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Unioeste Unioeste PLANO DE AULA Estagiárias-Docentes: Célia Camila Barbosa; Débora Karine Vollmann. Escola: Colégio Estadual Santa Felicidade Docente Supervisor (a): Bernardo Antonio Gasparotto Ensino: MÉDIO Série/ Turma: 1º ano N.º de alunos: 30 Tema: Classicismo Sub-Tema: Contexto histórico de Portugal do século XVI Hora/aula programadas: 2 aulas de 45 min. Cada Objetivos: Por meio da discussão inicial, levar os alunos a refletirem sobre a temática “mudança” para poderem entender que tudo e todos passam por ela, inclusive países, como Portugal; Analisar e refletir sobre o poema "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", de Luís Vaz de Camões, pertencente ao período literário Classicismo juntamente com os alunos; Incitar os alunos a compreenderem o contexto histórico geral de Portugal do século XVI, para poderem refletir melhor sobre a Literatura da época (Classicismo). Conteúdos: Gêneros: charges e poema; Leitura e interpretação visual e textual; Encaminhamentos Metodológicos: Apresentação das estagiárias; Apresentar aos alunos o período literário que vamos lecionar em sala (Classicismo); Iniciar conteúdo a partir de charges para se falar de "mudanças", partindo do conhecimento de mundo dos alunos, bem como de suas experiências (Anexo I);

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Unioeste Unioeste PLANO DE AULA

Estagiárias-Docentes: Célia Camila Barbosa; Débora Karine Vollmann.Escola: Colégio Estadual Santa Felicidade

Docente Supervisor (a): Bernardo Antonio Gasparotto

Ensino: MÉDIO

Série/Turma:1º ano

N.º de alunos:30

Tema: Classicismo

Sub-Tema: Contexto histórico de Portugal do século XVI

Hora/aula programadas:2 aulas de 45 min. Cada

Objetivos:

Por meio da discussão inicial, levar os alunos a refletirem sobre a temática “mudança” para poderem entender que tudo e todos passam por ela, inclusive países, como Portugal;

Analisar e refletir sobre o poema "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", de Luís Vaz de Camões, pertencente ao período literário Classicismo juntamente com os alunos;

Incitar os alunos a compreenderem o contexto histórico geral de Portugal do século XVI, para poderem refletir melhor sobre a Literatura da época (Classicismo).

Conteúdos:

Gêneros: charges e poema; Leitura e interpretação visual e textual;

Encaminhamentos Metodológicos:

Apresentação das estagiárias; Apresentar aos alunos o período literário que vamos lecionar em sala (Classicismo); Iniciar conteúdo a partir de charges para se falar de "mudanças", partindo do

conhecimento de mundo dos alunos, bem como de suas experiências (Anexo I); Analisar oralmente com os alunos as charges; Fazer algumas perguntas para interagir com os alunos, como: O que vocês veem na imagem? O que vocês compreendem? Comentar rapidamente sobre o gênero charge, sua função social e conteúdo:

O gênero discursivo charge está presente  nos principais jornais e revistas de informação geral que circulam no país. Refere-se a fatos ocorridos em uma época definida, em um determinado contexto cultural, econômico e social, portanto, depende do conhecimento desses fatores para ser entendida. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. É sempre uma crítica contundente ligada a temporalidade.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23720

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Após as discussões, ler com os alunos trechos do poema "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" (anexo II), de Camões, para abordar, inicialmente, a temática “mudanças”, comparando-o com a vida dos própios alunos e com as charges, para, posteriormente, chegar-se ao contexto histórico Português do século XVI (que era de mudanças);

Depois da atividade (entrega impressa), explicar a relação do poema com o contexto histórico de Portugal do século XVI (Renascimento: transição, mudanças sociais, reflexos na Literatura...), e apresentar o Classicismo e suas características (Anexo III);

Mostrar mapa que mostre a localização de Portugal e Brasil, para os alunos se situarem melhor. (Anexo IV);

Recursos:

Multimídia; Folhas sulfites; Quadro negro; Giz.

Avaliação:

Observando os alunos conforme a sua participação nas atividades (orais) e se necessário motivar os alunos a participarem da aula;

Bibliografia:

CAMPEDELLI, Samira Youssef. Literatura. Históiria e texto 1. São Paulo: Editora Saraiva, 1994, p. 200-219.

NICOLA, José. Literatura portuguesa. São Paulo: Editora Scipione, 1990, p. 59-82.

