Este texto não substitui uma orientação médica. É apenas um apanhado de conhecimentos pesquisados de acordo com o que hoje acredito fazer mais sentido. A minha opinião sobre o assunto pode mudar caso eu tome conhecimento de novas teorias ou provas.

Não abandone o tratamento proposto por seu médico em nenhuma hipótese. Em dúvidas referentes às instruções de seu médico discuta com ele ou peça opinião de outros médicos sobre o seu caso. Não tome a decisão de mudar ou suspender a sua terapia sem orientação médica. Se você chegar à conclusão que estes argumentos são irrefutáveis, leve este estudo para o seu médico e aguarde uma posição do profissional que está lhe acompanhando.

By Vilemar Magalhães

vilemar@ewi.com.br

2015

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Relação entre o consumo de gorduras saturadas, colesterol e doenças cardíacas 9

Relação entre o consumo de gorduras saturadas, colesterol e doenças cardíacas. De 1910 a 1970, o consumo de gordura animal caiu de 83% para 62%, enquanto que o consumo de manteiga caiu de 8kg anuais por pessoa para 1.8kg (*) Em 80 anos a ingestão de colesterol aumentou 1%. Durante o mesmo período os óleos vegetais, em forma de margarina, óleos refinados para frituras, aumentaram cerca de 400%. O consumo de açúcar e alimentos processados aumentou aproximadamente 60% no mesmo período. O que aconteceu desde 1910 até hoje no tocante às doenças cardíacas? O número de pessoas enfartando aumentou até recentemente. Quando o número de mortos chegou ao alto patamar de 40% das mortes naturais. As mortes diminuiram devido a diminuição do consumo de cigarros e o aumento no consumo de vitamina C. No mesmo período o consumo de colesterol decresceu somente 3%. Os números de infartos continuam altos e não há relatos que a quantidade de colesterol sintetizada pelo homem tenha mudado em algum momento de forma significativa, não só durante este período, mas durante todo o período da existência do homem. O ser humano saudável tem sintetizado a mesma quantidade de colesterol que no século passado quando o colesterol começou a ser monitorado pelos profissionais de saúde. A quantidade de colesterol aceita como normal tem diminuído consideravelmente desde quando este se tornou um fator de risco para as doenças coronarianas. Quem sabe se uma nova abordagem sobre a questão não diminua as mortes de tantos seres humanos? (*) As estatísticas neste trabalho são referentes aos Estados Unidos

Talvez um dia os defensores destas hipóteses venham notar que eles estão perdendo clientes para a aterosclerose e mudem as suas estratégias para a promoção da saúde.

Os Japoneses (Okinawas)

O povo de Okinawa tem uma das maiores expectativas de vida no mundo. O Japão já é considerado como um dos países com a maior taxa de pessoas centenárias. Okinawa tem 34.7 centenários por cada 100.000 pessoas. A taxa de longevidade em Okinawa é 5 vezes maior do que em outras regiões do Japão. As pessoas vivem mais e com mais saúde. Os principais motivos apontados para característica entre os Okinawas é que eles fazem refeições com baixo índice de gordura, vivem com um baixo nível de estresse, vida em comunidade, pouco sal, peixe, tofu, e frutos do mar. Este hábito é chamado de HARA HACHI BU o quesignifica COMA SOMENTE ATÉ 80% DA QUANTIDADE QUE VOCÊ PRECISA PARA FICAR SACIADO. Bonita estória, não é mesmo? Você não pensou em se mudar para lá e ver o que

