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COLÉGIO ESTADUAL ROCHA POMBO – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO
PPC
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
2014
2
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO GERAL ................................................................................. 4
1. AUDIOVISUAL NA ARTE................................................................................ 7
2. ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO ............................................ 22
3. ARTE ............................................................................................................ 37
4. ATIVIDADES EXPERIMENTAIS ................................................................... 51
5. BIOLOGIA .................................................................................................... 64
6. CIÊNCIAS .................................................................................................... 81
7. EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................... 91
8. ENSINO RELIGIOSO .................................................................................. 110
9. ESPAÇO CULTURAL PARANAENSE ............. Erro! Indicador não definido.
10. FILOSOFIA ............................................................................................... 138
11. FÍSICA ...................................................................................................... 147
12. GEOGRAFIA ............................................................................................ 159
13. HISTÓRIA ................................................................................................ 175
14. LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA .......................................................... 195
15. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) - INGLÊS ............................ 205
16. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) - ESPANHOL ...................... 222
17. LÍNGUA PORTUGUESA .......................................................................... 241
18. MÍDIAS E SUAS LINGUAGENS .............................................................. 266
19. MATEMÁTICA .......................................................................................... 281
20. QUÍMICA .................................................................................................. 297
21. SOCIOLOGIA ........................................................................................... 307
22. ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO
....................................................................................................................... 317
22.1 APROFUNDAMENTO DA APRENDIZAGEM ......................................... 319
23. CELEM – CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA /ESPANHOL
....................................................................................................................... 325
24. COMPONENTES CURRICULARES – ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS
FINAIS/EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL ................................................ 342
24.1 ATIVIDADE – ATLETISMO ..................................................................... 344
3
24.2 ATIVIDADE – DANÇA ............................................................................ 348
24.3 ATIVIDADE – FUTSAL FEMININO E MASCULINO ............................... 351
24.4 ATIVIDADE - HANDEBOL ...................................................................... 354
24.5 ATIVIDADE – JOGOS E BRINCADEIRAS ............................................. 358
24.6 ATIVIDADE – TÊNIS DE MESA ............................................................. 362
24.7 ATIVIDADE – XADREZ .......................................................................... 366
25. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL - TIPO I ................................ 370
26. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL - TIPO II / ÁREA VISUAL ..... 374
4
APRESENTAÇÃO GERAL
A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Rocha Pombo –
Ensino Fundamental, Médio e Normal retrata o resultado da construção coletiva
dos professores e equipe pedagógica que, embasados em documentos oficiais
definiram o currículo de suas disciplinas, ou seja, são apresentados através
dos Conteúdos Estruturantes os objetos de estudo das referidas áreas do
conhecimento.
Com o objetivo de atender aos alunos do Ensino Fundamental e Ensino
Médio apresentam-se os Fundamentos Teórico-metodológicos, os Conteúdos
Estruturantes, o Encaminhamento Metodológico, a Avaliação e as Referências
Bibliográficas de cada disciplina que compõe a Base Nacional Comum e a
Parte Diversificada.
Serão contemplados em todas as disciplinas, como objeto de trabalho e
conhecimento, conteúdos relacionados aos desafios contemporâneos, que são
temáticas que permeiam as práticas pedagógicas, não de forma fragmentada
mais incorporada nos conteúdos trabalhados em sala de aula de acordo com
cada disciplina: Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao Uso indevido de Drogas, Educação Ambiental, História e Cultura
Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Gênero e Diversidade Sexual, Educação
do Campo, Estatuto do Idoso – Lei Nº 10,741, de 1º de Outubro.
A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Rocha Pombo –
EFMN expressa o comprometimento dos educadores que transformam sua
prática docente em elaboração e implementação de um processo histórico com
foco no conhecimento e no entendimento da realidade para a construção de
um mundo melhor onde homem e natureza convivam em harmonia, onde o
trabalho, a tecnologia, a ciência e a cultura sejam instrumentos de apropriação
coletiva, e está organizada de acordo com a Matriz Curricular do Ensino
Fundamental e Ensino Médio.
Fruto de pesquisa coletiva e análises propostas pela SEED e NRE de
Francisco Beltrão, o Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN terá neste
documento o caminho para desenvolver o trabalho didático-pedagógico de
5
qualidade almejado para a escola pública.
A organização do trabalho será dividida em três trimestres, com média
6,0 (seis vírgula zero), atingindo 18,0 (dezoito vírgula zero) anualmente, para
que o aluno obtenha progressão para a série seguinte, mostrando que adquiriu
conhecimento e aprendeu os conteúdos propostos.
Com a implantação da Educação em Tempo Integral em 2013 para o
Ensino Fundamental – Séries Finais fez-se necessário reelaborar a proposta
curricular coerente com as especificidades dos alunos que se encontram nas
séries finais os quais atendemos e levando em consideração as orientações da
Secretaria de Estado da Educação obedecendo o seguinte:
A organização da Matriz Curricular obedece a orientação da SEED do
Estado do Paraná e está planejada da seguinte forma: Base Nacional Comum,
Parte Diversificada e Componentes Curriculares.
O Colégio Estadual Rocha Pombo oferece aos alunos com
necessidades educativas especiais a Sala de Recursos Multifuncional Tipo I e a
Sala de Recursos Multifuncional Tipo II/ CAEDV, ambas assistidas por
profissionais habilitados para trabalhar de forma paralela as dificuldades de
acordo com os laudos individuais buscando dar apoio aos professores do
Ensino Regular e fornecer a integralidade da educação buscada pelos alunos
matriculados nesse colégio, sem fugir da responsabilidade da formação e
valorização do ser humano.
Trata-se de um serviço de apoio especializado, que complementa o
atendimento educacional realizado em classe comum da Educação Básica e
atende alunos com Deficiência Intelectual, Física neuromotora, Transtornos
Globais do Desenvolvimento (autismo, síndromes de Asperger e de Rett,
psicose, entre outros transtornos invasivos) ou Transtornos Funcionais
Específicos, que envolve distúrbios de aprendizagem (dislexia, discalculia,
disgrafia, disortografia) e Transtornos do Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Esse atendimento é realizado paralelamente as aulas ministradas pelos
professores na turma regular de ensino, porém em espaço separado com
recursos didáticos diferentes daqueles presentes na sala de aula regular.
A Sala de Recurosos Multifuncional Tipo I/CAEDV, atende também, no
período vespertino, alunos de todo o município, sendo trabalhado com cegos
6
ou alunos com baixa visão os seguintes itens: Orientação e Mobilidade,
Sorobã, Estimulação Visual, Desenvolvimento Tátil, Braille, Educação Precoce
e Atividade de vida diária.
O Colégio tem como princípio o atendimento escolar às diferenças e à
diversidade, na perspectiva da inclusão e da igualdade de oportunidade,
procurando adequar o espaço físico, os recursos humanos, e fazendo
Adaptação Curricular para que a educação inclusiva se efetive a luz da
Constituição Federal de 1988 e da LDB 9394/96, em especial no Capítulo V.
A Educação Básica é direito universal de todo cidadão. Com base nesse
princípio articulam-se os conteúdos com a prática através de metodologias
diversas, para tanto, discussões interdisciplinares, revisão das metodologias,
análise dos resultados de aprendizagem e autoavaliações serão frequentes.
7
1. AUDIOVISUAL NA ARTE
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Para maior entendimento do que se pretende com esta disciplina
faremos uma breve conceituação sobre o ensino da Arte e o que é audiovisual.
A sociedade contemporânea caracteriza-se por novas tecnologias
associadas a diferentes linguagens: visual, musical, cênica, cibernética, as
quais enfatizam a imagem, o som e o movimento, estabelecendo um diálogo,
por meio de um vocabulário gramatical, visual, musical, com símbolos próprios
que expressam uma intenção e uma representação de mundo. Se educar é
transformar o sujeito crítico, criativo a partir dessa leitura de mundo, como
estabelecer esse diálogo aluno X mundo, sem instrumentalizá-lo pela Arte?
Arte é conhecimento. Ela constitui uma necessidade do ser humano. Ela
é alfabetizada, revelando os símbolos presentes nas imagens, nos sons e nos
movimentos característicos desta era. Precisamos desmistificar a arte como um
fazer dissociado de um saber ou ainda um saber para poucos ―dotados‖. A arte
tem de ser entendida e percebida em sua globalidade. Deve trabalhar com a
essência do ser humano, em que o sensível, o perceptível e o reflexivo atuam e
interagem com as mesmas propriedades, por meio da Arte. A arte permite a
expressividade de sentimentos, ideias e informações, interferindo no processo
de aprendizagem de todas as disciplinas.
Um marco importante para a Arte brasileira e os movimentos
nacionalistas foi a semana de Arte Moderna em 1922.
Nesse contexto, o ensino da Arte teve o enfoque na expressividade,
espontaneidade e criatividade, pensado inicialmente para as crianças, essa
concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas
etárias. Essa valorização da arte encontrou espaço, na genialidade individual,
inspiração e sensibilidade, desfocando o conhecimento em arte e procurando
romper com a transposição mecanicista de padrões estéticos da escola
tradicional.
O ensino da Arte passou a pertencer à área de Comunicação e
Expressão, da mesma forma que a produção artística ficou sujeita aos atos a
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que instituíram a censura militar. Enquanto o ensino de artes plásticas foi
direcionado para as artes manuais e técnicas a música passou a ser utilizada
para a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.
A partir de 1980, o país inicia um amplo processo de mobilização social
pela redemocratização e para a nova constituinte de 1988. Com o objetivo de
sustentar esse processo, os movimentos sociais e diversos grupos se
organizaram em todo o país e realizaram encontros, passeatas e eventos que
promoviam a discussão, a troca de experiência e a elaboração de estratégias
de mobilização.
Surgem nessa fase, movimentos para valorização da Educação partindo
das influências da Pedagogia histórica-crítica; como proposta de oferecer aos
educando acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social e
transformadora.
A LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do Ensino de Arte nas escolas
de Educação Básica. Nesse período também houve mudanças nos cursos de
graduação em Educação Artística que passaram a ter licenciatura plena em
uma habilitação específica.
Os PCNs passaram a considerar a Música, as Artes Visuais, o Teatro e a
Dança como linguagens artísticas autônomas do Ensino Fundamental e, no
Ensino Médio a Arte passa a compor área de linguagens, códigos e suas
tecnologias.
As diferentes formas de pensar o ensino da Arte são consequências do
momento histórico no qual se desenvolvem, com suas relações sócias
culturais, econômicas e políticas. Da mesma forma o conceito de Arte implícita
ao ensino é também influenciado por essas relações, sendo que seja
problematizada para a organização de uma proposta de diretrizes curriculares.
Nas diversas teorias sobre a arte são estabelecidas algumas referências
sobre a sua função, o que resulta também em diferentes posições: como a Arte
pode servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica e
transformar-se em mercadoria ou meramente proporcionar prazer.
Na educação, o ensino da Arte amplia o repertório cultural do aluno a
partir dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando-o
do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.
9
O objetivo geral da disciplina é ampliar o repertório cultural do aluno a
partir dos conhecimentos estéticos e contextualizados, aproximando-o do
universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.
Para tanto, é necessário no processo de ensino e de aprendizagem, o
desenvolvimento de uma práxis no Ensino de Arte, entendida nesta proposta
como articulação entre aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa
disciplina. Nesta proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas
singulares de pensamento, apreender e expandir suas potencialidades
criativas.
Os conhecimentos sistematizados de artes foram organizados de forma
que contemplem as quatro áreas da disciplina, as quais foram denominadas de
maior amplitude que embasam e fundamentam os conteúdos estruturantes:
● Elementos formais;
● Composição;
● Movimentos e períodos;
Educar através da arte proporciona o desenvolvimento do pensamento
artístico no desenvolvimento das sensibilidades, proporção e imaginação tanto
ao realizar formas artísticas, quanto ao apreciar e conhecer os trabalhos de
seus colegas, observando as diferenças de culturas.
O aluno que conhece Arte estabelece relações mais amplas, que
exercita a imaginação para um texto, uma interpretação, uma leitura com maior
facilidade de argumentação. O importante no ensino de Arte é o processo
criador do aluno e não o produto que realiza e que este deve aprender a fazer
fazendo. Porém, deve–se interferir para ajudar na relação do processo.
O ensino da Arte foi aos poucos se voltando para o desenvolvimento
natural do aluno, respeitando suas necessidades e apreciações, valorizando
suas formas de expressão e de compreensão do mundo. O que era enfatizado
na repetição de modelos e no professor, agora é deslocado para o processo de
desenvolvimento do aluno e suas criações.
As aulas tornam-se mais expansivas, buscando a espontaneidade e
valorizando o crescimento ativo e progressivo do aluno. As invenções, a
autonomia e as descobertas são a base para o ensino de arte.
Torna-se especificidade que compete à disciplina de arte:
10
Conhecer as grandes diversidades da linguagem artísticas, abrangendo
em seu vasto caminho, uma leitura clara; as artes visuais e cênicas, a
expressão plástica, a música e a dança, sendo capaz de apreciar e
preservar este universo estético;
Vivenciar as diferenças formas da manifestação artística, ultrapassando
os limites pessoais, nas várias linguagens para compreender a evolução
dos seres humanos nas deferentes culturas, fazendo com que ele
aprenda a ler e sentir a arte, a compreendê-la no seu sentido histórico,
refletindo com espírito crítico;
Ampliar o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos
estéticos, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo cultural
da humanidade nas suas diversas apresentações;
Enfatizar a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem;
Proporcionar um pensamento referente à dança como sujeito e
transformador.
A disciplina Audiovisual na Arte propõe uma complementação e também
uma diversificação do ensino regular de Arte, disciplina da Base Nacional
Comum, considerando a necessidade de apresentar aos alunos conhecimentos
diversificados aos já contemplados em sala de aula.
A escolha desta atividade tem por intuito envolver a área de artes
visuais, teatro, danças e música (principalmente), pelo fato da Arte, trabalhar
com estas dimensões do conhecimento artístico proporcionando ao educando
um panorama mais geral dos conteúdos, e apresentar aos discentes, formas
diferentes de expressão e exposição dos conhecimentos de Arte. Através da
comunicação audiovisual (vídeo arte, videoclipe, documentário, curta
metragem, entre outros).
Segundo o Dicionário Houaiss, audiovisual é "qualquer comunicação,
mensagem, recurso, material etc. que se destina a ou visa estimular os
sentidos da audição e da visão simultaneamente".
No Brasil, até os anos 1980, a palavra audiovisual designava um tipo
específico de apresentação pública, hoje mais conhecida como diaporama, e
que combinava a projeção de uma sequência de diapositivos (slides) com o
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som (constituído de narração, música, ruídos, etc.) gravado em fita magnética e
exibido em sincronia.
A partir dos anos 1970, o mercado publicitário passou a chamar de
audiovisual um subgênero de vídeos de propaganda que não se destinavam à
exibição em televisão nem tinham como objetivo vender um determinado
produto, mas sim estabelecer uma imagem favorável para uma marca,
empresa ou instituição — o que mais tarde veio a se chamar de vídeo
institucional.
Pretende-se no final do estudo teórico e prático que os alunos tenham
conhecimento sobre o que é um produto audiovisual (vídeo arte, videoclipe,
documentário, curta metragem, entre outros) por meio de um trabalho criador
com os recursos da linguagem audiovisual.
A Arte é uma disciplina que abrange vários campos do conhecimento
como a música, a dança, as artes visuais e o teatro. Segundo a LDB 9394/96,
no artigo 26, parágrafo 2º ―O ensino da arte, especialmente em suas
expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos
diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento
cultural dos alunos‖. Em 2008, a Lei 11.769 altera a LDB acrescido do
parágrafo 6º explicitando que ―A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas
não exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2o deste artigo‖.
Neste sentido, propor uma disciplina específica no campo Audiovisual,
envolvendo a área de artes visuais, teatro, dança e música (principalmente)
justifica-se, pelo fato da Arte, na Base Nacional Comum, trabalhar com estas
várias dimensões do conhecimento artístico proporcionando ao educando um
panorama mais geral dos conteúdos.
O Audiovisual, muitas vezes utilizado apenas como recurso didático,
compondo a Parte Diversificada será a oportunidade de um trabalho mais
específico e consistente com imagens e sons relacionados as produções
audiovisuais, como cinema, televisão, vídeo, entre outros. Porém, mesmo com
esta especificidade, o audiovisual é e possibilita a integração de vários campos
do conhecimento em arte. Por exemplo, pode-se fazer um videoarte com a
dança ou com os elementos do teatro, das arte visuais, da música. Justifica-se
12
também devido ao fato do estudante não ter muitas vezes a percepção sobre
os reais objetivos da mídia e da arte inserida na Indústria Cultural.
Segundo PARANÁ, (2008) a indústria cultural, também conhecida como
cultura de massa, é responsável pela produção e difusão em larga escala de
formas artísticas pela grande mídia. É através dela que a arte é transformada
em mercadoria para o consumo de um grande número de pessoas. Para a
indústria cultural é de pouca importância a qualidade dos produtos, pois é a
quantidade cada vez maior de público que se propõe a atingir, tendo por
objetivo principal a obtenção do lucro das vendas dessa mercadoria.
A disciplina ―Audiovisual‖, tanto na teoria como na prática desenvolverá
no estudante o pensamento crítico, a percepção, sua capacidade de criação e
produção artística, bem como trará subsídios para que ele faça uma leitura
crítica das mídias as quais tem acesso.
CONTEÚDOS
Para melhor entendimento do trabalho a ser realizado dividir-se-á os
conteúdos em conteúdos de Arte e Conteúdo de Audiovisual na Arte.
CONTEÚDOS DE ARTE
6º ANO
MÚSICA:
Elementos formais e sonoros: altura, intensidade, duração, timbre e
densidade.
Composição: ritmo e melodia.
Movimentos e períodos: Musica erudita, Instrumentos da orquestra.
ARTES VISUAIS:
Elementos formais: ponto, linha, textura, cor, superfície, volume, luz e
forma.
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Composição técnica de desenho.
Composição bidimensional e tridimensional.
Movimentos e períodos: Arte popular.
TEATRO:
Elementos formais: Personagem: expressões vocais, corporais, gestuais
e faciais, ação e espaço.
Composição de jogos, mímicas, improvisação, sobras, manipulação,
máscaras.
Composição de texto, enredo, roteiro, palco, cenário, personagem, ação
dramática.
Movimentos e períodos: teatro popular.
DANÇA:
Elementos formais: movimentos corporais tempo e espaço.
Composição: eixo, ponto de apoio, movimentos, formação,
deslocamento, aceleração desaceleração, direções, improvisações,
coreografia ,sonoplastia.
Movimentos e períodos da dança popular, folclórica.
7º ANO
MÚSICA:
Elementos formais: altura, timbre, duração, intensidade, densidade.
Composição: ritmo e melodia.
Movimentos e períodos: música popular e étnica.
ARTES VISUAIS:
Elementos formais: linhas, formas, textura, superfície, volume, cor, luz.
Composições bidimensionais e tridimensionais, técnicas de pintura,
escultura, modelagem e gravura.
Movimentos e períodos: arte brasileira e arte popular.
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TEATRO:
Elementos formais: ação e espaço, personagens: expressões corporais,
vocais, gestuais e faciais, ação e espaço.
Composição: texto, maquiagem, sonoplastia, roteiro,improvisações,
cenografia, figurino; gêneros rua e arena, jogos teatrais, sobras,
bonecos, genros; performance, mímica, pantomima.
Movimentos e períodos: teatro popular, indústria cultural.
DANÇA:
Elementos formais: movimento corporal: tempo e espaço.
Composição: formação, deslocamento, ponto de apoio, salto e queda,
rotação, deslocamento, coreografia, salto e queda, sonoplastia,.
Movimentos e períodos: dança moderna, hip hop.
8º ANO
MÚSICA:
Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade.
Composição: ritmo, melodia, gênero: popular e étnico.
Movimentos e períodos: música contemporânea.
ARTES VISUAIS:
Elementos formais: linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz.
Composição: Bidimensional, tridimensional. Técnica cinema.
Movimentos e períodos: Indústria cultural e arte contemporânea.
TEATRO:
Elementos formais: personagens: expressões corporais, vocais, gestuais
e faciais. Ação e espaço.
Composição: representação dos cinemas e das mídias, texto,
maquiagem, sonoplastia, roteiro. Técnicas: jogos teatrais, mímicas,
improvisações.
Movimentos e períodos: indústria cultural e cinema novo.
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DANÇA:
Elementos formais: movimento corporal, tempo, espaço.
Composição: giro, rolamento, saltos, direção, improvisação, coreografia,
sonoplastia. Gênero indústria cultural e espetáculo.
Movimentos e períodos: dança moderna.
9º ANO
MÚSICA:
Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade.
Composição: Gêneros: MPB, modinha, samba e marcha, chanchada.
Movimentos e períodos: música popular brasileira, música
contemporânea.
ARTES VISUAIS:
Elementos formais: linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz.
Composição: Bidimensional, figura e fundo, ritmos visuais. Técnicas:
cartum, pintura, grafite.
Movimentos e períodos: Vanguardas, muralismo, hip hop.
TEATRO:
Elementos formais: personagem: expressões corporais, vocais, gestuais
e faciais, ação e espaço.
Composição: jogos teatrais, Cenografia, figurino, direção, ensaio,
dramaturgia, sonoplastia, iluminação, figurino.
Movimentos e períodos: teatro pobre, vanguardas.
DANÇA:
Elementos formais: movimento corporal, tempo, espaço.
Composição: técnicas de improvisação e coreografias. Gêneros:
performance e moderna.
Movimentos e períodos: vanguardas e dança moderna e
contemporânea.
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CONTEÚDOS DE AUDIOVISUAL NA ARTE
Os alunos deverão ao final do estudo ter noção de: Conceito de
audiovisual; Elementos básicos da linguagem audiovisual e cinematográfica;
Mídias: cinema, televisão, vídeo, internet, entre outros; Gêneros Audiovisuais;
Gêneros cinematográficos; Relação entre sons e imagens na construção da
linguagem audiovisual; Audiovisual e Indústria Cultural; Estudo teórico e prático
que tem por objetivo um produto audiovisual (vídeo arte, videoclipe,
documentário, curta metragem, entre outros) por meio de um trabalho criador
com os recursos da linguagem audiovisual, para isso, os conteúdos de Arte
deverão ser trabalhados concomitante aos conteúdos de Audiovisual abaixo:
6º e 7º ANOS
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Tempo,
Espaço, Luz,
Roteiro,
Personagem.
Técnica do
audiovisual
Elementos da
linguagem
audiovisual;
Gênero do
audiovisual:
cinema.
Ritmo visual
Sonoplastia e
Trilha Sonora
Gênero:
Fotografia
Teatro de sombras;
Teatro de bonecos;
Direção,
Produção,
Roteiro,
Enquadramento,
Som e trilha
sonora,
Ângulos, Planos,
Cenografia,
Campo e fora de
campo;
Olhar da Câmera;
Olhar da Cena;
Indústria Cultural;
Arte
Contemporânea;
Vanguardas
Artísticas;
História do desenho
animado;
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Comédia;
Suspense;
Drama;
Animação;
Técnica: Efeitos
especiais,
Fotografia,
Dublagem,
Plano de
sequência,
edição, definição
de curta, média e
longa-metragem;
Gênero: história do
desenho animado,
Cinema Mudo,
Suspense,
Comédia, Drama,
Animação gráfica,
Movimentações da
Câmera
8º e 9º ANOS
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Tempo, Espaço,
Luz, Roteiro,
Personagem
Enquadramento
Interpretação
Ângulos
Decupagem
Técnica: Efeitos
especiais,
Fotografia
Teatro de
sombras;
Direção,
Produção,
Roteiro,
Enquadramento,
Som e trilha
sonora,
Indústria Cultural
Arte
contemporânea.
História do
Desenho animado.
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Fotografia;
Plano de
sequência,
Movimentação;
da câmera
Iluminação: luz
difusa e
contrastada
Cenografia
Direção e
produção
Som e trilha
sonora
Ângulos, Planos,
Cenografia,
Campo e fora de
campo;
Olhar da Câmera;
Olhar da Cena;
Técnica: Efeitos
especiais,
Fotografia,
Plano de
sequência,
Edição, definição
de curta, média e
longa-metragem;
Gênero: historia
do desenho
animado, Cinema
Mudo, Suspense,
Comédia, Drama,
Animação
gráfica;
Movimentações
da Câmera
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Conforme a DCE, é necessário pensar em várias questões enquanto se
prepara uma aula, como para quem será ministrada, por que e o que será
trabalhado, motivando o aluno a buscar a escola como espaço para
apropriação de conhecimento.
Para atender de forma específica toda a demanda que corresponde à
disciplina, deve-se pensar em três momentos da organização pedagógica: o
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teorizar, ou seja, fundamentar e possibilitar o aluno para que perceba e
aproprie-se da obra artística, bem como desenvolva um trabalho artístico para
formar conceitos artísticos; o sentir e perceber, que são as formas de
apreciação, fruição, leitura e acesso a obra de arte; o trabalho artístico, que
permite a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra
de arte.
Uma escola democrática deve apresentar-se ao aluno como um espaço
no qual se reflete e se discute a realidade e a cultura.
Esses encaminhamentos metodológicos para o ensino de Audiovisual na
Arte serão através de pesquisas bibliográficas, vídeos documentários, análise
de filmes e músicas, danças, desenhos, pinturas, cinema, recortes e teatro.
Esta proposta visa à educação dos sentidos, concebendo a arte como
conhecimento, trabalho e expressão, possibilitando o desenvolver dos aspectos
cognitivos, perceptivo, criativo e expressivo nas linguagens visuais, cênicas e
audiovisuais por meio da fruição, apreciação e principalmente, do fazer
artístico.
AVALIAÇÃO
Avaliar em Audiovisual na Arte significa conhecer os conteúdos para que
estudantes os assimilem a cada momento e reconheçam os limites e
flexibilidades necessárias para distintos níveis de aprendizagem em um mesmo
grupo de alunos, para isso deve-se fazer com que o aluno pratique somente o
que é adequado ao seu nível.
A avaliação será centrada no conhecimento. Levar-se-á em conta as
relações estabelecidas pelo aluno entre conhecimento em Arte e a sua
realidade evidenciada durante o processo nas suas produções individuais. A
avaliação será diagnóstica, formativa e somativa, sendo referencial e
permeadora de toda intervenção pedagógica.
Os instrumentos de avaliação individual e coletiva, a serem utilizadas
são: pesquisas, trabalhos artísticos, produções cinematográficas, provas
teóricas e práticas, auto-avaliação.
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Serão proporcionadas ao educando com necessidades educativas
especiais, avaliações adaptadas conforme sua necessidade, respeitando
sempre as adaptações curriculares.
Avaliar na disciplina de Audiovisual na Arte implica em reconhecer as
relações estabelecidas pelo aluno entre conhecimento em Arte e a sua
realidade evidenciada durante o processo nas suas produções.
A todos os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos através de
metodologias diferentes no decorrer de cada trimestre, analisando as
produções e os avanços realizados, de acordo com as necessidades de cada
aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Leis e Decretos. Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Brasília, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objectiva, Rio de Janeiro, 2001, p. 343.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Arte. 2008.
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS:
Cineleitura: http://www.cinema.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1105 . Acesso em 20/02/13
21
http://www.cinema.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1071. Acesso em 23/02/13 http://www.cinema.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1106 . Acesso em 23/02/13 http://educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/genre.php?genreid=163 Cinema Paranaense . Acesso em 23/02/13 http://www.cinema.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1058 . Acesso em 23/02/13 http://www.curtanaescola.com.br/. Acesso em 23/02/13 http://www.portacurtas.com.br/index.asp. Acesso em 23/02/13
22
2. ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Nos últimos anos a sociedade contemporânea vem sofrendo grandes
transformações sociais que têm provocado intensas reflexões a respeito da
diversidade sócio-cultural existente entre os povos. É nesse contexto, que as
Ciências Humanas passam a levantar inúmeras discussões a respeito do seu
papel na sociedade. Questões como a preocupação em gerar conhecimento
entre os diferentes grupos sociais, cada um em suas especificidades passam a
ser debatidas entre esses estudiosos.
Ao longo do século XX a historiografia transformou-se significativamente,
em compasso com as transformações do próprio meio social e do campo de
profissionalização das Ciências Humanas. No século XIX, com o surgimento da
História como disciplina, seus idealizadores tentaram aproximar a metodologia
histórica ao das ciências naturais a fim de conferir à História o status e a
credibilidade científica. Tal rigor metodológico visava "senão descobrir a
verdade completa ao menos determinar exatamente sobre cada ponto, o certo,
o verossímil, o duvidoso e o falso" (FUNARI e SILVA, 2008, p. 39).
Não muito diferente disso, o conceito de Cultura Material, nasce na
segunda metade do século XIX, associado aos estudos da Pré-História e
sempre ligado ao uso de artefatos nas investigações de aspectos culturais de
dada sociedade. Os artefatos, tomados como documentos palpáveis, eram
carregados de objetividade, utilizados para os estudos dos diferentes modos de
vida da sociedade e, "por serem objetivos, os artefatos forneceriam dados
corretos e inquestionáveis sobre as culturas analisadas". (FUNARI, 2001, p.
