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COLÉGIO ESTADUAL PRINCESA IZABELENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
MARILENA – PR2010
APRESENTAÇÃO
Para o Colégio Estadual Princesa Izabel, o Projeto Político-Pedagógico
será o instrumento de articulação entre os fins e os meios do processo ensino-
aprendizagem. O ordenamento de todas as atividades pedagógicas, curriculares e
organizacionais da escola, visará sempre que os objetivos educacionais promovam a
participação de todos na construção da cidadania como prática efetiva na formação de
cidadãos autônomos, críticos e participativos. Que os alunos sejam capazes de atuar
com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem, para que
sejam atendidos em suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas.
Sabemos que a realidade da nossa escola não é diferente das demais
instituições da região, ou seja, os problemas comuns existentes na sociedade refletem
também no ambiente escolar. Alguns alunos são rebeldes, indisciplinados,
desmotivados, carente e/ou socialmente desajustados, entretanto, os professores são
capazes e competentes para assumir uma postura crítica diante de realidades tão
adversas, procurando sempre motivar os mesmos na busca do conhecimento para que
através deste, possam melhorar e transformar seu contexto social.
O Projeto Político-Pedagógico da nossa escola foi construído com o
intuito de incentivar e motivar professores, alunos e comunidade a olharem a realidade
que nos cerca com um “novo olhar”. Ele proporcionará a toda comunidade escolar a
apropriação e a construção de conhecimentos para que o processo de aprendizagem
aconteça de forma prática, lógica e essencialmente vivenciada. Através de práticas
diversificadas, possuindo um espaço de convivência multidisciplinar e cooperativo,
poderemos garantir aos nossos educandos melhor integração social, e, principalmente,
consciência de suas responsabilidades como agentes transformadores do meio em que
vivem, pois o respeito, a justiça, a solidariedade e a honestidade não se aprendem
ouvindo falar, mas sim “vivenciando”.
Para a escola, um Projeto Político-Pedagógico ilumina princípios
filosóficos, define políticas, racionaliza e organiza ações, otimiza recursos humanos,
materiais e financeiros, facilita a continuidade administrativa, mobiliza os diferentes
setores na busca de objetivos comuns e, por ser de domínio público, permite
acompanhamento e avaliação constantes. Em suma, esse projeto é a concretização da
escola quanto à sua identidade, às suas racionalidades (interna e externa) e à sua
autonomia.
INTRODUÇÃO
O Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino Fundamental e Médio, tem como
código 00150, localizado a Rua Recife nº 1171, localização Zona Urbana, Telefone (44)
3448-1767, na cidade de Marilena, código nº 1510, Estado do Paraná, jurisdicionado ao
Núcleo Regional de Educação de Loanda - código 020, e tem como entidade
mantenedora a Secretaria da Educação do Estado do Paraná, Dependência
Administrativa Estadual – código 02. Foi autorizado funcionar pela Resolução nº
1.469/81 D.O.E. de 28/07/1981 e reconhecido pela Resolução nº 2.480/86 D.O.E. de
30/05/1986, tendo sido seu Regimento Escolar aprovado pelo Ato Administrativo
Resolução nº 146/01 D.O.E. de 20/12/2001. Este Estabelecimento de Ensino foi criado
pelo Decreto nº 8.633/62 D.O.E. de 30/03/1962, denominado “Grupo Escolar Princesa
Izabel” pelo Decreto nº 167/69.
A distância do Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino Fundamental e Médio
até o Núcleo Regional de Educação é de aproximadamente 40 quilômetros.
O Ginásio Estadual de Marilena foi criado pelo Decreto nº 1.781 de 30/12/69,
tendo recebido a denominação de Ginásio Estadual Cândido Berthier Fortes, de acordo
com a Lei nº 6.534 de 07/05/74. O Ensino de 2º Grau ficou autorizado a funcionar com
a Habilitação plena em Contabilidade a partir do ano de 1979 pela Resolução nº
1.469/81, com o nome de Colégio João Paulo I. A reorganização do Grupo Escolar
Princesa Izabel, Ginásio Estadual Cândido Berthier Fortes e da implantação do Ensino
de 2º Grau João Paulo I nas mesmas dependências pela Resolução nº 1.719/83, passou
a denominar-se Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino de 1º e 2º Graus. A partir de
1998 ganhou a denominação atual de Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino
Fundamental e Médio.
O Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino fundamental e Médio é composto
de dezenove salas de aula, sendo quatro delas adaptadas para: Laboratório de Ciências
Físicas e Biológicas, Biblioteca, Sala de Vídeo, Sala de Recursos. Além das salas de
aula o colégio possui dependências administrativas como Sala de Direção, Secretaria,
Sala de Orientação, Sala de Professores. Compõe ainda as dependências do Colégio
Estadual Princesa Izabel – Ensino Fundamental e Médio, um Refeitório, duas Quadras
de Esportes, sendo uma coberta, uma Cozinha com Despensa, uma Sala para Depósito
de Merenda e um Almoxarifado. Fazem parte das instalações sete sanitários, sendo dois
deles utilizados pelos alunos, dois pela equipe administrativa, dois pelos professores e
um pelos funcionários dos serviços gerais. O Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino
Fundamental e Médio é dividido em três pavilhões, sendo todos interligados por
passarelas e áreas cobertas. O pátio possui calçamento, canteiros de flores e árvores que
proporcionam um ambiente agradável e acolhedor para os alunos e para comunidade
que faz parte da escola.
O Colégio Estadual Princesa Izabel oferta o Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries)
com duração de 4 (quatro) anos, tendo uma carga horária de 3.200 (três mil e duzentas)
horas distribuídas em 800 (oitocentas) horas anuais e o Ensino Médio de 1ª a 3ª séries
com duração de 3 (três) anos, tendo uma carga horária de 3000 (três mil) horas,
distribuída em 200 (duzentos) dias letivos. No ano de 2010 o Colégio Estadual Princesa
Izabel, está ofertando 30 (trinta) turmas. O Ensino Fundamental conta com 19
(dezenove) turmas, sendo no período matutino, 04 (quatro) turmas de 7ª Série com 150
(cento e cinquenta) alunos, 04 (quatro) turmas de 8ª Série com 113 (cento e treze)
alunos; o período vespertino conta com 05 (cinco) turmas de 5ª Série com 160 (cento e
sessenta) alunos, 04 (quatro) turmas de 6ª Série com 127 (cento e oitenta e um) alunos;
o período noturno conta com 01 (uma) turma de sétima com 24 (vinte e quatro) alunos;
01 (uma) turma de 8ª Série com 41 (quarenta e um) alunos. O Ensino Médio conta com
12 (doze) turmas, sendo no período matutino 03 (três) turmas de 1ª Série com 77
(setenta e sete) alunos, 02 (duas) turmas de 2ª Série com 58 (cinqüenta e oito) alunos e
01 (uma) turma de 3ª Série com 21 (vinte e um) alunos. No período noturno, conta com
02 (duas) turmas de 1ª Série com 35 (trinta e cinco) alunos, 02 (duas) turmas de 2ª Série
com 53 (cinqüenta e três) alunos e 02 (duas) turmas de 3ª Série com 48 (quarenta e oito)
alunos, 01 (uma) Sala de Recurso no período matutino e 01(uma) no período vespertino,
totalizando 907 (novecentos e sete) alunos matriculados.
A nossa comunidade escolar é formada em sua maioria, por jovens e
adolescentes filhos de pequenos proprietários rurais e comerciantes, famílias dos
assentamentos do M.S.T. (Movimento dos Sem Terra), “bóias-frias”.
O corpo docente do Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino Fundamental e
Médio é formado por 61 (sessenta e um) professores, sendo todos habilitados em suas
respectivas áreas. O Colégio Estadual princesa Izabel – Ensino Fundamental e Médio,
conta também com um atendimento de 7 (sete) funcionários de serviços gerais, sendo 2
(duas) merendeiras e 1 (um) inspetor de aluno. A parte Administrativa conta com 1
(uma) secretária; 5 (cinco) auxiliares administrativo e 1 (uma) auxiliar de bibliotecas.
Para desempenhar tais funções acima discriminadas, os funcionários possuem
escolaridade que atinge desde o Ensino Fundamental completo até Ensino Superior
completo. A equipe pedagógica é constituída por 3 (três) pedagogas e 1 (uma)
professora com readaptação temporária, e a equipe de direção, composta por 1 (uma)
diretora e 1 (um) diretor auxiliar.
OBJETIVO GERAL
Garantir ao educando o acesso, a permanência e a aquisição do conhecimento
científico produzido historicamente pela humanidade, para que a partir dele possa
participar das transformações como sujeito ativo na sociedade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Estimular professores, alunos e demais educadores ao trabalho coletivo,
solidário e compartilhado, envolvendo-os de forma holística para que vivenciem
as situações do cotidiano, resolvam seus problemas e tomem decisões que sejam
coerentes e consistentes;
- Promover a aprendizagem significativa dos alunos, despertando-os para
questionamentos, temas e conteúdos a serem aprendidos dentro das múltiplas
dimensões do conhecimento;
- Desenvolver atividades que valorizem a diversidade cultural e a humanização,
para que, partindo da cultura popular, seja propiciado ao educando um
conhecimento sistematizado, ampliando assim, suas visões de mundo.
