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CID-10

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CID-10 

Classificação EstatísticaInternacional de Doençase Problemas Relacionados

à Saúde 

Décima Revisão 

Versão 2008 

Volume I 

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Nota de Copyright 

Centro Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em Português (Centro

Brasileiro de Classificação de Doenças) – Faculdade de Saúde Pública daUniversidade de São Paulo/Organização Mundial de Saúde/Organização Pan-Americana de Saúde

Copyright © 1993-2007 by Centro Colaborador da OMS para a Classificação deDoenças em Português

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Introdução 

Uma classificação de doenças pode ser definida como um sistema de categorias

atribuídas a entidades mórbidas segundo algum critério estabelecido. Existemvários eixos possíveis de classificação e aquele que vier a ser selecionadodependerá do uso das estatísticas elaboradas. Uma classificação estatística dedoenças precisa incluir todas as entidades mórbidas dentro de um númeromanuseável de categorias.

A Décima Revisão da Classificação Internacional de Doenças e de ProblemasRelacionados a Saúde é a última de uma série que se iniciou em 1893 como aClassificação de Bertillon ou Lista Internacional de Causas de Morte. Uma revisãocompleta dos antecedentes históricos da classificação é apresentada no Volume 2.Ainda que o título tenha sido alterado visando tornar mais claro o conteúdo e afinalidade bem como refletir a extensão progressiva da abrangência da classificação

além de doenças e lesões, permanece mantida a familiar abreviatura “CID”.Quando da atualização da classificação, as afecções foram agrupadas de forma atorná-las mais adequada aos objetivos de estudos epidemiológicos gerais e para aavaliação de assistência à saúde.

O trabalho para a Décima Revisão da CID iniciou-se em 1983 quando foi realizadauma Reunião Preparatória sobre a CID-10, em Genebra. O programa de trabalho foiconduzido por meio de reuniões periódicas dos Diretores de Centros Colaboradoresda OMS para a Classificação de Doenças. O plano de ação foi estabelecido emreuniões especiais, incluídas aquelas do Comitê de Peritos em ClassificaçãoInternacional de Doenças – Décima Revisão, realizadas em 1984 e 1987.

Além das contribuições técnicas oferecidas por vários grupos de especialistas bemcomo de peritos individuais, muitos comentários e sugestões provieram dos PaísesMembros da OMS e dos Escritórios Regionais da OMS; esses comentários esugestões resultaram na circulação, pelos países, dos rascunhos das propostas daRevisão em 1984 e 1986. Ficou claro, pelos comentários recebidos, que muitosusuários desejariam que a CID incluísse outros tipos de dados além da “informaçãodiagnóstica” (no sentido mais amplo do termo) que sempre havia incluído. Visandoatender às necessidades desses usuários, surgiu o conceito de uma “família” declassificações tendo como núcleo central a tradicional CID com sua forma eestrutura já conhecidas. A CID, em si mesma, atenderia as necessidades deinformação diagnóstica para finalidades gerais, enquanto várias outrasclassificações seriam usadas em conjunto com ela e tratariam quer com diferentesenfoques a mesma informação ou tratariam de informação diferente(principalmente procedimentos médicos e cirúrgicos e incapacidades).

Vários modelos alternativos de estrutura foram avaliados seguindo sugestõesapresentadas quando se preparava a Nona Revisão da Classificação, pois haviasugestões de que uma estrutura básica diferente poderia atender melhor àsnecessidades de muitos assim como os mais variados tipos de usuários. Ficou claro,porém, que o modelo tradicional de eixo com variável única da classificação, assimcomo outros aspectos de sua estrutura que davam ênfase a afecções que eramfreqüentes, que representavam altos custos ou, por outro lado, eram deimportância em saúde pública, resistiu ao tempo e que muitos usuários não sesatisfaziam com os modelos apresentados como possíveis substitutos.

Conseqüentemente, como a observação da Décima Revisão mostrará, foi mantida atradicional estrutura da CID, porém um esquema de código alfanumérico substituiu

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o anterior que era apenas numérico. Isso levou a um sistema com muito maiornúmero de códigos deixando espaços para que em futuras revisões não hajarompimento da ordenação, como ocorria nas revisões anteriores.

Visando o melhor uso dos espaços disponíveis, alguns transtornos do mecanismoimunitário foram incluídos junto às doenças do sangue e dos órgãos

hematopoéticos (Capítulo III). Foram criados novos capítulos para as doenças doolho e anexos e para as doenças do ouvido e da apófise mastóide. As antigasclassificações suplementares de causas externas e de fatores que exerceminfluências sobre o estado de saúde e de oportunidades de contato com serviços desaúde passaram a fazer parte do corpo da classificação.

O sistema duplo de classificação para alguns diagnósticos – sistema de cruz easterisco – introduzido na Nona Revisão foi mantido e expandido, estando agora oeixo de asterisco contido em categorias homogêneas ao nível de três caracteres.

Conteúdo dos três volumes da CID 

A apresentação da classificação foi alterada e passou a ser em três volumes:

Volume 1. Lista Tabular. Este volume apresenta o Relatório da ConferênciaInternacional para a Décima Revisão, a Classificação propriamente dita nos níveisde três e quatro caracteres, a classificação da morfologia de neoplasias, listasespeciais de tabulação para mortalidade e para morbidade, as definições e osregulamentos da nomenclatura.

Volume 2. Manual de Instruções. Este volume apresenta as notas sobre acertificação médica e sobre a classificação, que estavam antes incluídas no Volume1, agora com maior quantidade de informações e de material de instrução eorientações sobre o uso do Volume 1, sobre as tabulações e sobre o planejamento

para o uso da CID, o que se julgou que faltava nas revisões anteriores. Incluitambém a parte histórica que antes estava na introdução do Volume 1.

Volume 3. Índice Alfabético. Este volume apresenta o índice propriamente ditocom uma introdução e maior quantidade de instruções sobre o seu uso.

* * *

A Classificação foi aprovada pela Conferência Internacional para a Décima Revisãoem 1989 e adotada pela Quadragésima Terceira Assembléia Mundial de Saúde pelaseguinte resolução:

A Quadragésima Terceira Assembléia Mundial da Saúde,

Tendo tomado conhecimento do relatório da Conferência Internacional para aDécima Revisão da Classificação Internacional de Doenças;

1. ADOTA o que se segue, recomendado pela Conferência:

(1) a lista detalhada de categorias de três caracteres e subcategoriasopcionais de quatro caracteres com as Listas Abreviadas deTabulação para Mortalidade e para Morbidade, constituindo aDécima Revisão da Classificação Estatística Internacional deDoenças e de Problemas Relacionados à Saúde, que deverá entrarem vigor em 1º de janeiro de 1983;

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(2) as definições, normas e requisitos para informações relacionadas àsmortalidades materna, fetal, perinatal, neonatal e infantil;

(3) as regras e instruções para as codificações da causa básica demortalidade e da causa principal em morbidade;

2. SOLICITA ao Diretor Geral a publicação do Manual da Classificação EstatísticaInternacional de Doenças e de Problemas Relacionados à Saúde;

3. ENDOSSA as recomendações da Conferência relativas ao:

(1) o conceito e a implementação de uma família de classificações dedoenças e de problemas relacionados à saúde, tendo como núcleocentral a Classificação Estatística Internacional de Doenças e deProblemas Relacionados a Saúde, cercada por várias classificaçõesrelacionadas ou suplementares à ela e a NomenclaturaInternacional de Doenças

(2) o estabelecimento de um processo de atualização durante o ciclo dedez anos da revisão.

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Agradecimentos 

A revisão periódica da CID, desde a Sexta Revisão, vem sendo coordenada pela

Organização Mundial de Saúde. Como o uso da classificação tem aumentadobastante, é compreensível que exista a vontade, entre seus usuários, decontribuírem para o processo de revisão. A Décima Revisão é o produto de umagrande soma de atividades cooperação e compromissos internacionais. A OMSreconhece com gratidão as contribuições de muitos indivíduos e grupos deespecialistas nacionais e internacionais de numerosos países.

A OMS agradece a importante contribuição técnica do Centro Colaborador para aFamília de Classificações Internacionais localizado no Deutsches Institut fürMedizinische Dokumentation und Information (DIMDI), na cidade de Colônia,Alemanha, e, em particular, a seu diretor, Dr. Michael Schopen, pelo seu trabalhode atualização dos textos e na preparação dos arquivos eletrônicos que foram

utilizados na versão da CID-10 em inglês.

A versão eletrônica da CID-10 em Português foi realizada pelo Dr. Jacques Levin,do Datasus.

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Atualizações 

As atualizações oficiais dos volumes da CID-10 estão disponíveis, em inglês, na

forma de listas anuais de modificações no sítio da OMS referente à Classificação:

http://www.who.int/classifications 

Estas atualizações são aprovadas anualmente na Reunião dos Diretores de CentrosColaboradores da OMS para a Família de Classificações Internacionais.

A lista indica a origem de cada recomendação de mudança ou alteração e a data desua inclusão nos volumes da CID-10.

As datas de aprovação estão indicadas em todas elas, com exceção das correções.

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Centros Colaboradores da OMS para a Classificaçãode Doenças 

Existem atualmente nove Centros Colaboradores da OMS para a Classificação deDoenças e que prestam assistência aos países no desenvolvimento e no uso declassificações relacionadas à saúde e, particularmente, no uso da CID.

É importante que os países levem ao conhecimento do respectivo Centro quaisquerproblemas que eventualmente possam uso da CID e, especialmente, quando umanova doença é descrita e para a qual a CID não apresenta uma classificaçãoapropriada. Até agora a CID não tem sido atualizada entre as revisões, entretantofoi proposta a introdução de mecanismos para, por intermédio dos Centros, quandonecessário, prover códigos adequados para as novas doenças.

Além dos Centros Colaboradores da OMS oficiais, existem vários centros de

referência nacionais que os usuários podem inicialmente consultar quando houvernecessidade.

Existem dois Centros para usuários de idioma inglês. As comunicações devem serendereçadas ao Diretor, Centro Colaborador da OMS para a Classificação deDoenças, a saber:

Australian Institute of HealthGPO Box 570Canberra ACT 2601Australia

National Center for Health StatisticsCenters for Disease Control and Prevention3311 Toledo RoadHyattsville, MD 20782United States of America

Os outros sete Centros, um para cada idioma ou grupo de idiomas, estãolocalizados nas seguintes instituições:

Peking Union Medical College HospitalChinese Academy of Medical SciencesPequim 100730

República Popular da China (para o chinês)INSERM44 Chemim de RondeF-78110 Le VésinetFrança (para o francês)

Department of Social MedicineUniversity HospitalS-751 85 UppsalaSuécia (para os países nórdicos)

Faculdade de Saúde PúblicaUniversidade de São PauloAvenida Dr. Arnaldo, 715

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01246-904, São Paulo, SPBrasil (para o português)

National Research Institute of Public Health12, Vorontsovo pole105064 Moscou

Federação Russa (para o russo)

Centro Venezolano de Classificación de Enfermedades (CEVECE)El SilencioCentro Simon BolivarEdificio Sur, Piso 3, Oficina 315Caracas 1010Venezuela (para o espanhol)

German Institute for Medical Documentation and Information (DIMDI)Waisenhausgasse 36-38 A50676 Colonia

Alemanha (para o alemão)

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Relatório da Conferência Internacional para a DécimaRevisão da Classificação Internacional de Doenças 

Preâmbulo 

1. História e desenvolvimento dos usos da Classificação Internacional de Doenças(CID) 

2. Retrospectiva das atividades de preparação das propostas para a DécimaRevisão da CID 

3. Características gerais e conteúdo da proposta para a Décima Revisão da CID 

4. Critérios e definições relacionados à saúde materna e infantil 

5. Regras de Seleção e Codificação e Listas Tabulares 

6. Família de Classificações 

7. Execução da Décima Revisão da CID 

8. Futuras Revisões da CID 

9. Adoção da Décima Revisão da CID 

Referências 

Preâmbulo 

A Conferência Internacional Para a Décima Revisão da Classificação Internacionalde Doenças foi convocada pela Organização Mundial de Saúde e realizada em suasede em Genebra de 26 de setembro a 2 de outubro de 1989. Participaram daConferência delegados de 43 Países Membros:

Angola  Austrália Bahamas  Bélgica Brasil  Bulgária Burundi  Canadá China Chipre

 Cuba  Dinamarca Emirados Árabes Unidos  Espanha Estados Unidos da América  Finlândia França  Hungria Índia Indonésia Israel  Japão Kuwait  Luxemburgo Madagascar  Mali Malta  Moçambique Niger  Países Baixos Portugal  Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlandado Norte República da Coréia  República Democrática da Alemanha 

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República Federal da Alemanha  Senegal Singapura  Suécia Suíça  Tailândia Uganda  União das Repúblicas Socialistas

Soviéticas Venezuela 

Participaram da Conferência representantes das Nações Unidas, da OrganizaçãoInternacional do Trabalho e dos Escritórios Regionais da OMS bem comorepresentantes do Conselho das Organizações Internacionais de Ciências Médicas ede doze outras organizações não-governamentais referentes a registros de câncer,à surdez, à epidemiologia, à medicina de família, à ginecologia e obstetrícia, àhipertensão, à documentação médica, à medicina preventiva e social, à neurologia,à psiquiatria, à reabilitação e a doenças sexualmente transmitidas.

A Conferência foi aberta pelo Dr. J. P. Jardel, Assistente do Diretor Geral, em nomedeste. O Dr. Jardel referiu-se ao extenso trabalho realizado que incluiu consultas e

toda a preparação das propostas da revisão o que necessitou um intervalo maislongo entre as revisões. Ele mencionou o fato de a Décima Revisão ter um novotítulo, Classificação Estatística Internacional de Doenças e de ProblemasRelacionados à Saúde, enfatizando sua finalidade estatística e refletindo a maioramplitude de suas finalidades. A abreviação que se tem utilizado, CID, serámantida. Ele também mencionou o novo esquema de códigos alfa numéricos, o quepermitiu um melhor equilíbrio entre os conteúdos dos capítulos bem como abriuespaço para mudanças e adições futuras; referiu-se também à intenção de produzirum manual da CID com categorias de três caracteres com um índice alfabético paraser usado em lugares onde for inapropriado o uso da versão mais complexa edetalhada de quatro caracteres.

A Conferência elegeu as seguintes pessoas:

Dr. R. H. C. Wells, Austrália (Presidente)Dr. H. Bay-Nielsen, Dinamarca (Vice-Presidente)Dr. R. Braun, República Democrática da Alemanha (Vice-Presidente)Sr. R. A. Israel, Estados Unidos da América (Vice-Presidente)Dr. R. Laurenti, Brasil (Vice-Presidente)Dr. P. Maguin, França (Relator)Sra. E. Taylor, Canadá (Relator)

O secretariado da Conferência foi o seguinte:

Dr. J. P. Jardel, Assistente do Diretor Geral, OMS, Genebra, SuíçaDr. H. R. Hapsara, Diretor, Divisão de Vigilância Epidemiológica e Avaliaçãoda Situação e Tendências de Saúde, OMS, Genebra, SuíçaDr. J. C. Alary, Médico Chefe, Serviços de Epidemiologia e de Estatísticasde Saúde, OMS, Genebra, SuiçaDr. G. R. Brämer, Médica, Serviços de Epidemiologia e de Estatísticas deSaúde, OMS, Genebra, SuiçaSr. A. L'Hours, Oficial Técnico, Serviços de Epidemiologia e Estatísticas deSaúde, OMS, Genebra, SuíçaProfessor W. Jänisch, República Democrática da Alemanha (ConselheiroTemporário)Sr. T. Kruse, Dinamarca (Conselheiro Temporário)Dr. K. Kupka, França (Conselheiro Temporário)

Dr. J. Leowski, Polônia (Conselheiro Temporário)

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Sra. R. M. Loy, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte(Conselheiro Temporário)Sr. R. H. Seeman, Estados Unidos da América (Conselheiro Temporário)

O secretariado da Conferência contou com o auxílio de representantes de outrasunidades técnicas da sede da OMS.

A Conferência adotou uma agenda que tratava das propostas do conteúdo doscapítulos da Décima Revisão e do material a ser incorporado no manual a serpublicado; o processo para sua introdução; e sobre a família de classificações etemas correlatos.

1. História e desenvolvimento dos usos da ClassificaçãoInternacional de Doenças (CID) 

Recordou-se na Conferência a impressionante história de uma classificaçãoestatística que remonta ao século dezoito. Enquanto as primeiras revisões da

classificação diziam respeito somente às causas de morte, a partir da SextaRevisão, em 1948, suas finalidades se expandiram passando a incluir doenças nãofatais. Esta expansão continuou até esta Nona Revisão ocorrendo algumasinovações para atender às necessidades estatísticas das mais diversasorganizações. Acresce também que na Conferência Internacional Para a NonaRevisão (Genebra, 1975) (1), foram feitas e aprovadas recomendações para serempublicadas, para fins experimentais, classificações suplementares de procedimentosem medicina e de deficiências, incapacidades e desvantagens.

2. Retrospectiva das atividades de preparação daspropostas para a Décima Revisão da CID 

As propostas apresentadas na Conferência representaram o produto de uma grandequantidade de atividades não somente na OMS mas em todo o mundo. O programade trabalho foi orientado por reuniões periódicas dos Diretores dos CentrosColaboradores da OMS para a Classificação de Doenças. O plano de ação foiestabelecido em reuniões especiais e pelo Comitê de Peritos para a ClassificaçãoInternacional de Doenças – Décima Revisão, que se reuniu em 1984 (2) e 1987 (3) para decidir sobre a direção que o trabalho deveria seguir e sobre a forma daspropostas finais.

Grande parte das atividades preparatórias foi dedicada a uma revisão radical sobrea adequação da estrutura da CID – essencialmente uma classificação estatística dedoenças e de outros problemas de saúde – para servir a uma variedade de

necessidades quer para mortalidade quer para dados de assistência à saúde. Foramestudadas maneiras de estabilizar o sistema de códigos visando minimizar adescontinuidade em sucessivas revisões, bem como a possibilidade de prover ummelhor equilíbrio entre o conteúdo dos diferentes capítulos da CID.

Mesmo com uma nova estrutura, estava claro que uma classificação não poderiaatender a todas as necessidades. Por esta razão desenvolveu-se o conceito de uma

 “família” de classificações que apresentasse a CID como o seu núcleo ou centro aqual caberiam as necessidades tradicionais de estatísticas de mortalidade emorbidade ao passo que as necessidades de pormenores em maior ou menornúmero ou classificações diferentes e os assuntos relacionados seriam cobertas poroutros membros da família.

Foram investigados, pelos Centros Colaboradores, vários modelos opcionais para aestrutura da CID porém os resultados mostraram que cada um desses modelos

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apresentava aspectos não satisfatórios e que nenhum deles tinha vantagenssuficientes em relação à estrutura existente a ponto de justificar sua substituição.Reuniões especiais para avaliar a Nona Revisão confirmaram que apesar de algunsusuários potenciais julgarem não conveniente a estrutura da CID, havia umagrande quantidade de usuários satisfeitos que identificavam muitas vantagensinerentes, mesmo existindo algumas inconsistências aparentes, e que expressaram

o desejo de continuar com a forma atual.

Vários esquemas com notação alfanumérica foram analisados visando produzir umaestrutura de códigos que oferecesse um melhor equilíbrio entre os capítulos epermitisse espaço suficiente para acréscimos e mudanças futuras sem interrompera ordem dos códigos.

As decisões tomadas sobre esses assuntos abriram caminho para a preparação dasminutas sucessivas sobre as propostas dos capítulos para a Décima Revisão. Essasminutas circularam duas vezes, para comentários entre os Países Membros etambém foram revisadas por outros interessados, bem como foram assuntos dereuniões de diretores de Centro e revistas pelo Comitê de Peritos. Um grande

número de associações de especialistas, alguns peritos individuais, outras unidadesda OMS em Genebra e dos escritórios regionais da OMS deram opiniões eorientações à unidade da OMS responsável pela CID e aos Centros Colaboradoresna preparação das propostas e de outros materiais apresentados à Conferência. AOMS reconhece agradecida esse auxílio.

3. Características gerais e conteúdo da proposta para aDécima Revisão da CID 

A principal inovação das propostas para a Décima Revisão foi o uso de um esquemade código alfanumérico que consiste em uma letra seguida de três números a nível

de quatro caracteres. Este fato mais que dobrou o tamanho do conjunto de códigosquando se compara com a Nona Revisão e possibilitou que, para a grande maioriados capítulos, fosse atribuída uma única letra, cada uma das quais possibilitando100 categorias de três caracteres. Foram utilizadas 25 letras das 26 existentes; aletra U não foi utilizada e poderá servir para adições e alterações futuras bem comopara possíveis classificações provisórias visando resolver dificuldades que venham asurgir entre as revisões, em âmbito nacional ou internacional.

Decidiu-se que algumas categorias de três caracteres ficassem vazias paraexpansões e revisões futuras, seu número variando de acordo com os capítulos:aqueles capítulos com eixo de classificação primariamente anatômico têm menornúmero de categorias vazias visto que se considerou que as modificações futurasseriam mais limitadas.

A Nona Revisão continha 17 capítulos e duas classificações suplementares: aClassificação Suplementar de Causas Externas de Lesões e de Envenenamentos (ocódigo E) e a Classificação Suplementar de Fatores que Exercem Influência Sobre oEstado de Saúde e de Oportunidades de Contato com Serviços de Saúde (o códigoV). Como foi recomendado pela Reunião Preparatória sobre a Décima Revisão(Genebra, 1983) (4) e endossado nas reuniões seguintes, estes dois capítulos nãoseriam mais considerados como suplementares mas sim incluídos como parte donúcleo da classificação.

A ordem de entrada dos capítulos nas propostas para a Décima Revisão foi,inicialmente, a mesma da Nona Revisão; entretanto, para tornar mais eficiente o

uso dos espaços disponíveis, os transtornos do mecanismo imunitário foramincluídos juntos às doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos, enquanto que

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na Nona Revisão eles estavam incluídos nas doenças endócrinas, da nutrição e dometabolismo. O novo capítulo “Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos ealguns transtornos que envolvem o mecanismo imunitário” segue o capítulo

 “Neoplasias” com o qual divide a letra D.

Durante a elaboração dos primeiros rascunhos do capítulo “Doenças do sistema

nervoso e dos órgãos do sentido” ficou claro que não poderiam ser acomodadostodos os pormenores necessários sob uma única letra com as 100 categorias detrês caracteres. Foi decidido então criar três capítulos independentes – “Doenças dosistema nervoso” com a letra G e dois outros capítulos “Doenças do olho e anexos” e “Doenças do ouvido e da Apófise mastóide”, que dividem a letra H.

Também foram colocados em continuidade os capítulos XIV a XVII a saber: “Doenças sistema geniturinário”, “Gravidez, parto e puerpério”, “Algumas afecçõesque se originam no período perinatal” e “Malformações congênitas, deformidades eanomalias cromossômicas”.

Com a inclusão das antigas classificações suplementares como parte da

classificação central e com a criação de dois novos capítulos, o número total decapítulos na proposta para a Décima Revisão passou a 21. Os títulos de algunscapítulos foram retificados com a finalidade de indicar melhor o seu conteúdo.

Foram realizados alguns estudos de campo nos casos de propostas de alteraçõesradicais na CID. Este fato ocorreu com os seguintes capítulos:V Transtornos mentais e comportamentais XIX Lesões, envenenamento e algumas outras conseqüências de causas externas XX Causas externas de mortalidade e de morbidade 

Para o Capítulo II, “Neoplasias” [Tumores], também foi realizado teste de campo,ainda que as mudanças em seu conteúdo tenham sido menores.

Alguns aspectos novos das propostas para a Décima Revisão são os seguintes:

•  As notas de exclusão no início de cada capítulo foram expandidas para explicar ahierarquia relativa dos capítulos e tornar claro que, para a codificação o “grupoespecial” de capítulos tem prioridade sobre os que se referem a órgãos esistemas e que, entre os especiais, “Gravidez, parto e puerpério” e “Algumasafecções que se originam no período perinatal” têm prioridade sobre os outros.

•  Além disso, no início de cada capítulo, apresenta-se uma descrição dosagrupamentos de categorias de três caracteres e, quando for o caso, ascategorias com asterisco; isso foi feito para esclarecer a estrutura dos capítulose facilitar o uso das categorias de asterisco.

•  As notas na lista tabular se aplicam a todos os usos da classificação; se existiruma nota apropriada somente para morbidade ou somente para mortalidade, elaestará incluída nas notas especiais que aparecem nas regras de codificação demorbidade ou nas regras de codificação de mortalidade.

•  A Nona Revisão identificava algumas afecções como sendo induzidas por drogas;esta abordagem continuou a ser feita na preparação das propostas para aDécima Revisão e muitas delas são agora identificadas separadamente.

Uma importante inovação foi a criação, no final de alguns capítulos, de categoriaspara transtornos conseqüentes a procedimentos. Estas categorias identificamafecções importantes que constituem, por si mesmas, problemas de assistênciamédica e incluem como exemplos doenças endócrinas e metabólicas que surgem

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após a remoção de um órgão ou outras afecções específicas como a síndrome dedumping após gastrectomia. Outras afecções pós-procedimento que não sãoespecíficas de um órgão ou sistema, incluindo complicações imediatas como aembolia gasosa e o choque pós-operatório, continuam a ser classificados nocapítulo “Lesões, Envenenamentos e Algumas Outras Conseqüências de CausasExternas”.

Outra mudança foi que na Nona Revisão os títulos das subcategorias de quatrodígitos tinham, muitas vezes, de serem lidas juntamente com os títulos dascategorias de três dígitos para apreender-se o significado completo dasubcategoria. Na proposta da Décima Revisão apresentada na Conferência os títulossão, quase sempre, completos e podem ser entendidos por si mesmos.

O esquema de classificação dupla para etiologia e manifestação, conhecido comosistema de cruz e asterisco, introduzido na Nona Revisão, tem sido motivo dealgumas críticas. Estas dizem respeito, principalmente, ao fato de a classificaçãofreqüentemente conter uma mistura de manifestação e outra informação aos níveisde três e quatro dígitos, com os mesmos termos diagnósticos aparecendo nos dois

eixos. Há também o fato de muitos considerarem o sistema como não muitoabrangente. Para superar tais problemas, na proposta para a Décima Revisão, oscódigos com asterisco aparecem em 82 categorias homogêneas de três caracterespara uso opcional. Desta maneira, é possível que aqueles diagnósticos contendoinformações sobre uma doença básica generalizada e uma manifestação oucomplicação em um determinado órgão ou localização recebam dois códigos,possibilitando a recuperação ou tabulação de acordo com os dois eixos.

Estas características da proposta para a Décima Revisão foram aceitas pelaConferência.

Cada um dos capítulos foi apresentado na Conferência com a descrição das

alterações introduzidas em relação à Nona Revisão e com as informações quefundamentaram determinadas inovações. Algumas questões relativas às alteraçõesna estrutura e no conteúdo de capítulos foram discutidas na Conferência,alcançando-se um acordo em seguida à modificações realizadas pelo secretariado.

4. Critérios e definições relacionados à saúde materna einfantil 

A Conferência considerou com interesse as recomendações sobre as definições,critérios e requisitos relacionados às mortalidade materna, fetal, perinatal, neonatale infantil para a Décima Revisão. Estas recomendações resultaram de uma série deencontros e consultas especiais que tinham como objetivo melhorar acomparabilidade dos dados.

A Conferência concordou que seria desejável manter as definições de nascido vivo ede morte fetal de forma que estavam na Nona Revisão.

Após algumas discussões, a Conferência organizou um grupo de trabalho sobre otema mortalidade materna e, baseados na recomendação feita, após esta reunião,concordou-se em manter a definição de mortalidade materna como apresentada naNona Revisão.

A fim de melhorar a qualidade dos dados sobre mortalidade materna e possibilitarmétodos alternativos de coleta dos dados sobre mortes ocorridas durante a

gestação ou relacionadas a ela, bem como para incentivar o registro dos óbitos porcausas obstétricas ocorridas após os 42 dias do término da gestação, duas

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definições adicionais, para “mortes relacionadas a gravidez” e para “morte maternatardia”, foram formuladas nesse grupo de trabalho. Elas estão incluídas no itemDefinições.

A Conferência

RECOMENDOU que os países considerem a inclusão nos atestados de óbitosde questões relacionadas a gestação atual e a gestação do último anoprecedendo à morte.

A Conferência concordou que, desde que o número de nascidos vivos éuniversalmente mais disponível que o número total de nascimentos (nascidos vivosmais mortes fetais), o mesmo deverá ser utilizado como denominador nas taxasrelacionadas à mortalidade materna como referidas no Volume 2.

Com respeito à mortalidade perinatal, neonatal e infantil, foi enfaticamenterecomendado que nas publicações as taxas baseadas em coortes de nascimentossejam assim identificadas e diferenciadas.

A Conferência confirmou a prática de expressar a idade em unidades de tempocompletas e deste modo designou o primeiro dia de vida como dia zero.

A Conferência

RECOMENDOU a inclusão, no manual da Décima Revisão da CID, dedefinições, critérios e requisitos para a apresentação de dados relacionadosà mortalidade materna, fetal, perinatal, neonatal e infantil.

5. Regras de Seleção e Codificação e Listas Tabulares 

5.1 Regras de seleção e codificação para mortalidade 

A Conferência foi informada sobre o processo para a revisão das regras de seleçãoe modificação da causa básica de morte e das notas associadas, da forma comoapareciam na Nona Revisão, o que resultou em várias recomendações de mudançaspara as regras e mudanças extensivas nas notas.

A Conferência

RECOMENDOU que as regras para a seleção da causa básica da morte paratabulações primárias de mortalidade, como aparecem na Nona revisão daCID, sejam substituídas na Décima revisão [por aquelas contidas no

Volume 2].

A Conferência foi informada que notas adicionais para uso na codificação da causabásica e na interpretação das menções de causas de morte foram planejadas eestavam sendo revistas. Como o objetivo dessas notas é de tornar mais consistentea codificação, a Conferência concordou que elas fossem incorporadas à DécimaRevisão.

A Conferência tomou conhecimento do uso da metodologia de causas múltiplas demorte para a codificação e análise das causas de morte. Ela expressou seu estímuloà estas atividades, mas não recomendou que a Décima Revisão contenha qualquerregra particular ou método de análise a serem seguidos.

Considerando o modelo internacional de atestado médico de causa de morte, oComitê de Peritos reconheceu que a situação da população idosa com uma maior

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proporção de óbitos envolvendo múltiplos processos mórbidos, e os efeitos deintervenções terapêuticas associadas tendem a aumentar o número de doençasdeclaradas entre a causa básica e a causa direta da morte: isto significa que um nonúmero crescente de afecções estavam sendo citadas no atestado de óbito emmuitos países. Isto levou o Comitê a recomendar a inclusão de uma linha adicional(d) na Parte I no atestado médico do óbito.

A Conferência portanto

RECOMENDOU que, onde houver necessidade, os países considerem apossibilidade de incluir uma linha adicional (d) na Parte I do atestadomédico de causa de morte.