57). Nesse contexto, surge a Arqueologia, palavra de origem grega onde
Archaios significa passado/antigo e Logos significa ciência/estudo. Somando-
se essas duas palavras, podemos definir a Arqueologia como ciência que
estuda o passado, que estuda a cultura material de sociedades que têm
escritas ou não. É um ramo da ciência que possibilita ao pesquisador estudar,
conhecer e reconstituir o modo de vidas das sociedades coloniais e pré-
23
coloniais, utilizando-se para isso objetos como cerâmicas, ossos, restos de
alimentos, utensílios domésticos, pinturas rupestres entre outros.
Surgida no século XIX, na Europa, a Arqueologia esteve preocupada
com os vestígios materiais das sociedades que estavam nos fundamentos dos
modernos estados nacionais, em particular, a Grécia Antiga e o mundo romano,
seguidos pelas civilizações médio-orientais (Egito, Mesopotâmia). A
arqueologia, na Europa, era e contínua sendo de caráter histórico, ligado à
História, como estudo das raízes dos próprios europeus.
Por muito tempo a Arqueologia foi vista como uma disciplina auxiliar da
História e da Antropologia. Até 1960 o pensamento dominante considerava que
"a Arqueologia tinha como propósito a simples coleção, descrição e
classificação de objetos antigos" (FUNARI, 2003, p. 15). A partir de 1960, surge
nos Estados Unidos um movimento que apresenta uma Nova Arqueologia, que
entendem a Arqueologia como o "estudo da cultura material que busca
compreender as relações sociais e as transformações na sociedade" (FUNARI,
2003, p. 15).
No Brasil, a arqueologia histórica foi importada dos Estados Unidos,
ainda durante a ditadura militar, e seguiu os caminhos trilhados na origem, com
sua preocupação com os vestígios dos grandes monumentos dos
colonizadores, como, em nosso caso, as fortificações.
A arqueologia histórica brasileira tem crescido muito, em especial
naquilo que pode oferecer de mais original, no estudo tanto das
particularidades da cultura material brasileira, como ao agenciar pontos de vista
também próprios. Ao estarmos na encruzilhada de influências, podemos,
muitas vezes, propor interpretações originais e inovadoras.
Hoje compreendemos que o papel do arqueólogo vai muito além do ato
de escavar objetos, está em perceber que os artefatos atuam como
"indicadores de relações sociais" e também como "mediadores das atividades
humanas" (FUNARI, 2003, p. 15). Desse modo, o arqueólogo passa a fazer
uma leitura das relações sociais na medida em que procura compreender a
partir da cultura material, como essas relações eram estabelecidas (HODDER,
1988).
24
Diante do exposto, a Arqueologia pode ser considerada como a
disciplina que tem como objeto de estudo os artefatos produzidos e utilizados
pelo homem no passado, como foi proposto por Dunnell (2005). Esses
artefatos são considerados como fonte de informação do comportamento de
grupos que os utilizaram, através da recuperação desses dados, descreve e
entende os comportamentos humanos no passado, já que cada atributo
observado nos artefatos equivale a uma expressão fóssil de uma ação ou
conjunto de ações, que acaba por expor uma determinada forma de
comportamento, o que leva a considerar um sistema cultural, onde há a
transferência da informação de condutas, crenças, valores e modos de fazer.
Desse modo, precisam ser preservados e reconhecidos como fontes histórica,
etnográfica (em relação à etnia), cultural, artística ou paisagística para a
sociedade ou para parte dela, sendo tombados pela União, pelos Estados ou
Distrito Federal tornando-se Patrimônio Histórico.
São inúmeras as possibilidades de interpretar a vida humana a partir da
cultura material, tanto a História como a Arqueologia, devem atuar em parceria
no processo de investigação dos "rastros" deixados pelo homem no passado.
O debate em torno dessas transformações epistemológicas é pertinente, assim
como a participação da comunidade na construção do conhecimento.
Diante do exposto, fez-se importante a escolha da disciplina Arqueologia
e Patrimônio Histórico, a qual expressa à necessidade e o anseio do resgate da
história e cultura local e pretende-se desenvolver referenciais historiográficos
com o objetivo de compreender e discutir como as fontes e os lugares de
memória ligados à Arqueologia e ao Patrimônio Histórico possibilitam a
construção de narrativas históricas pelos educando do Ensino Fundamental.
Objetiva-se, também, investigar como a disciplina mobiliza as ideias históricas
desses sujeitos considerando as relações culturais, as relações de trabalho e
poder.
Deseja-se no final do trabalho desta disciplina que os alunos:
Desenvolvam análises nas relações de temporalidade, mudanças,
permanências, simultaneidades e recorrências das civilizações;
Localizam-se no tempo histórico, bem como interpretem e formulem ideias
a cerca dos fatos e de sua identidade histórica.
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Compreendam os processos históricos da disciplina diversificada
Arqueologia e Patrimônio Histórico partindo da história local/Município,
história do Paraná articulados com a história do Brasil;
Obtenham conhecimento cartográfico, localização e formação do Estado do
Paraná e do Município de Capanema;
Desenvolvam análises e compreendam o processo de colonização e
povoamento do Paraná e de Capanema;
Desenvolvam reflexões sobre os processos históricos como: Missões
Jesuíticas, ciclo da Mineração, do Tropeirismo, da Erva Mate, da Madeira,
do Café, Questão de Palmas, Revolta de 57, Revolução Federalista,
Guerra do Paraguai, Guerra do Contestado e a história do Caminho do
Colono no processo de organização político/administrativa do Estado do
Paraná bem como do Município de Capanema;
Conheçam a realidade atual identificando os principais problemas e
apresentem propostas de solução, considerando seus próprios limites e
possibilidades.
Valorizem o patrimônio sociocultural e respeitem as diferenças entre as
pessoas, os grupos e os povos, considerando-os um elemento importante
da vida democrática.
Desenvolvam a competência leitora, aprendendo a observar, interpretar e
emitir opiniões sobre diferentes tipos de textos, contínuos ou descontínuos.
Construam os seus posicionamentos políticos, estéticos, cognitivos e éticos
perante os desafios que enfrentam em sua vida prática.
CONTEÚDOS
Para que haja coerência entre a concepção teórica, o tratamento e a
organização dos conteúdos neste documento foram apresentados os
conteúdos estruturantes conforme DCE 2008, entendidos como Relações de
Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais.
Além desses apontamentos, é necessário relembrar os aspectos que
justificam a apresentação de conteúdos, bem como a organização destes para
26
a disciplina de História no Ensino Fundamental. Para isso é necessário:
Estabelecer referenciais comuns que orientem o currículo de História em
toda a rede pública estadual, superando o esvaziamento dos conteúdos
nos currículos de história, como é o caso da História do Paraná.
Manter a cronologia como referencial para o estudo do passado neste
nível de ensino.
Atender as novas demandas para o ensino de História, como a Lei
13.381/01 que torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da
rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do
Paraná, e, a Lei 10.639/03 que estabelece as diretrizes e base da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira, seguida
das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana (2004).
Viabilizar a necessidade de aproximação e compreensão da História dos
povos latino-americanos, como forma de compreensão da história do
Paraná e do município de Capanema.
Sistematizar os conteúdos para atender a grade complementar à
implantação da Educação em Tempo Integral, de acordo com o Decreto
nº 7.083 de 27/01/2010.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais
6º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS
- A experiência humana no tempo
- História do Município de Capanema:
A constituição histórica do município.
27
Relações entre e Campo e a Cidade.
Diversidade cultural.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º TRIMESTRE
ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO PÚBLICO
Os significados históricos das relações de trabalho, poder e cultura
analisados através da arqueologia e do patrimônio histórico
O patrimônio como cultura histórica
Arqueologia
Vestígios arqueológicos como evidências para interpretar a vida das
comunidades humanas no Paraná: uma leitura sobre costumes e o
cotidiano a partir de artefatos arqueológicos
MUNICÍPIO:
Localização do município situando-o no tempo
População do município, origem e evolução
Cartografia
Prefeitos
Revolta de 57
Questão de Palmas e a conquista da Fronteira com a Argentina
2º TRIMESTRE
Emancipação política do município
Locais de memória (museu, praças, monumentos, rio)
Cultura (astecas, incas, maias), índios brasileiros
Caminho do Colono
Construção do Espaço da Memória na escola (museu)
Artefatos arqueológicos, vestígios arqueológicos como fatores de
análise e interpretação das comunidades paranaenses – costumes
28
3º TRIMESTRE
Agricultura e pecuária
Fontes históricas: oral, escrita, objetos antigos
Grupos étnicos
Extrativismo
Cultura Afro-Brasileira e Africana
Ética e cidadania
7º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS
- As culturas locais e a cultura comum
- As relações de propriedade
- Conflitos, resistência e produção cultural campo e cidade
- Histórias das relações da humanidade com o mundo do trabalho
- História do Paraná:
A constituição histórica do Paraná
Relações entre o meio urbano e o meio rural.
Diversidade cultural
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º TRIMESTRE
Sítios arqueológicos indígenas do Paraná e Brasil: sambaquis, sítios
ceramistas e pinturas rupestres
Primeiros povoadores - indígenas
A cultura dos sambaquis, Humaitá, Itararé-Taquara
A representação do engenho no contexto da economia colonial e o
surgimento das vilas em seu entorno
Formação das missões jesuíticas com base nos sítios
arqueológicos: apropriação de território indígena e catequização
Entradas e Bandeiras no Paraná
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2º TRIMESTRE
Arqueologia medieval
Cartografia
Primeiras atividades econômicas desenvolvidas
Colonização Espanhola - Encomendas e Reduções
Colonização Portuguesa - Ocupação do litoral e Primeiro Planalto
As primeiras cidades - Paranaguá, Antonina, Morretes e Curitiba
3º TRIMESTRE
Ciclo da Mineração
Ciclo do Tropeirismo
Ciclo da Erva Mate
Ciclo da Madeira
Ciclo do Café
Escarvizados
Formação das missões
História dos Sete Povos das Missões no Rio Grande Do Sul
Construção do espaço territorial
Criação da Província do Paraná
O Paraná na campanha republicana
Revolução Farroupilha
República de Piratini e República de Juliana
8º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS
- História das relações da humanidade com o mundo do trabalho
- O mundo do trabalho e as contradições da modernidade
- Os trabalhadores e as conquistas de direitos civis e sociais
- As relações História do Paraná:
- A constituição histórica do Paraná
- Relações entre o meio urbano e o meio rural.
- Diversidade cultural.
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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º TRIMESTRE
Arqueologia e patrimônio ligados à sociedade escravista na Paraná
e no Brasil
Lugares de memórias ligados à imigração no Paraná
Memória dos movimentos sociais no Paraná
O trabalho nas diferentes regiões
Quilombos e quilombolas
Sítios arqueológicos
2º TRIMESTRE
Memória dos movimentos sociais no Paraná
A Revolução Federalista
Guerra do Paraguai
Guerra do Contestado
Cultura Afro-Brasileira e Africana
Ética e cidadania
3º TRIMESTRE
Capital
Economia atual
Movimentos populacionais
População rural
História da Agricultura e a evolução econômica no Paraná.
Questão da terra - lutas sociais
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9º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS
- Sujeitos, guerras e revoluções
- História do Paraná:
- A constituição histórica do Paraná
- Relações entre o meio urbano e o meio rural.
- Diversidade cultural.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º TRIMESTRE
Os túneis em Curitiba e sua relação com a Segunda Guerra Mundial
Estrada da Graciosa
Estrada de ferro na Serra do Mar
Caminho do Peabiru
Caminho da Mata
Arqueologia
Grupos étnicos
Cultura
2º TRIMESTRE
Ciclos da Economia Paranaense e economia atual
População urbana
Produção urbana
Produção rural
Êxodo rural
O Paraná hoje
Governo
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3º TRIMESTRE
Historicidade dos Rios / Toponímia
Símbolos
Diversidade
Cultura Afro-Brasileira e Africana
Cultura Afro-Brasileira e a Lei 10.639/2003
Construção de Museu
METODOLOGIA
A Educação Integral deve ocupar-se do desenvolvimento do indivíduo ao
longo da vida, preparando-o para o exercício da cidadania e da democracia.
Desta forma, o trabalho pedagógico que vincula atividades educativas diversas,
contribui para a formação mais completa e integrada, não fragmentada. A
disciplina Arqueologia e Patrimônio Público tem como finalidade aprimorar,
ampliar, fortalecer e enriquecer os saberes, contemplados na Proposta
Pedagógica Curricular da disciplina de História partindo da história local, do
Paraná e do Brasil considerando a ação dos sujeitos em contextos relativos às
histórias local, da América Latina com o resto do mundo.
Buscar-se-á, com os conteúdos básicos desenvolver as análises das
relações de temporalidade (mudanças, permanências, simultaneidades e
recorrências) e das periodizações e verificar o sentido que elas têm para os
jovens estudantes. O confronto entre interpretações historiográficas e fontes
históricas permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e
expressá-las por meio de narrativas.
As aulas para essa disciplina estão sendo articuladas com base no
desenvolvimento do pensamento histórico; a forma como o conhecimento
histórico é construído, priorizando a consulta às fontes históricas, levando os
educandos a fazerem inferências e suposições sobre as fontes, utilizando
33
primeiramente a imaginação histórica, momento em que o educando ―visita‖ as
relações entre o objeto e seus conhecimentos prévios, localizando-o em suas
relações, trazendo uma infinidade de conhecimentos. O ser humano é o
principal componente da História, junto sempre da questão tempo. A constante
relação entre passado e presente deve ser considerada primordial.
Constituir a identidade social requer que o educando vivencie, entre em
contato, com noções de continuidade e permanência, por meio do estudo das
fontes históricas, tornando-o um observador atento às realidades que o
cercam.
Para que o educando compreenda a História como ―conhecimento útil‖
precisamos levá-lo a perceber que acontecimentos e organizações sociais nos
dias de hoje, assim se apresentam por fatos ocorridos em momentos do
passado distante ou mesmo recente.
O saber histórico reelabora o saber histórico científico e empírico por
meio das articulações destes, com as representações sociais de educandos e
professores, adquiridas em outros âmbitos. O conhecimento deve favorecer
sua construção e a busca de novas formas de aplicá-lo. Organiza-se os
assuntos, de forma ampla e abrangente, a problematização e o encadeamento
lógico dos conteúdos e a historicidade na análise dos temas.
Essa mudança supõe uma visão de história que não exige o
conhecimento de toda a história da humanidade em todos os tempos, mas a
capacidade de reflexão sobre qualquer momento da história.
A História trabalha com a temporalidade ou a relação do ser humano
com o tempo, os sujeitos e os fatos históricos, é necessário levar os alunos a
ordenar seu tempo e perceber seu próprio ritmo, bem como a simultaneidade
em acontecimentos nas sociedades estudadas.
Pretende-se tratar as relações do educando e das pessoas de seu
convívio com os espaços em que transitam e com outras pessoas que os
frequentam. Abordar a sociedade em sua formação, independente de grupos
sociais, e levar o aluno a construir o conceito de sociedade a partir da
observação da diversidade, na procura de aspectos comuns que as organizam.
Exploraremos a história do município, do estado e do país, bem como
em suas relações, levando o educando a compreender que está inserido em
34
espaços maiores que são interdependentes, sendo os conteúdos definidos no
início do Curso Fundamental e aprofundados a cada novo ano/série.
Os seres humanos facilitaram sua vida, modificando as formas de
conviver, pensar, agir e de posicionamento em sociedade, mobilizando os
diversos grupos sociais ao longo do tempo.
AVALIAÇÃO
Considerando que aprender significa mudar, para avaliar um educando
―é necessário identificar o quanto ele mudou‖, observando as inferências,
comparações e o crescimento do conhecimento histórico, a transformação da
imaginação em um conhecimento concreto. Um grande desafio para o
processo de avaliação em História é ir além da memorização dos conteúdos,
ou seja, deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos
tenham condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente
as relações de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico
em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria História. (PARANÁ, p.
83, 2008)
Na medida em que crescem e aumentam os saberes, os alunos são
inseridos em um novo grupo de conhecimentos, que o levarão à compreensão
de como as pessoas do passado pensavam e porque se comportavam de
forma tão diferente da nossa, compreendendo os aspectos sociais, econômicos
e políticos das diferentes sociedades.
A avaliação será feita a partir de trabalhos individuais e/ou em grupos,
onde o professor verá a participação de todas as formas, considerando
questionamentos feitos pelos discentes ao tema colocado, a elaboração do
relato e a apresentação das conclusões a seus colegas.
É importante que as atividades diversificadas contemplem o uso do
laboratório de informática, visita ao museu, exploração de campo, investigação,
entrevistas, para explorar vários aspectos cognitivos, inclusive o da elaboração
de questionamentos entre os grupos formados pelos educandos.
A prática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento
35
escolar será diagnóstica, formativa e somativa. O registro de notas será
expresso em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), e
deverá ser um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em
que se encontra o aluno.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor, quanto os alunos
poderão rever as práticas desenvolvida até então para identificar lacunas no
processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem à superação das dificuldades. Para aprovação o
aluno deverá ter média mínima de 6,0 (seis vírgula zero) e frequência mínima
de 75% (setenta e cinco por cento).
A recuperação paralela de conteúdos envolverá todos os alunos,
retomando os conteúdos com atividades, de forma diferenciada, reconstruindo
o conhecimento e entendendo que cada aluno tem uma forma de assimilação.
Durante o processo de recuperação de conteúdos, sempre que se fizer
necessário, novas estratégias serão colocadas em vigor, revisando as
atividades já trabalhadas, reforçando as explicações por meio de novos
estudos e atividades complementares, destacando a chamada avaliação
diagnóstica, formativa e somativa, conforme o Projeto Político Pedagógico e o
Regimento Escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRASIL. Lei nº 10.690/03, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática ―História e Cultura Afro-brasileira‖.
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CADERNOS TEMÁTICOS. Educação para o campo – Diretrizes
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ROSA, Sueli Pereira da Silva. Fundamentos teóricos e metodológicos da inclusão. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2003.
WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. 10 ed. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2002.
37
3. ARTE
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A sociedade contemporânea caracteriza-se por novas tecnologias
associadas a diferentes linguagens: visual, musical, cênica, cibernética, as
quais enfatizam a imagem, o som e o movimento, estabelecendo um diálogo,
por meio de um vocabulário gramatical, visual, musical, com símbolos próprios
que expressam uma intenção e uma representação de mundo. Se educar é
transformar o sujeito crítico, criativo a partir dessa leitura de mundo, como
estabelecer esse diálogo aluno X mundo, sem instrumentalizá-lo pela Arte?
Arte é conhecimento. Ela constitui uma necessidade do ser humano. Ela
é alfabetizada, revelando os símbolos presentes nas imagens, nos sons e nos
movimentos característicos desta era. Precisamos desmistificar a arte como um
fazer dissociado de um saber ou ainda um saber para poucos ―dotados‖. A arte
tem de ser entendida e percebida em sua globalidade. Deve trabalhar com a
essência do ser humano, em que o sensível, o perceptível e o reflexivo atuam e
interagem com as mesmas propriedades, por meio da Arte. A arte permite a
expressividade de sentimentos, ideias e informações, interferindo no processo
de aprendizagem de todas as disciplinas.
Um marco importante para a Arte brasileira e os movimentos
nacionalistas foi a Semana de Arte Moderna em 1922.
Nesse contexto, o ensino da Arte teve o enfoque na expressividade,
espontaneidade e criatividade, pensado inicialmente para as crianças, essa
concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas
etárias. Essa valorização da Arte encontrou espaço, na genialidade individual,
inspiração e sensibilidade, desfocando o conhecimento em arte e procurando
romper com a transposição mecanicista de padrões estéticos da escola
tradicional.
O ensino da Arte passou a pertencer à área de Comunicação e
Expressão, da mesma forma que a produção artística ficou sujeita aos atos a
que instituíram a censura militar. Enquanto o ensino de artes plásticas foi
direcionado para as artes manuais e técnicas a música passou a ser utilizada
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para a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.
A partir de 1980, o país inicia um amplo processo de mobilização social
pela redemocratização e para a nova constituinte de 1988. Com o objetivo de
sustentar esse processo, os movimentos sociais e diversos grupos se
organizaram em todo o país e realizaram encontros, passeatas e eventos que
promoviam a discussão, a troca de experiência e a elaboração de estratégias
de mobilização.
Surgem nessa fase, movimentos para valorização da Educação partindo
das influências da Pedagogia Histórico-crítica; como proposta de oferecer aos
educandos acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social e
transformadora.
A LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do Ensino de Arte nas escolas
de Educação Básica. Nesse período também houve mudanças nos cursos de
graduação em Educação Artística que passaram a ter licenciatura plena em
uma habilitação específica.
Os PCNs passaram a considerar a Música, as Artes Visuais, o Teatro e a
Dança como linguagens artísticas autônomas do Ensino Fundamental e, no
Ensino Médio a Arte passa a compor área de linguagens, códigos e suas
tecnologias.
As diferentes formas de pensar o ensino da Arte são consequência do
momento histórico no qual se desenvolvem, com suas relações sociais
culturais, econômicas e políticas. Da mesma forma o conceito de Arte implícita
ao ensino é também influenciado por essas relações, sendo problematizada
para a organização de uma proposta de diretrizes curriculares.
Nas diversas teorias sobre a arte são estabelecidas algumas referências
sobre a sua função, o que resulta também em diferentes posições: como a Arte
pode servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica e
transformar-se em mercadoria ou meramente proporcionar prazer.
Na educação, o ensino da Arte amplia o repertório cultural do aluno a
partir dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando-o
do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.
O objetivo geral da disciplina de arte é ampliar o repertório cultural do
aluno a partir dos conhecimentos estéticos e contextualizados, aproximando-o
39
do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.
Para tanto, é necessário no processo de ensino e de aprendizagem, o
desenvolvimento de uma práxis no Ensino de Arte, entendida nesta proposta
como articulação entre aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa
disciplina. Nesta proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas
singulares de pensamento, apreender e expandir suas potencialidades
criativas.
Os conhecimentos sistematizados de artes foram organizados de forma
que contemplem as quatro áreas da disciplina, as quais foram denominadas de
maior amplitude que embasam e fundamentam os conteúdos estruturantes:
● Elementos formais;
● Composição;
● Movimentos e períodos.
Educar através da arte proporciona o desenvolvimento do pensamento
artístico no desenvolvimento das sensibilidades, proporção e imaginação tanto
ao realizar formas artísticas, quanto ao apreciar e conhecer os trabalhos de
seus colegas, observando as diferenças de culturas.
O aluno que conhece Arte estabelece relações mais amplas, que
exercita a imaginação para um texto, uma interpretação, uma leitura com maior
facilidade de argumentação. O importante no ensino de Arte é o processo
criador do aluno e não o produto que realiza e que este deve aprender a fazer
fazendo. Porém, deve–se interferir para ajudar na relação do processo.
O ensino da Arte foi aos poucos se voltando para o desenvolvimento
natural do aluno, respeitando suas necessidades e apreciações, valorizando
suas formas de expressão e de compreensão do mundo. O que era enfatizado
na repetição de modelos e no professor, agora é deslocado para o processo de
desenvolvimento do aluno e suas criações.
As aulas tornam-se mais expansivas, buscando a espontaneidade e
valorizando o crescimento ativo e progressivo do aluno. As invenções, a
autonomia e as descobertas são a base para o ensino de arte.
Torna-se especificidade que compete a disciplina de arte:
Conhecer as grandes diversidades da linguagem artísticas, abrangendo
em seu vasto caminho, uma leitura clara, as artes visuais e cênicas, a
40
expressão plástica, a música e a dança, sendo capaz de apreciar e preservar
este universo estético;
Vivenciar as diferenças formas da manifestação artística, ultrapassando
os limites pessoais, nas várias linguagens para compreender a evolução dos
seres humanos nas diferentes culturas, fazendo com que ele aprenda a ler e
sentir a arte, a compreendê-la no seu sentido histórico, refletindo com espírito
crítico;
Ampliar o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos
estéticos, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo cultural da
humanidade nas suas diversas apresentações;
Enfatizar a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem
no Ensino Fundamental;
Aprofundar os conteúdos, com ênfase maior na associação da Arte
como forma de conhecimento, ideologia e trabalho criador no Ensino Médio.
CONTEÚDOS
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
6º ANO
ARTES VISUAIS:
-Elementos formais: ponto, linha, textura, cor, superfície, volume, luz e
forma.
-Composição técnica de desenho de observação, natureza morta,
paisagem e perspectiva, pintura escultura, arquitetura.
Composição bidimensional e tridimensional.
Figurativa.
Geométrica, simetria...
Gêneros: cenas da mitologia...
-Movimentos e períodos: arte na pré-história, arte africana e arte
indígena, arte Greco romana.
41
MÚSICA:
-Elementos formais e sonoros: altura, intensidade, duração, timbre e
densidade.
-Composição: ritmo e melodia.
Escalas diatônicas e pentatônica, cromática, improvisação.
-Movimentos e períodos: Greco Romana, Ocidental, Oriental, africana.
TEATRO:
Elementos formais: Personagem: expressões vocais, corporais, gestuais
e faciais, ação e espaço.
Composição de texto, público, roteiro, espaço cênico, adereços.
Técnica: jogos teatrais, improvisação, manipulação máscaras.
Gênero: tragédia, comédia e circo.
Movimentos e períodos: Teatro medieval, Greco-romana, Teatro oriental,
Renascimento.
DANÇA:
Elementos formais: movimentos corporais tempo e espaço.
Composição: eixo, ponto de apoio. Movimentos articulares, Formação,
Deslocamento. Técnica: Improvisação. Gênero circular.
Movimentos e períodos da dança clássica.
7º ANO
ARTES VISUAIS:
Elementos formais: linhas, formas, textura, superfície, volume, cor, luz.
Composições: semelhanças, contrastes, ritmos visuais, estilização,
deformação, Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista.
Movimentos e períodos: arte no sec. XX, Arte contemporânea, Indústria
cultural.
42
MÚSICA:
Elementos formais: altura, timbre, duração, intensidade, densidade.
Composição: ritmo, melodia, escalas, gêneros: folclórico, indígena,
popular e étnico.
Técnica: vocal, instrumental e mista, improvisação.
Movimentos e períodos: Indústria Cultural, Eletrônica, Minimalista, Rap,
Rock, Tecno.
TEATRO:
Elementos formais: ação e espaço, personagens: expressões corporais,
vocais, gestuais e faciais.
Composição: Representação. Leitura dramática, cenografia. Técnicas:
jogos teatrais, mímicas, improvisação, formas animadas...
Gêneros: Rua e arena, caracterização.
Movimentos e períodos: Comédia dell’arte, Teatro popular, Brasileiro,
Paranaense, Africano.
DANÇA:
Elementos formais: movimento corporal: tempo e espaço.
Composição: formação, deslocamento, ponto de apoio, salto e queda,
rotação, coreografia, peso, fluxo, níveis, direção.
Gêneros: dança folclórica, popular e étnica.
Movimentos e períodos: dança popular, Brasileira, Paranaense, Africana,
Indígena.
8º ANO
ARTES VISUAIS:
Elementos formais: linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz.
Composição: semelhanças, contrastes, ritmos visuais, estilização,
deformação. Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...
Movimentos e períodos: Indústria Cultural, Arte no séc. XX, Arte
Contemporânea.
43
MÚSICA:
Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade.
Composição: ritmo, melodia, harmonia, tonal, modal. Técnicas: vocal,
instrumental e mista.
Movimentos e períodos: Indústria Cultural, Eletrônica, Minimalista, Rap,
Rock, Tecno.
TEATRO:
Elementos formais: personagens: expressões corporais, vocais, gestuais
e faciais. Ação e espaço.
Composição: Técnicas: Representação no cinema e mídias. Texto
dramático, maquiagem, sonoplastia, roteiro. Técnicas: jogos teatrais,
sombras, adaptação cênica...
Movimentos e períodos: Indústria Cultural, Realismo, Expressionismo,
Cinema Novo.
DANÇA:
Elementos formais: movimento corporal, tempo, espaço.
Composição: Giro, rolamento, saltos. Aceleração e desaceleração.
Direções, improvisação, coreografia, sonoplastia. Gênero: indústria,
cultural e espetáculo.
Movimentos e períodos: Hip Hop, Musicais, Expressionismo, Indústria
cultural, Dança Moderna.
9º ANO
ARTES VISUAIS:
Elementos formais: linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz.
Composição: Bidimensional, tridimensional, figura e fundo, ritmo visual,
técnica: pintura, grafite, performance, Gêneros: paisagem.
Movimentos e períodos: Realismo, Vanguardas, Muralismo e arte Latino
americana, Hip Hop.
44
MÚSICA:
Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade.
Composição: ritmo, melodia, harmonia. Técnicas: vocal, instrumental e
mista. Gênero: popular, folclórico e étnico.
Movimentos e períodos: música Engajada, MPB, Música
Contemporânea.
TEATRO:
Elementos formais: personagens: expressões corporais, vocais, gestuais
e faciais. Ação e espaço.
Composição: Técnicas: Monólogos, jogos teatrais, direção, ensaio,
teatro... Dramaturgia, cenografia, sonoplastia, iluminação, figurino.
Movimentos e períodos: teatro pobre, teatro engajado, teatro do
absurdo, vanguardas, teatro do oprimido.
DANÇA:
Elementos formais: movimento corporal, tempo, espaço.
Composição: Kinesfera, ponto de apoio, peso, fluxo, quedas, saltos,
giros, rolamento, extensão. Coreografia, deslocamento. Gênero:
Performance e moderna.
Movimentos e períodos: vanguardas, dança moderna e dança
contemporânea.
ENSINO MÉDIO
1ª e 2ª SÉRIE
ARTES VISUAIS:
Elementos Formais: Ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor,
luz.