poderia aprender para que você também viver mais e sem doenças? Viver mais já é bom, imagine sem doenças! Eu sempre pensei que viver muito, porém doente não seria nada interessante. Quer viver muito sendo capaz de cuidar de mim mesmo, não me tornando um problema para outros. Portanto, é interessante analisar um dos fatores citados acima referentes à Okinawa. Na páscoa de 1945, em um dia de domingo, Okinawa foi invadida pelo exército americano e ali aconteceu a batalha mais sangrenta do Pacífico na Segunda Guerra Mundial. Foi o palco de onde saíram os aviões para bombardearem os alvos durante a Guerra do Vietnam e continua até hoje como sendo a maior base americana na área. Algo em torno de 30 mil homens. Soldados envolvidos com prostituição, estupro, e outros crimes comuns. São muitos jovens confinados, longe de casa, prontos para provocarem matança em massa. O consolo para os casos de estupro provocados pelos jovens soldados americanos é que o povo local pode cometer mais agressões às mulheres. Nem sempre as autoridades aceitam os registros das queixas para não aumentarem as estatísticas negativas do lugar. E agora? Você quer morar em Okinawa? Eu mesmo seria capaz de trocar uma mansão de lá por uma casa pequena em outra parte do mundo e tirar minha família de tal paraíso. Você não? Os cientistas que estão estudando esta população por mais de 25 anos (Projeto Okinawa) dizem que outro fator importante é que eles ingerem poucas calorias e se alimentam com até 10 porções de frutas por dia. As frutas também não têm calorias? 100g de abacate tem 232 calorias, 100g de amendoim torrado tem 595 calorias, 100g de feijão seco tem 316 calorias. Um caju é mais inocente, pois 100g de caju tem somente 46 calorias. Menos ou mais, imagine que se você ingerir 10 porções de caju já tenha consumido 460 calorias. É passada uma

idéia que as diversas porções de frutas dos Okinawas parecem ser sem calorias, mas não são. (fonte: www.chi.pt/extras/tabela_calorias.htm)

Observando o trânsito em Okinawa pode-se deduzir que lá não é tão livre de estresse como é apregoado. O chefe de políticas americanas, o diplomata, Kevin Maher, em Okinawa, foi demitido segundo o jornal guardian.co.uk, publicado em 10 de março de 2012, ao fazer declarações fortes sobre o povo de Okinawa. Entre outras fortes acusações ele chegou a dizer que o povo era preguiçoso, manipulador e dado a extorsões.

Segundo Maher a média de divórcio e o hábito de dirigir embriagado com licor com alto teor alcoólico era maior que a média observada no país.

O governo americano pediu desculpas pelas declarações feitas por Maher no dia seguinte. Estas declarações chocaram o povo de Okinawa e todo o Japão (118). E Washington quando se pronunciou sobre tais comentários disse que estes feriam o acordo bilateral de cooperação firmado entre estas duas nações. Okinawa é uma das áreas mais pobres do Japão e abriga 1/3 da tropa americana no Japão. A base militar recebe contantes reclamações por fazer muito barulho e poluir o ar. Com todos estes aspectos negativos você pode estar pensando que estas bases sejam em lugares afastados, que não possa haver casas ao redor destas bases. De fato, as bases estão localizadas no centro da ilha e rodeada pela população. Base se encontra no meio da cidade.

Aviso: Movimentação de aviões. Área com altas

rajadas de vento e níveis extremos de barulho.

O que os Okinawas comem finalmente? O principal tipo de carne na dieta dos Okinawas é o porco. Eles comem absolutamente tudo do porco. De ponta a ponta. Até as unhas entram no cardápio. Dependendo do costume loca, não sobra nada. As carnes magras ficam para segundo plano. A cozinha okinawa é muito gordurosa. Eles comem 100mg de carne em média por dia. Óleo vegetal, margarina não conseguiram tomar o lugar da banha que é preferida para cozimentos. Os porcos são criados em casa. Outras fontes de carne são peixe (200g por dia), frutos do mar carneiro e galinha.

Outros itens da dieta

Os vegetais são os alimentos mais utilizados na cozinha Okinawa. Eles ingerem regularmente abacate, batata doce, arroz, cenoura, rabanete, couve, gengibre, ovos, açúcar marrom, leite, pimenta e várias frutas. Os vegetais são torrados em banha de porco e com cobertura de aceite de gergelim. O que responde por esta longevidade são os vegetais ou a carne de pouco e a banha?

Países do Mediterrâneo e o consumo de gorduras saturadas. Os países do Mediterrâneo são nações bem distintas. Cada um com seus costumes alimentares próprios. Estão tem diferentes relevos e temperaturas. Obviamente, há uma diferença acentuada nas dietas de uma etnia para outra na mesma localidade. Imagine de um país para outro. É curioso ver que na listagem abaixo como há vários países do Mediterrâneo entre os dez maiores consumidores de gorduras do mundo. Lembrando que as gorduras saturadas recebem a fama de grandes vilões e a dieta do Mediterrâneo é apontada como a dieta ideal.

