Carimbos de Indios

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    43Revista de Arqueologia, 18: 43-50, 2005

    Artigo

    Carimbos arqueológicos1

    ResumoO artigo pretende destacar a importân-cia dos carimbos corporais enquanto ar-tefato em pesquisas arqueológicas. Com-preendidos como elemento cultural deorganização social de grupos pré-colo-niais, esse estudo visa contribuir paradiscussões sobre processos adaptativos,sedentarização de populações em aldeiase processos de mudanças culturais e suacontinuidade em grupos etnográficosconhecidos.

    Palavras-chave: Carimbos arqueológicos;Mudança cultural; Estado de Goiás.

    AbstractThis articles aims to highlight the impor-tance of skin stamp tools as artifacts inarchaeological research. Taken them ascultural features related to social orga-nization among pre-colonial groups, thisstudy intends to contribute to the de-bate on adaptive processes, sedentaryvillage life, and processes of culturalchange, as well as continuity among kno-wn ethnographic peoples.

    Keywords: Archaeological stamps; Cul-tural change; State of Goiás.

    1 Parte da tese de doutorado desenvolvida no Museu de Arqueologia e Etnologia – MAE/USP eMuseu Antropológico – UFG. Com bolsa do Centro de Aperfeiçoamento Profissional do EnsinoSuperior/CAPES.

    Margareth de Lourdes Souza

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    Souza, M. L.

    2 Comunicação apresentada na XII Reunião da Sociedade de Arqueologia Brasileira em 2003, SP.3  Acervo incorporado posteriormente ao Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade deSão Paulo.

    O presente artigo pretende destacara importância dos artefatos referencia-

    dos como carimbos corporais em pesqui-sas arqueológicas2.Os carimbos destinam-se à função de

    imprimir no corpo, rosto e outros suportessignos visuais projetando valores éticose estéticos. Em contextos arqueológi-cos são relacionados à pintura corporal,com possibilidades de uso em outros su-portes perecíveis. Em contextos etno-gráficos seu uso está relacionado alémdo corporal a vestimentas e adornos(cordões, fitas e faixas). Os carimbos

    etnográficos que parecem ter sido con-feccionados, em maior densidade, noBrasil até as primeiras décadas do sé-culo XX, são ainda encontrados, commenor freqüência, como por exemplo,entre os grupos indígenas Karajá (GO) eos Xerente (TO).

    O estudo dos carimbos corporais foiiniciado com o estudo dos sítios arqueo-lógicos pré-coloniais GO-Ni. 128, GO-Ni.155, GO-Ni.202 (estado de Goiás)analisados, entre outros, na tese Análisede sítios pré-coloniais na bacia do altorio Tocantins, onde constatou-se quehavia esparsas citações em livros e emrelatórios de pesquisas arqueológicassobre a ocorrência desse artefato.

    No artigo de Baldus (1962) têm-seum estudo sistemático sobre carimboscorporais utilizados por grupos indígenasbrasileiros e alguns poucos carimbosarqueológicos localizados nas regiõesnorte e nordeste do Brasil. Nesse artigo,o autor questiona a razão da não inclu-são dos carimbos corporais no livro deSteward (1949), Handbook of Southa-merican Indians, e até lamenta as pou-cas referências existentes em seu pró-prio livro, Bibliografia crítica da etnolo-gia brasileira (Baldus, 1954).

    A pesquisa de Baldus foi realizada apartir de consultas bibliográficas (publi-

    cações e correspondências) nos acer-vos de museus brasileiros como o Museu

    Paraense Emílio Goeldi (Belém-Pará),Museu Nacional (Rio de Janeiro-RJ),Museu Regional de Dom Bosco (CampoGrande-MT), Museu do Estado de Per-nambuco (Recife-PE) e no acervo arque-ológico da Faculdade de Filosofia, Ciên-cias e Letras da Universidade de SãoPaulo (São Paulo-SP)3. E em museus es-trangeiros, como o Etnografiska Museet(Göteborg-Suíca), Hamburgisches fürVölkerkunde (Hamburgo-Holanda), PittRivers Museum (Oxford-Inglaterra),Museu Nacional (Copenhague-Dinamar-ca), Museu Etnológico (Hamburgo-Holan-da). Destaca-se que as publicações sobreeste tema e as coleções que se encon-tram nos referidos museus foram forma-das em períodos anteriores à década de1960. Desde então, não foram realiza-das pesquisas sistemáticas sobre o temacarimbos, diferentemente do que ocorreem relação às pinturas indígenas.