Composição: Bidimensional, tridimensional, figurativo, abstrato,
perspectiva, semelhanças, contrastes, ritmo visual, técnicas (pintura,
desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e
45
escultura), gêneros (paisagem, natureza morta, designer, história em
quadrinhos).
Movimentos e Períodos: Arte Ocidental, Arte Oriental, Arte Africana, Arte
Brasileira, Arte Paranaense, Arte Popular, Arte de Vanguarda, Indústria
Cultural, Arte Engajada, Arte Contemporânea, arte Digital, Arte Latino-
Americana.
TEATRO:
Elementos Formais: Personagem, expressões corporais, vocais,
gestuais e faciais, ação, espaço.
Composição: Técnicas (jogos teatrais, teatro direto, indireto, mímica,
ensaio, roteiro, encenação, leitura dramática), gêneros (tragédia,
comédia, drama e épico, dramaturgia, mímicas), caracterização,
cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação, direção, produção.
Movimentos e Períodos: Teatro Greco-Romano, Teatro Medieval, Teatro
Brasileiro, Teatro Paranaense, Teatro Popular, Indústria Cultural, Teatro
Engajado, Teatro Oprimido, Teatro Pobre, Teatro de Vanguarda, Teatro
Renascentista, Teatro Latino Americano, Teatro Realista, Teatro
Simbolista.
DANÇA:
Elementos Formais: Movimento corporal, tempo espaço.
Composição: Eixo, dinâmica, aceleração, ponto de apoio, salto e queda,
rotação, níveis, formação, deslocamento, improvisação, coreografia,
gêneros (espetáculo, industrial, cultural, étnico, folclórica, circular,
populares, salão, moderna, contemporânea).
Movimentos e Períodos: Pré história, greco-roma, medieval,
renascimento, dança clássica, popular, brasileira, paranaense, africana,
indígena, hip hop, expressionismo, indústria cultural, dança moderna,
vanguardas, danças contemporâneas.
MÚSICA:
Elementos Formais: Altura, Duração, timbre, intensidade, densidade.
46
Composição: Ritmo, Melodia, Harmonia, modal, tonal e fusão de ambos,
gêneros (erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop), técnicas
(vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, improvisação).
Movimentos e Períodos: Música popular brasileira, paranaense, popular,
indústria cultural, engajada, vanguarda, ocidental, oriental, africana,
latino-americano.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Na perspectiva educacional, dentro dos parâmetros que regem a
educação, a metodologia para a didática de ensino é essencial para uma
compreensão dos conteúdos abordados dentro da disciplina. Contemplando de
forma clara os conteúdos estruturantes, alcançando uma metodologia que
envolve em todos os momentos em sua prática pedagógica o conhecimento, as
práticas e a fruição artística.
Conforme a DCE, é necessário pensar enquanto prepara-se uma aula,
em várias questões que envolvem para quem serão ministradas, como, por que
e o que será trabalhado, motivando o aluno a buscar a escola como espaço
para apropriação do conhecimento.
Para atender de forma específica toda a demanda que corresponde à
disciplina, deve-se pensar em três momentos da organização pedagógica: o
teorizar, ou seja, fundamentar e possibilitar ao aluno que perceba e aproprie-
se da obra artística, bem como desenvolva um trabalho artístico para formar
conceitos artísticos; o sentir e perceber, que são as formas de apreciação,
fruição, leitura e acesso a obra de arte; o trabalho artístico, que permite a
prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte.
Uma escola emancipadora e democrática deve apresentar-se ao aluno
como um espaço no qual se reflete e se discute a realidade e a cultura.
Esses encaminhamentos metodológicos para o ensino de Arte serão
através de aulas expositivas e dialogadas, pesquisas bibliográficas e coletivas,
análise de filmes e músicas, danças, desenhos, pinturas, recortes e teatro.
47
Proporcionará reflexão sobre o homem e a natureza, as relações
políticas e sociais e a época que a mesma está inserida.
Através da dança, realizaremos textos literários, após estudos da história
dos clássicos, dos dramas e da vida cotidiana.
Na linguagem de música, o professor conduzirá os alunos a ouvir
criticamente e interpretar as comunicações da nossa realidade.
AVALIAÇÃO
A avaliação será centrada no conhecimento. Levar-se-á em conta as
relações estabelecidas pelo aluno entre conhecimento em Arte e a sua
realidade evidenciada durante o processo nas suas produções.
A avaliação na disciplina de Arte é diagnóstica, formativa e somativa,
sendo referencial e permeadora de toda intervenção pedagógica.
A avaliação deverá incluir formas de avaliação da aprendizagem, do
ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos alunos.
A avaliação será centrada no conhecimento e levará em conta as
relações estabelecidas pelo aluno entre conhecimento em Arte e a sua
realidade evidenciada durante o processo nas suas produções. Os
instrumentos de avaliação individual e coletiva, a serem utilizadas são:
pesquisas, trabalhos artísticos, provas teóricas e práticas, auto-avaliação.
O educando portador de necessidades educativas especiais será
avaliado pelos conteúdos que será capaz de desenvolver e não por seus
limites.
Quando os alunos não atingirem os objetivos propostos será ofertada a
recuperação paralela de conteúdos através de outras metodologias, e se
necessário, novas avaliações serão ofertadas prevalecendo o conceito da nota
maior.
De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é
―contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
48
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais‖. Na Deliberação 07/99 do
Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8o), a avaliação almeja ―o
desenvolvimento formativo e cultural do aluno‖ e deve ―levar em consideração
a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas
atividades realizadas‖. (DCE, p. 81)
De fato, a avaliação requer parâmetros para o redimensionamento das
práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a
produção do aluno. Ou seja, a avaliação permite que se saia do lugar comum,
dos gostos pessoais, de modo que se desvincula de uma prática pedagógica
pragmatista, caracterizada pela produção de resultados ou a valorização
somente do espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera
critérios que transcendem os limites do gosto e das afinidades pessoais,
direcionando de maneira sistematizada o trabalho pedagógico. Assim, a
avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da
apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente
significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros
comparativos entre os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a
partir da própria produção, de modo que leva em conta a sistematização dos
conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade. (DCE, p. 81)
O método de avaliação proposto inclui observação e registro do
processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na
apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o
aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os
colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno
também deve elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas
podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar,
refletir e discutir sua produção e a dos colegas. (DCE, p. 81)
É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e
um capital cultural próprio, constituído em outros espaços sociais além da
escola, como a família, grupos, associações, religião e outros. Além disso, têm
um percurso escolar diferenciado de conhecimentos artísticos relativos à
Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança. (DCE, p. 81)
49
O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os
alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um
instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as
tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais áreas da arte também
devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor. Esse diagnóstico é a
base para planejar futuras aulas, pois, ainda que estejam definidos os
conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade de sua abordagem
dependem do conhecimento que os alunos trazem consigo. (DCE, p. 82)
Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado
entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o
professor propor abordagens diferenciadas.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são
necessários vários instrumentos de verificação tais como:
• trabalhos artísticos individuais e em grupo;
• pesquisas bibliográfica e de campo;
• debates em forma de seminários e simpósios;
• provas teóricas e práticas;
• registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e
outros.
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico
necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem
durante o ano letivo, visando às seguintes expectativas de aprendizagem:
• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a
arte e sua relação com a sociedade contemporânea;
• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em
sua realidade singular e social;
• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte
nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e
consumo.
50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Leis e Decretos. Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Brasília, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. Cadernos Temáticos (Educação Fiscal, Educação do Campo, História e Cultura Afro Brasileira.) LAPONTE, L. G. O Ensino da Arte na nova LBD: Resgate histórico e perspectivas. São Paulo: Perspectiva, 1996. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte. Versão preliminar Curitiba, 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Arte. 2008. PROENÇA, Graça. História da Arte, São Paulo, 2002.
51
4. ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A base da Ciência remonta da pré-história, onde os fenômenos naturais
despertavam a curiosidade humana, e, assim, durante todo o desenvolvimento
da humanidade, as pessoas buscaram explicar esses fenômenos a partir da
observação e tentaram encontrar melhores soluções para seus problemas,
como abrigo, alimento e segurança.
A Ciência é fruto do conhecimento e da criatividade humanas ao logo de
sua história, portanto não concebe-se o Ensino da Ciência de forma dissociada
do conteúdo histórico e social e também do ato de experimentá-la e vivenciá-la.
O conhecimento científico, quando trabalhado de forma significativa para
o aluno, ou seja, quando este consegue relacionar os conteúdos com seus
conhecimentos prévios e interage com sua realidade, pode colaborar no
processo de conhecimento pessoal, bem como no desenvolvimento da auto-
estima, no entendimento da saúde pessoal e coletiva, na compreensão da
sexualidade sem preconceitos, na valorização da diversidade biológica para a
preservação do planeta, no posicionamento diante de questões polêmicas e na
compreensão dos recursos tecnológicos. Dessa forma, ensinar ciências, pode
e deve contribuir na formação dos valores necessários à construção da
cidadania.
A disciplina Atividades Experimentais propõe uma complementação e
também uma diversificação do ensino regular de Ciências, disciplina da Base
Nacional Comum, considerando a necessidade de inseri-la em um cenário
heterogêneo, onde a tecnologia e o mundo digitalizado se sobrepõem ao
conhecimento científico, a observação e a experimentação.
Para tanto, a nova disciplina busca metodologias que visem inquietar os
alunos, desafiá-los a refletir, buscar soluções e tirar conclusões e, a partir
disso, chegar aos conhecimentos científicos. Trata-se de um olhar diferenciado
aos conteúdos inerentes à disciplina de Ciências, buscando fazer do aluno um
sujeito capaz de encontrar soluções para os diferentes momentos de sua vida,
52
emitir opiniões, construir instrumentos e relacionar o que aprendeu com a sua
realidade. ―O conhecimento científico e o conhecimento cotidiano são
históricos e sofrem interações mútuas‖ (PARANÁ, DCEs Ciências, 2008, p. 59).
A proposta para a disciplina consiste numa abordagem prática dos
conteúdos propostos em Ciências, em espaços alternativos, como o laboratório
e o pátio da escola, dando-lhes um novo significado, de modo que a
aprendizagem seja otimizada. Porém, não se trata de um ―reforço teórico‖, mas
sim de abordagens diferentes, complementares e com metodologias
diferenciadas que objetivem despertar o interesse dos alunos para o
conhecimento científico, pois, segundo a produção teórica no campo
educacional, a aprendizagem depende de um envolvimento ativo do aluno.
Além da abordagem prática, também dará maior ênfase aos assuntos
relacionados aos problemas e fatos da atualidade, como por exemplo, as
questões ambientais, a sexualidade, o uso de drogas, a diversidade de gêneros
e étnico raciais, ao uso das tecnologias e todas as implicações éticas nas quais
esses assuntos refletem na atividade humana.
Dessa forma, cabe à disciplina Atividades Experimentais o importante
papel de superar o simples repassar do conhecimento científico, superando
estratégias de ensino que não apresentem a valorização da prática sobre a
teoria, que não se preocupem com a busca de soluções para os problemas
cotidianos relacionados com a realidade dos alunos.
Enfim, a disciplina deve contribuir com o ensino regular de Ciências,
correlacioná-lo com a realidade, reestruturá-lo, tornando-o ainda mais
imprescindível à melhoria da qualidade vida da população humana.
―Pensar em cidadão apto e crítico para o século XXI, nesta sociedade globalizada, requer repensar a escola, tanto no sentido físico, como no humano e suas relações. É preciso pensar no todo, respeitando suas diferenças, tendo-se em mente novas dimensões dos saberes, diante da diversidade cultural.‖ (CARVALHO, [ et al.], 2006.)
53
CONTEÚDOS
6º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS E
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ASTRONOMIA
UNIVERSO
Universo e Sistema Solar – modelo
heliocêntrico do sistema solar –
MOVIMENTOS TERRESTRES
Movimento de rotação e translação da
Terra – construção de modelos.
Modelo e funcionamento do Relógio do
Sol.
ENERGIA
FORMAS DE ENERGIA
Espectro magnético e o arco-íris –
modelo
TRANSMISSÃO DE ENERGIA
Absorção e manutenção de calor – efeito
estufa – construção de uma mini-estufa.
BIODIVERSIDADE
ECOSSISTEMA
Diversidade de ambientes no planeta –
recorte e colagem de diferentes habitats
urbanos e naturais.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO
Ciclo de Vida:
. germinação e crescimento – feijão.
. observação de diferentes tipos de
sementes.
. tipos de reprodução – esquema do ciclo
de vida da galinha e do sapo – desenho,
colagem e observação.
. semelhanças entre familiares –
introdução a hereditariedade – comparação de
fotos dos avós, pais e filhos.
54
. desenvolvimento da drosófila (mosca
da fruta) – experimento.
. desenvolvimento humano – introdução à
sexualidade – jogos e atividades lúdicas.
Cadeia e Teia Alimentar
. montagem de teias alimentares -
desenho ou colagem
. equilíbrio e desequilíbrio ambiental -
observação de noticias – reportagens.
. seres decompositores – experimento e
observação.
MATÉRIA
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
Lixo: reciclagem de diversos materiais –
coleta seletiva - reciclagem de papel.
Saneamento básico: tratamento da água
e esgoto – visita de campo.
Cobertura Vegetal e Erosão –
experimento.
Tipos de solos – observação e
experimento.
Fertilidade do Solo – mini-horta –
hidroponia.
Água:
. modelo e estados físicos da molécula –
construção de modelo e experimentos.
Noções de Densidade através de
experimentos quanto as propriedades de
diversos materiais – peso e massa.
Pressão no Líquidos – experimento.
Ar:
. composição do ar atmosférico
. pressão atmosférica - experimentos
55
. problemas de saúde relacionados às
grandes altitudes – pesquisa.
7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS E
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ASTRONOMIA
MOVIMENTOS TERRESTRES
MOVIMENTOS CELESTES
. influência da translação e da rotação no ciclo
de vida dos seres vivos – estações do ano – dias e
noites.
. eclipses – modelos.
ENERGIA
FORMAS DE ENERGIA
Luz – corpos opacos, transparentes e
translúcidos – experimento
Absorção e reflexão da Luz – energia térmica,
cromatografia.
TRANSMISSÃO DE ENERGIA
Fotossíntese – reação química e importância
para os seres vivos – experimento
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
CÉLULA
Organização celular – membrana, citoplasma e
núcleo – trabalho com modelos e aula de microscopia.
Parasitas do Corpo Humano – observação de
espécies conservadas e ao microscópio.
Ciclo de Vida dos parasitas – esquemas e
construção de tabelas
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES
VIVOS
Micróbios:
56
. bactérias – observação ao microscópio, cultura
e análise de bulas de antibióticos, fermentação.
. fungos – cultura e observação de espécies in
vivo.
. protozoários – cultura e observação
Algas microscópicas – observação ao
microscópio óptico.
Plantas:
. Movimento da Água nos Vegetais – vasos
condutores e estômatos – experimento e observação
. ciclo reprodutivo das briófitas e pteridófitas –
esquema e observação.
. sementes – germinação e desenvolvimento de
diversos tipos de sementes e sua disseminação.
. flores – dissecação e análise dos órgãos
reprodutivos de diversos tipos de flores.
Reprodução Humana:
. crescimento e desenvolvimento
. características do sexo masculino e feminino -
esquema.
. ciclo menstrual e gravidez
. doenças sexualmente transmissíveis –
construção de gráficos – prevenção.
. métodos anticoncepcionais.
Saúde e Alimentação:
. valor nutricional dos alimentos.
. hábitos alimentares saudáveis.
. distúrbios alimentares.
. desnutrição – fome no mundo.
. conservação dos alimentos.
57
BIODIVERSIDADE
SISTEMÁTICA
Classificação biológica dos seres vivos –
exemplos práticos de classificação.
Classificação das plantas – observação de
espécies in vivo.
MATÉRIA
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
Átomos e Moléculas – construção de modelos
Energia – experimentos com fenômenos ligados
ao calor - transmissão e troca.
Mudanças de Estados Físicos da Água e outros
materiais.
Calor e corpo humano – manutenção e suor.
Estação metereológica – construção de
instrumentos e visita de campo a uma estação.
8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS E
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ASTRONOMIA
ORIGEM DO UNIVERSO
Teorias sobre a origem da vida e do Universo –
mitos – análise de textos.
Fósseis – visualização de fósseis – condições
de fossilização - modelo.
BIODIVERSIDADE
EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS
Teoria da Geração espontânea – experimento
de Redi.
Ecossistema Terrestre e Marinho
ECOSSISTEMA
Ambiente Urbano e Natural – pesquisa e
colagem
Tratamento de Água e Esgoto – visita de campo
58
ENERGIA
FORMAS DE NERGIA
Energia nos Ecossistemas – fotossíntese e
respiração celular – reações
Ciclo dos Materiais
Formas de Energia
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
CÉLULA
Célula – morfologia e fisiologia – trabalho com
modelos
Órgão, tecidos e sistema.
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES
VIVOS
Digestão Humana: esquema do sistema
digestório humano e experimentos relacionados.
Respiração Humana: esquema do sistema
respiratório humano – modelos.
Fumo
Excreção Humana – esquema do sistema
urinário humano.
Sistema cardiovascular – esquema do coração e
vasos sanguíneos – pressão arterial
Sistema Imunológico Humano – tipos de células
brancas – defesas naturais – vacinas e antibióticos.
MATÉRIA
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
Átomo – modelos atômicos
Molécula – construção de modelos
Substâncias e misturas – experimentos
Funções Químicas - identificação de
substâncias ácidas, básicas, óxidos e sais.
Aditivos químicos – análise de rótulos – gráficos.
59
9º Ano
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS E
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ASTRONOMIA
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
Lei da Gravitação Universal
Força e Peso – experimentos
Leis de Newton e Kleper – construção de
materiais.
Órbitas dos planetas
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES
VIVOS
Sistema Muscular Humano – esquema dos
sistema muscular
Músculos e movimentos – construção de
modelos
Deformações da coluna vertebral
Postura e cuidados com a coluna vertebral
Núcleo e informações genéticas – construção de
materiais – célula – cromossomos – gene e DNA.
Sistema Nervoso e Hormonal – esquema do
sistema nervoso central e periférico – tipos de
glândulas.
Drogas – ação no sistema nervoso – tipos –
análise de textos e reportagens – trechos de filmes.
Sexualidade Humana – debates – filmes
Olho Humano – construção de modelo
Espectro Magnético - experimento
BIODIVERSIDADE
INTERAÇÕES ECOLÓGICAS
. relações ecológicas interespecíficas e
intraespecíficas
. ciclos biogeoquímicos
. a ação do homem nos ciclos biogeoquímicos –
desequilíbrio ambiental
60
ENERGIA
FORMAS DE ENERGIA
Luz – propagação, refração e reflexão – refração
e reflexão da luz - câmara escura, máquina fotográfica
e funcionamento do olho humano.
Energia mecânica – propagação do som –
construção de instrumentos.
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
Eletricidade – circuitos elétricos – construção de
instrumentos. Corrente elétrica – análise de voltagem e
potência de aparelhos elétricos.
MATÉRIA
PROPRIEDADES DA MATÉRIA
Átomo e Moléculas – construção de modelos –
ligações químicas – estrutura química no estado sólido,
líquido e gasoso.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Cabe à disciplina Atividades Experimentais possibilitar o conhecimento
científico em interação contínua com a disciplina de Ciências, porém
estimulando a ação do aluno no sentido de construir instrumentos e modelos
que visem a melhor compreensão dos conteúdos, a reflexão e análise de
experimentos, a leitura e a comparação de diferentes textos, as atividades
lúdicas e os jogos, a construção de materiais didáticos, pesquisas, as
exposições, enfim, atividades pelas quais possam construir o conhecimento.
Segundo Carvalho, 2004 apud Guimarães, 2009, ―pode-se dizer que a
aprendizagem de procedimentos e atitudes se torna, dentro do processo de
aprendizagem, tão importante quanto a aprendizagem de conceitos e/ou
conteúdos.‖
Nesse sentido a disciplina também deve atuar de forma comprometida e
crítica em relação aos temas atuais e de interesse dos alunos, como a saúde, a
61
sexualidade, a diversidade sexual e étnica racial e o meio ambiente em relação
ao trabalho, ao consumo e a importância de sua preservação.
Outra possibilidade de trabalhar com a disciplina é a exploração do
espaço local (estudo do meio), seja no pátio da escola, em praças e parques,
bem como em outros lugares que tornem a aprendizagem mais prazerosa e
significativa e, ainda, proporcionam a oportunidade de elencar assuntos e
ações ligadas à ética e a cidadania, na medida em que o aluno está mais
exposto à sociedade na qual está inserido.
A mídia impressa e digital também são possibilidades para a disciplina,
em ações que envolvam o aluno na análise de informações, notícias e imagens
e também no uso do computador para a construção e atuação em jogos,
pesquisas e outras atividades de cunho pedagógico.
À proposta da disciplina também cabem a análise de rótulos e
embalagens, propagandas, trechos de filmes e música, também com
exposições de matérias construídos, com mapas conceituais entre outras
atividades, que, visem sempre a participação/ação efetiva do aluno.
Diante das propostas da disciplina Atividades Experimentais destacamos
sua importância no desafiador processo de dar sentido ao conhecimento
científico, no comprometimento com as questões históricas, culturais e sociais,
no comportamento e nas atitudes diante dos avanços tecnológicos e no
compromisso com a ética e a cidadania.
AVALIAÇÃO
A proposta de avaliação para a disciplina Atividades Experimentais
requer do professor a atenção contínua no que diz respeito a participação do
aluno, tanto individualmente quanto no coletivo, pois a maioria das atividades
serão desenvolvidas em grupo. Cabe então ao professor fazer o papel de
mediador e esclarecer o que espera de cada aluno e do grupo, para então
proceder a avaliação.
Quando da solicitação de trabalhos em grupos, um ponto importante a
62
ser avaliado é o cooperativismo dos envolvidos, pois esta ação é essencial
para que o resultado esperado seja alcançado. Vale lembrar que durante a
realização de um trabalho em grupo o produto final é coletivo, mas todos têm
responsabilidades e atividades que são de caráter individual e contribuem no
resultado final.
Nas atividades experimentais, devem prevalecer os mesmos pontos
avaliativos do trabalho em grupo, porém ressaltando a responsabilidade com a
segurança individual e coletiva e com a disciplina em sala, ou em outro local
onde a atividade seja realizada e ainda com a execução da proposta que foi
previamente estabelecida pelo professor.
Em todas as atividades, mesmo naquelas em que o aluno constrói algum
instrumento ou modelo, ou quando realiza algum experimento, análise de texto
ou um trecho de filme, é imprescindível o registro do procedimento realizado e
das conclusões sobre a atividade. Pode-se solicitar um relatório com livre ou
com questões dirigidas, com o objetivo de se fazer uma análise da
aprendizagem e também destacar o compromisso do aluno com aquela
atividade realizada, ou seja, valorizar sua importância. ―Ao escrever, cada aluno
constrói e amplia idéias, reelabora seus conhecimentos, organiza e sistematiza
o que foi aprendido.‖ (GUIMARÃES, 2009 , p. 56)
Nos trabalhos de campo, como em visitas a parques, praças, entre
outros, é necessária a orientação clara do professor aos alunos daquilo que se
vai observar e também do registro dessa observação, para que no final, haja
uma conclusão e posteriormente a avaliação.
Podem ser formas de avaliação nos trabalhos de campo os registros das
observações, desenhos, classificações, questões dirigidas, produção de texto,
construção de tabelas e gráficos, entre outros.
E, por último, cabe lembrar que existem inúmeras formas de avaliar,
desde a tradicional, como provas e testes até algumas de caráter lúdico, todas,
se bem estruturas, contribuem para conhecer o processo de aprendizagem,
bem como seus pontos críticos, cuja aprendizagem deva ser retomada através
de novas metodologias, conteúdos e nota mensurada a ele.
Os alunos serão avaliados de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula
zero), sendo que para a aprovação o aluno deverá ter média mínima de 6,0
63
(seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). A
todos os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos e notas através de
atividades desenvolvidas no decorrer de cada trimestre, analisando as
produções, os avanços realizados, de acordo com as necessidades de cada
aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, Jenner Procópio [et.al.]. Ciência Integradas 9º Ano. Curitiba: Ed. Positivo, 2008.
BARROS, C.; Paulino, W.P. Ciências: os seres vivos. São Paulo: Ática, 2002.
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CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Ensino de Ciências – Unindo a Pesquisa e a Prática – São Paulo: Thomson, 2006.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências – Matéria e Energia – São Paulo: Ática , 2006.
GUIMARÃES, Luciana Ribeiro. Atividade para aulas de Ciências – l Ed- São Paulo: Nova Espiral, 2009.
JUNIOR, José Trivellato [et.al.]. Ciências, Natureza & Cotidiano: criatividade, pesquisa, conhecimento, 8ºe 9º Ano – Ed. Renovada . São Paulo: FTD, 2009.
KRASILCHIK, Myriam/Marandino. Ensino de Ciências e Cidadania – 2ed – São Paulo: Moderna, 2007.
PARANÁ/SEED – Diretrizes Curriculares para a Educação Básica - Ciências, Curitiba: SEED, 2008.
PROJETO ARIBÁ: Ciências/obra coletiva – Ed. Moderna – 1ed – São Paulo: Moderna, 2006.
SANTANA, Olga Aguilar. Ciências Naturais, 6º, 7, º8º E 9ºAno – 3.ed. – São Paulo: Saraiva, 2009.
64
5. BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia busca propiciar, a todos os alunos condições
para refletir sobre seus conhecimentos e seu papel no mundo em que vivem,
compreendendo a sua complexidade e atuando na sua transformação.
Na trajetória histórica desta Ciência, a Biologia sempre esteve sujeita à
interferências, determinações, tendências e transformações no processo de
construção de conceitos sobre o fenômeno VIDA, influenciado pelo o
pensamento historicamente construído a cada época.
A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser
compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento
humano, sofrendo influência das exigências social, política, econômica, cultural
e étnico-racial dos diferentes momentos históricos.
No processo de construção do conhecimento biológico, foram
identificados períodos de crise que levam o sistema a refletir e discutir sobre os
fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma abordagem pedagógica
crítica para o ensino de Biologia.
Entende-se assim, que a Biologia contribui para a formação de sujeitos
críticos, reflexivos e atuantes por meio de conteúdos presente no currículo de
Biologia do Ensino Médio, que tem como base estrutural quatro modelos
interpretativos do fenômeno VIDA que, deram origem aos conteúdos
estruturantes assim definidos: 1- Organização dos Seres Vivos; 2 –
Mecanismos Biológicos; 3 – Biodiversidade; 4 – Manipulação Genética.
No ensino, o que se tem que discutir é o papel da rigorosidade metódica
para o avanço da Ciência e as implicações deste avanço, perspectivando as
consequências para a saúde do homem e para os impactos ambientais.
A Biologia deve se fazer imprescindível no processo de construção de
uma cultura científica não exclusiva, onde homem, ciência e tecnologia
caminhem juntos, numa sociedade mais justa e respeitosa com todas as
formas de vida. Deve-se, portanto, orientar os jovens para que consigam
analisar o mundo, resolver problemas e contribuir para a melhoria da qualidade
de vida das pessoas e de sua comunidade.
65
Como proposta metodológica para o ensino de Biologia propõe-se a
utilização do método da prática social que parte da Pedagogia Histórico-crítica
decorrente das relações dialéticas entre conteúdo de ensino e concepção de
mundo, confrontando os saberes do aluno com o saber elaborado.
―A escola, através do seu currículo, representa socialmente a dimensão científica do conhecimento, ou seja, os conceitos científicos. Eles expressam o conjunto de conhecimentos socialmente produzidos e historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade que permitem sua transmissão e reapropriação; e foram também estruturados com métodos, teorias e linguagem próprias, que visam compreender e, possivelmente, orientar a natureza e as atividades humanas.‖ (GASPARIN, 2002)
ASPECTOS HISTÓRICOS
A curiosidade sobre os fenômenos biológicos remontam a pré-história,
quando o homem precisava observar e registrar esses fenômenos para garantir
sua sobrevivência.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Biologia – SEED PR, ao
longo da história da humanidade muitos pesquisadores, como Hipócrates de
Cós, Aristóteles e Platão se empenharam em explicar como a natureza
funcionava. Com o advento do Cristianismo a natureza passou a ser analisada
conforme a teologia Cristã. Em todos esses momentos da história verificou-se o
domínio do homem sobre a natureza.
No período renascentista começou a surgir o pensamento
antiaristotélico, onde Nicolau Copérnico, Giordano Bruno, Francis Bacon,
Galileu, Descartes e outros propagaram a ideia de que tudo poderia ser
compreendido pela matemática, pela elaboração de hipótese e pela
comprovação (método experimental).
A partir de então, a ciência moderna passou por significativos avanços e
o pensamento científico tomou novo rumo.
Durante o século XVIII e início do século XIX, o naturalista Lineu, Buffon,
Lamarck e Darwin, procuraram compreender melhor a natureza, classificando-a
e descrevendo-a. (PARANÁ, 2008, p.15)
Porém, o avanço marcante para a biologia ocorreu no início do século
66
XIV, com as descrições feitas por Mathias Schleiden e Theodor Schwann de
que todas as coisas vivas eram compostas por células. Em seguida, Gregor
Mendel apresentou conceitos sobre a transmissão dos caracteres hereditários.
