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Sumário

CLIPPING RESENHA DO TRT DA 4ª REGIÃO – 21/08/2009...................................................................1

TRT4.......................................................................................................................................................2RATIFICAÇÃO DE POSSE DA DESª. VANIA MATTOS.................................................................................2DESª. MAGDA PALESTRARÁ EM SEMINÁRIO NO PARÁ..............................................................................2VICE-PRESIDENTE PARTICIPA DE SEMINÁRIO SOBRE CONTRIBUIÇÃO SINDICAL................................................2ACESSOS À REVISTA ELETRÔNICA DO TRT-RS ULTRAPASSAM 20 MIL.........................................................2TRT-4 EDITA SÚMULA EQUIPARANDO AUXILIARES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM...........................................2O SUL: POSSE DESª. VANIA CUNHA MATTOS.......................................................................................3

TST.........................................................................................................................................................3DIREITO DE ARENA DE JOGADOR DE FUTEBOL É SEMELHANTE À GORJETA DE GARÇONS..................................3SPTRANS: GESTÃO DE TRANSPORTE PÚBLICO NÃO SE CONFUNDE COM TERCEIRIZAÇÃO..................................4ACORDO PARA CRIAÇÃO DE BANCO DE HORAS DEVE TER PARTICIPAÇÃO DO SINDICATO...................................5SEGUNDA TURMA MANTÉM NEGATIVA DE VÍNCULO A FILHA DE TABELIÃES....................................................5CARRO FORNECIDO PELA EMPRESA NÃO É SALÁRIO, DIZ TST...................................................................6PRESIDENTE DO TST ABRE OFICIALMENTE ENCONTRO SOBRE LEGISLAÇÃO ESPORTIVA ..................................6MINISTRO DIZ QUE CONCLUSÕES DO II ENCONTRO PODERÃO APERFEIÇOAR LEI PELÉ....................................7

CONSELHOS SUPERIORES........................................................................................................................7DEFICIENTES TÊM DIREITO A 5% DAS VAGAS EM CONCURSOS PARA CARTÓRIOS...........................................7CRITÉRIOS PARA AS OBRAS DO JUDICIÁRIO SERÃO DEFINIDOS EM RESOLUÇÃO DO CNJ...................................7

TRIBUNAIS SUPERIORES..........................................................................................................................8MINISTRO DEFERE LIMINAR PARA MANTER APOSENTADORIA CONSIDERADA ILEGAL PELO TCU...........................8EX-SERVIDOR PÚBLICO PODERÁ RECLAMAR DANOS MORAIS DO SBT POR FARSA NA TELEVISÃO........................8CANDIDATO A JUIZ GARANTE CURSO DE FORMAÇÃO, MAS EVENTUAL POSSE SOMENTE APÓS DECISÃO FINAL........9QUARTA TURMA APLICA 49 MULTAS EM ÚNICA SESSÃO..........................................................................10

TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO.....................................................................................................10TRT-SP: AUSÊNCIA DE ESCRITURA PÚBLICA NÃO IMPEDE IMPENHORABILIDADE...........................................10JT CONCEDE DANOS MORAIS A EMPREGADO QUE RESPONDE A INQUÉRITO POLICIAL POR CULPA DO EMPREGADOR................................................................................................................................................. 11SE NÃO HÁ CULPA DA PARTE, NÃO OCORRE PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.................................................11JUSTIÇA DO TRABALHO CONCEDE LIMINAR EM AÇÃO DO MPT CONTRA BRASKEM........................................12JUSTIÇA LIBERA TRABALHO AOS DOMINGOS NO COMÉRCIO DE CASCAVEL...................................................12PROFESSORA DE NATAÇÃO COM CÂNCER DE PELE NÃO TEM DIREITO A INDENIZAÇÃO...................................13

OUTROS TRIBUNAIS...............................................................................................................................13TRF-2 ADERE AO PROJETO DO PROCESSO DIGITAL DO STJ....................................................................13GARANTIDA NOMEAÇÃO E POSSE DE APROVADA EM CONCURSO PÚBLICO CONVOCADA, SEM SUCESSO, POR TELEFONE E TELEGRAMA.................................................................................................................14TJPA - PLENO RECONHECE INEXISTÊNCIA DE ISONOMIA DE VENCIMENTOS ENTRE DEFENSORES PÚBLICOS E PROCURADORES DO ESTADO...........................................................................................................14TJGO - LIMINAR GARANTE RECEBIMENTO DE PENSÃO POR MORTE A IDOSA...............................................15

LEGISLATIVO.........................................................................................................................................15SEGURIDADE REJEITA REGULAMENTAÇÃO DA ATIVIDADE DE OPTOMETRISTA................................................15COMISSÃO APROVA PENSÃO VITALÍCIA PARA CONTAMINADOS POR INSETICIDA.............................................15CCJ APROVA PEC QUE EXIGE JORNADA INTEGRAL NO ENSINO FUNDAMENTAL.............................................16ASSOCIAÇÃO PEDE VOTAÇÃO DE PEC SOBRE APOSENTADORIA COMPULSÓRIA............................................16MAIS UMA VEZ, MICHEL TEMER AFIRMA QUE PL DO SUBSÍDIO SERÁ VOTADO.............................................17

GERAL..................................................................................................................................................17MPAS – BENEFÍCIOS - INSS MUDA CÁLCULO DO AUXÍLIO-DOENÇA......................................................17CJF - SERVIDORES TÊM DIREITO A JUROS SOBRE ATRASADOS ...............................................................18MJ E OAB AMPLIAM TÉCNICAS DE MEDIAÇÃO DE CONFLITO....................................................................18ALTERADO O REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL..........................................................................19

CLIPPING RESENHA DO TRT DA 4ª REGIÃO – 21/08/2009

n.1638

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T RT4

Ratificação de posse da Desª. Vania MattosA ratificação de posse perante o Pleno da Desembargadora Vania Mattos está marcada para hoje, às 17h. A solenidade será realizada na Sala de Sessões do Pleno. O Desembargador-Presidente do TRT-RS, João Ghisleni Filho, conduzirá a cerimônia. A Magistrada foi nomeada, mediante promoção, pelo critério de antiguidade, pela Presidência da República, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União de 16 de julho de 2009. A Desª. Vania foi empossada no cargo, em gabinete, em 17 de julho de 2009. (Assessoria de Comunicação Social do TRT-RS, 21/08/2009) Voltar ao início

Desª. Magda palestrará em Seminário no ParáA Presidente do Fórum Nacional em Defesa da Memória da Justiça do Trabalho, Desembargadora aposentada Magda Biavaschi, será palestrante, hoje (21), em Belém/PA, no Seminário "Preservar a memória também é uma questão de Justiça". A Magistrada abordará o tema “processos judiciais como fonte de pesquisa”. O evento será sediado pelo TRT8, que aproveitará a oportunidade para lançar o seu Selo Memória "Fez História!". (Assessoria de Comunicação Social do TRT-RS, 21/08/2009) Voltar ao início

Vice-Presidente participa de seminário sobre contribuição sindicalO Desembargador Carlos Alberto Robinson, Vice-Presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul, participa hoje (21) do I Seminário "O Custeio das Entidades Sindicais". O evento ocorrerá das 8h30min às 12h30min no Auditório do Ministério Público do Trabalho da 4ª Região, na Rua Ramiro Barcelos, 104. A organização é do MPT4 e do Movimento Sindical/RS.Na abertura, será apresentado o Projeto de Lei 248/06, de autoria do Senador Paulo Paim, que trata especificamente da Contribuição Assistencial. Pelo PL, a contribuição está vinculada à negociação coletiva e dependente de aprovação da assembleia geral dos trabalhadores da categoria, sindicalizados ou não, representada pelo sindicato negociador.Às 9h15min, haverá manifestação dos representantes das diversas instituições participantes (MPT4, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego/MTE, TRT-RS e Centrais Sindicais - CUT, CTB e Força Sindical). Às 10h15min, serão realizados debates e apresentação de emendas ao Projeto de Lei. Por fim, serão feitas as considerações finais e aprovada a Carta do Seminário. (Assessoria de Comunicação Social do TRT-RS, 21/08/2009) Voltar ao início Acessos à Revista Eletrônica do TRT-RS ultrapassam 20 milA Revista Eletrônica do TRT da 4ª Região já recebeu, neste ano de 2009, 20.048 visitas. Foram 7.041 visitantes, de todas as regiões do país (destacando-se, dentro do Estado, os municípios de Santa Maria, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Pelotas e Passo Fundo; fora do Rio Grande do Sul, a maior quantidade de acessos proveio de São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis e Brasília). Também tivemos acessos de países como os Estados Unidos, Espanha, Argentina, Uruguai, Alemanha, Itália, Inglaterra, Suíça, Japão, Austrália, Israel, Cabo Verde e Qatar. (Escola Judicial do TRT-RS, 20/08/2009) Voltar ao início

TRT-4 edita súmula equiparando auxiliares e técnicos de EnfermagemO Pleno do TRT da 4ª Região (RS) em sessão realizada na última sexta-feira (14), julgando incidente de uniformização de jurisprudência, entendeu pela edição de súmula acerca da possibilidade de serem deferidas diferenças salariais decorrentes de equiparação salarial, desvio de função ou acúmulo salarial entre auxiliares e técnicos de Enfermagem ainda que ausente formação em curso de técnico da profissão. O incidente foi suscitado em processo que aguardava julgamento pela 7ª Turma do TRT-4, a única do RS que ainda adotava o entendimento de que necessária a formação em curso profissionalizante. Embora o art. 896, § 3º, da CLT e o Regimento Interno do TRT não prevejam a possibilidade de o incidente ser suscitado pelas próprias partes, os advogados da reclamante fundamentaram o incidente no art. 476, parágrafo único do CPC e no Regimento Interno do TST. Os profissionais da Advocacia sustentaram que "a medida visava prestigiar o princípio das decisões colegiadas, norteador do Estado Democrático de Direito, e a diminuição do número de decisões judiciais dissonantes entre si".