    Os carimbos arqueológicos coletadose analisados são assimétricos, confeccio-nados em argila, por meio da técnica demodelagem e decoração excisa grava-das em sua superfície, compondo linhasretas, curvilíneas, pontos, círculos e se-micírculos em espaços cheios e vazios.Quanto às impressões, nos carimboscilíndricos, elas são realizadas sem in-terrupção da rolagem sobre uma super-fície. Nos carimbos planos a base da im-pressão é plana, apresentando uma faceplana, que imprime desenhos com con-torno circular e/ou retangular, e outraextremidade com a forma cilíndrica ser-

    ve para manejá-lo.

    Sistema de classificaçãoutilizado

    Os termos aqui utilizados, tais comomotivos geométricos ou figuras geomé-

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    tricas, referem-se a um sistema de clas-sificação, para o qual não se perdeu a

    perspectiva de que cada carimbo possuium significado no contexto social e ceri-monial em que foi elaborado, dentro davisão êmica do grupo que o produziu.

    Os critérios para a classificação doscarimbos arqueológicos na pesquisa fo-ram: matéria-prima, morfologia (cilíndri-ca ou plana) e motivos decorativos queagrupados formaram os tipos: listas, fai-xas retas e curvilíneas, pontos e a asso-ciação desses motivos geométricos entresi, (Fig. 01 e 02). Na Fig. 01 as duas

    primeiras impressões são mais freqüen-tes nos inúmeros sítios arqueológicos degrupos de agricultores ceramistas.

    seguintes critérios: desenhos, matéria-prima e forma, onde definiu-se sete tiposde carimbos: vareta, plano-largo, garfo,babaçu, cabaça, rolo e corda. Foramregistrados entre os grupos indígenas:Apinayé, Kaiapó, Krahó, Xerente,Ramakákamekra-Canela (Jê), Palikur (fa-mília Aruak), Bororo (Tronco Macro-Jê/família Bororo), Karajá (Tronco Macro-Jê/família Karajá), Kadiwéu (Mbayá-Guai-kurú), Ñandéva (Tupi-guarani), Kaingang,Tiriyó (Karibe), Kaxuyana (Karibe),Amahuáka (Pano). Eram confeccionadoscom diversos tipos de madeira, comovaretas, talos e galhos, frutos secos(babaçu e cabaça), com a técnica deentalhe (Baldus, 1962; Nimuendajú, 1983;Silva & Farias, 1992; Vidal, 1992).

    A elaboração dos carimbos entre osgrupos etnográficamente conhecidos temfunção social e religiosa, representandoformas de organização social, como

    Fig. 01 - Motivos de pintura de carimbos cilín-dricos, as duas primeiras impressões são maisfreqüentes (padrão listões).Região da UHE deSerra da Mesa –GO.

    A nomenclatura utilizada para definiros carimbos arqueológicos e etnográfi-cos difere muito pouco. Os carimbosarqueológicos denominados cilíndricosequivalem aos carimbos etnográficosclassificados como rolos por Baldus

    (1962); os carimbos arqueológicos planossão equivalentes aos carimbos etnográ-ficos plano-largos. Apesar de ser possí-vel o enquadramento dos carimbos ar-queológicos desta pesquisa na classifi-cação de carimbos etnográficos, optou-se por manter a nomenclatura já utiliza-da na arqueologia para referenciá-los:carimbos cilíndricos e carimbos planos.

    Os carimbos etnográficos foram clas-sificados por Baldus (1962) utilizando os

    Fig. 02 - Desenhos das impressões dos carim-bos cilindricos (padrão listões) da Região daUHE de Serra da Mesa –GO.

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    distintivos de metade tribal, classes deidades, com uso em outras cerimônias e

    rituais. Entre os Krahó são utilizados naFesta do Pembkahók e Baldus (1962)esclarece que eles fabricavam o carimbodo tipo plano-largo com talo de buritiexclusivamente para esta festa; para osKaingang são empregados na Festa dosMortos, na qual a metade Kadnyerú écarimbada pelos membros da outra me-tade; no grupo Kayová-Guarani, o ca-rimbo sagrado é utilizado em cantos reli-giosos, nos quais uma divindade que vemà Terra adorna o crente eleito; e entreos Xerente e os Timbira, os carimbos sãodistintivos das classes de idade. Os mo-tivos de pinturas, carimbos sob outrasformas (varetas, frutos) dos grupos in-dígenas são bastante difundidos na lite-ratura antropológica (Baldus, 1962;Nimuendajú, 1983; Silva & Farias, 1992).