Com o avanço da tecnologia a biologia e as demais ciências
desenvolveram-se rapidamente, destacando-se os estudos sobre o DNA e da
Genética.
Atualmente, em virtude do desenvolvimento tecnológico, as discussões
na área da bioética ganham destaque, uma vez que os limites da produção
humana são extrapolados, gerando conflitos de ideias e princípios morais e
éticos, abrindo espaço para novas discussões entre ciência, tecnologia e
sociedade.
Como disciplina escolar a biologia somente ganhou destaque na década
de l930, quando os fatores sociais e econômicos relacionaram-se à aplicação
dos conhecimentos biológicos.
OBJETIVOS GERAIS
O principal objetivo do estudo da Biologia é a compreensão do
fenômeno da vida em toda sua diversidade de manifestações e todas as
transformações que ocorram no tempo e no espaço. É o domínio do
conhecimento científico que garante o entendimento dos fenômenos
pertinentes ao nosso cotidiano e também os limites e possibilidades da ciência.
Também é de vital importância que o estudo da Biologia possibilite a
compreensão do mundo, suas teorias e transformações em cada momento
histórico e social.
A Biologia deve ajudar na compreensão da biotecnologia, dos avanços
científicos e suas implicações éticas e morais que podem, então, transformar
vidas. Seu estudo deve proporcionar o mínimo de conhecimento para que,
cidadãos, possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas na sociedade.
Finalmente, a Biologia deve proporcionar condições de reflexão sobre o
papel do homem na natureza, sua atuação na realidade, sua ação responsável
consigo, com o outro e com o ambiente.
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CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Organização dos Seres Vivos
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
Sistemas Biológicos
Classificação dos Seres Vivos
Teorias evolutivas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1. Introdução ao Estudo da Biologia - histórico
2. Características Gerais dos Seres Vivos - metabolismo
3. Origem da vida
4. Célula procariótica e eucariótica (animal e vegetal)
5. Histologia Animal – anatomia, morfologia e fisiologia dos diferentes tecidos
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Mecanismos Biológicos
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
Sistemas Biológicos
Mecanismos de desenvolvimento embrionário
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1. Fotossíntese (cloroplastos)
2. Respiração Celular (mitocôndria)
3. Transporte de Substâncias na Célula (membranas)
4. Produção de proteínas e lipídios (ribossomo, complexo golgiense, retículo
68
endoplasmático)
5. Divisão Celular
6. Reprodução
Assexuada e sexuada
Humana (aparelho reprodutor feminino e masculino e hormônios)
Gametogênese
Fecundação
7. Embriologia Básica
8. Sexualidade
Ciclo menstrual e gravidez
Métodos anticoncepcionais e aborto
Controle de natalidade
Doenças sexualmente transmissíveis – DSTs
Drogas
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a
interdependência com o ambiente
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1. Equilíbrio Biológico
produtores
consumidores
decompositores
teia e cadeia alimentar (matéria e energia)
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Manipulação Genética
CONTEÚDO BÁSICO:
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Organismos geneticamente modificados
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1. Programa de Saúde
Saúde
Higiene
Imunidade ativa e passiva
2. Célula Tronco
3. Clonagem
4. Câncer
5. Biotecnologia
2ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Organização dos Seres Vivos
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Classificação dos seres vivos: critérios taxionômicos e filogenéticos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1. Classificação dos Seres Vivos
Categorias taxionômicas e nomenclatura
Reinos (introdução)
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Mecanismos Biológicos
CONTEÚDO BÁSICO:
Sistemas Biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1. Vírus
Características gerais
Viroses
2. Reino Monera
Características gerais
Bacterioses
3. Reino Protista
Características gerais
Protozooses
4. Reino Fungi
Características gerais
Doenças causadas por fungos
5. Reino Plantae
Características gerais
Algas vegetais
Briófitas
Pteridófitas
Gimnospermas
Angiospermas
Mecanismos biológicos:
o organologia ( raiz, caule, folha, flor fruto e semente)
Histologia vegetal
o tecidos meristemáticos
o tecidos permanente
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a
interdependência com o ambiente
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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1. Ciência e Saúde
Doenças Parasitárias Humanas (sintomas, transmissão e profilaxia)
2. Plantas e propriedades terapêuticas
3.Conservação da Fauna e Flora
desequilíbrio ambiental urbano e rural
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Manipulação Genética
CONTEÚDO BÁSICO:
Organismos geneticamente modificados
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Teorias Científicas e Biológicas
3ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Organização dos Seres Vivos
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
Sistemas Biológicos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1. Fundamentos para o Estudo da Genética
Histórico
Hereditariedade (análise do DNA)
Divisão celular
Células somáticas e sexuais
Cromossomos (autossomos e heterossomos)
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Cariótipo e genoma
2. Primeira Lei de Mendel
Monoibridismo com dominância
Monoibridismo sem dominância
Co-dominância
Genes letais
Expressividade e penetrância
3. Segunda Lei de Mendel
Experimentos de Mendel
Polialelia
Sistema ABO e grupos sangüíneos
Interação gênica
Herança quantitativa ou poligênica
Pleiotropia
Herança genética e sexo
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Mecanismos Biológicos
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
Sistemas Biológicos
Teorias evolutivas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1. Origem da Vida e Evolução
Experimentos de Redi e Pasteur
Panspermia cósmica, hipótese autotrófica e heterotrófica
Evidências da evolução
Teorias sobre a evolução
o Lamarckismo
o Darwinismo
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o Neodarwinismo ou mutacionismo
o Evolução da espécie humana
2. Fisiologia Animal
Sistemas
digestório
respiratório
circulatório
excretor
muscular
ósseo
nervoso
endócrino
Órgãos do sentido
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a
interdependência com o ambiente
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1. Ecologia
Componentes de um ecossistema
Habitat e nicho ecológico
Fluxo de energia e matéria
Ciclos biogeoquímicos
Relações ecológicas
Dinâmica populacional
Biomas terrestres e aquáticos
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Manipulação Genética
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CONTEÚDOS BÁSICOS:
Organismos geneticamente modificados
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1. Engenharia genética, biotecnologia e bioética
2. Transgênicos e clonagem
3. Radioatividade
4. Doenças hereditárias, congênitas e adquiridas
5. Fatores de desequilíbrio ecológico
agrotóxicos, reflorestamento, agricultura impactante, extração de areia,
lixo, mananciais, queimadas, áreas de preservação ambiental
6. Ciência e Saúde
aditivos químicos
radicais livres
câncer, depressão, hipertensão, diabete
distúrbios alimentares
hormônios e alimentos
anabolizantes
7. Pesquisas Científicas e Biológicas
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da vida significa
pensar em uma ciência em transformação, onde conceitos e teorias são
elaboradas em cada momento histórico e social. Não havendo dúvidas,
também, de que as aplicações práticas do conteúdo proporcionam um melhor
aprendizado dos conceitos. Entretanto, é preciso permitir a participação do
aluno e não apenas tê-lo como observador passivo.
O ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou a
percepção de sua relação com as ideias discutidas em aula é levar os alunos à
reflexão sobre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo permitindo que o
professor perceba as dúvidas de seus alunos.
75
A maior dificuldade encontrada pelo professor é o ―como ensinar‖, ou
seja, qual a metodologia mais adequada que deve ser utilizada pelo educador
para que haja uma real apropriação do conhecimento vivenciado com os
conteúdos estruturantes, possibilitando maior aproximação entre escola e
comunidade.
Por isso, é importante considerar o conhecimento alternativo dos alunos
na introdução do conhecimento científico, não deixando de lado a aula
dialogada, a escrita, onde o aluno possa interpretar e criar; além da utilização
de vídeos, textos, computador, transparências e jogos que podem contribuir
para uma leitura mais crítica dos conteúdos propostos.
As atividades práticas e as demonstrações devem ser utilizadas, porém
sempre como uma interpretação da realidade, sendo as teorias e hipótese
consideradas provisórias, visto as transformações que ocorrem ao logo do
tempo.
Outra possibilidade para integrar conhecimentos, é o estudo do meio
ambiente, em praças, parques, bosques, rios, hortas, mercados, onde a
relação homem-natureza possa ser melhor analisada e compreendida.
Propõem-se, então, trabalhar os seguintes aspectos:
Organização dos Seres Vivos
Para o entendimento desse conteúdo estruturante propõe-se uma
apresentação descritiva dos seres vivos. Além disso, faz-se necessário uma
comparação das estruturas anatômicas e comportamentais dos seres com
discussão entre critérios utilizados por Liné até a atualidade.
Mecanismos Biológicos
Este conteúdo fundamenta-se na explicação dos fenômenos biológicos
sob as idéias do método científico. Para melhor compreensão do assunto
torna-se necessário um aprofundamento do conhecimento objetivo para que
se compreenda os seres vivos de modo integrado com os demais
componentes do meio.
Biodiversidade
A metodologia do ensino deste conteúdo estruturante caracteriza a
diversidade da vida como um conjunto de processos organizados e
fundamentados no paradigma evolutivo. Portanto, deve-se considerar e
76
refletir sobre as contribuições de Lamarck e Darwin para superar as idéias
ficcista. Pretende-se a superação das concepções alternativas dos alunos,
com a aproximação das concepções científicas, genética, evolução e
ecologia, como forma de explicar a diversidade dos seres vivos.
Manipulação Genética
Pretende-se neste conteúdo, propiciar uma análise sobre as implicações
dos avanços biológicos para o desenvolvimento da sociedade, principalmente
no que diz respeito a manipulação genética.
A problematização dos assuntos relacionados, partindo de uma
provocação e mobilização dos alunos na busca pelo conhecimento e na
resolução de problemas é uma possibilidade metodológica a ser adotada, pois
possibilita a participação mais crítica na sua atuação social.
Os conteúdos estruturantes não são independentes da forma pelo qual
são apresentados, então devemos utilizar critérios pedagógicos na seleção da
metodologia a ser utilizada para que eles sejam trabalhados e compreendidos
de forma integrada no decorrer do Ensino Médio.
―Trabalhar participativamente significa estar num grupo no processo de
construção de suas ideias e de sua prática, de tal modo, que todos estejam
caminhando no mesmo rumo, com cada pessoa e cada conjunto menor de
pessoas realizando suas tarefas próprias. Isto quer dizer que cada um traz
suas idéias, sua paixão, seus anseios e suas dificuldades e todos juntos vão
organizando este tesouro e decidindo sobre ele a cada momento‖ (GANDIN,
1994).
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem deve constituir-se em instrumentos da qual
se possa ter condições de saber se houve e, em que medida aconteceu, a
apropriação do conhecimento e para isso é necessário observar:
Como interagiu durante a verificação do conhecimento prévio e da
exposição do conteúdo científico?
Que tentativas o aluno fez para realizar a atividade proposta?
77
Que dúvidas manifestou?
Revelou progresso em relação ao ponto que estava?
A partir dessa observação permite ao educador reconhecer se há
necessidade de adequar os métodos para a transmissão e assimilação de
conhecimentos, pois ela deve ser vista como: diagnóstica, formativa e
somativa, na qual o professor se auto-avalia, também avalia a aprendizagem
do aluno.
Enfim, é preciso acompanhar o desenvolvimento e observar a evolução
do educando, refletindo sempre sobre as formas pedagógicas.
A avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem, que
deve ser considerado em direta associação com as atividades, relacionadas
aos objetivos a serem abordados durante o trimestre. Ela informa ao professor
o que foi aprendido pelo estudante, seus avanços, suas dificuldades e
possibilidades; encaminha o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua
prática educativa e, desse modo, orienta o ajuste de sua intervenção
pedagógica para que o mesmo aprenda. Possibilita também à equipe escolar
definir prioridades em suas ações educativas.
Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, a
avaliação se inicia quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos
prévios e continua a se evidenciar durante toda a situação escolar, assim o que
constitui a avaliação no final de um período de trabalho é o resultado tanto de
um acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor como de
momentos específicos de ―formalização‖, ou seja, a demonstração de que as
metas de formação de cada etapa foram alcançadas.
Coerentemente com a concepção de conteúdos e com os objetivos
propostos, a avaliação deve considerar o desenvolvimento da capacidade dos
estudantes com relação à aprendizagem não só de conceitos, mas também de
procedimentos e de atitudes. Dessa forma, é fundamental que se utilizem
diversos instrumentos e situações para poder avaliar diferentes aprendizagens.
Para que a avaliação seja feita em clima afetivo e cognitivo propício para o
processo de ensino e aprendizagem, os critérios de avaliação necessitam estar
explícitos e claros tanto para o professor como para os estudantes.
No decorrer do ano letivo serão realizadas autoavaliações, por parte dos
78
alunos e professores, que orientarão a continuidade da prática pedagógica ou
redimensionamento, tomando medidas coerentes aos objetivos propostos na
disciplina, estabelecendo parâmetros para uma avaliação mais competente,
tornando possível um maior desenvolvimento do indivíduo que esta nos
avaliando, neste caso, o aluno. Desse modo, a avaliação deve ser um
processo contínuo e sistemático, constante e planejado, fornecendo retorno ao
professor e permitindo a recuperação do aluno na apropriação dos
conhecimentos. Se o aluno não atingiu os objetivos propostos será ofertada a
recuperação de conteúdos, dando-o uma nova oportunidade para demonstrar o
seu aprendizado.
Em Biologia, são muitas as formas de avaliação possíveis: individual e
coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por um lado,
a observação sistemática durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos
estudantes, as respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, de
pesquisas, de filmes, de experimentos, os desenhos de observação etc., por
outro lado, as atividades específicas de avaliação, como comunicações de
pesquisa, participação em debates, relatórios de leitura, de experimentos e
testes dissertativos ou de múltipla escolha.
Os testes dissertativos e de múltipla escolha, servem para verificar a
capacidade de entendimento do conteúdo científico pelo aluno, além da leitura,
interpretação e respostas coerentes.
Os trabalhos de pesquisa bibliográfica, individual ou em equipe, com
apresentação oral ou não, serão organizados conforme o andamento do
conteúdo no momento da escolha do tema, sendo relevante a presença de
introdução, desenvolvimento, conclusão, bibliografia, coerência com o tema e,
no caso, de ser em equipe, a socialização da mesma. A resolução de questões,
quando solicitada, será extra-classe, sendo posteriormente avaliadas e
explicadas em caso de dúvidas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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79
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81
6. CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
No Ensino Fundamental ensinar ou aprender Ciências é algo complexo,
mas dinâmico e desafiador, pois envolve um conjunto de áreas afins, que se
somam para explicar os fenômenos naturais: físicos, químicos e biológicos.
O ensino de Ciências desempenha um papel importante na
aprendizagem da criança, permitindo o conhecimento do mundo por meio de
observações, problematizações, experimentações e descobertas que possam
auxiliá-las posteriormente na resolução de situações problemas. São essas
situações que permitem ao aluno, construir o conhecimento científico e exercer
sua cidadania.
De acordo com Kneller (1980) e Fourez (1995), apud PARANÁ, 2008,
modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a
respeito de fenômenos resultantes das relações entre os elementos
fundamentais que compõem a natureza. Muitas vezes, esses modelos são
utilizados como paradigmas, leis e teorias.
Nesse sentido, refletir sobre a ciência implica em considerar como uma
construção coletiva produzidas por um grupo de pesquisadores e instituições
num determinado contexto histórico, num cenário sócio- econômico,
tecnológico, cultural, religioso ético e político.
O ensino de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento
científico que resulta da investigação da natureza, desenvolvendo um
importante papel na busca dos porquês, permitindo ao aluno descobrir as
respostas por meio de observações, experimentações, utilizando-se de todos
os sentidos.
Precisamos através do ensino de Ciências, fazer com que o aluno possa
experimentar, ver, tocar, cheirar, provar. Para tanto, é preciso criar outros
espaços de aprendizagem, incluindo aí o seu entorno, onde poderá
complementar o aprendizado em sala de aula. Através da explicação da
realidade, a Ciência pressupõe um método que não é único, nem permanece
inalterado, pois reflete o momento histórico em que o conhecimento foi
82
produzido, as necessidades materiais da humanidade, a movimentação social
para entendê-las, o grau de desenvolvimento da tecnologia, as ideias e os
saberes previamente elaborados.
Desde a pré-história, o homem vem usando os recursos naturais de
maneira que sua vida seja favorecida e a cada período da história, esse uso
vem sendo aprimorado.
Assim, o avanço tecnológico contribuiu para suprir as necessidades
humanas, impondo-se e transformando o comportamento individual e social.
Com isso, prever os efeitos das tecnologias é tão ou mais importante que
conhecer de antemão suas capacidades, pois os resultados das
transformações que o mundo está sujeito podem ser imprevisíveis, podendo ter
benefícios, custos e riscos inesperados.
Portanto, faz-se necessário orientar os alunos, para que, possam como
cidadãos, tomarem decisões sobre o uso de tecnologias, incentivando-os a
uma postura questionadora face às mesmas. Para isso, os alunos devem
dispor de informações e orientações para analisarem essas inovações sobre
um ponto de vista político, sócio-ambiental e ético.
Dessa maneira, através do ensino de Ciências, o aluno poderá entender
melhor o mundo em que vive refletir sobre a natureza e a sociedade. Além de
que, poderá desenvolver uma consciência preservacionista, que considere a
complexidade das relações entre os seres vivos e o ecossistema,
compreendendo perfeitamente os processos de transformações, ocorridos ao
longo da história, para que o aluno através destes saberes fundamentai seja
capaz de organizar teoricamente os campos de estudos da disciplina de
Ciências no Ensino Fundamental: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos,
Energia e Biodiversidade.
Ao longo da história, a Ciência vem sofrendo alterações de acordo com
o momento histórico, político e social. Trazendo junto com esses momentos as
inovações e descobertas, fazendo com que a forma em que vemos a Ciência
mude de acordo com a necessidade que temos no determinado tempo
histórico.
Como princípio destas grandes descobertas, tem o fogo como um marco
histórico, não só da Ciência, mas da humanidade, passando a apresentar a
83
necessidade de cozer os alimentos. Após, aproximadamente dez mil anos atrás
o homem passa de coletor e caçador para agricultor, passando a cultivar a terra
e criar animais.
A partir do século XI e XIII, as Cruzadas fazem seu papel histórico na
disseminação da cultura e da ciência entre o oriente e o ocidente. Em meados
do século XI e XVI ocorre a renascença das grandes navegações e o
aparecimento de grandes pensadores e pesquisadores. As navegações
promovem o conhecimento da Biologia dentro da botânica e da zoologia. E nas
áreas de Química a descoberta da pólvora, dentro da Física o magnetismo,
mecânica e óptica. Entre os grandes pensadores estão Leonardo da Vinci,
conhecedor das áreas de anatomia, hidráulica, óptica, botânica, geologia,
arquitetura, matemática engenharia e filosofia. Nicolau Copérnico (1473 -
1543), defendendo o Heliocentrismo, assim como Galileu Galilei (1564 - 1662).
O francês Bacon (1561 - 1626) criou a ciência experimental através do método
científico. Isaac Newton (1642 -1727) determinou as Leis do: Movimento e a
natureza como algo regular e previsível. Sendo que as obras filosóficas e
históricas passam a ser influenciadas pela ciência de Galileu e Newton.
(PARANÁ, 2008, p. 44).
No século XVIII o químico francês Antoine Laurent Lavoisier (1743 -
1793) faz a transmissão definitiva da alquimia para a química, publicando
"Tratado Elementar de Química". (PARANÁ, 2008, p. 46)
Como sempre, as mudanças sociais têm influência no pensamento e na
ação da ciência, na Revolução Industrial não seria diferente, instalou-se nesta
época a controvérsia, aperfeiçoa-se as técnicas de desenvolvimento e
tecnologias para a indústria.
A consolidação da ciência acontece no século XIX evidenciando as
relações entre homem-homem e homem-natureza, sendo que o homem
começa a entender que pode interagir e interferir nas condições de vida e
natureza. Nessa fase de descoberta temos alguns grandes avanços na área
biológica através de Charles Darwin com seu livro "A Origem das Espécies"
(1859) mudou o pensamento a favor da evolução através da seleção natural. O
monge e botânico Gregor Johann Mendel (1822-1884) descobre os princípios
da hereditariedade, constituintes dos conhecimentos da genética. (PARANÁ,
84
2008, p.46).
Finalmente, chega o século XX e a ciência passa a contribuir com a
humanidade lançando mão de grandes vôos, bem, talvez nem tanto grande
assim, mas foi o primeiro vôo de um avião (1906), passando pelos avanços da
química, física e biologia, até o lançamento de satélites e o homem que
caminha pela Lua. Apesar desses avanços o homem também usa a tecnologia
e o conhecimento para a destruição, promovendo guerras atômicas e
biológicas que trazem juntos com as inovações tristezas e dor. (PARANÁ,
2008)
Ao longo dessas descobertas, quando surgiu a necessidade de ensinar
as crianças sobre estas descobertas para formar novos pensadores e
pesquisadores é que a ciência tornou-se área de conhecimento e entrou para
os currículos escolares. No início tinha-se como grande ênfase à utilização de
termos difíceis, com sentido complexo e com radicais gregos e latinos, fazendo
com que a magia da descoberta e do interesse do saber fosse substituído por
antipatia pela disciplina. Esse ensino tradicional nem sempre correspondia ao
que o aluno vinha buscar na escola, ou seja, não supria a necessidade do
conhecimento construído, recebia tudo pronto, como se não existisse outra
verdade, aquele era o saber absoluto.
Como tentativa de mudar este pensamento, as mudanças na disciplina
de Ciências fez com que se pensasse em uma nova forma de ensinar a
ciência. Passando, portanto a ver também a individualidade do aluno e tudo
que o cerca.
Nesta nova forma de ver a ciência temos consciência, principalmente,
que ela não é um produto pronto, mas que está em constante mudança. Novas
descobertas estão sendo introduzidas à visão de mundo, à crítica a estes
novos conhecimentos. Acreditamos que um dos grandes motivos desta
mudança, seja a necessidade de inserir o conhecimento científico no cotidiano
de nossos alunos, suas experiências, e principalmente descobrir nesse aluno
seu lado crítico diante da sociedade, da política e da economia que estão
inseridos.
85
CONTEÚDOS
6º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
Astronomia Universo
Sistema solar
Movimentos celestes
Movimentos terrestres
Astros
Matéria Constituição da matéria
Sistemas Biológicos Níveis de Organização celular
Energia Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
Biodiversidade Organização dos seres vivos
Ecossistema
Evolução dos seres vivos
7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
Astronomia
Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Matéria
Constituição da matéria
Sistemas Biológicos Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
86
Energia Formas de energia
Transmissão de energia
Biodiversidade Origem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
Astronomia Origem e evolução do universo
Matéria Constituição da matéria
Sistemas biológicos Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Energia Formas de energia
Biodiversidade Evolução dos seres vivos
9º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia Astros
Gravitação universal
Matéria Propriedades da matéria
Sistemas biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
Energia Formas de energia
Conservação de energia
Biodiversidade Interações Ecológicas
87
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Para o ensino de Ciências, compreender os fenômenos biológicos,
físicos e químicos, significa pensar em uma ciência em transformação, onde
conceitos e teorias são elaborados em cada momento histórico e social. Não
havendo dúvidas, também, de que as aplicações práticas do conteúdo
proporcionam um melhor aprendizado dos conceitos científicos. Entretanto, é
preciso permitir a participação do aluno e não apenas tê-lo como observador
passivo.
O ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos
científicos ou a percepção de sua relação com as idéias discutidas em aula é
levar os alunos à reflexão sobre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo
permitindo que o professor perceba as dúvidas de seus alunos.
A maior dificuldade encontrada pelo professor é o ―como ensinar‖, ou
seja, qual a metodologia mais adequada que deve ser utilizada pelo educador
para que haja uma real apropriação do conhecimento vivenciado com os
conteúdos estruturantes e consequentemente com o conhecimento científico.
Por isso, é importante considerar as idéias primitivas dos alunos na
introdução do conhecimento científico, não deixando de lado a aula dialogada,
a escrita, onde o aluno possa interpretar e criar, além da utilização de vídeos,
textos, computador, transparências e jogos que podem contribuir para uma
leitura mais crítica dos conteúdos propostos.
As atividades práticas e as demonstrações devem ser utilizadas, porém
sempre como uma interpretação da realidade, sendo que as teorias e hipótese
devem ser consideradas provisórias, visto às transformações que ocorrem ao
logo do tempo.
Outra possibilidade para integrar conhecimentos, é o estudo do meio
ambiente, em praças, parques, bosques, rios, hortas, mercados, onde a
relação homem-natureza possa ser melhor analisada e compreendida.
Usar a problematização, a hipótese, o diálogo para construir o
conhecimento e a descoberta, valorizar esta descoberta como um
conhecimento construído pelo aluno e seu coletivo, ou seja, ambiente escolar,
88
família e comunidade em que vive. Permeando todo o currículo abordar-se-á os
desafios contemporâneos da educação: Prevenção ao Uso indevido de drogas,
Educação Fiscal, Educação Ambiental,
A proposição dos conteúdos estruturantes na disciplina de Ciências
sugere inicialmente, a possibilidade de selecionar conteúdos específicos. Outra
possibilidade, igualmente importante, é relacionar os diversos conhecimentos
específicos entre si e com outras áreas de conhecimento, proporcionando
reflexão constante sobre as mudanças conceituais em decorrência de questões
emergentes.
A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no
entendimento de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares
quando lhes atribui significados como elemento central do processo ensino-
aprendizagem.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem deve constituir-se em instrumentos da qual
se possa ter condições de saber se houve e, em que medida aconteceu, a
apropriação do conhecimento e para isso é necessário observar:
Como interagiu durante a verificação do conhecimento prévio e da
exposição do conteúdo científico?
Que tentativas o aluno fez para realizar a atividade proposta?
Que dúvidas manifestou?
Revelou progresso em relação ao ponto que estava?
A partir dessa observação permite ao educador reconhecer se há
necessidade de adequar os métodos para a transmissão e assimilação de
conhecimentos; pois ela deve ser vista como: diagnóstica, formativa e
somativa, na qual o professor se auto-avalia, também avalia a aprendizagem
do aluno.
É preciso que os professores se envolvam numa análise crítica que
considere a avaliação em Ciências, um instrumento de aprendizagem que
forneça um feedback adequado para promover o avanço dos alunos.
89
Enfim, é preciso acompanhar o desenvolvimento e observar a evolução
do educando, refletindo sempre sobre as formas pedagógicas.
A avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem que
deve ser considerada em direta associação com as atividades, relacionadas
aos objetivos a serem abordados durante o bimestre. Ela informa ao professor
o que foi aprendido pelo estudante seus avanços, suas dificuldades e
possibilidades; encaminha o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua
prática educativa e, desse modo, orienta o ajuste de sua intervenção
pedagógica para que o mesmo aprenda. Possibilita também à equipe escolar
definir prioridades em suas ações educativas.
Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, a
avaliação se inicia quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos
prévios e continua a se evidenciar durante toda a situação escolar, assim o que
constitui a avaliação no final de um período de trabalho é o resultado tanto de
um acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor como de
momentos específicos de ―formalização‖, ou seja, a demonstração de que as
metas de formação de cada etapa foram alcançadas.
Coerentemente com a concepção de conteúdos e com os objetivos
propostos, a avaliação deve considerar o desenvolvimento da capacidade dos
estudantes com relação à aprendizagem.
Avaliar implica um processo, cuja finalidade é obter informações
necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica, para nela
interferir e reformular os processos de ensino e aprendizagem. Pressupõem-se
uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento da sua
aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.
A avaliação deve ser um processo contínuo e sistemático, constante e
planejado, fornecendo retorno ao professor e permitindo a recuperação do
aluno na apropriação dos conhecimentos. Se o aluno não atingiu os objetivos
propostos, será realizada a recuperação de conteúdos, dando-o uma nova
oportunidade para demonstrar o seu aprendizado.
Em Ciências, são muitas as formas de avaliação possíveis: individual e
coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por um lado,
a observação sistemática durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos
90
estudantes, as respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, de
pesquisas, de filmes, de experimentos, os desenhos de observação e por outro
lado, as atividades específicas de avaliação, como comunicações de pesquisa,
participação em debates, relatórios de leitura, de experimentos e testes
dissertativos ou de múltipla escolha.
Os testes dissertativos e de múltipla escolha serve para verificar a
capacidade de entendimento do conteúdo científico pelo aluno, além da leitura,
interpretação e respostas coerentes. Os trabalhos de pesquisa bibliográfica,
individual ou em equipe, com apresentação oral ou não, serão organizados
conforme o andamento do conteúdo no momento da escolha do tema; sendo
relevante a presença de introdução, desenvolvimento, conclusão, bibliografia,
coerência com o tema e, no caso, de ser em equipe, a socialização da mesma.
A resolução de questões, quando solicitado, será extra-classe sendo
posteriormente avaliadas e explicadas em caso de dúvidas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ART, Henry W. et ali. Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais. Rio Claro/ Unesp, São Paulo: Melhoramentos,1998. BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei n.9394/96. Brasília: MEC, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2011. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica: Ciências. Curitiba, SEED, 2008.
91
7. EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Educação Física, visa oportunizar aos alunos
participantes, melhorar a socialização criando atividade física de lazer, esporte,
cultura e conhecimento, resgatando o aluno para busca da sua própria
identidade dentro dos conteúdos trabalhados nesta disciplina.
A Educação Física passou por várias etapas e reformas visando no início
um regime militar. O importante era a formação do homem que serviria ao
projeto do Brasil.
