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71
CAPTULO 3
COMPONENTES SIMTRICOS
Prof. Jos Wilson Resende Ph.D em Sistemas de Energia Eltrica (University of Aberdeen-Esccia)
Professor titular da Faculdade de Engenharia Eltrica Universidade Federal de Uberlndia
3.1 - Anlise por componentes simtricos Em 1918, o Dr. Fortescue apresentou American Institute of Electrical Engineers o trabalho denominado Mtodo de Componentes Simtricos aplicado soluo de Circuitos Polifsicos. Este mtodo desde ento vem sendo largamente usado na anlise de funcionamento de circuitos eltricos desbalanceados. Embora o mtodo seja aplicvel a qualquer sistema polifsico desequilibrado, este curso tratar especificamente de sistemas trifsicos. De acordo com o ento denominado Teorema de Fortescue, trs fasores, desequilibrados, de um sistema podem ser substitudos por trs sistemas equilibrados de fasores. Os trs conjuntos equilibrados so: 1. Componentes de sequncia positiva, consiste de 3 fasores iguais em
mdulo, defasados de 120o, e tendo a mesma sequncia que os fasores originais.
2. Componentes de sequncia negativa, consistindo de 3 fasores iguais em mdulo, defasados de 120o, e tendo a sequncia da fase oposta a dos fasores originais.
3. Componentes de sequncia zero, constitudo de 3 fasores iguais em mdulo com defasagem de 0o entre si.
Assim, se um sistema tem a sequncia de fases abc, as sequncias de fases dos componentes de sequncia positiva e negativas, sero respectivamente abc e acb. Exemplo: sejam 3 fasores originais de tenso, Va, Vb e Vc , que sero decompostos nos trs conjuntos abaixo:
72
Vc1 Va1
Vb1
Va2
Vc2
Vb2Va0
Vb0Vc0
seq. (+) seq. (-) Seq. (0)
Figura 3.1 - A soma grfica dos 3 sistemas dar:
...............................
Va0
Va2
Va1
Va
Vc1
Vc2Vc0
Vc
Vb1Vb2
Vb0Vb
REFERNCIA
Figura 3.2 -
Da fig. 3.2 tira-se que: Va = Va1 + Va2 + Vao (3.1) Vb = Vb1 + Vb2 + Vbo (3.2) Vc = Vc1 + Vc2 + Vc0 (3.3) 3.2 - Operadores bastante conhecido que o operador j produz rotao de 90o e que o operador -1 provoca rotao de 180o. Sabe-se tambm que duas aplicaes sucessivas do operador j produzem rotao de 90o + 90o, ou seja: j x j = j2 produz rotao de 180o. Logo: j2 = -1. Algumas das muitas combinaes do operador j so mostradas a seguir: j = 1/90o = 1/-270o = 0 + j1 j2 = 1/-180o = 1/-180o = -1 + j0 = -1
j + j2 = 2/135o = 2/-225o = -1 + j1 j + j3 = 0 - 0 + j0
73
j3 = 1/270o = 1/-90o = 0 = j1 = -j j4 = 1/360o = 1/0o = 1 + j0 =1 j5 = 1/450o = 1/90o = 0 + j1 = j
j - j2 = 2 /45o = 2 /-315o = 1 + j1 j = j3 = 2 /90o = 2 /-270o = 0 + j2
Outro operador til o operador a, que causa uma rotao de 120o no sentido anti-horrio: a = 1 /120o = 1 ej 2/3 = -0,5 + j0,866 Aplicando-o duas vezes haver uma rotao de 240o, trs vezes 360o. Algumas das muitas combinaes do operador a so mostradas a seguir: a = 1 /120o = -0,5 + j0,866 a2 = 1 /240o = -0,5 = -j0,866 a3 = 1 /360o = 1 + j0 a4 = 1 /120o = -0,5 + j0,866 = a 1 + a = 1 /60o = 0,5 + j0,866 = -a2
1 - a = 3 /-30o = 1,5 - j0,866 1 + a2 = 1 /-60o = 0,5 - j0,866 = -a a + a2 = 1/180o = - 1 - j0 a - a2 = 3 /90o = 0 + j1,732 1 + a + a2 = 0 = 0 + j0
A fig. 3.3 mostra diversos fasores operados por a:
60o60o60o
a - a2
a2 - a
1, a3-1, - a3
Figura 3.3 -
IMPORTANTE: Enquanto que +j significa rotao de +90o e -j rotao de -90o, para o operador a no se pode fazer afirmao anloga: a = 1/120o -a = 1 /120o . 1 /180o = 1 /300o = 1 /-60o 3.3 - Componentes simtricos de fasores assimtricos Retomando as equaes (3.1), (3.2) e (3.3): Va = Va1 + Va2 + Va0 (3.1) Vb = Vb1 + Vb2 + Vb0 (3.2) Vc = Vc1 + Vc2 + Vc0 (3.3) Usando o operador a e os conceitos tirados das figuras anteriores:
74
V a V V aV
V a V V a VV V V V
b a c a
b a c a
b a c a
12
1 1 1
2 2 22
2
0 0 0 0
= == == =
.
