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Cocaína-crack
SINAIS E SINTOMAS DA SDA
• Empobrecimento do repertório
• Relevância do beber
• Aumento da tolerância
• Sintomas repetidos de abstinência
• Alívio ou esquiva dos sintomas de abstinência através de mais bebida
• Percepção subjetiva da compulsão
• Reinstalação rápida da tolerância após quebra da
• abstinência
PROBLEMAS
DEPENDÊNCIAUSO
USO NOCIVO DEPENDÊNCIA
ABSORÇÃO
EFEITOS TÓXICOS
Calcula-se que :• 1 g de cocaína produza “carreiras” que contém
20mg a 50 mg da droga• A dose injetada varia de 20 mg a 250 mg• A dose fumada de 250 mg a 1000 mg• Dose tóxica aguda: 1 mg a 2 mg/kg peso• Dose mínima letal: 1,2 g em não dependentes
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS
Os fluidos para análise mais utilizados são:• Sangue (invasivo, maior concentração)• Urina (menos invasiva,maior concentração)• Saliva (menos invasiva,menor concentração)• Suor• Cabelo (muito cara, revela exposição crônica)
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS
Técnicas mais utilizadas:
• Imunológicas ( as fitas são as mais práticas)
• Cromatografia gasosa (CG)• Espectrometria de massas (EM)• A combinação de CG e EM constitui a
técnica de eleição para confirmação de fármacos (principalmente para fins legais)
Efeitos do uso crônico• Tolerância : doses maiores para se obter o efeito
esperado.Aparece para os efeitos euforizantes e parcialmente para os cardiovasculares.
• Sensibilização: exacerbação da atividade motora e dos comportamentos estereotipados por aumento dos receptores pós- sinápticos de dopamina
• Kindling: neurônios expostos intermitentemente tornam-se mais sensíveis, disparam com maior rapidez, podendo ocasionar convulsões.
Sistemas Efeitos
Geral: Psicológico • Irritabilidade • Agressividade • Inquietação • Irresponsabilidade • Mentiras • Aumento dos “segredos” • Diminuição dos cuidados consigo (higiene pessoal) • Perda de valores morais e sociais • Diminuição do apetite sexual
Geral: Físico • Insônia • Infecções (AIDS, hepatite, etc.; cocaína injetada) • Coriza (cocaína aspirada) • Perfuração do septo nasal (cocaína aspirada) • Sinusite • Diminuição do apetite • Perda de peso • Diminuição da irrigação sangüínea nos órgãos
Neurológico • Dor de cabeça • Tontura • Visão embaçada • Tinido no ouvido • Tremores • Atenção diminuída • Falta de concentração • Convulsão • Derrame cerebral
Respiratório • Tosse • Infecções pulmonares
Psíquico • Depressão • Ansiedade • Psicose • Estados confusionais
Nutricional • Diminuição da vitamina B6 • Desnutrição
Cardiovascular • Infarto • Cardiopatia • Batimento cardíaco irregular
Obstétrico: Mãe • Placenta prévia • Aborto espontâneo
Obstétrico: Feto • Baixo peso fetal • Sofrimento fetal • Nascimento prematuro
ABORDAGEMABORDAGEM Primeiro contato entre um serviço assistencial e o pacienteComeça aí a construção, juntamente com o paciente , “de um retrato detalhado e atual de envolvimento com o consumo, seu meio ambiente e os resultados deste uso”
SENAD 2001 – Publicação 03 da série diálogo
Questões essenciais para a investigação do consumo de álcool e drogas (D)
• O último episódio de consumo (tempo de abstinência)
• A quantidade de substância consumida• A via de administração escolhida• O ambiente do consumo (festas, na rua, no
trabalho, com amigos, com desconhecidos, sozinho...)
• A freqüência do consumo nos últimos meses.
CREMESP-/AMB
PACIENTEPACIENTE
Expectativas - De ser ajudado
Discurso impreciso
Ambivalência
Mecanismos de defesa Mecanismos de defesa mentalmental
•Negação•Projeção•Racionalização
As principais razões para a procura de tratamento são geralmente problemas e prejuízos que se acumulam ao longo da vida de consumo do paciente. Dentre as principais causas de busca de serviço de assistência podemos relacionar:
• As complicações médicas (p. ex. convulsões)• Ocupacionais (p. ex. perda de emprego)• Interpessoais (separação conjugal, imposição
familiar)• Legais (sentença judicial) • Financeira (dívida ou atrasos nos compromissos) • Psiquiátrica (depressão ou alucinações decorrentes
do consumo).Série Diálogo 3
SENAD
PROCURA DE TRATAMENTO
A Introdução do Problema
Perguntas fechadas, que podem evocar resistência
Perguntas abertas, para abrir a discussão
Você bebe bastante, não é verdade?
Conte-me como é seu consumo de álcool em uma semana típica
Parece que você tem um problema com o jogo, não concorda?
O que você mais gosta no jogo?
Você não acha que seu hábito de usar cocaína é a causa deste problema?
Como é que a cocaína se enquadra aqui?
Miller & Rollnick – Pg. 125
Inovações Diagnósticas
Investigações acerca da história natural da doença
Novas técnicas terapêuticas
Assunto menos complexo, possível de ser conduzido por um espectro maior de profissionais.
Técnicas terapêuticasTécnicas terapêuticasTerapia cognitiva comportamental
(Beck e Marlatt)Postura - Entrevista Motivacional (Miller
e Rollnick)Farmacoterapia. Grupos de auto ajuda - AA, NA.Redução de danos.