5.2 Regras de seleção e codificação para morbidade 

A Nona Revisão apresentou, pela primeira vez, um orientação para o registro, acodificação e principalmente para a seleção de uma afecção única para a elaboraçãodas estatísticas de morbidade. A experiência do uso dessas definições e regras da

Nona Revisão mostrou que elas são úteis e gerou pedidos para que fossem melhoresclarecidas no sentido de serem utilizadas para o registro de informações sobrediagnósticos resultantes de consultas ou episódios de atendimento assim como parasituações onde houver um problema específico.

A Conferência endossou as recomendações da Conferência para a Revisão de 1975sobre a afecção a ser selecionada para análise por causa única de qualquer episódiode assistência à saúde e, quando possível, a codificação de causas múltiplas quepermite uma análise suplementar das estatísticas de rotina. Determinou-se que aDécima Revisão esclareça que a orientação deve ser utilizada apenas quando atabulação da “afecção principal” de um episódio ou consulta tenha sido adequado equando o conceito de “episódio” “per se” tenha sido relevante na maneira de

organizar a coleta dos dados.A Conferência portanto

RECOMENDOU que uma orientação adicional sobre o registro e acodificação de morbidade seja incluída na Décima Revisão, e que asdefinições de “afecção principal” e “outras afecções” devam serincorporadas, bem como as regras de modificação para casos onde a

 “afecção principal” for incorretamente anotada [Estes tópicos estãoincluídos no Volume 2].

A Conferência também

RECOMENDOU que em casos onde a “afecção principal” seja passível decódigo duplo, previsto pela CID, ambos, o código cruz e o código asterisco,devem ser registrados, permitindo uma tabulação alternativa.

A Conferência concordou que notas e exemplos esclarecedores devam seradicionados com a finalidade de permitir maior compreensão.

5.3 Listas para tabulação de mortalidade e morbidade 

A Conferência foi informada sobre as dificuldades do uso da Lista Básica paraTabulação baseada na Nona Revisão e sobre as atividades, particularmente daOMS, para desenvolver novas listas para a tabulação e a publicação dos dados de

mortalidade. Neste processo tornou-se claro que, em muitos países, a mortalidadede menores de cinco anos tem sido um indicador melhor do que a mortalidade

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infantil, e portanto é preferível ter uma lista que inclua mortes infantis e mortes decrianças até cinco anos de idade do que apenas a lista para mortalidade infantil.

Foram preparadas, para serem consideradas pela Conferência, duas versões para alista de mortalidade geral e para a lista de mortalidade infantil e de crianças, asegunda versão incluindo os títulos dos capítulos e rubricas residuais para os

capítulos, se necessário.

Em decorrência da preocupação motivada pelas listas de mortalidade, reuniu-se umgrupo de trabalho que considerou a possibilidade de inclusão de alguns itensadicionais. O relatório do grupo de trabalho foi aceito pela Conferência e estáconsubstanciado nas listas de mortalidade .

Em relação às listas de tabulação de morbidade, a Conferência reviu ambas aspropostas, a lista para a tabulação e um modelo de lista baseada nos títulos doscapítulos, com itens selecionados e incluídos como exemplos sob cada título. Aaplicabilidade dessas listas para morbidade em senso amplo foi motivo deconsideração. Houve consenso geral que as listas como apresentadas eram

provavelmente mais adequadas para morbidade hospitalar, e foi sentida anecessidade de maiores esforços para desenvolver uma lista aplicável a outros tiposde atendimentos de morbidade e também que ambas as listas de tabulação, demorbidade e mortalidade, devessem ser acompanhadas por explicações einstruções apropriadas sobre os seus usos na Décima Revisão.

Em razão da preocupação da Conferência e das conclusões do grupo de trabalho, aConferência concordou que as listas de tabulação e de publicação devam estarcontidas na Décima Revisão, enquanto se procuram títulos mais esclarecedorespara essas listas. Concordou-se também em desenvolver uma segunda versão dalista de tabulação para morbidade com a finalidade de facilitar a tabulaçãoalternativa das categorias de asterisco.

6. Família de Classificações 

6.1 Conceito da família de classificações 

Durante a preparação da Nona Revisão percebeu-se que a CID sozinha não poderiaabranger todas as informações necessárias e que apenas uma “família” declassificações sobre doenças e outros problemas relacionadas à saúde, poderiasuprir as várias necessidades em saúde pública. Desde o final da década desetenta, várias soluções possíveis têm sido consideradas, uma das quaisdemandava uma classificação central (CID) com uma série de módulos, algunshierarquicamente relacionados e outros de caráter suplementar.

Após estudos e discussões em cooperação com os vários Centros Colaboradores, foielaborado um conceito de família de classificações que foi revisto pelo Comitê dePeritos, em 1987, que recomendou o seguinte esquema:

Família de Classificações Internacionais da OMS 

ClassificaçõesRelacionadas  Classificações de

Referência  Classificaçõesderivadas 

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ClassificaçãoInternacional de AtençãoPrimária (ICPC) 

ClassificaçãoInternacional deDoenças eProblemas

relacionados àSaúdeCID-10 

Classificação Internacionalde Oncologia -3ª edição

CID-O-3 

ClassificaçãoInternacional de CausasExternas das Lesões(ICECI) 

Classificação deTranstornos Mentais e

Comportamentais da CID-10 

Sistema de Classificação

anatômica, terapêutica equímica (ATC) comdefinição de doses diárias(DDD) 

Classificação

Internacional deFuncionalidade,Incapacidade eSaúdeCIF 

Aplicação da Classificação

Internacional de Doenças adentistica e estomatologia– 3ª revisão CID-DA

ISO 9999Ajudas Técnicas parapessoas comincapacidades -Classificação eTerminologia 

Aplicação da ClassificaçãoInternacional de Doenças a

NeurologiaCid-10-NA

ClassificaçãoInternacional deIntervenções em

Saúde (ICIH) Em desenvolvimento 

Classificação Internacionalde Funcionalidade,

Incapacidade e Saúde –Jovens e Crianças (ICF CY) 

A Conferência

RECOMENDOU que o conceito de família de classificações de doenças eproblemas relacionados à saúde deva ser seguido pela OMS.

Visando manter a integridade da CID e o conceito de família, a Conferência

RECOMENDOU que, com a finalidade de manter a comparabilidadeinternacional, nenhuma mudança deva ser realizada no conteúdo (comoindicado pelo título) das categorias de três algarismos e nas subcategorias

de quatro caracteres da Décima Revisão durante a fase de preparação,tradução ou adaptação, exceto as autorizadas pela OMS. O Secretariado da

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OMS é o responsável pela CID e atua como centro de referência paraqualquer publicação (exceto as publicações das estatísticas nacionais) oupara traduções a partir da CID. A OMS deve ser prontamente notificadasobre a intenção de produzir traduções e adaptações ou qualquer outraclassificação relacionada à CID.

A Conferência viu com interesse a apresentação do uso e da ligação entrediferentes membros da família da CID na avaliação médico-social emultidimensional dos idosos não apenas em relação à saúde mas também nasatividades diárias e nos ambientes social e físico. Foi mostrado que boasinformações poderiam ser obtidas através do uso da CID e da ClassificaçãoInternacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (InternationalClassification of Impairments, Disabilities and Handicaps) e especificamente atravésdo uso de códigos do Capítulo XXI proposto para a Décima Revisão.

6.2 Adaptações para especialidades médicas 

A Conferência foi informada sobre o desenvolvimento de adaptações da Décima

Revisão na área do programa de saúde mental. Diretrizes de orientação clínicadevem acompanhar a versão dirigida aos clínicos que trabalham na área dapsiquiatria; critérios de pesquisa seriam propostos para uso em investigações deproblemas de saúde mental; e apresentações multi-axiais para serem utilizadas porserviços que atendem a transtornos da infância e para classificar problemas deadultos seriam desenvolvidas bem com uma versão para uso dos clínicos gerais. Acompilação dos códigos da CID relevantes à Psiquiatria e à Neurologia seriamproduzidos na mesma linha das publicações anteriores sobre o assunto.

A Conferência tomou conhecimento também dos métodos usados para garantir quetanto a estrutura como a função básica da CID sejam preservadas desde o inicio nodesenvolvimento da adaptação para especialistas em odontologia e estomatologia

(CID-OE) e foi informada que uma nova revisão da CID-OE relacionada à DécimaRevisão está em estágio final de preparação.

Uma segunda edição da Classificação Internacional de Doenças para Oncologia(CID-O) foi apresentada, sendo uma classificação multi-axial que contém tanto aparte topográfica como a de morfologia das neoplasias. Os códigos de morfologiadas neoplasias da CID-O, desenvolvidos durante um longo período de tempo, foramrevisados e extensivamente testados. Os códigos de topografia da segunda ediçãoseriam baseados nas categorias C00-C80 da Décima revisão e sua publicação teriaportanto que esperar pela aprovação desta revisão pela Assembléia Mundial deSaúde.

Concordou-se que deveria haver uma adaptação para a área de medicina geral e aConferência foi informada sobre o desejo, de grupos atuando nessa área decolaborar com a OMS.

Com respeito a outras adaptações para especialidades médicas, que parecem setornar numerosas, considerou-se de extrema importância a recomendação para quea OMS atue como um centro de referência.

6.3 Informações aos serviços de atenção primária à saúde 

De acordo com as recomendações da Conferência para a Revisão de 1975, umgrupo de trabalho foi convocado pelo Escritório Regional da OMS para o SudesteAsiático, em Delhi, em 1976. Este grupo criou uma lista detalhada de associação desintomas e, a partir desta, duas listas menores, uma para causas de morte e outrapara razões de contato com os serviços de saúde. Foram realizados estudos de

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campo com este sistema em países da Região do Sudeste Asiático e os resultadosforam usados para a revisão da lista de associação de sintomas e da sua forma deapresentação. Esta versão revista foi publicada pela OMS em 1978 no livretoInformações de Saúde por Pessoal Não-médico (Lay Reporting of HealthInformation (5)).

A estratégia global de Saúde para Todos no Ano 2000, iniciada em 1978,desencadeou uma série de desafios para o desenvolvimento dos sistemas deinformações nos Países Membros. Na Conferência Internacional sobre Estatísticasde Saúde para o Ano 2000 (Bellagio, Itália, 1982) (6), a integração entre asinformações dadas pelo lay reporting com outras informações geradas comfinalidades administrativas foi apontada como o principal fator de limitação para aimplementação do esquema do lay reporting. A Reunião de Consulta sobreClassificações de Atenção Primária (Genebra, 1985) (7) salientou a necessidade deum caminho que poderia unificar a infraestrutura de informações, a administraçãodos serviços de saúde e os serviços de saúde da comunidade por meio deinformações baseadas numa expansão do lay reporting adequada para o uso emcomunidades.

A Conferência foi informada sobre a experiência de países no desenvolvimento eque aplicação das informações de saúde baseadas em comunidade que abrangiamnão só os problemas e as necessidades de saúde como também os fatores de riscoe recursos existentes. Isto corrobora conceito de se desenvolver métodos nãoconvencionais na comunidade como uma maneira de preencher as falhas deinformação de cada país e fortalecer seus sistemas de informação. Foi frisado quetanto para países subdesenvolvidos como para os desenvolvidos, estes métodos ousistemas devem ser desenvolvidos localmente e que, devido a fatores como padrãode morbidade, linguagem ou outras variações culturais, a transferência dametodologia de uma área para outra não é indicada.

6.4 Deficiências, Incapacidades e Desvantagens A Classificação Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens(“International Classification of Impairments, Disabilities and Handicaps”, ICIDH)(8), foi publicada pela OMS, em inglês, em 1980, para ser submetida a teste deacordo com a recomendação da Conferência para a Revisão de 1975 e da resoluçãoWHA29.35 (9) da Assembléia Mundial de Saúde de 1976. Desde esta data apesquisa sobre e o desenvolvimento desta classificação tem seguido várioscaminhos.

A definição dos três elementos – Deficiências, Incapacidades e Desvantagens(impairments, disabilities and handicaps) – tem favorecido mudanças de atitudes

em relação aos incapacitados. A definição de deficiência, uma área onde existemvários termos incluídos também na CID, foi largamente aceita. A definição deincapacidades se identificou com a de vários campos de ação como profissionais egrupos de reabilitação, ainda que se sentisse a necessidade de maior atenção paraos códigos de associação com o grau de gravidade, o que em geral significa umpreditor de incapacidade. Houve, também, pedidos de revisão da definição dedesvantagens com a finalidade de enfatizar os efeitos da interação com o meioambiente.

A rápida evolução das idéias e práticas relacionadas aos incapacitados levou àprodução de uma revisão da ICIDH a tempo de ser submetida à Conferência. Foidefinido que a publicação de uma nova versão não seria adequada antes daimplementação da Décima Revisão.

6.5 Procedimentos em Medicina 

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A Classificação Internacional de Procedimentos em Medicina (CIPM) (InternationalClassification of Procediments in Medicine) (10) foi publicada pela OMS em 1978com finalidade de teste, de acordo com as recomendações da Conferência para aRevisão de 1975 e da Resolução WHA29.35 (9) da Assembléia Mundial da Saúde de1976. A Classificação foi adotada por alguns países e tem sido usada como basepara classificações nacionais de procedimentos cirúrgicos em vários países.

Os Diretores dos Centros Colaboradores da OMS para a Classificação de Doençasreconheceram que o processo de preparar anteprojetos, obter comentários esugestões, redefinir, solicitar novos comentários, é constituído por longas etapaspelas quais, necessariamente, tem-se que passar antes de finalizar e publicar umaclassificação pela OMS, sendo que este é um processo impróprio para o tipo declassificação de procedimentos em medicina onde as mudanças ocorrem com maiorvelocidade. Os Diretores dos Centros recomendaram, portanto, que não se fariarevisão da CIPM em conjunto com a a Décima Revisão da CID.

Em 1987 o Comitê de Peritos pediu que a OMS considerasse a possibilidade deatualizar pelo menos o Capítulo 5 – de Procedimentos Cirúrgicos – da CIPM para a

Décima Revisão. Em resposta à essa requisição e às necessidades expressadas porvários países, uma tentativa de preparar uma lista de tabulação paraprocedimentos foi feita pelo Secretariado.

Esta lista foi apresentada à reunião dos Diretores de Centros em 1989 e concordou-se que a mesma poderia servir como um modelo para as apresentações nacionaisou para as publicações das estatísticas de procedimentos cirúrgicos o que poderiatambém facilitar a comparação entre países. O objetivo da lista foi o de identificarprocedimentos e grupos de procedimentos e defini-los como uma base para odesenvolvimento de classificações nacionais, melhorando, desta forma, acomparabilidade desse tipo de classificação.

A Conferência concordou que tal lista era importante e que este trabalho deveriacontinuar em desenvolvimento, ainda que nenhuma publicação acompanhasse aimplementação da Décima Revisão.

6.6 Nomenclatura Internacional de Doenças 

Desde 1970 o Conselho das Organizações Internacionais de Ciências Médicas estáenvolvido na preparação de uma Nomenclatura Internacional de Doenças (NID),que serviria de complemento à CID.

O principal propósito da NID é o prover e recomendar um termo único para cadadoença. O critério principal para seleção do termo abrangeria sua especificidade,sua não ambigüidade, o caráter simples e auto descritivo do termo e, quandopossível, baseado na causa da doença. Cada enfermidade ou síndrome para a qualum nome fosse recomendado, seria definida de forma direta e resumida. Uma listade sinônimos seria adicionada a cada definição.

Na época da Conferência, alguns volumes haviam sido publicados como o dedoenças do trato respiratório inferior, o de doenças infecciosas (doenças virais,bacterianas, parasitárias e micoses) e o de doenças cardíacas e vasculares. Otrabalho está se desenvolvendo de modo que os volumes de doenças do aparelhodigestivo; do aparelho genital feminino; do aparelho urinário e trato genitalmasculino; de doenças endócrinas e do metabolismo; doenças do sangue e dosórgãos hematopoéticos; do sistema imunológico, do sistema osteomuscular e dosistema nervoso estão sendo elaborados. Existem várias propostas para futurosvolumes incluindo o de doenças psiquiátricas assim como os volumes para asdoenças da pele, ouvido, nariz e garganta, olhos e anexos.

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A Conferência reconheceu a importância de uma nomenclatura de doenças que sejaoficial, atualizada e internacional, para o desenvolvimento da CID e melhoria dacomparabilidade das informações de saúde. A Conferência portanto

RECOMENDOU que a OMS e o Conselho para Organizações Internacionaisde Ciências Médicas sejam encorajadas a explorar os mecanismos de

custo-beneficio para se completar e manter tal nomenclatura.

7. Execução da Décima Revisão da CID 

A Conferência foi informada sobre a intenção da OMS de publicar a versãodetalhada de quatro caracteres da Décima Revisão em 3 volumes: um contendo aLista Tabular, o segundo contendo todas as definições relacionadas à CID, bemcomo os critérios, regras e instruções, e um terceiro volume com o ÍndiceAlfabético.

A Conferência foi ainda informada que a versão de três caracteres da Décimarevisão seria publicada como um único volume que incluiria na Lista Tabular todasas notas de inclusão e de exclusão. Conteria também todas as definições, critériosregras e instruções e um Índice Alfabético resumido.

Os Países Membros que pretenderem produzir versões da Décima Revisão em suasrespectivas línguas deveriam notificar a OMS sobre suas intenções. Cópias dosprojetos da CID em versões de três e de quatro caracteres seriam colocadas àdisposição pela na OMS tanto na forma impressa como por meio de cópiaeletrônica.

Com respeito à forma física das páginas e ao tipo a ser utilizado, tanto para a ListaTabular como para o Índice Alfabética, a Conferência recebeu garantias de que asrecomendações dos Diretores de Centros e as queixas dos codificadores seriam

levadas em consideração e que todos os esforços seriam feitos para melhorar osreferidos aspectos em relação aos apresentados na Nona Revisão.

Assim como na Nona Revisão, foi definida a necessidade de desenvolver ummaterial para a orientação e treinamento de codificadores com o auxilio dosCentros Colaboradores. Os cursos de treinamento seriam de responsabilidade dosEscritórios Regionais da OMS e de cada país. Estes devem ocorrer a partir do finalde 1991 até dezembro de 1992 de modo a terminar antes do início do uso daDécima Revisão.

Um material para o treinamento básico de novos usuários da CID também deveráser desenvolvido pela OMS porém não serão planejados cursos antes de 1993.

Como foi citado acima, a OMS preparou a Décima Revisão (tanto a Lista Tabularcomo o índice Alfabético) em meios eletrônicos. No futuro, com o auxilio dosCentros Colaboradores, outros programas (softwares) estarão disponíveis. Umprograma que faça a conversão da Nona Revisão para a Décima, e o inverso,poderá estar disponível antes da entrada em vigor da Décima Revisão.

A medida que as atividades endossadas pelo Comitê de Peritos se desenvolvemcomo o programado, a Conferência

RECOMENDOU que a Décima Revisão da Classificação Internacional deDoenças entre em vigor em 1º de janeiro de 1993.

8. Futuras Revisões da CID 

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A Conferência discutiu as dificuldades apresentadas durante o longo período de usoda Nona Revisão, principalmente o fato de novas doenças terem aparecido e a faltade um mecanismo de atualização que as inserisse na classificação.

Discutem-se as várias sugestões de mecanismos para superar essas dificuldades eevitar problemas semelhantes na Décima Revisão. Ficou claro a necessidade de

trocas de informações entre países no sentido de padronizar o uso da DécimaRevisão, mas qualquer mudança a ser introduzida durante o tempo de uso daRevisão deve ser considerada com bastante cuidado pois pode apresentar umimpacto na análise e nas tendências. Houve discussões sobre o tipo de reunião naqual tais mudanças seriam discutidas e o uso potencial da letra “U”, que está vaga,como código novo ou temporário. Concordou-se em que não seria factível terrevisões em períodos de tempo menor que a cada 10 anos.

Baseados nas necessidades expressas, e no fato de que seriam impróprias astentativas para determinar ou definir o processo exato a ser usado, a Conferência.

RECOMENDOU que a próxima Conferência Internacional para Revisão deva

ser realizada dentro de 10 anos e que a OMS endosse o conceito de umprocesso de atualização no período entre duas revisões e considere osmecanismos para que esta atualização seja colocada em prática.

9. Adoção da Décima Revisão da CID 

A Conferência fez a seguinte recomendação:

Tendo considerado as propostas preparadas pela Organização, com base nasrecomendações do Comitê de Peritos sobre a Classificação Internacional deDoenças – Décima Revisão,

Reconhecendo a necessidade de algumas pequenas modificações que refletirãodetalhes apontados nos comentários dos Estados Membros durante a Conferência,

RECOMENDOU que os capítulos revistos que foram propostos com suascategorias de três caracteres e as subcategorias de quatro caracteres e aListas Abreviadas de Tabulação para Morbidade e Mortalidade, constituama Décima Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças eProblemas relacionados à Saúde.

Referências 

1. International Classification of Diseases, 1975 Revision, Volume 1. Geneva, WorldHealth Organization, 1977, pp. xiii-xxiv.

2. Report of the Expert Committee on the International Classification of Diseases –10th Revision: First Meeting. Geneva, World Health Organization, 1984(unpublished document DES/EC/ICD-10/84.34).

3. Report of the Expert Committee on the International Classification of Diseases –

10th Revision: Second Meeting. Geneva, World Health Organization, 1987(unpublished document WHO/DES/EC/ICD-10/87.38).

4. Report of the Preparatory Meeting on ICD-10. Geneva, World HealthOrganization, 1983 (unpublished document DES/ICD-10/83.19).

5. Lay reporting of health information. Geneva, World Health Organization, 1978.

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6. International Conference on Health Statistics for the Year 2000. Budapest,Statistical Publishing House, 1984.

7. Report of the Consultation on Primary Care Classifications. Geneva, World HealthOrganization, 1985 (unpublished document DES/PHC/85.7).

8. International Classification of Impairments, Disabilities, and Handicaps. Geneva,World Health Organization, 1980.

9. WHO Official Records, Nº. 233, 1976, p. 18.

10. International Classification of Procedures in Medicine. Geneva, World HealthOrganization, 1978

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Lista de categorias de três caracteres 

Capítulo I Algumas doenças infecciosas e parasitárias (A00-B99) 

Capítulo II Neoplasias [tumores] (C00-D48) Capítulo III Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornosimunitários (D50-D89) 

Capítulo IV Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (E00-E90) Capítulo V Transtornos mentais e comportamentais (F00-F99) Capítulo VI Doenças do sistema nervoso (G00-G99) Capítulo VII Doenças do olho e anexos (H00-H59) Capítulo VIII Doenças do ouvido e da apófise mastóide (H60-H95) Capítulo IX Doenças do aparelho circulatório (I00-I99) Capítulo X Doenças do aparelho respiratório (J00-J99) Capítulo XI Doenças do aparelho digestivo (K00-K93) Capítulo XII Doenças da pele e do tecido subcutâneo (L00-L99) 

Capítulo XIII Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (M00-M99) Capítulo XIV Doenças do aparelho geniturinário (N00-N99) Capítulo XV Gravidez, parto e puerpério (O00-O99) Capítulo XVI Algumas afecções originadas no período perinatal (P00-P96) Capítulo XVII Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas

(Q00-Q99) Capítulo XVIII Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de

laboratório, não classificados em outra parte (R00-R99) Capítulo XIX Lesões, envenenamento e algumas outras conseqüências de causas

externas (S00-T98) Capítulo XX Causas externas de morbidade e de mortalidade (V01-Y98) Capítulo XXI Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os

serviços de saúde (Z00-Z99) Capítulo XXII Códigos para propósitos especiais (U00-U99) 

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Capítulo V Transtornos mentais e comportamentais(F00-F99) 

F00-F09 Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos F00* Demência na doença de Alzheimer (G30.-†) F01 Demência vascular F02* Demência em outras doenças classificadas em outra parte F03 Demência não especificada F04 Síndrome amnésica orgânica não induzida pelo álcool ou por outras substâncias

psicoativas F05 Delirium não induzido pelo álcool ou por outras substâncias psicoativas F06 Outros transtornos mentais devidos a lesão e disfunção cerebral e a doença

física F07 Transtornos de personalidade e do comportamento devidos a doença, a lesão e

a disfunção cerebral 

F09 Transtorno mental orgânico ou sintomático não especificado 

F10-F19 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso desubstância psicoativa 

F10 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool F11 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de opiáceos F12 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de canabinóides F13 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de sedativos e

hipnóticos F14 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso da cocaína F15 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de outros

estimulantes, inclusive a cafeína 

F16 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de alucinógenos F17 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de fumo F18 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de solventes voláteis F19 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas drogas e

ao uso de outras substâncias psicoativas 

F20-F29 Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes F20 Esquizofrenia F21 Transtorno esquizotípico F22 Transtornos delirantes persistentes F23 Transtornos psicóticos agudos e transitórios F24 Transtorno delirante induzido 

F25 Transtornos esquizoafetivos F28 Outros transtornos psicóticos não-orgânicos F29 Psicose não-orgânica não especificada 

F30-F39 Transtornos do humor [afetivos] F30 Episódio maníaco F31 Transtorno afetivo bipolar F32 Episódios depressivos F33 Transtorno depressivo recorrente F34 Transtornos de humor [afetivos] persistentes F38 Outros transtornos do humor [afetivos] F39 Transtorno do humor [afetivo] não especificado 

F40-F48 Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o “stress” etranstornos somatoformes 

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F40 Transtornos fóbico-ansiosos F41 Outros transtornos ansiosos F42 Transtorno obsessivo-compulsivo F43 Reações ao “stress” grave e transtornos de adaptação F44 Transtornos dissociativos [de conversão] F45 Transtornos somatoformes 

F48 Outros transtornos neuróticos 

F50-F59 Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicase a fatores físicos 

F50 Transtornos da alimentação F51 Transtornos não-orgânicos do sono devidos a fatores emocionais F52 Disfunção sexual, não causada por transtorno ou doença orgânica F53 Transtornos mentais e comportamentais associados ao puerpério, não

classificados em outra parte F54 Fatores psicológicos ou comportamentais associados a doença ou a transtornos

classificados em outra parte F55 Abuso de substâncias que não produzem dependência 

F59 Síndromes comportamentais associados a transtornos das funções fisiológicas ea fatores físicos, não especificadas 

F60-F69 Transtornos da personalidade e do comportamento do adulto F60 Transtornos específicos da personalidade F61 Transtornos mistos da personalidade e outros transtornos da personalidade F62 Modificações duradouras da personalidade não atribuíveis a lesão ou doença

cerebral F63 Transtornos dos hábitos e dos impulsos F64 Transtornos da identidade sexual F65 Transtornos da preferência sexual F66 Transtornos psicológicos e comportamentais associados ao desenvolvimento

sexual e à sua orientação F68 Outros transtornos da personalidade e do comportamento do adulto F69 Transtorno da personalidade e do comportamento do adulto, não especificado 

F70-F79 Retardo mental F70 Retardo mental leve F71 Retardo mental moderado F72 Retardo mental grave F73 Retardo mental profundo F78 Outro retardo mental F79 Retardo mental não especificado 

F80-F89 Transtornos do desenvolvimento psicológico F80 Transtornos específicos do desenvolvimento da fala e da linguagem F81 Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares F82 Transtorno específico do desenvolvimento motor F83 Transtornos específicos misto do desenvolvimento F84 Transtornos globais do desenvolvimento F88 Outros transtornos do desenvolvimento psicológico F89 Transtorno do desenvolvimento psicológico não especificado 

F90-F98 Transtornos do comportamento e transtornos emocionais queaparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência 

F90 Transtornos hipercinéticos F91 Distúrbios de conduta F92 Transtornos mistos de conduta e das emoções F93 Transtornos emocionais com início especificamente na infância 

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F94 Transtornos do funcionamento social com início especificamente durante ainfância ou a adolescência 

F95 Tiques F98 Outros transtornos comportamentais e emocionais com início habitualmente

durante a infância ou a adolescência 

F99 Transtorno mental não especificado F99 Transtorno mental não especificado em outra parte 

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Capítulo V Transtornos mentais e comportamentais(F00-F99) 

 Inclui: transtornos do desenvolvimento psicológico

Exclui: sintomas, sinais e outros achados clínicos e laboratoriais anormais não

classificados em outra parte (R00-R99)

Este capítulo contém os seguintes agrupamentos: F00-F09 Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos F10-F19 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substância

psicoativa F20-F29 Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes 

F30-F39 Transtornos do humor [afetivos] F40-F48 Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o “stress” e

transtornos somatoformes F50-F59 Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a

fatores físicos F60-F69 Transtornos da personalidade e do comportamento do adulto F70-F79 Retardo mental F80-F89 Transtornos do desenvolvimento psicológico F90-F98 Transtornos do comportamento e transtornos emocionais que aparecem

habitualmente durante a infância ou a adolescência F99 Transtorno mental não especificado 

Este capítulo provê as seguintes categorias com asterisco: F00* Demência na doença de Alzheimer (G30.-†) F02* Demência em outras doenças classificadas em outra parte 

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 F00-F09 Transtornos mentais orgânicos, inclusive ossintomáticos 

Este agrupamento compreende uma série de transtornos mentais reunidos tendoem comum uma etiologia demonstrável tal como doença ou lesão cerebral ou outrocomprometimento que leva à disfunção cerebral. A disfunção pode ser primária,como em doenças, lesões e comprometimentos que afetam o cérebro de maneiradireta e seletiva; ou secundária, como em doenças e transtornos sistêmicos queatacam o cérebro apenas como um dos múltiplos órgãos ou sistemas orgânicosenvolvidos.

A demência (F00-F03) é uma síndrome devida a uma doença cerebral, usualmentede natureza crônica ou progressiva, na qual há comprometimento de numerosasfunções corticais superiores, tais como a memória, o pensamento, a orientação, acompreensão, o cálculo, a capacidade de aprendizagem, a linguagem e o

 julgamento. A síndrome não se acompanha de uma obnubilação da consciência. Ocomprometimento das funções cognitivas se acompanha habitualmente e é porvezes precedida por uma deterioração do controle emocional, do comportamentosocial ou da motivação. A síndrome ocorre na doença de Alzheimer, em doençascerebrovasculares e em outras afecções que atingem primária ou secundariamenteo cérebro.

Usar código adicional, se necessário, para identificar a doença subjacente.

F00* Demência na doença de Alzheimer (G30.-†) A doença de Alzheimer é uma doença cerebral degenerativa primária de etiologiadesconhecida com aspectos neuropatológicos e neuroquímicos característicos. O

transtorno é usualmente insidioso no início e se desenvolve lenta mascontinuamente durante um período de vários anos. 

