14
Capítulo 2: “Um pensador na linha feiticeira” Hoster Older Sanches (M/UEM) GEF GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS

Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Trabalho apresentado por Hoster Older Sanches no III CIAD - Colóquio Internacional de Análise do Discurso da Universidade Federal de São Carlos - SP (UFSCAR). Contato: [email protected] _______________________________ http://gefuem.blogspot.com.br/

Citation preview

Page 1: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

Capítulo 2: “Um pensador na linha feiticeira” Hoster Older Sanches (M/UEM)GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS

Page 2: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

Objetivos da Autora

• Mostrar como os conceitos de poder, saber e

sujeito inscrevem-se na obra de Foucault;

• como tais conceitos se produzem no campo

das ciências humanas.

Page 3: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

Percurso de Foucault• Fischer realiza a apresentação da trajetória de

Foucault, o qual permeia diversos campos do conhecimento (estruturalista,pós-moderno, historiador, filósofo).

• Foucault nega o momento de inauguração: “ no momento em que me dirijo pessoalmente a vocês, não sou eu sozinho que falo, como sujeito individual único e original, inaugurador pleno de um discurso”, (p.35).

Page 4: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

Questionamentos foucaultianos

1. Que saberes se constituem ou querem constituir-se ciência?;

2. Quais saberes têm poder de produzir conhecimento, de produzir ciência?;

3. Que saberes mais nos subjetivam, mais nos incitam a saber a verdade “mais verdadeira” dos sujeitos?. (p.36)

Page 5: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

Do discurso e da relativa autonomia da linguagem

• Para Foucault, o vivido (Husserl) e a experiência (Benjamin) são práticas institucionais ou apenas práticas, as quais não existem fora do discurso. “o discursivo e o não discursivo estão sempre em jogo”, (p. 39).

• “...para nosso autor (Foucault), essas práticas não existem fora do discurso. Trata-se aqui da complexa relação entre o discursivo e o não discursivo”, (p.39)

Page 6: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

Práticas:discursivas X não discursivas

- Linguagem presa à constituição do real, as palavras e as coisas.

Page 7: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

PRÁTICAS INSTITUCIONAIS

(FOUCAULT )

EXPERIÊNCIA (BENJAMIN)

VIVIDO ( HUSSERL)

Page 8: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

“Na verdade quando digo não discursivo, de certa forma estou incluindo o discursivo, não estou separando o discurso, por exemplo, das práticas institucionais”, (p.39)

DISCURSO PRÁTICAS

Page 9: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

Sobre poder e resistência: a radicalidade dos micropoderes e das lutas locais

Nietzsche e Foucault e o problema das origens primeiras dos atos inaugurais, “há ‘vozes que falam antes de mim’”, (p.40).A descontinuidade histórica: não há autoria fundadora, mas há “ um momento de ruptura nos discursos, e que esse momento está ligado a inúmeras práticas institucionais e relações de poder, a inúmeras condições de produção e de emergência daquele determinado discurso”, (p. 40).

Page 10: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

A desejada verdade do sujeito

• A questão do sujeito e da subjetividade;• A investigação da sexualidade no processo de

subjetivação;

Page 11: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

Sobre os tempos de Foucault1. Foucault arqueólogo (1960):

Tenta fazer uma análise não linear do discurso, “mas uma análise que permitisse operar quase que como um corte geológico nos saberes de determinada época”, (p.42).

- Quais são as camadas geológicas do discurso sobre a loucura e/ou sobre a noção de louco?

- (História da Loucura/ A ordem do discurso);- O homem como objeto do conhecimento;

Page 12: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

• Questionamento do conceito marxista de ideologia;

• Busca pelo momento de descontinuidade histórica, momentos de rupturas;

• “...temos de transformar os documentos que analisamos em monumentos porque eles são históricos e porque neles está materializado, presente e vivo o discurso de uma época”, (p.44).

Page 13: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

2. Foucault genealogista (1970):

- A sociedade das disciplinas;- A “invisibilidade do poder, como temos a

partir do século XVIII ( o panóptico de Bentham)” (p.44);

- “Essa visibilidade não visível seria um modo de subjetivação muito forte em nossa sociedade”, (p. 45).

Page 14: Capítulo 2: Um pensador na linha feiticeira. Hoster Older Sanches (M/UEM) - GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS DA UEM

3. Foucault – micropoderes e sexualidade:

- “ A sexualidade teria muito a ver com a obrigação de dizer a verdade a respeito de si mesmo e, ao mesmo tempo, a proibição de fazê-lo”, (p.46).

- História da sexualidade (A vontade de saber, O uso dos prazeres e O cuidado de si).