AconselhamentoAconselhar não é dizer o que deve ser feito
A mudança é do indivíduoAconselhar consiste em:
Chamar à reflexão “Qual a sua opinião sobre o seu consumo atual de drogas?”
Dar responsabilidades “O que você pretende fazer com relação ao seu consumo?”
Opinar com honestidade “Na minha opinião seu uso de álcool está absolutamente fora de controle
Dar opções de escolha “Vamos discutir as alternativas que você tem para não chegar embriagado em seu emprego”.
Demonstrar interesse “Conte mais sobre sua semana, como foram suas tentativas para se manter abstinente.”
Facilitar o acesso “Vamos tentar encontrar um horário que se adapte bem a nós dois”
Evitar o confronto “Ao invés de encontrarmos culpados, podemos juntos buscar soluções para o seu problema.”
Usuários de Substância Psicoativas – Pg.25
RECAÍDA- Pode fazer parte de um processo de recuperação e deve-se aprender
com ela.Circunstâncias mais comuns de recaída - Abandono de uma sobriedade inicial e ambivalente- Insuficiência de mecanismo de manejo- Incapacidade de sentir a sobriedade como recompensadora.- Perturbação do humor- Eventos avassaladores - Ajustamento social e familiar- Saúde física- A Inclusão de tratamentos mais específicos
Edwards, Marshal e Cook - in tratamento do Alcoolismo 1999
RAZÕES PARA A PROCURA DO TRATAMENTO
Durante a entrevista, muitos pacientes estarão observando a linguagem corporal do terapeuta, as expressões faciais, o tom de voz e escolha de palavras.
Por último, a primeira avaliação visa a orientar o paciente quanto aos procedimentos, as requisições e as expectativas quanto ao tratamento.
Deverá culminar na formulação de um contrato terapêutico contendo as linhas básicas do plano de traçado e o que é pedido para o paciente. Esse contrato deverá ser endossado pelo paciente e será uma ferramenta valiosa durante o tratamento.
As razões que levaram o paciente à procura de tratamento estão entre os importantes a serem coletados. Qual problema relacionado à droga está c sofrimento?
Casamento, emprego, finanças? Essas informações serão
importantes para manter a motivação do paciente pelo tratamento, permitindo também que estabeleça uma hierarquia de abordagens a partir do relato.
Um questionamento que não confronte o paciente pode trazer à tona sua real motivação para fazer o tratamento.
O terapeuta pode aproveitar a oportunidade frente a um paciente que recusa tr informá-lo sobre a dependência e suas conseqüências.
Bases Terapêuticas para o Tratamento do Dependente
de Cocaína (Crack)
Desafios Terapêuticos
1) A prevenção do abandono de tratamento 2) A construção da rede social de apoio3) A abstinência das drogas de abuso4) O tratamento da(s) síndromes de privação5) A prevenção da recaída6) O tratamento de manutenção da
abstinência
A construção da rede social de apoio
1) Familiares2) Amigos3) Outros usuários (?)
O tratamento da(s) síndromes de privação
1) Imediato (crash): primeiros 5 diasDiazepam até 30 mgs/dia e Haldol s/n
Carbamazepina iniciar com 200mgs/dia e subir 200mgrs a cada 3 dias até 800 a 1 gr/dia
Fluoxetina 20 mgs/dia
Dissulfiram 1cp/dia
2) Mediato (Kindling): Carbamazepina
Bibliografia RecomendadaBibliografia Recomendada• De PAULA RAMOS, Sérgio;BERTOLOTE,José Manoel-ALCOOLISMO HOJE-capítulo 9-A
ABORDAGEM DO ALCOOLISTA-Editora Artes Médicas-1996.POA - RS• MACKINNON, Roger; YUDOFSKY, Stuart. A AVALIAÇÃO PSIQUIÁTRICA- Editora Artes
Médicas-1988. POA -RS• GRAIG, J. ROBERT - ENTREVISTA CLÍNICA E DIAGNÓSTICA - Artes Médicas - POA/1991 –
POA – RS• EDWARDS, Griffith – DARE, Cristopher - PSICOTERAPIA E TRATAMENTO DAS
ADIÇÕES – capítulo 1 – As Adições ao longo da vida: Implicações terapêuticas – Editora Artes Médicas – 1997 – POA - RS
• USUÁRIOS DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS – Abordagem, Diagnóstico e Tratamento – CREMESP /AMB – 2002 –
• MILLER, William R. e ROLLNICK, Stephen – ENTREVISTA MOTIVACIONAL – capítulo 9 – Artes Médicas – 2001 – POA- RS
• FOCCHI, Guilherme R. – De AZEREDO, LEITE, MARCOS da Costa: LARANJEIRA, Ronaldo: ANDRADE, Arthur Guerra de: DEPENDÊNCIA QUÍMICA, Novos Modelos De Tratamento – Editora Roca – 2001 – SP
• CAMINHA, Renato M.: WAINER, Ricardo: OLIVEIRA, Margareth: PICCOLOTO, Neri M.: Psicoterapias Cognitiva – Comportamentais – Editora Casa do Psicólogo – 2003 - SP
• Edwards, G – Marshall, e Jame, - Cook, Christopher C.H – O Tratamento do Alcoollismo – Editora Artmed – 2005 – PA
• IOTTI, Carlos Henrique – Radicci2 – Editora LePM 2003