ music/ story/ 2010/ 03/ 05/ johnny-alf-obit. html) (em inglês). CBC News

(05/03/2010). Página visitada em 05/03/2010.[2] UOL, 4 de julho de 2008. Exposição na Oca usa tecnologia para contar história da bossa nova. (http:/ / entretenimento. uol. com. br/ ultnot/

2008/ 07/ 04/ ult4326u986. jhtm)[3] Estadão, 30 de janeiro de 2009. Johnny Alf, recuperado de câncer, sobe aos palcos (http:/ / www. estadao. com. br/ noticias/

arteelazer,johnny-alf-recuperado-de-cancer-sobe-aos-palcos,315766,0. htm), por Livia Deodato.[4] Morto Johnny Alf, considerato "padre" della Bossa Nova (http:/ / notizie. virgilio. it/ notizie/ spettacoli/ 2010/ 03_marzo/ 05/

musica_morto_johnny_alf_considerato_padre_della_bossa_nova,23263340. html) (em italiano). Virgilio Notizie (05/03/2010). Página visitadaem 05/03/2010.

[5] Morre Johnny Alf, um pioneiro da bossa nova (http:/ / www. jornalwebminas. com. br/ cultura_noticia. php?noticia=46887) (em português).A Cidade (05/03/2010). Página visitada em 05/03/2010.

[6] Morre o pianista e compositor Johnny Alf (http:/ / www. jornalacidade. com. br/ editorias/ caderno-c/ 2010/ 03/ 04/morre-o-pianista-e-compositor-johnny-alf. html) (em português). A Cidade (04/03/2010). Página visitada em 05/03/2010.

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[7] Johnny Alf, precursor da bossa nova, morre aos 80 anos em SP (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ ilustrada/ ult90u702428. shtml)(em português). Folha Online (04/03/2010). Página visitada em 05/03/2010.

[8] Le créateur de la bossa nova, Johnny Alf, est mort à l'âge de 80 ans (http:/ / www. jminforme. ca/ showbizz/ article/ 974720) (em francês).L'Étoile (04/03/2010). Página visitada em 05/03/2010.

[9] Johnny Alf, a Bossa Nova founder, dies at 80 (http:/ / news. yahoo. com/ s/ ap/ 20100305/ ap_en_mu/ lt_brazil_obit_alf) (em inglês). YahooNews/Associated Press (05/03/2010). Página visitada em 05/03/2010.

[10] Fallece el creador de la Bossa Nova Johnny Alf [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / deportes. eluniversal. com/ 2010/ 03/05/ til_ava_fallece-el-creador-d_05A3534057. shtml)] Título não preenchido, favor adicionar] (em espanhol). El Universal (05/03/2010).Página visitada em 05/03/2010.

BibliografiaCASTRO, Ruy. Chega de Saudade (http:/ / diversao. terra. com. br/ gente/ noticias/ 0,,OI4302154-EI13419,00.html). Companhia das Letras, 1990. ISBN 8571641374

Ligações externas• Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Biografia de Johnny Alf. (http:/ / www. dicionariompb.

com. br/ johnny-alf)• Biografia (http:/ / www. mpbnet. com. br/ musicos/ johnny. alf)• Discografia (http:/ / www. sombras. com. br/ johnnyalf/ johnnyalf. htm)

João Donato

João Donato

Informação geral

Nome completo João Donato de Oliveira Neto

Nascimento 17 de agosto de 1934 (78 )

Origem Rio Branco (AC)

País Brasil

Gênero(s) Jazz fusion, MPB, Bossa Nova

Instrumento(s) Piano, Voz, Acordeão, Piano, Trombone

Período em atividade Década de 1950 - presente

Página oficial www.joaodonato.com.br [1]

João Donato de Oliveira Neto (Rio Branco, 17 de agosto de 1934), mais conhecido apenas como João Donato, éum pianista, acordeonista, arranjador, cantor e compositor brasileiro.Donato foi amigo de todos os expoentes do movimento bossanovista, como João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Johnny Alf, entre outros, mas nunca foi caracterizado unicamente como tal, e sim um músico muito

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criativo e que promove fusões musicais, de jazz e música latina, entre tantos outros. Na década década de 1950, JoãoDonato se muda para os Estados Unidos onde permanece durante treze anos e realiza o que nunca tinha conseguidono Brasil: reincorporar a musicalidade afro-cubana ao jazz. Grava o disco A Bad Donato e compõe músicas como"Amazonas", "A Rã" e "Cadê Jodel". Retorna ao Brasil, reencontra a música brasileira que estava sendo feita nopaís, mas não abandona sua paixão pela fusão entre o jazz e ritmos caribenhos. Como arranjador participou de discosde grandes nomes da MPB como Gal Costa e Gilberto Gil.Entre as composições mais conhecidas do músico, estão: "Amazonas", "Lugar Comum", "Simples Carinho", "AtéQuem Sabe" e "Nasci Para Bailar". Segundo o crítico musical Tárik de Souza: "Durante muito tempo, João Donatofoi um mito das internas da MPB. Gênio, desligado, louco, de tudo um pouco.[2].

BiografiaFilho de um major da aeronáutica, João Donato de Oliveira Filho e Eutália Pacheco da Cunha, nasceu em RioBranco no dia 17 de agosto de 1934, mas 11 anos depois mudou-se para o Rio de Janeiro. Desde cedo demonstrouter mais intimidade com a música, aos cinco anos já tocava acordeon.João Donato nasceu em uma família musical, seu pai que era piloto de avião, nas horas vagas tocava bandolim. Amãe cantava e a irmã mais velha, Eneyda, pretendia ser concertista de piano. O caçula, Lysias, pendeu para as letrase se tornaria o principal parceiro nas composições com Donato.O primeiro instrumento de João foi o acordeão, no qual, aos oito anos, compôs sua primeira música, a valsa "Nini".Antes de completar 12 anos, o pai presenteou-lhe com acordeões de 24 e 120 baixos. Em 1945, Donato pai étransferido, e a família tem de deixar Rio Branco rumo ao Rio de Janeiro.Em pouco tempo, passou a frequentar o circuito musical das festas de colégios da Tijuca e adjacências. Tentou asorte no programa de Ary Barroso. Intransigente, Ary rodou o tabuleiro da baiana e sequer quis escutá-lo, sob aalegação de que "não gostava de meninos-prodígio".Ao profissionalizar-se, em 1949, aos 15 anos, Donato já havia participado das jam sessions realizadas na casa docantor Dick Farney e no Sinatra-Farney Fã Club, do qual era membro. Johnny Alf, Nora Ney, Dóris Monteiro, PauloMoura e até Jô Soares, no bongô, estavam entre os componentes destas jams.Na primeira gravação em que participa, como integrante da banda do flautista Altamiro Carrilho, Donato tocaacordeão nas duas faixas do 78 RPM: "Brejeiro", de Ernesto Nazareth, e "Feliz aniversário", do próprio Altamiro.Pouco depois, migra para o grupo do violinista Fafá Lemos, como suplente de Chiquinho do Acordeom.

Década de 1950Durante este período frequentou o Sinatra-Farney Fan Clube, na Tijuca, zona norte carioca, que durou apenas 17meses, considerado por muitos estudiosos como uma escola para toda a geração que mais tarde criaria a Bossa Nova.Em 1951, com apenas 17 anos, namorou Dolores Duran, que tinha 21. O romance gerou polêmicas e preconceitos aépoca, por ela ser mais velha que ele. Após um tempo, João resolveu se separar dela por causa das brigas da famíliado casal. Assim, ele a deixou e foi morar no México.A partir de 1953, agora como pianista, Donato passa a comandar suas próprias formações instrumentais,– Donato eseu Conjunto, Donato Trio, o grupo Os Namorados – com quem lança, em 78 RPM, versões instrumentais parastandards da música americana (como "Tenderly", sucesso de Nat King Cole) e brasileira (como "Se acaso vocêchegasse, do sambista gaúcho Lupicinio Rodrigues).Três anos depois, a Odeon escala um iniciante para fazer a direção musical de "Chá Dançante" (1956), primeiro LPde Donato e seu conjunto. Antônio Carlos Jobim fez a seleção musical do disco de João Donato. O repertórioescolhido por Tom Jobim foi: "No rancho fundo" (Lamartine Babo – Ary Barroso), "Carinhoso" (Pixinguinha – Joãode Barro), "Baião" (Luiz Gonzaga – Humberto), "Peguei um ita no norte" (Dorival Caymmi).

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Em seguida, Donato passa uma temporada de dois anos em São Paulo. Quando volta ao Rio, a Bossa Nova estavadeflagrada. Ainda em 1958, grava "Minha saudade" e "Mambinho", em parceria com João Gilberto.A convite de Nanai (ex integrante do grupo Os Namorados) parte para uma temporada de seis semanas em umcassino Lake Tahoe (Nevada) Donato adaptou as influências do jazz com a música do Caribe, como integrante dasorquestras de Mongo Santamaría, Johnny Martinez, Cal Tjader e Tito Puente. E excursionou com João Gilberto pelaEuropa.

Década de 1960Em 1962 regressa ao Brasil e concebe dois clássicos da música instrumental brasileira – "Muito à vontade" (1962) e"A Bossa muito moderna de João Donato" (1963), ambos pela Polydor. As canções foram relançadas no começo dosanos 2000 em CD pela Dubas. com Donato ao piano, Milton Banana na bateria, Tião Neto no baixo e AmauryRodrigues, na percussão.Sobre "Muito à vontade", o jornalista Ruy Castro escreveu, por ocasião de seu relançamento em CD: "foi o seuprimeiro disco ao piano e o primeiro mesmo para valer, com nove de suas composições entre as 12 faixas (...).Donato, que estava morando nos Estados Unidos durante a explosão da Bossa Nova, era uma lenda entre osmúsicos mais novos - para alguns, pelas histórias que ouviam, ele devia ser algo assim como o curupira ou a cobrad'água. Este disco abriu-lhes novos horizontes e devolveu Donato a um movimento que ele, sem saber, ajudara aconstruir". Estão lá "Muito à vontade", "Minha saudade", "Sambou, sambou", "Jodel".

"A Bossa muito moderna" introduz mais alguns temas originalmente instrumentais que, muitos anos depois, setornariam obrigatórios em qualquer cancioneiro da MPB. Entre elas "Índio perdido", que viraria "Lugar comum", aoreceber letra de Gilberto Gil. Gil também é parceiro nos versos que transformariam "Villa Grazia" em "Bananeira".Já "Silk Stop" é o tema original sobre o qual Martinho da Vila escreveria "Gaiolas Abertas". A influência da músicacubana é evidente em "Bluchanga", dos tempos em que Donato tocava com Mongo Santamaría.Donato muda-se mais uma vez para os Estados Unidos e lá permaneceria por quase uma década. Trabalhou comNelson Riddle, Herbie Mann, Chet Baker, Cal Tjader, Bud Shank, Armando Peraza, etc. Formou, ao lado de JoãoGilberto, Jobim, Moacir Santos, Eumir Deodato, Sergio Mendes e Astrud Gilberto, o time dos que tornaram o Brasilde fato reconhecido internacionalmente por sua música."Piano of João Donato: The new sound of Brazil" (1965) e "Donato / Deodato" (1973) saíram pela RCA epermanecem fora do catálogo no Brasil. Mas o disco que melhor representa a segunda temporada americana é "ABad Donato" (1970), feito para o selo Blue Thumb, da California, e relançado em CD pela Dubas. Gravado em LosAngeles, "A Bad Donato" condensa funk, psicodelia, soul music, sons afro-cubanos, jazz fusion. Um Donatodançante, repleto de groove e veneno sonoro – antenadíssimo com o experimentalismo do sonho californiano - ,considerado um dos 100 melhores discos de todos os tempos pela Revista Rolling Stone.[carece de fontes?]

Década de 1970No Natal de 1972, Donato foi ao Rio e à casa do compositor Marcos Valle, onde encontrou o cantor Agostinho dosSantos, que sugeriu a Donato letrar suas criações instrumentais. Sendo assim, alguns temas de Donato ganharamletras e ganharam contornos de canção popular. Valle convidou-o a gravar um novo disco no Brasil, com o repertórioformado a partir deste novo cancioneiro. O episódio é contado por Donato: "Eu ia gravar instrumental dentro dealguns dias e o Agostinho dos Santos falou: ‘Vai gravar tocando piano de novo? Todo mundo já ouviu isso. Se fossevocê, eu gravaria cantando". A partir deste momento Donato deixa de ser integrante exclusivo da seara instrumentale entra para a MPB. Além de Gil, Martinho e Lysias, Chico Buarque, Caetano Veloso, Cazuza, Arnaldo Antunes,Aldir Blanc, Paulo César Pinheiro, Ronaldo Bastos, Abel Silva, Geraldo Carneiro e até o poeta Haroldo de Campos eo fonoaudiólogo e escritor Pedro Bloch tornaram-se parceiros de João.O disco "Quem é quem", lançado pela Odeon, em 1973 traz as músicas "Terremoto", "Chorou, chorou" (ambas com letra de Paulo César Pinheiro"), "Até quem sabe" (com Lysias), "Cadê Jodel?" (com Marcos Valle). Até Dorival

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Caymmi manda uma música inédita, "Cala a boca, Menino". Em carta enviada a João Gilberto, em 13 de setembrode 1973, Donato não esconde o entusiasmo: "É o meu melhor trabalho em discos até o momento, tendo-se em contao tempo que demorou, o que demonstra o máximo cuidado com que tudo aconteceu. E o resultado é um disco que eusimplesmente acho adorável". Também foi considerado um dos 100 melhores discos de todos os tempos pela RevistaRolling Stone. [carece de fontes?] Em 2008 "Quem é Quem" foi tema de programa inteiramente dedicado a ele, peloCanal Brasil, apresentado por Charles Gavin; e de livro escrito pelo produtor e músico Kassim.O álbum seguinte, "Lugar comum" (1975), pela Philips, dá seqüência ao Donato vocalista, com a maior parte dorepertório formado por ex-temas instrumentais. Há parcerias com Caetano Veloso ("Naturalmente"), GutembergGuarabyra ("Ê menina"), Rubens Confete ("Xangô é de Baê"). Só com Gilberto Gil são oito, entre elas "Tudo tem","A bruxa de mentira", "Deixei recado", "Que besteira", "Emoriô" e pelo menos dois standards para qualquerantologia da canção popular: a faixa-título e "Bananeira".No texto que preparou para o lançamento em CD de "Lugar comum", pela Dubas, Donato revisita um certo dia deverão nos anos 1970, na casa de Caetano. Ele se aproximara dos baianos a ponto de fazer a direção musical do show"Cantar", de Gal Costa, registrado em disco no ano anterior: "Tava todo mundo: Maria Bethânia, Gal, Caetano comDedé e Moreno (...). Eles tinham meus dois discos "Muito à vontade" e "A bossa muito moderna" e eu sempreprovocava, desafiando eles a fazer as letras. Quando surgiu essa melodia, o Gil inventou que era "bananeira não sei/ bananeira sei lá (...)". Daí eu disse: "quintal do seu olhar". E ele: "olhar do coração. Como se fosse um ping-pongna segunda parte".

Lembram daquela excursão que Donato fez à Europa com João Gilberto, logo depois da primeira temporadaamericana? Pois foi num vilarejo italiano que a bananeira foi plantada. Donato explica: "As minhas primeiras letrassurgiram a partir desses temas instrumentais já gravados, que eu pensava que não iam ter letra nunca. "Bananeira"era "Villa Grazia", o nome da pousadinha onde a gente ficou em Lucca, na Itália, acompanhando o João Gilbertonuma temporada (...). Noventa e nove por cento das minhas músicas instrumentais trocaram de nome, por causa daletra".

Década de 1990Depois desse período, Donato ficou quase vinte anos sem gravar. O mainstream da época parecia não absorver o quea turma pop começou a enxergar a partir dos anos 1990. A volta de João ao mundo do disco acontece em 1996 (elelançara apenas o instrumental e ao vivo "Leilíadas", pela WEA, em 1986), com o álbum "Coisas tão simples",produzido por João Augusto, para a EMI. O disco traz "Doralinda", parceria com Cazuza, além de novascolaborações com Lysias ("Fonte da saudade"), Norman Gimbel ("Everyday"), Toshiro Ono ("Summer oftentation").De lá para cá, Donato tem lançado seus álbuns sobretudo por três gravadoras independentes: Pela Lumiar, de AlmirChediak: "Café com pão" (com o baterista Eloir de Moraes, 1997); "Só danço samba" (1999); os três volumes dacoleção Songbook (1999), além de "Remando na raia" (2001), encontro com Emilio Santiago (2003) e o reencontrocom Maria Tita (2006). Na Deckdisc, faz "Ê Lalá Lay-Ê" (2001), "Managarroba" (2002) e o instrumental "O pianode João Donato", produzidos pelo roqueiro Rafael Ramos, além do disco gravado com Wanda Sá (2003).Pela Biscoito Fino, saíram os encontros instrumentais com Paulo Moura ("Dois panos pra manga", 2006) e BudShank ("Uma tarde com", este também em DVD). Pela Biscoito, Donato fez ainda o DVD "Donatural" (2005), onderecebe – em gravação ao vivo no Espaço Sérgio Porto, no Rio – diversas gerações de parceiros: de Gilberto Gil aoDJ Marcelinho da Lua; de Emilio Santiago a Marcelo D2; de Leila Pinheiro a Joyce, com direito a Ângela Rô Rô e ofilho Donatinho, fera dos teclados e dos samplers.João Donato vive no bairro da Urca, no Rio. Ele é casado com a jornalista Ivone Belem, desde 2001. É pai de Jodel,Joana e Donatinho.[1] http:/ / www. joaodonato. com. br

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[2] Clube do Jazz. Biografia de João Donato (http:/ / www. clubedejazz. com. br/ jazzb/ jazzista_exibir. php?jazzista_id=191). Pesquisado em 15de julho de 2010

Ligações externas• Página oficial (http:/ / www. joaodonato. com. br/ )• Entrevista com o músico João Donato (http:/ / revistatrip. uol. com. br/ so-no-site/ entrevistas/ joao-donato. html),

por Luiz Filipe Tavares. Trip 26 de maio de 2011.

João Gilberto

João Gilberto

Informação geral

Nome completo João Gilberto Prado Pereira de Oliveira

Nascimento 10 de junho de 1931 (81 )

Origem Juazeiro, Bahia

País Brasil

Gênero(s) Bossa nova, samba

Instrumento(s) Vocal, violão

Período em atividade 1950 - atualmente

João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (Juazeiro, Bahia, 10 de junho de 1931), conhecido como João Gilberto,é um cantor, violonista e compositor brasileiro.Tido como o criador da bossa nova, é considerado um gênio e uma lenda viva da música popular brasileira. Desde olançamento do compacto que continha Chega de Saudade e Bim Bom, começou uma revolução na músicabrasileira[1]. João Gilberto foi o artista que levou a música popular brasileira ao mundo, principalmente para osEstados Unidos, Europa e Japão. Seus shows, quando anunciados, têm os ingressos esgotados nas primeiras horas devenda.[2]

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Biografia

Infância e juventudeFilho de Juveniano Domingos de Oliveira, um próspero comerciante, e Martinha do Prado Pereira de Oliveira[3],João, conhecido na época como Joãozinho da Patu, nasce em Juazeiro, sertão da Bahia, nas margens do Rio SãoFrancisco. Vive na cidade até 1942, quando passa a estudar em Aracaju, Sergipe, sempre tocando na banda escolar:tambor, marcação e caixa[3]. Em 1946, volta a Juazeiro, onde teve a oportunidade de escutar de Orlando Silva,Dorival Caymmi e Carmen Miranda a até Duke Ellington, Tommy Dorsey e Charles Trenet nos alto-falantes dacidade. Além disso, seu Juveniano tocava cavaquinho e saxofone como amador, além de incentivar a Banda deMúsica 22 de Março. João costumava formar conjuntos vocais com os colegas de escola.Desde pequeno, João mostrou que possuía um ouvido privilegiado. Aos 7 anos, percebeu um erro na execução daorganista da igreja em meio as dezenas de vozes do coro.[4]

Aos 14 anos, ganhou seu primeiro violão do pai, que aprendeu a tocar pelo Método Elementar Turuna, o primeiroque caiu em suas mãos. Ainda em Juazeiro, formou um conjunto vocal chamado Enamorados do Ritmo com osamigos Waltinho, Pedrito e Alberto, com João como líder e arranjador. Seu maior ídolo na época era Orlando Silva,em quem se espelhava para cantar.Em 1947, aos 16 anos, João vai a capital do estado, Salvador, para terminar o ginásio num internato.Aos 18 anos, em Salvador, começa a vida de artista no cast da Rádio Sociedade da Bahia, onde chegou a gravar comorquestra na Rádio. Na cidade, conhecera um amigo pessoal de Lúcio Alves, por quem tinha grande admiração.

Início da carreiraEm 1950, e, portanto, aos 19 anos, João Gilberto chega ao Rio de Janeiro, chamado para integrar o conjunto vocalGarotos da Lua. Com a entrada no grupo, João atua na Rádio Tupi, onde conhece João Donato. Com o destaque narádio, no ano seguinte, grava, junto aos Garotos da Lua, dois discos de 78 rpm. João é tratado como joia no grupo,mas, por outro lado, já pensa em uma carreira solo. Assim, alguns meses depois, João sai do grupo e grava um discosolo em 1952 para a gravadora Copacabana. Nesse disco, percebe-se a ausência do violão, além de que seu cantolembrava Orlando Silva em seu auge, com o uso de vibratos, a divisão das palavras e o "sentimento". Entretanto, oestilo de Orlando já é antiquado à época, cujo público demandava um estilo compartilhado por Dick Farney e LúcioAlves. Desse modo, o disco recém lançado não é o sucesso que João teria nos anos posteriores.Na época, João namorava a futura cantora Sylvia Telles.Oportunidades surgiram e Lúcio Alves sugereiu a Rádio Nacional que João gravasse um acetato contendo "Just onemore chance", de Sam Coslow e Arthur Johnson em versão de Haroldo Barbosa chamada "Um minuto só".Em 1953, tem sua primeira composição gravada, "Você esteve com meu bem", parceria com Russo do Pandeiro, navoz de Marisa Gata Mansa, sua namorada à época. "Você esteve com meu bem" teve a orquestra do maestro Gaya eJoão ao violão, ainda sem a famosa batida da bossa nova. Conheceu Johnny Alf, Tom Jobim, Vinicius de Moraes emsuas visitas as boates do Rio.Chegara a gravar alguns jingles no estúdio de Russo do Pandeiro, como um para a Toddy, de letra "Eu era um garotomagricelo/ Muito feio e amarelo.// Toddy todo dia ele tomou/ Engordou e melhorou/ Forte ficou.// As garotas agorame chamam bonitão/ No esporte eu sou campeão". Tocava também em festas da sociedade, com cachês irrisórios.Em 1954, João conhece Carlos Machado, o Rei da Noite, e com ele consegue participar do show "Esta vida é um carnaval", na boate Casablanca, com participação de Grande Otelo, Ataulfo Alves, a bateria da Império Serrano, entre outros artistas. João cantava em coro em um cena e em outra cantava como solista um samba de Sinhô, "Recordar é viver", além de fazer pequenas aparições teatrais. O espetáculo foi um sucesso de crítica e público. Nesse mesmo ano, se juntara ao conjunto Quitandinha Serenaders. No grupo, conheceu Luiz Bonfá, Alberto Ruschel e Luís Telles, que tornou-se um grande amigo de João. Com Luís, conheceu o sambista Assis Valente. Chega a

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integrar o conjunto Anjos do Inferno, em uma temporada paulista, convidado por Roberto Paciência. Tocaram numaboate no Largo do Arouche, mas João logo saiu do grupo.A consagração, no entanto, não viria a João ainda nestes anos.

1955-1957Em 1955, João se dirige a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com seu amigo Luís Telles. Em Porto Alegre, João sededica integralmente ao estudo do violão, com o qual viveu certo sucesso na capital gaúcha. Lá, conheceu ArmandoAlbuquerque, compositor, pianista, violinista, professor, musicólogo e amigo de Radamés Gnatalli, com quempassou horas estudando música, principalmente harmonia, cujo conhecimento se desenvolveu bastante com oconvívio musical com o maestro[5].Depois de 8 meses, João decide se dirigir a Diamantina, Minas Gerais, para viver com a irmã Dadainha. Durante osestudos, percebe que, se cantasse mais baixo, sem vibrato, poderia adiantar ou atrasar em relação ao ritmo, desde quea batida fosse constante, criando assim seu próprio tempo[6]. Aprimora, nesse momento, a técnica vocal e aintegração entre voz e violão.Depois da temporada em Diamantina, João parte para Juazeiro, onde passa dois meses com a família. Lá, compõeBim Bom[7].Vai a Salvador, capital do estado, e por lá permanece por alguns dias.No início de 1957, João Gilberto parte para o Rio de Janeiro.

A apresentação da batidaChegando ao Rio de Janeiro, em 1957, João procurou mostrar sua nova técnica aos músicos e, quem sabe, gravar.Esteve com Bororó, Silvio Caldas e Edu da Gaita. Procurou novamente Luís Telles, Lúcio Alves e Mário Telles,irmão de Sylvinha Telles, que o apresentaram a Tito Madi. Tito se encantou com o jeito de cantar e tocar de João.Tocou também para os ex-companheiros de Garotos de Lua: Jonas Silva, Acyr, Toninho Botelho. Em suas andanças,foi aconselhado por Edinho, do Trio Irakitan, a procurar um jovem chamado Roberto Menescal.João vai à casa de Menescal, onde apresenta a nova batida. Menescal se encanta com o que ouve e parte com Joãopara apresentar aquilo a outros músicos. Naquele dia, João apresenta-se para Ronaldo Bôscoli e no apartamento deNara Leão[8]. João explicou algumas de suas novas técnicas a Menescal e Bôscoli: a mão direita tocava acordes, enão notas, produzindo harmonia e ritmo ao mesmo tempo. Além disso, utilizava técnicas de respiração de ioga, o quelhe permitia alongar frases melódicas sem perder o fôlego.Nessa época, João se apresentou na casa de Chico Pereira, que gravou a apresentação em um gravador Grundig. Essagravação, adquirida de japoneses por um fã sueco e remasterizada por um engenheiro de som francês[9] caiu nainternet em 2009[10], causando grande reboliço em blogs dedicados à música e em fãs de bossa nova. Chico aindaajudou João a se aproximar de Tom Jobim, que trabalhava na gravadora Odeon, para gravar um disco. Tom seencantou com o violão, que viu ali uma oportunidade de modernização do samba, através da simplificação do ritmo epermitia a inclusão de novas harmonias.[11] Tom apresenta a João uma nova composição que fizera a um ano com opoeta Vinicius de Moraes, mas estava encostada, chamada Chega de Saudade.Existem registros de fitas gravadas de forma amadora também pelo cantor Luís Cláudio.[12]

João passou a ficar conhecido no meio musical carioca. Chegou a tocar junto de Severino Filho e Badeco, dosCariocas, Chaim e João Donato, com quem compôs Minha Saudade,, que logo se tornou um standart, no período.João tocava regularmente na boate do hotel Plaza, que começou a ser ponto de encontro de músicos. Lá, João tocavajunto de Milton Banana, que adequou sua bateria ao estilo de João, tocando baixo, com uma escova e a baqueta noaro da caixa. Tom Jobim era assíduo frequentador da boate, onde ia para escutar João Gilberto.

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O disco que mudaria tudoEm julho de 1958, Elizete Cardoso lança o famoso LP Canção do Amor Demais, contendo músicas de Tom Jobim eVinicius de Moraes. O disco, entretanto, entraria na história da música popular brasileira por outro motivo: JoãoGilberto acompanhava Elizete ao violão nas faixas Chega de Saudade e Outra Vez, sendo essas as primeirasgravações da chamada "batida da bossa nova". Esse disco, entretanto, não pode ser considerado o pioneiro da bossanova, uma vez que Elizete era uma cantora presa ao samba-canção, com ênfases óbvias e gastas<ref name=há tantacoisa bonita a ser consertada[13].Em agosto do mesmo ano, João lança um disco de 78 rpm contendo Chega de Saudade e Bim Bom, gravado naOdeon, com apoio de Tom Jobim, Dorival Caymmi e Aloysio de Oliveira. Este disco inaugura o gênero bossa nova,e logo foi um sucesso comercial. Sua gravação teve arranjos de Tom Jobim e participação de orquestra, de MiltonBanana, entre outros artistas. João inovou ao pedir dois microfones para gravar: um para a voz e outro para o violão.Desse modo, a harmonia passou a ser mais claramente ouvida[14]. O disco estourou primeiro em São Paulo, oprincipal mercado do país na época. Foi um sucesso de vendas e primeiro lugar nas rádios. João participa, então, deprogramas de rádio e TV, da entrevistas, faz shows. Logo o sucesso parte para o Rio.Em 1959, João lança mais um 78 rpm, dessa vez contendo Desafinado, de Tom Jobim e Newton Mendonça, eHô-bá-lá-lá, composição própria. Em março, lança o LP Chega de Saudade, que vira um sucesso de vendas.A importância deste primeiro disco de João Gilberto é mostrada por Tom Jobim já no texto de contracapa do LP:"Em pouquíssimo tempo, (João) influenciou toda uma geração de arranjadores, guitarristas, músicos e cantores."[15]

1959-1962

Chega de saudade

Após o lançamento do LP Chega de Saudade, a nova batida do violão torna-se moda entre os jovens secundaristas euniversitários, encantados com o violão de João Gilberto, que buscavam copiar. Esse disco influenciou a geração deJoão e a geração seguinte de jovens que, depois de ouvir João, decidiram-se pela carreira de músico. Entre os jovensestavam Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Edu Lobo, Francis Hime, RobertoCarlos, Jorge Ben Jor, Paulinho da Viola, entre outros[16].Esse disco criou a mais completa reviravolta na música popular brasileira[16]. João sintetizou a música popularbrasileira em seus termos fundamentais: ritmo, harmonia, batida de violão e técnica de cantar[16].Além disso, Joãomostrou que seu estilo, apesar de revolucionário, não foi um rompimento com a música do passado, ao gravar emseus discos velhas composições de Ary Barroso, Geraldo Pereira, Dorival Caymmi, e sucessos de Orlando Silva[16].Chamado de recompositor pela crítica, João transformou as velhas canções em novas, segundo sua concepção. Jobimdefine o estilo de João como uma forma leve extensível a qualquer música brasileira[16]. João Gilberto define comomarca harmônica inédita a economia. Os arranjos de Tom Jobim, por exemplo, usam como guia o violão de João,que concentrava a fluidez rítmica e melódica[16]. Introduziu-se, nesse LP, o uso de acordes invertidos executados embloco[16].A canção Chega de Saudade, inicialmente, era um chorinho. João transformou a composição num samba enxuto,com o violão deixando de ser mero acompanhamento e dividindo o primeiro plano com a voz[17].A mídia da época tentava explicar o estilo de João. O jornal O Cruzeiro, por exemplo, fez uma reportagem especialde dez páginas.Ainda em 1959, casa-se com Astrud Evangelina Weinert, que ficou conhecida como Astrud Gilberto, com quem teveum filho, João Marcelo, em 1960.Com o sucesso, João grava três canções para a trilha sonora do filme Orfeu de Carnaval, ou Orfeu Negro. Faz,também, shows na boate Meia Noite do Copacabana Palace e no Country Club do Rio de Janeiro.

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Em 1960, realizam-se vários festivais de bossa nova pelo Rio, como no Grupo Universitário Hebraico, na EscolaNaval, na Rádio Globo, transmitido ao vivo, e no Teatro de Arena da Faculdade Nacional de Arquitetura, este últimocom participação de João Gilberto e Chico Pereira, que gravou o espetáculo, além de presença de Vinicius de Moraese Tom Jobim e ampla cobertura dos jornais. Todos os novos músicos ligados ao movimento bossa nova copiavam omodo de tocar e cantar de João.Participa de programas na TV Rio, com quem contracenava e fazia dueto com Orlando Silva, seu antigo ídolo, e temum programa próprio, chamado Musical Três Leões, em São PauloCom o sucesso, João se apresenta em Minas Gerais, Salvador (com presença de Vinicius de Moraes), e faztemporada na boate Arpège, no Leme, Rio de Janeiro.João grava um jingle para a Lever, atual Unilever, de versos "As estrelas do cinema usam Lever/ O sabonete quevocê devia usar/ Irradie mais beleza/ Seja estrela do seu cinema/ Use sabonete Lever".

O amor, o sorriso e a flor

Ainda nesse ano, João grava o LP O Amor, o Sorriso e a Flor, seu segundo LP, que em 1962 chega aos EstadosUnidos. Começa a exportação da moderna música brasileira. Seu segundo LP trouxe outra inovação: a contracapatrazia as letras das músicas, passando, depois disso, a ser característica de discos brasileiros[16]. Este disco aindatrouxe, entre outros sucessos, o Samba de uma nota só, síntese da bossa nova nos fundamentais elementos de letra,melodia, ritmo e harmonia[16].

João Gilberto (1961)

Em 1961, grava seu terceiro álbum João Gilberto. Seu terceiro LP foi gravado em duas fases: a primeira com WalterWanderley e seu conjunto; a segunda, com orquestra sob regência de Tom Jobim. Os velhos sambas voltam, masalterados de tal forma, rítmica e harmonicamente, que soavam como novos sambas[16]. Entre os efeitos usados porJoão, está o rubato, no qual se apressa ou encurta frases, cantando em tempo ligeiramente diferente doacompanhamento, "roubando" algum tempo das notas, para depois aguardar com o violão e seguir normalmente. Foineste disco também que João, pela primeira vez, gravou sozinho, apenas com o violão[16].João começa a fazer sucesso em solo norte-americano. Lena Horne canta Bim Bom em português no CopacabanaPalace, dizendo-se fã de João Gilberto. Em Washington, na rádio WMAL, o disc jockey Felix Grant programa paratocar diariamente os discos de João, fato que provocou impacto nos músicos e aficionados de jazz[18]. João éconsiderado um fenômeno pelos jazzistas. Herbie Mann declara que João Gilberto atraiu a atenção dos americanossobre a música brasileira[18]. A revista Life en Español, em ampla matéria de Joaquín Segura, do dia 29/10/1962,apresenta a bossa nova de João Gilberto aos Estados Unidos[18], "Nota de Actualidad BOSSA NOVA - Del Brasilllega a los EE.UU. una música contagiosa". O jornalista descreve viagens ao Brasil de astros do jazz como DizzyGillespie, Charlie Byrd, Herbie Mann e voltam tentando imitar o violão e a voz de João Gilberto, descrito pelojornalista como expoente máximo da bossa nova.Bim bom, Ho Ba La La e Um Abraço no Bonfá começam a chegar na França.Durante estes anos, João chegou a se apresentar no Uruguai e na Argentina.

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O Encontro do Au Bon Gourmet

Em 1962, faz o histórico show O Encontro no restaurante francês Au Bon Gourmet, localizado em Copacabana, aolado de Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Os Cariocas, Milton Banana e Otávio Bailly, sob direção de Aloysio deOliveira. Foi a única vez que Vinicius, João e Tom se encontravam num palco.A temporada durou um mês, estendido por duas semanas devido ao sucesso. O público se constituía da altasociedade carioca e círculos de artistas[19].o Show foi marcante pelo fato de ter sido a estreia de grandes sucessos da bossa nova. Entre eles, Só Danço Samba,Samba da Benção, O Astronauta, Samba do Avião e Garota de Ipanema, que nessa ocasião especial teve umintrodução inédita escrita por Tom, Vinicius e João[19].João Gilberto: Tom e se você fizesse agora uma canção/ Que possa nos dizer/ Contar o que é o amor?

Tom Jobim: Olha Joãozinho/ Eu não saberia/ Sem Vinicius pra fazer a poesia

Vinicius de Moraes: Para essa canção/ Se realizar/ Quem dera o João/ Para cantar

João: Ah, mas quem sou eu?/ Eu sou mais vocês/ Melhor se nós cantássemos os três

Todos: Olha que coisa mais linda/ mais cheia de graça [...]João inovou em Corcovado, composição de Tom Jobim, ao trocar o verso "um cigarro, um violão", por "numcantinho, um violão"[19], como ficou consagrado.O show teve grande repercussão na mídia da época, ganhando várias capas de revista e elogios em jornais[20].

