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Curso de Direito DIREITO PROCESSUAL CIVIL II (PROC. DE CONHECIMENTO) PLANOS DE AULA 2010.2 (Proibida a Reprodução)

Caderno Processo Ciil II

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Page 1: Caderno Processo Ciil II

Curso de Direito

DIREITO PROCESSUAL CIVIL II

(PROC. DE CONHECIMENTO)

PLANOS DE AULA

2010.2

(Proibida a Reprodução)

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DIREÇÃO DE CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS

Profª Solange Moura

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

Profª Sonia Fernandes

Profº Marcos Lima

ORGANIZAÇÃO

Prof. Luis Carlos de Araújo

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Apresentação

Caro aluno:

A Metodologia do Caso Concreto aplicada em nosso Curso de Direito é centrada na articulação entre teoria e prática, com vistas a desenvolver o raciocínio jurídico. Ela abarca o estudo interdisciplinar dos vários ramos do Direito, permitindo o exercício constante da pesquisa, a análise de conceitos, bem como a discussão de suas aplicações.

O objetivo é preparar os alunos para a busca de resoluções criativas a partir do conhecimento acumulado, com a sustentação por meio de argumentos coerentes e consistentes. Desta forma, acreditamos ser possível tornar as aulas mais interativas e, conseqüentemente, melhorar a qualidade do ensino oferecido.

Na formação dos futuros profissionais, entendemos que não é papel do Curso de Direito tão somente oferecer conteúdos de bom nível. A excelência do curso será atingida no momento em que possamos formar profissionais autônomos, críticos e reflexivos.

Para alcançarmos esse propósito, apresentamos os Planos de Aula, instrumento fundamental da Metodologia do Caso Concreto. Ela contempla a solução de uma série de casos práticos a serem desenvolvidos pelo aluno, com auxílio do professor.

Como regra primeira, é necessário que o aluno adquira o costume de estudar previamente o conteúdo que será ministrado pelo professor em sala de aula. Desta forma, terá subsídios para enfrentar e solucionar cada caso proposto. O mais importante não é encontrar a solução correta, mas pesquisar de maneira disciplinada, de forma a adquirir conhecimento sobre o tema.

A tentativa de solucionar os casos em momento anterior à aula expositiva, aumenta consideravelmente a capacidade de compreensão do discente.

Este, a partir de um pré-entendimento acerca do tema abordado, terá melhores condições de, não só consolidar seus conhecimentos, mas também dialogar de forma coerente e madura com o professor, criando um ambiente acadêmico mais rico e exitoso.

Além desse, há outros motivos para a adoção desta Coletânea. Um segundo a ser ressaltado, é o de que o método estimula o desenvolvimento da capacidade investigativa do aluno, incentivando-o à pesquisa e, conseqüentemente, proporcionando-lhe maior grau de independência intelectual.

Há, ainda, um terceiro motivo a ser mencionado. As constantes mudanças no mundo do conhecimento – e, por conseqüência, no universo jurídico – exigem do profissional do Direito, no exercício de suas atividades, enfrentar situações nas quais os seus conhecimentos teóricos acumulados não serão, per si, suficientes para a resolução das questões práticas a ele confiadas.

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Neste sentido, e tendo como referência o seu futuro profissional, consideramos imprescindível que, desde cedo, desenvolva hábitos que aumentem sua potencialidade intelectual e emocional para se relacionar com essa realidade.

E isto é proporcionado pela Metodologia do Estudo de Casos.

No que se refere à concepção formal do presente material, esclarecemos que o conteúdo programático da disciplina a ser ministrada durante o período foi subdividido em 15 partes, sendo que a cada uma delas chamaremos “Semana”. Na primeira semana de aula, por exemplo, o professor ministrará o conteúdo condizente a Semana nº 1. Na segunda, a Semana nº 2, e, assim, sucessivamente.

O período letivo semestral do nosso curso possui 22 semanas. O fato de termos dividido o programa da disciplina em 15 partes não foi por acaso. Levou-se em consideração não somente as aulas que são destinadas à aplicação das avaliações ou os eventuais feriados, mas, principalmente, as necessidades pedagógicas de cada professor.

Isto porque, o nosso projeto pedagógico reconhece a importância de destinar um tempo extra a ser utilizado pelo professor – e a seu critério – nas situações na qual este perceba a necessidade de enfatizar de forma mais intensa uma determinada parte do programa, seja por sua complexidade, seja por ter observado na turma um nível insuficiente de compreensão.

Hoje, após a implantação da metodologia em todo o curso no Estado do Rio de Janeiro, por intermédio das Coletâneas de Exercícios, é possível observar o resultado positivo deste trabalho, que agora chega a outras localidades do Brasil. Recente convênio firmado entre as Instituições que figuram nas páginas iniciais deste caderno, permitiu a colaboração dos respectivos docentes na feitura deste material disponibilizado aos alunos.

A certeza que nos acompanha é a de que não apenas tornamos as aulas mais interativas e dialógicas, como se mostra mais nítida a interseção entre os campos da teoria e da prática, no Direito.

Por todas essas razões, o desempenho e os resultados obtidos pelo aluno nesta disciplina estão intimamente relacionados ao esforço despendido por ele na realização das tarefas solicitadas, em conformidade com as orientações do professor. A aquisição do hábito do estudo perene e perseverante, não apenas o levará a obter alta performance no decorrer do seu curso, como também potencializará suas habilidades e competências para um aprendizado mais denso e profundo pelo resto de sua vida.

Lembre-se: na vida acadêmica, não há milagres, há estudo com perseverança e determinação. Bom trabalho.

Centro de Ciências Jurídicas

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PROCEDIMENTOS

1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

2- Antes do início de cada aula, o aluno depositará sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no início da própria aula.

3- Após a discussão e solução dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes aos casos.

4- A entrega tempestiva dos trabalhos será obrigatória, para efeito de lançamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno às provas.

4.1- Caso o aluno falte à AV1 ou à Av2, o professor deverá receber os casos até uma semana depois da prova, atribuir grau e lançar na pauta no espaço específico.

5- Até o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno deverá entregar o conteúdo do trabalho relativo às aulas já ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeiçoamento dos mesmos, organizado de forma cronológica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuição de pontuação (zero a um), que será somada à que for atribuída à AV1 e AV2 (zero a nove).

5.1- A pontuação relativa à coletânea de exercícios na AV3 (zero a um) será a média aritmética entre os graus atribuídos aos exercícios apresentados até a AV1 e a AV2 (zero a um).

6- As provas (AV1, AV2 e AV3) valerão até 9 pontos e serão compostas de questões objetivas, com respostas justificadas em até cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes das Coletâneas de Exercícios, salvo as exceções constantes do regulamento próprio.

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PLANO DE AULA 1

TEMA: Resposta do Réu. Conceito. Atitudes do Réu ao ser citado. Prazos. Princípios. Defesas do Plano Processual e da Ação. Defesas do Plano do Mérito: Indiretas e Diretas. 

OBJETIVOS: O estudante deverá ser capaz de compreender as diversas atitudes que podem ser adotadas pelo réu ao ser citado em um processo instaurado em face dele. Ao final da exposição do professor deverá o aluno ser capaz de identificar, dentre as modalidades de repostas do réu, aquelas que consistem defesas (processuais e de mérito) e contra-ataque (reconvenção).  Para o alcance destes objetivos é necessária uma exposição da diferença entre a relação processual e a de direito material, sabendo-se que o réu ora se defende no plano processual – as preliminares na contestação e as exceções – ora se defende no plano do mérito, onde  se encontra na relação de direito material, resistindo à pretensão do autor, alegando defesas de mérito indiretas como as objeções  e as exceções substanciais - ora de forma direta, negando o fato ou dando ao fato narrado pelo autor outra configuração. Compreender que o réu deve apresentar suas  defesas observando as diversidades de ritos, como o sumário e sumaríssimo dos Juizados Especiais.

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

1 – Atitudes do réu ao ser citado:          1.1-Reconhecer a procedência do pedido;         1.2-Permanecer omisso;          1.3-Oferecer impugnação ao valor da causa;          1.4-Responder;               1.4.1-Apresentar defesas: Defesas processuais e de mérito, indiretas e diretas;               1.4.2-Contra-atacar.                2 – Respostas do réu:         2.1–Contestação;         2.2–Exceção (incompetência, impedimento e suspeição);         2.3-Reconvenção;  3 – Prazos para oferecimento de resposta:          3.1-No procedimento ordinário;          3.2-No procedimento sumário;          3.3-Nos Juizados especiais.

RECURSOS:

Data show e quadro de sala de aula.

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APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

CASO CONCRETO 1 

Os dentistas Robson e Camilo foram condenados pela Justiça mineira  a indenizar a telefonista Rosane, em R$ 18.750 por danos morais e estéticos e em R$ 17,8 mil por danos materiais, em razão de problemas decorrentes de tratamento odontológico.  A decisão foi proferida pelo juiz José Leão Santiago Campos, da 2ª Vara Cível de Conselheiro Lafaiete (MG)

              A telefonista iniciou tratamento ortodôntico com Camilo devido a problemas de mastigação. O tratamento, no entanto, causou dores e perda de contato entre os dentes inferiores e superiores, o que levou o dentista a encaminhar a paciente ao colega Robson, que fez duas cirurgias de emergência na cliente.                  Após as operações, constatou-se que a situação havia piorado: os dentes superiores e inferiores não tinham contato, as arcadas dentárias não se encaixavam e a mandíbula não se movimentava corretamente, causando deformidade no rosto da telefonista. Ela procurou outro profissional e teve de passar por sessões de fisioterapia.

             Para o relator do processo, desembargador Alberto Aluízio Pacheco de Andrade, a atividade desenvolvida pelo profissional de Odontologia representa obrigação de resultado, consoante pacífica doutrina e jurisprudência. Conforme o julgado, as provas apresentadas no processo são fartas e o depoimento de uma testemunha, profissional da Odontologia, tem validade e é equivalente a um parecer técnico pericial, segundo o seu convencimento, no caso concreto.

