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Sucumbência
É um princípio que estabelece que a parte que perdeu a ação efetue o pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios da parte vencedora. Desta forma ela decorre do ato ou efeito
de sucumbir, ou seja, de ser vencido.
No aspecto ético (Código de Ética e Disciplina da OAB, publicado no dia 01 de março de 1995, arts.
1º, 2º, caput, 3ºe 5º):
Para o exercício da advocacia exige-se:
a) Conduta compatível com os preceitos do Código de Ética, com o Estatuto da Advocacia, do
Regulamento Geral, dos Provimentos. Quanto malferimento campeia neste glorioso e extenso rincão
brasileiro. E, sabidamente, a grande culpa disso recai nas Universidades e Faculdades Jurídicas,
que, notadamente, não destacam a disciplina afeta à Deontologia Jurídica, contentado-se,
unicamente, em ministrar, às pressas, uma mal dada aula do Estatuto, e olhe lá!
b) Conduta que coadune com os princípios da moral individual, social e profissional. Esta é a postura
ética esperada, porém, existem os advogados que adoram sair embriagados das festas,
socialmente...
O advogado, eticamente falando, há de ser um:
a) Defensor do Estado Democrático de Direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da
paz social. Vislumbra-se, infelizmente, muita tibieza dos causídicos neste ponto, máxime quando têm
que discordar de posições defendidas pela Administração Pública, essa máquina que muito ainda
constrange, ranço de militarismo, mescla de burocracia socialista, sei lá.
b) Alguém com consciência de que o Direito deve ser um meio de mitigar as desigualdades, com
vistas ao encontro de soluções justas. Visualiza-se, na prática, tantas fábricas de ações, apenas com
o intento de forçar acordos milagrosos... Na área trabalhista, então, tem-se um bom palco para este
tópico, a despeito de se terem excelentes juslaboralistas.
c) Atento ao fato de que a Lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos. Aqui, o mero
dogmatismo parece ceder diante de uma formação humanitarista, tão esperada dos causídicos pelos
seus clientes.
d) Enfim, o exercício da advocacia é inconciliável com qualquer procedimento de mercantilização.
Já tivemos oportunidade de assistirmos cenas pitorescas, tais como: um causídico nos dizendo que
gostava mesmo era de audiências, porque nelas mostraria a sua habilidade de reperguntar, uma vez
que lá podia aparecer à vontade. Que absurdo!
Igualmente presenciamos, numa determinada cidade, a distribuição de folhetos nas ruas, dando
conta de que o dito advogado, ali inserto, resolvia problemas trabalhistas de todas as ordens. Uma
verdadeira captação de clientela, dando um caráter de similitude àquelas propagandas de "mães de
santo", que tanto conhecemos.
No que tange ao Estatuto (arts. 1º, § 3º, 4º, ‘caput’, e 10, §§ 1º a 3º):
a) É obstado divulgar a advocacia em conjunto com outra atividade. Neste ponto tivemos a
oportunidade de observar placas, tais como: "Escritório de Agrimensura e Advocacia", "Imobiliária e
Advocacia".
b) Não pode advogar sem estar inscrito na OAB, bem como, não poderá patrocinar mais de cinco
causas em outro Estado que não o da sua inscrição, salvo se tiver inscrição suplementar. Tivemos
conhecimento de um colega, que, adentrou em nosso Estado, antes mesmo de se expedir a
competente inscrição suplementar, ajuizou mais de setecentas demandas previdenciárias...
c) Em havendo mudança de endereço, o advogado haverá de providenciar a sua transferência de
inscrição para a Seção a que ficará vinculado. Sabemos de situações que desmentem isso, máxime
na carreira de Procurador Autárquico Federal, onde não se necessita juntar mandato nos autos...
Exerce a profissão num Estado ‘x’ com a inscrição de outra plaga.
No plano do Código de Ética (arts. 1º, parág. Único, inciso VIII, 6 º e 7º):
a) Usar de influência indevida a seu favor ou do cliente. Aqui, identicamente, conhecemos frases que
bem demonstram o desconhecimento disso: "É importante ser amigo dos juízes e desembargadores
para que se tenha um julgamento mais otimizado das causas em que se patrocina". Se algum
magistrado é dessa estirpe, gosta de ser paparicado, a grande culpa é dos advogados, que dão essa
oportunidade a ele; que fazem o que jamais, eticamente, haveriam de fazer.
b) Patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia, em que também atua. Vê-
se muito o contador que também é advogado, o dono da imobiliária que exerce a advocacia, fazendo
as duas coisas de modo concomitante. E, sabidamente, o repórter que se intitula, identicamente,
advogado, sustentando isso no ar.... Aí afora só Deus sabe!
c) Vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso. Os escândalos
perpetrados contra o INSS, infelizmente, sempre tem a presença de um causídico. Isso somente
denigre a nossa classe.
d) Emprestar concurso em atividades que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a
dignidade da pessoa humana. Seria crível, destarte, imaginar-se um advogado defendendo a pena
de morte? É ela compatível com a dimensão que se deve atribuir à dignidade da pessoa humana?
e) Entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o
consentimento deste. Aqui se vê, e muito, advogado ligando para a parte "ex adversa", sem sequer
perguntar se ela tem um advogado constituído, para se lobrigar a viabilidade de um acordo.
f) Expor os fatos em juízo falseando - deliberadamente- a verdade ou estribando-se na má-fé. Neste
tanto, tivemos a oportunidade de presenciar um colega que sempre aforava execução de sentença
de demanda previdenciária, onde, em época transata, o INSS havia parcelado e cumprido o acordo
de solver umas diferenças beneficiárias. Mas o causídico em tela, como se nada disso soubesse, e
pasmem porque ele mesmo patrocinou a causa no âmbito do processo cognitivo, ajuizava a
execução cobrando o "quantum" integral.
g) É defesa qualquer modalidade de inculcação ou captação de clientela, quanto ao oferecimento de
serviços profissionais. Aqui se tem notícias de situações ímpares: a) acaba de ocorrer um acidente
de trânsito e o advogado já está lá, distribuindo seus cartõezinhos para os envolvidos no sinistro; b) o
defunto nem acabou de morrer, o advogado já está consolando a viúva com a procuração na outra
mão, alegando que ela não está em condições psicológicas de atender os negócios, cuidar da
papelada, etc.
