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Caso prático nº2 Um caso prático tem sempre situações mais dif í ceis e situações mais f áceis. Caso prático enquadramento jurí dico de Dto substantivo (estes tipos incriminadores permitem inferir raciocí nio de processo penal) 1. Metodolog ia da res oluçã  o do caso Diferentes tipos de crime, diferentes autores. Ser á que devemos tratar tudo junto? - Há crimes que diem respeito a todos - !utros só a al"uns - #em todos os crimes est ão no mesmo plano de le"itimidade da promo ção$ temos crimes públicos - É pciso ponderar a naturea do crime, pois isso condiciona a le"itimidade de promover $ a forma de pr ocesso depende da naturea do crime e de quem o possa promover. - % questão da detenção em fla"rande delito - &ara o próprio ato (policial neste caso- "nr) da deten ção, a naturea do crime também é relevante. 'uest ão$ o militar da "nr pode deter qqr pessoa que tena praticado qqr crime? #ão Conclusão$ - &luralidade de indiví duos - #aturea do crime - &r óprio ato da detenção pode estar condicionado com a naturea do crime Conclusão$ º %nalisar naturea processual do crime e as suas consequ ências Começar a resposta$ *stão aqui em causa os se"uintes crimes, com a se"uinte naturea, com as se"uintes penas (relevante pra solu ção processual) Conclusão: identifcar os crimes, a sua natureza processual do crime, identifcar a pena aplicável e retirar consequências processuais do caso concreto. Conclusão: Caracterização do crime e consequências processu ais - Crime de inj úrias (+º C&)$ Crime de naturea particular (++º,) (conclus ão$ n admite det em fla"rante delito- º,) (conclus ão$ *ste crime, a ser junto com al"um outro, não pode ser jul"ado em processo sumário, n só pcausa da conclusão como tbm pq/), limite má0imo pena abstrata 1 meses de pris ão. (/se 2& promovesse forma sumária do pr ocesso, estaria a faer independentemente da tramitação do que é um crime particular) (a tramitação d processo sumário é incompatí vel com a tramitação de um crime particular- o crime particular e0i"e cumprimento do +º- a dinâmica do psumário é outra$ detenção) - Crme de dano (art º)$ Crime semipúblico (art º, nº) (conclusão $ admite detenção em fla"rande delito- º) , com pena at é 1 anos3equisi tos adicionais qto à quei0a, pra tramitar em forma sumária$ i) Haver quei0a. #ão avendo quei0a, qual a consequência$ a detenção por este crime n se pode manter e, consequentemente, n ão á processo sumário. % quei0a condiciona a le"alidade da detenção

Casos práticos de Direito Processual Penal

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Casos Práticos e Resolução de Direito Processual Penal

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Caso prático nº2Um caso prático tem sempre situações mais dif í ceis e situações mais f áceis.

Caso prático – enquadramento jurí dico de Dto substantivo (estes tipos incriminadores

permitem inferir raciocí nio de processo penal)

1.Metodologia da resoluçã o do caso

Diferentes tipos de crime, diferentes autores. Será que devemos tratar tudo junto?

- Há crimes que diem respeito a todos

- !utros só a al"uns

- #em todos os crimes estão no mesmo plano de le"itimidade da promoção$ temos

crimes públicos

- É pciso ponderar a naturea do crime, pois isso condiciona a le"itimidade de

promover $ a forma de processo depende da naturea do crime e de quem o possa

promover.

- % questão da detenção em fla"rande delito

- &ara o próprio ato (policial neste caso- "nr) da detenção, a naturea do crime

também é relevante. 'uestão$ o militar da "nr pode deter qqr pessoa que tena

praticado qqr crime? #ão

Conclusão$

- &luralidade de indiví duos

- #aturea do crime

- &róprio ato da detenção pode estar condicionado com a naturea do crime

Conclusão$

º %nalisar naturea processual do crime e as suas consequências

Começar a resposta$ *stão aqui em causa os se"uintes crimes, com a se"uinte

naturea, com as se"uintes penas (relevante pra solução processual)

Conclusão: identifcar os crimes, a sua natureza processual do

crime, identifcar a pena aplicável e retirar consequências

processuais do caso concreto.