F00.0* Demência na doença de Alzheimer de início precoce (G30.0†) Demência na doença de Alzheimer com início antes da idade de 65 anos, com umcurso de deterioração relativamente rápido e com transtornos múltiplos emarcantes das funções corticais superiores. Demência degenerativa primária do tipo Alzheimer, de início pré-senilDemência pré-senil, tipo AlzheimerDoença de Alzheimer, tipo 2

F00.1* Demência na doença de Alzheimer de início tardio (G30.1†) Demência na doença de Alzheimer com início após a idade de 65 anos, e

usualmente ao fim do oitavo decênio (70-79 anos) ou após esta idade; evoluilentamente e se caracteriza essencialmente por uma deterioração da memória. Demência degenerativa primária do tipo Alzheimer, de início na senilidadeDemência senil do tipo AlzheimerDoença de Alzheimer, tipo 1

F00.2* Demência na doença de Alzheimer, forma atípica ou mista (G30.8†) Demência atípica do tipo Alzheimer

F00.9* Demência não especificada na doença de Alzheimer (G30.9†) 

F01 Demência vascular A demência vascular é o resultado do infarto cerebral devido à doença vascular,inclusive a doença cerebrovascular hipertensiva. Os infartos são usualmente

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pequenos mas cumulativos em seus efeitos. O seu início se dá em geral na idadeavançada. 

 Inclui: demência arteriosclerótica

F01.0 Demência vascular de início agudo 

Desenvolve-se usual e rapidamente em seguida a uma sucessão de acidentesvasculares cerebrais por trombose, embolia ou hemorragia. Em casos raros, acausa pode ser um infarto único e extenso. 

F01.1 Demência por infartos múltiplos Demência vascular de início gradual, que se segue a numerosos episódiosisquêmicos transitórios que produzem um acúmulo de infartos no parênquimacerebral. Demência predominantemente cortical

F01.2 Demência vascular subcortical Demência vascular que ocorre no contexto de antecedentes de hipertensão arteriale focos de destruição isquêmica na substância branca profunda dos hemisférios

cerebrais. O córtex cerebral está usualmente preservado, fato este que contrastacom o quadro clínico que pode se assemelhar de perto á demência da doença deAlzheimer. 

F01.3 Demência vascular mista, cortical e subcortical 

F01.8 Outra demência vascular 

F01.9 Demência vascular não especificada 

F02* Demência em outras doenças classificadas em outraparte 

Casos de demência devida a, ou presumivelmente devida a, outras causas que nãoa doença de Alzheimer ou doença cerebrovascular. O início pode ocorrer emqualquer época na vida, embora raramente na idade avançada. 

F02.0* Demência da doença de Pick (G31.0†) Demência progressiva, com início na meia idade, caracterizada por alterações docaráter precoces de curso lentamente progressivo e de deterioração social,seguindo-se prejuízo das funções intelectuais, da memória e da linguagem,acompanhadas de apatia, euforia e, ocasionalmente, de sintomas extrapiramidais. 

F02.1* Demência na doença de Creutzfeldt-Jakob (A81.0†) Demência de evolução progressiva, com extensos sinais neurológicos, decorrentesde alterações neuropatológicas específicas presumivelmente causadas por um

agente transmissível. O início se dá na idade madura ou posteriormente, mas podeocorrer em qualquer fase da idade adulta. O curso é subagudo, conduzindo à morteem um ou dois anos. 

F02.2* Demência na doença de Huntington (G10†) Demência que ocorre como parte de uma degeneração cerebral difusa. Otranstorno é transmitido por um único gene autossômico dominante. Os sintomassurgem tipicamente na terceira e quarta décadas. A progressão é lenta, conduzidoà morte usualmente em 10 a 15 anos. Demência na coréia de Huntington

F02.3* Demência na doença de Parkinson (G20†) Demência que se desenvolve no curso de doença de Parkinson estabelecida. Não se

demonstraram ainda quaisquer características clínicas distintas particulares. Demência (na) (no):•  paralisia agitante

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•  parkinsonismo

F02.4* Demência na doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV](B22.0†) Demência que se desenvolve no curso da doença pelo HIV, na ausência de qualqueroutra doença ou infecção concomitante que pudesse explicar a presença das

características clínicas. 

F02.8* Demência em outras doenças especificadas classificadas em outraparte Demência (na) (no) (nos):•  deficiência de:

•  niacina [pelagra] (E52†)•  vitamina B12 (E53.8†)

•  degeneração hepatolenticular (E83.0†)•  epilepsia (G40.-†)•  esclerose múltipla (G35†)•  hipercalcemia (E83.5†)•  hipotireoidismo adquirido (E01.-†, E03.-†)•  intoxicações (T36-T65†)•  lipidose cerebral (E75.-†)•  lúpus eritematoso sistêmico (M32.-†)•  neurossífilis (A52.1†)•  poliarterite nodosa (M30.0†)•  tripanossomíase (B56.-†, B57.-†)

F03 Demência não especificada Demência:•  degenerativa primária SOE•  pré-senil SOE•  senil:

•  SOE•  forma depressiva ou paranóide SOE

Psicose:•  pré-senil SOE•  senil SOEExclui: 

demência senil com delirium ou estado confusional agudo (F05.1)senilidade SOE (R54)

F04 Síndrome amnésica orgânica não induzida pelo álcool

ou por outras substâncias psicoativas Síndrome dominada por um comprometimento importante das memórias recente eremota, ao passo que a memória imediata permanece preservada com habilidadereduzida para aprendizagem e uma desorientação temporal. A confabulação podeser uma característica importante, mas a percepção e as outras funções cognitivas,dentre elas a inteligência, estão habitualmente intactas. O prognóstico depende daevolução da lesão subjacente. Psicose ou síndrome de Korsakov, não-alcoólicaExclui: 

amnésia:•  SOE (R41.3)•  anterógrada (R41.1)•  dissociativa (F44.0)

•  retrógrada (R41.2)síndrome de Korsakov:•  induzida pelo álcool ou não especificada (F10.6)

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•  induzida por outras substâncias psicoativas (F11-F19 comquarto caractere comum .6)

F05 Delirium não induzido pelo álcool ou por outrassubstâncias psicoativas 

Síndrome cerebral orgânica sem etiologia específica caracterizada pela presençasimultânea de perturbações da consciência e da atenção, da percepção, dopensamento, da memória, do comportamento psicomotor, das emoções e do ritmovigília-sono. A duração é variável e a gravidade varia de formas leves a formasmuito graves. 

 Inclui: estado confusional (não-alcoólico)   psicose infecciosa   reação orgânica    aguda(o) ou sub-aguda(o) síndrome:   •  cerebral   •  psicoorgânica   

Exclui: delirium tremens induzido pelo álcool ou não especificado (F10.4)

F05.0 Delirium não superposto a uma demência, assim descrito 

F05.1 Delirium superposto a uma demência Afecções que satisfazem os critérios acima mas sobrevindo no curso de umademência (F00-F03). 

F05.8 Outro delirium Delirium de etiologia mista

F05.9 Delirium não especificado 

F06 Outros transtornos mentais devidos a lesão e disfunçãocerebral e a doença física Inclui diversas afecções superpostas a um transtorno cerebral devido a uma doençacerebral primária, a uma doença sistêmica que acomete secundariamente océrebro, a substâncias tóxicas ou hormônios exógenos, a transtornos endócrinos oua outras doenças somáticas. Exclui: 

associados com:•  delirium (F05.-)•  demência, como classificado em F00-F03 decorrentes do uso de álcool e de outras substâncias psicoativas

(F10-F19)

F06.0 Alucinose orgânica Transtorno caracterizado por alucinações persistentes ou recorrentes,habitualmente visuais ou auditivas, na ausência de uma obnubilação daconsciência, e que o sujeito pode ou não reconhecer como tais. As alucinaçõespodem dar origem a uma elaboração delirante, mas as idéias delirantes não estãono primeiro plano; a autocrítica pode estar preservada. Estado alucinatório orgânico (não-alcoólico)Exclui: 

alucinose alcoólica (F10.5)

esquizofrenia (F20.-)

F06.1 Estado catatônico orgânico 

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Transtorno caracterizado por uma diminuição (estupor) ou um aumento (agitação)da atividade psicomotora e por sintomas catatônicos. Os dois pólos da perturbaçãopsicomotora podem se alternar. Exclui: 

esquizofrenia catatônica (F20.2)estupor:

•  SOE (R40.1)•  dissociativo (F44.2)

F06.2 Transtorno delirante orgânico [tipo esquizofrênico] Transtorno caracterizado pela presença dominante no quadro clínico de idéiasdelirantes persistentes ou recorrentes. As idéias delirantes podem seracompanhadas de alucinações. Certas características sugestivas de esquizofrenia,tais como alucinações bizarras ou transtornos do pensamento, podem estarpresentes. Estados paranóides e estados paranóides e alucinatórios de origem

orgânicaPsicose de tipo esquizofrênico na epilepsiaExclui: 

esquizofrenia (F20.-)transtornos:•  delirantes persistentes (F22.-)•  psicótico(s):

•  agudo e transitório (F23.-)•  induzidos por drogas (F11-F19 com quarto caractere comum

.5)

F06.3 Transtornos do humor [afetivos] orgânicos Transtornos caracterizados por alteração do humor ou do afeto, habitualmenteacompanhados de uma alteração do nível global da atividade, transtornosdepressivos, hipomaníacos, maníacos ou bipolares (ver F30-F38), mas provocados

por um transtorno orgânico. Exclui: transtornos do humor, não-orgânicos ou não especificados (F30-

F39)

F06.4 Transtornos da ansiedade orgânicos Transtorno caracterizado pela presença das características descritivas essenciais deuma ansiedade generalizada (F41.1), de um transtorno de pânico (F41.0) ou deuma combinação de ambas, mas provocada por um transtorno orgânico. Exclui: 

transtornos da ansiedade não-orgânicos ou não especificados(F41.-)

F06.5 Transtorno dissociativo orgânico Transtorno caracterizado por uma perda parcial ou completa da integração normalentre as memórias do passado, a consciência da identidade e as sensaçõesimediatas e o controle dos movimentos corpóreos (ver F44.-), mas provocado porum transtorno orgânico. Exclui: 

transtornos dissociativos [de conversão], não-orgânicos ou nãoespecificados (F44.-)

F06.6 Transtorno de labilidade emocional [astênico] orgânico Transtorno caracterizado por uma incontinência ou labilidade emocional, umafatigabilidade e por diversas sensações físicas desagradáveis (por exemplo,vertigens) e por dores, mas provocado por um transtorno orgânico. Exclui: 

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transtornos somatoformes, não-orgânicos ou não especificados(F45.-)

F06.7 Transtorno cognitivo leve Transtorno caracterizado por uma alteração da memória, por dificuldades deaprendizado e por uma redução da capacidade de concentrar-se numa tarefa além

de breves períodos. Ocorre freqüentemente uma forte sensação de fadiga mentalquando tenta executar tarefas mentais e um aprendizado novo é percebido sersubjetivamente difícil mesmo se objetivamente bem realizado. Nenhum dessessintomas é de tal gravidade que possa conduzir ao diagnóstico quer de demência(F00-F03) quer de delirium (F05.-). Este diagnóstico deverá ser feito apenasquando houver uma associação com um transtorno físico especificado e não deveráser feito caso haja presença de qualquer transtorno mental ou de comportamentoclassificados em F10-F99. O transtorno pode preceder, acompanhar ou seguir-se auma ampla variedade de infecções e de transtornos físicos, tanto cerebrais comosistêmicos, entretanto não havendo a necessidade de evidência direta decomprometimento cerebral. O diagnóstico diferencial com a síndrome pós-encefalítica (F07.1) e com a síndrome pós-traumática (F07.2) é feita com base nasua etiologia diferente, na restrição maior da amplitude dos sintomas geralmentemais leves e freqüentemente na menor duração. 

F06.8 Outros transtornos mentais especificados devidos a uma lesão edisfunção cerebral e a uma doença física Psicose epiléptica SOE

F06.9 Transtorno mental não especificado devido a uma lesão e disfunçãocerebral e a uma doença física Síndrome cerebral orgânica SOETranstorno mental orgânico SOE

F07 Transtornos de personalidade e do comportamento

devidos a doença, a lesão e a disfunção cerebral Alteração da personalidade e do comportamento que poderia constituir umtranstorno residual ou concomitante de uma doença, uma lesão, ou uma disfunçãocerebral. 

F07.0 Transtorno orgânico da personalidade Transtorno caracterizado por uma alteração significativa dos modos decomportamento que eram habituais ao sujeito antes do advento da doença; asperturbações concernem em particular à expressão das emoções, das necessidadese dos impulsos. O quadro clínico pode, além disto, comportar uma alteração dasfunções cognitivas, do pensamento e da sexualidade. Estado pós-leucotomia orgânicaPersonalidade pseudopsicopática    orgânica Pseudodebilidade   Psicossíndrome da epilepsia do sistema límbicoSíndrome (dos):•  frontal•  lobotomizados•  pós-leucotomiaExclui: 

alterações duradouras da personalidade após:•  doenças psiquiátricas (F62.1)•  experiência catastrófica (F62.0)síndrome:•  pós-encefalítica (F07.1)•  pós-traumática (F07.2)transtorno específico da personalidade (F60.-)

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F07.1 Síndrome pós-encefalítica Alteração residual do comportamento, não específica e variável, após cura de umaencefalite viral ou bacteriana. A principal diferença entre esta síndrome e ostranstornos orgânicos da personalidade é que a mesma é reversível. Exclui: 

transtorno orgânico da personalidade (F07.0)

F07.2 Síndrome pós-traumática Síndrome que ocorre seguindo-se a um traumatismo craniano (habitualmente degravidade suficiente para provocar a perda da consciência) e que comporta umgrande número de sintomas tais como cefaléia, vertigens, fadiga, irritabilidade,dificuldades de concentração, dificuldades de realizar tarefas mentais, alteração damemória, insônia, diminuição da tolerância ao “stress”, às emoções ou ao álcool. Síndrome:•  cerebral pós-traumática não-psicótica•  pós-traumática (encefalopatia)

F07.8 Outros transtornos orgânicos da personalidade e do comportamentodevidos a doença cerebral, lesão e disfunção 

Transtorno afetivo orgânico do hemisfério direito

F07.9 Transtorno orgânico não especificado da personalidade e docomportamento devido a doença cerebral, lesão e disfunção Psicossíndrome orgânica

F09 Transtorno mental orgânico ou sintomático nãoespecificado Psicose:•  orgânica SOE•  sintomática SOE

Exclui:  psicose SOE (F29)

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 F10-F19 Transtornos mentais e comportamentaisdevidos ao uso de substância psicoativa 

Este agrupamento compreende numerosos transtornos que diferem entre si pelagravidade variável e por sintomatologia diversa, mas que têm em comum o fato deserem todos atribuídos ao uso de uma ou de várias substâncias psicoativas,prescritas ou não por um médico. O terceiro caractere do código identifica asubstância implicada e o quarto caractere especifica o quadro clínico. Os códigosdevem ser usados, como determinado, para cada substância especificada, masdeve-se notar que nem todos os códigos de quarto caractere podem ser aplicados atodas as substâncias.

A identificação da substância psicoativa deve ser feita a partir de todas as fontes deinformação possíveis. Estas compreendem: informações fornecidas pelo própriosujeito, as análises de sangue e de outros líquidos corporais, os sintomas físicos e

psicológicos característicos, os sinais e os comportamentos clínicos, e outrasevidências tais como as drogas achadas com o paciente e os relatos de terceirosbem informados. Numerosos usuários de drogas consomem mais de um tipo desubstância psicoativa. O diagnóstico principal deverá ser classificado, se possível,em função da substância tóxica ou da categoria de substâncias tóxicas que é amaior responsável pelo quadro clínico ou que lhe determina as característicasessenciais. Diagnósticos suplementares devem ser codificados quando outrasdrogas ou categorias de drogas foram consumidas em quantidades suficientes paraprovocar uma intoxicação (quarto caractere comum .0), efeitos nocivos à saúde(quarto caractere comum .1), dependência (quarto caractere comum .2) ou outrostranstornos (quarto caractere comum .3-.9).

O diagnóstico de transtornos ligados à utilização de múltiplas substâncias (F19.-)deve ser reservado somente aos casos onde a escolha das drogas é feita de modocaótico e indiscriminado, ou naqueles casos onde as contribuições de diferentesdrogas estão misturadas.

Exclui: abuso de substâncias que não produzem dependência (F55)

As subdivisões seguintes de quarto caractere devem ser usadas com as categoriasF10-F19:

.0 Intoxicação aguda Estado conseqüente ao uso de uma substância psicoativa e compreendendoperturbações da consciência, das faculdades cognitivas, da percepção, do afeto oudo comportamento, ou de outras funções e respostas psicofisiológicas. Asperturbações estão na relação direta dos efeitos farmacológicos agudos dasubstância consumida, e desaparecem com o tempo, com cura completa, salvo noscasos onde surgiram lesões orgânicas ou outras complicações. Entre ascomplicações, podem-se citar: traumatismo, aspiração de vômito, delirium, coma,convulsões e outras complicações médicas. A natureza destas complicaçõesdepende da categoria farmacológica da substância consumida assim como de seumodo de administração. Bebedeira SOEEstados de transe e de possessão na intoxicação por substância psicoativaIntoxicação alcoólica agudaIntoxicação patológica

 “Más viagens” (drogas)Exclui: 

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intoxicação significando envenenamento (T36-T50)

.1 Uso nocivo para a saúde Modo de consumo de uma substância psicoativa que é prejudicial à saúde. Ascomplicações podem ser físicas (por exemplo, hepatite conseqüente a injeções dedroga pela própria pessoa) ou psíquicas (por exemplo, episódios depressivos

secundários a grande consumo de álcool). Abuso de uma substância psicoativa

.2 Síndrome de dependência Conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que sedesenvolvem após repetido consumo de uma substância psicoativa, tipicamenteassociado ao desejo poderoso de tomar a droga, à dificuldade de controlar oconsumo, à utilização persistente apesar das suas conseqüências nefastas, a umamaior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades eobrigações, a um aumento da tolerância pela droga e por vezes, a um estado deabstinência física. 

A síndrome de dependência pode dizer respeito a uma substância psicoativa

específica (por exemplo, o fumo, o álcool ou o diazepam), a uma categoria desubstâncias psicoativas (por exemplo, substâncias opiáceas) ou a um conjunto maisvasto de substâncias farmacologicamente diferentes. Alcoolismo crônicoDipsomaniaToxicomania

.3 Síndrome [estado] de abstinência Conjunto de sintomas que se agrupam de diversas maneiras e cuja gravidade évariável, ocorrem quando de uma abstinência absoluta ou relativa de umasubstância psicoativa consumida de modo prolongado. O início e a evolução dasíndrome de abstinência são limitadas no tempo e dependem da categoria e dadose da substância consumida imediatamente antes da parada ou da redução do

consumo. A síndrome de abstinência pode se complicar pela ocorrência deconvulsões. 

.4 Síndrome de abstinência com delirium Estado no qual a síndrome de abstinência tal como definida no quarto caractere .3 se complica com a ocorrência de delirium, segundo os critérios em F05.-. Esteestado pode igualmente comportar convulsões. Quando fatores orgânicos tambémestão considerados na sua etiologia, a afecção deve ser classificada em F05.8. Delirium tremens (induzido pelo álcool)

.5 Transtorno psicótico Conjunto de fenômenos psicóticos que ocorrem durante ou imediatamente após oconsumo de uma substância psicoativa, mas que não podem ser explicados

inteiramente com base numa intoxicação aguda e que não participam também doquadro de uma síndrome de abstinência. O estado se caracteriza pela presença dealucinações (tipicamente auditivas, mas freqüentemente polissensoriais), dedistorção das percepções, de idéias delirantes (freqüentemente do tipo paranóideou persecutório), de perturbações psicomotoras (agitação ou estupor) e de afetosanormais, podendo ir de um medo intenso ao êxtase. O sensório não estáhabitualmente comprometido, mas pode existir um certo grau de obnubilação daconsciência embora possa estar presente a confusão mas esta não é grave. Alucinose   Ciúmes    alcoólica(o)(os) Paranóia   Psicose SOE   Exclui:

 

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transtornos psicóticos induzidos pelo álcool ou por outrassubstâncias psicoativas, residuais ou de instalação tardia (F10-F19 com quarto caractere comum .7)

.6 Síndrome amnésica Síndrome dominada pela presença de transtornos crônicos importantes da memória

(fatos recentes e antigos). A memória imediata está habitualmente preservada e amemória dos fatos recentes está tipicamente mais perturbada que a memóriaremota. Habitualmente existem perturbações manifestas da orientação temporal eda cronologia dos acontecimentos, assim como ocorrem dificuldades de aprenderinformações novas. A síndrome pode apresentar confabulação intensa, mas estapode não estar presente em todos os casos. As outras funções cognitivas estão emgeral relativamente bem preservadas e os déficits amnésicos são desproporcionaisa outros distúrbios. Psicose ou síndrome de Korsakov, induzida pelo álcool ou por outra

substância psicoativa ou não especificadaTranstorno amnésico induzido pelo álcool ou por drogasExclui: 

psicose ou síndrome de Korsakov não-alcoólica (F04)

.7 Transtorno psicótico residual ou de instalação tardia Transtorno no qual as modificações, induzidas pelo álcool ou por substânciaspsicoativas, da cognição, do afeto, da personalidade, ou do comportamentopersistem além do período durante o qual podem ser considerados como um efeitodireto da substância. A ocorrência da perturbação deve estar diretamente ligada aoconsumo de uma substância psicoativa. Os casos nos quais as primeirasmanifestações ocorrem nitidamente mais tarde que o (s) episódio(s) de utilizaçãoda droga só deverão ser codificados neste caractere onde existam evidências quepermitam atribuir sem equívoco as manifestações ao efeito residual da substância.Os “flashbacks” podem ser diferenciados de um estado psicótico, em parte porquesão episódicos e freqüentemente de muito curta duração, e em parte porque elesreproduzem experiências anteriores ligadas ao álcool ou às substâncias psicoativas. 

Demência:•  alcoólica SOE•  e outras formas leves de alterações duradouras das funções cognitivas

 “Flashbacks” Síndrome cerebral crônica de origem alcoólicaTranstorno (da) (das):•  afetivo residual•  percepções persistentes induzidos pelo uso de alucinógenos•  personalidade e do comportamento residual•  psicótico de instalação tardia, induzido pelo uso de substâncias

psicoativasExclui: 

estado psicótico induzido pelo álcool ou por substância psicoativa(F10-F19 com quarto caractere comum .5)síndrome de Korsakov, induzida pelo álcool ou por substância

psicoativa (F10-F19 com quarto caractere comum .6)

.8 Outros transtornos mentais ou comportamentais 

.9 Transtorno mental ou comportamental não especificado 

F10.- Transtornos mentais e comportamentais devidos aouso de álcool [Ver subdivisões no início do agrupamento]

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F11.- Transtornos mentais e comportamentais devidos aouso de opiáceos [Ver subdivisões no início do agrupamento]

F12.- Transtornos mentais e comportamentais devidos aouso de canabinóides [Ver subdivisões no início do agrupamento]

F13.- Transtornos mentais e comportamentais devidos aouso de sedativos e hipnóticos [Ver subdivisões no início do agrupamento]

F14.- Transtornos mentais e comportamentais devidos aouso da cocaína [Ver subdivisões no início do agrupamento]

F15.- Transtornos mentais e comportamentais devidos aouso de outros estimulantes, inclusive a cafeína [Ver subdivisões no início do agrupamento]

F16.- Transtornos mentais e comportamentais devidos aouso de alucinógenos [Ver subdivisões no início do agrupamento]

F17.- Transtornos mentais e comportamentais devidos ao

uso de fumo [Ver subdivisões no início do agrupamento]

F18.- Transtornos mentais e comportamentais devidos aouso de solventes voláteis [Ver subdivisões no início do agrupamento]

F19.- Transtornos mentais e comportamentais devidos aouso de múltiplas drogas e ao uso de outrassubstâncias psicoativas 

[Ver subdivisões no início do agrupamento]Usar esta categoria quando se sabe que duas ou mais substâncias

psicoativas estão envolvidas, não sendo possível, entretanto, identificarqual substância contribui mais para os transtornos. Esta categoriadeverá ser usada quando a identidade exata de alguma ou mesmo detodas as substâncias psicoativas consumidas é incerta ou desconhecida,desde que muitos usuários de múltiplas drogas freqüentemente nãosabem pormenores daquilo que consomem.

 Inclui: abuso de drogas SOE

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 F20-F29 Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos etranstornos delirantes 

Este agrupamento reúne a esquizofrenia, a categoria mais importante deste grupode transtornos, o transtorno esquizotípico e os transtornos delirantes persistentes eum grupo maior de transtornos psicóticos agudos e transitórios. Os transtornosesquizoafetivos foram mantidos nesta seção, ainda que sua natureza permaneçacontroversa.

F20 Esquizofrenia Os transtornos esquizofrênicos se caracterizam em geral por distorçõesfundamentais e características do pensamento e da percepção, e por afetosinapropriados ou embotados. Usualmente mantém-se clara a consciência e acapacidade intelectual, embora certos déficits cognitivos possam evoluir no cursodo tempo. Os fenômenos psicopatológicos mais importantes incluem o eco do

pensamento, a imposição ou o roubo do pensamento, a divulgação do pensamento,a percepção delirante, idéias delirantes de controle, de influência ou de passividade,vozes alucinatórias que comentam ou discutem com o paciente na terceira pessoa,transtornos do pensamento e sintomas negativos. 

A evolução dos transtornos esquizofrênicos pode ser contínua, episódica comocorrência de um déficit progressivo ou estável, ou comportar um ou váriosepisódios seguidos de uma remissão completa ou incompleta. Não se deve fazer umdiagnóstico de esquizofrenia quando o quadro clínico comporta sintomasdepressivos ou maníacos no primeiro plano, a menos que se possa estabelecer semequívoco que a ocorrência dos sintomas esquizofrênicos fosse anterior à dostranstornos afetivos. Além disto, não se deve fazer um diagnóstico de esquizofreniaquando existe uma doença cerebral manifesta, intoxicação por droga ou abstinênciade droga. Os transtornos que se assemelham à esquizofrenia, mas que ocorrem no

curso de uma epilepsia ou de outra afecção cerebral, devem ser codificados emF06.2; os transtornos que se assemelham à esquizofrenia, mas que são induzidospor drogas psicoativas devem ser classificados em F10-F19 com quarto caracterecomum .5. Exclui: 

esquizofrenia:•  aguda (indiferenciada) (F23.2)•  cíclica (F25.2)reação esquizofrênica (F23.2)transtorno esquizotípico (F21)

F20.0 Esquizofrenia paranóide 

A esquizofrenia paranóide se caracteriza essencialmente pela presença de idéiasdelirantes relativamente estáveis, freqüentemente de perseguição, em geralacompanhadas de alucinações, particularmente auditivas e de perturbações daspercepções. As perturbações do afeto, da vontade, da linguagem e os sintomascatatônicos, estão ausentes, ou são relativamente discretos. Esquizofrenia parafrênicaExclui: 

estado paranóico de involução (F22.8)paranóia (F22.0)

F20.1 Esquizofrenia hebefrênica Forma de esquizofrenia caracterizada pela presença proeminente de umaperturbação dos afetos; as idéias delirantes e as alucinações são fugazes e

fragmentárias, o comportamento é irresponsável e imprevisível; existemfreqüentemente maneirismos. O afeto é superficial e inapropriado. O pensamento édesorganizado e o discurso incoerente. Há uma tendência ao isolamento social.

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Geralmente o prognóstico é desfavorável devido ao rápido desenvolvimento desintomas “negativos”, particularmente um embotamento do afeto e perda davolição. A hebefrenia deveria normalmente ser somente diagnosticada emadolescentes e em adultos jovens. Esquizofrenia desorganizadaHebefrenia

F20.2 Esquizofrenia catatônica A esquizofrenia catatônica é dominada por distúrbios psicomotores proeminentesque podem alternar entre extremos tais como hipercinesia e estupor, ou entre aobediência automática e o negativismo. Atitudes e posturas a que os pacientesforam compelidos a tomar podem ser mantidas por longos períodos. Um padrãomarcante da afecção pode ser constituído por episódios de excitação violenta. Ofenômeno catatônico pode estar combinado com um estado oniróide comalucinações cênicas vívidas. Catalepsia   Catatonia    esquizofrênica(o) Flexibilidade cérea   Estupor catatônico

   F20.3 Esquizofrenia indiferenciada 

Afecções psicóticas que preenchem os critérios diagnósticos gerais para aesquizofrenia mas que não correspondem a nenhum dos subtipos incluídos emF20.0-F20.2, ou que exibam padrões de mais de um deles sem uma clarapredominância de um conjunto particular de características diagnósticas. Esquizofrenia atípicaExclui: 

depressão pós-esquizofrênica (F20.4)esquizofrenia indiferenciada crônica (F20.5)transtorno psicótico agudo tipo esquizofrênico (F23.2)

F20.4 Depressão pós-esquizofrênica Episódio depressivo eventualmente prolongado que ocorre ao fim de uma afecçãoesquizofrênica. Ao menos alguns sintomas esquizofrênicos “positivos” ou “negativos” devem ainda estar presentes mas não dominam mais o quadro clínico.Este tipo de estado depressivo se acompanha de um maior risco de suicídio. Se opaciente não apresenta mais nenhum sintoma esquizofrênico, deve-se fazer umdiagnóstico de episódio depressivo (F32.-). Se os sintomas esquizofrênicos aindasão aparentes e proeminentes, deve-se manter o diagnóstico da forma clínicaapropriada da esquizofrenia (F20.0-.3). 

F20.5 Esquizofrenia residual Estádio crônico da evolução de uma doença esquizofrênica, com uma progressãonítida de um estádio precoce para um estádio tardio, o qual se caracteriza pela

presença persistente de sintomas “negativos” embora não forçosamenteirreversíveis, tais como lentidão psicomotora; hipoatividade; embotamento afetivo;passividade e falta de iniciativa; pobreza da quantidade e do conteúdo do discurso;pouca comunicação não-verbal (expressão facial, contato ocular, modulação da voze gestos), falta de cuidados pessoais e desempenho social medíocre. Defeito esquizofrênico (Restzustand)Esquizofrenia indiferenciada crônicaEstado esquizofrênico residualRestzustand (esquizofrênico)

F20.6 Esquizofrenia simples Transtorno caracterizado pela ocorrência insidiosa e progressiva de excentricidadede comportamento, incapacidade de responder às exigências da sociedade, e um

declínio global do desempenho. Os padrões negativos característicos daesquizofrenia residual (por exemplo: embotamento do afeto e perda da volição) sedesenvolvem sem serem precedidos por quaisquer sintomas psicóticos manifestos. 