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Em sua sustentação oral, a defesa da reclamante ressaltou "a dificuldade que os profissionais da Advocacia têm para explicar aos seus clientes decisões diferentes em casos idênticos, afirmando que a edição de súmula promoveria maior estabilidade jurídica". O incidente de unoformização de jurisprudência foi promovido apenas após o TRT-4 ter enfrentado a discussão durante os últimos anos, ou seja, após a matéria ser plenamente debatida e estar amadurecida entre as nove Turmas julgadoras. * Reclamante - Ivanizia Oribes da MotaAdvogados - Renato Kliemann Paese e Ingrid Renz BirnfeldReclamado - Hospital Nossa Senhora da Conceição.* Tramitação em primeiro grau:Proc. nº 00207-2007-026-04-00-0, da 26ª Vara do Trabalho de Porto Alegre/RSJuíza da sentença: Carla Sanvicente Vieira* Tramitação em segundo grau:Proc. nº 00207-2007-026-04-40-4, da 4ª TurmaRelatora no TRT-4: Denise Maria de Barros. Assim, e porque a própria Lei nº 7.498/86 - que disciplina as atividades dos profissionais de Enfermagem - permite que os auxiliares executem tarefas de técnicos ainda que não são habilitados em curso específico, foi aprovada a Súmula nº 48, com a seguinte redação: "a ausência de habilitação formal como técnico de Enfermagem, por si só, não é óbice ao pleito de equiparação salarial, diferenças salariais por desvio de função ou ´plus´ salarial formulado por auxiliares de Enfermagem".Embora suscitado em reclamatória trabalhista promovida contra o Grupo Hospitalar Conceição, a súmula foi aprovada sem restrições e gera efeitos ampliados no âmbito regional – ou seja, merece aplicação em casos semelhantes no âmbito estadual, em relação a todas as instituições médico-hospitalares. O entendimento adotado pelo TRT-4, ainda que expresse o senso majoritário das Turmas do TST, inova ao editar súmula, já que aquele tribunal superior ainda não possui orientação jurisprudencial ou súmula disciplinando a matéria. (Incidente suscitado nos autos do processo nº 00207-2007-026-04-00-0 – RO) (Espaço Vital, 21/08/2009) Voltar ao início

O Sul: Posse Desª. Vania Cunha MattosÉ hoje a solenidade de ratificação de posse da Desª. Vania Mattos, no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. A cerimônia será conduzida pelo presidente do tribunal, João Ghisleni Filho. (O Sul, Caderno Magazine, Colunista Fernanda Magalhães, p. 2, 21/08/2009) Voltar ao início

TST

Direito de arena de jogador de futebol é semelhante à gorjeta de garçonsO jogador de futebol que participa de uma competição num estádio deve receber parte do que for arrecadado com o espetáculo pela sua apresentação. O chamado “direito de arena” integra a remuneração do atleta da mesma forma que as gorjetas pagas pelos clientes aos garçons. Assim tem decidido o Tribunal Superior do Trabalho, apesar de interpretações diferentes em outras instâncias da Justiça Trabalhista. Em recurso de revista do Guarani Futebol Clube, por exemplo, julgado recentemente pela Primeira Turma do TST, houve a reforma da decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/São Paulo) sobre esse tema. Seguindo o voto do relator e presidente do colegiado, ministro Lelio Bentes, a Turma, por unanimidade, concluiu que o direito de arena devido pelo clube a ex-jogador integra a remuneração, mas não serve de base de cálculo do aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. O relator aplicou ao caso, por analogia, o entendimento consagrado na Súmula nº 354 do TST, que trata das gorjetas dos garçons. A diferença dessa decisão é que, para o TRT/Campinas, salário é o conjunto de prestações fornecidas pelo patrão ao trabalhador em função do contrato assinado. E o direito de arena teria caráter salarial, na medida em que decorre do contrato de trabalho, tendo como fato gerador a prestação do serviço (partida de futebol) pelo empregado (jogador). Nessas condições, segundo o Regional, os valores devidos a título de direito de arena deveriam integrar o salário do atleta para todos os efeitos. Já a jurisprudência do TST é no sentido de que o direito de arena tem reflexos somente nos cálculos do FGTS, 13º salário, férias e contribuições previdenciárias. Por isso, a Primeiraª Turma deu provimento parcial ao recurso do Guarani para excluir o direito de arena da base de cálculo do aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

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De acordo com o relator, ministro Lelio Bentes, durante a tramitação desse processo, houve muita confusão com os termos “direito de arena e de imagem”. O clube alegou que o direito de imagem do atleta tinha natureza civil e, portanto, não deveria estar sendo discutido na Justiça do Trabalho, mas sim na Justiça Comum. E se essa tese fosse recusada, pelo menos que a parcela não fosse considerada de natureza salarial, com os respectivos reflexos. Ocorre que, para os especialistas, direito de imagem não é a mesma coisa que direito de arena. Direito de imagem haveria no caso de um contrato individual para autorização da utilização da imagem do atleta e, de fato, teria natureza civil. A Constituição Federal protege a reprodução da imagem, inclusive nas atividades desportivas (artigo 5º, inciso XXVIII). Já o caso analisado se referia a direito de arena, nos termos da Lei nº 9.615/1998 – a Lei Pelé. Por essa norma, no mínimo, 20% do valor total da autorização da transmissão devem ser distribuídos aos atletas profissionais que participarem do evento esportivo. Daí os doutrinadores do país compararem o direito de arena à gorjeta. (RR 1288/2001-114-15-00.0) Tema será discutido no II Encontro sobre Legislação Esportivo-Trabalhista A questão do direito de arena é tema de um dos painéis do II Encontro Nacional sobre Legislação Esportivo-Trabalhista, que o TST realiza hoje (20) e amanhã. O assunto será debatido no quinto painel, programado para amanhã (21), às 17h30, em painel coordenado pelo ministro Ives Gandra Martins Filho, com a moderação do advogado Luiz Carlos Barreto de Oliveira alcoforado e a participação, como expositores, dos advogados Domingos Sávio Zainaghi, presidente da Comissão de Direito Desportivo da OAB-SP, Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, e Felipe Legrazie Ezabella. (ACS/TST, 20/08/2009) Voltar ao início

SPTrans: gestão de transporte público não se confunde com terceirizaçãoA Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho acolheu, por unanimidade, recurso da São Paulo Transportes – SPTrans e reformou acórdão regional que reconheceu a responsabilidade solidária da entidade paulistana pelo pagamento de débitos trabalhistas de empregados de permissionária. O relator do recurso, ministro Emanuel Pereira, destacou em seu voto que a SPTrans não se enquadrou no caso de responsabilidade solidária pela contratação ilegal através de empresa interposta, mas sim de situação em que a empresa agira dentro de sua competência no sentido de buscar a eficiência e o bom desempenho dos serviços. Ele ainda reiterou a Orientação Jurisprudencial Transitória nº 66 da SDI-1, que mostra a diferença entre a atividade de gerenciamento da entidade fiscalizadora e a terceirização de mão-de-obra. Devido ao não-cumprimento de obrigações contratuais por parte da permissionária de transporte público, Viação América do Sul, a São Paulo Transportes interveio na empresa em fevereiro de 2003, no intuito de solucionar problemas e evitar prejuízos na prestação do transporte. O Tribunal Regional da 2ª Região (SP) modificou a sentença da 35ª Vara do trabalho de São Paulo, que havia negado o pedido do cobrador de ônibus, não concedendo verbas rescisórias como horas extras, aviso prévio e 13º salário. O juiz de primeira instância entendeu que a SPtrans não figurou como beneficiária dos serviços da empresa de transportes, mas sim como mera gestora do sistema de transporte público municipal. O acórdão do TRT observou que a São Paulo Transportes, ao intervir na América do Sul, passou a operar, administrar e gerir, de fato, o transporte coletivo, assumindo a condição de empregadora, e, por isso concedeu os pedidos do cobrador. O ministro Emmanoel Pereira, ao examinar o recurso no TST, assinalou que o reconhecimento da responsabilidade subsidiária da entidade que exerce atividade de gerenciamento e fiscalização dos serviços prestados pelas concessionárias de transporte público, quando não usufruiu dos serviços prestados pelo trabalhador por meio de terceirização, não é possível, pois a situação não se enquadra nos termos da jurisprudência do TST sobre terceirização (Súmula nº 331, item IV), “Ainda mais descabida é a condenação solidária, pois esta somente decorre da lei ou da vontade das partes, por força do artigo 265 do Código Civil”, concluiu o relator. (RR-1236/2004-035-02-00.8) (ACS/TST, 20/08/2009) Voltar ao início

Acordo para criação de banco de horas deve ter participação do sindicatoAcordo individual plúrimo pelo qual tenha sido instituído “banco de horas” deverá ter obrigatoriamente a participação do sindicato da categoria quando da sua celebração. Este é o entendimento unânime da Sexta Turma do TST ao julgar recurso da Magneti Marelli do Brasil Indústria e Comércio Ltda., que fora condenada ao pagamento de horas extras que ultrapassaram a jornada de trabalho e que tinham sido acordadas apenas com os empregados da empresa, não tendo sendo sido objeto do acordo coletivo da categoria.

