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CAPS Seu objetivo é oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. Com a criação desses centros, possibilita-se a organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. Os CAPS são serviços de saúde municipais, abertos, comunitários que oferecem atendimento diário. É função dos CAPS: - prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações em hospitais psiquiátricos; - acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território; - promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações intersetoriais; - regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação; - dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica; - organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios; - articular estrategicamente a rede e a política de saúde mental num determinado território; - promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários; Estes serviços devem ser substitutivos e não complementares ao hospital psiquiátrico. De fato, o CAPS é o núcleo de uma

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  CAPS

Seu objetivo é oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.  

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. Com a criação desses centros, possibilita-se a organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. Os CAPS são serviços de saúde municipais, abertos, comunitários que oferecem atendimento diário.

É função dos CAPS:

- prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações em hospitais psiquiátricos;

- acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território; - promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações intersetoriais;

- regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação;

- dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica;

- organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios;

- articular estrategicamente a rede e a política de saúde mental num determinado território;

- promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários;

Estes serviços devem ser substitutivos e não complementares ao hospital psiquiátrico. De fato, o CAPS é o núcleo de uma nova clínica, produtora de autonomia, que convida o usuário à responsabilização e ao protagonismo em toda a trajetória do seu tratamento.

Os projetos desses serviços, muitas vezes, ultrapassam a própria estrutura física, em busca da rede de suporte social, potencializadora de suas ações, preocupando-se com o sujeito e a singularidade, sua história, sua cultura e sua vida cotidiana.

O perfil populacional dos municípios é sem dúvida um dos principais critérios para o planejamento da rede de atenção à saúde mental nas cidades, e para a

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implantação de centros de Atenção Psicossocial. O critério populacional, no entanto, deve ser compreendido apenas como um orientador para o planejamento das ações de saúde. De fato, é o gestor local, articulado com as outras instâncias de gestão do SUS, que terá as condições mais adequadas para definir os equipamentos que melhor respondem às demandas de saúde mental de seu município.

 1)       Como deve ser a rede de saúde mental no seu município?

 A rede de saúde mental pode ser constituída por vários dispositivos assistenciais que possibilitem a atenção psicossocial aos pacientes com transtornos mentais,

segundo critérios populacionais e demandas dos municípios. Esta rede pode contar com ações de saúde mental na atenção básica, Centros de Atenção Psicossocial

(CAPS), serviços residenciais terapêuticos (SRT), leitos em hospitais gerais, ambulatórios, bem como com Programa de Volta para Casa. Ela deve funcionar de forma articulada, tendo os CAPS como serviços estratégicos na organização de sua

porta de entrada e de sua regulação.                          

 2)       Rede de atenção psicossocial de acordo com o porte dos municípios.

 Os CAPS podem ser de tipo I, II, III, Álcool e Drogas (CAPS AD) e Infanto-juvenil (CAPSi). 

Os parâmetros populacionais para a implantação destes serviços são definidos da seguinte forma: 

Municípios até 20.000 habitantes - rede básica com ações de saúde mental

Municípios entre 20 a 70.000 habitantes - CAPS I e rede básica com ações de saúde mental

Municípios com mais de 70.000 a 200.000 habitantes - CAPS II, CAPS AD e rede básica com ações de saúde mental

Municípios com mais de 200.000 habitantes  - CAPS II, CAPS III, CAPS AD, CAPSi, e rede básica com ações de saúde mental e capacitação do SAMU.

        A composição da rede deve ser definida seguindo estes parâmetros mas também atendendo a realidade local.

 3)       Como devem ser organizadas as ações de saúde mental na atenção básica?

 As ações de saúde mental devem ser organizadas a partir da constituição de núcleos de atenção integral na saúde da família. Estas equipes deverão dar suporte técnico (supervisão, atendimento em conjunto e atendimento específico, além de

participar das iniciativas de capacitação) às equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde para a população (PSF e ACS).

Devem seguir os seguintes critérios:

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·          Os núcleos devem ser constituídos em municípios acima de 40.000 habitantes, na proporção de 1 núcleo para cada 9 a 11 equipe de saúde da

família, e para na   Amazônia, nos municípios acima de 30.000 habitantes, na proporção de 1 núcleo para cada 7 a 9 equipes de saúde da família.

·          A equipe de saúde mental deverá ser constituída por 1 psicólogo ou psiquiatra necessariamente e 1 terapeuta ocupacional e/ou 1 assistente social.

·          As equipes devem estar articuladas preferencialmente aos CAPS, onde houver, ou a um outro serviço de saúde mental de referência.

 (ref.: Documento do Departamento da Atenção Básica/SAS - Núcleo de Atenção Integral na Saúde da Família)

4)       Como implantar um CAPS? 

Para a implantação do CAPS em seu município, deve-se primeiro observar o critério populacional, definido no item 2, para a escolha do tipo de CAPS mais adequado ao porte do município. O Ministério da Saúde repassa um incentivo antecipado para a implantação do serviço nos valores de R$ 20.000,00 (CAPS I), R$ 30.000,00 (CAPS II e CAPSi), R$ 50.000,00 (CAPS III e CAPSad).

 Para a solicitação do incentivo antecipado deve-se seguir os seguintes procedimentos:

 1) Encaminhar ofício com a solicitação do incentivo ao Ministério da Saúde, com cópia para a respectiva Secretaria de Estado da Saúde, com os seguintes documentos:

II - projeto terapêutico do serviço;

III - cópia das identidades profissionais dos técnicos compondo equipe mínima, segundo as diretrizes da Portaria 336/GM, de 19/02/02;

IV - termo de compromisso do gestor local, assegurando o início do funcionamento do CAPS em até 3 (três) meses após o recebimento do incentivo financeiro de que trata esta Portaria; e

V - proposta técnica de aplicação dos recursos.