. (3.4)
Substituindo o conjunto de equaes (3.4) em (3.2) e (3.3), tem-se que o sistema de tenses Va, Vb e Vc poder ser assim reescrito: Va = Va1 + Va2 + Va0 (3.5) Vb = a2Va1 + aVa2 + Va0 (3.6) Vc = aVa1 + a2Va2 + Va0 (3.7) Matricialmente:
VVV
a aa a
VVV
a
b
c
a
a
a
=
1 1 1111
2
2
0
1
2
. (3.8)
Por convenincia, ser adotado que :
A = 1 1 111
2
2a aa a
(3.9)
Assim, a equao (3.8) poder ser assim ser escrita: [Vp] = [A] . [Vc] A matriz inversa de A ser:
A-1 = 13
1 1 111
2
2a a
a a
(3.10)
Por outro lado, pr-multiplicando a equao (3.8) por A-1:
A-1VVV
A AVVV
a
b
c
a
a
a
=
10
1
2
. .
Assim, as tenses de componentes simtricas, para a fase a sero:
VVV
a aa a
xVVV
a
a
a
a
b
c
0
1
2
2
2
13
1 1 111
=
(3.11)
A relao obtida de grande importncia, pois permite decompor 3 fasores assimtricos em seus componentes simtricos.
75
Desenvolvendo a equao matricial (3.11): Va0 = 1/3 (Va + Vb + Vc) (3.12) Va1 = 1/3 (Va + aVb + a2Vc) (3.13) Va2 = 1/3 (Va + a2Vb + aVc) (3.14) Os demais componentes simtricos (Vb0, Vc0, Vb1, Vb2, Vc1, Vc2) so obtidos pelas equaes (3.4). Observaes importantes: 1. A equao (3.12) mostra que, em circuitos trifsicos equilibrados,
no h componente de sequncia zero. 2. 3. As equaes (3.12), (3.13) e (3.14) valem tambm para corrente, tal
como abaixo ilustrado: Ia0 = 1/3 (Ia + Ib + Ic) (3.15) Ia1 = 1/3 (Ia + aIb + a2ic) (3.16) Ia2 = 1/3 (Ia + a2Ib + aIc) (3.17)
3. Em um sistema trifsico com condutor neutro, & & & &I I I In a b c= + + . Assim, de (3.15):
Ia0 = 1/3 In & &I In a= 3 0 (3.18) 4- Quando no h retorno pelo neutro, In nulo . Nestas condies, as
correntes de sequncia zero no existiro. Assim sendo, em uma carga ligada em (onde no h neutro), no h corrente de sequncia zero.
