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BRINQUEDOTECA COMO RECURSO PARA A PSICOPEDAGOGIA
Maria Verônica Borba da Silva1
Marcela Tarciana Cunha Silva Martins2
RESUMO
O presente artigo objetivou objetivo verificar os tipos de brinquedotecas existentes e a importância da brincadeira no processo de construção do conhecimento da criança. Para tanto, foi enfatizado as teorias da aprendizagem considerando a abordagem Piagetiana e a abordagem sócio-histórica de Vygotsky. Toda criança gosta de brincar e a ludicidade é essencial no processo de ensino e aprendizagem. O brincar proporciona o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social do indivíduo. Por isso, as educadoras que compreendem a importância do lúdico utilizam brinquedos e jogos para desenvolver nas crianças as competências existentes em cada fase na escola. Através das brincadeiras é possível identificar dificuldades de aprendizagem e subsidiar técnicas psicopedagogas com o propósito ajudar a criança a desenvolver. Nesse sentido, as brinquedotecas ganham espaço e despontam sua importância junto à prática psicopedagoga, logo pela diversidade de brinquedos existentes na brinquedoteca, a criança desenvolve sua imaginação, inventa e reinventa brincadeira, além de compartilhar brinquedos e liderar jogos e brincadeiras. PALAVRAS-CHAVES: Brinquedoteca. Ludicidade. Teoria da aprendizagem. ABSTRACT This article aimed to verify the types of existing toy libraries and the importance of play
in the process of building the child's knowledge. For that, learning theories were
emphasized considering the Piagetian approach and Vygotsky's socio-historical
approach. Every child likes to play and playfulness is essential in the teaching and
learning process. Playing provides the individual's cognitive, affective and social
development. For this reason, educators who understand the importance of
playfulness use toys and games to develop in children the skills that exist at each stage
in school. Through play it is possible to identify learning difficulties and subsidize
psychopedagogical techniques in order to help the child to develop. In this sense,
playrooms gain space and their importance with the psycho-pedagogical practice
emerges, therefore, due to the diversity of toys in the playroom, children develop their
imagination, invent and reinvent play, in addition to sharing toys and leading games
and play.
KEYWORDS: Toy library. Playfulness. Learning theory.
1 Mestranda em Ciências da Educação. VCCU. e-mail: [email protected] 2 Orientadora. Coordenadora Acadêmica do CETEC. E-mail:[email protected]
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1 INTRODUÇÃO
O processo de aquisição do conhecimento na escola por parte da criança
pressupõe uma ruptura nas suas atividades cotidianas, onde prevalecem as
brincadeiras. A criança se vê presa à sala de aula durante algumas horas por dia e a
escola pode se tornar um sacrifício para o pequeno. Caso isso ocorra, o processo de
aprendizagem será prejudicado e a prática pedagógica em sala de aula por si só pode
não reverter esse quadro.
Em situação assim a psicopedagogia busca identificar causas e até mesmo
como driblar as dificuldades do educando. Quando se trata de crianças nas séries
iniciais, o psicopedagogo pode usar em seu trabalho técnicas que se aproximem do
cotidiano da criança e, nesse contexto, brincadeiras e jogos surgem como alternativas
viáveis.
O desenvolvimento social das crianças é vital em qualquer programa escolar. Porque as interações sociais são indispensáveis para o desenvolvimento moral e cognitivo. Por meio de jogos de regras, as crianças desenvolvem aspectos sociais, morais, cognitivos, políticos e emocionais. Os jogos constituem um conteúdo natural, motiva as crianças a cooperar para elaborar as regras. (FRIEDMAN, 2012, p.32).
A promoção do desenvolvimento sadio e pleno da criança requer
necessariamente que se garantam condições adequadas, possibilitando
oportunidades de brincar e de aprender. Esses dois aspectos são amplamente
discutidos na teoria sócio-construtivista de Vygotsky (1989), que trata da contínua
interação entre as condições sociais e a base biológica do comportamento humano.
Dessa forma as brinquedotecas podem ser empregadas durante o trabalho
psicopedagogo, pois oferecem às crianças uma extensão as atividades de seu
cotidiano. Com atividades orientadas e brinquedos adequados, a psicpedagogia pode
orientar pais e professores para aplicar a intervenção mais adequada a cada caso de
dificuldade escolar.