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F20.8 Outras esquizofrenias Ataque esquizofreniforme SOEEsquizofrenia cenestopáticaPsicose esquizofreniforme SOETranstorno esquizofreniforme SOEExclui: 

transtornos esquizofreniformes breves (F23.2)

F20.9 Esquizofrenia não especificada 

F21 Transtorno esquizotípico Transtorno caracterizado por um comportamento excêntrico e por anomalias dopensamento e do afeto que se assemelham àquelas da esquizofrenia, mas não háem nenhum momento da evolução qualquer anomalia esquizofrênica manifesta oucaracterística. A sintomatologia pode comportar um afeto frio ou inapropriado,anedonia; um comportamento estranho ou excêntrico; uma tendência aoretraimento social; idéias paranóides ou bizarras sem que se apresentem idéiasdelirantes autênticas; ruminações obsessivas; transtornos do curso do pensamento

e perturbações das percepções; períodos transitórios ocasionais quase psicóticoscom ilusões intensas, alucinações auditivas ou outras e idéias pseudodelirantes,ocorrendo em geral sem fator desencadeante exterior. O início do transtorno édifícil de determinar, e sua evolução corresponde em geral àquela de um transtornoda personalidade. Esquizofrenia:•   “borderline” •  latente•  pré-psicótica•  prodrômica•  pseudoneurótica•  pseudopsicopáticaReação esquizofrênica latente

Transtorno esquizotípico da personalidadeExclui: 

personalidade esquizóide (F60.1)síndrome de Asperger (F84.5)

F22 Transtornos delirantes persistentes Esta categoria reúne transtornos diversos caracterizados única ou essencialmentepela presença de idéias delirantes persistentes e que não podem ser classificadosentre os transtornos orgânicos, esquizofrênicos ou afetivos. Quando a duração deum transtorno delirante é inferior a poucos meses, este último deve serclassificado, ao menos temporariamente, em F23.-. 

F22.0 Transtorno delirante Transtorno caracterizado pela ocorrência de uma idéia delirante única ou de umconjunto de idéias delirantes aparentadas, em geral persistentes e que por vezespermanecem durante o resto da vida. O conteúdo da idéia ou das idéias delirantesé muito variável. A presença de alucinações auditivas (vozes) manifestas epersistentes, de sintomas esquizofrênicos tais como idéias delirantes de influência eum embotamento nítido dos afetos, e a evidência clara de uma afecção cerebral,são incompatíveis com o diagnóstico. Entretanto, a presença de alucinaçõesauditivas ocorrendo de modo irregular ou transitório, particularmente em pessoasde idade avançada, não elimina este diagnóstico, sob condição de que não se tratede alucinações tipicamente esquizofrênicas e de que elas não dominem o quadroclínico. Delírio sensitivo de auto-referência [Sensitive Beziehungswahn]Estado paranóicoParafrenia (tardia)Paranóia

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Psicose paranóicaExclui: 

esquizofrenia paranóide (F20.0)personalidade paranóica (F60.0)psicose paranóide psicogênica (F23.3)reação paranóide (F23.3)

F22.8 Outros transtornos delirantes persistentes Transtornos nos quais a idéia ou as idéias delirante(s) são acompanhadas dealucinações auditivas persistentes tipo vozes, ou de sintomas esquizofrênicos quenão satisfazem os critérios diagnósticos da esquizofrenia (F20.-). Dismorfofobia deliranteEstado paranóico de involuçãoParanóia querulans

F22.9 Transtorno delirante persistente não especificado 

F23 Transtornos psicóticos agudos e transitórios 

Grupo heterogêneo de transtornos caracterizados pela ocorrência aguda desintomas psicóticos tais como idéias delirantes, alucinações, perturbações daspercepções e por uma desorganização maciça do comportamento normal. O termo “agudo” é aqui utilizado para caracterizar o desenvolvimento crescente de umquadro clínico manifestamente patológico em duas semanas no máximo. Para estestranstornos não há evidência de uma etiologia orgânica. Acompanham-sefreqüentemente de uma perplexidade e de uma confusão, mas as perturbações deorientação no tempo e no espaço e quanto à pessoa não são suficientementeconstantes ou graves para responder aos critérios de um delirium de origemorgânica (F05.-). Em geral estes transtornos se curam completamente em menosde poucos meses, freqüentemente em algumas semanas ou mesmo dias. Quando otranstorno persiste o diagnóstico deve ser modificado. O transtorno pode estarassociado a um “stress” agudo (os acontecimentos geralmente geradores de “stress” precedem de uma a duas semanas o aparecimento do transtorno). 

F23.0 Transtorno psicótico agudo polimorfo, sem sintomas esquizofrênicos Transtorno psicótico agudo que comporta alucinações, idéias delirantes ouperturbações das percepções manifestas, mas muito variáveis, mudando de diapara dia ou mesmo de hora para hora. Existe freqüentemente uma desordememocional que se acompanha de sentimentos intensos e transitórios de felicidadeou de êxtase, ou de ansiedade e de irritabilidade. O polimorfismo e a instabilidadesão a característica do quadro clínico. As características psicóticas nãocorrespondem aos critérios diagnósticos da esquizofrenia (F20.-). Estes transtornostem freqüentemente um início repentino, desenvolvendo-se em geral rapidamenteno espaço de poucos dias e desaparecendo também em geral rapidamente, semrecidivas. Quando os sintomas persistem, o diagnóstico deve ser modificado pelo detranstorno delirante persistente (F22.-). 

Bouffée delirante    sem sintomas de esquizofrenia ou não especificados Psicose ciclóide   

F23.1 Transtorno psicótico agudo polimorfo, com sintomas esquizofrênicos Transtorno psicótico agudo caracterizado pela presença do quadro clínico polimorfoe instável descrito em F23.0, mas comportando além disso, e apesar dainstabilidade do quadro clínico, alguns sintomas tipicamente esquizofrênicos,presentes durante a maior parte do tempo. Quando os sintomas esquizofrênicospersistem, o diagnóstico deve ser modificado pelo de esquizofrenia (F20.-). Bouffée delirante com sintomas de esquizofreniaPsicose ciclóide com sintomas de esquizofrenia

F23.2 Transtorno psicótico agudo de tipo esquizofrênico (schizophrenia-like) 

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Transtorno psicótico agudo caracterizado pela presença de sintomas psicóticosrelativamente estáveis e justificam o diagnóstico de esquizofrenia (F20.-), mas quepersistem por menos de um mês. As características polimorfas instáveis descritasem F23.0 estão ausentes. Quando os sintomas persistem, o diagnóstico deve sermodificado pelo de esquizofrenia (F20.-). Ataque   Psicose    esquizofreniforme breve Transtorno   Esquizofrenia aguda (indiferenciada)OnirofreniaReação esquizofrênicaExclui: 

transtorno orgânico delirante [tipo esquizofrênico] (F06.2)transtornos esquizofreniformes SOE (F20.8)

F23.3 Outros transtornos psicóticos agudos, essencialmente delirantes Transtorno psicótico agudo, caracterizado pela presença de idéias delirantes ou dealucinações relativamente estáveis, mas que não justificam um diagnostico de

esquizofrenia (F20.-). Quando as idéias delirantes persistem, o diagnóstico deve sermodificado pelo de transtorno delirante persistente (F22.-). Psicose paranóica psicogênicaReação paranóica

F23.8 Outros transtornos psicóticos agudos e transitórios Todos os outros transtornos psicóticos agudos especificados, para os quais não háevidência de uma etiologia orgânica, e que não justificam a classificação em F23.0-.3. 

F23.9 Transtorno psicótico agudo e transitório não especificado Psicose reativa breve SOEPsicose reativa

F24 Transtorno delirante induzido Transtorno delirante partilhado por duas ou mais pessoas ligadas muitoestreitamente entre si no plano emocional. Apenas uma dessas pessoas apresentaum transtorno psicótico autêntico; as idéias delirantes são induzidas na(s) outra(s)e são habitualmente abandonadas em caso de separação das pessoas. 

 “Folie à deux” Transtorno:•  paranóico    induzido •  psicótico   

F25 Transtornos esquizoafetivos Trata-se de transtornos episódicos nos quais tanto os sintomas afetivos quanto osesquizofrênicos são proeminentes de tal modo que o episódio da doença não justifica um diagnóstico quer de esquizofrenia quer de episódio depressivo oumaníaco. Outras afecções em que os sintomas afetivos estão superpostos a doençaesquizofrênica pré-existente ou coexistem ou alternam com transtornos delirantespersistentes de outros tipos, são classificados em F20-F29. Os sintomas psicóticosque não correspondem ao caráter dominante do transtorno afetivo, não justificamum diagnóstico de transtorno esquizoafetivo. 

F25.0 Transtorno esquizoafetivo do tipo maníaco Transtorno em que tanto sintomas esquizofrênicos quanto maníacos sãoproeminentes de tal modo que o episódio da doença não justifica um diagnósticoquer de esquizofrenia quer de episódio maníaco. Esta categoria deveria ser usadatanto para um único episódio, quer para classificar um transtorno recorrente noqual a maioria dos episódios são esquizoafetivos do tipo maníaco. 

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Psicose:•  esquizoafetiva, tipo maníaco•  esquizofreniforme, tipo maníaco

F25.1 Transtorno esquizoafetivo do tipo depressivo Transtorno em que os sintomas esquizofrênicos e os sintomas depressivos são

proeminentes de tal modo que o episódio da doença não justifica o diagnóstico nemde esquizofrenia nem de um episódio depressivo. Esta categoria deve ser utilizadapara classificar quer um episódio isolado, quer um transtorno recorrente no qual amaioria dos episódios são esquizoafetivos do tipo depressivo. Psicose:•  esquizoafetiva, tipo depressivo•  esquizofreniforme, tipo depressivo

F25.2 Transtorno esquizoafetivo do tipo misto Esquizofrenia cíclicaPsicose esquizofrênica e afetiva mista

F25.8 Outros transtornos esquizoafetivos 

F25.9 Transtorno esquizoafetivo não especificado Psicose esquizoafetiva SOE

F28 Outros transtornos psicóticos não-orgânicos Transtornos delirantes ou alucinatórios que não justificam os diagnósticos deesquizofrenia (F20.-), dos transtornos delirantes persistentes (F22.-), dostranstornos psicóticos agudos e transitórios (F23.-), de um episódio maníaco dotipo psicótico (F30.2), ou de um episódio depressivo grave (F32.3). Psicose alucinatória crônica

F29 Psicose não-orgânica não especificada Psicose SOEExclui: 

psicose orgânica ou sintomática SOE (F09)transtorno mental SOE (F99)

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 F30-F39 Transtornos do humor [afetivos] 

Transtornos nos quais a perturbação fundamental é uma alteração do humor ou do

afeto, no sentido de uma depressão (com ou sem ansiedade associada) ou de umaelação. A alteração do humor em geral se acompanha de uma modificação do nívelglobal de atividade, e a maioria dos outros sintomas são quer secundários a estasalterações do humor e da atividade, quer facilmente compreensíveis no contextodestas alterações. A maioria destes transtornos tendem a ser recorrentes e aocorrência dos episódios individuais pode freqüentemente estar relacionada comsituações ou fatos estressantes.

F30 Episódio maníaco Todas as subdivisões desta categoria se aplicam exclusivamente a um episódioisolado. Um episódio hipomaníaco ou maníaco em indivíduo que já tenhaapresentado um ou mais episódios afetivos prévios (depressivo, hipomaníaco,maníaco, ou misto) deve conduzir a um diagnóstico de transtorno afetivo bipolar(F31.-). 

 Inclui: transtorno bipolar, episódio maníaco isolado

F30.0 Hipomania Transtorno caracterizado pela presença de uma elevação ligeira mas persistente dohumor, da energia e da atividade, associada em geral a um sentimento intenso debem-estar e de eficácia física e psíquica. Existe freqüentemente um aumento dasociabilidade, do desejo de falar, da familiaridade e da energia sexual, e umaredução da necessidade de sono; estes sintomas não são, entretanto, tão graves demodo a entravar o funcionamento profissional ou levar a uma rejeição social. Aeuforia e a sociabilidade são por vezes substituídas por irritabilidade, atitudepretensiosa ou comportamento grosseiro. As perturbações do humor e docomportamento não são acompanhadas de alucinações ou de idéias delirantes. 

F30.1 Mania sem sintomas psicóticos Presença de uma elevação do humor fora de proporção com a situação do sujeito,podendo variar de uma jovialidade descuidada a uma agitação praticamenteincontrolável. Esta elação se acompanha de um aumento da energia, levando àhiperatividade, um desejo de falar e uma redução da necessidade de sono. Aatenção não pode ser mantida, e existe freqüentemente uma grande distração. Osujeito apresenta freqüentemente um aumento do auto-estima com idéias degrandeza e superestimativa de suas capacidades. A perda das inibições sociais podelevar a condutas imprudentes, irrazoáveis, inapropriadas ou deslocadas. 

F30.2 Mania com sintomas psicóticos Presença, além do quadro clínico descrito em F30.1, de idéias delirantes (em geralde grandeza) ou de alucinações (em geral do tipo de voz que fala diretamente aosujeito) ou de agitação, de atividade motora excessiva e de fuga de idéias de umagravidade tal que o sujeito se torna incompreensível ou inacessível a todacomunicação normal. Estupor maníacoMania com sintomas psicóticos:•  congruentes com o humor•  incongruentes com o humor

F30.8 Outros episódios maníacos 

F30.9 Episódio maníaco não especificado Mania SOE

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F31 Transtorno afetivo bipolar Transtorno caracterizado por dois ou mais episódios nos quais o humor e o nível deatividade do sujeito estão profundamente perturbados, sendo que este distúrbioconsiste em algumas ocasiões de uma elevação do humor e aumento da energia eda atividade (hipomania ou mania) e em outras, de um rebaixamento do humor ede redução da energia e da atividade (depressão). Pacientes que sofrem somente

de episódios repetidos de hipomania ou mania são classificados como bipolares.  Inclui: 

doença   psicose    maníaco-depressiva reação   

Exclui: ciclotimia (F34.0)transtorno bipolar, episódio maníaco isolado (F30.-)

F31.0 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual hipomaníaco Episódio atual correspondente à descrição de uma hipomania tendo ocorrido, nopassado, ao menos um outro episódio afetivo (hipomaníaco, maníaco, depressivo

ou misto). 

F31.1 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco sem sintomaspsicóticos Episódio atual maníaco correspondente à descrição de um episódio maníaco semsintomas psicóticos (F30.1), tendo ocorrido, no passado, ao menos um outroepisódio afetivo (hipomaníaco, maníaco, depressivo ou misto). 

F31.2 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco com sintomaspsicóticos Episódio atual correspondente à descrição de um episódio maníaco com sintomaspsicóticos (F30.2), tendo ocorrido, no passado, ao menos um outro episódio afetivo(hipomaníaco, maníaco, depressivo ou misto). 

F31.3 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo leve oumoderado Episódio atual correspondente à descrição de um episódio depressivo leve oumoderado (F32.0 ou F32.1), tendo ocorrido, no passado, ao menos um episódioafetivo hipomaníaco, maníaco ou misto bem comprovado. 

F31.4 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave semsintomas psicóticos Episódio atual correspondentes à descrição de um episódio depressivo grave semsintomas psicóticos (F32.2), tendo ocorrido, no passado, ao menos um episódioafetivo hipomaníaco, maníaco ou misto bem documentado. 

F31.5 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave comsintomas psicóticos Episódio atual correspondente à descrição de um episódio depressivo grave comsintomas psicóticos (F32.3), tendo ocorrido, no passado, ao menos um episódioafetivo hipomaníaco, maníaco ou misto bem comprovado. 

F31.6 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual misto Ocorrência, no passado, de ao menos um episódio afetivo maníaco, hipomaníaco oumisto bem documentado, e episódio atual caracterizado pela presença simultâneade sintomas maníacos e depressivos ou por uma alternância rápida de sintomasmaníacos e depressivos. Exclui: 

episódio afetivo misto isolado (F38.0)F31.7 Transtorno afetivo bipolar, atualmente em remissão 

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Ocorrência, no passado, de ao menos um episódio afetivo maníaco, hipomaníaco oumisto muito bem comprovado, e de ao menos um outro episódio afetivo(hipomaníaco, maníaco, depressivo ou misto) mas sem nenhuma perturbaçãosignificativa do humor, nem atualmente nem no curso dos últimos meses. Asremissões sob tratamento profilático devem ser classificadas aqui. 

F31.8 Outros transtornos afetivos bipolares Episódios maníacos recidivantes SOETranstorno bipolar II

F31.9 Transtorno afetivo bipolar não especificado 

F32 Episódios depressivos Nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão: leve, moderado ougrave, o paciente apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia ediminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer,perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geralà fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. Observam-se em geralproblemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição

da auto-estima e da autoconfiança e freqüentemente idéias de culpabilidade e oude indignidade, mesmo nas formas leves. O humor depressivo varia pouco de diapara dia ou segundo as circunstâncias e pode se acompanhar de sintomas ditos “somáticos”, por exemplo perda de interesse ou prazer, despertar matinal precoce,várias horas antes da hora habitual de despertar, agravamento matinal dadepressão, lentidão psicomotora importante, agitação, perda de apetite, perda depeso e perda da libido. O número e a gravidade dos sintomas permitem determinartrês graus de um episódio depressivo: leve, moderado e grave. 

 Inclui: episódios isolados de (um) (uma):•  depressão:

•  psicogênica•  reativa

•  reação depressivaExclui: 

quando associados com transtornos de conduta em F91.- (F92.0)transtornos (de):•  adaptação (F43.2)•  depressivo recorrente (F33.-)

F32.0 Episódio depressivo leve Geralmente estão presentes ao menos dois ou três dos sintomas citadosanteriormente. O paciente usualmente sofre com a presença destes sintomas masprovavelmente será capaz de desempenhar a maior parte das atividades. 

F32.1 Episódio depressivo moderado Geralmente estão presentes quatro ou mais dos sintomas citados anteriormente e opaciente aparentemente tem muita dificuldade para continuar a desempenhar asatividades de rotina. 

F32.2 Episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos Episódio depressivo onde vários dos sintomas são marcantes e angustiantes,tipicamente a perda da auto-estima e idéias de desvalia ou culpa. As idéias e osatos suicidas são comuns e observa-se em geral uma série de sintomas “somáticos”. Depressão:•  agitada   •  maior    episódio único sem sintomas psicóticos •  vital   

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F32.3 Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos Episódio depressivo correspondente á descrição de um episódio depressivo grave(F32.2) mas acompanhado de alucinações, idéias delirantes, de uma lentidãopsicomotora ou de estupor de uma gravidade tal que todas as atividades sociaisnormais tornam-se impossíveis; pode existir o risco de morrer por suicídio, dedesidratação ou de desnutrição. As alucinações e os delírios podem não

corresponder ao caráter dominante do distúrbio afetivo. Episódios isolados de:•  depressão:

•  major com sintomas psicóticos•  psicótica•  psicose depressiva:

•  psicogênica•  reativa

F32.8 Outros episódios depressivos Depressão atípicaEpisódios isolados de uma depressão “mascarada” SOE

F32.9 Episódio depressivo não especificado Depressão SOETranstorno depressivo SOE

F33 Transtorno depressivo recorrente Transtorno caracterizado pela ocorrência repetida de episódios depressivoscorrespondentes à descrição de um episódio depressivo (F32.-) na ausência de todoantecedente de episódios independentes de exaltação de humor e de aumento deenergia (mania). O transtorno pode, contudo, comportar breves episódioscaracterizados por um ligeiro aumento de humor e da atividade(hipomania),sucedendo imediatamente a um episódio depressivo, e por vezes precipitados porum tratamento antidepressivo. As formas mais graves do transtorno depressivo

recorrente (F33.2 e F33.3) apresentam numerosos pontos comuns com osconceitos anteriores da depressão maníaco-depressiva, melancolia, depressão vitale depressão endógena. O primeiro episódio pode ocorrer em qualquer idade, dainfância à senilidade, sendo que o início pode ser agudo ou insidioso e a duraçãovariável de algumas semanas a alguns meses. O risco de ocorrência de um episódiomaníaco não pode jamais ser completamente descartado em um paciente com umtranstorno depressivo recorrente, qualquer que seja o número de episódiosdepressivos apresentados. Em caso de ocorrência de um episódio maníaco, odiagnóstico deve ser alterado pelo de transtorno afetivo bipolar (F31.-). 

 Inclui: episódios recorrentes de uma:•  depressão•  psicogênica

•  reativa•  reação depressivatranstorno depressivo sazonal

Exclui: episódios depressivos recorrentes breves (F38.1)

F33.0 Transtorno depressivo recorrente, episódio atual leve Transtorno caracterizado pela ocorrência repetida de episódios depressivos, sendo oepisódio atual leve, tal como descrito em F32.0, na ausência de qualquerantecedente de mania. 

F33.1 Transtorno depressivo recorrente, episódio atual moderado Transtorno caracterizado pela ocorrência repetida de episódios depressivos, sendo o

episódio atual de moderada gravidade, tal como descrito em F32.1, na ausência dequalquer antecedente de mania. 

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F33.2 Transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave semsintomas psicóticos Transtorno caracterizado pela ocorrência repetida de episódios depressivos, sendo oepisódio atual grave, sem sintomas psicóticos, tal como descrito em F32.2, naausência de qualquer antecedente de mania. Depressão:

•  endógena   •  maior recorrente    sem sintomas psicóticos •  vital recorrente   Psicose maníaco-depressiva, forma depressiva sem sintomas psicóticos

F33.3 Transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave comsintomas psicóticos Transtorno caracterizado pela ocorrência repetida de episódios depressivos, sendo oepisódio atual grave, com sintomas psicóticos, tal como descrito em F32.3, naausência de qualquer antecedente de mania. Depressão endógena com sintomas psicóticosEpisódio recorrente grave (de):•  depressão:

•  major com sintomas psicóticos•  psicótica

•  psicose depressiva:•  psicogênica•  reativa

Psicose maníaco-depressiva, forma depressiva, com sintomas psicóticos

F33.4 Transtorno depressivo recorrente, atualmente em remissão O paciente teve no passado dois ou mais transtornos depressivos como descritosacima (F33.0-F33.3) mas não apresenta atualmente nenhum sintoma depressivo eisto há vários meses. 

F33.8 Outros transtornos depressivos recorrentes 

F33.9 Transtorno depressivo recorrente sem especificação Depressão unipolar SOE

F34 Transtornos de humor [afetivos] persistentes Transtornos do humor persistentes e habitualmente flutuantes, nos quais osepisódios individuais não são suficientemente graves para justificar um diagnósticode episódio maníaco ou de episódio depressivo leve. Como persistem por anos e,por vezes, durante a maior parte da vida adulta do paciente, levam contudo a umsofrimento e à incapacidade consideráveis. Em certos casos, episódios maníacos oudepressivos recorrentes ou isolados podem se superpor a um transtorno afetivo

persistente. 

F34.0 Ciclotimia Instabilidade persistente do humor que comporta numerosos períodos de depressãoou de leve elação nenhum deles suficientemente grave ou prolongado pararesponder aos critérios de um transtorno afetivo bipolar (F31.-) ou de umtranstorno depressivo recorrente (F33.-). O transtorno se encontra freqüentementeem familiares de pacientes que apresentam um transtorno afetivo bipolar. Algumaspessoas ciclotímicas apresentarão elas próprias ulteriormente um transtorno afetivobipolar. Personalidade:•  ciclóide•  ciclotímica

Transtorno afetivo da personalidade

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F34.1 Distimia Rebaixamento crônico do humor, persistindo ao menos por vários anos, mas cujagravidade não é suficiente ou na qual os episódios individuais são muito curtos pararesponder aos critérios de transtorno depressivo recorrente grave, moderado ouleve (F33.-). Depressão:•  ansiosa persistente•  neuróticaNeurose depressivaPersonalidade depressivaExclui: 

depressão ansiosa (leve ou não-persistente) (F41.2)

F34.8 Outros transtornos do humor [afetivos] persistentes 

F34.9 Transtorno do humor [afetivo] persistente não especificado 

F38 Outros transtornos do humor [afetivos] 

Quaisquer outros transtornos de humor que não justificam ser classificados emF30-F34 por não apresentarem gravidade ou duração suficientes. 

F38.0 Outros transtornos do humor [afetivos] isolados Episódio afetivo misto

F38.1 Outros transtornos do humor [afetivos] recorrentes Episódio depressivo recorrente breve

F38.8 Outros transtornos especificados do humor [afetivos] 

F39 Transtorno do humor [afetivo] não especificado 

Psicose afetiva SOE

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 F40-F48 Transtornos neuróticos, transtornosrelacionados com o “stress” e transtornossomatoformes 

Exclui: quando associado aos transtornos de conduta classificados em F91.- 

(F92.8)

F40 Transtornos fóbico-ansiosos Grupo de transtornos nos quais uma ansiedade é desencadeada exclusiva ouessencialmente por situações nitidamente determinadas que não apresentamatualmente nenhum perigo real. Estas situações são, por esse motivo, evitadas ousuportadas com temor. As preocupações do sujeito podem estar centradas sobresintomas individuais tais como palpitações ou uma impressão de desmaio, efreqüentemente se associam com medo de morrer, perda do autocontrole ou de

ficar louco. A simples evocação de uma situação fóbica desencadeia em geralansiedade antecipatória. A ansiedade fóbica freqüentemente se associa a umadepressão. Para determinar se convém fazer dois diagnósticos (ansiedade fóbica eepisódio depressivo) ou um só (ansiedade fóbica ou episódio depressivo), é precisolevar em conta a ordem de ocorrência dos transtornos e as medidas terapêuticasque são consideradas no momento do exame. 

F40.0 Agorafobia Grupo relativamente bem definido de fobias relativas ao medo de deixar seudomicílio, medo de lojas, de multidões e de locais públicos, ou medo de viajarsozinho em trem, ônibus ou avião. A presença de um transtorno de pânico éfreqüente no curso dos episódios atuais ou anteriores de agorafobia. Entre ascaracterísticas associadas, acham-se freqüentemente sintomas depressivos ou

obsessivos, assim como fobias sociais. As condutas de evitação comumente sãoproeminentes na sintomatologia e certos agorafóbicos manifestam pouca ansiedadedado que chegam a evitar as situações geradoras de fobia. Agorafobia sem antecedentes de transtorno de pânicoTranstorno de pânico com agorafobia

F40.1 Fobias sociais Medo de ser exposto à observação atenta de outrem e que leva a evitar situaçõessociais. As fobias sociais graves se acompanham habitualmente de uma perda daauto-estima e de um medo de ser criticado. As fobias sociais podem se manifestarpor rubor, tremor das mãos, náuseas ou desejo urgente de urinar, sendo que opaciente por vezes está convencido que uma ou outra destas manifestaçõessecundárias constitui seu problema primário. Os sintomas podem evoluir para um

ataque de pânico. AntropofobiaNeurose social

F40.2 Fobias específicas (isoladas) Fobias limitadas a situação altamente específicas tais como a proximidade dedeterminados animais, locais elevados, trovões, escuridão, viagens de avião,espaços fechados, utilização de banheiros públicos, ingestão de determinadosalimentos, cuidados odontológicos, ver sangue ou ferimentos. Ainda que a situaçãodesencadeante seja inofensiva, o contato com ela pode desencadear um estado depânico como na agorafobia ou fobia social. AcrofobiaClaustrofobia

Fobia(s) (de):•  animais•  simples

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Exclui: dismorfofobia (não-delirante) (F45.2)nosofobia (F45.2)

F40.8 Outros transtornos fóbico-ansiosos 

F40.9 Transtorno fóbico-ansioso não especificado Estado fóbico SOEFobia SOE

F41 Outros transtornos ansiosos Transtornos caracterizados essencialmente pela presença da manifestaçõesansiosas que não são desencadeadas exclusivamente pela exposição a umasituação determinada. Podem se acompanhar de sintomas depressivos ouobsessivos, assim como de certas manifestações que traduzem uma ansiedadefóbica, desde que estas manifestações sejam, contudo, claramente secundárias oupouco graves. 

F41.0 Transtorno de pânico [ansiedade paroxística episódica] A característica essencial deste transtorno são os ataques recorrentes de umaansiedade grave (ataques de pânico), que não ocorrem exclusivamente numasituação ou em circunstâncias determinadas mas de fato são imprevisíveis. Comoem outros transtornos ansiosos, os sintomas essenciais comportam a ocorrênciabrutal de palpitação e dores torácicas, sensações de asfixia, tonturas e sentimentosde irrealidade (despersonalização ou desrrealização). Existe, além disso,freqüentemente um medo secundário de morrer, de perder o autocontrole ou deficar louco. Não se deve fazer um diagnóstico principal de transtorno de pânicoquando o sujeito apresenta um transtorno depressivo no momento da ocorrência deum ataque de pânico, uma vez que os ataques de pânico são provavelmentesecundários à depressão neste caso. Ataque   Estado    de pânico Síndrome   Exclui: 

transtorno de pânico com agorafobia (F40.0)

F41.1 Ansiedade generalizada Ansiedade generalizada e persistente que não ocorre exclusivamente nem mesmode modo preferencial numa situação determinada (a ansiedade é “flutuante”). Ossintomas essenciais são variáveis, mas compreendem nervosismo persistente,tremores, tensão muscular, transpiração, sensação de vazio na cabeça, palpitações,tonturas e desconforto epigástrico. Medos de que o paciente ou um de seuspróximos irá brevemente ficar doente ou sofrer um acidente são freqüentementeexpressos. 

Estado    ansiosa(o) Neurose   Reação de angústiaExclui: 

neurastenia (F48.0)

F41.2 Transtorno misto ansioso e depressivo Esta categoria deve ser utilizada quando o sujeito apresenta ao mesmo temposintomas ansiosos e sintomas depressivos, sem predominância nítida de uns ou deoutros, e sem que a intensidade de uns ou de outros seja suficiente para justificarum diagnóstico isolado. Quando os sintomas ansiosos e depressivos estãopresentes simultaneamente com uma intensidade suficiente para justificar

diagnósticos isolados, os dois diagnósticos devem ser anotados e não se faz umdiagnóstico de transtorno misto ansioso e depressivo. Depressão ansiosa (leve ou não-persistente)

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F41.3 Outros transtornos ansiosos mistos Sintomas ansiosos mistos se acompanham de características de outros transtornoscitados em F42-F48. Nenhum tipo de sintoma é suficientemente grave para justificar diagnósticos isolados. 

F41.8 Outros transtornos ansiosos especificados 

Histeria de angústia

F41.9 Transtorno ansioso não especificado Ansiedade SOE

F42 Transtorno obsessivo-compulsivo Transtorno caracterizado essencialmente por idéias obsessivas ou porcomportamentos compulsivos recorrentes. As idéias obsessivas são pensamentos,representações ou impulsos, que se intrometem na consciência do sujeito de modorepetitivo e estereotipado. Em regra geral, elas perturbam muito o sujeito, o qualtenta, freqüentemente resistir-lhes, mas sem sucesso. O sujeito reconhece,entretanto, que se trata de seus próprios pensamentos, mas estranhos à suavontade e em geral desprazeirosos. Os comportamentos e os rituais compulsivossão atividades estereotipadas repetitivas. O sujeito não tira prazer direto algum darealização destes atos os quais, por outro lado, não levam à realização de tarefasúteis por si mesmas. O comportamento compulsivo tem por finalidade preveniralgum evento objetivamente improvável, freqüentemente implicando dano aosujeito ou causado por ele, que ele(a) teme que possa ocorrer. O sujeito reconhecehabitualmente o absurdo e a inutilidade de seu comportamento e faz esforçosrepetidos para resistir-lhes. O transtorno se acompanha quase sempre deansiedade. Esta ansiedade se agrava quando o sujeito tenta resistir à sua atividadecompulsiva. 

