Canal Moz nr 1576

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  • 7/24/2019 Canal Moz nr 1576

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    www.canalmoz.co.mz | ano 7 | nmero 1576 | Maputo, Quarta-Feira 4 de Novembro de 2015

    Director:Fernando Veloso | Editor:Matias Guente | Propriedade da Canal i, lda

    Sede:Av. Samora Machel n. 11 - Prdio Fonte Azul, 2 Andar , Porta 4, MaputoRegisto:18/GABINFO-DEC/2009

    e-mail:[email protected] | [email protected]:823672025 - 823053185

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    Na provncia de Manica

    Polcia confrma morte de civis nasconfrontaes com a Renamo

    Maputo (Canalmoz) Desde asemana passada que os confron-tos militares voltaram ao centro dopas, com a activao por parte doGoverno de uma campanha de des-militarizao da Renamo fora.Desde ento, tem havido confron-

    tos dirios nas provncias de Sofa-la, Tete, Manica e Zambzia, comrelatos de mortos civis e militares

    O porta-voz da Polcia no Co-mando-Geral, Incio Dina, admi-tiu pela primeira vez a morte decivis durantes as confrontaesnos distritos de Macate Gondola e

    Vandzi, na provncia de Manica.Dina que, na tera-feira, falava

    imprensa na habitual sesso de infor-mao semanal, no indicou o nme-ro de vtimas civis, mas disse que, emalgumas zonas onde houve confron-taes, foram encontrados corpos de

    civis, que se presume que tenhamsido alvejados por balas perdidas.

    Falando concretamente de Zimpi-ga, em Gondola, Incio Dina disseque os civis mortos foram identica-dos pela populao, que depois co-municou Polcia. Dina armou queas mortes foram causadas por balas.

    Esta caracterstica de confronto aca-ba criando cenrios em que possamter-se nmeros x ou y de mortes,que depois possam evoluir, disse.

    O porta-voz da Polcia no Co-mando-Geral informou que nes-te momento h disparos em zonas

    rurais e nas matas. Alm dos re-gistos em Manica, temos outroscasos em Moatize (Tete) e Morrum-bala (Zambzia). As confrontaesregistam-se onde h matas, mas,nalguns casos, as populaes soalvejadas e no perdem vida nes-ses espaos, disse. (Cludio Sate)

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    ano 7 | nmero 1576 | 4 de Novembro de 20152

    www.canalmoz.co.mz

    Maputo (Canalmoz) A bancadaparlamentar do Movimento De-mocrtico de Moambique apre-sentou um pedido de informao

    EMATUM (Empresa Moambicanade Atum), requerendo documentossobre a constituio desta empre-sa, incluindo o estatuto publicadono Boletim da Repblica, o despa-cho do Conselho de Ministros paraa sua constituio, contratos ouacordos de nanciamento e a listado patrimnio adstrito empresa.

    A iniciativa do MDM de pedir in-formao EMATUM decorre da

    alnea d) do Artigo 173 da Consti-tuio da Repblica, que diz que odeputado pode requerer e obter doGoverno ou das instituies pbli-cas dados e informaes necess-

    rios ao exerccio do seu mandato.O pedido foi rejeitado pela

    EMATUM, alegadamente por-que ela uma empresa priva-

    da e sem obrigao de satisfa-zer o pedido dos deputados.

    Na altura, O Canalmoz noti-ciou que a EMATUM estava a vio-lar a Lei do Direito Informao,que obriga ao fornecimento deinformao de interesse pblico.

    Uma deliberao com o n1/2015 do Conselho Superior daComunicao Social, referente aoparecer sobre o pedido de infor-

    mao do MDM EMATUM, veioconrmar a informao divulgadapelo nosso jornal de que a empre-sa criada de forma obscura e cor-rupta pela trade Armando Guebu-

    za, Manuel Chang e Filipe Nyusi,e que endividou o Estado em 850milhes de dlares, no respei-tou a Lei do Direito Informao.