Anexos:

Anexo I

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Disponível em: <https://planetaquimica.files.wordpress.com/2013/05/499ca-charge_pinguim_aquecimento_.jpg> Acesso em: 24 jul. 2015

Disponível em: <http://joaquimdepaula.com.br/wp-content/uploads/2012/09/Mudancas-ao-longo-dos-anos-J.jpg> Acesso em: 24 jul. 2015

Page 4: C+ëLIA E DEBORA 1 Literatura. Aula 1

Disponível em: <http://images.forwallpaper.com/files/thumbs/preview/48/489803__underwear-evolution_p.jpg> Acesso em: 24 jul. 2015

Anexo II

Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,Muda-se o ser, muda-se a confiança:

Todo o mundo é composto de mudança,Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,Diferentes em tudo da esperança:

Do mal ficam as mágoas na lembrança,E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,Que já coberto foi de neve fria,

E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,Outra mudança faz de mor espanto,

Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

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Anexo III

O CLASSICISMO

O Classicismo se inicia em Portugal no ano de 1527. O marco cronológico inicial desse período é a volta de Francisco de Sá de Miranda a Portugal, após passar seis anos na Itália, introduzindo, assim, novos conceitos de arte e um novo ideal de poesia, conhecidos como Dolce stil nuovo (doce estilo novo). Ele traz de Itália a medida nova (versos decassílabos) já cultivada por Dante Alighieri e Francesco Petrarca. Novas formas poéticas de inspiração clássica passam a ser compostas pelos artistas chamados humanistas ou italianizantes: o soneto (composição de 14 versos divididos em dois quartetos e dois tercetos), a ode (poesia de exaltação), a elegia (composição inspirada em sentimentos tristes), a écloga (composição amorosa, pastoril), a epístola (composição poética à maneira de uma carta).

O século XVI é considerado um período áureo da arte e particularmente da literatura portuguesa; ao lado dos maravilhosos monumentos arquitetônicos do período manuelino (governo de D. Manuel) temos a produção de Gil Vicente, e o Renascimento português encontra sua máxima expressão em Luís de Camões. Também é no século XVI que a língua portuguesa assume contornos definitivos, iniciando o período do português moderno.

RESNASCIMENTO EM PORTUGAL: No século XVI, verifica-se o fim do monopólio clerical no que diz respeito à cultura. Os filhos dos burgueses começam a frequentar as universidades e a tomar contato com uma cultura desligada dos conceitos medievais. A nova realidade econômica vivida pela Europa com a decadência do feudalismo e o fortalecimento da burguesia exige uma nova cultura, mais liberal, antropocêntrica, identificada com o mercantilismo. Pode-se definir o Renascimento como “a aceitação definitivas das formas em que a arte, a história, a literatura e a filosofia Greco-latinas se tinham expresso, e a assimilação do espírito pagão que as animava”.

O renascimento teve por berço a Itália, logo se estendendo aos demais países europeus. Em Portugal, o momento histórico vivido pela Dinastia Avis (a centralização de poder, as Grandes Navegações, o comércio) é propício à entrada dos novos ventos trazidos da Itália. Já no final do século XV (1487) foi introduzida a imprensa em Portugal. Começa a ser lido autores humanistas italianos como Dante Alighieri, Francesco Petrarca e Giovanni Boccaccio.

Entre os autores tipicamente renascentista renascentistas destacam-se, Sá de Miranda, Antônio Ferreira e Luís Camões.

OS HUMANISTAS: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO: “Os humanistas, num gesto ousado, tendiam a considerar como mais perfeita e mais expressiva a cultura que havia surgido e se desenvolvido no seio do paganismo, antes do advento de Cristo. [...] Eram todos cristãos apenas desejavam reinterpretar a mensagem do Evangelho à luz de experiência e dos valores da antiguidade. Valores esses que exaltavam o indivíduo, os feitos históricos, a vontade e a capacidade de ação do homem, sua liberdade de atuação e de participação na vida das cidades. A crença de que o homem é a fonte de energia criativas ilimitadas, possuindo uma disposição inata por uma ação, a virtude e a glória. Por isso, a especulação em torno do homem em torno do homem e de suas capacidades físicas e espirituais se tornou a preocupação fundamental desses pensadores, definindo uma atitude que se tornou conhecida como antropocentrismo.

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Características do Classicismo: 

Valorização dos aspectos culturais e filosóficos da cultura das antigas Grécia e Roma; Influência do pensamento humanista; Antropocentrismo: o homem como o centro do Universo; Críticas as explicações e a visão de mundo pautada pela religião; Racionalismo: valorização das explicações baseadas na ciência; Busca do equilíbrio, rigor e pureza formal; Universalismo: abordagem de temas universais como, por exemplo, os sentimentos

humanos.

NICOLA, José. Literatura portuguesa. São Paulo: Editora Scipione, 1990.

Anexo IV

Disponível em: <http://www.baixarmapas.com.br/wp-content/uploads/mapa-mundi-ibge.png> Acesso em: 29 jul. 2015.

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Disponível em: <https://bahialgarve.files.wordpress.com/2010/12/brasil-portugal-mapa.png> Acesso em: 29 jul. 2015.