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O sindicato, quando fecha um acordo, o faz em nome de toda a categoria. No caso de acordo individual plúrimo, ele se dá para uma parcela de empregados de uma determinada categoria versando sobre um ponto específico – no caso em questão, o banco de horas para os empregados da Magneti Marelli do Brasil. O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), ao analisar o recurso ordinário do sindicato, declarou a nulidade da cláusula do acordo individual por entender ser necessária a interferência do sindicato na pactuação de compensação de horas e condenou a Magneti Marelli a pagar as horas extras correspondentes à extrapolação da jornada diária. A empresa recorreu da decisão, sob o argumento de que a sua produção oscila de acordo com os pedidos das montadoras de veículos, e sustentou que o ajuste pactuado diretamente com os empregados lhes é benéfico, por garantir a empregabilidade em períodos de poucos pedidos. O ministro Horácio de Senna Pires, relator do recurso, observou que o argumento apresentado pela empresa “não exclui a participação do sindicato, ao contrário, o inclui, já que este é parte interessadíssima na manutenção do emprego dos seus substituídos”. Ademais, considerou o argumento “muito incoerente”, quando se verifica que a empresa não fez, no acordo individual, referência alguma à manutenção dos empregos. O relator salientou que a Súmula nº 85 do TST dá validade ao acordo individual de compensação de jornada de trabalho, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário. Todavia, em se tratando de compensação anual (banco de horas), a questão deverá ter um tratamento diferenciado, pois se trata de condição bem mais gravosa para o trabalhador do que a compensação semanal, onde a jurisprudência autoriza o ajuste individual. Afirmou ainda que a adesão dos empregados ao banco de horas foi obtida “sob forte presunção de coação”, e que. “por qualquer ângulo que se olhe, o acordo revela-se eivado de irregularidades.” (RR 1251/2001-032-03-00.0) (ACS/TST, 20/08/2009) Voltar ao início

Segunda Turma mantém negativa de vínculo a filha de tabeliãesA Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho, em voto relatado pelo ministro Renato de Lacerda Paiva, manteve decisão que negou o reconhecimento de vínculo de emprego a uma moça que atuou como notária substituta no Cartório do 1º Tabelionato de Notas do Município de Frutal (MG), até a posse do tabelião titular, aprovado em concurso público. As instâncias ordinárias constataram que a moça integrava a família que conduzia o cartório de registros públicos na comarca. O ministro afirmou que os contornos nitidamente fático-probatórios que envolvem a questão inviabilizam a análise do caso pelo TST. O cartório foi conduzido pelo pai da moça (afastado por decisão judicial) e, depois, por sua mãe (que se aposentou voluntariamente). Declarado o cargo vago, ela foi designada para responder como tabeliã substituta até o provimento efetivo do cargo. Dois dias após a posse do novo titular, ela ajuizou reclamação trabalhista postulando reconhecimento de vínculo de emprego e supostos direitos trabalhistas referentes ao período em que trabalhou para os pais, em que ela própria trabalhou como tabeliã substituta, indicando como único responsável por seus direitos o novo tabelião para o qual nem chegou a trabalhar. Sua pretensão foi negada na primeira instância, que não reconheceu a sucessão trabalhista em relação ao novo titular do cartório e negou os direitos trabalhistas pleiteados. Além dos aspectos legais, a sentença considerou que a ação revela o “nítido inconformismo da notária em perder a titularidade provisória do cartório que foi delegado por várias décadas à sua família”. A sentença foi confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), cuja decisão está mantida em razão do não conhecimento do agravo de instrumento. O entendimento aplicado ao caso é o de que o titular de cartório extrajudicial exerce, por delegação, serviço público, mas de natureza privada, cabendo-lhes os rendimentos decorrentes do exercício de sua atividade. Compete-lhe contratar, dirigir e remunerar os empregados que o auxiliam, de acordo com o artigo 236 da Constituição e o artigo 21 da Lei nº 8.935/1994. Diante disso, não cabe falar em sucessão trabalhista em relação ao novo titular, pois a moça sucedeu os tabeliães anteriores (seus pais) e assumiu a condição de própria empregadora quando atuou como notária substituta. No depoimento, a autora da ação trabalhista revelou que, no período em que assumiu a titularidade do cartório, se apossava dos emolumentos e jamais se preocupou em fazer recolhimentos à Previdência Social. Também contou que a família não anotava as carteiras de trabalho nem recolhia as contribuições sociais de seus empregados. As instâncias ordinárias da Justiça do Trabalho consideraram patente a ausência de sucessão trabalhista. Primeiro porque, ao assumir a titularidade do cartório, a moça passou à condição de empregadora. Segundo porque não houve continuidade da prestação de serviços ao novo tabelião. A moça confessou que não tinha o menor interesse em continuar trabalhando pelo mesmo salário que os

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empregados de sua família ganhavam. (AIRR 758/2008-042-03-40.3) (ACS/TST, 20/08/2009) Voltar ao início

Carro fornecido pela empresa não é salário, diz TSTO veículo fornecido pela empresa para uso em serviço não pode ser considerado salário in natura, mesmo quando utilizado pelo empregado para fins particulares. Esse entendimento, consagrado na Súmula nº 367 do Tribunal Superior do Trabalho, foi aplicado recentemente pela Oitava Turma do TST no julgamento do recurso de revista da Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga. A questão começou a ser debatida quando um ex-auxiliar de vendas da Ipiranga, demitido sem justa causa, após quase oito anos de serviços prestados, entrou com ação trabalhista na 4ª Vara do Trabalho de Vitória, no Espírito Santo. O trabalhador requereu, entre outros créditos, a integração do carro fornecido pela empresa ao salário, com reflexos no 13º salário, horas extras, férias, aviso prévio, repouso semanal remunerado e FGTS. O ex-empregado sustentou que usava o automóvel da empresa em tempo integral. Com a ajuda de testemunha, provou que o carro permanecia com ele nos fins de semana e no período de férias. Tanto o juiz de primeiro grau quanto o Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES) concordaram que o veículo era fornecido não só para o trabalho, mas também pelo trabalho, caracterizando, portanto, salário utilidade. O TRT esclareceu ainda que o percentual de 5% do salário mensal recebido pelo empregado (que era de R$ 2.578,58), estipulado como valor do salário in natura correspondente ao veículo, era razoável. Isso por que o artigo 458, parágrafo 1º, da CLT limita o percentual máximo do salário utilidade habitação e alimentação, por exemplo, respectivamente, a 25% e 20% do salário do trabalhador. No entanto, no caso da modalidade transporte, não há limitação legal. Durante o julgamento do recurso de revista na Oitava Turma, o advogado do trabalhador defendeu que a decisão do Regional não poderia ser reformada porque implicaria no reexame de fatos e provas – atribuição vedada ao TST. Só que, na avaliação da relatora do processo, ministra Dora Maria da Costa, de fato, a decisão regional era conflitante com a jurisprudência do TST, conforme sustentou a Companhia Ipiranga. Segundo a relatora, o caso em discussão se enquadrava perfeitamente nos termos da Súmula nº 367, inciso I, do TST, que estabelece que o veículo fornecido ao empregado para a realização do trabalho, mesmo quando utilizado em atividades particulares, não tem natureza salarial. ( RR – 811/1999-004-17-00.7) (ACS/TST, 20/08/2009) Voltar ao início

Presidente do TST abre oficialmente encontro sobre legislação esportiva O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Milton de Moura França, abriu agora há pouco o II Encontro Nacional sobre Legislação Esportivo-Trabalhista, que discutirá durante toda esta sexta-feira (21) vários temas relacionados ao trabalho dos atletas profissionais, com destaque para os jogadores de futebol. Moura França reconheceu que o futebol é uma importante fonte geradora de emprego, mas também de conflitos trabalhistas entre jogadores, clubes e outros segmentos que, direta ou indiretamente, com ele mantém relacionamento. O presidente do TST afirmou que o encontro, na sede do TST, permitirá um exame detalhado da legislação esportiva brasileira, além da análise de sua compatibilidade com as normas editadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). O ministro dos Esportes, Orlando Silva, e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, compareceram à solenidade de abertura, além do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, entre outras autoridades. “Este evento, organizado pelo TST, tem o objetivo de analisar e debater o contrato de trabalho do jogador de futebol, questão atual e polêmica presente no mundo jurídico-esportivo. Para alcançar esse objetivo, foram convidados profissionais altamente qualificados, com inegáveis conhecimentos nas diversas áreas comprometidas com a prática desse esporte”, afirmou o ministro Moura França no discurso de abertura. O II Encontro Nacional sobre Legislação Esportivo-Trabalhista é coordenado pelo ministro Guilherme Caputo Bastos. (ACS/TST, 20/08/2009) Voltar ao início

Ministro diz que conclusões do II Encontro poderão aperfeiçoar Lei PeléNa abertura do II Encontro Nacional sobre Legislação Esportivo-Trabalhista, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, afirmou que as conclusões do evento poderão servir de subsídios para a revisão da Lei Pelé (Lei nº 9.615/1998), que será iniciada na Câmara dos Deputados, após mais de uma década de vigência.

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O ministro representou o presidente da República na abertura oficial do encontro e transmitiu a confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na capacidade que o II Encontro Nacional sobre Legislação Esportivo-Trabalhista terá de contribuir para a modernização da legislação pertinente e para o aprimoramento das relações de trabalho dos atletas profissionais. “Dez anos depois da Lei Pelé é mais que oportuno que a inteligência jurídica brasileira aqui se reúna para refletir sobre o funcionamento dessas normas e também sobre sua eficácia quanto à proteção dos direitos dos profissionais do esporte”, afirmou o ministro dos Esportes. Orlando Silva afirmou ter certeza de que as conclusões do evento realizado pelo TST terão eco no Congresso Nacional, tendo se colocado à disposição para acompanhar os ministros do TST na exposição das conclusões aos deputados federais e senadores.