Conclusão: Caracterização do crime e consequências processuais

- Crime de injúrias (+º C&)$ Crime de naturea particular (++º,) (conclusão$ n

admite det em fla"rante delito- º,) (conclusão$ *ste crime, a ser junto com

al"um outro, não pode ser jul"ado em processo sumário, n só pcausa da conclusão

como tbm pq/), limite má0imo pena abstrata 1 meses de prisão.

(/se 2& promovesse forma sumária do processo, estaria a faer independentemente

da tramitação do que é um crime particular) (a tramitação d processo sumário éincompatí vel com a tramitação de um crime particular- o crime particular e0i"e

cumprimento do +º- a dinâmica do psumário é outra$ detenção…)

- Crme de dano (art º)$ Crime semipúblico (art º, nº) (conclusão $ admite

detenção em fla"rande delito- º) , com pena até 1 anos…3equisitos adicionais qto à quei0a, pra tramitar em forma sumária$

i) Haver quei0a. #ão avendo quei0a, qual a consequência$ a detenção por este

crime n se pode manter e, consequentemente, não á processo sumário. % quei0a

condiciona a le"alidade da detenção

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#a vdd não sabemos sequer se vai aver ou não processo4 n fa sentido encaminar

as coisas pra uma forma de processo sem saber se vai aver ou não sequer processo

#este caso, n ouve quei0a, lo"o temos de e0cluir a forma sumária de processo

- Crime de participação em ri0a (º C&)$

(#o caso, os se"uranças detiveram %, 5 e C)

'ue detenção ocorre, por quem, é feita em 6D ou não? %qui á uma detenção$

interessa discutir. 7emos de ponderar se a detenção de todas estas pessoas é ou não

em fla"rande delito, e qual a relevância processual disso8

&ra sabermos se se aplica forma sumária, e0i"e-se detenção le"al em fla"rante

delito.

Há detenção le"al qto aos r"uí dos pra sabermos se eles vão ser presentes a

jul"amento$

- 3elativamente a %, 5 e C$ Detenção foi le"al4 pra se manter e0i"e-se aquelaquei0a…- 3elativamente D e *$ Detenção

9á vimos os tipos de crime, os pressupostos forma de processo e compatibilidade com

cada um dos crimes.

Conclusão de sí ntese: 3esposta à per"unta$

- 3elativamente crime injúrias$ #ão é possí vel aver tramitação na forma sumaria

raao pela qual avendo quei0a, pode ser aberto inquérito (e decidir-se

posterirmente qual a forma que se"ue- comum ou outra)

- 3elativamente crime dano$ # é possí vel tramitaçõ na f-sumária4 &ode vir maistarde a ser…4 # pode ser aberto processo nenum (s: prejuí o da quei0a poder ser

apresentada mais tarde e consequente abertura de processo)

- 3elativamente crime ri0a$ ;erificam-se os pressupostos de tramitação na f-sumária

relativamente a uns e n a outros4 ! crime de participação em ri0a é um crime de

comparticipação necessária (prá realiação do tipo é pressupsoto envolvimento

plural)4 aqui tinamos 1 dum lado detidos em fd4 outros detidos sem ser em fd4 #

podemos levar todos a p-sumário… <riamos analisar em psumário uma ri0a só com

uns dos seus elementos?

É um crime de participação necessária (pluralidade de a"entes que intera"em entre

si para a realiação do tipo)$ n fa sentido levar a jul"amento na psumária só umaparte deles.