Pelo mundo

Concerto no Carnegie Hall

Em 1962, João participa de concerto no Carnegie Hall, em Nova Iorque, produzido pela Audio Fidelity Records epatrocinado pelo Itamaraty, com o objetivo de promover a bossa nova nos Estados Unidos. Além de João,participaram Luiz Bonfá, o conjunto de Oscar Castro Neves, Agostinho dos Santos, Carlos Lyra, Sérgio Mendes eTom Jobim, entre outros[21].No dia 21 de novembro de 1962, três mil pessoas lotavam o Carnegie Hall, esperando ouvir, principalmente, TomJobim e João Gilberto. Entre os espectadores estavam Tony Bennett, Peggy Lee, Dizzy Gillespie, Miles Davis, GerryMulligan, Erroll Garner e Herbie Mann. Havia grande presença da imprensa americana, estimada em trezentosrepórteres, fotógrafos cinegrafistas e críticos especializados do mundo inteiro[22], além de uma rádio que transmitiapara Moscou e da Rádio Bandeirantes, que transmitia para o Brasil[23]. O show também foi filmado por uma TVamericana, que posteriormente pôde ser exibido na TV Continental e na TV Tupi, no Brasil.Apesar de alguns problemas com os equipamentos de som e com o excesso de apresentações, João Gilberto e TomJobim foram os destaques da noite.Depois do concerto, João fez uma temporada pela boate Blue Angel, apresentou-se no Village Gate de Nova Iorque eno Lisner Auditorium de Washington. A partir daí, João passa a residir no exterior e começa a difundir a modernamúsica brasileira pelo mundo[24].

Seara Vermelha

No Brasil, é lançado o filme Seara Vermelha, que inclui, na trilha sonora, uma composição de João em parceria comJorge Amado, composta nos anos 50, de nome Lamento da Morte de Dalva na Beira do Rio São Francisco, emJuazeiro[25]. Quando estavam compondo, João cantou infinitamente a melodia na casa de Jorge Amado. A mulher deJorge, Zélia Gattai, diz que, de tanto ouvir, o sofrê do casal aprendeu a melodia e começou a cantar. João acaboufazendo um dueto com o pássaro[26].A letra da música permaneceu inédita durante anos, sem nunca ter sido gravada. Recentemente, um blogespecializado divulgou a letra[27]:

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Tão triste só

Marta a penar

De noite, de penar.

Só eu sei, Meu Deus!

O meu Amor morreu, morreu.

Não volta mais, morreu.

Cadê Marta, meu Deus?

Marta pra mim morreu,

Não vou ver nunca mais

Getz/Gilberto

Nos dias 18 e 19 de março de 1963, na A&R Studios, em Nova Iorque[28], João se juntou a Stan Getz, AstrudGilberto, Tom Jobim, Milton Banana e Tião Neto para gravar o disco Getz/Gilberto, pela gravadora Verve, queentrou para a história da música mundial por gravações como Corcovado e Garota de Ipanema. O disco, entretanto,ficou um ano esperando para ser lançado, devido à saturação de lançamentos de bossa nova nos Estados Unidos.Tião Neto chegou a dizer, antes do lançamento, que esse seria o melhor disco de bossa nova gravado até então[29].Ainda esse ano, João foi homenageado por diversos jazzistas e pelo cantor Jon Hendricks, que gravou o disco Salud!João Gilberto – Originator of the Bossa Nova e, ao escutar as gravações de João, teve uma grande lição de canto.Apresenta-se com Getz no Canadá.Um ano depois da gravação, 1964, é lançado Getz/Gilberto no mercado. O sucesso é imediato. Logo começa a serlouvado por críticos, músicos de jazz e aclamado pelo público, que faz dele o segundo álbum mais vendido doano[30]. No ano seguinte, o disco concorre em nove categorias e vence 4 prêmios Grammy, duas delas nas principaiscategorias: por melhor álbum do ano e melhor gravação do ano, com Garota de Ipanema[31].É aclamado como bossa nova verdadeira e é best-seller durante anos, nos Estados Unidos e mundialmente. Atinge asparadas de sucesso na Itália, onde João recebe o mais importante prêmio da crítica musical italiana, porunanimidade[32].A gravação de Garota de Ipanema chega a ser o single mais tocado nas rádios americanas[33].

Atualidade do disco

Hoje, o disco é um clássico da discografia mundial e mantém-se influente e atual[29]. Gerações de jazzistasamericanos foram influenciados por ele.Em 1999, a National Academy of Recording Arts & Sciences concede ao disco o prêmio Grammy Hall of Fame.Em 2004, a gravação de Garota de Ipanema do disco foi escolhida pelo Congresso Americano para integrar umacervo da Biblioteca do Congresso Americano por ser cultural, histórica e esteticamente significante para as geraçõesfuturas[34][35]. A música foi escolhida por ter uma melodia facilmente reconhecível em qualquer parte dos EstadosUnidos e por ser, portanto, muito popular[36].

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Turnê pela Europa

Ainda em 1963, João parte com João Donato, Tião Neto e Milton Banana para a Europa. Primeiro, na Itália,apresentaram-se em Roma, no Foro Italiano. Lá, gravaram também uma série de TV. Parte, depois, para Viareggio,ainda na Itália, para fazer uma temporada na boate Bussola. Nessa boate, João conheceu o bolero Estate, que anosdepois João gravaria em disco e transformaria em standart do jazz.João começa a sentir espasmos musculares na mão direita. A temporada na Itália é encerrada pelo fato e o gruporecusa apresentações na Tunísia. João parte para Paris para se tratar com um famoso médico acupunturista. Lá, jáseparado de Astrud, João conhece Miúcha, na época estudante. Volta, então, para Nova Iorque.

1964 - 1970

De volta para Nova Iorque, João trata os espasmos com médicos americanos em um longo tratamento fisioterápico.João recebe críticas positivas sobre Getz/Gilberto na revista LIFE. O crítico americano Chris Welles cita o violãosincopado e a voz macia e sensual de João como a verdadeira beleza do álbum[37]. Miles Davis diz que João Gilbertopode ler um jornal que soaria bem[37].No fim do ano, João volta ao Carnegie Hall, desta vez com Stan Getz, concerto que resultou no disco Getz/Gilberto#2. Além disso, João se apresentou em diversos clubes de Nova Iorque, como o Village Vanguard, o Village Gate,Town Hall, e o Bottom Line, além de excursionar em cidades como Washington, Boston, e Los Angeles.Apresenta-se também na Califórnia, em temporada na boate El Matador e no Teatro Santa Monica. O The SanFrancisco Chronicle de 10/09/1964 publicou um artigo do crítico Ralph J. Gleason no qual chamava João deextraordinário cantor e violonista, sobrevivente do show business da música americana e centro de gravidade dabossa nova, grande expoente de arte e talento[38].Em 1965, João e Miúcha se casam. Nesse ano, ainda passa rapidamente pelo Brasil, onde se trata com um foniatra,por causa de um problema de voz.Em 1966, se apresenta três vezes no programa O fino da Bossa, comandado por Elis Regina, na TV Record. Nessarápida passagem pelo Brasil, João reclama da nova produção musical que estava sendo feita.Ainda esse ano, nasce, em Nova Iorque, sua filha Isabel, conhecida como Bebel Gilberto. É lançado o discoGetz/Gilberto #2, que possui um verbete no Encyclopedia of Jazz in the Sixties, famosa enciclopédia sobre jazz, deLeonard Feather, na qual João é apresentado como um músico que influenciou profundamente o jazz desde suachegada aos Estados Unidos[38]. A revista DownBeat cita João como o músico mais influente no jazz dos últimosquarenta anos.Em 1967, João participa de um programa de TV alemão dedicado a Gilbert Bécaud, sendo o único convidado nãoeuropeu. Apresenta-se também no Village Vanguard de Nova Iorque e no Hollywood Bowl de Los Angeles[38].Em 1968, apresenta-se no Central Park de Nova Iorque e no Bird's Nest de Washington[39].João ganha um verbete na enciclopédia italiana Il Jazz, que o trata como uma das mais belas vozes do último decênioe grande artífice da afirmação de uma linguagem musical julgada como uma das mais originais e válidas daquelestempos[40].Volta a Nova Iorque, onde se apresenta no Rainbow Grill. Na ocasião, declara ao crítico John S. Wilson, do NewYork Times, que quando canta, João pensa num espaço claro e aberto, onde se coloca os sons. Como se fossedesenhar num papel em branco. Para isso, segundo João, é necessário completo silêncio.

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México

Em 1969, João Participa de festivais de jazz em Guadalajara, Guanahuapi, Cidade do México e Pueblo. João passa,então, a morar na Cidade do México. Durante a estadia, apresenta-se na boate Forum, onde faz temporada, e noMuseu da Cidade do México, onde recebe um prêmio, o Troféu Chimal.Em 1970, lança o disco En Mexico, recheado de boleros como "Besame Mucho" e "Farolito" e com arranjos deOscar Castro Neves.

1971 - 1979

Em 1971, faz passagem pelo Brasil, quando grava na TV Tupi um especial com Caetano Veloso e Gal Costa,organizado por Fernando Faro.

Volta a Nova Iorque

João Gilberto volta a residir em Nova Iorque em 1972. Faz outra temporada no Rainbow Grill, desta vez com StanGetz, que foi um sucesso[41].Em 1973, lança o álbum João Gilberto, conhecido como o álbum branco.Nesse álbum, João grava sua composição com Jorge Amado. Desta vez, entretanto, retira a letra de Jorge e repetehipnótico e incessantemente o neologismo "undiú", que dá nome a música. João interpreta a canção com solfejos eviolão[42].Em 1976, lança o álbum The Best of Two worlds, com Stan Getz e participação de Miúcha. Faz temporada noKeystone Korner, em San Francisco, com Stan Getz.Em 1977, lança Amoroso e é indicado ao Grammy na categoria Melhor Performance Vocal de Jazz.Faz uma temporada de shows no Bottom Line de Nova Iorque. Os shows foram um sucesso de público e crítica[43].Uma das espectadoras foi Jacqueline Onassis, que declarou para João ser admiradora atenta e antiga<ref=>diniz,Edinha. Cronologia de vida e obra (em português). São Paulo: Cosac Naify, 2012. p. 460. (do livro João Gilberto deWalter Garcia(Org.)(2012), entrevista a Carlos Alberto Silva, O Globo, 31/20/1979)</ref>.Nesse mesmo ano, João se apresenta no Great American Music Hall, de San Francisco e numa série de shows naboate Roxy, de Los Angeles.Em 1978, grava um especial televisivo para uma TV holandesa e volta ao Brasil, trazido pela TV Tupi. Causa furorna imprensa com sua chegada em São Paulo. Faz show no Teatro Castro Alves, Salvador, e no Teatro Municipal deSão Paulo, onde grava um especial de TV. Volta novamente ao Carnegie Hall, desta vez com Charlie Byrd e StanGetz, para o Newport Festival in New York.

Volta ao BrasilChega ao Rio de Janeiro em 1979, para um temporada de shows, que acabou cancelada por problemas técnicos dacasa de espetáculos Canecão. A última vez que João havia feito um show no Rio foi no show O Encontro, de 1962.João declara que apenas procura o som mais integrado e que está ansioso em tocar no Brasil[44].Desta vez, volta a residir no Brasil em definitivo.Em 1980, João grava um especial para a TV Globo chamado João Gilberto Prado Pereira de Oliveira, que viroudisco mais tarde. João grava também uma participação especial no disco de Miúcha.Em 1981, João lança o disco Brasil, com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia. O disco tem João Gilbertocomo guia, "mestre" - como colocou Sérgio Vaz em uma coluna no Jornal da Tarde[45] - sua voz é seguida pelas deGilberto Gil e Caetano Veloso, em uníssono, parecendo três vozes de João. Maria Bethânia, quando aparece, cantade uma forma que jamais cantou: não há gritos, gemidos ou drama, apenas há o canto[45].Em 1982, João grava uma participação especial no disco de Rita Lee.

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Faz concertos no Teatro Castro Alves e grava um especial na TV Bandeirantes.Em 1983, João se apresenta no Festival de Águas Claras, em São Paulo.Faz concerto em Roma, para o Festival Bahia de Todos os Sambas.Em 1984, João faz uma temporada no Coliseu dos Recreios, de Lisboa.Em 1985, participa do 19° Festival de Jazz de Montreux, na Suiça.Em 1986, chega ao Brasil a gravação em disco da participação no Festival de Jazz de Montreux.João grava Me Chama, de Lobão, para integrar a trilha sonora da novela Hipertensão. Lobão diz que recebeuligações de João para a aprovação da execução, além de ter de explicar o estado emocional quando da composição.Lobão inicialmente se irritou com a supressão do verso "nem sempre se vê mágica no absurdo", mas achou aexecução maravilhosa[46].Em 1987, João é agraciado com a comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, no grau de comendador,pelo Tribunal Superior do Trabalho.Em 1988, João cancela shows no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Sofre com a incompreensão da imprensa. Ementrevista a Nelson Motta,Em 1989, João recebe uma indicação ao ' 'Grammy' ' na categoria Melhor Performance Vocal de Jazz, pelo disco “''Live in Montreux' '”.

Anos 90

Em 1990, grava um especial no disco de Maria Bethania, dividindo, apenas com voz e violão, a faixa Maria/LindaFlor[47].É lançado, nos Estados Unidos, o CD ' 'The legendary João Gilberto' ', coletânea dos três primeiros LPs de Joãogravados na Odeon, que resultou num processo contra a EMI.Em 1991, é lançado o CD João.Nesse mesmo ano, João grava um ' 'jingle' ', chamado Bossa Nova nº1, para a Brahma. Com produção sofisticada, ocomercial foi gravado no Teatro Municipal de São Paulo, com direção de Walter Salles e foi acompanhado por umasérie de eventos da Brahma. João recebe acompanhamento de orquestra, sob regência de Eduardo Souto Neto[48].Em 1992, João se apresenta no Parque Ibirapuera, em São Paulo, junto de Caetano Veloso, Paulinho da Viola e RitaLee, em ocasião do aniversário da cidade.

Reencontro com Tom Jobim

Desde 1962, no show no restaurante Au Bon Gourmet, "O Encontro", Tom e João não faziam um show juntos. Fazia,portanto, 30 anos que não se apresentavam juntos. Quando foi anunciado um show com os dois maiores expoentesda música popular brasileira na época, o fato foi colocado como o evento cultural do ano de 1992 pela mídia[49].Chamado de Show Número 1[50], ainda ligado à série de eventos patrocinados pela Brahma, como o comercialproduzido no ano anterior. João faz show no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com participação especial de Tom,e João participa como convidado do show de Tom no Palace, de São Paulo.No Teatro Municipal carioca, João fez um show recheado de velhos sambas como Sem Compromisso, Morena Bocade Ouro, Ave Maria no Morro[49]. Ao entrar no palco, João foi ovacionado por dois mil convidados da Brahma,patrocinadora do show. Entre os convidados, estavam Chico Buarque, Marieta Severo, Gal Costa, Edu Lobo,Caetano Veloso, Arnaldo Jabor[49]. Ao entrar com Tom Jobim, o Municipal os recebeu de pé. Nos número comTom, João relembrou a introdução da Garota de Ipanema que eles fizeram com Vinicius de Moraes no Encontro doAu Bon Gourmet. O show foi um grande sucesso, e virou um especial de fim de ano na TV Globo, com narração deCaetano Veloso e recuperação de imagens históricas dos anos 50 e 60, como do famoso concerto no Carnegie Hallem 1962[50].

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Em 1993, fez concerto no Teatro Castro Alves, Salvador, com Gal Costa e Maria Bethânia como convidadas.Em 1994, apresenta-se no Palace, São Paulo, que resultou no disco “Eu Sei que Vou te Amar”, gravado ao vivo.Grava especial para a TV Cultura, tendo como convidada sua filha Bebel.Em 1995, João participa de homenagem a Tom Jobim no Avery Fisher Hall, Nova Iorque.Em 1996, participa do Festival de Jazz de Umbria, em Perugia, Itália e apresenta-se em Veneza.Em 1997, faz um especial para a TV Bandeirantes em uma temporada no Tom Brasil, São Paulo. Apresenta-se emBuenos Aires, onde recebe as chaves da cidade e o título de cidadão ilustre.Em 1998, volta a se apresentar no Carnegie Hall, em ocasião da 26ª edição do JVC Festival. Jon Pareles, crítico demúsica, chamou João Gilberto de “o homem mais cool do mundo”.Apresenta-se na Europa, onde faz shows em Turim, Roma, Ferrara e participa, como convidado especial, dasapresentações de Tony Bennet e Caetano Veloso no Festival de Jazz de Umbria.Em 1999, junto a Caetano Veloso, faz shows em Buenos Aires e no Credicard Hall, de São Paulo, inaugurando-o.Em 2000, João Gilberto lança João Voz e Violão. Gravado com o uso de cinco microfones espalhados no estúdio noRio de Janeiro e assessorado pelos produtores Caetano Veloso, Antonio "Moogie" Canazio e Carmela Forsin[51]. Aoouvir o resultado, João preferiu o disco sem edição, chegou a dizer que teve a alma gravada ali. Percebe-se oarranhar das cordas do violão, a percussão sutil da pronúncia dos fonemas e a controladíssima respiração. O disco,tratado como já clássico à época do lançamento[52], apresenta novas harmonias para Desafinado e Chega de Saudade,entre resgates de antigos sambas e composições dos amigos Caetano e Gilberto Gil, entre outras canções, num climaintimista de voz e violão. Em sua eterna busca pela perfeição, João mostra neste disco, mesmo aos 68 anos na épocada gravação, que ainda tinha muita a ensinar sobre a exploração da célula rítmica da música, técnica vocal, controlede respiração e exercício interpretativo[53]. Na foto de capa, está a atriz Camila Pitanga.À época da gravação, discutiu-se um outro projeto: regravar os três primeiros discos - Chega de Saudade, O Amor, oSorriso e a Flor e João Gilberto (1961) - , com os mesmos arranjos de Tom Jobim. A Universal havia concordadocom o projeto e João já tinha escolhido uma série de convidados para as gravações, como Ivete Sangalo<refname="epoca voz e violao" /.O disco teve arranjos feitos pelo maestro Jaques Morelenbaum, mas as orquestrações acabaram fora do disco,permanecendo somente a voz e o violão[54][53].Volta ao Carnegie Hall, a São Paulo, Barcelona, Londres, Milão e Recife. Chega de Saudade (78rpm) entra noGrammy Hall of Fame.Em 2001, João recebe outro prêmio Grammy, na categoria Melhor Álbum de World Music, pelo disco João Voz eViolão[55]. A imprensa brasileira achou injusto o prêmio, dizendo que João merecia participar de indicações maisnobres.Em ocasião do seu aniversário de setenta anos, João recebe homenagem de vários veículos de comunicação doBrasil.Apresenta-se na 22ª edição do Festival Internacional de Jazz de Montreal, no Canadá.João recebe do Itamaraty a Ordem de Rio Branco, no grau de comendador.Em 2002, lança o CD “Live at Umbria Jazz, gravado em 1996.Em 2003, recebe o Premio della Critica Heineken na Itália.

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Conquista do Japão

Primeira turnê

Em setembro de 2003, pela primeira vez, João faz shows no Japão, passando por Tóquio e Yokohama, totalizandoquatro performances com quase vinte mil ingressos a disposição do público, que se esgotaram três meses antes dasapresentações. Em sua primeira apresentação, no Tokyo International Hall, João relatou que tocar para o públicojaponês foi uma experiências que ele procurava fazia décadas[56]. No seu último concerto, João recebeu uma sessãode aplausos de 25 minutos ininterruptos do público japonês, no dia 16 de setembro[57]. Nesse dia, um fato curioso:ao final do show, João abaixou a cabeça e fechou seus olhos durante 20 minutos. Ao final, se levantou e agradeceu aplateia, dizendo ter beijado cada mão, cada coração presente ali[56]. O sucesso da turnê japonesa foi comemoradacom entusiasmo pelo próprio João[58].As apresentações de João Gilberto provocaram um boom de bossa nova no Japão. As gravadoras relançaram diversosdiscos de João especialmente para o mercado japonês, como Getz/Gilberto, João Voz e Violão e o gravado noMéxico, além de diversas coletâneas. Artistas populares japoneses gravaram CDs em homenagem a João. Todasrevistas especializadas em música reservaram páginas elogiosas a João Gilberto, tratado como lenda viva da músicauniversal, criador da bossa nova, o mestre brasileiro mais respeitado no mundo todo, prestígio que João não desfrutano Brasil.Em 2004, é lançado o CD João Gilberto in Tokyo, gravado ao vivo durante a segunda apresentação no Japão[56]. Odisco foi bem recebido pela crítica brasileira[57], num álbum recheado de regravações de João, mas que nunca sãoapresentadas iguais, isto é, são redesenhadas por João, num processo de desenvolvimento e busca infinita[59].Nesse ano, nasce a filha de João, Luiza Carolina.Faz mais uma turnê pelo Japão. Desta vez, recebe quarenta minutos de aplausos em seu show em Osaka.Em 2005, João recebe a Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura.Em 2006, faz nova turnê pelo Japão, onde homenageia o país com uma composição “Je Vous Aime, Japão”.Em 2007, em votação popular da revista DownBeat, João é escolhido um dos melhores cantores de jazz.

50 anos da bossa novaEm 2008, em ocasião dos cinquenta anos da gravação de Chega de Saudade e, portanto, cinquenta anos da bossanova, uma série de comemorações começam. João se apresenta em São Paulo, no Rio, em Salvador e no CarnegieHall.Em 2009, a revista DownBeat elege João como um dos 75 melhores guitarristas da história do jazz.

TécnicaBaden Powell chegou a chamar João Gilberto de relógio suíço, voz e violão sendo um elemento só[54]. Jards Macalécita as palavras de João, a música deve ter a precisão de um golpe de caratê[54].

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InovaçõesEm sua estreia no 78 rpm Chega de Saudade, João Gilberto começou uma revolução na música popular brasileira.Munido apenas de voz, violão e da canção Chega de Saudade, mudou o rumo da música brasileira e fincou seu nomena história cultural do Brasil e do mundo.Com a introdução do microfone e do amplificador no Brasil, João Gilberto percebeu que não a fonte sonora nãoprecisaria emitir o som intensamente, no âmbito da voz e do instrumento, o que favorece as interpretações sutis einteriorizadas[60]. Por outro lado, na época das primeiras gravações da bossa nova, o Brasil ainda não possuía umequipamento de fidelidade suficiente para a reprodução de sonoridades mais complexas. Por esse motivo, João,juntamente com Tom Jobim, seu primeiro arranjador, elaboraram harmonias complexas, sob influência do músicanorte-americana, e, ao mesmo tempo, simplificavam a sonoridade geral, por causa da limitação dos equipamentos.Os gestos, tão antagônicos, entretanto, se aliam, para buscar o núcleo vital da canção[60].João inova na gravação do Chega de Saudade ao pedir dois microfones, um para a voz e outro para o violão. Omotivo é óbvio, apesar de choque que causou nos produtores do disco. Até então, gravava-se com apenas ummicrofone, com destaque para a voz em detrimento do violão. Além disso, é da própria natureza acústica do violãoficar restrito, em termos de volume de som, com qualquer instrumento de orquestra ou com o piano[60]. Com a voz, oviolão pode concorrer de igual, se a voz se manter numa intensidade natural, pois com qualquer elevação de volumeda voz já há um encobrimento do violão. Desse modo, é necessário a emissão da voz num volume próximo a da falacomum[60]. Com João Gilberto, voz e violão se mantém em igual intensidade de volume, com os microfonescaptando por igual ambas fontes sonoras e, em caso de necessidade, a alteração de volume de ambas seria em igualproporção[60].

HarmoniaO tratamento harmônico da música de João Gilberto é concebido exclusivamente para o violão[60]. No LP Chega deSaudade, por exemplo, a participação da orquestra acontece apenas em termos de pontuações ou fraseados breves,em algumas ocasiões[60]. Nos encadeamentos, ou ligações, harmônicos, João cria as dissonâncias tonais na sua mãoesquerda, sobre o braço do violão, na construção dos acordes[60].Em regravações de antigos sucessos, João Gilberto se caracterizou pela completa alteração da harmonia original,refazendo-a.

RitmoQuanto ao ritmo, que está ligada a mão direita de João, a batida é a tradicional do samba[60]. Entretanto, JoãoGilberto retira a obviedade da marcação do tempo forte, caracterizado no samba pela marcação periódica dosurdo[60], num processo chamado por Walter Garcia como o esfriamento do samba. Por outro lado, João a deixasubentendida nos impulsos de toque médio[60], isto é, nos dedos indicador, médio e anelar.Essa batida rompeu com a cadência do samba "quadrado", criando possibilidades harmônicas, antes impossíveis[45].Desse modo, João pode atrasar ou adiantar o ritmo com sua batida compacta, forma que modernizou o samba[45].

TextoJoão Gilberto se caracteriza por priorizar a sonoridade do texto, em detrimento da sua semântica[60]. A ausência de tensões semânticas é percebida na sua escolha de repertório, com canções lírico-amorosas sem tensividade passional, como Chega de Saudade, canções quase infantis, como O Pato e Lobo Bobo, e suas próprias composições, como Bim Bom[60]. João se preocupa (preocupação esta tão comum no meio erudito) de tal forma com os detalhes do texto das canções que canta, valorizando excessivamente as unidades musicais da canção, que João mexe, altera, traduz idiossincraticamente os detalhes de duração, frequência, intensidade e texto, quando omite, acrescenta ou muda trechos ou palavras, das canções, mudando o efeito, mas não a essência e a identidade da canção[60]. Tanto isto é

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verdade que é muito comum o compositor se sentir lisonjeado por uma gravação de João, como Caetano Veloso comSampa, que João alterou para gravar. João Gilberto é um recompositor[60], um cancionista-intérprete, cancionistasendo aquele que não executa o que o compositor criou, mas o que executa o que o compositor deixou de criar[60].

CantoEssencial para o estilo criado por João, seu canto é outra marca da batida da bossa nova. Como já mencionado, João,com o uso do microfone, dispensa o excesso e cria um estilo apropriado para o uso do violão, com a emissão de vozpróxima a da fala corriqueira[60]. A integração voz e violão formavam um todo, um único. Por vezes, João usa a vozcomo instrumento, adiantando ou atrasando o fraseado em relação ao violão[45].Uma característica marcante do canto de João Gilberto é a ausência do uso de vibratos.

CriaçãoJoão Gilberto é um artesão de suas músicas[61], em eterno "estado febril" de criação, segundo Miúcha[54]. Passahoras, dias ou meses recompondo uma canção que ouviu durante a juventude. Considerado como umrecompositor[60], João justifica sua diminuta obra autoral dizendo que "há tanta coisa bonita a ser consertada".Desde o início de sua carreira, João buscou o passado da música popular para sensibilizar o presente. Retrabalhou,logo no primeiro disco, Rosa Morena, de Dorival Caymmi, e É Luxo Só e Morena Boca de Ouro, antigos sucessos.Essa busca pelo passado se notabilizou durante toda sua carreira, em canções de compositores como Janet deAlmeida, Herivelto Martins, Noel Rosa, Bororó, Geraldo Pereira, Wilson Batista, Lamartine Babo, etc[45]. Essabusca caracteriza-se pelo critério existencial do próprio João: a maioria dessas canções João ouviu durante a infânciaem Juazeiro, Aracaju, ou na juventude em Salvador e no começo de carreira no Rio.Percebe-se na arte de João Gilberto em projeto nacional, uma aspiração do que o Brasil poderia ser[45].

LegadoAinda se discute se a bossa nova é um movimento ou um estilo, um momento do jazz ou um capítulo da músicapopular brasileira[45].Caetano Veloso chama João Gilberto de "mestre supremo". Chico Buarque passava tardes inteiras ouvindo os discosde João e tentando imitar os acordes no violão.João ainda influenciou artistas como Rita Lee, Novos Baianos, Jorge Ben Jor.Internacionalmente, João primeiro conquistou os músicos, e, depois, o público. Junto de Jobim, fez da bossa nova serescutada nos quatro cantos do mundo.Entre os grandes jazzistas fãs declarados de João estão Miles Davis, Stan Getz, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, DizzyGillespie, Tony Bennet, entre outros. A influência de João Gilberto no jazz é consenso entre críticos de música.Fora do jazz, João recebe elogios de famosos como Madonna, Jacqueline Kennedy, Eric Clapton, Simone deBeauvoir, Jean-Paul Sartre[62], Bob Dylan, Beck, David Byrne[63], entre outros.Na Europa, João desfrutou de grande sucesso, sobretudo na Itália, onde João fez inúmeros shows e, inclusive,especiais para a TV. Passou também por Holanda, Inglaterra, França, Portugal, Espanha.João chegou até o Japão, em uma série de shows, onde lotou casas de espetáculos e recebeu aplausos de até 40minutos do povo japonês. Lá, ouve-se mais João Gilberto que no Brasil.Sua filha, Bebel Gilberto, desfruta de grande prestígio no exterior, sendo um cantora muito admirada. É inevitávelperceber as influências de João no canto de Bebel.

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Carreira

Discografia• Quando Você Recordar/Amar É Bom - 78 rpm single (Todamerica, 1951)• Anjo Cruel/Sem Ela - 78 rpm single (Todamerica, 1951)• Quando Ela Sai/Meia Luz - 78 rpm single (Copacabana, 1952)• Chega de Saudade/Bim Bom - 78 rpm single (Odeon, 1958)• Desafinado/Hô-bá-lá-lá - 78 rpm single (Odeon, 1958)• Chega de Saudade (Odeon, 1959)• O Amor, o Sorriso e a Flor (Odeon, 1960)• João Gilberto (Odeon, 1961)• Brazil's Brilliant João Gilberto (Capitol, 1961)• João Gilberto Cantando as Músicas do Filme Orfeu do Carnaval (Odeon, 1962)• Boss of the Bossa Nova (Atlantic, 1962)• Bossa Nova at Carnegie Hall (Audo Fidelity, 1962)• The Warm World of João Gilberto (Atlantic, 1963)• Getz/Gilberto (Verve, 1963)• Herbie Mann & João Gilberto (Atlantic, 1965)• Getz/Gilberto vol. 2 (Verve, 1966)• João Gilberto en México (Orfeon, 1970)• João Gilberto (Philips, 1970)• João Gilberto (Polydor, 1973)• The Best of Two Worlds (CBS, 1976)• Amoroso (Warner/WEA, 1977)• Gilberto and Jobim (Capitol, 1977)• João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (WEA, 1980)• Brasil (WEA, 1981)• Interpreta Tom Jobim (EMI/Odeon, 1985)• Meditação (EMI, 1985)• Live at the 19th Montreux Jazz Festival (WEA, 1986)• João Gilberto Live in Montreux (Elektra, 1987)• O Mito (EMI, 1988)• The Legendary João Gilberto (World Pacific, 1990)• João (PolyGram, 1991)• João (Polydor, 1991)• Eu Sei que Vou Te Amar (Epic/Sony, 1994)• João Voz e Violão (Universal/Mercury, 2000)• Live At Umbria Jazz (EGEA, 2002)• João Gilberto in Tokyo (Universal, 2004)[1] Zuza Homem de Mello. Há 50 anos, João Gilberto estreou seu samba harmônico e sincopado (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/

publifolha/ ult10037u363660. shtml). Página visitada em 19/02/2013.[2] O Mito chega aos 70 anos (http:/ / cliquemusic. uol. com. br/ materias/ ver/ o-mito-chega-aos-70-anos).[3] diniz, Edinha. Cronologia de vida e obra (em português). São Paulo: Cosac Naify, 2012. p. 451. (do livro João Gilberto de Walter

Garcia(Org.))[4] castro, Ruy. Chega de Saudade: A história e as histórias da bossa nova. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. Capítulo: Prólogo: Juazeiro,

1948,[5] Zuza Homem de Mello. Há 50 anos, João Gilberto estreou seu samba harmônico e sincopado (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/

publifolha/ ult10037u363660. shtml). Página visitada em 19/02/2013.

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[6] CASTRO, Ruy. Capítulo 7: Em busca do ego perdido. In Castro, R. Chega de Saudade: A História e as Histórias da Bossa Nova. São Paulo:Companhia das Letras, 1990. p. 147

[7] CASTRO, Ruy. Capítulo 7: Em busca do ego perdido. In Castro, R. Chega de Saudade: A História e as Histórias da Bossa Nova. São Paulo:Companhia das Letras, 1990. p. 149

[8] CASTRO, Ruy. Capítulo 6: A turma, 1948. In Castro, R. Chega de Saudade: A História e as Histórias da Bossa Nova. São Paulo:Companhia das Letras, 1990. p. 137 - 139.

[9] Registros caseiros de João Gilberto na web são fartos (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ ilustrada/ ult90u500938. shtml). Páginavisitada em 7 de fevereiro de 2013.

[10] Fita gravada em 1958 por João Gilberto vira hit na web (http:/ / www. estadao. com. br/ noticias/arteelazer,fita-gravada-em-1958-por-joao-gilberto-vira-hit-na-web,320255,0. htm). Página visitada em 7 de fevereiro de 2013.

[11] castro, Ruy. Chega de Saudade: A história e as histórias da bossa nova. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. Capítulo: 8, p. 167.[12] castro, Ruy. Chega de Saudade: A história e as histórias da bossa nova. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. Capítulo: 8, p. 199.[13] Mario Sergio Conti (2010 março). Há tanta coisa bonita a ser consertada (http:/ / bravonline. abril. com. br/ materia/

joao-gilberto-ha-tanta-coisa-bonita-ser-consertada). Revista Bravo. Página visitada em 16/02/13.[14] Zuza Homem de Mello. Há 50 anos, João Gilberto estreou seu samba harmônico e sincopado (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/

publifolha/ ult10037u363660. shtml). Página visitada em 19/02/2013.[15][15] JOBIM, Antonio Carlos, "Texto de contracapa" do LP Chega de Saudade (1959)[16] Zuza Homem de Mello (28/05/2011). Trilogia sagrada (http:/ / www. estadao. com. br/ noticias/ impresso,trilogia-sagrada,725031,0. htm)

(em Portugues). Página visitada em 12/02/2013.[17] Mario Sergio Conti (2010 março). Há tanta coisa bonita a ser consertada (http:/ / bravonline. abril. com. br/ materia/

joao-gilberto-ha-tanta-coisa-bonita-ser-consertada). Revista Bravo. Página visitada em 16/02/13.[18] diniz, Edinha. Cronologia de vida e obra (em português). São Paulo: Cosac Naify, 2012. (do livro João Gilberto de Walter Garcia(Org.))[19] Daniella Thompson (27/08/2004). The disc that no one reviewed (http:/ / daniellathompson. com/ Texts/ Reviews/ Bon_Gourmet. htm) (em

Inglês). Página visitada em 14/02/2013.[20] castro, Ruy. Chega de Saudade: A história e as histórias da bossa nova (em português). São Paulo: Companhia das Letras, 1990. p. 315.[21] castro, Ruy. Chega de Saudade. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. p. 326.[22] Ana Paula Amorim. 1962: bossa nova no Carnegie Hall (http:/ / news. google. com/ newspapers?id=vUpOAAAAIBAJ&

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joao-gilberto-ha-tanta-coisa-bonita-ser-consertada). Página visitada em 16/02/2013.[26] José Rezende Júnior. João Gilberto (http:/ / www. joserezendejr. jor. br/ reportag/ joaogilberto. htm). Página visitada em 16/02/2013.[27] Marcos Silva. Parceria de Jorge Amado com João Gilberto (http:/ / www. substantivoplural. com. br/

parceria-de-jorge-amado-com-joao-gilberto/ ). Página visitada em 20/02/2013.[28] Getz/Gilberto (http:/ / www. vervemusicgroup. com/ artist/ music/ detail. aspx?pid=10366& aid=2856). Página visitada em 17/02/2013.[29] Leonardo Lichote (17/02/2013). Disco Getz/Gilberto completa 50 anos e se mantém influente (http:/ / oglobo. globo. com/ cultura/

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Garcia(Org.))[33] Getz/Gilberto (http:/ / www. allmusic. com/ album/ getz-gilberto-mw0000649528/ awards). Página visitada em 17/02/2013.[34] Estados Unidos preservam "Garota de Ipanema" (http:/ / www. estadao. com. br/ arquivo/ arteelazer/ 2005/ not20050407p4029. htm).

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Garcia(Org.))[38] diniz, Edinha. Cronologia de vida e obra (em português). São Paulo: Cosac Naify, 2012. p. 458. (do livro João Gilberto de Walter

Garcia(Org.))[39] diniz, Edinha. Cronologia de vida e obra (em português). São Paulo: Cosac Naify, 2012. p. 459. (do livro João Gilberto de Walter

Garcia(Org.))[40] diniz, Edinha. Cronologia de vida e obra (em português). São Paulo: Cosac Naify, 2012. p. 458. (do livro João Gilberto de Walter

Garcia(Org.))[41] Stan Getz biography (http:/ / www. stangetz. net/ bio. html) (em inglês). Página visitada em 18/02/2013.