MARCO SITUACIONAL
- Situação da escola no atual contexto da realidade local e global:
Existe em nossa sociedade um grande contraste de nível sócio-econômico-
cultural que a torna cada vez mais injusta. Isso faz com que a maioria da população
sofra com o desemprego, a baixa renda e o subemprego, deixando-a, muitas vezes, sem
opção quanto às escolhas a serem feitas para a melhoria da sobrevivência.
Nossa realidade também é preocupante porque muitos alunos, em tenra idade,
precisam trabalhar para se manterem ou para complementarem a renda familiar. Com
isso, em suas perspectivas para o futuro, não incluem “dar continuidade aos estudos” ou
até mesmo buscar uma melhor qualificação profissional. A valorização do ser humano e
a busca por uma sociedade mais justa e igualitária só é possível a partir da percepção de
que todos têm direitos e deveres na (re) construção da cidadania e na promoção de
reflexões e discussões de políticas sociais que norteiam o sistema educacional,
entendendo que a exclusão social e a falta de perspectivas dos nossos alunos interferem
nos resultados educacionais dos mesmos. Por isso, é necessário que os grupos que
atuam nas bases governamentais e educacionais busquem metas que promovam o
desenvolvimento social necessário à população desmotivada e excluída, atendendo
assim, às características e necessidades de cada comunidade através de programas que
eliminem a evasão escolar e a repetência, e que dêem atendimento direto aos educandos
e familiares.
Nessa perspectiva, para que nossos educandos não sejam vistos apenas como
“dados estatísticos”, as políticas sociais devem ser repensadas em todas as suas
instâncias, principalmente as acentuam a esfera da exclusão social, pois não são
assegurados a eles os direitos básicos que a Constituição Brasileira teoricamente lhes
garante.
Diante dessa situação de exclusão, a qual grande parte da população basicamente
está inserida, e assim, tomada por motivos múltiplos de insatisfação, cabe à instituição
escolar abrir horizontes que permitam a esses educandos caminhos que literalmente os
levarão a uma realização pessoal, acadêmica e profissional; que os levem a interagir de
forma autônoma, competente, responsável, crítica e questionadora da realidade posta,
contribuindo para com as transformações necessárias à construção de uma sociedade
com menos injustiças sociais.
Não restam dúvidas de que o problema educacional não pode ser tratado de
forma isolada do conjunto dos demais problemas sociais brasileiros. Mas a solução
desses problemas deve passar pela criação de políticas públicas que venham solidificar e
democratizar a educação no ambiente político, econômico e cultural. Deve também,
minimizar o fator da exclusão social e desenvolver as potencialidades essenciais de cada
um para o livre exercício da cidadania numa sociedade plena e justa.
Portanto, a construção do Projeto Político-Pedagógico, partindo dos textos
estudados e discussões realizadas nesta escola, teve como objetivo básico subsidiar
todos os que atuam no processo educativo nos planos teórico, ético e político. Procurou
contemplar noções básicas quanto à construção de uma cidadania efetiva, articulada
com a sociedade imediata – bairro, comunidade local, vila, cidade – vinculada às esferas
estadual, nacional e global, na produção social do conhecimento, da cultura e da
cidadania.
- Organização pedagógica da escola:
O Colégio Estadual Princesa Izabel conta com 20 (vinte) turmas de Ensino
Fundamental, 10 (dez) turmas de Ensino Médio, sendo esses níveis de ensino na
modalidade regular, contando ainda com Sala de Apoio, Sala de Recurso, e 4 (quatro)
turmas de CELEM – Espanhol, as quais 2 (duas) turmas na primeira etapa e 2 (duas)
turmas na segunda etapa.
Esta escola conta com uma demanda de alunos diversificada quanto às
necessidades educacionais. As dificuldades de aprendizagem têm origem na diversidade
sócio-étnico-cultural e na falta de políticas públicas que poderiam corrigir ou melhorar
seus anseios e expectativas sociais, políticas, culturais e econômicas. Para dar
atendimento a esses alunos, a escola possui um programa de sala de recursos e sala de
apoio, que os atende em suas defasagens e dificuldades de aprendizagem, fazendo com
que os mesmos assimilem os conteúdos não dominados em séries anteriores. O
programa prioriza um trabalho através de jogos de lógica, de atenção, de concentração,
de memória, de raciocínio, de leitura e psicomotricidade.
As dificuldades de aprendizagem muitas vezes também consistem em um atraso,
desordem ou imaturidade dos alunos quanto aos processos de aquisição da linguagem e
dos conceitos de aritmética. Tais problemas nem sempre são resultantes de uma possível
disfunção cerebral e/ou distúrbios emocionais de comportamento e nem dependente de
uma debilidade mental, de uma privação sensorial, cultural ou de fatores psicológicos.
- Organização administrativa da escola:
O Projeto Político-Pedagógico da escola pressupõe a construção de relações
sociais efetivamente democráticas e igualitárias. Ou seja, a busca pela cidadania no
campo educacional é a mesma que constrói progressivamente a emancipação humana.
Essa busca deve ser pautada nos pressupostos ético-políticos, epistemológicos e
político-pedagógicos.
No âmbito político, o pressuposto é de que se faz necessário distinguir as
determinações e as mediações fundamentais, que, se alteradas, modificam
estruturalmente a natureza dos fatos ou das relações sociais. No âmbito epistemológico,
o pressuposto é de que a compreensão dos fatos e da realidade social implica articulá-
los numa totalidade histórica, combatendo assim, a fragmentação do conhecimento. No
plano político-pedagógico, o eixo deste projeto é a construção de uma escola cidadã,
democrática, que tem como centro os alunos enquanto sujeitos sociais em suas múltiplas
necessidades, dimensões e diversidades.
Nosso Projeto Político-Pedagógico contempla a cultura, a vida, os valores e os
saberes dos diferentes sujeitos e grupos sociais. Ele objetiva a organização da escola
através dos conhecimentos científicos e dos processos formativos na construção de uma
educação de qualidade, autônoma e participativa. Consolida também uma gestão
democrática que permita ampla participação de representantes de diferentes segmentos
da escola e da comunidade nas decisões/ações administrativo-pedagógicas, que
contemple pleno desenvolvimento cognitivo, físico, afetivo, social e ético no processo
ensino-aprendizagem.
Este projeto, além do corpo docente, delimita como sendo educadores todos os
funcionários envolvidos na ação pedagógica, os também chamados agentes
educacional, reconhecidos pela Lei Complementar no 123/09 de setembro de 2008. De
forma coletiva, a competência principal do educador consiste em sua atuação efetiva na
escola, que a consolida como lugar central da educação básica, numa visão
descentralizada do sistema, além de oferecer garantia visível e aperfeiçoável da
qualidade esperada no processo educativo. Eles são os responsáveis pelo processo de
construção e disseminação coletiva dos saberes de todos os envolvidos no processo
ensino-aprendizagem, cujos resultados são gradativos e/ou mediatos. É também dever
dos Agentes Educacionais o processo de realimentar, aperfeiçoar e avaliar critica e
periodicamente este documento.
MARCO CONCEITUAL
Como sabemos, a humanidade possui um cabedal de conhecimentos adquiridos
no transcorrer de sua história. Nos dias atuais, ele se caracteriza por um extremo
dinamismo e vertiginosa expansão, pois novas descobertas científicas e novas
conquistas da tecnologia vêm transformando diariamente a face do mundo. Dessa massa
de conhecimentos que possui a sociedade, a escola tem autonomia para organizar,
adequar e aplicar os seus conteúdos.
Desde os Jesuítas, passando por Comênio, Rousseau, Herbart, Dewey, Snyders,
Paulo Freire, Saviani, dentre outros, a educação escolar percorreu um longo caminho do
ponto de vista de sua teoria e de sua prática. Tal caminho está ligado a uma ciência
social específica: a pedagógica. Esta, através da relação professor-aluno, organizou o
processo de ensinar-aprender e sistematizou um conteúdo e uma forma de ensinar
(transmitir-assimilar) o saber erudito produzido pela humanidade. Este conteúdo e esta
forma geraram diferentes teorias e diferentes práticas pedagógicas que, ao enfatizarem
ora quem ensina, ora quem aprende, ou ainda, os meios e os recursos utilizados,
sintetizaram diferentes momentos da evolução humana. A escola, assim como a igreja, a
família, entre outras instituições, possui funções específicas que contribuem para
estabelecer, desenvolver e manter uma sociedade. O trabalho que cada uma delas realiza
não está restrito apenas à sua prática, à sua especificidade, mas sim, possui uma
finalidade que contribui para com o âmbito social e que é determinada pela própria
prática que o fundamenta.
