27
CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL ESTER DE SOUZA FERRAZ DE TOLEDO A APLICAÇÃO DA TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DOS PORTADORES DE TEA São Paulo 2019

CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO-

COMPORTAMENTAL

ESTER DE SOUZA FERRAZ DE TOLEDO

A APLICAÇÃO DA TERAPIA COGNITIVO-

COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DOS

PORTADORES DE TEA

São Paulo

2019

Page 2: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

ESTER DE SOUZA FERRAZ DE TOLEDO

A APLICAÇÃO DA TERAPIA COGNITIVO-

COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DOS

PORTADORES DE TEA

Trabalho de conclusão de curso Lato Sensu

Área de concentração: Terapia Cognitivo-Comportamental

Orientadora: Profa. Dra. Renata Trigueirinho Alarcon

Coorientadora: Profa. Msc. Eliana Melcher Martins

São Paulo

2019

Page 3: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

Fica autorizada a reprodução e divulgação deste trabalho, desde que citada a fonte.

Toledo, Ester de Souza Ferraz Aplicação da terapia Cognitivo-Comportamental no tratamento dos portadores de TEA. Ester de Souza Ferraz de Toledo, Renata Trigueirinho Alarcon, Eliana Melcher Martins – São Paulo, 2019. 25 f. + CD-ROM Trabalho de conclusão de curso (especialização) - Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC). Orientadora: Profª. Drª. Renata Trigueirinho Alarcon Coorientadora: Profª. Msc. Eliana Melcher Martins 1 Terapia cognitivo-comportamental, 2. Transtorno do espectro autista. I. Toledo, Ester de Souza Ferraz. II. Alarcon, Renata Trigueirinho. III. Martins, Eliana Melcher.

Page 4: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

Ester de Souza Ferraz de Toledo

Aplicação da terapia Cognitivo-Comportamental no tratamento dos portadores de TEA

Monografia apresentada ao Centro de Estudos em

Terapia Cognitivo-Comportamental como parte das

exigências para obtenção do título de Especialista

em Terapia Cognitivo-Comportamental

BANCA EXAMINADORA

Parecer: ____________________________________________________________

Prof. _____________________________________________________

Parecer: ____________________________________________________________

Prof. _____________________________________________________

São Paulo, ___ de ___________ de _____

Page 5: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

DEDICATÓRIA

A você Murilo que inspirou esta imensa vontade de

aprender mais sobre o autismo e buscar conhecer mais opções

de intervenção na TCC para continuar o nosso trabalho, e que

não deixa que as dificuldades diárias mudem o meu sentimento

por você, pelo contrário, aumentando o meu carinho a cada

milagre realizado por você todos os dias.

Page 6: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

AGRADECIMENTOS

Durante dois anos, enfrentei alguns desafios e agradeço a Deus pelas

oportunidades e pelas forças proporcionadas para superar e nunca pensar em

desistir.

À minha família, meus filhos e marido, meus pais e irmãos que estiveram sempre

presentes nos momentos mais difíceis.

A esta família linda e maravilhosa, que com muito amor entenderam meus

momentos de ausência e mesmo não sendo fácil para eles, não hesitaram em me

apoiar. Vocês são a razão por toda força existente em mim e por isso os amo muito.

Agradeço imensamente ao corpo docente do Centro de Estudos em Terapia

Cognitivo Comportamental, muito importantes pela forma e competência que

ministraram suas aulas fazendo com que valesse a pena todos os esforços feitos por

mim para realização desta especialização, nos proporcionando um curso de

qualidade.

À orientadora Renata pela compreensão e dedicação durante a construção deste

trabalho, compartilhando seus conhecimentos e incentivando sempre a melhoria do

mesmo, sendo que sem a sua colaboração a sua realização não ocorreria de forma

tão rica, deixo um especial agradecimento.

Sou grata pelos amigos conquistados em especial as amigas: Cinthia, Denise, Isis,

Sandra, Simone, e Zenaide, que me acompanharam na concretização desta

especialização incentivando e compartilhando comigo dores, alegrias e

inseguranças.

Page 7: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

RESUMO

O presente estudo é importante por buscar modelos para intervenções à pacientes

autistas na abordagem cognitivo comportamental, visando a diminuição dos déficits

cognitivos dos mesmos, melhorando a qualidade de vida dos portadores. A

metodologia utilizada foi uma pesquisa qualitativa através de levantamento

bibliográfico referente aos processos cognitivos de indivíduos neurotípicos e dos

portadores do TEA, assim como a aplicação da TCC nas intervenções com os

mesmos. Como resultado, foi possível identificar que a abordagem cognitivo-

comportamental tem conseguido resultados satisfatórios, sendo muito eficaz nos

casos de TEA, trabalhando os processos do desenvolvimento cognitivo e modelando

os comportamentos de acordo com as necessidades de cada portador, resultando

em uma vida com mais qualidade e funcional.