Page 65: Bossa Nova

João Gilberto 62

[42] Marcos Silva. Parceria de Jorge Amado com João Gilberto (http:/ / www. substantivoplural. com. br/parceria-de-jorge-amado-com-joao-gilberto/ ). Página visitada em 20/02/2013.

[43] Fantástico 30 anos depois (https:/ / www. youtue. com/ watch?v=h2VEEQnX640). (em português) Acessado em 18/02/2013.[44][44] Lúcia Leme, João Gilberto:"não vou embora sem cantar o Brasil", in: Garcia, Walter (2012) João Gilberto, São Paulo: Cosac Naify.[45] Mario Sergio Conti. Uma promessa de felicidade (http:/ / www. controversia. com. br/ blog/ uma-promessa-de-felicidade/ ). Página visitada

em 20/02/2013.[46] João Gilberto, voz e violão ficam mudos sobre o Grammy (http:/ / www2. uol. com. br/ JC/ _2001/ 2302/ cc2302_1. htm). Página visitada

em 21/02/2013.[47] Maria Bethânia – Canto Do Pajé (http:/ / www. discogs. com/ Maria-Bethânia-Canto-Do-Pajé/ release/ 3437193) (em Inglês). Página

visitada em 20/02/2013.[48] Release à imprensa: João Gilberto, o nº1 da Brahma (http:/ / www. showbras. com. br/ joaogilberto/ joaoimprensa_files/ joao-brahma

release. pdf). Página visitada em 20/02/2013.[49] PLÍNIO FRAGA (14/08/2008). Repórter relata noite em que foi mordomo de João Gilberto (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/

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0,27723,GYN0-5273-258286,00. html). Página visitada em 20/02/2013.[51] João Voz e Violão (http:/ / www. vervemusicgroup. com/ artist/ music/ detail. aspx?pid=10549& aid=2870) (em Inglês). Página visitada em

21/02/2013.[52] 'Joao Voz e Violao' já é clássico (http:/ / www. dgabc. com. br/ News/ 9000086992/ joao-voz-e-violao-ja-e-classico. aspx?ref=history).

Página visitada em 21/02/2013.[53] Mínimo máximo (http:/ / epoca. globo. com/ edic/ 20000117/ cult1. htm). Página visitada em 21/02/2013.[54] Gênio indomável (http:/ / www. istoe. com. br/ reportagens/ 31955_GENIO+ INDOMAVEL+ ). Página visitada em 21/02/2013.[55] João Gilberto, voz e violão ficam mudos sobre o Grammy (http:/ / www2. uol. com. br/ JC/ _2001/ 2302/ cc2302_1. htm). Página visitada

em 21/02/2013.[56] JOAO GILBERTO (http:/ / www. vervemusicgroup. com/ joaogilberto/ bio/ ) (em Inglês). Página visitada em 21/02/2013.[57] SÉRGIO DÁVILA. Em apresentação no Japão, João Gilberto continua nos detalhes (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ ilustrada/

ult90u44016. shtml). Página visitada em 21/02/2013.[58] Conheça os técnicos japoneses que cuidam das turnês de João Gilberto (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ ilustrada/

1021456-conheca-os-tecnicos-japoneses-que-cuidam-das-turnes-de-joao-gilberto. shtml). Página visitada em 21/02/2013.[59] O paradoxo de João Gilberto: se repetir sem ser o mesmo (http:/ / www. universomusical. com. br/ materia. asp?matcomp2=sim&

cod=mp& id=325). Página visitada em 21/02/2013.[60] Tatit, Luiz. O cancionista: composição de canções no Brasil (em Português). 2ª ed. São Paulo: EDUSP, 2002. 322 p.[61] Itaú traz João Gilberto de volta aos palcos brasileiros na homenagem aos 50 anos da Bossa Nova (http:/ / ww28. itau. com. br/

imprensanet/ midia/ lernoticia. asp?id_noticia=4534). Página visitada em 20/02/2013.[62] MIGUEL ARCANJO PRADO. Bossa Nova: João Gilberto "deu bolo" em Sartre e Simone de Beauvoir (http:/ / www1. folha. uol. com. br/

folha/ ilustrada/ ult90u433078. shtml). Página visitada em 21/02/2013.[63] Joao Voz E Violao (http:/ / www. vervemusicgroup. com/ artist/ music/ detail. aspx?pid=10549& aid=2870) (em Inglês). Página visitada em

21/02/2013.

Bibliografia• ALBIN, Ricardo Cravo (Criação e Supervisão Geral). Dicionário Houaiss Ilustrado da Música Popular

Brasileira. Rio de Janeiro: Paracatu, 2006.• CASTRO, Ruy. A onda que se ergueu no mar; novos mergulhos na Bossa Nova. São Paulo: Companhia das

Letras, 2001.• MORAIS JUNIOR, Luis Carlos de. O Sol nasceu pra todos:a História Secreta do Samba. Rio de Janeiro: Litteris,

2011.• CASTRO, Ruy Chega de Saudade: A História e as Histórias da Bossa Nova. São Paulo: Companhia das Letras,

1990.• DINIZ, Edinha. Cronologia de vida e obra, in GARCIA, Walter (Org.). João Gilberto. São Paulo: Cosac Naify,

2012. pp. 451 - 467.• LEME, Lúcia. João Gilberto:"Não vou embora sem cantar no Brasil", in GARCIA, Walter (Org.). João Gilberto.

São Paulo: Cosac Naify, 2012.• TATIT, Luiz. O cancionista: composição de canções no Brasil. 2ª Edição. São Paulo: Edusp, 2002. ISBN:

8531402484

Page 66: Bossa Nova

João Gilberto 63

Ligações externas• Discografia de João Gilberto (http:/ / joaogilberto. org) (em inglês)

Luiz Bonfá

Luiz Bonfá

Informação geral

Nome completo Luiz Floriano Bonfá

Apelido Bonfá

Nascimento 17 de outubro de 1922

Origem Rio de Janeiro, RJ

País Brasil

Data de morte 12 de janeiro de 2001 (78 anos)

Gênero(s) Bossa NovaSambaJazzInstrumentalCountry rock

Instrumento(s) Violão, Guitarra, Craviola

Período em atividade 1955 – 2000

Outras ocupações Compositor, Instrumetista, Músico

Afiliação(ões) Antônio Carlos Jobim, Antônio Maria, Maria Helena Toledo, Stan Getz

Luiz Floriano Bonfá (Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1922 — Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2001) foi umcantor, violonista e compositor brasileiro.

BiografiaBonfá nasceu no dia 17 de Outubro de 1922 e morreu no ano de 2001 em Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Aprendeusozinho, quando criança, a tocar violão. Quando completou 13 anos passou a ter aulas com o Uruguaio Isaías Sávio.Tais aulas se tornaram muitos cansativas para Bonfá, que tinha de sair de sua casa na periferia do Rio, andar umagrande porção do caminho a pé e depois pegar um bonde para Santa Teresa, onde morava o professor. Devido àextraordinária dedicação de Bonfá, Isaías não lhe cobrava as aulas.

CarreiraUm dos integrantes do primeiro grupo de músicos da bossa nova, compositor de clássicos como "Manhã deCarnaval" e "Samba do Orfeu" (ambas com Antônio Maria), Bonfá começou a tocar violão de ouvido, na infância,no Rio. Aos 12 anos passou a ter aulas de violão clássico com o uruguaio Isaias Savio. Na década de 1940 tocou naRádio Nacional, ao lado de Garoto. Participou de alguns conjuntos, como o Quitandinha Serenaders, até começar acarreira solo, como violonista. Teve atuação destacada como compositor, e seus primeiros sucessos foram gravadospor Dick Farney, em 1953. A peça "Orfeu da Conceição", de Vinicius de Moraes, foi um marco em sua carreira.Tocou violão na gravação do disco da peça em 1956 e, três anos depois, compôs algumas das faixas que compunhama trilha sonora do filme de Marcel Camus ("Orfeu do Carnaval") inspirado na peça. Participou do Festival de BossaNova no Carnegie Hall em Nova York, 1962, sempre respeitado como compositor refinado e exímio violonista. Uma

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de suas características é tocar fazendo amplo uso do recurso das cordas soltas, o que confere uma sonoridade ampla egrandiosa. Gravou diversos discos nos EUA que não foram lançados no Brasil. Voltou a gravar no Brasil no fim dosanos 1980 e anos 1990, lançando discos bem-sucedidos também nos Estados Unidos. "Almost In Love", composiçãode Bonfá, foi a única música brasileira gravada por Elvis Presley. Frank Sinatra, Sarah Vaughan, George Benson,Tony Bennett, Julio Iglesias, Diana Krall e Luciano Pavarotti são outros intérpretes que já cantaram músicas deBonfá. Outros sucessos são "De Cigarro em Cigarro", "Correnteza" (em parceria com Tom Jobim), "The GentleRain", "Menina Flor", "Mania de Maria" e "Sem Esse Céu".

Ligações externas• Luiz Bonfá [1] no IMDB• Discografia [2]

Este artigo sobre um(a) músico(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia Bonfá expandindo-o [3].

Referências[1] http:/ / www. imdb. com/ name/ nm0006697/[2] http:/ / kanji. zinbun. kyoto-u. ac. jp/ ~yasuoka/ Bonfa/[3] http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ :Luiz

Luiz EçaLuiz Mainzi da Cunha Eça (Rio de Janeiro, 3 de abril de 1936 - 25 de maio de 1992) foi professor, músico,compositor, arranjador e pianista brasileiro.Descendente do escritor português Eça de Queirós, iniciou sua carreira na década de 1950 como pianista de casasnoturnas. Frequentava as boates cariocas, para ouvir músicos mais experientes, como Johnny Alf. Substituindo naBoate Plaza o cantor Johnny Alf, formou um conjunto com Ed Lincoln no contrabaixo, e Paulo Ney na guitarra.Com a saída de Ney, entraram João Donato no acordeon, Milton Banana na bateria e a crooner Claudette Soares.Formou o trio Penumbra, tendo como componentes Candinho ao violão, e Jambeiro no contrabaixo, na rádioMayrink Veiga. Participou da chamada primeira fase da Bossa nova - 1958-1962.Formou em 1962 um importante conjunto instrumental, o Tamba Trio com Bebeto Castilho na flauta, baixo,saxofone e Voz, e Hélcio Milito na bateria e na Tamba. O trio foi o primeiro a realizar pocket-shows, no Bottle´sBar, do famoso Beco das Garrafas, catedral da Bossa nova no Rio de Janeiro.Fez arranjos para o longplay "Barquinho" da cantora Maysa, lançado em 1961 pela gravadora Columbia. Formou oconjunto "A Sagrada Família". Foi professor de jovens músicos e atuou como pianista na casa noturna Chiko´s Bar.Acompanhou vários artistas da Música Popular Brasileira como Nara Leão, Carlos Lyra, Roberto Menescal, DurvalFerreira, Sylvia Telles, Edu Lobo, Flora Purim, Quarteto em Cy, Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Elis Regina,Milton Nascimento, Joyce, João Bosco, Ivan Lins, Nana Caymmi e tantos outros.

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TurnêsJunto com o Tamba Trio, excursionou pela América do Norte e Europa.

Obra•• Dolphin•• Duro na queda•• Febrônio•• Lá vamos nós•• O homem•• Prelúdio•• Prelúdio Pai e filho•• Quadros•• Quase um adeus•• Rítmica I•• Semelhança•• Sempre será•• Tamba•• Tema de Anita•• Valsinha urgente para um cidadão passageiramente triste•• Weekend

Parceria com Fernanda Quinderé•• Alegria de viver•• Reencontro•• Reflexos

Parceria com Bebeto Castilho•• Barumbá•• Danielle•• Yansã

Parceria com Ronaldo Bôscoli•• Maysa•• Melancolia

Parceria com Hélcio Milito e Adalberto•• Infinito•• Mestre Bimba•• Sonda 1999• Trindade - (Adalberto)

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Parceria com outros compositores• Em casa - com Carlos Vereza• Imagem - com Aloysio de Oliveira• Oferenda - com Lenita Eça• Quietly (Simplesmente) - com Dorio e Ohana• Três minutos para um aviso importante - com Novelli• Triângulo - com Luiz Alves e Robertinho Silva

Discografia• 1955 - Uma noite no Plaza - longplay da gravadora Discos Rádio• 1956 - Sambas da saudade - Lp da gravadora Columbia• 1961 - Luiz Eça & Astor - Cada qual melhor! - Lp e CD da gravadora Odeon• 1962 - Tamba Trio - longplay da gravadora Philips• 1963 - Avanço - Lp - gravadora Philips• 1964 - Tempo - Lp - gravadora Philips• 1965 - Cinco na bossa - Lp - gravadora Philips• 1966 - Tamba Trio - Lp - gravadora Philips• 1966 - Tamba Trio sauda México - Lp - gravadora Philips• 1967 - We and the sea - Lp - gravadora A&M Records• 1968 - Samba blim - Lp - gravadora A&M Records• 1968 - Os seis mais numa imagem barroca - Lp - gravadora CBS - junto com Radamés Gnattali• 1970 - Luiz Eça, piano e cordas - LP - gravadoras Elenco/Philips• 1970 - Brazil 70 - Lp - gravadora Philips• 1970 - Luiz Eça e La Família Sagrada - Lp• 1972 - Vanguarda - Lp - gravadora Odeon - com o Quinteto Villa-Lobos• 1974 - Tamba Trio - Lp - gravadora RCA Victor• 1975 - Tamba Trio - Lp - gravadora RCA Victor• 1976 - Laços concerto show - Lp - gravadora Som Livre - com Claudia Versiani e Marcos Paulo• 1976 - Antologia do piano - Lp - gravadora Phonogram• 1982 - Tamba Trio: 20 anos de sucessos - Lp - gravadora RCA Victor• 1983 - Patápio Silva - Lp e Cd - Funarte - com Altamiro Carrilho, Galo Preto e a Banda do Corpo de Bombeiros

do Estado do Rio de Janeiro.• 1984 - Luiz Eça - Lp - gravadora Carmo• 1985 - Triângulo - Lp - gravadora Carmo• 1986 - Para tanto viver - Lp - gravadora Continental - com a participação do cantor Pery Ribeiro• 1988 - Duas suites instrumentais - Lp - gravadora Independente - com a participação do violinista Jerzy Milewski• 1992 - Encontro marcado - Lp - gravadora Line Records - com Maria Petersen• 1993 - Luiz Eça e Victor Assis Brasil no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - Cd - gravadora Imagem• 1995 - Luiz Eça Trio - Cd - gravadora Velas

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Coletâneas• 1996 - Aloysio de Oliveira apresenta Luiz Eça - Cd - gravadora EMI Music• 1996 - Tamba Trio - Cd - BMG/RCA Victor• 1997 - Tamba Trio - Cd - PolyGram

Tributos• 2003 - Reencontro - Cd - gravadora Biscoito Fino• 2004 - Michel Legrand - Luiz Eça - Cd - gravadora Biscoito Fino

Participações• Maysa - Barquinho (1961 - Columbia LP/CD); Ando só numa multidão de amores (1970 - Philips LP/CD)• Eliana Pittman e Booker Pittman - News from Brazil (1963 - Polydor LP)• Carlos Lyra - Depois do Carnaval (1963 - Philips LP); A UNE Canta (1986 - UNE Compacto)• João Mello - A "Bossa" do Balanço (1963 - Philips LP)• Flora Purim - Flora é M.P.M. (1964 - RCA Victor LP/CD)• Nara Leão - O Canto Livre de Nara (1965 - Philips LP/CD); Dez Anos Depois (1971 - Philips/Phonogram

LP/CD)• Edu Lobo - Edu Lobo por Edu Lobo (1965 - Elenco LP/CD); Edu (1967 - Philips LP)• Quarteto em Cy - Som Definitivo (1966 - Forma LP); Quarteto em Cy (1972 - Odeon LP/CD)• Vinicius de Moraes - Vinicius: Poesia e canção Vol. 1 e Vol.2 (1966 - Forma LP/CD)• Diversos Intérpretes - Garota de Ipanema - Trilha Sonora do Filme (1967 - Philips LP); Véu de Noiva - Trilha

Sonora Original da Novela da TV Globo (1969 - Philips LP); Verão Vermelho - Trilha Sonora Original daNovela da TV Globo (1970 - Philips LP); Irmãos Coragem - Trilha Sonora Original da Novela da TV Globo(1970 - Philips LP); Uma noite no Chico's Bar (1980/2005 - Som Livre/Biscoito Fino LP/CD)

• Milton Nascimento - Milton Nascimento ou Travessia (1967 - Ritmos/Codil / Universal Music LP/CD); MiltonNascimento (1969 - Odeon LP/CD)

• Joyce - Encontro Marcado (1969 - Philips LP/CD)• Osmar Milito - E deixa o relógio andar! (1971 - Som Livre LP/CD)• Cláudio Cavalcanti - Claudio Cavalcanti (1971 - CID LP)• Luiz Gonzaga - O canto jovem de Luiz Gonzaga (1971 - RCA Victor LP)• Áurea Martins - O Amor em Paz (1972 - RCA Camden LP)• João Bosco - João Bosco (1973 - RCA Victor LP/CD); Galos de Briga (1976 - RCA Victor LP/CD)• Gay Vaquer - The morning of the musicians (1973 - RCA Victor LP)• Hermínio Bello de Carvalho - Sei,lá (1974 - Odeon LP)• Simone - Quatro Paredes (1974 - Odeon LP/CD); Gotas D'Água (1975 - Odeon LP/CD)• Antonio Carlos e Jocafi - Ossos do Ofício (1975 - RCA Victor LP)• César Costa Filho - De silêncio em silêncio (1975 - RCA Victor LP)• Arnoldo Medeiros - Arnoldo Medeiros - O Homem, o poeta (1975 - RCA Camden LP)• Edson Frederico - Edson Frederico e a Transa (1975 - RCA Camden LP)• Bebeto Castilho - Bebeto (1976/2002 - Tapecar/Wathmusic LP/CD)• Maria Creuza - Meia Noite com Maria Creuza (1977 - RCA Victor LP)• Tom e Dito - Tom & Dito (1977 - Continental LP)• Wilson Simonal - Se todo mundo cantasse seria bem mais fácil viver (1979 - RCA Victor LP/CD)• Dori Caymmi - Dori Caymmi (1982 - EMI/Odeon LP/CD)• Boca Livre - Boca Livre (1983 - Philips/Polygram LP)• Ivan Lins - Juntos (1984 - Philips/Polygram LP/CD)

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• Mu Carvalho - Meu continente encontrado (1985 - Carmo LP)• Rildo Hora - O tocador de realejo (1987 - RCA Victor LP)• Marinho Boffa - Marinho Boffa (1987 - Visom LP)• Mauro Senise - Mauro Senise (1988 - Visom Digital LP)• Robertinho Silva - Bodas de Prata (1989 - CBS LP)

Referências gerais• Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira [1]• Scielo [2]

Referências[1] http:/ / www. dicionariompb. com. br/ luiz-eca[2] http:/ / www. scielo. br/ scielo. php?pid=S1413-77042010000100005& script=sci_arttext

Marcos Valle

Marcos Valle

Marcos Valle em 2012

Informação geral

Nome completo Marcos Kostenbader Valle

Nascimento 14 de setembro de 1943 (69 )

Origem Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro

País Brasil

Gênero(s) Pop, Bossa Nova, Rock, Jazz, Psicodélico, Lounge/Eletrônico

Instrumento(s) voz, piano, orgão, flauta

Período em atividade 1963 - presente

Página oficial myspace.com/marcosvallebrazil [1]

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Marcos Valle 69

Marcos Kostenbader Valle (Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1943) é um compositor, cantor, instrumentista earranjador brasileiro.

BiografiaComeçou a estudar piano clássico aos seis anos de idade e formou-se em piano e teoria musical em 1956. O primeirosucesso da dupla Marcos e Paulo Sérgio foi Sonho de Maria, gravada pelo Tamba Trio em 1963.Marcos começou tocando no trio formado por ele, Edu Lobo e Dori Caymmi. Em 1964, sua canção Samba de Verãoatingiu o segundo lugar nas paradas de sucesso estadunidenses, e teve pelo menos 80 versões gravadas nos EUA.Escreveu muitos temas para telenovelas, dentre elas Pigmalião 70 e Os Ossos do Barão. Nos anos 70, a TV Globoencomendou aos irmãos Valle e Nelson Motta que fizessem uma canção de natal para o fim do ano, com os atoresdas telenovelas e artistas da Rede Globo cantando. A canção "Um novo tempo" (a dos versos "Hoje é um novo dia /de um novo tempo / que começou...") tornou-se um sucesso tão grande que nunca mais saiu do ar, sendo presençaobrigatória no Natal da Rede Globo até hoje.Jet-Samba foi o primeiro disco lançado por um selo brasileiro após dezenove anos, e o primeiro totalmenteinstrumental em 38 anos, com Valle comandando toda a produção e também assinando os arranjos. Seu últimotrabalho é o CD e DVD Estática , lançado em 2010.

CarreiraConsiderado como um dos integrantes da segunda geração da bossa nova, iniciou sua carreira artística em 1961integrando um trio, juntamente com Edu Lobo e Dori Caymmi. Nessa época, começou a compor suas primeirasmúsicas em parceria com o irmão Paulo Sérgio Valle. O trabalho da dupla foi registrado, pela primeira vez, em 1963,com a gravação da canção "Sonho de Maria", pelo Tamba Trio.Em 1964, gravou seu primeiro LP, "Samba demais", registrando suas composições "Amor de nada", "Razão doamor", "Tudo de você", "Sonho de Maria", "E vem o sol" e "Ainda mais lindo", todas em parceria com Paulo SérgioValle, além das canções "Vivo sonhando" (Tom Jobim), "Moça flor", (Durval Ferreira e Lula Freire), "Cançãopequenina" (Pingarilho), "Ela é carioca" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Ilusão à toa" (Johnny Alf) e "A mortede um Deus de sal" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli). O disco foi contemplado com vários prêmios. Nessaépoca, começou a apresentar-se em shows e abandonou o curso de Direito na Pontifícia Universidade Católica doRio de Janeiro no segundo ano.Em 1965, participou do espetáculo "A bossa no Paramount", realizado no Teatro Paramount (SP), no qualinterpretou duas canções inéditas que se tornariam emblemáticas em sua carreira de compositor: "Preciso aprender aser só" e "Terra de ninguém", ambas com Paulo Sérgio Valle. A segunda, contou com a participação de Elis Regina,então em início de carreira, alcançando, de imediato, enorme sucesso. Nesse mesmo ano, lançou o disco autoral "Ocompositor e o cantor Marcos Valle", com destaque para as canções "Gente", "Preciso aprender a ser só", "Samba deverão", "A resposta" e "Deus brasileiro", todas com Paulo Sérgio Valle. Ainda em 1965, viajou para os EstadosUnidos, onde fez parte durante sete meses do conjunto de Sérgio Mendes, Brasil’65, com o qual se apresentou emcasas noturnas, universidades e no programa de televisão de Andy Williams. Também gravou um single com "Allmy loving", dos Beatles, em ritmo de bossa nova. Após esse período, retornou ao Brasil.Em 1966, a gravação de Walter Wanderley de sua música "Samba de Verão" (c/ Paulo Sérgio Valle) alcançou o 2ºlugar nas paradas de sucesso norte-americanas, recebendo, mais tarde, em torno de 80 regravações nesse país. Nesseano, Marcos começou a gravar as faixas do que seria seu terceiro LP mas não concluiu esse trabalho. Voltou no anoseguinte para os Estados Unidos e lançou nesse país o LP instrumental "Braziliance! A música de Marcos Valle",registrando suas canções "Os grilos", "Preciso aprender a ser só", "Batucada surgiu", "Samba de verão", "Vamospranchar", "Deus brasileiro", "Patricinha", "Passa por mim" e "Se você soubesse", todas com Paulo Sérgio Valle,"Seu encanto" (c/ Paulo Sérgio Valle e Pingarilho), "Dorme profundo" (c/ Pingarilho) e "Tanto andei". Nesse mesmo

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ano, gravou outro LP, "Samba '68". Lançado pelo lendário selo Verve, esse trabalho contém alguns de seus maioressucessos vertidos para o inglês, com arranjos de Eumir Deodato e participação de grandes músicos norte-americanos.O próprio Valle cuidou dos vocais principais em dueto com Annamaria de Carvalho Valle, então sua esposa.Porém, com saudades do Rio de Janeiro e assustado com a possibilidade de ser recrutado para servir o Exércitonorte-americano na Guerra do Vietnã, Marcos Valle desembarcou no Galeão nos últimos dias de 1967. Trazia novascanções na bagagem e, no início de 1968 preparou um novo LP. "Viola enluarada", exclusivamente autoral, temcomo destaque a faixa-título (c/ Paulo Sérgio Valle), cantada em duo com Milton Nascimento, além de "Prótonelétron nêutron" (uma primeira experiência misturando baião e samba), "Maria da favela", "Homem do meu mundo","Terra de ninguém", "Eu", "Tião Braço Forte" e "O amor é chama", todas com Paulo Sérgio Valle, "Viagem" (c/Ronaldo Bastos), "Bloco do eu sozinho" (c/ Ruy Guerra), "Réquiem" (c/ Milton Nascimento, Ruy Guerra e RonaldoBastos) e "Pelas ruas do Recife" (c/ Paulo Sérgio Valle e Novelli).Em 1969, gravou o LP "Mustang cor de sangue", com destaque para a faixa título, para o tema instrumental"Azimuth" e para a canção "Dia de vitória", ambas com Paulo Sérgio Valle. Esse trabalho representa uma mudançainteressante de direção em sua carreira. A bossa nova vivia um momento de baixa no Brasil e Marcos Valle tratou decaminhar em direção a um pop cosmopolita. Uma influência presente desde sempre em sua vida: o menino Marcosadorava ouvir música norte-americana no rádio e na vitrola. Na adolescência, o rock'n'roll o conquistou a ponto deele até hoje citar "Be Bop a Lula" (de Gene Vincent) como uma das canções que o marcaram no período. Com umenorme talento natural para criar grooves e apaixonado por ritmo, incorporou o soul norte-americano e a pilantragemde Wilson Simonal. Longe da inocência juvenil dos primeiros anos de sua carreira, esse novo Marcos Valle passou aser associado à modernidade, à tecnologia e a uma imagem de cidadão do mundo. Por sua vez, as letras de PauloSérgio Valle passaram a adotar temáticas críticas. Disparando contra a sociedade de consumo e a ditadura militar, osirmãos Valle produziram algumas obras-primas nessa época. Infelizmente, esse lado de sua obra não recebeu até hojeo devido crédito: Marcos Valle não se identificou com o padrão "guerrilheiro" vigente na MPB a partir da Tropicália.Descendente de alemães, loiro e tachado como "um bem-nascido representante da elite carioca", suas provocações econtestações são ignoradas por parte da crítica e do público. No livro "Eu não sou cachorro não", de Paulo César deAraújo, sua canção "Flamengo até morrer" foi descrita como "adesista" quando era exatamente o contrário: umaironia muito sofisticada à alienação causada pelo futebol nos brasileiros.Na década de 1970, teve intensa atuação em trilhas sonoras de novelas. Atuou também na área publicitária,montando a empresa Aquarius Produções Artísticas em sociedade com seu irmão Paulo Sérgio e com o amigoNelson Motta. Assinou diversos jingles de muito sucesso.Em 1970, gravou o LP "Marcos Valle", com destaque para "Quarentão simpático" (c/ Paulo Sérgio Valle),"Pigmalião" (c/ Paulo Sérgio Valle e Novelli) e a provocadora "Ele e ela" (onde ele e sua irmã Ângela Valleinsinuam uma relação sexual). Na capa desse disco, o artista aparece deitado em uma cama, com o quarto arrumado.Na contracapa, o mesmo quarto - na verdade o quarto de sua irmã na casa de seus pais - está vazio e desarrumado.Há roupas femininas espalhadas pelo cenário.Em 1971, lançou o LP "Garra", trazendo na capa o rosto sereno de Marcos em um corpo de ave de rapina sobre ascores da bandeira brasileira, com destaque para "Com mais de 30", "O cafona" e "Minha voz virá do sol daAmérica", todas com Paulo Sérgio Valle, e "Que bandeira" (c/ Paulo Sérgio Valle e Mariozinho Rocha). Ainda nesseano, venceu a IV Olimpíada da Canção de Atenas com "Minha voz virá do sol da América", defendida por Cláudia."Black is beautiful", também gravada por Elis Regina, transformou Marcos Valle de certa forma em líder da causanegra. Uma posição defendida até hoje na literatura acadêmica.Em 1972, lançou o LP "Vento sul", registrando composições próprias, como "Revolução orgânica", "Malena" e a faixa-título, todas com Paulo Sérgio Valle, além de "Voo cego" (Cláudio Guimarães) e "Paisagem de Mariana" (Frederyko), entre outras. "Vento sul" representa outra ruptura radical na carreira de Marcos Valle. Realizado logo após o lançamento de sua trilha sonora de maior sucesso, a da novela "Selva de pedra", o LP representou um momento de grande cansaço para o artista. Ele se sentia limitado em sua criatividade pelas imposições dos trabalhos

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encomendados e queria dar vazão a tudo o que o influenciava naquele instante. Surfista desde a juventude, MarcosValle começou a frequentar o vilarejo de Búzios e alugou ali uma casa, onde permaneceu com alguns amigos poralguns dias e idealizou parte do repertório do disco. Queria então contestar preconceitos e explorar uma maiorsensação de liberdade criativa. Acompanhado pelo grupo O Terço (Sérgio Hinds, Cezar de Mercês e ViníciusCantuária), mergulhou na contracultura, na psicodélia e no rock'n'roll. Na faixa "Mi Hermoza", Valle se aproximaaté mesmo do heavy metal através de um riff pesado com ecos de Led Zeppelin e Black Sabbath.Ainda em 1972, compôs a trilha sonora do documentário "O fabuloso Fittipaldi", de Roberto Farias, registrada emdisco pela Philips. Essa trilha, muito influenciada pelos filmes blaxploitation norte-americanos e pelo jazz-rock,significa o início da colaboração de Valle com os músicos José Roberto Bertrami (órgão e sintetizadores), JoséAlexandre "Alex" Malheiros (baixo) e Ivan "Mamão" Conti (bateria) que seguiram carreira juntos com o nome deAzymuth. Esses músicos trouxeram novas sonoridades para a carreira de Marcos Valle: José Roberto Bertramiincorporou os sintetizadores em sua música, e Alex Malheiros utilizava um baixo Rickenbacker 4001, então muitoutilizado por grupos de rock progressivo e por Paul McCartney. E lançou em compacto "Alegria da vida", a músicade abertura do programa infantil "Vila Sésamo", lançado em conjunto pela Rede Globo e pela TV Cultura de SãoPaulo.Em 1973, gravou o LP "Previsão do tempo", exclusivamente autoral, que incluiu as canções "Flamengo até morrer","Os ossos do barão" e "Tiu-ba-la-quieba", todas com Paulo Sérgio Valle, além de "Não tem nada não" (c/ JoãoDonato e Eumir Deodato), entre outras. Nesse disco, que também contou com a participação dos músicos doAzymuth, Marcos Valle utilizou uma "human beatbox" na faixa "Mentira", reproduzindo com sua voz os sons deuma bateria. Ainda que a "beatbox" não esteja presente ao longo de toda a música e apareça junto de outrosinstrumentos em parte de suas intervenções, ela não se diferencia das experiências realizadas quase uma décadadepois pelo rapper norte-americano Doug E. Fresh, apontado em várias obras musicológicas como o inventor dabeatbox. Com base em "Mentira", podemos considerar então Marcos Valle como o criador da "human beatbox". Naprovocadora capa, um Marcos Valle debochado e sorridente aparece mergulhado na piscina da casa de seus pais,para ressurgir na contracapa como se tivesse morrido afogado, pelas mãos da ditadura militar do Brasil.Em 1974, lançou um LP com uma trilha completa para o programa "Vila Sésamo". Nesse disco, Marcos Valle divideos vocais com João Mello e Suzana Machado (formando o Trio Soneca) e toca um piano Fender Rhodes,instrumento recém-incorporado ao seu arsenal e que sempre o acompanhou desde então. Devido ao pequenoorçamento, as faixas foram gravadas no estúdio da Aquarius Produções Artísticas, próximo ao Teatro Municipal doRio de Janeiro. Em seguida, Marcos gravou o LP "Marcos Valle", contendo, entre outras, suas canções "No rumo dosol", "Meu herói" e "Casamento, filhos e convenções", todas com Paulo Sérgio Valle. Esse disco, influenciado pelo"piano pop" de Elton John e pelo rock progressivo, conta com a participação do grupo Som Imaginário (o qual jáhavia participado no disco de 1970), reflete a tristeza do artista pelas limitações impostas pela censura ao seutrabalho. As faixas transmitem uma impressão de tristeza e despedida.De fato, Marcos Valle, farto da censura e enfrentando alguns problemas psicológicos que afetavam sua voz, estavade partida. Entre 1975 a 1980, morou nos Estados Unidos, onde participou do LP de Sarah Vaughan "Songs of theBeatles", interpretando com a cantora a faixa "Something" (George Harrison). Trabalhou, também, com AirtoMoreira, com quem dividiu os arranjos do disco "Touching you, touching me", gravado pelo intrumentista ecompositor, indicado para o Prêmio Grammy. Teve, também, canções de sua autoria gravadas por artistasnorte-americanos, como o grupo Chicago ("Life is what it is") e a cantora Sarah Vaughan, que registrou as versões"If you went away" e "The face I love" (respectivamente "Preciso aprender a ser só" e "Seu encanto") no disco "Ilove Brazil". Fortemente influenciado pela disco music, que lhe evocava os antigos bailes de carnaval doCopacabana Palace e os filmes de Fred Astaire e Gene Kelly, Marcos foi se aproximando de músicos negros e douniverso do R&B e do boogie funk. Estabeleceu por volta de 1978 uma sólida parceria musical com onorte-americano Leon Ware, colaborador frequente de Marvin Gaye.

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Em 1980, Marcos Valle retornou para o Brasil ansioso para participar da vida musical e de um Brasil em processo deredemocratização e disposto a ficar de vez no Rio de Janeiro. No ano seguinte, lançou o LP "Vontade de rever você",em que registrou composições próprias, como "Bicho no cio" e "Velhos surfistas querendo voar", (ambas com PauloSérgio Valle e Leon Ware), e "A Paraíba não é Chicago" (c/ Paulo Sérgio Valle, Laudir de Oliveira, Leon Ware ePeter Cetera), entre outras.Em 1983, gravou o LP "Marcos Valle", contendo exclusivamente canções de sua autoria, como "Estrelar" (cujosingle vendeu cerca de 90 mil cópias, quase alcançando um Disco de Ouro), "Fogo do sol", "Samba de verão" e"Viola enluarada" todas com Paulo Sérgio Valle.Em 1984, lançou um compacto simples contendo a canção "Bicicleta", que se tornou outro grande sucesso.Em 1986, gravou o LP "Tempo da gente", exclusivamente autoral, contendo as canções "O tempo da gente" (c/ PauloSérgio Valle e Ary Carvalho), "Sem você não dá" (c/ Erasmo Carlos), "Tá tudo bem" (c/ Vinícius Cantuária) e "Piorque é" (c/ Eumir Deodato), entre outras.A partir de 1990, suas músicas começaram a ser muito executadas em pistas de dança de casas noturnas de Londres,alcançando um grande sucesso em outros países da Europa e no Japão.Em 1992 nasceu seu primeiro filho, Daniel, seguido por Tiago em 1994.Em 1995, Marcos recebeu o título de "Homem do Momento", conferido pela revista inglesa "Straight no Chaser". Apartir desse ano, seus discos "The essential Marcos Valle", "The essential Marcos Valle 2", "Previsão do tempo", "Ocompositor e o cantor" e "Vontade de rever você" começaram a ser lançados nos mercados europeu e japonês.Em 1998, gravou para o selo londrino Far Out Recordings o CD "Nova bossa nova", contendo composições próprias,como "Novo visual (New look)", "Abandono (Abandon)", "Cidade aberta (Open city)" e "Bahia blue", entre outras.Ainda nesse ano, foi lançado o "Songbook Marcos Valle", produzido por Almir Chediak, contendo parte expressivade sua obra.Em 1999, apresentou-se no "Festival de Verão: Rio, sempre Bossa Nova", projeto da Prefeitura do Rio de Janeirorealizado no Parque Garota de Ipanema.Em 2000, realizou, com o guitarrista argentino Victor Biglione e a cantora Patrícia Alví, além dos músicoscanadenses Jean Pierre Zanella (sax e flauta) Jean-François Groulx (sintetizador), Jim Hillman (bateria) e NormanLachapelle (baixo), o show de encerramento das comemorações dos 500 anos do Brasil, em Montreal.Em 2001, participou, ao lado de Roberto Menescal, Wanda Sá, Patrícia Alví e Danilo Caymmi, do Fare Festival,realizado em Pavia (Itália) pela Società dell’Academia, em colaboração com a prefeitura da cidade. Nesse mesmoano, lançou o CD "Bossa entre amigos", gravado ao vivo, com Roberto Menescal, Wanda Sá e Patrícia Alví, noTeatro Rival. E lançou pela Far Out Recordings mais um CD autoral, "Escape".Em 2003, lançou, com Victor Biglione, o CD "Live in Montreal", registro ao vivo do espetáculo realizado em 2000no Canadá. E também "Contrasts", para a Far Out Recordings de Londres.Em 2004, participou, ao lado de Gilberto Gil e outros artistas, da gravação do CD "Hino do Fome Zero" (RobertoMenescal e Abel Silva). Também nesse ano, apresentou-se, ao lado de Johnny Alf, João Donato, Carlos Lyra,Roberto Menescal, Wanda Sá, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Durval Ferreira, Eliane Elias, Os Cariocas eBossacucanova, no espetáculo "Bossa Nova in Concert", realizado no Canecão (RJ). O show foi apresentado porMiele e contou com uma banda de apoio formada por Durval Ferreira (violão), Adriano Giffoni (contrabaixo),Marcio Bahia (bateria), Fernando Merlino (teclados), Ricardo Pontes (sax e flauta) e Jessé Sadoc (trompete),concepção e direção artística de Solange Kafuri, direção musical de Roberto Menescal, pesquisa e textos de HeloisaTapajós, cenários de Ney Madeira e Lídia Kosovski, e projeções de Sílvio Braga.Em 2005, apresentou-se no Songbook Café (RJ). Também nesse ano, esteve no palco do Bar do Tom (RJ), ao ladode Roberto Menescal, Wanda Sá e Carlos Lyra, com o show "Bossa entre amigos". Ainda em 2005, participou dasegunda apresentação do espetáculo "Bossa Nova in Concert", no Parque dos Patins (RJ). Nesse mesmo ano, lançouo CD "Jet-Samba".