A escola, como direito de todos, foi instituída socialmente a partir da
necessidade de se organizar uma forma de transmitir o saber que a humanidade
sistematizou ao longo de sua existência. Esta necessidade somente ocorreu
aproximadamente há dois séculos, uma vez que na sociedade antiga e medieval, a escola
como instituição pública de responsabilidade do Estado, praticamente não existiu. Estas
sociedades eram constituídas, fundamentalmente, pelo trabalho escravo ou servil:
nobres de um lado, escravos ou servos de outro. As classes sociais eram bem
estratificadas e a educação sistemática era privilégio de alguns, pois cumpria bem
apenas com a função conservadora da instituição social, desenvolvendo e transmitindo
concepções de mundo adequadas à manutenção da realidade. O pouco de educação
escolar que existia estava aliado ao desenvolvimento científico e tecnológico do
momento, dificultando a comunicação, veiculação e expansão de novas idéias e
concepções produzidas.
Hoje, buscam-se mudanças efetivas na escola e na sociedade, tanto do ponto de
vista didático-pedagógico quanto político, pois compreendemos que a escola, em cada
momento histórico, constitui uma expressão e uma resposta à sociedade na qual está
inserida.
Se antes, a aprendizagem dos conteúdos por parte dos alunos significou um
requisito para se obter uma boa nota, agora uma nova dimensão deve ser considerada:
integrar os conteúdos e aplicá-los de forma teórico-prática no dia a dia de todos os
envolvidos, para que professores e alunos sejam co-autores do processo ensino-
aprendizagem, e, juntos, descubram para que sirvam os conteúdos propostos pela escola
e se os mesmos estão cumprindo com sua finalidade social, dentro das dimensões
conceituais, científicas, históricas, políticas, culturais e educacionais.
Para que aconteça a apropriação do conhecimento em suas múltiplas dimensões,
busca-se cada vez mais a unidade e a interdisciplinaridade quanto aos novos desafios
propostos pela sociedade contemporânea. Para isso, uma nova forma de trabalho
pedagógico, através da “Pedagogia Histórico-Crítica”, precisa ser instituída. O “agir”
pedagógico exige que se privilegie a contradição, a dúvida, o questionamento; que se
valorizem a diversidade e a divergência; que se interroguem as certezas e as incertezas;
que se analise, compreenda e apreenda cada conteúdo de uma forma dinâmica, numa
perspectiva histórica, social e dialética. Desta forma, defender-se-á o direcionamento da
realidade social como um todo, ou seja, que o mesmo parta da especificidade teórica da
sala de aula, e, desta, para a totalidade social novamente.
O desenvolvimento desta proposta tem como marco referencial a teoria
dialética do conhecimento, tanto para fundamentar a concepção metodológica e o
planejamento de ensino-aprendizagem, como a ação docente-discente, estruturando e
desenvolvendo o processo de construção do conhecimento escolar. Quanto ao que se
refere à nova forma de o professor estudar, facilitará na preparação de seus conteúdos,
na elaboração e na execução de seu projeto de ensino e nas respectivas ações de seus
alunos, para que os mesmos passem do conhecimento empírico ao conhecimento
teórico-científico.
A proposta pedagógica, portanto, deriva dessa teoria dialética que tem como
primeiro passo ver a prática social dos sujeitos da educação. A consciência sobre essa
prática deve levar os professores e os alunos à busca do conhecimento teórico que
ilumine e possibilite refletir sobre seu fazer prático do cotidiano para interagirem no
grupo social do qual faz parte.
O levantamento e o questionamento do cotidiano imediato e remoto de um grupo
de educandos conduzem à busca de um suporte teórico que desvele, explicite, descreva
e explique essa realidade. Assim, para Corazza, teorizar sobre a prática implica em ir
além das aparências imediatas, já que os sujeitos refletem, discutem e estudam
criticamente o tema problematizado, buscando a essência dos fenômenos anteriormente
percebidos (1991, p. 88).
Essa metodologia dialética de ensino-aprendizagem, que abrange a pedagogia
histórico-crítica, é uma prática coerente e consistente que reflete um desenvolvimento
teórico sistematizado, crítico e transformador, tanto para professores quanto para
alunos. Consiste em uma prática de ensino que busca elevar a qualidade da formação
ministrada, aperfeiçoando e consolidando acertos e desacertos num processo de
construção do conhecimento. Segundo CORAZZA, os professores devem partir da
prática, teorizar sobre ela e voltar à prática para transformá-la, ou seja, é a
aprendizagem significativa, a que leva os alunos a questionar o conteúdo que vão
aprender, dentro de suas múltiplas dimensões. Essas dimensões (social, política,
econômica...) é que os levarão a compreender o sentido que tais conhecimentos terão
para suas vidas e para os problemas sociais de suas comunidades.
O trabalho pedagógico deve possibilitar aos educandos, através do processo de
abstração, a compreensão da essência dos conteúdos a serem estudados, a fim de que
sejam estabelecidas as ligações internas específicas desses conteúdos com a realidade
global, com a totalidade da prática social e histórica.
Esta Proposta Pedagógica, fundamentada em Vigotsky, Saviani, Gasparin e
outros, apresenta características desafiadoras, como por exemplo, nova maneira de
planejar as atividades docentes / discentes um novo processo de estudo por parte do
professor, pois todo conteúdo a ser trabalhado deve ser visto de uma perspectiva
totalmente diferente da tradicional e novo método de trabalho docente-discente que tem
como base o processo dialético: prática-teoria-prática, onde a relação entre alunos e
conteúdo, mediada pelo professor, constitui o momento de efetiva aprendizagem.
A educação tem como finalidade garantir condições para que o aluno construa
instrumentos que o capacitem para um processo de aprendizagem permanente. Para
isso, é preciso uma educação que tenha em vista a qualidade da formação a ser oferecida
a todos os estudantes, atendendo às necessidades sociais, políticas, econômicas e
culturais da realidade brasileira, que considere os interesses e as motivações dos alunos
e garanta os conhecimentos essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos
e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na
sociedade em que vivem.
A escola deve servir para transformar a vida das pessoas que dela participam.
Almeja-se uma escola democrática, que socialize e sistematize o conhecimento
produzido pela sociedade. Assim, reafirmamos nossa identidade como trabalhadores
que sonham, criam e fazem a Escola, pois as normas de funcionamento e os valores que
regem a atuação das pessoas que dela fazem parte são determinantes da qualidade de
ensino e interferem de maneira significativa sobre a formação dos alunos.
Numa nova perspectiva de escola, não basta a existência do saber sistematizado,
mas sim, faz-se necessário viabilizar as condições de sua transmissão-assimilação.
Deve-se ter em vista a passagem do saber difuso, parcial, desarticulado, para o saber
organizado e articulado, para que todo educando possa ter compreensão dos valores
sociais nos quais a escola encontra-se inserida e que esse mesmo educando no final de
sua escolarização esteja apto para a prática da cidadania.
AVALIAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL DAAPRENDIZAGEM
A avaliação é considerada um elemento favorecedor da melhoria de qualidade da
aprendizagem. A partir das últimas décadas, ela deixou de funcionar como “arma” para
intimidar ou pressionar o aluno e foi assumida como parte integrante do instrumento de
auto-regulação do processo ensino-aprendizagem. Como processo para que os objetivos
educacionais sejam atingidos, a avaliação diz respeito não só ao aluno, mas também ao
professor e ao próprio sistema escolar.
Assim como a aprendizagem, a avaliação deve ser contínua, qualitativa,
diagnóstica e redirecionar a prática docente quanto à sua postura e metodologia. Deve
identificar as falhas constantes no processo de ensino e sugerir ações que as corrijam,
utilizando-se de técnicas e instrumentos diversificados. Ela não deve ser usada como
punição, mas para diagnosticar qual instância do conteúdo deve ser retomada, revista e
repensada, de forma que se promova o aluno, relevando-o sempre à atividade crítica, à
capacidade de síntese e à elaboração pessoal dos conhecimentos trabalhados, ao invés
de apenas memorizá-los.
Quando a formação integral é a finalidade principal do ensino e, portanto, seu
objetivo é o desenvolvimento de todas as capacidades da pessoa que se almeja
desenvolver e não apenas as cognitivas, muitos dos pressupostos da avaliação mudam.
Os conteúdos a serem avaliados não serão unicamente conteúdos associados às
necessidades do caminho para a universidade, mas que também ajudem o aluno a se
preparar para o mundo do trabalho. Uma opção desta natureza implica em algumas
mudanças, na prática, que consistem, além da preparação do educando para que supere
distintos obstáculos, em oferecer a cada um deles a oportunidade de desenvolver, no
maior grau possível, todas as suas capacidades. O objetivo do ensino não centra sua
atenção em certos parâmetros finalistas para todos, mas nas possibilidades individuais
de cada um dos alunos.
A tomada de posição em relação às finalidades do ensino, relacionada a um
modelo centrado na formação integral da pessoa, implica em conhecimento da
concepção histórico-crítica do ensino e da aprendizagem. Como referencial
psicopedagógico, o objetivo da avaliação deixa de se centrar exclusivamente nos
resultados obtidos e passa a se situar prioritariamente no processo de ensino-
aprendizagem, tanto do grupo-classe e de cada um dos alunos, como também na equipe
que intervém no processo.
É fundamental, para a eficiência da avaliação, a utilização de diferentes códigos
como: o oral, o escrito, o gráfico e o numérico, de forma a considerar as diferentes
aptidões dos alunos. Quanto mais os alunos tenham clareza dos conteúdos e do grau de
expectativa da aprendizagem que se espera, mais terão condições de desenvolver, com a
ajuda do professor, estratégias pessoais e recursos para vencer as dificuldades.
