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ESPADAS, SANDÁLIAS E BELDADES NA TELA ANTENAS E COBOGÓS: PRESENÇA DO PASSADO Um engenheiro-arquiteto na construção de Campina Roberto do Monte: a expansão para a Zona Oeste Página 11 Volume 3 Campina Grande - PB, Junho 2015 - Ano II Austro França ENCARTE ESPECIAL: CURSOS TÉCNICOS DA FAPTEC

Campina Século e Meio - Volume 3

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Neste Volume 3: biografia de Austro França Costa, um dos construtores da cidade no século XX; Mata de “Dona Merquinha”, epicentro da Zona Oeste de Campina; Antenas e cobogós são marcas do passado no presente da cidade; João Suassuna e o abastecimento de água; José Neumanne Pinto relembra a Campina dos anos 1960; As musas dos épicos italianos nas telas dos cinemas. Isso tudo e muito mais. Boa leitura.

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ESPADAS, SANDÁLIAS E BELDADES NA TELA

ANTENAS E COBOGÓS:PRESENÇA DO PASSADO

Um engenheiro-arquiteto na construção de Campina

Roberto do Monte: a expansão para a Zona OestePágina 11

Volume 3 Campina Grande - PB,Junho 2015 - Ano II

AustroFrança

ENCARTE ESPECIAL:CURSOS TÉCNICOS DA FAPTEC

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2 Campina - Século e Meio

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4 Campina - Século e Meio

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Numa calorenta tarde de domingo do ano de 1974, enquanto aguardava o

inicio de mais uma partida do campeonato paraibano (Treze x Santos? Treze x Guarabira? ) um colega torcedor, que eu não conhecia até aquele instante, puxou conversa comigo na arquibancada coberta do Presidente Vargas. Apontando para o outro lado do campo em direção da arquibancada geral disse: “Foi meu avô quem construiu aquela parte da geral que fica à direita, no rumo do Corpo de Bombeiros”, imediatamente perguntei: “Teu avô foi presidente do Treze quando?” Ele respondeu: “Não, meu avô era mestre de obra”.

Lembro-me bem que fiquei mudo com a resposta, e como a avestruz, procurando um buraco nos batentes de cimento para enfiar a cabeça. Algum tempo depois, lendo a obra de Bertolt Brecht, dei de cara com o famoso poema onde está a inquietante pergunta: “Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?” Eis a questão. Quem faz a história? Ou melhor: o que é história? O professor Ismar Soares da USP, disse-nos certa vez que o que não é registrado “tende a desaparecer e ficar de fora da história”.

Não estamos aqui a discutir as milhares de teorias que alimentam o estudo da história, muito menos inventando mais uma. Estamos simplesmente explicando aos que nos perguntam se a “Campina Século e Meio” é uma revista “histórica”, que a nossa visão sobre o tema é

bastante ampla e flexível como a própria história. Então, dentro deste prisma, que não é infalível, afirmamos que é uma revista “histórica”. Os personagens e fatos, conhecidos ou não, que registramos em nossas páginas todos são “operários” (aproveitando aqui a citação de Brecht) e fazem parte da história da cidade. O fato de muitos deles serem invisíveis para a História Oficial (existe esta também) não quer dizer que não existam nem dão sua valiosa contribuição para a escritura da história.

E vamos além: até os nossos parceiros que participam da revista com suas publicidades também estão fazendo história; hoje anunciam seus produtos e serviços e com o passar do tempo estes mesmos anúncios vão se sedimentando como peças da nossa história.

No futuro, quem for pesquisar, por exemplo, como era o marketing publicitário em revistas impressas no limiar do século XXI em Campina Grande vai ter nos anúncios dos nossos parceiros um precioso material

PARA NÃO ESQUECER

EDITORIAL

para embasar suas anotações. Na seção “Gente Que Faz Campina Grande” estão registrados personagens que atuam hoje para o desenvolvimento da cidade em vários ramos da atividade humana, são perfis biográficos que tiram do anonimato atores importantes do nosso crescimento industrial, comercial, educacional, científico, cultural etcetera e tal. Na nova seção que inauguramos neste Volume 3, “É Grande Por Eles Que Foram Os Primeiros”, trazemos para a luz que ilumina o palco da história (sim, a história é um grande teatro) personagens que inexplicavelmente têm suas trajetórias de vida e obra apagadas e no máximo, quando morrem, têm os seus nomes colocados em ruas esquecidas pelo poder público em algum ponto ermo da cidade.

Esse é, em síntese, o nosso fazer nessa revista. É também concordar com o grande Guimarães Rosa quando nos ensina:

“O que lembro, tenho.”Boa leitura.

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6 Campina - Século e Meio

ÍNDICE 11 MATA DE DONA “MERQUINHA”

origem da expansão para a Zona Oeste

15 COOPERATIVA da UFCG, UFPB, UEPB e IFPB, cresce e lembra um professor pioneiro

16 MAPLE BEARuma escola futurista de modelo canadense marca presença em CG

18 LIVRARIAEspaço de Cultura PB atrai leitores jovens e adultos por sua estrutura diferenciada

23 AUSTRO FRANÇA um precursor da engenharia arquitetônica no urbanismo de Campina Grande.

27 UM LUTERANO de Campina dirige igreja no Canadá

28 COLÉGIO NA LIBERDADE

tem padrão diferenciado de educação para os crianças e jovens da cidade

29 ANTENAS DE RÁDIO E COBOGÓS

evocam o passado nos muros e telhados de Campina

34 ATECEL apoia o desenvolvimento local, regional e nacional a quase meio século

35 VIDA SALUTAR nova coluna da revista informa sobre os benefícios dos produtos naturais

37 BAILARINA CAMPINENSE mostra talento e esforço no Bolshoi em Joinville-SC

38 CHICO MARIA lembra que às vezes é melhor esquecer

CAMPINA, SÉCULO E MEIO Volume 3 · Junho 2015 · DIRETOR E EDITOR: Romero Azevêdo (DRT-PB 617) · EDITORA DE JORNALISMO: Creusa Oliveira (DRT-8569) · PROJETO GRÁFICO: Mário Miranda · DESIGNER: Isis Azevedo · COLABORADORES: Chico Maria, José Nêumanne Pinto, Rômulo Marinho do Rêgo, Jonilson Pereira, Carlos Santos, Lúcia de Fátima Silva e Iêda Maria de Oliveira Maracajá · AGRADECIMENTO: Nilson Feitosa, Rafael Azevêdo e demais parceiros desta edição · CAPA: Austro e sua esposa Aledith, tendo ao fundo o recém inaugurado Abrigo Maringá (acervo da família) · IMPRESSÃO: Gráfica JB · TIRAGEM: 3.000 exemplares · DISTRIBUIÇÃO: dirigida e personalizada · PUBLICIDADE: [email protected] 83 9814.4343 | 9648.1619 · Visite: issuu.com/revistaseculoemeio · Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores.

SÉCULO E MEIOCAMPINA

JOÃO SUASSUNA

PEPLUM FOI SUCESSO

foi o primeiro presidente (governador) a se preocupar e agir para resolver o problema

do abastecimento de água em CG

nas telas dos cinemas da cidade e influenciou toda uma geração. Além dos

atores musculosos, as belas atrizes traziam sensualidade e erotismo aos filmes

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7Junho 2015 | Volume 3

Na segunda-feira 23 de fevereiro de dois mil e cinzas, estava eu posto em sossego no

sofá da sala mexendo no Twitter nos intervalos comerciais das peripécias de José Alfredo de Medeiros, tentando aprender como se narra com Aguinaldo Silva, colega de escola de Fernando Portela em Pernambuco, quando me deparei com a notícia de que, às 23h30m, a GloboNews levaria ao ar entrevista de Edgar Morin. Retuitei a boa notícia imediatamente, acrescentando a citação: “Gênio contemporâneo!”

Quem me apresentou a Morin foi o cinema. Presidente do Cineclube Glauber Rocha na minha adolescência em Campina Grande, lia tudo o que encontrasse na Livraria Pedrosa sobre a sétima arte. Um dia me deparei com um livro dele editado pela José Olympio: As estrelas: mito e sedução no cinema. Apaixonei-me, é claro, por seu estilo, ao mesmo tempo, simples e instigante. Iniciado na semiologia e na teoria da comunicação por Semiótica & literatura, do poeta concreto paulista Décio Pignatari, devorei avidamente tudo o que Umberto Eco, Roland Barthes, Marshall Mc Luhan, Abraham Moles, Max Bense e Edgar Morin publicaram nos anos 60. Encantei-me, desde sempre, com a simplicidade do estilo deste último ao falar da complexidade, sua ideia capital, que resume sua crítica demolidora à especialização e à compartimentação do conhecimento.

Parênteses: Isabel me perguntou como foi possível conhecer tanta gente sem sair de Campina Grande àquela época. O milagre da importação do conhecimento se deveu a Zé Pedrosa, dono de uma livraria que não existe mais e uma

comentando, por exemplo, a reunião da direita avara, na pessoa do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com o centro fisiológico, representado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, e a esquerda, afundada em corrupção até o pescoço, encarnada por Aloizio Mercadante, conspirando contra o trabalhador e o cidadão, negociando as medidas com que Dilma cuspiu nas conquistas dos trabalhadores e adiando a votação do veto dela à devolução do dinheiro tungado do contribuinte no Imposto de Renda.

“Informação não é conhecimento. Conhecimento é a organização das informações”. Um breve contra a arrogância dos comunicadores, entre os quais me incluo, e também uma visão filosófica sobre nossa atividade profissional cotidiana.