Palavras-chave: Cognição, Autismo e TCC

Page 8: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

ABSTRACT

The present study is important because it seeks models for interventions in autistic

patients in the cognitive behavioral approach, aiming to reduce their cognitive

deficits, improving the quality of life of the patients. The methodology used was a

qualitative research through a bibliographical survey concerning the cognitive

processes of neurotypical individuals and those with ASD, as well as the application

of CBT in the interventions with them. As a result, it was possible to identify that the

cognitive-behavioral approach has achieved satisfactory results, being very effective

in cases of ASD working the processes of cognitive development and modeling the

behaviors according to the needs of each carrier resulting in a life with more quality

and functional.

Keywords: Cognition, Autism and TCC

Page 9: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8

2 OBJETIVO .............................................................................................................. 10

3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 11

4 RESULTADOS ....................................................................................................... 12

5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 20

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 23

Page 10: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

8

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho teve como objetivo discutir em torno dos processos

cognitivos dos indivíduos, com e sem o Transtorno do Espectro Autista (TEA), com

intuito de buscar conhecer, de que maneira, a prática do profissional psicólogo com

atuação na abordagem cognitivo-comportamental contribui no tratamento dos

indivíduos com TEA. Uma vez que a TCC fundamenta que, as alterações

emocionais e comportamentais dos indivíduos são resultantes dos processos

cognitivos e que os mesmos diferem nos indivíduos com o transtorno.

A abordagem Terapia Cognitivo-Comportamental tem como fundamento que

as nossas cognições influenciam nossas emoções e comportamentos e o modo

como agimos afeta nossos padrões de pensamento e emoções, o que leva as

intervenções serem realizadas no sentido de reverter cognições e comportamentos

disfuncionais, identificando pensamentos automáticos disfuncionais e flexibilizando-

os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no

comportamento.

Segundo Beck, A (1995), a primeira pessoa a desenvolver completamente

teorias e métodos para aplicar as intervenções cognitivas e comportamentais a

transtornos emocionais, as distorções cognitivas merecem considerável atenção.

Deste modo e nesta ótica, esta pesquisa se norteará inicialmente por

entender o desenvolvimento cognitivo nas crianças.

De acordo com o DSM-V (APA 2013), o TEA é situado no quadro de

transtornos invasivos do desenvolvimento, tendo sido descrito primeiramente pelo

médico Leo Kanner em 1943, e , segundo seus critérios e do CID 10 (1993), incluiu

perturbações características no uso da imaginação, da interação social , da

comunicação e do comportamento, caracterizando-se pelo desenvolvimento anormal

ou alterado da criança, manifestando-se antes dos 3 anos de idade, um dos critérios

para diagnóstico deste quadro.

Bosa (2006) defende que o diagnóstico preciso é muito importante, tendo em

vista que é o melhor procedimento para o desenvolvimento da criança, no entanto, é

muito raro, justificando-se pela falta de conhecimento sobre o desenvolvimento

normal de uma criança, ressaltando em particular a área de comunicação não verbal

e prejuízos na área de habilidades de atenção compartilhada.

Page 11: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

9

O prognóstico e desfecho do autismo demonstram que o melhor resultado

está relacionado ao nível cognitivo da criança.

Isto posto, o trabalho terá como tema a ser elaborado, através de pesquisas

bibliográficas, a cognição, partindo da compreensão do processo de

desenvolvimento em relação à cognição dos indivíduos não portadores e portadores

do TEA e um tratamento psicoterapêutico que auxilie no desenvolvimento do

indivíduo portador do TEA, através da Abordagem Cognitivo-Comportamental.

Page 12: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

10

2 OBJETIVO

Avaliar a eficácia da Terapia Cognitivo-Comportamental no tratamento dos

indivíduos portadores de TEA, considerando as diferenças no desenvolvimento

cognitivo dos portadores de TEA.

Objetivo secundário

Esse trabalho teve como objetivo também fazer um levantamento bibliográfico

referente aos processos cognitivos dos indivíduos neurotípicos relacionando aos

processos cognitivos dos indivíduos portadores TEA.