__________________________________________________________ Exemplo 1: Um condutor de uma linha trifsica est aberto. A corrente que flui para uma carga ligada em pela linha a de 10A. Tomando a corrente na linha a como referncia e a linha c aberta, determine os componentes simtricos das correntes de linha. Soluo: 0)(180/10);(0/10 === coboa IeAIAI &&& Das equaes (3.15), (3.16) e (3.17): Ia0 = 1/3 (10/0o + 10/180o + 0) = 0 A Ia1 = 1/3 (10/0o + 10/180o x 1/120o + 0) = 5,78/-30o A Ia2 = 1/3(10/0o + 10/180o x 1/240o + 0) = 5,78/30o A
76
Das equaes (3.4): Ib1 = a2Ia1 = 5,78/-150o [A] Ic1 = aIa1 = 5,78/90o [A] Ib2 = aIa2 = 5,78/150o [A] Ic2 = a2Ia2 = 5,78/90o [A] Ib0 = Ia0 = 0 Ic0 = Ia0 = 0 Comentrios: Embora Ic = 0 pois Ic1 + Ic2 = 0, os componentes Ic1 e Ic2 tm valores
diferentes de zero. A soma das componentes das correntes para a fase A deve dar 10/0o
[A] e as da fase B, 10/180o [A]. 3.4 - Potncia em termos de componentes simtricos: Conhecendo-se os componentes simtricos de corrente e tenso, pode-se obter, a partir destes, a potncia consumida: N = P + jQ = Va . Ia* + VbIb + VcIc* (3.19) Matricialmente:
N = S = [Va Vb Vc] III
VVV
xIII
a
b
c
a
b
c
ta
b
c
=
* 2
(3.20)
Ou seja, S = VLt . IL* OBS: Uma matriz conjugada constituda por elementos que so os
conjugados dos elementos originais. Introduzindo os componentes simtricos das tenses e correntes (eq. (3.8)
VL = A VVV
a
a
a
0
1
2
e IL = A III
a
a
a
0
1
2
na equao (3.20):
S = A [ ] .[ .] [ ] . [ ]* *VVV
AIII
AV AIa
a
a
ta
a
a
t0
1
2
0
1
2
=
Da lgebra matricial: [A . V]t = Vt . At Assim: S = Vt . At[AI}* = Vt . At . A* . I* (3.21) Da equao (3.9) nota-se que: At =A Sabe-se ainda que a e a2 so conjugados.
77
Portanto:
S = [Va0 Va1 Va2] 1 1 111
1 1 111
2
2
2
2
0
1
2
a aa a
a aa a
III
a
a
a
*
(3.22)
S = 3 [Va0 Va1 Va2] III
a
a
a
0
1
2
(3.23)
A equao (3.23) ficar: VaIa* + VbIb* + VcIc* = 3Va0Ia0* + 3Va1Ia1 + 3Va2Ia2* Ou seja:
[Va Vb Vc] III
V V VIII
S Sa
b
c
a a a
a
a
a
p c
=
=
*
[ ] [ ] [ ]3 30 1 20
1
2
__________________________________________________________ Exemplo 2: Dados: Va = 10/30o, Vb = 30/-60o e Vc = 15/145o determinar as componentes simtricas correspondentes. Soluo: Utilizando-se das equaes (3.12), (3.13) e (3.14): (3.12): Va0 = 1/3(Va + Vb + Vc) = 1/3(10/30o + 30/60o + 15/145o) = 5,60/-47,4 (3.13): Va1 = 1/3(Va + aVb + a2Vc) = 1/3(10/30o + a.30/-60o + 1/240o . 15/145o) = 17,6/45o. (3.14): Va2 = 1/3(Va + a2Vb + aVc) = 1/3(10/30o + 1/240o . 30/60o + 1/120o x 15/145o = 8,25/-156,2o As equaes (3.4) nos daro: Vb1 = a2 . Va1 = 17,6/75o Vc1 = a Va1 = 17,6/165o Vb2 = aVa2 Vc2 = a2Va2 Va0 = Vb0 = Vc0 3o Exemplo: Dadas as componentes simtricas: Va0 = 100/30o, Va1 = 220/0o e Va2 = 100/-60o, determinar as tenses Va, Vb e Vc. Soluo: O resultado ser obtido da equao (3.8):
78