Conselhos Superiores

Deficientes têm direito a 5% das vagas em concursos para cartóriosAs pessoas com deficiência continuarão com o direito, conforme previsto em lei, de concorrer às serventias especialmente reservadas aos candidatos com deficiência, que totalizarão 5% das vagas oferecidas em edital para concurso público para cartórios. A cada vinte vagas o edital deverá reservar uma para provimento de portadores de necessidades especiais e indicará a data e local de realização de sorteio público das serventias destinadas a estes candidatos. Este foi o entendimento do plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na sessão desta quarta-feira (19/08), que deferiu liminar ao recurso interposto por candidatos aprovados em concurso público para preenchimento de vagas em cartórios do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). No recurso ao Procedimento de Controle Administrativo (PCA 200910000019274), os candidatos alegam que nos casos omissos do edital, cabe a presidência do TJAC e não a Corregedoria Geral, a competência de aceitar o pedido de escolha de serventia de candidato aprovado em concurso público na condição de portador de necessidades especiais. De acordo com os candidatos, a Corregedoria Geral fixou o critério de alternância entre candidatos portadores e não portadores de deficiência, para escolha dos cartórios para as quais concorreram. Com este critério de alternância, elevou em 50% a relação entre portadores de necessidades especiais e concorrentes não deficientes, quando a norma prevista em lei é de 5% das vagas. A decisão atende a Resolução 81, do CNJ, ao fixar critério compatível com o limite mínimo de vagas asseguradas aos deficientes. (CNJ, 20/08/2009) Voltar ao início

Critérios para as obras do Judiciário serão definidos em resolução do CNJAté o final do ano o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deverá editar uma resolução estabelecendo os critérios e padrões que deverão ser usados pelo Judiciário em todo o Brasil para a construção de prédios dos órgãos da Justiça para evitar desperdício de recursos. Para discutir o assunto, foi realizada nesta quinta-feira (20/08) a primeira reunião do Grupo de Trabalho de Obras do Judiciário. Entre os padrões que poderão ser estabelecidos para as construções, estão a movimentação de processos ou número de habitantes de cada município.Nessa reunião, o Grupo de Trabalho foi dividido em três subcomitês: um ficará responsável pela fiscalização, o outro pela definição do layout e o terceiro pela definição dos marcos e padronização. O grupo deixou a reunião já com a missão de fazer um estudo detalhado das obras em andamento de todos os tribunais e as informações obtidas serão encaminhadas ao CNJ. “A idéia é reunirmos as melhores soluções de construções mais baratas, com acessibilidade e que garanta economia do dinheiro público”, explicou o conselheiro Felipe Locke Cavalcanti, presidente do Grupo de Trabalho. Identidade - Criado pela Portaria 524, de 28 de abril deste ano, o Grupo tem como objetivos estabelecidos pelo presidente do CNJ, ministro Gilmar Mendes, monitorar as obras em andamento, estabelecer critérios de construção e padronizar o layout dos prédios do Judiciário. “No futuro, queremos o Judiciário com uma identidade única, onde todos possam olhar e reconhecer um prédio da justiça”, explicou o secretário geral do CNJ, Rubens Curado, que participou da reunião para a qual foram convidados representantes do Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Superior Tribunal Militar (STM), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunal Superior do Trabalho (TST) e Conselho Superior da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal, além dos Tribunais de Justiça do CE, MG, PR, PA e MS.A próxima reunião do Grupo de Trabalho de Obras está marcada para o dia 23 de setembro, quando os membros já deverão apresentar levantamentos. “Até o final do ano, estaremos dando um novo marco para as construções do Poder Judiciário”, explicou o conselheiro Felipe Locke Cavalcanti para quem “a justiça brasileira não precisa de palácios suntuosos e sim ambientes próprios onde a população possa ser bem atendida”. (CNJ, 20/08/2009) Voltar ao início

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Tribunais Superiores

Ministro defere liminar para manter aposentadoria considerada ilegal pelo TCUO ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar para garantir que um servidor aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) continue a receber os valores da aposentadoria, concedida em 1998. A decisão foi dada em Mandado de Segurança (MS 28106) pedido pelo servidor, depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) considerou a sua aposentadoria ilegal em razão de ele ter aproveitado o tempo de serviço em atividade rural, mas sem recolher a devida contribuição previdenciária. Ele questiona o fato de a decisão do TCU ter ocorrido nove anos depois de a UFMS ter autorizado administrativamente a sua aposentadoria.Para o ministro Celso de Mello, “a fluência de tão longo período de tempo culmina por consolidar justas expectativas” para o aposentado, bem como a confiança da plena regularidade dos atos da administração. Por isso, não se justifica a “ruptura abrupta da situação de estabilidade”.O ministro também ponderou o caráter essencialmente alimentar da aposentadoria e, com isso, concedeu a liminar para preservar a integridade dos valores. Em sua opinião, há uma “clara situação de grave risco a que estará exposta a parte ora impetrante, privada de valores essenciais à sua própria subsistência”.Por fim, Celso de Mello deixou consignado que a matéria será reexaminada com maior profundidade por ocasião da análise do mérito, registrando que a liminar deferida valerá até o julgamento definitivo da causa pelo Plenário do Supremo. (STF, 20/08/2009) Voltar ao início

Ex-servidor público poderá reclamar danos morais do SBT por farsa na televisãoA Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) restabeleceu o direito do ex-servidor público Carlos Alberto Soares de cobrar judicialmente indenização por danos morais do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Soares move uma ação contra a emissora sob a alegação de que foi vítima de um flagrante armado por repórteres da empresa e policiais de São Paulo, em abril de 1992. O autor da ação relata, nos autos do processo que, na ocasião, após sair de um almoço com um colega, foi surpreendido por uma equipe da tevê e por policiais. Acusado de cometer o crime de concussão (exigir para si ou para outra pessoa vantagem indevida em razão de função pública), Soares teve sua prisão filmada pela equipe do SBT. Ele alega que os jornalistas da emissora teriam preparado o flagrante e chamado a polícia para prendê-lo. As imagens do fato foram veiculadas pela emissora em horário nobre, no programa Aqui e Agora. Em razão do ocorrido, ele ficou preso durante 35 dias e perdeu o emprego. Com sérios problemas financeiros e indignado com a falsa acusação, o ex-servidor propôs uma ação, reclamando indenização por danos morais e materiais contra o SBT. A primeira instância da Justiça paulista reconheceu a “armação” e o erro judiciário, mas negou o pedido sob o fundamento de que o direito teria decaído porque a ação por danos morais foi proposta três anos após o ocorrido, em abril de 1995. A decadência foi reconhecida com base no artigo 56 da Lei de Imprensa, que estabelece em três meses, contados da data de veiculação da matéria jornalística, o prazo para ajuizamento desse tipo de ação. Soares recorreu da decisão, mas a segunda instância confirmou o entendimento do primeiro grau. No recurso interposto no STJ, seus advogados sustentaram que a decisão da Justiça paulista violou o artigo 59 do Código Civil de 1916, lei federal que estava em vigor à época em que a ação foi proposta. O dispositivo trata da responsabilidade civil de quem causa dano a terceiros. A defesa também sustentou que o prazo decadencial que deveria ser aplicado ao caso é o previsto na legislação civil, mais amplo, e não o disposto na Lei de Imprensa. Os argumentos da defesa foram acolhidos pela Quarta Turma. Com base no voto do relator do caso no STJ, desembargador convocado Honildo Amaral de Mello Castro, os ministros do colegiado afirmaram que a Lei de Imprensa não poderia ser aplicada ao caso porque o prazo decadencial nela previsto não foi recepcionado pela Constituição de 88. O desembargador convocado ressaltou que o Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 130/DF, já havia suspendido a vigência da parte do artigo 56 da Lei de Imprensa que fazia menção ao prazo decadencial de três meses.

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Citando precedentes do STJ, o desembargador mencionou em seu voto que poderia arbitrar o valor do dano moral, concretizando o direito buscado por Soares em 14 anos de batalha judicial. No entanto, ponderou o magistrado, ele não pôde fazê-lo porque a defesa do ex-funcionário não fez esse pedido e, por lei, é vedado ao juiz decidir além do que foi requerido. Por causa disso, o colegiado do STJ atendeu o pedido veiculado no recurso, afastando a decadência e determinando o retorno dos autos do processo às instâncias ordinárias da Justiça paulista, que agora deverá julgar o pedido de danos morais. Na prática, a decisão restabeleceu a possibilidade de Soares continuar a buscar seu direito. (STJ, 20/08/2009) Voltar ao início

Candidato a juiz garante curso de formação, mas eventual posse somente após decisão finalO candidato a juiz no Maranhão J. J poderá fazer o curso de formação para o ingresso na carreira da magistratura, mas está impedido de eventualmente tomar posse no cargo até o trânsito em julgado da decisão que permitiu a inscrição no curso. A decisão é do presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Cesar Asfor Rocha, que deferiu em parte o pedido de suspensão de segurança feito pelo Estado do Maranhão. A inscrição foi permitida em liminar deferida parcialmente por desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão, que determinou a inscrição do impetrante no curso de formação para o ingresso na carreira da magistratura. A decisão, no entanto, deixou claro que o candidato sub judice não teria direito ao recebimento imediato da respectiva bolsa, devendo ser feita contracautela da retenção pecuniária em conta específica. O Estado do Maranhão apresentou, então, suspensão de segurança ao STJ. No pedido, sustenta a ocorrência de grave lesão à ordem pública no aspecto jurídico, diante da inobservância das regras provenientes do edital do certame, bem como da flagrante invasão do Poder Judiciário na esfera discricionária da Administração Pública, em face da anulação de questões formuladas pela banca do concurso público. Para o Estado, não é oportuno que candidato sub judice continue nas demais etapas do concurso. “A permanência dessa situação ensejará grave insegurança ao exercício da função judicante, ainda mais quando a decisão diz respeito a um candidato que não fora sequer aprovado na quarta prova discursiva, cuja nota foi inferior a quatro, ou seja, 2,75”, asseverou o procurador. O presidente, ministro Cesar Rocha, deferiu em parte o pedido, afirmando ter sido demonstrada a possível lesão à ordem pública em razão da incerteza jurídica relativa aos atos processuais praticados por juiz nomeado sub judice. Ainda segundo o presidente, é forte a argumentação do Estado quanto à impossibilidade de o Poder Judiciário discutir o conteúdo programático das questões contidas na prova objetiva do concurso, considerando tal fato uma invasão da autonomia da esfera administrativa. “Defiro em parte o pedido, para impedir eventual posse do impetrante do mandamus, até o trânsito em julgado (quando não há mais possibilidade de recurso) deste”, conclui Cesar Rocha. (STJ, 20/08/2009) Voltar ao início