Dos Direitos e Deveres do Advogado:
IV.1 - Dos direitos (arts. 6º e 7º, da Lei nº 8.906/94):
a) Não há hierarquia entre o advogado e os outros operadores do processo, devendo haver
consideração e respeito recíprocos. Aquela estória de juízes e promotores donos de tronos já
passou, todos os partícipes da relação processual são isonômicos, dissemelhando-se, tão-somente,
no papel que desempenham. Conheci um promotor que gostava de ordenar mais que o magistrado,
tanto que, em uma audiência, queria a todo custo que o juiz colocasse um excerto como se fora o
depoimento da testemunha, dando ensanchas para que o julgador o admoestasse, lembrando-o que
quem dirige, formalmente, o feito é o Juiz.
b) Os direitos vêm elencados no art. 7º, assim resumidos:
b.1) ter liberdade de exercício profissional. Tendo o causídico que obedecer as duas vertentes: a Lei
e à sua Consciência.
b.2) Inviolabilidade de seu escritório e demais bancos de dados, salvo ordem judicial e acompanhado
o seu cumprimento por um representante da OAB. Soubemos de tantas invasões a escritórios de
advogado na época do militarismo, as quais, até que enfim, foram obstadas, graças a uma lei que
garante ao causídico um mínimo de segurança para o exercício de seu mister.
b.3) Avistar-se com seu cliente, pessoal e reservadamente. Tem-se que banir de vez a prática de um
policial postado proximamente ao local onde o causídico conversa com o seu cliente. É um absurdo
que o Diretor de Presídio não providencie uma sala, com o fito único de servir à entrevista de
advogado/cliente.
b.4) Se advogado for preso em flagrante, tem direito a um representante da OAB, para acompanhar
a lavratura do mesmo, se por motivo ligado à sua função. Já tivemos notícias de juízes, que
entendendo molestados pelo causídico, decretaram e fizeram cumprir a sua prisão, da maneira mais
ilegal possível. É hora de se levantar contra essas barbáries...
b.5) Ingressar livremente nas repartições que o seu mister exigir. Este direito não autoriza que o
advogado adentre no âmago dos cartórios, até para a própria segurança e controle dos documentos
ali existentes, porque sabemos de estórias de advogados que desapareceram com documentos
fundamentais dos autos... Mas, por outro lado, não se pode, nas Administrações Públicas, por
exemplo, ter o advogado que usar crachás de ‘visitante’. Ora, ele é um servidor de seu cliente, em
serviço, bastando, pois, que se identifique na portaria como advogado, fornecendo o número de sua
inscrição, com a apresentação de sua identificação de causídico.
b.6) Dirigir-se diretamente ao magistrado. Logicamente que a boa educação recomenda, caso haja
alguém no gabinete, esperar que esta pessoa de lá saia. Todavia, não precisará anunciar no Cartório
Judicial que irá falar com o Juiz, e, nem tampouco, ficar aguardando se a Sua Excelência poderá ou
não atendê-lo. Eu, particularmente, tive uma situação diferenciada: adentrei ao gabinete de um juiz
para despachar com ele um procedimento cautelar, o mesmo me disse que não recebia advogado
em sua sala, fi-lo ler o Estatuto do Advogado e, em contrapartida, a Lei Orgânica da Magistratura...
Acho que o julgador aprendeu a tratar o Advogado, respeitando os seus direitos...
b.7) Examinar quaisquer processos, mesmo sem procuração, se os mesmos não estiverem
acobertados pelo sigilo, assegurada a obtenção de cópias. Este ponto eu desenvolvo mais
demoradamente em meu livro: "O Devido Processo Legal frente a Administração Pública (com
enfoques previdenciários), em vias de ser publicado pela Editora LTr.
b.8) Recusar-se a depor como testemunha sobre fatos que envolva sigilo profissional. O sigilo
profissional é inderrogável pela vontade das partes, logo, ainda que consentido pelo confitente,
continua o advogado impedido de fazê-lo.
b.9) Retirar-se do recinto onde esteja aguardando pregão para ato judicial, após meia hora, se a
autoridade que deve presidir a audiência não tiver chegado, mediante comunicação protocolizada em
juízo. Esta norma foi uma benção para impedir que os juízes esquecessem dos advogados, de suas
atribulações profissionais, e fizessem-nos aguardar por horas a fio até que a Sua Excelência
resolvesse chegar ao Fórum, principalmente depois de terem ido às Agências Bancárias, ou às
casas de materiais de construções, etc. O tempo do advogado, agora, passou a ser respeitado,
inclusive por meio de disposição legal, o que entremostra que o ‘atraso dos juízes para a chegada às
audiências’ não era uma prática estranha.
b.10) O advogado tem imunidade profissional, não tipificando delito sua atuação no processo, ou fora
dele, mas ligada à causa, podendo sofrer sanções pela OAB quanto à possíveis excessos. Isto,
evidentemente, não autoriza que o causídico escreva palavrões, use de expressões vexatórias, etc.
Sim, dá-lhe cobertura para ser livre no desenvolvimento de seu mister, com ética, evidentemente.
Conhecemos um advogado, que, em lides de família, não cansava em usar impropérios para com a
parte adversa, particularmente se o pólo passivo da demanda fosse uma mulher...
b.11) Ter direito à uma sala privativa, nos recintos de sua atuação, sob controle da OAB. Aqui
contam-se os Fóruns que a detenham. Ficam, no geral, os advogados, principalmente nos Juízos
Trabalhistas, em pé, aguardando as audiências, que, no geral das vezes, nunca começam nos
horários previstos.
b.12) Direito a desagravo, se ofendido em razão da profissão. Este direito devia ser utilizado com
mais freqüência, porque, infelizmente, muitos serventuários da Justiça, despreparados em todos os
sentidos, assacam frases aleivosas para com o causídico.
Dos deveres genéricos do advogado (Código de Ética, art. 1º, parág. Único, incisos de I a VII):
a) Preservar a dignidade da profissão, zelando pela sua essencialidade. Todo o ataque que o
Advogado sofre, em seu mister, considerando-o como supérfluo, toda vez que ele é guiado por
serventuários da Justiça, que o manipulam em bastas vezes, vê-se que está havendo um
desrespeito à indispensabilidade do causídico... Isso é grave, porque denota, no mínimo, duas
coisas: ou que o advogado é despreparado, ou, ainda, que tem ele uma intrínseca personalidade
débil.
b) Atuar com destemor, independência, etc. Nunca dizendo amém somente para ser popular, nunca
deve o advogado ser uma marionete. É comum juízes, serventuários da Justiça de um modo geral,
ditar as regras que entendem que o causídico deve seguir, os caminhos processuais, a melhor forma
de dirigir a causa... É o triste sinal dos tempos, onde a falta de preparo para o exercício da profissão
é a tônica. Felizmente o exame de ordem chegou, se a OAB não o fragilizar para um mero ‘faz de
conta’, algo para inglês ver!
c) Velar pela sua reputação pessoal e profissional. Aqui, no mínimo, o advogado deve ostentar uma
postura condizente com a sua profissão. Por exemplo: as mulheres advogadas não devem freqüentar
o Fórum como se estivessem indo a uma sorveteria, com trajes minúsculos e pouco pudicos e, por
sua vez, os homens causídicos não devem ficar perpassando cantadas nas funcionárias do Palácio
da Justiça.
d) Empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional. O advogado
deve ser alguém que se atualize na sua área de especialização, que estude as mudanças
legislativas, que tenha um mínimo de senso crítico, inclusive, para combater as malfadadas Medidas
Provisórias, que, muitas delas, só se tem as máculas das inconstitucionalidades.