A disciplina estava, então, ligada a aptidão física, considerada
importante para o desenvolvimento da capacidade produtiva da classe
trabalhadora e ao desporto, pela intenção de tornar o país uma potência
olímpica.
Mais tarde a Educação Física teve como tarefa construir corpos
saudáveis e dóceis que permitissem uma melhor adaptação dos sujeitos ao
processo produtivo, tendo como referência o conhecimento científico.
Em meados dos anos 80, já pode falar não só de uma comunidade
científica na Educação Física, mas também da delimitação de tendências ou
correntes, suscitando os primeiros debates voltados a uma criticidade.
OBJETIVOS
Possibilitar aos alunos a vivência sistematizada de conhecimentos,
habilidade da cultura corporal, enfocado numa postura crítica, no sentido
de promover a prática intencional e permanente, que considere o lúdico
e o processo sócio comunicativo, na perspectiva do lazer da formação
cultural e da manutenção da qualidade de vida.
Compreender a cultura corporal do movimento e expressividades como
instrumento de aprendizagem, interação e de expressão de afetos,
sentimentos e emoções nas manifestações de lutas, jogos, danças e
92
esportes. Reconhecendo e respeitando características físicas e morais
de si próprios e dos outros sem discriminar por características pessoais,
físicas, sexuais, econômicas e étnicas-raciais, dentro do contexto social
e escolar.
Ofertar atividades que promovam oportunidades para divertimento,
desafios, auto-expressão e interação social.
Promover, a partir de jogos de movimentos e exercitações, a educação
integral e também o desenvolvimento cognitivo e motor dos alunos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esportes
Jogos e brincadeiras
Dança
Ginástica
Lutas
CONTEÚDOS
6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ESPORTE
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Coletivos e
individuais
Voleibol,
basquetebol,
handebol, futsal,
tênis de mesa,
futebol suíço,
atletismo.
Pesquisar e
discutir questões
históricas dos
esportes como:
sua origem,
evolução, contexto
atual. Propor a
vivência de
atividades pré
Espera-se que o
aluno possa
conhecer as
diferenças de
cada esporte, sua
relação com jogos
populares, seus
fundamentos,
noções básicas
93
desportivas no
intuito de
possibilitar o
aprendizado dos
fundamentos
básicos dos
esportes.
das regras.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: JOGOS E BRINCADEIRAS
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Jogos e
brincadeiras
populares,
brincadeiras e
cantigas de roda,
jogos de tabuleiro
e jogos.
Cooperativos
Xadrez,
damas, trilha, uno,
bets, frescobol,
resta um, gato e o
rato,
caranguejobol,
atirei o pau no
gato, ciranda
cirandinha,
escravos de jó,
adoletá, capelinha
de melão, dança
da cadeira,
volençol, tato
contato, imitação,
mímica e
improvisação.
Possibilitar a
vivência e
confecção de
brinquedos, jogos
e brincadeiras
com e sem
materiais
alternativos.
Fazendo e
descobrindo
brincadeiras e
brinquedos.
Reconhecer e
vivenciar o lúdico
a partir da
construção de
brinquedos com
materiais
alternativos bem
como se apropriar
efetivamente das
diferentes formas
de jogar.
94
CONTEÚDO ESTRURANTE: DANÇA
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Danças folclóricas,
danças de rua, e
danças criativas.
Danças regionais
e cultura local,
Quadrilha, dança
de fitas, entre
outras.
Contextualizar a
dança e vivenciar
movimentos que
envolvam a
expressão
corporal e o ritmo.
Conhecimento
sobre a origem e
alguns
significados das
diferentes danças
e vivenciar o
lúdico a partir de
músicas.
CONTEÚDO ESTRURANTE: GINÁSTICA
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Ginástica rítmica,
circense e geral
Solo, corda, bola,
fita,
alongamentos,
malabares.
Aprender e
vivenciar os
movimentos
básicos da
ginástica,
pesquisar a
cultura do circo e
estimular a
ampliação da
consciência
corporal.
Aprender sobre as
posturas e
elementos
ginásticos.
Conhecer os
aspectos
históricos da
ginástica.
95
CONTEÚDO ESTRURANTE: LUTAS
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Lutas de
aproximação e
Capoeira
Capoeira angola e
regional
Pesquisar origem
e histórico das
lutas.
Apresentação e
experimentação
da música e sua
relação com a
luta.
Conhecer e
entender as lutas
e suas práticas
corporais assim
como alguns de
seus movimentos
característicos.
7º ANO
CONTEÚDO ESTRURANTE: ESPORTE
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Coletivos e
individuais
Voleibol,
basquetebol,
handebol, futsal,
tênis de mesa,
futebol suíço,
atletismo.
Pesquisar e
discutir questões
históricas dos
esportes como:
sua origem,
evolução, contexto
atual. Propor a
vivência de
atividades pré
desportivas no
intuito de
possibilitar o
aprendizado dos
fundamentos
Espera-se que o
aluno possa
conhecer as
diferenças de
cada esporte, sua
relação com jogos
populares, seus
fundamentos,
noções básicas
das regras.
96
básicos dos
esportes.
CONTEÚDO ESTRURANTE: JOGOS E BRINCADEIRAS
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Jogos e
brincadeiras
populares,
brincadeiras e
cantigas de roda,
jogos de tabuleiro
e jogos
cooperativos
Xadrez,
damas, trilha,
resta um, gato e
rato, caranguejo,
atirei o pau no
gato, ciranda
cirandinha,
escravos de jó,
adoleta, capelinha
de melão, dança
da cadeira,
voleilençol, tato
contato, imitação,
mímica,
improvisação.
Possibilitar a
vivência e
confecção de
brinquedos, jogos
e brincadeiras
com e sem
materiais
alternativos.
Reconhecer e
vivenciar o lúdico
a partir da
construção de
brinquedos com
materiais
alternativos bem
como se apropriar
efetivamente das
diferentes formas
de jogar.
CONTEÚDO ESTRURANTE: DANÇA
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Danças folclóricas,
danças circulares
danças de rua, e
danças criativas.
Quadrilha, dança
de fitas, funk.
Contextualizar a
dança e vivenciar
movimentos que
envolvam a
expressão
corporal e o ritmo.
Conhecimento
sobre a origem e
alguns
significados das
diferentes danças
e vivenciar o
97
lúdico a partir de
músicas.
CONTEÚDO ESTRURANTE: GINÁSTICA
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Ginástica rítmica,
circense e geral
Solo, corda, bola,
fita,
alongamentos,
malabares.
Aprender e
vivenciar os
movimentos
básicos da
ginástica,
pesquisar a
cultura do circo e
estimular a
ampliação da
consciência
corporal.
Aprender sobre
as posturas e
elementos
ginásticos.
Conhecer os
aspectos
históricos da
ginástica, lutas e
das práticas
corporais assim
como alguns de
seus movimentos
característicos.
CONTEÚDO ESTRURANTE: LUTAS
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Lutas de
aproximação e
Capoeira
Capoeira angola
e regional
Pesquisar origem
e histórico das
lutas.
Apresentação e
experimentação
da música e sua
Conhecer os
aspectos
históricos das
lutas e suas
práticas
corporais, assim
98
relação com a
luta.
como alguns de
seus movimentos
característicos.
8º ANO
CONTEÚDO ESTRURANTE: ESPORTE
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Coletivos,
individuais e
radicais
Voleibol,
basquetebol,
handebol, futsal,
tênis de mesa,
futebol suíço,
atletismo, skate,
surf.
Pesquisar e
discutir questões
históricas dos
esportes como:
sua origem,
evolução,
contexto atual.
Propor a vivência
de atividades pré
desportivas no
intuito de
possibilitar o
aprendizado dos
fundamentos
básicos dos
esportes.
Espera-se que o
aluno possa
conhecer as
diferenças de
cada esporte, sua
relação com
jogos populares,
seus
fundamentos,
noções básicas
das regras.
CONTEÚDO ESTRURANTE: JOGOS E BRINCADEIRAS
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
AVALIAÇÃO
99
METODOLÓGICA
Jogos e
brincadeiras
populares, jogos
de tabuleiro e
jogos
cooperativos,
jogos dramáticos
Xadrez, damas,
trilha, resta um,
imitação, mímica,
improvisação,
amarelinha, mãe
pega, stop, bets,
peteca, corrida do
saco, elástico,
queimada, polícia
e ladrão.
Recorte histórico
delimitando
tempos e espaços,
nos jogos,
brincadeiras,
brinquedos,
tempos e espaços.
Reconhecer e
vivenciar o lúdico
a partir da
construção de
brinquedos com
materiais
alternativos bem
como apropriar-se
efetivamente das
diferentes formas
de jogar.
CONTEÚDO ESTRURANTE: DANÇA
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Danças circulares
e danças criativas.
Folclóricas,
sagradas,
contemporâneas,
atividades de
expressão
corporal.
Contextualizar a
dança e vivenciar
movimentos que
envolvam a
expressão
corporal e o ritmo.
Conhecimento
sobre a origem e
alguns
significados das
diferentes danças
e vivenciar o
lúdico a partir de
músicas.
CONTEÚDO ESTRURANTE: GINÁSTICA
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
100
Ginástica rítmica,
circense e geral
Solo, corda, bola,
fita,
alongamentos,
malabares, vela,
rolamentos,
paradas, estrela,
rodante e ponte.
Aprender e
vivenciar os
movimentos
básicos da
ginástica,
pesquisar a
cultura do circo e
estimular a
ampliação da
consciência
corporal.
Conhecer os
aspectos
históricos da
ginástica, lutas e
das práticas
corporais assim
como alguns de
seus movimentos
característicos
CONTEÚDO ESTRURANTE: LUTAS
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Lutas de
aproximação e
Capoeira
Capoeira angola
e regional
Pesquisar origem
e histórico das
lutas.
Apresentação e
experimentação
da música e sua
relação com a
luta.
Conhecer os
aspectos
históricos das
lutas e suas
práticas
corporais, assim
como alguns de
seus movimentos
característicos.
9º ANO
CONTEÚDO ESTRURANTE: ESPORTES
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
101
Coletivos,
individuais e
radicais
Voleibol,
basquetebol,
handebol, futsal,
tênis de mesa,
futebol suíço,
atletismo, skate,
surf.
Pesquisar e
discutir questões
históricas dos
esportes como:
sua origem,
evolução, contexto
atual. Propor a
vivência de
atividades pré
desportivas no
intuito de
possibilitar o
aprendizado dos
fundamentos
básicos dos
esportes.
Espera-se que o
aluno possa
conhecer as
diferenças de
cada esporte, sua
relação com
jogos populares,
seus
fundamentos,
noções básicas
das regras.
CONTEÚDO ESTRURANTE: JOGOS E BRINCADEIRAS
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
jogos de tabuleiro
e jogos
cooperativos,
jogos dramáticos
Xadrez, damas,
trilha, resta um,
volençol, tato
contato, cadeira
livre, salve-se com
um abraço,
imitação, mímica,
improvisação.
Recorte histórico
delimitando
tempos e espaços,
nos jogos,
brincadeiras,
brinquedos,
tempos e espaços.
Reconhecer e
vivenciar o lúdico
a partir da
construção de
brinquedos com
materiais
alternativos bem
como apropriar-se
efetivamente das
diferentes formas
de jogar.
102
CONTEÚDO ESTRURANTE: DANÇAS
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Danças circulares
e danças criativas.
Folclóricas,
sagradas,
contemporâneas,
atividades de
expressão
corporal.
Aprender e
vivenciar os
movimentos
básicos da
ginástica,
pesquisar a
cultura do circo e
estimular a
ampliação da
consciência
corporal.
Conhecimento
sobre a origem e
alguns
significados das
diferentes danças
e vivenciar o
lúdico a partir de
músicas.
CONTEÚDO ESTRURANTE: GINÁSTICA
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Ginástica rítmica e
geral
Solo, corda, bola,
fita,
alongamentos,
vela, rolamentos,
paradas, estrela,
rodante e ponte.
Aprender sobre as
posturas e
elementos
ginásticos.
Conhecer os
aspectos
históricos da
ginástica, lutas e
das práticas
corporais assim
como alguns de
seus movimentos
característicos.
103
CONTEÚDO ESTRURANTE: LUTAS
CONTEÚDOS
BÁSICO
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Lutas que mantém
a distância e a
capoeira.
Karatê, Capoeira
angola e regional
Pesquisar origem
e histórico das
lutas.
Conhecer os
aspectos
históricos da
ginástica, lutas e
das práticas
corporais assim
como alguns de
seus movimentos
característicos.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esportes
Jogos e brincadeiras
Dança
Ginástica
Lutas.
CONTEÚDOS
1ª, 2ª E 3ª SÉRIES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Coletivos,
individuais e
radicais
Voleibol,
basquetebol,
handebol, futsal,
tênis de mesa,
Analisar a possível relação
entre esporte de
rendimento X qualidade de
vida. Analisar e estudar os
Organizar e
vivenciar
atividades
esportivas,
104
futebol, futebol
suíço, atletismo,
natação, rappel,
rafting, bungee
jumping, skate,
surf.
diferentes esportes, no
contexto social e
econômico, adaptando
regras, sistema tático,
organização de
campeonatos e torneios.
com
diferentes
esportes.
Compreender
a função
social do
esporte.
Jogos de
tabuleiro e
jogos
cooperativos,
jogos
dramáticos
Xadrez, damas,
trilha, resta um,
voleilençol, tato
contato, cadeira
livre, salve-se
com um abraço,
imitação, mímica,
improvisação.
Analisar os jogos e
brincadeiras e suas
possibilidades de fluição
nos espaços e tempos de
lazer.
Compreender
a influencia
da mídia, da
ciência e da
indústria
cultural no
esporte.
Organi
zar atividades
e dinâmicas
de grupos que
possibilitem
aproximação
e considerem
individualidad
es.
Danças
folclóricas, de
salão e danças
de rua.
Quadrilha, dança
da fita, fandango,
frevo, samba de
roda, batuque,
baião, ciranda,
valsa, merengue,
forró, vanerão,
xote, bolero,
tango, funk,
break.
Compreender a dança
como mais uma
possibilidade de expressão
corporal, dramatização e
diversidade cultural.
Conhecer os
diferentes
passos,
posturas,
conduções,
formas de
deslocamento
, entre outros.
105
Ginástica
artística
olímpica,
ginástica de
condicionamen
to físico e
geral.
Solo, salto sobre
o cavalo, barra
fixa, argolas,
paralelas
assimétricas,
alongamentos,
ginástica
aeróbica,
localizada, step,
pilates, pular
corda,
abdominais, vela,
rolamentos,
paradas, estrela,
rodante e ponte.
Analisar a função social da
ginástica e estudar a
relação da ginástica X
sedentarismo e qualidade
de vida.
Discutir sobre
a influência
da mídia da
ciência e da
indústria
cultural na
ginástica.
Compreender
a função
social da
ginástica e
aprofundar a
relação entre
a ginástica e
trabalho.
Lutas com
aproximação,
lutas que
mantêm a
distância e
capoeira.
Judô, Karatê,
taekwondo,
Capoeira angola
e regional
Pesquisar, estudar e
vivenciar as artes marciais
técnicas, táticas,
estratégias, apropriação da
luta pela cultura corporal
entre outros.
Apropriar-se
dos
conhecimento
s a cerca das
lutas como:
diferenciação
de jogo,
dança e luta,
técnica, tática,
estratégias.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Compreender as práticas corporais na escola podendo representar uma
reorientação nas formas de conceber o papel da educação física na formação
106
do aluno. As aulas de Educação Física tornam-se um conjunto de objetos de
investigação que não se esgotam nem nos conteúdos, nem nas metodologias.
O professor em sua prática pedagógica pode problematizar a sua
atuação profissional, delimitar questões sobre as quais se devem pensar com
mais rigor. Isso é muito importante porque não se pode intervir numa realidade
sem a conhecer.
Esta abordagem metodológica encontra sua referência na Pedagogia
Histórica-Crítica, levar do senso comum ao conhecimento científico ou
conhecimento elaborado estando centrada no princípio da igualdade entre os
seres humanos, em termos reais e não formais. Esta metodologia entende a
educação como possibilidade de se alcançar transformações sociais, pois
educação e sociedade se relacionam dialeticamente.
Sendo assim os conteúdos não precisam ser organizados numa
sequência baseada em pré-requisitos, mas sim, abordados segundo o princípio
da complexidade crescente.
A partir destes pressupostos vamos desenvolver o respeito, limites e
conscientização e valorização de si próprio e do seu semelhante, a
hereditariedade de todas as etnias e sua antecedência. Por meio de capoeira,
maculelê, danças típicas e regionais de cada etnia, alimentação, medicina
alternativa, religiosidade, construção de instrumentos de percussão,
trabalhando com vídeos, palestras e entrevistas.
Com relação à inclusão faremos um enfoque quanto a todos os tipos de
inclusão física e social que nos defrontamos no dia-a-dia, visando o respeito e
reconhecimento de todos como seres humanos, com seus ―dons‖ e
particularidades, participantes de um meio social, onde devem ser aceitos,
trabalhados e resgatados para um mundo melhor por meio de vídeos
educativos, palestras e pesquisa de campo.
A reestruturação da metodologia tornou a Educação Física mais
dinâmica e voltada para atividades expressivas e recreativas onde todos com
suas limitações, raça, cor, sexo, podem praticar atividades físicas variáveis
buscando sua identidade corporal baseado em concepções teóricas e práticas
da corporeidade fundamentada nas dimensões culturais, sociais, políticas e
objetivadas no desenvolvimento, ensino e aprendizagem.
107
O esporte enquanto conteúdo escolar deve ser tratado de forma mais
ampla nas aulas de Educação Física, reconhecendo sua condição técnica,
tática, e também no sentido de competição esportiva e deve ser trabalhado
para a coletividade e interação social. Reestruturar rituais, regras, valores,
tempos, espaços, que compõem o trabalho pedagógico que abrangem a
educação do corpo na escola, ministrando aulas teóricas e práticas com todos
os esportes conhecidos, para que os alunos descubram novos esportes e sua
aplicabilidade.
Promover a participação do educando em gincanas recreativas, ,
intercâmbios colegiais, caminhadas ecológicas, lazer e qualidade de vida, além
da participação nos JEP’S (Jogos Escolares do Paraná) .
Os temas dos desafios contemporâneos educacionais poderão ser
abordados através de vídeos, palestras ou pesquisas.
Também através de vídeos/dvd/professores especializados, poderão
passar experiências vividas nas mais variadas lutas como: karatê, judô,
capoeira, etc., pois é um meio de socialização e desenvolvimento psicomotor. A
partir da sondagem feita por professores e alunos sentar em mesa redonda e
viabilizar quais atividades que possam vir a ser desenvolvidas nas aulas. Visitar
locais e academias para o aluno vivenciar as atividades e viabilidade no seu
contexto escolar.
A partir do conhecimento da ginástica, o professor poderá organizar a
aula de forma que os alunos possam movimentar-se descobrindo e
reconhecendo as possibilidades e limites do próprio corpo permitindo a
interação, o conhecimento, e a partilha de experiências que viabilizem a
reflexão, a inserção critica do mundo, o que implica reconhecer suas inúmeras
possibilidades de significação representação. Oportunizar por meio de vídeos e
visitas a academias e circos, os diferentes tipos de ginástica e como será
desenvolvido no dia-a-dia da escola trazendo iniciação da ginástica simples na
grama, nos colchões, na areia fazendo rolamento equilíbrio, apoios, malabares.
Todo jogo comporta regras e autonomia em sua determinação. Torna-se
importante que os alunos auxiliam na construção das regras, podendo estas
serem questionadas e reelaboradas conforme as necessidades e desafios. O
conteúdo específico da Educação Física deve ser abordado por meio de
108
expressões e manifestações características desses elementos a partir do
levantamento de dados apresentações e exposições.
Para possibilitar o entendimento dos valores culturais, sociais e
pessoais o conteúdo da dança não poderá reproduzir estruturas
predominantes, mas sim, ressignificar os valores, os sentidos, os códigos ―a
dança enquanto linguagem social que permite a transmissão de sentimentos e
emoções da afetividade vivida nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos
costumes, (SOARES, 2000). Inicialmente os alunos devem reconhecer os
ritmos naturais passando para os mais elaborados individualmente ou em
grupo, produzindo pequenas coreografias, dramatização musical e pequenas
mímicas e teatro. Desenvolver também a promoção da vida, auxiliando na
aquisição de documentos pessoais, acesso ao serviço público que beneficiam
a convivência social.
AVALIAÇÃO
As avaliações serão através da participação, da prática e em provas
teóricas. Quando os alunos estão impossibilitados de participar das aulas
práticas, farão por meio de pesquisas de temas propostos expondo aos demais
e entregues por escrito.
De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a
avaliação deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico do Colégio
sendo diagnóstica, identificando, dessa forma, os progressos do aluno durante
o ano letivo, levando em consideração o que preconiza a LDB 9394/96 pela
chamada avaliação formativa.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos
poderão revisar o conteúdo desenvolvido para identificar lacunas no processo
de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem à superação das dificuldades constatadas.
Será um processo contínuo, permanente e cumulativo das diversas
manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte,
dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que os alunos reflitam e
109
se posicionem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com
o mundo.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor, quanto os alunos
poderão rever as práticas desenvolvida até então para identificar lacunas no
processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem à superação das dificuldades. Para aprovação o
aluno deverá ter média mínima de 6,0 (seis vírgula zero) e frequência mínima
de 75% (setenta e cinco por cento).
A forma de avaliação adotada para a disciplina de Educação Física é
somativa, onde inclui-se a avaliação prática e teórica, sendo previsto a
recuperação de conteúdos através de novas metodologias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n.9394/96. Brasília: MEC, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica: Educação Física. Curitiba, SEED, 2008. SOARES, Carmen Lúcia. Educação física escolar: Conhecimento de especificidade. In: Revista Paulista de Educação Física, 2000.
110
8. ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso é uma questão diretamente ligada à vida do
educando e que refletirá em seu comportamento diário, dentro e fora do
ambiente escolar, orientando seus valores humanos, éticos e morais.
Através desta disciplina serão estudadas as diversas religiões mundiais,
quanto à organização, textos, símbolos, rituais, etc. A expectativa é que seja
construído o respeito à diversidade religiosa e à pluralidade cultural em sua
visão de mundo do educando.
As aulas de Ensino Religioso buscam favorecer a oportunidade de
identificação, entendimento, conhecimento e aprendizagem em relação às
diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, fixando e
ampliando à sua própria cultura e promovendo medidas que rejeitem qualquer
forma de preconceito e discriminação, reconhecendo que todos são portadores
de singularidades. Visam também proporcionar o conhecimento dos elementos
básicos que compõem o fenômeno religioso, a partir das experiências
religiosas percebidas no contexto do educando, subsidiando-o na formulação
do questionamento existencial com profundidade, bem como na busca de
respostas aos mesmos.
Na perspectiva de trabalhar o Ensino Religioso superando a tradicional
aula de religião e consolidar a proposta de uma disciplina que possibilita a
identificação, o conhecimento, e o entendimento da diversidade cultural e
religiosa do ser humano, temos como objeto de estudo o sagrado. Em seu
processo histórico, o Ensino Religioso passou por diversos períodos que
muitas vezes não se levava em conta a diversidade religiosa existente no
Brasil, mas a partir da separação Estado e Igreja, no período da República,
surgiram movimentos para um Ensino Religioso aconfessional, principal
característica da disciplina hoje.
111
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A concepção do sagrado é fundamental para o desenvolvimento e o
encaminhamento da disciplina de Ensino Religioso. E essa concepção do
sagrado está estruturada em três campos de estudos, sendo eles os conteúdos
estruturantes:
A Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado
Esses três campos de estudo do Sagrado devem ser compreendidos
em um mesmo núcleo formador do saber, pois estão interligados em seus
conhecimentos estruturantes, nos conceitos que os definem e na prática que
os organizam.
A estruturação desses conteúdos ainda não tem uma tradição curricular
vinculada à prática diária do aluno e desviam os conteúdos tradicionais da
anterior formulação estrutural da disciplina
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
6º ANO:
1º TRIMESTRE
CONTEÚDO BÁSICO: Organizações Religiosas
Introdução ao estudo de Ensino Religioso e Organizações Religiosas;
O Budismo;
O Judaísmo;
Islamismo;
O Hinduísmo;
O Cristianismo;
Cristianismo Católico;
Cristianismo Evangélico;
112
Espiritismo;
Religiões Afro descendentes.
CONTEÚDO BÁSICO: Lugares Sagrados
O que é um lugar sagrado;
Lugares Sagrados para os budistas;
Lugares Sagrados para os Judeus;
Lugares Sagrados para os muçulmanos;
Lugares Sagrados para os hindus;
Lugares Sagrados para os cristãos;
Lugares Sagrados para os seguidores das religiões Afro-descendentes;
Lugares na natureza;
Lugares Sagrados para os espíritas;
Nossos lugares sagrados (regionais).
2º TRIMESTRE
CONTEÚDO BÁSICO: Textos Orais e Escritos
Introdução a textos sagrados e religiosos;
Textos sagrados para os budistas;
Textos sagrados para os judeus;
Textos sagrados para os muçulmanos;
Textos sagrados para os hinduístas;
Textos sagrados para os cristãos católicos;
Textos sagrados para os cristãos evangélicos;
Textos sagrados para os espíritas;
Tradições orais africanas;
Literatura oral e escrita narrativa, mensagem.
113
3º TRIMESTRE
CONTEÚDO BÁSICO: Símbolos Religiosos
Os significados dos símbolos religiosos, dos gestos, sons, formas, cores
e textos;
Símbolos budistas;
Símbolos judeus;
Símbolos muçulmanos;
Símbolos hindus;
Símbolos católicos;
Símbolos evangélicos;
Símbolos espíritas;
Símbolos afros descendentes;
Símbolos para as religiões indígenas.
7º ANO
1º TRIMESTRE
CONTEÚDO BÁSICO: Festas Religiosas
Introdução a festas religiosas e a música e a dança como elementos
básicos das comemorações;
A Festa das Flores ou Hanamatsuri (budista);
O Ramadã e a Festa do Eid (islamismo);
O Pessach – a páscoa judaica;
A páscoa cristã;
Festa religiosa na tradição afro – lemanjá;
A festa do kikikoi;
Festas Hinduístas – Diwali e Holi;
Apresentação em grupos das festas vistas no bimestre.
2º TRIMESTRE
CONTEÚDO BÁSICO: Temporalidade Sagrada
Definição de Temporalidade Sagrada;
Tempo Sagrado: Finados;
114
O dia das crianças;
Dia Internacional da Oração pela Paz
Pentecostes;
O Ano Novo ou réveillon;
O Apocalipse;
Kumbh Mela;
Losar – Passagem de ano Tibetano;
Os calendários e seus tempos sagrados;
CONTEÚDO BÁSICO: Ritos
O que é um ritual?
Ritos Judaicos – Circuncisão e Bar Mitsvah;
O Batismo, o Terço, a expiação dos pecados e o casamento;
Ritos budistas – Meditação e Velório;
Rituais indígenas;
Rituais hinduístas;
Rituais de Religião Tradicional Africana;
O Rito da iniciação (Filme Happy Feet).
3º TRIMESTRE
CONTEÚDO BÁSICO: Vida e Morte
Origem da Vida? Origem do quê?
Vida após a Morte. A Vida é o fim ou é o começo de uma nova vida?
Mito afro – brasileiro e indígenas que narram a morte;
A morte para os Egípcios;
A morte na tribo Baulé – Costa do Marfim;
Famadihana;
Festa dos Mortos – Tradição mexicana;
A morte para os budistas;
A morte na Doutrina Espírita;
A morte no Hinduísmo.
115
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Será iniciado o trabalho a partir da valorização do universo cultural dos
alunos, atribuindo uma pluralidade social e garantindo a liberdade religiosa. A
linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino religioso será pedagógica
respeitando as diversidades religiosas.
Tendo como ponto de partida o sagrado, devemos assegurar a
especificidades dos conteúdos, garantindo sua aproximação com as demais
áreas de conhecimento.
Será respeitada a liberdade de consciência e as opções religiosas,
tendo em vista a razão e a valorização do universo do sagrado e a diversidade
sociocultural. Será visada a compreensão da realidade através dos vários
dogmas.
Serão utilizados filmes, vídeos, imagens, sons (TV pendrive), jogos
educativos, teatros, leituras do caderno pedagógico de Ensino Religioso e
pesquisas no laboratório de informática.
AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua, baseada na participação do educando
cumprindo as atividades propostas, sendo elas apresentadas em forma de
trabalho escrito e em seminários expositivos. Serão também avaliados os
trabalhos em grupos e a elaboração de cartazes e mensagens realizados
dentro e fora da sala de aula. Tais instrumentos serão aplicados com o objetivo
de observar se os objetivos propostos pelo professor foram alcançados, pois
esta disciplina não tem caráter de aferição de notas ou conceitos.
Através da avaliação o professor poderá analisar sua prática pedagógica
através dos conhecimentos adquiridos pelos alunos e assim buscando atingir
os interesses do educando, mas nunca deixando de privilegiar os conteúdos
propostos, elaborados e apresentados na Diretriz Curricular da Rede Publica
de Educação Básica do Estado do Paraná, que norteiam o planejamento diário
116
da disciplina de Ensino Religioso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2011. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. HOFFMANN, Martinho Lutero. O Fenômeno Religioso. Texto usado nas aulas de cultura religiosa da universidade Luterana do Brasil, 2002. KUCHENBECKER, Valter. O Homem e o Sagrado 5. ed. Canoas; Editora Ulbra, 2000. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Ensino Fundamental. 2008. SMITH, HUSTN. As Religiões do Mundo.São Paulo; Cultrix,1991. STEYR, Walter O. Da Igreja até a Reforma. In: KUCHENBECKER, Valter. O Homem e o sagrado. Canoas: Editora da Ulbra, 2000, (p.15).