Page 13: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

11

3 METODOLOGIA

O conhecimento científico é sempre uma busca de articulação entre uma

teoria e a realidade empírica; o método é o fio condutor para se formular esta

articulação. O método tem uma função fundamental, além do seu papel instrumental,

o qual significa o próprio “caminho do pensamento”, conforme a expressão de

Habermas (MINAYO, 1993, p. 240).

A metodologia utilizada é qualitativa e será guiada pela abordagem

exploratória e contará com estudos de natureza teórica através de revisão

bibliográfica.

Para o embasamento dos estudos teóricos foram utilizadas as categorias

analíticas referentes à TCC, Transtorno Espectro Autista, Desenvolvimento Cognitivo

dos indivíduos com e sem o transtorno.

As bases de dados pesquisadas foram Scielo, Google acadêmico, além de

revistas e livros específicos sobre os assuntos abordados.

Critérios de inclusão: artigos, livros e revistas abordando autismo e

intervenções no modelo cognitivo-comportamental e sobre processos cognitivos.

Critérios de exclusão: artigos abordando autismo e intervenções em outras

abordagens.

Serão apresentados, a seguir, os dados levantados através das pesquisas

realizadas.

Page 14: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

12

4 RESULTADOS

4.1 COGNIÇÃO

A palavra cognição, que é derivada de palavra latina Cognitione, significa a

aquisição de um conhecimento através da percepção. Tem origem nos escritos de

Platão e Aristóteles com significado de “ato ou processo de conhecer envolvendo

atenção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento, linguagem percepção”

(BAPTISTA, 2013).

Para a aquisição desses conhecimentos, segundo Baptista (2013) a

aprendizagem exerce papel fundamental e, neste sentido, várias teorias são

formuladas nas quais, através de estratégias, a aprendizagem se encarrega dos

processos cognitivos.

Jean Piaget, nascido na Suíça (1896-1980, inicialmente dedicou-se a estudos

relacionados a natureza biológica, e depois passou a estudar a natureza humana,

investigando a relação entre o organismo e o meio, preocupando-se em entender

como o conhecimento é construído (FERRACIOLI, 1999). Nesse sentido, para

Piaget, o conhecimento é decorrente da interação do sujeito com o meio.

Segundo Piaget, em sua Teoria de Epistemologia Genética, que sintetiza e

sua Epistemologia Psicológica, para a compreensão da síntese das operações

intelectuais a observação da experiência entre sujeito e objeto é imprescindível.

“Quando interrogamos crianças de diferentes idades sobre os principais fenômenos que as interessam espontaneamente, obtemos respostas bem diferentes segundo o nível dos sujeitos interrogados. Nos pequenos, encontramos todas as espécies de concepções cuja importância diminui consideravelmente com a idade: as coisas são dotadas de vida e de intencionalidade, são capazes de movimentos próprios, e esses movimentos destinam-se, ao mesmo tempo, a assegurar a harmonia do mundo e servir ao homem. Nos grandes, não encontramos nada mais que representações da ordem da causalidade adulta, salvo alguns traços dos estágios anteriores. Entre os dois, de 8 a 11 anos mais ou menos, encontramos pelo contrário várias formas de explicações intermediárias entre o animismo artificialista dos menores e o mecanismo dos maiores; é o caso particular de um dinamismo bastante sistemático, do qual várias manifestações lembram a física de Aristóteles, e que prolonga a física da criança enquanto prepara as ligações mais racionais” (PIAGET, 1982, p. 173-174).

Page 15: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

13

Assim, para Jean Piaget, o desenvolvimento do conhecimento se dá através

de etapas/estádios hierárquicos que iniciam e decorrem do nascimento e se

consolidam aos 16 anos. São eles:

Estádio sensório-motor ou pré-verbal (do nascimento aos 2 anos) - Segundo

Rappaport, (2012), a consciência começa por um egocentrismo inconsciente, e

tudo que é percebido é centralizado sobre a própria atividade. Para Ferraciolli

(1999), nesta etapa, a criança restringe-se ao real, coordenando e integrando

informações que recebem pelo sentido.

Estádio pré-operatório (dos 2 aos 7,8 anos) – Neste estádio, ocorre a aquisição

da linguagem e a formação dos esquemas simbólicos. Caracterizado pelo

egocentrismo, onde a criança entende que tudo é parte do seu corpo

(RAPPAPORT, 2012). Para Ferraciolli, (1999) a aquisição da linguagem e da

representação simbólica desenvolve-se um pensamento simbólico e pré-

conceitual, seguido pelo pensamento intuitivo.