&or esta raão, por n faer sentido levar uma parte e n os restantes, n é admitida

forma sumária do processo. 'to a todos os intervenientes em que todos são

necessários para a realiação do tipo, n pode aver p-sumário4 caso contrário

estarí amos a levar apsumário umas pessoas e n outras4 Conclusão$ nos crimes de

comparticipação necessária, pra aver uma situação de psumário, todos os a"entes

que são necessários pra realiar o tipo têm de ser detidos em fla"rante delito.

7endo vários crimes pra serem promovidos em várias formas de processo… quid

juris? ver art º, nº- tendo vários crimes que admitem formas de processp =:=’s,com que critério os processos devem ser encaminados? 'ual o critério? 3$ art º-

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# temos uma norma e0pressa no códi"o que nos di"a especificamente qto formas de

processo como !&C ou 2& devem proceder qd têm vários crimes que podem ser

conduidos em diversas formas de processo.

Se temos 1 crimes que dentre eles ns admitem um processo outros outro, qeq 2&

fa?

&rof nos fascí culos aplicou o art º$ escoler uma forma de processo ou outra em

certo sentido.

%"ora$ %rt º > 6acto de lei de e0ecução de polí tica criminal dier que se deve

promover as formas especiais de processo = *m re"ra, se poder avançar com

proceesso especial, o 2& e !&C estão obri"ados a encaminar as coisas pró processo

sumário4 &rioridade do psumário4

! 2& só pode promover processos, seja ele qual for se tiver le"itimidade4

Se se verificarem pressupostos da forma processo sumária deve dar prevalência.

Conclusão$ 7endo nós 1 crimes S* tivessem reunidos todos os pressupostos de fd

(participri0a), então a participação em ri0a poderia ser jul"ada em forma sumária de

processo.*0$ Se tivesse pressupostos todos de fd da ri0a e ouver tbm injúrias, q tramitação

se"uir (tudo sumário ou dividimos)$ o processo vai tramitar na forma sumária qto àri0a e o outro enviado pra inquérito (até pq n sabemos se o crime particular vai pra

frente).

2.&ressupõe resposta à questão nº.

7<namos concluí do que as injúrias tina de aver abertura de inquérito, quei0a…4 !

dano n avia quei0a lo"o naquele momento n á processo em curso4 'to participação

em ri0a, como faltava parte dos intervenientes necessários para preencimento dotipo, pode-se abrir inquérito, mas n pode se"uir forma sumária… teria de começar

na forma comum4 'd 2& cnclui que n pode promover na forma sumária…O q nós temos um processo de participação em ri!a que tramitará

na "#comum ou "#a$reviada.

&ensar$ qual o bj tutelado pela ri0a? Crime de peri"o (e n de dano, pois o elemento

do dano está fora do tipo de ilí cito) (ou dolo é só em participar na ri0a, n na ofensa

à int f í sica ou vida) (parece um crime de dano, mas é de peri"o) contra interesses

pessoais (inte"ridade f í sica e ri0a).

<nte"ridade f í sica. 'ualidade pra constituição de assistente delimita-se pela…

É em f ç da determinação do bj que se determina ofendido para efeitos processuais8Critério$ 7eoria do bem jurí dico

#a opinião do prof., o crime do art º é um crime de peri"o para a int f í sica e

vida. <sto condiciona a le"itimidade pra constituição de assistente.

3elativamente ao crime particip em ri0a, poderám constitui-se assistente

3$ Sendo que se trata de um crime de peri"o para a vida e int f í sica4 pode aver

lesados sem que tenam estado incluí dos na ri0a. %ro" ac&a que ele

o"endido e se pode constituir#se assistente.