    Carimbos arqueológicosNa bibliografia arqueológica são es-

    cassas as informações referentes aoscarimbos corporais, geralmente são apre-

    sentados na figura do conjunto de peçasdo sítio em estudo (Schmitz et al., 1982;Caggiano & Sempe, 1994; Faccio, 1998;Martins, 1998; Wust, 2001). Destaca-seo artigo de Baldus (1962:51-59) ondeapresenta carimbos arqueológicos con-feccionados em argila, coletados nasseguintes localidades das regiões nortee nordeste do Brasil, citando seus res-pectivos informantes e/ou coletores:baixo curso do rio Solimões, carimbos deManacapuru (Hanke, 1951; Pinheiro,

    1953; Schultz, 1953); carimbos do gru-po indígena Tarumã, extinto no séculoXX (Fock, 1960; Meggers & Evans,1957); e um carimbo Tupinambá emAmargosa - BA (Ihering, 1904).

    Carimbos corporais doEstado de Goiás

    Os carimbos arqueológicos na regiãodo Estado de Goiás foram coletados nas

    bacias dos rios Tocantins e Paranaíba porAndreatta (1982), Schmitz et al (1982),

    Faccio et al. (1998) e no norte goiano,bacia do alto rio Araguaia, por Souza & Zanettini (2004) e Souza (2005). Até oano de 2005 foram registrados aproxi-madamente 59 carimbos, podendo alcan-çar um total de 80, considerando a pos-sibilidade dos não registrados e/ou nãoidentificados em decorrência do estadode conservação. Esses carimbos encon-tram-se nos acervos das seguintesinstituições: Museu Antropológico/UFG,Instituto Goiano de Pré-História e

    Antropologia/UCG na cidade de Goiâniae Museu Municipal Ângelo Rosa de Mou-ra no município de Porangatu - GO. Des-ses 59 carimbos, 28 foram resgatadosno norte goiano, bacia do rio Araguaia,nos municípios de Alto Horizonte eFormoso – GO (Zanettini & Souza, 2004).

    Os carimbos foram localizados emsítios arqueológicos dos agricultoresceramistas da Tradição Uru, que pene-traram pelo lado oeste de Goiás, baciado Araguaia, avançando em direção ao

    norte-nordeste, alcançando o alto cur-so do rio Tocantins. Em contato com osgrupos da Tradição Aratu, que já seencontravam instalados na região, de-senvolveram processos de interação cul-tural (Schmitz, 1982; Wust, 1983, 2001;Robrahn, 1996). A datação mais antigapara esses grupos no Estado de Goiás éregistrada no século X, no alto Tocan-tins e, a partir do século XII, no alto emédio Araguaia. As datações absolutasdos sítios arqueológicos estudados

    encontram-se localizados na bacia do rioAraguaia: Juquira 290 ± 20, Sitio Jenipa-po 525 ±30 e 300 ± 20 e na bacia do rioTocantins: Sitio Piracanjuba (GO-Ni.202)792, 641,522 e 441, sitio Três Ranchos(GO-Ni.128) 354 AP, Abrigo da Cerâmica(GO -Ni.155) 308 AP, conforme Quadro 1.

    Os carimbos planos aparecem commenor freqüência e foram localizados emsítios arqueológicos dos grupos da Tra-dição Uru nas fases Uru, Uruaçu e Jaupaci.

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    Quadro 1 - Datações absolutas de sítios arqueológicos com carimbos no Estado de Goiás.

    Nas duas últimas fases ocorrem os ca-rimbos planos e nos sítios da fase Mos-

    sâmedes, da Tradição Aratu. Deve-sedestacar que na área inicial desta pes-quisa, na área de 1784 km2  - alto rioTocantins – foram localizados quatro ca-rimbos planos, nos sítios GO-Ni.155(Abrigo da Cerâmica) e GO-Ni.202(Piracanjuba); no sítio GO-Ni.213(Mapará), não incluído na tese/pesquisainicial, provavelmente relacionado à faseUruaçu, situado próximo ao sítio GO-Ni.202, o único carimbo localizado encon-trava-se erodido na base de impressão.

    A densidade dos carimbos pareceaumentar em direção norte/nordestegoiano, porém deve-se considerar asvariáveis ambientais e a necessidade dacontinuidade de pesquisas sistemáticaspara conclusões.

    Carimbos do sítio GO-Ni.202 – Sítio Piracanjuba –Região da UHE de Serra daMesa

    A matéria-prima utilizada em sua ela-boração é a argila, com a técnica demodelado, emprego de areia e/ou cinzavegetal na pasta de argila e queimaoxidante completa; o tratamento desuperfície é o alisamento e a técnicadecorativa é o exciso.