O resultado das avaliações será registrado bimestralmente e se dará da somatória
de no mínimo duas atividades avaliativas e/ou outras aferições como: pesquisas,
participação, trabalhos, tarefas, etc., concedidas pelos professores dependendo da carga
horária de cada disciplina e dos projetos desenvolvidos no decorrer do ano.
A Recuperação de Estudos é um processo obrigatório de atendimento especial ao
aluno cuja aprendizagem não se realizou de maneira satisfatória. Será proporcionada
recuperação de estudos durante o período letivo, de maneira contínua e imediata,
destinando-se a corrigir as deficiências detectadas após a verificação do conteúdo
trabalhado e se processará através de aulas, atividades orais e escritas, trabalhos
individuais e em grupos, tarefas e atividades avaliativas. Os alunos que, após a
Recuperação de Estudos, persistirem com deficiência até o término do ano letivo,
ficarão retidos na série, pois este estabelecimento de Ensino, por decisão unânime da
classe dos professores, não conta com a progressão parcial.
As atividades, ações e projetos desenvolvidos pela equipe pedagógica, no que
diz respeito à nova postura do aluno em relação aos conteúdos assimilados, estarão
embasados na perspectiva histórico-crítica. Os conhecimentos científicos substituirão
e/ou serão acrescentados aos conhecimentos que ele já possui, e, através de
questionamentos investigativos e provocativos, devem ser avaliados não só como
“aferição do aproveitamento escolar”, mas também como “ponto definitivo de
chegada”, com o intuito de “parar para observar” se a caminhada está ocorrendo com a
qualidade que deveria ter, como um ato dinâmico que qualifica e subsidia o
redirecionamento da ação na construção dos resultados que se desejam para a
aprendizagem, e, consequentemente, para o desenvolvimento do educando.
MARCO OPERACIONAL
A escola, em seu conjunto, pode ser considerada como uma instância de
mediação cultural entre os significados, sentimentos e as condutas da comunidade social
e do desenvolvimento humano das novas gerações (Libâneo, 2004, p. 32).
Neste sentido, desenvolveremos atividades que valorizem o conhecimento
científico e a humanização sem discriminação, para que a partir da diversidade étnico-
cultural, seja propiciado ao educando um conhecimento sistematizado que amplie novas
visões de mundo. Através da motivação, do diálogo franco, é necessário estimular os
alunos ao interesse pelos conteúdos trabalhados e à construção do conhecimento
científico a partir do conhecimento prévio de seu contexto social.
Entre inúmeras ações possíveis de serem realizadas em busca da garantia da
aprendizagem, faz-se necessário preparar os alunos para a globalização e para o excesso
de informação, ou seja, mostrar que determinadas coisas, como programas de televisão,
jogos, música, internet, entre outros, são constituídos de um grande paradoxo
(bem/mal), visto que informações nem sempre são sinônimas de conhecimentos
perenes. O mundo virtual, o ciberespaço, pode trazer inúmeras vantagens, mas, assim
como o mundo real, pode também levar à desumanização/mecanização do ser humano.
Programas que serão desenvolvidos durante o ano letivo envolvendo
professores de diversas áreas, alunos e comunidade escolar:
- Educação Fiscal: educa para a cidadania e faz entender que o cidadão é o principal
agente responsável pelo desenvolvimento de seu Estado;
- Educação Com Ciência: incentiva a pesquisa e a busca do conhecimento científico;
- Educação Ambiental (agenda 21): trabalho de caráter social que será desenvolvido
juntamente com a comunidade escolar, em benefício da nossa escola, e que propõe ao
aluno a melhoria da qualidade de vida;
- Educação Especial (Sala de Recurso): tem em vista a integração e a inclusão de todos
os alunos com necessidades de atendimentos especiais;
- Projeto Fera: incentiva atividades culturais e artísticas em nossa escola;
- JOCOP’S: incentiva e estimula a importância do esporte na vida dos jovens e
adolescentes;
- TIC’s: atendimento ao professor quanto à inclusão digital, à informática e à tecnologia
para fins educacionais;
- FICA: tem como objetivo a mobilização para a inclusão escolar e a valorização da
vida;
- Educação Cultural Afro-Brasileira: desenvolver atividades que valorizem a cultura de
origem africana, combatendo assim a desigualdade, a discriminação racial e o
preconceito, promovendo a inclusão social e o respeito às diferenças;
- Sala de Apoio: trabalho para sanar as dificuldades/defasagens de aprendizagem
apresentadas por alunos de 5ª séries;
- Semana Cultural ou Feira de Ciências: mostrar à comunidade os conhecimentos
envolvidos no desenvolvimento das atividades de caráter sócio-cultural, associando-as
aos princípios teórico-práticos para ampliação dos conhecimentos adquiridos no dia-a-
dia.
- CELEM: programa que oferece aos alunos e à comunidade Cursos Básico e de
Aprimoramento em Língua Espanhola;
- Cursos Técnicos à Distância: O Programa E-TEC Brasil (EAD) oferece à comunidade,
através do Instituto Federal do Paraná (IFPR), dois cursos a nível pós-médio, sendo
eles: Curso Técnico Serviços Públicos e Curso Técnico em Administração Pública.
- Programa Viva a Escola:
A escola, como uma instância de mediação e transmissão de conhecimentos
sistematizados produzidos historicamente pela humanidade, visa também garantir aos
alunos a construção da cidadania através de atitudes que partam desses conhecimentos.
Assim, o Programa Viva a Escola oportuniza várias atividades pedagógicas de
complementação curricular que muito ajudam nesse quesito. Através dele, temos
algumas atividades aprovadas que compreendem: atividades de Artes Visuais,
Preparatório para o vestibular e Matemática. Todas elas têm como núcleo de
conhecimento o Científico Cultural e a integração Comunidade-Escola e são preparadas
para resgatar a auto-estima do educando, proporcionando a ele oportunidades que vão
além dos objetivos propostos pelo ensino regular.
O programa Viva a Escola é ofertado aos alunos da comunidade escolar que se
interessam pelas atividades desenvolvidas. Como participantes, temos alunos do Ensino
Médio no Preparatório para o vestibular e alunos do ensino fundamental em Artes
Visuais e Matemática.
Esses trabalhos deverão acontecer constantemente durante as aulas, em forma de
projetos, como por exemplo, o Programa Viva a Escola, que acontece em horário de
contra turno e/ou em períodos estabelecidos pela comunidade escolar. No que se refere
à construção de conhecimentos, os profissionais da educação procuram, por meio de
especializações, trocarem experiências que contribuam para com o educando em todas
as instâncias de sua formação.
A Hora Atividade do Colégio Estadual Princesa Izabel é feita de forma coletiva
e por área de conhecimento. Sempre que possível, garantimos ao professor a troca de
experiências, reflexões e discussões que enriquecem seu processo de formação
continuada, dentro de um ambiente favorável, tanto para ler, estudar quanto para
preparar ou planejar suas atividades pedagógicas.
É nesta hora que nós, da equipe pedagógica, além de promover esses
momentos de reflexão, procuramos proporcionar aos professores materiais e recursos
pedagógicos e tecnológicos necessários ao planejamento de suas aulas, e, no mínimo
uma vez no mês, conduzimos, discutimos e avaliamos, juntamente com os professores,
os projetos que estão sendo desenvolvidos na comunidade, pois na visão histórico-
crítica, busca-se cada vez mais uma transformação social através de conhecimentos
vistos por várias dimensões, numa perspectiva crítica, desafiadora e transformadora.
O trabalho desenvolvido pela Escola para promover a articulação entre
Escola/Família consiste em reuniões de pais, realizadas bimestralmente para
acompanhamento do desenvolvimento escolar dos alunos, e também, no atendimento
individual e personalizado com esclarecimentos e orientações quando se faz necessário
aos pais e alunos de apoio.
Contamos também com a participação dos pais em eventos realizados pela
Escola, tais como:
- Festas Juninas;
- Desfiles;
- Semana Cultural e Esportiva;
- Outros projetos que eventualmente a Escola executa durante o ano letivo.
Há representação dos pais também através da Associação de Pais, Mestres e
Funcionários (APMF) e do Conselho Escolar, participando assim das ações e decisões
tomadas pela Escola.
As instâncias colegiadas são órgãos de representação de toda comunidade
escolar que dão suporte aos recursos financeiros e contribuem nas atividades
pedagógicas da escola. Elas são compostas por Associação de Pais, Mestres e
Funcionários (APMF) e, Grêmio Estudantil, Conselho de Classe e Conselho Escolar.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é formada por pessoas jurídicas
de direitos privados, representantes dos professores e dos funcionários da escola. Ela
não possui caráter partidário, religioso, de raça e nem objetiva lucros, sendo seus
dirigentes e conselheiros, portanto, não remunerados.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é regida por estatuto próprio e os
recursos financeiros serão provenientes de: contribuição voluntária, auxílio e subvenção
de órgãos públicos, doações, campanhas promoções e convênios.