 Se os CAPS não forem implantados em 90 dias, os recursos recebidos deverão ser devolvidos ao MS. Os incentivos serão transferidos em parcela única, aos respectivos fundos, dos Estados, Municípios e do Distrito Federal, sem onerar os respectivos tetos da assistência de média e alta complexidade.

 (ref.: Portaria nº 245/GM, de 17 de fevereiro de 2005)

 Para a solicitação de cadastramento do serviço junto ao Ministério da Saúde deve-se seguir os procedimentos abaixo:

     1)       Requerer à Comissão Intergestores Bipartite, por meio do Secretário de Estado da Saúde, a aprovação do pedido de cadastramento do serviço;

2)       Encaminhar processo de solicitação de cadastramentos ao Ministério da

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Saúde, instruído com a seguinte documentação:

A - Documentação da Secretaria Municipal de Saúde e do gestor.

B - Projeto Técnico do CAPS;

C - Planta Baixa do CAPS;

D - Discriminação da Equipe Técnica, anexados os currículos dos componentes;

E - Relatório de Vistoria realizada pela Secretaria de Estado da Saúde.

 (ref.: Portaria nº 336/GM, de 19/02/02 e Portaria nº 189/SAS de 20/03/02)

 5)       Como implantar um serviço residencial terapêutico (SRT)?

                 O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) são casas localizadas no espaço urbano, constituídas para responder as necessidades de moradia de pessoas com

transtornos mentais graves egressas de hospitais psiquiátricos ou hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, que perderam os vínculos familiares e sociais; moradores de rua com transtornos mentais severos, quando inseridos em projetos terapêuticos acompanhados nos CAPS. O número de usuários em cada SRT pode

variar de uma pessoa até um pequeno grupo de no máximo 8 pessoas, que deverão contar com suporte profissional sensível às demandas e necessidades de

cada um. Os SRTs deverão estar vinculados aos CAPS ou outro serviço ambulatorial.

                São prioritários para implantação de SRTs os municípios sede de hospitais psiquiátricos e com CAPS.

                Para implantar um SRT o gestor municipal deverá seguir os passos abaixo relacionados:

1º) Solicitar ao Ministério da Saúde o valor de incentivo antecipado para implantação no valor de R$ 10.000,00 para cada módulo (conforme Portaria nº 246/GM, de 17/02/05).

2º) Providenciar a casa com espaço físico compatível com o nº de moradores (máximo 8 moradores) e garantir, no mínimo, 3 refeições diárias.

3º) Garantir a equipe técnica mínima de suporte (conforme Portaria nº 106/GM de 11/02/00)

4º) Aprovar a implantação na Comissão Intergestores Bipartite.

5º) Enviar a documentação para cadastramento junto ao Ministério da Saúde (Portaria nº 246/GM, de 17/02/05).

 

6)       Como incluir seu município no Programa de Volta para Casa?

 O Programa De Volta Para Casa tem por objetivo garantir a assistência, o acompanhamento e a integração social, fora da unidade hospitalar, de pessoas

acometidas de transtornos mentais, com história de longa internação psiquiátrica

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(2 anos ou mais de internação ininterruptos). É parte integrante deste Programa o auxílio-reabilitação, no valor de R$ 240,00, pago ao próprio beneficiário durante um

ano, podendo ser renovado, caso necessário.

Pode ser beneficiário do programa De Volta Para Casa qualquer pessoa com transtorno mental que tenha passado dois ou mais anos internada, ininterruptamente, em instituições psiquiátricas e também aquela que mora em residência terapêutica ou que tenha vivido em hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico (manicômio judiciário) pelo mesmo período.

Para habilitar o municípios no Programa de Volta para Casa (Portaria nº 2077/GM de 31/10/03):

     I)                     Solicitar ao MS, por meio de ofício, habilitação ao Programa, indicando as ações de saúde mental realizadas no município;

II)                   Aderir ao Programa, por meio da assinatura do Termo de Adesão que deve ser enviado ao MS (Portaria nº 2077/GM Anexo I);

III)                  Envio do cadastro dos potenciais beneficiários do Programa ( que atendam aos critérios acima listados).

 (ref.: Lei 10.708, de 31/07/03 e Portaria nº 2077/GM de 31/10/03)

O CAPS oferece alternativas para reabilitação, reintegração social e manutenção do tratamento, para usuários de álcool e drogas. “O espaço disponibilizará serviço de saúde mental, de atenção diária, para

pessoas em recuperação, inclusive com internação do paciente, se necessário . Após um período de internação no Pronto Socorro Municipal, por exemplo, o paciente em recuperação será encaminhado

para o Centro de Atenção Pisicossocial. No local, ele terá à sua disposição atendimentos de psicoterapia individual e em grupo; psicofarmacologia; aconselhamento psicossocial; dinâmicas para motivação; e

encontro com familiares. Infra-estrutura – Disposto num terreno de 600 m2, o prédio do CAPS, com 500 m2 de área construída, terá cinco consultórios, enfermaria com três leitos, farmácia, salas de

enfermagem e medicação, recepção, espera, Administração, Coordenação, sala de reunião, cozinha, dois refeitórios e banheiros masculinos e femininos (adaptados para portadores de necessidades

especiais). Terá pessoal especializado, que trabalhará de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Contará com quatro psiquiatras, quatro psicólogos, dois assistentes sociais, três enfermeiros, quatro auxiliares

de enfermagem, dois médicos residentes, terapeuta ocupacional, duas recepcionistas, quatro oficineiros e dois seguranças. Convênio – De acordo com Regina Maura Zetone, o CAPS receberá médicos

residentes da Faculdade de Medicina do ABC, numa parceira entre o Governo Municipal e a unidade de ensino. “Temos a proposta de transformar o CAPS numa espécie de escola. Assim, o atendimento clínico será incrementado”, justifica a médica. Comad – O prédio do CAPS também abrigará a sede do Conselho Municipal Antidrogas (Comad), órgão ligado a Diretoria de Saúde e Vigilância Sanitária da Prefeitura. O