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Em 2006, foi contemplado com o prêmio TIM, na categoria Melhor Disco Instrumental, pelo CD Jet-Samba, cujaprodução foi assinada pelo próprio artista.No ano seguinte, após realizar turnê de 20 shows pela Europa, foi o homenageado no mês de junho pelo InstitutoCultural Cravo Albin na série "Sarau da Pedra", projeto realizado com patrocínio da Repsol YPF e apoio dagravadora Biscoito Fino. No evento, foi afixada no Mural da Música do instituto, diante da presença de váriaspersonalidades da cena cultural carioca, uma placa com seu nome, a ele dedicada pela relevância de sua obramusical. Produzida por Heloisa Tapajós e Andrea Noronha, a comemoração contou com palestra do crítico musicalAntonio Carlos Miguel e um show realizado por Kiko Continentino (teclado), Paulo Russo (contrabaixo), MarceloMartins (sax e flauta) e Renato “Massa” Calmon, com músicas de autoria do compositor homenageado, que assumiuo teclado, ao final da apresentação, para interpretar, ao lado de Jorge Vercilo (voz e violão), a canção “Pela ciclovia”,parceria de ambos.Em 2008, participou do espetáculo "Bossa Nova 50 anos", realizado na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro,acompanhado pela cantora Patrícia Alvi. Também no elenco, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Oscar Castro Neves,Wanda Sá, Leila Pinheiro, Emílio Santiago, Zimbo Trio, Leny Andrade, Maria Rita, Fernanda Takai, João Donato,Bossacucanova e Cris Delanno. O show, em comemoração aos 50 anos da bossa nova, e também celebrando oaniversário da cidade do Rio de Janeiro, teve concepção e direção de Solange Kafuri, direção musical de RobertoMenescal e Oscar Castro Neves, pesquisa e textos de Heloisa Tapajós, e apresentação de Miele e Thalma de Freitas.Em 2008, lançou, com João Donato, Carlos Lyra e Roberto Menescal, o CD “Os Bossa Nova”, contendo suascanções “Até o fim” (c/ Carlos Lyra), “Gente” (c/ Paulo Sérgio Valle), “Entardecendo” (c/ João Donato) e “Bossaentre amigos” (c/ Roberto Menescal), além de “Samba do carioca” (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes), “Tereza dapraia” (Tom Jobim e Billy Blanco), “De um jeito diferente” (João Donato e Lysias Ênio), “Sextante” (Carlos Lyra),“Vagamente” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), “A cara do Rio” (Roberto Menescal e João Donato), “Ciúme”(Carlos Lyra), “Balansamba” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), “Até quem sabe” (João Donato e Lysias Ênio) eo meddley “Bewitched, bothered and bewildered” (Richard Rodgers e Lorenz Hart)/”Este seu olhar” (TomJobim)/”Só em teus braços” (Tom Jobim). Participaram também do disco os músicos Jorge Helder (baixo), PauloBraga (bateria), Jessé Sadoc (trompete), Dirceu Leite (sax e flauta), Jaques Morelenbaum (cello) e Carlos Bala(bateria).Lançou, em 2009, ao lado de Celso Fonseca, o CD “Página Central”, contendo 12 inéditas parcerias de ambos: “Vimdizer que sim”, “Faz de conta”, “Azul cristal”, “Vôo livre”, “Ela é aquela”, “Pra tocar assim”, “Encantadas”, “Quaseperto”, “No balanço do meu samba”, “Três da tarde”, “Curvas do tempo” e a faixa-título. O disco contou com aparticipação do Grupo Azymuth, de Jaques Morelenbaum e da cantora Patrícia Alví. No show de lançamento desseCD, realizado no Teatro Tom Jobim, Marcos retomou a colaboração com o grupo Azymuth e, pela primeira vez,apresentou ao vivo o tema "Fittipaldi show", de 1973. Nessa altura, o disco "Estática" (para a Far Out) já estavagravado. Seu lançamento na Inglaterra aconteceu em outubro de 2010, seguido por uma turnê europeia de shows.Em julho de 2011, a EMI brasileira lançou a caixa de CDs "Tudo" onde estão todos os seus discos gravados para aempresa britânica entre 1963 e 1974, incluindo alguns fonogramas inéditos recuperados pelo pesquisador CharlesGavin nos porões da gravadora.

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Discografia• 1963: Samba Demais (Odeon Records)• 1965: O Compositor e o Cantor (Odeon)• 1966: Braziliance (Odeon)• 1968: Samba '68 (Verve)• 1968: Viola Enluarada (Odeon)• 1969: Mustang côr de Sangue (Odeon)• 1970: Marcos Valle (Odeon)• 1971: Garra (Odeon)• 1972: Vento Sul (Odeon)• 1973: Previsão do Tempo (Odeon)• 1974: Marcos Valle (Odeon)• 1980: Vontade de Rever Você (Som Livre)• 1983: Marcos Valle (Som Livre)• 1986: Tempo da Gente (Arca Som)• 1999: Nova Bossa Nova (Far Out Recordings)• 2001: Escape (Far Out)• 2002: Bossa Entre Amigos (with Roberto Menescal and Wanda Sá)(Albatroz)• 2002: Live in Montreal (Rob)• 2003: Contrasts (Far Out)• 2005: Jet Samba (Dubas)• 2008: Conecta ao Vivo No Cinematheque (live)• 2009: Página Central com Celso Fonseca(Biscoito Fino)• 2010: Estática (Far Out)

Trilhas sonoras• Véu de Noiva (Rede Globo, 1969): faixa "Azymuth"• Pigmalião 70 (Rede Globo, 1970): faixa de abertura• O Cafona (Rede Globo, 1971): faixa de abertura• Uma Rosa com Amor (Rede Globo, 1972): faixa "Marionetes"• Selva de Pedra (Rede Globo, 1972): trilha completa• Uau, a companhia! (Rede Globo, 1972): música-tema• Globo Cor Especial (Rede Globo, 1973): música-tema• Os Ossos do Barão (Rede Globo, 1973): trilha completa• O Fabuloso Fittipaldi (Roberto Farias Produções Cinematográficas, 1973): trilha completa• Vila Sésamo (Rede Globo, 1972-4): trilha completa

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Ligações externas• Marcos Valle no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira [2]

• Biografia de Marcos Valle no Cliquemusic [3]

Referências[1] http:/ / www. myspace. com/ marcosvallebrazil[2] http:/ / www. dicionariompb. com. br/ verbete. asp?tabela=T_FORM_A& nome=Marcos+ Valle[3] http:/ / cliquemusic. uol. com. br/ artistas/ marcos-valle. asp

Maysa

Maysa

Informação geral

Nome completo Maysa Figueira Monjardim

Nascimento 6 de junho de 1936

Origem São Paulo ou Rio de Janeiro, Brasil

País Brasil

Data de morte 22 de janeiro de 1977 (40 anos)

Gênero(s) Samba-canção, bossa nova, MPB

Período em atividade 1956-1977

Gravadora(s) RGE (1956-1961, 1962), Continental (1960), Columbia Records (1961), Barclay Records (1963), Elenco(1964), RCA Victor (1966, 1968, 1972), GTA Records (1967), Copacabana Discos (1969), Philips(1970-1971), Som Livre (1971, 1975), Odeon Records (1974)[1]

Afiliação(ões) Elizeth Cardoso, Dolores Duran, Sylvia Telles, Silvio Caldas, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, RobertoMenescal, Frank Sinatra, Cole Porter, Edith Piaf, Billie Holiday[2]

Maysa Figueira Monjardim, mais conhecida como Maysa Matarazzo ou simplesmente Maysa (São Paulo[3][4][5]

ou Rio de Janeiro[6][7][8], 6 de junho de 1936 — Niterói, 22 de janeiro de 1977), foi uma cantora, compositora e atriz brasileira. Ao longo da sua carreira imortalizou uma discografia com mais de 25 títulos. Cristalizou uma das mais

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sensíveis obras da Música Popular Brasileira.

BiografiaSegundo algumas fontes, Maysa teria nascido na capital paulista, de uma tradicional família proveniente do estadodo Espírito Santo, que logo se mudou para o Rio de Janeiro. Outras fontes, porém, afirmam que seu nascimento foimesmo no Rio. Da capital paulista ou do Rio, é certo, no entanto, que em 1947 a família transferiu-se para Bauru, nointerior paulista. Logo depois, mudaram-se novamente para a capital. Mesmo fixada em São Paulo, a família aindamudaria de endereço várias vezes.Maysa era neta do barão de Monjardim, que foi presidente da província do Espírito Santo por cinco vezes. Estudouno tradicional colégio paulistano Assunção, no Ginásio Ofélia Fonseca e no Sacré-Cœur de Marie, em São Paulo.[9]

As férias eram passadas em Vitória, onde reencontrava os tios e primos.Casou-se aos dezessete anos com o empresário André Matarazzo, dezessete anos mais velho, amigo de seus pais, emembro do ramo ítalo-brasileiro da família Matarazzo, de cuja união nasceu Jayme Monjardim Matarazzo, diretor decinema e telenovelas.Desquitou-se do marido em 1957, pois ele se opôs à carreira musical. Maysa teve vários relacionamentos amorosos,entre eles, com o compositor Ronaldo Bôscoli, o empresário espanhol Miguel Azanza, o ator Carlos Alberto, omaestro Julio Medaglia, entre vários outros. Ao assumir o relacionamento com Miguel Azanza em 1963, Maysaestabeleceu residência na Espanha onde morou durante anos com o marido e o filho. Só retornou definitivamente aoBrasil em 1969. Na década de 70, Maysa se aventuraria pelo mundo das telenovelas e do teatro participando deproduções como O Cafona, Bel-Ami e o espetáculo Woyzeck de George Büchner. Em 1977, um trágico acidenteautomobilístico na Ponte Rio-Niterói encerrava a carreira e o brilho da estrela, que foi um dos maiores nomes damúsica popular brasileira.[10]

Últimos MomentosVivendo isolada na casa de praia em Maricá, desde 1972, para onde ia todo o fim de semana, Maysa morreu acaminho da mesma casa de praia em Maricá, enquanto dirigia a “Brasília azul” em alta velocidade, no dia 22 deJaneiro de 1977, por volta das 5 horas da tarde, na Ponte Rio-Niterói. O efeito de anfetaminas somado à ingestãoexcessiva de álcool e ao cansaço físico e psicológico que a cantora vinha sofrendo teriam provocado o fatídicoacidente. Porém, a conclusão dos laudos periciais mostrou que no momento do acidente ela estava completamentesóbria, não havia resquícios de álcool em seu organismo.Em uma de suas últimas anotações, registrou:

Hoje é novembro de 1976, sou viúva, tenho 40 anos

— Maysa[11]

Carreira

Anos 50 e o início da carreiraEm 1956, Maysa foi convidada pelo produtor Roberto Côrte-Real para gravar um disco, durante uma reunião familiar. O álbum Convite para ouvir Maysa (todo preenchido com composições próprias) foi gravado logo após o nascimento de seu único filho Jayme Monjardim. O disco gravado apenas em caráter beneficente (toda sua renda fora destinada ao Hospital do Câncer de Dona Carmen Annes Dias Prudente), logo começou a fazer sucesso, tocando nas rádios paulistas e cariocas. Pouco a pouco, a carreira de Maysa foi adquirindo um caráter profissional, o que descontentou seu marido André Matarazzo e logo levou seu casamento à ruína. Já em 1957 (ainda não desquitada), Maysa era contratada da TV Record paulista, com um programa só seu patrocinado pela Abrasivos Bombril, acabava

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de gravar seu segundo disco, de 10 polegadas, intitulado Maysa.Em 1957, com menos de um ano de carreira, no julgamento anual dos cronistas de Rádio de São Paulo, para aescolha de Os Melhores do Ano de 1956, Maysa foi apontada como 'A maior revelação feminina, O melhorcompositor e O melhor letrista[12]. O Clube dos Cronistas de Discos concedeu-lhe o título de A maior cantora doano. No ano seguinte, foi premiada com o disputado Troféu Roquette Pinto de A melhor cantora de 1958. No anoanterior, ela já havia recebido o mesmo prêmio como cantora revelação de 1957. O jornal O Globo, que em 1957havia conferido a ela o Disco de Ouro de cantora revelação, agora também a premiava como a principal vozfeminina do país. Também seria de Maysa naquele ano o Troféu Chico Viola, para o melhor disco de 1958.[13]

Em 1958 (já desquitada) muda-se para o Rio de Janeiro, então Capital Federal e se torna também contratada da TVRio, com um programa só seu patrocinado pelos Biscoitos Piraquê. Lança seu terceiro disco (agora de 12 polegadas)intitulado Convite para Ouvir Maysa nº 2. O disco foi considerado pela crítica musicalmente irretocável, tornou-secampeão de vendas[12] e lançou a canção Meu Mundo Caiu como o maior sucesso do ano. Até o fim da décadaMaysa seguiria sua carreira acumulando diversos prêmios, vendo a carreira e popularidade, em crescente ascensão.Seus discos eram campeões de vendas e seus programas de televisão eram muito prestigiados. Ainda em 1958 ela setornaria a melhor e mais bem paga cantora do Brasil.[14]

Anos 60Durante os anos 60, Maysa aprimorou constantemente a técnica vocal, registrando em discos de grande qualidadetécnica o auge de sua carreira. A partir de 1960, empreendeu inúmeras excursões pelo mundo, se apresentando emvários países, além de aderir ao movimento da Bossa Nova, com o qual pode expandir referências musicais. Junto aum grupo formado por Roberto Menescal, Luiz Eça, Luiz Carlos Vinhas, Bebeto Castilho, Hélcio Milito e RonaldoBôscoli, foram responsáveis pelo lançamento da Bossa Nova no exterior. Em um histórica turnê à Argentina e oUruguai, em 1961. Maysa teve uma intensa carreira internacional. Em 1960, tornou-se a primeira cantora brasileira ase apresentar no Japão, a convite da companhia área brasileira Real Aerovias, que acabara de estrear o voo Rio deJaneiro - Tóquio. Excursionou pela América Latina, passando diversas vezes por Buenos Aires, Montevidéu, Puntadel Leste, Lima, Caracas, Bogotá, Porto Rico e Cidade do México. Apresentou-se em Paris, Lisboa, Madri, NovaIorque, Itália, Marrocos e Angola. Lá, se apresentava em casas noturnas e gravava discos. Entre 1960 e 1961 realizoutemporada nos Estados Unidos, gravando o lendário álbum Maysa Sings Songs Before Dawn pela Columbia Recordsnorte-americana. Lá, também se apresentou no sofisticado Blue Angel Night Club, a mais requintada casa noturna deNova Iorque, à época.Ainda em 1963, empreendeu um histórico concerto no Olympia de Paris, naquela que é a mais famosa casa deespetáculos da capital francesa. Em 1966 participou do II Festival da Música Popular Brasileira da TV Record,classificando para a finalíssima a canção Amor-Paz de sua autoria, com a compositora Vera Brasil, juntamente comDisparada, com Jair Rodrigues e A Banda, com Chico Buarque e Nara Leão. No mesmo ano, Maysa tambémparticipou da primeira edição Festival Internacional da Canção. Neste último alcançou o terceiro lugar na fasenacional e o prêmio de melhor intérprete brasileira do festival, defendendo a canção Dia das Rosas de Luiz Bonfá eMaria Helena Toledo. Desbancando totalmente a vencedora Saveiros, interpretada por uma então novata: NanaCaymmi.Retornou definitivamente ao Brasil em 1969. Neste ano, estreou Maysa Especial com Ítalo Rossi na TV Tupi cariocae o espetáculo A Maysa de Hoje, gravado em disco, com temporadas no Canecão do Rio de Janeiro e no Urso Brancode São Paulo, obtendo sucesso de crítica e público. Pouco tempo depois, participou como jurada do V Festival daMúsica Popular Brasileira da TV Record. E do IV Festival Internacional da Canção, com a música Ave-Maria dosRetirantes, de Alcyvando Luz e Carlos Coqueijo, que não se classificou para a final. Naquela edição, o Troféu Galode Ouro (premiação máxima do festival), ganhou o nome de Maysa Monjardim[15].

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Anos 70Em 1970, Maysa lança pela Philips o álbum Ando Só numa Multidão de Amores, que não obteve sucesso de público.Maysa passou então a investir na carreira de atriz e já em 1971 estreou na telenovela O Cafona da Rede Globo,interpretando Simone, seu alter-ego. Por esse papel, Maysa acabou ganhando o prêmio de Coadjuvante de Ouro. Nomesmo ano, integrou o elenco da telenovela Bel-Ami da TV Tupi, interpretando Márica, mas abandonou a produção.Ela ainda montaria o espetáculo teatral Woyzeck de George Büchner, sem sucesso.Após algumas temporadas em boates do Rio de Janeiro e São Paulo, desde o fim de 1972, Maysa se afasta do meioartístico e vai morar em uma casa de praia, localizada no município de Maricá, litoral fluminense. Lá, Maysa morouaté o fim da vida, na maior parte em companhia do namorado, o ator Carlos Alberto. Durante este período, quase nãogravou discos nem fez shows, fazia poucas aparições na mídia e reservava suas aparições a participações especiais,como no Fantástico e no Brasil Especial, da TV Globo.Realizou alguns dos últimos shows de sua carreira, na boate Igrejinha, localizada em São Paulo, em 1975. Atemporada, pouco tempo depois, ficaria marcada como “a turnê do adeus”. Até ali já havia feito inúmeras temporadasde grande sucesso em diversas casas noturnas de São Paulo como a Cave, o Oásis, Urso Branco, Di Mônaco eIgrejinha. E do Rio de Janeiro como o Club 36, Au Bon gourmet, Meia-Noite do Hotel Copacabana Palace, Canecão,Flag, Sucata, Fossa e Number One, dentre outras casas tradicionais e famosas.[16]

Estilo MusicalAs composições e as canções foram escolhidas de maneira a formar um repertório sob medida para o seu timbre, quenão era o de uma voz vulgar, pelo contrário, possuía um viés melancólico e triste, que se tornou emblemático dogênero fossa ou samba-canção. Ao lado de Maysa, destacam-se Nora Ney, Ângela Maria e Dolores Duran. O gênero,comparado ao bolero, pela exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foichamado também de dor-de-cotovelo. O samba-canção (surgido na década de 1930) antecedeu o movimento dabossa nova (surgido ao final da década de 1950, em 1958), com o qual Maysa também se identificou. Mas esteúltimo representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e dasmelodias ressentidas, da dor-de-cotovelo. O legado de Maysa, ainda que aponte para dívidas históricas com a bossa,é o de uma cantora de voz mais arrastada do que as intérpretes da bossa e por isso aproxima-se antes do bolero.Contemporânea da compositora e cantora Dolores Duran, Maysa compôs 30 canções, numa época em que haviapoucas mulheres nessa atividade. Maysa interpretava de maneira muito singular, personalista, com toda a voz,sentimento e expressão, sendo um dos maiores nomes da canção intimista. Um canto gutural, ensejando momentosde solidão e de grande expressão afetiva. Um dos momentos antológicos desta caracterização dramática foi aapresentação, em 1974, de Chão de Estrelas (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa), e de Ne Me Quitte Pas (10 de junhode 1976), tendo sido apresentadas em duas edições do programa Fantástico da Rede Globo.Todo este característico Estilo Maysa, influenciou ao menos meia dúzia de sua geração, e principalmente a geraçãoposterior a sua. Este Estilo Maysa se tornou notável em cantores e compositores, como: Ângela Rô Rô, LeilaPinheiro, Fafá de Belém, Simone e também Cazuza e Renato Russo.Celebrizaram-se as canções: Ouça, Meu Mundo Caiu, Tarde Triste, Resposta, Adeus, Felicidade Infeliz, Diplomaciae O Que? (todas de sua autoria) e mais: Ne Me Quitte Pas, Chão de Estrelas, Dindi, Por Causa de Você, Se TodosFossem Iguais a Você, Eu Sei Que Vou Te Amar, Franqueza, Eu Não Existo Sem Você, Suas Mãos, Bouquet deIzabel, Bronzes e Cristais, Bom Dia Tristeza, Noite de Paz, Castigo, Fim de Caso, O Barquinho, Fim de Noite,Meditação, Alguém me Disse, Cantiga de Quem Está Só, A Felicidade, Manhã de Carnaval, Hino ao Amor(L'Hymne a L'Amour), Demais, Preciso Aprender a Ser Só, Canto de Ossanha, Tristeza, As Mesmas Histórias, Diadas Rosas, Se Você Pensa, Pra Quem Não Quiser Ouvir Meu Canto, Light My Fire, Chuvas de Verão, Bonita, AsPraias Desertas, Bloco da Solidão, Tema de Simone e Morrer de Amor.[17]

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DiscografiaÁlbuns de estúdio

• Convite para Ouvir Maysa (1956)• Maysa (1957)• Convite para Ouvir Maysa nº 2 (1958)• Convite para Ouvir Maysa nº 3 (1958)• Convite para Ouvir Maysa nº 4 (1959)• Maysa É Maysa... É Maysa... É Maysa (1959)• Voltei (1960)• Maysa Canta Sucessos (1960)• Maysa Sings Songs Before Dawn (1961)• Maysa, Amor... e Maysa (1961)• Barquinho (1961)• Canção do Amor mais Triste (1962)• Maysa (1966)• Maysa (1969)• Ando Só numa Multidão de Amores (1970)• Maysa (1974)Álbuns ao vivo

• Maysa (1964)• Canecão Apresenta Maysa (1969)

Televisão• O Cafona...Simone (1971)• Bel-Ami...Márica (1971)

Teatro• Woyzeck...Maria (1971)[1] [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ maysa/ discografia)] Título não preenchido, favor

adicionar].[2] [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ maysa/ dados-artisticos)] Título não preenchido, favor

adicionar].[3] Coleção Folha Bossa Nova (http:/ / bossanova. folha. com. br/ autores-16-biografia. html).[4] Maysa (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ maysa). Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.[5] Zuza Homem de Mello. Enciclopédia da Música Brasileira. São Paulo: Publifolha, 2000.[6] Maysa: Só numa Multidão de Amores. [S.l.: s.n.]. ISBN 978-85-250-4303-0[7] Entrevista de Larissa Maciel à RBS (http:/ / www. clicrbs. com. br/ blog/ jsp/ default. jsp?source=DYNAMIC,blog.

BlogDataServer,getBlog& uf=1& local=1& template=3948. dwt& section=Blogs& post=135719& blog=378& coldir=1& topo=3994. dwt).[8] *VÁRIOS. Grande Enciclopédia Larousse Cultural. Santana do Parnaíba: Plural, 1998, p. 3881. ISBN 85-13-00770-6. A enciclopédia

Larousse dá o nascimento de Maysa como no Espírito Santo[9] 50 Anos De Bossa Nova: Maysa (Vol.16) (http:/ / publifolha. folha. com. br/ catalogo/ livros/ 146709/ ).[10] [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ maysa)] Título não preenchido, favor adicionar].[11] Biografia de Maysa vasculha diários íntimos 30 anos após sua morte (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ ilustrada/ ult90u487027.

shtml). Folha Online.[12] [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / bravonline. abril. com. br/ conteudo/ assunto/ assuntos_415316. shtml)] Título não

preenchido, favor adicionar].[13] [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / oglobo. globo. com/ cultura/ mat/ 2007/ 03/ 13/ 294914571. asp)] Título não

preenchido, favor adicionar].

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[14] [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ ilustrada/ ult90u491450. shtml)] Título nãopreenchido, favor adicionar].

[15] [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / veja. abril. com. br/ noticia/ variedade/maysa-polemicas-sucesso-acervo-digital-veja-412961. shtml)] Título não preenchido, favor adicionar].

[16] [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / www. millarch. org/ audio/ maysa-monjardim)] Título não preenchido, favoradicionar].

[17] [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / www. millarch. org/ artigo/ maysa-ouç)] Título não preenchido, favor adicionar].

Bibliografia• NETO, Lira - Maysa só numa multidão de amores - Editora Globo - 432 páginas - 2007 - ISBN 978-85-250-4303-0

Ligações externas• Revista Veja - A nação das cantoras (http:/ / veja. abril. com. br/ 110407/ p_120. shtml)• Maysa, da cantora sensível à mulher transgressora (http:/ / www. estadao. com. br/ arquivo/ arteelazer/ 2007/

not20070418p1189. htm)• Trecho da biografia de Maysa, por Lira Neto (http:/ / www. estadao. com. br/ arquivo/ arteelazer/ 2007/

not20070418p1190. htm)• MAYSA: um oceano de talento e contradições (http:/ / www. verdestrigos. org/ sitenovo/ site/ cronica_ver.

asp?id=1346)• Site da minissérie produzida pela TV Globo (http:/ / maysa. globo. com)• Blogue dedicado a vida e obra da cantora. (http:/ / www. maysamonjardimoficial. blogspot. com/ )

Miúcha

Miúcha

Miúcha em 2011, na reinauguração daBiblioteca Mário de Andrade, em São Paulo.

Informação geral

Nome completo Heloísa Maria Buarque de Hollanda

Nascimento 30 de novembro de 1937 (75 )

Origem Rio de Janeiro, RJ

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País Brasil

Gênero(s) Bossa nova, samba, MPB

Instrumento(s) voz

Período em atividade 1975–presente

Heloísa Maria Buarque de Hollanda (Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1937), mais conhecida como Miúcha, éuma cantora e compositora brasileira.Miúcha é filha de Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), historiador e jornalista brasileiro, e de Maria AméliaCesário Alvim (1910-2010), pintora e pianista. É também irmã do cantor e compositor Chico Buarque e das tambémcantoras Ana de Hollanda e Cristina Buarque. É mãe da cantora Bebel Gilberto, fruto de seu casamento (já desfeito)com o compositor João Gilberto.

BiografiaHeloisa Maria Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro em 30 de novembro de 1937, mas sua famíliamudou-se para São Paulo quando ela tinha apenas 8 anos.[carece de fontes?] Ainda criança formou um conjunto vocalcom seus irmãos, incluindo Chico Buarque[1].Em 1960, mudou-se para Paris onde estudou História da Arte na École du Louvre. Em viagem de férias fez umaexcursão com amigos para a Grécia, Itália e França. Em Roma, no bar La Candelária, conheceu a cantora chilenaVioleta Parra, através de quem conheceu o cantor baiano João Gilberto, tendo com ele se casado e tendo uma filha,também cantora, Bebel Gilberto[1].Em 1975 fez sua primeira gravação profissional como cantora no disco The Best of Two Worlds de parceria de JoãoGilberto e Stan Getz. Após este lançamento, Miúcha tornou-se parceira de Tom Jobim em dois discos, de 1977 e1979, e fez parte do espetáculo organizado por Aloysio de Oliveira junto com Vinicius de Moraes, Tom Jobim eToquinho. O espetáculo ficou em cartaz durante um ano no Canecão, Rio de Janeiro, seguiu para apresentaçõesinternacionais na América do Sul e na Europa, e deu origem a gravação Tom, Vinícius, Toquinho e Miúcha gravadoao vivo no Canecão (RCA Victor, 1977)[2].

Discografia• Miúcha & Antônio Carlos Jobim (1977) RCA Victor LP• Tom/Vinicius/Toquinho/Miúcha' - Gravado ao vivo no Canecão (1977) Som Livre LP, CD• Os Saltimbancos (1977) Phonogram/Philips Records LP, CD• Miúcha & Tom Jobim (1979) RCA Victor LP• Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Toquinho e Miúcha - Musicalmente ao vivo na Itália (1979)• Miúcha (1980) RCA Victor LP• Miúcha' (1989) Warner/Continental LP• Vivendo Vinicius ao vivo Baden Powell, Carlos Lyra, Miúcha e Toquinho (1999) BMG Brasil CD• Rosa amarela (1999) BMG Brasil CD• Miúcha.compositores (2002) Biscoito Fino CD• Miúcha canta Vinicius & Vinicius - Música e letra (2003) Biscoito Fino CD•• Miúcha Outros Sonhos (2007) Biscoito Fino• Miúcha com Vinícius/Tom/João(2008) Sony & BMG[1] Albin, Cravo, "Miúcha" (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ miucha/ biografia), Dicionário da Música Popular Brasileira, .[2] Albin, Cravo, "Miúcha" (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ miucha/ dados-artisticos), Dicionário de Música Popular Brasileira, .

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Nara Leão 82

Nara Leão

Nara Leão

Informação geral

Nome completo Nara Lofego Leão Diegues

Nascimento 19 de janeiro de 1942

Origem Vitória, Espírito Santo

País Brasil

Data de morte 7 de junho de 1989 (47 anos)

Gênero(s) Bossa-novaMPB

Instrumento(s) voz

Período em atividade 1964 - 1989

Nara Lofego Leão Diegues (Vitória, 19 de janeiro de 1942 — Rio de Janeiro, 7 de junho de 1989) foi uma cantorabrasileira.

HistóriaFilha caçula do casal capixaba Jairo Leão e Altina Lofego (em italiano Lofiego), descendente de imigrantes daBasilicata que imigraram para o Espírito Santo no século XIX (famílias D'Amico e Lofiego), Nara nasceu em Vitóriae mudou-se para a Cidade do Rio de Janeiro quando tinha apenas um ano de idade, com os pais e a irmã, a jornalistaDanuza Leão. Durante a infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante dogrupo "Os Oito Batutas" de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyrae Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na rua Sá Ferreira, em Copacabana. Mais tarde, Naratornou-se professora da academia.

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Musa da Bossa NovaA Bossa Nova nasceu em reuniões no apartamento dos pais da cantora, em Copacabana, das quais participavamnomes que seriam consagrados no gênero, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Sérgio Mendes e seu entãonamorado, Ronaldo Bôscoli. No fim dos anos 1950, Nara foi repórter do jornal "Última Hora", onde Bôscoli tambémtrabalhava, e que pertencia a Samuel Wainer, casado com a irmã de Nara, Danuza Leão. O namoro com Bôscoliterminou quando ele a traiu e iniciou um caso com a cantora Maysa, durante uma turnê em Buenos Aires, em 1961.Daí em diante, Nara se reaproxima de Carlos Lyra, que rompeu a parceria musical com Bôscoli em 1960, e de ideiasmais à esquerda. Inicia um namoro com o cineasta Ruy Guerra e se casa com ele um tempo depois. Nessa épocapassa a se interessar pelo samba de morro.A estreia profissional se deu quando da participação, ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédiaPobre Menina Rica (1963). O título de musa da Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto. Mas aconsagração efetiva ocorre após o movimento militar de 1964, com a apresentação do espetáculo Opinião, ao lado deJoão do Vale e Zé Keti, um espetáculo de crítica social à dura repressão imposta pelo regime militar. MariaBethânia, por sua vez, a substituiria no ano seguinte, interpretando Carcará, pois Nara precisara se afastar por estarafônica. Nota-se que Nara Leão vai mudando suas preferências musicais ao longo dos anos 1960. De musa da BossaNova, passa a ser cantora de protesto e simpatizante das atividades dos Centros Populares de Cultura da UNE.Embora os CPCs já tivessem sido extintos pela ditadura, em 1964, o espetáculo Opinião tem forte influência doespírito cepecista. Em 1966, interpretou a canção A Banda, de Chico Buarque no Festival de Música PopularBrasileira (TV Record), que ganhou o festival e público brasileiro.Dentre as suas interpretações mais conhecidas, destacam-se O barquinho, A Banda e Com Açúcar e com Afeto --feita a seu pedido por Chico Buarque, cantor e compositor a quem homenagearia nesse disco homônimo, lançado em1980.

TropicalismoNara também aderiu ao movimento tropicalista, tendo participado do disco-manifesto do movimento - Tropicália ouPanis et Circensis, lançado pela Philips em 1968 e disponível hoje em CD.

Vida pessoalJá separada alguns anos do marido Ruy, de quem não teve filhos, Nara casa-se novamente, dessa vez com o cineastaCacá Diegues, com quem teve dois filhos: Isabel e Francisco. No fim dos anos 1960, se muda para a Europa com omarido, permanecendo lá por dois anos, tendo morado na França, na cidade de Paris, onde nasceu Isabel, primeirafilha do casal.No começo dos anos 1970, ela volta para o Brasil grávida e nasce na Cidade do Rio de Janeiro o segundo filho docasal, Francisco. Nessa época, decide estudar psicologia na PUC-RJ. De fato, Nara planejava abandonar a músicamas não chegou a deixar a profissão de cantora, apenas diminuindo o ritmo de trabalho e modificando o estilo dosespetáculos, pois era muito cansativa a vida de uma cantora.

MorteNara Leão morreu na manhã de 7 de junho de 1989, vítima de um tumor cerebral inoperável, aos 47 anos de idade.Nara já sabia do tumor, e sofria com o problema havia 10 anos. O tumor estava numa área delicada do cérebro, porisso não podia ser operado. A cantora sentia fortes dores e tonturas, sendo isso também um contribuinte para Naratentar largar a carreira musical. Seu último disco foi My foolish heart, lançado naquele mesmo ano, interpretandoversões de clássicos americanos.