Estádio operatório-concreto (dos 7,8 aos 11,12 anos). De acordo com Ferraciolli,

(1999) neste estádio, surgem noções de tempo, causalidade, no entanto, ainda o

pensamento conserva seu vínculo com o real. É notado o declínio do

egocentrismo e da fala egocêntrica com a capacidade de formação de esquemas

conceituais (RAPPAPORT, 2012).

Estádio operatório-formal (a partir de 12 anos) – No operatório formal, segundo

Ferraciolli (1999) são formados os esquemas conceituais abstratos, ou seja , uma

independência do que é real ,surgindo o o raciocínio não baseado somente no

que é real , mas também em hipóteses.

Com base no exposto, conclui-se que para Piaget, o desenvolvimento do

conhecimento se dá através das etapas/estádios consolidados e a superação do

estágio anterior: em um processo de integração de fatores onde as estratégias

inatas, fator da hereditariedade, a partir das experiências vividas com a contínua

interação entre o indivíduo e o meio e com a troca ocorrida entre os mesmos.

Page 16: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

14

4.2 TEA

Crianças isoladas que evitam contato visual e pouco ou quase nada falam.

Essas são algumas das manifestações do autismo, um distúrbio que ainda é um

enigma para a ciência, mas que afeta mais de 70 milhões de pessoas pelo mundo,

Segundo a Organização das Nações Unidas (apud NEGRETTI, 2017).

De acordo com DSM-V (APA 2013), o Transtorno do Espectro do Autismo

deve seguir os critérios diagnósticos descritos abaixo.

A-Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas

interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:

1-Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação

social;

2. Falta de reciprocidade social;

3. Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade

apropriados para o estágio de desenvolvimento.

B- Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades,

manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:

1 Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos

sensoriais incomuns;

2. Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento;

3. Interesses restritos, fixos e intensos.

4-. Hiper ou hiporreativo a estímulos sensoriais do ambiente

C- Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem não se

manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas

capacidades.

D- Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo nas áreas social,

ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento atual do paciente.

Vale dizer que a nova edição do DSM 5 (2014), muito utilizado para nortear

profissionais no diagnóstico, trouxe mudanças em relação ao anterior, indicando três

níveis de gravidade dentro do espectro, sendo avaliados pelos prejuízos na

comunicação social e nos padrões de comportamentos restritos e repetitivos como

nível 3, nível 2, e nível 1.

Page 17: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

15

Seguem principais características de TEA descritas na tabela abaixo:

TABELA 1. Nível de gravidade

Nível 1- Grave: Apoio

muito substancial

Nível 2- Moderado:

Exigindo apoio

substancial

Nível 3- Leve: Exigindo

apoio

Comunicação: Prejuízos

intensos na capacidade

de comunicação social

verbal e não verbal.

Dificuldades severas em

dar início às interações

sociais.

Pouca resposta quando

as pessoas dão abertura

para iniciar uma

comunicação.

Comunicação: Sérias

dificuldades de

comunicação social verbal

e não verbal.

Prejuízos sociais notáveis,

mesmo com auxílio;

Limitação ao iniciar

interações sociais;

Resposta anormal a

aberturas sociais de

outras pessoas.

Comunicação: Quando

não tem apoio, apresenta

dificuldade na

comunicação social, com

danos perceptíveis;

Complicações para iniciar

interações sociais, além

de respostas incomuns ou

inexistentes a aberturas

das pessoas;

Pouco interesse por

interações sociais.

Comportamento:

Inflexibilidade de

comportamento;

Dificuldade severa para

lidar com mudanças e

ações restritas ou

repetitivas; sofrimento

para mudar o foco ou

ações.

Comportamento:

Inflexibilidade de

comportamento;

Relutância em lidar com

mudanças e ações

restritas e repetitivas

frequentes, sendo notadas

por observadores e

interferindo em outros

contextos;

Sofrimento para mudar o

foco ou ações.

Comportamento:

Inflexibilidade de

comportamento,

interferindo no

funcionamento de um ou

mais contextos;

Dificuldade em trocar de

atividade;

Problemas de

organização e

planejamento, que

interferem na conquista da

independência.

Fonte: Revista Segredos da Mente- Autismo – Ano 2, 2- 2018. Elaboração: Mattos, Beatriz Marques

(2018)

Page 18: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

16

Ainda neste contexto, é importante dizer que, com as novas classificações, é

possível entender e intervir devidamente cada nível do transtorno.