“Nada é para sempre. Tudo se regenera ou degenera”. Ou, como diria Lourenço Dantas, meu colega de trabalho, aqui ao lado, e que foi seu aluno na École Pratique des Hautes Études, em Paris, em 1971: “tudo o que não se regenera fatalmente degenera”. Isso me lembra a frase famosa de Claude Levi Straus sobre as cidades do Novo Mundo: “Vão direto da barbárie à decadência sem passar pelo apogeu”. Pois é. Sabe aquela lei de Lavoisier – “na natureza nada se perde, tudo se transforma”? O Velho Guerreiro se inspirou nela e em Morin para criar o “nada se cria, tudo se copia”.

Minha última mensagem no Twitter não registrou uma frase dele, mas uma constatação minha: “Quando todos só viam o popularesco em Chacrinha, Boni, Edgar Morin e Muniz Sodré perceberam o fenômeno cultural nele”. Um tributo meu ao legado desta grei que me abriu os olhos em plenos anos rebeldes.

Ou seja: “Abelardo Barbosa tá com tudo e não tá prosa”

espécie de José Olympio da Borborema. E também a uma geração de gente irrequieta que queria conhecer para debater e debater para conhecer. Bráulio Tavares, Marcus Vinicius de Andrade, José Umbelino Brasil, Zé Romão, Ronaldo Pintado, Iremar Maciel de Brito, Agnaldo Almeida, Regina Coeli do Nascimento, Carlos Aranha, Manfredo Caldas, Aderaldo Tavares, Arnaldo França Xavier, Martinho Moreira Franco, Luiz Augusto Crispim, José Adalberto Ribeiro, os galegos de Dona Wanda, Ariosvaldo Guimarães, Rômulo de Araújo Lima, Flamarion Tavares Leite...

Em minha curta aventura como editor, na Girafa, publiquei, com Pedro Paulo de Sena Madureira, o belíssimo texto sobre seu pai, Vidal e os seus. E desde então o tenho acompanhado, desde uma visita remota ao Rio de Janeiro, quando revelou: “Chacrinha é um gênio da comunicação de massas”. Até as palestras recentes que andou fazendo na mesma cidade, sob o patrocínio do jornal O Globo.

A entrevista foi luminosa, incandescente, embora em alguns momentos, do alto de sua idade provecta, ele tenha incorrido numa imagem ingênua e colorida do Brasil, metamorfoseando impressões de turista com observações de filósofo.

Corri para o Twitter e registrei alguns momentos que considerei antológicos:

“Só se pode encarar a angústia da incerteza do futuro com o amor e a vida em comum”. A anotação tem que ver com a quadra atual de minha existência, em plena vivência de um casamento feliz com Isabel.

“Há duas formas de barbárie: a da crueldade e da tortura, e a gélida do poder do dinheiro e da burocracia”. Considero esta uma visão precisa, exata e profunda da realidade global. E brasileira: ele poderia estar Jornalista, escritor, poeta, editorialista do ESTADÃO,

comentarista da TV GAZETA e da RÁDIO JOVEM PAN.

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8 Campina - Século e Meio

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9Junho 2015 | Volume 3

DOCUMENTOS DA HISTÓRIA

Na segunda sessão ordinária da nona legislatura da Assembléia Legislativa do estado da Parahyba do Norte, realizada em

1925, o então presidente (na época o governador era chamado de presidente do estado) João Suassuna apresentou de viva voz no plenário da casa sua mensagem aos deputados paraibanos. A mensagem, como de praxe, era uma prestação de contas do seu primeiro ano de governo iniciado em 1924.

No capitulo “Obras e melhoramentos”, Suassuna (pai do consagrado professor, escritor, poeta e teatrólogo Ariano Suassuna) se referiu a uma obra que estava construindo destinada a represar água potável de Puxinanã para “a importante cidade de Campina Grande”, obra que seria entregue à população em 1927. Ainda não existia a adutora de Vaca Brava (inaugurada pelo interventor federal Argemiro de Figueiredo em 1939) nem a de Boqueirão (inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek em 1957), João Suassuna foi, portanto, o governador que começou, concretamente, a matar a sede de Campina Grande, a água era pouca é verdade, mas era de qualidade.

A seguir, transcrevemos textualmente, inclusive conservando a grafia da época, o trecho do pronunciamento de João Suassuna referente a essa obra, publicado pela imprensa oficial do estado quando a cidade tinha acabado de completar 60 anos de emancipação:

“...Ha muito clamava-se por esse melhoramento. Muitos projectos foram ideádos, várias opiniões eram a respeito conhecidas; mas de opiniões e projectos não passavam. Com a decisão que costumo imprimir aos meus actos, fui examinar locaes, vi que Puchynanã era o preferível, por ser econômico, suficiente para as necessidades

actuaes da cidade, e não excluir de futuro as fontes de Araticum, se a expansão de Campina reclamar novos poços e fontes.

Levei até lá o Dwr. Rodrigues Ferreira, que determinou inmediatos na bacia hydrographica, feitos com presteza e decisão pelo auxiliar Julio Gondim, que procedeu, ao mesmo tempo, á medição entre Puchynanã e Campina Grande e entre as duas correu o necessário nivelamento.

O exame profissional respondeu que é abundante a quéda pluvial aproveitável, e que a diferença de nível, considerável entre os extremos da linha de conducção d’agua, garante o serviço por declividade.

Não tive hesitação: mandei atacar a construcção do maior beneficio á maior cidade do interior do Estado, em população e valor comercial.

As conclusões desses estudos foram submetidas ao engenheiro Baêta Neves, que em circumstanciado relatório confirmou o parecer do dr. Rodrigues Ferreira. A agua é optima, e, cheias as represas, em amnos de inverno regular, poderá ser distribuída por habitante a quota de cincoenta litros diários, e talvez mais.

Neste pé recebeu a obra o dr. Romulo Campos. Concluiu os estudos preliminares com a sondagem da segunda represa, de nome Grota Funda, annexa á de Puchynanã, colheu mais detalhes pela bacia de alimentação, inclusive a locação da terceira represa,para,com o systema,prender-se toda a precipitação na área convergente, que é vasta.

Os trabalhos marcham com absoluta regularidade. Fez-se prompta installação , melhorou-se uma estrada de serviço ou acesso, aberta pela Prefeitura. Está feita a desapropriação de bôa parte do terreno comprehendido pelas obras, de três casas e outras benfeitorias.

Conta o govêrno concluir a primeira

e mais importante represa com o anno corrente. Foram applicados , até 17 de agosto, na construcção iniciada e estudos complementares, 17:311$850.

Em todas essas obras de indiscutível utilidade, é força assignalar a contribuição da Inspetoria Federal de Obras Contra as Sêcas, que tem fornecido technicos, materiaes e auxiliares, entrando o Estado com o custeio ou mão de obra e o transporte.Uma vez eleito, comprehendi que esse regimen de cooperação há mais tempo devia ter sido ensaiado, e logo no Rio de Janeiro entendi-me com os srs. Ministro Francisco Sá e Arrojado Lisbôa, que receberam o plano com francos applausos, dando-me em tudo mão forte..”

João Suassuna é lembrando em Campina Grande através do aeroporto da cidade que leva seu nome e de uma das principais ruas do centro comercial da cidade.

O PRESIDENTE JOÃO SUASSUNA e o abastecimento de água em Campina Grande

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10 Campina - Século e Meio

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GENTE QUE FAZ CAMPINA GRANDE

Nem todos os per-sona-

gens que deram (e dão) sua cota de trabalho para o crescimento de Campina Grande têm seus nomes e seus atos registrados pela História.

A revista “Campina Século e Meio” dá sua contribuição para reduzir essa ingrata distorção (que celebra poucos e deixa no anonimato muitos) enfocando a vida e o trabalho desses perso-nagens que ajudam a construir nossa cidade.

O empresário de planejamento imobili-ário Roberto Correia do Monte é o exemplo que vamos enfocar nesta re-portagem. Foi ele quem

apontou a bússola da construção civil em direção à então desabitada zona oeste. Hoje, os bairros Dinamérica e Correia do Monte (incluindo aí o conjunto habita-cional das Malvinas) são tão importantes para aquela zona como os bairros de José Pinheiro, Monte

Castelo, Nova Brasília e Santo Antônio são para a zona Leste de Campina.

OrigensNascido, “por

acidente geográfico” como ele gosta de dizer, em Fortaleza-CE, ainda criança veio para Campina. O pai dele, o professor Júlio

“MATA DE DONA MERQUINHA”: a origem da expansão da cidade

na rota da Zona Oeste

Roberto do Monte montado em seu cavalo no local onde hoje está o Hospital do Trauma

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12 Campina - Século e Meio

anos de vida ainda existe e hoje é ocu-pado pela farmácia Pague Menos e pela Ótica Diniz.

Hoje Roberto é casado com Sonia Maria Barros do Monte e tem três fi-lhos: Bertrand Barros do Monte (médico), Vicente Correia do Monte (sócio da em-presa) e Ana Caroli-na Barros do Monte (arquiteta e sócia da empresa). Todos os filhos de Roberto

são casados e mo-ram aqui mesmo em Campina Grande.

Desbravando a Zona Oeste A Fazenda Bodo-congó foi comprada nos anos 1920 pelo avô Vicente Correia aos familiares de Irineu Jóffily. Com a morte do senhor Vicente em 1927, a fazenda foi herda-da por Dinamérica Alves Correia do

Cezar do Monte, foi um dos fundadores, juntamente com o professor Raul Córdu-la e o padre Emídio Viana, do tradicio-nal Colégio Pio XI (hoje desativado). O professor Júlio Cezar casou-se com Iracy Alves Correia, filha de Dinamérica Neves Correia e mudou-se para Fortaleza onde foi trabalhar como guarda-livros (con-tador) na empresa que mais adiante deu origem ao conglome-rado “Edson Queiroz”. Dessa união nasceu o filho único Roberto Correia do Monte.