    A Lei do Direito Informa-o, aprovada no ano passado,abrange entidades privadas querealizem actividades de interes-se pblico ou que, na sua acti-vidade, beneciem de recursospblicos de qualquer provenin-cia e tenham em seu poder in-formao de interesse pblico.

    Usando subterfgios para sone-gar informao aos deputados, na

    sua fundamentao a EMATUMdizia que o legislador foi paraalm daquilo que a Constituioestabelece, ao incluir instituiesprivadas. A EMATUM dizia ain-

    Por se recusar a fornecer informao requerida pelo MDM

    CSCS diz que EMATUM violouLei do Direito Informao

    Maputo (Canalmoz) A cidade deMaputo est debaixo de ventos for-tes nos ltimos dias. As Linhas A-reas de Moambique comunicaramque, se a situao continuar, alguns

    voos sero cancelados ou adiadospor motivos de segurana. Devidoa situaes meteorolgicas, nome-adamente ventos fortes que afec-tam a operacionalidade segura das

    aeronaves, a realizao dos voosest condicionada e, em algumascircunstncias, sujeita ao cancela-mento, l-se num comunicado en-viado nossa redaco.(Redaco)

    LAM poder cancelar ou adiar voos

    devido ao vento

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    ano 7 | nmero 1576 | 4 de Novembro de 20153

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    da que uma sociedade privadavocacionada ao exerccio de umaactividade comercial e regida peloDireito Comercial e demais legis-lao aplicvel e que por isso noestava abrangida pelo regime de

    instituies pblicas. Era o truquede uma empresa que, desde a suaconstituio, nunca respeitou aConstituio da Repblica e a de-mais legislao em vigor no pas.

    Mas o Conselho Superior da Co-municao Social refere na suadeliberao: Torna-se evidente

    que a EMATUM acha-se vinculadapela Lei do Direito Informao.

    A EMATUM uma empresaparticipada pelo Estado em 34%,atravs do IGEPE (Instituto de Ges-to das Participaes do Estado).

    Segundo o CSCS, a EMATUMpreenche trs dos pressupostosprevistos na lei em causa, entreos quais: por contrato derivado dopapel do Estado enquanto accionis-ta maioritrio e seu avalista; pelanatureza das actividades que rea-liza, que so de interesse pblico.

    O Conselho Superior da Co-municao Social refere, na suadeliberao, a obrigatoriedade,pela Lei do Direito Informa-o, de divulgao de informa-o de interesse pblico por parte

    de entidades por ela vinculadas.O CSCS arma que o pedidode informao enviado pela ban-cada parlamentar do MDM em-presa EMATUM legtimo e estcoberto pela lei. E diz que deverda EMATUM fornecer a informa-o solicitada. (Andr Mulungo)

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    Maputo (Canalmoz) O Minist-rio da Sade vai divulgar esta ma-nh, em Maputo, os resultados doinqurito sobre as causas da morte

    de 75 pessoas em Fevereiro desteano na vila de Chitima, distrito deCahora Bassa, na provncia de Tete.

    O facto foi tornado pblico on-tem, em Maputo, por MouzinhoSade, vice-ministro da Sade, quefalava aos jornalistas na qualida-de de porta-voz do Conselho deMinistros, no nal da 39.a sessode trabalho deste rgo do poder.

    Mouzinho Sade disse que o

    relatrio da equipa constitu-da para investigar o caso j foiconcludo e apresentado on-tem ao Conselho de Ministros.

    Aquando da ocorrncia da tra-

    gdia em Fevereiro, as autoridadesadmitiram que as mortes podiam tersido causadas pelo consumo de umabebida tradicional designada pom-

    be, que podia estar envenenada.

    Ontem, o porta-voz do Governono informou nada sobre o conte-do do relatrio. Porm uma fonte doMinistrio da Sade disse ao nossojornal que os resultados produzidospela equipa de investigao indi-cam como causa a falta de cuidadosde higiene, pois no foram detecta-dos indcios de presena de veneno.