ZICMAN, Renée; MOREIRA, Alberto. Misticismo e novas religiões. Petrópolis; VOZES 1994.
117
9. ESPAÇO CULTURAL PARANAENSE
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Disciplina Espaço Cultural Paranaense procura integrar os elementos
da paisagem física ou natural à presença das sociedades humanas,
proporcionando desta forma uma melhor compreensão do mundo em que
vivemos. Compreensão necessária para que nos tornemos cidadãos plenos,
reflitamos sobre o mundo que nos cerca e tenhamos uma visão crítica do
mundo e de suas incessantes modificações.
Segundo orientação da DCE de Geografia (2008), o Paraná será
estudado tendo como foco o espaço geográfico e as relações entre sociedade
e natureza, tendo em vista as relações entre o global e o local e vice- versa,
para que o aluno possa compreender nosso estado a partir de uma perspectiva
regional, mas também do espaço que o Paraná ocupa no mundo. Além disso,
serão valorizados aspectos específicos da nossa região sudoeste, e das
demais regiões do estado do Paraná.
Conforme DCE de Sociologia os conteúdos selecionados deverão ser
trabalhados mediante a abordagem dos conteúdos estruturantes como:
aspectos sociológicos como cultura e indústria cultural, poder, política e
ideologia, direitos, cidadania e movimentos sociais.
Para que possamos compreender a importância da disciplina vamos
analisar os fatores históricos que contribuíram para o desenvolvimento do que
discutimos. Salientamos que esta disciplina tem um enfoque geográfico, mas
também sociológico do espaço paranaense.
Na primeira metade do século XX, a Geografia Humana focalizava a descrição e a explicação da diversidade regional da terra. Como as culturas nunca aparecem semelhantes em lugares diversos, cultura serviu como um fator importante da explicação da diversidade da superfície terrestre. O estudo estava todavia fundado sobre um princípio frágil: o pesquisador buscou explicar as características de um lugar ou de uma região através da análise dos seus aspectos econômicos, sociais e políticos. Caso não fosse possível fazê-lo, o pesquisador recorria aos dados culturais: o fator cultural sempre apareceu como um fator residual. (CLAVAL, 2002, p. 23)
118
A cultura consegue explicar os múltiplos fatores de diferenciação do
espaço geográfico, e da modificação realizada pelo homem. Além das relações
diferenciadas existentes nas sociedades, expressas como fatores importantes
juntamente com a economia.
A geografia cultural é um ramo da ciência geográfica que nos auxilia na
compreensão das teorias e instrumentos que utilizaremos nessa disciplina. A
geografia foi sistematizada enquanto ciência no século XIX, mas através da
descrição das paisagens e a necessidade do homem de viver em áreas das
quais necessitava conhecer, aparece como a primeira ciência que foi posta em
prática para o conhecimento do espaço geográfico. Já geografia cultural surgiu,
a partir do século XX como um ramo da geografia que permitia uma
compreensão das relações humanas expressas no espaço geográfico.
A geografia cultural tem suas origens na Europa do final do século XIX e início do século XX juntamente com a sistematização da geografia como ciência acadêmica no debate sobre sua identidade, ou seja, sobre o que era inerente a ela como ciência. A esse período de suas origens relaciona-se também, o debate entre o positivismo e o historicismo que influenciou de forma significativa em sua sistematização. (OLIVEIRA, 2003, p. 02)
Os grandes pensadores da geografia também contribuíram para o
desenvolvimento do pensamento geográfico na área cultural, como Frederich
Ratzel e Vidal de La Blache, como citado por Oliveira:
Apesar das diferenças conceituais e teóricas entre Ratzel e La Blache, a colaboração dos dois para a geografia cultural reside no fato de ambos conceberem a cultura como um meio entre o homem e o meio natural. A concepção de cultura, contudo, se limitava aos utensílios, técnicas e formas de habitar que permitiam aos grupo modelar as paisagens. (OLIVEIRA, 2003, p. 02)
A Geografia se desenvolveu enquanto ciência e foram desenvolvidas
linhas de pensamento que refletiam a maneira de pensar o objeto da ciência
que é o espaço geográfico. Cada Geógrafo defendia sua ideologia baseado em
aspectos diferenciados, como o positivismo e a perspectiva crítica que tem
fundamento na metodologia materialista-histórico-dialética.
A escola francesa de geografia, a mais importante matriz da geografia brasileira, priorizava os estudos regionais e a cultura se constituía em mais um elemento da complexa combinação de
119
elementos que forneciam a identidade regional. A geografia saueriana, a despeito dos esforços do geógrafo brasileiro Hilgard Sternberg […]. Durante a década de 1970 e 1980 a geografia brasileira dividia-se em três linhas, de acordo com a tradição francesa, segundo a visão teorético- quantitativa e de acordo, após 1980, com a perspectiva crítica, calcada no materialismo histórico e dialético. (CORRÊA, 2003, p. 97)
Para nos posicionarmos inteligentemente frente a este mundo, temos de
conhecê-lo bem. E a importância da disciplina está no fato de podermos
conhecer bem nosso estado e nossa região, pois este conhecimento apesar de
estar impregnado nas aulas de geografia, tem um espaço para ser detalhado e
esmiuçado através desta disciplina. É importante conhecermos os aspectos do
espaço geográfico em que vivemos para vivermos nele de forma consciente e
crítica, e tais conhecimentos são adquiridos através do estudo de seus
fundamentos e da dinâmica de formação, desvendando desta forma os seus
mecanismos de constituição.
Conhecer as características gerais do Estado, bem como o espaço físico
e os recursos naturais; as relações entre sociedade e natureza, considerando o
local, o regional, o estado, o Brasil e o mundo; a cultura e o espaço: relações
éticas, de poder, políticas, sociais e econômicas é de fundamental relevância
para entender sobre a organização territorial do Paraná, bem como sobre a
forma como ocorreu a apropriação desse espaço físico e social é relevante
para formarmos cidadãos.
O econômico, o político e o social nunca existiram como categorias imutáveis e independentes do espaço onde se encontram. Elas dependem da cultura do seio da qual funcionam. São exemplos desta constatação o desenvolvimento de estudos sobre: a dimensão cultural do consumo, no campo da geografia econômica e da economia; a governabilidade nas ciências políticas. (CLAVAL, 2002, p. 20)
Também, torna-se fundamental identificar e caracterizar os espaços
produtivos e as desigualdades socioeconômicas, assim como, conhecer a
inserção do Paraná no contexto de globalização dos mercados, além de
discutir e conhecer a diversidade cultural paranaense.
Para melhor compreensão e objetividade os conteúdos selecionados do
Espaço e da Cultura Paranaense deverão ser trabalhados de forma
contextualizada considerando a realidade do aluno, por isso o conhecimento do
120
município e da inserção econômica e social são imprescindíveis. Para tanto,
propõem-se que os alunos pesquisem e vivenciem as diferenças culturais do
povo paranaense na sua culinária, nas variações linguísticas, tradições e
crenças, através da composição da migração que formou nosso estado.
Salientamos a importância da cultura para o conhecimento do espaço
geográfico e outros conceitos que o permeiam como região, lugar, paisagem e
território, pois todos são indissociáveis, bem como a relação existente
economia, política e cultura.
Tendo em vista que a geografia cultural se constitui na relação entre espaço e cultura, busca-se a partir desse campo teórico compreender as problemáticas geográficas por meio dos aspectos da cultura material e não material. Tal finalidade tem em vista que a análise de algumas questões apenas sobre o ponto de vista político ou econômico não dão conta de compreendê-las, o que vem cada vez mais evidenciar o papel da cultura e sua importância. (OLIVEIRA, 2003, p. 06)
De acordo com a Diretriz Curricular de Geografia, os interesses que
definiram, em todas correntes do pensamento geográfico, a evolução da
Geografia como ciência e disciplina escolar, possuem uma relação estreita com
os conteúdos estruturantes como aspectos econômicos, políticos, culturais e
demográficos e socioambientais.
Sendo o espaço geográfico um produto da sociedade o principal objeto
de estudo proposto pela Diretriz Curricular Estadual as metodologias de ensino
devem considerar as relações políticas, culturais e sociais, além de considerar
as diferentes abordagens dos conceitos geográficos e seus diferentes vínculos
políticos e ideológicos.
Os recortes culturais, sociais e históricos que permeiam a dinâmica de
uma sociedade e consequentemente modificam seu espaço devem ser
apresentados pelo professor através de situações-problemas, que devem estar
relacionados com o conteúdo a ser desenvolvido. Problematizar requer um
conhecimento crítico do espaço e das relações sociais.
É importante ressaltar que em virtude das constantes mudanças no perfil
do aluno e das situações no cotidiano escolar, a diversificação das aulas aliada
121
a um bom planejamento do professor e a utilização de recursos didáticos,
transformam-se em importante ferramenta para o processo de ensino
aprendizagem e o despertar do interesse dos alunos. Por isso, as metodologias
diferenciadas são importantes no processo pedagógico.
Assim buscar novas formas para uma melhor compreensão do espaço e
das relações do homem na sociedade através das manifestações culturais,
permite maior facilidade de comunicação e aprendizagem. Estas manifestações
se mostram em diferentes ritmos e formas como afirma CLAVAL (2007, p. 63):
―A cultura é a soma dos comportamentos, dos saberes, das técnicas, dos conhecimentos e dos valores acumulados pelos indivíduos durante suas vidas e, em uma outra escala, pelo conjunto dos grupos de que fazem parte. A cultura é transmitida de uma geração a outra.‖
As manifestações culturais também são reflexos das novas formas de
apropriação do espaço pelo homem, sempre em busca de novas oportunidades
e condições dignas de vida. Os diferentes recortes espaciais que resultam
deste processo, tornam-se mais evidentes no espaço das cidades, criando
assim dois tipos de cultura, conforme SANTOS (1998, p. 66):
―A cultura de massas... responde afirmativamente à vontade de uniformização e indiferenciação que é, frequentemente, exterior ao corpo social. A cultura popular tem suas raízes na terra em que se vive, simboliza o homem e seu entorno, a vontade de enfrentar o futuro sem romper a continuidade...mesmo desenraizada busca a reconstrução desta nova cultura popular que é ao mesmo tempo filosofia e por isso, um caminho para a libertação‖.
Todos nós adquirimos nossas características humanas em um contexto
sociocultural. Nesse aspecto Haesbaert (1999, p. 171) apud OLIVEIRA cita que
―Os grupos sociais podem muito bem forjar territórios em que a dimensão
simbólica (como aquela promovida pelas identidades) se sobrepõe à dimensão
mais concreta (como a do domínio público que faz uso de fronteiras para se
fortalecer)‖.
O homem é um ser cultural, mas a cultura não é tudo no ser humano. A
cultura, essa capacidade (re)criadora, permite ao Homem (re)produzir o mundo
dinamizando a existência dos existentes. O fato de estar sempre criando ou
(re)criando sua obra ou suas manifestações faz da cultura uma das marcas
mais tipicamente humanas, pois é principalmente pela sua capacidade de
122
recriar o mundo e as manifestações culturais que o homem se diferencia dos
demais existentes.
Portanto, a cultura em seu aspecto mais completo, ou seja, não “somente a
produção de objetos materiais, mas um sistema cultural (valores morais,
éticos, hábitos e significados …), um sistema simbólico (mitos e ritos […]) e
um sistema imaginário” (ZANATTA, 2008, p. 254), torna-se um meio pelo
qual o indivíduo, ou grupo, torna inteligível o espaço e a forma de viver e
atuar nele. (OLIVEIRA, 2003, p. 02)
O Homem se caracteriza a partir de diferentes e diversas dimensões,
mas não se limita a eles. Uma dessas dimensões, talvez uma das mais amplas
e complexas para o entendimento seja a cultura. O Homem não se limita ao
mundo natural; ele o transcende e o transforma. Transcende porque tem
expectativas que não se limitam ao mundo como ele se apresenta e nem à sua
materialidade. Transforma porque o recria constantemente, imprimindo sua
marca: a marca da cultura. Em razão disso é que dizemos que o Homem se
humaniza produzindo seu mundo, gerando sua marca cultural ou as diferentes
manifestações culturais.
O aperfeiçoamento do nosso educando como pessoa humana, deve
priorizar a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico.
O ensino necessita ampliar as possibilidades de um conhecimento
estruturado e equilibrado pela escola, que conduza o aluno para sua autonomia
necessária para garantir sua cidadania de forma equilibrada e sustentável.
Todos os elementos: naturais, culturais e técnicos, bem como as
relações socioculturais e político-econômicos podem ser considerados
norteadores para as diretrizes curriculares do ensino nesta disciplina,
considerando toda a dinâmica estabelecida entre os seus fatores de ligação e
interlocução, para que o aluno sinta-se envolvido e integrado a realidade da
sociedade que o cerca, sabendo avaliar, localizar no tempo e espaço a
cronologia histórica dos acontecimentos geográficos, interagindo, construindo
parâmetros que levam a uma evolução no aspecto construtivista geográfico.
A partir do exposto sobre a teoria de ensino pode-se acrescentar que a
relevância dessa disciplina esta no fato de que todos os acontecimentos do
123
mundo têm dimensões parciais onde o espaço e a materialização dos tempos e
da vida social estão refletidos no espaço geográfico.
Muitas foram às denominações propostas para o objeto, hoje entendidas
como o Espaço Geográfico e sua composição conceitual básica – lugar,
paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre outros.
Porém a expressão Espaço Geográfico, bem como sua composição
conceitual, não se auto explicam. Exigem esclarecimento, pois, depende das
correntes de pensamento que assumem posições filosóficas e políticas
distintas.
Considerando que conforme as Diretrizes Curriculares pretende-se a
formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de seu tempo,
assume-se o quadro conceitual das teorias críticas, ou seja, desconsidera as
linhas de pensamento que negam, em suas construções conceituais, os
conflitos e as contradições sociais, econômicas, culturais e políticas que
constituem o espaço geográfico, consideradas acríticas.
O entendimento e o conhecimento do espaço e da cultura em que o
aluno vive de forma contextualizada torna os conteúdos significativos e
atrativos, desta forma, a disciplina Espaço e Cultura Paranaense vem avultar
através da pesquisa o resgate das diferentes culturas do povo paranaense na
sua culinária, variações linguísticas, tradições e crenças e a relação destes
com o meio ambiente.
Partir do conhecimento da cultura local, da compreensão do seu povo,
para assim entender a cultura de outras pessoas, oportuniza a inter-relação
entre as culturas permitindo a ampliação do cabedal intelectual dos educandos.
Entre os conhecimentos pertinentes para esta disciplina os professores
deste colégio relacionaram: os aspectos físicos do estado como relevo,
hidrografia, clima, solo e vegetação, configuração territorial, agricultura, a
formação das cidades e a urbanização, impactos ambientais, a diversidade
cultural, sendo que em todos os conteúdos trabalhados estarão relacionados
aspectos das regiões do nosso estado e à questões globais.
124
Como citado na DCE de Sociologia (2008, p. 93) ―Em vez de receber
respostas prontas […] deve ensinar o aluno a fazer perguntas e a buscar
respostas n seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na
própria escola, na família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos
livros de História etc...‖. Sendo o contextualizar os conteúdos uma importante
ação pedagógica para que o conhecimento seja apropriado pelos alunos. Ao
invés de apresentar o conteúdo de forma distante, o que está sendo ensinado
começa a fazer parte da vida do aluno, com sentido de compreender tanto as
relações sociais, como a formação e a transformação do espaço geográfico.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Pretende-se com esta disciplina, para Educação em Tempo Integral,
contribuir na discussão sobre a organização territorial do Paraná, bem como
sobre a forma como ocorreu à apropriação desse espaço físico e social.
Torna-se importante identificar e caracterizar os espaços produtivos e as
desigualdades socioeconômicas, assim como, conhecer a inserção do Paraná
no contexto de globalização dos mercados, além de discutir e conhecer a
diversidade cultural paranaense.
CONTEÚDOS
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico,
Dimensão política do espaço geográfico,
125
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico,
Dimensão socioambiental do espaço Geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Feições geomorfológicas do Paraná;
Hidrografia paranaense;
Clima, solo e vegetação do Paraná;
Configuração territorial do Paraná;
Paisagem paranaense e suas transformações ao longo do tempo.
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico,
Dimensão política do espaço geográfico,
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico,
Dimensão socioambiental do espaço Geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS
126
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A agropecuária no Paraná ao longo do tempo;
Os tipos de agriculturas desenvolvidas no Paraná (orgânica,
convencional, transgênica, tradicional, entre outras e seus impactos
econômicos, sociais, políticos e ambientais);
A urbanização paranaense ao longo do tempo;
Os impactos sociais, econômicos, políticos e ambientais da urbanização
recente no/do local.
8° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico,
Dimensão política do espaço geográfico,
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico,
Dimensão socioambiental do espaço Geográfico.
Cultura e Indústria Cultural
CONTEÚDOS BÁSICOS
127
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição
na análise das diferentes sociedades;
Diversidade Cultural.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Os diferentes povos (indígenas, africanos, europeus, asiáticos, árabes e
migrantes de outros estados brasileiros, inclusive os paranaenses) suas
culturas e tradições que formam o povo paranaense (nos aspectos
religiosos, artísticos, alimentares, entre outros);
Identidades Culturais.
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço Geográfico;
Poder, Política e Ideologia.
CONTEÚDOS BÁSICOS
O espaço em rede, produção, transporte e comunicações na atual
configuração territorial;
128
Relações de poder - Conceito de dominação.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
As redes de produção, transporte e comunicação que interligam o
território paranaense em suas diferentes escalas de atuação;
Os impactos econômicos e políticos das redes no Paraná;
Os parceiros econômicos do Paraná (exportação e importação);
Poder e Riqueza;
Mecanismos de dominação;
Questão da Terra.
METODOLOGIA
Esta disciplina, proposta para a Educação em Tempo Integral está
embasada em conteúdos de Geografia e Sociologia, os conteúdos
selecionados para o estudo do Espaço e da Cultura Paranaense devem ser
trabalhados de forma contextualizada, tornando-os significativos e atrativos aos
alunos. Para tanto, propõem-se que os alunos pesquisem e vivenciem as
diferenças culturais do povo paranaense na sua culinária, nas variações
linguísticas, tradições e crenas. O trabalho pedagógico deverá ser realizado de
maneira que instigue e desafie o aluno a aprender o ponto de partida, a
realidade concreta, vivida e experimentada por todos nós.
Os conteúdos básicos serão trabalhados de forma crítica e dinâmica,
interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos
129
fundamentos teóricos propostos utilizando a cartografia como linguagem
essencial, possibilitando transitar entre as diferentes escalas espaciais, ou seja,
do local ao regional e vice-versa.
Partindo do estudo da escala local, onde os alunos vivem colabora-se
para a compreensão de outras escalas e posteriormente sobre as interrelações
entre elas, para tanto deve-se observar os conteúdos previstos.
Propõem-se trabalhar com diferentes metodologias e recursos, como:
aulas de campo, produção de vídeos e ensaios fotográficos, produção e
circulação de informativo escolar, produção de maquetes, pesquisas,
entrevistas e divulgação dos resultados, que permitam a construção do
conhecimento pelos próprios educandos.
O professor deve promover a compreensão, comparação e análise para
facilitar a interpretação e compreensão da realidade e valorização do meio em
que vive. Para desenvolver melhor o aprendizado serão utilizados mapas, livros
didáticos, revistas, jornais, transparências, murais e cartazes interpretativos,
plantas, maquetes e símbolos cartográficos ampliados.
Além da sala de aula, os alunos poderão ter aulas de campo sobre:
conscientização da conservação dos rios e córregos e visita a centros
meteorológicos para um aprofundamento em relação às mudanças climáticas,
pesquisa e estudo de campo, uso de laboratório de informática.
Essas práticas pedagógicas devem apresentar aos alunos os diferentes
aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes momentos da escolaridade,
de modo que os alunos possam construir compreensões novas e mais
complexas a seu respeito. Dessa forma desenvolverá a capacidade de
identificar e refletir sobre aspectos da realidade. As práticas envolvem
procedimentos de problematização, observação, registros, descrição,
documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais, culturais ou
naturais que compõem a paisagem e o espaço Geográfico Paranaense.
O professor deve estar atento a Lei nº. 10.639/03 que altera a Lei nº.
9.394/1996, a qual torna obrigatório abordar temas sobre a Cultura Afro-
130
brasileira e Africana. Essa temática poderá ser trabalhada nos diferentes anos,
através de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos, entre outros. Abordando
conhecimentos sobre: miscigenação dos povos, a distribuição espacial da
população Afro-descendente no Paraná e no Brasil, Além de trabalhar os
conteúdos básicos em sala de aula, o professor quando necessário pode
promover aulas de campo, educação fiscal, especial e diversidades culturais e
raciais que objetiva prepará-lo para a vida, dotando de conhecimentos saberes
e habilidades.
Os conteúdos trabalhados devem contribuir para uma leitura crítica das
contradições e conflitos de toda ordem implícita e explícita no Espaço
Geográfico, pois os alunos precisarão compreender o porquê das localizações,
das relações políticas, sociais, culturais e econômicas.
Proporcionar um estudo que busque junto ao aluno uma postura crítica
diante da realidade, comprometida com o homem, sociedade e natureza, numa
versão mais real e humana.
Pode-se articular e selecionar outros conteúdos básicos que envolverão
também aspectos socioambientais e culturais de diversos espaços do Brasil.
A todo o momento, as categorias de análise do espaço geográfico
relações de poder, espaço/temporais e sociedade/natureza deverão estar
presentes.
As questões geográficas relacionadas ao atual período histórico do
Paraná poderão ser enfocadas para que os conceitos básicos de lugar,
território, paisagem, região sociedade, natureza e rede, sejam tratadas de
maneira mais complexa e crítica. Os problemas urbanos e rurais, as questões
fundiárias, os poderes paralelos, a produção e o consumo dos espaços da
cidade e do campo do Paraná, permitem retomar discussões políticas,
econômicas, socioambientais e culturais/demográficas.
Caberá ao professor fazer as adaptações curriculares de acordo com as
necessidades dos educandos, bem como adequar os conteúdos, enriquecê-los
de acordo com sua realidade.
131
Recursos a serem utilizados para o desenvolvimento das atividade
pedagógicas: livros; revistas; textos complementares; máquinas fotográficas
digitais e ou filmadora; gravadores; Laboratório de Informática; impressoras; TV
e Pendrive, Vídeos.
RECURSOS: Filmes, documentários e vídeos:
A Guerra dos pelados. Direção: Sylvio Back, 1970. Duração: 98 minutos.
Documentário Geada Negra. Direção: Adriano Justino, 2010.
O preço da paz. Direção: Paulo Morelli, 2003. Duração: 103 minutos.
A Saga da terra vermelha brotou o sangue. Direção: Manaoos Aristides,
2002.
GAIJIN Ama-me como sou. Direção: Tizuka Yamazaki, 2002. Duração:
130 minutos.
Onde você estava: A revolta dos posseiros. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=W-___SpM1ac Acesso em:
11/09/2012.
Revolta dos posseiros/Colonos de 1957 no Sudoeste do PR (1).
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=TIVuyHqtyrs Acesso
em: 13/09/2012.
Revolta dos posseiros/Colonos de 1957 no Sudoeste do PR (2).
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=dVHojkdLiWc Acesso
em: 13/09/2012.
Revolta dos posseiros/Colonos de 1957 no Sudoeste do PR (6).
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=w7ETmqPvoqc Acesso
em: 13/09/2012
132
Meu Paraná Ilha do Mel. Parte 01. Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?
id=23093. Acesso em: 10/09/2012.
Meu Paraná Ilha do Mel. Parte 02. Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?
id=23092. Acesso em: 10/09/2012.
Meu Paraná: Guerra do Contestado Parte 01. Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?
id=23090 Acesso em: 10/09/2012.
Meu Paraná: Guerra do Contestado Parte 01. Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?
id=23091 Acesso em: 10/09/2012.
Quilombolas de João Surá – 200 anos – Parte I. Disponível
em:http://www.youtube.com/watch?v=1gcX-khUkPU Acesso em: 14 set
2012.
Quilombolas de João Surá – 200 – Parte II. Disponível
em:http://www.youtube.com/watch?v=Yv1qqpabiuU. Acesso em:
14/09/2012.
Quilombolas de João Surá – 200 – Parte III. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=pwU6thN9VxQ. Acesso em
em:14/09/2012.
Ofícios - Clarinda, a farinheira. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=mtJnYKY5egU Acesso em:
14/09/2012.
Por Dentro da Escola – Tradição de São Gonçalo e Santo Antônio.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=lhg2AYHoQUk. Acesso
em: 14/09/2012.
Identidades Culturais
133
As várias faces do Paraná - parte I
As várias faces do Paraná - parte II
AVALIAÇÃO
A avaliação não pode ser pensada e realizada sem uma vinculação
intrínseca com o modo como concebemos o conteúdo e como definimos os
objetivos e a metodologia. A avaliação mais condizente com os fundamentos
gerais é aquela que se dá contínua e cumulativamente, pressupondo uma clara
articulação entre objetivos, práticas metodológicas e instrumentos.
Ela deve ter uma clara função diagnóstica, formativa e somativa com
atividades de avaliação vistas como uma oportunidade de reflexão sobre o
próprio processo de ensino e seus resultados. Provas trimestrais podem ser
cumpridas sem prejuízo da filosofia da avaliação que acabamos de delinear. As
mesmas podem se centrar na leitura de textos e resolução de questões de
compreensão ou por atividades de escrita (resumo, parágrafos, textos,
exercícios de reconhecimento, pequenas dissertações, análise). Poderão ser
utilizados, ainda como instrumentos de avaliação leitura, interpretação e
produção de textos geográficos; leitura e interpretação de fotos; imagens e
diferentes tipos de mapas; pesquisas bibliográficas, aulas de campo,
interpretação de diferentes tabelas e gráficos, de forma individual e ou
coletivas.
A prática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento
escolar será contínua e diagnóstica. Deverá ser assumida como um
instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra
o aluno.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos
134
poderão rever as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no
processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem à superação das dificuldades.
A avaliação poderá ser realizada a partir do diálogo entre alunos e
professores, de forma individual ou coletiva. Assim o aprendizado e avaliação
poderão ser compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de
modo continuo, processual e diversificado.
O professor deverá, então, observar se os alunos formaram os conceitos
geográficos e assimilaram a relação de poder, de espaço, tempo e de
sociedade/natureza para compreender o espaço nas diferentes escalas
geográficas.
A recuperação de conteúdos será proporcionada no decorrer do período
letivo. Destinando-se aos alunos com aproveitamento insuficiente, atendendo à
resolução nº 023/2000: ‖A recuperação será oferecida de forma paralela
sempre que for diagnosticada insuficiência durante o processo regular de
apropriação, de conhecimento e de competências pelo aluno― (Conselho
Estadual de Educação, 2000).
A recuperação paralela de conteúdos envolverá todos os alunos,
retomando os conteúdos com atividades, de forma diferenciada, reconstruindo
o conhecimento e entendendo que cada aluno tem uma forma de assimilação.
Durante o processo de recuperação de conteúdos, sempre que se fizer
necessário, novas estratégias serão colocadas em vigor, revisando as
atividades já trabalhadas, reforçando as explicações por meio de novos
estudos e atividades complementares, destacando a chamada avaliação
diagnóstica, formativa e somativa.
Os alunos serão avaliados de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula
zero), sendo que para a aprovação o aluno deverá ter média mínima de 6,0
(seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). A
todos os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos e notas, se
necessário, através de atividades desenvolvidas no decorrer de cada trimestre,
135
analisando as produções, os avanços realizados, de acordo com as
necessidades de cada aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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136
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138
10. FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Filosofia no Ensino Médio tem a pretensão de fornecer ao
aluno um método de reflexão frente à realidade, capaz de superar a visão
simplista de mundo, fundamentada no senso comum, levando-o a ter uma
visão mais crítica que poderá conduzi-lo a uma ação transformadora.
A LDB reconhece a importância da filosofia na formação do indivíduo,
sendo uma disciplina que passou por várias fases, tanto que ao ler a sua
história podemos perceber duas tendências na luta pelo seu reconhecimento
diante das seguintes insistentes perguntas: Para que filosofia? Qual filosofia
ensinar? Com a proclamação da República passou a fazer parte dos currículos
escolares, tornando-se obrigatória. Em seguida com as Leis 4.024/61 e
5.692/71 deixou de ser obrigatória, pois o pensamento crítico deveria ser
reprimido, principalmente a partir de 1964.
Em 1995, com a mudança de governo a Proposta Curricular de filosofia
deixou de ser aplicada em todas as escolas do Estado do Paraná. Somente a
partir da Lei 9394/96, a Filosofia começa a ser discutida e percebida como uma
disciplina fundamental para exercer plenamente a cidadania, uma vez que o
educando necessita compreender o universo cultural em que está inserido. A
filosofia surge no amplo diálogo da praça pública grega, onde cada cidadão
podia se pronunciar desenvolvendo assim o espírito crítico com o diálogo e o
debate, daquilo que era melhor para cada um e para sua cidade. Nesse ponto
ressalta-se o papel da filosofia na sua natureza reflexiva, aflorando a
capacidade de o homem pensar e avaliar a sua condição e suas relações com
os outros e com o mundo em sua totalidade.