Infância e Família

O empresário ain-da estava na infância quando seus pais se separaram e a mãe o trouxe para morar com uma tia, Maria de Lourdes Alves Correia, numa casa na praça da Bandeira no centro de Campina. O imóvel onde ele passou os primeiros

GENTE QUE FAZ CAMPINA GRANDE

O empresário no terreno do atual conjunto das Malvinas

Esquerda: Vicente Correia(avô), na mercearia onde funciona hoje a farmácia Petrópolis | Direita: Dona “Merquinha” (a avó Dinamérica) que dá nome ao bairro

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13Junho 2015 | Volume 3

Monte (a “Dona Merquinha”), avó materna de Roberto. Na época aquela área era chamada popularmente de “Mata de Dona Mer-quinha”, apelido que vingou até o final da década de 1970. Na década seguinte, Roberto fundou a Empreendimentos Vicente Correia Ltda. e idealizou e lançou os loteamentos Dinamérica I, II e III, dando origem à urbanização daquela grande área da zona oeste da cidade, hoje denominada bairro Dinamérica.Com a entrada do novo século, especi-ficamente no ano de 2005, o empresário, sempre atualizado com as tendências e demandas do mercado imobiliá-rio estruturou uma nova empresa, a RC- Empreendimentos Imobiliários, e passou a construir condomí-

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PRAÇA CEL. ANTÔNIO PESSOA, 74 - CENTRO - CAMPINA GRANDE - PBFone: (83) 3321-2357 [email protected]

Roberto Correia do MonteDiretor Presidente

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Roberto Correia do MonteDiretor Presidente

nios privados como o SerraVille Residen-ce Privé e o novo ParkVille Residence Privé, ambos em par-ceria com a Andrade Marinho LMF e situa-dos também na zona oeste, no mesmo terreno que integrou a Fazenda Bodocon-gó e hoje abriga o Hospital de Trauma “Dom Luiz Gonzaga” e onde em breve será construído o moderno Hospital--Escola da Facisa.

Gesto Filantrópico

Quando o então deputado Robson Dutra teve a ideia de construir o Hospital da Fundação Rubens Dutra, pediu ajuda aos empresários da cidade. Roberto, numa atitude des-prendida e solidária, fez a doação do terreno no Dinamé-rica onde hoje está construído aquele hospital.

Novo Bairro: Correia do Monte “Essa área de expansão da zona Oeste é o bairro Correia do Monte” explica Roberto, “nós demos nossa parcela de contribuição para o crescimento de Campina através do bairro Dinamérica nos

anos 1980 e agora com grande alegria e satisfação continua-mos o desbravamen-to daquela impor-tante área da cidade com o bairro Correia do Monte, onde em breve estaremos construindo um novo condomínio priva-do, o Monteville”, conclui.

Imagens virtuais do ParkVille Residence Privé

Logotipo da empresa pioneira nos anos 80

Nova empresa, nova marca: RC-Empreendimentos Imobiliários

Por do sol na zona Oeste (foto de Roberto do Monte)

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14 Campina - Século e Meio

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É GRANDE POR ELES QUE FORAM OS PRIMEIROS

Campina Grande é uma cidade caracterizada pelo seu empreendedorismo.

Inicialmente voltada para o comércio, portal do semiárido brasileiro, depois polo industrial, tecnológico e de prestação de serviços educacionais, médicos e culturais. Importante centro universitário, com mais de uma dezena de instituições de ensino superior, três delas públicas. Este dinamismo é fruto da iniciativa de seus cidadãos e de empresas e instituições aqui criadas que cresceram e se estenderam, prestando bons serviços não somente a cidade como também a outras regiões.

Entre as empresas gestadas em Campina Grade destaca-se a CREDUNI - Cooperativa de Economia de Crédito Mutuo dos Servidores das Instituições de Ensino Superior da Paraíba, fundada por um grupo de 24 servidores da antiga UFPB há 16 anos. Com sede em Campina Grande, atua em toda a Paraíba com agências nos campi da UFCG e da UEPB em Bodocongó e em João Pessoa no Castelo Branco, vizinho ao campus da UFPB. Disponibiliza atendimento eletrônico nestas universidades, na rede UNICRED N/NE e no sistema 24 HORAS.

A CREDUNI oferece aos cooperados crédito, financiamentos, investimentos e consultoria financeira através de um atendimento personalizado prestado por 45 colaboradores altamente capacitados. Seu quadro social é formado por mais de 5.900 associados, incluindo sócios do IFPB, e uma carteira de empréstimos

superior a 114 milhões de reais e ativos totais de mais de 140 milhões de reais.

Filiada ao SISTEMA CENTRAL UNICRED/NNE caracteriza-se por manter uma identidade própria onde cada cooperado é cliente e dono ao mesmo tempo, participando das decisões de forma paritária e dos lucros (sobras) proporcionalmente aos negócios efetuados com a cooperativa.

Seus empréstimos e financiamentos apresentam uma das mais baixas taxas de juros do mercado, devolvendo anualmente aos cooperados tomadores de crédito e investidores mais de 12.000.000 de reais – recursos que ficam na região e contribuem para o seu desenvolvimento e geração de emprego e renda.

A CREDUNI possui uma rede de fornecedores e prestadores de serviços locais, incluindo convênios com empresas paraibanas para fornecer cursos de educação financeira, geração de renda e empreendedorismo para seus cooperados e dependentes, bem como patrocina eventos voltados para os interesses dos associados e da comunidade acadêmica paraibana.

Em reconhecimento a estes serviços, a Câmara Municipal de Campina Grande, realizou uma sessão especial no dia 10 de abril de 2014 para homenagear os 15 anos completados pela CREDUNI e concedeu in memoriam ao Professor João Silveira Cabral que sonhou, planejou, articulou e liderou a sua fundação e dirigiu a cooperativa até agosto/2012, data de seu prematuro falecimento, a medalha de honra ao

mérito. A CREDUNI nos seus dezesseis

anos saúda o centenário e meio de Campina Grande, exemplo de cidade empreendedora e inovadora, fonte de orgulho e de inspiração para todos nós, fundadores, cooperados e dirigentes desta cooperativa de crédito - exemplos de pessoas que fazem Campina Grande, contribuindo para o desenvolvimento e a felicidade do povo paraibano.

*Professor da UFCG; Diretor Administrativo da CREDUNI.

PESSOAS QUE FAZEM Campina Grande

POR RÔMULO MARINHO DO RÊGO*

Professor João Cabral: tradução humana do espírito cooperativista

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16 Campina - Século e Meio

Que Campina Grande é um polo educacional dos mais concorridos

do nordeste já não é novidade, a novidade mesmo é uma unidade educacional que se fixou na cidade neste ano de 2015 tendo como proposta uma revolução na forma de ensinar.

Imagine uma escola onde as crianças estudam todo o conteúdo curricular estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases do ensino brasileiro só que

com uma grande diferença: o aprendizado é feito simultaneamente em duas línguas, o português e o inglês. Esse é o método da Maple Bear, uma escola assentada no alto padrão educacional do Canadá e que agora está ao alcance dos campinenses num arrojado e funcional prédio construído rigorosamente dentro das normas internacionais que regem a franquia Maple Bear.

“Não é um simples curso de inglês”, adverte logo a

CAMPINA SÉCULO XXI

especialista em pedagogia Emiliane Lacerda, diretora e proprietária da nova escola juntamente com o seu marido, o gerente bancário Alessandro Vieira. “Aqui a criança adquire naturalmente o idioma”.

“Estar imerso num ambiente bilíngue estimula o aprendizado”, explica. De fato, pesquisas científicas no campo biológico comprovam que a sinapse (conexão nervosa que dá impulso

A ESCOLA DO FUTURO CHEGOU

MAPLE BEAR:

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para o neurônio funcionar) é incitada em situações como essa que envolve dois idiomas simultaneamente.

A Maple Bear é uma escola global e está presente no Canadá, México, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, China, Coreia do Sul, Vietnam, Cingapura, Bangladesh, Índia e Brasil. As escolas seguem as estruturas curriculares de cada país onde está situada, porém as instalações físicas, equipamentos e o nível profissional dos professores e colaboradores seguem o padrão canadense de primeiro mundo.

Para manter esse alto nível e a qualidade certificada dos serviços oferecidos, semestralmente um professor canadense vem fazer um treinamento continuado com toda a equipe local, são dois treinamentos por ano.

Também é enviado do Canadá outro treinador responsável pelo controle de qualidade da franquia. Nos meses de janeiro e julho tem treinamento centralizado para professores e coordenadores em São Paulo, e neste mês de maio será a vez da convenção anual dos franqueados brasileiros na cidade de Campinas-SP.

A treinadora canadense, Colleen Macleod, que esteve no mês passado aqui em Campina Grande disse que ficou positivamente impressionada com o nível dos professores e demais colaboradores da escola local. Também lhe sensibilizou

bastante a qualidade das instalações físicas.

A diretora Emiliane Lacerda, cuja filha, Maria Clara, de 4 anos é estudante da Maple Bear, comprova a eficácia do método: “Como mãe eu sinto essa diferença na minha filha, a compreensão das palavras em inglês é nítida”.