VVV
a aa a
VVV
a aa
a
b
c
a
a
a
o
o
o
=
=
=
1 1 111
1 1 111 1
100 30220 0
100 60
2
2
0
1
2
2
2
//
/
Faa os clculos do produto matricial. 3.5 - Componentes simtricos das impedncias de linhas e cabos: 3.5.1 - Caso Geral Para a figura (3.5), as relaes para as correntes e tenses sero:
M ab = M ba
M bc = M cb
M ca = M ac
Z aa
Z bb
Z cc
V a
V b
V c
a
b
c
Figura 3.5
Va = ZaaIa + MabIb + MacIc Vb = MbaIa + ZbbIb + MbcIc Vc = McaIa + McbIb + ZccIc
Matricialmente: VVV
Z M MM Z MM M Z
III
a
b
c
aa ab ac
ab bb bc
ca cb cc
a
b
c
=
ou: [Vp] = [Zpp].[Ip] (3.24) Aplicando a Lei de OHM tambm para os componentes simtricos:
[Vc] = [Zcc] . [Ic] (3.25)
79
J foi visto anteriormente que:
=
c
b
a
a
a
a
VVV
xaaaa
VVV
2
2
2
1
0
11
111
31
Ou seja: [Vc] = [A-1][Vp] (3.26) Da mesma forma, a equao acima pode ser re-escrita para as correntes:
[Ic] = [A-1][ip] (3.27) Levando (3.26) e (3.27) em (3.25): [A-1][Vp] = [Zcc][A-1][Ip] Pr-multiplicando ambos membros por A: [Vp] = [A] [Zcc] [A-1] [Ip] (3.28) Fazendo a identidade de (3.28) com (3.24): [Zpp]= [A] [Zcc] [A-1]. Pr-multiplicando por [A-1]: [A-1] [Zpp] = [Zcc] [A-1] Ps-multiplicando esta ltima por [A]: Zcc] = [A-1] [Zpp] [A] (3.29) Matricialmente, (3.29) ficar:
[Zcc] = 1/3 1 1 111
1 1 111
2
2
2
2a a
a a
Z M MM Z MM M Z
a aa a
aa ab ac
ba bb bc
ca cb cc
(3.30)
3.5.2 - Circuito equilibrado Estando as trs fases equilibradas:
Zaa = Zbb = Zcc = Z Mab = Mba = Mcb = Mbc = Mac = Mca = M Substituindo na equao (3.30):
[Zcc] =1/3 1 1 111
1 1 111
2
2
2
2a a
a a
Z M MM Z MM M Z
a aa a
resolvendo esta:
80
[Zcc] = ( )
( )( )
Z MZ M
Z M
+
2 0 00 00 0
(3.31)
Como se v, a matriz de impedncia se diagonalizou. Caso o circuito no fsse equilibrado, a matriz acima seria totalmente cheia. A equao (3.31) pode ainda ser assim escrita:
[Zcc] = Z
ZZ
Z Z MZ Z MZ Z M
o o0 00 00 0
2
1
2
1
2
= += =
(3.32)
Reescrevendo a equao (3.25):
[Vc] = [Zcc] [Ic] =VVV
ZZ
Z
III
V Z IV Z IV Z I
o o o o o o
1
2
1
2
1
2
1 1 1
2 2 2
0 00 00 0
=
===
...
(3.33)
Significado fsico da equao (3.33): 1. Para sistemas equilibrados, a corrente de sequncia zero flui apenas
no circuito de sequncia zero; corrente de sequncia positiva no circuito de sequncia positiva; corrente de sequncia negativa no circuito de sequncia negativa.
2. A impedncia do circuito pelo qual circula a corrente de sequncia zero denominada de IMPEDNCIA DE SEQUNCIA ZERO, o mesmo acontecendo para as demais sequncias.
3. A f.e.m. produzida pelos geradores apenas de sequncia positiva.. Consequentemente, no caso de uma carga equilibrada, teremos somente corrente de sequncia positiva.