Comad atua para ampliar a ação de educadores e autoridades, visando formar cidadãos conscientes dos problemas causados pelas drogas e prepará-los para atuação adequada diante do problema.

 

7)            Como implantar um programa de atenção a álcool e outras drogas?

 A política de atenção a álcool e outras drogas prevê a constituição de uma rede que articule os CAPSad e os leitos para internação em hospitais gerais (para

desintoxicação e outros tratamentos). Estes serviços devem trabalhar com a lógica da redução de danos como eixo central ao atendimento aos usuários/dependentes de álcool e outras drogas. Ou seja, o tratamento deve estar pautado na realidade

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de cada caso, o que não quer dizer abstinência para todos os casos (para a implantação de CAPSad ver item 2)

            Serviços Hospitalares de Referência para Álcool e outras Drogas (SHRad) para municípios acima de 200.000 habitantes: estas unidades estão em fase final de regulamentação pelo Ministério da Saúde. Os principais objetivos dos SHRad serão o atendimento de casos de urgência/emergência relacionados a álcool e outras drogas (Síndrome de Abstinência Alcoólica, overdose, etc) e a redução de internações de alcoolistas e dependentes de outras drogas em hospitais psiquiátricos. Para isto, serão criados novos procedimentos com valor financeiro maior e menor tempo de internação, que somente poderão ser cobrados pelos SHRad. Estes serviços estarão localizados somente em hospitais gerais e poderão contar com, no máximo, 14 leitos.

 8)      E o atendimento em hospitais psiquiátricos?

 A Política de Saúde Mental tem como uma de suas principais diretrizes a reestruturação da assistência hospitalar psiquiátrica, objetivando a redução contínua e programada de leitos em hospitais psiquiátricos, com a garantia da assistência destes pacientes na rede de atenção extra-hospitalar, buscando sua reinserção no convívio social. Para isso foi instituído, através das Portarias GM/MS nº 52 e 53, de 20 de janeiro de 2004, o Programa Anual de Reestruturação da Assistência Hospitalar Psiquiátrica no SUS - PRH.

Para reduzir leitos em hospitais psiquiátricos o gestor local deverá:

1º) pactuar a redução com o prestador, através da assinatura de um Termo de Compromisso e Ajustamento que define as responsabilidades entre as partes.

2º) Encaminhar o termo de compromisso assinado ao Ministério da Saúde

3º)  Efetivar a alteração do número de leitos junto ao CNES.

 (Ver Portarias GM/MS nº 52 e 53, de 20/01/04 e Portaria nº 251/GM de 31/01/02)

 9) Programa Permanente de Formação de Recursos Humanos para a Reforma Psiquiátrica

 

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=29797&janela=1

CAPs AD trata dependentes químicos em São Caetano

Erik Oliveira

da Redação

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O Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) Jordano Pedro Segundo Vincenzi é uma unidade municipal de saúde de São

Caetano do Sul que acolhe e fornece tratamentos a dependentes químicos (Álcool e Drogas - AD) e também cuidados

especiais aos seus familiares. Localizado na Avenida Senador Roberto Simonsen, 502, Bairro Santo Antônio, o prédio foi

inaugurado oficialmente pela Prefeitura na ensolarada manhã desta sexta-feira (30/4), em cerimônia que teve presenças de

autoridades municipais e população em geral.

Em seu discurso durante a entrega do espaço, o prefeito comemorou

o fato de São Caetano fornecer aos moradores, além da atenção básica qualificada, programas em áreas específicas no

segmento de Saúde. Ele destacou o trabalho que será desenvolvido para recuperação de dependentes químicos na unidade

Jordano Pedro Segundo Vincenzi; falou sobre o ambulatório de saúde mental na Rua Santo Antônio, 117, Centro, que

comportava o CAPs AD Dr. Ruy Penteado; e enfatizou os atendimentos psiquiátricos 24 horas no Hospital Municipal de

Emergência Albert Sabin. "Tudo isso é fruto do refino na área de Saúde na cidade, possível graças à boa base no setor que

foi elaborada pela Administração e que está implantada no município."

O chefe do Executivo sancaetanense aproveitou a ocasião para anunciar dois projetos na Saúde. "Está em planejamento à

concepção do Centro de Triagem Neonatal e pretendemos também criar uma assessoria para cuidar dos assuntos

relacionados a portadores de necessidades especiais, pessoas que têm muitas oportunidades e que precisamos oferecer todo o

suporte necessário."

A assessora Especial de Coordenação da Ação Social da Prefeitura de São Caetano, por sua vez, lembrou que há alguns

anos, a cidade não possuía nenhum elemento público de saúde mental que pudesse ser utilizado, realidade esta

completamente alterada atualmente. "Iniciamos esse trabalho exitoso em parceria com a Faculdade de Medicina do ABC e

avançamos. Tanto que, a partir de hoje, conseguiremos promover separadamente tratamentos com dependentes químicos e

de saúde mental."