No Estado do Paraná, foi aprovada a Lei 15.228, em julho de 2006
tornando a Filosofia e a Sociologia obrigatórias na Matriz Curricular do Ensino
Médio.
A Filosofia, que tem sua origem na Grécia antiga, traz consigo o
problema de seu ensino a partir do embate entre o pensamento de Platão e as
teorias dos sofistas. Naquele momento tratava-se de compreender a relação
139
entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino. Por um lado Platão
admitia que, sem uma noção básica das técnicas de persuasão, a prática do
ensino da Filosofia teria o efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, também
pensava que se o ensino da filosofia se limitasse à transmissão das técnicas de
sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo seria outro: a Filosofia
favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral e o uso pernicioso do
conhecimento. A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o
ensino de Filosofia é garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o
conteúdo.
A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam
constituem, assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar
constantemente as discussões realizadas pelo professor e pelos estudantes
em sala de aula. Os problemas, as ideias, os conceitos e os conteúdos serão
desenvolvidos, de tal forma que os diversos períodos da história da filosofia e
as diversas maneiras através das quais eles discutem as questões filosóficas
sejam levados em consideração.
É uma disciplina que possui uma amplitude de conhecimentos, capaz de
oferecer aos educandos a compreensão da complexidade do mundo
contemporâneo, viabilizando também interfaces com outras disciplinas, pois
requer do estudante uma visão do todo, compromisso consigo mesmo, com o
outro e com o mundo, visando o bem comum de toda a sociedade.
Neste sentido a Filosofia é algo dinâmico e não estático, pois ela não
tem a função apenas de revelar o mundo que aí está, mas de apontar uma
direção lógica e crítica para a ação. E, por ter um compromisso com a verdade,
ela não poderá ser neutra ou parcial diante dos problemas que afligem a
sociedade.
Sabemos que é dever da escola, resgatar os costumes, valores,
tradições, construir conhecimentos científicos, tecnológicos que lhes
proporcionem autonomia nas decisões, preparando assim o educando para
uma ação política efetiva, exigindo seus direitos e cumprindo com seus
deveres.
140
OBJETIVOS
Questionar e questionar-se sobre a realidade deste mundo do qual
fazemos parte.
Despertar para uma tomada de posição crítica frente aos problemas
cotidianos.
Formar o hábito do pensamento crítico com atitudes positivas tendo
por base a essência das coisas.
Superar a concepção de Filosofia como mera apreensão da
realidade e favorecer a ação consciente, fundamentada na razão,
que assegure um futuro melhor para si e para a humanidade.
Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos
discursivos nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras
produções culturais.
Compreender os elementos cognitivos, efetivos, sociais e culturais
que constituem a identidade própria e a dos outros.
Compreender e assimilar as diversas visões de mundo, bem como se
perceber integrante e participante deste mesmo mundo.
Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais,
políticas e econômicas, associando-as às práticas dos diferentes
grupos e atores sociais, aos princípios que regulam a convivência em
sociedade, aos direitos e deveres da cidadania, á justiça e á
distribuição dos benefícios econômicos.
Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros,
especificamente aqueles que dizem respeito ás articulações entre a
Filosofia e as Ciências Naturais.
Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a
partir das observações e reflexões realizadas.
Lidar de maneira construtiva com as diferenças, de forma a atuar em
equipe, construir, realizar e avaliar projetos de ação escolar.
Elaborar, organizar e transcrever ou expor oralmente, o que foi
apropriado, de maneira satisfatória.
Debater, tomando uma posição, procurando defendê-la através de
141
afirmações, mudando de posição diante de argumentos mais
consistentes.
Observar nas práticas sociais o respeito/desrespeito à vida, às
instituições ou ao patrimônio, bem como o conhecimento ou não dos
direitos e deveres no exercício da cidadania.
CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Mito e Filosofia
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Saber mítico;
Saber filosófico;
Relação Mito e Filosofia;
Atualidade do mito;
O que é Filosofia?
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Teoria do Conhecimento
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Possibilidade do conhecimento;
As formas de conhecimento;
O problema da verdade;
A questão do método;
Conhecimento e lógica.
2ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ÉTICA
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Ética e moral;
Pluralidade ética;
142
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Filosofia Política
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Relações entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade política;
Política e ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou participativa.
3ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Filosofia da Ciência
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Concepções de ciência;
A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciência;
Ciência e ideologia;
Ciência e ética.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Estética
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc.;
Estética e sociedade.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Para que os alunos obtenham conhecimentos filosóficos, o professor em
sua prática pedagógica deverá delimitar questões que possibilitam desenvolver
143
nos educandos um pensamento autônomo, analítico e crítico. Isso é muito
importante porque não se pode intervir numa realidade sem conhecê-la.
Tais objetivos serão trabalhados, exercitados e assimilados através dos
seguintes procedimentos: aulas expositivas, (dialogadas), leituras, pesquisas
bibliográficas, participação em debates, palestras ou seminários, análise de
textos, documentos históricos, músicas, artigos de jornais e revistas, cd-rom,
filmes, visitas à instituições, entrevistas e exposições orais dos próprios
educandos.
Em cada conteúdo específico, serão seguidos os seguintes passos:
Mobilização: É o momento onde serão apresentados aos alunos os
objetivos e os tópicos da unidade que se pretende estudar, e em seguida
há o diálogo sobre os mesmos. Então os alunos mostram sua vivência
do conteúdo, isto é, o que já sabem sobre o assunto a ser trabalhado e
perguntam tudo o que gostariam de saber sobre o assunto.
Problematização: É quando os educandos identificam os principais
problemas postos pela prática e pelo conteúdo curricular, seguindo-se
uma discussão sobre eles, a partir daquilo que já conhecem esclarece-
se que o conhecimento (conteúdo) vai ser construído (trabalhado) nas
dimensões conceitual, científica, social, histórica, econômica, política,
estética, religiosa, ideológica, transformadas em questões
problematizadoras.
Investigação: É a apresentação sistemático-dialógica do conteúdo
científico, contrastando-o com o cotidiano e respondendo às perguntas
das diversas dimensões propostas. É o exercício didático da relação
sujeito-objeto pela ação do aluno e mediação do professor. É o momento
da efetiva construção do novo conhecimento.
Estabelecer o contexto dos conhecimentos filosóficos, tanto em sua
origem específica quanto em outros planos, o pessoal – biográfico, o
entorno sócio político, histórico e cultural, e o horizonte das sociedades
cientifico- tecnológicas.
Criação de Conceitos: Representa a síntese do aluno, sua nova postura
mental; a demonstração do novo grau de conhecimento que chegou,
expresso pela avaliação espontânea ou formal. Não deixando de lado a
144
manifestação da nova atitude prática do educando em relação ao
conteúdo aprendido, bem como do compromisso em pôr em execução o
novo conhecimento. É a fase das intenções e propostas de ações dos
alunos.
O professor de filosofia deve fazer com que o educando entenda a sua
realidade e torne um cidadão crítico, por isso a importância de trabalhar os
temas dos Desafios Educacionais Contemporâneos como a Educação Fiscal,
através da análise de textos, estudos de documentários, reconhecendo-se
também como um sujeito histórico e capaz de transformar a sua realidade.
Como também conhecendo e respeitando a lei 10.639/06 da História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana, desenvolvendo com eles pesquisas das diferentes
culturas e suas contribuições, e o Enfrentamento da Violência na Escola
através de debates e casos reais.
Quanto à inclusão, as aulas têm que ser dinâmicas, possibilitando
atividades diversificadas, fazendo com que cada aluno receba condições
necessárias para que ocorra o aprendizado.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual,
isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no
processo de ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância
individual, no ensino de Filosofia, a avaliação não se resume a perceber o
quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da filosofia, ou
nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou
daquele tema.
A filosofia como prática, como discussão com o outro e como construção
de conceitos encontra seu sentido na experiência do pensamento filosófico.
Entendemos por experiência esse acontecimento inusitado que o educador
pode propiciar e preparar, porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou
medir.
Ao avaliar o professor tem profundo respeito pelas posições do
145
estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a
capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a
capacidade de construir e tomar posições e de detectar os princípios
subjacentes aos temas e discursos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino
Médio de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
Qual discurso tinha antes? (O educando já havia parado para pensar
sobre esse assunto? Qual é sua opinião? Essa opinião está baseada
em que?);
Qual conceito trabalhou? (O aluno seguiu qual linha de pensamento
para alcançar um novo conhecimento?)
Qual discurso tem após? (Diante do exposto, estudado, dialogado,
discutido, o aluno chega a qual conclusão sobre o assunto? Qual é sua
nova postura mental? Qual o novo grau de conhecimento a que
chegou?)
Qual conceito trabalhou? (Foi trabalhado um conceito específico ou
vários? Houve realmente uma aprendizagem? Um acréscimo do
conhecimento científico ao senso comum?)
A avaliação deverá ser contínua, permanente e diagnóstica centrada na
aprendizagem significativa que permita ao aluno uma leitura de mundo,
estando vinculada ao Projeto Político-Pedagógico do colégio:
Trabalhos individuais e em grupos.
Pesquisas a serem apresentadas e entregues.
Participação nas atividades.
Avaliações escritas.
Sempre que necessário será ofertada a recuperação de conteúdos,
através de novas metodologias: em grupo, onde os alunos que entenderam o
conteúdo e não estão com dificuldade no assunto podem auxiliar os outros em
forma de monitoramento; correção e comentário das avaliações no quadro
juntamente com toda a turma, leitura de textos complementares oportunizando
assim a melhoria da aprendizagem.
146
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, Maria L. de A. & MARTINS, Maria H. P. Filosofando- Introdução à Filosofia. São Paulo, Editora Moderna, 1986.
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia. 2ª ed. São Paulo, Editora Ãtica, 1995. ______. Filosofia. São Paulo, Ed. Ática, 2000. Série Novo Ensino Médio. MORGAN, Nestor L. Filosofia para o Século XXI. 2ª ed. Francisco Beltrão, Gráfica e Editora Berzon Ltda. 2001. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Livro Didático Público. Curitiba: SEED-PR, 2006. PARANÁ. DCE de Filosofia. Curitiba, SEED, 2008. SEVERINO, Antonio J. Filosofia. São Paulo, Cortez Editora, 1993. TELES, Antonio X. Introdução ao Estudo da Filosofia. 29ª ed. São Paulo. Ática, 1991.
147
11. FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Física tem como objeto de estudo o Universo em toda
sua complexidade, sua evolução, suas transformações e interações que nele
ocorrem, além da aplicação de conhecimentos científicos como modelo de
elaborações humanas. Desde tempos remotos, provavelmente no período
paleolítico, a humanidade observa a natureza, na tentativa de resolver
problemas de ordem prática e de garantir subsistência. Porém, bem mais tarde
é que surgiram as primeiras sistematizações, com o interesse dos gregos em
explicar as variações cíclicas observadas nos céus.
Esses registros deram origem à astronomia, talvez a mais antiga das
ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos.
Entretanto, apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos,
como os árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da
Física demonstram que, até o período do Renascimento, a maior parte da
ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à Astronomia
Geocêntrica de Ptolomeu (150 d. C.) e à Física de Aristóteles (384-322 a.C.).
As explicações a respeito do Universo mudam, em cada época, de
acordo com o que se conhece sobre ele. Aristóteles, no século IV a.C.,
apresentou argumentos bastante convincentes para mostrar a forma
arredondada da Terra e desenvolveu uma Física para tentar compreender a
nova visão de mundo terrestre. Essa idéia trazia alguns questionamentos,
dentre eles: como pessoas e objetos moventes não caíam da Terra? Um
percurso pode iniciar e terminar no mesmo lugar? Como a Terra não cai, já que
não há nada que a segure, como se supunha haver, quando se imaginava que
ela fosse plana?
Diante disso, compreendemos que a Física deve contribuir para a
formação de sujeitos capazes de perceber um corpo de conhecimentos
estruturado, com leis e princípios que dêem conta da compreensão do
universo, sua evolução , transformações e interações que nele se apresentam.
O conhecimento acumulado ao longo da história constitui um bem valioso na
148
educação e entendemos que esse deve ser contínuo na construção do
conhecimento. O tratamento dos diferentes campos do conhecimento envolve
uma releitura dessa área para que a definição dos temas privilegie os objetos
de estudo, explicitando, desde o início uma cidadania consciente, atuante e
solidária no que e refere ao educando.
Os objetivos são concebidos para que o aluno desenvolva aptidão que
lhe permita compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão,
utilizando conhecimentos da natureza científica e tecnológica.
Através do ensino da Física, como disciplina escolar, espera-se que
os sujeitos envolvidos neste processo, compreendam a ciência como uma
visão abstrata da realidade, que no caso da Física se apresenta sob a forma de
definições, conceitos, princípios, leis e teorias, os quais são submetidos a
rigorosos processos de validação, portanto, o ensino de Física deverá e ser
organizado de forma que, ao final do Ensino Médio, o aluno seja capaz de:
Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em
sociedade, como agente transformador de um mundo ao qual vive e em
relação aos demais seres vivos componentes do ambiente;
Compreender o estudo da Física como um processo de produção de
conhecimentos e uma atitude humana, histórica associada a aspectos
de ordem social, econômica, política e cultural;
Identificar relações entre conhecimento científico, produção tecnológica
e condições de vida no mundo atual e em sua evolução histórica,
compreendendo a tecnologia como um meio de suprir necessidades
humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas
científico-tecnológicas;
Formular questões, diagnosticar problemas reais e propor soluções para
eles a partir de elementos científicos, colocando em prática conceitos,
procedimentos e atitudes desenvolvidas no aprendizado escolar;
Saber utilizar conceitos científicos básicos associados a energia,
matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para
a coleta de dados, realizar comparações entre explicações, organização,
comunicação e discussão de fatos e informações;
149
Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa
para construção coletiva do conhecimento.
CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
Conteúdo
estruturante
Conteúdo
Básico
Conteúdo Específico Objetivos
1º trimestre
*Movimento * Momentum
- Física e suas
relações com outras
ciências;
-Medidas e Sistemas
de Unidades;
- Referenciais;
-Composição dos
movimentos;
-Movimento circular
uniforme;
- MRU e MRUV.
*Desenvolver capacidade
de investigação; observar,
*classificar, organizar,
sistematizar, estimar
grandezas;
* Compreender conceitos
e medidas; criar hipóteses
e modelos ;
*Reconhecer, utilizar,
interpretar e propor
modelos explicativos ou
representativos para
fenômenos ou sistemas
naturais e tecnológicos.
2º trimestre
-Movimento * Momentum
* Hidrostática
*Gravitação
Universal
- Leis de Newton;
- Mecânica dos
fluidos.
-Origem e Evolução
do Universo: Modelos
Planetários;
* Compreender as leis que
regem os movimentos
percebendo suas
aplicações no cotidiano;
*Relacionar força e
movimento,
estabelecendo condições
150
- Leis de Kepler;
-Teoria gravitacional e
centro de gravidade.
de equilíbrio estático e
dinâmico de um corpo;
* Verificar aplicações das
forças de atrito entre
corpos e superfícies.
*Compreender pressão,
prensa hidráulica e
teoremas.
* Compreender a
construção do
conhecimento físico como
um processo histórico em
estreita relação com
condições sociais,
políticas e econômicas;
* Reconhecer e avaliar o
caráter ético do
conhecimento científico e
tecnológico (uso da
tecnologia – satélites
artificiais); * Reconhecer
o papel da Física na
sistema produtivo,
compreendendo a
evolução tecnológica.
3º trimestre
Movimento
*Inércia e
Momentum
-Impulso e quantidade
de movimento;
- Conservação da
*Compreender fenômenos
ligados ao seu cotidiano;
compreender a Física
151
quantidade de
movimento;
-Choques mecânicos.
-Energia mecânica
como parte integrante do
sistema produtivo;
compreender a evolução
dos meios tecnológicos;
* Dimensionar a crescente
capacidade do ser
humano na aplicação
desses conhecimentos no
uso de suas tecnologias.
- Compreender as
transformações de energia
mecânica relacionadas ao
trabalho realizado e seu
rendimento.
2ª SÉRIE
Conteúdo
estruturante
Conteúdo
Básico
Conteúdo
Específico
Objetivos
1º trimestre
Termodinâmica
e Movimento
* Lei zero da
termodinâmica;
* Modelos de
- Termologia;
- Equilíbrio
Térmico;
- Termômetros;
- Escalas
termométricas;
- Transformações
de escalas;
- Lei geral dos
gases ideais;
- Teoria cinética
dos gases.
* Desenvolver
competências que
permitam a compreensão
de processos e
propriedades térmicas de
diferentes materiais;
compreender as variações
climáticas e ambientais;
compreender aparelhos
tecnológicos que envolvam
controle de calor.
152
vapor:
* Compreender as
diferentes modelos de
transformações de calor e
suas aplicações, saber
utilizar o calor e suas
transformações para seu
benefício no cotidiano
2º trimestre
Termodinâmica
* Primeira e
Segunda Lei da
Termodinâmica
* Vapor e
movimento
- Calor específico;
- Calor latente.
- Transferência de
calor e mudança
de fase;
- Dilatação
térmica e
propagação de
calor.
- Máquinas
térmicas;
-Transformações
termodinâmicas;
-
Transformação
cíclica;
- Processos
reversíveis e
irreversíveis
* Entender os processos de
trocas de calor;
compreender conceitos;
processos reversíveis e
irreversíveis; identificar a
transferência de calor como
troca de energia.
* Compreender as
diferentes dilatações
sofridas por corpos sólidos,
líquidos e gasosos;
* Entender os processos
em que ocorrem os
conceitos de calor para
compreensão do universo
em que vive suas leis e
limitações da natureza nos
processos reversíveis e
irreversíveis e suas
aplicações no
153
- Entropia.
desenvolvimento e
favorecimento na revolução
industrial.
3º trimestre
Termodinâmica
Eletromagnetis
mo
* Vapor e
Movimento;
*Óptica
geométrica.
- Pressão e
volume;
- Conceitos,
princípios e
aplicações da luz.
* Aplicar as leis em fluidos
diferenciando densidade
das substâncias e corpos
relacionando profundidades
e pressões.
* Pesquisar, compreender e
aplicar conhecimentos
sobre o comportamento da
luz ;
3ª SÉRIE
Conteúdo
estruturante
Conteúdo
Básico
Conteúdo
Específico
Objetivos
1º trimestre
Eletromagnetismo *Dualidade
onda
partícula;
*Natureza da
luz e suas
propriedades
.
Efeito
Fotoelétrico;
-Teoria
Ondulatória e
teoria corpuscular.
-Reflexão,
refração,
dispersão e
difração da luz
*Aplicar os conhecimentos
ligados as inovações
tecnológicas a partir dos
trabalhos de Maxwell
relacionando os avanços
da Física ás perspectivas
atuais.
2º trimestre
Eletromagnetismo: *Carga
elétrica e
- Eletrização dos
corpos, corrente
* Reconhecer a natureza
da eletricidade estática e
154
circuito
elétrico
elétrica e seus
efeitos,
condutores e
isolantes;
- Geradores,
receptores e
resistores.
dinâmica identificando
condutores e isolantes;
*Identificar e compreender
aparelhos resistivos, suas
potências e consumos de
energia em equipamentos
elétricos do cotidiano.
* Identificar e diferenciar
aparelhos geradores e
receptores de acordo com
suas funções no circuito
elétrico.
3º trimestre
Eletromagnetismo *Corrente
elétrica e
circuito
elétrico;
*Magnetismo
e seus
fenômenos
*Equações
de Maxwell:
Lei de Gauss
para
eletrostática/
Lei de
-Geração,
transformação e
conservação de
energia;
-Potência e
rendimento de
aparelhos
eletrônicos e
consumo
residencial;
-Campos
eletromagnéticos:
imãs,
magnetismo;
-fenômenos
magnéticos,
* Adquirir conhecimento e
competência necessária
para análise de problemas
relacionados aos recursos
e fontes de energia no
mundo contemporâneo,
desde o consumo
doméstico ao quadro de
produção e utilização em
âmbito nacional, avaliando
seus impactos ambientais.
*Compreender fenômenos
elétricos e magnéticos em
equipamentos de uso
diário, geradores e
motores de uso industrial
desenvolvendo condições
155
Coulomb, Lei
de Ampère,
Lei de Gauss
magnética,
Lei de
Faraday)
indução
eletromagnética,
força magnética e
ondas
eletromagnéticas
de utilização;
Compreender processos
de transmissão de
informações
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O aprendizado das ciências em geral aguça nossa racionalidade e nos
coloca em sintonia com o universo que nos cerca. Também não ha dúvida de
que as aplicações práticas realçam a importância de cada um dos conceitos e
de que o aprendizado da Física amplia nosso poder de abstração cristalizando
nossa visão nas relações de causa e efeito tornando-os cidadãos mais
conscientes.
Uma das grandes dificuldades na transferência do conhecimento é o
―como ensinar‖, ou seja, qual a metodologia mais adequada a ser utilizada pelo
educador para que haja uma real apropriação dos conhecimentos no ensino da
Física, suas leis e princípios gerais no desenvolvimento do educando, levando-
se sempre em consideração elementos próximos, práticos e vivenciais do
mesmo, utilizando métodos inovadores que interajam com a escola e a
comunidade.
Torna-se, portanto, indispensável trabalhar com modelos construídos a
partir da necessidade explicativa dos fatos e fenômenos. A aptidão no uso
instrumental da Física, não significa limitar a atenção aos objetos de estudos
usuais a mesma, mas também analisar e discutir os conhecimentos que estes
focalizam.
Nos temas abordados se faz necessário uma verificação que promova um
melhor desenvolvimento, utilizando-se no sentido prático e vivencial abonando
modelagens mais abstratas e deixando de enfatizar em demasia a
matematização como se pratica usualmente.
156
Para que o educando adquira um aprendizado amplo, este deverá ser um
leitor crítico e atento às notícias científicas divulgadas de diferentes formas,
como: sites de internet, programas televisivos, notícias de revistas e jornais,
vídeos entre outros.
Equipamentos experimentais, instrumentos e recursos tecnológicos devem
ser constantes na aprendizagem do educando, bem como a realização e
excursões onde associa-se teoria a prática vivencial.
Se faz necessário, portanto, a utilização de uma metodologia que estimule
no educando um espírito de investigação, partindo de situações práticas, em
busca de uma visão cosmológica atualizada.
No estudo dos Movimentos a aluno deverá reconhecer conceitos básicos,
identificar e converter unidades de medida, espaço e tempo, definir e
diferenciar os vários tipos de movimentos, caracterizar grandezas.
O estudo da Termodinâmica dará ao aluno a capacidade de identificar,
conceituar, reconhecer, relacionar e explicar como ocorrem o equilíbrio térmico,
as trocas de calor,a dilatação dos corpos nas diferentes fontes de calor. Já no
estudo do Eletromagnetismo, o aluno poderá observar, reconhecer,
compreender e explicar o funcionamento de aparelhos em que a eletricidade
gera magnetismo e vice-versa, compreender a geração, transformação e
conservação de energia bem como a aquisição de aparelhos sempre
observando sua potência.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem que
deve ser considerada em direta associação com os demais. A avaliação
informa ao professor o que foi aprendido pelo educando; informa ao educando
quais são seus avanços, suas dificuldades e possibilidades; encaminha o
professor para a reflexão sobre a eficácia de sua prática educativa e, desse
modo, orienta o ajuste de sua intervenção pedagógica para que o educando
adquira o conhecimento.
157
A avaliação deve ser essencialmente formativa, contínua e processual,
vista como um instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico do
educando e do trabalho do educador. Diante disso não podemos avaliar o
educando por uma simples prova escrita, limitando seus meios e estratégias de
demonstrar o conhecimento. Nesta proposta em que o educando é
frequentemente solicitado a participar e criar, uma avaliação não será suficiente
para sintetizar tudo que ele viveu, pensou e aprendeu. Logo, será necessário
envolver o mais amplamente possível, todo o trabalho realizado.
Para tanto a avaliação irá considerar o desenvolvimento das
capacidades dos alunos com relação a aprendizagem de conceitos,
procedimentos e atitudes, utilizando diversos instrumentos e situações para
que se possa avaliar as diferentes aprendizagens, lembrando sempre que a
recuperação de conteúdos paralela e contínua, direito do aluno,será aplicada
sempre que necessário.
Critérios e instrumentos de avaliação:
A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de
ensino e aprendizagem planejada;
A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos,
as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro
evento que envolva os conhecimentos da Física.
Compreensão e análise na participação e relatórios em aulas
laboratoriais;
Observação do desempenho em resoluções de atividades individuais ou
em grupo;
Registro de avaliações dissertativas ou de múltipla escolha;
Determinação da média de cada educando pela somatória de todos os
trabalhos realizados.
Recuperação de conteúdos já abordados para melhor aquisição de
conhecimentos.
158
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do para a Educação Básica. Biologia. Curitiba, 2008.
159
12. GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde a antiguidade a Geografia era praticada como a simples arte de
descrever as paisagens observadas pelo homem. Embora os fatos observados
apresentassem uma riqueza impressionante de detalhes, não chegavam a
conclusão nenhuma.
O próprio homem, porém sentia, como ainda hoje, a necessidade de
provar, explicar, localizar, representar os fenômenos naturais que o cercam.
Assim, numa preocupação constante de entender o que acontecia, ele chegou
a conclusões tão importantes que transformou a Geografia numa ciência. Essa
transformação tornou-se mais visível a partir do século XIX.
Na antiguidade clássica, avançam a elaboração dos saberes
geográficos, ampliando os conhecimentos sobre as relações sociedade-
natureza, extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais.
Na idade média alguns conhecimentos geográficos foram abandonados,
pois feriam a visão do mundo imposta pelo poder político.
As questões cartográficas voltaram a ser discutidas quando os
mercadores precisavam representar o espaço para registrar as rotas marítimas,
a localização e distância dos continentes.
Os saberes geográficos passaram a fazer parte das discussões
filosóficas, econômicas e políticas referentes ao espaço e a sociedade.
As ideias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no
século XIX de forma indireta nas escolas.
A institucionalização da geografia no Brasil consolidou-se a partir da
década de 1930. As pesquisas buscaram compreender e descrever o ambiente
físico nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado.
Na segunda metade do século XX as transformações intensificaram e
originaram novas análises do espaço geográfico, reformulando o campo
temático da geografia.
A lei 5692/71 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)
regulamentou as disciplinas relacionadas às ciências humanas e institui a área
160
de estudos sociais, não garantia a interrelação entre os conteúdos de
Geografia e História tornando-a ilustrativa e superficial. Nos anos 80, ocorreram
movimentos visando o desmembramento da disciplina de Estudos Sociais e o
retorno da Geografia e da História, que só ocorreu após a resolução nº. 06 de
1986 do conselho Federal da Educação (Diretrizes Curriculares da Educação
Básica da Secretaria de Educação do Estado do Paraná – 2008).
A geografia chamada crítica do pensamento geográfico, deu novas
interpretações aos conceitos geográficos e o objeto de estudo da Geografia,
trazendo as questões para a compreensão do espaço geográfico.
A compreensão e a incorporação da Geografia crítica foram gradativas e
vinculadas aos programas de formação continuada, sofrendo avanços e
retrocessos em funções do contexto histórico e das condições políticas.
Encontros e conferências mundiais priorizaram a educação criando o
novo perfil do trabalhador para o capitalismo.
Foi neste contesto que ocorrem à produção e a aprovação da nova LDB
9394/96 e os PCNs.
No Paraná, a partir de 2003, a política educacional assumiu como uma
de suas prioridades, ações que visavam à retomada dos estudos das
disciplinas de formação do professor estimulando seu papel de pensador e
pesquisador.
As especificidades regionais aos assuntos relacionados à geografia do
Paraná devem ser contempladas com conteúdos curriculares da disciplina.
Com o objetivo de estimular as reflexões a respeito da Geografia e do seu
ensino, problematizando a abrangência dos conteúdos desse campo do
conhecimento, para a compreensão do espaço geográfico no atual período
histórico. Essa reflexão deverá ser ancorada num suporte-teórico crítico, que
vincula o objetivo da geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de
ensino e abordagem metodológica aos determinantes sociais, econômicos,
políticos e culturais ao atual contexto histórico.
A Geografia procura integrar os elementos da paisagem física ou natural
à presença das sociedades humanas. Desse modo, pretende proporcionar uma
melhor compreensão do mundo em que vivemos. Necessária para que nos
tornemos cidadãos plenos, reflitamos sobre o mundo que nos cerca e
161
tenhamos uma visão crítica do mundo e de suas incessantes modificações.
Para nos posicionarmos inteligentemente frente a este mundo, temos de
conhecê-lo bem. Para nele vivermos de forma consciente e crítica, devemos
estudar os seus fundamentos, a sua dinâmica, desvendar os seus mecanismos
e é a Geografia um instrumento indispensável para empreendermos essa
reflexão.
O aperfeiçoamento do nosso educando como pessoa humana, deve
priorizar a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico.
O ensino da geografia necessita ampliar as possibilidades de um
conhecimento estruturado e equilibrado pela escola, que conduza o aluno para
sua autonomia necessária para garantir sua cidadania de forma equilibrada e
sustentável.
