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Espaços & Casasprojeto

‘CAIXA MÁGICA’ PRODUZ CULTURA EM SANTA MARIA DA FEIRASANTA MARIA DA FEIRA vai ter um Cen-tro de Criação de Teatro e Artes de Rua (CCTAR), um projecto e obra a cargo da Câmara Municipal de Santa Maria da Fei-ra, concebido para ser uma “caixa mágica” e espaço “produtor de cidadanias”, como salienta o seu arquiteto e coordenador, Pedro Castro e Silva.“Este centro deverá ser definido como um conjunto de espaços multifacetados que, descentralizadamente, promoverão uma nova abordagem às diversas formas de pro-duzir cultura e cidadania”, reforça ainda. O projeto submeteu-se a uma candidatura ao Sistema de Apoio ao Cluster de Industrias Criativas (integrado no Programa Opera-cional Regional do Norte), um processo já ganho, esperando-se para breve o lança-mento do concurso.

MEMÓRIA DESCRITIVAO edifício será construído em plena área central da cidade de Santa Maria da Feira, à margem da Rua Prof. Egas Moniz, em ter-reno limitado por esta infraestrutura a nas-cente, pelo edifício do Centro de Saúde de Santa Maria da Feira, a sul, pela Escola de Ensino Básico N.º 1 de Santa Maria da Feira (local que numa segunda fase será transfor-mado na grande praça exterior de apoio ao CCTAR), a norte, e pelo lago que preenche a antiga pedreira das Penas no quarteirão a poente. De referir que esse mesmo plano de água será encarado como parte fundamen-tal do Polo II, complementando a sala de espetáculos da cidade.

A área global do terreno é de 17.559,00 m2, classificado no atual Plano Director Munici-pal como Área de Construção Preferente.Assim, a proposta contempla a demolição do velho Cineteatro António Lamoso, subs-tituindo-o por um teatro com capacidade para, aproximadamente, 700 pessoas, bem como a requalificação paisagística e ambien-tal da pedreira das Penas, devolvendo essa área à cidade e transformando o local num espaço cénico e de fruição, pela população.Numa segunda fase, com a deslocalização das escolas existentes, haverá então condi-ções para completar todo o conjunto atra-vés da constituição de uma grande praça exterior que, em conjunto com a área céni-ca do lago anexo, constituirão o “palco” por

excelência para a apresentação e dinamiza-ção de todo o tipo de artes de rua. A referida praça albergará ainda, ao nível inferior, um parque de estacionamento para, aproxima-damente, 180 viaturas (com ligação direta ao edifício).Também a exemplo do Polo I, por questões de enquadramento urbano e de forma a pers-petivar a organização do edifício em função das suas valências, decidiu-se por uma man-cha de implantação sensivelmente quadran-gular, ortogonal em relação aos arruamentos, integrando assim o novo volume de forma equilibrada no terreno existente. O edifício em causa, pela sua localização e especificidade, pretende ter uma rela-ção direta com a dinâmica urbana da cida-de, pelo que foi desenhado numa lógica de transparências que o “abrem” às pessoas.Toda a área limite do terreno, bem como a sua envolvente imediata, será devidamen-te arborizada de forma a funcionar como enquadramento urbano e paisagístico.

O CCTAR ACOLHERÁ AS SEGUINTES VALÊNCIAS:1. Residências artísticas;2. Incubadora da criatividade para artistas

emergentes;3. Acolhimento empresarial de negócios

criativos;4. Serviço de aprendizagem e educação

criativa;5. Departamento de investigação para artes

do espaço público;6. Espaços cénicos, de (re)criação e repre-

sentação artística.Polo I – Espaço amplo onde a criação artísti-ca se possa desenvolver através da produção de cenários e outros adereços de grandes dimensões, em área de fácil acessibilida-de, privilegiando uma relação íntima entre a produção e o consumo de criação artísti-ca para espaço público. Neste polo, ficarão instaladas as valências de residências artísti-cas, incubadora da criatividade para artistas emergentes e acolhimento empresarial de negócios criativos.Polo II – Espaço com as condições ade-quadas para os jovens poderem apresentar os seus projetos criativos e potenciando o intercâmbio entre criadores.Neste polo ficarão instaladas as valências de Serviço de Aprendizagem e Educação Cria-tiva, do Departamento de Investigação para Artes do Espaço Público, assim como espa-ço adequado para a apresentação dos espe-táculos – novo auditório / teatro (capacida-de para 700 pessoas).

POR PEDRO CASTRO E SILVA, ARQ.

Novas e diferentes formas de produzir cultura e cidadania

No Polo 1 ficarão instaladas as residências artísticas e a incubadora de criatividade

O Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua pretende ser um espaço produtor de cidadania

O Polo II irá acolher o novo auditório com capacidade para 700 pessoas

A envolvente onde se inclui o lago será o palco por excelência para todo o tipo de artes de rua