Conclusão$

- Se tivesse sido aberto processo do crime de injúrias, ele era titular bj ofendido,

podia e devia constituir-se assistente…

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- 'to crime de participação em ri0a, ele é titular bj prote"ido (sendo o crime de

participação em ri0a… vida e int f í sica), ele tina le"itimidade para requerer

constituição de assistente. (nesta leitura do crime de participação em ri0a)

'ueq ele pode "azer para o e"eito(

- 'to crime de injúrias$ 7em de apresentar quei0a e manifestar intenção par4 7em de

apresentar requerimento no prao dias dps da apresentação da quei0a

- 'to crime de participação em ri0a$ 7ratando-se d crime público @+º, nº1 (prao

mais alar"ado…)

)u$&ipótese: Se o crime de participação em ri0a tivesse tramitado na f-sumária,

isso afastaria ipótese de ele se constituir assistente?

#ão, tina era de o solicitar no iní cio da audiência (1++º) (aí faia um requerimento

3.

Depende da naturea do crime- *m relação º - crime publico- n á desistência de quei0a

- *2 relação ao crime de injúria, que tramitasse autonomamente, poderia desistir da

quei0a de forma mmuito ampla

4.*m teoria que autos podem ser lavrados$

- %uto de notí cia (1º)$ #a melor inteprretação da lei, este caso, como ele n

presenciou os factos4 numa aplicação ri"orosa do 1º n pode ser lavrado um auto de

notí cia (mas na prática judiciária, muitas vees lavram-se autor de noticia

relativamente a factos que n se presenciaram8) (tendo em conta que auto de notí ciapode substituir inquérito ou acusação, convém que estejam lá factos se"uros, que se

presenciaram...- condição de le"alidade do próprio ato)

- %uto de detenção$ Documenta a entre"a do ar"uido detido por particulares)$ Sim,

pode ser lavrado (art º, nº1)4 &ode e deve lavrar auto de detenção para

documentar entre"a do ar"uí do detido por particular (neste caso os se"uranças

particulares)

%*nta e!tra$ *stes autos são equivalentes:servem para a mesma coisa?

*m abstrato podem servir para substituir a leitura da acusação ou o inquérito

sumário do processo abreviado.&oderá ato de notí cia ser substituido por auto de detenção? % detenção destes

adeptos n acontece em fd – á um auto de detenção, mas n á auto de notí cia.

% questão que se coloca é a se"uinte$ pode ato de detenção ser usado no

psumário pra su$stituir a leitura da acusação( 3$ #ão pode, p0 arti"o

1+Aº di4 além disso, a prova que se leva a jul"amento deve ser prova vista em ªmão, e não a prova de quem n viu, o que acontece no caso de auto de detenção.

2as &&% e Conseleiros do Supremo diem que consideram que pode ser usado o auto

de detenção.

# confundir notí cia de crime com auto de notí cia8

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5.Só em dois casos é que podiam

- &rocesso tramitava em forma sumária (mm assim era e0cecionalmente desde A+)

- %plicação de uma medida de coação- prisão preventiva (º)

%nti"amente, em re"ra ficava detido em p-sumário (que era obri"ado p-sumário).

Hj em dia ar"uí do , mm em processo sumário, só e0cecionalmente é detido até ao

jul"amento.

%qui nem sequer tá em causa psumário, daí que não.

6.% forma sumária tá e0cluí da pq n ouve quei0a lo"o a se"uir à detenção

Havendo quei0a passado mês e pouco, será aberto inquérito na forma abitual

comum- &comum.

2as estaria e0cluí da a ipótese do abreviado ou sumarí ssimo? (o facto da quei0a ser

apresentada mais tarde só impede a tramitação na forma sumária, mas n e0clui

outras formas especiais, desde que se verifiquem os seus requisitos).

7.%rt @º, $

- Se foi advertido para constituição de assistente e n o fe no prao de dias, n

pode

- Se n foi advertido, pode

'uando é feita quei0a tem de se re"istar se ele foi ou não advertido.

#ota$ no entendimento do S79 que considera este prao preclusivo qto à constituição

de assistente.

8.+º- injúria- a"ravação no +º que nos remete pó 1º, nº, al l) (situações

a"ravantes do omicí dio tbm relevam para a"ravação da injúria)- árbitro- crime a"r

é semipúblico- ++º.