4.3 TCC e TEA

A terapia Cognitiva foi desenvolvida por Aaron Beck, na Universidade da

Pensilvânia no início da década de 60, como uma psicoterapia breve, estruturada,

orientada ao presente, para depressão, direcionada a resolver problemas atuais e a

modificar os pensamentos disfuncionais (BECK, A 1964).

Segundo Beck, J (1977), embora os estudos iniciais da TCC tenham sido

marcados pelos estudos dos quadros depressivos, identificando aspectos de

funcionamento das estruturas cognitivas (esquemas negativos, a tríade cognitiva e

as distorções cognitivas), hoje a “vertente beckniana” oferece várias descrições e

procedimentos sobre os mais variados processos cognitivos nos diferentes

transtornos de personalidade e problemas psicológicos.

Para Wright et al (2003) a TCC baseia-se em dois princípios básicos: A

influência da cognição nas emoções e comportamentos e como o comportamento

afetam nossos padrões de pensamentos e emoções. Dessa forma, ainda segundo

Wright et al (2003) o processamento cognitivo no modelo cognitivo –comportamental

exerce papel central.

De acordo com Senra, (2018) especialista em TCC, para gerar mudanças

comportamentais o trabalho de intervenção tem como foco o funcionamento

cognitivo.

Nesse sentido, Beck, J (1977) menciona que o terapeuta procura produzir

mudanças cognitivas, tanto no pensamento como na crença do paciente,

objetivando promover mudança emocional e comportamental.

Sob esta ótica, Fadini (2018) argumenta que a flexibilidade cognitiva

relaciona-se à capacidade do cérebro de adaptação e mudança de conduta durante

acontecimentos variáveis e inesperados.

Em uma visão cognitivo-comportamental, Kravitz e Boehm (1971 apud

Soczek, 2011), as crianças autistas apresentam características que se assemelham,

mas que se apresentam em diferentes níveis de intensidade, sendo que não se pode

deixar de assinalar que comportamentos apresentados por autistas são também

observados em crianças normais, ainda que com taxa de frequência menor.

Page 19: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

17

Considerando o exposto, podemos dizer que a aprendizagem dos autistas

não foge da aprendizagem dos demais comportamentos e que através de um bom

manejo comportamental há uma boa melhora nos desvios comportamentais dos

quadros dos autistas.

De acordo com Lampreia (2004), considerando o enfoque cognitivista, por ter

o módulo da linguagem prejudicado, considerada uma função cognitiva, a criança

não é capaz de se comunicar, não pode interagir socialmente.

Senra (2018), especialista em TCC, salienta que no caso do TEA, há algumas

dificuldades, sendo as principais de interação social, ou seja, a forma de interagir

com outras pessoas, sejam da família ou não. Ainda de acordo com Senra (2018), a

abordagem TCC trabalha com foco no funcionamento cognitivo e dessa forma é

possível ensinar a criança através de desenvolvimento gradativo de habilidades

sociais, comportamentais e interpessoais gerando mudanças comportamentais.

Para Soczek (2011), é importante considerar as diferenças apresentadas por

cada criança e o tratamento ser de acordo com as particularidades de cada caso,

sendo assim, a avaliação e o diagnóstico devem enquadrar as técnicas ao quadro

dos pacientes.

“Habitualmente, os sintomas mais proeminentes das condições pertencentes ao espectro do autismo, ou transtornos invasivos do desenvolvimento, podem ser bem observados depois dos 2 anos de idade. Nos últimos anos, no entanto, o diagnóstico precoce das manifestações autistas tem despertado interesse, já que intervenções terapêuticas precoces nessas crianças poderiam atenuar problemas a longo prazo. Em algumas condições, o diagnóstico de autismo e transtornos relacionados levará à etiologia, que poderá implicar aconselhamento genético.” (Grillo & Silva, 2004, s. 22)

Aiello (2002) argumenta que o terapeuta, no momento do diagnóstico, deve

não só estar alerta no que é apresentado de déficit na criança autista, mas em tudo

o que ela apresenta de habilidades.

“Assim sendo, o terapeuta cognitivo-comportamental tem que levar em consideração não apenas que a criança tem um quadro autista e aceitar como consequência deste, comportamentos como déficit de interação social, de comunicação, comportamentos auto lesivos e agressivos, entre outros. Ao contrário, deve fazer um levantamento de todos os comportamentos que são emitidos pela criança, passando depois a estudar as situações de ocorrência, assim como possíveis reforçadores subsequentes aos comportamentos que podem ser seus mantenedores”. (Soczek , Adriana S., 2011)

Page 20: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

18

Para elaboração do plano de intervenção, o profissional de psicologia se

norteará pelo nível de gravidade apresentada na tríade de dificuldades dos

pacientes autistas, apresentadas na tabela I, considerando não só a nosografia do

quadro, mas também o comportamento emitido pela criança, avaliando sua

funcionalidade no ambiente.