    Filhos das vtimas em situaodifcil

    Entretanto, 120 crianas, lhos das

    vtimas da tragdia provocada peloconsumo do pombe, originriasde cerca de 30 famlias, vivem emsituao difcil, estando desprovidas

    de meios de sobrevivncia, na vilade Chitima, sede distrital de CahoraBassa, em Tete. Deste grupo, per-to de 30 j abandonaram a escola.

    Alm disso, conforme depoimen-tos de sobreviventes recolhidosrecentemente no local, dezenasde vivas queixam-se de que asfamlias dos seus falecidos mari-dos esto a acus-las de feitiaria

    e a expuls-las das casas onde vi-vem, e que foram construdas poressas mesmas vivas, juntamentecom os seus maridos, quando es-tavam vivos. (Eugnio da Cmara)

    Governo diz que tragdia causada pelopombe foi devida a falta de higiene

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    ano 7 | nmero 1576 | 4 de Novembro de 20154

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    Maputo (Canalmoz) O Gover-no diz que, como resultado dasaces de scalizao que temvindo a desencadear para pr m caa furtiva no pas, foi possvel,s este ano, neutralizar 158 caa-dores ilegais e apreender 55 ar-mas de fogo de diversos calibres.

    Os dados governamentais sobrea situao da caa furtiva em Mo-ambique, ontem tornados pblicospelo Conselho de Ministros, indicamque, ainda este ano, foram apreen-didos 75 quilos de cornos de rino-ceronte e 1134 quilos de marm.

    Segundo diz o Governo, no mes-mo perodo foram incinerados1935 quilos de cornos de rinoce-ronte, 2199 quilos de marm em

    bruto e 236 quilos de marm jprocessado. No foram anuncia-das as quantidades destes mate-riais desaparecidos nos corredo-res da segurana governamental.

    Esta semana, num programa ra-diofnico, o ministro da Terra Am-biente e Desenvolvimento Rural,Celso Correia, disse que a caa fur-tiva no pas reduziu em quase 50%nos primeiros nove meses deste ano.

    Em Junho deste ano, a Procurado-ria-Geral da Repblica de Maputoanunciou a deteno de quatro sus-peitos de envolvimento no trcode cornos de rinoceronte e de mar-m na maior operao relacionadacom caa furtiva em Moambique.

    Na altura, no foi revelada a

    identidade nem nacionalidadenem a instituio onde trabalhamos detidos, que se juntavam a qua-tro polcias, a um funcionrio daDireco Provincial de Terra, Am-biente e Desenvolvimento Rural naprovncia de Maputo e a dois civisdetidos a 26 de Maio pela Pol-cia da Repblica de Moambique.

    Aps um primeiro anncio sobreseis detidos pela Polcia, segundo

    a Procuradoria-Geral da Repblicada provncia de Maputo o nmerototal de suspeitos presos no mbi-to deste caso aumentou para onze.

    Centenas de pontas de marfmrecuperadas na Matola

    Uma operao realizada em Mar-o por vinte polcias e uma equipado Ministrio da Agricultura num

    condomnio na Matola culminouna descoberta de 340 pontas demarm, correspondentes a 1160quilos, e 65 cornos de rinoceron-te, correspondentes a 124 quilos.

    A 27 de Maio, a PRM anunciou aconrmao do desaparecimento,no dia 22 de Maio, de 12 dos 65

    cornos de rinoceronte que tinhamsido apreendidos na Matola. Na altu-ra, a Procuradoria-Geral da Repbli-ca no divulgou as identidades dossuspeitos, mas disse que os cornosestavam na posse da Direco Pro-vincial da Polcia de Investigao Cri-minal aquando do desaparecimento.