 (Proc. nº 1.0183.06.112345-5/002 - com informações do TJ-MG )

Indaga-se:

a) Após serem citados os dentistas, quais as atitudes que eles poderiam ter tomado?  Resposta fundamentada e justificada.b) Como os dentistas (réus no caso concreto) poderiam apresentar “defesas processuais”  com o fim de macular a admissibilidade  da causa? Resposta fundamentada e justificada.  CASO CONCRETO 2 Osório ajuíza ação de despejo de imóvel para uso próprio em face de sua locatária Nina em sede de juizados especiais. Citada, por via postal, Nina não comparece à audiência de conciliação. Você, como advogado da causa, aguarda que providência deve tomar o juiz, prevista na Lei 9099/95? Resposta fundamentada e justificada.

QUESTÕES OBJETIVAS

 Questão 1Sobre as  defesas de mérito é  INCORRETO afirmar: 

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a) aquelas que o demandado opõe contra a pretensão deduzida em juízo pelo demandante (objeto litigioso), quer para neutralizar os seus efeitos, quer para retardar a produção destes mesmos  efeitos  ( exceções dilatórias de mérito); b) aquelas que o demandado opõe contra a pretensão deduzida em juízo pelo demandante (objeto litigioso) a fim de negar seus efeitos peremptoriamentec) as que na contestação alega a falta de interesse processual do autor; d) entre as que o réu alega, que se encontram na relação de direito material, na contestação, a decadência e a exceção de contato não cumprido.  Questão 2 Quanto à contagem dos prazos, em relação à citação de vários réus, é CORRETO afirmar:a) a resposta será sempre comum e no mesmo tempo;b) o prazo para responder será sempre em dobro;c) o prazo será comum, salvo nos casos do art. 191;d) cada réu oferecerá sua resposta a contar da data individual de sua citação.

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PLANO DE AULA 2

TEMA: Contestação. Princípios. Defesas do Plano Processual e da Ação. Defesas do Plano do Mérito: Indiretas e Diretas.

OBJETIVOS:

O estudante deverá ser capaz de compreender a contestação como uma das modalidades de resposta do réu, que consiste na sua defesa por excelência. Identificar os diferentes prazos para o oferecimento: no rito ordinário, rito sumário e Juizados especiais, bem como identificar as defesas processuais (preliminares) e de mérito cabíveis em sede de contestação. Compreender ao final da exposição do professor a importância do princípio da – eventualidade -concentração das defesas (art.300) e as conseqüências do seu descumprimento para o réu. Compreender, ainda, que certas matérias de ordem pública podem ser alegadas depois da contestação, excepcionalmente.

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

1 – Contestação:          1.1-conceito;         1.2-Prazo:             1.2.1–No rito ordinário;             1.2.2–No rito sumário;            1.2.3-Nos Juizados especiais.           1.3-Princípio da eventualidade;          1.4-Princípio da concentração;          1.5-Defesas alegáveis;              1.5.1-defesas de mérito: Diretas e indiretas;             1.5.2-defesas processuais - preliminares de contestação.         1.6-ônus da impugnação especificada e a isenção desse ônus;         1.7-Contestação por negativa geral. Novas alegações depois da contestação.

RECURSOS:

Data show e quadro de sala de aula.

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

QUESTÃO 1

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A 1ª Câmara de Direito Público do TJ de Santa Catarina confirmou sentença da comarca de Videira que condenou o Município local ao pagamento de reparação por danos morais no valor de R$ 10 mil em benefício de um garoto que sofreu uma queda no pátio escolar, quando estava no período de intervalo de uma aula para aula.         Como conseqüência, teve dois dentes definitivos quebrados e sério comprometimento em um terceiro, além de sofrer lesões diferenciadas. Na época, o Município comprometeu-se a bancar o tratamento, promessa não honrada posteriormente, sob alegação de que não tinha responsabilidade sobre o fato.         Para o relator do processo, desembargador Newton Trisotto, o Município procura esquivar-se de sua responsabilidade, sob argumento de que o ferimento causado com a queda do menor teria ocorrido em virtude de terceiro, mas não rebate todos os pontos.      Mas, segundo o julgador, a responsabilidade de zelar pela vida do estudante é sim do município. “Enquanto o aluno se encontrar no estabelecimento de ensino e sob sua responsabilidade, este é responsável não somente pela incolumidade física do educando, como também pelos atos praticados por este a terceiros. Há um dever de vigilância e incolumidade inerente ao estabelecimento de educação (...). Responde, portanto a escola, se o aluno vem a ser agredido por colega ou vem a acidentar-se em seu interior”, finalizou o magistrado, em seu provimento final.          Além da indenização por danos morais, a Município terá ainda que custear tratamento odontológico completo, a título de danos materiais, e ressarcir as despesas já realizadas neste sentido pela família, comprovadas em R$ 420,00.

. (Proc. n.º 2008.045140-7 - com informações do TJ-SC) Indaga-se:

a) Diante do caso concreto, informe se a contestação do Município cumpriu com o ônus da impugnação especificada. Resposta fundamentada e justificada.

b) A esse ônus se submete a Fazenda Pública? Resposta fundamentada e justificada.

c) A não impugnação sempre gera a presunção relativa de veracidade dos fatos não impugnados? Resposta fundamentada e justificada.

 

 

QUESTÃO 2

 Ajuizada a ação de divórcio litigioso por Eduardo em face de Catarina, o autor convicto mas  muito  discreto, reservou-se o direito de apenas relatar alguns dos fatos ocorridos

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durante o breve enlace matrimonial.  Deixando assim, de declarar as alegações relativas ao envolvimento amoroso de seu cônjuge com terceiros, mesmo estando desde o iniciar da demanda munido de farto manancial probatório.  Por sua vez, Catarina também não utilizou todos os seus argumentos, preservando-se de uma maior exposição.  

Pergunta-se:

a)    A regra da concentração da defesa foi observada? Resposta fundamentada e justificada.

b)       O que é o princípio da eventualidade?   Resposta fundamentada e justificada.    

c) Considerando a eventualidade, pode-se cumular mais de uma defesa na contestação? Resposta fundamentada e justificada. 

QUESTÕES OBJETIVAS

 Questão 1

Acerca da resposta do réu, assinale a opção correta:

(Questão objeto de Exame da OAB/SP)

a) caso o réu compareça em juízo para apontar a inexistência ou invalidade da citação e essa não seja acolhida, o juiz deve, no mesmo despacho, determinar nova citação do réu e a reabertura do prazo para resposta, de modo que este deduza o restante da defesa;

b) em obediência ao princípio da concentração das defesas, o réu deve alegar, na contestação, toda a matéria de defesa;

c) no caso de a incompetência do juízo, absoluta ou relativa, não ser alegada como preliminar na contestação, ocorrerá  a  chamada  prorrogação  de  competência;

d) ocorrendo a conexão de ações propostas em separado, o juiz pode, a pedido do réu como preliminar da contestação e, não, de ofício, determinar a reunião das ações  para que sejam decididas na mesma sentença.

 Questão 2

Antes de impugnar os fatos narrados na inicial o réu deve argüir entre outras preliminares:

a) a incompetência absoluta do juízo;

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b) a nulidade ou inexistência da citação;

c)a inépcia da petição inicial;

d) todas as respostas anteriores estão corretas

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PLANO DE AULA 3

TEMA: Exceções: Exceção de Incompetência, Suspeição e Impedimento. Legitimidade. Prazo. Efeitos das Exceções. Cabimento. Procedimentos. Preclusão. Decisão e sua natureza. Recurso cabível. 

OBJETIVOS:

O estudante deverá ser capaz de compreender as exceções como modalidade de resposta do réu, através da qual apresenta defesas de natureza processuais, que visam prestigiar o princípio do Juiz natural, afastando-o por suspeição ou impedimento (parcialidade) ou por não ser o competente em razão de descumprimento da regra de competência de foro (critério territorial ou em razão do valor e, ainda, identificar o procedimento a ser adotado na hipótese de oferecimento de cada uma das exceções. Compreender a natureza da decisão judicial e o recurso adequado, bem como ser noticiado que provavelmente no novo CPC as exceções passaram a integrar a única peça de resistência, para prestigiar a informalidade, a economia processual e a simplicidade.

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

1 – Exceção:          1.1-conceito;         1.2-natureza;         1.3–Espécies:            1.3.1-Exceção de incompetência;             1.3.2-Exceção de impedimento;             1.3.3-Exceção de suspeição;          1.4-cabimento;          1.5-prazo;           1.6-efeitos;          1.7-procedimento;          1.8-natureza da decisão;          1.9-Recurso.

RECURSOS:

Data show e quadro de sala de aula.

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

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QUESTÃO 1

O juiz da 3ª Vara de Família de Ribeirão Preto (SP), José Duarte Neto, determinou que o pai de uma menina de oito anos terá de pagar multa de R$ 75 por visita que deixar de fazer à filha, que mora com sua ex-mulher.   As visitas devem ocorrer de 15 em 15 dias. O pai, de 38 anos, é segurança. O processo tramita em segredo de Justiça e os nomes não foram revelados. As informações são da Folha de S. Paulo

        Segundo o advogado César Augusto Moreira, que subscreveu a petição inicial, a mãe da criança, uma vendedora de 45 anos, resolveu recorrer à Justiça, ao perceber que a filha, antes sempre alegre, começou a ficar muito triste porque o pai não a visitava nos dias marcados,. Consoante anterior decisão judicial, transitada em julgado.             Em contestação, o segurança alegou que não fazia as visitas, pois sempre que comparecia na casa onde se encontra a sua filha era agredido pela ex-mulher, causando traumas na sua filha, o que procurou evitar para o seu bem e de sua filha.

         Na sentença, o juiz fez referência de que, atualmente, as decisões das Varas de Família consideram a visita do pai ao filho um direito primordial da criança

"Os tempos mudaram. Hoje, levamos em conta que o filho é fruto de duas personalidades, do pai e da mãe, e por isso, o direito tem que encontrar os caminhos para impor ao pai relapso o dever de aprimorar e contribuir para a personalidade do filho", refere o julgado singular.