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Após a morteEm 2002, seus discos lançados anteriormente em LPs foram relançados em duas caixas separadas - uma com operíodo 1964-1975 e a outra 1977-1989 - trazendo também faixas-bônus e um livreto sobre sua biografia. Mesmodepois de ter morrido há anos, suas músicas ainda eram sucesso, como até hoje são.Em 2007, a cantora Fernanda Takai gravou o disco Onde Brilhem os Olhos Seus, onde interpreta canções típicas dorepertório de Nara Leão, fazendo assim uma homenagem. Em janeiro de 2012, seu acervo de fotografias, músicas edocumentos foi digitalizado e aberto para consulta.[1]

Discografia1964 - Nara1964 - Opinião de Nara1965 - O Canto Livre de Nara1965 - Cinco na Bossa1965 - Show Opinião1966 - Nara Pede Passagem1966 - Manhã de Liberdade1966 - Liberdade, Liberdade1967 - Nara1967 - Vento de Maio1968 - Nara Leão1969 - Coisas do Mundo1971 - Dez Anos Depois1972 - Quando o Carnaval Chegar1974 - Meu Primeiro Amor1977 - Meus Amigos São Um Barato1978 - Debaixo Dos Caracóis Dos Seus Cabelos1979 - Nara Canta en Castellano1980 - Com Açúcar, Com Afeto1981 - Romance Popular1982 - Nasci Para Bailar1983 - Meu Samba Encabulado1984 - Abraços E Beijinhos e Carinhos Sem Ter Fim… Nara1985 - Nara e Menescal - Um Cantinho, Um Violão1986 - Garota de Ipanema1987 - Meus Sonhos Dourados1989 - My Foolish Heart

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Ligações externas• Revista Veja - A nação das cantoras [2]

• Site MPBnet- Nara Leão [2]

• Site Morro do Moreno- "Família Lofiego" [3]

• Site Morro do Moreno- "Árvore Genealógica Rosa D'Amico e Francesco Lofiego" [4]

• Acervo digital de Nara Leão [5]

Referências[1] CASALETTI, Danilo. O acervo digital de Nara Leão (http:/ / www. advivo. com. br/ node/ 745977). Página visitada em 12 de janeiro de

2012.[2] http:/ / www. mpbnet. com. br/ musicos/ nara. leao/[3] http:/ / www. morrodomoreno. com. br/ materias/ familia-lofiego-ou-lofego. html[4] http:/ / www. morrodomoreno. com. br/ materias/ arvore-genealogica. html[5] http:/ / naraleao. com. br

Newton MendonçaNewton Ferreira de Mendonça (Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 1927 — Rio de Janeiro, 22 de novembro de1960) foi um pianista, compositor, violinista e gaitista brasileiro.Newton Mendonça foi um dos mais importantes letristas da bossa nova. Seu modo de escrever, usando substantivosaté então raramente usados em letras de músicas brasileiras, e um modo carinhoso com que se referia à mulher, aocontrário do machismo frequentemente encontrado nas letras, foi fundamental para chamar a atençao das pessoaspara a Bossa Nova. Especialmente os jovens. Injustiçado historicamente, Newton Mendonça foi um dos grandesresponsáveis pelo início da bossa nova.Viveu entre 1933 a 1939 em Porto Alegre, onde estudou violino, e Aquidauana (MS). Aos 13 anos, iniciou seusestudos de piano clássico.Em 1942 se juntou ao seu amigo de infância, Antônio Carlos Jobim, com quem compôs várias canções que viriam ase tornar clássicos da Bossa Nova.Boêmio, passou a maior parte das noites dos anos 50 tocando piano em boates de Copacabana.O primeiro sucesso surgiu com "Foi a Noite", considerado por muitos especialistas como o início da bossa nova.O grande sucesso aconteceu dois anos depois, quando João Gilberto gravou "Desafinado" e "Samba de Uma NotaSó". Seguiram-se "Meditação", "Caminhos Cruzados", "Discussão" e "Só Saudade".Aos 33 anos, teve um enfarte fulminante, falecendo sem colher os frutos de sua parceria com Tom Jobim.

Discografia•• Em cada amor uma canção•• Caminhos cruzados.

Bibliografia•• Câmara, Marcelo, Mello, Jorge e Guimarães, Rogério: Caminhos cruzados - A vida e a música de Newton

Mendonça. Rio de Janeiro: Editora Mauad, 2001.

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Os Cariocas

Os Cariocas

Informação geral

Origem Rio de Janeiro

País Brasil

Gênero(s) MPB

Período ematividade

1942-presente

Gravadora(s) Continental, Sinter, RCA Victor, Columbia, Mocambo, Philips, Som Livre, WEA, Vitoria-Regia Music, ParadoxxMusic, Albatroz, Columbia Sony Music, Guanabara

Integrantes

Severino Filho, Eloi Vicente, Neil Carlos Teixeira, Fabio Luna

Ex-integrantes

Ismael Neto, Ari Mesquita, Salvador, Tarquínio, Badeco, Waldir Viviani, Quartera, Luiz Roberto, Edson Bastos e Hernane Castro

Figurando entre os mais antigos do Brasil, Os Cariocas é um conjunto vocal, criado por Ismael Neto em 1942, cujorepertório é a música popular brasileira (MPB).

HistóricoCantavam em festinhas da vizinhança no bairro da Tijuca, quando participaram do programa de calouros PapelCarbono, de Renato Murce, pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, vindo a obter o segundo lugar. Em novastentativas no programa, obtiveram a primeira colocação por duas vezes seguidas. Em 1946, um teste na RádioNacional—realizado na presença de Haroldo Barbosa, Paulo Tapajós e Radamés Gnattali, regente da orquestra daemissora—inclui o conjunto em um programa musical chamado Um milhão de melodias. Participaram dosprogramas Canção romântica e Quando canta o Brasil. Tiveram participação nos programas de auditório de Césarde Alencar, Manoel Barcelos e Paulo Gracindo. O grupo sobressaiu-se pela mistura de polifonia e efeitos rítmicos,que era diferente da dos conjuntos de sucesso na época, tais como Bando da Lua (acompanhavam CarmemMiranda), Os Anjos do Inferno e os Quatro Ases e um Coringa, que passaram a cantar em quatro ou cinco vozes.Os componentes do conjunto eram Ismael Neto; Severino Filho; Emanuel Furtado, o Badeco; Waldir Viviani; eJorge Quartarone, o Quartera. Sua primeira gravação foi um disco de 78 rpm, pela gravadora Continental, com asmúsicas Adeus América (Haroldo Barbosa/Geraldo Jaques) e Nova ilusão (José Menezes/Luís Bittencourt). Em1950, gravaram a música Valsa de uma cidade (Ismael Neto/Antônio Maria). Junto com a cantora Marlene,gravaram Qui nem jiló e Macapá, ambas compostas por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.O conjunto foi contratado pela RCA Victor, gravando as canções Podem falar (Ismael Neto/Antônio Maria) e Oúltimo beijo (Ismael Neto/Nestor de Holanda). Esta gravação foi usada como prefixo do programa de TV - Discosimpossíveis de Flávio Cavalcanti. Canções juninas, como Baile na roça (Ismael Neto) e Pula fogueira(HaroldoLobo/Mílton Oliveira), figuravam entre as diversas gravadas.Em 1956, morre, prematuramente, Ismael Neto, e Severino Filho convida sua irmã Hortênsia Silva para fazer a voz de falsete. O disco Os Cariocas a Ismael Neto, pela gravadora Columbia, foi uma homenagem do grupo a seu fundador. Na gravadora Continental, foram levados a gravar Born too late, Chá-chá-chá baiano e Always and forever -- músicas que não pertenciam ao estilo do conjunto. Num dos lados desses 78 rpm, colocaram a música Chega de saudade (Tom Jobim/Vinícius de Moraes), com João Gilberto ao violão. Foi com esta melodia que Os

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Cariocas fizeram sua entrada definitiva na Bossa Nova. Em 1962, participaram do show "O encontro", na boatecarioca Au Bon Gourmet, ao lado de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Gilberto, os músicos Milton Banana(bateria) e Otávio Bailly (baixo). As músicas mais simbólicas da Bossa Nova foram apresentadas, entre elas: Sambado avião, Samba de uma nota só, Corcovado, Garota de Ipanema e outras.Atuaram por diversas vezes no programa de TV, O Fino da Bossa, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues,pela TV Record - Canal 7, de São Paulo.Excursionaram pela Argentina, Porto Rico, Estados Unidos e México em 1965. Fizeram shows em Nova Iorque eWashington, no anfiteatro Carter Barron, tendo a participação de Astrud Gilberto e Paul Anka. Em Nova Iorque,apresentaram-se no programa de TV , To-night Show, comandado por Johnny Carson, na rede NBC. Gravaramquatro programas para o canal 11 de Buenos Aires.Por divergências com o maestro Severino Filho, o conjunto ficou separado por vinte e um anos, com cada integrantecuidando de sua vida particular. A música do grupo continuou a ser divulgada pelas emissoras de rádio. Em 1987, opianista Alberto Chineli convidou para ouvir o arranjo feito para a música Da cor do pecado, de Bororó. SeverinoFilho, entusiasmado, fez o arranjo vocal e chamou os integrantes do conjunto para voltarem aos palcos e aos discos.Dos conjuntos vocais atuais, o MPB-4 é o que mais se assemelha a Os Cariocas, em termos de estilo.

Fatos• 1988 - A prefeitura do Rio de Janeiro, convida para participar do movimento pelo "Não" à emancipação da Barra

da Tijuca, cantando A Barra é carioca, ela é carioca, satirizando Ela é carioca (Tom Jobim/Vinícius de Moraes).• 1990 - Foi agraciado com o prêmio Sharp pelo lançamento do disco A minha namorada - gravadora Som Livre.No Memorial da América Latina, em São Paulo, é acompanhado pela Orquestra Jazz Sinfônica da UniversidadeLivre de Música. Centro Cultural Banco do Brasil - participou no espetáculo em homenagem a Vinícius de Moraes.• 1992 - Recebeu o prêmio Sharp, com o disco Reconquistar. Foi lançado, inclusive, nos Estados Unidos.• 1993 - Sala Cecília Meireles, Rio de Janeiro - foram acompanhados pela orquestra brasileira Luiz Eça - direção de

Marino Boffa.• 1996 - Espetáculo de inauguração do teatro Tom Jobim na embaixada brasileira em Assunção, Paraguai.• 1998 - Espetáculo em Miami, junto com Leny Andrade, Roberto Menescal e Wanda Sá. Ainda no mesmo ano,

participou da gravação do compact disc Crooner, a convite de Milton Nascimento.• 1999 - Turnê por todo o Brasil com o espetáculo Rio, gosto de você.• 2004 - Bossa Nova in Concert - espetáculo realizado no Canecão, do Rio de Janeiro, com as participações de

Johnny Alf, João Donato, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Wanda Sá, Lenny Andrade, Pery Ribeiro, DurvalFerreira, Eliane Elias, Marcos Valle e Bossacucanova.

Formações•• Primeira formação - Ismael Neto, Severino Filho, Emmanoel Furtado ("Badeco"), Jorge Quartarone ("Quartera")

e Waldir Viviani.•• Segunda formação - Hortênsia Silva, Severino Filho, "Badeco", "Quartera" e Waldir Viviani.•• Terceira formação - Severino Filho, "Badeco", "Quartera" e Waldir Viviani.•• Quarta formação - Severino Filho, "Badeco", "Quartera" e Luís Roberto.•• Quinta formação - Severino Filho, "Badeco", "Quartera" e Edson Bastos.•• Sexta formação - Severino Filho, "Badeco", "Quartera" e Eloi Vicente.•• Sétima formação - Severino Filho, Neil Carlos Teixeira, "Quartera" e Eloi Vicente.•• Oitava formação - Severino Filho, Hernane Castro, Neil Carlos Teixeira e Eloi Vicente.•• Nona formação - Severino Filho, Eloi Vicente, Neil Carlos Teixeira e Fabio Luna

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Discografia• 1948 - Os Cariocas• 1949 - Os Cariocas (3 gravações)• 1949 - Os Cariocas e Marlene• 1950 - Os Cariocas com a orquestra de Lyrio Panicali• 1950 - Os Cariocas (2 gravações)• 1951 - Os Cariocas (3 gravações)• 1952 - Os Cariocas (7 gravações)• 1952 - Os Cariocas com Luiz Gonzaga• 1952 - Bob Nelson e Os Cariocas• 1953 - Os Cariocas (3 gravações)• 1953 - Heleninha Costa e Os Cariocas• 1954 - Os Cariocas• 1954 - Sinfonia do Rio de Janeiro• 1955 - Os Cariocas• 1956 - Os Cariocas (3 gravações)• 1957 - Os Cariocas (7 gravações)• 1957 - Os Cariocas e Ismael Neto• 1958 - O melhor de ... Os Cariocas• 1960 - Tom Jobim e Billy Blanco• 1960 - Os Cariocas (2 gravações)• 1961 - Os Cariocas (compacto duplo)• 1961 - Os Cariocas (2 gravações)• 1962 - Os Cariocas (3 gravações)• 1962 - A Bossa dos Cariocas• 1962 - A Bossa dos Cariocas• 1963 - Mais Bossa com Os Cariocas• 1964 - A grande bossa dos Cariocas• 1965 - Os Cariocas (coletânea)• 1965 - Os Cariocas de quatrocentas Bossas• 1966 - Arte & Vozes• 1966 - Passaporte• 1975 - Os Cariocas (coletânea)• 1979 - A arte de Os Cariocas (coletânea)• 1988 - O melhor de Os Cariocas (coletânea)• 1990 - Minha namorada• 1991 - Reconquistar• 1994 - Os Cariocas - Mestres da MPB (coletânea)• 1997 - Tim Maia & Os Cariocas - Amigo do Rei• 1997 - A Bossa Brasileira• 1998 - Os Clássicos Carioca• 1998 - Os Cariocas - Os grandes da MPB (coletânea)• 1999 - Crooner• 2003 - Os Cariocas Com Bossa• 2004 - Bossa Cariocas• 2010 - Nossa Alma Canta

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Os Cariocas 89

Participações especiais• 1959 - Orquestra Pan American - Samba internacional• 1960 - Orquestra Pan American - Star dust• 1962 - Metais e vozes em festival - orquestra e coral de Severino Filho• 1966 - A quem possa interessar• 1978 - O Fino ... - Os grandes momentos• 1989 - Cidadão - Moraes Moreira• 1990 - Bossa Nova Wonderland• 1991 - Noel Rosa - songbook• 1991 - Rio Show Festival - A noite da Bossa Nova• 1992 - Vinícius de Moraes - volumes 2 e 3 - songbook• 1993 - Dorival Caymmi - volume 3 - songbook Luminar• 1994 - Carlos Lyra - songbook• 1995 - Ary Barroso - volume 2 - songbook• 1996 - Bossa Nova - O amor, o sorriso e a flor - 3 volumes• 1996 - Tom Jobim - volume 2 - songbook Luminar• 1997 - Casa da Bossa• 1999 - João Donato - volume 3 - songbook• 2004 - Hino do Fome Zero (Roberto Menescal/Abel Silva) participo ao lado de Gilberto Gil e outros cantores.

Referências• Site Oficial Os Cariocas [1]

• Os Cariocas [2]

• Os Cariocas no Dicionário da Música Popular Brasileira [3]

Este artigo sobre uma banda ou grupo musical, integrado ao Projeto Música, é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia Cariocasexpandindo-o [4].

Referências[1] http:/ / www. oscariocas. com. br[2] http:/ / www. luciaverissimo. com. br/ oscariocas/ biografia. htm[3] http:/ / www. dicionariompb. com. br/ detalhe. asp?nome=Os+ Cariocas& tabela=T_FORM_E& qdetalhe=his[4] http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ :Os

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Oscar Castro-Neves 90

Oscar Castro-NevesOscar Castro Neves (Rio de Janeiro, 15 de maio de 1940) ou, como é conhecido internacionalmente, OscarCastro-Neves, é um cantor, instrumentista, arranjador, compositor, produtor musical e diretor musical brasileiro.Como Antônio Carlos Jobim e João Gilberto, Oscar Castro-Neves surgiu no início dos anos de 1960 e é consideradopor muitos uma das figuras que ajudaram a estabelecer o movimento da bossa nova no mercado internacional,principalmente nos EUA.

BiografiaNasceu gêmeo de mais dois irmãos e cresceu no Rio de Janeiro. O seu primeiro instrumento foi um cavaquinho,enquanto o seu primeiro grupo musical foi uma parceria com seus irmãos: o pianista, Mário; o baixista, Iko; e obaterista, Léo. Seu primeiro sucesso foi com "Chora Tua Tristesa," aos 16 anos de idade.Em 1962, apresentou-se em um concerto internacional de bossa nova no Carnegie Hall, em Nova Iorque; em seguidainiciou uma turnê junto a Stan Getz e Sérgio Mendes. Ele continuou trabalhando com diversos músicos bemconceituados; entre eles: Yo-Yo Ma, Michael Jackson, Barbra Streisand, Stevie Wonder, João Gilberto, LeeRitenour, Airto Moreira, Toots Thielemans, John Klemmer e Diane Schuur, entre muitos outros.Nos anos de 1970 e no início de 1980, participou do conjunto musical de Paul Winter. Por sete anos, Oscar dirigiuum programa de músicas brasileiras no Hollywood Bowl. Com uma audiência que superava 14 mil pessoas, oprograma homenageava grandes nomes da fusão "jazz-Bossa" e era televisionado globalmente.Atualmente vive em Los Angeles, na California, aonde trabalha como orquestrador de trilha-sonora delonga-metragens, e inclui em seu curriculum filmes como Blame It on Rio e Sister Act 2: Back in the Habit(Mudança de Hábito 2, no Brasil) [1],[2].

Discografia• All One (2006)• Playful Heart (2003)• Brazilian Days (com Paul Winter) (1998)• The John Klemmer and Oscar Castro-Neves Duo (1997)• Tropical Heart (1993)• More than Yesterday (com: Teo Lima) (1991)• Maracujá (1989)• Oscar! (1987)• Brazilian Scandals (1987)

Outras participações de gravações• Anna Maria Jopek, ID (inclui: Oscar Castro-Neves) (2007)• Antônio Carlos Jobim and Friends (com; Oscar Castro-Neves) (1996)• Introducing Kristin Korb With the Ray Brown Trio (Inclui: Oscar Castro-Neves) (1996)• A brasilian Christmas (vários artistas, inclui: Oscar Castro-Neves) (1996)• The Brasil Project, Vol. 2 (Inclui: Caetano Veloso, Oscar Castro-Neves, Toots Thielemans) (1993)• Vinícius e Caymmi no Zum Zum (com Quarteto em Cy e o conjunto de Oscar Castro Neves) (1967)• Eumir Deodato, *Inútil Paisagem (músicas de Antônio Carlos Jobim; com Oscar Casro-Neves) (1964)[1] Matéria Biográfica de Oscar Castro-Neves (http:/ / www. jazzreview. com/ spotlight/ review-1754. html) (em inglês)[2] Biografia oficial do Website de Oscar Castro-Neves (http:/ / www. oscarcastroneves. com/ biography. html)

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Oscar Castro-Neves 91

Ligações externas• Listagem de concertos de Oscar Castro -Neves (http:/ / www. oscarcastroneves. com/ appearances. html)• Página Oficial, em inglês (http:/ / www. oscarcastroneves. com)• 29 de março de 1965, Teatro Paramount (http:/ / www. waltersilvapicapau. com/ dp4. html)

Roberto Menescal

Roberto Menescal

Roberto Menescal em 2012

Informação geral

Nascimento 25 de outubro de 1937 (75 )

Origem Vitória - Espírito Santo

País

Gênero(s) MPB, Bossa Nova, Samba

Instrumento(s) Violão, Guitarra

Período em atividade anos 50 - presente

Outras ocupações compositor, arranjador, produtor musical

Roberto Batalha Menescal (Vitória, 25 de outubro de 1937) é um músico brasileiro. Foi um dos fundadores domovimento bossa nova.Participava das reuniões no apartamento da cantora Nara Leão, na Avenida Atlântica, em Copacabana, onde omovimento começou. Menescal é um dos mais importantes compositores, ao lado de Tom Jobim, Carlos Lyra,Vinícius de Moraes. Criou canções que hoje são consideradas hinos do movimento e da própria música popular,como O barquinho, Você, Nós e o mar, Ah se eu pudesse, Rio, entre outras. Ronaldo Bôscoli é um dos parceiros maisconstantes.As canções quase sempre apresentam o mar como temática.Como músico, acompanhou em apresentações e gravações, Nara Leão, Wanda Sá, Sylvia Telles, Lúcio Alves,Maysa, Aracy de Almeida, Dorival Caymmi, Elis Regina, entre outros, sendo dele o arranjo para a canção "bala combala" de João Bosco e Aldir Blanc, interpretado por Elis em 1972.A cantora Zizi Possi deve a Menescal aoportunidade de gravar o primeiro disco da carreira, em 1978.

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Roberto Menescal 92

Tocou ao lados dos músicos Luiz Eça, Luiz Carlos Vinhas, Bebeto Castilho, Hélcio Milito, Eumir Deodato, UgoMarotta, Sergio Barrozo, Oscar Castro Neves, João Palma, Edison Machado, Wilson das Neves, Antônio Adolfo,Hermes Contesini, José Roberto Bertrami, João Donato e tantos outros.Além de músico, é produtor musical, tendo iniciado esse trabalho em 1964, com o LP Vagamente, disco de estréia dacantora Wanda Sá. Tempos depois, passou a produzir discos para a gravadora Polygram (atualmente UniversalMusic), onde também foi diretor artístico entre 1970 e 1986.Compôs a trilha sonora dos filmes Joana Francesa e Bye Bye Brasil, ambos de Cacá Diegues, e em parceria comChico Buarque.Atualmente, além de tocar violão e guitarra, dirige um selo musical e gerencia novos grupos e projetos musicais,como o Bossacucanova. O último trabalho foi produzir um documentário sobre bossa nova, intitulado Coisa maislinda, em 2005, com o velho amigo Carlos Lyra.Produziu discos de artistas como Elis Regina, Nara Leão, Chico Buarque, Maysa, MPB-4, Maria Bethânia, LeilaPinheiro, Cauby Peixoto, Os Cariocas, Leny Andrade, Danilo Caymmi, Wanda Sá, entre outros.

Televisão

Ano Programa[1] Personagem Nota

2005 Descobrindo Waltel Ele mesmo Documentário

2005 Coisa Mais Linda: Histórias e Casos da Bossa Nova Ele mesmo Documentário

2005 À la recherche d'Orfeu Negro Ele mesmo TV Documentário

2008 Loki - Arnaldo Baptista Ele mesmo TV Documentário

2007-2009 Por Toda Minha Vida Ele mesmo TV Documentário (série)

2012 Raul - O Início, o Fim e o Meio Ele mesmo Documentário

2013 Compositores Unidos Principal Convidado 1ª temporada - Episódio 1 e 2

Ligações externas• Site oficial [2] (em português)

Este artigo sobre um(a) músico(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia Menescal expandindo-o [3].

Referências[1] Roberto Menescal > Filmografia > Programas (http:/ / www. imdb. com/ name/ nm0579476/ ?ref_=fn_al_nm_1). IMDB.[2] http:/ / www. robertomenescal. com. br/[3] http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ :Roberto

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Ronaldo Bôscoli 93

Ronaldo BôscoliRonaldo Fernando Esquerdo e Bôscoli (Rio de Janeiro, 28 de outubro de 1928 — 18 de novembro de 1994) foi umcompositor, produtor musical e jornalista brasileiro.Nascido numa família de artistas, era sobrinho-bisneto da compositora Chiquinha Gonzaga e primo do ator JardelFilho, e teve como primeira profissão (em 1951) o trabalho num jornal, Diário da Noite, como jornalista esportivo,período limitado à juventude. Época que iniciou amizade com Vinicius de Moraes, que já havia jogado o seu charmepara sua irmã, Lila, com quem se casaria tempos depois.Amigo de vários músicos e artistas e disposto a trocar as redações pela noite carioca. Em 1957 escreveu sua primeiraletra, "Sente", musicada por Chico Feitosa e interpretada por Norma Benguel no mesmo ano. Nesta época, reunia-seno apartamento de Nara Leão, de quem era namorado. Traiu Nara com a cantora Maysa Monjardim, ex-Matarazzo.Nara não perdoou o namorado nem a amiga e se afastou dos dois.Compunha com outros artistas as canções que ficariam conhecidas como estilo bossa nova. Um dos grandes nomesdo movimento, compôs, com Roberto Menescal, as célebres "O Barquinho", "Nós e o Mar", "Telefone" e"Balançamba". Escreveu com Carlos Lyra duas canções – "Lobo Bobo" e "Saudade Fez Um Samba" – para ohistórico disco "Chega de Saudade", de João Gilberto, lançado em 1959.Com Luís Carlos Miele produziu diversos espetáculos, o primeiro pocket-show, expressão criada por ele,apresentando, no Little Club, Odete Lara com Sergio Mendes e Conjunto. Organizou e dirigiu dezenas de shows emboates no lendário Beco das Garrafas, onde ganhou o apelido de "O Véio", não só por ser mais velho que a turma deartistas, mas pelo jeito ranzinza e reacionário. Também a produção televisiva de "O Fino da Bossa", apresentado porElis Regina e Jair Rodrigues. Ronaldo Bôscoli se casou com Elis Regina em 1967.Ainda ao lado de Miele, trabalhou como produtor musical durante 24 anos, produzindo os espetáculos de RobertoCarlos, e na Rede Globo originando programas como "Brasil Pandeiro" (com Beth Faria), "Alerta Geral" (comAlcione) e "Bibi 78 e 79" (com Bibi Ferreira).É pai do produtor musical João Marcelo Bôscoli, filho que teve com Elis Regina.Durante a década de 80 seguiu escrevendo programas para a TV Globo e produzindo um show anual de RobertoCarlos, mas deixou de ter a mesma influência no cenário musical.Lutou contra o câncer de próstata até morrer, em 1994.

Ligações externas• IMBd: Ronaldo Bôscoli [1] (em inglês)

Referências[1] http:/ / www. imdb. com/ name/ nm1322330/

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Sérgio Mendes 94

Sérgio Mendes

Sérgio Mendes

Sérgio Mendes se apresentando em 2008.Informação geral

Nome completo Sérgio Santos Mendes

Nascimento 11 de fevereiro de 1941 (72 )

Origem Niterói, RJ

País Brasil

Gênero(s) Bossa novaSamba,Latin jazzLatin popLounge musicSoft rockSmooth jazz

Instrumento(s) Piano

Período em atividade 1961 - atualmente

Outras ocupações Bandleader, pianista, arranjador, compositor, produtor musical

Gravadora(s) Capitol, Altantic, A&M, Elektra, Concord

Afiliação(ões) Sexteto Bossa RioThe Sergio Mendes TrioBrasil '65 ('66) ('77)

Página oficial [1]

Sérgio Santos Mendes (Niterói, 11 de fevereiro de 1941) é um músico e compositor brasileiro de bossa nova.

CarreiraSérgio Mendes começou com o Sexteto Bossa Rio, gravando o disco "Dance Moderno" em 1961. Viajando pelaEuropa e pelos Estados Unidos, gravou vários álbuns com Cannonball Adderley e Herbie Mann, chegando a tocar noCarnegie Hall. Mudou para os EUA em 1964 e produziu dois álbuns sob o nome de "Brasil '64", com a CapitolRecords e a Atlantic Records.Foi nos EUA que começou o grupo Sérgio Mendes & Brasil 66, alcançando sucesso ao lançar a canção Mas quenada, de Jorge Ben Jor, em versão bossa nova.Passou longo tempo no ostracismo, lançando discos que tiveram pouco sucesso comercial. Seu reencontro com ogrande público se deu em 1984, com o lançamento do disco e sucesso Never gonna let you go, chegando a quartolugar nas paradas. Pouco depois lançou o álbum Confetti, contendo entre outras músicas Olympia, feita para asOlimpíadas de 1984 em Los Angeles.

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Sérgio Mendes 95

Nos anos 90, criou a banda Brasil 99, com a qual gravou o disco Brasileiro, que, além de levá-lo de volta às paradasde sucesso, lhe rendeu o Grammy de 1993 na categoria World Music. Tem mais de trinta discos lançados, e o maisrecente deles conta com participações especiais de, entre outros, Stevie Wonder e Black Eyed Peas.Pouca gente sabe, mas durante a época de pobreza de Harrison Ford, o ator que participou de filmes de mais de 100milhões de dólares de bilheteria, foi carpinteiro de Sérgio Mendes.[2]

Discografia•• Dance moderno (1961)•• Quiet nights (1963)• Você ainda não ouviu nada. Sergio Mendes & Bossa Rio (1963)•• The swinger from Rio (1964)•• Bossa Nova York. Sergio Mendes Trio (1964)•• Cannonbal's bossa nova with Bossa Rio (1964)• In person at El Matador-Sergio Mendes & Brasil' 65 (1964)•• Brasil' 65. Wanda de Sah featuring The Sergio Mendes Trio (1965)•• The great arrival (1966)• Herb Alpert presents Sergio Mendes & Brazil 66 (1966)• Equinox-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1967)•• Sergio Mendes favourite things (1968)• Look around-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1968)• Crystal illusions-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1969)• Fool on the Hill (1969)• Ye-me-lê. Sergio Mendes & Brazil' 66 (1970)• Live at Expo' 70. Sergio Mendes & Brazil' 66 (1970)• Stilness-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1971)• País tropical-Sergio Mendes & Brazil' 77 (1971)• Raízes-Sergio Mendes & Brazil' 77 (1972)• Love music-Sergio Mendes & Brasil' 77 (1973)• In concert-Sergio Mendes & Brasil' 77 (1973)• Vintage 74-Sergio Mendes & Brasil' 77 (1974)•• Sergio Mendes (1975)• Homecooking-Sergio Mendes & Brasil' 77 (1976)• Sergio Mendes & and the new Brasil' 77 (1977)•• Brasil 88 (1978)•• Pelé-trilha sonora do filme (1978)•• Magic lady (1979)•• Horizonte aberto (1979)•• Sergio Mendes (1982)•• Confetti. Opus (1985)•• Brasil 86 (1986)•• Arara (1989)•• Brasileiro (1992)•• Oceano (1996)• Timeless (2006)•• Encanto (2008)•• Bom Tempo Remix (2011)

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Sérgio Mendes 96

SinglesO ano, seguido do título e da posição na parada americana.

• 1966-Mas Que Nada - Billboard Adult Contemporary # 04 e Billboard Pop Singles #47•• 1967-Night And Day - Billboard Pop Singles #82•• 1968-Scarborough Fair - Billboard Pop Singles #16•• 1968-The Fool on the Hill - Billboard Adult Contemporary #1 e Billboard Pop Singles #06•• 1968-The Look of Love - Billboard Adult Contemporary #02 e Billboard Pop Singles #04• 1969-(Sittin' On) the Dock of the Bay - Billboard Pop Singles #66•• 1969-Pretty World - Billboard Adult Contemporary #04 e Billboard Pop Singles #62•• 1969-Scarborough Fair - Billboard Adult Contemporary #02•• 1977-The Real Thing - Billboard Black Singles #51•• 1979-I'll Tell You - Billboard Club Play Singles #09 e Billboard Black Singles #49•• 1983-Never Gonna Let You Go - Billboard Adult Contemporary #01, Billboard Black Singles #28 e Billboard

Pop Singles #04•• 1984-Alibis - Billboard Adult Contemporary #05 e The Billboard Hot 100 #29•• 2006-Mas Que Nada (re-gravação) - Billboard Hot Dance Music/Club Play #13•• 2008-Mas Que Nada (r-mend club mix) - remix por DJ Renato Mendonça - Independente[1] http:/ / www. sergiomendesmusic. com/[2] WELTMAN, Wladimir. Harrison Ford, o falso modesto. Isto É Gente. Endereço: http:/ / www. terra. com. br/ istoegente/ 13/ reportagens/

rep_harrisson. htm. Acesso em 01/05/2012.

Sylvia Telles

Sylvia Telles

Informação geral

Nascimento 27 de agosto de 1934

Origem Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro

País Brasil

Data de morte 17 de dezembro de 1966 (32 anos)

Instrumento(s) voz

Período em atividade 1954 — 1966

Sylvia Telles[1] (Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1934 — Maricá, 17 de dezembro de 1966), também conhecidacomo Sylvinha Telles, foi uma cantora brasileira e uma das intérpretes dos primórdios da bossa nova.A maioria de seus discos está fora de catálogo, o que dificulta o seu conhecimento pelas gerações recentes. Porém,ocasionalmente é lançada uma compilação com algumas de suas inúmeras gravações.Segundo matéria publicada em O Globo e assinada por João Máximo, "Sylvinha foi uma das melhores intérpretes damoderna música brasileira, entendendo-se como tal a que vai de Ponto final - com Dick Farney e Amargura, comLúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de Orfeu da Conceição".

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Sylvia Telles 97

Biografia

FamíliaSylvia era filha de Maria Amélia D'Atri, natural da França, e do carioca Paulo Telles, um amante da música clássica.Seu irmão mais velho, Mário Telles, também foi músico.Ela estudou no Colégio Sagrado Coração de Maria e sonhava se tornar bailarina, mas, ao realizar um curso de teatro,descobriu que seu talento era realmente cantar.

CarreiraEm 1954, Billy Blanco, amigo da família, notou o dom de Sylvinha e apresentou-a a amigos músicos. Nas reuniõesque eles faziam, pôde conhecer os grandes nomes do rádio da época, tais como Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto,que a ajudou a encontrar trabalho em boates para o início de sua carreira profissional. Nessa época, conheceu seuprimeiro namorado, o cantor e violonista João Gilberto, amigo de Mário; o relacionamento acabou porque a famíliaTelles não gostava do jovem, que vivia de favor na casa dos outros.[2]

No ano seguinte, Garoto escreveu-lhe um musical, chamado Gente de bem e champanhota, executado no TeatroFollies de Copacabana. Na ocasião, o músico e advogado José Cândido de Mello Mattos, o Candinho, acompanhouSylvinha na canção Amendoim torradinho, por Henrique Beltrão. Eles se apaixonaram à primeira vista. Pouco tempodepois, morreu Garoto, sem poder ver o lançamento do primeiro disco de Telles.Sylvinha e Candinho casaram-se e tiveram uma filha, Cláudia Telles. Em 1956, ela e seu marido apresentaram pelaTV Rio o programa Música e romance, recebendo como convidados Tom Jobim, Dolores Duran, Johnny Alf e BillyBlanco. Contudo, o casal logo se separou.Em 1958, o local de encontro dos músicos passou a ser o apartamento de Nara Leão, então com quinze anos deidade. Ronaldo Bôscoli, que frequentava as reuniões, atuava como produtor musical do grupo. Sylvia Telles, que jáera um nome conhecido, foi então chamada para participar de um espetáculo no Grupo Universitário Hebraico,juntamente com Carlos Lyra, Roberto Menescal, entre outros. Foi neste show, "Carlos Lyra, Sylvia Telles e os seusBossa nova", que a expressão "bossa nova" foi divulgada pela primeira vez.Sylvinha Telles chegou a fazer turnês em outros países, como Estados Unidos, Suíça, França e Alemanha.Em 1963, já divorciada de Candinho, Sylvia casou-se com o produtor musical Aloysio de Oliveira, separando-se noano seguinte por causa de ciúme. Aloysio casou-se com Cyva, do Quarteto em Cy, posteriormente.

MorteAos trinta e dois anos de idade, Sylvia Telles morreu em um acidente de automóvel na rodovia Amaral Peixoto, nomunicípio de Maricá, em companhia de seu namorado Horacinho de Carvalho, filho da socialite Lily de CarvalhoMarinho. Eles se dirigiam à fazenda de Horacinho no município, mas Horacinho dormiu ao volante, algo queacontecera à própria Sylvia dois anos antes, enquanto voltava de um show.[3]

Apresentações• 1955 - "Gente de bem e champanhota" - teatro Follies, Rio de Janeiro• 1959 - I Festival de Samba Session - Faculdade Nacional de Arquitetura, Praia Vermelha - Rio de Janeio• 1964 - "O remédio é bossa" - com a presença de Tom Jobim, Os Cariocas, Alaíde Costa, Carlos Lyra e outros.

Realizado no Teatro Paramount, de São Paulo• 1966 - "Sylvia Telles e Edu Lobo" - se apresentaram na República Federal da Alemanha.

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Sylvia Telles 98

Discografia• 1955 - Amendoim torradinho (Henrique Beltrão)/Desejo (Garoto/José Vasconcelos/Luiz Cláudio) - 78rpm -

gravadora Odeon• 1955 - Menina (Carlos Lyra)/Foi a noite (Tom Jobim/Newton Mendonça - 78rpm - gravadora Odeon• 1957 - Carícia - incluindo a canção "Chove lá fora" Tito Madi - LP/CD - gravadora Odeon• 1959 - Silvia - incluindo a música "Estrada do sol" (Tom Jobim/Dolores Duran) - LP/CD - gravadora Odeon• 1959 - Amor de gente moça - incluindo as canções "Só em teus braços" (Tom Jobim) e "A felicidade" (Tom

Jobim/Vinicius de Moraes) - LP/CD - gravadora Odeon. Consagrou-a como cantora profissional• 1960 - Amor em Hi-Fi - LP/CD - gravadora Philips• 1961 - Sylvia Telles Estados Unidos - LP/CD - gravadora Philips• 1962 - Bossa nova mesmo - Carlos Lyra, Laís, Lúcio Alves, Vinicius de Moraes e o conjunto Oscar Castro Neves

- LP - gravadora Philips• 1963 - Bossa, balanço, balada - LP/CD - gravadora Elenco• 1964 - Bossa session - Lúcio Alves e Roberto Menescal e o seu conjunto - LP/CD - gravadora Elenco• 1964 - It might as well be spring - LP/CD - gravadora Elenco)• 1964 - The face I love - LP/CD - gravadora Knapp (atual Universal Records) (versão americana do LP "It might

as well be spring")• 1965 - The music of Mr. Jobim by Sylvia Telles - LP/CD - gravadora Elenco.• 1965 - Sylvia Telles sings the wonderful songs of Antonio Carlos Jobim - LP/CD - gravadora Knapp (atual

Universal Records) (versão americana do LP "The music of Mr. Jobim by Sylvia Telles")• 1966 - Reencontro - Edu Lobo, Tamba Trio e o Quinteto Villa-Lobos - LP/CD - gravadora Elenco• 1966 - Folklore e Bossa Nova do Brasil - com Edu Lobo, Rosinha de Valença e outros - LP/CD - Gravadora Saba

(Alemanha)

Tributo• 1997 - Por causa de você - dedicado à Sylvinha Telles - CD.[1] Segundo a ortografia vigente, a forma correta é Sílvia Teles[2] [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / www. obaoba. com. br/ noticias/ revistao/ 253/ sylvia-telles. asp)] Título não

preenchido, favor adicionar]. Obaoba.com.br.[3] [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / bossanova. folha. com. br/ autores-15-biografia. html)] Título não preenchido, favor

adicionar]. Bossanova.folha.com.br.