3.5.3 Diferenas entre Linhas e cabos
A soluo do sistema Z Z MZ Z MZ Z M
0
1
2
2= += =
, mostra que para as linhas
transpostas, Z0 maior que Z1 ou Z2 e que Z1 igual a Z2. Normalmente a impedncia de sequncia zero da ordem de 2,0 a 3,5 vezes o valor da impedncia de sequncia positiva ou negativa
81
(em linhas areas ou cabos de 3 condutores). Isso ocorre porque as correntes de sequncia zero esto em fase nos trs condutores. 3.6 - Impedncias de sequncia de transformadores e mquinas : 3.6.1 Transformadores 3.6.1.1 - Impedncia de sequncias positiva e negativa Como nas linhas de transmisso, as impedncias de sequncia positiva e negativa dos transformadores devem ser iguais entre s. Isso ocorre porque no h diferenas caso a energizao dos mesmos ocorra com tenses de seq. (+) ou (-). Por outro lado, nos transformadores Y/ de polaridade subtrativa, as tenses do lado ( ) sofrem um deslocamento angular, em relao s correspondentes tenses do lado(Y), de -30o para as tenses de sequncia positiva e de +30o para as correspondentes tenses de sequncia negativa. Esse assunto ser analisado, em maiores detalhes, no captulo 4. 3.6.1.2 - Impedncia de sequncia zero As impedncias de sequncia zero dos transformadores dependem da conexo dos enrolamentos e da forma construtiva do ncleo. Essas impedncias podem ser igual ou maior que as impedncias de sequncia positiva ou negativa (pode at ter um valor infinito). Quando a impedncia de seqncia zero for de valr finito, a circulao da corrente de seqncia zero no outro enrolamento do transformador depender da forma de conexo dos enrolamentos. As figuras a seguir ilustram isso:
Caminho para circulao da corrente
Camnho de Retorno
Gerador
L
L
L
L L
L
L
L
L
Figura 3.8 -
82
Caminhos de Retorno
Gerador
L
L
L
L
L
L
L
L
L
Figura 3.9 -
Gerador
L
L
L
L
L
L
L
L
Lno h
caminhos p/ correntede seq. zero
Figura 3.10 - Diagrama equivalente de sequncia zero para transformadores de 2 enrolamentos: Um diagrama simples pode ser usado para representar todos os diagramas unifilares de sequncia zero, para os transformadores:
L
L
Chavessrie
ChavesShunt
FontePonto de
faltaZ
Figura 3.11 -
Para utilizar o diagrama anterior, procede-se da seguinte maneira: Fechar a chave srie APENAS quando o enrolamento do lado desta
chave for em ESTRELA ATERRADO, que o que proporciona um circuito de retorno para a corrente que circula pela terra.
83
Fechar a chave shunt APENAS quando o enrolamento do lado desta chave for em DELTA, pois este proporciona um circuito fechado para a corrente de compensao de f.m.m.
EXEMPLOS DE OBTENO DE DIAGRAMAS DE SEQUNCIA ZERO DE TRANSFORMADORES: 1)
Figura 3.12 2)
Figura 3.13 3)
Figura 3.14 - 4)
Figura 3.15 -
84
5)
Figura 3.16 - Exemplo: Determine o circuito de sequncia zero do sistema:
N
M P
Q
T U
R SV X
W Z
Figura 3.17 - Soluo:
X
Z
VS
W
Z
UT
RL L
ZL L
LL
LL
L
P
Q
M
N Z
Figura 3.18 -
3.6.1.3 - Transformador de 3 enrolamentos O circuito equivalente idntico aquele para o transformador de 2 enrolamentos. A chave shunt fechada para o enrolamento em e a chave srie para a conexo Y :
85
LL
L
Z p
Z s
Z t
Z m CONEXO GERA
Figura 3.20 -
Seja o trafo Y//Y . O seu circuito de sequncia zero :
LL
L
Z p
Z s
Z t
Z m
P
S
F
T
TP
S
Figura 3.21 -
Para o trafo //Y
Figura 3.22 -
3.6.2 - Mquinas sncronas As impedncias de sequncia (+) e (-) das mquinas sncronas no so iguais entre s mesmo se a mquina for eletricamente equilibrada. Isto ocorre porque as tenses de sequncia (-), de sequncia de fases, por exemplo, ACB, quando aplicadas a uma mquina que gira e produz tenses de sequncia (+), de sequncia de
86