Os 26 Países do Mediterrâneo Espanha, Gibraltar, França, Mônaco, Itália, Malta, Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Montenegro, Albânia, Grécia, Chipre, Turquia, Síria, Líbano, Israel, Palestina, Egito, Líbia, Tunísia, Argélia, Marrocos, Sérvia e Jordânia

Mediterrâneo come ou não gorduras saturadas? É estas mais uma história criada para vender mais uma obra de ficção? Os maiores países consumidores de gorduras por pessoa diariamente:

# País ind/gr.

1 França 168.3

2 Bélgica 162.6

3 Luxemburgo 162.6

4 Austria 161

5 Suiça 157.8

6 Espanha 156.6

7 Itália 156.1

8 Hungria 147.2

9 Noruega 145.1

10 Grécia 144.9

14 Israel 139

25 Malta 108.5

26 Eslovênia 106.2

34 Turquia 91.2

35 Croacia 89

44 Bósnia e Herzegovina 53.4 Fonte: www.statinfo.biz/Data.aspx?act=8156&lang=2

O consumo de gordura saturada nestes 26 é elevado. Contudo, eles não são gordos e têm baixa incidência de câncer de mama e de cólon. Um destes é a França, líder no consumo de gorduras saturadas da listagem acima. Os franceses comem muita gordura saturada com pães, cremes, queijos, manteigas e contrariando as teorias atuais têm baixas taxas de doenças cardiacas. O Dr. Sarja Renaud da universidade de Bordeaux na França em 1991, criou o termo o Paradoxo Francês. Ele apontou o vinho tinto como sendo o responsável por estes resultados que impedem a gordura saturada, ingerida em excesso pelos franceses, causarem problemas cardíacos. Quando esta notícia foi divulgada pela primeira vez no programa 60 Minutes da rede de TV americana CBS, o consumo de vinho subiu 44%. E o que se pode dizer do número de mortes por doenças coronarianas? Diminuiu obedecendo a mesma proporção? Dimuniu de alguma forma? É importante que sejam divulgados os resultados da pesquisa do International Obesity Task Force de 2005 que diz que somente 11.3% dos franceses sofrem com obesidade. Será mesmo que é o vinho o responsável por tais resultados ou as gorduras saturadas não causam problemas de saúde em um indivíduo saudável?

Suiços, Reino Unido e

Finlândia O suíço tem uma longevidade quase igual a dos japoneses, têm a segunda dieta mais gordurosa do mundo e altos níveis de colesterol em média 260mg/dL de acordo com o estudo MONICA. Todavia, a Suiça tem o terceiro menor número de doenças coronarianas do mundo. O Reino Unido e a Finlândia têm alto índice de doenças

coronarianas, e consumem baixas quantias de gorduras saturadas.

Maasai (Quênia – Leste da África)

Ao acompanhar 1.500 pessoas da população Maasai no Quênia – Leste do continente africano, o Dr.George V. Mann concluiu ser a maior vergonha do século ou talvez, a maior decepção na história da medicina, é a crença de que a gordura saturada e o colesterol na dieta sejam as causas de doenças coronarianas.

O povo Maasai era semi-nômade e praticamente não praticava nenhum tipo de agricultura quando o estudo foi realizado. Portanto, não havia suprimentos de verduras e frutas regularmente. A alimentação do povo Maasai era composta essencialmente de carne, leite, e sangue de gado. O leite de vaca consumido pelos Maasais continha de 120 a 150 mg de colesterol por litro. E eles consumiam 4 litros de leite diariamente.