Mas não é só o progresso na língua inglesa que faz a diferença nesta escola do século 21. A metodologia canadense, focada na educação global, estimula a criança, a partir dos 2 anos de idade, a aprender praticando e para isso existe em cada sala de aula aparelhos específicos para as crianças aprenderem fazendo, até uma horta é utilizada para as crianças plantarem e colherem o fruto do seu aprendizado.

Noções de como viver em sociedade, compartilhar, se solidarizar, respeitar o próximo, ser gentil e cortês fazem parte do currículo e são vivenciadas diariamente. Mais que preparar bons profissionais para o mercado, a Maple Bear forma cidadãos capacitados, em todos os níveis, para a vida toda. É uma experiência única, original, apaixonante, que faz toda diferença numa comparação com os modelos escolares tradicionais que conhecemos.

“VÍNCULO ESCOLA-FAMÍLIA É MARAVILHOSO”

A administradora Iris Lamares de Lima, mãe de Ravih De Lima, 4 anos, está muito feliz com a escolha que fez ao matricular seu filho na Maple Bear. Além da vantagem do idioma, Iris destaca a formação integral que a escola proporciona ao seu filho:

“Acredito que a escola realmente se preocupa em formar cidadãos e isso nos encanta, por que passa a ser um grande diferencial das demais escolas. O bilinguismo é maravilhoso, mas a preparação das crianças para a vida é o que realmente tem nos deixado cada vez mais confiantes na escola. Realmente tem sido maravilhoso o vinculo escola-família, estamos super satisfeitos”.

Serviço:

Maple Bear Canadian School Campina GrandeEarly Toddler to Intermediate Kindergarten

Rua Coronel Jovino Nepomuceno, 205Campina Grande – PB (próximo a Toyota)(83) 3066-8829 | (83) 8829-8238

http://www.maplebear.com.br/campina-grande

Equipamento de lazer (alto esq.); Emiliane (de vermelho no centro) com estudantes e sua equipe de trabalho; Colleen Macleod, canadense que esteve inspecionando a escola no mês de abril.

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18 Campina - Século e Meio

CAMPINA SÉCULO XXI

Existem livrarias e livrarias. O Espaço de Cultura-PB, instalado na Avenida Getúlio Vargas-74,

bem no centro da cidade, se diferencia dos espaços que vendem livros por muitos motivos. O primeiro deles é o

próprio dono, o professor de Estatística e Matemática da UEPB, Juarez Fernandes, que é um “apaixonado por livros” como ele mesmo se define. Ele resolveu abrir sua livraria ainda na década de 1980 por um motivo único: ele adora livros. É leitor assíduo,

gosta de falar sobre livros, pegar nos livros, cheirar os livros. Não por acaso gosta de difundir um lema de vida: “Leia. Tire a vida de letra”.

Outro motivo que faz com que o Espaço de Cultura-PB seja único entre outros é a tradicional e movimentada reunião matinal dos sábados, onde professores, intelectuais, artistas, jornalistas, escritores, poetas e leitores se juntam para conversar e debater informalmente os assuntos da atualidade, não só literária.

Durante a semana a movimentação também é grande, são os jovens estudantes de diversos colégios da cidade que vão fazer suas pesquisas e pedir sugestões de títulos a Juarez.

Não é raro encontrar esses jovens munidos de câmeras, tripés, refletores, toda parafernália necessária para produzir um documentário em vídeo, é que o Espaço de Cultura-PB sempre é escolhido como cenário para esse tipo de trabalho escolar.

Um terceiro motivo diferenciador é a permanente atualização dos títulos nacionais, internacionais e regionais do acervo. Aliás, esse é um ponto singular que caracteriza o Espaço de Cultura-PB, a exposição e venda de livros de autores

LIVRARIA PROMOVE E INCENTIVA A CULTURA

Um lugar para chamar de seu:

de Campina Grande e da Paraíba, bem como de outros estados da região Nordeste, muitos deles lançados lá mesmo em movimentadas sessões de autógrafos abertas ao público em geral.

Os imensos sofás e poltronas espalhadas pelo amplo espaço da loja convidam ao encontro, à conversa, à leitura. Se quiser tomar água mineral, café ou chá, pode se servir à vontade, é uma cortesia da casa.

Se não bastasse tanta gentileza e conforto, quem frequenta o Espaço de Cultura-PB conta ainda com a presença quase que permanente do professor Juarez, sempre a postos, solícito, pronto para colaborar, ajudar na busca do livro desejado. As funcionárias também são capacitadas para esse trabalho mais que especializado.

Desfrutar é o verbo correto para definir a experiência de uma visita ao Espaço de Cultura-PB, desfrutar do ambiente, desfrutar da variedade de títulos disponíveis, desfrutar da amizade de Juarez, desfrutar da cordialidade dos seus colaboradores, desfrutar do que tem de bom nessa vida.

Experimente..

Juarez Fernandes sempre presente para ajudar a quem procura livros e cultura

Page 19: Campina Século e Meio -  Volume 3

19Junho 2015 | Volume 3

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Page 23: Campina Século e Meio -  Volume 3

23Junho 2015 | Volume 3

É GRANDE POR ELES QUE FORAM OS PRIMEIROS

Um nome que não pode ficar de fora da história do urbanismo em Campina Grande na segunda metade do século XX, sob

pena de se cometer uma injustiça irreparável, é o do engenheiro civil Austro de França Costa.

Nascido aqui mesmo, no ano de 1922, concluiu o curso de Engenharia Civil pela Escola de Engenharia da Universidade do Recife (hoje Universidade Federal de Pernambuco) em 1948 e além de ser o primeiro engenheiro civil filho de Campina Grande, optou por exercer a profissão em sua cidade natal. Casou-se com Aledith Belo Costa, e teve 6 filhos.

O fato de não ter migrado para outro centro mais desenvolvido após a formatura, como seus colegas de turma o fizeram, tem uma causa: Austro era um apaixonado por Campina. Seus amigos costumavam dizer: - “pode ter alguém que goste de Campina tanto como ele gosta, mas mais do que ele gosta não existe!”.

Foi esse amor, aliado ao seu singular talento e competência técnica, que fez com que o engenheiro concretizasse neste solo dezenas de obras que não só enriqueceram o patrimônio público da cidade, mas também embelezaram com suas curvas e linhas de cimento armado a paisagem arquitetônica de ruas e avenidas da sua amada Campina Grande.

Igualmente é do visionário Austro, na iniciativa privada, a construção, através de sua empresa pioneira a Belfran Engenharia e Promoções Ltda., de edifícios de alto luxo tirando de Campina Grande a marca provinciana de cidade de três edifícios (Palomo, Lucas e Rique). Numa época em que o descrédito na cidade era geral, ele construiu seis condomínios (Porto Belo, Metropolitan, Noventa e Dois, Mont Blanc, Prata Nobre e Colinas do Alto Branco) que ainda hoje são referencia de qualidade entre os nossos imóveis de alto padrão e foram o alicerce do bom imobiliário que vivenciamos agora.

Mas, para não perdemos o fio da meada, voltemos um pouco ao início de tudo. Ainda como estudante de engenharia, Austro começou a colaborar com a administração do prefeito Elpídio de Almeida tendo executado nesse período obras significativas, como a reforma e ampliação da Praça Clementino Procópio e o projeto, cálculo e construção do tradicional Abrigo Maringá que é um patrimônio afetivo no coração da cidade (hoje totalmente descaracterizado).

Já diplomado como engenheiro civil tinha um estilo arquitetônico próprio (não havia arquitetos na cidade nesse período). Foi nomeado por Elpidio de Almeida e exerceu o cargo de Diretor de Obras da prefeitura até o ano de 1952. Nessa

época ele foi o responsável direto pela construção da Maternidade Municipal, hoje ISEA (Instituto de Saúde da Mulher, Infância e Adolescência). De concepção arquitetônica bastante avançada para sua época, e construído há mais de 60 anos, o prédio da maternidade ainda está atualizado e serve condignamente às parturientes de hoje (pena que a bela fachada tenha sido completamente violentada no aspecto arquitetônico).

Nos anos seguintes, colaborou ainda nas administrações de Plinio Lemos, Antônio Coutinho e Pedro Sabino. Na gestão de Plínio Lemos, Austro construiu o edifício onde hoje funciona o Curso de Administração da UEPB na Avenida Getúlio Vargas. Nesta edificação já aparecem pilotis, lajes planas expostas, janelas corridas, cobogós, bríse-

AUSTRO DE FRANÇA COSTA Um Engenheiro e sua Obra

Austro com a beca da pioneira Escola Politécnica, futura UFCG.

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Page 24: Campina Século e Meio -  Volume 3

24 Campina - Século e Meio

Municipal “Severino Cabral”, que ele planejou, calculou e construiu com os seus colaboradores (entre eles o assessor técnico-desenhista Geraldino Duda). A estrutura do prédio, em forma de cunha, “simboliza a entrada de Campina Grande na era da cultura de alto nível através do teatro”, dizia Austro. O engenheiro civil Erickson Dias, na época estudante e auxiliar da equipe que construiu o teatro, afirma: “Para se construir um edifício daquela envergadura e complexidade é preciso conhecimentos de acústica, estrutura, construção civil, iluminação, geometria da disposição interna do palco e plateia, alojamento para artistas e camarins etc., esse conhecimento o engenheiro Austro de França Costa tinha de sobra”. Registre-se também nesta obra a importante participação do engenheiro-construtor Giuseppe Gióia.