A prática de atividades lúdicas na Psicopedagogia corrobora para que os alunos possam obter o melhor desempenho. Porém, somente tais atividades não resolvem o processo educativo, elas podem auxiliar em favor de promover mudanças significativas. (RODRIGUES, 2016, p.8)
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Através da brinquedoteca a criança pode vivenciar várias atividades
lúdicas, que são importantes para o seu desenvolvimento. Nessas atividades as
crianças podem adquirir habilidades sociais, intelectuais, criativas e físicas,
aumentando seu conhecimento. É importante destacar que as Diretrizes Curriculares
para a Educação Infantil, no artigo 9, consta que "as práticas pedagógicas que
compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos
norteadores as interações e a brincadeira"(BRASIL, 2009 p. s/n). A brinquedoteca
pode ser considerada uma oportunidade para que a criança possa desfrutar deste seu
direito que deve ser respeitado.
Essa pesquisa bibliográfica teve como objetivo verificar os tipos de
brinquedotecas existentes e a importância da brincadeira no processo de construção
do conhecimento da criança. É importante destacar que a brinquedoteca é um recurso
de fácil aquisição, onde os brinquedos podem ser empregados tanto nas atividades
curriculares quanto no apoio psicopedagógico. Nesse sentido é importante ressaltar
que a prática do ensino, através da ludicidade, pode funcionar de uma forma
integrativa entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais.
2 TEORIAS DA APRENDIZAGEM
Ao se discutir o papel da psicopedagogia junto a alunos com dificuldades
de aprendizagem, se faz necessário fazer referências às teorias da aprendizagem
estabelecidas ao longo do século XX, quando na História da Educação passou-se a
se ter uma preocupação com mecanismo que poderiam auxiliar no desenvolvimento
da criança na escola.
O ser humano dispõe de fartas capacidades para se desenvolver, construindo relações, modificando a realidade, e melhorando a sua qualidade de vida. Aprender é uma característica notável, e estudo aprofundado sobre como se dá este processo é de extrema importância para o sucesso do processo de ensino. As teorias de aprendizagem (TA) procuram compreender a síntese do ensinar com aprender, visando explicar a relação entre o conhecimento preexistente e o novo conhecimento. (MOREIRA, 2019, p. 3).
Moreira (1999) relata que um educador deve ter acesso às concepções
diversas da teoria da aprendizagem, tais como: Teoria Rogeriana (Carl Rogers) –
ressalta que a educação centrada na pessoa; Teoria Freiriana (Paulo Freire) – o
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ensino e a aprendizagem numa perspectiva crítico-construtivista, fundamentada na
ética e no respeito à dignidade, à autonomia e a capacidade criativa do educando e a
Teoria de Ausbel (David Ausubel) – focaliza primordialmente a aprendizagem
cognitiva tendo como conceito central a aprendizagem significativa.
Jean Piaget e Lev Semynovich Vygotsky apresentam diferenças e alguns
pontos em comum quando se trata de teoria da aprendizagem e é vasta a literatura
que aborda o trabalho desses dois estudiosos que ainda embasam o trabalho de
muitos educadores e psicopedagogos.
Vygotsky dá um lugar de destaque para as relações de desenvolvimento e aprendizagem dentro de suas obras. Para ele a criança inicia seu aprendizado muito antes de chegar à escola, mas o aprendizado escolar vai introduzir elementos novos no seu desenvolvimento. (COELHO; PISONI, 2012, p. 146)
Nesta perspectiva da aprendizagem, Piaget menciona que:
Levando em conta, então, esta interação fundamental entre fatores internos e externos, toda conduta é uma assimilação do dado a esquemas anteriores (assimilação a esquemas hereditários em graus diversos de profundidade) e toda conduta é, ao mesmo tempo, acomodação destes esquemas a situação atual. Daí resulta que a teoria do desenvolvimento apela, necessariamente, para a noção de equilíbrio entre os fatores internos e externos ou, mais em geral, entre a assimilação e a acomodação (PIAGET, 2011, p.89).
Moreira (2019) enfatizou, na sua pesquisa, algumas teorias de
aprendizagem, bem estudadas durante o século XX, entre as quais: o
comportamentalismo (estímulos e resposta); a abordagem cognitivista (aquisição de
informações na estrutura cognitiva do aprendiz) e por fim, a abordagem humanista
(enfatiza as emoções no processo de aprendizado). A seguir serão enfatizadas a
abordagem cognitiva, através de Piaget e Vygotsky.