Quarta Turma aplica 49 multas em única sessãoAproximadamente 20% dos processos levados a julgamento na Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) receberam dos ministros multa por procrastinação ou litigância de má-fé. Segundo o ministro Aldir Passarinho Junior, a medida visa desestimular a utilização da Justiça com fins meramente protelatórios. Têm sido considerados procrastinatórios os recursos manifestamente improcedentes, incluindo aqueles interpostos contra matérias já sumuladas, as decididas pela Lei dos Recursos Repetitivos ou, ainda, as que foram objeto de pacificação mediante reiterada jurisprudência do STJ. Desde 1994, o Código de Processo Civil passou a permitir ao Judiciário aplicar multa não excedente a 1% aos litigantes de má-fé – aqueles que entram com recursos apenas no intuito de protelar a conclusão da causa. Na reiteração de embargos protelatórios, a multa pode ser elevada a até 10%. Além disso, para interpor qualquer outro recurso, somente se houver o depósito do valor respectivo. Em 2007, o ministro Aldir Passarinho Junior afirmou, no projeto (agora já tornado lei) de sua autoria visando instituir a cobrança de custas judiciais no STJ e, assim, alinhar o Tribunal à realidade dos demais órgãos do Judiciário nacional, que, além de reverter em benefício do Judiciário e, consequentemente, do jurisdicionado, a obrigação serviria para inibir recursos protelatórios sem prejuízo a quem não pode pagar, pois estes e o Estado continuam com o direito à isenção garantido, continuam assistidos.

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Mas os recursos com intuito protelatório se multiplicam em todo o STJ. Em 2008, o então presidente do Tribunal, ministro Humberto Gomes de Barros, que, por muitos anos, integrou a Segunda Seção – especializada em julgar as questões atinentes a Direito Privado – já defendia a aplicação rigorosa das penalidades previstas em lei como forma de coibir a litigância de má-fé dos que “se valem da Justiça apenas para postergar o pagamento de dívidas”. Para ele, aplicando com maior rigor e frequência as penalidades processuais quando cabíveis, a muitos não se mostraria tão convidativo buscar o Judiciário para rolar dívidas. “Se a lei nos dá ferramentas, usemo-las. Se essa postura pode contribuir para a redução no número de processos que nos são distribuídos, merece ser utilizada”, ressaltou à época. Pensamento do qual comungam vários ministros do Superior Tribunal de Justiça. Recentemente, o ministro Mauro Campbell Marques, da Segunda Turma, aplicou multa de 1% sobre o valor da causa à União por entender que um recurso interposto por ela tinha o único objetivo de adiar o pagamento de uma indenização. Para o ministro Campbell, enquanto prevalecer a crença de que os tribunais podem ser acionados para funcionar como obstáculos dos quais as partes lançam mão para prejudicar o andamento dos processos, será constante o desrespeito à Constituição. “Aos olhos do povo, essa desobediência é fomentada pelo Judiciário, e não combatida por ele. Aos olhos do cidadão, os juízes passam a ser inimigos, e não engrenagens de uma máquina construída unicamente para servi-los”, afirmou em seu voto. No ano passado, a Quinta Turma, que integra a Terceira Seção do STJ, majorou a multa para 5% sobre o valor corrigido da causa devido à reiterada apresentação de embargos em um recurso em mandado de segurança: quatro vezes o mesmo argumento para que a questão fosse revista pelos ministros. Nessa última sessão da Quarta Turma, dos 274 processos levados a julgamento pelos seus cinco integrantes, 49 tiveram multa aplicada por serem meramente protelatórios. É a primeira vez que os ministros aplicam a penalidade em tal volume de processos: 17,8% do acervo total da sessão. Para o ministro Aldir Passarinho Junior, “os recursos meramente protelatórios impedem que o tribunal cumpra seu papel perante a sociedade de unificar a interpretação da lei federal com celeridade”. (STJ, 20/08/2009) Voltar ao início

Tribunais Regionais do Trabalho

TRT-SP: Ausência de escritura pública não impede impenhorabilidadeA impenhorabilidade do imóvel destinado à residência familiar não está sujeita a escrituração pública. Essa inscrição advém da necessidade de identificação quando existirem vários imóveis passíveis de penhora.Apreciando agravo de petição em embargos de terceiro, a 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo negou provimento ao recurso que pretendia a penhora de imóvel sob alegação de não cumpridos os requisitos legais.Analisando as provas, o Desembargador Relator Rovirso A. Boldo verificou que o imóvel era utilizado como residência familiar e afastou a obrigatoriedade de escritura pública para configurar a impenhorabilidade.Ressaltou que, nos termos da Lei 8.009/90, a impenhorabilidade é restrita ao único imóvel utilizado como moradia permanente do casal ou pela entidade familiar, sendo a inscrição necessária na existência de diversos imóveis, quando os proprietários poderão escolher aquele a ser considerado bem de família.“A exigência de escritura pública, com vistas a identificar o bem de família, refere-se apenas ao bem de família voluntário. A necessidade de inscrição está condicionada à volição dos proprietários de vários imóveis utilizados como residência, com o fito de evitar que a constrição recaia sobre o bem de menor valor, nos termos do art. 1.711 do Código Civil. Não é caso dos autos”, destacou o Desembargador Rovirso Boldo.Com a comprovação dos requisitos que impedem a penhora, a 8ª Turma do TRT-SP negou provimento ao recurso e manteve a decisão que impediu a constrição.O Acórdão de nº 20090185123 foi publicado no DOEletrônico em 24/03/2009. (TRT2, 21/08/2009) Voltar ao início

JT concede danos morais a empregado que responde a inquérito policial por culpa do empregadorA 3ª Turma do TRT-MG analisou o caso de um trabalhador que foi detido para interrogatório e, atualmente, responde a inquérito policial por ter transportado mercadorias da empregadora sem

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nota fiscal. Os julgadores entenderam que o empregado teve a sua honra ofendida, o que gera a obrigação da empresa de indenizá-lo pelos danos morais sofridos.O reclamante relatou que estava viajando, a pedido da reclamada, para buscar mercadorias adquiridas pela empresa para futura comercialização, quando foi preso por policiais rodoviários por transportar mercadorias sem notas fiscais, permanecendo detido por mais de seis horas. Inclusive, existe um processo criminal tramitando contra ele. A empregadora negou que o reclamante estivesse viajando a trabalho.Porém, depois de examinar os elementos contidos no processo, o juiz convocado Antônio Gomes de Vasconcelos concluiu que eram verdadeiras as alegações do reclamante. Observou o relator que as mercadorias apreendidas e listadas no boletim de ocorrência eram do mesmo tipo dos produtos comercializados pela empresa, ou seja, equipamentos importados de áudio, foto e vídeo. Os documentos analisados pelo magistrado demonstraram que mercadorias compradas no exterior em nome de um dos sócios da reclamada eram do mesmo tipo daquelas apreendidas pela polícia rodoviária, sem nota fiscal. Além disso, constatou o juiz que o salário de aproximadamente R$500,00 mensais, recebido pelo empregado, era insuficiente para comprar esses equipamentos importados.Com base nesses elementos, a Turma considerou evidente a ofensa à honra e à dignidade do trabalhador, que não possui antecedentes criminais e foi submetido a situação vexatória, por culpa da empregadora, que não cumpriu suas obrigações fiscais. Assim, foi modificada a sentença para deferir uma indenização por danos morais em favor do reclamante. (RO nº 00001-2009-018-03-00-2) (TRT3, 21/08/2009) Voltar ao início Se não há culpa da parte, não ocorre prescrição intercorrente.A 9ª Turma do TRT-MG reverteu decisão que declarou a prescrição intercorrente em execução que se encontrava paralisada sem culpa da parte. A prescrição intercorrente é a perda do direito, pelo transcurso do tempo, em razão da inércia do titular, que não toma iniciativa no sentido de praticar os atos processuais necessários para a execução da dívida, paralisando o processo.O relator do recurso, desembargador Antônio Fernando Guimarães, frisa que é a inércia na movimentação do processo que constitui a causa para o curso da prescrição. Portanto, se o credor pratica corretamente todos os atos processuais necessários, o prazo de prescrição interrompe-se, iniciando-se novamente a partir do último ato praticado.Na análise do processo, verificou o desembargador que a prescrição foi interrompida várias vezes, em virtude de atos processuais praticados pela credora, sendo que a última movimentação ocorreu em 24/08/2007, quando foi deferido o pedido de suspensão do processo por seis meses. Depois de esgotado o período de seis meses, em 24/02/2008, iniciou-se novamente a contagem do prazo de prescrição. Como não se passaram cinco anos a partir daquela data, o magistrado constatou que a prescrição ainda não havia se consumado.Neste contexto, a Turma deu provimento ao recurso da agravante, cassando a decisão que declarou a prescrição intercorrente. O processo permanecerá suspenso até o julgamento da apelação, período no qual não se reinicia o prazo de prescrição. (AP nº 01446-2005-008-03-00-9) (TRT3, 21/08/2009) Voltar ao início Justiça do Trabalho concede liminar em ação do MPT contra BraskemA Justiça do Trabalho concedeu tutela antecipada em ação civil pública (ACP) proposta pelo Ministério Público do Trabalho - MPT contra a Braskem S.A., por terceirizar atividades-fim por meio de cooperativas de intermediação de mão-de-obra e de empresas terceirizadas. A liminar (clique aqui para ler) concedida no último dia 27 de julho suspende de imediato a subcontratação e determina a contratação direta dos trabalhadores envolvidos nas atividades-fim e dos pseudo cooperados para quaisquer atividades na empresa.Na ACP (nº 00599.2009.133.05.00.0) proposta pela procuradora Virginia Sena, o MPT firma o entendimento de que as cooperativas de trabalho não se prestam à intermediação de mão-de-obra, mas à prestação e contratação de serviços para seus associados. Também entre os requerimentos do MPT, há o reconhecimento de vínculo empregatício entre todos os trabalhadores terceirizados e cooperados e a Braskem, a rescisão dos contratos de prestação de serviços celebrados com a cooperativa de trabalho Cooinsp e a Koende Tecnologia em Inspeções e Consultoria Ltda., com contratação direta de mão-de-obra para a execução das atividades-fim. Julgado procedente o pedido, a Braskem será obrigada ao pagamento de indenização por dano moral coletivo, no valor mínimo de R$ 692 mil, reversível ao FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador.