&assando a ser semipúblico, o procedimento criminal depende da dedução de

quei0a.

Se fosse semipúblico, podia aver detenção em fla"rante delito e,consequentemente, passa a ser possí vel o processo sumário.

! único problema é como provar o fd numa situação de insulto em que o "uarda que

detem n está lá4

% mudança da alteração do tipo incriminador fa com que se possa alterar lo"o a

tramitação processual.

+!ame de 2-º %preender maté ria de facto4 #ã o modificar qualificaçõ es jurí dicas

- Crime condução peri"osa, público, a"ravado pelo resultado morte (má0 anos)

- Crime furto e uso de veí culo

º <dentificar problemas

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.

a) Deve manter % detido, até quando e a quem o deve apresentar?

▪ *m que situação é que % é detido?

3$ À saí da da auto-estrada (ele ainda n saiu da auto-estrada4 ideia de termos um

peão a sair da auto-estrada e um carro em contramão na berma), depois de

abandonar o veí culo, depois de ter andado em contramão (na fai0a da contramão).

▪ 'ue detenção é esta? 3$ É uma detenção em fla"rante delito. Será aplicável a

cláusula de quase fla"rante delito? * qual o delito em causa?

3$ &erante um peão a sair da auto-estrada e um carro em contramão na berma,

temos um quase fla"rante delito de condução peri"osa (pois o veí culo está em

contramão e o omem está a andar na berma, que nem pode). %lém do mais, a

bri"ada de trânsito sabia que tina avido um veí culo em contramão.

Conclusão$ *le é detido num local od n devem circular peões > carro na berma em

contramão > alerta qto à condução peri"os = Situação de quase fla"rante delito

quanto ao crime de condução peri"osa de veí culo. &odemos ainda discutir se n se

tratará de uma situação de presunção de 6D (@º,), devido a averem sinais de

tal. #ão se trata de 6D s.s pois a condução peri"osa não é diretamente observável.

Bo"o é uma detenção le"í tima

'uanto à estrutura, como classificariam crime do $ &revê conduta que se prolon"a no

tempo. 3e"ra especial no @º,1- no crime permanente, enquado e0istirem sinais,

temos uma situação de atualidade- pressupõe q crime tena sido cometido desde o

momento em que entrou na auto-estrada até ter abandonado o veí culo. Bo"o$

'uando se observa a parte final, podemos dier que observámos o crime todo, nestes

crimes.Situação que nos permite dier que vi"ora 6D.

É se"uro associar detenção à condução peri"osa. %o furto e uso já não.

%tenção$ Diferença entre 6D e detenção em 6D$ &ode aver 6D num crime

particular4 # pode é aver detenção8

Consequência da detenção$ Constituição como ar"uido

b) &ode ser lavrado auto de notí cia em relação a crimes semipúblicos? Sim, á

possibilidade lavrar auto, n á é possibilidade de abrir inquérito (º,1).De acordo com a boa interpretação do º, especialmente à lu do nº1, a questão

da denúncia obri"atória n tem q ver com re"ime da instauração do procedimento.

&ode ser lavrado auto, ser feita a apresentação e só é aberto inquérito se ouve

quei0a, nos crimes semi-públicos e particulares.

# avendo quei0a qto ao furto de uso, n pode ser lavrado auto.

'uanto ao crime de condução peri"osa? 7erá a autoridade presenciado à lu do 1º?

- Se interpretarmos literalmente$ #ão... a polí cia viu al"uém a sair da auto-estrada,

n presenciou crime.

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! prof considera que este é um conceito diferente do conceito de 6D. &resenciar

crime si"nifica testemunar de forma direta- viu a prática do crime, captação

sensorial da prática do crime.

! conceito de auto de notí cia abran"e 6D s.s, mas é duvidoso que possa abran"er

situações equiparadas a fla"rante delito. &ara estas duas últimas situações, temos

sim um auto de detenção.