Uma curiosidade na idealista trajetória profissional deste engenheiro civil: num período em que só existiam viadutos em São Paulo, ele planejou dois para

homem muito à frente do seu tempo. Mas, apesar das evidências, a robusta e pioneira peça de planejamento produzida em 1963 traz a marca da humildade do grande mestre quando diz textualmente: “não podemos, ou melhor, não devemos e nem pretendemos, apresentar uma solução em definitivo. Procuramos traçar as linhas mestras e provocamos o assunto de forma global. Esta é a grande pretensão, antes de tudo provocadores, na fiel e honesta atitude”.

Para se ter uma ideia do vanguardismo desse plano, lá já consta o aproveitamento da área onde hoje está o Parque do Povo, no local da pirâmide Austro sugeriu a construção de uma Concha Acústica para apresentações de orquestras sinfônicas, corais e demais grupos musicais. O rigor técnico utilizado na descrição das modificações urbanísticas propostas, equiparou este documento a uma tese de doutorado segundo opinião de arquitetos de Brasília que tiveram acesso ao texto nos anos 1970.

A outra grande obra de Austro nesse período é sem dúvida o Teatro

É GRANDE POR ELES QUE FORAM OS PRIMEIROS

Austro com a esposa Aledith na praça Clementino Procópio (reformada por ele) nos anos 1950.

solleil e padronização de elementos construtivos, característicos de sua obra. O prédio, inaugurado há 60 anos (julho de 1955), foi reformado ao longo dos anos e perdeu as características externas da sua arquitetura original.

É na administração do prefeito Severino Cabral (1960-1963) que Austro de França, empossado como Diretor de Planejamento e Urbanismo executa duas grandes obras para o desenvolvimento de Campina Grande. A primeira delas é o “Pré-Plano de Urbanismo para Campina Grande”, um minucioso estudo lançado em maio de 1963 que delineia as necessidades urbanísticas da cidade e aponta sugestões e soluções para essa importante área em curto, médio e longo prazos. Vale registrar que esse tema já havia sido defendido pelo próprio Austro 12 anos antes em artigo publicado na imprensa local intitulado “Necessidade de uma planificação urbana”, essa é uma das provas concretas de que o engenheiro campinense era um

Prata Nobre, Mont Blanc, Noventa e Dois, Metropolitan; quatro dos imponentes condomínios construídos por Austro em Campina Grande

Page 25: Campina Século e Meio -  Volume 3

25Junho 2015 | Volume 3

Campina Grande, mas não foi possível construí-los.

Também é de sua lavra neste mesmo ano de 1963 a Avenida Brasília (hoje Severino Cabral). Feita com pista dupla, traz a marca futurista que sempre identificou a obra do engenheiro campinense.

Sua última colaboração na administração pública foi na Secretaria de Viação e Obras, na

O MAIS BRILHANTE ASTROQuando concluiu seus

dez anos de estudos, em

1941, no Colégio Pio

XI, um texto escrito por

Félix Araújo (orador) fazia

a despedida da turma

concluinte, e se referiu assim

ao jovem e promissor colega:

“Será, no futuro, um grande

engenheiro. É a sua vocação

e a nossa esperança. Nada

lhe falta para isto: ama as

ciências matemáticas, possui

a ânsia dos conhecimentos

científicos, e na sua alma há

reservas maravilhosas de

vontade e de ideal.

Dele podemos dizer,

num testemunho de justiça:

Austro é o mais brilhante

ASTRO da turma que se

despede...” O que se segue

a essa “profecia” é história.

Docente devotado

Além da prática da

engenharia que exerceu

como um sacerdócio, Austro

também compartilhou os

seus conhecimentos com os

jovens estudantes. Foi um

dos fundadores da Escola

Politécnica e, no ano de

1953, as aulas eram dadas

no Grupo Escolar Solon de

Lucena na Floriano Peixoto,

a partir de 1955 as aulas do

curso de Engenharia Civil

foram transferidas para o

Colégio Estadual da Prata pois

a futura Universidade Federal

de Campina Grande-UFCG,

ainda não tinha instalações

próprias. Austro lecionava

nas cadeiras de Estatística,

Arquitetura e Urbanismo,

Construção de Edifícios, entre

outras. Foi enquadrado como

Professor Titular da então

Universidade Federal da

Paraíba em 2 de fevereiro de

1967. Emprestou também

seus conhecimentos para a

abertura da Faculdade de

Ciências Econômicas (UFPB) e

Faculdade de Administração

(URNE, hoje UEPB).

Sempre homenageado

pelos estudantes, Austro

foi paraninfo e patrono de

diversas turmas. Há 20 anos,

no dia 28 de janeiro de 1995,

por motivo da saúde abalada

e temendo não suportar a

emoção do justo tributo não

pode comparecer ao Teatro

Municipal onde fora escolhido

para ser o paraninfo geral

dos concluintes do Centro de

Ciências e Tecnologia-CCT da

então UFPB-Campus II.

O professor Milton

Bezerra das Chagas Filho

o representou e em seu

discurso lembrou os

pioneiros que edificaram as

colunas mestras do ensino

superior em Campina

Grande: “Homens de

coragem e de fé, como o

ex-ministro e ex-governador

da Paraíba Dr. José Américo

de Almeida e os técnicos

Antônio da Silva Morais,

Giuseppe Gioia, José

Marques de Almeida, Kléber

Cruz Marques, Max Hans Karl

Liebig, Adelmar Xavier de

Andrade, Austro de França

Costa, entre outros , nos

idos de outubro de 1952,

formaram a base do que

hoje somos.”

A famíliaAustro de França Costa

era casado com Aledith

Belo Costa, do matrimônio

nasceram 6 filhos:

Lúcia Maria (médica),

Carlos Newton (engenheiro

civil), Rosângela

(admnistradora) Hamilton

(médico), Marcos Alberto

(in memoriam) e Newman

(arquiteto). Se estivesse vivo,

Austro França faria 93 anos

de idade nesse ano de 2015,

ele morreu de insuficiência

renal em 1998.

A última foto do engenheiro em 1998

Coordenação de Planejamento (Coplan) e na Presidência da Urbema, todos cargos exercidos na gestão do prefeito Enivaldo Ribeiro (1979-1981).Entre muitas outras obras, abriu nesse período a avenida Dinamérica, com pista dupla e largos canteiros centrais.

Na iniciativa privada fundou a INCOTEC, uma pioneira indústria de mosaicos, cobogós, ladrilhos e tijolos. Foi

também o inventor e fabricante de um revestimento para paredes, o Incoterit. Com sua empresa, construiu o prédio da Associação Comercial de Campina Grande, fez ainda o edifício que abriga a Sociedade Médica de Campina Grande (no Açude Velho), o da Sociedade de Odontologia e a arquibancada coberta do Estádio do 13, entre muitas

outras. O médico pediatra

Dr. Antônio Virgílio Brasileiro Silva, em artigo publicado na revista “Saúde para Todos”, resumiu assim a trajetória do amigo engenheiro Austro Costa: “Com determinação e a força de sua operosidade emprestou o seu talento ao desenvolvimento da sua terra assegurando um lugar na história de Campina Grande”.

Teatro Severino Cabral

Curso de Administração UEPB

Sociedade Médica

Associação Comercial

Sociedade Odontológica

Maternidade-ISEA

Arquibancada coberta do Estádio Presidente Vargas

Abrigo Maringá

Page 26: Campina Século e Meio -  Volume 3

26 Campina - Século e Meio

Page 27: Campina Século e Meio -  Volume 3

27Junho 2015 | Volume 3

FILHOS DE CAMPINA

Esforçado, dedicado, obstinado são adjetivos que podem definir

muito bem o campinense Gilvan de Azevedo. Desde cedo fez da força de vontade sua arma para conseguir realizar seus anelos de vida.

Ainda na adolescência decidiu que ia aprender alemão, arranjou emprestado um “Linguaphone” (curso de idiomas com discos de 78 rotações e textos impressos), trancou-se no quarto e em pouco tempo estava pronunciando com rara perfeição as complicadas palavras da língua germânica.

Estudante do Estadual da Prata, Gilvan, que é filho do agente fiscal José Francisco Filho (in memoriam) e da professora Wanda Elizabeth (in memoriam), também estudou no Rio de Janeiro. “Desse período”, diz ele, “lembro da minha tia Wilma e seu esposo Hélio que me acolheram em seu apartamento em Copacabana e das frequentes idas à Biblioteca Thomas Jefferson na avenida Atlântica (mantida pela Embaixada dos EUA) onde tive a oportunidade de aperfeiçoar o meu inglês”.

De volta a Campina

Grande, o ano de 1967 marca o início de uma virada radical na vida do jovem estudante do curso científico noturno do “Gigantão”. Todo domingo, logo após a transmissão do futebol, a Rádio Borborema apresentava “A Hora Luterana”, programa gravado produzido pela igreja Luterana do Brasil. Gilvan era ouvinte assíduo, o interesse pelo tema foi crescendo e logo ele fez contato com a igreja Luterana mais próxima que ficava em Recife. Na sequencia se tornou estudante de teologia em Porto Alegre e foi ordenado pastor da Igreja Luterana, sendo o primeiro nordestino a exercer tal ministério desde os primórdios do luteranismo no Brasil em 1824.

Campina Grande tida como a “Canaã de leais forasteiros” agora fazia o inverso enviando um filho seu para servir ao luteranismo no mundo.

Origem do Luteranismo

Em 1517 o padre alemão, professor universitário, membro da ordem agostiniana e doutor em teologia, Martinho Lutero, respeitosamente discordara da venda de indulgências ordenada pelo Papa Leão X. Sua única intenção era corrigir um grave erro da Igreja a qual

ele pertencia, servia e amava. O zelo de Lutero pela pureza do Evangelho ocasionou sua excomunhão pelo Papa. Todavia grande parte da Alemanha se posicionou ao lado de Lutero, visto como grande líder religioso pelos alemães. Contra a vontade de Martinho Lutero a divisão ocorreu na Alemanha e todos os que concordavam com a Reforma da Igreja se viram parte do que passou a ser chamada Igreja Luterana.