    Na mesma ocasio, as autoridadesanunciaram nomes de alguns suspei-tos detidos pela Polcia em conexo

    com o caso, nomeadamente: Calisto,inspector da PRM que tambm erachefe da brigada da PIC; FaustinoArtur, inspector-principal da PRM;Victor Lus Arone, sub-inspector daPRM; Tadeu Gaspar, sargento daPRM; Elias Matusse, da DirecoProvincial de Terra Ambiente e De-senvolvimento Rural na provncia deMaputo; e os civis Zefanias Aurlio eJohn Chaque. (Eugnio da Cmara)

    Governo anuncia resultados nocombate caa furtiva

    Beira (Canalmoz) Dois agentesda empresa de segurana priva-da denominada Security Servi-ce esto detidos, desde ontem,

    nas celas da segunda esquadrada ponta geia na cidade da Bei-ra, acusados de estarem envol-vidos em assaltos a residncias

    com recurso a armas de fogo.Segundo o porta-voz do co-

    mando provincial da PRM emSofala, Daniel Macucua, os im-

    Na cidade da Beira

    Agentes de segurana implicadosem assaltos mo armada

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    plicados assaltavam residn-cia e singulares em via pblica.

    Os dois foram detidos numa re-sidncia localizada no Bairro de

    Nhamudima, quando acabavamde assaltar um cidado na viapblica, a quem haviam rouba-do 43.000 meticais em dinheiro.

    Macucua diz que os detidos fa-zem parte de uma quadrilha com-posta por cinco elementos, e ou-tros trs esto foragidos. (Jos Jeco)

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    Maputo (Canalmoz) O Governovai Assembleia da Repblica hoje,quarta-feira, para a habitual sesso

    de informaes. Vai dizer aos depu-tados e ao povo moambicano o quetem vindo a fazer nos ltimos temposem todas as suas reas de actuao.

    O Canalmoz ouviu as ex-pectativas dos deputados.Jos Lopes, deputado da Re-

    namo, disse que as expectativasso positivas, mas depois h de-cepo na hora da concretiza-o, e que a sua bancada no

    se vai surpreender se o Governoapresentar informaes evasivas.A grande questo da Renamo para

    a sesso de hoje de querer saberporqu se fala de paz e de dilogocom a Renamo e os discursos do

    comandante-geral da Polcia e doministro do Interior vo em sentidocontrrio a isso. Jos Lopes diz que

    a sua bancada est ainda preocupa-da com o silncio hipcrita do Pre-sidente da Repblica. A Renamoconsidera que, sendo o Presidenteda Repblica o comandante-chefedas Foras de Defesa e Segurana,j deveria ter-se pronunciado so-bre as duas emboscadas a AfonsoDhlakama, em Setembro, e sobre ocerco residncia deste, no Bairrodas Palmeiras, na cidade da Beira.

    A Renamo diz que o Governodeve dizer o tipo de dilogo quepretende com a Renamo, se, ao mes-mo tempo, ataca os seus homens.

    A bancada parlamentar da Frelimoespera ouvir informaes do Gover-

    no sobre as aces correntes ou fu-turas tendentes a estancar a onda deperseguies e assassinatos de cida-

    dos albinos. Edmundo Galiza MatosJr., porta-voz daquela bancada, dizque esta est preocupada com a cri-minalidade no seu todo e com a de-teno e responsabilizao dos au-tores dos crimes que assolam o pas.

    As expectativas do MDM para asesso de hoje concentram-se so-bre aquilo que considera ser a ges-to danosa das empresas pblicase de algumas participadas pelo Es-

    tado. O MDM insiste em pedir es-clarecimentos sobre a criao daEMATUM, o seu funcionamento ea forma de pagamento da dvida de850 milhes de meticais, que teveo aval do Estado. (Andr Mulungo)

    Governo vai hoje ao parlamento prestarinformaes aos deputados

    A Renamo diz-se indignada com o silncio do Presidente da Repblica sobre os ataques deque Afonso Dhlakama tem sido vtima, e espera ouvir o modelo de dilogo que o Governo

    pretende ao atacar continuamente os seus homens.

    A bancada da Frelimo espera ouvir sobre as aces correntes e futuras contra a perseguioe assassinato de cidados albinos.