&ro prof (doutrina minoritária), é possí vel lavrar auto de notí cia num crime sp e

particular. <deia$ se quem presenciou o ato tem a quei0a, pqeq n poderá lavrar auto

de notí cia?

c) *m que forma de processo será %ntó nio jul"ado?

#uma ipótese como esta, temos de ponderar os crimes separadamente$

▪ 'to ao crime do Aº a"ravado$ 6a parte do tipo a morte (º,,a) 4 Competente

7C, o que e0clui todas as formas especiais de processo, por causa do requisito

ne"ativo implí cito. 7erá de tramitar na forma de processo comum.

▪ 'to ao crime de furto de uso$ *stamos perante crime ps4 n temos indicação de que

foi apresentada quei0a4 # avendo quei0a, n pode ser iniciado processo em nenuma

forma4

Se e0istisse quei0a, como tinamos um crime a jul"ar no 7S e outro no 7C, ao ser

conectados, a competência seria sempre do 7C.

3esposta feita no pressuposto de que a declaração de inconstitucionalidade

repristinou as normas da distribuição de competência.

Dica e0ame$ #a alí nea a) devemos de levantar uma série de questões pertinentes4 nvamos repetir sempre tudo.

% cotação da resposta n depende só da conclusão, como também da

fundamentação.

a) % partir do momento em que ele é detido$

- !u é apresentado a jul"amento em p-sumário

- !u tem de se respeitar limite + e ser apresentado ao jui$ seria isto que

aconteceria. # sendo jul"ado em p-sumário, seria apresentado ao jui.

2.“<ndependentemente da resposta dada às per"untas anteriores”- vamos trabalar

com os dados que temos a"ora.

a)

Crime de furto consuma-se com o ato de subtração- rutura da detenção ori"inária e

criação de nova detenção- o autor do furto retira objeto do poder f áctico de poder

ori"inário. Crime de furto- ato de subtração acontece qd se quebra a detenção

ori"inária num objeto, independentemente de isso acontecer num momento

pacificado.

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Competência em f ç estrutura do tribunal$ 7ribunal Sin"ular (medida da pena e pq n

tá na comptência do tribunal coletivo) (art @º)

Competência territorial$ %rt Aº, 7ribunal de &almela

Crime de conduçã o peri"osa a"ravado

- 7ribunal onde cessa a consumação- "randola- pois ele abandola o carro lá - Aºcessa consumação em "randola

- ;itima morre a camino de lisboa- od vitima morreu? n sabemos...

'uid juris? qual o tribunal territorialmente competente para este crime? 3$ &odemos

aplicar o art º,.

!d sur"e notí cia do crime? podemos dier que foi onde ele é identificado...

# seria inadequado considerarmos competente o tribunal de "rândola. 2as que

tribunal em "rândola? 7ribunal coletivo (º,,a)

* se soubessemos onde ele tina morrido? Como resolveriamos o problema? 9á que o

crime foi consumado noutro lu"ar?

- % nossa lei não resolve.... provavelmente seria "rândola pois á montes de factos

que assim o diem4 seria o local com maiores cone0ões com o crime

b) 'ual o percurso que temos de faer aqui?

- &onderar le"itimade de 2aria, eduardo. Cada um deles tem le"itimidade4 2as

e0istindo os dois, os irmãos têm uma le"itimada condicionada. 2aria tem

le"itimidade4 os outros perdiam a le"itimidade.- ! que faer, quanto ao omicí dio qualificado?

º de tudo tina de se constituir assistente

º 3%<... mas n pode pq teria a acrescentar-se dolo (realidade factual diferente, pois

implica intenção de provocar a morte). 7í namos um facto ne"li"ente, a"r querem

um facto doloso- lo"o á uma %.S.6 (temos mais do que uma %.'.9... aqui temos uma

%.S.6). 'd assistente prtende apresentar factos que %.S.6, tem de 3%< (º) pois o

(+º) está restrin

% passa"em de um facto ne"li"ente para facto doloso implica que seja provado dolo

enquanto facto- facto novo é a intenção de matar.