 Inclui: neurose:•  anancástica•  obsessivo-compulsiva

Exclui: personalidade (transtorno da) obsessivo-compulsiva (F60.5)

F42.0 Transtorno obsessivo-compulsivo com predominância de idéias ou deruminações obsessivas Pode-se tratar de pensamentos, imagens mentais ou impulsos para agir, quasesempre angustiantes para o sujeito. Às vezes trata-se de hesitações intermináveisentre várias opções, que se acompanham freqüentemente de uma incapacidade detomar decisões banais mas necessárias à vida cotidiana. Existe uma relaçãoparticularmente estreita entre as ruminações obsessivas e a depressão, e deve-sesomente preferir um diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo quando asruminações surgem ou persistem na ausência de uma síndrome depressiva. 

F42.1 Transtorno obsessivo-compulsivo com predominância decomportamentos compulsivos [rituais obsessivos] A maioria dos atos compulsivos está ligada à limpeza (particularmente lavar asmãos), verificações repetidas para evitar a ocorrência de uma situação que poderiase tornar perigosa, ou um desejo excessivo de ordem. Sob este comportamentomanifesto, existe o medo, usualmente de perigo ao ou causado pelo sujeito e aatividade ritual constitui um meio ineficaz ou simbólico de evitar este perigo. 

F42.2 Transtorno obsessivo-compulsivo, forma mista, com idéiasobsessivas e comportamentos compulsivos 

F42.8 Outros transtornos obsessivo-compulsivos 

F42.9 Transtorno obsessivo-compulsivo não especificado 

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F43 Reações ao “stress” grave e transtornos de adaptação Esta categoria difere das outras na medida que sua definição não repousaexclusivamente sobre a sintomatologia e a evolução, mas igualmente sobre aexistência de um ou outro dos dois fatores causais seguintes: um acontecimentoparticularmente estressante desencadeia uma reação de “stress” aguda, ou umaalteração particularmente marcante na vida do sujeito, que comporta

conseqüências desagradáveis e duradouras e levam a um transtorno de adaptação.Embora fatores de “stress” psicossociais (“life events”) relativamente pouco gravespossam precipitar a ocorrência de um grande número de transtornos classificadosem outra parte neste capítulo ou influenciar-lhes o quadro clínico, nem sempre épossível atribuir-lhes um papel etiológico, quanto mais que é necessário levar emconsideração fatores de vulnerabilidade, freqüentemente idiossincráticos, própriosde cada indivíduo; em outros termos, estes fatores não são nem necessários nemsuficientes para explicar a ocorrência e a natureza do transtorno observado. Emcontraste, para os transtornos reunidos aqui sob F43, admite-se que sua ocorrênciaé sempre a conseqüência direta de um “stress” agudo importante ou de umtraumatismo persistente. O acontecimento estressante ou as circunstânciaspenosas persistentes constituem o fator causal primário e essencial, na ausência doqual o transtorno não teria ocorrido. Os transtornos reunidos neste capítulo podemassim ser considerados como respostas inadaptadas a um “stress” grave oupersistente, na medida em que eles interferem com mecanismos adaptativoseficazes e entravam assim o funcionamento social. 

F43.0 Reação aguda ao “stress” Transtorno transitório que ocorre em indivíduo que não apresenta nenhum outrotranstorno mental manifesto, em seguida a um “stress” físico e/ou psíquicoexcepcional, e que desaparece habitualmente em algumas horas ou em alguns dias.A ocorrência e a gravidade de uma reação aguda ao “stress” são influenciadas porfatores de vulnerabilidade individuais e pela capacidade do sujeito de fazer face aotraumatismo. A sintomatologia é tipicamente mista e variável e comporta de inícioum estado de aturdimento caracterizado por um certo estreitamento do campo daconsciência e dificuldades de manter a atenção ou de integrar estímulos, e umadesorientação. Este estado pode ser seguido quer por um distanciamento do

ambiente (podendo tomar a forma de um estupor dissociativo – ver F44.2) ou deuma agitação com hiperatividade (reação de fuga). O transtorno se acompanhafreqüentemente de sintomas neurovegetativos de uma ansiedade de pânico(taquicardia, transpiração, ondas de calor). Os sintomas se manifestamhabitualmente nos minutos que seguem a ocorrência do estímulo ou doacontecimento estressante e desaparecem no espaço de dois a três dias(freqüentemente em algumas horas). Pode haver uma amnésia parcial ou completa(F44.0) do episódio. Quando os sintomas persistem, convém considerar umaalteração do diagnóstico (e do tratamento). Choque psíquicoEstado de criseFadiga de combateReação aguda (à) (ao):•  crise•   “stress” 

F43.1 Estado de “stress” pós-traumático Este transtorno constitui uma resposta retardada ou protraída a uma situação ouevento estressante (de curta ou longa duração), de natureza excepcionalmenteameaçadora ou catastrófica, e que provocaria sintomas evidentes de perturbaçãona maioria dos indivíduos. Fatores predisponentes, tais como certos traços depersonalidade (por exemplo compulsiva, astênica) ou antecedentes do tiponeurótico, podem diminuir o limiar para a ocorrência da síndrome ou agravar suaevolução; tais fatores, contudo, não são necessários ou suficientes para explicar aocorrência da síndrome. Os sintomas típicos incluem a revivescência repetida doevento traumático sob a forma de lembranças invasivas (“flashbacks”), de sonhos

ou de pesadelos; ocorrem num contexto durável de “anestesia psíquica” e deembotamento emocional, de retraimento com relação aos outros, insensibilidade aoambiente, anedonia, e de evitação de atividades ou de situações que possam

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despertar a lembrança do traumatismo. Os sintomas precedentes se acompanhamhabitualmente de uma hiperatividade neurovegetativa, com hipervigilância, estadode alerta e insônia, associadas freqüentemente a uma ansiedade, depressão ouideação suicida. O período que separa a ocorrência do traumatismo do transtornopode variar de algumas semanas a alguns meses. A evolução é flutuante, mas sefaz para a cura na maioria dos casos. Em uma pequena proporção de casos, otranstorno pode apresentar uma evolução crônica durante numerosos anos e levara uma alteração duradoura da personalidade (F62.0). Neurose traumática

F43.2 Transtornos de adaptação Estado de sofrimento e de perturbação emocional subjetivos, que entravamusualmente o funcionamento e o desempenho sociais. ocorrendo no curso de umperíodo de adaptação a uma mudança existencial importante ou a umacontecimento estressante. O fator de “stress” pode afetar a integridade doambiente social do sujeito (luto, experiências de separação) ou seu sistema globalde suporte social e de valor social (imigração, estado de refugiado); ou aindarepresentado por uma etapa da vida ou por uma crise do desenvolvimento(escolarização, nascimento de um filho, derrota em atingir um objetivo pessoalimportante, aposentadoria). A predisposição e a vulnerabilidade individuais

desempenham um papel importante na ocorrência e na sintomatologia de umtranstorno de adaptação; admite-se, contudo, que o transtorno não teria ocorridona ausência do fator de “stress” considerado. As manifestações, variáveis,compreendem: humor depressivo, ansiedade, inquietude (ou uma combinação dosprecedentes), sentimento de incapacidade de enfrentar, fazer projetos ou acontinuar na situação atual, assim como certa alteração do funcionamentocotidiano. Transtornos de conduta podem estar associados, em particular nosadolescentes. A característica essencial deste transtorno pode consistir de umareação depressiva, ou de uma outra perturbação das emoções e das condutas, decurta ou longa duração. Choque culturalHospitalismo da criançaReação de lutoExclui: 

transtorno ligado à angústia de separação na infância (F93.0)

F43.8 Outras reações ao “stress” grave 

F43.9 Reação não especificada a um “stress” grave 

F44 Transtornos dissociativos [de conversão] Os transtornos dissociativos ou de conversão se caracterizam por uma perda parcialou completa das funções normais de integração das lembranças, da consciência, daidentidade e das sensações imediatas, e do controle dos movimentos corporais. Osdiferentes tipos de transtornos dissociativos tendem a desaparecer após algumas

semanas ou meses, em particular quando sua ocorrência se associou a umacontecimento traumático. A evolução pode igualmente se fazer para transtornosmais crônicos, em particular paralisias e anestesias, quando a ocorrência dotranstorno está ligada a problemas ou dificuldades interpessoais insolúveis. Nopassado, estes transtornos eram classificados entre diversos tipos de “histeria deconversão”. Admite-se que sejam psicogênicos, dado que ocorrem em relaçãotemporal estreita com eventos traumáticos, problemas insolúveis e insuportáveis,ou relações interpessoais difíceis. Os sintomas traduzem freqüentemente a idéiaque o sujeito se faz de uma doença física. O exame médico e os examescomplementares não permitem colocar em evidência um transtorno físico (emparticular neurológico) conhecido. Por outro lado, dispõe-se de argumentos parapensar que a perda de uma função é, neste transtorno, a expressão de um conflitoou de uma necessidade psíquica. Os sintomas podem ocorrer em relação temporalestreita com um “stress” psicológico e ocorrer freqüentemente de modo brusco. O

transtorno concerne unicamente quer a uma perturbação das funções físicas queestão normalmente sob o controle da vontade, quer a uma perda das sensações.Os transtornos que implicam manifestações dolorosas ou outras sensações físicas

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complexas que fazem intervir o sistema nervoso autônomo, são classificados entreos transtornos somatoformes (F45.0). Há sempre a possibilidade de ocorrêncianuma data ulterior de um transtorno físico ou psiquiátrico grave. 

 Inclui: histeriahisteria    de conversão reação   psicose histérica

Exclui: simulador [simulação consciente] (Z76.5)

F44.0 Amnésia dissociativa A característica essencial é a de uma perda da memória, que diz respeitogeralmente a acontecimentos importantes recentes, não devida a transtorno mentalorgânico, e muito importante para ser considerado como expressão deesquecimento ou de fadiga. A amnésia diz respeito habitualmente aos eventostraumáticos, tais como acidentes ou lutos imprevistos, e é mais freqüente que sejaparcial e seletiva. Uma amnésia completa e generalizada é rara, e diz respeitohabitualmente a uma fuga (F44.1); neste caso, deve-se fazer um diagnóstico defuga. Não se deve fazer este diagnóstico na presença de um transtorno cerebralorgânico, de uma intoxicação, ou de uma fadiga extrema. Exclui: 

amnésia:•  SOE (R41.3)•  anterógrada (R41.1)•  pós-convulsiva dos epilépticos (G40.-)•  retrógrada (R41.2)síndrome amnésica orgânica não-alcoólica (F04)transtorno amnésico induzido pelo álcool ou por outra substância

psicoativa (F10-F19 com quarto caractere comum .6)

F44.1 Fuga dissociativa Uma fuga apresenta todas as características de uma amnésia dissociativa:comporta além disto, um deslocamento motivado maior que o raio de deslocamentohabitual cotidiano. Embora exista uma amnésia para o período de fuga, ocomportamento do sujeito no curso desta última pode parecer perfeitamentenormal para observadores desinformados. Exclui: 

fuga pós-convulsiva na epilepsia (G40.-)

F44.2 Estupor dissociativo O diagnóstico de estupor dissociativo repousa sobre a presença de uma diminuiçãoimportante ou de uma ausência dos movimentos voluntários e da reatividadenormal a estímulos externos, tais como luz, ruído, tato, sem que os exames clínicos

e os exames complementares mostrem evidências de uma causa física. Além disto,dispõe-se de argumentos em favor de uma origem psicogênica do transtorno, namedida que é possível evidenciar eventos ou problemas estressantes recentes. Exclui: 

estado catatônico orgânico (F06.1)estupor:•  SOE (R40.1)•  catatônico (F20.2)•  depressivo (F31-F33)•  maníaco (F30.2)

F44.3 Estados de transe e de possessão Transtornos caracterizados por uma perda transitória da consciência de sua própriaidentidade, associada a uma conservação perfeita da consciência do meioambiente. Devem aqui ser incluídos somente os estados de transe involuntários e

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não desejados, excluídos aqueles de situações admitidas no contexto cultural oureligioso do sujeito. Exclui: 

esquizofrenia (F20.-)intoxicação por uma substância psicoativa (F10-F19 com quarto

caractere comum .0)

síndrome pós-traumática (F07.2)transtorno(s):•  orgânico da personalidade (F07.0)•  psicóticos agudos e transitórios (F23.-)

F44.4 Transtornos dissociativos do movimento As variedades mais comuns destes transtornos são a perda da capacidade demover uma parte ou a totalidade do membro ou dos membros. Pode haversemelhança estreita com quaisquer variedades de ataxia, apraxia, acinesia, afonia,disartria, discinesia, convulsões ou paralisia. Afonia psicogênicaDisfonia psicogênicaTorcicolo histérico

F44.5 Convulsões dissociativas Os movimentos observados no curso das convulsões dissociativas podem seassemelhar de perto àquelas observadas no curso das crises epiléticas; mas amordedura de língua, os ferimentos por queda e a incontinência de urina são raroscontudo; além disto, a consciência está preservada ou substituída por um estado deestupor ou transe. 

F44.6 Anestesia e perda sensorial dissociativas Os limites das áreas cutâneas anestesiadas correspondem freqüentemente àsconcepções pessoais do paciente, mais do que a descrições científicas. Pode haverigualmente uma perda de um tipo de sensibilidade dado, com conservação deoutras sensibilidades, não correspondendo a nenhuma lesão neurológica conhecida.

A perda de sensibilidade pode se acompanhar de parestesias. As perdas da visão eda audição raramente são totais nos transtornos dissociativos. Surdez psicogênica

F44.7 Transtorno dissociativo misto [de conversão] Combinação de transtornos descritos em F44.0-F44.6 

F44.8 Outros transtornos dissociativos [de conversão] Confusão psicogênicaEstado crepuscular psicogênicoPersonalidade múltiplaSíndrome de Ganser

F44.9 Transtorno dissociativo [de conversão] não especificado 

F45 Transtornos somatoformes A característica essencial diz respeito à presença repetida de sintomas físicosassociados à busca persistente de assistência médica, apesar que os médicos nadaencontram de anormal e afirmam que os sintomas não têm nenhuma baseorgânica. Se quaisquer transtornos físicos estão presentes, eles não explicam nema natureza e a extensão dos sintomas, nem o sofrimento e as preocupações dosujeito. Exclui: 

arrancar-se os cabelos (F98.4)disfunção sexual não devida a doença ou a transtorno orgânico

(F52.-)dislalia (F80.8)

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fatores psicológicos ou comportamentais associados a doenças outranstornos classificados em outra parte (F54)

lalação (F80.0)roer unhas (F98.8)síndrome de Gilles de la Tourette (F95.2)sucção do polegar (F98.8)

tiques (na infância e na adolescência) (F95.-)transtornos dissociativos (F44.-)tricotilomania (F63.3)

F45.0 Transtorno de somatização Transtorno caracterizado essencialmente pela presença de sintomas físicos,múltiplos, recorrentes e variáveis no tempo, persistindo ao menos por dois anos. Amaioria dos pacientes teve uma longa e complicada história de contato tanto com aassistência médica primária quanto especializada durante as quais muitasinvestigações negativas ou cirurgias exploratórias sem resultado podem ter sidorealizadas. Os sintomas podem estar referidos a qualquer parte ou sistema docorpo. O curso da doença é crônico e flutuante, e freqüentemente se associa a umaalteração do comportamento social, interpessoal e familiar. Quando o transtorno

tem uma duração mais breve (menos de dois anos) ou quando ele se caracterizapor sintomas menos evidentes, deve-se fazer o diagnóstico de transtornosomatoforme indiferenciado (F45.1). Transtorno de BriquetTranstorno psicossomático múltiploExclui: 

simulador [simulação consciente] (Z76.5)

F45.1 Transtorno somatoforme indiferenciado Quando as queixas somatoformes são múltiplas, variáveis no tempo e persistentes,mas que não correspondem ao quadro clínico completo e típico de um transtorno desomatização, o diagnóstico de transtorno somatoforme indiferenciado deve serconsiderado. Transtorno psicossomático indiferenciado

F45.2 Transtorno hipocondríaco A característica essencial deste transtorno é uma preocupação persistente com apresença eventual de um ou de vários transtornos somáticos graves e progressivos.Os pacientes manifestam queixas somáticas persistentes ou uma preocupaçãoduradoura com a sua aparência física. Sensações e sinais físicos normais ou triviaissão freqüentemente interpretados pelo sujeito como anormais ou perturbadores. Aatenção do sujeito se concentra em geral em um ou dois órgãos ou sistemas.Existem freqüentemente depressão e ansiedade importantes, e que podem justificar um diagnóstico suplementar. Dismorfofobia (corporal) (não-delirante)Hipocondria

Neurose hipocondríacaNosofobiaExclui: 

dismorfofobia delirante (F22.8)idéias delirantes persistentes sobre o funcionamento ou a forma do

corpo (F22.-)

F45.3 Transtorno neurovegetativo somatoforme O paciente atribui seus sintomas a um transtorno somático de um sistema ou deórgão inervado e controlado, em grande parte ou inteiramente, pelo sistemaneurovegetativo: sistema cardiovascular, gastrointestinal, respiratório e urogenital.Os sintomas são habitualmente de dois tipos, sendo que nenhum dos dois indica

transtorno somático do órgão ou do sistema referido. O primeiro tipo consiste dequeixas a respeito de um hiperfuncionamento neurovegetativo, por exemplopalpitações, transpiração, ondas de calor ou de frio, tremores, assim como por

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expressão de medo e perturbação com a possibilidade de uma doença física. Osegundo tipo consiste de queixas subjetivas inespecíficas e variáveis, por exemplodores e sofrimentos, e sensações de queimação, peso, aperto e inchaço oudistensão, atribuídos pelo paciente a um órgão ou sistema específico. Astenia neurocirculatóriaFormas psicogênicas (de um) (de uma):•  aerofagia•  cólon irritável•  diarréia•  dispepsia•  disúria•  flatulência•  hiperventilação•  piloroespasmo•  polaciúria•  soluço•  tosseNeurose:• 

cardíaca•  gástricaSíndrome de Da CostaExclui: 

fatores psicológicos e comportamentais associados a transtornosfísicos classificados em outra parte (F54)

F45.4 Transtorno doloroso somatoforme persistente A queixa predominante é uma dor persistente, intensa e angustiante, dor esta nãoexplicável inteiramente por um processo fisiológico ou um transtorno físico, eocorrendo num contexto de conflitos emocionais e de problemas psicossociaissuficientemente importantes para permitir a conclusão de que os mesmos sejam acausa essencial do transtorno. O resultado é em geral uma maior atenção em

suporte e assistência quer pessoal, quer médica. Uma dor considerada comopsicogênica mas ocorrendo no curso de um transtorno depressivo ou de umaesquizofrenia não deve ser aqui classificada. Cefaléia psicogênicaDor(es):•  psicogênicas da coluna vertebral•  somatoformePsicalgiaExclui: 

cefaléias tensionais (G44.2)dor:•  SOE (R52.9)• 

aguda (R52.0)•  crônica (R52.2)•  irredutível (R52.1)•  lombar SOE (M54.9)

F45.8 Outros transtornos somatoformes Todos os outros transtornos das sensações, das funções e do comportamento, nãodevidos a um transtorno físico que não estão sob a influência do sistemaneurovegetativo, que se relacionam a sistemas ou a partes do corpo específicos, eque ocorrem em relação temporal estreita com eventos ou problemas estressantes. Disfagia psicogênica, incluindo “bolo histérico” Dismenorréia psicogênicaPrurido psicogênico

Ranger de dentesTorcicolo psicogênico

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F45.9 Transtorno somatoforme não especificado Transtorno psicossomático SOE

F48 Outros transtornos neuróticos 

F48.0 Neurastenia Existem variações culturais consideráveis para a apresentação deste transtorno,sendo que dois tipos principais ocorrem, com considerável superposição. Noprimeiro tipo, a característica essencial é a de uma queixa relacionada com aexistência de uma maior fatigabilidade que ocorre após esforços mentaisfreqüentemente associada a uma certa diminuição do desempenho profissional e dacapacidade de fazer face às tarefas cotidianas. A fatigabilidade mental é descritatipicamente como uma intrusão desagradável de associações ou de lembranças quedistraem, dificuldade de concentração e pensamento geralmente ineficiente. Nosegundo tipo, a ênfase se dá mais em sensações de fraqueza corporal ou física eum sentimento de esgotamento após esforços mínimos, acompanhados de umsentimento de dores musculares e incapacidade para relaxar. Em ambos os tipos háhabitualmente vários outras sensações físicas desagradáveis, tais como vertigens,cefaléias tensionais e uma impressão de instabilidade global. São comuns, além

disto, inquietudes com relação a uma degradação da saúde mental e física,irritabilidade, anedonia, depressão e ansiedade menores e variáveis. O sonofreqüentemente está perturbado nas suas fases inicial e média mas a hipersoniapode também ser proeminente. Síndrome de fadigaUsar código adicional, se necessário, para identificar a doença física

antecedente.Exclui: 

astenia SOE (R53)estafa (Z73.0)mal estar e fadiga (R53)psicastenia (F48.8)síndrome da fadiga pós-viral (G93.3)

F48.1 Síndrome de despersonalização-desrealização Trata-se de um transtorno raro no qual o paciente se queixa espontaneamente deuma alteração qualitativa de sua atividade mental, de seu corpo e de seu ambiente,estes últimos percebidos como irreais, longínquos ou “robotizados”. Dentre osvários fenômenos que caracterizam esta síndrome, os pacientes queixam-se maisfreqüentemente de perda das emoções e de uma sensação de estranheza oudesligamento com relação aos seus pensamentos, seu corpo ou com o mundo real.A despeito da natureza dramática deste tipo de experiência, o sujeito se dá contada ausência de alterações reais. As faculdades sensoriais são normais e ascapacidades de expressão emocional intactos. Sintomas de despersonalização-desrealização podem ocorrer no contexto de um transtorno esquizofrênico,depressivo, fóbico ou obsessivo-compulsivo identificável. Neste caso, reter-se-á

como diagnóstico aquele do transtorno principal. 

F48.8 Outros transtornos neuróticos especificados Neurose (de):•  profissional (incluindo cãibra dos escritores)•  psicastênicaPsicasteniaSíncope psicogênicaSíndrome de Dhat

F48.9 Transtorno neurótico não especificado Neurose SOE

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 F50-F59 Síndromes comportamentais associadas adisfunções fisiológicas e a fatores físicos 

F50 Transtornos da alimentação Exclui: 

anorexia SOE (R63.0)dificuldade e maus hábitos alimentares (R63.3)polifagia (R63.2)transtorno da alimentação da primeira e da segunda infância

(F98.2)

F50.0 Anorexia nervosa Anorexia nervosa é um transtorno caracterizado por perda de peso intencional,induzida e mantida pelo paciente. O transtorno ocorre comumente numa mulheradolescente ou jovem, mas pode igualmente ocorrer num homem adolescente ou

 jovem, como numa criança próxima à puberdade ou numa mulher de mais idadeaté na menopausa. A doença está associada a uma psicopatologia específica,compreendendo um medo de engordar e de ter uma silhueta arredondada, intrusãopersistente de uma idéia supervalorizada. Os pacientes se impõem a si mesmos umbaixo peso. Existe comumente desnutrição de grau variável que se acompanha demodificações endócrinas e metabólicas secundárias e de perturbações das funçõesfisiológicas. Os sintomas compreendem uma restrição das escolhas alimentares, aprática excessiva de exercícios físicos, vômitos provocados e a utilização delaxantes, anorexígeros e de diuréticos. Exclui: 

perda de apetite (R63.0):•  psicogênica (F50.8)

F50.1 Anorexia nervosa atípica Transtornos que apresentam algumas das características da anorexia nervosa mascujo quadro clínico global não justifica tal diagnóstico. Por exemplo, um dossintomas-chave, tal como um temor acentuado de ser gordo ou a amenorréia, podeestar ausente na presença de uma acentuada perda de peso e de umcomportamento para emagrecer. Este diagnóstico não deve ser feito na presençade transtornos físicos conhecidos associados à perda de peso. 

F50.2 Bulimia nervosa A bulimia é uma síndrome caracterizada por acessos repetidos de hiperfagia e umapreocupação excessiva com relação ao controle do peso corporal conduzindo a umaalternância de hiperfagia e vômitos ou uso de purgativos. Este transtorno partilhadiversas características psicológicas com a anorexia nervosa, dentre as quais uma

preocupação exagerada com a forma e peso corporais. Os vômitos repetidos podemprovocar perturbações eletrolíticas e complicações somáticas. Nos antecedentesencontra-se freqüentemente, mas nem sempre, um episódio de anorexia nervosaocorrido de alguns meses a vários anos antes. Bulimia SOEHiperorexia nervosa

F50.3 Bulimia nervosa atípica Transtornos que apresentam algumas características da bulimia nervosa mas cujoquadro clínico global não justifica tal diagnóstico. Por exemplo, pode haver acessosrepetidos de hiperfagia e de uso exagerado de laxativos sem uma alteraçãosignificativa de peso ou então a preocupação típica e exagerada com a forma epeso corporais pode estar ausente. 

F50.4 Hiperfagia associada a outros distúrbios psicológicos Hiperfagia devida a eventos estressantes, tais como lutos, acidentes, partos etc. 

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Hiperfagia psicogênicaExclui: 

obesidade (E66.-)

F50.5 Vômitos associados a outros distúrbios psicológicos Vômitos repetidos que podem ocorrer nos transtornos dissociativos (F44.-) e

hipocondríacos (F45.2) e que não são exclusivamente imputáveis a uma dasafecções classificadas fora do Capítulo V. Pode-se também empregar este códigoem suplemento a O21.- (hiperemese na gravidez) quando fatores emocionaispredominam entre as causas das náuseas e vômitos recorrentes no curso dagravidez. Vômitos psicogênicosExclui: 

náusea (R11)vômitos SOE (R11)

F50.8 Outros transtornos da alimentação Perda do apetite psicogênicaPica do adultoExclui: 

pica do lactente e da criança (F98.3)

F50.9 Transtorno de alimentação não especificado 

F51 Transtornos não-orgânicos do sono devidos a fatoresemocionais Em numerosos casos uma perturbação do sono é um dos sintomas de um outrotranstorno mental ou físico. Saber se, num dado paciente, um transtorno de sono éuma perturbação independente ou simplesmente uma das manifestações de outrotranstorno classificado em outra parte no Capítulo V ou em outros capítulos da CID-10 deve ser determinado com base nos elementos clínicos e da evolução, assimcomo a partir de considerações e de prioridades terapêuticas no momento deconsulta. Como regra geral, este código deve ser utilizado juntamente com outrosdiagnósticos pertinentes que descrevem a psicopatologia e a fisiopatologiaimplicadas num dado caso, quando a perturbação do sono é uma das queixaspreponderantes e quando é vista como uma afecção per si. Esta categoriacompreende unicamente os transtornos do sono que são essencialmente imputáveisa fatores emocionais não-orgânicos, e que não são devidos a transtornos físicosidentificáveis classificados em outra parte. Exclui: 

transtornos de sono (de origem orgânica) (G47.-)

F51.0 Insônia não-orgânica Na insônia, o sono é de quantidade e de qualidade não satisfatórias; o transtornode sono persiste durante um período prolongado; pode se tratar de uma dificuldadede adormecer, de uma dificuldade de permanecer adormecido ou de um despertarmatinal precoce. A insônia é um sintoma comum a muitos transtornos mentais oufísicos e só deve ser aqui codificada (paralelamente ao diagnóstico principal) sedomina o quadro clínico. Exclui: 

insônia (de origem orgânica) (G47.0)

F51.1 Hipersonia não-orgânica A hipersonia é definida como uma afecção com estado de sonolência diurnaexcessiva e ataques de sono (não explicados por uma quantidade inadequada desono) e, por outro lado, por períodos de transição prolongados, até o estado devigília completo após o despertar. Na ausência de um fator orgânico que explica a

ocorrência de uma hipersonia, este estado habitualmente se associa a umtranstorno mental. 

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Exclui: hipersonia (de origem orgânica) (G47.1)narcolepsia (G47.4)

F51.2 Transtorno do ciclo vigília-sono devido a fatores não-orgânicos Uma ausência de sincronicidade entre o horário de vigília-sono e o horário vigília-

sono apropriado ao ambiente de um indivíduo, resultando em queixas ora deinsônia, ora de hipersonia. Inversão psicogênica do ciclo (de):•  circadiano•  nictemeral•  sonoExclui: 

transtornos do ciclo vigília-sono (de origem orgânica) (G47.2)

F51.3 Sonambulismo O sonambulismo é uma alteração do estado de consciência, associando fenômenosde sono e de vigília. Durante um episódio de sonambulismo, o indivíduo se levantado leito, em geral no primeiro terço do sono noturno, e deambula; estasmanifestações correspondem a um nível reduzido de percepção do ambiente,reatividade e habilidade motora. Quando desperta, o sujeito comumente não serecorda do que aconteceu. 

F51.4 Terrores noturnos Constituem episódios noturnos de terror e pânico extremos associados a umavocalização intensa, agitação motora e hiperfuncionamento neurovegetativo. Oindivíduo se senta ou se levanta, comumente no primeiro terço do sono noturno,com um grito de pânico. Freqüentemente corre até à porta como se quisesse fugir;mas raramente deixa seu quarto. A lembrança do evento, se existe, é muitolimitada (reduzindo-se em geral a uma ou duas imagens mentais fragmentárias). 

F51.5 Pesadelos O pesadelo é uma experiência de sonho carregada de ansiedade ou de medo que seacompanha de uma lembrança muito detalhada do conteúdo do sonho. Estaexperiência de sonho é muito intensa e comporta em geral temas como ameaças àexistência, a segurança ou à auto-estima. É freqüente que os pesadelos tenhamtendência a se repetir com temas idênticos ou similares. Os episódios típicoscomportam certo grau de hiperatividade neurovegetativa, mas sem atividade verbalou motora notável. Ao despertar, o sujeito se torna rapidamente alerta e bemorientado. Transtorno de angústia ligado ao sonho

F51.8 Outros transtornos do sono devidos a fatores não-orgânicos 

F51.9 Transtorno do sono devido a fatores não-orgânicos não especificados 

Transtorno emocional do sono SOE

F52 Disfunção sexual, não causada por transtorno oudoença orgânica As disfunções sexuais dizem respeito às diferentes manifestações segundo as quaisum indivíduo é incapaz de participar numa relação sexual, como ele ou eladesejaria. A resposta sexual é um processo psicossomático e mais comumente,processos tanto psicológicos quanto somáticos intervêm na causação da disfunçãosexual. Exclui: 

síndrome de Dhat (F48.8)

F52.0 Ausência ou perda do desejo sexual 

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A perda do desejo sexual é o problema principal e não é secundário a outrasdificuldades sexuais como uma falha da ereção ou uma dispareunia. FrigidezTranstorno hipoativo de desejo sexual

F52.1 Aversão sexual e ausência de prazer sexual 

Quer a perspectiva de relação sexual produz medo ou ansiedade suficientes paraque a atividade sexual seja evitada (aversão sexual), quer as respostas sexuaisocorrem normalmente e o orgasmo é sentido mas existe uma falta do prazerapropriado (ausência do prazer sexual). Anedonia (sexual)

F52.2 Falha de resposta genital O problema principal nos homens é a disfunção de ereção (dificuldade dedesenvolver ou de manter uma ereção adequada para uma relação satisfatória).Nas mulheres, o principal problema é a secura vaginal ou falta de lubrificação. Impotência psicogênicaTranstorno de:•  ereção no homem•  excitação sexual na mulherExclui: 

impotência de origem orgânica (N48.4)

F52.3 Disfunção orgásmica O orgasmo não ocorre ou é nitidamente retardado. Anorgasmia psicogênicaInibição do orgasmo (na mulher) (no homem)

F52.4 Ejaculação precoce Incapacidade de controlar suficientemente a ejaculação para que os dois parceirosachem prazer nas relações sexuais. 