e) Estimular a conciliação. Este é um passo que entremostra o instrumentalismo do processo, mas
que, a meu ver, não deve servir para justificar desrespeito à ordem jurídica. Explico: se alguém tiver
um lídimo direito, o advogado, somente a pretexto de estar estimulando a conciliação, não deve
deixar que o cliente se sinta fragilizado a ponto de aceitar um péssimo acordo. Aquele adágio popular
que: ‘mais vale um mau acordo do que uma boa questão’ deve sofrer as mitigações que o caso
concreto recomendar, porque, em si mesmo, é ele mentiroso, já que está pondo em descrédito a
própria Justiça. E o advogado deve zelar para que ela seja exaltada, melhorada, e não
desprestigiada, olvidada.
f) aconselhar o cliente em não ingressar com aventura judicial. Aqui há o causídico que evidenciar
para o seu constituinte todos os riscos da demanda, aconselhando-o no que deve proceder para se
ter um profícuo meio instrutório, nunca levando-o a crer que a atividade do advogado é de resultado,
ressalvando sempre tratar-se de obrigação de meio.
g) Contribuir para o aprimoramento das instituições do Direito e das Leis. Deve o advogado discutir
as Leis, apresentar sugestões para o seu aperfeiçoamento e não ficar, apenas, nas críticas acerbas
e improfícuas. Uma das boas maneiras de se discutir a constitucionalidade de uma lei, a legalidade
de um ato, é ir com teses salutares para o Judiciário, o que, a toda evidência, por obra dos
causídicos, acabam por implementar mudanças sociais relevantes. Exemplo disso: a teoria da
responsabilidade do Estado que, sabidamente, nasceu na operosa agilidade dos advogados em
França.
Dos deveres específicos do causídico:
Da relação advogado/cliente Código de Ética, arts. 8º a 27):
a) Informar ao cliente sobre eventuais riscos da pretensão aviada em juízo. Como disse alhures,
nunca ficar ‘vendendo’ ilusões para o cliente, dizer, de forma verdadeira, quais são os percalços que
a causa poderá sofrer. Para isso, evidentemente, exige-se preparo do advogado, uma, para
realmente saber os eventuais riscos e, outra, para ter tato suficiente na exposição disso para o
cliente, que, muitas das vezes, imbuído em sua boa fé de leigo, pode não compreender. Uma
hipótese bem figura: um velhinho que diz ter trabalhado na roça, embora não tenha nenhum
documento contemporâneo que ateste isso, e, agora, quer se aposentar, o advogado terá de dizer da
impossibilidade de aforar demanda para tal finalidade, posto que impedido pela lei previdenciária,
sem contar, ademais, que o tema é motivo de uma súmula, no sentido da lei de regência, expedida
pelo Superior Tribunal de Justiça. Desenvolvemos, com mais vagar, este assunto em nosso livro
"Prática Processual Previdenciária", publicado pela Editora LTr.
b) Extinto o feito, o advogado deverá restituir valores, documentos, etc, do cliente e prestar contas.
Este é um ponto tão deslembrado pelos causídicos, que, jamais, fazem questão de chamar o cliente
em seus escritórios, prestar-lhe contas e devolver papéis que não mais lhe interessam
profissionalmente, mas, às vezes, será de grande valia para os seus constituintes.
c) Jamais aceitar procuração de quem já tenha advogado constituído, sem prévio conhecimento
deste, salvo por motivo de urgência ou justo. Claro, se se tem que praticar um ato inadiável e o
causídico constituído encontra-se em uma grande cidade, e distante, não chegando a tempo onde
ele deve acontecer a prática do incontinenti ato processual. Mas, o advogado, que a tanto for
solicitado, deverá diligenciar neste sentido, para saber se o que o cliente está dizendo é realmente
verdadeiro. Se não tiver como contactar seu colega, no nosso exemplo, deverá confeccionar uma
declaração e colher a assinatura daquele que procura seus serviços profissionais. Nunca, então,
deverá intrometer-se em processo que já tenham as partes, advogados constituídos, sem as
necessárias cautelas.
d) Não deve abandonar, sem motivo justo, os feitos que lhe foram confiados. Se pretender renunciar
ao mandato, com certeza, deverá proceder nos limites estritos da lei processual, jamais deixando o
seu ex-cliente ao desamparo.
e) Mandatos judicial ou extrajudicial devem ser outorgados aos advogados individualmente, caso
eles integrem sociedade de advogados. A que se saber para quem a causa fora confiada, nunca
dilui-la na sociedade de advogados, com vistas a evitar-se que possível omissão de um causídico
venha comprometer a sociedade de advogados como um todo.
f) Advogados da mesma sociedade profissional não podem pugnar em lides de clientes antagônicos.
Aqui, como se percebe, é o desencontro de posições jurídicas que informará a impossibilidade. Por
exemplo, nada obsta que uma sociedade patrocine o autor e o seu assistente, mas, jamais poderá
patrocinar um réu e o seu opoente. Então, não é a intervenção de terceiros que será um fator de
inibição, mas sim a posição que os interventores se encontrarão.
g) É direito e dever do advogado assumir a defesa penal, sem considerar a sua opinião sobre a culpa
do cliente. Todos têm o sagrado direito de defesa, no âmbito penal. Tanto isso é verdadeiro que, em
processo penal, a defesa é técnica, ou seja, se não atender aos mínimos requisitos de proteção ao
réu, com certeza, conduzirá à anulação do processo.
h) O advogado pode exigir do cliente, para aceitar a causa, nela participar sozinho. Exemplo: se
consultado por um cliente, que quer o seu concurso em conjunto com outro advogado, poderá
recusar a causa. É um costume popular, embora errôneo, que uma causa será tão mais bem
conduzida quanto maior for o número de advogados para patrociná-la. Vou ganhar a demanda,
dizem os clientes, pois contratei cinco advogados para acompanhá-la. Ora, não é o número de
causídicos que demonstra um bom trabalho, mas sim, o preparo, a dedicação do causídico. Números
só vigem na matemática, não no Direito.
i) Não pode funcionar como advogado e preposto, ao mesmo tempo. Mas podem depor para o
cliente? O Código de Ética, neste tanto, não conflita com os arts. 277, § 3º, e 331, ambos do CPC?
São questionamentos que ficam em aberto, para meditação. A meu juízo, o advogado jamais poderá
praticar atos estranhos à advocacia, logo, nunca poderá ser advogado e depoente ou preposto. É
isso intolerável eticamente, pois se lhe retira a liberdade e a independência funcionais.
j) O sigilo profissional somente será relativizado frente a risco do direito à vida, honra, etc. Não pode
o advogado, por exemplo, em nome do sigilo profissional, deixar que um crime se dê. Basta se
pensar em cliente que fale ao advogado, detalhadamente, sobre um plano de vingança para com o
seu desafeto, seu ‘ex adverso’, poderá o advogado omitir-se?
k) As confidências (faladas, escritas, etc), reveladas pelo cliente, somente podem ser utilizadas na
defesa se aquele consentir. É muito comum esse tipo de acontecimento nas lides de família, onde as
coisas acontecem mais ‘intra muros’.