Soczek, (2011) apresenta passos para avaliação do quadro autista, podendo,

no entanto, serem utilizados para outros quadros. São eles:

Primeiramente o relato dos pais, levando em consideração não ser uma fonte

muito segura de informações, pois podem estar presentes reforçadores dos

comportamentos inadequados.

Observação da criança para levantamento dos comportamentos que com a

intervenção terapêutica serão minimizados, instalados ou mantidos.

Análise funcional dos comportamentos disfuncionais onde será avaliado o que

mantém tal comportamento, para a intervenção que poderá instala novo

comportamento,

Frequência destes comportamentos, estabelecendo metas e escolhas de

procedimentos para a intervenção, assim sendo, as intervenções devem

sempre serem avaliadas para mudanças se necessário.

Por fim, após a realização dos passos da avaliação, Soczek (2011) delineia

algumas técnicas, baseadas na TCC, para a intervenção terapêutica na criança

autista: São elas:

Intervenção intensiva: atuação terapêutica várias horas, com intuito de

aumentar repertórios de comportamento objetivando atuação da criança em

meio social. Podendo incluir também as AVDS (Atividades de Vida Diária),

assim como aquisição de comportamento verbal e social. Ainda sobre a

Intervenção intensiva frisa a importância de as intervenções ocorrerem

precocemente para inibir instalações ou correção mais fácil de

comportamentos disfuncionais.

O método PEC (Picture Exchange Comunication System), utilização de

cartões com figuras para a comunicação, instalando e ampliando repertório

comportamental e como instrumento de comunicação para os que não

possuem comportamento verbal, podendo ajudar também para que a criança

consiga o que quer de uma forma mais adequada.

Page 21: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

19

Automonitoração: Para diminuição de frustação, a criança aprende a definir

seus próprios sentimentos e pensamentos e comunicá-los a outros, no

entanto, esta técnica exige que haja um repertório do comportamento de

observação a si mesmo.

TEACCH (Treatment and Education of Autistic and related Communication

Handicapped Children): É um programa com base não somente behaviorista,

mas podendo em combinação com outros métodos, com bases cognitivistas e

comportamentais, as que se apresentam com melhor utilidade, guiando as

intervenções no Teacch. Desenvolve no autista as habilidades sociais,

independência e ensino de maneira geral. Baseia-se em quadros de rotinas,

murais e agendas , organizando o ambiente.

ABA (O applied Behaior Analysis): Estudo científico comportamental que tem

como objetivo alterar, criar ou extinguir comportamentos observados e

identificados previamente.

Autoinstrução: É empregada para que a pessoa possa melhorar o seu

comportamento. “A técnica consiste em ensinar à criança como orientar seu

próprio comportamento, servindo o terapeuta como modelo a ser seguido pela

criança no seu aprendizado. ”(Sampaio, 2005, p.2), no entanto , pouco

utilizada pois necessita de uma melhor comunicação.

Tentativas discretas: Consisti no terapeuta instruir a criança sobre o que

fazer, e observação das respostas, com dicas mais ou menos intrusivas, de

acordo com a necessidade da criança, utilizando –se de reforços social ou

material.

Page 22: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

20

5 DISCUSSÃO

Os dados apresentados nos fazem refletir que o profissional psicólogo e a

abordagem Cognitiva comportamental, no atendimento em quadros de autismo, tem

larga possibilidade de contribuição nas intervenções terapêuticas, no sentido de

diminuir as perdas apresentadas no funcionamento Cognitivo, ligado diretamente ao

conhecimento, às experiências, a aprendizagem e a assimilação, onde os

portadores sofrem danos severos, potencializando o desenvolvimento da criança

autista.

Sob este ponto de vista e na condição de observação/ação, o terapeuta

conduz os desvios comportamentais estabelecendo meios e técnicas que atuam a

favor dos portadores do TEA, seja nas perturbações características da interação

social, da comunicação ou do comportamento enquadrando as técnicas aos

portadores e não utilizando se das mesmas de forma generalizada.

Para isto, faz-se necessário uma boa condução na avaliação, considerando

que cada ser é único, portanto, cada portador de TEA terá seu perfil e suas

necessidades comportamentais diferenciadas.