Pergunta-se:

a) Considerando que o réu reside distante da autora, junto com a contestação poderia ter excepcionado o juízo para que a demanda não tramitasse no foro de seu domicílio?  Resposta fundamentada e justificada.

b) Se o réu percebe que o juiz da causa é amigo íntimo da autora, o que deve ele fazer? Resposta fundamentada e justificada.

 QUESTÃO  2

Tatiana é ré de uma ação de cobrança, de rito ordinário, movida pelo Condomínio Le Park. No prazo de resposta a ré contesta o pedido do autor alegando, na peça de resistência, que o foro escolhido pelo autor não lhe é conveniente.  O juiz ignora a alegação.

Agiu corretamente o juiz da causa? Resposta fundamentada e justificada.

   QUESTÕES OBJETIVAS

Questão 1

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Sobre a incompetência relativa, indique a alternativa correta, se poderia o juiz, de ofício, conhecê-la:

a) sim, pois o juiz é o condutor dos trabalhos;

b) não, porque tal direito é exclusivo de ambas as partes;

c) não, porque trata-se de direito exclusivo do autor;

d) sim, mas apenas no caso do parágrafo único do art. 112

 

Questão 2

 Indique a alternativa correta sobre defesa de natureza processual que o réu pode alegar:

a)    exceção de contrato não cumprido, prescrição e decadência

b)    exceções de impedimento e suspeição e de contrato não cumprido;

c)    exceções de incompetência, impedimento e suspeição

d)    exceção de incompetência e o direito de retenção

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PLANO DE AULA 4

TEMA Nº. 04: Reconvenção. Conceito. Requisitos Gerais e Específicos. Cabimento. Legitimidade. Conexão. Uniformidade de Procedimentos. Desnecessidade da Reconvenção nas Ações de Natureza Dúplice (alcance da Afirmativa).

OBJETIVOS:

O estudante deverá ser capaz de compreender que não se trata propriamente de resposta do réu, e sim ação proposta pelo réu em face do autor, nos mesmos autos em que está sendo demandado. Deverá, ainda, identificar que se trata de instituto que atende o princípio do acesso à justiça e da efetividade da prestação jurisdicional, além dos princípios da economia e da celeridade da prestação jurisdicional. Ao estudante deve ser informado que no projeto do novo CPC a reconvenção desaparecerá e será substituída pelo pedido contraposto, que é feito na própria contestação, aliás como ocorre no rito sumário e sumaríssimo dos Juizados Especiais.

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

1 – Reconvenção:         1.1-conceito;         1.2-natureza;          1.3-Prazo;          1.4-Cabimento              1.4.1–Requisitos genéricos;             1.4.2–Requisitos específicos;         1.5-Procedimento          1.6-Descabimento no rito sumário, juizados especiais e demais ações de natureza dúplice.

RECURSOS:

Data show e quadro de sala de aula.

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

QUESTÃO 1        Trata-se de ação de despejo por falta de pagamento ajuizada pelo autor, ora Apelado, em face do réu, ora Apelante, em decorrência de inadimplência referente às parcelas vencidas a partir de setembro/2003. Contestando o feito (fls. 24/25), o réu invocou ter

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efetuado o pagamento, embora com atraso, acostando documentos de depósito em conta. O autor, então, alegou que o réu não pagou os aluguéis na forma regular e efetuou os depósitos após os vencimentos, mas desistiu do feito (fls. 40).       Na sentença de fls. 42, o douto Juiz a quo julgou extinto o processo pela perda de interesse processual.  O réu apelou, às fls. 44/46, aduzindo que a desistência ocorreu após a contestação, requerendo seja julgado o mérito com a improcedência do pedido, condenando o autor nos ônus sucumbências.         A sentença foi anulada pela decisão do relator de fls.52/53 e, após determinou para que o autor desse impulso ao feito. Nova sentença foi proferida, às fls. 68/72, julgando improcedente o pedido e condenando o autor nos ônus sucumbências, fixando os honorários advocatícios em R$ 400,00 (quatrocentos reais).        Novamente apelou o réu, às fls. 76/79, requerendo seja o apelado condenado a indenizar o apelante no valor correspondente ao dobro do indevidamente cobrado. Embora intimado, o apelado não apresentou contra-razões (certidão de fls. 83).        Com efeito, pretende o apelante a reforma de sentença de improcedência do pedido de despejo para que o autor seja condenado não somente nos ônus sucumbenciais, mas, também, a indenizá-lo no valor correspondente ao dobro do valor indevidamente cobrado. Pergunta-se: Tal pedido merece ser julgado procedente? Resposta fundamentada e justificada.    QUESTÃO  2 “Ajuizou o recorrido ação monitória em face dos recorrentes, fundamentada em promissória emitida pelos réus em 15.9.92, como parte do pagamento de um lote de terreno no município de Cabo Frio, Rio de Janeiro. Os réus opuseram embargos e, concomitantemente, apresentaram sua reconvenção, que o Juízo indeferiu, ao fundamento de que "não cabe reconvenção no presente rito". Foi interposto o agravo de instrumento pelos réus-reconvintes, que restou desprovido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em acórdão assim ementado: "Ação monitória. Tendo os embargos, que vêm a ser interpostos contra a ação monitória, natureza de ação, não se admite reconvenção, sendo descabida a regra do art. 315 do CPC.” Orientando-se no sentido de que na ação monitória se está diante de procedimento sui generis que visa abreviar a formação do título executivo judicial, tem-se por inadmissível o oferecimento de reconvenção em virtude da total incompatibilidade dos ritos desta e da ação monitória. Pergunta-se: Cabe reconvenção em sede de ação monitória? Resposta fundamentada e justificada.QUESTÕES OBJETIVAS

 Questão 1Indique a alternativa correta em relação ao cabimento da reconvenção no procedimento sumário:

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 a) sim, pois é também um procedimento comum;b) não, pois viola a oralidade, economia processual e a celeridade do rito;c) sim, mas apenas em alguns casos, excepcionados pela lei processual;d) não, porque o rito da reconvenção é uma ação e não defesa.  Questão 2 Indique a alternativa correta em relação ao cabimento ou não da reconvenção nos juizados especiais: a) sim, porque não há como negar ao réu a chance do reconhecimento do direito material de que entende ser titular;b) não, em razão da expressa vedação no CPC quanto ao tema;c) não, pois viola os princípios basilares, estabelecidos no art. 2º da lei 9099/95;d) sim, porque atende o princípio da economia processual.

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PLANO DE AULA 5

TEMA: Revelia. Conceito. Revelia Relevante e Irrelevante. Revelia no Rio Sumário. Revelia nos Juizados Especiais de Causas Cíveis. Efeitos da Revelia. Alteração do Pedido na Revelia. Efeito Sanatório Parcial da Revelia (art. 322, parágrafo único do CPC).

OBJETIVOS:

O estudante deverá ser capaz de compreender o instituto da revelia e identificar o seu fato gerador e seus efeitos no procedimento ordinário, no procedimento sumário, nos especiais e nos Juizados especiais. Também deverá ser capaz de diferenciar a revelia relevante da irrelevante. Compreender o efeito sanatório parcial da revelia (322 do CPC).

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

1 – Revelia:          1.1-conceito;         1.2-fato gerador:            1.2.1–No procedimento ordinário;             1.2.2–No procedimento sumário;             1.2.3-Nos Juizados especiais.          1.3-Efeitos:             1.3.1-efeito material:                    1.3.1.1-Presunção de veracidade dos fatos afirmados pelo autor.              1.3.2-Efeitos processuais:                  1.3.2.1-Julgamento antecipado da lide;                  1.3.2.2-Prazos fluem em cartório.          1.4-Revelia relevante e revelia irrelevante;          1.5-sanatória parcial da revelia;          1.6-produção de provas pelo réu revel;          1.7-causas impeditivas da decretação da revelia.

RECURSOS:

Data show e quadro de sala de aula.

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

QUESTÃO  1Ação declaratória, sob o procedimento ordinário, proposta por Vilma alegando, em síntese, que foi casada com o Réu, José e que em 16/04/02 foi concretizada a separação judicial, afirmando que na ocasião houve um incorreto ajuste e proposital no respectivo instrumento, no tocante a um imóvel incluído indevidamente, eis que o mesmo foi

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adquirido por meio de verba indenizatória referente a uma ação trabalhista em que a Autora foi vencedora. Assim, requer a procedência do pedido da presente ação e a condenação do Réu nas custas e honorários advocatícios.  O réu, no prazo de resposta, confessa o fato relatado e é declarada ainda a revelia.  Sentença às fls. 73/76, julgando improcedente o pedido da Autora, condenando a mesma nas custas e honorários advocatícios arbitrados em R$ 1.000,00, destacando que a mesma é beneficiária da gratuidade de justiça.3.ª Câmara Cível TJRJ  -Apelação Cível n.º 70223/06      Relator: Des. LUIZ  FERNANDO RIBEIRO DE CARVALHO Indaga-se:a) A revelia declarada pelo juízo de 1º grau necessariamente resulta na procedência do pedido autoral? Resposta fundamentada e justificada.b) O réu que confessa é sempre revel?  Resposta fundamentada e justificada.QUESTÃO  2Proposta ação de conhecimento por Paulo em face de Cesar, citado o réu por edital ficou inerte, modalidade de citação ficta. Conclusos os autos, o juiz veio a nomear curador especial  ao réu revel, para a garantia do contraditório e devido processo legal.Indaga-se:Nessa hipótese, apesar de haver a revelia, pode-se falar em seus efeitos? Resposta fundamentada e justificada. QUESTÕES OBJETIVAS

Questão 1Indique a alternativa correta em relação à revelia inoperante: a) não produz os efeitos mencionados no art. 319, ou seja, reputarem-se verdadeiros os fatos afirmados pelo autor da ação; b) só ocorre as ações propostas nos juizados especiais; c) o mesmo que revelia irrelevante, ou seja, a falta de contestação acarreta os efeitos menciona dos no art. 319 do CPC. d) a revelia propriamente dita  Questão 2Ricardo propôs ação reivindicatória de um terreno em Muriaé/MG.  Ocorre que apesar de ter o autor farto manancial probatório não anexou aos autos escritura pública do imóvel, registrada no registro imobiliário. O réu permaneceu inerte apesar de citado pessoalmente por oficial de justiça. Como o juiz deverá proceder: a) decretar a revelia com seus efeitos;  b) não decretar a revelia já que o autor não juntou prova constitutiva de seu direito, essencial à substância do ato; c) decretar a revelia, porém nos termos do art. 320, III do CPC; d) não é caso de revelia, cabendo ao juiz dar prosseguimento ao itinerário processual.