A advocacia proporciona, por sua vez, ricas oportunidades de convivência com as mais variadas
pessoas, como clientes, empregadores, superiores, serventuários, colegas advogados, juízes,
promotores, e esta convivência, além de harmônica e respeitosa, deve pautar-se pela ética, pela
independência e pela liberdade técnica-profissional. Jamais pode o advogado esquecer que a sua
atuação pode, por vezes, desagradar uns e agradar outros. Estes atritos, contudo, não podem e nem
devem inibir a atuação do advogado, pois a maior preocupação deve ser a de cumprir o dever
profissional e social, nos limites da lei, em busca do bem estar social e da plena justiça.
Após a edição da Lei 8.906/94, que em seu bojo já detectava um novo profissional, ou seja, está a
profissão deixando de ser, por excelência, a do profissional autônomo, liberal para ser uma profissão
que passou a ser a de empregado. A nova realidade do mercado levou a Ordem dos Advogados do
Brasil a tratar do assunto de modo diferenciado e independente do texto legal jamais tem se afastado
de uma dos basilares princípios da profissão que é a independência. Paulo Neto Lobo diz que: "o
advogado empregado não pode atender orientação técnica incorreta mesmo quando emitida pelo
seu empregador. Deve o advogado seguir a sua consciência profissional e ética não sendo, portanto
alcançado pela relação de emprego".
Esta nova realidade profissional trouxe ao mundo da advocacia o empregador (que também pode ser
um advogado ou ainda uma sociedade de advogados) e o advogado empregado, ficando esta
relação sob a égide da Consolidação das Leis do Trabalho. Reveste-se agora, a contratualidade,
com a prestação de serviços continuados, com o pagamento regular, apresentação da carteira de
trabalho e todos e demais obrigações decorrentes deste tipo contrato.
Por outro lado, em recente pesquisa (Revista Veja p. 175, 2003) feita pela Ordem dos Advogados do
Brasil, ficou constatado que a grande maioria dos advogados brasileiros sonham em ter a seu próprio
escritório. Esta mesma revista (p. 172/173) ao apresentar um quadro sobre as principais profissões
no Brasil, indica que hoje os advogados, em sua grande maioria, trabalham em escritórios e em
empresas privadas.
A sua independência profissional e a sua isenção técnica, contudo, impedem que este advogado
empregado se submeta, incondicionalmente, as ordens e a subordinação do advogado empregador.
Trata-se de um contrato diferenciado e que por isso, não pode se afasta-lo do artigo 18 do Estatuto,
que diz: "a relação de emprego na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a
independência profissional inerentes à advocacia".Por outro lado, o Código de Ética obriga este
advogado a procurar e preservar a sua liberdade de independência, quando diz:
"Art. 4. O advogado vinculado à cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por
contrato de prestação permanente de serviço, integrante de departamento jurídico, ou órgão de
assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência.
Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de pretensão concernente a lei ou
direito que também lhe seja aplicável, ou contrarie expressa orientação sua, manifestada
anteriormente".
Na militância diária este profissional empregado enfrenta, na verdade, situações que colocam em
choque estes princípios. Como, sem criar atritos, dizer ao empregador que não irá patrocinar as
causas particulares deste, ou que as suas convicções pessoais e técnicas não lhe permitem o
patrocínio de determinada demanda exigida pelo seu patrão? Neste momento é que o conhecimento
da eticidade profissional e seus fundamentos, aliados a uma personalidade bem formada e
amparado nos preceitos éticos, devem sobrepor-se de modo que possa estabelecer, sem conflitos
maiores, os limites da sua atuação profissional, na qualidade de advogado empregado que é.
Este advogado, por força do contrato de trabalho tem a seu favor as garantias constitucionais, como
direito ao salário mínimo profissional, jornada de trabalho, pagamento de horas extras e todos os
demais direitos previstos àqueles que se acham sob o manto da Consolidação das Leis do Trabalho.
Aspecto relevante que não deve ser omitido nesta relação é a questão dos honorários de
sucumbência, ou seja, aqueles honorários devidos pelo vencido (art. 21 do EOAB e art. 14 do RG ,
que devem ser revertidos integralmente ao advogado ou ao grupo de advogados, sem distinção ou
favorecimento de quem quer que seja, (art. 22 a 26 do EOAB ), como regra geral.
Também como conseqüência desta figura contratual, ganharam espaços os sindicatos dos
advogados empregados, abrindo assim mais um caminho no já confuso e ultrapassado sistema
sindical brasileiro, transferindo a estes, parte do trato dos interesses trabalhistas, independentemente
daquilo que acha-se previsto no art. 44, II do EOAB exigindo, desta forma, a coexistência entre a
OAB e as entidades sindicais
Considerações Finais
A evolução da sociedade, no momento em que por força das transformações da informação, o
mundo é quase que instantâneo, as instituições, de modo geral, também se vêem forçadas a rever
posições e conceitos.
O profissional do direito, classificado como advogado, também não pode ficar a margem destas
mudanças e necessariamente está forçado à tomada de novas posições e com isso vê-se na
obrigatoriedade de ultrapassar tradicionais concepções tidas até então como óbvias e quase
dogmáticas.
A busca do sucesso, muitas vezes condicionada a realização financeira a qualquer custo tem
produzido equívocos de condutas. Estas por sua vez têm influenciado negativamente, tanto na
formação como no desempenho profissional que passou a ter uma imagem desacreditada do
advogado junto à sociedade.
Simulado de Ética Profissional - OAB - 50 questões atuais
1. Constitui um direito do advogado, previsto no Estatuto da Advocacia e da OAB,
a) comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando
estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, exceto se
considerados incomunicável.
b) examinar em qualquer repartição policial, apenas com procuração, autos de flagrante e de
inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar
apontamentos.
c) ingressar livremente nas salas de sessões dos tribunais, somente até os cancelos que separam a
parte reservada dos juízes.
d) dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente do
horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada.
2. Acerca dos direitos do advogado empregado, assinale a opção correta.
a) O regime de trabalho do advogado nunca poderá exceder a duração de quatro horas diárias
contínuas e a de vinte horas semanais.
b) As horas trabalhadas no período de 20 h de um dia até as 5 h do dia seguinte são remuneradas
como noturnas, acrescidas do adicional de 25%.
c) As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional não
superior a 100% do valor da hora normal.
d) O salário mínimo profissional do advogado será fixado por lei estadual, salvo se ajustado em
acordo ou convenção coletiva de trabalho.
3. Leopoldo, advogado regularmente inscrito na Seccional da OAB do Rio de Janeiro, foi contratado
verbalmente, pela quantia de R$ 2.000,00, por Álvaro, para o acompanhar a delegacia policial, em
razão de uma briga que presenciou. Resolvido o caso, em que se constatou que não havia qualquer
envolvimento de Álvaro, o mesmo se recusou a pagar o valor ajustado. Nessa situação hipotética,
Leopoldo deve ingressar com uma:
a) ação de cobrança pelo rito sumário.
b) ação de cobrança pelo rito ordinário.
c) execução por quantia certa.
d) ação monitória.