% assistente teria de 3%<, no qual aprsentaria novos factos que, por implicarem uma%.S$f relativamente à acusação n poderiam ser deduidos enquanto acusação (pelo

assistente) autónoma do art +.

1. *stão aqui vários problemas$

- 7emos, em primeiro lu"ar, %, que é por um lado acusado e á qto a ele.... 2as

quanto a %ntónio temos al"uma alteração de factos?- Do ponto vista do %, a

pronúncia coincide com a acusação, portanto o ar"uido n é pronunciado por factos

diversos. % é pronunciado plos mesmos factos de que é acusado. ! 7rib n considerou

aver omicí dio doloso. # á factos diversos em relação a antónio$ a pronúncia é

idêntica à acusação4 *ntão o que temos? Se nada muda qto a %ntónio, ele n temle"itimidade para questionar a pronúncia8 Há uma dupla conforme quanto a ele

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7/17/2019 Casos práticos de Direito Processual Penal

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(pronúncia coincide com a acusação). *nt o que é q a pronúncia fa, que pode ser

questionado? 'd coloca 5 e C pela primeira ve como ar"uidos numa fase de

instrução... 7ra-nos dois problemas$

- Um quanto ao re"ime de consttiuição de ar"uido$ 5 e C foram constituido ar"uidos

na fase de instrução...&!D* H%;*3 C!#S7<7U<!! D* %3U<D! #U2% 6%S* D*

<#S73U!!? Sendo a instrução um controlo jurisdicional do inquérito, n pode traer

ar"uidos ao inquérito que n venam da acusação ou do 3%<. Senão estaria a ser um

novo inquérito. É uma situação de ine0istência- não é admitida a constituição de

ar"uidos8 <sto seria uma violação. Se jui decidisse constituir ar"uidos pela sua livre

vontade nesta fase violaria o princí pio da acusação- a instrução n serve pra

completar a acusação. % instrução n pode dar ori"em e0-novo à investi"ação. B!!,

!S %3U<D!S # &!D*2 S*3 C!#S7<7U<D!S *E-#!;! #% <#S73U!! &!<S <SS! ;<!B%

&.%CUS%!!, É 3*9*<7%D! &*B% #!SS% 9U3<S&3UD"#C<% (relação de B0)8

- !utro de acrescento de factos completamento novos no seu primeiro

enquadramento$ D! &!#7! D* ;<S7% D! !59*7! D! &3!C*SS!, ! 'U* É 'U* 7*2!S

%'U<?

É claro que temos aqui al"uma realidade nova... mas é nova qto àqueles ar"uidos.

7emos aqui uma alteração dos factos ou factos completamente novos?

&rof considera que temos aqui factos completamente novos.

Se o objeto q lá está contra %ntónio n se altera, os factos devem ser considerados

completamente novos, estrano ao objeto do processo4 devem dar ori"em qto mt a

um novo processo4

% realidade que lá está n se altera qto a %ntónio8 * qto aos outros são factos

completamente novos8

* a distinção é relevante$

- 6actos completamente novos$ # podem ser sanados pelo decurso prao pra ar"uiçãonulidade (1Aº,)$

Conclusão$ subsiste uma ine0istência jurí dica que subsiste à fase de jul"amento.

Dúvida$ e no 3%< é possí vel constituirem-se lá ar"uidos face ao +1º... #o entender

da jurisprudência sim8

2as o prof tbm aceitou quem disse que estes factos constituem uma alteração pois o

re"ime da insti"ação tá dependente de um autor...