2.1 Abordagem Piagetiana
Sayegh (2013) afirma que Piaget e Vygotsky partilham de pontos de vista
semelhantes, mas Piaget não deu destaque aos valores sociais e culturais no
desenvolvimento da inteligência, os quais são suposições estudadas por Vygotsky
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Enquanto Piaget estava interessado em como o conhecimento é construído, e com isso, a teoria é um acontecimento da inve nção ou construção que ocorre na mente do indivíduo, Vygotsky estava interessado na questão de como os fatores sociais e culturais influenciam o desenvolvimento intelectual. (SAYEGH, 2013, p.2).
Na teoria piagetiana o desenvolvimento se dá quando o nível mental
atingido determina o que o sujeito pode fazer. Já a teoria vygostkiana, aponta que o
desenvolvimento ocorre paralelo ao processo em formação o qual pode ser concluído
através da ajuda oferecida ao sujeito na realização de uma tarefa.
A posição epistemológica da teoria cognitiva de Piaget parte do apriorismo.
O conhecimento a priori que cada indivíduo traz consigo é a base para o seu
desenvolvimento: “Os princípios a priori são gerais, universais, necessários, não
variam de acordo com a subjetividade de quem os formula e nem conforme as
condições do ambiente que cerca os fenômenos empíricos” (CUNHA, 2000, p. 70).
Foi a partir de querer saber como se passa de um tipo de conhecimento
para outro que Piaget desenvolveu sua teoria. Ele percebeu que poderia responder a
esse problema se estudasse o progresso das categorias de conhecimento durante a
vida da pessoa, começando pela infância e indo até a fase adulta (CUNHA, 2000, p.
71).
Os métodos piagetianos de investigação diferem dos comumente
empregados por outras correntes de pesquisadores: não são usados testes
padronizados para medir a capacidade intelectual das crianças. Piaget usou a
abordagem clínica, onde em uma entrevista livre se procura averiguar os fundamentos
e processos relativos à capacidade cognitiva a criança entrevistada.
Quando falamos em método piagetiano, estamos nos referindo a uma abordagem de pesquisa, e não a uma estratégia de trabalho pedagógico [...]. Se quisermos buscar alguma analogia nesse terreno, entretanto, não será difícil perceber que os procedimentos da pesquisa piagetiana inspiram atitudes em sala de aula bastante diferentes daquelas que seriam aprovadas por uma pedagogia tecnicista, voltada para a mensuração dos resultados [...] (CUNHA, 2000, p. 73).
O psicopedagogo, em sua prática, não deve desprezar o método
piagetiano, uma vez que ao iniciar um diagnóstico e mesmo durante seu trabalho
clínico, estará em constante observação do desenvolvimento da criança a fim de
empregar os métodos adequados a cada etapa do tratamento.
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Para Piaget o desenvolvimento do pensamento é um processo de autêntica
construção. Ele identificou quatro estágios que marcam o desenvolvimento das
estruturas da inteligência: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto, e
operatório formal. Na teoria piagetina, o indivíduo e o meio não são considerados
separadamente, mas como um conjunto numa relação dialética, sendo que a criança
aprende e interage com o meio de acordo com sua idade cognitiva.
Para Vygotsky a interação com o meio é essencial para o indivíduo se
desenvolver. Assim sua teoria tem princípio no materialismo dialético, segundo
Oliveira (1993), e o conhecimento não é adquirido nem se processa por estágios, de
acordo com a idade mental, assim como propõe Piaget.
Se em Piaget deve-se levar em conta o desenvolvimento como um limite para adequar o tipo de conteúdo de ensino a um nível evolutivo do aluno, em Vygotsky o que tem que ser estabelecido é uma seqüência que permita o progresso de forma adequada, impulsionando ao longo de novas aquisições, sem esperar a maduração "mecânica" e com isso evitando que possa pressupor dificuldades para prosperar por não gerar um desequilíbrio adequado. É desta concepção que Vygotsky afirma que a aprendizagem vai à frente do desenvolvimento (ZACHARIAS, s/d).
É importante para a psicopegadagogia conhecer o meio em que o educando
vive e as condições materiais a que tem acesso, não apenas durante o tempo em que
esteja na escola, mas, preferencialmente, em todo o seu cotidiano.