O Grêmio estudantil está fundamentado na liberdade e no respeito aos direitos
humanos e no Estatuto da Criança e do Adolescente. É uma instituição regida por
estatuto próprio e suas principais ações são: organizar os estudantes na defesa de seus
direitos políticos, sociais, econômicos e jurídicos, manter intercâmbio com outras
entidades estudantis, em especial com a União Paranaense dos Estudantes – UPES.
Também é responsável por manter a unidade da classe em torno de seus problemas e
interesses, além de zelar pela paz, pela liberdade dos estudantes, sem distinção de raça,
cor, sexo, religião, posição social ou ideologia política.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado, de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com a atuação restrita em cada turma do
estabelecimento de ensino. Ele tem como objetivo avaliar o processo ensino-
aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso,
tendo como ações o levantamento das dificuldades do aluno, tais como: encontrar
possíveis soluções para resolver essas dificuldades; comprometer-se a por em prática a
solução encontrada; avaliação quanto ao progresso de aprendizagem do aluno; analisar
informações apresentadas pelos diversos professores, equipe pedagógica e direção sobre
cada aluno quanto a atitude e domínio de conteúdos que afetem o rendimento escolar;
propor medidas que viabilizem o melhor aproveitamento escolar, tendo em vista o
respeito à cultura do educando, integração e relacionamento dos alunos; estabelecer
planos viáveis de recuperação dos alunos quanto ao conteúdo; decidir sobre a aprovação
e reprovação do aluno que, após a apuração dos resultados finais não atinjam o mínimo
solicitado pelo estabelecimento.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, de natureza consultiva, deliberativa e
fiscal. Ele possui o objetivo de estabelecer e fazer cumprir o Projeto Político
Pedagógico da Escola, mediante os critérios relativos à sua ação, organização,
funcionamento e relacionamento com a comunidade, sempre compatibilizando com as
diretrizes e política educacional traçadas pela Secretaria de Estado de Educação. Assim,
o mesmo é composto por todos os segmentos existentes na comunidade escolar,
assegurada a paridade e proporcionalidade de 50% (cinqüenta por cento) para pais e
alunos e 50% (cinqüenta por cento) para membros do magistério e servidores, incluindo
o diretor que é membro nato. Além do objetivo já mencionado, ele tem como
atribuições: analisar e aprovar o Plano Anual do Estabelecimento de Ensino;
acompanhar e avaliar o desempenho do estabelecimento face às diretrizes, prioridades e
metas estabelecidas no Plano Anual; apreciar e julgar, em grau de recursos, os casos dos
alunos que infringirem as normas do estabelecimento de ensino; apreciar e aprovar o
Plano de Aplicação e Prestação de Recursos Financeiros.
As relações de trabalho na escola estão estreitamente ligadas à identidade da
mesma, à sua missão social, ao seu público, aos resultados e ao Projeto Político
Pedagógico em sua essência. Elas dizem respeito às ações voltadas para a melhoria da
qualidade do ensino e ao atendimento às necessidades básicas de aprendizagem em seus
diferentes e crescentes níveis. Tais ações são através da qualidade do trabalho docente e
técnico-pedagógico, que tem relação direta com os resultados pedagógicos da escola.
Assim, a gestão que se diz democrática e participativa, deve investir na infra-estrutura
de apoio à sala de aula, na aquisição de material extra para atividades especiais, na
atualização e na formação contínua dos professores para atender às especificidades da
escola, na qualificação e manutenção dos equipamentos e espaços, na estimulação e
reestruturação da equipe pedagógica, responsável pela articulação de toda a comunidade
escolar (professores, alunos, funcionário, pais), bem como pela interpretação e aferição
dos resultados do processo ensino-aprendizagem para a promoção de uma aprendizagem
significativa.
Sabemos que o funcionamento de uma escola pública, ou mesmo privada, não
depende somente de direção e professores. Precisamos também de profissionais não-
docentes para a realização das atividades do dia-a-dia da escola – os funcionários, que
são também educadores indispensáveis para a formação humana e, comprometidos com
a construção de uma educação de qualidade, precisam, não somente saber fazer o que
fazem, mas também sistematizar e institucionalizar suas identidades funcionais.
O desejo de crescer como pessoa e como profissional da educação deve ser
também uma característica fundamental dos funcionários. Daí, a necessidade de se
discutir e refletir coletivamente essas novas identidades, esses novos perfis.
Comprometidos com a proposta pedagógica da escola, através de uma nova visão, os
funcionários-educadores também podem e devem contribuir para com esse papel
transformador da escola, assumindo uma postura dinâmica e ativa, educando
coletivamente e fazendo parte dessa instituição democrática, que é tão relevante para a
sociedade contemporânea.
Os Agentes Educacionais terão sua participação efetiva no processo ensino-
aprendizagem através de processos de organização e gestão baseados em uma dinâmica
que favoreça as ações coletivas e participativas nos momentos de decisão. Eles podem
colaborar para inserir todos os alunos na vida sócio-cultural da comunidade, para o
resgate da sua identidade, da sua auto-estima e cidadania. Independente da função
exercida (administrativa ou serviços gerais), os agentes devem compartilhar saberes e
trocar experiências, pois todos têm consciência da importância do seu trabalho, que vai
além da secretaria, cozinha, limpeza, etc., já que o processo educativo acontece em
todos os momentos.
Quanto aos alunos, além dos deveres previstos na legislação e normas aplicáveis
de ensino, atenderão às determinações dos diversos setores da escola em suas
respectivas competências, assim também como: comparecer pontualmente às aulas e
demais atividades escolares programadas e desenvolvidas pela escola, cooperar na
manutenção da higiene e na conservação das instalações escolares.
Diante dessa conjuntura, há uma expectativa na sociedade brasileira para que a
educação se posicione na linha de frente à luta contra as exclusões, contribuindo para a
promoção e integração de todos; voltando-se assim, para a construção da cidadania não
como meta a ser atingida num futuro distante, mas como prática efetiva, para formar
cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência,
dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam que suas
necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas sejam atendidas.
Um Projeto Político Pedagógico liderado e coordenado por uma gestão
democrática, preocupada com a construção de sua identidade e espaço-tempo
pedagógico, organizado com base nas convicções que envolvem o processo como
construção coletiva, supõe e exige:
• Definição clara de princípios e diretrizes contextualizadas que projetem o vir-a-
ser da escola;
• Envolvimento e vontade política da comunidade escolar, com rompimento do
individualismo, estabelecimento de parcerias e de diálogos;
• Conhecimento da realidade escolar baseado em diagnóstico, sempre atualizado
e acompanhado;
• Análise e avaliação diagnóstica para criar soluções às situações-problema da
escola, dos grupos, dos indivíduos;
• Planejamento participativo que aprofunde compromissos e estabeleça metas
claras e exeqüíveis, numa consciência coletiva com base nos diagnósticos:
geral, das áreas, curriculares, por setor escolar, professores, entre outros;
• Revisão e dinamização contínuas da prática pedagógica (fundamentadas nas
diretrizes curriculares), da metodologia, da avaliação, dos conteúdos, das bases
da organização escolar, do regimento, do ambiente escolar, das relações
humanas, dos cronogramas de estudos e formação continuada, de reuniões, etc.;
• Atualização constante do pessoal docente e técnico;
• Coordenação administrativo-pedagógica competente e interativa que estimule,
planeje, comande, avalie, apóie e dialogue continuamente com todos os
componentes da escola.
AVALIAÇÃO DO P.P.P.
A direção do Colégio Estadual Princesa Izabel, reunir-se-á duas vezes no ano
com todos os professores, equipe pedagógica e, representantes de todas as instâncias
colegiadas, para avaliar e obter informações sobre as ações do Projeto Político
Pedagógico, como está e o que não está sendo desenvolvido no Estabelecimento de
Ensino.
Para que essas informações sejam claras, será elaborado um conjunto de
procedimentos investigativos que possibilitem o ajuste e a orientação nos resultados
obtidos por meio de estudos do Projeto Político Pedagógico e entrevistas abertas a toda
comunidade escolar.
Qualquer mudança necessária só será possível se entendermos que a avaliação é
ponto de referência para a tomada de decisão de todos os envolvidos, para que essa
avaliação se transforme em importante aliada na construção de um modelo de educação
continuada, ajustada às necessidades dos profissionais da educação, e, principalmente,
para o desenvolvimento dos alunos.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
APRESENTAÇÃO
A Proposta Pedagógica do Colégio Estadual Princesa Izabel – EFM tem por
finalidade “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável para o
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores”. Esta última finalidade deve ser desenvolvida principalmente pelo Ensino
Médio, uma vez que entre as suas finalidades específicas incluem-se “a preparação
básica para o trabalho e a cidadania do educando”, a serem desenvolvidas por um
currículo, que destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da
Ciência, das Letras e das Artes; o processo histórico da transformação da sociedade e da
cultura; a Língua Portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao
conhecimento e exercício da cidadania, contemplando o desenvolvimento cognitivo,
físico, afetivo, social, ético e estético tendo em vista uma formação abrangente.
Faz parte dessa longa etapa a construção de valores e atitudes que norteiam as
relações inter-pessoais e intermedeiam o contato do aluno com o objeto do
conhecimento. É imprescindível, nesse processo que valoriza o aprender contínuo e a
troca constante entre aluno-aluno e aluno-professor, a tomada de consciência, a
persistência, o empenho e a prontidão para superar desafios.