Ligações externas• Discografia (http:/ / www. sombras. com. br/ stelles/ stelles. htm) www.sombras.com.br• Dicionário Cravo Albin (http:/ / www. dicionariocravoalbin. com. br/ detalhe. asp?nome=Sylvia+ Telles&

tabela=T_FORM_A& qdetalhe=art) -Sylvia Telles• Site com a história de alguns discos importantes da Bossa Nova (http:/ / www. nortemag. com/ tom/ dischist/

sdiscframe. html) www.nortemag.com

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Stan Getz 99

Stan Getz

Stan Getz

Informação geral

Nome completo Stanley Gayetzky

Apelido "The Sound"

Nascimento 2 de Fevereiro de 1927 Filadélfia, Pensilvânia, EUA

Data de morte 6 de junho de 1991 (64 anos)

Gênero(s) Jazz, bossa nova, West Coast jazz

Instrumento(s) Saxofone tenor

Outras ocupações Saxofonista

Gravadora(s) Verve Records

Afiliação(ões) João Gilberto, Tom Jobim, Astrud Gilberto, Charlie Byrd

Stan Getz, de seu nome Stanley Gayetsky (Filadélfia, 2 de fevereiro de 1927 — Malibu, Califórnia, 6 de junho de1991) foi um saxofonista norte-americano de jazz. Fez parcerias com João Gilberto e Antonio Carlos Jobim,tornando-se um dos principais responsáveis em difundir o movimento musical brasileiro conhecido como bossa novapelo mundo.

Biografia

InícioStan Getz nasceu em 2 de Fevereiro de 1927, em Filadélfia, nos EUA. Os seus pais eram judeus, naturais daUcrânia, que imigraram de Kiev, em 1903. Mais tarde, a sua família viajou para Nova Iorque, à procura de melhorescondições de vida e emprego. Getz foi um aluno empenhado, de notas máximas, terminando no topo dos melhoresalunos da sua classe.A sua paixão eram os instrumentos musicais, e tinha que tocar todos os que encontrava no seu caminho. O primeirosaxofone foi-lhe oferecido pelo seu pai, aos 13 anos. Também lhe ofereceu um clarinete, mas este ficou para segundoplano. Getz dedicava grande parte do dia a praticar saxofone.Em 1941, é aceito na orquestra All City High School Orchestra, de Nova Iorque. Isto proporcionou-lhe aoportunidade de ter um tutor particular, da filarmónica de Nova Iorque, Simon Kovar. Paralelamente, também tocavaem pequenos concertos locais. Aos 14 anos, compra o seu primeiro saxofone tenor, com o dinheiro que juntou comesses concertos. No entanto, a sua dedicação à música prejudicava-lhe as notas, e acabou mesmo por deixar deestudar, para se dedicar totalmente à carreira musical. Mais tarde, é obrigado a regressar à escola, pelosrepresentantes do sistema de ensino.

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Stan Getz 100

Em 1943, entra para a banda de Jack Teagarden, e toca, também, com Nat King Cole e Lionel Hampton. Após tocarcom Stan Kenton, Jimmy Dorsey e Benny Goodman, Getz torna-se solista com Woody Herman, de 1947 a 1949,destacando-se como um dos principais saxofonistas da banda, conhecida como "os quatro irmãos"; os outros eramSerge Chaloff, Zoot Sims e Herbie Steward. Com Herman, Getz alcança um primeiro êxito com Early Autumn. Apósdeixar a banda, inicia a sua carreira a solo. A partir de 1950, seria o líder na quase totalidade das gravções ondeparticipará.

Anos 50 e 60Nos anos 50, Stan Getz tornou-se famoso como interprete do cool jazz, tocando com Horace Silver, Johnny Smith,Oscar Peterson entre outros. Os seus dois primeiros quintetos incluíam nomes famosos como o baterista de CharlieParker, Roy Haynes, o pianista Al Haig e o contrabaixista Tommy Potter. Em 1958, Getz muda-se para Copenhaga,com o objectivo de deixar o seu consumo de drogas.No regresso aos EUA, em 1961, Getz torna-se uma das principais figuras da bossa nova.[1] Junto com Charlie Byrd,que tinha regressado de uma turnê no Brasil, Getz grava Jazz Samba, em 1962, que se torna um sucesso. A faixaprincipal era uma adaptação de "Samba de Uma Nota Só", de Antonio Carlos Jobim. Stan Getz ganha o Grammypara a Melhor Interpretação de Jazz, em 1963, com "Desafinado".Grava com Tom Jobim, João Gilberto, e sua esposa, Astrud Gilberto. A sua interpretação de "Garota de Ipanema",dá-lhe mais um Grammy. Esta música tornou-se uma das canções mais conhecidas do jazz latino, de todos ostempos. Getz e Gilberto, ganharam dois Grammy (Melhor Álbum e Melhor Single), superando os The Beatles, em AHard Day's Night. Em 1967, Getz grava com Chic Corea e Stanley Clarke.

Anos 70 e 80No início dos anos 70, Stan Getz é influênciado pelo jazz de fusão e "jazz elétrico", utilizando um Echoplex no seusaxofone. Os críticos não gostaram da nova experiência, o que levou Getz a desistir desta sonoridade, regressando aojazz mais tradicional e acústico. A partir dos anos 80, gradualmente, Getz deixa a bossa nova, e opta por um estilo dejazz menos tradicional, mais esotérico.

Vida pessoalDesde novo Getz consumia drogas e álcool. Casado com Beverly Byrne, vocalista da banda de Gene Krupa, em 7 deNovembro de 1946, teve três filhos. Em 1954, foi detido por tentar roubar uma farmácia, em busca de morfina.Durante o processo de detenção, no sector prisional do centro médico USC Medical Center, de Los Angeles, Beverlyterá dado à luz o seu terceiro filho, nesse mesmo edifício.Em 1956, no dia 3 de Novembro, casa-se com Monica Silfverskiold, uma aristocrata sueca, com quem teve doisfilhos. Em 1957, tem um filho de uma relação com a sua amiga Inga Torgner. Após vários anos a tentar tirar Getz dasua toxicodependência, Monica divorcia-se em 1987, e ganha a custódia de todos os filhos do seu ex-marido.Nos últimos anos da sua vida, Stan Getz consegue, finalmente, terminar com a sua dependência do álcool e drogas.Morre de câncer do fígado, em 6 de Junho de 1991. Em 1998, foi-lhe dedicado uma ala na escola de música deBerklee, designada por "Stan Getz Media Center and Library", e doada pela fundação de Herb Alpert.[1] Stan Getz (http:/ / www. allmusic. com/ artist/ stan-getz-mn0000742899). Página visitada em 21 de janeiro de 2013.

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Stan Getz 101

Ligações externas• (em inglês) Stan Getz no Allmusic (http:/ / www. allmusic. com/ cg/ amg. dll?p=amg& sql=11:aifyxqt5ldae~T1)• (em inglês) Discografia no Allmusic (http:/ / www. allmusic. com/ cg/ amg. dll?p=amg&

sql=11:aifyxqt5ldae~T2)

Toquinho

Toquinho

Informação geral

Nome completo Antonio Pecci Filho

Apelido "Toquinho"

Nascimento 6 de julho de 1946 (66 )

Origem São Paulo, São Paulo

País Brasil

Gênero(s) MPB, Bossa Nova, Samba

Instrumento(s) vocal, violão

Período em atividade 1966 - atualmente

Página oficial www.toquinho.com.br [1]

Toquinho, nome artístico de Antonio Pecci Filho, (São Paulo, 6 de julho de 1946) é um cantor, compositor eviolonista brasileiro.

BiografiaO apelido Toquinho foi dado por sua mãe e já aos quatorze anos. Toquinho começara a ter aulas de violão comPaulinho Nogueira. Estudou harmonia com Edgar Janulo, violão clássico com Isaías Sávio, orquestração com LéoPeracchi e Oscar Castro Neves.Toquinho começou a se apresentar em colégios e faculdades e profissionalizando-se nos anos sessenta, em showspromovidos pelo radialista Walter Silva no teatro Paramount em São Paulo. Compôs com Chico Buarque suasegunda canção a ser gravada, Lua cheia. Em 1969 acompanha Chico à Itália, pais onde até hoje se apresentaregularmente.Em 1970, compôs, com Jorge Benjor, seu primeiro grande sucesso, Que Maravilha. Ainda nesse ano, Vinicius deMoraes o convida para participar de espetáculos em Buenos Aires, formando uma sólida parceria que iria durar onzeanos, 120 canções, 25 discos e mais de mil espetáculos. Entre as composições da parceria destacaram-se cançõescomo O Bem-amado, Como dizia o poeta, Carta ao Tom 74, entre outras.

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Toquinho 102

Toquinho era muito amigo de Vinicius de Moraes por isso após a morte de Vinicius, Toquinho seguiu em carreirasolo.Recentemente a Lumiar Editora lançou um livro com suas cifras e partituras, idealizado e produzido por Bruno DeLa Rosa, dando sequência à coleção Songbook, criada pelo fundador e ex-presidente da Lumiar Discos & Editora,Almir Chediak.

Discografia

Anos 60• O Violão de Toquinho (1966)• La vita, amico, é l'arte dell'incontro (1969)

Anos 70• Toquinho (1970).• Vinicius de Moraes en "La Fusa" con Maria Creuza y Toquinho (1970)• Como Dizia o Poeta…Música Nova (1971)• Per vivere un grande amore (1971)• São Demais os Perigos desta Vida… (1971)• Toquinho e Vinícius (1971)• Vinicius + Bethania + Toquinho en La Fusa - Mar Del Plata (1971)• Vinícius Canta "Nossa Filho Gabriel" (1972)• O Bem Amado - trilha sonora original da telenovela (1973)• Poeta, Moça e Violão - Vinicius, Clara Nunes, Toquinho (1973)• Toquinho & Guarnieri - Botequim (1973)• Toquinho - Boca da Noite (1974)• Toquinho, Vinícius e Amigos (1974)• Fogo sobre Terra - trilha sonora original da telenovela (1974)• Toquinho e Vinícius (1974)• Vinícius / Toquinho (1975)• Toquinho e Vinícius - O Poeta e o Violão (1975)• La voglia, la pazzia, l'incoscienza, l'allegria (1976)• Toquinho - Il Brasile nella chitarra strumentale - Torino - Itália (1976)• Toquinho Tocando 1977 (1976)• The Best of Vinicius & Toquinho (1977)• Tom, Vinícius, Toquinho, Miúcha (1977)• Enciclopédia da Música Brasileira - Toquinho (1978)• Toquinho Cantando - Pequeno Perfil de um Cidadão Comum (1978)• 10 Anos de Toquinho e Vinícius (1979)

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Toquinho 103

Anos 80• Paulinho Nogueira e Toquinho - Sempre Amigos (1980)• Um Pouco de Ilusão (1980)• A Arca de Noé (1980)• A Arca de Noé - 2 (1980)• Toquinho, la chitarra e gli amici (1981)• Doce Vida (1981)• Toquinho ao Vivo em Montreaux (1982)• Toquinho - Acquarello (1983)• Toquinho - Acuarela (1983)• Toquinho - Aquarela (1983)• Casa de Brinquedos (1983)• Sonho Dourado (1984)• Bella la vita (1984)• A Luz do Solo (1985)• Coisas do Coração (1986)• Le storie di una storia sola (1986)• Vamos Juntos - Toquinho Live at Bravas Club'86 Tokyo (1986)• Canção de Todas as Crianças (1987)• Made in Coração (1988)• Toquinho in Canta Brasil (1989)• Toquinho - À Sombra de um Jatobá (1989)

Anos 90• Toquinho Instrumental (1990)• El viajero del sueño (1992)• Il viaggiatore del sogno (1992)• O Viajante do Sonho (1992)• La vita è l'arte dell'incontro (1993)• Trinta Anos de Música (1994)• Toquinho e suas Canções Preferidas (1996)• Canções dos Direitos da Criança (1997)• Brasiliando (1997)• Toquinho - Italiano (1999)• Toquinho - Paulinho Nogueira (1999)• Vivendo Vinicius - ao vivo - com Baden Powell, Carlos Lyra, Miúcha e Toquinho (1999)• Sinal Aberto - Toquinho e Paulinho da Viola (1999)

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Toquinho 104

2000 - presente• Coleção Toquinho e Orquestra (2001)• Canciones de los derechos de los niños (2001)• Toquinho - Amigos e Canções - Coletânea da Revista Reader's Digest (2002)• Herdeiros do Futuro - com Projeto Guri (2002)• Ensinando a Viver (2002)• Toquinho e Orquestra Jazz Sinfônica (2002)• CD Só tenho tempo pra ser feliz (2003)• Toquinho - Le canzoni della mia vita (2003)• Toquinho - Bossa Nova Para Sempre (2004)• CD / DVD - Toquinho no Mundo da Criança (2005)• Mosaico - músicas de Toquinho e Paulo César Pinheiro (2005)• CD / DVD Passatempo - Retrato de uma época (2005)• DVD Só tenho tempo pra ser feliz - ao vivo (2005)• A Vida Tem Sempre Razão - Tributo a Toquinho - CD de Silvia Goés, Ivâni Sabino e Pepa D'Elia (2006)• CD - O poeta, a moça e o violão - Vinicius, Clara Nunes e Toquinho (2008)• CD / DVD - Toquinho e MPB-4 - 40 anos de música (2008)• Toquinho e Paulo Ricardo cantam Vinícius (2011)• Quem Viver Verá (2011)

Outras imagens

Toquinho, num show emCremona, Itália, 5 de agosto

2010.

Toquinho, em duo com Badi Assadno mesmo show de Cremona, Itália,

5 de agosto 2010.

Toquinho com o jornalista Gildo De Stefano

Filmografia• Toquinho (2001)• Toquinho Live Concert (lançado na Itália) (2001)• Tons do Brasil - Toquinho (2003)• Toquinho - Tributo à Bossa Nova (2004)• CD / DVD - Toquinho no Mundo da Criança (2005)• Só tenho tempo pra ser feliz - Ao Vivo (2005)• Passatempo - Retrato de uma época (2007)• Jobim, Vinicius, Toquinho & Miucha - I Concerti Live - gravado em 1978 (2008)• Toquinho - I Concerti Live - gravado em 1983 (2008)• Toquinho - Programa Ensaio - gravado em 1990 (2008)

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Toquinho 105

• Toquinho e MPB-4 - 40 anos de música (2009)

Bibliografia• Gildo De Stefano [2], Il popolo del samba. La vicenda e i protagonisti della storia della música popular

brasileira, Prefácio de Chico Buarque, Introdução de Gianni Minà, RAI Ediciones, Roma 2005, ISBN8839713484

[1] http:/ / www. toquinho. com. br[2] http:/ / it. wikipedia. org/ wiki/ Gildo_De_Stefano

• Toquinho (http:/ / www. mpbnet. com. br/ musicos/ toquinho/ ) (em português) biografia no MPB• Toquinho - Composições (http:/ / www. musicapopular. org/ toquinho/ music. html) (em português) lista de

composições em musicapopular.org

Ligações externas• Página oficial de Toquinho (http:/ / www. toquinho. com. br)

Zimbo Trio

Zimbo Trio

Da esquerda para direita: Amilton, Mario,Pércio e Rubinho

Informação geral

Origem São Paulo, SP

País Brasil

Gênero(s) MPB, Jazz, Bossa Nova

Período em atividade 1964 - Atualmente

Página oficial www.zimbotrio.com.br [1]

Integrantes

Amilton GodoyRubinho Barsotti/Pércio Sápia

Mario Andreotti

Ex-integrantes

Luíz ChavesItamar Collaço

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Zimbo Trio 106

Zimbo Trio é um trio instrumental brasileiro surgido no ano de 1964 e formado originariamente por Amilton Godoyao piano, Luíz Chaves no contrabaixo e Rubinho Barsotti na bateria. Luíz Chaves faleceu em 2007.

BiografiaO Zimbo Trio foi formado em março de 1964 em São Paulo por Luíz Chaves Oliveira da Paz "Luíz Chaves"[2]

(contrabaixo), Rubens Alberto Barsotti "Rubinho"[3] (bateria) e Amilton Godoy [4] (piano). A primeira apresentaçãocomo Zimbo Trio foi na Boate Oásis, em 17 de março de 1964, acompanhando a cantora Norma Bengell. O show foiproduzido por Aloysio de Oliveira. Uma das músicas tocadas foi "Consolação" de Baden Powell e Vinicius deMoraes.Em 1965, o Zimbo Trio passou a fazer acompanhamento fixo do programa O Fino da Bossa, da TV Record,apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues, um dos mais importantes na divulgação de novos talentos musicais.Em 1968, o Zimbo Trio participou de um show antológico no Teatro João Caetano que reuniu Elizeth Cardoso,Jacob do Bandolim e o conjunto Época de Ouro. O fruto deste encontro foi o registro de dois volumes gravados aovivo.Em 1973, o trio juntamente com o baterista João Rodrigues Ariza "Chumbinho" fundaram, em São Paulo, o CentroLivre de Aprendizagem Musical - CLAM, voltado para a formação musical ampla, sem separação entre erudito epopular. A Escola de música dirigida pelo Zimbo Trio formou gerações de músicos.Em 2007 faleceu o contrabaixista Luíz Chaves, um dos fundadores do Zimbo Trio. Itamar Collaço[5] (baixo elétrico)ficou encarregado de levar adiante o legado do músico ao substituí-lo. Com a entrada de Itamar o Zimbo Triointroduziu o baixo elétrico.Em 2010 o contrabaixo acústico voltou ao trio com a entrada de Mario Andreotti que substituiu Itamar Collaço.Atualmente o Zimbo Trio é formado por Amilton Godoy (piano), Mario Andreotti (contrabaixo) e Pércio Sápia[6]

(bateria) que divide o palco com seu mestre Rubinho Barsotti, que se recupera de uma cirurgia.Em uma nova fase, o trio, que em alguns shows atua como um quarteto, apresenta um repertório autoral baseado emcomposições do pianista Amilton Godoy, trabalho registrado em CD e DVD em show ao vivo realizado emnovembro de 2010 no Teatro Fecap com show de lançamento em maio de 2011 no Auditório Ibirapuera.Com mais de 45 anos de carreira e 51 discos gravados, o Zimbo Trio conquistou reconhecimento mundial,excursionando por países dos 5 continentes, divulgando a música instrumental brasileira.Zimbo foi o nome que os integrantes escolheram para designar o trio. O termo Zimbo, retirado do dicionárioafro-brasileiro, significa boa sorte, felicidade e sucesso.[7]

Zimbo era também uma antiga moeda que circulava no Congo e em Angola.[8] No Brasil colonial o Zimbo era umadentre tantas moedas africanas que circulavam na colônia.[9][10].

Discografia•• Zimbo Trio (1965)• O fino do Fino – Elis Regina e Zimbo Trio (1965) Philips LP, CD•• Zimbo Trio-vol. II (1966) RGE LP•• Zimbo Trio-vol. III (1967) LP•• É tempo de samba - Zimbo Trio + Cordas (1968) LP• Ao vivo no Teatro João Caetano-vol. I – Elizeth Cardoso, Zimbo Trio, Jacob do Bandolim e Época de Ouro

(1968) Museu da Imagem e do Som LP, CD•• Ao vivo no Teatro João Caetano-vol. II - Elizeth Cardoso, Zimbo Trio, Jacob do Bandolim e Época de Ouro

(1968) Museu da Imagem e do Som LP, CD•• Zimbo Trio + Cordas-vol. II (1969) LP•• Decisão-Zimbo Trio + Metais (1969) RGE LP•• Elizeth e Zimbo Trio balançam na Sucata (1969) Copacabana LP, CD

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Zimbo Trio 107

• É de manhã. Elizeth Cardoso e Zimbo Trio (1970) Copacabana LP•• Strings and brass plays the hits (1971) Phonogram LP•• Opus pop - Zimbo Trio e orquestra-Clássicos com bossa (1972) Phonogram LP•• Opus pop nº 2 (1973) Phonogram LP•• FM Stéreo (1974) Phonogram LP•• Zimbo (1976) RGE LP•• Fragmentos inéditos do histórico recital realizado no Teatro João Caetano em 19 de fevereiro de 1968 - Elizeth

Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Época de ouro-vol. 3 (1977) Museu da Imagem e do Som LP, CD•• Zimbo (1978) CLAM/Continental LP•• Zimbo convida Sonny Stitt (1979) Clam/Continental LP• Zimbo convida Sebastião Tapajós (1982) Clam LP•• Zimbo convida (1982) Clam LP•• Trocando em miúdos a tristeza do Jeca (1983) Clam/Continental LP• Zimbo Trio interpreta Milton Nascimento (1986) Clam/Continental LP• Zimbo Trio e O Tom – Vol. I (1988) Clam LP•• Zimbo Trio e as crianças (1989) Clam LP•• Clã do Clam (1992) CD• Instrumental no CCBB – Canhoto da Paraíba e Zimbo Trio (1993) Tom Brasil CD•• Aquarela do Brasil (1993) Movieplay CD• Entre amigos/Claudya & Zimbo Trio (1994) Movieplay CD•• Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Época de Ouro-Ao vivo no Teatro João Caetano-19 fev' 68

(1994) Tartaruga (Japão) CD• Caminhos cruzados - Zimbo Trio interpreta Tom Jobim (1995) Movieplay CD• Brasil musical - Série Música Viva - Zimbo Trio e Maurício Einhorn (1996) Tom Brasil CD•• Zimbo Trio (1997) RGE CD•• 35 anos (1999) Movieplay CD•• A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes - Zimbo Trio (2001) Sesc-SP CD•• Zimbo Trio Autoral (2010) Ao Vivo no Teatro Fecap-SP CD DVD[1] http:/ / www. zimbotrio. com. br/ home. htm[2] Dados Artísticos de Luiz Chavez (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ luis-chaves/ dados-artisticos) no Dicionário Cravo Albin[3] Dados Artísticos de Rubinho Barsotti (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ rubinho-barsotti/ dados-artisticos) no Dicionário Cravo Albin[4] Dados Artísticos de Amilton Godoy (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ amilton-godoi/ dados-artisticos) no Dicionário Cravo Albin[5] Dados Artísticos de Itamar Collaço (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ itamar-collaco/ dados-artisticos) no Dicionário Cravo Albin[6] Release de Pércio Sápia (http:/ / www. clamzimbo. com. br/ portal/ index. php?view=article& catid=68:professores& id=208:percio-sapia&

option=com_content& Itemid) no site do Centro Livre de Aprendizagem Musical - CLAM[7] O pianista que usa o trânsito para compor (http:/ / www. estadao. com. br/ estadaodehoje/ 20110410/ not_imp704280,0. php) no Estadão[8] História da Moeda (http:/ / www. bna. ao/ artigo. aspx?c=3& a=6) em Banco Nacional de Angola[9] Moeda Africana in 1600 (http:/ / www. brasil. gov. br/ linhadotempo/ epocas/ 1600/ moeda-africana) em Portal Brasil do Governo Federal[10] Dados Artísticos de Zimbo Trio (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ zimbo-trio/ dados-artisticos) no Dicionário Cravo Albin

Este artigo sobre uma banda ou grupo musical do Brasil, integrado ao Projeto Música, é um esboço. Você pode ajudar aWikipédia Trio expandindo-o (http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ :Zimbo).

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Wanda Sá 108

Wanda SáWanda Maria Ferreira de Sá (São Paulo, 11 de julho de 1944) é uma violonista e cantora de bossa nova e músicapopular brasileira.

HistóricoSeus pais trocaram São Paulo pelo Rio de Janeiro. Estudava balé e aos onze anos começa a tocar violão. Gostava debossa nova, e durante a sua adolescência assistiu a muitos espetáculos. Sentava-se na primeira fila para memorizar osacordes do braço do violão. Foi aluna de Roberto Menescal. Em 1962 já fazia parte do professorado de violão daescola de música, que Roberto Menescal tinha junto com Carlos Lyra, em Copacabana. Tem três filhos com ocompositor Edu Lobo: Mariana, Bernardo e Isabel.

CarreiraEm 1962 participou junto com Tom Jobim, Sérgio Mendes e o conjunto Bossa Rio, do programa de TV "ao vivo" -Dois no balanço - direção de Luiz Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli, na TV Excelsior. Durante o antológico showFino da bossa, no Teatro Paramount, atual Teatro Abril, de São Paulo, foi lançado o longplay Wanda Vagamente em1964, produzido por Roberto Menescal, com a participação de Dom Um Romão, Edison Machado, os conjuntos deLuís Carlos Vinhas, Tenório Junior e Sérgio Mendes, com os primeiros arramjos de Eumir Deodato (2001 - Umaodisséia no espaço - Assim falou Zaratustra - 1968), constando também as primeiras composições de Edu Lobo,Francis Hime, Marcos Valle e Nelson Motta. Fez parte do conjunto musical Brasil 65 de Sérgio Mendes, indo paraos Estados Unidos da América. Volta ao Brasil decidida a prestar vestibular para o curso de Sociologia da PontifíciaUniversidade Católica PUC-RJ.Casou-se com Edu Lobo e foi morar nos Estados Unidos. Deixou suas atividades artísticas para se dedicar à família.Separando-se em 1982 de Edu Lobo, retomou a carreira artística.Em 1985, Wanda se tornou evangélica, isso entretanto não a fez mudar sua carreira como cantora de músicapopular[1].

Participações• 1997 - Mistura Fina (casa noturna do Rio), com Luiz Carlos Miéle• 1998 - Estrada Tokyo-Rio - que marca as constantes apresentações da cantora no Japão• 2001 - Pavia, Itália - Fare Festival - realizado pela Societá dell Academia• 2004 - Canecão (casa de shows do Rio) - Bossa Nova in Concert - com Johnny Alf, João Donato, Carlos Lyra,

Roberto Menescal, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Durval Ferreira,Os Cariocas e outros• 2005 - Bar do Tom (casa noturna do Rio) - Benção Bossa Nova com Roberto Menescal e Luís Carlos Miéle.• 2007 - Modern Sound - Roberto Menescal (violão e voz), Adriano Giffoni (contra-baixo), Adriano Souza

(teclado) e João Cortez (bateria), com a participação de Luis Carlos Miéle.

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Wanda Sá 109

Discografia• 1964 - Wanda Vagamente - RGE• 1965 - Brasil´65 - Wanda Sah featuring The Sérgio Mendes Trio - Capitol• 1965 - Softly - Capitol• 1992 - Brasil Bossa Nova - Pery Ribeiro, Wanda Sá e Osmar Milito• 1994 - Brasileiras - Wanda Sá e Célia Vaz - CID• 1995 - Eu e a música - Wanda Sá e Roberto Menescal - CID• 1997 - Uma mistura fina - Roberto Menescal, Wanda Sá e Luís Carlos Miele - Albatroz• 1998 - Estrada Tokyo-Rio - Roberto Menescal e Wanda Sá• 2000 - Wanda Sá & Bossa Três - Abril Music• 2001 - Relançamento Wanda Vagamente - Dubas Musical/Universal Music• 2001 - Bossa entre Amigos - Roberto Menescal - Marcos Valle• 2002 - Domingo azul do mar - DeckDisc• 2003 - Wanda Sá com João Donato - DeckDisc• 2004 - Jesusmania• 2005 - Swingueira - Sony e BMG DVD)• 2006 - Bossa do Leblon - DeckDisc• 2007 - Disney Adventures in Bossanova - Es Tu Meu Príncipe Azul (A Bela Adormecida)[1] Oziel Alves (Agosto de 2007). Arte e evangélicos (http:/ / www. revistaenfoque. com. br/ index. php?edicao=73& materia=813). Enfoque

Gospel #73.

Este artigo sobre um(a) músico(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia Sá expandindo-o (http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ :Wanda).

Wilson Simonal

Wilson Simonal

Informação geral

Nome completo Wilson Simonal de Castro

Apelido Simona

Nascimento 23 de fevereiro de 1938[1]

Local de nascimento Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro Brasil

Page 113: Bossa Nova

Wilson Simonal 110

Data de morte 25 de junho de 2000 (62 anos)

Local de morte São Paulo,  São Paulo[1]

Gênero(s) Chá-chá-chá, Calipso, Rock, Doo-wop, Bossa Nova, MPB, Samba, Soul

Instrumento(s) vocal, pandeiro, piano, trompete

Período em atividade 1961 - 2000

Gravadora(s) EMI-Odeon, Philips Records, RCA, Discos Copacabana, BMG, Movieplay (independente) e Happy Sound(independente)

Afiliação(ões) Carlos Imperial, Jorge Ben Jor, A Turma da Pilantragem, César Camargo Mariano

Influência(s) Agostinho dos Santos, Cauby Peixoto, Orlando Dias, Chaim Lewak, Tito Madi

Influenciado(s) Wilson Simoninha, Max de Castro

Página oficial [2]

Wilson Simonal de Castro (Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 1938 — São Paulo, 25 de junho de 2000)[1] foi umcantor brasileiro de muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970, chegando a comandar um programa na TV Tupi,"Spotlight", e dois programas na TV Record, "Show em Si... Monal" e "Vamos S'imbora", e a assinar o que foiconsiderado na época o maior contrato de publicidade de um artista brasileiro, com a empresa britânica Shell.[1]

Cantor detentor de esmerada técnica e qualidade vocal, Simonal viu sua carreira entrar em declínio após episódio noqual teve seu nome associado ao DOPS, envolvendo a tortura do seu contador Raphael Viviani.[3] O cantor acabariasendo processado e condenado por extorsão mediante sequestro,[1] sendo que, no curso deste processo, redigiu umdocumento dizendo-se delator, o que acabou levando Simonal ao ostracismo e a condição de pária da música popularbrasileira.[1]

Seus principais sucessos são "Balanço Zona Sul", "Lobo Bobo", Mamãe Passou Açúcar em Mim, "Nem Vem quenão Tem", "Tributo a Martin Luther King", "Sá Marina" (que chegou a ser regravada por Sérgio Mendes e StevieWonder, como "Pretty World"[1]), "País Tropical", de Jorge Ben, que seria seu maior êxito comercial, e "A Vida ÉSó pra Cantar". Simonal teve uma filha, Patrícia, e dois filhos, também músicos: Wilson Simoninha e Max deCastro.

InfânciaFilho de Maria Silva de Castro, uma cozinheira e empregada doméstica mineira, e do também mineiro Lúcio Pereirade Castro, radiotécnico que havia se mudado com sua mulher para o Rio de Janeiro, Simonal recebeu esse nome emhomenagem ao médico que realizou o parto.[1] Mas, por obra de seu pai, o que deveria ter sido Roberto Simonard deCastro acabou tornando-se Wilson Simonal de Castro.[1] Estudou em colégio católico chegando inclusive a ter aulasde canto orfeônico ao participar do coral mudando-se após para um colégio público.[1] Na praça Antero de Quental,onde jovens se reuniam para passar os fins de semana, chegou a causar algum rebuliço cantando sucessos da épocaem inglês.[1] Ali conheceu Edson Bastos, filho da pianista Alda Pinto Bastos, que lhe ensinou a tocar violão e piano ecom quem pretendia formar um conjunto musical.[1]

Mas os planos de formar um grupo musical foram interrompidos quando Simonal foi chamado para servir no 8ºGrupo de Artilharia de Costa Motorizado (8º GACOSM) e neste quartel, que era famoso pelo seu time de futebol epela sua banda, Simonal aprendeu a comandar platéias, já que era chefe da torcida do time do quartel, além de terparticipado de vários bailes como cantor[4]:

Percebi que podia dominar o público. Como, nem sei explicar direito. Descobri o valor daentonação e aprendi que há um segredo na maneira de falar, na maneira de olhar, na maneira de seportar. Quando não gritava, me impunha com o olhar, naturalmente. — Wilson Simonal em entrevista ao

jornal Folha de São Paulo, em 17 dejulho de 1967

[1]

Page 114: Bossa Nova

Wilson Simonal 111

Carreira

Primeiro conjunto, carreira solo, Beco das Garrafas e estréia na TVEm 1960, Simonal deu baixa do exército como sargento[1] e, juntando-se a seu irmão Zé Roberto e a seus amigosMarcos Moran, Edson Bastos e Zé Ary, os cinco adotaram o nome de Dry Boys. O conjunto durou até os primeirosmeses de 1961 quando se apresentaram no programa "Clube do Rock" de Carlos Imperial, na TV Tupi.[1] Depois daapresentação tentaram um contrato com uma gravadora, por intermédio de Imperial, mas foram recusados. Isto levouo grupo ao fim, com Simonal seguindo carreira solo sob a proteção de Imperial, além de ter se tornado crooner doConjunto Guarani.[1]

Com o fim dos Dry Boys, Simonal ficou sem ter onde morar, já que morar na casa da sua mãe em Areia Branca[1] etrabalhar na Zona Sul não era possível. Carlos Imperial contratou-o como seu secretário, ao lado de Erasmo Carlos, earranjou um modo de Simonal morar na casa de Eduardo Araújo que, ainda adolescente, morava em uma quitinetealugada pelo seu pai, no Catete.[1] Nesta época, Simonal chegou a substituir Cauby Peixoto em uma apresentação naantiga Rádio Nacional carioca, conseguindo um contrato.[1] Entretanto, a estada na casa de Eduardo Araújo não élonga e Simonal logo se muda para um apartamento de Imperial. Numa das apresentações do clube do Rock conheceTereza Pugliesi, que viria a ser sua mulher, e começa a namorá-la.[1]

Mais tarde naquele ano torna-se crooner da boate Drink, pela qual chega, inclusive, a gravar duas faixas para um LPque só sairia em 1962.[1] A sua exposição na boate lhe rende um contrato com a gravadora Odeon pela qual lançaria,em dezembro de 1961, seu primeiro compacto com "Terezinha", um Chá-chá-chá de Imperial em homenagem anamorada de Simonal, e "Biquínis e Borboletas". No mesmo mês troca a Drink pela boate Top Club.[1] Nos anos de1962 e 1963, sua gravadora lançaria mais três compactos seus de modo a testar a receptividade de Simonal emdiferentes estilos musicais, antes de lançar seu primeiro disco em novembro de 1963, Tem "Algo Mais". Neste discoestá "Balanço Zona Sul", seu primeiro sucesso nas rádios. Pouco antes do lançamento do álbum, casaria com TerezaPugliesi, já grávida de Wilson Simoninha, em 24 de outubro de 1963.[1]

O álbum e a música lhe dão maior exposição, provocando um convite da dupla Miele & Bôscoli para que eledeixasse o Top Club e passasse a se apresentar nos shows que eles organizavam, conhecidos como "pocket shows",no Beco das Garrafas. Simonal aceita e participa de várias apresentações entre o início de 1964 e meados de 1965.[1]

quando surgiu o cantor no Beco das Garrafas, Simonal era o máximo para seu tempo: grande voz, umsenso de divisão igual aos dos melhores cantores americanos e uma capacidade de fazer gato e sapatodo ritmo, sem se afastar da melodia ou apelar para os scats fáceis. — O jornalista Ruy Castro sobre a

aparição de Simonal no Beco dasGarrafas

[5]

No dia 06 de abril de 1964 nasce seu primeiro filho, Wilson Simonal Pugliesi de Castro. Em julho de 1964, lançamais um compacto com "Nanã" e "Lobo Bobo", recebendo boa acolhida nas rádios e abrindo espaço para a gravaçãodo seu segundo álbum, A Nova Dimensão do Samba, ainda considerado por muitos como o melhor disco da carreirade Simonal.[6]

No final de 1964, chega a excursionar 40 dias com a dançarina Marly Tavares e o conjunto Bossa Três, do pianistaLuís Carlos Vinhas, pela Colômbia com o show "Quem Tem Bossa Vai à Rosa", o primeiro de Miele & Bôscoli quehavia sido pensado para um teatro de verdade, isto é, fora do circuito do Beco das Garrafas.[1] O sucesso no Beco ecom as músicas gravadas trazem o interesse da TV Tupi em produzir um programa apresentado por Simonal. Assim,em janeiro de 1965 assina contrato para apresentar o programa "Spotlight" e muda-se para São Paulo.[1]

O programa era uma tentativa de tocar músicas de modo mais "sofisticado" e com arranjos mais próximos ao jazz americano da época, de Miles Davis e Gil Evans. Por isso, todos os seus lançamentos nesse ano seguem essa linha. Assim são o álbum auto intitulado de março de 1965, o compacto do mesmo mês, o compacto duplo de julho de

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1965 - acompanhado pelo Bossa Três e no qual Caetano Veloso foi lançado como compositor com sua música, "DeManhã"[4] - e o seu quarto álbum, S'imbora. Exemplo disso são os arranjos de, entre outros, Eumir Deodato e J.T.Meirelles.[1]

Foi nessa época que defendeu "Rio do Meu Amor", de Billy Blanco e "Cada vez mais Rio" de Luís Carlos Vinhas eRonaldo Bôscoli, no I Festival da Música Popular Brasileira, da Tv Excelsior.[1] Simonal se mostrava antenado coma música que estava sendo feita no país. Além de ter sido o segundo a gravar Caetano Veloso - sua irmã, MariaBethânia, já o havia gravado, mas Simonal era mais conhecido[4] - foi o segundo a gravar Chico Buarque, apenasdepois de Geraldo Vandré (que havia defendido "Sonho de um Carnaval" em 1965), mas antes de Nara Leão,frequentemente lembrada por ter sido quem lançou o compositor carioca.[4] Também foi o primeiro a gravarToquinho, defendo uma canção sua, "Belinha", no III Festival da Música Popular Brasileira, de 1967.[4]

Mudança de canal, pilantragem e o MugEm janeiro de 1966, acabou o contrato de Simonal com a TV Tupi e ele não queria renová-lo. Ao invés disso,assinou com a TV Record que era o maior canal de TV brasileiro desde 1965, graças aos seus programas musicais,em especial a "O Fino da Bossa", comandado por Elis Regina e Jair Rodrigues e que era o reduto da Bossa Nova e daCanção de Protesto, e ao programa "Jovem Guarda", comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa epropagador do Iê-iê-iê.[1] Logo no início, Simonal já passou a ser uma atração fixa no programa de Elis e JairRodrigues, mas participava também do programa dos jovem guardistas, algo que só ele e Jorge Ben faziam.[1]

Neste ano, lançou mais dois compactos em abril e maio de 1966, sendo que o segundo (Mamãe Passou Açúcar emMim), gravado para a trilha sônora do primeiro filme dos Trapalhões (Na Onda do Iê-iê-iê) e com a banda TheFevers acompanhando o cantor, estourou nas rádios e foi o maior sucesso de Simonal até então.[1] Na onda dessenovo sucesso, em agosto de 1966, Simonal firma uma parceria com o Som Três, formado por Toninho na bateria,Sabá no baixo e César Camargo Mariano no piano, para que o grupo o acompanhasse na carreira solo e no seu futuroprograma que deveria estrear ainda aquele ano.[1] A ideia de Simonal e César Camargo Mariano era misturar BossaNova, Samba, a nascente música Soul americana, o Jazz, a música de protesto e o rock que se fazia por aqui na épocasem perder a qualidade, mas fazendo um som que eles definiam como "mais comunicativo", isto é, que secomunicasse melhor com as massas do que a Bossa Nova.[1] Este novo som, seria chamado futuramente depilantragem, uma mistura de samba, iê-iê-iê e soul, constituindo-se em verdadeiro movimento, capitaneado porWilson Simonal, Carlos Imperial e Nonato Buzar.[7]

Algo que mantivesse a qualidade musical dele, a nossa, que estivesse dentro do espírito musical da época, masque fosse algo evidentemente mais popular. E nem era "popular" o termo que a gente usava, era "comunicativo".Isso se transformou em um desejo legítimo nosso. Trabalhávamos o tempo todo em cima desse conceito. Eracomum que nos trancássemos os quatro e passássemos dias bolando os arranjos, elaborando cada detalhe dorepertório, buscando essa união do bom gosto com a comunicação imediata.