O ministério do Pastor Gilvan

O campinense, Pastor Gilvan de Azevedo, após servir em SP, MG, Alemanha, RS e DF foi chamado pela Igreja Luterana do Canadá e desde o ano 2000 reside naquele país onde prega dominicalmente em alemão e inglês.

Gilvan é casado com a paulistana Marli Müller e tem 4 filhos: Lia Raquel (casada,

PASTOR DE CAMPINA GRANDE dirige Igreja Luterana no Canadá

mora na Alemanha), Frederico (casado, mora em Brasília), Anna Luiza (casada, mora no Canadá) e Thomas (também casado e morando no Canadá). Os três primeiros são professores, Thomas é administrador de empresas, trabalhou 4 anos na Nestlé do Brasil e atualmente se prepara para cursar a Vancouver Film School, pois quer ser roteirista de cinema e televisão..

Igreja Luterana em Campina

A primeira igreja Luterana de Campina Grande foi erguida no final dos anos 1970 num terreno comprado por orientação do pastor Gilvan na Avenida Rio Branco no bairro da Prata. Logo depois foi aberta outra igreja no bairro das Malvinas. Os luteranos também mantém em Campina uma escola de ensino fundamental anexada ao templo da Avenida Rio Branco..

O Pastor Gilvan Azevedo em frente à sua Igreja (temperatura de 23 graus negativos)

Toda a família reunida: esposa, filhos, netos, genros e noras.

Page 28: Campina Século e Meio -  Volume 3

28 Campina - Século e Meio

O advogado e notável político campinense Petrônio

Ramos de Figueiredo completa, dia 12 de setembro deste ano, 40 anos de sua morte. Morreu quando tinha apenas 46 anos, deixando importante legado. Nascido em 12 de junho de 1929, tem parte da sua memória hoje preservada pelo Petrônio Colégio e Curso, idealizado por Maria da Guia Neves Carvalho, esposa do também advogado e futuro Juiz, já falecido, o piauiense Odon de Carvalho, que para honrar o homem público Petrônio de Figueiredo deu o nome deste à instituição de ensino.

Dois anos após a prematura morte do advogado e político Petrônio de Figueiredo era lançada, em 1977, a pedra fundamental da instituição de ensino que um dia se tornaria referência em educação em Campina Grande, o Petrônio Colégio e Curso. E pensar que tudo começou num modesto estabelecimento, chamando-se Instituto Moderno Marineves, alusivo ao nome da determinada e competente fundadora Maria da Guia Neves Carvalho.

Depois, passou a se chamar Escola Petrônio Figueiredo, sugestão dada

pelo então marido Odon de Carvalho. Daí em diante, progresso e desenvolvimento seguem acompanhados do compromisso inadiável com o ensino de qualidade e transmissão dos valores para as novas gerações.

A semente lá atrás plantada hoje constitui a árvore frutífera que se chama Petrônio Colégio e Curso, dirigido pelos irmãos José Afonso das Neves e Maria Goretti das Neves Brito. Patrimônio cultural herdado da irmã pioneira, a instituição é conduzida com a sensibilidade e sabedoria de quem sabe o que é preciso fazer por uma educação de qualidade.

“Educar é mais do que repetir o que já escreveram. É criar, construir, refletir e expressar um mundo inteiramente novo, a partir da compreensão da totalidade, que é a vida”, orienta Maria Goretti.

Localizado no bairro da Liberdade, o Petrônio Colégio e Curso é uma das mais modernas instituições de ensino de Campina Grande, atendendo jovens e crianças na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio. Dentre suas mais arrojadas instalações está o multifuncional DELC, o Departamento de esporte, lazer e cultura da instituição.

CONHECIMENTO E VIVÊNCIA DE VALORES COEXISTEM NO PETRÔNIO COLÉGIO E CURSO

Por Jonilson Pereira

COLÉGIO PERPETUA A MEMÓRIA DE PETRÔNIO FIGUEIREDO; POLÍTICO CAMPINENSE MORREU HÁ 40 ANOS

O advogado, político e respeitado homem público Petrônio Ramos de Figueiredo, que empresta seu nome ao Petrônio Colégio e Curso, era filho de Alzira Ramos Figueiredo com o ex-deputado federal, ex-senador e ex-governador paraibano Argemiro de Figueiredo. Nascido em 7 de junho de 1929, Petrônio de Figueiredo ingressou na carreira política em 1951.

Pertencente ao partido da UDN (União Democrática Nacional) começou como vereador, depois tornando-se deputado estadual, cargo

para o qual se reelegeu em 1958. Em 1967, pelo MDB (Movimento Democrático Brasileiro), partido que fazia oposição ao regime militar e hoje chama-se PMDB, elegeu-se deputado federal, cargo que ocupou até o seu falecimento, em 1975.

Ainda em vida foi reconhecido pelo importante papel que desempenhou como homem público, pai e cidadão. Recebeu a Medalha de Prata do Congresso Nacional e a Ordem do Mérito do Congresso Nacional do Grau de Grande Oficial.

Esquerda acima: Maria da Guia Neves Carvalho e o esposo Odon Francisco de Carvalho (in memoriam): fundadores do colégio. Esquerda abaixo e acima: Irmãos José Afonso das Naves e Maria Goretti das Neves Brito, diretores do colégio.

Page 29: Campina Século e Meio -  Volume 3

29Junho 2015 | Volume 3

PELAS RUAS DA CIDADE

Como era de se prever, a cidade cresce, ruas são alargadas, prédios e casas

são demolidos etc etc etc. Não há como deter isto, faz parte do jogo evolucionista que praticamos hoje, todo crescimento tem um preço, então não adianta chorar.

As últimas testemunhas de um passado remoto aos poucos vão tombando e desaparecendo para sempre, outras ainda resistem enquanto esperam o dia em que vão tombar também. Quem anda pelas ruas de Campina, com um olhar atento, ainda pode ver algumas relíquias como estas que mostramos agora.

Antenas de Rádio

Nos anos 40 e principalmente nos anos 50, o rádio era o mais importante veículo de comunicação do País. Para sintonizar as emissoras, em especial a Rádio Nacional do Rio de Janeiro (então Capital Federal), era necessário colocar uma antena própria para rádios em cima da casa. No início da radiodifusão de massa, aqui em Campina só as casas mais ricas tinham um aparelho e ostentavam uma antena no telhado. Os rádios do passado sumiram com o advento do transistor nos anos 60, mas algumas dessas antenas ainda sobrevivem.

Cobogó do centenário

Em 1964, quando Campina completou 100 anos, a comemoração foi grande. Tinha álbum de figurinhas da cidade (vinham embrulhadas com as Balas Centenário), discos de 78 rotações, compactos e LPs com músicas e textos alusivos aos 100 anos da cidade, livros, monumentos etc. Foi uma festa das grandes. Uma empresa local fabricou uma série especial de cobogós para muros de jardim e passagens de ar nas casas com a inscrição “Campina Centenária 1864-1964”. O cobogó virou moda e centenas de casas ostentavam a peça em seus muros. A violência urbana alterou o desenho e a altura dos muros e os cobogós sumiram. Hoje restam apenas poucos exemplares, espalhados pela cidade.

A PAISAGEM URBANAmuda velozmente, mas é possível encontrar relíquias do passado “escondidas” em telhados e muros de algumas casas.

Antena de rádio era signo de status

Os modelos variavam

Casa no bairro da Conceição

Casa no bairro da Prata

As mais sofisticadas traziam o nome do dono

Page 30: Campina Século e Meio -  Volume 3

30 Campina - Século e Meio

PEPLUM

DE MEMÓRIA TAMBÉM É HISTÓRIA

Primeiro vamos entender o significado da palavra “peplum”,

que deriva da palavra grega para túnica ou saiote. Esse era o termo utilizado de forma pejorativa por parte da crítica cinematográfica para designar os filmes épicos produzidos nos anos 50 e, principalmente, 60 nos estúdios da Cinecitá em Roma, Itália (só para lembrar, falamos do século 20). Esses filmes também eram conhecidos pela crítica americana com o nome de “sword and sandals” (espada e sandálias), aqui em Campina a meninada chamava

simplesmente de “filme de espada”. A maior parte destes filmes foi exibida nos cinemas Capitólio e São José, e consagrou astros como Steve Reeves, Gordon Scott, Reg Park, Kirk Morris, Gordon Mitchel, Ed Fury, Livio Lorenzon, Dan Vadis, Richard Harris e muitos outros. Até o hollywoodiano Kirk Douglas andou pela Itália nessa época onde filmou o épico “Ulisses”. Os filmes eram baseados em fatos reais da história ou na mitologia grega, os heróis eram Hercules, Ursus, Spartaco, Sansão, Maciste, Teseu, Jasão etc.

A onda de “filmes de espada” influenciou toda uma geração de jovens na cidade que tendo como modelo os musculosos artistas da Hollywood italiana, passaram a modelar o corpo em academias improvisadas no fundo do quintal, com instrumentos não menos improvisados como as “marombas” (halteres) feitas com duas latas cheias de cimento petrificado e unidas por um cano de ferro subtraído de alguma instalação hidráulica.

Para exibir a “caixa dos peitos” (tórax) modelada, os rapazes só abotoavam os dois últimos botões da camisa,

deixando a “tela aberta” como se dizia na época. A manga curta também era modificada (mais apertada) para poder realçar os bíceps avantajados.