O sangue não era consumido diariamente, somente em ocasiões muito especiais. Com a diminuição dos rebanhos de gado houve uma mudança significativa nos hábitos do

povo Maasai e o costume de tomar o sangue do gado foi sendo deixado de lado. Quando um homem era circuncidado, uma mulher dava a luz ou se a pessoa estivesse doente, tinha que ingerir sangue pois acreditam que este fortalecia o sistema imunológico das pessoas. Havia na população Massai o costume entre idosos de usar o sangue de gado para curarem os sintomas de ressacas de álcool. Os Maasais acreditam que cultivar a terra se constitua um crime contra a natureza e a terra não estaria mais adequada para o pasto. Enfrentando, as dificuldades com as secas e devido a influência de outros povos. Os Maasais passaram a cultivar milho, arroz, batatas, couve em lavouras de subsistência. O Dr. George V. Mann constatou sobre o povo Masai:

a) que o leite preferido dos Maasais continha em média 60% de gordura saturada;

b) o colesterol de um adulto Maasai não passava de 122 mg/dL. O colesterol de um americano na mesma época era em média de 234.

O gado era tão importante para o povo Massai que em seus ritos religiosos eles pediam ao criador frequentemente pela continuidade do seu rebanho e pela condição de continuar tendo seus filhos através da seguinte oração: "Meishoo iyiook enkai inkishu o-nkera"- (Que o Criador nos dê gado e crianças). Mesmo com uma dieta quase exclusivamente de proteínas e gorduras saturadas com nada ou muito pouco de carboidratos, os Maasais não desenvolviam obesidade e nem tinham problemas com colesterol alto. De fato, ninguém deve dizer que tenha problemas com colesterol alto, nem os Maasais e nem outras pessoas.

Quando a população masai começou a ser pesquisada por George V. Mann em 1960 se acreditava que eles tinham um organismo diferente de outras raças humanas. Um povo com uma capacidade de processar o colesterol da dieta como em nenhuma outra sociedade. Um grupo de cientistas britânicos monitorou 24 Masais levados para o estado de Langata próximo a Nairóbi onde foram mantidos por 21 dias. Estes homens tinham de 16 a 23 anos Os estudados foram divididos em dois grupos de 12 homens cada. Eles receberam uma dieta com leite fermentado durante 6 dias por semana com aditivos e no 7º dia um novilho. O leite chegava em um recipiente de metal de 50 litros fornecido pela Kenya Cooperative Creamery de Nairobi. O leite era pausterizado sem aditivos e não era homogeinizado. O leite era de vacas européias e tratado com lactobacilos por 3 ou 4 dias em um espaço com a temperatura de 18 a 21 graus. O segundo grupo recebia leite contendo um placebo composto de azeite de oliva puro de origem italiano sem aditivos. Os Maasais levados a Nairóbi passaram a consumir uma dieta moderna aos moldes do que é recomendado pelos cientistas na atualidade, isto é, restringindo o consumo de gorduras saturadas e alimentos ricos em colesterol e o que aconteceu? Você acha que eles continuaram a ter colesterol baixo? Errado! Os níveis de colesterol dos Maasais atingiram patamares altíssimos. O povo Maasai vivendo de acordo com o novo estilo de vida obteve resultados de dar inveja a qualquer habitante das grandes cidades mundiais contemporâneas. Será que os Maasais em Nairóbi adoeceram com aterosclerose por terem seus níveis de colesterol aumentados? Claro que não! A impressão que fica é que não importa os aprendizados com tais populações.

Judeus no Iêmen

Wadi Hadhramaut

Os judeus vivendo no Iêmen são descendentes do grupo Mizrahi, mas eles se chamam de Teimanim. Sua alimentação é composta de uma dieta rica em gordura animal. Aproximadamente um terço do país é ocupado com as pastagens que servem como base para a maior criação de rebanhos, ovinos e caprinos da Penísula Arábica. Tinham poucas doenças cardíacas ou diabetes.

Judeus em Israel

Judeus Iemenitas vivendo em Israel tem grande interesse na qualidade de sua dieta. Eles comem muitos vegetais e frutas e não comem açúcar. As gorduras saturadas e o sangue de carnes são sempre removidos na

hora de preparar a alimentação a fim de que esta possa ser considerada um Kosher, alimentos preparados de acordo com a lei judaica. Um dos problemas desta dieta é que ela é rica em margarina e óleos vegetais, especialmente ricas em Omega-6. Atualmente, os óleos vegetais e o Omega-6 têm sido muito recomendados por vários especialistas, mesmo embora estes alimentos representem um fator de risco importante para o surgimento de doenças cardiovasculares e hipertensão. Outra agravante referente a esta alimentação é a falta de um equilíbrio entre o consumo de Omega 3 e Omega 6.