— César CamargoMariano em depoimento

ao jornalista RicardoAlexandre.

[1]

Assim, Simonal e o Som Três gravaram juntos pela primeira vez em 02 de fevereiro de 1966, numa rápida viagem ao Rio de Janeiro, a música "Carango" de Carlos Imperial e Nonato Buzar, que já havia sido gravada por Erasmo Carlos. A canção fez ainda mais sucesso que "Mamãe Passou Açúcar em Mim", como que garantindo que estavam na trilha correta.[1] Estes 9 meses nos quais Simonal trabalhou na Record sem programa próprio serviram para que ele adquirisse experiência e ensaiasse com o seu conjunto. E às 20h20m do dia 20 de outubro de 1966, estreou o seu programa "Show em Si... Monal", tendo entre os seus roteiristas Miele, Bôscoli, Carlos Imperial e Jô Soares.[8] Nos intervalos do programa que, como era gravado, precisava, de quando em quando, parar para as trocas das fitas de rolo, Simonal entretia o público com piadas, imitações e algumas músicas despretensiosas. Foi assim que surgiu a ideia de gravar "Meu Limão, meu Limoeiro" que, já sendo "sucesso" nos intervalos do programa, sairia no álbum Vou Deixar Cair, o quinto de Simonal.[1] Este disco, que saiu em novembro de 1966, já começava a explorar a ideia da pilantragem, recorrendo a uma mistura de compositores e estilos, tudo "amalgamado" pelos arranjos de César Camargo Mariano. Ou, nas palavras de Sabá em depoimento para o jornalista Ricardo Alexandre, era algo que "não

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era iê-iê-iê, não era bossa-nova, não era canção de protesto, não era jazz, mas era tudo isso e era algo completamentediferente".[1] Em setembro defendeu "Querendo Ficar", composição de Johnny Alf, no primeiro festival da Record, eem outubro defendeu, juntamente com o MPB4, "Maria", de Francis Hime e Vinicius de Moraes, no PrimeiroFestival Internacional da Canção.[1]

Capítulo singelo na história não só de Simonal como também da música popular brasileira é a campanha ouhappening[1] do Mug. Mug era um boneco de "pano preto, redondo e sem pescoço, com os olhos esbugalhados,'cabelos vermelhos e calça xadrez ao estilo escocês, que virou febre ao ser vendido como amuleto da sorte para oAno-Novo de 1967".[1] Os mais variados artistas e personalidades participaram, como o Zimbo Trio, Chico Buarque,Ari Toledo, Hebe Camargo e Maurício de Sousa, além, é claro, de Simonal. Aproveitando a campanha, Simonalestreou em dezembro um show produzido por Miele & Bôscoli no Teatro Princesa Isabel, em Ipanema. O nome era"Mugnífico Simonal" e trazia o cantor acompanhado da sua banda, o Som Três, cantando músicas e realizandoalguns esquetes.[1]

Alegria, AlegriaNa temporada no Teatro Princesa Isabel com o show "Mugnífico Simonal", o cantor escreveu nos bastidores umamúsica com Ronaldo Bôscoli. Nela assumia-se negro e falava em luta, em uma reflexão sobre Martin Luther KingJr., pastor americano ícone na luta pelos direitos civis naquele país. A canção foi tocada na temporada do show egravada pela banda em 28 de fevereiro de 1967,[1] mas, como era de se imaginar, ficaria retida na censura por quatromeses.[1] Ainda assim, na entrega do troféu Roquete Pinto para os melhores do ano, Simonal cantou a música paraum Teatro Paramount lotado, fazendo um discurso:

Essa música, eu peço permissão a vocês, porque eu dediquei ao meu filho, esperando que no futuro ele não encontre nunca aquelesproblemas que eu encontrei, e tenho às vezes encontrado, apesar de me chamar Wilson Simonal de Castro.[9] —

O compacto foi lançado em junho de 1967 e estreou direto no primeiro lugar na parada do IBOPE.[10] No mesmomês, houve a gravação de um álbum ao vivo e duplo, no mesmo Teatro Paramount onde ocorria o programa deSimonal para comemorar o primeiro aniversário do show, com direito a 4 mil pessoas cantando em uníssono"Tributo a Martin Luther King" no encerramento do show.[1] Em setembro de 1967, lançou mais um compactocontendo "Nem Vem que não Tem" que fez um sucesso imenso, só ultrapassado na carreira do cantor por "SáMarina" e "País Tropical". No dia 06 do mesmo mês, o programa de Simonal na tv trocou de horário e de nome eganhou a participação de Chico Anysio, passando a chamar-se "Vamos S'imbora" e deixando as 22h40m de domingopara passar para as 20h10m de quarta-feira.[1]

No famoso III Festival da Música Popular Brasileira, da TV Record, Simonal foi indicado como intérprete por tantoscompositores que a organização abriu uma exceção para que ele apresentasse uma música em cada uma das trêseliminatórias.[1] Assim, o cantor defendeu "Balada do Vietnã", de Elizabeth Sanches e David Nasser, vestido deguerrilheiro; "O Milagre", de Nonato Buzar, com um grande crucifixo no peito; e "Belinha", de Toquinho e VictorMartins, "vestido de pilantragem".[1]

No mês seguinte sairia o próximo álbum de Simonal e o primeiro de quatro a se chamar Alegria, Alegria!!!, bordãoque Simonal usava na televisão e que Caetano Veloso pegou emprestado para usar como nome de uma música nofestival do mês anterior.[1] O disco era pilantragem pura, com várias cantigas de roda, palmas, muita gente no estúdiodurante a gravação e alguns sucessos, como "Vesti Azul".[1]

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Mudanças no somEm junho de 1968, Simonal lançou "Sá Marina", uma música que seria o segundo maior sucesso de sua carreira e omaior até então. O arranjo de César Camargo Mariano tornava a música delicada, quase um soul. A música tambémtornou-se o maior "cartão de apresentações" de Simonal no exterior, tendo sido gravada por Sérgio Mendes, HerpAlbert & Tijuana Brass e Stevie Wonder como "Pretty World".[1] Um mês depois estrearia um novo show pra teatrodo cantor. "Horário Nobre" era dirigido por João das Neves, que era egresso do Centro Popular de Cultura da UNE evisto como um diretor de teatro combativo e político,[1] e estreou no Teatro Toneleros no dia 12 de julho de 1968.[1]

O show foi sucesso de crítica por ser tido como menos óbvio já que não trazia simplesmente sucessos de Simonal("Meu Limão, meu Limoeiro" nem constava do show[1]), mas continha momentos diferentes como interpretações deCole Porter e George Gershwin.[1] Também tinha comentário político com Simonal se solidarizando com os atoresda peça Roda Viva, que haviam apanhado de membros do Comando de Caça aos Comunistas, um grupo paramilitarda época.[1]

Em agosto de 1968, saiu o segundo disco de Simonal com o nome Alegria, Alegria, tendo como subtítulo: Quem nãoTem Swing Morre com a Boca Cheia de Formiga. Este segundo disco continua na guinada do cantor em direção aum som mais próximo ao soul e ao funk estadunidenses. Além de "Sá Marina", o álbum traz também "Zazueira", deJorge Ben e, puxado por essas músicas, teve boa vendagem no mercado fonográfico nacional.[1] Em outubro, ocantor e sua banda tocaram no Olympia em Paris, aproveitando para tocar também na TV daquele país e realizar umapequena turnê internacional.[1]

Voltando ao Brasil, começaram os preparativos para mais um show teatral de Simonal, que seria batizado "De Cabrala Simonal". Com direção de Oswaldo Loureiro e textos de Arnaud Rodrigues e Oduvaldo Vianna Filho, estreou emjaneiro de 1969 no mesmo Teatro Toneleros de "Horário Nobre".[1] Este foi o show de maior sucesso de público docantor, rodando o país todo e contava com a banda de Simonal, o Som Três, reforçada com metais, a percussão deChacal e a guitarra de Luiz Cláudio Ramos, da banda "A Brazuca".[1] Um dos pontos altos do show eraprotagonizado pelo seu coreógrafo, Gerson Côrtes. Utilizando um jogo de luz e sombras ele aparecia no palcodançando e Simonal aparecia no fundo dos teatros, dando a impressão que Simonal estava em dois lugares ao mesmotempo.[1] Graças ao sucesso do show, Gerson conseguiu gravar um compacto pela CBS, "Não Volto mais Aqui".Anos depois, faria sucesso como Gerson King Combo.[1]

Em 5 de fevereiro de 1969 seu contrato com a TV Record terminava e seu show, o "Vamos S'imbora", saiu do ar.Renegociou o contrato por mais alguns meses apenas para aparições esporádicas já que a agenda de shows nãoestava permitindo as gravações toda semana.[1] Em abril do mesmo ano saía o seu terceiro álbum Alegria, Alegria,com o subtítulo de Cada um Tem o Disco que Merece. Neste disco, o Som Três foi definitivamente ampliado,passando a contar com o sax barítono de Aurino, o trompetista Darcy, seu irmão Zé Roberto Simonal no sax,Maurílio no trompete e Juarez no sax tenor, além de Don Chacal tocar frequentemente percussão nos discos e Sabápassar a usar um contrabaixo elétrico.[1] Os destaques do disco eram os arranjos mais complicados de CésarCamargo, utilizando vários instrumentos diferenciados para conseguir sons, como fagotes e flugelhorns, além dolançamento de "Mustang Cor de Sangue" dos irmãos Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, saindo da pilantragem emdireção a um som cada vez mais soul e mais próximo do que Sérgio Mendes fazia nos EUA.[1]

O Contrato com a Shell e o último Alegria, AlegriaRicardo Amaral, um empresário carioca, resolve promover uma turnê de Sérgio Mendes no Brasil. Fala com a Shellatrás de patrocínio e consegue agendar 17 shows a serem realizados em 20 dias, por todo o país, com cachê de 1milhão de dólares por apresentação para o artista. O contrato incluía uma apresentação a ser gravada e transmitidapela TV Tupi, no Clube Monte Líbano, e uma apresentação a preços populares no Maracanãzinho, a última da turnê.Pelo tamanho do Maracanãzinho, o show foi "engordado" com outras atrações como Jorge Ben, Marcos Valle, GalCosta, Maysa, Milton Nascimento, Os Mutantes, Gracinha Leporace, Pery Ribeiro e Wilson Simonal. Casosobrassem ingressos eles serim comprados pela Shell e utilizados em promoções nos seus postos de gasolina.[1]

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Ficou acertado que Simonal faria o show que antecederia ao de Sérgio Mendes com os grupos Brasil '66 e Bossa Rio.No dia 5 de julho de 1969, trinta mil pessoas lotavam o Maracanãzinho, não tendo sido necessária a compra dosingressos pela empresa patrocinadora.[1] O destaque negativo do show era o som dos Amplificadores que eramengolidos pelo barulho que vinha da platéia. Simonal entrou nervoso já que nunca tinha tocado para um público tãogrande e, além do mais, para ele e sua banda aquele público estava ali para ver Sérgio Mendes. Mas o que aconteceuviraria notícia em toda a imprensa no outro dia: Simonal tocou seis ou sete músicas - apenas hits - e foi ovacionado,com a platéia cantando junto com ele durante todo o show, além de ter divido o público em vozes tal como fazia noseu antigo programa de tv durante "Meu Limão, meu Limoeiro".[1] O sucesso foi tanto que, quando o show terminou,Simonal desmaiou no camarim.[1]

Foi nesse clima que Sérgio Mendes subiu ao palco e iniciou sua apresentação. Quando começou a tocar "PrettyWorld" (sua versão de "Sá Marina") o público delirou.[1] Entretanto, quando as vocalistas de sua banda começaram acantar a letra em inglês, a platéia começou em coro a gritar "Simonal! Simonal!".[1] Somente quando o cantor subiuao palco para cantar "Sá Marina" o público sossegou. Sérgio Mendes acabaria sendo muito aplaudido quando tocousua versão de Mas que Nada.[1] A cobertura da imprensa foi extremamente favorável a Simonal, enaltecido mais doque Sérgio Mendes por alguns (como Nelson Motta no jornal Última Hora[1]). O Pasquim tripudiou em cima deSérgio Mendes, considerado vendido pelo tablóide[1], e publicou que Simonal "jantou" o músico niteróiense.[1]

O impacto do show foi tão grande na cúpula de marketing da Shell, que estava assistindo a tudo noMaracanãzinho[1], que Simonal passou a ser sondado para assinar um contrato como garoto propaganda dacompanhia. Enquanto estava em conversações com a empresa, o cantor lançou o que viria a ser o seu maior sucessocomercial, País Tropical. Simonal conheceu a canção quando foi levado por Jorge Ben para assistir a um show deGal Costa, com quem Jorge Ben estava tendo um caso.[1] Lá o cantor viu Gal cantar "País Tropical" e, ignorando apreferência dada por Jorge Ben para a cantora gravá-la, arrastou-o para o estúdio para mostrar a canção a suabanda.[1] Simonal fez grandes modificações na música, cortando estrofes inteiras, introduzindo menções ao sloganda Shell na época ("algo mais") e inventando um bis para a música no qual cantava-se apenas a primeira sílaba daspalavras, criando o célebre termo "patropi", utilizado até hoje para referir-se ao Brasil.[1]

A Shell, após ter tido como garotos-propaganda Os Mutantes, avaliava que precisava de um grande nome (comoRoberto tinha sido nos tempos do programa Jovem Guarda), já que acreditava que a parceria com o grupo paulistahavia sido mais benéfica para os artistas do que para a companhia.[1] Assim, após a apresentação de Simonal noMaracanãzinho, a empresa acreditou que tinha achado o homem certo. No dia 16 de setembro de 1969, o artistaassinou um contrato de publicidade com a Shell, sendo chamado pela imprensa da época de "o mais fabulosocontrato de publicidade já assinado no Brasil"[1], com uma duração inicial de seis meses, sendo que o contrato foirenovado em março de 1970 por mais um ano, com condições ainda mais vantajosas para Simonal.[1]

Simonal já vinha há algum tempo flertando com a ideia de tomar conta da própria carreira autonomamente, criandouma pessoa jurídica que faria toda a sua movimentação financeira, reduzindo custos e tributos. A convivência comSérgio Mendes, que era "empresário de si próprio", e João Carlos Magaldi, publicitário de muito sucesso na época,assim como os exemplos de músicos de fora como Frank Sinatra que tinha fundado a Reprise Records e os Beatlesque haviam iniciado a Apple Corps, levaram Simonal a conclusão que este era o melhor caminho a seguir para suacarreira.[1] Assim, no dia 12 de setembro de 1969, o cantor juntou alguns amigos, entre eles o empresário RuyBrizolla, para tocarem a produtora e criou a Simonal Produções Artísticas.[1]

No mês seguinte, o contrato com a Shell começou a render seus frutos. Magaldi tinha excelentes contatos na Globo,por ser padrinho de casamento de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho e havia sido seu sócio em uma empresa,[1] econseguiu que Simonal fosse indicado presidente do júri do IV Festival Internacional da Canção, que ele fizesse oshow de entreato da final e, também, que ele seria o embaixador do evento no ano seguinte.[1] No dia 4 de outubro de1969, Simonal subiu ao palco do Maracanãzinho, dessa vez com várias pessoas segurando cartazes em referência aocantor, outras com bandanas na testa, tal qual Simonal, e regeu o público como se fosse um coral novamente,dividindo a platéia em vozes durante "Meu Limão, meu Limoeiro".[1]

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Em novembro de 1969, chegaram as lojas o quarto e último álbum de Simonal com o título de Alegria, Alegria.Tentando aproveitar-se do sucesso de "País Tropical" e do show de encerramento do FIC no Maracanãzinho, o discocontinha como subtítulo o monólogo introdutório do cantor na música, Homenagem à Graça, à Beleza, ao Charme eao Veneno da Mulher Brasileira, além de suas capa ser imagem do cantor durante o show. O disco vendeu bem,trazendo ainda a música "Que Maravilha", uma composição de Jorge Ben e Toquinho.[1] No mesmo mês, o músicofoi o anfitrião da festa do milésimo gol de Pelé: como o jogador também era patrocinado pela Shell, a empresapromoveu o show, que ocorreu no dia da bandeira daquele ano, e, nada mais natural, chamou seu outro contratadopara ser o mestre de cerimônias.[1]

A Copa do mundo e o início do fimEm janeiro de 1970, Simonal excursionou pela Europa como embaixador do FIC daquele ano e aproveitou parapromover a sua própria carreira além-mar, tendo conseguido que todos os 9 músicos que compunham sua banda (oSom Três mais os "metais com champignon", como o cantor chamava o naipe de metais[1]) acompanhassem acomitiva.[1] Apresentou-se no Midem, na França, na TV RAI da Itália, chegando a gravar uma versão em italiano de"País Tropical" para ser lançada naquele país, e também na televisão portuguesa.[1] Ao voltar ao Brasil, gravou onovo hino do FIC, composto por Miguel Gustavo e acompanhado por uma banda regida por Lyrio Panicali.[1]

Após temporada na boate Sucata no início do ano, Simonal e sua banda (o único músico que não foi junto foi obaterista Toninho, substituído por Victor Manga, da banda "A Brazuca") embarcaram para o México em maio de1970 para acompanhar a Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo daquele ano. Antes da viagem, na qualfaria apresentações na boate El Dorado, em Guadalajara, e uma temporada de 45 dias no hotel Camino Real,[1]

Simonal deixou gravadas quatro músicas para o lançamento de um compacto duplo em junho daquele ano, contendo,entre outras, "Aqui É o País do Futebol" de Milton Nascimento e Fernando Brant, para que pudesse se ausentar dopaís deixando algo pra ser lançado.[11] Lá, o cantor conquistou o povo mexicano, em uma estratégia planejada porJoão Havelange para que o time se sentisse em casa, e participou ativamente da vida do time, conseguindo acessolivre à concentração,[1] além de ter chegado a lançar um álbum em solo mexicano, México '70, que viria a serlançado no Brasil apenas 40 anos depois.[11]

Em 24 de junho de 1970, estreou o filme É Simonal, indo na onda dos filmes com músicos que existiam à época.Dirigido por Domingos de Oliveira, que havia dirigido o sucesso Todas as Mulheres do Mundo, contava comprodução de César Thedim e com a atriz Irene Stefânia, além de participações especiais de Marília Pêra, Jorge Dória,Milton Gonçalves, Ziembinski e trilha sonora de Erlon Chaves. O filme naufragaria nas bilheterias em 1970, devidoao fato de ter que competir com Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa, maior bilheteria do ano no Brasil,[12] e,depois, com o Let It Be dos Beatles.[1] Em 1971, no seu relançamento, o filme não conseguiria atrair boas bilheteriasnovamente, devido a aparição de Simonal nas páginas policias.[1]

No dia 19 de agosto, Simonal e sua banda entraram em estúdio e gravaram o que Simonal chamava de "músicasnativistas",[1] e que incorporavam uma visão ufanista do país.[4] Assim, além do hino do FIC, gravado mais cedoaquele ano, incluíam também "Que cada um Cumpra o seu Dever", do próprio cantor, e "Brasil, Eu Fico" e"Resposta", ambas de Jorge Ben Jor. Esta última canção era uma resposta à "Paris Tropical", de Juca Chaves, cançãoesta que, por sua vez, era uma sátira à "País Tropical".[1]

O contrato com a Shell previa, mensalmente, "shows em rede nacional de altíssima qualidade", entretanto, o únicodestes shows ocorreu em setembro de 1970 quando Simonal recebeu Sarah Vaughan para um concerto acompanhadodo "Som Três", da banda da Tupi (regida por Erlon Chaves), e do conjunto de Sarah (John Donald Abne no piano,Gene Perio no baixo e Jimmy Cobb na bateria). No show os dois cantaram vários clássicos, incluindo um dueto em"The Sahdow of your Smile", para encerrar. A transmissão ocorreu no dia 20, um domingo, durante o programa deFlávio Cavalcanti, contando ainda com a dupla Miele e Bôscoli na produção.[1]

Nos últimos meses Simonal vinha preparando um álbum, em sua cabeça, que deveria chamar-se Samba Soul, tendo, inclusive, músicas já reservadas para o cantor, como "Atropelado Bacharel", de Marcos Valle, e "Mano Caetano",

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que Jorge Ben havia feito para Caetano Veloso, que se encontrava exilado.[1] Entretanto, devido à falta de foco emmúsica (o Som Três estava em franca desaceleração, fazendo cada vez menos shows e gravando cada vez menos), oálbum acabou virando lenda.[1] Para ter um álbum para lançar ainda aquele ano, o cantor e sua banda entraram emestúdio em outubro e, em apenas três dias, gravaram o que seria o álbum Simonal, considerado por alguns como umdos melhores de sua carreira, devido a sua despretensão, entrosamento e coesão, afinal, havia sido praticamentegravado em ao vivo em estúdio.[1] O álbum foi lançado em dezembro daquele ano, juntamente com o compactocontendo A Tonga da Mironga do Kabuletê, que seria a última música de Simonal arranjada por César CamargoMariano e o último no qual o compositor era acompanhado pelo Som Três.[1]

Para o lançamento do álbum, Simonal estrearia um show no Canecão, produzido pela dupla Miele & Bôscoli, queseria o último com a participação do Som Três e o último de sua fase de sucesso.[1] O nome seria Simona/Simonal,concebido pela dupla fazendo uso da velha dicotomia entre o "Simonal" sofisticado, cantor de bossa nova, e o"Simona" pilantra: o showman, o entertainer. Uma semana antes da estréia é que o Som Três e César CamargoMariano foram avisados que o espetáculo aconteceria,[1] tendo sido chamados para ensaiar as músicas já arranjadaspor Erlon Chaves, já que o show contaria também com a presença da banda veneno. Neste ensaio, Simonal recusoutodas as músicas arranjadas pelo maestro, com a exceção da abertura e do encerramento (nas quais ele nãocantava).[1] Então, César Camargo teve apenas quatro dias para rearranjar tudo e, as duas bandas, mais dois dias paraensaiar aqueles novos arranjos a tempo da estréia.[1] No final, deu tudo certo e o espetáculo foi um sucesso depúblico e crítica, ficando em cartaz até fevereiro de 1971.[1]

Episódio do contadorNo início da década de 1970, Simonal teria sido vítima de um desfalque e demitiu seu contador, Raphael Viviani, osuposto culpado. Este moveu uma ação trabalhista contra o cantor. Em agosto de 1971, Simonal recrutou doisamigos (um deles seu segurança) militares para arrancar uma "confissão" do contador, que foi torturado nasdependências do Dops.[3] Este, afinal, acabou assinando a confissão de culpa no desfalque.Simonal conhecia os agentes do Dops há dois anos, quando havia deposto, como suspeito, a respeito da presença deuma bandeira soviética no cenário de um de seus shows. O que ele não contava era que a esposa de Viviani dariaqueixa do espancamento e, quando os jornais noticiaram o fato, os envolvidos foram obrigados a se explicar.[3]

Processado sob acusação de extorsão mediante sequestro do contador, Simonal levou como testemunha aquelemesmo policial do Departamento de Ordem Política e Social do então Estado da Guanabara, Mário Borges, que oapontou em julgamento como informante do Dops. Outra testemunha de defesa, um oficial do I Exército (atualComando Militar do Leste), afirmou que o réu colaborava com a unidade.Simonal foi julgado culpado pelo sequestro e, em 1972, quando estava prestes a lançar o seu "disco de retomada"pela Philips, foi condenado a uma pena de cinco anos e quatro meses, segundo o juiz, devido a sua "altapericulosidade". Mas cumpriu a pena em liberdade. Nos autos, Simonal era referido como colaborador das ForçasArmadas e informante do DOPS. Em 1976, em acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, também é referidaa sua condição de colaborador do DOPS.[13]

"Em sua argumentação final, o ilustre meritíssimo alega que não tem como julgar os agentes do DOPS, já queestávamos vivendo um estado de exceção e, por isso, ele não tinha competência para julgar atos que poderiam serde segurança nacional, mas Wilson Simonal, que era civil, não tinha esse tipo de “cobertura”, portanto pena de 5anos e 4 meses para ele(...) Se em 1971 fosse provado que ele era um colaborador, ele não seria julgado por isso,seria condecorado," escreve o comediante Claudio Manoel, produtor e diretor do documentário Simonal - NinguémSabe o Duro que Dei.[14]

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Tentativas de retomada da carreiraEm 1972, Simonal foi contratado pela gravadora Philips, pela qual acabaria lançando quatro discos (Se Dependessede Mim, Olhaí Balandro... é Bufo no Birrolho Grinza, Wilson Simonal e Dimensão 75) com baixas vendagens, semconseguir a retomada que pretendia. Seu contrato com a gravadora duraria até 1974 e em 1975 passou a gravar seusdiscos na RCA Victor até 1979, também com baixas vendagens. Em 1980 a situação se repetiu novamente quandopassa a gravar na Discos Copacabana e aconteceu o mesmo em meados daquela década, quando foi para a gravadoraBMG Ariola. Já na década de 1990, muda sucessivamente de gravadoras: na Movieplay em 1995 e na Happy Soundem 1998, quando lança seu último álbum. [15]

Ostracismo e morteSimonal caiu em absoluto esquecimento a partir da década de 1980.[16] Segundo sua segunda mulher, SandraCerqueira, "Ele dizia para mim: 'Eu não existo na história da música brasileira' ".Tornou-se deprimido e alcoólatra, vindo a morrer de cirrose hepática decorrente do alcoolismo em 25 de junho de2000.[16]

Fama de delatorO compositor Paulo Vanzolini, no entanto, afirma, em entrevista ao Caderno2 do Estadão, que Simonal era, de fato,"dedo duro" do regime militar e complementa: "Essa recuperação que estão fazendo do Simonal é falsa. Ele eradedo-duro mesmo. Ele se gabava de ser dedo-duro da ditadura' (...) na frente de muitos amigos ele dizia 'euentreguei muita gente boa' ", conclui.[17] No entanto, jamais houve registro de alguém que declarasse ter sidodelatado por Simonal. Nem mesmo a Rede Globo, a qual Simonal jurava que havia um documento proibindo suaentrada nos programas da emissora, registra que haja documentos vetando o cantor. Sobre isso, o superintendente deprodução e programação da Globo à época, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, reafirma que nunca partiu dadireção da emissora nenhuma proibição à presença de Simonal em suas atrações. Boni alega que a sua ausência naGlobo se dava por ser considerado pelos diretores dos programas musicais uma pessoa de difícil relacionamentoprofissional.Raphael Viviani, em depoimento para o filme, relata que Simonal estaria no Dops e teria assistido à sua tortura e nãoteria tido dó.[18]

O humorista Chico Anysio e o jornalista Nelson Motta, dentre outras personalidades, afirmam que até a presente datanão apareceu uma vítima sequer das ditas delações de Simonal. O jornal O Pasquim, frente de luta contra a ditaduramilitar, através de pessoas como Henfil e Jaguar, ocupou-se de propagar as acusações que destruíram a carreira deSimonal.[carece de fontes?]