Os menos privilegiados pela natureza ou pela total falta de exercício físico disfarçavam a ausência de massa muscular “armando os braços” para ampliar de forma imaginária o corpo franzino, também pisavam firme no chão na saída do cinema para compor a tosca imitação dos Hercules e Maciste. Os braços arqueados e o andar firme, como quem está marchando, eram ironicamente tachados de “urubu baleado”.

Paralelo aos exercícios havia uma dieta toda especial. Não existiam ainda os suplemento e anabolizantes de hoje, tudo era feito de forma simples e natural. O cardápio era assentado no xerém com

AS BELAS DO

NAS TELAS DE CAMPINA

Poster de “Golias contra os Bárbaros”(1959, título no Brasil). Embaixo: Kirk Douglas e Rossana Podestá em “Ulysses” (1954)

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31Junho 2015 | Volume 3

leite, rapadura, ovos, jabá (carne seca) e farinha. No lanche se comia algumas sordas e aliados regados com laranjada Crush. Outras vezes, para variar, a pedida era uma “gelada” (raspadinha) de coco e groselha acompanhada por um cavaco chinês. Os mais afoitos costumavam “traçar” de uma só vez uma lata de doce de goiaba acompanhada por uma dúzia de bananas e um copo com água.

Voltando ao ”Peplum”

Além dos protagonistas marrentos, essas coproduções ítalo-espanholas, franco-italianas e ítalo-germânicas traziam em seu elenco belas atrizes, que contracenavam com os astros da época no papel de rainhas, deusas ou apenas mulheres mortais apaixonadas por gladiadores, lutadores, conquistadores... A fórmula que inseria certo erotismo nas fitas foi criada nos anos 20 em Hollywood

pelo produtor Cecil B. DeMille, um especialista neste gênero épico. Buscando aumentar a bilheteria de seus filmes e burlar a rígida censura do seu tempo, DeMille apimentava os épicos com mulheres em trajes sumários, poses provocantes e bailados luxuriantes, justificando tudo com o argumento de que ”naquela época era assim”. Os “peplum” italianos herdaram a artimanha do velho produtor judeu e repetiram o esquema.

Muitas atrizes atuaram nestes filmes, mas as principais foram: a cubana Chelo Alonso,

a libanesa Rossana Podestá, a croata Sylva Koscina e as italianas Gianna Maria Canale, Moira Orfei, Liana Orfei e Wandisa Guida, essas sete são as belas do “peplum” do nosso título.

Cada uma delas tinha um tipo característico e um estilo próprio, Chelo Alonso era o protótipo da mulher latina exuberante, cabelos fartos, olhos semisselvagens, pele morena escura. Tanto podia interpretar uma rainha Nubia, como uma escrava rebelde. Em alguns filmes ela exibiu seus dotes de bailarina.

Liana Orfei (esq.), Steve Reeves e Sylva Koscina em “Hércules e a Rainha da Lídia” (1959). Embaixo: Moira Orfei (esq.) e Chelo Alonso e Jacques Sernas “A Rainha dos Tártaros” (1960)

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FORMATURASFESTAS ANIVERSÁRIOS

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AS BELAS DO PEPLUM NAS TELAS DE CAMPINA

Rossana Podestá era o oposto de Chelo Alonso, pele alva, cabelos louros (foi Helena de Tróia no filme homônimo) corpo delgado, olhar e gestos delicados. Sempre fazia princesas ou rainhas.

Sylva Koscina nasceu na antiga Iugoslávia, era loura, olhar sensual, e lembrava Sophia Loren. Atuou ao lado do principal astro do gênero, o americano Steve Reeves, e também do galã italiano Rossano Brazzi. Nos anos 90 voltou ao gênero épico interpretando a deusa Minerva no filme para a TV italiana “A Odisséia”.

Moira Orfei veio do circo, como seu sobrenome indica é de uma tradicional família circense da Itália (no Brasil fez muito sucesso o Circo Orlando Orfei). É um tipo italiano também, mais uns quilinhos na silhueta e poderia ser um personagem “felliniano”. Como atriz se impunha em cena pelo olhar forte, a vasta cabeleira negra e gestos robustos.

Gianna Maria Canale era das seis a que menos se apoiava no corpo para

interpretar um personagem, apesar de ter uma favorecida compleição física, Gianna baseava nas expressões faciais sua atuação. Essa personalidade marcante lhe permitiu ser rainha de piratas e rainha das amazonas em fitas distintas.

Wandisa Guida, fisicamente é uma síntese das outras já citadas, como atriz tinha gestos comedidos, rosto expressivo e uma fotogenia que garantiu seu lugar diante das câmeras da Cinecittá por um longo período (fez 41 filmes, sendo 9 no gênero épico).

Finalizando essa antologia de atrizes temos Liana Orfei, prima de Moira, iniciou a carreira em filmes épicos com o pé direito ao lado de dois super astros de Hollywood na época: Victor Mature (que tinha sido Sansão no clássico de Cecil B. DeMille) e o lendário Orson Welles. Tinha o mesmo porte físico da prima, só mudando o cabelo que ela preferia louro. Também atuou ao lado de Steve Reeves no filme “A lenda de Enéas” (continuação de “A guerra de Tróia”).

Mark Forrest e Wandisa Guida em “Golias e o Dragão”(1960)

QUE FIM LEVOU ESSAS DIVAS DO “PEPLUM” ?○ CHELO ALONSO está com 82 anos; ○ ROSSANA PODESTÁ morreu em dezembro de 2013 aos 79 anos;○ MOIRA ORFEI está com 84 anos;○ GIANNA MARIA CANALE morreu em 2009 aos 81 anos;○ SYLVA KOSCINA morreu em 1994 aos 61 anos;○ WANDISA GUIDA está com 80 anos;○ LIANA ORFEI está com 78 anos;Todas permanecem vivas e jovens nos filmes, a maior parte deles disponível em DVD.

FILMOGRAFIAChelo Alonso“O escudo romano” (1959)“Golias contra os bárbaros” (1959)“Os corsários sarracenos” (1959)“A rainha dos Tártaros” (1960)“Maciste no vale dos reis” (1960)“Morgan, o rei dos piratas” (1960)“Maciste na terra dos gigantes” (1961)

Rossana Podestá“Ulysses” (1954)“Helena de Tróia” (1956)“A espada e a cruz” (1958)“Avalancha de bárbaros” (1960)“A escrava de Roma” (1961)“Só contra Roma” (1962)“A seta de ouro” (1962)“Sodoma e Gomorra” (1962)

Moira Orfei“Hércules contra os dragões” (1960)“Os argonautas” (1960)“Ursus” (1961)“Maciste na terra dos gigantes” (1961)“Maciste contra os lanceiros” (1961)“Ursus no vale dos leões” (1961)“O espadachim vingador” (1961)“O filho do sheik” (1962)“Sansão e a rainha escrava” (1963)“O herói da Babilônia” (1963)“O triunfo de Hércules” (1964)“Os dois gladiadores” (1964)“A revolta dos gladiadores” (1964)“Hercules,Sansão,Maciste e Ursus, os invencíveis” (1964)“O incêndio de Roma” (1965)

Gianna Maria Canale“Spartaco” (1953)

“Teodora, a imperatriz de Bizâncio” (1954)“Escravas de Cartago” (1956)“Hércules” (1958)“A revolta dos gladiadores” (1958)“Maciste contra o vampiro” (1961)“O conquistador de Corinto” (1961)“O filho de Spartacus” (1962)“O leão de São Marco” (1963)

Wandisa Guida“Golias e o dragão” (1960)“A revolta dos escravos” (1960)“A vingança de Ursus” (1961)“O gladiador de Roma” (1962)“Jacó e Esaú” (1963)“Hércules contra Roma” (1964)“Maciste nas minas do rei Salomão” (1964)“Os quatro legionários de César” (1964) - também conhecido como “O gigante de Roma” e “Hercules e a princesa de Tróia”

Sylva Koscina“Hércules” (1958)“A grande cruzada” (1958)“Herodes, o grande” (1959)“Hércules e a rainha da Lídia” (1959)“O cerco de Siracusa” (1960)

Liana Orfei“Os bravos tártaros” (1961)“Nefertiti, a rainha do Egito”“Maciste contra Hercules” (1961)“O gigante de Metrópolis” (1961)“Os valentes Damon e Pitias” (1962) “A lenda de Enéas” (1962) “Hercules, Sansão e Ulisses” (1963)FORMATURASFESTAS ANIVERSÁRIOS

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A ATECEL® é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos,

fundada por professores da antiga Escola Politécnica da Universidade Federal da Paraíba em 05 de agosto de 1967 e cujo nome é uma homenagem ao Professor Ernesto Luiz de Oliveira Júnior.

A finalidade básica da ATECEL® é apoiar e viabilizar os programas de Pesquisa e Extensão de Universidades e Institutos de Pesquisa, principalmente na Paraíba. Todavia, também presta serviços de

consultoria, elaboração de projetos e treinamento de pessoal nas diversas áreas do conhecimento. Toda e qualquer interação pode ser viabilizada através de convênios e contratos de serviços. Os processos de articulação proporcionam a oportunidade, para que os vários setores da Universidade desenvolvam programas de pesquisas e de prestação de serviços, desta forma melhor capacitando-os e viabilizando a Universidade para cumprir o seu papel com a sociedade.

Pelos inúmeros serviços prestados, a ATECEL® foi

declarada de Utilidade Pública pela Lei Estadual No 3.738 de 20.12.1974 e pela Lei Municipal No 03-D/74-GP de 15.03.74. A ATECEL® é marca registrada e membro da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica Industrial (ABIPTI).