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PLANO DE AULA 6

TEMA: Providências Preliminares. Conceito. Etapa Explícita de Saneamento do Processo (Nulidades Sanáveis e Insanáveis). Princípio do Contraditório (Réplica). Conseqüências da Existência de Vício Insanável.

OBJETIVOS:

O estudante deverá ser capaz de identificar o momento processual no qual será adotada, se for o caso, a providência preliminar adequada para cada caso concreto. Para tanto deverá compreender que se trata do momento processual em que a atuação do juiz é bastante acentuada na direção do processo, tratando-se da fase dentro do itinerário processual em que ocorre o saneamento explícito e o momento de assegurar o princípio constitucional do contraditório, buscando a efetividade da prestação jurisdicional. Compreender que nesta fase, quando cabível, o autor deverá Sr ouvido em réplica que o réu alegar em sua defesa  de mérito indireta e preliminares e se alegar de mérito direta, pode permitir, se tornada litigiosa a relação jurídica sobre a qual fundamente o pedido do autor, a propositura da ação declaratória incidental.

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

1 – Providências preliminares:          1.1-conceito;         1.2-fase saneadora do processo;          1.3–Princípio do contraditório;          1.4–Espécies de providências preliminares:            1.4.1-Especificação de provas;             1.4.2-Declaração incidente;             1.4.3-Réplica.

RECURSOS:

Data show e quadro de sala de aula.

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

QUESTÃO  1 Em uma ação de nunciação de obra nova, o nunciante alega ter a obra se iniciado de modo rápido e efetivo no terreno contíguo à sua propriedade, causando graves danos à sua plantação de batatas. Notificou o nunciante o mestre de obras, uma vez que o nunciado não se encontrava no local.  No dia seguinte ajuizou a referida ação juntando diversas provas, incluindo imagens fotográficas do local. No prazo de resposta o réu não se manifesta.  O autor por estar revoltado com a questão, pede ao juiz para falar em

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réplica.  O juiz ignora o pedido, mas concede o embargo liminar de acordo com os artigos 936 e 937 do C.P.C.  Pergunta-se: a) Há espaço para a réplica na questão acima? Resposta fundamentada e justificada.

b) Em havendo apenas arguição de ilegitimidade passiva na contestação, mas sem nenhuma argumentação meritória, haveria espaço para a réplica? Resposta fundamentada e justificada.

QUESTÃO 2                       Em ação de cobrança de dívida, pelo rito ordinário, oriunda de contrato de prestação de

serviços, na qual se requer a conversão em perdas e danos, inexistiu contestação.  No prazo de resposta o réu apenas impugnou o valor da causa.   O juiz então determina que a parte autora especifique as provas que pretende produzir em A.I.J. 

 Pergunta-se: a)    Agiu corretamente o juiz? Resposta fundamentada e justificada.

b) A impugnação ao valor da causa por si só não impediria a aplicação do art. 324 ? Resposta fundamentada e justificada.

QUESTÕES OBJETIVAS

 Questão 1No rito sumário é correta a afirmativa de que:a )  cabe a réplica, mas não  a especificação de provas;b) cabe a réplica, a especificação de provas e a declaração incidente;c) cabe sempre a ação declaratória incidental;d) não cabe julgamento antecipado da lide 

Questão 2

Sobre as providências preliminares é correto afirmar:

a) sempre existirão no procedimento comum ordinário;b) não são obrigatórias;c) sempre existirão nos juizados especiais;d) sempre existirão em todos os procedimentos especiais.

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PLANO DE AULA 7

TEMA: Ação Declaratória Incidental. Conceito. Legitimidade. Cabimento. Requisitos. Prejudicialidade. Momento da Propositura. Revelia (nova citação, art. 321). Finalidade e Recurso.

OBJETIVOS:

O estudante deverá ser capaz de compreender que se trata de uma ação onde se faz presente necessariamente a prejudicialidade, transformando a questão que seria decidida incidentemente em questão principal para sobre ela fazer coisa julgada. Essencial que a relação jurídica sobre a qual o autor funda o seu pedido se torne litigiosa pelo teor da defesa do réu ou da sua contestação. A Ação Declaratória Incidental na edição do novo CPC desapareça, porque constará um artigo no capítulo da coisa julgada no sentido que os efeitos dela se estendem às questões prejudiciais.

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

1 – Ação declaratória incidental:         1.1-conceito;         1.2-natureza;          1.3-finalidade;          1.4–Legitimidade;          1.5-momento da propositura;          1.6-Requisitos genéricos e específicos;          1.7-procedimento;           1.8-recurso.

RECURSOS:

Data show e quadro de sala de aula.

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

QUESTÃO  1 Durante uma ação de cobrança de rito ordinário, o réu alega no prazo de resposta a falsidade documental do principal e essencial documento para comprovação dos fatos articulados na inicial e que lhe dá  suporte à pretensão de direito material que busca em juízo.  Através de que instrumento legal deverá o réu apresentar sua alegação?  QUESTÃO 2 

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João promoveu ação pelo procedimento sumaríssimo no Juizado Especial. Na audiência de conciliação não houve acordo. No dia da audiência de instrução o réu ofereceu contestação e pelo seu teor tornou litigiosa a relação jurídica sobre a qual o autor funda o ser pedido. O autor foi ouvido e pediu a suspensão do feito alegando que pretende oferecer ação declaratória incidental, em conta que o autor não o fez em sua resposta. O juiz indeferiu o pedido por considerar desnecessário e afrontar os critérios norteadores do art. 2º da Lei 9099/95. Indaga-se:  a ) Cabe ação declaratória incidental no rito sumaríssimo? Resposta fundamentada e justificada.b) O prazo para o oferecimento da ação declaratória incidental é o mesmo da resposta, no rito ordinário, se feita pelo réu? Resposta fundamentada e justificada.  QUESTÕES OBJETIVAS

 Questão 1Sobre a ação declaratória incidental movida pelo réu é correto afirmar:  a) deve sempre se referir a uma questão prejudicial; b) exige o oferecimento simultâneo da contestação; c) deve ser competente o mesmo juízo  ratione materiae; d) apenas a letra “b” está correta;  e) as letras “a” , “b” e “c” estão corretas   Questão 2 Pode-se afirmar que a tarefa cognitiva do juiz com a propositura da ação declaratória incidental:  a) permanece a mesma, não havendo alteração na atividade lógica do juiz; b) é alterada para alcançar também a ação declaratória incidental; c) é alterada porque se altera a coisa julgada material;  d) sempre alterada porque apreciará um novo pedido.

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PLANO DE AULA 8

TEMA: Julgamento conforme o Estado do Processo. Extinção do Processo. Julgamento Antecipado da Lide. Audiência Preliminar de Conciliação e de Ordenação do Processo.

OBJETIVOS:

O estudante deverá ser capaz de identificar que o desfecho do itinerário processual pode ocorrer em existindo vício insanável (extinção sem resolução do mérito) ou com exame de mérito nas hipóteses previstas no art. 269, II a V do CPC e, ainda, porque a causa se encontra madura para julgamento (julgamento antecipado da lide). Não sendo caso de extinção do processo sem resolução do mérito ou de prolação de sentença com resolução de mérito, o juiz, em se tratando de direito disponível designa audiência preliminar, cujo foco é a conciliação e se frustrada, promove o último saneamento do processo, se necessário, fixa os pontos controvertidos da demanda e defere as provas. O aluno deverá ser capaz, ainda, de compreender a importância da produção da prova e que a falta de comprovação dos fatos alegados pelas partes acarreta conseqüências desfavoráveis à pretensão deduzida em juízo para o autor da ação – fato constitutivo do seu direito - ou para o réu, em relação ao fato extintivo ou impeditivo do direito do autor, alegado pelo réu. Compreender que as provas têm o seu momento de ser produzida dentro do itinerário processual e que cabe ao juiz dar o seu valor segundo o seu convencimento, desde que a decisão seja motivada com os elementos constantes dos autos. ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

1 – Julgamento conforme o estado do processo:         1.1-extinção do processo;         1.2-julgamento antecipado da lide          1.3-audiência preliminar. 2 -      Das Provas.

2.1 - Finalidade e destinatário das provas. Valor das provas e Sistema Processual.Poderes de instrução do Juiz. Ônus da prova e o Sistema das Provas.

         2.2 - Convenção sobre as provas e sua possibilidade. Meios de prova.Procedimento probatório. Produção das provas. Prova por meio eletrônico. Confissão. Prova Documental, Testemunhal, Pericial e Inspeção Judicial.

RECURSOS:

Data show e quadro de sala de aula.