. &erante um caso como este temos de verificar o que é que o tribunal fe, pois ácoisas que podem ser mais comple0as do que outras. &ró prof, o tribunal fa duas

coisas distintas$

- %r"uido vai a jul"amento por um crime comple0o (um crime em dois atos$

condução peri"osa e a"ravante, que é a morte da ví tima). *le vai a jul"amento c:

crime a"ravado pelo resultado (unidade tí pica q preve facto base > resultado

a"ravante)... e queq o tribunal fa$ converte o crime comple0o num concurso

1 #$%&' '()*+, -%+/$'&, -*+ 0),*& -%+$,,(&/ +,('&çã++'-$*ê)&...

Page 10: Casos práticos de Direito Processual Penal

7/17/2019 Casos práticos de Direito Processual Penal

http://slidepdf.com/reader/full/casos-praticos-de-direito-processual-penal 10/10

efetivo. 7ribunal converte crime comple0o em crime efetivo e di$ temos um crime...

e outro...

<sto é admissí vel?

- Se for uma alteração de factos (ne"li"ência "rosseira n tá lá como facto- o prof n

concorda com isso p0 n á nenum elemento que nos permita isto)

Haverá base processual pra questionar esta decisão?

- Se for uma %S6, seria tratado como nulidade da sentenç a- Se n e0istir variação factual (os elementos da ne"li"ência já lá estavam, o que édif í cil)$ *nt aqui temos uma %'9- 1+º. Sim, á motivo para questionar esta decisão -

interpretação e0tensiva do 1Aº,,b.

*stão duas coisas no te0to da per"unta que ainda n"m referiu$

- Uma delas é$ le"itimidade do recurso qto 2& e qto assistente? &q, se"undo

enunciado, quem fa a p"nta n é só o ar"uido, mas tbm o 2& e o assistente. ! nosso

re"ime le"al tá pensado em função do ar"uido.... os fundamentos de recurso do 1Aºtbm dão fundamento de recurso ao assistente e ao 2&?

- ;er art 1+º,- 'uando é que consideramos que audiência encerrou? - 1@º- ocorre

com últimas declarações do ar"uido... dps é marcada data para leitura da sentença.

*sta %'9 sur"e depois de encerrada a audiência, de surpresa, no dia da sentença...

2enos as variações menos si"nificativas (1+º) tão previstas que ocorrem antes do

encerramento da sentença e por maioria de raão as do 1Aº tbm8 %ssim, jui n

poderia encerrar a audiência sem dar o e0ercí cio do contraditório, sob pena violação

do 1+º e 1Aº, sob pena ile"alidade. % %'6 e %letrações de facto têm de sur"ir e ser

controladas durante a audiência, senão isso era violar do p.contraditório. ! que

acontece na prática$- 9uies por vees reabrem audiência pra esse efeito. 2as isto tem sido questionado

por al"uns sujeitos processuais e está a sur"ir nova prática judiciária

- 9uies no iní cio da audiência comunicam... n encerram audiência enquanto n

testiverem cumpridas estas dili"ências. ;iola o princí pio da confiança decisões

surpresa8 *sta parte do caso tina mais estes dois problmas$ mmnto em q trib assume

alterações e le"itimidade pralem assistente ar"uido e 2p questionarem estas

alterações.

!utras questões$

- 7rib entende que crime n é furto qualificado mas sim furto de uso$ se isto n alterarda alteração de factos, então é uma %'9, favorável ao ar"uido... 2as desfavorável

em relação aos demais sujeitos processuais. 2& pode ver sito como alteração

desfavorável $ %'9 da qual ar"uido n pode recorrer p0 n é prejudicado com ela mas

2& pode recorrer com base na violação 1+º,1

- 7rib entende que falta prova quanto à aposta$ ! jui aqui absolveu por falta de

prova. % falta de prova n dá ori"em a vicissitudes no objeto do processo. *ste n é um

problema de variação do objeto do processo, mas sim de prova.

! prof aca que o re"ime do recurso tem de ser visto à lu do º- le"itimidade pra

recorrer em f ç decisão ter sido proferida contra esse sujeito processual. &rofsobrepõe o º à lu do 1+º ou 1Aº, que estão pensados para o ar"uido.