2.2 Abordagem sócio-histórica de Vygotsky
Para Vygotsky a direção do desenvolvimento ocorre da atividade externa
para a atividade interna; do processo interpessoal (social) para o intrapessoal
(psicológico) (OLIVEIRA, 1993). O desenvolvimento cognitivo depende do contexto
sócio-histórico-cultural, fazendo-se necessário a compreensão dos instrumentos
mediadores (signos) para se entender os processos mentais.
As implicações educacionais, da teoria Vygostkiana, apresentam a
aprendizagem como motor do desenvolvimento e o papel do educador é potencializar
ações que estimulem o uso de ferramentas cognitivas do aluno.
Para estudar a natureza social do desenvolvimento, dois conceitos
fundamentais foram formulados por Vygotsky (1989): internalização e zona de
desenvolvimento proximal. Esses conceitos relacionam-se com a gênese dos
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processos mentais superiores, ou seja, a formação das funções psicológicas
complexas construídas socialmente ao longo do desenvolvimento humano.
Vygostky considera como níveis de desenvolvimento mental o nível Real e
o nível Potencial, ficando ao educador centrar-se nas funções que estão
amadurecendo, enfatizando as interações educativas dentro da Zona de
Desenvolvimento Proximal (Z.D.P) (OLIVEIRA, 1993).
Figura 1. Representação do processo de aprendizagem na teoria de Vygotsky.
A aprendizagem e o desenvolvimento são processos inter-relacionados Real Níveis de desenvolvimento Z.D.P. Potencial Fonte: Oliveira (1993)
Ao discutir o conceito de zona de desenvolvimento proximal, Vygotsky
destaca a importância do brinquedo e do aprendizado formal como fatores
determinantes do desenvolvimento e aprendizagem da criança. Ao brincar e aprender,
a criança elabora e internaliza habilidades e conhecimentos socialmente disponíveis.
A atividade que a criança realiza com os outros, incluindo os pais, os professores ou
outras crianças, influencia sobremaneira as tarefas evolutivas. Segundo Vygotsky, a
relação entre a criança e os objetos se dá por meio de outra pessoa (COLL;
PALACIOS; MARCHESI, 1996).
Nesse sentido, o psicopedagogo pode valer-se de brinquedos e
brincadeiras para desenvolver atividades clínicas, pois: “Para Vygotsky, no brinquedo
a criança projeta-se nas atividades adultas de sua cultura e ensaia seus futuros papéis
e valores” (AGUIAR, 2002 apud MARINHO et al., 2007, p. 82).
No Quadro 1 encontram-se os principais aspectos das Teorias Piagetiana
e Vygostskiana, onde são colocadas algumas diferenças a exemplo da área do
conhecimento subjacente à teoria e quanto aos fatores internos e externos no
desenvolvimento
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É importante destacar que, para a relação de pares, Piaget remete o
aprendizado quanto a criança tem contato com outra criança. Por outro lado,
Vygostsky considera a relação entre os diferentes mais favorável, porque o mais
experiente (adulto) possui maior conhecimento e assim, poderá ajudar de forma mais
efetiva no aprendizado.
Quadro 1. Principais aspectos das Teorias Piagetiana e Vygotskiana. ASPECTOS TEÓRICOS
PIAGET VYGOSTKY
Área do conhecimento subjacente à teoria
Biologia Ciências Sociais
Papel dos fatores internos e externos no desenvolvimento
Fatores internos preponderam sobre os externos (maturação biológica).
Fatores externos preponderam sobre os internos (cultura, história social na qual o sujeito está envolvido).
Processo de construção do conhecimento (S-O)
● Construção do conhecimento precede do individual. ● O sujeito é EPISTÊMICO constitui-se na cognição.
● A construção do conhecimento é medida pelas relações interpessoais, parte do social para o indivíduo. ● O sujeito é social: forma-se na cultura histórica.
Relação de pares
A relação entre os iguais favorece mais o aprendizado.
A relação entre os diferentes é mais favorável, porque o mais experiente (adulto) possui maior conhecimento, uma maior experiência adquirida/estabelecida no meio social.
Desenvolvimento ● Curso do desenvolvimento ocorre “naturalmente”, governado pela lógica pré-sente. ● Seqüência física e universal de estágios.
● Curso do desenvolvimento ocorre nas relações mediadas dentro da realidade sócio-histórico-cultural. ● Diferentes contextos sócio-histórico-culturais promovem diferentes processos de desenvolvimento e aprendizagem.
Aprendizagem Está subordinada ao desenvolvimento.