"Todo esse conjunto de unidades nos proporciona reinserir essas pessoas no convívio social, condição fundamental nestes

casos", observou a secretária municipal de Saúde da Administração sancaetanense.

CAPs - O Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) Jordano Pedro Segundo Vincenzi conta com infraestrutura e profissionais

capacitados a fornecer dispositivos que auxiliem na recuperação clínica nos pacientes. No local trabalham psiquiatras,

psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e enfermeiros, que desenvolvem atendimentos em consultórios e são

responsáveis por terapias individuais e em grupo. Tudo coordenado por Fernanda Piotto.

Homenagem - "Meu avô foi um homem de caráter, honesto e sábio, que tanto fez pela sociedade sancaetanense", lembrou

Renata Saad Vincenzi Onófrio, neta do homenageado, Jordano Pedro Segundo Vincenzi, que foi comerciante por 35 anos,

participante do Movimento Autonomista e vereador, entre outras ocupações.

Modelo proposto

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Modelo proposto na Itália, em Trieste, e que está sendo construído e adaptado no Brasil desde 1986. Consiste em um local que oferece cuidados intensivos, semi-intensivos ou não intensivos a pacientes em sofrimento psíquico diagnosticados como neuróticos graves ou psicóticos que podem já ter ou não histórico de internação e/ou tratamento.

Os Centros de Atenção Psicossocial, como referido, são serviços públicos de saúde mental, destinados a atender indivíduos com transtornos mentais relativamente graves. Esse serviço é uma substituição as internações em hospitais psiquiátricos, e tem como maior objetivo tratar a saúde mental de forma adequada, oferecendo atendimento á população, realizando o acompanhamento clínico, e promovendo a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho e ao lazer, a fim de fortalecer os laços familiares e comunitários.

Esse serviço oferece três modalidades de tratamento (intensivo, semi-intensivo, e não intensivo), que variam de acordo com a necessidade do indivíduo. O atendimento intensivo trata-se de atendimento diário oferecido quando a pessoa se encontra com grave sofrimento psíquico, em situação de crise ou dificuldades intensas no convívio social e familiar, precisando de atenção contínua. Esse atendimento pode ser domiciliar, se necessário. O semi-intensivo, no qual, o usuário pode ser atendido até doze dias no mês, sendo que essa modalidade é oferecida quando o sofrimento e a desestruturação psíquica da pessoa diminuíram, melhorando as possibilidades de relacionamento. Más deve-se ressaltar que a pessoa ainda necessita de atenção direta da equipe do serviço para se estruturar e recuperar sua autonomia. E o não intensivo, que é oferecido quando a pessoa não precisa de suporte da equipe para viver em seu território e realizar suas atividades na família e/ou no trabalho, podendo ser atendido até três dias no mês.

[editar] Acesso e vínculo terapêutico

Logo, para ser atendido no CAPS, pode-se procurar diretamente esse serviço ou ser encaminhado pelo Programa de Saúde da Família ou por qualquer serviço de saúde. A pessoa também pode ir sozinha, mas na maioria dos casos é levada pela família, devendo ser acolhida em seu sofrimento a fim de construir um vínculo terapêutico e de confiança entre o profissional e o indivíduo que procura o serviço. Posteriormente é traçado um projeto terapêutico individual, construído de forma estratégica para atender as atividades de maior interesse para eles, respeitando o contexto em que estão inseridos, e atendendo também as suas necessidades.

O usuário neste momento também se compromete a cooperar com o tratamento, seguindo as prescrições médicas, participando de oficinas culturais, grupos terapêuticos, atividades esportivas, oficinas expressivas (dança, técnicas teatrais, pintura, argila, atividades musicais), oficinas geradora de renda (marcenaria, cerâmica, bijuterias, brechó, artesanato em geral), e oficinas de alfabetização o que possibilita exercitar a escrita e a leitura, como um recurso importante na (re)construção da cidadania, oferece atividade de suporte social, grupos de leitura e debate, que estimulam a criatividade, a autonomia, e a capacidade de estabelecer relações interpessoais impulsionando-os a inserção social.

Essas oficinas podem contar com a participação da família e da comunidade, que são muito importantes para o processo de reabilitação e reinserção das pessoas portadoras de transtorno mental, pois produzem um grande e variado conjunto de relações de troca,

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reforçando os laços sociais e afetivos e proporcionando maior inclusão social desses membros. A proposta de cuidado ao portador de transtorno mental no interior dos CAPS é baseada em ações que visam a sua reabilitação psicossocial, pela busca de autonomia e de cidadania, ressaltando a integridade e as influências biopsicossociais no tratamento a ser executado. Dessa forma o CAPS será um instrumento que viabiliza a relação entre a família e usuário e entre o usuário e a instituição, incentivando a participação dos familiares, profissionais, e da comunidade nos projetos propostos a fim de gerar uma parceria. [1]

Apesar deste sofrimento e desta sobrecarga, que o transtorno mental causa, percebe-se que a família é o elo mais próximo que os usuários têm com o mundo, por isso ela desenvolve um papel importante para seu o tratamento. Dessa forma o CAPS será um instrumento que viabiliza a relação entre a família e usuário e entre o usuário e a instituição, incentivando a participação dos familiares, profissionais, e da comunidade nos projetos propostos a fim de gerar uma parceria. O indivíduo encontra no serviço um apoio, no qual se estabelece uma relação de encontros com outros usuários e profissionais, mantendo-se diálogos relacionados às suas necessidades, desejos, histórias e conhecimentos específicos, trazendo uma troca de experiências, e principalmente um laço afetivo com os seus cuidadores.