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Na liminar, o juiz Rafael Menezes Santos Pereira, atuando na 3ª Vara do Trabalho de Camaçari, deferiu o pedido de antecipação da tutela, destacando que “facilmente se constata que a Ré estava contratando mão-de-obra precária, sem os encargos sociais correspondentes, para desempenhar atribuições típicas de empregados e ligadas às suas atividades normais, sejam elas de meio ou de fim”. Determina que a Braskem deve deixar de contratar mão-de-obra por meio de cooperativas para quaisquer atividades e de contratar empresas ou entidades terceiras para desempenho de suas atividades-fim, sob pena de multa diária de multa diária de R$ 3 mil por trabalhador encontrado. (TRT5, 20/08/2009) Voltar ao início

Justiça libera trabalho aos domingos no comércio de CascavelA juíza Luciane Rosenau, titular da 1ª Vara do Trabalho de Cascavel, deferiu pedido de liminar em Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho, suspendendo cláusula de convenção coletiva de trabalho que proibia a utilização da mão de obra, aos domingos, dos empregados no comércio lojista, varejista, atacadista, em hipermercados, supermercados, mercados, mercearias e similares na cidade de Cascavel. A decisão é válida até a apreciação do mérito da ação.Na decisão, a juíza destaca que, embora a cláusula não determine o fechamento dos estabelecimentos comerciais aos domingos, “este é o efeito pretendido e alcançado pelos signatários, pois não se pode imaginar que empresas de médio e maior porte possam abrir e funcionar sem empregados”. Afirma ainda que “a cláusula, conforme redigida, causa polêmica e tumulto nas relações de trabalho, além de gerar desigualdades e não beneficiar os trabalhadores, como aparentemente pode parecer”.A convenção coletiva abrange 18 municípios, porém apenas em Cascavel havia a limitação de trabalho aos domingos pela cláusula analisada. O mesmo documento também permite o funcionamento de estabelecimentos que utilizam mão de obra familiar, em quaisquer cidades. “Persistindo a situação, novas contratações podem ser inviabilizadas e, quiçá, trabalhadores podem perder seus postos de trabalho. O que restaria aos estabelecimentos de maior porte? Deveriam funcionar mediante emprego de trabalhadores avulsos, cooperados, autônomos ou similares?”, pondera a magistrada em sua decisão. Ela acrescenta que os signatários da convenção “não podem impor o fechamento do comércio aos domingos, vedando a utilização de mão-de-obra de empregados, pois isto afronta o previsto na Constituição Federal, bem como na Lei 10.101/00”. O texto constitucional referido é o artigo 7o, inciso XV, que assegura o repouso semanal remunerado a todos os trabalhadores, mas menciona que o descanso se dê preferencialmente, e não obrigatoriamente, aos domingos.A juíza lembra que, se houvesse proibição legal de trabalho aos domingos, não seria admitido o trabalho nesse período em outros estabelecimentos, como hospitais, hotéis, postos de combustível e shopping centers. “Considerando que não há no ordenamento jurídico norma que proíba o labor aos domingos, não pode prevalecer a vedação imposta na norma coletiva, que, repito, vedando a utilização de mão-de-obra de empregados, acaba obrigando o fechamento do comércio aos domingos. Saliento, todavia, que da mesma forma que não há norma que obrigue ao fechamento, não há a que obrigue ao funcionamento. Este é mera faculdade”, esclarece. (TRT9, 20/08/2009) Voltar ao início

Professora de natação com câncer de pele não tem direito a indenizaçãoUma professora de educação física recorreu ao TRT da 15ª Região tentando modificar sentença da 3ª Vara do Trabalho de Ribeirão Preto, que negou provimento a pedido de indenização por danos morais e materiais feito pela trabalhadora contra seu ex-empregador. Ela alega que a causa de um câncer de pele em sua panturrilha esquerda teria sido o não fornecimento de material de proteção por parte da entidade de ensino para a qual trabalhou. O recurso foi distribuído para a 12ª Câmara do Tribunal. Segundo o relator do processo no TRT, o desembargador José Pitas, a negativa da 1ª Instância não deve ser modificada, uma vez que não se pode atribuir à empresa a culpa pelo fato. No entendimento do magistrado, a própria trabalhadora disse, em depoimento pessoal, que usava protetor solar no rosto e nos braços, mas não nos membros inferiores, “prova de que tinha ciência dos riscos da exposição inadequada aos raios solares e, ainda assim, deixou de usar o protetor solar nas pernas”. O desembargador ressalta que não se pode acreditar que a recorrente, sendo professora de educação física, “não soubesse dos riscos de sua omissão quanto ao não uso de protetor solar nas pernas e, se o fazia nos braços e no rosto, deixou consciente e voluntariamente de aplicá-lo nas demais partes do corpo”. Pitas leciona que o pagamento de indenização por danos causados, materiais ou morais, decorre da previsão contida nos artigos 927 e 186 a 188 do Código Civil e no artigo 5º, inciso X, da

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Constituição Federal de 1988, e que a culpa pressupõe a existência de ação ou omissão voluntária, com negligência ou imprudência. “Na hipótese dos autos, o dano se caracterizou pela sequela de natureza estética, reparável, contudo. Mas, não há razão para se dizer que a empresa tenha agido com descuido no cumprimento das normas de segurança, de higiene ou de saúde do trabalho, propiciando, com isso, danos à trabalhadora, até porque a exposição ao sol não está enquadrada na lei como doença do trabalho e tampouco o protetor solar está previsto como equipamento de proteção. Portanto, indevida indenização por danos morais.” Quanto aos danos materiais alegados pela professora pelo uso de creme protetor solar no rosto e nas pernas, não ficaram provados os valores eventualmente gastos, segundo o relator. “Ademais, não se trata de dano e sim de valores gastos pelo empregado em razão do trabalho, cuja licitude poderia, em tese, ser discutida.” (Processo 80-2006-082) (TRT15, 20/08/2009) Voltar ao início

Outros Tribunais

TRF-2 adere ao projeto do processo digital do STJO Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), que alcança os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, prepara-se para aderir à era digital. Na próxima segunda-feira, às 15h, inaugura sua sala de digitalização e remessa eletrônica de recursos para os tribunais superiores. A inauguração contará com a participação do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Cesar Asfor Rocha. Até maio deste ano, o TRF2 registrava mais de nove mil processos em trâmite com recursos para o Supremo Tribunal Federal (STF) e o STJ. A novidade é mais uma medida para atender os cidadãos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo naquilo que é a maior reivindicação da sociedade ao Judiciário: a rapidez no trâmite dos processos. Isso sem comprometer a segurança. O TRF2 estará apto a digitalizar um processo de cerca de 300 páginas em aproximadamente uma hora e a transmiti-lo por meio eletrônico, a Brasília, quase instantaneamente, usando um programa desenvolvido pelo próprio Judiciário e testado exaustivamente, para assegurar que os dados cheguem preservados. Remetidos fisicamente, os autos levam atualmente até oito dias para chegar aos tribunais da capital federal. A virtualização dos recursos especiais alinha-se com o projeto Justiça na Era Virtual, lançado pelo STJ. Pelo BrasilAté setembro deste ano, existe a expectativa de que os seguintes tribunais se interliguem ao processo virtual do STJ: Tribunais de Justiça de Ceará, Paraíba, Rio de Janeiro, Tocantins, Piauí, Paraná, Pernambuco, Roraima, Goiás, Sergipe, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Pará, Rondônia, Maranhão, Amapá, Acre, Santa Catarina, Alagoas, Mato Grosso do Sul e Amazonas, além dos Tribunais Regionais Federais da 1ª, 2ª e da 5ª Região. (STJ, 20/08/2009) Voltar ao início

Garantida nomeação e posse de aprovada em concurso público convocada, sem sucesso, por telefone e telegramaConvocação inexitosa de aprovado em concurso público, por ausência de publicidade do ato administrativo, torna ineficaz a nomeação de outros candidatos com colocação posterior. Com o entendimento, a 3ª Câmara Cível do TJRS confirmou, nesta tarde (20/8), decisão em Mandado de Segurança. O Colegiado determinou a nomeação e posse da impetrante como Escriturária do Município de Cachoeirinha. Ela foi aprovada e obteve a 41ª colocação no concurso para o cargo, realizado em 5/11/06.O relator do reexame necessário, Desembargador Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, reconheceu que houve infringência na ordem de classificação do concurso. O ente público deixou de convocar a impetrante da ação, nomeando e dando posse a candidato com classificação posterior a dela. Como justificativa, a Administração Municipal informou terem sido inexitosas as tentativas de convocação da impetrante da ação por meio telefônico e telegrama. De acordo com o magistrado, as autoridades administrativas descumpriram as normas previstas no Edital do Concurso 001/2006: “5. DA DIVULGAÇÃO - A divulgação oficial referente a este Concurso Público será dada na forma de Editais, Extratos de Editais ou Avisos, através dos seguintes meios e locais: 5.1. Publicação em jornal de grande tiragem e de circulação local ou regional. 5.2. Divulgação eletrônica pelo site www.funrio.org.br da FUNRIO e pelo site www.cachoeirinha.rs.gov.br da PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRINHA. 5.3. Divulgação em mural da PREFEITURA MUNICIAPAL DE CACHOEIRINHA, na Av. Flores da Cunha, 2251-CACHOEIRINHA/RS.”

