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Para onde o sol vai ao anoitecer e de onde ele surge pela manhã? A partir dessa indagação infantil, o autor Alessandro Riccioni cria uma ”constelação” de poemas que provocam questionamentos e convidam ao exercício da percepção. O ciclo da natureza e os mistérios do universo se mesclam à imaginação da criança em versos que transbordam delicadeza e sonoridade. As belíssimas ilustrações de Alicia Baladan oferecem uma leitura paralela ao texto verbal, tão ricas em poesia quanto em associações de imagens.
Citation preview
CÉU MENINO© da edição brasileira: Editora Pulo do Gato, 2013© da edição original: Topipittori, 2011, todos os direitos reservados, www.topipittori.it, viale Isonzo 16, 20135, Milão, Itália
Publicado originalmente com o título Cielo bambino.
Coordenação editorial: Márcia Leite e Leonardo ChiancaEdição: Thais RimkusArte e produção gráfica: Carla ArbexConsultoria: Dolores PradesRevisão: Ana Luiza Couto
A edição deste livro respeitou o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Riccioni, Alessandro Céu menino / Alessandro Riccioni; Ilustrações Alicia Baladan (traduzido por Mauricio Santana Dias). – São Paulo: Editora Pulo do Gato, 2013.
Título original: Cielo bambinoISBN 978-85-64974-45-6
1. Poesia - Literatura infantojuvenil I. Baladan, Alicia. II. Título. CDD-028.5Índices para catálogo sistemático:1. Poesia: Literatura infantil 028.52. Poesia: Literatura infantojuvenil 028.5
1ª edição * janeiro * 2013Todos os direitos desta edição reservados à Editora Pulo do Gato.
Texto de Alessandro Riccioni Ilustrações de Alicia Baladan
Tradução de Mauricio Santana Dias
Rua General Jardim, 633 • 5º andar • CEP 01223-904 • São Paulo, SP, BrasilTel.: [55 11] 2503 1438 • www.editorapulodogato.com.br
Ao azul de Niquito,ao celeste de Ale e Betta
Sol que aquece, que queima no rosto,sol bem dourado, da cor de biscoito,sol que cozinha, que enxuga e que arde,girando no espeto em brasa da tarde.
Reluz e faísca o sol, meu colega,se corro pra sombra, você não me pega,você, que está sempre a brigar com o escuro,na noite me escondo, meu porto seguro.
Dia, lindo dia,que sobe devagar,o céu e o oceanojá vão se abraçar:já é um novo diaque vai começar,e lá está o solbrilhando no mar!
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Sol que aquece, que queima no rosto,sol bem dourado, da cor de biscoito,sol que cozinha, que enxuga e que arde,girando no espeto em brasa da tarde.
Reluz e faísca o sol, meu colega,se corro pra sombra, você não me pega,você, que está sempre a brigar com o escuro,na noite me escondo, meu porto seguro.
Dia, lindo dia,que sobe devagar,o céu e o oceanojá vão se abraçar:já é um novo diaque vai começar,e lá está o solbrilhando no mar!
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Céu, coraçãosereno e constante,empurre o trovãopra longe, distante.
Levada ao vento pelo céu marinho,a nuvem flutua e vem de mansinho,pula e pinica que nem uma bola,nuvem alegre a dar cabriola,corre e se vira com malemolência,dá tchau com a mão e se vai na distância.
Depois descansa, se tinge de preto:nuvem sabida, chovendo com jeito!
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Céu, coraçãosereno e constante,empurre o trovãopra longe, distante.
Levada ao vento pelo céu marinho,a nuvem flutua e vem de mansinho,pula e pinica que nem uma bola,nuvem alegre a dar cabriola,corre e se vira com malemolência,dá tchau com a mão e se vai na distância.
Depois descansa, se tinge de preto:nuvem sabida, chovendo com jeito!
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No meio do céu, do céu lá no alto,está uma batata da cor de cobalto,bem grande, redonda e cheia de luz,um gosto suave de estrela fugaz.
Levanta a cabeça no escuro negro,acima da terra há um grande segredo,arregala os olhos, destapa a vista,o céu tenebroso se torna uma pista:foguetes disparam no ar, sem motor,deixando apenas um leve fulgor,recortam o céu em meio às estrelas,escapam ligeiros feito gazelas.Correm à toa e despencam aos montes,espalham ouro, rubis, diamantes,dá para vê-los, mas nada se sente:lá vão as magas estrelas cadentes.
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No meio do céu, do céu lá no alto,está uma batata da cor de cobalto,bem grande, redonda e cheia de luz,um gosto suave de estrela fugaz.
Levanta a cabeça no escuro negro,acima da terra há um grande segredo,arregala os olhos, destapa a vista,o céu tenebroso se torna uma pista:foguetes disparam no ar, sem motor,deixando apenas um leve fulgor,recortam o céu em meio às estrelas,escapam ligeiros feito gazelas.Correm à toa e despencam aos montes,espalham ouro, rubis, diamantes,dá para vê-los, mas nada se sente:lá vão as magas estrelas cadentes.
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