Desenvolvimento e aprendizagem são processos interatuantes, quanto mais desenvolvimento, mais aprendizagem.
Fonte: Cunha (2000) e Oliveira (1993)
3 BRINQUEDOS, BRINCADEIRAS E JOGOS
O cotidiano da criança é marcado pelo brincar contínuo e incessante que
podem ser com brinquedos ou não, ou mesmo jogos. “Brincar é, sem dúvida, um
importante recurso pedagógico que estimula e desenvolve as funções mentais
superiores e as psicomotoras e participa no processo de construção do conhecimento”
(GRASSI, 2008, p. 38). Isso implica dizer que a criança, ao brincar, estimula sua
criatividade e estabelece mecanismos de socialização quando divide a brincadeira
com outras crianças e de aprendizagem, pois aprende a enfrentar situações diversas
naturais das brincadeiras.
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A ludicidade é tão importante para o desenvolvimento da criança, estando
ou não em sala de aula, porém alguns educadores têm dificuldade em perceber a
importância da ludicidade, onde de acordo com Modesto e Rubio (2014, p. 2) “os
profissionais da educação comprometidos com a qualidade de sua pratica
pedagógica, reconhecem a importância do lúdico como veiculo para o
desenvolvimento social, intelectual e emocional de seus alunos”. Os referidos autores
ainda ressaltam que ”brincadeiras fazem parte do patrimônio cultural, traduzindo
valores, costumes, forma de pensamentos e gerando aprendizagem, para isso o
educador deve traçar objetivo e metas a serem alcançados, assim como regras a
serem respeitadas” (MODESTO; RUBIO, 2014, p. 6).
A participação das crianças nas brincadeiras proporciona a autonomia e o
entendimento das regras que devem ser respeitadas. Froebel “foi o primeiro pedagogo
a incluir o jogo no sistema educativo por acreditar que as crianças aprendem através
do brincar e que sua personalidade pode ser aperfeiçoada e enriquecida pelo
brinquedo” (MARINHO; MATOS JUNIOR; SALLES FILHO e FINCK, 2007 p.81).
Conforme Rodrigues (2001, p.57), "O jogo é uma atividade rica e de grande efeito que
responde às necessidades lúdicas, intelectuais e afetivas, estimulando a vida social e
representando, assim, importante contribuição na aprendizagem".
Os diversos jogos são necessários para a construção da identidade da
criança, indiferente se ela enfrenta ou não situação de estresse. Os diferentes
sentidos do jogo são construídos em cada contexto social, local e histórico, todavia
atualmente esse tem sido visto como inútil ou como uma atividade que não é série,
observa Cunha (1992) que ainda lembra o fato de, mesmo o jogo sendo compartilhado
por adultos e crianças indistintamente, ele passou a fazer parte do universo infantil,
assumindo um caráter pedagógico, com um papel definido na educação infantil.
Ramos, Ribeiro e Santos (2011, p. 42) enfatizam diversas contribuições
que a aprendizagem através do lúdico proporciona, as quais:
* As atividades lúdicas possibilitam fomentar a formação do autoconceito positivo. * As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança já que, através destas atividades, a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente. * O jogo é produto de cultura, e seu uso permite a inserção da criança na sociedade. * Brincar é uma necessidade básica como é a nutrição, a saúde, a habilitação e a educação.
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* Brincar ajuda as crianças no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, as crianças formam conceitos, relacionam ideias, estabelecem relações lógicas, desenvolvem a expressão oral e corporal, reforçam habilidades sociais, reduzem a agressividade, integram-se na sociedade e constroem seu próprio conhecimento. * O jogo é essencial para a saúde física e mental.
Grassi (2008, p. 40) frisa que as brincadeiras dirigidas ou livres, são
fundamentais para o desenvolvimento da criança quando acompanhadas e mediadas
“de exercício psicomotor, simbólicas ou de regras, em que a criança pode se
expressar, constituir-se sujeito, aprender, desenvolver-se, ser e estar integralmente”
e deve-se considerar o tempo e o espaço para as brincadeiras ideais para as crianças.
Oliveira, Solé e Fortuna (2010, p.27) enfatizam que:
Através das brincadeiras as crianças experimentam novas formas de agir, de sentir e de pensar. Brincando, a criança busca se adaptar de forma ativa à realidade onde vive, mas também emite juízos de valor. Constrói, brincando, a sociedade em que irá viver quando adulta. Daí a grande relevância do lúdico para o ambiente de ensino-aprendizagem, principalmente para a própria sala de aula, nos mais diversos níveis de escolaridade, permitindo à criança resignificar seu contexto vivido.