F52.5 Vaginismo não-orgânico Espasmo da musculatura do assoalho pélvico que circunda a vagina causandooclusão do intróito vaginal. A entrada do pênis é impossível ou dolorosa. Vaginismo psicogênicoExclui: 

vaginismo (de origem orgânica) (N94.2)

F52.6 Dispareunia não-orgânica A dispareunia (ou dor durante as relações sexuais) ocorre tanto na mulher quantono homem. Pode comumente ser atribuída a uma causa patológica local e deveentão ser classificada na rubrica da afecção patológica em causa. Esta categoriadeve ser utilizada unicamente quando não há outra disfunção sexual primária (por

exemplo, vaginismo ou secura vaginal). Dispareunia psicogênicaExclui: 

dispareunia (orgânica) (N94.1)

F52.7 Apetite sexual excessivo NinfomaniaSatiríase

F52.8 Outras disfunções sexuais não devidas a transtorno ou à doençaorgânica 

F52.9 Disfunção sexual não devida a transtorno ou à doença orgânica, nãoespecificada 

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F53 Transtornos mentais e comportamentais associados aopuerpério, não classificados em outra parte Classificar aqui unicamente os transtornos mentais associados ao puerpério queapareçam durante as seis primeiras semanas após o parto e que não satisfazem oscritérios diagnósticos de um outro transtorno classificado em outra parte neste

capítulo, seja porque as informações disponíveis são insuficientes, seja porque elasapresentam características clínicas suplementares especiais que não permitem asua classificação em outra parte de modo apropriado. 

F53.0 Transtornos mentais e comportamentais leves associados aopuerpério não classificados em outra parte Depressão:•  pós-parto SOE•  puerperal SOE

F53.1 Transtornos mentais e comportamentais graves associados aopuerpério não classificados em outra parte Psicose puerperal SOE

F53.8 Outros transtornos mentais e comportamentais associados aopuerpério não classificados em outra parte 

F53.9 Transtorno mental e comportamental associado ao puerpério, nãoespecificado 

F54 Fatores psicológicos ou comportamentais associados adoença ou a transtornos classificados em outra parte Esta categoria deve ser utilizada para registrar a presença de fatores psicológicosou comportamentais que se supõem tenham desempenhado um importante papelna etiologia de um transtorno físico classificável em outros capítulos. Os distúrbiospsíquicos atribuíveis a estes fatores são habitualmente leves, mas freqüentementepersistentes (por exemplo, inquietude, conflito emocional, apreensão) e suapresença não justifica um diagnóstico de qualquer dos transtornos descritos noCapítulo V. Fatores psicológicos que levam a afecções físicasExemplos sobre o uso desta categoria:•  asma F54 e J45.- •  colite mucosa F54 e K58.- •  colite ulcerativa F54 e K51.- •  dermatite F54 e L23-L25 •  úlcera gástrica F54 e K25.- •  urticária F54 e L50.- 

Usar código adicional, se necessário, para identificar o transtorno físicoassociado.Exclui: 

cefaléia tensional (G44.2)

F55 Abuso de substâncias que não produzem dependência Uma ampla variedade de substâncias medicamentosas e da medicamentospopulares podem estar aqui compreendidos, entretanto os grupos particularmenteimportantes são: a) drogas psicotrópicas que não produzem dependência, taiscomo os antidepressivos, b) laxantes e c) analgésicos que podem ser adquiridossem prescrição médica, tais como a aspirina e o paracetamol. 

O uso persistente destas substâncias pode freqüentemente incluir contatosdesnecessários com profissionais médicos ou paramédicos e acompanha-se porvezes de efeitos físicos prejudiciais das substâncias. As tentativas para dissuadir ou

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proibir o uso dessas substâncias são recebidas freqüentemente com resistência; talfato pode ocorrer com os laxantes e analgésicos, apesar das advertências sobre (oumesmo ocorrência de) danos físicos tais como disfunções renais ou transtornoseletrolíticos. Em que pese estar usualmente claro que o paciente apresenta umaforte motivação para a ingestão da substância, os sintomas de dependência ou deabstinência não se desenvolvem do mesmo modo como nos casos das substânciaspsicoativas especificadas em F10-F19. Abuso de:•  antiácidos•  ervas ou remédios populares•  esteróides ou hormônios•  vitaminasHábito laxativoExclui: 

abuso de substâncias psicoativas (F10-F19)

F59 Síndromes comportamentais associados a transtornosdas funções fisiológicas e a fatores físicos, não

especificadas Disfunção fisiológica psicogênica SOE

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 F60-F69 Transtornos da personalidade e docomportamento do adulto 

Este agrupamento compreende diversos estados e tipos de comportamentoclinicamente significativos que tendem a persistir e são a expressão característicada maneira de viver do indivíduo e de seu modo de estabelecer relações consigopróprio e com os outros. Alguns destes estados e tipos de comportamentoaparecem precocemente durante o desenvolvimento individual sob a influênciaconjunta de fatores constitucionais e sociais, enquanto outros são adquiridos maistardiamente durante a vida. Os transtornos específicos da personalidade (F60.-), ostranstornos mistos e outros transtornos da personalidade (F61.-), e as modificaçõesduradouras da personalidade (F62.-), representam modalidades de comportamentoprofundamente enraizadas e duradouras, que se manifestam sob a forma dereações inflexíveis a situações pessoais e sociais de natureza muito variada. Elesrepresentam desvios extremos ou significativos das percepções, dos pensamentos,

das sensações e particularmente das relações com os outros em relação àquelas deum indivíduo médio de uma dada cultura. Tais tipos de comportamento sãogeralmente estáveis e englobam múltiplos domínios do comportamento e dofuncionamento psicológico. Freqüentemente estão associados a sofrimentosubjetivo e a comprometimento de intensidade variável do desempenho social.

F60 Transtornos específicos da personalidade Trata-se de distúrbios graves da constituição caracterológica e das tendênciascomportamentais do indivíduo, não diretamente imputáveis a uma doença, lesão ououtra afecção cerebral ou a um outro transtorno psiquiátrico. Estes distúrbioscompreendem habitualmente vários elementos da personalidade, acompanham-seem geral de angústia pessoal e desorganização social; aparecem habitualmentedurante a infância ou a adolescência e persistem de modo duradouro na idadeadulta. 

F60.0 Personalidade paranóica Transtorno da personalidade caracterizado por uma sensibilidade excessiva face àscontrariedades, recusa de perdoar os insultos, caráter desconfiado, tendência adistorcer os fatos interpretando as ações imparciais ou amigáveis dos outros comohostis ou de desprezo; suspeitas recidivantes, injustificadas, a respeito dafidelidade sexual do esposo ou do parceiro sexual; e um sentimento combativo eobstinado de seus próprios direitos. Pode existir uma superavaliação de sua auto-importância, havendo freqüentemente auto-referência excessiva. Personalidade (transtorno da):•  expansiva paranóide•  fanática•  paranóide•  querelante•  sensitiva paranóideExclui: 

esquizofrenia paranóide (F20.0)estado paranóide (F22.0)paranóia (F22.8):•  querelante (F22.8)psicose paranóide (F22.0)

F60.1 Personalidade esquizóide Transtorno da personalidade caracterizado por um retraimento dos contatos sociais,

afetivos ou outros, preferência pela fantasia, atividades solitárias e a reservaintrospectiva, e uma incapacidade de expressar seus sentimentos e a experimentarprazer. 

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Exclui: esquizofrenia (F20.-)síndrome de Asperger (F84.5)transtorno:•  delirante (F22.0)•  esquizóide da infância (F84.5)•  esquizotípico (F21)

F60.2 Personalidade dissocial Transtorno de personalidade caracterizado por um desprezo das obrigações sociais,falta de empatia para com os outros. Há um desvio considerável entre ocomportamento e as normas sociais estabelecidas. O comportamento não éfacilmente modificado pelas experiências adversas, inclusive pelas punições. Existeuma baixa tolerância à frustração e um baixo limiar de descarga da agressividade,inclusive da violência. Existe uma tendência a culpar os outros ou a fornecerracionalizações plausíveis para explicar um comportamento que leva o sujeito aentrar em conflito com a sociedade. Personalidade (transtorno da):•  amoral•  anti-social•  associal•  psicopática•  sociopáticaExclui: 

transtorno (de) (da):•  conduta (F91.-)•  personalidade do tipo instabilidade emocional (F60.3)

F60.3 Transtorno de personalidade com instabilidade emocional Transtorno de personalidade caracterizado por tendência nítida a agir de modoimprevisível sem consideração pelas conseqüências; humor imprevisível e

caprichoso; tendência a acessos de cólera e uma incapacidade de controlar oscomportamentos impulsivos; tendência a adotar um comportamento briguento e aentrar em conflito com os outros, particularmente quando os atos impulsivos sãocontrariados ou censurados. Dois tipos podem ser distintos: o tipo impulsivo,caracterizado principalmente por uma instabilidade emocional e falta de controledos impulsos; e o tipo “borderline”, caracterizado além disto por perturbações daauto-imagem, do estabelecimento de projetos e das preferências pessoais, por umasensação crônica de vacuidade, por relações interpessoais intensas e instáveis e poruma tendência a adotar um comportamento autodestrutivo, compreendendotentativas de suicídio e gestos suicidas. Personalidade (transtorno da):•  agressiva•   “borderline” • 

explosivaExclui: personalidade dissocial (transtorno da) (F60.2)

F60.4 Personalidade histriônica Transtorno da personalidade caracterizado por uma afetividade superficial e lábil,dramatização, teatralidade, expressão exagerada das emoções, sugestibilidade,egocentrismo, autocomplacência, falta de consideração para com o outro, desejopermanente de ser apreciado e de constituir-se no objeto de atenção e tendência ase sentir facilmente ferido. Personalidade (transtorno da):•  histérica•  psicoinfantil

F60.5 Personalidade anancástica 

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Transtorno da personalidade caracterizado por um sentimento de dúvida,perfeccionismo, escrupulosidade, verificações, e preocupação com pormenores,obstinação, prudência e rigidez excessivas. O transtorno pode se acompanhar depensamentos ou de impulsos repetitivos e intrusivos não atingindo a gravidade deum transtorno obsessivo-compulsivo. Personalidade (transtorno da):• 

compulsiva•  obsessiva•  obsessiva-compulsivaExclui: 

transtorno obsessivo-compulsivo (F42.-)

F60.6 Personalidade ansiosa [esquiva] Transtorno da personalidade caracterizado por sentimento de tensão e deapreensão, insegurança e inferioridade. Existe um desejo permanente de seramado e aceito, hipersensibilidade à crítica e a rejeição, reticência a se relacionarpessoalmente, e tendência a evitar certas atividades que saem da rotina com umexagero dos perigos ou dos riscos potenciais em situações banais. 

F60.7 Personalidade dependente Transtorno da personalidade caracterizado por: tendência sistemática a deixar aoutrem a tomada de decisões, importantes ou menores; medo de ser abandonado;percepção de si como fraco e incompetente; submissão passiva à vontade do outro(por exemplo de pessoas mais idosas) e uma dificuldade de fazer face às exigênciasda vida cotidiana; falta de energia que se traduz por alteração das funçõesintelectuais ou perturbação das emoções; tendência freqüente a transferir aresponsabilidade para outros. Personalidade (transtorno da):•  astênica•  inadequada•  passiva

F60.8 Outros transtornos específicos da personalidade Personalidade:•  excêntrica•  imatura•  narcísica•  passivo-agressiva•  psiconeurótica•  tipo “haltlose” 

F60.9 Transtorno não especificado da personalidade Neurose de caráter SOEPersonalidade patológica SOE

F61 Transtornos mistos da personalidade e outrostranstornos da personalidade Esta categoria se refere aos transtornos de personalidade freqüentementeperturbadores mas que não mostram o padrão específico de sintomas quecaracteriza os transtornos descritos em F60.-. Conseqüentemente, são comfreqüência mais difíceis de diagnosticar do que os transtornos em F60.-. Exemplos: •  transtornos mistos da personalidade com padrões de vários dos transtornos em

F60.- mas sem um conjunto predominante de sintomas que possibilitaria umdiagnóstico mais específico; e 

•  modificações patológicos da personalidade, não classificáveis em F60.- ou F62.-,e vistas como secundárias a um diagnóstico principal de um transtorno afetivo

ou ansioso co-existente. Exclui: acentuação de traços de personalidade (Z73.1)

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F62 Modificações duradouras da personalidade nãoatribuíveis a lesão ou doença cerebral Consiste em anomalias da personalidade e do comportamento do adulto queocorrem na ausência de transtornos prévios da personalidade e em seguida a um “stress” dramático ou excessivo e prolongado, ou a uma doença psiquiátrica grave.

Este diagnóstico só deve ser feito nos casos em que se dispõe da prova de umaalteração manifesta e duradoura dos modos de percepção, de relação ou depensamento com relação ao ambiente ou a si próprio. A modificação dapersonalidade deve ser significativa e estar associada a um comportamento rígido emal adaptado, ausente antes da ocorrência do evento patogênico. A modificaçãonão deve constituir uma manifestação direta de um outro transtorno mental nemum sintoma residual de um transtorno mental anterior. Exclui: 

transtornos de personalidade e do comportamento devidas a umadoença, lesão e a disfunção cerebral (ver F07.-)

F62.0 Modificação duradoura da personalidade após uma experiênciacatastrófica 

Modificação duradoura da personalidade, que persiste por ao menos dois anos, emseguida à exposição a um “stress” de catástrofe. O “stress” deve ser de umaintensidade tal que não é necessário referir-se a uma vulnerabilidade pessoal paraexplicar seu efeito profundo sobre a personalidade. O transtorno se caracteriza poruma atitude hostil ou desconfiada com relação ao mundo, retraimento social,sentimentos de vazio ou desesperança, um sentimento crônico de “estar à beira doprecipício” como se constantemente ameaçado, e estranheza. O estado de “stress” pós-traumático (F43.1) pode preceder este tipo de modificação da personalidade. Modificação da personalidade após (um) (uma)•  cativeiro prolongado com a possibilidade de ser morto a qualquer

momento•  desastres•  experiências em campo de concentração•  exposição prolongada a situações que representam um perigo vital,como ser vítima do terrorismo•  torturaExclui: 

estado de “stress” pós-traumático (F43.1)

F62.1 Modificação duradoura da personalidade após doença psiquiátrica Modificação da personalidade persistindo por ao menos dois anos, atribuível àexperiência traumática de uma doença psiquiátrica grave. A alteração não pode serexplicada por um transtorno anterior da personalidade e deve ser diferenciado deuma esquizofrenia residual e de outros estados mórbidos conseqüentes à curaincompleta de um transtorno mental anterior. Este transtorno se caracteriza poruma dependência e uma atitude de demanda excessiva em relação aos outros;

convicção de ter sido transformado ou estigmatizado pela doença a ponto de serincapaz de estabelecer ou manter relações interpessoais estreitas e confiáveis e dese isolar socialmente; passividade, perda de interesses e menor engajamento ematividades de lazer em que o sujeito se absorvia anteriormente; queixaspersistentes de estar doente, às vezes associadas a queixas hipocondríacas e a umcomportamento doentio; humor disfórico ou lábil não devido a um transtornomental atual nem a sintomas afetivos residuais de um transtorno mental anterior; euma alteração significativa do funcionamento social e profissional. 

F62.8 Outras modificações duradouras da personalidade Personalidade caracterizada por uma síndrome álgica crônica

F62.9 Modificação duradoura da personalidade, não especificada 

F63 Transtornos dos hábitos e dos impulsos 

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Esta categoria compreende certos transtornos do comportamento que não podemser classificadas sob outras rubricas. São caracterizados por atos repetidos, semmotivação racional clara, incontroláveis, e que vão em geral contra os interesses dopróprio sujeito e aqueles de outras pessoas. O sujeito indica que seucomportamento está associado a impulsos para agir. A causa para estestranstornos não é conhecida. Estão aqui reagrupados em razão de certassemelhanças grandes nas suas descrições e não em função de outrascaracterísticas comuns importantes conhecidas. Exclui: 

consumo abusivo habitual de álcool ou de substâncias psicoativas(F10-F19)

transtorno dos hábitos e impulsos relacionados com ocomportamento sexual (F65.-)

F63.0 Jogo patológico Transtorno que consiste em episódios repetidos e freqüentes de jogo que dominama vida do sujeito em detrimento dos valores e dos compromissos sociais,profissionais, materiais e familiares. Jogo compulsivo

Exclui:  jogo:•  e apostas SOE (Z72.6)•  em personalidades dissociais (F60.2)•  excessivo em pacientes maníacos (F30.-)

F63.1 Piromania Comportamento caracterizado por atos ou tentativas múltiplas visando a pôr fogoem objetos e bens sem motivo aparente, associado a preocupações persistentescom relação a fogo ou incêndio. Este comportamento se acompanhafreqüentemente de um estado de tensão crescente antes do ato e uma excitaçãointensa imediatamente após sua realização. Exclui: 

piromania (no curso de) (por):•  adultos que apresentam uma personalidade dissocial (F60.2)•  como razão para comprovação diagnóstica (observação) por

suspeita de transtorno mental (Z03.2)•  esquizofrenia (F20)•  intoxicação alcoólica ou por substâncias psicoativas (F10-F19,

com quarto caractere comum .0)•  transtornos de conduta (F91.-)•  transtornos mentais orgânicos (F00-F09)

F63.2 Roubo patológico [cleptomania] Transtorno caracterizado pela impossibilidade repetida de resistir aos impulsos de

roubar objetos. Os objetos não são roubados por sua utilidade imediata ou seuvalor monetário; o sujeito pode, ao contrário, quer descartá-los, dá-los ouacumulá-los. Este comportamento se acompanha habitualmente de um estado detensão crescente antes do ato e de um sentimento de satisfação durante eimediatamente após sua realização. Exclui: 

roubo de loja como razão para observação por suspeita detranstorno mental em seguida (Z03.2)

roubo no curso de um transtorno depressivo (F31-F33)transtornos mentais orgânicos (F00-F09)

F63.3 Tricotilomania Transtorno caracterizado por uma perda visível dos cabelos, causada por uma

impossibilidade repetida de resistir ao impulso de se arrancar os cabelos. Oarrancamento dos cabelos é precedido em geral de uma sensação crescente detensão e seguido de uma sensação de alívio ou de gratificação. Não se fará este

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diagnóstico quando o sujeito apresenta uma afecção inflamatória pré-existente docouro cabeludo, ou quando ele prática o arrancamento dos cabelos em resposta adelírios ou a alucinações. Exclui: 

movimentos estereotipados com arrancamento dos cabelos(F98.4)

F63.8 Outros transtornos dos hábitos e dos impulsos Esta categoria é utilizada para outras variedades de comportamento inadaptadopersistente e repetido não secundário a uma síndrome psiquiátrica reconhecida. Apessoa repetidamente não consegue resistir a impulsos que a levam a adotar estecomportamento. Há um período prodrômico de tensão seguido de uma sensação dealívio quando da realização do ato. Transtorno explosivo intermitente

F63.9 Transtorno dos hábitos e impulsos, não especificado 

F64 Transtornos da identidade sexual 

F64.0 Transexualismo Trata-se de um desejo de viver e ser aceito enquanto pessoa do sexo oposto. Estedesejo se acompanha em geral de um sentimento de mal estar ou de inadaptaçãopor referência a seu próprio sexo anatômico e do desejo de submeter-se a umaintervenção cirúrgica ou a um tratamento hormonal a fim de tornar seu corpo tãoconforme quanto possível ao sexo desejado. 

F64.1 Travestismo bivalente Este termo designa o fato de usar vestimentas do sexo oposto durante uma partede sua existência, de modo a satisfazer a experiência temporária de pertencer aosexo oposto, mas sem desejo de alteração sexual mais permanente ou de umatransformação cirúrgica; a mudança de vestimenta não se acompanha de excitaçãosexual. Transtorno de identidade sexual no adulto ou adolescente, tipo não-

transexualExclui: 

travestismo fetichista (F65.1)

F64.2 Transtorno de identidade sexual na infância Transtorno que usualmente primeiro se manifesta no início da infância (e semprebem antes da puberdade), caracterizado por um persistente em intenso sofrimentocom relação a pertencer a um dado sexo, junto com o desejo de ser (ou ainsistência de que se é) do outro sexo. Há uma preocupação persistente com aroupa e as atividades do sexo oposto e repúdio do próprio sexo. O diagnósticorequer uma profunda perturbação de identidade sexual normal; não é suficienteque uma menina seja levada ou traquinas ou que o menino tenha uma atitudeafeminada. Os transtornos da identidade sexual nos indivíduos púberes ou pré-púberes não devem ser classificados aqui mas sob a rubrica F66.-. Exclui: 

orientação sexual egodistônica (F66.1)transtorno da maturação sexual (F66.0)

F64.8 Outros transtornos da identidade sexual 

F64.9 Transtorno não especificado da identidade sexual Transtorno do papel sexual SOE

F65 Transtornos da preferência sexual  Inclui: 

parafilias

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F65.0 Fetichismo Utilização de objetos inanimados como estímulo da excitação e da satisfaçãosexual. Numerosos fetiches são prolongamentos do corpo, como por exemplo asvestimentas e os calçados. Outros exemplos comuns dizem respeito a uma texturaparticular como a borracha, o plástico ou o couro. Os objetos fetiches variam nasua importância de um indivíduo para o outro. Em certos casos servem

simplesmente para reforçar a excitação sexual, atingida por condições normais(exemplo: pedir a seu parceiro que vista uma dada roupa). 

F65.1 Travestismo fetichista Vestir roupas do sexo oposto, principalmente com o objetivo de obter excitaçãosexual e de criar a aparência de pessoa do sexo oposto. O travestismo fetichista sedistingue do travestismo transexual pela sua associação clara com uma excitaçãosexual e pela necessidade de se remover as roupas uma vez que o orgasmo ocorrae haja declínio da excitação sexual. Pode ocorrer como fase preliminar nodesenvolvimento do transexualismo. Fetichismo com travestismo

F65.2 Exibicionismo 

Tendência recorrente ou persistente de expor seus órgãos genitais a estranhos (emgeral do sexo oposto) ou a pessoas em locais públicos, sem desejar ou solicitarcontato mais estreito. Há em geral, mas não constantemente, excitação sexual nomomento da exibição e o ato é, em geral, seguido de masturbação. 

F65.3 Voyeurismo Tendência recorrente ou persistente de observar pessoas em atividades sexuais ouíntimas como o tirar a roupa. Isto é realizado sem que a pessoa observada seaperceba de o sê-lo, e conduz geralmente à excitação sexual e masturbação. 

F65.4 Pedofilia Preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos, meninas ou de criançasde um ou do outro sexo, geralmente pré-púberes ou no início da puberdade. 

F65.5 Sadomasoquismo Preferência por um atividade sexual que implica dor, humilhação ou subserviência.Se o sujeito prefere ser o objeto de um tal estímulo fala-se de masoquismo; seprefere ser o executante, trata-se de sadismo. Comumente o indivíduo obtém aexcitação sexual por comportamento tanto sádicos quanto masoquistas. MasoquismoSadismo

F65.6 Transtornos múltiplos da preferência sexual Por vezes uma pessoa apresenta mais de uma anomalia da preferência sexual semque nenhuma delas esteja em primeiro plano. A associação mais freqüente agrupao fetichismo, o travestismo e o sadomasoquismo. 

F65.8 Outros transtornos da preferência sexual Diversas outras modalidades da preferência e do comportamento sexual tais comoo fato de dizer obscenidade por telefone, esfregar-se contra outro em locaispúblicos com aglomeração, a atividade sexual com um animal, o emprego deestrangulamento ou anóxia para aumentar a excitação sexual. BolinagemNecrofilia

F65.9 Transtorno da preferência sexual, não especificado Desvio sexual SOE

F66 Transtornos psicológicos e comportamentais associadosao desenvolvimento sexual e à sua orientação Nota: 

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A orientação sexual por si não deve ser vista como um transtorno.

F66.0 Transtorno da maturação sexual O paciente está incerto quanto a sua identidade sexual ou sua orientação sexual, eseu sofrimento comporta ansiedade ou depressão. Comumente isto ocorre emadolescentes que não estão certos da sua orientação (homo, hetero ou bissexual),

ou em indivíduos que após um período de orientação sexual aparentemente estável(freqüentemente ligada a uma relação duradoura) descobre que sua orientaçãosexual está mudando. 

F66.1 Orientação sexual egodistônica Não existe dúvida quanto a identidade ou a preferência sexual (heterossexualidade,homossexualidade, bissexualidade ou pré-púbere) mas o sujeito desejaria que istoocorresse de outra forma devido a transtornos psicológicos ou de comportamentoassociados a esta identidade ou a esta preferência e pode buscar tratamento paraalterá-la. 

F66.2 Transtorno do relacionamento sexual A identidade ou a orientação sexual (hetero, homo ou bissexual) leva a dificuldades

no estabelecimento e manutenção de um relacionamento com um parceiro sexual. F66.8 Outros transtornos do desenvolvimento psicossexual 

F66.9 Transtorno do desenvolvimento sexual, não especificado 

F68 Outros transtornos da personalidade e docomportamento do adulto 

F68.0 Sintomas físicos aumentados por fatores psicológicos Sintomas físicos compatíveis com, e inicialmente devidos a um transtorno, doençaou incapacidade física, mas exagerados ou prolongados pelo estado psíquico do

paciente. O indivíduo apresenta habitualmente um sentimento de angústia emresposta à dor ou à incapacidade de ordem física e mostra-se preocupado, às vezescom razão, com a possibilidade da persistência ou do agravamento de suaincapacidade ou de sua dor. Neurose de compensação

F68.1 Produção deliberada ou simulação de sintomas ou de incapacidades,físicas ou psicológicas [transtorno fictício] Simulação repetida e coerente de sintomas, às vezes com automutilações com ointuito de provocar sinais ou sintomas. A motivação é obscura e possivelmente deorigem interna e visa adotar um papel ou um status de doente, e freqüentementese associa a grandes transtornos da personalidade e das relações. Paciente itinerante

Peregrino hospitalarSíndrome de MünchhausenExclui: 

dermatite factícia (L98.1)simulador (com motivação óbvia) (Z76.5)

F68.8 Outros transtornos especificados da personalidade e docomportamento do adulto Transtorno (do):•  caracterológico SOE•  relacionamento SOE

F69 Transtorno da personalidade e do comportamento doadulto, não especificado 

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 F70-F79 Retardo mental 

Parada do desenvolvimento ou desenvolvimento incompleto do funcionamentointelectual, caracterizados essencialmente por um comprometimento, durante o

período de desenvolvimento, das faculdades que determinam o nível global deinteligência, isto é, das funções cognitivas, de linguagem, da motricidade e docomportamento social. O retardo mental pode acompanhar um outro transtornomental ou físico, ou ocorrer de modo independentemente. 

Usar código adicional, se necessário, para identificar as afecções associadas, porexemplo, autismo, outros transtornos do desenvolvimento, epilepsia, transtornosde conduta ou uma incapacidade física grave.

As seguintes subdivisões de quarto caractere devem ser usadas com as categoriasF70-F79 para identificar a extensão do comprometimento comportamental:

.0 Menção de ausência de ou de comprometimento mínimo do

comportamento 

.1 Comprometimento significativo do comportamento, requerendovigilância ou tratamento 

.8 Outros comprometimentos do comportamento 

.9 Sem menção de comprometimento do comportamento 

F70.- Retardo mental leve [Ver subdivisões no início do agrupamento]Amplitude aproximada do QI entre 50 e 69 (em adultos, idade mental de 9 a menos

de 12 anos). Provavelmente devem ocorrer dificuldades de aprendizado na escola.Muitos adultos serão capazes de trabalhar e de manter relacionamento socialsatisfatório e de contribuir para a sociedade. 

 Inclui: atraso mental levedebilidade mentalfraqueza mentaloligofrenia levesubnormalidade mental leve

F71.- Retardo mental moderado [Ver subdivisões no início do agrupamento]

Amplitude aproximada do QI entre 35 e 49 (em adultos, idade mental de 6 a menosde 9 anos). Provavelmente devem ocorrer atrasos acentuados do desenvolvimentona infância, mas a maioria dos pacientes aprendem a desempenhar algum grau deindependência quanto aos cuidados pessoais e adquirir habilidades adequadas decomunicação e acadêmicas. Os adultos necessitarão de assistência em grau variadopara viver e trabalhar na comunidade. 

 Inclui: atraso mental médiooligofrenia moderadasubnormalidade mental moderada

F72.- Retardo mental grave 

[Ver subdivisões no início do agrupamento]Amplitude aproximada de QI entre 20 e 40 (em adultos, idade mental de 3 a menosde 6 anos). Provavelmente deve ocorrer a necessidade de assistência contínua. 

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 Inclui: atraso mental graveoligofrenia gravesubnormalidade mental grave

F73.- Retardo mental profundo 

[Ver subdivisões no início do agrupamento]QI abaixo de 20 (em adultos, idade mental abaixo de 3 anos). Devem ocorrerlimitações graves quanto aos cuidados pessoais, continência, comunicação emobilidade. 

 Inclui: atraso mental profundooligofrenia profundasubnormalidade mental profunda

F78.- Outro retardo mental [Ver subdivisões no início do agrupamento]

F79.- Retardo mental não especificado [Ver subdivisões no início do agrupamento]

 Inclui: deficiência mental SOEoligofrenia SOEsubnormalidade mental SOE

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 F80-F89 Transtornos do desenvolvimento psicológico 

Os transtornos classificados em F80-F89 têm em comum: a) início situado

obrigatoriamente na primeira ou segunda infância; b) comprometimento ou retardodo desenvolvimento de funções estreitamente ligadas à maturação biológica dosistema nervoso central; e c) evolução contínua sem remissões nem recaídas. Namaioria dos casos, as funções atingidas compreendem a linguagem, as habilidadesespaço-visuais e a coordenação motora. Habitualmente o retardo ou a deficiência jáestava presente mesmo antes de poder ser posta em evidência com certeza,diminuirá progressivamente com a idade; déficits mais leves podem, contudo,persistir na idade adulta.

F80 Transtornos específicos do desenvolvimento da fala eda linguagem Transtornos nos quais as modalidades normais de aquisição da linguagem estão

comprometidos desde os primeiros estádios do desenvolvimento. Não sãodiretamente atribuíveis a anomalias neurológicas, anomalias anatômicas doaparelho fonador, comprometimentos sensoriais, retardo mental ou a fatoresambientais. Os transtornos específicos do desenvolvimento da fala e da linguagemse acompanham com freqüência de problemas associados, tais como dificuldadesda leitura e da soletração, perturbação das relações interpessoais, transtornosemocionais e transtornos comportamentais. 