4. Um advogado, regularmente inscrito na OAB/RJ, foi condenado por manter conduta incompatível
com a advocacia, não possuindo qualquer punição disciplinar anterior. Nessa situação, a sanção
disciplinar cabível é a:
a) censura, que pode ser convertida em advertência.
b) suspensão.
c) exclusão.
d) multa, de uma a dez anuidades.
5. Observando que dispõe o Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB acerca do
desagravo público, assinale a opção correta.
a) O desagravo público pode ser dispensado pelo ofendido, por se tratar de direito pessoal do
advogado.
b) Compete ao Conselho Seccional promover o desagravo público de seu presidente quando este for
ofendido no exercício das atribuições legais de seu cargo.
c) O inscrito na OAB, quando ofendido comprovadamente em razão do exercício profissional, tem
direito ao desagravo público promovido pelo conselho competente.
d) A diretoria ou conselho da Subseção não pode promover a sessão de desagravo, mesmo quando
a ofensa ocorra no território a que se vincula o inscrito.
6. Um advogado, ao se relacionar com o seu cliente, deve observar, entre outras normas, o Código
de Ética e Disciplina da OAB. Nesse sentido, assinale a opção incorreta.
a) O advogado deve informar o cliente, de maneira clara e inequívoca, quanto a eventuais riscos da
sua pretensão, e das conseqüências que poderão advir da demanda.
b) Concluída a causa ou arquivado o processo, presumem-se o cumprimento e a cessação do
mandato.
c) O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso do tempo, desde que permaneça
a confiança recíproca entre o outorgante e seu patrono no interesse da causa.
d) O mandato judicial ou extrajudicial pode ser outorgado a sociedade de advogados, sendo exercido
pelos advogados que dela façam parte no interesse do cliente, respeitada a liberdade de defesa.
7. Para o correto exercício da advocacia, deve o advogado:
a) assumir a defesa criminal, podendo, entretanto, considerar sua própria opinião sobre o acusado.
b) aceitar a imposição de seu cliente que pretenda ver com ele atuando outros advogados, ou aceitar
a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no processo.
c) funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou
cliente.
d) ajustar antecipadamente seus honorários com o substabelecente, sempre que substabelecer com
reservas os poderes conferidos pelo cliente.
8. Sebastião, advogado regularmente inscrito na OAB/RJ, se viu afrontado por sua cliente, que o
acusava da prática de crime que ela cometeu. Em defesa própria, Sebastião revelou segredo
profissional, provando que não era culpado. Nessa situação hipotética, a conduta de Sebastião:
a) não foi lícita, pois o sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se seu respeito em qualquer
situação, sem exceções.
b) não foi lícita, pois o sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se seu respeito em qualquer
situação, salvo apenas na hipótese de grave ameaça ao direito à vida.
c) foi lícita, pois não constitui obrigação do advogado observar o sigilo profissional.
d) foi lícita, pois o sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se seu respeito em qualquer
situação, salvo grave ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado
pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha que revelar segredo.
9. A partir da constatação oficial do fato, a pretensão à punibilidade das infrações disciplinares:
a) prescreve em 2anos.
b) prescreve em 5 anos.
c) prescreve em 10 anos.
d) é imprescritível.
10. A respeito das regras para registro de sociedade de advogados, assinale a opção incorreta.
a) Não são admitidas a registro nem podem funcionar as sociedades de advogados que apresentem
forma ou características mercantis.
b) Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional podem representar em juízo clientes
de interesses opostos.
c) A sociedade de advogados adquire personalidade jurídica com o registro aprovado de seus atos
constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede.
d) Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, com sede ou filial na
base territorial do respectivo Conselho Seccional.
11. Um advogado, regularmente inscrito na OAB-RJ e que estava exercendo a advocacia, foi eleito
vereador e tomou posse, ocupando atualmente o cargo de 2.º Secretário da Câmara de Vereadores.
Considerando a situação hipotética acima, assinale a opção correta acerca da situação daquele
advogado junto à OAB-RJ e quanto ao exercício da advocacia.
a) Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo a advocacia, ficando, porém, impedido de advogar
contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público.
b) Terá sua inscrição na OAB-RJ cancelada e, conseqüentemente, não poderá mais exercer a
advocacia, salvo se fizer nova inscrição na OAB.
c) Será licenciado pela OAB-RJ e, conseqüentemente, não poderá exercer a advocacia durante o
tempo em que ocupar a função.
d) Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo a advocacia, proibido de advogar apenas na justiça
estadual.
12. Um advogado, regularmente inscrito na OAB-RJ e que estava exercendo a advocacia, foi
aprovado e empossado no cargo de procurador do estado do Rio de Janeiro, ocupando atualmente o
cargo de procurador-geral do município de Miguel Pereira. Considerando a situação hipotética acima,
assinale a opção correta acerca da situação daquele advogado junto à OAB-RJ e quanto ao
exercício da advocacia.
a) Terá sua inscrição na OAB-RJ cancelada e, conseqüentemente, não poderá mais exercer a
advocacia, salvo se fizer nova inscrição na OAB.
b) Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo a advocacia, ficando, porém, impedido de advogar
contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de
economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou
permissionárias de serviços públicos.
c) Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo a advocacia, ficando, porém, impedido de advogar
contra a fazenda pública que o remunere ou à qual seja vinculada a atividade empregadora.
d) Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo a advocacia, sendo, porém, exclusivamente
legitimado para o exercício da advocacia vinculada à função que exerça, durante o período da
investidura.
13. Um advogado, regularmente inscrito na OAB-RJ, foi contratado por uma empresa em São Paulo,
para representá-la em diversas ações judiciais em curso naquele estado. Considerando a situação
hipotética acima, assinale a opção correta acerca da situação daquele advogado junto à OAB-SP e
quanto ao exercício da advocacia.
a) O advogado deverá transferir sua inscrição para a OAB-SP.
b) O advogado deverá comunicar à OAB-SP sua intervenção profissional naquele estado, não
devendo, entretanto, promover nenhuma inscrição na OAB-SP.
c) O advogado pode representar a empresa no estado de São Paulo, sem necessidade de promover
qualquer inscrição e nem de comunicar a OAB-SP sua intervenção.
d) O advogado deverá promover uma inscrição suplementar na OAB-SP.
14. Com relação a sociedades de advogados, assinale a opção incorreta.
a) As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de
que façam parte.
b) A sociedade de advogados adquire personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos
constitutivos no conselho seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede.
c) Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo
clientes de interesses opostos.
d) Além da sociedade, o sócio responde subsidiária e limitadamente pelos danos causados aos
clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar
em que possa incorrer.
15. No que diz respeito aos direitos do advogado empregado, assinale a opção correta.
a) O salário mínimo profissional do advogado será fixado por lei estadual.
b) As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia seguinte
serão remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de 25%.
c) As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional não
superior a 100% sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito.
d) O advogado empregado está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal
dos empregadores, fora da relação de emprego.