Nesse sentido, o Colégio Estadual Princesa Izabel planeja suas atividades em
consonância com as características sociais, culturais e cognitivas de seus educandos
(séries finais do ensino fundamental e ensino médio). Cada um desses tempos de vida
tem a sua singularidade, como síntese do desenvolvimento biológico e de experiência
social condicionada historicamente. Por outro lado, se a construção do conhecimento
científico, tecnológico e cultural é também um processo sócio-histórico, a Educação
Básica pode configurar-se como um momento em que necessidades, interesses,
curiosidades e saberes diversos confrontam-se com os saberes sistematizados,
produzindo aprendizagens socialmente e subjetivamente significativas. Num processo
educativo centrado no sujeito, a Educação Básica deve abranger, portanto, todas as
dimensões da vida, possibilitando o desenvolvimento pleno das potencialidades do
educando. Só assim é possível formar cidadãos críticos, competitivos e capacitados o
bastante, para serem agentes transformadores de sua própria vida e da realidade que os
cerca.
ASPECTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS DASMODALIDADES OFERTADAS PELO
COLÉGIO ESTADUAL PRINCESA IZABEL – EFM
O Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino Fundamental e Médio tem como
código 00150, localizado a Rua Recife nº 1171, localização Zona Urbana, Telefone (44)
3448-1767, na cidade de Marilena, código nº 1510, Estado do Paraná, jurisdicionado ao
Núcleo Regional de Educação de Loanda - código 020, e tem como entidade
mantenedora a Secretaria da Educação do Estado do Paraná, Dependência
Administrativa Estadual – código 02. Foi autorizado funcionar pela Resolução nº
1.469/81 D.O.E. de 28/07/1981 e reconhecido pela Resolução nº 2.480/86 D.O.E. de
30/05/1986, tendo sido seu Regimento Escolar aprovado pelo Ato Administrativo
Resolução nº 146/01 D.O.E. de 20/12/2001. Este Estabelecimento de Ensino foi criado
pelo Decreto nº 8.633/62 D.O.E. de 30/03/1962, denominado “Grupo Escolar Princesa
Izabel” pelo Decreto nº 167/69.
A distância do Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino Fundamental e Médio
até o Núcleo Regional de Educação é de aproximadamente 40 quilômetros.
O Ginásio Estadual de Marilena foi criado pelo Decreto nº 1.781 de 30/12/69,
tendo recebido a denominação de Ginásio Estadual Cândido Berthier Fortes, de acordo
com a Lei nº 6.534 de 07/05/74. O Ensino de 2º Grau ficou autorizado a funcionar com
a Habilitação plena em Contabilidade a partir do ano de 1979 pela Resolução nº
1.469/81, com o nome de Colégio João Paulo I. A reorganização do Grupo Escolar
Princesa Izabel, Ginásio Estadual Cândido Berthier Fortes e da implantação do Ensino
de 2º Grau João Paulo I nas mesmas dependências pela Resolução nº 1.719/83, passou
a denominar-se Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino de 1º e 2º Graus. A partir de
1998 ganhou a denominação atual de Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino
Fundamental e Médio.
Diante dos avanços educacionais ocorridos na última década e da globalização
atual, faz-se necessário uma escola participativa com atividades culturais que estimule o
aluno a adquirir conhecimento, a desenvolver o raciocínio e ser mais criativo e
participativo, resgatando valores sociais, tais como: responsabilidade, respeito mútuo e
auto estima.
Para alcançar esses objetivos, o Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino
Fundamental e Médio desenvolve projetos interdisciplinares e promove eventos como
feira de ciências, gincanas, jogos escolares, festas juninas, palestras, excursões,
atividades multiculturais (FERA, CARNAVAL FERA, FANFARRA, CAPOEIRA,
DANÇAS, etc), eventos esses que colaboram para a construção do conhecimento
elaborado, para a integração da comunidade e para a conscientização e valorização das
diferenças étnico-raciais, na construção de uma sociedade democrática, multicultural e
pluriétnica.
O Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino fundamental e Médio é composto
de dezenove salas de aula, sendo quatro delas adaptadas para: Laboratório de Ciências
Físicas e Biológicas, Biblioteca, Sala de Vídeo, Sala de Recursos. Além das salas de
aula o colégio possui dependências administrativas como Sala de Direção, Secretaria,
Sala de Orientação, Sala de Professores. Compõe ainda as dependências do Colégio
Estadual Princesa Izabel – Ensino Fundamental e Médio, um Refeitório, duas Quadras
de Esportes, sendo uma coberta, uma Cozinha com despensa, uma Sala para Depósito
de Merenda e um Almoxarifado. Fazem parte das instalações sete sanitários, sendo três
deles utilizados pelos alunos, dois pela equipe administrativa, um pelos professores e
um pelos funcionários dos serviços gerais. O Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino
Fundamental e Médio é dividido em três pavilhões, sendo todos interligados por
passarelas e áreas cobertas. O pátio possui calçamento, canteiros de flores e árvores que
proporcionam um ambiente agradável e acolhedor para os alunos e para comunidade
que faz parte da escola.
O Colégio Estadual Princesa Izabel oferta o Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries)
com duração de 4 (quatro) anos, tendo uma carga horária de 3.200 (três mil e duzentas)
horas distribuídas em 800 (oitocentas) horas anuais e o Ensino Médio de 1ª a 3ª séries
com duração de 3 (três) anos, tendo uma carga horária de 3000 (três mil) horas,
distribuída em 200 (duzentos) dias letivos. No ano de 2007 o Colégio Estadual Princesa
Izabel, está ofertando 30 (trinta) turmas. O Ensino Fundamental conta com 20 (vinte)
turmas, sendo no período matutino, 05 (cinco) turmas de 7ª Série com (cento e sessenta
e nove) alunos, 03 (três) turmas de 8ª Série com 99 (noventa e nove) alunos; o período
vespertino conta com 05 (cinco) turmas de 5ª Série com 155 (cento e cinqüenta e cinco)
alunos, 06 (seis) turmas de 6ª Série com 181 (cento e oitenta e um) alunos; o período
noturno conta com 01 (uma) turma de 8ª Série com 32 (trinta e dois) alunos. O Ensino
Médio conta com 10 (dez) turmas, sendo no período matutino 02 (duas) turmas de 1ª
Série com 75 (setenta e cinco) alunos, 02 (duas) turmas de 2ª Série com 52 (cinqüenta e
dois) alunos e 01 (uma) turma de 3ª Série com 32 (trinta e dois) alunos. No período
noturno, conta com 02 (duas) turmas de 1ª Série com 66 (sessenta e seis) alunos, 02
(duas) turmas de 2ª Série com 69 (sessenta e nove) alunos e 01 (uma) turma de 3ª Série
com 41 (quarenta e um) alunos, 01 (uma) Sala de Recurso no período matutino,
totalizando 971 (novecentos e setenta e um) alunos matriculados.
A nossa comunidade escolar é formada em sua maioria, por jovens e
adolescentes filhos de pequenos proprietários rurais e comerciantes, famílias dos
assentamentos do M.S.T. (Movimento dos Sem Terra), “bóias-frias”.
O corpo docente do Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino Fundamental e
Médio é formado por 41 (quarenta e um) professores, sendo todos habilitados em suas
respectivas áreas. O Colégio Estadual princesa Izabel – Ensino Fundamental e Médio,
conta também com um atendimento de 8 (oito) funcionários de serviços gerais, sendo 1
(uma) com readaptação; 1 (uma) merendeiras; 1 (um) inspetor de aluno; 1 (uma)
secretária; 4 (quatro) auxiliares administrativo e 2 (duas) auxiliares de bibliotecas.
Para desempenhar tais funções acima discriminadas, os funcionários possuem
escolaridade que atinge desde o Ensino Fundamental completo até Ensino Superior
completo. A equipe pedagógica é constituída por 3 (três) pedagogas e 1 (uma)
professora com readaptação definitiva, e a equipe de direção, composta por 1 (uma)
diretora e 1 (uma) diretora auxiliar.
A nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional estabeleceu como
objetivo geral, tanto para o Ensino Fundamental (primeiro grau, com oito anos de
escolaridade obrigatória) quanto para o Ensino Médio (segundo grau), proporcionar aos
educandos a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como
elemento de auto–realização, preparação para o trabalho e para o exercício consciente
da cidadania.
O fracasso escolar, evidenciado na “cultura da repetência” e da “evasão”, pode
resultar do preconceito estabelecido de que o carente é incapaz de aprender. É reforçado
por teorias sobre desnutrição, condições econômicas, disfunções cerebrais ou
vocabulário restrito.
Cabe à escola motivar os jovens para que se apropriem do saber como requisito
para que melhorem sua condição social; que respeite a sensibilidade do aluno e que o
ensine quanto aos princípios teóricos válidos, afinados com a nova perspectiva
sociocultural, pois o conceito de modernidade repousa na gratuidade do ensino
fundamental e sua universalização, na permanência e sucesso do aluno na escola,
concluindo a educação básica.