F80.0 Transtorno específico da articulação da fala Transtorno específico do desenvolvimento na qual a utilização dos fonemas pelacriança é inferior ao nível correspondente à sua idade mental, mas no qual o nívelde aptidão lingüística é normal. Dislalia

LalaçãoTranstorno (do):•  desenvolvimento (da):

•  articulação (da fala)•  fonológico•  funcional de articulaçãoExclui: 

comprometimento da articulação (da fala) (associada) (devida a)(um) (uma):

•  afasia SOE (R47.0)•  apraxia (R48.2)•  perda de audição (H90-H91)

•  retardo mental (F70-F79)•  transtorno do desenvolvimento da linguagem:

•  expressivo (F80.1)•  receptivo (F80.2)

F80.1 Transtorno expressivo de linguagem Transtorno específico do desenvolvimento no qual as capacidades da criança deutilizar a linguagem oral são nitidamente inferiores ao nível correspondente à suaidade mental, mas no qual a compreensão da linguagem se situa nos limitesnormais. O transtorno pode se acompanhar de uma perturbação da articulação. Disfasia ou afasia de desenvolvimento do tipo expressivoExclui: 

afasia adquirida com epilepsia [Landau-Kleffner] (F80.3)

disfasia ou afasia:•  SOE (R47.0)

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•  do desenvolvimento, tipo receptivo (F80.2)mutismo eletivo (F94.0)retardo mental (F70-F79)transtorno global do desenvolvimento (F84.-)

F80.2 Transtorno receptivo da linguagem 

Transtorno específico do desenvolvimento no qual a capacidade de compreensão dalinguagem pela criança está abaixo do nível correspondente à sua idade mental. Emquase todos os casos, a linguagem expressiva estará também marcadamenteprejudicada e são comuns anormalidades na articulação. Agnosia auditiva congênitaSurdez verbalTranstorno de desenvolvimento (do tipo):•  afasia de Wernicke•  afasia ou disfasia de compreensão (receptiva)Exclui: 

afasia adquirida com epilepsia [Landau-Kleffner] (F80.3)autismo (F84.0-F84.1)

disfasia e afasia:•  SOE (R47.0)•  do desenvolvimento, tipo expressivo (F80.1)mutismo eletivo (F94.0)retardo (de):•  aquisição de linguagem devido à surdez (H90-H91)•  mental (F70-F79)transtorno global do desenvolvimento (F84.-)

F80.3 Afasia adquirida com epilepsia [síndrome de Landau-Kleffner] Transtorno no qual a criança, tendo feito anteriormente progresso normal nodesenvolvimento da linguagem, perde tanto a habilidade de linguagem receptivaquanto expressiva, mas mantém uma inteligência normal; a ocorrência do

transtorno é acompanhada de anormalidades paroxísticas no EEG, e na maioria doscasos há também convulsões epilépticas. Usualmente o início se dá entre os três eos sete anos, sendo que as habilidades são perdidas no espaço de dias ou desemanas. A associação temporal entre o início das convulsões e a perda delinguagem é variável com uma precedendo a outra (ou inversamente) por algunsmeses a dois anos. Tem sido sugerido como possível causa deste transtorno umprocesso inflamatório encefalítico. Cerca de dois terços dos pacientes permanecemcom um déficit mais ou menos grave da linguagem receptiva. Exclui: 

afasia (devida a):•  SOE (R47.0)•  autismo (F84.0-F84.1)•  transtornos desintegrativos da infância (F84.2-F84.3)

F80.8 Outros transtornos de desenvolvimento da fala ou da linguagem Balbucio

F80.9 Transtorno não especificado do desenvolvimento da fala ou dalinguagem Transtorno de linguagem SOE

F81 Transtornos específicos do desenvolvimento dashabilidades escolares Transtornos nos quais as modalidades habituais de aprendizado estão alteradas

desde as primeiras etapas do desenvolvimento. O comprometimento não é somentea conseqüência da falta de oportunidade de aprendizagem ou de um retardomental, e ele não é devido a um traumatismo ou doença cerebrais. 

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F81.0 Transtorno específico de leitura A característica essencial é um comprometimento específico e significativo dodesenvolvimento das habilidades da leitura, não atribuível exclusivamente à idademental, a transtornos de acuidade visual ou escolarização inadequada. Acapacidade de compreensão da leitura, o reconhecimento das palavras, a leituraoral, e o desempenho de tarefas que necessitam da leitura podem estar todas

comprometidas. O transtorno específico da leitura se acompanha freqüentementede dificuldades de soletração, persistindo comumente na adolescência, mesmoquando a criança haja feito alguns progressos na leitura. As crianças queapresentam um transtorno específico da leitura tem freqüentemente antecedentesde transtornos da fala ou de linguagem. O transtorno se acompanha comumente detranstorno emocional e de transtorno do comportamento durante a escolarização. Dislexia de desenvolvimentoLeitura especularRetardo específico da leituraExclui: 

alexia SOE (R48.0)dificuldades de leitura secundárias a transtornos emocionais (F93.-

)

dislexia SOE (R48.0)

F81.1 Transtorno específico da soletração A característica essencial é uma alteração específica e significativa dodesenvolvimento da habilidade para soletrar, na ausência de antecedentes de umtranstorno específico de leitura, e não atribuível à baixa idade mental, transtornosde acuidade visual ou escolarização inadequada. A capacidade de soletraroralmente e a capacidade de escrever corretamente as palavras estão ambasafetadas. Retardo específico da soletração (sem transtorno da leitura)Exclui: 

agrafia SOE (R48.8)dificuldades de soletração:•  associadas a transtorno da leitura (F81.0)•  devidas a ensino inadequado (Z55.8)

F81.2 Transtorno específico da habilidade em aritmética Transtorno que implica uma alteração específica da habilidade em aritmética, nãoatribuível exclusivamente a um retardo mental global ou à escolarizaçãoinadequada. O déficit concerne ao domínio de habilidades computacionais básicasde adição, subtração, multiplicação e divisão mais do que as habilidadesmatemáticas abstratas envolvidas na álgebra, trigonometria, geometria ou cálculo. Acalculia de desenvolvimentoDiscalculiaSíndrome de Gerstmann de desenvolvimentoTranstorno de desenvolvimento do tipo acalculiaExclui: 

acalculia SOE (R48.8)dificuldades aritméticas:•  associadas a um transtorno da leitura ou da soletração (F81.3)•  devidas a ensino inadequado (Z55.8)

F81.3 Transtorno misto de habilidades escolares Categoria residual mal definida de transtornos nos quais existe tanto uma alteraçãosignificativa do cálculo quanto da leitura ou da ortografia, não atribuíveisexclusivamente a retardo mental global ou à escolarização inadequada. Deve serutilizada para transtornos que satisfazem aos critérios tanto de F81.2 quanto aosde F81.0 ou F81.1. 

Exclui:  transtorno específico (de) (das):•  leitura (F81.0)

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•  habilidades aritméticas (F81.2)•  soletração (F81.1)

F81.8 Outros transtornos do desenvolvimento das habilidades escolares Transtorno de desenvolvimento da expressão escrita

F81.9 Transtorno não especificado do desenvolvimento das habilidadesescolares Incapacidade (de):•  aprendizagem SOE•  aquisição de conhecimentos SOETranstorno de aprendizagem SOE

F82 Transtorno específico do desenvolvimento motor A característica essencial é um comprometimento grave do desenvolvimento dacoordenação motora, não atribuível exclusivamente a um retardo mental global oua uma afecção neurológica específica, congênita ou adquirida. Na maioria doscasos, um exame clínico detalhado permite sempre evidenciar sinais que

evidenciam imaturidade acentuada do desenvolvimento neurológico, por exemplomovimentos coreiformes dos membros, sincinesias e outros sinais motoresassociados; assim como perturbações da coordenação motora fina e grosseira. Debilidade motora da criançaSíndrome da “criança desajeitada” Transtorno (da) (do):•  aquisição da coordenação•  desenvolvimento do tipo dispraxiaExclui: 

anomalias da marcha e da mobilidade (R26.-)falta de coordenação (R27.-)•  secundária a retardo mental (F70-F79)

F83 Transtornos específicos misto do desenvolvimento Categoria residual de transtornos nos quais existem ao mesmo tempo sinais de umtranstorno específico do desenvolvimento da fala e da linguagem, das habilidadesescolares, e das funções motoras, mas sem que nenhum destes elementospredomine suficientemente para constituir o diagnóstico principal. Esta categoriamista deve estar reservada aos casos onde existe uma superposição importantedos transtornos específicos do desenvolvimento citados anteriormente. Ostranstornos mistos se acompanham habitualmente, mas sem sempre, de um certograu de alteração das funções cognitivas. Esta categoria deve assim ser utilizadapara transtornos que satisfazem aos critérios de ao menos duas das categoriasF80.-, F81.- e F82. 

F84 Transtornos globais do desenvolvimento Grupo de transtornos caracterizados por alterações qualitativas das interaçõessociais recíprocas e modalidades de comunicação e por um repertório de interessese atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Estas anomalias qualitativasconstituem uma característica global do funcionamento do sujeito, em todas asocasiões. Usar código adicional, se necessário, para identificar uma afecção médica

associada e o retardo mental.

F84.0 Autismo infantil Transtorno global do desenvolvimento caracterizado por a) um desenvolvimentoanormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos, e b) apresentandouma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios

seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo.Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas outras

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manifestações inespecíficas, por exemplo fobias, perturbações de sono ou daalimentação, crises de birra ou agressividade (auto-agressividade). Autismo    infantil Psicose   Síndrome de KannerTranstorno autísticoExclui: 

psicopatia autista (F84.5)

F84.1 Autismo atípico Transtorno global do desenvolvimento, ocorrendo após a idade de três anos ou quenão responde a todos os três grupos de critérios diagnósticos do autismo infantil.Esta categoria deve ser utilizada para classificar um desenvolvimento anormal oualterado, aparecendo após a idade de três anos, e não apresentando manifestaçõespatológicas suficientes em um ou dois dos três domínios psicopatológicos(interações sociais recíprocas, comunicação, comportamentos limitados,estereotipados ou repetitivos) implicados no autismo infantil; existem sempreanomalias características em um ou em vários destes domínios. O autismo atípicoocorre habitualmente em crianças que apresentam um retardo mental profundo ou

um transtorno específico grave do desenvolvimento de linguagem do tipo receptivo. Psicose infantil atípicaRetardo mental com características autísticasUsar código adicional (F70-F79), se necessário, para identificar o retardo

mental.

F84.2 Síndrome de Rett Transtorno descrito até o momento unicamente em meninas, caracterizado por umdesenvolvimento inicial aparentemente normal, seguido de uma perda parcial oucompleta de linguagem, da marcha e do uso das mãos, associado a um retardo dodesenvolvimento craniano e ocorrendo habitualmente entre 7 e 24 meses. A perdados movimentos propositais das mãos, a torsão estereotipada das mãos e ahiperventilação são características deste transtorno. O desenvolvimento social e odesenvolvimento lúdico estão detidos enquanto o interesse social continua em geralconservado. A partir da idade de quatro anos manifesta-se uma ataxia do tronco euma apraxia, seguidas freqüentemente por movimentos coreoatetósicos. Otranstorno leva quase sempre a um retardo mental grave. 

F84.3 Outro transtorno desintegrativo da infância Transtorno global do desenvolvimento caracterizado pela presença de um períodode desenvolvimento completamente normal antes da ocorrência do transtorno,sendo que este período é seguido de uma perda manifesta dos habilidadesanteriormente adquiridas em vários domínios do desenvolvimento no período dealguns meses. Estas manifestações se acompanham tipicamente de uma perdaglobal do interesse com relação ao ambiente, condutas motoras estereotipadas,repetitivas e maneirismos e de uma alteração do tipo autístico da interação social e

da comunicação. Em alguns casos, a ocorrência do transtorno pode ser relacionadacom uma encefalopatia; o diagnóstico, contudo, deve tomar por base as evidênciasde anomalias do comportamento. Demência infantilPsicose:•  desintegrativa•  simbióticaSíndrome de HellerUsar código adicional, se necessário, para identificar a afecção neurológica

associada.Exclui: 

síndrome de Rett (F84.2)

F84.4 Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e amovimentos estereotipados 

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Transtorno mal definido cuja validade nosológica permanece incerta. Esta categoriase relaciona a crianças com retardo mental grave (QI abaixo de 34) associado àhiperatividade importante, grande perturbação da atenção e comportamentosestereotipados. Os medicamentos estimulantes são habitualmente ineficazes(diferentemente daquelas com QI dentro dos limites normais) e podem provocaruma reação disfórica grave (acompanhada por vezes de um retardo psicomotor).Na adolescência, a hiperatividade dá lugar em geral a uma hipoatividade (o quenão é habitualmente o caso de crianças hipercinéticas de inteligência normal). Estasíndrome se acompanha, além disto, com freqüência, de diversos retardos dodesenvolvimento, específicos ou globais. Não se sabe em que medida a síndromecomportamental é a conseqüência do retardo mental ou de uma lesão cerebralorgânica. 

F84.5 Síndrome de Asperger Transtorno de validade nosológica incerta, caracterizado por uma alteraçãoqualitativa das interações sociais recíprocas, semelhante à observada no autismo,com um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo.Ele se diferencia do autismo essencialmente pelo fato de que não se acompanha deum retardo ou de uma deficiência de linguagem ou do desenvolvimento cognitivo.Os sujeitos que apresentam este transtorno são em geral muito desajeitados. As

anomalias persistem freqüentemente na adolescência e idade adulta. O transtornose acompanha por vezes de episódios psicóticos no início da idade adulta. Psicopatia autísticaTranstorno esquizóide da infância

F84.8 Outros transtornos globais do desenvolvimento 

F84.9 Transtornos globais não especificados do desenvolvimento 

F88 Outros transtornos do desenvolvimento psicológico Agnosia de desenvolvimento

F89 Transtorno do desenvolvimento psicológico nãoespecificado Transtorno do desenvolvimento SOE

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 F90-F98 Transtornos do comportamento etranstornos emocionais que aparecem habitualmentedurante a infância ou a adolescência 

F90 Transtornos hipercinéticos Grupo de transtornos caracterizados por início precoce (habitualmente durante oscinco primeiros anos de vida), falta de perseverança nas atividades que exigem umenvolvimento cognitivo, e uma tendência a passar de uma atividade a outra semacabar nenhuma, associadas a uma atividade global desorganizada, incoordenada eexcessiva. Os transtornos podem se acompanhar de outras anomalias. As criançashipercinéticas são freqüentemente imprudentes e impulsivas, sujeitas a acidentes eincorrem em problemas disciplinares mais por infrações não premeditadas deregras que por desafio deliberado. Suas relações com os adultos sãofreqüentemente marcadas por uma ausência de inibição social, com falta de cautelae reserva normais. São impopulares com as outras crianças e podem se tornar

isoladas socialmente. Estes transtornos se acompanham freqüentemente de umdéficit cognitivo e de um retardo específico do desenvolvimento da motricidade e dalinguagem. As complicações secundárias incluem um comportamento dissocial euma perda de auto-estima. Exclui: 

esquizofrenia (F20.-)transtornos (da) (do):•  ansiosos (F41.-)•  globais do desenvolvimento (F84.-)•  humor [afetivos] (F30-F39)

F90.0 Distúrbios da atividade e da atenção Síndrome de déficit da atenção com hiperatividade

Transtorno de déficit da atenção com hiperatividadeTranstorno de hiperatividade e déficit da atençãoExclui: 

transtorno hipercinético associado a transtorno de conduta (F90.1)

F90.1 Transtorno hipercinético de conduta Transtorno hipercinético associado a transtorno de conduta

F90.8 Outros transtornos hipercinéticos 

F90.9 Transtorno hipercinético não especificado Reação hipercinética da infância ou da adolescência SOE

Síndrome hipercinética SOE

F91 Distúrbios de conduta Os transtornos de conduta são caracterizados por padrões persistentes de condutadissocial, agressiva ou desafiante. Tal comportamento deve comportar grandesviolações das expectativas sociais próprias à idade da criança; deve haver mais doque as travessuras infantis ou a rebeldia do adolescente e se trata de um padrãoduradouro de comportamento (seis meses ou mais). Quando as características deum transtorno de conduta são sintomáticos de uma outra afecção psiquiátrica, éeste último diagnóstico o que deve ser codificado. 

O diagnóstico se baseia na presença de condutas do seguinte tipo: manifestaçõesexcessivas de agressividade e de tirania; crueldade com relação a outras pessoas

ou a animais; destruição dos bens de outrem; condutas incendiárias; roubos;mentiras repetidas; cabular aulas e fugir de casa; crises de birra e dedesobediência anormalmente freqüentes e graves. A presença de manifestações

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nítidas de um dos grupos de conduta precedentes é suficiente para o diagnósticomas atos dissociais isolados não o são. Exclui: 

esquizofrenia (F20.-)transtorno(s) (do):•  globais do desenvolvimento (F84.-)•  humor [afetivos] (F30-F39)quando associado com transtornos:•  emocionais (F92.-)•  hipercinéticos (F90.1)

F91.0 Distúrbio de conduta restrito ao contexto familiar Transtorno de conduta caracterizado pela presença de um comportamento dissociale agressivo (não lembrado a um comportamento de oposição, provocador oupertubador), manifestando-se exclusiva ou quase exclusivamente em casa e nasrelações com os membros da família nuclear ou as pessoas que habitam sob omesmo teto. Para que um diagnóstico positivo possa ser feito, o transtorno deveresponder, além disso, aos critérios gerais citados em F91.-; a presença de umaperturbação, mesmo grave, das relações pais-filhos não é por isso só suficiente

para este diagnóstico. 

F91.1 Distúrbio de conduta não-socializado Transtorno de conduta caracterizado pela presença de um comportamento dissocialou agressivo persistente (que responde aos critérios gerais citados em F91.- e nãolimitado a um comportamento de oposição, provocador ou perturbador), associadoa uma alteração significativa e global das relações com as outras crianças. Distúrbio (de):•  agressivo, não-socializado•  conduta, tipo solitário-agressivo

F91.2 Distúrbio de conduta do tipo socializado Transtorno de conduta caracterizado pela presença de um comportamento dissocialou agressivo (que responde aos critérios gerais citados em F91.- e não limitado aum comportamento de oposição, provocador ou perturbador) manifestando-se emindivíduos habitualmente bem integrados com seus companheiros. Cabular aulasDelinqüência “de grupo” Delitos cometidos num contexto de grupoRoubos em grupoTranstorno de condutas tipo “em grupo” 

F91.3 Distúrbio desafiador e de oposição Transtorno de conduta manifestando-se habitualmente em crianças jovens,caracterizado essencialmente por um comportamento provocador, desobediente ouperturbador e não acompanhado de comportamentos delituosos ou de condutasagressivas ou dissociais graves. Para que um diagnóstico positivo possa ser feito, otranstorno deve responder aos critérios gerais citados em F91.-; mesmo aocorrência de travessuras ou de desobediência sérias não justifica, por si próprio,este diagnóstico. Esta categoria deve ser utilizada com prudência, em particular nascrianças com mais idade, dado que os transtornos de conduta que apresentam umasignificação clínica se acompanham habitualmente de comportamentos dissociais ouagressivos que ultrapassam o quadro de um comportamento provocador,desobediente ou perturbador. 

F91.8 Outros transtornos de conduta 

F91.9 Transtorno de conduta não especificado Transtorno (de) (do):•  comportamento na criança SOE•  conduta na criança SOE

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F92 Transtornos mistos de conduta e das emoções Grupo de transtornos caracterizados pela presença de um comportamentoagressivo, dissocial ou provocador, associado a sinais patentes e marcantes dedepressão, ansiedade ou de outros transtornos emocionais. Para um diagnósticopositivo, o transtorno deve responder ao mesmo tempo aos critérios de umtranstorno de conduta da infância (F91.-) e de um transtorno emocional da infância

(F93.-) ou de um transtorno neurótico do adulto (F40-F48) ou de um transtorno dohumor do adulto (F30-F39). 

F92.0 Distúrbio depressivo de conduta Transtorno caracterizado pela presença de um transtorno de conduta (F91.-)associado a um humor depressivo marcante e persistente (F32.-), traduzindo-sepor sintomas tais como tristeza profunda, perda de interesse e de prazer para asatividades usuais, sentimento de culpa e perda da esperança. O transtorno pode seacompanhar de uma perturbação do sono ou do apetite. Transtorno de conduta classificado em F91.- associado a um transtorno

depressivo em F32.- 

F92.8 Outros transtornos mistos da conduta e das emoções 

Grupo de transtornos caracterizados pela presença de um transtorno de conduta(F91.-) associado a perturbações emocionais persistentes e marcantes, porexemplo, ansiedade, medo, obsessões ou compulsões, despersonalização oudesrealização, fobias ou hipocondria. Transtorno de conduta classificado em F91.- associado a transtorno(s):•  emocional em F93.- •  neuróticos em F40-F48 

F92.9 Transtorno misto da conduta e das emoções não especificado 

F93 Transtornos emocionais com início especificamente nainfância Grupo de transtornos que constituem uma exacerbação de manifestações normaisdo desenvolvimento, mais do que um fenômeno qualitativamente anormal por sipróprio. É essencialmente sobre esta característica que repousa a diferenciaçãoentre os transtornos emocionais que aparecem especificamente na infância (F93.-)e os transtornos neuróticos (F40-F48). Exclui: 

quando associados a transtornos de conduta (F92.-)

F93.0 Transtorno ligado à angústia de separação Transtorno no qual a ansiedade está focalizada sobre o temor relacionado com aseparação, ocorrendo pela primeira vez durante os primeiros anos da infância.Distingue-se da angústia de separação normal por sua intensidade (gravidade),evidência excessiva, ou por sua persistência para além da primeira infância, e por

sua associação com uma perturbação significativa do funcionamento social. Exclui: 

transtornos (de) (do):•  ansiedade social da infância (F93.2)•  fóbico ansioso da infância (F93.1)•  humor [afetivos] (F30-F39)•  neuróticos (F40-F48)

F93.1 Transtorno fóbico ansioso da infância Transtorno caracterizado pela presença de medos da infância, altamente específicosde uma fase do desenvolvimento, e ocorrendo, num certo grau, na maioria dascrianças, mas cuja intensidade é anormal. Os medos que ocorrem na infância mas

que não fazem parte do desenvolvimento psicossocial normal (por exemplo,agorafobia) devem ser classificados na categoria apropriada do capítulo (F40-F48). Exclui: 

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ansiedade generalizada (F41.1)

F93.2 Distúrbio de ansiedade social da infância Transtorno caracterizado pela presença de retraimento com relação a estranhos etemor ou medo relacionado com situações novas, inabituais ou inquietantes. Estacategoria deve ser usada somente quando tais temores aparecem na primeira

infância, mas são aqui excessivos e se acompanham de uma perturbação dofuncionamento social. Retraimento da infância e da adolescência

F93.3 Transtorno de rivalidade entre irmãos A maior parte das crianças pequenas fica perturbada pelo nascimento de um irmãoou de uma irmã. No transtorno de rivalidade entre irmãos, a reação emocional éevidentemente excessiva e se acompanha de uma perturbação do funcionamentosocial. Ciúmes entre irmãos

F93.8 Outros transtornos emocionais da infância Transtorno de:•  hiperansiedade•  identidadeExclui: 

transtorno de identidade sexual na infância (F64.2)

F93.9 Transtorno emocional da infância não especificado 

F94 Transtornos do funcionamento social com inícioespecificamente durante a infância ou a adolescência Grupo relativamente heterogêneo de transtornos caracterizados pela presença deuma perturbação do funcionamento social, ocorrendo durante o período dedesenvolvimento, mas que não apresenta as características de uma incapacidadeou de uma deficiência sociais, aparentemente constitucionais, que perpassa todosos domínios do funcionamento (diferentemente dos transtornos globais dodesenvolvimento). Em numerosos casos, a ocorrência destes transtornos pareceestreitamente ligada a distorções ou a privações do ambiente. 

F94.0 Mutismo eletivo Transtorno caracterizado por uma recusa, ligada a fatores emocionais, de falar emcertas situações determinadas. A criança é capaz de falar em certas situações, masrecusa-se a falar em outras determinadas situações. O transtorno se acompanhahabitualmente de uma acentuação nítida de certos traços de personalidade, comopor exemplo ansiedade social, retraimento social, sensibilidade social ou oposiçãosocial. Mutismo seletivoExclui: 

esquizofrenia (F20.-)mutismo transitório que acompanha uma angústia de separação

em crianças pequenas (F93.0)transtornos:•  específicos do desenvolvimento da fala e da linguagem (F80.-)•  globais do desenvolvimento (F84.-)

F94.1 Distúrbio reativo de vinculação da infância Transtorno que aparece durante os cinco primeiros anos de vida, caracterizado pelapresença de anomalias persistentes do modo de relações sociais da criança,associadas a perturbações emocionais e que se manifestam por ocasião de

alterações no ambiente, por exemplo, inquietude e hipervigilância, redução dasinterações sociais com as outras crianças, auto ou heteroagressividade,comiseração e, em certos casos, retardo do crescimento. A ocorrência da síndrome

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está provavelmente ligada diretamente a uma negligência evidente, abusos oumaus tratos por parte dos pais. Usar código adicional, se necessário, para identificar qualquer retardo do

desenvolvimento ou do crescimento associados.Exclui: 

abusos sexuais ou físicos da criança, levando a problemas

psicossociais (Z61.4-Z61.6)maus tratos (T74.-)síndrome de Asperger (F84.5)transtorno de fixação da infância, com desinibição (F94.2)variação normal no padrão de vinculação seletiva

F94.2 Transtorno de fixação da infância, com desinibição Transtorno caracterizado por um modo particular de funcionamento social anormalque aparece nos cinco primeiros anos de vida, persistindo habitualmente a despeitode modificações importantes do ambiente. Exemplos: condutas patológicasrelacionadas com uma fixação generalizada e não seletiva, demandas de afeto,sociabilidade não discriminativa; interações pouco diferenciadas com as outrascrianças; e dependendo das circunstâncias podem também associar-se

perturbações emocionais e outros transtornos do comportamento. Psicopatia de privação afetivaSíndrome institucionalExclui: 

hospitalismo na criança (F43.2)síndrome de Asperger (F84.5)transtorno(s):•  hipercinéticos (F90.-)•  reacional de fixação na infância (F94.1)

F94.8 Outros transtornos do funcionamento social na infância 

F94.9 Transtorno do funcionamento social da infância não especificado 

F95 Tiques Grupo de síndromes, caracterizadas pela presença evidente de um tique. Um tiqueé um movimento motor (ou uma vocalização) involuntário, rápido, recorrente enão-rítmico (implicando habitualmente grupos musculares determinados),ocorrendo bruscamente e sem finalidade aparente. Os tiques são habitualmentesentidos como irreprimíveis, mas podem em geral ser suprimidos durante umperíodo de tempo variável. São freqüentemente exacerbados pelo “stress” edesaparecem durante o sono. Os tiques motores simples mais comuns incluem opiscar dos olhos, movimentos bruscos do pescoço, levantar os ombros e fazercaretas. Os tiques vocais simples mais comuns comportam a limpeza da garganta,latidos, fungar e assobiar. Os tiques motores complexos mais comuns incluem se

bater, saltar e saltitar. Os tiques vocais complexos mais comuns se relacionam àrepetição de palavras determinadas, às vezes com o emprego de palavrassocialmente reprovadas, freqüentemente obscenas (coprolalia) e a repetição deseus próprios sons ou palavras (palilalia). 

F95.0 Tique transitório Transtorno que responde aos critérios gerais de um tique, mas que não persistealém de doze meses. Trata-se habitualmente do piscamento dos olhos, mímicasfaciais ou de movimentos bruscos da cabeça. 

F95.1 Tique motor ou vocal crônico Transtorno que responde aos critérios de um tique, caracterizado pela presença quede tiques motores, quer de tiques vocais mas não os dois ao mesmo tempo. Pode-

se tratar de um tique isolado, ou mais freqüentemente, de tiques múltiplos,persistindo durante mais de um ano. 

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F95.2 Tiques vocais e motores múltiplos combinados [doença de Gilles dela Tourette] Transtorno caracterizado em um momento qualquer durante o curso da doença portiques motores múltiplos e um ou mais tiques vocais, não necessariamentesimultâneos. O transtorno se agrava habitualmente durante a adolescência epersiste freqüentemente na idade adulta. Os tiques vocais são freqüentemente

múltiplos, com vocalizações, limpeza da garganta e grunhidos repetidos eexplosivos, e por vezes, emissão de palavras ou frases obscenas, associadas emcertos casos a uma ecopraxia gestual que pode ser igualmente obscena(copropraxia). 

F95.8 Outros tiques 

F95.9 Tique não especificado Tique SOE

F98 Outros transtornos comportamentais e emocionais cominício habitualmente durante a infância ou a

adolescência Grupo heterogêneo de transtornos, ocorrendo durante a infância, mas que diferepor outro lado em numerosos pontos. Algumas destas afecções constituemsíndromes bem definidas, enquanto as outras são simples associações de sintomas;estes últimos devem contudo ser incluídos por um lado em função de suafreqüência e de sua associação com uma alteração do funcionamento psicossocial ede outro, porque não podem ser incluídas em outras síndromes. Exclui: 

crises de falta de fôlego (R06.8)síndrome de Kleine-Levin (G47.8)transtorno (de) (do):•  identidade sexual da infância (F64.2)• 

obsessivo-compulsivo (F42.-)•  sono devido a causas emocionais (F51.-)

F98.0 Enurese de origem não-orgânica Transtorno caracterizado por micção involuntária (diurna e/ou noturna) anormallevando-se em conta a idade mental da criança, e que não está ligada a umtranstorno do controle vesical de origem neurológica, crises epilépticas ou anomaliaorgânica do aparelho urinário. A enurese pode existir, de modo contínuo, depois donascimento ou ser precedida de um período de controle de função vesical. Pode-seacompanhar de um transtorno mais generalizado das emoções ou docomportamento. Enurese:•  funcional• 

(primária) (secundária) de origem não-orgânica•  psicogênicaIncontinência urinária de origem não-orgânicaExclui: 

enurese SOE (R32)

F98.1 Encoprese de origem não-orgânica Transtorno caracterizado por emissão fecal repetida, involuntária ou voluntária,habitualmente de consistência normal ou quase normal, em locais inapropriados aeste propósito, tendo-se em conta o contexto sócio-cultural do sujeito. Pode setratar de uma persistência anormal da incontinência infantil normal, ou perda decontinência após a aquisição do controle intestinal, ou ainda de emissão fecaldeliberada em locais não apropriados a despeito de um controle esfincteriano

normal. A encoprese pode constituir um transtorno isolado, monossintomático oufazer parte de um outro transtorno, em particular um transtorno emocional (F93.-)ou transtorno de conduta (F91.-). 