ReabilitaçãoO processo de reabilitação do cantor na memória coletiva é já longo e não sem alguns percalços. Começou no iníciodos anos 90 quando Simonal obteve documentos da Presidência da República que, após vasculhar os arquivos dosserviços de informação, informavam que nada fora encontrado sobre a associação do cantor com os denominadosserviços. Assim, o cantor voltou a aparecer na mídia como uma vítima do clima da ditadura militar que provocavapatrulhamentos.[19]

O artista acabaria morrendo sem conseguir sair do ostracismo.[20]

Em 2002, a pedido da família, a Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) abriu um processo para apurar a veracidade das suspeitas de colaboração do cantor com os órgãos de informação do regime militar. A comissão analisou documentos da época, manteve contato com pessoas do meio artístico, como o comediante Chico Anysio e os cantores Ronnie Von e Jair Rodrigues, e analisou reportagens publicadas nos jornais. Em notícia veiculada em 1992 pelo Jornal da Tarde, por exemplo, Gilberto Gil e Caetano

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Veloso, oficialmente perseguidos pelo regime militar, declararam não ter tido problemas de convivência comSimonal, sendo que Veloso ainda elogiou as qualidades de Simonal como artista.Além de depoimentos de artistas e de material enviado por familiares e amigos, constou do processo um documentode janeiro de 1991, assinado pelo então secretário nacional de Direitos Humanos, José Gregori, no qual atestava que,após pesquisa realizada nos arquivos de órgãos federais, como o SNI e o Centro de Informações do Exército (CIEx),não foram encontrados registros de que Simonal tivesse sido colaborador, servidor ou prestador de serviços daquelasorganizações.Em 2003, concluído o processo, Wilson Simonal foi moralmente reabilitado pela Comissão Nacional de DireitosHumanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em julgamento simbólico.[21][22][23]

Em 2009, foi lançado o documentário Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei, dirigido por Claudio Manoel (datroupe Casseta & Planeta), Micael Langer e Calvito Leal, que tenta resgatar a trajetória de vida do cantor,baseando-se em depoimentos e traçando um retrato simpático ao cantor, apesar de contar com um longo testemunhode Raphael Viviani.[24] O filme mostra que a popularidade do cantor chegou a rivalizar com a dos artistas da JovemGuarda[25] e chega a conclusões sobre o seu ostracismo, sobre o qual Claudio Manoel chegou a dizer que Simonal"pagou uma pena dura demais, desproporcional ao que ele fez, porque sua condenação foi até o fim da vida. Para ele,não teve anistia".[26][27]

Em 2009, também foi lançada a biografia Nem Vem que Não Tem - A Vida e o Veneno de Wilson Simonal. Nela,segundo Marcus Preto, repórter do jornal Folha de São Paulo, seu autor, o jornalista Ricardo Alexandre, apresentafatos que tentam levar o leitor a acreditar na inocência alegada por Simonal.[3] A narrativa desenvolvida no livrosustenta que, para se inocentarem, os agentes do Dops que torturaram o contador teriam improvisado uma farsa:Viviani seria um possível terrorista denunciado por Simonal. Para dar um ar de credibilidade à história, o cantorassinou documento em que se assumia acostumado a "cooperar com informações que levaram esta seção [o Dops] adesbaratar por diversas vezes movimentos subversivos no meio artístico".[3]

Em 2011 foi lançado o livro "Simonal: quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga" [28], do historiador Gustavo Alonso, pela Editora Record. Nele o autor mostra um painel complexo dos anos 60/70, deixando claro que Simonal não foi o único que flertou com o regime, e problematiza a recente reabilitação do cantor. Alonso aponta uma instigante questão: sendo Simonal vítima ou algoz, a sociedade continua se vendo como resistente ao regime ditatorial, algo que o historiador busca questionar. Ele mostra como vários artistas da MPB flertaram com a ditadura, dentre eles Elis Regina, Jair Rodrigues, Tom Jobim, João Nogueira, o grupo Os Originais do Samba, artistas como Tonico e Tinoco, os tropicalistas, Jorge Ben, e até Chico Buarque, dentre vários outros. O autor nega que o racismo tenha sido preponderante para o ostracismo de Simonal, que, junto da grande maioria da população, era um defensor da idéia vulgata da "democracia racial". A concepção de que Simonal teria sofrido "racismo" por parte da sociedade contribui, segundo Alonso, para a vitimização do cantor, que finalmente também pôde entrar no panteão das "vítimas" do regime, ou seja, ao lado da sociedade também "vitimizada", que sente dificuldade de se reconhecer no papel de algoz. Para o historiador, a forma vitimizada de se recordar Simonal nos dias de hoje não problematiza o apoio da sociedade ao regime e se cala sobre o principal motivo da exclusão do cantor: o flerte incessante com a cultura de massa através da Pilantragem e a concorrência com o Tropicalismo na modernização antropofágica da música brasileira. Antes do Tropicalismo, Simonal já misturava as guitarras na música brasileira, também flertava com a cultura de massa e incorporava o mundo pop e ironizava as esquerdas folclóricas e a música de protesto. Alonso mostra até que, nos anos 60, Tropicalismo e Pilantragem eram até confundidos, tamanha a semelhança entre os projetos que, por fim, tiveram trajetórias distintas, sobretudo após o exílio dos baianos. Enquanto um projeto conseguiu colocar um tropicalista no ministério da Cultura, Gilberto Gil no mandato Lula (2002-2010), a Pilantragem ficou apagada. Talvez porque, segundo Alonso, a Pilantragem era a versão da "malandragem" nos anos 60/70, ambigua e paradoxal, e que apesar de muito popular não conseguiu a incorporação pela intelectualidade, fosse de esquerda ou direita. ´Diante dos vários questionamentos que coloca, o livro "Simonal: quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga", foi considerado por Arthur Xexéo, em coluna de 03 de agosto de 2011 no jornal O

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Globo, como "inflamável". Segundo Xexéo, o livro de Gustavo Alonso é capaz de causar "uma explosão e tanto nasentranhas da MPB".[29]

Além de elogiado por Arthur Xexéo, o livro de Gustavo Alonso foi muito analisado e recomendado por diversosmúsicos e críticos culturais. Caetano Veloso escreveu sobre a obra: "Alonso complexifica a discussão sobre o fim davida daquele grande cantor. Deve ser lido.”[30] O crítico cultural Pedro Alexandre Sanches fez a seguinte avaliação:"Eis o ovo da serpente cutucado pelo historiador Gustavo Alonso. Esmiuçando inúmeros exemplos, ele dá margem àcompreensão de que, numa sociedade muito mais complexa que o bangue-bangue hollywoodiano maniqueista quedivide o mundo em 'bons' e 'maus', quem lutou contra a ditadura pode ter igualmente colaborado com ela, evice-versa. (...) Você já havia ouvido falar em algum outro lugar sobre esse perturbador redesenho histórico propostoem livro por Gustavo Alonso?"[31] A revista Rolling Stone louvou a precisão histórica da obra: "Este livro nasceu dadissertação de mestrado defendida pelo autor, o historiador Gustavo Alves Alonso Ferreira, na Universidade FederalFluminense, em 2007. E por isso se mostra uma obra bastante completa quanto à pesquisa e apuração dos fatos quepermeiam a vida e obra do redescoberto Wilson Simonal".[32] O crítico cultural Mauro Ferreira também elogiou ohistoriador: “A leitura de 'Simonal: Quem Não Tem Swing Morre com a Boca Cheia de Formiga' se torna obrigatóriapor todos que se interessam pela música brasileira e pelo questionamento dos mitos alimentados pela história oficialda tal MPB”.[33] O crítico Luis Nassif também elogiou o livro em seu blog.[34] Por fim, o historiador e jornalistaPaulo Cesar de Araújo, autor do clássico "Eu não sou cachorro, não: música popular cafona e ditadura militar" e docensurado "Roberto Carlos em detalhes", escreveu na orelha da obra de Alonso: “Este livro vai além dos limites deuma biografia tradicional: explora como a sociedade e, especialmente, o meio musical atravessaram a corda bambado protesto e da adesão ao regime militar. (...)Na contramão do senso comum, que coloca o elenco da MPB nopanteão dos heróis nacionais da resistência, o autor lembra que vários cantores e compositores flertaram com aditadura e a bajularam. (...)Este livro interessa não só aos apaixonados por nossa cultura, mas também aos que sedeixam atrair pelo enigma de como as sociedades eternizam ou matam seus ídolos”.[35]

Discografia

De Estúdio• 1963 - Tem "Algo Mais"• 1964 - A Nova Dimensão do Samba• 1965 - Wilson Simonal• 1965 - S'imbora• 1966 - Vou Deixar Cair...• 1967 - Alegria, Alegria !!!• 1968 - Alegria, Alegria Volume 2 ou Quem não Tem Swing Morre com a Boca Cheia de Formiga• 1969 - Alegria, Alegria Volume 3 ou Cada um Tem o Disco que Merece• 1969 - Alegria, Alegria Volume 4 ou Homenagem à Graça, à Beleza, ao Charme e ao Veneno da Mulher

Brasileira• 1970 - México '70• 1970 - Simonal• 1971 - Jóia, Jóia• 1972 - Se Dependesse de Mim• 1973 - Olhaí, Balândro... É Bufo no Birrolho Grinza!• 1974 - Wilson Simonal• 1974 - Dimensão 75• 1975 - Ninguém Proíbe o Amor• 1977 - A Vida É só pra Cantar• 1979 - Se todo mundo Cantasse Seria bem mais Fácil Viver

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• 1982 - Alegria Tropical• 1983 - Simonal• 1991 - Os Sambas da minha Terra• 1995 - Brasil• 1998 - Bem Brasil - Estilo Simonal

Ao Vivo• 1967 - Show em Simonal

Compactos Simples• 1961 - Teresinha / Biquinis e Borboletas• 1962 - Eu te Amo / Beija meu Bem• 1963 - Está Nascendo um Samba / Garota Legal• 1963 - Walk Right In / Fale de Samba que Eu Vou• 1964 - Nanã / Lobo Bobo• 1965 - Garota Moderna / Juca Bobão• 1966 - Se você gostou / Mangangá• 1966 - Mamãe Passou Açúcar em Mim / Tá por Fora• 1966 - Carango / Enxugue os Olhos• 1967 - A Praça / Ela É Demais• 1967 - Tributo a Martin Luther King / Deixa quem quiser falar• 1967 - Nem Vem que não Tem / Escravos de Jó• 1967 - Duas Contas / Balada do Vietnã• 1967 - Belinha / Samba do Carioca• 1967 - O Milagre / O Apito no Samba• 1967 - Alegria, Alegria / Pata, Pata• 1968 - De como um Rapaz Apaixonado Perdoou por Causa de um dos Mandamentos / Sá Marina• 1968 - Sá Marina / Namoradinha de um Amigo Meu• 1968 - Correnteza / Meia-volta• 1969 - País Tropical / Se Você Pensa• 1970 - Que cada um Cumpra com o seu Dever / Canção nº 21• 1970 - A Tonga da Mironga do Kabuletê / No Clarão da Lua Cheia• 1971 - Obrigado, Pelé / Você Abusou• 1971 - Gemedeira / Tristeza• 1972 - Noves Fora / Paz e Arroz• 1973 - Homem de Verdade / Viva em Paz• 1976 - A Vida É só pra Cantar / Trinta Dinheiros• 1977 - Meu Ofício É Cantar / Viva a Planta• 1977 - Compacto Argentina 78: Macumbancheiro / Vamos Vencer• 1980 - Vinte Meninas / Várzea• 1984 - Foi Cachaça que Matou / Banho de Alegria

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Compactos Duplos• 1963 - Está Nascendo um Samba / O Estranho na Praia / Garota Legal / O que Eu Faço pra Esquecer• 1965 - De Manhã / Das Rosas / Cuidado Cantor - Passarinho - Nêga - Não Ponha a Mão - Já Vai? - Na Onda do

Berimbau• 1966 - A Banda / Disparada / Quem Samba, Fica / Máscara Negra• 1967 - Tributo a Martin Luther King / Deixa quem Quiser Falar / Ela É Demais / Está Chegando a Hora• 1968 - Samba do Crioulo Doido / Alegria, Alegria / Pata, Pata / A Rosa da Roda• 1968 - Correnteza / Meia-volta / A Saudade Mata a Gente / Terezinha de Jesus• 1970 - Kiki / Menininhas do Leblon / Aqui É o País do Futebol / Eu Sonhei que tu Estavas tão Linda• 1970 - Compacto Promo Shell: Hino do Festival Internacional / Brasil, Eu Fico / Que cada um Cumpra com o

seu Dever• 1970 - Brasil, Eu Fico / Canção nº 21 / Resposta / Que cada um Cumpra com o seu Dever• 1971 - Na Galha do Cajueiro / Ouriço / África África• 1973 - Tanauêra / Glória e Paz nas Alturas / Mexericos da Candinha / Quarto de Tereza• 1976 - Navio Negreiro / O Amor Está no Ar / Escola em Luto / Esses Tempos de Agora• 1977 - A Vida É só pra Cantar: A Vida É só pra Cantar / Cordão / Trinta Dinheiros / Coisa de Louco• 1978 - Nós Somos Filhos do mesmo Deus / Quando Ele Dormir / Macumbancheiro / Vamos Vencer

Coletâneas• 1994 - A Bossa e o Balanço• 1997 - Meus momentos: Wilson Simonal• 2002 - De A a Z : Wilson Simonal• 2004 - Rewind - Simonal Remix• 2004 - Série Retratos: Wilson Simonal• 2009 - Wilson Simonal - Um Sorriso Pra Você

Caixas• 2004 - Wilson Simonal na Odeon (1961-1971)

Trilha sonora• 2009 - Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei

Filmografia• 1958 - Minha Sogra É da Polícia• 1966 - Na Onda do Iê-iê-iê• 1970 - É Simonal• 1971 - Som Alucinante• 2009 - Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei

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Ligações externas• MySpace Oficial [2] (em português)• Site do documentário Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei [36] (em português)• Discos, Músicas, Letras e Vídeos de Wilson Simonal [37] (em português)

Referências[1] ALEXANDRE, Ricardo. Nem vem que não tem: a vida e o veneno de Wilson Simonal. São Paulo: Globo, 2009. ISBN 978-85-750-4728-1.[2] http:/ / www. myspace. com/ wilsonsimonal[3] "Biografia leva leitor à inocência de Wilson Simonal" (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ ilustrada/ ult90u642153. shtml) - Folha

Online, Ilustrada, 23 de outubro de 2009 (por Marcus Preto).[4] ALONSO, Gustavo. Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga: Wilson Simonal e os limites de uma memória tropical. Rio de

Janeiro: Record, 2011. ISBN 978-85-01-08482-8.[5] CASTRO, Ruy. Chega de saudade: A história e as histórias da bossa-nova. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. ISBN

978-85-7164-137-2.[6] 50 melhores discos brasileiros - Playboy, Edição nº 375, setembro de 2006, pp. 57 a 63.[7] "10 mitos sobre Simonal" (http:/ / revistaepoca. globo. com/ Revista/ Epoca/ 0,,EMI100526-15220,00-MITOS+ SOBRE+ SIMONAL. html) -

Revista Época, Edição n° 597, 26 de outubro de 2009. Editora Globo (por Luís Antônio Giron).[8] "Wilson Simonal: o rei do Pa-tro-pi" (http:/ / www. digestivocultural. com/ colunistas/ coluna. asp?codigo=1342) - Digestivo Cultural, 26 de

abril de 2004 (por Mônica Herculano).[9][9] citar o vídeo com o discurso.[10] Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE). Pesquisa de vendas de discos: Relatório semanal sobre vendas de discos. 1960

- 1970. São Paulo: AEL, Unicamp.[11] "Disco mexicano de Simonal chega ao Brasil com 40 anos de atraso" (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ ilustrada/

769806-disco-mexicano-de-simonal-chega-ao-brasil-com-40-anos-de-atraso. shtml) - Folha Online, Ilustrada, 21 de julho de 2010 (porMarcus Preto).

[12] Agência Nacional do Cinema, Filmes nacionais com mais de um milhão de espectadores (1970/2010) por ano de lançamento [em linha](http:/ / www. ancine. gov. br/ media/ SAM/ 2011/ filmes/ por_ano_1. pdf).

[13] Simonal 3.540/72: Processo a que a Folha teve acesso explicita colaboração entre cantor e o Departamento de Ordem Política e Social (http:// www1. folha. uol. com. br/ fsp/ mais/ fs2106200904. htm) - Folha de São Paulo, Mais!, 21 de junho de 2009 (por Mário Magalhães) -também reproduzido no Scribd (http:/ / www. scribd. com/ doc/ 16669627/ Simonal-Ninguem-sabe-o-dedo-duro-que-dei).

[14] Documentário "Simonal" refaz saga de cantor (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ ilustrada/ ult90u566257. shtml) - Folha Online,Ilustrada, 15 de maio de 2009 (por Marcus Preto).

[15] André Midani (http:/ / pedroalexandresanches. wordpress. com/ 2008/ 09/ 19/ andre-midani/ ) - SANCHES, Pedro Alexandre. Entrevistacom André Midani. Versão integral da entrevista publicada na revista CartaCapital, Edição nº 513, 17 de setembro de 2008. Página visitada em23 de julho de 2012.

[16] "Homenagem alto-astral para Wilson Simonal" (http:/ / cliquemusic. uol. com. br/ materias/ ver/homenagem-altoastral-para-wilson-simonal) - CliqueMusic, 24 de junho de 2001 (por Marco Antonio Barbosa). Página visitada em 23 dejulho de 2012.

[17] "Paulo Vanzolini diz que Simonal se gabava de ser 'dedo-duro'" (http:/ / www. estadao. com. br/ arteelazer/ not_art382519,0. htm) - OEstado de S. Paulo, Caderno2, 04 de junho de 2009 (matéria não assinada).

[18] "Filme investiga relação de Wilson Simonal com a ditadura militar" (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ ilustrada/ ult90u385131.shtml) - Folha Online, Ilustrada, 24 de março de 2008 (por Luiz Fernando Vianna).

[19] "Esquecemos de anistiar o Wilson Simonal" (http:/ / www. marioprataonline. com. br/ obra/ cronicas/ esquecemos_de_anistiar. htm) -Estado de S. Paulo, 16 de janeiro de 1995 (por Mário Prata). Página visitada em 23 de julho de 2012.

[20] "Simonal morre sem conseguir sair do ostracismo" (http:/ / cliquemusic. uol. com. br/ materias/ ver/simonal-morre-sem-conseguir-sair-do-ostracismo) - CliqueMusic, 26 de junho de 2000 (por Nana Vaz de Castro). Página visitada em 23 dejulho de 2012.

[21] "OAB absolve o cantor Wilson Simonal" (http:/ / www. estadao. com. br/ arquivo/ arteelazer/ 2003/ not20030924p1797. htm) - Estado de S.Paulo, Caderno2, 24 de setembro de 2003 (matéria não assinada).

[22] Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ wilson-simonal) - Verbete Wilson Simonal.Página visitada em 12 de julho de 2009.

[23] "Wilson Simonal inocentado pela OAB" (http:/ / cliquemusic. uol. com. br/ materias/ ver/ wilson-simonal--i-inocentado--i--pela-oab) -CliqueMusic, 02 de outubro de 2003 (por Marco Antonio Barbosa). Página visitada em 23 de julho de 2012.

[24] "Ouça o diretor do filme 'Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei'" (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ podcasts/ ult10065u566719.shtml) - Folha Online, 16 de maio de 2009 (por Anaísa Catucci).

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[25] "Documentário sobre vida de Simonal fala de música e ditadura" (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ videocasts/ ult10038u564483.shtml) - Folha Online, 17 de maio de 2009 (matéria não assinada).

[26] Vídeo: Claudio Manoel e Micael Langer falam sobre Simonal: Ninguém sabe o duro que dei (http:/ / video. globo. com/ Videos/ Player/Noticias/ 0,,GIM1040258-7823-CLAUDIO+ MANOEL+ E+ MICAEL+ LANGER+ FALAM+ SOBRE+ SIMONAL+ NINGUEM+ SABE+O+ DURO+ QUE+ DEI,00. html) - Entrevista. Página visitada em 12 de julho de 2009.

[27] "Simonal - Ninguém sabe o duro que dei" (http:/ / www. simonal. com) - Site oficial do documentário. Página visitada em 12 de julho de2009.

[28] http:/ / www. record. com. br/ livro_sinopse. asp?id_livro=25699[29] "Pilantragem, o gênero que a MPB esqueceu" (http:/ / oglobo. globo. com/ cultura/ xexeo/ posts/ 2011/ 08/ 03/

pilantragem-genero-que-mpb-esqueceu-395968. asp) - O Globo, Segundo caderno, 03 de agosto de 2011 (Coluna de Artur Xexéo).[30][30] Caetano Veloso, Segundo Caderno, O Globo, 02/09/2012.[31][31] Pedro Alexandre Sanches, Revista Caros Amigos, jun. 2011.[32][32] Revista Rolling Stone, julho de 2011.[33] Mauro Ferreira, jornalista, matéria de seu blog Notas Musicais[34] http:/ / www. advivo. com. br/ blog/ luisnassif/ a-mpb-nos-tempos-da-ditadura-0[35] Texto da orelha do livro. Paulo Cesar de Araújo é autor de “Eu não sou cachorro, não: música popular cafona e ditadura militar” (Ed.

Record) e “Roberto Carlos em detalhes” (Ed. Planeta)[36] http:/ / www. simonal. com[37] http:/ / www. sombom. com. br/ wilson-simonal/ index. htm

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Fontes e Editores da Página 125

Fontes e Editores da PáginaAntônio Carlos Jobim  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34225757  Contribuidores: Albmont, Amorim Parga, Andrevruas, André Koehne, Auréola, Beria, Burmeister, Chico,Colaborador Z, Contagemwiki, Coyoterj, Cralize, Cícero, Dantadd, Darwinius, Edson Campos, Fabsouza1, Fasouzafreitas, Filomeninha, Francisco Rezende, GOE, GOE2, Gabriel Yuji, Gabrielhipólito, Gaf.arq, Gbiten, Gean, Gringo Desconhecido, Gunnex, Heloíso, JMGM, JP Watrin, Jack523, Jo Lorib, Joaopaulooo, Juntas, Kerr, Krenakarore, Krishna, Leandro Drudo,Leonardo.stabile, LiaC, Liseandro, Lucasvitoriano1994, Luís Felipe Braga, MachoCarioca, Manuel Anastácio, Manuel Trujillo Berges, Marcelochal, Marcoscm, Mateussf, Math.p, MauriceLelaix, Maxxwell, Missionary, Muggle Girl, Mwaldeck, Nely12, Nice poa, OS2Warp, Pediboi, Pedro Noronha e Costa, Phibsb, Pjahr, RafaAzevedo, Rbrandao, Rei-artur, Reporter, Reynaldo,Robertopinho, Rogeriotorres, Ruy Pugliesi, Ródi, Sei Shonagon, Sperandelli, Stuckkey, SuelyAlves, Tanuki Z, Technopat, Thallys Bruno Almeida, ThiagoRuiz, Tisdale neiva, Val13, VictorGrinbaum, Vini 175, Virgilinojuca, Vitor Mazuco, Willgo, Wjalves, Yanguas, Yone Fernandes, Zoicite, 181 edições anónimas

Vinicius de Moraes  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34237903  Contribuidores: 200.249.56.xxx, Adailton, Adrian de Limes, Agil, Alan63, Alchimista, Alcsdbr, Alessa77,Alexandrepastre, AlissonSellaro, Alquires, Alvaro Azevedo Moura, André Koehne, Annibae, Augusto Reynaldo Caetano Shereiber, Auréola, Belanidia, Bemelmans, Beria, Biantez, BiellaLL,Bisbis, Bitolado, Blamed, Bruno Meireles, Capmo, ChristianH, Colaborador Z, CommonsDelinker, Contagemwiki, Coyoterj, Crazyaboutlost, Cícero, D'Artagnan.DF, Daimore, Dantadd, Dédi's,Editor br, Edu7777, Eduardoferreira, Egcl, FSogumo, Fabian Brito, Fabsouza1, Fasouzafreitas, Fernando S. Aldado, Filomeninha, Francisco Leandro, GOE, GabiF.F, Gabriel Maceu Faria,Galoveri, Galraooo, Gbiten, Gean, Geovani.s, Gunnex, Ikescs, In ictu oculi, Inox, JMGM, Jbribeiro1, Jo Lorib, Joseolgon, José Augusto, João Carvalho, Junius, Juntas, Kim richard, Lagape,Leandro Drudo, Lechatjaune, Leonardo.stabile, Leosls, Lmbassman, Luan, Luckas Blade, Luiza Teles, Luizlac, Marcoscm, Marote001, Martiniano Hilário, Mateussf, Mschlindwein, Mário eDário, Nanerbrasil, Neilson Carvalho Filho, Nice poa, Niva Neto, OS2Warp, OffsBlink, Opraco, Ozalid, PTorg, PedR, Pegador, Porantim, Prowiki, Rachel L, RafaAzevedo, Rafahz, Ramon42,Rbrandao, Rei Momo, Renatoalbano, Reynaldo, Roberto de Lyra, Ruy Pugliesi, Ródi, Scott MacLean, SuperBraulio13, Swendt, Tetraktys, Tumnus, Vanthorn, Vhg msn, Vicoborgi, Vin 2, Vini175, Vinicius de castro, Viniciusmc, Virgilinojuca, Vitordelarosa, Vsombra, Wjalves, Xhienne, Yanguas, Zehanonimo, Zoldyick, Érico Júnior Wouters, 382 edições anónimas

Alaíde Costa  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=33637901  Contribuidores: Becar, Contagemwiki, Dantadd, Filomeninha, Francisco Seixas, Gatinha Manhosa, Hyju, Kaktus Kid,Leonardo.stabile, OS2Warp, Santana-freitas, Vitor Mazuco, Yanguas, 3 edições anónimas

Astrud Gilberto  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=33241405  Contribuidores: Bjankuloski06pt, Bonás, DaSilva, Daimore, Dantadd, Fantasma Galopante, Fasouzafreitas,Fbergo, Filomeninha, Gaf.arq, Gunnex, Hyju, Kaktus Kid, LUNITIRIS, Manuel Trujillo Berges, Maya L., Minerva97, Nice poa, Pedro Noronha e Costa, Pjahr, Rachmaninoff, Reynaldo, Robertode Lyra, Virgilinojuca, Vitor Mazuco, 13 edições anónimas

Baden Powell  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34027520  Contribuidores: AlissonSellaro, Auréola, Bozomal, Capmo, Chico, Cralize, Duduzimm, Fabsouza1, Fasouzafreitas,Filomeninha, Francisco Seixas, Fulviusbsas, Gabriel Yuji, Gbiten, HVL, Ike123, Indech, JMGM, JSSX, Jorge.roberto, JotaCartas, Lechatjaune, Lijealso, Maisonneuve, Matkos, Maurice Lelaix,Nice poa, Ovídio, Py4nf, Rachmaninoff, Reynaldo, Rossi pena, Scott MacLean, Soofamily, Viktoriacampos, Whooligan, Yanguas, 42 edições anónimas

Carlos Lyra  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=33983475  Contribuidores: Arthemius x, Becar, Bemelmans, Chico, ChristianH, Duduzimm, Edu7777, Epinheiro, Fabsouza1,Fasouzafreitas, Gabriel Yuji, Joaopaulooo, Kaktus Kid, Leonardo.stabile, Lincoln Scorsoni, Meganha, Nice poa, Rbrandao, Viniciusmc, Yanguas, 16 edições anónimas

Claudette Soares  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=28517315  Contribuidores: Arthemius x, Becar, Bono, CommonsDelinker, Dantadd, Epinheiro, Fasouzafreitas, GatinhaManhosa, Hyju, Kaktus Kid, Nice poa, Ródi, SambaSoul, Santana-freitas, 9 edições anónimas

Danilo Caymmi  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=31828320  Contribuidores: Adailton, Daimore, Dantadd, Fabiano Tatsch, Fasouzafreitas, Gagerred2, Gatinha Manhosa, Hyju,Nice poa, PauloMSSantos, Rksan, Virgilinojuca, 2 edições anónimas

Elizeth Cardoso  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=32019355  Contribuidores: Bisbis, Bono, Brunopwr, Ccasobra, Contagemwiki, Dantadd, Darwinius, Fabsouza1,Fasouzafreitas, Fernandobrasilien, Filomeninha, Gatinha Manhosa, Gerúndio, Gunnex, Hyju, Leandro Drudo, Leoberaldo, Lucas Celso, Maurice Lelaix, Minerva97, Nahschneider, Nice poa,Rodrigo Scheuer, Simonboutman, SnakeJpa13, Virgilinojuca, Vitor Mazuco, Vitor dirami, Yanguas, Érico Júnior Wouters, 25 edições anónimas

Johnny Alf  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=32107229  Contribuidores: Bitolado, DaSilva, Dantadd, Dédi's, Gatinha Manhosa, Giro720, Hclaiton, Hyju, Jpcamisa10, Kiph55,Leosls, MisterSanderson, Nande Campos, Nice poa, OffsBlink, Viniciusmc, Vitor Mazuco, Yone Fernandes, 22 edições anónimas

João Donato  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=32848889  Contribuidores: Arley, Black Condor, Chico, DaSilva, Daimore, Dantadd, Ebalter, Eric Duff, Fasouzafreitas, Flipe,Gonçalo Veiga, Gunnex, Hyju, Iorioandre, Ivone3, Joaodonato, Leandro Drudo, LiaC, Lt. Speirs, Lunan, Maurício I, Milca jnr, Minerva97, Nice poa, Parababelico, PauloMSSantos, Rjclaudio,Val13, Wilson simão, Xandi, Yanguas, Yone Fernandes, 24 edições anónimas

João Gilberto  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34195720  Contribuidores: Adailton, André Koehne, Augusto Reynaldo Caetano Shereiber, Auréola, Avmarcondes, Bemelmans,Bisbis, Bruno Meireles, Chico, Chronon, Daimore, Dantadd, Duduzimm, EV38, Eamaral, Eduardo.sonoda, Epinheiro, Fasouzafreitas, Filomeninha, GOE, GRS73, Gbiten, Gil Lopes, HVL,Jbribeiro1, Jo Lorib, Joaojazz, João Xavier, Juniorpetjua, Juntas, Kaktus Kid, Lcohen, Leandro Drudo, Leonardo.stabile, Lfcohen, Lincoln Scorsoni, Luan, LuanSP, Luizleao, MachoCarioca,Markokobal, Mateus RM, Moretti, Mwaldeck, Nelson Teixeira, Nice poa, PAULOROBSON0, Pedro Noronha e Costa, RM06, RafaAzevedo, Reporter, Rodrigues leal, Soofamily, Sturm, Tarsie,Technopat, Thiagolemoslima, Tiago Abreu, Tijolo Elétrico, Tilgon, Vanthorn, Viniciusmc, Virgilinojuca, Vitor Mazuco, WikiFer, Yanguas, Zoldyick, Алиса Селезньова, 156 edições anónimas

Luiz Bonfá  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=33970187  Contribuidores: 333, Auréola, Bseabol, CommonsDelinker, Dantadd, Duduzimm, Dédi's, Epinheiro, Fasouzafreitas,Hound dog, Kerr, Luckas Blade, Mwaldeck, Nice poa, Pedro3075, Pedrohenri88, PierreLafond, Vitor Mazuco, Yanguas, 17 edições anónimas

Luiz Eça  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34047635  Contribuidores: Ceasyoga, Fasouzafreitas, Fernandobrasilien, Gatinha Manhosa, José Augusto, Leosls, PatríciaR,PauloMSSantos, ThiagoRuiz, Tiago Becerra Paolini, 9 edições anónimas

Marcos Valle  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34098460  Contribuidores: Alisson25, Bisbis, Contexto, Dantadd, Fasouzafreitas, Karen Rodrigues de Oliveira, Libertyforall,Maurice Lelaix, Nice poa, Patricia alvi, Patrick Rogel, R almada, Rui Silva, Ródi, Viniciusmc, Vitor Mazuco, Yanguas, 23 edições anónimas

Maysa  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=33811925  Contribuidores: 2811Butterfly, Abnerlemos, Acvb, Adailton, Agiesbrecht, Agostinho de Aquino, Alanvp, André Koehne,Avmarcondes, Belanidia, Beria, Betty VH, Bisbis, Bitolado, Bono, Bonás, Canalteen, Capitão amador, Chagas, ChristianH, Chronus, Claesen, Cnumb, CommonsDelinker, Contadorwiki,Contagemwiki, Daimore, Danilomadeira, Dantadd, Darwinius, Duduplanet, Eamaral, Edissom, Eduardo Ramos Padilha, Fasouzafreitas, Fbaraglia, Felipe P, Felipe de Camargo, Femme Fatale,Fernandoe, Filomeninha, Fma, GRS73, Gabriel Yuji, Gatinha Manhosa, Gean, George Washington, Gerúndio, HVL, Hyju, JSSX, Jimmy.T., Jocélia Souza, José Henrique Kautzmann, Juan Cruz,Junior88mphdmc, Katiee, Kim richard, Kleiner, Leandro Drudo, Leandromartinez, Leosls, Lisa116, LuSoFe18, Lucas Celso, Lucasvitoriano1994, Luis Dantas, MachoCarioca, Madameway,Marcinha Colly, Mariafernanda58, Marianepinho2, MarioM, Minerva97, Mobyduck, Mr.Yahoo!, Mwaldeck, Nice poa, Nuno Leon, OP4, Onjacktallcuca, RafaAzevedo, Renzo Grosso, Reynaldo,Rui Silva, Ruy Pugliesi, Ródi, Salamat, Santista1982, Setup, Teles, Thallys Bruno Almeida, ThiagoRuiz, Ts42, Vanthorn, Vgarambone, Virgilinojuca, Vitor Mazuco, Vitor dirami, Vitorlop,Wjalves, Xureba, Yanguas, 336 edições anónimas

Miúcha  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=33950803  Contribuidores: Adailton, Borowskki, Burmeister, Crazyaboutlost, Dantadd, DutchDevil, Eamaral, Fasouzafreitas,Filomeninha, GRS73, Gringo Desconhecido, HVL, Jackiestud, Lcohen, Leandrod, Mateus Vasco, Nahschneider, Nice poa, Pablonaranja, Porantim, RafaAzevedo, Reporter, Stuckkey, Vanthorn,Vitor Mazuco, Yanguas, 55 edições anónimas

Nara Leão  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=32894668  Contribuidores: 333, Angell Vër Meyer, Auréola, Avmarcondes, Bemelmans, Bono, Contagemwiki, Cralize,Crespoflavia, Dantadd, Eamaral, Eric Duff, Fabricio Mattos, Fasouzafreitas, Filomeninha, GRS73, Hölderlin, Inacarolina, Indech, Jo Lorib, Kaktus Kid, Latinaf, Lechatjaune, Leonardo.stabile,Lgrave, Liragabriel, Lucas Celso, Lucasvitoriano1994, Nice poa, Nuno Leon, OS2Warp, Optimmune, Py4nf, Rachel L, RafaAzevedo, Renatolimajc, Ruy Pugliesi, Salm, Sam, Shenandora,Smcf92, Soofamily, Tetraktys, Ts42, Viniciusmc, Vitor Mazuco, Yone Fernandes, 96 edições anónimas

Newton Mendonça  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=31598866  Contribuidores: Dantadd, Hgfernan, Jo Lorib, Kaktus Kid, Leosls, Maurice Lelaix, Novasaints, 4 ediçõesanónimas

Os Cariocas  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=32912253  Contribuidores: Arthurgoncalvesfilho, Bono, Dantadd, Gatinha Manhosa, Hyju, JotaCartas, Mwaldeck, Victor Lopes,15 edições anónimas

Oscar Castro-Neves  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=34098487  Contribuidores: Duduzimm, Engelbaet, Filomeninha, Kerr, Nice poa, Shefora, Vitor Mazuco, Yanguas, 8edições anónimas

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Roberto Menescal  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=33806688  Contribuidores: Contagemwiki, Dantadd, Duduzimm, Eric Duff, Fasouzafreitas, Filomeninha, Gean, Nice poa,PauloMSSantos, Posto 9 Música, Rhe, Ródi, Tumnus, Viniciusmc, Vitor Mazuco, Vitor dirami, Yanguas, 15 edições anónimas

Ronaldo Bôscoli  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=31922957  Contribuidores: André Koehne, Anne nkl, Daimore, Dantadd, Dennisamb, Fasouzafreitas, Filomeninha, Fábio SanJuan, Glauciadesouzadias, Gugkra, Gunnex, JSSX, MachoCarioca, Maya L., Nice poa, OS2Warp, Porantim, Thallys Bruno Almeida, Vanthorn, 31 edições anónimas

Sérgio Mendes  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=32694670  Contribuidores: Adailton, DaSilva, Dantadd, DutchDevil, Edu7777, Fabsouza1, Fasouzafreitas, FotoPhest, Hlges,Hyju, Jimmy.T., Leandro Drudo, Leefeni,de Karik, Luis Dantas, MachoCarioca, Mathe rider, Maurice Lelaix, Nice poa, Pablodiego15, PauloMSSantos, Pedro Noronha e Costa, Prss, Rbrandao,Ryudo, SuperKapa, Vini 175, Vitor Summer, 26 edições anónimas

Sylvia Telles  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=33316118  Contribuidores: Burmeister, Dantadd, Fasouzafreitas, Gatinha Manhosa, Kaktus Kid, Nice poa, PG, PatríciaR,Pipilegua, Tumnus, Vanthorn, Vitor Mazuco, Yanguas, Zoicite, 22 edições anónimas

Stan Getz  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=33773530  Contribuidores: Bisbis, Carlos28, Felipe P, Gaf.arq, Gunnex, Hyju, Luckas Blade, Maurice Lelaix, Pedro Noronha eCosta, Py4nf, Ricardo Ferreira de Oliveira, Technopat, 7 edições anónimas

Toquinho  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=33479418  Contribuidores: Aartists, Alexanderps, Auréola, Bisbis, Bonás, Clarice Reis, Contagemwiki, DaSilva, Dantadd, Dpc01,Duduzimm, Entertainer, Eric Duff, Gerbilo, Giro720, Hyju, Iorioandre, JMGM, Jo Lorib, Jorge, José Augusto, JotaCartas, João Carvalho, Juntas, Kerr, Lawliett, Leonardomio, Levs,Marcelocabanas, Mwaldeck, Negromacondo, Nice poa, OS2Warp, PauloMSSantos, Polemmico DVJ, RafaAzevedo, RafaelRodrigues, Rei Momo, Ruy Pugliesi, Stellarag, Teles, Vhg msn, Vin 2,Vitor Mazuco, WikiLord, Xunao, Zé Bidunga, 67 edições anónimas

Zimbo Trio  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=27278502  Contribuidores: Acvb, Alexanderps, Brootr, Edudobay, Filomeninha, Hyju, José Augusto, Leandro Drudo,Leonardo.stabile, Mwaldeck, Nahschneider, RafaAzevedo, 5 edições anónimas

Wanda Sá  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=30316697  Contribuidores: Gatinha Manhosa, Gestas, Hyju, JMGM, Mwaldeck, OffsBlink, PauloMSSantos, Ricardo Ferreira deOliveira, Tiago Abreu, 6 edições anónimas

Wilson Simonal  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=32813319  Contribuidores: Abapuru, Al Lemos, Bisbis, ChristianH, DaSilva, Dantadd, Darwinius, Dilermando,Eduardoferreira, Fasouzafreitas, Filomeninha, Gatinha Manhosa, HVL, Hlges, Hyju, Jadolfo, Jo Lorib, João Sousa, Kascyo, Leandromartinez, Leonardo fuks, LiaC, Louise.araujo, MachoCarioca,Marchelo, Martinwilke1980, Nahschneider, Nice poa, Novasaints, Paulo.Sedrez, PauloMSSantos, Pedro luiz cruz, Ppiccini, Robertogilnei, Viniciusmc, Vitor Mazuco, Wjalves, Yanguas, YoneFernandes, Zehluis, 175 edições anónimas

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http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Vinicius_de_Moraes.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: André Koehne, Chico, G.dallorto,ZerothFile:Pierre-Seghers Vinicius-Moraes.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Pierre-Seghers_Vinicius-Moraes.jpg  Licença: Creative Commons Attribution-Sharealike 3.0 Contribuidores: Frédéric Raspail, MuFile:Vinicius.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Vinicius.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Ricardo AlfieriFicheiro:Alaíde Costa cropped.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Alaíde_Costa_cropped.jpg  Licença: Creative Commons Attribution 2.0  Contribuidores:Alaíde_Costa_-_Fundação_Cultural_Palmares_-_MinC.jpg: Ministério da Cultura derivative work: YanguasFicheiro:Astrud Gilberto 1966.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Astrud_Gilberto_1966.jpg  Licença: Creative Commons Attribution-Sharealike 3.0 Contribuidores: Kroon, Ron / AnefoFicheiro:Baden powell 1971.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Baden_powell_1971.jpg  Licença: Attribution  Contribuidores: Philippe Baden PowellFicheiro:Carlos Lyra.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Carlos_Lyra.jpg  Licença: desconhecido  Contribuidores: TV BrasilFicheiro:Claudette Soares by Sandro Coutinho wiki.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Claudette_Soares_by_Sandro_Coutinho_wiki.jpg  Licença: Public Domain Contribuidores: SambaSoulImagem:Accordrelativo20060224.png  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Accordrelativo20060224.png  Licença: Public Domain  Contribuidores: EugeneZelenko, FredJ, Grosasm, Juiced lemonFicheiro:Elizeth Cardoso.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Elizeth_Cardoso.jpg  Licença: desconhecido  Contribuidores: FernandobrasilienFicheiro:João Donato.jpg  Fonte: 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