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Como demonstrado, afirmou o Desembargador Sanseverino, não foi atendida satisfatoriamente a exigência legal de publicação da convocação da candidata aprovada no concurso. As buscas pela impetrante, afirmou, se deram unicamente pelo telefone e por telegramas, em horário comercial, no endereço e telefone residencial da autora. Devido à falta de publicidade relativa ao concurso, considerou ser ilegal o ato de nomeação de outros candidatos com classificação posterior a da impetrante. “Tendo, assim, por caracterizada a sua preterição à nomeação.”Votaram de acordo com o relator, os Desembargadores Nelson Monteiro Pacheco e Matilde Chabar Maia. Proc. 70030491286 (Tribunal de Justiça do RS, 20/08/2009) Voltar ao início

TJPA - Pleno reconhece inexistência de isonomia de vencimentos entre defensores públicos e procuradores do EstadoOs Desembargadores integrantes do Pleno Tribunal julgaram procedente, por maioria de votos, a ação rescisória movida pelo Estado contra a Associação dos Defensores Públicos do Estado do Pará, e desconstituíram o acórdão nº 34.847, do então Órgão Especial do Tribunal de Justiça paraense, o qual estabelecia a isonomia de vencimentos entre defensores públicos e procuradores do Estado. Os magistrados apreciaram em sessão, ocorrida ontem, quarta-feira, dia 19, um total de seis processos.De acordo com o voto da relatora na ação rescisória, Desembargadora Eliana Rita Abuafaiad, a isonomia reclamada pela Associação entre as duas funções não poderia ser reconhecida por não existir lei específica que a amparasse. A magistrada fundamentou o seu voto com jurisprudências do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria. Os integrantes do Pleno decidiram ainda, a unanimidade de votos, pela concessão de pedido em mandado de segurança, relatado pela Desembargadora Sônia Parente, assegurando a 14 funcionárias públicas, lotadas na Coordenação de Educação Especial, gratificação específica de 50% sobre seus vencimentos, referente à atuação na área da Educação Especial. A gratificação está prevista na Lei nº 5.810/94, referente ao Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do Estado do Pará. (IOB Jurídico, 20/08/2009) Voltar ao início TJGO - Liminar garante recebimento de pensão por morte a idosaA Juíza Wilsiane Ferreira Novato, em substituição na 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual, concedeu liminar em favor de Carmelina Marques de Sousa, obrigando a Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás (Sefaz) a pagar pensão à autora pelo falecimento de seu ex-companheiro. Carmelina foi casada por 30 anos com Daniel de Souza Brito e, após o divórcio, o casal fez um acordo estabelecendo que ela receberia metade do salário dele como pensão alimentícia. Com a morte de Daniel, o pagamento foi interrompido.Com 72 anos de idade, a idosa procurou a Justiça porque, mesmo preenchendo um requerimento de transferência de pensão alimentícia para pensão por morte no Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), não recebeu o benefício. Argumentou ainda que é portadora de glaucoma, diabetes e problemas cardíacos, tendo a saúde prejudicada pela interrupção do recebimento.Analisando os requisitos legais para concessão de uma liminar, a juíza verificou que o pedido é substanciado por uma decisão já julgada, que permitiu o recebimento de metade do salário do ex-marido, e ainda que a autora tem dificuldade em prover suas necessidades básicas, como alimentos e remédios. Wilsiane Novato acatou que negar a liminar e esperar a sentença final pode levar a um dano irreversível. Com a decisão, o Ipasgo deverá repassar o benefício à idosa a título de pensão por morte. (IOB Jurídico, 20/08/2009) Voltar ao início

Legislativo

Seguridade rejeita regulamentação da atividade de optometristaGeraldo Resende: atividades privativas dos médicos devem ser preservadas.A Comissão de Seguridade Social e Família rejeitou ontem a regulamentação da profissão de optometrista, prevista no Projeto de Lei 1791/07, da deputada Maria do Rosário (PT-RS).A rejeição foi pedida pelo relator, deputado Geraldo Resende (PMDB-MS). Ele atestou a importância da optometria, tanto na realização de diagnósticos como no desenvolvimento de novos equipamentos para exames visuais. Porém, considerou que a regulamentação da atividade avança nas atribuições privativas de médicos oftalmologistas.Isso porque o projeto, segundo ele, abre a possibilidade de o optometrista realizar diagnósticos e prescrever tratamentos exclusivos da prática médica. Para Resende, a regulamentação coloca

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em risco as políticas públicas de saúde oftalmológica, como o combate à cegueira, que nos últimos anos vêm sendo conduzidas com sucesso por médicos especializados.Número adequadoResende destacou que no Brasil a média de oftalmologistas - de 1 para 13,5 mil habitantes, segundo um levantamento feito em 2001 - é superior à prescrita por especialistas, que seria de 1 médico para cada 20 mil a 35 mil habitantes.Em comparação, o número de optometristas com curso superior seria de apenas 500 em todo o País. O contingente maior de médicos torna desnecessária, segundo ele, a inclusão de mais profissionais para exercer atividades afins.O deputado salientou que a regulamentação da optometria recebeu parecer contrário da Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde, instância de caráter consultivo do Ministério da Saúde. Segundo Resende, a Câmara entende que "os oftalmologistas possuem a competência para atuar na área com a autonomia necessária".TramitaçãoO projeto tem caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.(Câmara dos Deputados, 20/08/2009) Voltar ao início

Comissão aprova pensão vitalícia para contaminados por inseticidaA Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na quarta-feira (19) o pagamento de pensão de R$ 2.075 aos trabalhadores da extinta Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam) que foram contaminados pelos inseticidas DDT (dicloro-difenil-tricloroetano) e Malathion. Atualmente a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) responde pela Sucam.De acordo com o Projeto de Lei 4485/08, do deputado Zequinha Marinho (PMDB-PA), aprovado na forma do substitutivo do relator, deputado Henrique Afonso (PT-AC), a pensão é vitalícia e transferível, devendo ser reajustada anualmente conforme os índices concedidos aos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.O financiamento do benefício deverá ser enquadrado na chamada margem de crescimento das despesas obrigatórias de caráter continuado, prevista no Orçamento.Benefício não acumulaHenrique Afonso propôs algumas mudanças em seu substitutivo. O benefício não poderá ser acumulado com qualquer outra aposentadoria oficial, nem terá direito à pensão quem tenha recebido indenização da União em decorrência de ação judicial por essa mesma contaminação.Zequinha Marinho destaca que o contato dos funcionários com os inseticidas DDT e Malathion ocorria normalmente em trabalhos de campo no combate a diversas doenças, como dengue, malária e febre amarela. "Os trabalhadores manuseavam inseticidas em caráter habitual e permanente, desprovidos de quaisquer treinamentos em medidas de prevenção de danos à saúde e de segurança do trabalho", disse. Para Henrique Afonso, é justo que o governo brasileiro repare, em parte, essa dívida social e garanta um mínimo de dignidade aos servidores da Funasa ainda vivos, que são vítimas de intoxicação pelo uso indevido dos inseticidas. "E mais do que aprovar uma pensão, é imperioso que se faça isso de forma urgente, de forma que o benefício possa chegar o mais rápido possível aos beneficiários, na maioria dos casos, pessoas de idade já avançada", disse. Saúde prejudicadaA inalação desses inseticidas pode causar sintomas como tosse, rouquidão, irritação da laringe e traqueia, edema pulmonar e bradipneia (lentidão anormal da respiração). Quando ingeridos, produzem também náuseas, vômitos, diarreia e cólicas abdominais e, a longo prazo, provocam perda de peso, anorexia, anemia leve, tremores, hiperexcitabilidade, ansiedade, dor de cabeça, insônia, fraqueza muscular e dermatoses.TramitaçãoO projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.(Câmara dos Deputados, 20/08/2009) Voltar ao início

CCJ aprova PEC que exige jornada integral no ensino fundamentalA Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou na quarta-feira (19) a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 317/08, do deputado Felipe Maia (DEM-RN), que estabelece a jornada de tempo integral no ensino fundamental.Para o relator da PEC, deputado Regis de Oliveira (PSC-SP), a proposta está em conformidade com as regras para rever a Constituição e merece ser aprovada. "Penso que a jornada em tempo integral é fundamental não somente para ajudar a reverter a má qualidade do mínimo garantido

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hoje nas escolas públicas mas, também, para garantir o ensino extra capaz de capacitar melhor os alunos do ensino fundamental, inclusive promovendo a inclusão digital dos mesmos", disse. Atualmente, a Constituição garante a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino fundamental, mas não especifica a jornada de estudos. Já a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - Lei 9.394/96) estabelece jornada de pelo menos quatro horas em sala de aula para o ensino fundamental, mas prevê que esse ensino seja ministrado progressivamente em tempo integral.Felipe Maia afirma, no entanto, que a falta de obrigatoriedade contribui para que a jornada integral não se torne realidade no País, prejudicando principalmente as crianças das regiões mais pobres.TramitaçãoA Câmara criará uma comissão especial para analisar a PEC. Depois, a proposta será submetida ao Plenário, onde precisa ser votada em dois turnos, com aprovação de, no mínimo, 308 deputados - 3/5 do total de 513 parlamentares. (Câmara dos Deputados, 20/08/2009) Voltar ao início