16. Um advogado, por motivos pessoais, não mais deseja continuar patrocinando uma causa. Nesse
caso, com relação ao procedimento correto perante o seu cliente, ele deve:
a) renunciar ao mandato e continuar representando o autor até ele constituir um novo advogado.
b) fazer um substabelecimento sem reservas de poderes para outro advogado e depois comunicar tal
fato ao cliente.
c) comunicar ao cliente a desistência do mandato e funcionar no processo nos dez dias
subseqüentes, se necessário.
d) comunicar ao autor a desistência do mandato e indicar outro advogado para substituí-lo.
17. O advogado tem imunidade profissional para se manifestar no exercício de sua atividade, não
podendo ser acusado por:
a) calúnia ou injúria.
b) calúnia, injúria ou difamação.
c) injúria ou difamação.
d) calúnia ou difamação.
18. O advogado pode se licenciar:
a) enquanto persistir o impedimento para o exercício da profissão.
b) mediante simples requerimento sem justificativa.
c) por motivo de doença de qualquer natureza.
d) enquanto persistir a incompatibilidade para o exercício da profissão.
19. PEDRO RIBEIRO, TERESA DE ANDRADE, MARCOS MARINHO, JULIO BRITO e ELIZABETH
NUNES, todos Advogados regularmente inscritos na OAB-RJ e em pleno exercício da advocacia,
resolvem constituir uma sociedade de advogados, na forma da lei. Pergunta-se: Qual a denominação
social correta eles devem adotar para aquela sociedade?
a) “Sociedade de Advogados Nova Era”;
b) “RIBEIRO & MARINHO Advogados Associados”;
c) “Escritório de Advocacia RIBEIRO E NUNES Sociedade Civil”;
d) “PEDRO RIBEIRO e Advogados Associados S. C.”.
20. Qual das seguintes afirmações é verdadeira?
a) Prescreve em três anos a pretensão à punibilidade das infrações disciplinares;
b) Somente no Juizado Especial Cível e na Justiça do Trabalho a pessoa, que não é advogado, pode
defender seus interesses sem constituir um advogado;
c) Será licenciado da advocacia o advogado que for acometido de doença mental incurável;
d) É permitido ao advogado que tenha sofrido qualquer punição disciplinar, requerer, um ano após o
seu cumprimento, sua reabilitação.
21. No curso de um processo o autor quer revogar o mandato de seu advogado e constituir outro
para prosseguir com a demanda. Pergunta-se: Qual a atitude correta daquele advogado que o autor
quer substituir?
a) Substabelecer ao outro advogado, sem reservas, todos os poderes que lhe foram outorgados pelo
autor e, em seguida, cobrar judicialmente, via processo de execução, os honorários contratados,
devidos e ainda não pagos;
b) Só substabelecer ao outro advogado, sem reservas, depois que o autor pagar-lhe os honorários
contratados e ainda não pagos;
c) Não concordar com a revogação de seu mandato, porque o processo já tem sentença final e está
em fase de execução de sentença;
d) Não concordar com a revogação de seu mandato, porque este lhe fora outorgado em caráter
irrevogável e irretratável.
22. Processado pela OAB-RJ sob a acusação de angariar causas, o Advogado José da Silva foi
condenado e recebeu a pena de censura, que foi convertida em advertência, por ser ele primário.
Dois anos depois, José da Silva é novamente processado pela OAB-RJ sob a acusação de ter
abandonado a causa do cliente. Pergunta-se: Se for novamente condenado, que punição sofrerá?
a) Pena de censura;
b) Pena de suspensão;
c) Pena de exclusão;
d) Pena de multa.
23. O Advogado Salvador de Sá foi eleito Deputado Estadual e tomou posse. Durante seu mandato
de Deputado, foi constituído por Manoel Rodrigues e ingressou em juízo com uma ação de
ressarcimento de danos contra a XEROX DO BRASIL. Qual a resposta correta?
a) O ato processual praticado por Salvador de Sá é nulo;
b) O ato processual praticado por Salvador de Sá é anulável;
c) O ato processual praticado por Salvador de Sá é anulável e ele será punido pela OAB-RJ;
d) O ato processual praticado por Salvador de Sá é plenamente válido.
24. O Código de Ética e Disciplina da OAB permite ao Advogado:
a) Descontar o valor dos honorários a receber da importância a ser entregue ao cliente ao término da
causa, por não haver proibição contratual;
b) Debater, num programa especializado de rádio, causa sob seu patrocínio;
c) Substabelecer a um Colega, com reservas, o mandato judicial, sem comunicação prévia ao
Cliente/outorgante;
d) Contratar honorários com a cláusula quota litis para receber, em pagamento de seu trabalho
profissional, dois dos dez lotes de terreno objetos da ação reivindicatória que patrocinará.
25. Qual das seguintes disposições não é admitida no Contrato Social de uma Sociedade de
Advogados?
a) A obrigação de apresentação de balanços mensais e efetiva distribuição dos resultados aos sócios
a cada mês;
b) A determinação de que, além da sociedade, apenas o sócio responsável pela administração da
sociedade responde subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes;
c) A permissão ao sócio de advogar autonomamente (fora da sociedade), recebendo os respectivos
honorários como renda pessoal;
d) A proibição aos sócios de ingressarem em outra sociedade de advogados.
26. Plínio Monteiro, Advogado inscrito na OAB-RJ e Professor, foi eleito Diretor da Faculdade de
Direito da UFRJ. Pergunta-se: Como fica a situação de Plínio Monteiro junto à OAB-RJ e quanto ao
exercício da advocacia?
a) Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo plenamente a advocacia, sem qualquer restrição;
b) Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo a advocacia, ficando, porém, impedido de advogar
contra a Fazenda Pública que o remunera;
c) Será licenciado pela OAB-RJ e, conseqüentemente, não poderá exercer a advocacia durante o
tempo em que for Diretor da Faculdade de Direito da UFRJ;
d) Terá sua inscrição na OAB-RJ cancelada e, conseqüentemente, não poderá mais exercer a
advocacia, salvo se fizer nova inscrição na OAB.
27. Qual é a natureza jurídica da Ordem dos Advogados do Brasil?
a) É uma autarquia federal;
b) É uma associação de classe, sem fins lucrativos;
c) É uma pessoa jurídica, de direito público;
d) É uma instituição “sui generis”, com personalidade jurídica e forma federativa, constituindo um
serviço público de âmbito nacional, gozando seus bens, rendas e serviços de imunidade tributária
total.
28. Ao fazer a sustentação oral numa Audiência de Instrução e Julgamento na 42ª Vara Cível do Rio
de Janeiro, o Advogado do réu caluniou seu colega, o Advogado do autor. Pergunta-se: O que pode
acontecer ao Advogado do réu por tal comportamento?
a) Ser apenas processado criminalmente, pelas ofensas proferidas contra o Colega;
b) Ser apenas processado pela OAB, pelas ofensas proferidas contra o Colega;
c) Ser advertido pelo Juiz, para não mais usar tais ofensas; ser processado criminalmente, pela
calúnia e ser processado pela OAB, pelas mesmas ofensas;
d) Nada acontecerá, porque o Advogado goza de imunidade profissional, de acordo com o Estatuto
da Advocacia e da OAB.