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

CASO CONCRETO 1

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A 2ª Câmara de Direito Civil do TJ de Santa Catarina condenou José ao pagamento de R$ 5,5 mil em indenização por danos morais a Heitor, vítima de insultos em entrevista cedida ao programa "Bote a Boca no Trombone", da Rádio Menina FM localizada no Balneário turístico de Camboriú, em Santa Catarina.                                                                                                                                Consta nos autos que José, por iniciativa própria, ligou para a emissora, em agosto de 1996, para participar do programa. Durante a transmissão, ao vivo, criticou a conduta profissional de Heitor, corretor de imóveis, e proferiu-lhe xingamentos como "ladrão" e "bandido". O ouvinte confirmou o depoimento dado ao programa, mas alegou que a responsável por eventuais excessos na entrevista deveria ser a emissora. Na audiência de conciliação apenas compareceu o autor, estando ausentes o réu e seu advogado.   O relator do processo, desembargador substituto Jaime Luiz Vicari, explicou que, segundo a Lei de Imprensa (a época em vigor), podem responder pelos danos morais causados o veículo de comunicação, o jornalista responsável pela matéria ou aquele que forneceu à imprensa os dados .           "Ao fornecer informações à imprensa e dar entrevistas aos meios de radiodifusão, o réu ensejou responsabilidade no âmbito civil e, ainda, suportou a obrigação de indenizar o ofendido" - concluiu o magistrado ao confirmar a responsabilidade do ouvinte.           A decisão do TJ retirou da condenação o valor pelos danos materiais - concedidos na sentença -  por falta de provas. Chegada ao TJ catarinense em outubro de 2001, a apelação demorou sete anos até ser julgada. Durante esse período passou, sucessivamente, por quase duas dezenas de relatores e juízes cooperadores. O relator definitivo recebeu os autos em setembro deste ano.   A ação foi ajuizada em 21 de janeiro de 1997 e teve sentença de primeiro grau em 25 de junho de 2001. (Proc. nº 2001.019569-0 - com informações do TJ-SC)

Indaga-se

a) Em primeiro grau poderia, no caso acima, ter o magistrado julgado antecipadamente a lide?  Justifique a resposta.

b) Há alguma consequência processual decorrente da ausência do réu à audiência preliminar? Justifique?

c) Agora que no art. 331, através da Reforma Processual, foi inserida a figura do preposto, poderá ainda o advogado, ausente a própria parte bem como  qualquer preposto seu,  transigir?  Fundamente a resposta.

 QUESTÃO 2 Foi proposta ação de conhecimento por Frederico em face de Álvaro. Postula o autor a condenação do réu a cumprir obrigação de fazer, constante do contrato celebrado pelas partes, juntado aos autos. Citado, o réu oferece contestação onde nega a obrigação de que o autor seja dele credor, argumentando que, posteriormente, à celebração do pacto,

Page 27: Caderno Processo Ciil II

foi celebrado distrato total do avençado. Em réplica, o autor juntou vários documentos visando provar que o distrato não abrangeria a totalidade da obrigação assumida pelo réu. Indaga-se: a) O sistema processual admite a juntada de documentos, a qualquer momento? Fundamente a resposta.b) É admissível a juntada de documentos na fase recursal? Fundamente.QUESTÕES OBJETIVAS

 

Questão 1

Aplicar-se- á o art. 329 combinado com o art. 269 em situações onde o processo será extinto com a resolução do mérito tais como :

(Questão da Procuradoria Municipal - BA- 2006)

a)    se o juiz acolher a alegação  de prescrição e quando o extinguir  por ilegitimidade de parte

b)    se o juiz  reconhecer a carência de ação e quando pronunciar a decadência

c)    quando o autor  renunciar  ao direito em que se funda a ação  e quando o juiz  pronunciar a prescrição

d)     quando o juiz  acolher  o pedido de desistência  da ação e quando homologar  transação  entre as partes

e)    se o juiz  acolher a alegação de coisa julgada e quando o réu reconhecer a procedência do pedido

Questão 2 É correto afirmar que o CPC trata como impedido de depor:(Juiz de Direito - PA – 2005) 

a)    o  menor de  dezesseis anosb)    o cego e o surdo, quando  a ciência do fato  depender  dos sentidos  que lhes

faltam;c)    o que, por seus costumes, não for digno de fé;d)    o que tiver interesse no litígio;

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e)    o que intervém  em nome  de uma parte, como o tutor na casa do menor, o representante legal da pessoa  jurídica, o juiz, o advogado e outros, que  assistam  ou tenham assistido  as partes.

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PLANO DE AULA 9

TEMA: Audiência de Instrução e julgamento. Compreensão. Características. Atos Preparatórios. Antecipação e Adiamento. Conciliação e seu Procedimento. Instrução e Julgamento. Sentença. Conceito. Espécies: Terminativa e Definitiva. Publicação. Irretratabilidade.  

OBJETIVOS:

O estudante deverá ser capaz de compreender que a realização da audiência de instrução e julgamento só deve acontecer, quando se faz necessário a produção da prova oral, não sendo caso de julgamento antecipado da lide. Deve, ainda, o aluno compreender o procedimento a ser adotado durante a AIJ. 

O estudante deverá ser capaz, ainda, de compreender que a sentença é o momento da fase cognitiva do processo, além de refletir a entrega da prestação jurisdicional reclamada pelo autor, cumprindo o juiz o seu ofício. O estudante deverá ser capaz, ainda, ao final da aula de compreender as formas de tutelas específicas, através das quais não se busca reparação genérica. Além disto, deverá ao final das exposições compreender que o cumprimento do julgado é determinado de ofício pelo juiz e, que, nesses casos inexiste processo autônomo de execução, para tanto utiliza o juiz de meios de coerção ou de sub-rogação para alcançar a  plena satisfação do direito do jurisdicionado que buscou em juízo a solução do litígio

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

1 – Audiência de instrução e julgamento:         1.1-cabimento;         1.2-conceito;          1.3–princípios informadores;          1.4–antecipação e adiamento;         1.5-procedimento:              1.5.1-abertura;             1.5.2-tentativa de conciliação;             1.5.3-produção de provas;             1.5.4-debates orais.          1.6-oferecimento de memoriais.          1.7-julgamento. 2 – Sentença:          1.1-conceito;         1.2-espécies:            1.2.1–Sentença terminativa e sentença definitiva.          1.3-Publicação e irretratabilidade.          1.4-intimação.

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          1.5-elementos essenciais:             1.5.1-relatório;             1.5.2-fundamentação;             1.5.3-dispositivo.          1.6-classificação das sentenças de mérito:            1.6.1-meramente declaratória;            1.6.2-constitutiva;            1.6.3-condenatória.            1.6.4-mandamental;            1.6.5-executiva lato senso.         1.7-Interpretação;         1.8-princípio da congruência;         1.9-clareza e precisão;         2.0-efeitos;         2.1-sentença liminar.

2.2- tutela específica nas obrigações de fazer, não fazer e entregar coisa. Correção e Integração da sentença. Juízo de retração. Apreciação das obrigações de emitir vontade.

RECURSOS:

Data show e quadro de sala de aula.

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

CASO CONCRETO 1 Proposta ação de conhecimento por Maria em face de José, o feito correu regularmente, tendo o juiz designado audiência de instrução e julgamento. Na audiência, após a colheita das provas, o juiz deu a palavra ao advogado do autor para início dos debates, ocasião em que o advogado postulou a apresentação de memoriais.Indaga-se: a) Deve o juiz deferir o pleito do advogado do autor da ação? Fundamente a resposta. b) Em se tratando de ação com adoção de procedimento sumaríssimo, cabe o adiamento da audiência para apresentação de memoriais? Fundamente a resposta. QUESTÃO 2 João ajuizou ação indenizatória, cumulada com pedido de obrigação de fazer e com pedido de antecipação dos efeitos da tutela, em face do Banco Sudoeste. Na petição inicial requer o autor a condenação do réu ao pagamento de R$20.000,00, a título de danos morais, em razão de um título protestado indevidamente e ainda requer a retirada

Page 31: Caderno Processo Ciil II

de seu nome dos órgão de proteção ao crédito.Inicialmente o juízo deferiu a concessão da tutela antecipada. A sentença julgou procedente o pedido do autor e condenou o réu ao pagamento de R$ 25.000,00, em razão dos danos morais sofridos, e, ainda, em R$ 5.000,00 a título de danos materiais. Confirmou, ainda, a antecipação dos efeitos da tutela, quanto à retirada imediata do nome do autor dos órgãos de proteção ao crédito, tendo mantida a fixação da multa diária, que não foi requerida pelo autor, caso não seja cumprida a obrigação de fazer. Pergunta-se:a)    Foi correta a sentença proferida?  Resposta de forma fundamentada e justificada.

b)    Agiu corretamente o magistrado ao fixar de ofício as astreintes? Resposta fundamentada e justificada.

QUESTÕES OBJETIVAS

  QUESTÃO 1A respeito da sentença, no processo civil, é de se observar que ao juiz: (FCC- TRF 4ª Região (Analista Judiciário-área judiciária)

 a)   em nenhuma hipótese, pode condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.

 b)   é permitido, se as provas autorizarem e o réu tiver tido oportunidade de defesa, proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida.

 c)   é defeso proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida.

 d)   é permitido condenar o réu em quantidade superior à que foi postulada na inicial, se as provas dos autos forem suficientes, sendo-lhe vedado, contudo, dispor sobre objeto diverso ao que foi demandado pelo autor.

  e)  é defeso condenar o réu em quantidade superior à que foi postulada na inicial, mas pode condená-lo em objeto diverso do que lhe foi demandado, se houver elementos nos autos que o permitam. 

Questão 2 Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia da sentença proferida, é lícito ao juiz tomar a seguinte medida em relação ao réu, independentemente do pedido do autor: (TRT 1ª Região (Analista judiciário-área judiciária/2004) a) impor multa diária;b) fixar condenação incerta;

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c) decidir em natureza diversa da pedida;d) determinar objeto diverso do demandado;e) condenar em quantidade superior ao pedido.