Considerando as brincadeiras com os brinquedos, é importante destacar
que estes permitem atividades imitativas e livres, onde as crianças reproduzem seu
cotidiano e assim podem vivenciar uma realidade. Kishimoto (2010, p. 20), “ressalta
que o brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam
aspectos da realidade”. Segundo Brougére (2010, p. 13), “o brinquedo, em
contrapartida, não parece definido, por uma função precisa: trata-se, antes de tudo,
de um objeto que a criança manipula livremente, sem estar condicionado as regras ou
a princípios de atualização de outra natureza”.
Os educadores precisam utilizar recursos diferenciados e chamativos para
que as crianças sejam atraídas para aprender os conteúdos propostos. Segundo Lira
(2014, p.17) “a criança aprende melhor brincando e muitos conteúdos podem ser
ensinados por meio das brincadeiras, as atividades com jogosou brinquedos podem
ter objetivos didático pedagógico que visem proporcionar o desenvolvimento integral
do educando”. Dessa forma, todas as estratégias são importantes em torno do
processo lúdico, sendo um recurso mediador no processo de ensino aprendizagem,
enriquecendo a dinâmica das relações sociais em sala de aula.
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Construindo o conhecimento através do lúdico a criança se desenvolve e
aprende de maneira mais fácil e divertida, sendo a brincadeira e o jogo, algo próprio
da infância, tornaria aprendizagem mais prazerosa.
4 BRINQUEDOTECAS
Os brinquedos oferecem um momento de ludicidade que a criança pode
desfrutar até mesmo sozinha e a brinquedoteca é um espaço onde a criança se depara
com o objeto que lhe proporciona a brincadeira.
Segundo Brisck (2016, p.16) “o objetivo da brinquedoteca é estimular a
criança através do lúdico, oferecendo brinquedos e brincadeiras variadas que
promovam o interesse e a atenção da criança de forma organizada e que esteja
disponível a todos”. Através deste ambiente de aprendizado, a criança pode explorar
a diversidade de brinquedos e jogos e assim permite troca de conhecimentos com
outras crianças. A esse respeito Cunha enfatiza que a brinquedoteca é:
É um espaço preparado para estimular a criança a brincar, possibilitando o acesso a uma grande variedade de brinquedos, dentro de um ambiente especialmente lúdico. É um lugar onde tudo convida a explorar, a sentir, a experimentar. Quando uma criança entra na brinquedoteca deve ser tocada pela expressividade da decoração, porque a alegria, o afeto e a magia devem ser palpáveis. Se a atmosfera não for encantadora não será uma brinquedoteca. Uma sala cheia de estantes com brinquedos pode ser fria, como são algumas bibliotecas. Sendo um ambiente para estimular a criatividade, deve ser preparado de forma criativa, com espaços que incentivem a brincadeira de "faz de conta", a dramatização, a construção, a solução de problemas, a sociabilização e a vontade de inventar: um camarim com fantasias e maquilagem, os bichinhos, jogos de montar, local para os quebra-cabeças e os jogos (CUNHA, 2010, p. 36-37).
Pela diversidade de brinquedos existentes na brinquedoteca, a criança
desenvolve sua imaginação, inventa e reinventa brincadeira, além de compartilhar
brinquedos e liderar jogos e brincadeiras. Para Cunha; Sousa; Silva (2016, p.36) “a
Brinquedoteca em si é um espaço de brincadeiras, mas com o intuito de desenvolver
o cognitivo, estimulando através de jogos e brincadeiras”.
Conforme Puga e Silva (2008, p. 1), a brinquedoteca apresenta os
seguintes objetivos educacionais:
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[...] resgatar para o âmbito da escola o caráter lúdico das atividades pedagógicas; oferecer para a criança no seu espaço escolar uma variedade de brinquedos; estimular a interação entre pais e filhos por meio dos jogos; valorizar o ato de brincar, respeitando a liberdade, a criatividade e a autonomia, possibilitando assim a formação do autoconceito positivo da criança; resgatar a brincadeira na vida do educando para a salvaguarda infantil; permitir a liberdade conscientizar pais e professores sobre a importância do brinquedo para a criança e o significado que ele tem para o seu desenvolvimento afetivo, social, cognitivo e físico. Como função pedagógica, a brinquedoteca é um recurso a mais para o psicopedagogo identificar as dificuldades de aprendizagem da criança e localizar as defasagens a partir de brincadeiras com brinquedos pedagógicos. Sua função social se dá durante a socialização das crianças que participam da brincadeira.