A nova LDB (Lei Federal nº 9.394/96) consolida e amplia o dever do poder
público para com a educação em geral, assegurando aos jovens a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores, conferindo-lhes, ao mesmo tempo, um caráter
conclusivo e de continuidade.
Essa LDB pressupõe a formulação de um conjunto de diretrizes capaz de nortear
os currículos e seus conteúdos mínimos, incumbência que, nos termos do art. 9º, inciso
IV, é remetida para a União. Para dar conta desse objetivo, a LDB consolida a
organização curricular de modo a conferir uma flexibilidade, reafirmando desse modo o
princípio da base nacional comum, e a parte diversificada integradas às propostas
pedagógicas da Escola e da Comunidade.
Assim, é papel do Estado democrático facilitar o acesso à educação, investir na
escola, para que esta instrumentalize e prepare crianças e jovens para as possibilidades
de participação política e social.
É preciso questionar a posição que está reservada aos jovens na escola, na
comunidade, na nação, quanto aos seus direitos e deveres, assegurados pelo Estatuto do
Menor e Adolescente, pelo Regimento Escolar e pela Lei Orgânica do Município.
Diante dessa conjuntura, há uma expectativa na sociedade brasileira para que a
educação se posicione frente à luta contra as exclusões, contribuindo para a promoção e
integração de todos os brasileiros, voltando-se para a construção da cidadania, não como
meta a ser atingida num futuro distante, mas como prática efetiva, para formar cidadãos
autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e
responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas suas
necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas
OBJETIVOS GERAIS DAS MODALIDADES OFERTADAS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Propiciar uma educação que contemple o desenvolvimento cognitivo, físico,
afetivo, social, ético e estético, tendo em vista uma formação ampla, onde cada
educando busque desafios que consolidem valores e atitudes que respeitem os direitos,
as liberdades fundamentais e os princípios da convivência democrática.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Formar alunos com sólidos conhecimentos científicos e habilidades que lhes permitam
prosseguir seus estudos com competência, com hábitos adequados de estudo, que
saibam buscar, selecionar e interpretar criticamente quaisquer informações, comunicar
idéias por diferentes linguagens, trabalhar em grupo com empenho, organização,
flexibilidade e tolerância.
- Formar cidadãos que atuem de forma ativa na vida social e cultural, que respeitem os
direitos, as diferenças e que compreendam sua participação social e política como
agente transformador da sua comunidade.
- Proporcionar um ambiente acolhedor, que estimule o trabalho coletivo, solidário e
compartilhado a todos os educandos, garantindo-lhes o acesso, a permanência e o
sucesso na escola, bem como sua participação ativa nos destinos da comunidade e do
país.
Tais objetivos orientarão a organização dos programas de todas as áreas que
compõem a proposta curricular do Colégio Estadual Princesa Izabel, e, a partir delas
estarão definidos os pressupostos teóricos e metodológicos de cada uma das disciplinas.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA METODOLÓGICA
A Proposta Pedagógica do Colégio Estadual Princesa Izabel - EFM deriva da
teoria dialética, que tem como primeiro passo ver a prática social dos sujeitos da
educação. A consciência sobre essa prática deve levar o professor e os alunos à busca do
conhecimento teórico que ilumine e possibilite refletir sobre seu fazer prático-cotidiano
no grupo social do qual faz parte.
Para que se efetive um trabalho no qual, professores e alunos tenham
autonomia, possam pensar e refletir sobre o seu próprio processo de construção de
conhecimentos e tenham acesso a novas informações devem-se observar questões
fundamentais e específicas desta fase em que os alunos passam gradativamente do
estágio operatório-concreto para o pensamento formal. Com isso cabe aos professores
propiciar questões, atividades, informações, para que os agentes do processo ensino-
aprendizagem possam dialogar, duvidar, discutir, questionar, compartilhar informações,
e que se haja espaço para transformações, para as diferenças, para a reflexão do erro,
para as contradições, para a colaboração mútua e para a criatividade.
A qualidade do trabalho pedagógico está associada à capacidade de promoção,
de avanços no desenvolvimento do aluno, destacando-se a importância do papel do
professor no processo ensino-aprendizagem, assim como a relevância da proposta
pedagógica adotada pela escola.
Sobre a metodologia dialética de ensino-aprendizagem, dentro de uma visão
histórico-crítica, é uma prática coerente e consistente que reflete um desenvolvimento
teórico sistematizado, crítico e transformador para os nossos alunos e professores, numa
prática de ensino que busca elevar a qualidade da formação ministrada, aperfeiçoando e
consolidando acertos e desacertos num processo de construção do conhecimento,
através da perspectiva que, segundo CORAZZA, deve: partir da prática, teorizar sobre
ela e voltar à prática para transformá-la, ou seja, é a aprendizagem significativa, que
leva os alunos a questionar o conteúdo que vão aprender, dentro de múltiplas dimensões
que os levarão, a saber, o sentido que tais conhecimentos terão para sua vida e para os
problemas sociais da sua comunidade, integrando assim esses conhecimentos com os
que já possuíam anteriormente, a uma nova prática social.
Esta proposta pedagógica, fundamentada em Vigotsky, Saviani, Gasparin e
outras, apresenta características desafiadoras, entre elas, nova maneira de planejar as
atividades docentes e discentes, novo processo de estudo por parte do professor, pois
todo conteúdo a ser trabalhado deve ser visto de uma perspectiva diferente da
tradicional e novo método de trabalho docente-discente que tem como base o processo
dialético: prática-teoria-prática, para que a relação entre alunos e conteúdo, mediada
pelo professor, constitua o momento de efetiva aprendizagem. Com isso, é importante
que tenha em conta que, qualquer que seja o conteúdo, ele nunca é um fim em si
mesmo, e, sim, apenas um pretexto para se aprender a pensar e questionar o próprio
conhecimento, para se compreender que aprender não é reproduzir verdades alheias,
mas sim, aprender a olhar para o mundo colhendo dados, interpretando-os,
transformando-os e chegando a conclusões bem fundamentadas.
AVALIAÇÃO
A avaliação é considerada um elemento favorecedor da melhoria de
qualidade da aprendizagem. A partir das últimas décadas, ela deixou de funcionar como
“arma” para intimidar ou pressionar o aluno e foi assumida como parte integrante do
instrumento de auto-regulação do processo ensino-aprendizagem. Como processo para
que os objetivos educacionais sejam atingidos, a avaliação diz respeito não só ao aluno,
mas também ao professor e ao próprio sistema escolar.
Assim como a aprendizagem, a avaliação deve ser contínua, qualitativa,
diagnóstica e redirecionar a prática docente quanto à sua postura e metodologia. Deve
identificar as falhas constantes no processo de ensino e sugerir ações que as corrijam,
utilizando-se de técnicas e instrumentos diversificados. Ela não deve ser usada como
punição, mas para diagnosticar qual instância do conteúdo deve ser retomada, revista e
repensada, de forma que se promova o aluno, relevando-o sempre à atividade crítica, à
capacidade de síntese e à elaboração pessoal dos conhecimentos trabalhados, ao invés
de apenas memorizá-los.
Quando a formação integral é a finalidade principal do ensino e, portanto, seu
objetivo é o desenvolvimento de todas as capacidades da pessoa que se almeja
desenvolver e não apenas as cognitivas, muitos dos pressupostos da avaliação mudam.
Os conteúdos a serem avaliados não serão unicamente conteúdos associados às
necessidades do caminho para a universidade, mas que também ajudem o aluno a se
preparar para o mundo do trabalho. Uma opção desta natureza implica em algumas
mudanças, na prática, que consistem, além da preparação do educando para que supere
distintos obstáculos, em oferecer a cada um deles a oportunidade de desenvolver, no
maior grau possível, todas as suas capacidades. O objetivo do ensino não centra sua
atenção em certos parâmetros finalistas para todos, mas nas possibilidades individuais
de cada um dos alunos.
A tomada de posição em relação às finalidades do ensino, relacionada a um
modelo centrado na formação integral da pessoa, implica em conhecimento da
concepção histórico-crítica do ensino e da aprendizagem. Como referencial
psicopedagógico, o objetivo da avaliação deixa de se centrar exclusivamente nos
resultados obtidos e passa a se situar prioritariamente no processo de ensino-
aprendizagem, tanto do grupo-classe e de cada um dos alunos, como também na equipe
que intervém no processo.
É fundamental, para a eficiência da avaliação, a utilização de diferentes códigos
como: o oral, o escrito, o gráfico e o numérico, de forma a considerar as diferentes
aptidões dos alunos. Quanto mais os alunos tenham clareza dos conteúdos e do grau de
expectativa da aprendizagem que se espera, mais terão condições de desenvolver, com a
ajuda do professor, estratégias pessoais e recursos para vencer as dificuldades.
O resultado das avaliações será registrado bimestralmente e se dará da somatória
de no mínimo duas atividades avaliativas e/ou outras aferições como: pesquisas,
participação, trabalhos, tarefas, etc., concedidas pelos professores dependendo da carga
horária de cada disciplina e dos projetos desenvolvidos no decorrer do ano.