[editar] Equipe

Equipe multiprofissional constituída de psiquiatras, neurologistas, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, musicoterapeutas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, profissionais de Educação Física, técnicos de enfermagem, monitores e estagiários, entre outros profissionais. Por realizar oficinas de arte e artesanato como técnica de arteterapia uma nova profissão, a de conduzir as oficinas e avaliar seus resultados ou arteterapeuta.

[editar] Princípios

Em outras palavras, constituem um serviço comunitário que tem como papel cuidar de pessoas que sofrem com transtornos mentais, em especial os transtornos severos e persistentes, no seu território de abrangência. Devem obedecer a alguns princípios básicos, dentre os quais se responsabilizar pelo acolhimento de 100% da demanda dos portadores de transtornos severos de seu território, garantindo a presença de profissional responsável durante todo o período de funcionamento da unidade (plantão técnico), e criar uma ambiência terapêutica acolhedora no serviço, que possa incluir pacientes muito desestruturados que não consigam acompanhar as atividades estruturadas da unidade.

A atenção do CAPS deve incluir ações dirigidas aos familiares e comprometer-se com a construção dos projetos de inserção social. Devem ainda trabalhar com a idéia de gerenciamento de casos, personalizando o projeto de cada paciente na unidade e fora dela, e desenvolver atividades para a permanência diária no serviço.

Os projetos terapêuticos dos CAPS devem ser singulares, respeitando-se diferenças regionais, contribuições técnicas dos integrantes de sua equipe, iniciativas locais de familiares e usuários e articulações intersetoriais que potencializem suas ações. O CAPS

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deve, ainda, considerar o cuidado intra, inter, e transubjetivo, articulando recursos de natureza clínica - incluindo medicamentos -, de moradia, de trabalho, de lazer, de previdência e outros, através do cuidado clínico oportuno e programas de reabilitação psicossocial.

O CAPS vem ajudando não só os portadores de síndromes, mas também as famílias dos mesmos, para que saibam agir e reagir mediante as situações que podem ocorrer.

O Centro de Atenção Psicossocial - CAPS é referência no tratamento dos transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, substitutivo do modelo asilar que visa o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Têm um papel estratégico na organização da rede comunitária de cuidados, direcionando as políticas e programas de saúde mental, com intuito de diminuir as internações e mudar o modelo de assistência dispensado ao doente mental.

Justifica-se pelo fato da população não possuir a dimensão real da capacidade de atuação dos profissionais que prestam serviço nesse centro de saúde, não tendo o direcionamento correto para esclarecer eventuais necessidades e anseios por parte dos usuários e familiares. Não foi encontrado na literatura nenhum trabalho direcionado a exposição das funções exercidas pelos profissionais dentro do CAPS, foi observado durante a coleta de dados que essa informação é falha mesmo dentro da própria unidade, que tem seu Manual de Normas e Técnicas e Rotinas, ainda incompleto, dentro da academia não encontramos nenhum documento ou livro que possa guiar o estudante quanto o funcionamento do centro. O artigo em questão visa não apenas esclarecer aos usuários, mas a população de uma forma geral, incluindo aí os acadêmicos da área de saúde.

Nossa proposta foi informar os usuários através de palestra, apresentação em vídeo e exposição de fotos, a função da equipe multidisciplinar, orientando-os quanto às necessidades que aparecem rotineiramente, também indicando a qual profissional recorrer diante de suas dúvida, com objetivo de mostrar para os usuários e seus familiares as competências e atividades de cada integrante da equipe multiprofissional que é composta por Enfermeiro, Psiquiatra, Psicóloga, Assistente Social, Terapeuta Ocupacional, Farmacêutica, Auxiliar/Técnico de Enfermagem e pessoal de apoio (Auxiliar Administrativo, Cozinheira, Auxiliar de cozinha, Oficineira, Recepcionista, Auxiliar de Serviços Gerais e Porteiro), que têm como finalidade normalizar e padronizar os procedimentos, condutas profissionais dentro do Centro de Atenção.

Desenvolvimento

De acordo com o Ministério da Saúde, CAPS é um serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS).Lugar de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida, realizando acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários, 4.

O acompanhamento aos pacientes com transtorno mental é oferecido num espaço terapêutico onde busca entender e instrumentalizar o usuário desse serviço para o exercício da vida civil.

Os profissionais que compõem a equipe multidisciplinar do CAPS II possuem diversas formações de nível superior e médio numa equipe composta por: Enfermeiro, Psiquiatra, Psicóloga, Assistente Social, Terapeuta Ocupacional, Farmacêutica, Auxiliar/Técnico de Enfermagem e pessoal de apoio (Auxiliar Administrativo, Cozinheira, Auxiliar de cozinha, Oficineira, Recepcionista, Auxiliar de Serviços Gerais e Porteiro), que têm como finalidade normalizar e padronizar os procedimentos, condutas profissionais dentro do Centro de Atenção.

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Enfermeira

Dentro do CAPS o papel da Enfermeira é de coordenadora, uma "ponte" entre equipe e usuário, a representante perante outros serviços e a comunidade e a centralizadora das questões administrativas e burocráticas da unidade, ou seja, a mediadora de toda e qualquer decisão, seja técnica ou administrativa.

O trabalho da Enfermeira no CAPS deve ser desenvolvido com os seguintes objetivos: planejar, programar, avaliar a assistência de enfermagem, a cada paciente ou grupo de pacientes; criar e manter o ambiente terapêutico voltada para a realização das diversas atividades do CAPS; atuar junto ao cliente, à família e à equipe no atendimento de suas necessidades básicas para obtenção de uma saúde, física e mental; colaborar na formação e aperfeiçoamento de novos profissionais na área de saúde mental e demais profissionais interessados na área, (TOWNSEND, 2002).