Associação pede votação de PEC sobre aposentadoria compulsóriaO desembargador Amaral e Silva, diretor de Relações Institucionais da Associação Nacional de Desembargadores (Andes), esteve reunido nesta quinta-feira com o presidente da Câmara, Michel Temer, para pedir a votação da Proposta de Emenda à Constituição PEC 457/05, do Senado, que assegura a aposentadoria compulsória aos 75 anos, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Atualmente, a Constituição Federal estabelece os 70 anos como limite de idade para a permanência dos servidores na ativa.A proposta já foi aprovada pela comissão especial que avaliou seu mérito e está na pauta do Plenário.Ele afirmou que a proposta terá um impacto positivo nas finanças públicas e, especialmente, no equilíbrio atuarial da Previdência. Amaral argumenta que o limite atual acaba retirando da ativa servidores com longa experiência, cuja aposentadoria obrigatória aos 70 anos priva o serviço público de importante contribuição. "A expulsão do serviço público de servidores experientes, especialmente pesquisadores, professores, diplomatas e magistrados, também resulta em promoções em cascata."Ele afirmou que a proposta tem o apoio da maioria dos servidores, mas grupos de resistência isolados têm pressionado pelo adiamento da votação. (Câmara dos Deputados, 20/08/2009) Voltar ao início

Mais uma vez, Michel Temer afirma que PL do subsídio será votado“Quero dizer, em atenção aos senhores líderes, que logo traremos para o Plenário a questão dos subsídios. Acho que é uma matéria que está a exigir uma manifestação do Plenário”. Esta foi a resposta dada aos parlamentares pelo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, nesta quarta-feira, dia 19 de agosto, durante sessão na Casa. O deputado fez a afirmativa após o pedido do líder do PT, Cândido Vaccarezza (SP), de retirar de pauta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 457/2005, que eleva de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória, e ainda incluir o Projeto de Lei (PL) n° 7.297/2006 – que altera o subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da AMB, Mozart Valadares Pires, passou a quarta-feira na Câmara em contato com as lideranças articulando a não aprovação da PEC.“Acho melhor fazermos um acordo no Plenário, atendendo, inclusive aos encaminhamentos feitos de forma respeitosa, mas firme e consistente, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, no sentido de atender a uma pauta do Judiciário. Acho que já é o momento de votarmos o subsídio", disse Vaccarezza. “Vossa excelência marque uma data. Esse tema, como se trata de uma emenda constitucional, uma PEC, precisa de um consenso ou pelo menos uma maioria muito grande de 3/5. Deixemos de fora da pauta. Vamos trazer o debate do Judiciário, discutindo subsídios. Acho que é correto com a magistratura tratarmos de forma superior essa questão e resolver isso neste ano de 2009”, completou.Aposentadoria compulsória O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), também se manifestou: “Vou acompanhar o líder Vaccarezza. Assino embaixo tudo que ele declarou”. O deputado Silvio costa (PMN-PE), que em todas as sessões tem se empenhado pela retirada de pauta da PEC dos 75, parabenizou o PMDB e o PT: “Não existe consenso nesta matéria. Daí eu estranhar porque ela está na pauta, se não existe consenso. No nosso bloco também não há consenso”, disse.

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Durante a sessão, estavam presentes no Plenário 479 deputados – quórum suficiente para a votação de propostas de emenda à Constituição. No entanto, com exceção do PPS e do DEM, todos os demais partidos solicitaram a retirada da matéria da pauta. “A verdade é que ninguém aqui tem dificuldade em apreciar a PEC nº 457. Todos nós estamos preparados para votá-la. O que existe realmente é uma greve branca da base do Governo”, afirmou o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO).O deputado Fernando Coruja (PPS-SC) manifestou a vontade de seu partido de deliberar sobre ambas as matérias. “Temos até divergências na bancada em relação ao mérito da PEC dos 75, mas encaminhamos o voto não”, justificou Coruja.Ao final da sessão, o requerimento foi aprovado simbolicamente, e a PEC 457/2005 retirada de pauta, devendo retornar na próxima semana. (Site da AMB, 20/08/2009) Voltar ao início

Geral

MPAS – BENEFÍCIOS - INSS muda cálculo do auxílio-doençaA partir de agora, o cálculo do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez para todos os segurados levará em conta a média dos 80% maiores salários de contribuição desde julho de 1994. Até então, quando o segurado tinha menos de 60% das contribuições exigidas como carência para a aposentadoria, o cálculo era feito pela média aritmética simples de todos os salários de contribuição desde julho de 1994. A modificação consta do decreto 6.939, que altera o Regulamento da Previdência Social (RPS), publicado nesta quarta-feira (19) no Diário Oficial da União. A nova regra vale apenas para benefícios concedidos a partir de hoje. O decreto também altera a redação dos artigos 17 e 108 do RPS, que tratam do reconhecimento da qualidade de dependente dos filhos e irmãos menores e inválidos. O objetivo é deixar claro que filhos e irmãos maiores ou emancipados, caso se tornem inválidos, não podem ser novamente considerados como dependentes de seus pais ou irmãos. Essa regra já era aplicada pelo INSS. Também foi alterada a redação do artigo 32 do RPS sobre o que deve ser entendido como período contributivo. Embora essa interpretação esteja especificada na lei e nas regulamentações posteriores e seja seguida pelo INSS, o objetivo é deixar claro para os segurados que é considerado como período contributivo a totalidade dos meses em que houve ou deveria ter havido contribuição em razão do exercício de atividade remunerada sujeita a filiação obrigatória ao Regime Geral de Previdência Social. Essa regra vale para o segurado empregado, domestico ou trabalhador avulso. Para os demais segurados, são considerados somente os meses de efetiva contribuição ao INSS. (IOB Jurídico, 21/08/2009) Voltar ao início

CJF - Servidores têm direito a juros sobre atrasados Em sessão, realizada no último dia 13 de agosto, o colegiado do Conselho da Justiça Federal (CJF) decidiu que são devidos juros de mora de 1% sobre os valores pagos aos servidores reenquadrados segundo o artigo 22 da Lei 11.416/2006, com retroação à data da efetiva eficácia da lei.Para dar provimento ao pedido, a relatora do processo, ministra Eliana Calmon, considerou que a origem da incidência é o atraso no pagamento, como fruto de um valor que deixou de ingressar no patrimônio do servidor. Afirma a ministra em seu voto: “se a administração, ao cumprir a determinação constante no artigo 22 da lei 11416/06, demorou em efetuar o pagamento, naturalmente deverá pagar o devido na expressão atualizada da moeda à data do pagamento”.Dessa forma, ficou definido que os juros de mora são devidos a partir da data do pagamento, com retroação à data da efetiva eficácia da lei, e não à data de ingresso de cada servidor, conforme pedido formulado pelos servidores da Seção Judiciária do Maranhão, pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público Federal (SINDJUS) e pelo Sindicato dos servidores das Justiças Federais no Estado do Rio de Janeiro (SISEJUFE/RJ). (IOB Jurídico, 20/08/2009) Voltar ao início

MJ e OAB ampliam técnicas de mediação de conflitoO Ministério da Justiça e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estão trabalhando para ampliar a aplicação de técnicas de mediação entre os operadores do Direito. Nesta quarta-feira (19), começou em Brasília o Curso de Formação de Multiplicadores - Aperfeiçoamento em Técnicas de Mediação e Composição de Conflitos para Advogados, lançado pela Escola Nacional da Advocacia (ENA) em parceria com a Secretaria de Reforma do Judiciário (SRJ), do MJ.

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O curso tem como objetivo formar 30 multiplicadores em mediação. “A dominação destas técnicas ajudará o advogado a escutar os envolvidos e conduzi-los a um acordo”, esclarece o secretário de Reforma do Judiciário, Rogério Favreto. A idéia não é apenas resolver conflitos, mas chegar a um acordo pacífico entre as partes.Após a capacitação, os participantes do curso estarão preparados para repassar seus conhecimentos a outros operadores do direito.Para tornar este projeto real, o convênio entre da OAB e ENA com o Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci) do MJ foi fundamental. No ano passado, foram realizados cursos de mediação nos tribunais de justiça de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Tocantins e no Tribunal Regional Federal da 4º Região em Porto Alegre. Além disso, três cursos de multiplicadores de mediação foram oferecidos a juízes de todo o país.Outro projeto da SRJ nesta área é o Pacificar. A ação lançada ano passado pretende implantar, fortalecer e divulgar a mediação no âmbito das faculdades de Direito, como instrumento de ampliação da cultura de resolução não violenta de conflitos. O principal público alvo são os estudantes, por meio de fomento de projetos das instituições de ensino superior.Em 2008, o Pronasci liberou R$ 2,5 milhões para essas iniciativas. (IOB Jurídico, 20/08/2009) Voltar ao início

Alterado o Regulamento da Previdência SocialPublicada norma (Decreto Federal nº 6.939/2009), que altera os arts. 17, 32, 62, 104, 108, 170, 188-A, 311 e 337 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999.Dispondo sobre a perda da qualidade de dependente, salário-de benefício, prova de tempo de serviço, concessão de auxílio-acidente, pensão por morte, competência pericial, cálculo de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez, opção pelo encargo de pagamento e identificação de nexo e produção de provas em acidente de trabalho. (IOB Jurídico, 20/08/2009) Voltar ao início

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