fases ABC, se comportaro como se houvesse uma outra mquina, dentro daquela primeira, porm, girando em sentido oposto. a) Impedncia de sequncia (+): Esta a impedncia normal da mquina. Toma-se o valor subtransitrio, transitrio ou sncrono,(conforme a natureza do problema. b) Impedncia de sequncia (-): A f.m.m. produzida pela corrente de sequncia (-) fluindo no estator , d origem a um campo rotativo, cujo sentido de rotao oposto quele do rotor, com a mesma velocidade sncrona , do rotor. Assim, o fluxo produzido varre rapidamente o rotor, induzindo correntes nos enrolamentos de campo, amortecedores e na superfcie do rotor, evitando assim que o fluxo penetre no rotor, e dando origem a um baixo valor de reatncia. Esse campo oposto tira a mquina do seu regime normal, provocando instabilidade, como se fosse colocada ou retirada carga da mquina. A impedncia Z2 varia continuamente do eixo d para o q, em consequncia, toma-se a mdia das reatncias sub-transitrias Xd e Xq:
Z2 = X Xd q
,, ,,+2
c) Impedncia de sequncia zero: A f.m.m. produzida pela corrente de sequncia zero ter o mesmo valor instantneo em todas as fases. Assim, para um enrolamento trifsico uniforme, a f.m.m. em qualquer ponto, ser a soma de 3 ondas senoidais idnticas, deslocadas entre si de 120o. Portanto o fluxo resultante zero e no haver reatncia, exceto aquela devido ao fluxo de disperso (e imperfeies no enrolamento). Consequentemente, a impedncia Zo ser composta da resistncia do enrolamento mais uma pequena reatncia. - Note-se a diferena do efeito da sequncia (0) nos trafos e nas
mquinas sncronas. Na figura 3.23 tem-se um gerador que alimenta uma carga
resistiva, atravs de uma linha. A representao deste gerador, em seus circuitos de sequncia (+), () e (0), est nas figuras 3.24, 3.25 e 3.26:
87
L R
L
L
R
R
X
XL
L
XLR L
R L
R L
A
Zg
Zg
ZgE a N
N N E a 120 o
E a 240 o
L
L LR
R
RL
L
L
Figura 3.23 -
Diagrama de sequncia (+)
E a
E b
L
L LE c
I a1
I b1
I c1
c b
a
Z 1
Z 1Z 1
E a
L Z 1
I a1
a
Figura 3.24 -
Diagrama de sequncia (-)
Figura 3.25 -
Diagrama de sequncia (0)
Figura 3.26 -
Obs.: Do inicio deste captulo, j se observou que a soma das tenses e das correntes de sequncia zero das 3 fases, sempre dar um resultado diferente de zero.
88
Vc1 Va1
Vb1
Va2
Vc2
Vb2Va0
Vb0Vc0
No que se refere s correntes, Isso implica que, para elas existirem, dever haver um caminho de retorno que o neutro. A impedncia deste retorno Zn. O circuito de sequncia zero unifilar, pelo qual normalmente passar apenas Io dever, neste caso, ter uma impedncia de retorno 3Zn. Assim, se mostra o efeito de uma corrente Io em uma impedncia 3Zn: 3ZnI0.
I o
I o
I o
3 I o( Retorno )
Figura 3.6 - 3.7 - Exerccios: 1) Fazer o circuito da sequncia (0) do diagrama unifilar:
L
~ ~NM
SQ
R T
P
Z n
Figura 3.27 -
Soluo:
P
Q
R
S
TM N
L
L
T
T
L
L L
L
LL
LL
89
2) Fazer os circuitos de sequncia (+), (-) e (0) do diagrama unifilar:
~
~N
M
P
Z
~
OL L
Z L
RA
BR S
ZT
Figura 3.29 -
Soluo: Diagramas de sequncia (+) e (-):
L
L
L
L
L
L
L
L
Z , Z1 A 2 A
Z = ZT1 T2
Z , Z1 B 2 B
Z = ZT1 T2
Z = ZL1 L2
Z = ZL1 L2
Z = Z1 C 2 C
Z = ZT 1 T 2
Seq.( + ) e ( - )
Figura 3.30 -
Diagrama de sequncia zero:
L
Z A 0
ZC 0
ZT 0
ZT 0
ZT 0
ZL 0
ZL 0
ZB 03 RR L
LLL
L
L
L
M
NP
O
R S
Seq. Zero
Figura 3.31-
__________________________________________________________ 3) Esquematize o circuito de sequncia zero para o sistema abaixo. Considere que as reatncias de sequncia zero dos geradores e motores valem 0,05 pu. Os reatores para a limitao de corrente valem 2,0 . A reatncia de sequncia (0) da L.T. de 250 . Para os transformadores, considerar que as reatncias de seqncia zero so iguais s de sequncia positiva. Adotar a Potncia base de 30 MVA e a Tenso base de 13,8kV na regio do gerador da barra k (a reatncia deste gerador (Xo=j0,15pu) est na tenso de 13,8 kV).