Desenvolve ainda funções de: pré-consulta de triagem, dividindo essa atividade com outros membros da equipe; consulta especializada de enfermagem psiquiátrica; organização e liderança de grupos terapêuticos; palestras, orientações, coordenação e elaboração de trabalhos na área de saúde mental para o CAPS, a família e a comunidade; organização e manutenção do serviço de enfermagem e do SAME; atendimento individual, grupal, eletivo ou de urgência, (GOMES, 2008).

Ressaltando que, atualmente, os enfermeiros e enfermeiras são importantes agentes de mudança de modelo no tratamento do doente mental, de um aspecto manicomial e asilar para um tratamento ambulatorial, com o consentimento e participação do paciente e família, 2.

Em relação à proposta de prescrição de medicamentos pelo enfermeiro que atua na área de Saúde Mental, o Ministério da Saúde antecipa um protocolo que ainda não está posto. As noologias para as quais o enfermeiro poderá prescrever configuram, em sua totalidade situações de urgências e/ou emergências psiquiátricas. Não implicam situações eventuais. Protocolos existentes em outros serviços permitem a dispensação (que é diferente de prescrição) de medicamentos pelo Enfermeiro nas seguintes situações: Paciente previamente cadastrado no serviço; Paciente que compareça ao serviço portando a sua última receita ainda válida (30 dias de acordo com a Portaria nº 6 de 29 de janeiro de 1999, Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde); Paciente em estado considerado crônico que não apresente alterações em seu quadro. Essas alterações poderiam implicar em uma necessidade, dentre outros, de reavaliação dos medicamentos utilizados; O enfermeiro pode dispensar os mesmos medicamentos já prescritos por um curto período de tempo (dias), agendando uma nova consulta médica.

O cumprimento das atribuições específicas do enfermeiro já lhe garantirá um volume considerável de ações a serem desenvolvidas bem como trará aos portadores de sofrimento psíquico de sua cidade uma atenção diferenciada e de qualidade, 2.

Psiquiatra

O psiquiatra opera como líder da equipe multiprofissional é o responsável pelos diagnósticos e o tratamento dos distúrbios mentais. Prescreve medicações pondera a condição física, avalia os testes psicológicos que auxilia na escolha da melhor terapia para o usuário. Através do exame físico o psiquiatra avalia o nível de consciência do individuo através da anamnese que irá definir o quadro e a capacidade do mesmo em julgar a realidade também pode afastar ou aprovar a suspeita de um possível tumor cerebral, doenças da tireóide e doenças orgânicas.

As consultas em ambulatório tem duração de 30 a 60 minutos, o psiquiatra analisa o desenvolvimento desse paciente, observa se o usuário melhorou o seu quadro psíquico e rever a terapêutica utilizada.Os diagnósticos utilizados dos transtornos psiquiátricos são dados de acordo com a Classificação Internacional de Doenças – CID 10 é publicado pela Organização mundial de saúde é empregado no mundo inteiro. O "CID" foi criado no intuito de mencionar

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critérios de diagnósticos com grande aplicabilidade em diversos transtornos, apesar de possuir muitas categorias extensas apresentam sintomas em diversos transtornos. Esse sistema foi criado para melhorar o quadro de diagnóstico e tratamento dos pacientes atualmente é utilizado em vários países. O tratamento se inicia com o consentimento da família e do paciente, como os medicamentos psiquiátricos apresentam diversos efeitos colaterais é necessário um monitoramento constante da droga, 5.

Na entrevista realizada com a psiquiatra no Centro de Atenção Psicossocial obteve-se o relato do papel do psiquiatra no CAPS, o número de usuários atendidos e a opinião da mesma com relação á aplicabilidade dos diagnósticos do CID.

A psiquiatra relatou que sua atuação é restrita à avaliação clínica, controle de medicamentos dos pacientes e tem participação na terapia de apoio ao usuário. Segundo ela, são cerca de 400 atendimentos mensais, sendo 100 atendimentos dos internos do CAPS. Acrescentou que para a melhoria desse atendimento seriam necessários mais profissionais psiquiatras e psicólogos. Desta forma, todos os pacientes estariam envolvidos em atividades como grupo terapia, terapia ocupacional, terapia individual, no período em que permanecesse na unidade. De acordo com psiquiatra o CID tem aplicabilidade para indicação da medicação e indicação da modalidade de terapia: como grupo individual e ocupacional.

Psicólogo

O Psicólogo é antes de tudo um facilitador, ele trabalha no intuito de promover a auto-estima do usuário e da equipe de trabalho, quer seja dentro de um modelo de saúde pública ou particular que se pensa em ações preventivas, e educativas. É responsável ainda por promover trabalhos em grupo, facilitar o entendimento do cliente quanto sua nova condição de saúde, as necessidades e como deve cooperar com o tratamento.

Para Ribeiro (2004), o psicólogo propicia ao usuário um espaço para expor suas dúvidas, pensar e falar sobre si e sobre tudo que o cerca; trazer seus verdadeiros anseios, medos e credos em relação a sua doença. Colabora com o estabelecimento do vínculo com a equipe e com isso promove a recuperação e inserção social através da confiança e elevação da auto-estima. Cabe ao psicólogo acompanhar desde a recepção dos pacientes, a exposição sobre seu histórico de doença atual e a percepção do tratamento, atuando de forma pontual de modo a fazer emergir as questões de ordem subjetiva.