    Com o carimbo cilíndrico ou de rolo,as impressões são realizadas impregnan-do-o de tinta, sem interrupção de suarolagem sobre uma superfície. Já no ca-rimbo plano, a base de impressão apre-senta uma extremidade plana e circular,que imprime desenhos com círculosconcêntricos, e outra com a forma cilín-drica, que serve para segurá-lo.

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    Conforme visto na Fig. 03 os carim-bos nº 1, 2, 3, 4, 5 e 6 foram classifica-

    dos como cilíndricos, onde a impressãoocorre de forma contínua, com linhas pa-ralelas compondo motivos geométricoscom linhas retas, curvilíneas e pontos.Os carimbos planos foram subdivididosem tipo 1 (nº 7), com desenhos circula-res e tipo 2 (nº 8), com desenhos apre-sentando linhas retas e curvas. A defini-ção das impressões incidiu principalmentesobre as formas geométricas de linhascontínuas, faixas, bastonetes (pequenossegmentos de linhas) e pontos (circula-res).

    Região da UHE de Serra daMesa – GO.

    O carimbo cilíndrico nº 1, com pa-drão de listões, apresenta linhas retas ecurvas intercaladas; a seqüência dodesenho apresenta uma linha curva in-

    Fig. 03 - Desenhos das impressões dos carimbos corporais do sítio arqueológico GO-Ni.202.

    tercalada com duas linhas retas e a se-gunda linha curva fechando o conjunto.

    Seu comprimento atinge até 9cm. Suaimpressão difere do conjunto de carimbosdesse sítio arqueológico e dos demaiscoletados no estado de Goiás.

    O carimbo cilíndrico nº 2, com pa-drão de listões apresenta linhas e estáfragmentado. Sua impressão consiste emlinhas paralelas, com a suposta presençade um bastonete e três linhas. O frag-mento mede 4,3cm, quando intacto, teriaaproximadamente 9cm de comprimento.

    Os carimbos cilíndricos nº 3, 4, 5 e 6,

    com padrão de listões, têm como moti-vos decorativos linhas e bastonetes, seg-mentos de linha paralelas ou pequenaslinhas interrompidas. O carimbo nº 3 temcerca de 4cm; o nº 4 com 6cm; o nº 5,com 8cm; e o nº 6 com 6cm.

    O carimbo plano nº 7, do tipo 1, apre-senta padrão circular, um circulo cen-tralizado com duas linhas cruzadas, de

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    onde partem mais dois círculos concên-tricos separados por sulcos de 0,3cm. O

    diâmetro da face mede 3,6cm e o com-primento da peça é de 4,2cm.O carimbo plano nº 8, do tipo 2, com

    padrão retangular, apresenta linhas ebastonetes. Sua impressão é formada porlinhas retas e linhas curvas, resultandoem um desenho semelhante a uma pegadade animal. O fragmento mede 4,5cm.

    Considerações eperspectivas

    As principais considerações levan-tadas sobre os carimbos, foram as se-guintes:

    Destinam-se a função de imprimir norosto e/ou corpo signos visuais, proje-tando valares éticos e estéticos. Emcontextos arqueológicos são relaciona-dos à pintura corporal, com possibilidadede ornamentação em outros suportes,como visto em contextos etnográficos,onde seu uso foi relacionado ao corpo,rosto, vestimentas e adornos;

    Os carimbos arqueológicos coletadosno Estado de Goiás foram encontradosem sítios arqueológicos que apresentamindicativos de contatos com outros gru-pos culturais (Aratu com grupo Uru);

    podem representar formas de diferenci-ações internas nos grupos portadores

    deste artefato, provavelmente utilizadosem cerimônias e rituais, o que remete adiscussões sobre organizações internasem grupos pré-coloniais;

    Alguns carimbos coletados diferenci-am-se dos demais, por demonstrarem ummaior refinamento em sua elaboração enas dimensões;

    As datações apresentadas indicam acontinuidade histórica, conforme data-ções, entre contextos arqueológicos eetnográficos (grupos proto-jê);

    Os carimbos arqueológicos localizadosforam confeccionados em argila e apre-sentam queima; há possibilidade de utili-zação de outros tipos de matéria-prima;

    A partir dos dados apresentados so-bre os carimbos considera-se a necessi-dade emergente de continuidade de pes-quisas sobre carimbos arqueológicos,levantando dados sobre sua distribuiçãoespacial (intra e inter-sítios, espaçosinternos e externos das aldeias pré-co-lonais) e temporal (datações absolutas),correlação com a complexidade das rela-ções sociais envolvidas em seu uso, osdiversos suportes, a busca do sentidoêmico e os processos culturais envolvidosem seu desuso.

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