90
SOLUO: 1) Gerador: Zo = 0,05 pu 2) Transformadores: dado que: Z1 = 0,1 pup/ MB = 35 MVA UB = 13,2 KV/115KV
Para as basesMA MVAUA KV
==
3013 8,
Z1 = 0,13035
13 213 8
0 07842,
,,
= pu
Sendo considerado, neste exemplo, que Zo = Z1 Zo = 0,0784 pu 3) Motores: OBS: Para a tenso base de 13,8 kV no gerador, a tenso base na linha de transmisso ser de 120,23 kV e, nos motores, de 13,8 kV (confira!). Assim, as reatncias dos motores devem ser modificadas, conforme a seguir mostrado:
M1 : Zo = 0,05 . 3020
12 513 8
2,,
= 0,061 pu
M2 : Zo = 0,05 . 3010
12 513 8
2,,
= 0,123 pu
4) Reatores limitadores de corrente:
Zbase = UM
base
base
2 3 2
613 8 10
30 10= ( , . )
. = 6,35
Em pu: Zo(pu) = 2
6 35,= 0,315 pu
No diagrama unifilar: 3Zn = 3 . 0,315 = 0,945 pu 5) Linha de transmisso:
91
Zbase = ( , )120 23
30482
2KVMVA
= Em pu: Zo(pu) = 250/482 = 0,521 pu
j 0,945
j 0,05
k j 0,0784
L
j 0,521
mj 0,0784 n
p rj 0,123
j 0,945
j 0,061LL
L
LLL
L
L
__________________________________________________________ 4) Desenhe os circuitos de sequncia negativa e de sequncia zero para
o sistema de potncia do exercicio 6 do captulo 1. Escolha uma base de 50.000 KVA, 138 KV na linha de transmisso de 40 ohms e d as reatncias em p.u.. A reatncia de sequncia negativa de cada mquina sncrona igual respectiva reatncia subtransitria. A reatncia de sequncia zero de cada mquina de 8% com base nos prprios valores nominais. Os neutros das mquinas esto ligados terra atravs de reatores cujas reatncias valem 5%, com base nos valores nominais das respectivas mquinas. Suponha que as reatncias de sequncia zero das linhas de transmisso valem 300% das respectivas reatncias de sequncia positiva.
Soluo: UB = 138 KV (nas linhas); MB = 50 MVA GA = GB 20 MVA; 13,2 KV; x = 15%; Zn = 5%; Z0 = 8%. ZA1 = ZA2 = ZB1 = ZB2 = 0,15
13 213 8
5020
0 34212,
,. ,
= pu
ZA0 = ZB0 = 0,0813 213 8
5020
0 1832,
,. ,
=
92
Zn = 0,0513 213 8
5020
0 11432,
,. , ;
= 3Zn = 0,343 pu
MOTOR M: 30 MVA; 6,9 KV, x = 20%
ZM1 = ZM2 = 0,2 . 5030
0 333= , ZM0 = 0,08 .
5030
= 0,133 pu
Zn = 0,05 . 5030
= 0,0833; 3Zn = 0,25 pu
Transformadores:
YY MVA Y Y x Z
Y MVA Y x Z
: ; , ; , ,
: ; , ; , ,
20 13 8 138 10% 0 15020
0 25
15 6 9 138 10% 0 15015
0 333
= = =
= = =
Z1 = Z2 = Z0
Linhas: ZB = 1382/50 = 380,88 AB: Z1 = Z2 = 40/380,88 = 0,1051pu Z0 = 3Z, (dado do ex.) = 0,3153pu LINHA AC = LINHA CB:
Z1 = Z2 = 20/380,88 = 0,05251pu Z0 = 3Z1 = 0,1575pu
j 0,3421
LA
L
LLL
L
LL
L
L
LL
j 0,3431j 0,333
j 0,333j 0,333 j 0,25j 0,25j 0,25j 0,25
j 0,05251j 0,05251
j 0,1051
j 0,343
j 0,183
j 0,333
L
L
L
LL
L
LL
j 0,1575
j 0,133
j 0,25
A L
C
B
j 0,25
j 0,25 j 0,3153
j 0,343
j 0,183
j 0,25
j 0,25
j 0,1575j 0,333
L
L
L
LLL