Os estudos realizados apontam que mesmo o desenvolvimento cognitivo do

autista tendo suas perdas, há possibilidades de flexibilidade cognitiva e neste ponto,

a TCC tem trazido muitos resultados positivos.

Outra avaliação possível, é que com tantas dificuldades por parte dos

portadores há uma necessidade de acompanhamento multidisciplinar e intensivo

para os mesmos e que isto muitas vezes encarece e dificulta muito o tratamento.

Vale ressaltar que nas pesquisas realizadas, vários destaques sobre a

importância do início precoce do acompanhamento terapêutico foram mencionados,

evidenciando um prognóstico melhor para os que estão no espectro autista quando

iniciados precocemente.

Enfim, podemos finalizar afirmando que muito evoluiu o processo terapêutico,

considerando toadas as etapas, das avaliações até as intervenções propriamente

dita, mas que muito pode ser pesquisado e estudado ainda, sempre com o

pensamento voltado para o melhor desenvolvimento cognitivo dos portadores do

TEA e em sua qualidade de vida e que a TCC pode contribuir muito nesta busca de

conhecimento, como tem sido até o momento.

Page 23: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

21

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou uma análise da

aplicabilidade da Terapia Cognitivo-Comportamental nos pacientes portadores de

Transtorno de Espectro Autista.

Como objetivo secundário, buscou-se compreender a forma que se dá os

desenvolvimentos cognitivos englobando a cognição dos indivíduos neurotípicos e

os déficits cognitivos dos indivíduos dentro do Espectro Autista.

Para tanto foi comentado sobre o desenvolvimento cognitivo dos indivíduos

neurótipicos, em que foi apresentada de maneira sintética teorias de Jean Piaget em

que o desenvolvimento se ocorre por estágios mediante o amadurecimento do

pensamento e das relações de troca com o meio tendo como fator necessário a

transmissão social pela linguagem em que uma grande quantidade de informações

são recebidas .

Foi comentado ainda sobre os prejuízos cognitivos dos indivíduos dentro do

TEA onde foi apresentado as principais características, entre elas , os déficits na

comunicação não verbal e verbal usadas para interação social e a falta de

reciprocidade social considerado de extrema importância no desenvolvimento

cognitivo.

Outro tema abordado foram os níveis de gravidade apresentado por cada

indivíduo com o TEA, fator de extrema importância para estabelecimento das

intervenções pelos profissionais envolvidos.

Importante frisar que ocorrem severos danos na cognição do portador de

autismo, uma vez que a cognição está envolvida com o conhecer, aprender,

assimilar e com a dificuldade na comunicação verbal e reciprocidade social a

aprendizagem fica comprometida.

Nesse sentido, vale notar que a Teoria Cognitivo-Comportamental, enfrenta

um grande desafio em sua utilização nos indivíduos dentro do TEA, considerando

que as propostas de intervenção do trabalho do profissional psicólogo nesta

abordagem, passa pela flexibilização cognitiva, atuando principalmente nas

distorções cognitivas dos indivíduos.

Page 24: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

22

Por fim foi apresentado também propostas de intervenções pela TCC em

portadores de autismo onde pôde ser observado que apesar das dificuldades

encontradas, a flexibilidade cognitiva pode ocorrer mesmo com todos os déficits

cognitivos nos portadores de TEA.

Desta forma, foi possível perceber que a evolução terapêutica e educativa

muito tem favorecido os portadores do TEA, contribuindo com o seu

desenvolvimento diminuindo os seus prejuízos cognitivos, considerando de forma

individual as dificuldades e estabelecendo terapia adequada a cada necessidade

presente.

Cabe ressaltar a limitação desta pesquisa somente com revisão de artigos em

português, sendo de grande importância sua ampliação com elementos qualitativos

e quantitativos, proporcionando que novos aspectos possam ser explorados e

aprofundados.

Dada a importância do tema, torna-se necessário o desenvolvimento de

novos estudos que visem ampliar e ou melhorar práticas de intervenção junto aos

indivíduos dentro do TEA, garantindo desta forma sempre o melhor resultado na

atuação terapêutica.

Page 25: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AIELLO, A. L. R., GUILHARDI, ET AL Identificação precoce de sinais de autismo- Sobre comportamento e cognição – contribuições para a construção da teoria do comportamento. Vol. 9 , 13 - 29. Santo André, 2002.

APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed. Porto Alegre, 2014.

BAPTISTA, D. M. Desenvolvimento Cognitivo da Criança, 11 de junho de 2013

Disponível em: <E:/TCC-monografia/desenvolvimento%20cognitivo%20da%20crian%C3%A7a.htm>Acesso em: 20 março 2019.