O enfoque que se espera do psicólogo nestes trabalhos é a informação, fundamental como elemento para o pensar, e todas as orientações comportamentais que facilitam os processos do tratamento. Ele é responsável por discutir assuntos que são constrangedores para outros profissionais e que tanto o usuário, quanto a família consegue discutir com o psicólogo, (RIBEIRO, 2004).

Ainda segundo o autor, o psicólogo deve ter um papel ativo, que facilita tanto a equipe técnica quanto o grupo de pacientes a perceberem as implicações emocionais envolvidas em todas as fases da vida. Metaforicamente diria que exerce a função do maestro de uma orquestra sinfônica, que não toca nenhum instrumento, mas é habilitado em todos.

Assistente Social

Para Strauss (2002), as funções do profissional de assistência social são: dar assistência para entidades conveniadas; emitir pareceres sobre projetos e supervisionar locais de atendimento como CAPS, Creches, Albergues e outros. O Assistente Social tem a habilidade em reconhecer as necessidades desses indivíduos e a propor formas de ação para integrá-los à sociedade ou para buscar o seu bem - estar social.

O assistente social passa pouco tempo de seu trabalho atrás de uma mesa. Para obter respostas objetivas sobre as necessidades do grupo a ser atendido, o profissional deve comparar os problemas enfrentados por essas pessoas à realidade social, econômica e política

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de cada região.O principal campo de atuação desse profissional são os órgãos públicos. Grande parcela das prefeituras e dos governos estaduais desenvolve políticas de assistência social por meio de secretarias ou de coordenadorias criadas especificamente para esse fim. Atualmente cerca de 50% da força de trabalho do assistente social é absorvida pelo setor de saúde. "Na área da saúde, são tratadas não só apenas as doenças clínicas, mas também as sociais geradas pela desestruturação familiar, violência e desemprego", (STRAUSS, 2002).

A assistente social psiquiátrica faz psicoterapia individual, de grupo e de família. Interessa-se pelas necessidades sociais dos clientes, como moradia, suporte financeiro e necessidades da comunidade. Executa uma história psicossocial em profundidade, na qual se baseia a avaliação das necessidades (TOWNSEND, 2002).

Dentro do CAPS II em Barreiras – BA, a Assistente Social é responsável por: realizar anamnese social, estabelecendo o plano de intervenção quando necessário; Acompanhar todos os casos; mobilizar o usuário, familiar e/ou responsáveis para que este participe de forma efetiva do processo de tratamento e reintegração na social; orientar o usuário, familiar e/ou responsáveis, quando necessário, encaminhamento externo; nortear quanto aos direitos previdenciários, trabalhistas e assistenciais; encaminhar aos recursos comunitários quando necessário; participar nos processos de encaminhamento para unidades fechadas; realizar visita domiciliar; realizar anamnese social referente ao programa de medicação de alto custo (Alzheimer e Parkinson); participar na elaboração de projetos e demais atividades do serviço social; acelerar as consultas e exames quando necessário; participar nas reuniões técnicas da equipe multidisciplinar e Agilizar a oferta do benefício BPC (Benefício de Prestação Continuada) para paciente com diagnóstico de demência mental severa e com renda familiar de 25% do salário mínimo por pessoa.

Técnico/Auxiliar de Enfermagem

A conduta dos profissionais técnicos de enfermagem varia de um estado para outro, incluem educação de ensino médio, com educação vocacional ou treinamento no serviço. Alguns hospitais empregam indivíduos formados em psicologia para esta função, outros exigem um exame de licenciamento para a prática (TOWNSENDO, 2002).

O trabalho do auxiliar e do técnico de enfermagem consiste em um modelo psicossocial sob novos dispositivos institucionais de atenção em saúde como tendência nas políticas de saúde mental, busca a prática substitutiva ao modelo asilar e introduzem novas ações de intervenção na assistência, efetivando o cuidado prestado por essas categorias profissionais nesse novo modelo assistencial (Revista Latino-Americana, 2005).

O auxiliar e o técnico de enfermagem são profissionais que utilizam do acolhimento como instrumento de intervenção. Por estarem mais próximos dos usuários eles estão atentos à problemática de saúde do indivíduo que busca apoio.As informações trazidas pelos usuários são ouvidas e interpretadas, o profissional auxilia o cliente a perceber-se, reposicionar-se subjetivamente, propondo ajuda aos seus conflitos e apoiando-o nos seus desejos e sonhos, para resgatar a sua vida cotidiana, dando, assim, um primeiro passo para uma intervenção reabilitativa (Revista Latino-Americana, 2005).

A assistência técnica trabalha sob a supervisão da Enfermeira Psiquiátrica. Auxilia os terapeutas nas atividades conforme o necessário na condução de seus grupos. Pode também participar no desenvolvimento de relações individuas, é responsável pelas atividades de administração de medicamento, assistência aos clientes na realização das atividades da vida cotidiana (banhos, asseio das unhas e alimentação) e verificação da pressão arterial (TOUNSEND, 2002).

Terapeuta Ocupacional

Terapeuta trata pacientes portadores de dificuldades e de limitações provocadas por problemas orgânicos, emocionais e mentais. Realiza atividades físicas ou artísticas, com o objetivo

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favorecer a integração social e devolver ao paciente autonomia e condições possíveis para lidar com a sua realidade. Busca recuperar a função humana, elevar o perfil das ações motoras e mentais e reabilitar através das atividades, 7.

