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MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE
Toda cidade tem sua história ligada a um princípio, um
porto, uma estação de estrada de ferro ou próxima a um curso
d’água. Campo Grande nasceu nas margens dos córregos
Prosa e Segredo.
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Hidrografia Urbana
José Antônio Pereira, natural
de Minas Gerais, residente na cidade
mineira de Monte Alegre, empreendeu
sua primeira viagem rumo ao sul da
então Província de Mato Grosso, à
procura de um lugar para praticar a
agricultura e a pecuária.
21 de junho de 1872
Antes da chegada de José Antônio Pereira esta área servia apenas como
passagem. Era completamente desabitada, fazia parte de um "grande vazio“.
José Antônio Pereira, traçando os limites do
povoado, denominou-o ARRAIAL DE SANTO
ANTÔNIO DO CAMPO GRANDE, em
homenagem ao Santo de sua devoção.
O entusiasmo dos primeiros habitantes contagiava a todos,
pois diariamente chegavam mais pessoas para aumentar as atividades
da povoação, dedicando-se à lavoura, à criação e ao comércio em
geral.
Entre estes, Antônio Augusto de Carvalho, Bernardo Franco
Baís, Joaquim Vieira de Almeida e muitos outros, contribuíram na
formação de nossa gente.
Em princípios de 1889, atendendo ao apelo dos habitantes,
chegou o inesquecível mestre José Rodrigues Benfica que abriu, em
nossa terra, a primeira escola.
Depois de antigas e insistentes reivindicações,
posição estratégica, e por ser passagem obrigatória para
quem fosse do extremo Sul do Estado a Camapuã ou ao
Triângulo Mineiro, o governo estadual assina a
resolução de emancipação da vila, elevando-a a
município de Campo Grande em 26 de agosto de 1899.
Acredita-se que foi Joaquim Vieira de Almeida, a pessoa
mais culta da vila, que fez esse pedido.
O povoado de Campo Grande cresce e prospera com o comércio de
gado, proporcionado pelo estabelecimento da fazendas de criação em suas
imediações e nos campo limpos de Vacarias, hoje Rio Brilhante.
Com a construção da estrada
boiadeira, por Manoel da Costa Lima,
que ia de Campo Grande até as
barrancas do Paraná, as boiadas
passaram a dirigir-se também para
São Paulo, abrindo novo mercado
para o gado da região e novas
oportunidades de intercâmbio
comercial.
Torna-se um centro de comercialização de gado, de onde partiam
comitivas conduzindo boiadas para o Triângulo Mineiro e o Paraguai.
Outro fator de progresso para Campo Grande foi a chegada da
Estrada de Ferro da Noroeste do Brasil, em 1914.
Foi um marco decisivo para o crescimento da cidade, que despontava
como uma das mais progressistas do Estado. Funcionando como empório
comercial e centro de serviços de uma vasta região, Campo Grande
desenvolvia-se e firmava sua liderança no sul do Estado.
Ferrovia Noroeste do Brasil
A ferrovia significava progresso e civilização, transportadas sobre trilhos,
acabando com a morosidade dos transportes feitos em carretas de bois ou lombos
de burros, que na verdade, ficava impossível nas épocas de chuvas.
O contrato assinado entre o governo federal e a
Companhia de Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, permitiu a
esta companhia interferir na estruturação de área urbana,
elaborando para aquelas cidades situadas no traçado ferroviário,
um planejamento para disciplinar a ocupação urbana e sugerir às
Intendências Municipais, um Código de Postura, no qual, além de
estabelecer diretrizes de ocupação, define algumas medidas de
higiene e saúde pública.
Com isso, as cidades ganham um traçado xadrez onde,
além de reordenar a aglomeração existente, prevê a expansão
urbana.
A malha urbana de Campo Grande inicialmente concebida por um sistema viário em xadrez, com largas e extensas ruas e avenidas.
Planta do rocio - 1910
Inicialmente a ocupação
urbana de Campo
Grande se deu entre os
córregos Prosa e
Segredo.
Em Campo Grande o planejamento urbano sugerido pela Companhia de
Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, estabeleceu um centro onde se localizam as
casas comerciais, residências, sede de alguns órgãos públicos, previu a criação
de bairros, entre eles, o bairro ferroviário que abrigaria o conjunto de serviços e
residências de seus trabalhadores.
Mais tarde, em 1921, este planejamento permitiu a expansão da cidade
com o surgimento do bairro Amambaí. Este bairro, inicialmente, destinava-se
ser ocupado pelas residências e unidades militares da Circunscrição Militar.
A regularização das viagens ferroviárias facilitou a exportação do
gado, madeira e a importação de produtos industrializados, e propiciou,
também, aos campo-grandenses mais conforto nas viagens de negócio e lazer.
Após a ferrovia, alguns fazendeiros sul-mato-grossenses fixaram
residência em Campo Grande, para melhor dirigir seus negócios e ao mesmo
tempo, se inteirar dos acontecimentos políticos locais, estaduais e federais.
A ferrovia favoreceu a transferência do eixo econômico Cuiabá e
Corumbá, por meio do rio Paraguai, para Campo Grande e São Paulo.
Simultaneamente, à regularização das viagens
ferroviárias, o governo federal, em 1921, por meio do Ministério
da Guerra Pandiá Calógeras, transferiu de Corumbá para Campo
Grande, o comando da Circunscrição Militar.
Este conjunto congregaria todas as unidades militares
sediadas no Estado de Mato Grosso. Campo Grande assume o
“status” de capital militar.
A transferência, em 1921, do Comando da Circunscrição
Militar, até então sediado em Corumbá, e a construção que essa
transferência ensejou, dos quartéis e outros estabelecimento
militares, na cidade, foi outra iniciativa que contribuiu para o
desenvolvimento de Campo Grande e para a afirmação de sua
liderança no estado do Mato Grosso.
• A configuração urbana radial onde praticamente todos os acessos convergem para o centro, reforçam a centralidade comercial e de serviços que caracterizam a cidade de Campo Grande desde a década de 60.
Planta dos anos 70
Evolução urbana
Área urbana e rural do município de Campo Grande
Área Urbana
Área Rural
O município de Campo Grande possui 360 km² de área urbana e 8.118,4 km² de área rural.
Mapa político de Campo Grande
O município de Campo Grande está localizado na porção central do Mato Grosso do Sul. Dois distritos fazem parte do município: Anhanduí e Rochedinho.
A área do município é de 8.096 km², com uma população de 724,524 (2007).
Rochedo