Page 33: Caderno Processo Ciil II

PLANO DE AULA 10

TEMA: Coisa Julgada. Conceito. Coisa Julgada Formal e Material. Limites Objetivos e Subjetivos da Coisa Julgada. Fundamento da Coisa Julgada. Preclusão. Questões Prejudiciais na Sentença. Coisa julgada. Situações excepcionais: Causas de Estado. Relação Jurídica 

OBJETIVOS:

O estudante deverá ser capaz de compreender o instituto da coisa julgada e a necessidade do poder público buscar o alcance da segurança jurídica das relações jurídicas entre as pessoas. Compreender que a coisa julgada está entre as garantias individuais do cidadão (art. 5º, XXXVI da CRFB). Compreender, também, que hoje esse princípio vem sendo relativizado em homenagem ao da dignidade da pessoa humana, que além de constar de nosso ordenamento positivo é de direito natural, enquanto o princípio da coisa julgada é uma ficção jurídica necessária e se encontra amparada apenas no direito positivo. Exemplos como a prova genética (DNA) a coisa julgada inconstitucional e a sentença inconstitucional, essas últimas já previstas em nosso ordenamento processual. Compreender a disciplina própria da coisa julgada nas ações de estado e, em especial, nas relações continuativas (prestação de alimentos, etc.) e, sobretudo, nas ações que envolvem direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos (processo coletivo). Além disto, compreender que certas decisões devem passar necessariamente por uma segunda apreciação, para segurança das relações jurídicas.

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

1.1 – Coisa julgada:          1.1-conceito;         1.2-natureza;          1.3-fundamento;         1.4–Coisa julgada formal e material;         1.5–Limites objetivos;         1.6-limites subjetivos;          1.7-Preclusão e eficácia preclusiva da coisa julgada; 1.2-causas de estado;         1.2-ações que versem sobre relação continuativa;         1.3–Coisa julgada e terceiros adquirentes de bens litigiosos;          1.4–coisa julgada nas demandas coletivas;         1.5-relativização da coisa julgada;          1.6-duplo grau obrigatório de jurisdição.

RECURSOS:

Page 34: Caderno Processo Ciil II

Datashow e Quadro de sala de aula

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

QUESTÃO 1  Dóris, representada por sua mãe, Nair, interpôs recurso de apelação cível, inconformada com a sentença prolatada pelo MM. Juiz de Direito da Vara Única da comarca de Campo Erê - SC, que julgou improcedentes os pedidos formulados na ação de investigação de paternidade cumulada com alimentos aforada contra Alexandre.

A apelante sustentou que as provas sobre as quais se funda a decisão, que foi proferida em primeira instância, não conferem ao julgamento a certeza necessária, face ao direito tutelado.

Requereu, desta forma, a realização de exame de DNA pelo Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN, a fim de modificar a decisão proferida pelo juízo singular.

Devidamente intimado, o apelado apresentou contra-razões. Argüiu, preliminarmente, a incidência dos efeitos da coisa julgada, posto ter a apelante ajuizado, previamente, ação com o mesmo fim.

O representante ministerial de primeira instância opinou pela conversão em diligência para a realização do exame genético.

 Indaga-se:A) A coisa julgada pode ser relativizada no caso acima? Resposta fundamentada e justificada.B) A relativização da coisa julgada fere o art. 5º, XXXVI da Constituição Federal? Resposta fundamentada e justificada.C) Em que casos a doutrina e jurisprudência vêm admitindo a relativização da coisa julgada? Resposta fundamentada e justificada. QUESTÃO 2    Lindalva, menor impúbere, devidamente representada por sua mãe, Felizberta, ingressou com ação de alimentos em face de Mateus, seu suposto pai.  Em sua defesa, Mateus alega que nunca teve qualquer relacionamento amoroso com a mãe da Autora e que sequer sabia da existência de uma filha concebida por esta.  No prazo do art. 325, a Autora não apresentou ação declaratória incidental.  O juiz acolheu a questão prejudicial de falta de provas da paternidade, julgando improcedente o pedido de fixação de alimentos.     Pergunta-se:

a) após o acolhimento da prejudicial de falta de provas da paternidade, Lindalva ainda poderá ingressar com ação de investigação de paternidade ou há coisa julgada?  Fundamente.

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b) há coisa julgada nas relações continuativas? Explique e fundamente com base na doutrina e jurisprudência.c) quais são os limites objetivos da coisa julgada? Explique.

 Questões Objetivas Questão 1Se na petição inicial, o Autor requereu a condenação da Ré a lhe pagar indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 e em obrigação de fazer consistente na retirada do seu nome do SPC, é INCORRETO afirmar que: a) se a sentença condenar o Réu a pagar indenização por danos materiais estará ferindo o Princípio da Congruência ou Adstrição;b) será citra petita a sentença se deixar de apreciar o pedido de indenização por danos morais;c) será ultra petita se condenar o Réu a pagar R$15.000,00 a título de indenização por danos morais;d) será extra petita se condenar o Réu a pagar indenização por danos materiais;d) se o juiz julgar improcedentes os pedidos do Autor, transitada em julgado, a sentença fará coisa julgada apenas formal. Questão 2A sentença proferida com base no art. 285-A, depois de esgotado o prazo para recurso, terá como efeito:a) preclusão;b) coisa julgada material;c) coisa julgada formal;d) carência da ação;e) somente fará coisa julgada se o Réu participar da relação processual.

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PLANO DE AULA 11

TEMA: Juizados Especiais de Causas Cíveis dos Estados e Federais e da Fazenda Pública. Adoção do rito sumaríssimo. Critérios norteadores. Competência. Critério de adoção. Competência relativa dos Juizados Especiais Estaduais e a Absoluta nos Federais

OBJETIVOS:

O estudante deverá ser capaz de compreender as razões, de natureza constitucional, da criação dos juizados especiais como instrumento de democratização do acesso à justiça, especialmente para os membros integrantes da camada social mais desfavorecida da nossa sociedade, que encontra esse viés de forma gratuita e onde é possível alcançar rapidamente a solução da lide. Compreender que a diretriz é alcançar a conciliação, daí, o itinerário processual começar com uma audiência de conciliação e, ainda, com previsão, de arbitragem, instrumento valioso  de mediação. Compreender, em razão das suas peculiaridades, os sujeitos do processo e que os atos praticados pelo juiz e pelas partes são dotados de simplicidade e informalidade. O chamamento do réu é feito pela citação via correio, como regra, como as intimações. Compreender, ainda, que pelas peculiaridades do rito a revelia se manifesta de forma diversa da prevista no CPC.

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

11-Juizados Especiais de Causas Cíveis da Justiça dos Estados e Fedeerais e da Fazenda Pública.

 11.1 Competência. Natureza da competência11.2 Partes. Capacidade. Legitimidade.Atos processuais e do Pedido, Cumulação de Pedidos.11.3 Citações, Intimações e Revelia e seus efeitos11.4 Conciliação e Arbitragem

RECURSOS:

Datashow e quadro de sala de aula

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

Questão 1 No Juizado Especial Cível de sua cidade foi proposta ação por Manoel dos Santos em face da Empresa Ilumina Global Ltda., alegando que foi cobrado em sua conta de luz mensal um valor a título de diferença de consumo, na quantia de R$ 430,00. Relata o autor que no mês anterior foi retirado, à sua revelia, o relógio medidor de seu consumo de

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energia, sendo colocado pela empresa ré outro medidor, sem, contudo, ter obtido maiores esclarecimentos sobre a troca.  Após comparecer pessoalmente na empresa ré para reclamar da cobrança indevida, foi informado por um atendente que se tratava de apuração de diferença de consumo, sob a alegação de violação no marcador de consumo. Manoel, não se conformando com a cobrança, ingressou com ação declaratória de inexistência de débito e reparação de danos morais, pedindo, no total, a quantia de R$ 5.000,00 a título de dano moral e mais a devolução do valor indevidamente pago de R$ 430,00, alegando que jamais ocorreu qualquer violação em seu marcador, requerendo, ainda, a aplicação do art. 6º VIII do CDC.  INDAGA-SE: a) Citada a ré, como se denomina nos Juizados Especiais Cíveis a peça de defesa que poderá apresentar? Qual é o prazo ou o momento oportuno para apresentação desta defesa? Fundamente as respostas.  b) Comparecendo às audiências a parte autora, devidamente acompanhada de seu patrono, e tão somente o advogado da empresa ré, apresentando a peça de defesa escrita, como deverá julgar o douto magistrado, segundo previsão contida na lei que disciplina os Juizados Especiais Cíveis Estaduais? Justifique as respostas. c) Em caso de ausência injustificada do autor na audiência de conciliação o que acarretará para o processo e para o autor? Fundamente a resposta. Pesquisa de doutrina, consultar o livro ‘Curso de Direito Processual Civil, Vol. III’, Humberto Theodoro Jr. Ed. Forense, 2008, págs. 457/491 e livro ‘Manual dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais e Federais’, Joel Dias Figueira Júnior. Ed. Forense, 2006, págs. 218/231; 208/209; e 309/310, além dos Enunciados  editados pelas Turmas Recursais e/ou pelos Tribunais dos Estados. No Rio de Janeiro, os Enunciados constam do Aviso 23/2008 do TJRJ. Questão 2 Rodolfo, brasileiro, casado, aposentado, morador de uma pequena cidade do interior do seu Estado, requereu administrativamente ao INSS reajuste de benefício previdenciário, lhe tendo sido negado. Procurou um advogado renomado na área e solicitou um parecer técnico sobre o seu caso, informando ao mesmo que não tem condições de se deslocar para a Capital se fosse necessário demandar contra a Autarquia Federal, pois mora a uma distância de 300 Km e não possui recursos financeiros para tal. Desta forma foi orientado, a invocar o art. 109, § 3º da Constituição da República a utilizar-se da Justiça Estadual, haja vista que não há vara federal em seu domicílio. Outrossim, verificando que o valor da causa é de 40 salários mínimos poderia utilizar os Juizados Especiais Cíveis Estaduais, pois o art. 20 da lei 10.259/01 é inconstitucional podendo-se aplicar as regras desta lei aos Juizados Especiais Cíveis Estaduais.