Trabalham com déficits físicos, mentais (transtornos psíquicos e cognitivos) e sociais; com tudo que discute ou ameace a funcionalidade do homem, para que este não seja excluído da sociedade, através de atividades especificas para ajudar a alcançarem seu nível máximo de funcionalidade e independência, (CARIOLI, 2006).

Ainda segundo Carioli (2006), as áreas de desenvolvimento desta profissão são vastas, pois a incapacidade pode e é causada por vários fatores (congênitos, estresse, traumas físicos, psíquicos e neurológicos, dentre outros). Daí, a importância do Terapeuta Ocupacional em creches, escolas regulares e especiais, hospitais psiquiátricos, hospitais clínicos e cirúrgicos, fábricas, empresas, centros de dependentes químicos, centro de recuperação social, centro de recuperação nutricional, asilos, albergues, consultórios e CAPSs.

Segundo a terapeuta ocupacional do CAPS II- Barreiras, o objetivo do trabalho do terapeuta é criar uma maneira de inserir o cliente numa dada atividade social. Os resultados no tratamento são impressionantes e o cliente não precisa esperar para ser atendido no consultório para conversar com o Terapeuta Ocupacional ele está sempre à disposição do usuário nos momentos das atividades. Isso faz com que alguns medos e ansiedades sejam superados, se evitem algumas internações e o agravamento de muitos surtos, além de estimular a socialização e a auto-estima, dentre outros benefícios.

A terapia ocupacional pode ser: Preventiva - geralmente para pacientes que possuem alguma doença degenerativa, o profissional trabalha para que as habilidades de realizar tarefas do dia-a-dia sejam preservadas ao máximo; Habilitação - voltada para pessoas que precisam aprender a realizar as tarefas do dia-a-dia da melhor forma. Geralmente são crianças que já nascem com algum tipo de limitação ou que adquiriram durante a infância e Reabilitação - voltada para pessoas que perdem capacidade ou habilidades por algum tipo de doença, ou por pessoas que não conseguem realizar tarefas satisfatoriamente, como é o caso de pessoas muito estressadas ou hiperativas. Nesse caso, o trabalho é feito para tentar recuperar faculdades, e desenvolve-las ao máximo, 6.

Farmacêutica

A Farmacêutica trabalha com a assistência farmacêutica, que engloba várias etapas: seleção, programação, armazenamento, recebimento e conferência de medicamento. É também responsável pela orientação dos pacientes quanto à tomada do medicamento, explicando as alterações, dosagem certa, como também tirar eventuais dúvidas do usuário e/ou acompanhante de maneira simplificada sobre os efeitos adversos, colaterais e número de doses que o usuário deve tomar ao dia

Atendimento Intensivo:trata-se de atendimento diário, oferecido quando a pessoa se encontra com grave sofrimento psíquico, em situação de crise ou dificuldades intensas no convívio social e familiar, precisando de atenção contínua. Esse atendimento pode ser domiciliar, se necessário;

• Atendimento Semi-Intensivo:nessa modalidade de atendimento, o usuário pode ser atendido até 12 dias no mês. Essa modalidade é oferecida quando o sofrimento e a desestruturação psíquica da pessoa diminuíram, melhorando as possibilidades de relacionamento, mas a pessoa ainda necessita de atenção direta da equipe para se estruturar e recuperar sua autonomia. Esse atendimento pode ser domiciliar, se necessário;

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• Atendimento Não-Intensivo:oferecido quando a pessoa não precisa de suporte contínuo da

equipe para viver em seu território e realizar suas atividades na família e/ou no trabalho, podendo ser atendido até três dias no mês. Esse atendimento também pode ser domiciliar.

Recursos Terapêuticos:

• Atendimento individual:prescrição de medicamentos, psicoterapia, orientação;

• Atendimento em grupo: oficinas terapêuticas, oficinas expressivas, oficinas geradoras de renda, oficinas de alfabetização, oficinas culturais, grupos terapêuticos, atividades esportivas, atividades de suporte social, grupos de leitura e debate, grupos de confecção de jornal;

• Atendimento para a família:atendimento nuclear e a grupo de familiares, atendimento individualizado a familiares, visitas domiciliares, atividades de ensino, atividades de lazer com familiares;

• Atividades comunitárias:atividades desenvolvidas em conjunto com associações de bairro e outras instituições existentes na comunidade, que têm como objetivo as trocas sociais, a integração do serviço e do usuário com a família, a comunidade e a sociedade em geral. Essas atividades podem ser: festas comunitárias, caminhadas com grupos da comunidade, participação em eventos e grupos dos centros comunitários;

• Assembléias ou Reuniões de Organização do Serviço:a Assembléia é um instrumento importante para o efetivo funcionamento dos CAPS como um lugar de convivência. É uma atividade, preferencialmente semanal, que reúne técnicos, usuários, familiares e outros convidados, que juntos discutem, avaliam e propõem encaminhamentos para o serviço. Discutem-se os problemas e sugestões sobre a convivência, as atividades e a organização do CAPS, ajudando a melhorar o atendimento oferecido.

São atividades comuns nos CAPS:• Tratamento medicamentoso: tratamento realizado com remédios chamados medicamentos psicoativos ou psicofármacos. • Atendimento a grupo de familiares:reunião de famílias para criar laços de solidariedade entre elas, discutir problemas em comum, enfrentar as situações difíceis, receber orientação sobre diagnóstico e sobre sua participação no projeto terapêutico.

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• Atendimento individualizado a famílias:atendimentos a uma família ou a membro de uma família que precise de orientação e acompanhamento em situações rotineiras, ou em momentos críticos.

• Orientação: conversa e assessoramento individual ou em grupo sobre algum tema específico, por exemplo, o uso de drogas.