29. Das decisões proferidas pelo Tribunal de Ética e Disciplina, em processo disciplinar contra
advogado, cabe recurso para:
a) O plenário do Conselho Seccional da OAB respectiva;
b) Uma das turmas do Conselho Seccional da OAB respectiva;
c) Uma das turmas do Conselho Federal;
d) O Presidente do Conselho Seccional da OAB respectiva.
30. Qual das proposições abaixo NÃO constitui direito do advogado, assegurado pelo Estatuto da
Advocacia e da OAB?
a) Comunicar-se com seu cliente, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando este
estiver preso e incomunicável;
b) Examinar, em qualquer Delegacia Policial, sem procuração, autos de inquérito, findos ou em
andamento;
c) Após trinta minutos do horário designado para a audiência de instrução e julgamento sem que o
respectivo Juiz tenha chegado, retirar-se do local mediante comunicação protocolada no Cartório;
d) Contratar, previamente e por escrito, os seus honorários profissionais.
31. Qual das proposições abaixo feriu disposição expressa do Código de Ética e Disciplina da OAB?
a) O Advogado Marco Antonio aceitou procuração de Pedro Ribeiro (autor de uma ação cível e com
advogado constituído nos autos) para representá-lo na audiência de instrução e julgamento, sem o
prévio conhecimento do advogado de Pedro Ribeiro naquele processo, que não compareceu à
referida audiência;
b) O Advogado Mauro Lisboa foi nomeado para defender o acusado (“réu confesso”) de crime de
seqüestro, seguido de estupro e morte da vítima e, embora condenando veementemente os
chamados crimes hediondos, assumiu a defesa daquele acusado;
c) José Ricardo, Advogado e Contador, publicou um pequeno anúncio num jornal, nos seguintes
termos: “JOSÉ RICARDO / Advogado e Contador / OAB-RJ nº 79.458 e CRC-RJ nº 43.972 /
Advocacia Cível e Contabilidade Empresarial / Rua do Carmo nº 38, Centro, Rio de Janeiro”;
d) Num jornal de grande circulação, o Advogado Antonio Carlos publicou um pequeno anúncio no
qual mencionou, além de seu nome e número de inscrição na OAB, ser ele Mestre em Direito
Processual.
32. A quem compete punir disciplinarmente os Advogados?
a) Ao Conselho Seccional do Estado onde o Advogado tenha sua inscrição principal;
b) Ao Conselho Seccional do Estado onde o Advogado tenha inscrição suplementar, este tomou
conhecimento da infração em primeiro lugar;
c) Indistintamente, ao Conselho Seccional do Estado onde o Advogado tenha inscrição principal ou
onde tenha inscrição suplementar;
d) Ao Conselho Seccional do Estado onde a infração foi cometida, mesmo que nele o Advogado não
tenha a inscrição principal nem inscrição suplementar.
33. Qual das seguintes proposições está CORRETA?
a) Uma pessoa, que não é advogado e sem constituir um advogado, pode propor uma ação popular;
b) Um advogado não pode, nunca, patrocinar uma causa cível sem a procuração do respectivo
cliente;
c) O advogado não pode retirar de Cartório, mediante carga, os autos de um processo em que não
tenha procuração;
d) O advogado não pode, em nenhuma hipótese, receber bens particulares do cliente em pagamento
de seus honorários.
34. O Advogado Manuel Martins, sem justa causa, revelou um segredo que lhe foi confidenciado por
um Cliente, prejudicando-o. Pergunta-se: O que pode acontecer a Manuel Martins?
a) Ser punido apenas pela OAB, porque a violação de segredo profissional é uma infração disciplinar
prevista no Estatuto da Advocacia e da OAB;
b) Ser punido apenas criminalmente, porque a violação de segredo profissional é também um crime e
a pena maior absorve a menor;
c) Ser punido criminal e disciplinarmente pelo mesmo ato de revelar o segredo e, ainda, ser
condenado a pagar perdas e danos;
d) Ser punido disciplinarmente (pela OAB) e ser condenado a pagar perdas e danos, não o sendo
criminalmente, porque a violação de segredo profissional não é tipificada como crime.
35. Qual das seguintes afirmativas está CORRETA?
a) A jornada de trabalho do advogado empregado, de regra, não poderá exceder de cinco horas por
dia;
b) As horas extras do advogado empregado são remuneradas com um adicional de, no mínimo, cem
por cento sobre o valor da hora normal;
c) O advogado empregado está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal
do empregador, fora da relação de emprego;
d) O valor do salário mínimo profissional do advogado empregado é de oito vezes o valor do salário
mínimo nacional.
36. Após ser absolvido em dois processos disciplinares, o Advogado Cícero Travassos foi
processado e condenado por inépcia profissional, recebendo, em conseqüência, a pena de:
a) Censura;
b) Suspensão;
c) Exclusão;
d) Multa.
37. O Código de Ética e Disciplina da OAB NÃO admite:
a) Que o advogado recuse uma causa, só porque esta pode comprometer sua reputação profissional;
b) Que o advogado recuse a nomeação de outro advogado para trabalhar com ele no processo,
mesmo sem qualquer dedução de seus honorários;
c) Que o advogado empregado se recuse a funcionar como preposto e advogado do empregador,
numa reclamação trabalhista;
d) Que o advogado divulgue um pequeno anúncio com seu nome completo e número de inscrição na
OAB, na Tribuna do Advogado, na Rádio Tupi e no Jornal do Brasil.
38. Um Advogado, regularmente inscrito na OAB-RJ e que estava exercendo a advocacia, foi
empossado no cargo de Inventariante Judicial. Pergunta-se: Como fica a situação daquele Advogado
junto à OAB-RJ e quanto ao exercício da advocacia?
a) Terá sua inscrição na OAB-RJ cancelada e, conseqüentemente, não poderá mais exercer a
advocacia, salvo se fizer nova inscrição na OAB;
b) Será licenciado pela OAB-RJ e, conseqüentemente, não poderá exercer a advocacia durante o
tempo em que for Inventariante Judicial;
c) Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo a advocacia, ficando, porém, impedido de advogar
contra a Fazenda Pública que o remunera;
d) Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo a advocacia, sem qualquer restrição.
39. Tendo em vista que os Advogados gozam de imunidade profissional no exercício de sua
atividade, o que pode acontecer ao Advogado do réu que, numa Audiência de Instrução e
Julgamento na 11ª Vara Cível do Rio de Janeiro, quando fazia a sustentação oral, ofendeu o Juiz
que a presidia?
a) Responderá a processo criminal, por desacato ao Juiz, e a processo disciplinar na OAB;
b) Será apenas processado pela OAB, pelas ofensas proferidas contra o Juiz;
c) Será apenas advertido pelo Juiz, que oficiará à OAB para a medida disciplinar que esta entender
cabível;
d) Não sofrerá qualquer punição, face à imunidade profissional.