Omega 3 e Omega 6 Quantidade de Omega 6 em relação ao Omega 3 deva ser de 2 para 1. Nos útimos 100 anos houve uma grande modificação na dieta do homem quando passamos a nos alimentarmos de mais Omega 6 do que Omega 3. Chegamos a ingerir na atualidade até 20 vezes mais Omega 6 do que Omega 3. A predominância no consumo de Omega 6, acrescida ao uso do tabagismo, alcoolismo, falta de atividade física, possam ser os fatores que expliquem o aumento de casos de doenças como a arteriosclerose, doenças coronarianas, obesidade, diabetes, alguns tipos de câncer, depressão, distúrbio bipolar, enxaqueca crônica, alzeimer, ansiedade e muitas outras..

Os judeus vivendo em Israel apresentam um alto índice de Doenças Cardíacas e diabetes. O que indica que esta dieta não é ideal para o ser humano Pessoas no Norte da Índia O Norte da Índia é composta dos estados Jammu e Kashmir, Punjab, Himachal

Pradesh, Haryanna e Rajasthan como também o território de Chandigarh.

Nova Dehli

A população do Norte da Índia consume 17 vezes mais gordura animal do que o sul do país. Uma destas fontes é a ghee (gui). A Ghee é uma manteiga de garrafa sem água e resíduos sólidos. A ghee é uma gordura ideal para frituras porque suporta temperaturas de até 250ºC que é muito acima da temperatura usada para preparar alimentos que é em média 200ºC. Os indianos do norte têm 7 vezes menos doenças cardiocoronárias que os indianos do Sul.

Pessoas no Sul da Índia O sul da Índia é considerado a área composta pelos estados de Andhra

Pradesh, Andaman and Nicobar, Karnataka, Kerala, Jharkhand, Tamil Nadu e os territórios Lakshadweep e Pondicherry perfazendo 19.31% do da Índia. Esta região também é conhecida pelo nome de Dravida.

Mais de 48% da população está envolvida com agricultura. A região de Andhra Pradesh é o maior produtor de arroz da Índia e em Karnataka é produzido 70% do café do país.

Templo Sri Ranganathaswanny, Tamil Nadu

Os habitantes de Dravida consumiam pouca gordura animal e a maioria deles é vegetariana. Estes indianos do Sul apresentam uma incidência elevada de doenças cardiocoronárias devido seu grande consumo de margarinas e outros óleos poliinsaturados. No sul da India as doenças do coração contabilizam 25% das mortes no país e na região central este número cai para 12%.

Muitos seguindos dos ensinamentos da fé Hindu geralmente não têm sobrepeso, não fumam or consomem álcool e seguem uma dieta vegetariana rigorosa e mesmo assim têm alta incidência de ataques cardíacos. Os cientistas chamam atenção para um comprometimento com uma mutação genética que afeta uma pessoa em cada 25 indianos. (Heart Disease on the rise in India – CNN 2 de abril de 2009). Veja que o fator causador destes ataques cardíacos não foi a dieta com gorduras saturadas e colesterol. Nem mesmo a dieta vegetariana que eles seguiem não foi suficiente para poupar estas vidas.

Os esquimós O povo esquimó habita em uma região que representa quase a metade do Círculo Polar Ártico, no centro do Pólo Norte. O nome esquimó quer dizer comedor de carne crua. Na realidade, não é assim que eles gostam de serem chamados. Imagine se você fosse um comedor de carnecruense? Ninguém gostaria de ser chamado assim mesmo. E como é então o nome deste povo? Eles gostam de serem chamados de Inuits. Já Inuit significa “Pessoas Reais”. Muito melhor, não é?

Os inuits vivem da caça de ursos e da pesca de focas, baleias, atum, salmão e truta. A sua principal fonte de alimentos é a foca e o segundo é o ovo de aves aquáticas.