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48 anos apoiando e viabilizando o crescimento de Campina Grande, da Paraíba, do Brasil

ATECEL - TRABALHANDO EM PROL DO DESENVOLVIMENTO DESDE 1967

GENTE QUE FAZ CAMPINA GRANDE

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35Junho 2015 | Volume 3

Olá, a partir desta edição da revista Campina Século e Meio, vamos ocupar este espaço para fornecer

informações úteis sobre a utilização dos produtos naturais para melhorar nossa qualidade de vida.

O uso de produtos naturais não elimina a consulta médica nem os procedimentos

por uma vida

+SALUTARrecomendados por esses profissionais, porém o uso adequado desses produtos tem contribuído muito para termos uma vida saudável. Falo por experiência própria, pois faço uso constante e comercializo produtos naturais há 28 anos.

Nesta primeira página vamos abordar três temas que são ligados diretamente ao nosso corpo e consequentemente a nossa saúde, são eles:

“Água milagrosa”

1

A fonte natural da Vitamina D é o sol. Infelizmente hoje é preciso muita cautela para se expor ao sol, a camada de ozônio (protetora) já não filtra totalmente os raios ultravioleta que são muito perigosos para a saúde humana. A solução é ingerir a Vitamina D em capsulas ou liquida.

Essa poderosa vitamina ativa mais de 200 substancias que reforçam o nosso sistema imunológico tão debilitado na atualidade. É preciosa para o fortalecimento dos ossos, evitando a osteoporose.

A Vitamina D também previne mais de 100 doenças, entre elas o diabetes, mal de Alzheimer e o próprio câncer. Vejam bem, estamos falando em prevenção, não em cura.

Vitamina D

2

Se fossemos descrever todas as qualidades desta planta maravilhosa as páginas desta revista não seriam suficientes. A Babosa ou Aloe Vera é uma dádiva da natureza, um presente de Deus para a humanidade. É um vegetal 100% solar, quer dizer se alimenta dos raios solares. Não por acaso é tida como a Rainha das Plantas Medicinais.

Eis algumas das suas ações benéficas comprovadas:• É um anti-inflamatório muito eficaz.• A Babosa, quando ingerida, limpa e purifica o sangue

no fígado e age sobre o intestino eliminando os resíduos (fezes) que o organismo não consegue expelir. É também um coagulante do sangue em cortes e feridas. É um regenerador celular e tem efeito antibiótico.

• Quando aplicada em feridas e queimaduras, penetra na pele e restitui os fluidos sem impedir que a oxigenação chegue até a ferida, acelerando assim o processo de cura e reduzindo o tamanho da cicatriz.

Você pode usar a Babosa em sua forma natural, veja como neste link: www.mialoevera.com (tudo sobre essa benesse da natureza)

Se preferir, existe a Babosa/Aloe envasada, é a “Forever Aloe Vera- Gel -100% estabilizado”.

Cada um de nós é responsável pela própria vida. Vamos cuidar da saúde e até a próxima edição.

Babosa ou Aloe VeraVocê já deve ter ouvido falar de água alcalina. Essa água é

muito boa para a saúde, pois desacidifica o corpo e elimina toxinas.

Existem filtros especiais que alcalinizam a água, mas você pode fazer isso sem o uso de filtros. A receita é bem simples: em 20 litros de água, você vai colocar:

• 10 gramas de cloreto de magnésio P.A• 10 gramas de bicarbonato de sódio• 10 gramas de flor do salPara fazer essa água alcalina, recomendamos que você use

um botijão de 20 litros de água mineral (a mineral sem flúor é melhor) Coloque os ingredientes citados, agite um pouco o recipiente e a água já pode ser consumida. Para saber mais sobre a água alcalina (conhecida como “água milagrosa”) acesse:

www.aaguadasaude.com.br/lairribeiro/#aguaalcalina

3

Você encontra Mércia todos os dias da semana na :A Salutar, Avenida Floriano Peixoto 725, Centro - Campina Grande

Mércia Xavier Batista

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36 Campina - Século e Meio

GRÁFICAJB

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TALENTOS DE CAMPINA

Carla Cristina de Sousa Santos nasceu em Campina Grande, Paraíba em 27 de Novembro de

2001 no Hospital Infantil “Clipsi”. Ela é a 3º filha dos professores Carlos Roberto da Silva Santos e Elaine Cristina de Sousa Gomes. Carla nasceu prematuramente aos oito meses de gestação.

Aos três anos, ela começou a praticar Ballet na Fundação Suellen Caroline por influência de sua irmã, Ana Gabriela, que já praticava a dança há dois anos. Após quatro anos, uma das professoras da Fundação decidiu abrir seu próprio Studio de Dança. Surgiu então o Studio Fernanda Barreto para onde Carla Santos foi continuar sua trajetória na arte do Ballet.

No ano em que completaria 10 anos de idade, a Companhia de Teatro Bolshoi do Brasil, uma das maiores companhia do mundo com sede na Rússia tendo uma única filial no mundo apenas no Brasil, veio fazer uma seletiva em Campina Grande.

Após participar da seletiva e ser aprovada, Carla Santos seguiu para Joinville para a segunda etapa, de onde veio aprovada e cheia de esperança em poder iniciar uma carreira na Escola de referência mundial no Ballet clássico. Partindo dela a decisão de ir, seus pais apenas apoiaram e patrocinaram sua moradia e manutenção na cidade da Dança e Arte.

Hoje aos treze anos e no terceiro ano Bolshoi, Carla está participando de um dos eventos mais importante da história da Companhia no Brasil: A

comemoração dos quinze anos do Bolshoi no Brasil. Ela estará participando dos dois dias de apresentações. Isto mostra seu crescimento dentro da Escola, além de seu talento aprimorado pela Companhia nestes últimos anos.

Carla é uma defensora da cultura nordestina no sul, especialmente da cultura paraibana e campinense na região baixa de nosso mapa. Ela tem sido uma referência para muitas crianças e jovens de todo Brasil por sua delicadeza, simpatia e sensibilidade em ver nos outros um amigo e um irmão que pode contribuir para que ela possa melhorar como pessoa e como artista.

Carla sempre passa as férias com sua família em Campina Grande nos meses de julho e dezembro quando volta a ser a filha dos professores que têm muito orgulho dela e de seus irmãos, Ana Gabriela que trocou o Ballet pelo Karatê e faz curso técnico em enfermagem e Gabriel Ricardo, universitário. Carla Santos é um talento de Campina Grande que precisamos conhecer e aplaudir. Assim como Ana Botafogo podemos ter a nossa Carla Campinense. Ela é uma criança que chora de saudade de seus pais e de seus irmãos. Tal sentimento é amenizado por sua avó, Maria Lúcia, que sacrificou sua vida em Campina Grande para apoiar o sonho de sua neta indo morar com ela.

Quando Lair Ribeiro em seu livro “O sucesso não ocorre por acaso” nos dá um exemplo, pelo título, que não podemos alcançar metas sem sacrifício de parte a

parte, parece até que Carla foi influenciada por ele e Lincoln que diz: “Somente o homem dentre todas as criaturas da terra pode mudar seus padrões de pensamentos e tornar-se o arquiteto de seu destino”.

Essa Garota é um exemplo para todos que tentam desistir quando encontram um obstáculo, o dela é de dois mil quilômetros e mesmo assim ela supera cada sentimento negativo com muito trabalho para se tornar a melhor representante da sua família e de sua cidade.

CARLA SANTOS: UM SONHO CAMPINENSE EM JOINVILLE

POR CARLOS SANTOS

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38 Campina - Século e Meio

Pede-me um leitor que conte alguns casos por mim resolvidos, durante o tempo em que

estive na Delegacia de Polícia.

Ah, meu estimado companheiro, se você soubesse o que se passa ali, se você visse o que eu vi!

Meu irmão, uma delegacia de Polícia é um mundo tecido de lágrimas e de medo; de sangue e desespero. É uma noite que

QUERO É ESQUECER

CHICO MARIA

daquela mãe, de joelhos, aos meus pés, a implorar, com o rosário entre as mãos, a liberdade do filho;

do ferrolho das celas a gemer como um grito solitário, perdido na imensidão dos corredores;

dos mortos sem nome, os corpos rasgados na pedra fria e tendo os olhos sem luz;

Eu quero é uma manhã banhada de sol e uma criança a sorrir. A vida a girar como uma ciranda de amor.

É ouvir Joventina a cantar uma cantiga de ninar, tendo no colo a filha que não nasceu louca;

É ver “Tião” a correr, a brincar a vida, trazendo, no rosto-criança, um riso de inocência;

É ver Juvenal a gargalhar para o mundo, nas mãos calejadas, na mensagem de paz e liberdade.

Eu quero é esquecer o que fui e o que vi, para que eu possa, novamente, olhar a manhã que surge como uma aurora nova de esperança e amor.

não acaba nunca.Quero é esquecer.Esquecer os gritos de

Joventina, a Louca, a jogar de encontro às grades, o corpo que mal desabrochava dos quinze anos, enquanto em seu rosto moreno nascia uma rosa de sangue;

de “Tião”, o menino a chorar de fome e de medo;

de Juvenal, o operário a rasgar com as próprias mãos, o rosto, em fúria, no delírio da maconha como uma visão do inferno;

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39Junho 2015 | Volume 3

Page 40: Campina Século e Meio -  Volume 3

40 Campina - Século e Meio

Transporte de passageiros por mototaxi, ônibus e taxi feito por mais de cinco mil pais de familias

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