A Recuperação de Estudos é um processo obrigatório de atendimento especial ao
aluno cuja aprendizagem não se realizou de maneira satisfatória. Será proporcionada
recuperação de estudos durante o período letivo, de maneira contínua e imediata,
destinando-se a corrigir as deficiências detectadas após a verificação do conteúdo
trabalhado e se processará através de aulas, atividades orais e escritas, trabalhos
individuais e em grupos, tarefas e atividades avaliativas. Os alunos que, após a
Recuperação de Estudos, persistirem com deficiência até o término do ano letivo,
ficarão retidos na série, pois este estabelecimento de Ensino, por decisão unânime da
classe dos professores, não conta com a progressão parcial.
As atividades, ações e projetos desenvolvidos pela equipe pedagógica, no que
diz respeito à nova postura do aluno em relação aos conteúdos assimilados, estarão
embasados na perspectiva histórico-crítica. Os conhecimentos científicos substituirão
e/ou serão acrescentados aos conhecimentos que ele já possui, e, através de
questionamentos investigativos e provocativos, devem ser avaliados não só como
“aferição do aproveitamento escolar”, mas também como “ponto definitivo de
chegada”, com o intuito de “parar para observar” se a caminhada está ocorrendo com a
qualidade que deveria ter, como um ato dinâmico que qualifica e subsidia o
redirecionamento da ação na construção dos resultados que se desejam para a
aprendizagem, e, consequentemente, para o desenvolvimento do educando.
ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA
PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA DOS PROJETOS E AÇÕES DO
COLÉGIO ESTADUAL PRINCESA IZABEL
INTRODUÇÃO
1. Julga viável e válido planejar as unidades de ensino seguindo os passos da
teoria histórico-crítica? Por quê?
2. Quais as maiores dificuldades encontradas na elaboração de seu plano de
trabalho?
3. Foi possível executar o plano elaborado? Houve dificuldades? Quais?
4. Foram necessárias alterações? Quais?
5. Com esta nova metodologia de trabalho, os alunos se interessaram mais pelo
conteúdo sistematizado, tornaram-se mais participantes no processo de
construção de seu conhecimento? De que forma manifestaram esse interesse e
participação?
PRÁTICA SOCIAL INICIAL
6. A prática social levantada no planejamento do assunto (unidade do programa)
foi adequada, suficiente? Ou durante o desenvolvimento das aulas, surgiram
novas questões? Quais?
7. Este processo de prever a prática social próxima e remota auxilia o
desenvolvimento do trabalho docente e discente? Como?
8. Julga que toda a prática social deve ser apresentada aos alunos no início da
unidade ou aos poucos, conforme as aulas vão se sucedendo?
9. No item “o que gostaria de saber a mais?”, como os alunos se manifestaram?
PROBLEMATIZAÇÃO
10. Houve interesse dos alunos na discussão sobre os principais problemas postos
pela prática social e pelo conteúdo? Como foi a participação?
11. Como os alunos reagiram ao fato de terem de trabalhar o conteúdo em diversas
dimensões?
12. Como as dimensões do conteúdo selecionadas direcionaram a análise e a
forma de apropriação dos conteúdos?
INSTRUMENTALIZAÇÃO
13. Foi possível trabalhar o conteúdo de tal forma que respondesse às questões e
dimensões da problematização? Todas as dimensões foram atendidas?
14. Os métodos, as técnicas, as estratégias, os recursos utilizados foram adequados
ao conteúdo? Foi necessário introduzir outros?
15. Que tipo de relações foram estabelecidas entre o conteúdo sistematizado e o
conteúdo da prática social inicial (cotidiano)?
CATARSE
16. Como os alunos mostraram que aprenderam o conteúdo em função das
questões da problematização e da prática social? (síntese mental).
17. Que tipo de questões e situações (avaliação formal) você realizou para que os
alunos expressassem o quanto se aproximaram da solução das questões básicas
propostas?
18. Foi possível avaliar as diversas dimensões trabalhadas?
PRÁTICA SOCIAL FINAL
19. Quais as intenções dos alunos para pôr em prática os novos conhecimentos
adquiridos?
20. Que compromissos (ações concreta) os alunos assumiram em função dos
conteúdos científicos que aprenderam?
21. Foi possível trabalhar o processo prática-teoria-prática?
22. O que disseram os alunos sobre esse processo de ensino-aprendizagem?
23. Como professor, qual sua avaliação sobre essa metodologia?
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A proposta Curricular do Colégio Estadual Princesa Izabel, a partir das
orientações da SEED, tem uma base disciplinar enfatizada nos conteúdos específicos,
nos saberes escolares das disciplinas que compõem as matrizes curriculares das
modalidades Ensino Fundamental e Médio.
Tais disciplinas foram selecionadas de acordo com as diretrizes curriculares, e,
após várias discussões, concluiu-se que: as transformações históricas e seus reflexos,
trouxeram mais complexidade e urgência nos estudos sobre os conteúdos curriculares e
suas relações com o projeto de sociedade que se quer, observando sua diversidade
cultural, respeitando suas diferenças sociais e econômicas e os perfis que temos dos
nossos educandos.
Nesse contexto, foi preciso retomar as discussões sobre conteúdos curriculares
para a educação básica, pensando numa escola e num ensino que ampliem a concepção
culturalizadora da educação, sendo preciso ultrapassar a idéia e a prática da divisão
didática pela qual os conteúdos disciplinares eram decididos e selecionados. Aos
professores, cabe a tarefa de refletir sobre as técnicas de ensino – o que e como se
ensina – numa perspectiva fundamentada na idéia de conteúdos estruturantes (que são
os saberes, conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou prática), que identificam e
organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais
para a compreensão de seu objeto de estudo e/ou de suas áreas. Esses conteúdos são
selecionados a partir de uma análise histórica da ciência de referência e/ou da disciplina
escolar, visto que os conceitos contidos nos mesmos devem relacionar-se tanto no
interior de cada disciplina como com os demais, a fim de propiciar também a
interdisciplinaridade desejada.
Dessa forma, os saberes científicos, técnicos, tecnológicos, históricos filosóficos
e sociais constituem a proposta curricular do Colégio Estadual Princesa Izabel em todas
as suas modalidades. O que se pretende é dar acesso aos conhecimentos e conteúdos que
permitam o domínio de diferentes linguagens, garantindo aos educandos, desde a
concepção de mundo, de escola e de homem, o despertar sobre a ciência, o
conhecimento, a cultura, o trabalho e a função da escola na sociedade. Todos estes,
compreendidos como elementos fundamentais da prática educativa no processo ensino-
aprendizagem.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO COLÉGIO ESTADUAL PRINCESA IZABEL
I – Ensino Fundamental – Diurno e Noturno.
Disciplinas Base Nacional Comum 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série
Artes 2 aulas 2 aulas 2 aulas 2 aulasCiências 3 aulas 3 aulas 3 aulas 3 aulasEducação Física 3 aulas 3 aulas 3 aulas 3 aulasEnsino Religioso 1 aula 1 aula --------- --------Geografia 3 aulas 3 aulas 3 aulas 3 aulasHistória 3 aulas 3 aulas 3 aulas 3 aulasLíngua Portuguesa 4 aulas 4 aulas 4 aulas 4 aulasMatemática 4 aulas 4 aulas 4 aulas 4 aulasSUB-TOTAL 22 aulas 22 aulas 22 aulas 22 aulas
Disciplina Parte Diversificada
L.E.M. - Inglês 2 aulas 2 aulas 3 aulas 3 aulasTOTAL GERAL 24 aulas 24 aulas 25 aulas 25 aulas
II – Ensino Médio – Diurno e Noturno
Disciplinas Base Nacional Comum 1ª série 2ª série 3ª série
Arte ---------- 2 aulas 2 aulasBiologia 2 aulas 2 aulas 2 aulasEducação Física 2 aulas 2 aulas 2 aulasFilosofia 2 aulas 2 aulas 2 aulasFísica 2 aulas 2 aulas 2 aulasGeografia 2 aulas 2 aulas 2 aulasHistória 2 aulas 2 aulas 2 aulasLíngua Portuguesa 4 aulas 4 aulas 4 aulasMatemática 3 aulas 3 aulas 3 aulasQuímica 2 aulas 2 aulas 2 aulasSociologia 2 aulas --------- ---------SUB-TOTAL 23 aulas 23 aulas 23 aulas
Disciplina Parte Diversificada
L.E.M. - Inglês 2 aulas 2 aulas 2 aulasTOTAL GERAL 25 aulas 25 aulas 25 aulas
O Colégio Estadual Princesa Izabel – EFM oferta tanto na Base Nacional
Comum quanto na Parte Diversificada, na modalidade de Ensino Fundamental 3.266
horas/aula e na modalidade de Ensino Médio 2500 horas/aula de estudos, conforme as
exigências da nova LDB.
REFERÊNCIAS
LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Cortez, 2005.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Autores Associados. São Paulo, 2003.
LOPES..., Antonia Osima. Repensando a didática. São Paulo. Papirus, 1991.
ZABALA, Antoni. A prática educativa como ensinar. Porto Alegre. Artmed, 1998.
PORTAL DO MEC. Políticas do ensino médio.
VEIGA, Ilma Passos A. Projeto Político Pedagógico da Escola – Uma construção possível. São Paulo. Papirus, 2005.