Para Kishimoto (1998) geralmente são escolas infantis (creches, escolas
maternais e jardins de infância) que adotaram brinquedotecas com finalidades
pedagógicas. Há também grandes colégios que as introduzem como centro de apoio
ao professor.
Elas dispõem de acervos com materiais para jogos e oferecem espaço para
brincar, por isso superam parte das necessidades dos docentes relativos à
disponibilidade de materiais destinados a promoção da aprendizagem e do
desenvolvimento infantil.
4.1 Tipos de brinquedotecas
Existem vários tipos de brinquedotecas, porém um objetivo comum pode
ser apontado que é o desenvolvimento infantil. Através da brinquedoteca a criança
pode socializar, criar brincadeiras e construir conhecimentos.Para Negrine (1997), a
brinquedoteca pode ter várias finalidades quanto ao aspecto lúdico, por exemplo:
brinquedotecas especializadas que apenas se ocupam do empréstimo de brinquedos;
outras por sua vez, também especializadas para atender crianças na primeira infância;
outras destinadas a atender o público infantil ou adolescente, como também
brinquedotecas para adultos ou pessoas da terceira idade.
Para Ramalho (2003) a principal diferença entre as brinquedotecas
brasileiras e as estrangeiras é que no Brasil a atividade de empréstimo de brinquedos
e livros é pouco realizada. Segundo a caracterização de Kishimoto (1998, p.59) as
brinquedotecas podem ser:
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a) Brinquedotecas escolares: são organizadas em um setor de escola, os alunos brincam e escolhem os jogos e brinquedos. Possui a função basicamente pedagógica. b) Brinquedotecas de comunidades ou bairros: destinadas a atender ao público local, algumas brinquedotecas oferecem apenas empréstimo de brinquedos, outras têm espaços de convivência e, algumas vezes, atividades complementares. As mais equipadas oferecem diversas oficinas tais como: pintura, modelagem, teatro, construção e preparo de brinquedos. Em algumas encontramos ainda, áreas com pistas, para circulação de bicicletas, patinação e piscinas. Nas brinquedotecas de bairro, as crianças podem rever seus amigos, brincar com pais e avós e interagir com crianças de diferentes idades, níveis sócio-econômicos e étnicos. O auxílio do brinquedotecário pode ser imprescindível na transmissão das regras e na explicação do desenvolvimento de certos jogos. Mantidas por associações, prefeituras ou organizações sem fins lucrativos, permitem à criança um espaço para expressar a cultura e propiciam a integração social. c) Brinquedotecas para crianças portadoras de deficiências físicas e mentais: é frequente encontrar brinquedotecas que atendem crianças portadoras de deficiências diversas. Elas especializam-se na adaptação de brinquedos para atender alguma modalidade de deficiência motora, visual, auditiva ou mental. Nesses casos, há uma equipe de especialistas que orienta as crianças e seus familiares e um banco, que classifica os jogos de acordo com a necessidade das crianças. d) Brinquedotecas em universidades: países como o Brasil e a África do Sul iniciaram a prática de instalar brinquedotecas no interior de universidades, objetivando a formação e recursos humanos, à pesquisa e à prestação de serviços a comunidades. Trata-se de um espaço privilegiado onde os alunos de diversos cursos podem não só observar a criança, mas também desenvolver atividades com vistas ao aperfeiçoamento profissional. Docentes vinculados às unidades universitárias conduzem pesquisas a partir de situações e de brincadeiras que ocorrem no interior desses espaços. A disponibilidade de acervos contendo jogos, além de auxiliar nas tarefas docentes, permite ao público informar-se sobre a matemática do jogo. A possibilidade de oferecer assessoria a profissionais de diferentes áreas, bem como a empresas do ramo de brinquedos, permite a universidade colocar esses serviços à disposição da comunidade. No Brasil, a Faculdade de Educação da Universidade São Paulo é a pioneira nessa modalidade, ao criar o Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos – LABRIMP, onde funciona uma brinquedoteca. Outras experiências similares já estão implantadas ou em fase de organização. e) Brinquedotecas circulantes: experiências realizadas em diversos países mostram a importância das brinquedotecas móveis. Ônibus, caminhonetes, circos, estantes com rodas e malas portáteis transportam brinquedos para locais distantes não cobertos pelas brinquedotecas fixas. Brinquedotecas Itinerantes permitem que crianças da periferia usufruam, por algumas semanas ou meses de brinquedos tais como o videogame, além de outros serviços relevantes para a população. f) Brinquedotecas em centros culturais: nas grandes metrópoles, os centros culturais costumam oferecer ao público, serviços como