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  INDAGA-SE: Diante da norma contida no disposto do art. 109, § 3º da Constituição da República é possível a utilização da Justiça Estadual ao caso em tela? Por quê? Sendo positiva a resposta é possível utilizar-se dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais, aplicando-se à lei 9.099/95 as regras da lei 10.259/01? Justifique as respostas. Pesquisa de doutrina, consultar o livro ‘Curso de Direito Processual Civil, Vol. III’, Humberto Theodoro Jr. Ed. Forense, 2008, págs. 457/491 e livro ‘Manual dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais e Federais’, Joel Dias Figueira Júnior. Ed. Forense, 2006, págs. 23/30 e 32/33, além dos Enunciados do FONAJEJ e do ETRSJRJ. Questões Objetivas Questão 1(JUIZ FEDERAL – 1ª REGIÃO – 2005) Quanto aos juizados especiais federais, é      correto afirmar: a) a competência civil envolve causas até o valor de sessenta salários mínimos, ressalvadas, entre outras, as ações de mandado de segurança, as de desapropriação e as por improbidade administrativa; b) ao juiz é defeso deferir  no curso do processo, medida cautelar; c) podem ser partes, como rés, a União, suas autarquias, fundações, empresas públicas federais e sociedade de economia mista; d) a fazenda pública dispõe de prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer. 

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Questão 2 (Juiz de Direito – ES – 2003) Assinale a afirmativa INCORRETA, tendo em vista a disciplina jurídica dos Juizados Especiais Cíveis: a) no processo relativo aos Juizados Especiais, o maior de 18 (dezoito) anos poderá ser autor; b) a pessoa física, cessionária de direito de pessoa jurídica, não pode figurar como autor; c) não é admitida a assistência, permitindo-se, contudo, o litisconsórcio; d) é lícito ao réu, na contestação, formular em seu favor, pedido contraposto, dentro dos limites fáticos da lide e da competência do Juizado; 

e) estando uma das partes representada por advogado, o juiz, a fim de preservar o equilíbrio e igualdade das partes, deverá nomear defensor à parte desassistida.

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PLANO DE AULA 12

TEMA: Juizados Especiais da Justiça dos Estados, Federais e da Fazenda Pública. Instrução. Provas. Resposta do Réu. Sentença. Recursos. Turmas Recursais. Uniformização de Jurisprudência nos Juizados Federais e da Fazenda Pública. Turmas de Uniformização.   

OBJETIVOS: O aluno deverá ser capaz de: 

identificar as diferenças nos institutos processuais entre o procedimento nos juizados especiais federais e o procedimento nos juizados especiais estaduais e o da Fazenda Pública;

compreender a importância da criação de procedimentos mais céleres, mais informais;

analisar a prevalência do princípio da inafastabilidade do acesso à justiça nos juizados especiais federais;

analisar o cabimento dos recursos nas Turmas Recursais e o Recurso Extraordinário;

compreender as razões da adoção da uniformização de jurisprudência, como instrumento de segurança nas relações jurídicas e prestígio para o Poder Judiciário; .

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

12.1. Audiência de instrução e julgamento. Oralidade. Concentração dos atos.12.2. Provas. Colheita na audiência das Provas orais12.3. Resposta do réu. Contestação escrita ou oral na audiência. Pedido Contraposto.12.4. Sentença. Elaboração com simplicidade. Proibição de sentença Ilíquida.12.5. Recursos. Inominado. Interposição. Prazo. Embargos de Declaração e Recurso Extraordinário. Procedimentos.12.6. Turmas Recursais. Competência. Decisão singela. Colegiado.12.7. Uniformização de Jurisprudência nos Juizados Federais e nos Juizados da Fazenda Pública. Turmas de Uniformização. Procedimento. Competência do STJ para dirigir controvérsias.

RECURSOS:

Datashow e Quadro de sala de aula

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

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Questão 1 Sérgio promove ação em face da União, postulando indenização por danos materiais, no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais). O feito é distribuído para o Juizado Especial Cível Federal da Sessão Judiciária da Capital do Estado. As partes, apesar da tentativa de conciliação, não chegaram a nenhum acordo e na audiência o Juiz, por acúmulo de serviço, adia a audiência para daqui a 06 (seis) meses, alegando excesso de trabalho. A parte autora deseja impugnar a decisão judicial. a) Caberia o recurso de agravo da decisão do juiz? Fundamente a resposta. b) Alguma outra medida poderia ser adotada pela autora da ação? Justifique a resposta. Pesquisa de doutrina, consultar o livro ‘Curso de Direito Processual Civil, Vol. III’, Humberto Theodoro Jr. Ed. Forense, 2008, págs. 457/591 e livro ‘Manual dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais e Federais’, Joel Dias Figueira Júnior. Ed. Forense, 2006, págs. 276/278 e 290/293, além dos Enunciados do FONAJEJ e do ETRSJRJ. Questão 2 Rodolfo, brasileiro, casado, aposentado, morador de uma pequena cidade do interior do Estado, requereu administrativamente ao INSS reajuste de benefício previdenciário, lhe tendo sido negado. Procurou um advogado renomado na área e solicitou um parecer técnico sobre o seu caso, informando ao mesmo que não tem condições de se deslocar para a Capital se fosse necessário demandar contra a Autarquia Federal, pois mora a uma distância de 300 Km e não possui recursos financeiros para tal. Desta forma foi orientado, a invocar o art. 109, § 3º da Constituição da República, a utilizar-se da Justiça Estadual, haja vista que não há vara federal em seu domicílio. Outrossim, verificando que o valor da causa é de 40 salários mínimos poderia utilizar os Juizados Especiais Cíveis Estaduais, pois o art. 20 da lei 10.259/01 é inconstitucional podendo-se aplicar as regras desta lei aos Juizados Especiais Cíveis Estaduais.  INDAGA-SE: Diante da norma contida no disposto do art. 109, § 3º da Constituição da República é possível a utilização da Justiça Estadual ao caso em tela? Por quê? Sendo positiva a resposta é possível utilizar-se dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais, aplicando-se à lei 9.099/95 as regras da lei 10.259/01? Justifique as respostas. Pesquisa de doutrina, consultar o livro ‘Curso de Direito Processual Civil, Vol. III’, Humberto Theodoro Jr. Ed. Forense, 2008, págs. 457/489 e livro ‘Manual dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais e Federais’, Joel Dias Figueira Júnior. Ed. Forense, 2006, págs. 23/30 e 32/33, além dos Enunciados do FONAJEJ e do ETRSJRJ.

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                                   Questões objetivas Questão 1(Juiz de Direito – SP – 2006) Dessas declarações, indique a única verdadeira: a) quando no Juizado Especial Cível, deixar o autor de comparecer a qualquer das audiências do processo, inclusive à sessão de conciliação, o processo será extinto sem julgamento de mérito; c) no Juizado Especial Cível, a reconvenção leva o nome de pedido contraposto e deve ser apresentado em peça autônoma, tal como sucede no CPC; d) a sentença ilíquida proferida no Juizado Especial Cível será executada nos próprios autos, após a liquidação por cálculo da Contadoria Judicial ou por arbitramento. Questão 2 (Juiz de Direito – MG – 2007) Quando aos requisitos da sentença proferida no Juizado Especial Cível, é  CORRETO afirmar que são: a) o relatório, os fundamentos, o dispositivo, vedado ao Juiz proferir sentença ilíquida quando o autor formular pedido certo; b) os elementos da convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado, o relatório, devendo o juiz proferir sempre sentença líquida, ainda que genérico o pedido; c) os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos na audiência, dispensado o relatório, vedado ao juiz proferir sentença ilíquida, quando o pedido for certo; d)o relatório, os fundamentos, o dispositivo, devendo o Juiz proferir sempre sentença líquida, ainda que genérico o pedido.

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PLANO DE AULA 13

TEMA: Procedimentos Especiais de Jurisdição Contenciosa e Voluntária. Razão da sua adoção dos procedimentos especiais de jurisdição contenciosa. Peculiaridades do Direito Material. Características. Ordinarização da maioria dos procedimentos.

OBJETIVOS:

O estudante deverá ser capaz de:  identificar a distinção das ações de jurisdição voluntária das ações de jurisdição

contenciosa; compreender a atuação do Poder Judiciário nas ações de jurisdição voluntária; analisar o objetivo da consignação em pagamento; solucionar os casos propostos sempre sustentando a pesquisa em doutrina

jurisprudência. 

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

13.1. Razão da adoção dos procedimentos especiais de jurisdição contenciosa e voluntária;13.2. Peculiaridades do Direito Material. Características. Ordinarização da maioria dos ritos, após a fase postulatória13.3. Presença de Ações de Natureza Dúplice; Distinções entre as jurisdições;13.4. Ação de Consignação em Pagamento. Consignação Extrajudicial. Descabimento deste rito nas consignações resultantes de relação locatícia. Petição Inicial e sua elaboração. Resposta do Réu13.5. Depósito insuficiente e a sentença valendo como título executivo que pode ser promovida nos mesmos autos. Sentença.

RECURSOS:

Datashow e quadro de sala de aula

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

QUESTÃO 1 Mário e Márcia, casados há 08 anos, formularam requerimento de separação consensual ao Poder Judiciário, estabelecendo a partilha dos bens do ex-casal, sendo 06 imóveis, dois carros e uma lancha. Na ação ficou convencionado que o cônjuge varão pensionaria o cônjuge virago em valor equivalente a 10 salários mínimos pelo prazo de 05 anos a contar da homologação pelo juízo das condições da separação. Não houve qualquer tipo de convenção sobre filhos pelo fato de somente o cônjuge varão possuir um filho maior de outro casamento, que já havia sido dissolvido antes de contrair núpcias com Márcia.

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Também se estabeleceu na ação que Márcia ficaria utilizando o nome de casada em virtude ser conhecida profissionalmente por tal nome. INDAGA-SE: É possível que o juiz, caso verifique nas declarações orais fornecidas pelas partes em audiência que o cônjuge virago praticou adultério, decretar a separação por culpa de Marcelo Jordani se não há assunção de culpa no acordo? Fundamente a resposta. 