40. No curso de um processo cível, o Advogado do autor, por motivos particulares, não pode
continuar funcionando naquele processo. Como deve proceder o referido Advogado?
a) Ele deve fazer um substabelecimento total, sem reservas, para um Colega e depois comunicar ao
autor;
b) Ele deve comunicar ao autor a desistência do mandato e funcionar no processo nos dez dias
subseqüentes, se necessário;
c) Ele deve comunicar ao autor a desistência do mandato e indicar um Colega para substituí-lo;
d) Ele deve renunciar ao mandato e continuar representando o autor até ele constituir um novo
Advogado.
41. No processo disciplinar da OAB, com exceção dos embargos de declaração, de quem é o juízo
de admissibilidade dos recursos?
a) É do Presidente do Conselho Seccional da OAB respectiva;
b) É do Presidente do Conselho de Ética e Disciplina da OAB respectiva;
c) É do próprio órgão julgador que proferiu a decisão recorrida;
d) É do Relator do órgão julgador para o qual foi interposto o recurso.
42. Sabendo que o cliente recebeu seu crédito e que o devedor perdeu o comprovante do
pagamento da dívida respectiva, o Advogado aceita o patrocínio e propõe ação de cobrança daquele
“crédito” em face do pretenso “devedor”. Como Você classifica o procedimento daquele Advogado?
a) Ele praticou uma lide temerária;
b) Ele praticou um patrocínio infiel;
c) Ele praticou uma tergiversação;
d) Ele praticou uma fraude processual.
43. Para uma Sociedade de Advogados ter personalidade jurídica é necessário:
a) O registro de seu Estatuto ou Contrato Social na Junta Comercial e inscrição no C.N.P.J.;
b) O registro de seu Estatuto ou Contrato Social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas e inscrições
no C.N.P.J. e no I.S.S.;
c) O registro de seu Estatuto ou Contrato Social na OAB e inscrição no C.N.P.J.;
d) Apenas o registro de seu Estatuto ou Contrato Social na OAB.
44. Constituído por uma empresa para o patrocínio de uma ação renovatória de locação, o Advogado
ajustou verbalmente seus honorários no montante de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Concluído seu
trabalho profissional, aquele Advogado não conseguiu receber, amigavelmente, os honorários
ajustados. Pergunta-se: Qual a medida judicial adequada para o Advogado receber aqueles
honorários?
a) Uma Ação de Cobrança de Honorários, pelo Procedimento Ordinário;
b) Uma Ação de Cobrança de Honorários, pelo Procedimento Sumário;
c) Uma Execução por Quantia Certa;
d) Uma Ação Monitória.
45. Quais são os casos em que uma pessoa, que não é advogado, pode ingressar em juízo
pessoalmente, ou seja, sem constituir um Advogado?
a) Na impetração de habeas corpus, na Justiça do Trabalho (1ª instância), no Juizado Especial Cível
(até vinte salários mínimos), na Ação Popular e na Justiça de Paz;
b) Na impetração de habeas corpus, na Justiça do Trabalho (1ª instância), no Juizado Especial Cível
(até vinte salários mínimos) e na Justiça de Paz;
c) Na impetração de habeas corpus, na Justiça do Trabalho (1ª instância), no Juizado Especial Cível
(até vinte salários mínimos), no Mandado de Segurança e na Justiça de Paz;
d) Somente no Juizado Especial Cível (até vinte salários mínimos) e na Justiça do Trabalho (na 1ª
instância).
46. Um Advogado, regularmente inscrito na OAB-RJ e que estava exercendo a advocacia, foi
empossado no cargo de Secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Pergunta-se: Como
fica a situação daquele Advogado junto à OAB-RJ e quanto ao exercício da advocacia?
a) Será licenciado pela OAB-RJ e, conseqüentemente, não poderá exercer a advocacia durante o
tempo em que for Secretário de Educação;
b) Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo a advocacia, ficando, porém, impedido de advogar
contra a Fazenda Pública que o remunera;
c) Terá sua inscrição na OAB-RJ cancelada e, conseqüentemente, não poderá mais exercer a
advocacia, salvo se fizer nova inscrição na OAB;
d) Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo a advocacia, proibido de advogar apenas na Justiça
Estadual.
47. O Código de Ética e Disciplina da OAB não admite:
a) Que o Advogado cobre honorários por valores acima dos fixados pela Tabela de Honorários da
OAB;
b) Que o Advogado, no curso de um processo e contra a vontade do cliente, renuncie ao mandato
que este (cliente) lhe outorgou;
c) Que o Advogado inclua no anúncio de sua atividade, que ele é Mestre em Direito Privado, pela
UERJ, e Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB);
d) Que o Advogado, terminando da causa, só devolva os documentos do cliente mediante o
pagamento de seus honorários.
48. Um Advogado, que nunca fora punido disciplinarmente, é processado pela OAB, sob a acusação
de violação de sigilo profissional. Se condenado, qual a pena será aplicada àquele Advogado?
a) Censura;
b) Suspensão;
c) Exclusão;
d) Multa.
49. Qual o prazo de prescrição da ação de cobrança de honorários de advogado?
a) Dois anos, contados do vencimento do contrato de honorários;
b) Cinco anos, contados do término da causa;
c) Cinco anos, contados do vencimento do contrato de honorários;
d) Dez anos, contados do vencimento do contrato de honorários.
50. O Advogado MIGUEL MENDES retirou do Cartório da 35ª Vara Cível da Comarca do Rio de
Janeiro, mediante carga e pelo prazo de 10(dez) dias, os autos de um processo em que funcionava.
Decorridos os dez dias e embora intimado a devolver aqueles autos, não o fez. Pergunta-se: Como
Você classifica tal procedimento de Miguel Mendes?
a) Ele cometeu apenas uma infração disciplinar, prevista e punível pelo Estatuto da Advocacia e da
OAB;
b) Ele cometeu, ao mesmo tempo, uma infração disciplinar, tipificada no Estatuto da Advocacia e da
OAB, e um crime, tipificado no Código Penal;
c) Ele apenas violou dispositivo do Código de Processo Civil, ficando, em conseqüência, proibido de
retirar novamente aqueles autos de Cartório;
d) Ele cometeu apenas um ato ilícito, previsto no Código Civil vigente, ficando, em conseqüência,
obrigado a pagar perdas e danos.
GABARITO
01.D 02.B 03.A 04.B 05.C 06.D 07.D 08.D 09.B 10.B 11.C 12.D 13.D 14.D 15.B
16.C 17.C 18.D 19. B 20.D 21.A 22.A 23.D 24.C 25.B 26. A 27.D 28.C 29.A
30.D 31.C 32.D 33.B 34.C 35.B 36.B 37.D 38.A 39.A 40.B 41.D 42.A 43.D 44.B
45.B 46.A 47.D 48.A 49.C 50.B