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Encoprese:•  funcional•  psicogênicaIncontinência fecal de origem não-orgânicaUsar código adicional, se necessário, para identificar a causa de obstipação

associada.Exclui: 

encoprese SOE (R15)

F98.2 Transtorno de alimentação na infância Transtorno de alimentação com manifestações diversas geralmente específicas dacriança muito jovem e do início da infância. Leva geralmente à recusa de alimentose a uma seletividade extrema, embora os alimentos sejam de qualidade razoáveis,que os cuidados sejam dados por uma pessoa competente, e que não haja doençaorgânica. A ruminação (regurgitação repetida sem náusea nem transtornogastrointestinal) pode estar associada. Transtorno de ruminação da criançaExclui: 

anorexia nervosa e outros transtornos da alimentação (F50.-)dificuldades nutricionais e nutrição inadaptada (R63.3)pica do lactente ou da criança (F98.3)problemas nutricionais no recém-nascido (P92.-)

F98.3 Pica do lactente ou da criança Transtorno caracterizado pelo consumo duradouro de substâncias não-nutritivas(por exemplo, terra, lascas de pintura etc). Pode constituir um comportamentopsicopatológico relativamente isolado ou fazer parte de um transtorno psiquiátricomais global (tal como o autismo). Um diagnóstico de pica deve ficar reservado àsmanifestações isoladas. Este comportamento se observa sobretudo em crianças queapresentam retardo mental e na presença de um retardo mental, este último deveconstituir o diagnóstico principal (F70-F79). 

F98.4 Estereotipias motoras Transtorno caracterizado por movimentos intencionais, repetitivos, estereotipados,desprovidos de finalidade (e freqüentemente ritmados), não ligado a um transtornopsiquiátrico ou neurológico identificado. Quando estes movimentos sobrevêm noquadro de um outro transtorno, só o último deve ser registrado e não se faz umdiagnóstico de estereotipia motora. Os movimentos sem componente automutiladorcompreendem: balançar o corpo, balançar a cabeça, arrancar os cabelos, torcer oscabelos, estalar os dedos e bater as mãos. Os comportamentos estereotipadosautomutiladores compreendem: bater a cabeça, esbofetear a face, colocar o dedonos olhos, morder as mãos, os lábios ou outras partes do corpo. Os movimentosestereotipados ocorrem muito habitualmente em crianças com retardo mental(neste caso, os dois diagnósticos devem ser registrados). Quando o fato de enfiar odedo no olho ocorre em criança com déficit visual, os dois diagnósticos devem ser

codificados, o primeiro em F98.4 e o segundo com a ajuda do código (orgânico)apropriado. Estereotipias/comportamentos repetitivosExclui: 

enfiar os dedos no nariz (F98.8)estereotipias que fazem parte de um transtorno psiquiátrico maior

(F00-F95)movimentos involuntários anormais (R25.-)morder as unhas (F98.8)sucção do polegar (F98.8)tiques (F95.-)transtorno obsessivo compulsivo (F42.-)

transtornos do movimento de origem orgânica (G20-G25)tricotilomania (F63.3)

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F98.5 Gagueira [tartamudez] A gagueira é caracterizada por repetições ou prolongamentos freqüentes de sons,de sílabas ou de palavras, ou por hesitações ou pausas freqüentes que perturbam afluência verbal. Só se considera como transtorno caso a intensidade de perturbaçãoincapacite de modo marcante a fluidez da fala. Exclui: 

linguagem precipitada (F98.6)tiques (F95.-)

F98.6 Linguagem precipitada A linguagem precipitada é caracterizada por um débito verbal anormalmente rápidoe um ritmo irregular (sem repetições nem hesitações), suficientemente intensopara tornar difícil a inteligibilidade. A linguagem é irregular e mal ritmada,consistindo em emissões verbais rápidas com formas sintáticas errôneas. Exclui: 

gagueira (F98.5)tiques (F95.-)

F98.8 Outros transtornos comportamentais e emocionais especificados

com início habitualmente na infância ou adolescência Comer unhasDéficit de atenção sem hiperatividadeEnfiar os dedos no narizMasturbação exageradaSucção do polegar

F98.9 Transtornos comportamentais e emocionais não especificados cominício habitualmente na infância ou adolescência 

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 F99 Transtorno mental não especificado 

F99 Transtorno mental não especificado em outra parte 

Doença mental SOEExclui: 

transtorno mental orgânico SOE (F06.9)

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 F00* Demência na doença de Alzheimer (G30.-†) 

A doença de Alzheimer é uma doença cerebral degenerativa primária de etiologiadesconhecida com aspectos neuropatológicos e neuroquímicos característicos. O

transtorno é usualmente insidioso no início e se desenvolve lenta mascontinuamente durante um período de vários anos. 

F00.0* Demência na doença de Alzheimer de início precoce (G30.0†) Demência na doença de Alzheimer com início antes da idade de 65 anos, com umcurso de deterioração relativamente rápido e com transtornos múltiplos emarcantes das funções corticais superiores. Demência degenerativa primária do tipo Alzheimer, de início pré-senilDemência pré-senil, tipo AlzheimerDoença de Alzheimer, tipo 2

F00.1* Demência na doença de Alzheimer de início tardio (G30.1†) Demência na doença de Alzheimer com início após a idade de 65 anos, e

usualmente ao fim do oitavo decênio (70-79 anos) ou após esta idade; evoluilentamente e se caracteriza essencialmente por uma deterioração da memória. Demência degenerativa primária do tipo Alzheimer, de início na senilidadeDemência senil do tipo AlzheimerDoença de Alzheimer, tipo 1

F00.2* Demência na doença de Alzheimer, forma atípica ou mista (G30.8†) Demência atípica do tipo Alzheimer

F00.9* Demência não especificada na doença de Alzheimer (G30.9†) 

F01 Demência vascular A demência vascular é o resultado do infarto cerebral devido à doença vascular,inclusive a doença cerebrovascular hipertensiva. Os infartos são usualmentepequenos mas cumulativos em seus efeitos. O seu início se dá em geral na idadeavançada. 

 Inclui: demência arteriosclerótica

F01.0 Demência vascular de início agudo Desenvolve-se usual e rapidamente em seguida a uma sucessão de acidentesvasculares cerebrais por trombose, embolia ou hemorragia. Em casos raros, acausa pode ser um infarto único e extenso. 

F01.1 Demência por infartos múltiplos 

Demência vascular de início gradual, que se segue a numerosos episódiosisquêmicos transitórios que produzem um acúmulo de infartos no parênquimacerebral. Demência predominantemente cortical

F01.2 Demência vascular subcortical Demência vascular que ocorre no contexto de antecedentes de hipertensão arteriale focos de destruição isquêmica na substância branca profunda dos hemisférioscerebrais. O córtex cerebral está usualmente preservado, fato este que contrastacom o quadro clínico que pode se assemelhar de perto á demência da doença deAlzheimer. 

F01.3 Demência vascular mista, cortical e subcortical 

F01.8 Outra demência vascular 

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F01.9 Demência vascular não especificada 

F02* Demência em outras doenças classificadas em outraparte Casos de demência devida a, ou presumivelmente devida a, outras causas que não

a doença de Alzheimer ou doença cerebrovascular. O início pode ocorrer emqualquer época na vida, embora raramente na idade avançada. 

F02.0* Demência da doença de Pick (G31.0†) Demência progressiva, com início na meia idade, caracterizada por alterações docaráter precoces de curso lentamente progressivo e de deterioração social,seguindo-se prejuízo das funções intelectuais, da memória e da linguagem,acompanhadas de apatia, euforia e, ocasionalmente, de sintomas extrapiramidais. 

F02.1* Demência na doença de Creutzfeldt-Jakob (A81.0†) Demência de evolução progressiva, com extensos sinais neurológicos, decorrentesde alterações neuropatológicas específicas presumivelmente causadas por umagente transmissível. O início se dá na idade madura ou posteriormente, mas pode

ocorrer em qualquer fase da idade adulta. O curso é subagudo, conduzindo à morteem um ou dois anos. 

F02.2* Demência na doença de Huntington (G10†) Demência que ocorre como parte de uma degeneração cerebral difusa. Otranstorno é transmitido por um único gene autossômico dominante. Os sintomassurgem tipicamente na terceira e quarta décadas. A progressão é lenta, conduzidoà morte usualmente em 10 a 15 anos. Demência na coréia de Huntington

F02.3* Demência na doença de Parkinson (G20†) Demência que se desenvolve no curso de doença de Parkinson estabelecida. Não sedemonstraram ainda quaisquer características clínicas distintas particulares. 

Demência (na) (no):•  paralisia agitante•  parkinsonismo

F02.4* Demência na doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV](B22.0†) Demência que se desenvolve no curso da doença pelo HIV, na ausência de qualqueroutra doença ou infecção concomitante que pudesse explicar a presença dascaracterísticas clínicas. 

F02.8* Demência em outras doenças especificadas classificadas em outraparte Demência (na) (no) (nos):•  deficiência de:

•  niacina [pelagra] (E52†)•  vitamina B12 (E53.8†)

•  degeneração hepatolenticular (E83.0†)•  epilepsia (G40.-†)•  esclerose múltipla (G35†)•  hipercalcemia (E83.5†)•  hipotireoidismo adquirido (E01.-†, E03.-†)•  intoxicações (T36-T65†)•  lipidose cerebral (E75.-†)•  lúpus eritematoso sistêmico (M32.-†)•  neurossífilis (A52.1†)•  poliarterite nodosa (M30.0†)•  tripanossomíase (B56.-†, B57.-†)

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F03 Demência não especificada Demência:•  degenerativa primária SOE•  pré-senil SOE•  senil:

• SOE•  forma depressiva ou paranóide SOE

Psicose:•  pré-senil SOE•  senil SOEExclui: 

demência senil com delirium ou estado confusional agudo (F05.1)senilidade SOE (R54)

F04 Síndrome amnésica orgânica não induzida pelo álcoolou por outras substâncias psicoativas Síndrome dominada por um comprometimento importante das memórias recente e

remota, ao passo que a memória imediata permanece preservada com habilidadereduzida para aprendizagem e uma desorientação temporal. A confabulação podeser uma característica importante, mas a percepção e as outras funções cognitivas,dentre elas a inteligência, estão habitualmente intactas. O prognóstico depende daevolução da lesão subjacente. Psicose ou síndrome de Korsakov, não-alcoólicaExclui: 

amnésia:•  SOE (R41.3)•  anterógrada (R41.1)•  dissociativa (F44.0)•  retrógrada (R41.2)síndrome de Korsakov:•  induzida pelo álcool ou não especificada (F10.6)•  induzida por outras substâncias psicoativas (F11-F19 com

quarto caractere comum .6)

F05 Delirium não induzido pelo álcool ou por outrassubstâncias psicoativas Síndrome cerebral orgânica sem etiologia específica caracterizada pela presençasimultânea de perturbações da consciência e da atenção, da percepção, dopensamento, da memória, do comportamento psicomotor, das emoções e do ritmovigília-sono. A duração é variável e a gravidade varia de formas leves a formasmuito graves. 

 Inclui:

  estado confusional (não-alcoólico)   psicose infecciosa   reação orgânica    aguda(o) ou sub-aguda(o) síndrome:   •  cerebral   •  psicoorgânica   

Exclui: delirium tremens induzido pelo álcool ou não especificado (F10.4)

F05.0 Delirium não superposto a uma demência, assim descrito 

F05.1 Delirium superposto a uma demência 

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Afecções que satisfazem os critérios acima mas sobrevindo no curso de umademência (F00-F03). 

F05.8 Outro delirium Delirium de etiologia mista

F05.9 Delirium não especificado 

F06 Outros transtornos mentais devidos a lesão e disfunçãocerebral e a doença física Inclui diversas afecções superpostas a um transtorno cerebral devido a uma doençacerebral primária, a uma doença sistêmica que acomete secundariamente océrebro, a substâncias tóxicas ou hormônios exógenos, a transtornos endócrinos oua outras doenças somáticas. Exclui: 

associados com:•  delirium (F05.-)•  demência, como classificado em F00-F03 

decorrentes do uso de álcool e de outras substâncias psicoativas(F10-F19)

F06.0 Alucinose orgânica Transtorno caracterizado por alucinações persistentes ou recorrentes,habitualmente visuais ou auditivas, na ausência de uma obnubilação daconsciência, e que o sujeito pode ou não reconhecer como tais. As alucinaçõespodem dar origem a uma elaboração delirante, mas as idéias delirantes não estãono primeiro plano; a autocrítica pode estar preservada. Estado alucinatório orgânico (não-alcoólico)Exclui: 

alucinose alcoólica (F10.5)esquizofrenia (F20.-)

F06.1 Estado catatônico orgânico Transtorno caracterizado por uma diminuição (estupor) ou um aumento (agitação)da atividade psicomotora e por sintomas catatônicos. Os dois pólos da perturbaçãopsicomotora podem se alternar. Exclui: 

esquizofrenia catatônica (F20.2)estupor:•  SOE (R40.1)•  dissociativo (F44.2)

F06.2 Transtorno delirante orgânico [tipo esquizofrênico] 

Transtorno caracterizado pela presença dominante no quadro clínico de idéiasdelirantes persistentes ou recorrentes. As idéias delirantes podem seracompanhadas de alucinações. Certas características sugestivas de esquizofrenia,tais como alucinações bizarras ou transtornos do pensamento, podem estarpresentes. Estados paranóides e estados paranóides e alucinatórios de origem

orgânicaPsicose de tipo esquizofrênico na epilepsiaExclui: 

esquizofrenia (F20.-)transtornos:•  delirantes persistentes (F22.-)•  psicótico(s):

•  agudo e transitório (F23.-)

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•  induzidos por drogas (F11-F19 com quarto caractere comum.5)

F06.3 Transtornos do humor [afetivos] orgânicos Transtornos caracterizados por alteração do humor ou do afeto, habitualmenteacompanhados de uma alteração do nível global da atividade, transtornos

depressivos, hipomaníacos, maníacos ou bipolares (ver F30-F38), mas provocadospor um transtorno orgânico. Exclui: 

transtornos do humor, não-orgânicos ou não especificados (F30-F39)

F06.4 Transtornos da ansiedade orgânicos Transtorno caracterizado pela presença das características descritivas essenciais deuma ansiedade generalizada (F41.1), de um transtorno de pânico (F41.0) ou deuma combinação de ambas, mas provocada por um transtorno orgânico. Exclui: 

transtornos da ansiedade não-orgânicos ou não especificados(F41.-)

F06.5 Transtorno dissociativo orgânico Transtorno caracterizado por uma perda parcial ou completa da integração normalentre as memórias do passado, a consciência da identidade e as sensaçõesimediatas e o controle dos movimentos corpóreos (ver F44.-), mas provocado porum transtorno orgânico. Exclui: 

transtornos dissociativos [de conversão], não-orgânicos ou nãoespecificados (F44.-)

F06.6 Transtorno de labilidade emocional [astênico] orgânico Transtorno caracterizado por uma incontinência ou labilidade emocional, umafatigabilidade e por diversas sensações físicas desagradáveis (por exemplo,vertigens) e por dores, mas provocado por um transtorno orgânico. Exclui: 

transtornos somatoformes, não-orgânicos ou não especificados(F45.-)

F06.7 Transtorno cognitivo leve Transtorno caracterizado por uma alteração da memória, por dificuldades deaprendizado e por uma redução da capacidade de concentrar-se numa tarefa alémde breves períodos. Ocorre freqüentemente uma forte sensação de fadiga mentalquando tenta executar tarefas mentais e um aprendizado novo é percebido sersubjetivamente difícil mesmo se objetivamente bem realizado. Nenhum dessessintomas é de tal gravidade que possa conduzir ao diagnóstico quer de demência(F00-F03) quer de delirium (F05.-). Este diagnóstico deverá ser feito apenasquando houver uma associação com um transtorno físico especificado e não deveráser feito caso haja presença de qualquer transtorno mental ou de comportamentoclassificados em F10-F99. O transtorno pode preceder, acompanhar ou seguir-se auma ampla variedade de infecções e de transtornos físicos, tanto cerebrais comosistêmicos, entretanto não havendo a necessidade de evidência direta decomprometimento cerebral. O diagnóstico diferencial com a síndrome pós-encefalítica (F07.1) e com a síndrome pós-traumática (F07.2) é feita com base nasua etiologia diferente, na restrição maior da amplitude dos sintomas geralmentemais leves e freqüentemente na menor duração. 

F06.8 Outros transtornos mentais especificados devidos a uma lesão edisfunção cerebral e a uma doença física Psicose epiléptica SOE

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F06.9 Transtorno mental não especificado devido a uma lesão e disfunçãocerebral e a uma doença física Síndrome cerebral orgânica SOETranstorno mental orgânico SOE

F07 Transtornos de personalidade e do comportamentodevidos a doença, a lesão e a disfunção cerebral Alteração da personalidade e do comportamento que poderia constituir umtranstorno residual ou concomitante de uma doença, uma lesão, ou uma disfunçãocerebral. 

F07.0 Transtorno orgânico da personalidade Transtorno caracterizado por uma alteração significativa dos modos decomportamento que eram habituais ao sujeito antes do advento da doença; asperturbações concernem em particular à expressão das emoções, das necessidadese dos impulsos. O quadro clínico pode, além disto, comportar uma alteração dasfunções cognitivas, do pensamento e da sexualidade. Estado pós-leucotomia orgânica

Personalidade pseudopsicopática    orgânica Pseudodebilidade   Psicossíndrome da epilepsia do sistema límbicoSíndrome (dos):•  frontal•  lobotomizados•  pós-leucotomiaExclui: 

alterações duradouras da personalidade após:•  doenças psiquiátricas (F62.1)•  experiência catastrófica (F62.0)síndrome:•  pós-encefalítica (F07.1)•  pós-traumática (F07.2)transtorno específico da personalidade (F60.-)

F07.1 Síndrome pós-encefalítica Alteração residual do comportamento, não específica e variável, após cura de umaencefalite viral ou bacteriana. A principal diferença entre esta síndrome e ostranstornos orgânicos da personalidade é que a mesma é reversível. Exclui: 

transtorno orgânico da personalidade (F07.0)

F07.2 Síndrome pós-traumática 

Síndrome que ocorre seguindo-se a um traumatismo craniano (habitualmente degravidade suficiente para provocar a perda da consciência) e que comporta umgrande número de sintomas tais como cefaléia, vertigens, fadiga, irritabilidade,dificuldades de concentração, dificuldades de realizar tarefas mentais, alteração damemória, insônia, diminuição da tolerância ao “stress”, às emoções ou ao álcool. Síndrome:•  cerebral pós-traumática não-psicótica•  pós-traumática (encefalopatia)

F07.8 Outros transtornos orgânicos da personalidade e do comportamentodevidos a doença cerebral, lesão e disfunção Transtorno afetivo orgânico do hemisfério direito

F07.9 Transtorno orgânico não especificado da personalidade e docomportamento devido a doença cerebral, lesão e disfunção Psicossíndrome orgânica

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F09 Transtorno mental orgânico ou sintomático nãoespecificado Psicose:•  orgânica SOE•  sintomática SOE

Exclui:  psicose SOE (F29)

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 F02* Demência em outras doenças classificadas em outra

parte Casos de demência devida a, ou presumivelmente devida a, outras causas que não

a doença de Alzheimer ou doença cerebrovascular. O início pode ocorrer emqualquer época na vida, embora raramente na idade avançada. 

F02.0* Demência da doença de Pick (G31.0†) Demência progressiva, com início na meia idade, caracterizada por alterações docaráter precoces de curso lentamente progressivo e de deterioração social,seguindo-se prejuízo das funções intelectuais, da memória e da linguagem,acompanhadas de apatia, euforia e, ocasionalmente, de sintomas extrapiramidais. 

F02.1* Demência na doença de Creutzfeldt-Jakob (A81.0†) Demência de evolução progressiva, com extensos sinais neurológicos, decorrentesde alterações neuropatológicas específicas presumivelmente causadas por umagente transmissível. O início se dá na idade madura ou posteriormente, mas pode

ocorrer em qualquer fase da idade adulta. O curso é subagudo, conduzindo à morteem um ou dois anos. 

F02.2* Demência na doença de Huntington (G10†) Demência que ocorre como parte de uma degeneração cerebral difusa. Otranstorno é transmitido por um único gene autossômico dominante. Os sintomassurgem tipicamente na terceira e quarta décadas. A progressão é lenta, conduzidoà morte usualmente em 10 a 15 anos. Demência na coréia de Huntington

F02.3* Demência na doença de Parkinson (G20†) Demência que se desenvolve no curso de doença de Parkinson estabelecida. Não sedemonstraram ainda quaisquer características clínicas distintas particulares. 

Demência (na) (no):•  paralisia agitante•  parkinsonismo

F02.4* Demência na doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV](B22.0†) Demência que se desenvolve no curso da doença pelo HIV, na ausência de qualqueroutra doença ou infecção concomitante que pudesse explicar a presença dascaracterísticas clínicas. 

F02.8* Demência em outras doenças especificadas classificadas em outraparte Demência (na) (no) (nos):•  deficiência de:

•  niacina [pelagra] (E52†)•  vitamina B12 (E53.8†)

•  degeneração hepatolenticular (E83.0†)•  epilepsia (G40.-†)•  esclerose múltipla (G35†)•  hipercalcemia (E83.5†)•  hipotireoidismo adquirido (E01.-†, E03.-†)•  intoxicações (T36-T65†)•  lipidose cerebral (E75.-†)•  lúpus eritematoso sistêmico (M32.-†)•  neurossífilis (A52.1†)•  poliarterite nodosa (M30.0†)•  tripanossomíase (B56.-†, B57.-†)

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F03 Demência não especificada Demência:•  degenerativa primária SOE•  pré-senil SOE•  senil:

• SOE•  forma depressiva ou paranóide SOE

Psicose:•  pré-senil SOE•  senil SOEExclui: 

demência senil com delirium ou estado confusional agudo (F05.1)senilidade SOE (R54)

F04 Síndrome amnésica orgânica não induzida pelo álcoolou por outras substâncias psicoativas Síndrome dominada por um comprometimento importante das memórias recente e

remota, ao passo que a memória imediata permanece preservada com habilidadereduzida para aprendizagem e uma desorientação temporal. A confabulação podeser uma característica importante, mas a percepção e as outras funções cognitivas,dentre elas a inteligência, estão habitualmente intactas. O prognóstico depende daevolução da lesão subjacente. Psicose ou síndrome de Korsakov, não-alcoólicaExclui: 

amnésia:•  SOE (R41.3)•  anterógrada (R41.1)•  dissociativa (F44.0)•  retrógrada (R41.2)síndrome de Korsakov:•  induzida pelo álcool ou não especificada (F10.6)•  induzida por outras substâncias psicoativas (F11-F19 com

quarto caractere comum .6)

F05 Delirium não induzido pelo álcool ou por outrassubstâncias psicoativas Síndrome cerebral orgânica sem etiologia específica caracterizada pela presençasimultânea de perturbações da consciência e da atenção, da percepção, dopensamento, da memória, do comportamento psicomotor, das emoções e do ritmovigília-sono. A duração é variável e a gravidade varia de formas leves a formasmuito graves. 

 Inclui:

  estado confusional (não-alcoólico)   psicose infecciosa   reação orgânica    aguda(o) ou sub-aguda(o) síndrome:   •  cerebral   •  psicoorgânica   

Exclui: delirium tremens induzido pelo álcool ou não especificado (F10.4)

F05.0 Delirium não superposto a uma demência, assim descrito 

F05.1 Delirium superposto a uma demência 

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Afecções que satisfazem os critérios acima mas sobrevindo no curso de umademência (F00-F03). 

F05.8 Outro delirium Delirium de etiologia mista

F05.9 Delirium não especificado 

F06 Outros transtornos mentais devidos a lesão e disfunçãocerebral e a doença física Inclui diversas afecções superpostas a um transtorno cerebral devido a uma doençacerebral primária, a uma doença sistêmica que acomete secundariamente océrebro, a substâncias tóxicas ou hormônios exógenos, a transtornos endócrinos oua outras doenças somáticas. Exclui: 

associados com:•  delirium (F05.-)•  demência, como classificado em F00-F03 

decorrentes do uso de álcool e de outras substâncias psicoativas(F10-F19)

F06.0 Alucinose orgânica Transtorno caracterizado por alucinações persistentes ou recorrentes,habitualmente visuais ou auditivas, na ausência de uma obnubilação daconsciência, e que o sujeito pode ou não reconhecer como tais. As alucinaçõespodem dar origem a uma elaboração delirante, mas as idéias delirantes não estãono primeiro plano; a autocrítica pode estar preservada. Estado alucinatório orgânico (não-alcoólico)Exclui: 

alucinose alcoólica (F10.5)esquizofrenia (F20.-)

F06.1 Estado catatônico orgânico Transtorno caracterizado por uma diminuição (estupor) ou um aumento (agitação)da atividade psicomotora e por sintomas catatônicos. Os dois pólos da perturbaçãopsicomotora podem se alternar. Exclui: 

esquizofrenia catatônica (F20.2)estupor:•  SOE (R40.1)•  dissociativo (F44.2)

F06.2 Transtorno delirante orgânico [tipo esquizofrênico] 

Transtorno caracterizado pela presença dominante no quadro clínico de idéiasdelirantes persistentes ou recorrentes. As idéias delirantes podem seracompanhadas de alucinações. Certas características sugestivas de esquizofrenia,tais como alucinações bizarras ou transtornos do pensamento, podem estarpresentes. Estados paranóides e estados paranóides e alucinatórios de origem

orgânicaPsicose de tipo esquizofrênico na epilepsiaExclui: 

esquizofrenia (F20.-)transtornos:•  delirantes persistentes (F22.-)•  psicótico(s):

•  agudo e transitório (F23.-)

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•  induzidos por drogas (F11-F19 com quarto caractere comum.5)

F06.3 Transtornos do humor [afetivos] orgânicos Transtornos caracterizados por alteração do humor ou do afeto, habitualmenteacompanhados de uma alteração do nível global da atividade, transtornos

depressivos, hipomaníacos, maníacos ou bipolares (ver F30-F38), mas provocadospor um transtorno orgânico. Exclui: 

transtornos do humor, não-orgânicos ou não especificados (F30-F39)

F06.4 Transtornos da ansiedade orgânicos Transtorno caracterizado pela presença das características descritivas essenciais deuma ansiedade generalizada (F41.1), de um transtorno de pânico (F41.0) ou deuma combinação de ambas, mas provocada por um transtorno orgânico. Exclui: 

transtornos da ansiedade não-orgânicos ou não especificados(F41.-)

F06.5 Transtorno dissociativo orgânico Transtorno caracterizado por uma perda parcial ou completa da integração normalentre as memórias do passado, a consciência da identidade e as sensaçõesimediatas e o controle dos movimentos corpóreos (ver F44.-), mas provocado porum transtorno orgânico. Exclui: 

transtornos dissociativos [de conversão], não-orgânicos ou nãoespecificados (F44.-)

F06.6 Transtorno de labilidade emocional [astênico] orgânico Transtorno caracterizado por uma incontinência ou labilidade emocional, umafatigabilidade e por diversas sensações físicas desagradáveis (por exemplo,vertigens) e por dores, mas provocado por um transtorno orgânico. Exclui: 

transtornos somatoformes, não-orgânicos ou não especificados(F45.-)

F06.7 Transtorno cognitivo leve Transtorno caracterizado por uma alteração da memória, por dificuldades deaprendizado e por uma redução da capacidade de concentrar-se numa tarefa alémde breves períodos. Ocorre freqüentemente uma forte sensação de fadiga mentalquando tenta executar tarefas mentais e um aprendizado novo é percebido sersubjetivamente difícil mesmo se objetivamente bem realizado. Nenhum dessessintomas é de tal gravidade que possa conduzir ao diagnóstico quer de demência(F00-F03) quer de delirium (F05.-). Este diagnóstico deverá ser feito apenasquando houver uma associação com um transtorno físico especificado e não deveráser feito caso haja presença de qualquer transtorno mental ou de comportamentoclassificados em F10-F99. O transtorno pode preceder, acompanhar ou seguir-se auma ampla variedade de infecções e de transtornos físicos, tanto cerebrais comosistêmicos, entretanto não havendo a necessidade de evidência direta decomprometimento cerebral. O diagnóstico diferencial com a síndrome pós-encefalítica (F07.1) e com a síndrome pós-traumática (F07.2) é feita com base nasua etiologia diferente, na restrição maior da amplitude dos sintomas geralmentemais leves e freqüentemente na menor duração. 

F06.8 Outros transtornos mentais especificados devidos a uma lesão edisfunção cerebral e a uma doença física Psicose epiléptica SOE

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F06.9 Transtorno mental não especificado devido a uma lesão e disfunçãocerebral e a uma doença física Síndrome cerebral orgânica SOETranstorno mental orgânico SOE

F07 Transtornos de personalidade e do comportamentodevidos a doença, a lesão e a disfunção cerebral Alteração da personalidade e do comportamento que poderia constituir umtranstorno residual ou concomitante de uma doença, uma lesão, ou uma disfunçãocerebral. 

F07.0 Transtorno orgânico da personalidade Transtorno caracterizado por uma alteração significativa dos modos decomportamento que eram habituais ao sujeito antes do advento da doença; asperturbações concernem em particular à expressão das emoções, das necessidadese dos impulsos. O quadro clínico pode, além disto, comportar uma alteração dasfunções cognitivas, do pensamento e da sexualidade. Estado pós-leucotomia orgânica

Personalidade pseudopsicopática    orgânica Pseudodebilidade   Psicossíndrome da epilepsia do sistema límbicoSíndrome (dos):•  frontal•  lobotomizados•  pós-leucotomiaExclui: 

alterações duradouras da personalidade após:•  doenças psiquiátricas (F62.1)•  experiência catastrófica (F62.0)síndrome:•  pós-encefalítica (F07.1)•  pós-traumática (F07.2)transtorno específico da personalidade (F60.-)

F07.1 Síndrome pós-encefalítica Alteração residual do comportamento, não específica e variável, após cura de umaencefalite viral ou bacteriana. A principal diferença entre esta síndrome e ostranstornos orgânicos da personalidade é que a mesma é reversível. Exclui: 

transtorno orgânico da personalidade (F07.0)

F07.2 Síndrome pós-traumática 

Síndrome que ocorre seguindo-se a um traumatismo craniano (habitualmente degravidade suficiente para provocar a perda da consciência) e que comporta umgrande número de sintomas tais como cefaléia, vertigens, fadiga, irritabilidade,dificuldades de concentração, dificuldades de realizar tarefas mentais, alteração damemória, insônia, diminuição da tolerância ao “stress”, às emoções ou ao álcool. Síndrome:•  cerebral pós-traumática não-psicótica•  pós-traumática (encefalopatia)

F07.8 Outros transtornos orgânicos da personalidade e do comportamentodevidos a doença cerebral, lesão e disfunção Transtorno afetivo orgânico do hemisfério direito

F07.9 Transtorno orgânico não especificado da personalidade e docomportamento devido a doença cerebral, lesão e disfunção Psicossíndrome orgânica

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F09 Transtorno mental orgânico ou sintomático nãoespecificado Psicose:•  orgânica SOE•  sintomática SOE

Exclui:  psicose SOE (F29)

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