 

Questão 2 Ao tentar pagar a prestação locatícia mensal, Carmem se deparou com uma situação inusitada, o locador João lhe disse que o valor do aluguel estava muito abaixo do que se praticava no mercado, levando-se em conta as dimensões e características do imóvel. Apesar de muita insistência de Carmem, o locador se furtou a receber o valor se não fosse aumentado da metade do que deveria ser pago, contrariando o que dispunha o contrato de locação. Sem alternativas, Carmem resolveu consignar o valor do aluguel em ação judicial específica. INDAGA-SE: a) Em que localidade deve ser proposta a ação judicial? Fundamente a resposta. b) Qual o prazo/momento para que seja o primeiro depósito? E o depósito das prestações que se vencerem no curso da ação até a prolação da sentença? Justifique as respostas. 

c) É possível nessa ação ser adotado o procedimento do CPC? Justifique.Questões ObjetivasQuestão  1  Sobre a jurisdição voluntária, aponte a alternativa incorreta: a) a obrigatoriedade, a função integrativa e a fiscalização são características da jurisdição voluntária; b) a jurisdição voluntária é sempre opcional diante da inexistência de lide;c) não se aplicam todas as garantias processuais à jurisdição voluntária, uma vez que é uma jurisdição diferenciada;d) a jurisdição voluntária não é um poder estatal, tendo em vista que por não haver lide, não há substituição da vontade das partes pela vontade do órgão jurisdicional.  Questão 2 Com relação à jurisdição voluntária, assinale a resposta correta: a) para a Teoria Clássica ou Administrativista, a jurisdição voluntária é uma atividade administrativa; para a Teoria Revisionista ou Jurisdicional, a jurisdição voluntária é uma atividade jurisdicional;b) a ação de interdição e de prestação de contas são procedimentos da jurisdição voluntária;c) o prazo para resposta é de 15 (quinze) dias;d) a Fazenda Pública sempre será ouvida. 

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PLANO DE AULA 14

TEMA: Procedimento de Jurisdição Contenciosa. Ação de Depósito. Petição Inicial. Contestação. Alternativas do réu. Entrega da Coisa. Depósito da Coisa. Consignação em pagamento quando existe impossibilidade física de entregar (perda do bem).

OBJETIVOS: O estudante deverá ser capaz de: 

identificar o cabimento da ação de depósito pelas peculiaridades do direito material;

compreender a conversão da ação de busca e apreensão em alienação fiduciária na ação de depósito;

as razões pelo descabimento da prisão do depositário (Súmula Vinculante 25 do STF).

Identificar as diferenças entre os três interditos possessórios e as razões da adoção de procedimentos especiais, bem como a importância da distinção entre posse nova e velha;

compreender o verdadeiro alcance da natureza dúplice das ações possessórias e a de ser tratada como sentença executiva  ou mandamental

compreender a importância do direito de posse no nosso ordenamento de direito material e processual e sua proteção de cunho social;

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

14.1. Ação de Depósito. Petição Inicial. Contestação. Alternativas do réu. Entrega da coisa. Depósito. Consignação do Valor da Coisa14.2. Impossibilidade física e jurídica e as soluções. 14.3. Sentença Executiva. Cumprimento de sentença pelo procedimento do art. 475-J do CPC.14.4 Ações Possessórias. Fungibilidade. Posse Nova e Velha. Liminar. Procedimento dos interditos possessórios. Natureza Dúplice na hipótese do art. 922 do CPC e pedido contraposto. Petição inicial. Cumulação de pedidos. Liminar. Sentença Executiva e Mandamentais.

RECURSOS:

Datashow e Quadro de sala de aula

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

Questão 1 – Ação de Depósito Mariana promoveu ação de depósito contra Juca para reaver seu quadro raro pintado por Roberto Magalhães. O quadro foi emprestado para o réu com o fim de ser utilizado em

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uma exposição que fora feita em sua galeria no mês de setembro. Foi celebrado contrato de depósito, não oneroso, pelo qual Juca se colocava na condição de depositário da pintura de valor reconhecido no mercado, obrigando-se pela sua guarda e conservação até o dia 31 de setembro. Passada data de entrega Juca, embora instado a devolver o quadro, num comportamento evasivo, vem adiando a data da entrega do bem. Ao ajuizar a ação, o magistrado determinação a citação do réu para se defender. INDAGA-SE: a) A prisão do depositário pode ser determinada pelo juiz? Fundamente a resposta.  b) Havendo impossibilidade, após  o trânsito em julgado da decisão de procedência do pedido, de entregar a coisa, porque não localizada e nem a possibilidade de consignação do valor, qual o caminho que o vencedor poderá tomar para ressarcir o seu prejuízo? Fundamente. Questão 2 Paula ficou muito estarrecida ao se deparar na manhã de sábado com um acampamento com várias pessoas do Movimento Sem Terra, identificados pela vestimenta da camisa do MST. Eles estavam a poucos metros de sua fazenda no interior do Rio de Janeiro. Ela nada fez acerca do ocorrida até o momento em que um de seus funcionários fora abordado por um dos integrantes do movimento que lhe perguntou sobre a destinação que o proprietário dava às terras. Recebendo a notícia, Paula não perdeu tempo e ajuizou uma ação de interdito proibitório, para obter medidas judiciais que protejam sua posse de eventuais invasões por parte do movimento. INDAGA-SE: Na hipótese de os integrantes do MST invadirem o imóvel de Patrícia Miranda no curso do interdito proibitório, configurando-se o esbulho, haveria a necessidade do ajuizamento de outra ação possessória? Fundamente a resposta.  Questões Objetivas Questão nº. 01: Acerca da ação de depósito, assinale a alternativa incorreta: a) na ação de depósito, não existe qualquer tipo de consignação;b) a ação de depósito tem por finalidade a restituição da coisa depositada;c) a prisão de depositário infiel é prevista na lei civil e na lei processual civil;d) a entrega da coisa configura a satisfação da pretensão do depositante.  Questão nº. 02:  A proteção da posse, no caso em que o possuidor sofra turbação, materializa-se por intermédio da ação:

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 a) de imissão de posse.b) reivindicatória.c) de reintegração de posse.d) de manutenção de posse. 

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PLANO DE AULA 15

TEMA: Procedimento de Jurisdição Contenciosa e Voluntária. – Ação de Usucapião. Da Usucapião Constitucional. Estatuto Rural e Estatuto da Cidade. Da Usucapião de Terras Particulares do CPC. Procedimentos. Questão prejudicial (defesa com alegação de usucapião –

OBJETIVOS: O aluno deverá ser capaz de: 

identificar o cabimento  ação de usucapião previsto na Constituição da República no CPC e na Lei do Estatuto da Terra.

compreender as diferentes hipóteses de cabimentos da ação de usucapião; analisar as situações limítrofes para o cabimento da ação específica com base no

tipo de posse;  identificar os documentos que preenchem os requisitos para a ação monitória; compreender a diferença entre o procedimento monitório do procedimento

executório; analisar a fase executiva do mandado monitório e da sentença nos embargos à

monitória;

ESTRUTURA DO CONTEÚDO:

15.1. Ação de Usucapião. Constitucional: Rural e do Estatuto da Cidade. Defesa alegando usucapião e seus efeitos na Sentença. Usucapião de Terras particulares do CPC. Procedimentos. Petição Inicial. Contestação e Sentença e seus efeitos15.2. Ação Monitória. Mandado Monitório e fez efeitos. Defesa do Réu (Embargos. Natureza Jurídica. Cabimento da reconvenção. Acolhimento e rejeição dos embargos. Sentença e seus efeitos. Cumprimento da sentença15.3. Jurisdição Voluntária. Natureza Jurídica. Características. Discussão sobre possibilidade da presença de lide em algumas situações. Decisão sem observância do princípio da estrita legalidade e seu alcance. Sentença. A coisa julgada.

RECURSOS:

Datashow e Quadro de sala de aula

APLICAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA:

Questão 1 Romeu promove ação de usucapião em face do Joaquim Preconiza em sua inicial que mora no imóvel usucapiendo, cerca de quinze anos com justo titulo e com boa-fé. Em contestação, alega o réu que tramita em outro juízo ação reivindicatória referente ao imóvel objeto do presente litígio, requerendo, assim, a reunião dos dois feitos ao juízo prevento ou suspensão da ação reivindicatória ate julgamento da ação de usucapião.

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 INDAGA-SE: a) Deve o juízo acolher o pedido de  reunião dos processos? Justifique a resposta. b) Deve o magistrado acolher o pedido de suspensão da ação reivindicatória em se tratando da usucapião disciplinada no Estatuto da Cidade? Justifique a resposta.  

Questão 2 Milton, com documento cabal que não constitui titulo executivo, promoveu em face de Jaqueline ação monitoria. Citada regularmente, a ré se defende (embarga) e oferece reconvenção. Em resposta a reconvenção, o autor reconvindo, ora réu, alega a impossibilidade de peça reconvencional em procedimento especial.  INDAGA-SE: a) Qual a natureza dos embargos do réu? Justifique.b) Deve o magistrado acolher a reconvenção? Justifique a resposta.  

Questão 3 Valdo foi nomeado curador de Geraldo, que reside em Florianópolis, que foi interditado, por sentença judicial transitada em julgado. Objetivando manter o sustento e a educação especial do curatelado ingressa em juízo com pedido de alienação de dos imóveis, localizado na cidade de Itajaí, do tutelado.Indaga-se: a) Qual o juízo competente para conhecer da pretensão do requerente? Fundamente. b) O juiz pode deferir o pleito do curador? Fundamente a resposta.Questões Objetivas 

Questão 1  A ação monitória visa: a) A constituição do devedor em mora.b) A cobrança de obrigação de fazer.c) A execução de obrigação de dar.d) A constituição de título executivo judicial, que permite com a coisa julgada o cumprimento da sentença na forma do art. 461-A ou 475-J e seguintes do CPC. 

Questão 2Sobre as ações de procedimento especial, é incorreto afirmar:  

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a) são previstas somente no livro IV do CPC.b) levam em consideração a especificidade do direito material discutido. c) adotam, quase sempre o rito ordinário, com ou sem contestação.d) admitem a reconvenção.