BECK, J, PH.D. Teoria Cognitiva – Teoria e Prática: 2ª Ed.: Porto Alegre: Artmed, 2013.

BOSA, C. A. As relações entre autismo, comportamento social e função executiva, Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, vol. 14, n. 2, 2001.

BOSA, C. A. Autismo: Intervenções psicoeducacionais, Revista brasileira de psiquiatria, SCIELO Brasil [PDF], vol.28 ,(Supl I) ,2006.

CERVANTES, M. Monografia “Desenvolvimento Cognitivo da criança autista de 3 a 6 ANOS” ANO: 2008. Disponível em:<http://superclickmonografias.com/blog/>, Acesso em 28 novembro 2018.

FÁVERO, M.A.B, SANTOS, M.A Autismo infantil e estresse familiar: uma revisão sistemática da literatura. Psicologia Reflexão Crítica, vol.18, no.3, p.358-369. ISSN 0102-7972 Dez 2005

FERRACIOLI, L. Aprendizagem, desenvolvimento e conhecimento na obra de Jean Piaget: Uma análise do processo de ensino- aprendizagem em Ciências. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.80, n.194, p.5-18, 1999.

GRILLO, E. & SILVA, R. J. M. da. Manifestações precoces dos transtornos do comportamento na criança e no adolescente, Sociedade Brasileira de Pediatria, Jornal de Pediatria, vol. 80, n. 2. (supl.) Porto Alegre, 2004.

LAMPREIA, C. Os enfoques Cognitivista e desenvolvimento no Autismo: Uma análise preliminar. Psicologia: Reflexão e crítica, 17(1), pp.111.120, 2004.

NEGRETTI, N. Conhecendo o autismo, Revista Segredos da mente: Autismo, Editora Alto Astral -ano I, 1, 2017.

Page 26: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

24

NEGRETTI, N. Desvendando o autismo, Revista Segredos da mente: Autismo, Editora Alto Astral -ano II, 2 ,2018.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10: Descrições clinicas e Diretrizes Diagnósticas. Porto Alegre, Artes Medicas, 1993.

PIAGET, J. Psicologia e Pedagogia, Ed. Forense Universitária. Rio de Janeiro, 1982.

PIRES, F.G.; SOUZA, C. A terapia Cognitivo-Comportamental no universo do autismo. Disponível em: <https://docplayer.com.br/1589071-A-terapia-cognitivo-comportamental-no-universo-do-autismo-the-cognitive-behavioral-therapy-in-the-universe-of-autism.html>, Acesso em março 2019.

RAPPAPORT, C. R. Modelo Piagetiano, Disponível em: <https://gen2011urc.files.wordpress.com/2012/03/modelo-piagetiano.pdf>, Acesso em: 20 março 2019.

SENRA, E. M. Terapias para autismo, Revista Ler &Saber – Autismo, Ano 4, n. 6- 2018.

SOCZEK, A. S. Transtorno autista e a abordagem-comportamental: Possibilidade de auxílio psicológico. Disponível em: <https://enfrentandooautismo.blogspot.com/2011/09/transtorno-autista-e-abordagem.html >Acesso em: 20 março 2019.

WRIGT, J. H. Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental [recurso eletrônico]: um guia ilustrado / Jesse H. Wright, Monica R. Basco, Michael E. Thase; tradução Mônica Giglio Armando. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2008.

Page 27: CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · Monografia apresentada ao Centro de Estudos em ... os para torna-los mais funcionais, objetivando mudança no humor e no comportamento

25

ANEXO

Termo de Responsabilidade Autoral

Eu, Ester de Souza Ferraz de Toledo, afirmo que o presente trabalho e suas

devidas partes são de minha autoria e que fui devidamente informado da

responsabilidade autoral sobre seu conteúdo.

Responsabilizo-me pela monografia apresentada como Trabalho de

Conclusão de Curso de Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental, sob

o título “A Aplicação da Terapia Cognitivo-Comportamental no tratamento dos

portadores de TEA”, isentando, mediante o presente termo, o Centro de Estudos

em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC), meu orientador e coorientador de

quaisquer ônus consequentes de ações atentatórias à "Propriedade Intelectual", por

mim praticadas, assumindo, assim, as responsabilidades civis e criminais

decorrentes das ações realizadas para a confecção da monografia.

São Paulo, __________de ___________________de______.

_______________________

Assinatura do (a) Aluno (a)