A natureza é justa e organizada. O homem não é mais capaz de sintetizar a vitamina C, diferentemente de outros animais. Precisamos, portanto, obter a vitamina C de nossa dieta. O problema é de onde encontrar fontes de vitamina C quando se vive rodeado de gelo. Alguns animais que vivem no Pólo Norte produzem e a armazenam a vitamina C em seus fígados. Quando os homens comem ursos, focas, baleias e outros animais pode satisfazer as suas necessidades de vitamina C. Quando não podemos contar com as frutas e as verduras, aparecem as fontes animais de vitaminas C. A deficiência de vitamina C provoca várias doenças, entre elas o escorbuto.

O escorbuto:

A vitamina C é necessária para a produção de colágeno nos tecidos das paredes dos vasos sanguíneos, cartilagem e tendões.

A ingestão de vitaminas precisa ser sistemática pois a vitaminas hidrossolúveis não são armazenas no corpo e as quantidades de vitaminas hidrossolúveis estocadas não são suficientes para nutrir o organismo por mais de 3 meses.

A carência de vitamina C pode causar:

Inflamação nas gengívas. Debilidade muscular. Má cicatrização. Perda de cabelo. Hemorragias. Alterações neurologícas.

O Antropologista William Stephenson O antropologista William Stephenson, nasceu em 1879 na cidade de Gimli, estado de Manitoba, Canadá. Aos dois anos de idade ele e seus pais mudaram para Dakota do Norte, Estados Unidos. Naquele estado sulista, o pequeno William cresceu, mas nunca perdeu a sua identidade inuit. Aos 19 anos, William decidiu mudar o seu nome para um nome inuit. O jovem William Stephenson passou a se chamar de Vilhjalmur Stefansson. Vilhjalmur não era apenas uma pessoa saudosa de suas raízes inuits, mas um brilhante estudante de antropologia. O estudante esforçado, defensor de suas raízes se transformou em nada menos do que um professor da grande universidade de Harvard. Vilhjalmur, ao voltar para os Estados Unidos, vindo de um período de convívio com a cultura inuit, passou a descrever em detalhes a nutrição rica em gorduras saturadas e proteínas animais daquela população. Dieta rica em gorduras saturadas e proteínas animais? Como você acha que poderia ser a saúde deste povo que se alimentava somente de gorduras e proteína animal? Qual era o nível de colesterol deles? Por incrível que pareça estas pessoas apresentavam um nível de colesterol muito baixo, isto é, até quando estes continuaram na dieta característica do povo local.

Vilhjalmur Stefansson

Vilhjalmur e seus colaboradores moraram um tempo com os esquimós e se alimentavam como um deles. Ele se intitulava o embaixador do Pólo Norte. O povo inuit gozava de muita saúde e disposição, embora não consumissem carboidratos e boa parte de sua dieta fosse de proteína animal. Quando voltaram para os Estados Unidos queriam provar que é possível ser saudável comendo somente carnes vermelha e bebendo água. Algumas pessoas disseram que se alimentar somente de proteína animal não poderia ser possível e para provar o contrário, que o ser humano poderia se alimentar exclusivamente de proteínas e gordura animal mesmo não vivendo no Ártico. Vilhjalmur e sua equipe, em fevereiro de 1928, lançaram um desafio iniciando uma dieta composta de somente carnes e água com a supervisão de uma equipe médica do New York’s Bellevue Hospital. Os resultados desta experiência não foram divulgados largamente e não causaram grande impacto na comunidade científica. Da mesma forma não foram levados em consideração os índices vistos no meio da população esquimó. É curioso que até muito recentemente quase não havia registros de ateroscleroses, alergias, cáries dentárias entre pessoas daquele grupo. Você não gostaria de ter a saúde destas pessoas? Então, não seria bom deixar de lado esta refeição que apenas engordou o mundo, fazendo a obesidade o uma característica comum entre aqueles diferentes povos e idades? O povo inuit tinha um nível de colesterol se mantendo em médica de 130mg/ dL. Variações no nível de colesterol e o aparecimento das doenças mencionadas acima somente se deram com a mudança nadieta quando passaram a comer itens da pseudo-alimentação do coração.

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