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exposições, eventos musicais e teatrais, feiras e biblioteca. Nesses locais, especialmente para crianças e adolescentes, há oportunidade de materiais, competição, oficina e concursos de construção de brinquedos. g) Brinquedotecas junto às bibliotecas: países como a Bélgica as junto a bibliotecas públicas. Em geral elas só emprestam brinquedos. Nessas bibliotecas, geralmente, são instituídas através de campanhas de doação de brinquedos. Utilizam o espaço com liberdade para as crianças brincar com brinquedos artesanais, confeccionados em oficinas oferecidas pela própria biblioteca ou com brinquedos mais sofisticados, como os eletrônicos. h) Brinquedoteca hospitalar: a utilização do jogo como meio terapêutico baseia-se na idéia de que a criança doente e hospitalizada ao brincar, se expressa e recupera-se mais rapidamente. Embora as brinquedotecas em hospitais não ocupem ainda um papel significativo no Brasil, elas são de extrema importância para a recuperação da criança internada. O hospital é para a criança uma experiência difícil, ela tem que viver a separação da família, precisa adaptar-se a outros ritmos e a confiar em desconhecidos. Brincar é um direito de qualquer criança, inclusive daquela que se encontra hospitalizada, nessa situação, a criança sofre duplamente, além da doença, a imobilização a priva do comportamento mais típico de sua idade, o brincar.
Em diversos lugares é possível montar uma brinquedoteca, pois a partir
desta e dos relatos de dos autores do texto percebe-se que através desta as crianças
interagem, as famílias se encontram, os adultos ensinam e ajuda no desenvolvimento
da criança e destaca-se que até nos hospitais ela se encontra para que a criança
sinta-se acolhida num ambiente de recuperação da sua saúde.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O brincar propicia criação e recriação. Entre as diversas atividades do
brincar, pode-se afirmar que ao jogar, a criança constrói conhecimento, pois o jogo
possibilita a transformação dos processos mentais elementares em superiores. Entre
os espaços para brincadeiras, a brinquedoteca se destaca pelo seu propósito
estabelecido, inclusive de apoio pedagógico.
A brinquedoteca é um espaço que tem a finalidade de propiciar estímulos
para que a criança possa brincar livremente e se desenvolver numa forma lúdica, por
algumas horas diárias. Pode-se considerar que a brinquedoteca é um agente de
mudanças, em relação ao aspecto cognitivo, social, físico e educacional. É um lugar
alegre, diferente e desafiante, onde a criança vai para brincar, desenvolver sua
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autonomia, a sua criatividade, a iniciativa, o senso crítico e a responsabilidade,
tornando-se pessoa, cultivando a auto estima e desenvolvendo-a.
Na prática picopedagógica o profissional deve valer-se da criatividade e de
situações corriqueiras no cotidiano do aluno. Aí vale relembrar as brincadeiras que
ensinam e desenvolver técnicas de ensinar brincando. O lúdico deve ser rebuscado e
aplicado tanto na escola quanto em atividades de apoio extra sala de aula. São
pequenas atividades lúdicas que tornam a escola um ambiente mais convidativo, e,
conseqüentemente, auxiliam a criança no processo ensino-aprendizagem.
Propor trabalhar o lúdico em psicopedagogia, o profissional acaba por
considerar a história de vida das partes envolvidas num processo produtivo, como,
por exemplo, suas emoções, tradições sócio-culturais ou mesmo aspectos do
cotidiano de cada um. Assim desenvolve seu trabalho em sintonia com a teoria de
Vygotsky que considera a interação da criança com o meio e a relação entra os
diferentes fundamentais na construção do conhecimento.
Quando o psicopedagogo leva em conta esses aspectos na hora de
desenvolver seu trabalho, certamente entrará em sintonia com as emoções de seu
aluno, assim sendo, terá um resultado mais positivo de sua prática psicopedagógica.
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