Todos os elementos: naturais, culturais e técnicos, bem como as
relações sócio-culturais e político-econômicos podem ser considerados
norteadores para as diretrizes curriculares do ensino da geografia,
considerando toda a dinâmica estabelecida entre os seus fatores de ligação e
interlocução, para que o aluno sinta-se envolvido e integrado a realidade da
sociedade que o cerca, sabendo avaliar, localizar no tempo e espaço a
cronologia histórica dos acontecimentos geográficos, interagindo, construindo
parâmetros que levam a uma evolução no aspecto construtivista geográfico.
A partir do exposto sobre a teoria de ensino de Geografia pode-se
acrescentar que a relevância dessa disciplina esta no fato de que todos os
acontecimentos do mundo têm dimensões parciais onde o espaço e a
materialização dos tempos e da vida social estão refletidos no espaço
geográfico.
Muitas foram às denominações propostas para o objeto, hoje entendidas
como o Espaço Geográfico e sua composição conceitual básica – lugar,
paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre outros.
Porém a expressão Espaço Geográfico, bem como sua composição
conceitual, não se auto-explicam. Exigem esclarecimento, pois, depende das
correntes de pensamento que assumem posições filosóficas e políticas
distintas.
162
Considerando que conforme as Diretrizes Curriculares pretende-se a
formação de um aluno consciente das relações sócio-espaciais de seu tempo,
assume-se o quadro conceitual das teorias críticas da Geografia, ou seja,
desconsidera as linhas de pensamento que negam, em suas construções
conceituais, os conflitos e as contradições sociais, econômicas, culturais e
políticas que constituem o espaço geográfico, consideradas acríticas.
A introdução do ensino, nas escolas, do programa de conscientização
tributárias é fundamental para despertar nos jovens a pratica da cidadania, o
respeito ao bem comum e a certeza de que o bem estar social somente se
consegue com a conscientização de todos. O programa busca o
comprometimento com a construção da cidadania, da solidariedade, da ética,
da transparência, da responsabilidade fiscal e social, expressos na educação,
na cidadania, na ética, na política.
As instituições gestoras e suas respectivas competências constam da
Portaria Interministerial da Fazenda e Educação nº. 413 de 31 de dezembro de
2002 - Diretrizes Curriculares da Educação Básica da Secretaria de Educação
do Estado do Paraná – 2008 reformulando o grupo de Trabalho Educação
Fiscal nos três níveis de governo definido a competência dos órgãos envolvidos
no programa.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Compreender o mundo em que vivemos numa dimensão Global, sendo
que o campo de estudo desta ciência diz respeito ao espaço da sociedade
humana, sobre a qual o homem vive e ao mesmo tempo, produz modificações.
Conforme as sociedades foram se modificando, criando novas e mais
complexas formas de sobrevivência, novos espaços foram sendo construídos.
Tudo nesse espaço depende do homem e da natureza e se transforma
rapidamente.
Devemos refletir o nosso mundo, compreendendo-o do âmbito local até
os âmbitos nacional e planetário, pois a Geografia é um instrumento
indispensável para compreendermos nossa atuação no mundo.
163
CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem em seus
conteúdos específicos os grandes conceitos geográficos (sociedade, território,
região, paisagem, lugar) entre outros que somente interrelacionados tornam-se
significativos e contribuem para, a compreensão do espaço geográfico.
A partir dos conteúdos estruturantes, derivam os conteúdos básicos, os
quais devem ser abordados a partir das relações entre poder, espaço-tempo e
sociedade-natureza, pois essas relações estão perpassando os mesmos,
garantindo assim a totalidade na abordagem.
Espera-se que o aluno, ao iniciar seus estudos no 6º ano do ensino
fundamental, amplie as suas noções espaciais, o professor deverá abordar os
conhecimentos necessários para o entendimento das interrelações entre as
paisagens naturais e artificiais. O professor aprofundará os conceitos de lugar e
paisagem, e em caráter introdutório, os conceitos de região e território. Além
disso, o espaço geográfico deve ser compreendido como resultado da
integração entre a dinâmica físico/natural e dinâmica humano/social, junto
disso os diferentes níveis de escalas de analise pode transitar entre o local,
regional, nacional e global ou vice-versa. Assim como, promover uma
abordagem da linguagem cartográfica, usando-a para mostrar como os
fenômenos se distribui e se relacionam nesse espaço.
Ao aperfeiçoar tais conhecimentos, o aluno pode com mais propriedade,
já no 7º ano, analisar os fenômenos citados na escala nacional (Brasil),
relacionando-os quando possível com a realidade mundial. Neste momento, as
reflexões podem ser promovidas pelo professor em torno da aplicação dos
conceitos construídos desde as series iniciais e, descobrindo as
especificidades natural-sociais, as relações de poder político e econômico no
processo de globalização, das regiões e do território.
Quando as especificidades do território nacional estiverem
compreendidas, no 8º e 9º ano, o aluno ampliará e aprofundará suas análises
espaciais com relação aos continentes: América, Europa, África, Ásia, Oceania
e Regiões Polares. Novamente as reflexões sobre as especificidades natural-
sociais, as relações de poder político e econômico. Nada impede que o
164
professor faça relação entre os continentes (países), podendo retornar ao
espaço local sempre que puder, permitindo maior compreensão sobre o espaço
no processo de globalização.
Espera-se que o aluno do Ensino Médio compreenda as rápidas
transformações, ocorridas neste início de século, por um lado, para o aumento
da produção e fluxo de mercadorias, pessoas, informações e serviços, de
outro, alargar as diferenças política e social nas escalas locais e globais. Os
impactos ambientais que foram causados historicamente pela humanidade e
intensificados pela atual sociedade consumista têm colocado em risco em
diferentes pontos das superfícies terrestre.
Não basta citar ou descrever impactos ambientais é preciso
contextualizá-los e problematizá-los. Deve se trabalhar a todo momento os
conceitos geográficos, dentro da escala local e global, utilizando a cartografia
como linguagem.
A atual realidade aponta para um mundo dinâmico, heterogêneo,
complexo e desigual, resultados direto da mobilidade e do avanço técnico-
científico informacional que elevou a velocidade dos deslocamentos de
indivíduos, instituições, capitais e informações. Não basta descrever as
particularidades, é preciso estudar como as sociedades se formaram
questionar os motivos que levam os homens a migrar, dentro e fora dos
territórios, analisarem as informações que imprimem novas marcas nos
territórios e produzem novas territorialidades.
Como o intuito de criar uma rede de transformação e circulação de
mercadorias, pessoas, informações e capitais o homem apropriou-se do meio
natural e provocou uma intensa mudança na produção do espaço. Considera-
se que os alunos são agentes da construção do espaço, portanto é também
papel da Geografia subsidiá-los para interferir conscientemente na realidade.
Quando o professor, abordar um conteúdo básico, o petróleo, por
exemplo, deverá trabalhar o valor político e econômico desse recurso natural e
sua influência nas relações socioambientais e culturais demográficas,
presentes no mundo. O aluno aprofundará suas análises sobre as relações de
poder existentes entre os Estados Internacionais, as Multinacionais, as
diversidades culturais e raciais, Educação do Campo, Fiscal e Educação
165
Especial, que objetiva prepará-lo para vida, dotando-o de conhecimento,
saberes e habilidades, tornando-o capaz de compreender o mundo e intervir
conscientemente no seu espaço, edificando uma sociedade livre, justa e
solidária.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratado em diferentes escalas
geográficas, com uso de linguagem cartográfica, escala e orientação. A
compreensão do objeto da geografia – espaço geográfico é a finalidade do
ensino dessa disciplina.
Os conceitos fundamentais da geografia – paisagem, lugar, região,
território, natureza e sociedade, deverão ser apresentadas de forma crítica.
A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que
possível.
A cultura afro-brasileira, indígena, e a sociodiversidade, bem como a
educação ambiental, deverão ser consideradas no desenvolvimento dos
conteúdos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.
Dimensão Política do Espaço Geográfico.
Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.
Dimensão socioambiental do Espaço Geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
6º ANO
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
166
espaço geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
A transformação demográfica, a distribuição espacial, e os indicadores
estatísticos da população.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
7º ANO
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do
espaço geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
8º ANO
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território do
continente Americano.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
Estado.
167
O comércio e suas implicações socioespaciais.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Movimentos migratórios e suas motivações
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
9º ANO
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
Estado.
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no
espaço da produção.
O comércio e suas implicações socioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
mundial.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
O espaço em rede: produção transporte e comunicações na atual
configuração territorial.
168
1ª SÉRIE
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do
espaço geográfico.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização recente.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
2ª SÉRIE
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização
do espaço geográfico.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização recente.
A formação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
169
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
3ª SÉRIE
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos
naturais.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios.
A formação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
METODOLOGIA
O ensino de Geografia deve ser trabalhado de maneira que instigue e
desafie o aluno a aprender o ponto de partida, a realidade concreta, vivida e
experimentada por todos nós (alunos e professores).
Os conteúdos básicos serão trabalhados de forma crítica e dinâmica,
interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos
fundamentos teóricos propostos utilizando a cartografia como linguagem
essencial, possibilitando transitar entre as diferentes escalas espaciais, ou seja,
do local ao global e vice-versa.
O professor deve promover a compreensão, comparação e análise para
170
facilitar a interpretação e compreensão da realidade e valorização do meio em
que vive. Para desenvolver melhor o aprendizado serão utilizados mapas, livros
didáticos, revistas, jornais, transparências, murais e cartazes interpretativos,
plantas e símbolos cartográficos ampliados. Além da sala de aula, os alunos
poderão ter aulas de campo referentes a reposição de mata ciliar, conservação
dos rios, visita a centros meteorológicos para um aprofundamento em relação
às mudanças climáticas.
As práticas pedagógicas devem apresentar aos alunos os diferentes
aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes momentos da escolaridade,
de modo que os alunos possam construir compreensões novas e mais
complexas a seu respeito. Dessa forma desenvolverá a capacidade de
identificar e refletir sobre aspectos da realidade. Essas práticas envolvem
procedimentos de problematização, observação, registros, descrição,
documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais, culturais ou
naturais que compõem a paisagem e o espaço Geográfico.
O professor de geografia deve estar atento a Lei nº. 10.639/03 que altera
a Lei nº. 9.394/1996, a qual torna obrigatório abordar temas sobre a cultura
Afro-brasileira e Africana. Essa temática deverá ser trabalhada nas diferentes
séries, através de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos, entre outros.
Abordando conhecimentos sobre: a população brasileira, miscigenação dos
povos, a distribuição espacial da população Afro-descendente no Brasil e no
mundo, a distribuição do negro na construção da nação brasileira, o movimento
do povo africano no tempo e no espaço, trabalho e renda, a colonização da
África pelos europeus, estudo de como o continente africano se configurou
espacialmente, práticas de segregação racial, entre outros.
Além de trabalhar os conteúdos básicos de geografia em sala de aula, o
professor quando necessário pode, como citado anteriormente, trabalhar a
educação fiscal, as diversidades culturais e raciais que objetiva preparar os
alunos para a vida, dotando-os de conhecimentos, saberes e habilidades.
A geografia deve contribuir para uma leitura crítica das contradições e
conflitos de toda ordem implícita e explícita no Espaço Geográfico.
O Ensino da Geografia alfabetizará ininterruptamente, o aluno para a
leitura do Espaço Geográfico, pois precisarão compreender o porquê das
171
localizações, as relações políticas, sociais, culturais e econômicas, que
investigue e desafie o aluno a conhecer, compeender e interpretar.
A geografia deverá proporcionar um estudo que busque junto ao aluno
uma postura crítica diante da realidade, comprometida com o homem,
sociedade e natureza, numa versão mais real e humana.
Pretende-se que o aluno compreenda os conceitos geográficos e o
objeto de estudo da geografia em suas amplas e complexas relações.
Pode-se articular e selecionar outros conteúdos básicos que envolverão
também aspectos sócio-ambientais e culturais de diversos espaços, incluindo o
Brasil e o Paraná.
A todo o momento, as categorias de análise do espaço geográfico
relações de poder, espaço/temporais e sociedade-natureza deverão estar
presentes.
As questões geográficas relacionadas ao atual período histórico poderão
ser enfocadas para que os conceitos básicos da geografia, lugar, território,
paisagem, região sociedade, natureza e rede, sejam tratadas de maneira mais
complexa e crítica. Os problemas urbanos e rurais, as questões fundiárias, os
poderes paralelos, a produção e o consumo dos espaços da cidade e do
campo, em todas as escalas geográficas, permitem retomar discussões
políticas, econômicas, sócio-ambientais e culturais/ demográficas.
Caberá ao professor adequar os conteúdos geográficos e enriquecê-los
de acordo com sua realidade. Os recursos que serão utilizados serão: Tabelas;
Gráficos; Esquemas; Mapas; filmadora; Fotos; Charges; Livro didático público;
Textos complementares; Revistas; Laboratório de informática, TV e Pendrive,
Vídeos; Aulas de campo.
AVALIAÇÃO
A prática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento
escolar será continua e diagnóstica. Deverá ser assumida como um
instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra
o aluno.
172
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos
poderão rever as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no
processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem à superação das dificuldades.
A avaliação poderá ser realizada a partir do diálogo entre alunos e
professores, de forma individual ou coletiva. Assim o aprendizado e avaliação
poderão ser compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de
modo contínuo, processual e diversificado.
Retomar avaliação com os alunos permite situá-los como parte de um
coletivo, onde a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida. No
entanto, cabe ao professor planejar situações diferenciadas de avaliação.
Avaliações poderão contemplar diferentes práticas pedagógicas tais
como: leitura, interpretação e produção de textos geográficos; leitura e
interpretação de fotos; imagens e diferentes tipos de mapas; pesquisas
bibliográficas, aulas de campo, interpretação de diferentes tabelas e gráficos e
provas escritas.
A avaliação será diagnóstica, continuada, contemplando diferentes
práticas pedagógicas e a recuperação de conteúdo será paralela (metodologia
diferenciada para intervir na não aprendizagem do aluno). O professor deverá,
então, observar se os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram
a relação de poder, de espaço, tempo e de sociedade-natureza para
compreender o espaço nas diferentes escalas geográficas), contínua e
gradativa conforme as necessidades dos alunos.
O plano de avaliação será de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula
zero), sendo que ao aluno não poderá ser ofertado um único instrumento de
avaliação. O aluno para ser aprovado deverá ter 75% (setenta e cinco por
cento) de frequência e média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, R.D e PASSINI, E.Y. Espaço geográfico: ensino e representação. 6. ed. São Paulo: contexto, 1998.
173
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VESENTINI, J. William – Sociedade e Espaço – Geografia Geral e do Brasil, Editora Ática – 2007. VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: contexto, 1990.
175
13. HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
No Brasil, a História passou a existir como disciplina escolar com a
criação do Colégio Pedro II, em 1837. No mesmo ano foi criado o Instituto
Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB) sendo definidos os programas escolares,
os manuais didáticos e as orientações dos conteúdos a serem ensinados.
Essas orientações foram elaboradas sob influência da história metódica
e do positivismo, caracterizada por uma racionalidade histórica marcada pela
linearidade dos fatos, uso restrito de documentos oficiais e pela valorização
política dos heróis.
Essa narrativa histórica justifica o modelo de nação brasileira, vista como
extensão da História da Europa Ocidental. Nesse modelo conservador de
sociedade, o currículo oficial de História tinha como objetivo legitimar os
valores aristocráticos que excluía a possibilidade das pessoas comuns serem
entendidas como sujeitos históricos.
Posteriormente, segunda metade da década de 80 e início nos anos 90,
o crescimento dos debates em torno das reformas educacionais repercutiu nas
novas propostas de ensino de História, produção diferenciada de materiais e
elaboração curricular.
Nessa mesma década, a opção teórica do Currículo Básico do Paraná,
coerente com o contexto de redemocratização do Brasil, valorizava as ações
dos sujeitos e tinha como pressuposto a historiografia social, pautada no
materialismo histórico dialético, contrária ao ensino de uma racionalidade
histórica linear, pautada na memorização, exercícios de fixação e no
direcionamento dos livros didáticos.
Na instância federal o Ministério da Educação divulgou os Parâmetros
Curriculares nacionais. Estes Parâmetros minimizaram a análise do objeto de
estudos da disciplina e do pensamento crítico. A proposta vinculava-se às
preocupações do mercado de trabalho.
No ano 2003, iniciou-se uma discussão coletiva com o objetivo de
elaborar novas Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino de História,
176
numa perspectiva de inclusão social que considera a diversidade cultural e a
memória paranaense.
A análise histórica da disciplina e as novas demandas sociais para o
ensino de História são indicativos que possibilitam reflexões dos contextos
históricos em que os saberes foram produzidos e repercutiram na organização
do currículo da disciplina.
Segundo as Diretrizes 2008, a matriz curricular contrapõe-se, e as
verdades prontas e definitivas não têm lugar, nem tampouco, uma
racionalidade linear e temática, porque o trabalho pedagógico na disciplina
deve dialogar com várias vertentes e recusar um ensino marcado pelo
dogmatismo e pela ortodoxia.
O ensino de História tem como finalidade a formação de um pensamento
histórico a partir da produção do conhecimento, sendo este conhecimento
provisório, configurado pela consciência histórica dos sujeitos, suas formas de
agir, pensar sentir, representar e de se relacionar social, cultural e
politicamente.
Enquanto Ciência, esta disciplina tem como objeto de estudo, os
processos históricos relativos às ações e relações humanas estabelecidas
entre si e com a natureza nos diferentes tempos e em diferentes espaços.
O conhecimento histórico busca compreender e interpretar os sentidos
que os sujeitos atribuem às suas ações. Possui formas diferentes de explicar
seu objeto de investigação, a partir das experiências dos sujeitos e do contexto
em que vivem, contribuindo para a formação de um pensamento histórico
pautado em uma nova racionalidade histórica.
O ensino de História deve levar os alunos a identificarem os processos
históricos reconhecendo criticamente as relações de poder neles existentes,
bem como interferirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se
fazerem sujeitos da própria história. (DCE, 2008)
OBJETIVOS
Os objetivos atendem tanto a necessidade de desenvolver competências
177
intelectuais quanto à tarefa de formar cidadãos para uma vida solidária e
democrática, compreendendo as características da sociedade atual,
identificando as relações sociais, econômicas, os regimes políticos, as
questões ambientais, comparando-as com as características de outros tempos
e lugares.
Desejando no final do trabalho da disciplina história que os alunos
tenham condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente
as relações de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo em que
vivem tornando sujeito da própria história.
Através de questionamentos, conhecer a realidade atual identificando os
principais problemas e apresentando propostas de solução, considerando seus
próprios limites e possibilidades.
Valorizar o patrimônio sócio cultural e respeitar as diferenças entre as
pessoas, os grupos e os povos, considerando-os um elemento importante da
vida democrática.
Desenvolver a competência leitora, aprendendo a observar, interpretar e
emitir opiniões sobre diferentes tipos de textos, contínuos ou descontínuos.
CONTEÚDOS
Para que haja coerência entre a concepção teórica, o tratamento e a
organização dos conteúdos neste documento foram apresentados os
conteúdos estruturantes conforme DCE 2008, entendidos como Relações de
Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais.
Além desses apontamentos, é necessário relembrar os aspectos que
justificam a apresentação de conteúdos, bem como a organização destes para
a disciplina de História no Ensino Fundamental, é necessário:
Estabelecer referenciais comuns que orientem o currículo de história em
toda a rede pública estadual, superando o esvaziamento dos conteúdos
nos currículos de história, como é o caso da História do Paraná.
Manter a cronologia como referencial para o estudo do passado e suas
relações com o presente neste nível de ensino.
178
Atender as novas demandas para o ensino de História, como a Lei
13.381/01 que torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da
rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do
Paraná, e, a Lei 10.639/03 que estabelece as diretrizes e base da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira, seguida
das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana (2004).
Viabilizar a necessidade de aproximação e compreensão da História dos
povos latino-americanos, como forma de compreensão da história do
Brasil.
Romper com uma visão de História essencialmente e eurocêntrica,
herdeira do chamado quadripartismo histórico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
Das origens do homem ao século XVI – Diferentes trajetórias, diferentes
culturas.
A experiência Humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo
As culturas locais e a cultura comum
179
1º TRIMESTRE
Conteúdos Específicos
Introdução aos estudos históricos
Trabalho do historiador
O tempo e a História
As hipóteses sobre as origens do ser humano
Criacionismo
Evolucionismo
A evolução do ser humano
A vida humana no Paleolítico
O neolítico e a revolução agrícola
A idade dos metais
O surgimento das cidades
O povoamento da América
O ser humano chega a América
Como viviam os primeiros americanos
O ser humano chega ao Brasil
Como viviam os primeiros habitantes do Brasil/Paraná
A arte da cerâmica e as moradias
Civilizações fluviais: Mesopotâmia e Egito
Mesopotâmia: o berço da civilização- Uma história de grandes impérios
O Egito e o rio Nilo
Governo e população do Egito
A religião e a escrita do Egito
2º TRIMESTRE
Civilizações fluviais ou hidrográficas: China e Índia
China: sua formação, as primeiras dinastias
Agricultura chinesa, outras atividades econômicas
Camponeses e nobres na China
Antiga civilização indiana
Fenícios e Hebreus
Fenícios: um povo de Navegantes
180
Os Hebreus e a terra prometida
A vida em Israel
A Civilização Grega
A formação da civilização grega
A vida política na Grécia
Filosofia e a ciência grega
Religião e arte na Grécia
3º TRIMESTRE
Civilização Romana
A formação de Roma
República romana
Império romano
Sociedade e cultura
A crise do Império Romano
A ruralização da Europa
Divisão do Império Romano
Educação Fiscal – Função Socioeconômica do tributo
A ocupação portuguesa e espanhola no espaço paranaense
7ª ANO
Das contestações a ordem colonial ao processo de Independência do
Brasil – século XVII ao XIX
Relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
Relações entre e Campo e a Cidade.
Conflito e resistências e produção cultural campo/cidade.
181
1º TRIMESTRE
Conteúdos específicos
A formação da Europa feudal
Sai os romanos, entram os germânicos
O Império Franco e a Idade Média
O Império Carolíngeo e a Igreja Católica
A formação do feudalismo
Sociedade, economia, cultura e ciência feudal
Os Árabes e a Arábia
Islamismo e a sociedade muçulmana
A África dos grandes reinos
Sociedades tribais
China o Império da prosperidade
Mudanças na Europa
Crescimento do comércio e das cidades – saúde pública
A peste negra e as revoltas camponesas
A formação das monarquias nacionais
O saber e as artes
Mudanças na arte e na região
O renascimento – o humanismo
Reforma protestante e contrarreforma
2º TRIMESTRE
O encontro entre dois mundos
Europa: comércio, riqueza e poder
Europa: nobre e mercantil
Expansão marítima portuguesa e espanhola
América terra de grandes civilizações
A exploração dos Impérios Coloniais
A colonização espanhola na América
As atividades econômicas da colônia
A colonização portuguesa na América
Administração da América portuguesa
182
O nordeste colonial
A economia açucareira
Nem só de açúcar vivia a colônia
Escravidão: captura, resistência e luta
3º TRIMESTRE
A expansão colonial
A união Ibérica e a invasão Holandesa
A conquista do sertão
As missões jesuíticas
Crise e rebeliões na colônia
Educação fiscal – administração pública
Organização política do Paraná – a 5ª comarca de São Paulo – Símbolos
Gente paranaense – cor da pele e discriminação – os negros e os imigrantes
8ª ANO
Pensando a Nacionalidade: Do século XIX ao XX – A constituição do
ideário de nação no Brasil
História das Relações da Humanidade com o Trabalho
O Trabalho e a vida em sociedade
O trabalho as contradições da Modernidade
Os Trabalhadores e as conquistas do direito
1º TRIMESTRE
Conteúdos Específicos
A Inglaterra absolutista e as treze colônias
Absolutismo inglês
As revoluções inglesas
A colonização da América do norte
A época do ouro no Brasil
A descoberta e a exploração do ouro
183
Portugal e o ouro brasileiro
O crescimento do mercado interno e a vida urbana
A revolução industrial
A revolução industrial começou na Inglaterra
As cidades industriais e a vida operária
As lutas operárias e os sindicatos
Revoluções na América e na Europa
A independência dos EUA
A França antes da revolução
A Revolução Francesa
A era de Napoleão e a independência da América espanhola
Napoleão Bonaparte no poder
Os americanos lutam por liberdade
2º TRIMESTRE
A independência do Brasil e o primeiro reinado
A crise do antigo sistema colonial
O Brasil se torna sedo do governo português
Independência do Brasil
Primeiro reinado
Revoluções agitam a Europa
A Europa das revoluções
A unificação da Itália e da Alemanha
EUA: a Guerra de Secessão
Novas formas de ver o mundo
3º TRIMESTRE
Brasil: da regência ao segundo reinado
O período regencial (1831-1940)
O segundo reinado
A expansão cafeeira no Brasil
Abolição do tráfico negreiro
Os imigrantes no Brasil
Educação fiscal – acompanhamento pela sociedade da aplicação dos
184
recursos públicos – conscientização sobre a nota fiscal
Paranismo: movimento regionalista
9ª ANO
Repensando a nacionalidade brasileira: do século XX ao XXI –
Elementos constitutivos do período contemporâneo.
A constituição das Instituições sociais
A formação do Estado
Sujeitos, Guerras e revoluções
1º TRIMESTRE
Conteúdos Específicos
A era do imperialismo
Segunda Revolução Industrial
As novas tecnologias
O surgimento da sociedade de massas – da cultura erudita a cultura de
massas
A república chega ao Brasil
A questão escravista no Brasil Imperial
A Proclamação da República no Brasil
A Guerra de Canudos
A industrialização e o crescimento das cidades
O movimento operário na primeira república
Reformas e revoltas na capital
2º TRIMESTRE
A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa
A Guerra e seus resultados
A Revolução Socialista na Rússia
A arte e a cultura na Europa nos anos 1920
A crise do Capitalismo e a Segunda Guerra Mundial
Os anos 1920, a crise de 1929 e o New Deal
185
Os regimes autoritários tomam conta da Europa
O Nazismo alemão – experiência dolorosa
A Segunda Guerra Mundial – antecedentes, eclosão da Guerra, o avanço
dos aliados
3º TRIMESTRE
A Era Vargas
A Revolução de 1930 e o governo provisório
O governo constitucional de Getúlio Vargas
Estado Novo
Educação e propaganda na Era Vargas – a Era do rádio
O mundo Bipolar
A Guerra Fria
Indústria cultural e esportes
O Estado de bem estar social
A descolonização da África
A revolução na Ásia
Questão Judaico-palestina
Revolução e ditadura na América Latina
Democracia e ditadura no Brasil
O Brasil depois de 1945
O governo de João Goulart e o golpe de 1964
O fim das liberdades democráticas – repressão e abertura
Redemocratização e o governo Sarney
A Nova Ordem Mundial
O fim da União Soviética
O fim do socialismo no oeste europeu
A Nova Ordem Mundial
A globalização e seus efeitos
O ambiente pede socorro
O Brasil na Nova Ordem Mundial
Educação fiscal – recursos públicos- bem estar social
A economia paranaense na atualidade – indústrias no Paraná
186
Cultura no Paraná
Folclore e talentos paranaenses
Cultura Afro-brasileira e Africana – auto estima – convívio pacífico dos
diversos grupos étnicos
20 de novembro – Consciência Negra – Frente Negra Brasileira (1930). –
repensando 13 de maio
1ª SÉRIE
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho livre.
1º TRIMESTRE
Conteúdos Específicos
Refletindo sobre história.
Tempo e história
Pré-história.
Origem humana.
As primeiras sociedades.
Primeiros povos da América.
Antiguidade Oriental.
Povos da mesopotâmia.
2º TRIMESTRE
Povos Egípcios.
Hebreus, fenícios e persas.
Idade Media oriental.
Império Bizantino.
O segundo mundo Islâmico.
Antiguidade Clássica.
3º TRIMESTRE
Os Gregos.
0s Romanos.
Idade Média Ocidental.
187
Reinos Germânicos e império carolíngio.
O Feudalismo.
Igreja e cultura medieval.
Os séculos finais da idade média.
2ª SÉRIE
Urbanização e Industrialização; Estado e as relações de poder; Os
sujeitos as revoltas e as guerras
1º TRIMESTRE
Conteúdos Específicos
O questionamento do poder da Igreja e o renascimento.
A representação da salvação e do sacrifício entre a população européia
do século XVI.
O contexto da divulgação das idéias de Lutero: a reforma protestante e
contra-reforma católica.
As ciências (astronomia, alquimia, química, matemática).
A igreja católica e a religiosidade na América portuguesa.
A expansão européia e conquista da América.
Estado moderno.
Navegação marítima.
O impacto da conquista.
Os Europeus e os povos indígenas.
2º TRIMESTRE
Mercantilismo e Sistema colonial.
Tipos e práticas mercantilistas.
Características do sistema colonial.
Brasil Colônia.
Início da colonização.
Administração portuguesa e igreja católica.
Economia açucareira.
188
Condições da escravidão africana, domínio espanhol e holandês.
Expansão territorial e seus conflitos.
Mineração.
3º TRIMESTRE
O mundo em transformação (séculos XVII e XVIII).
Antigo regime e revolução inglesa.
Iluminismo e Despotismo esclarecidos.
Revolução industrial.
Estados Unidos: da colonização a independência.
Revolução francesa.
O mundo no século XIX.
Era napoleônica e congresso de Viena.
Independência das colônias da América espanhola e do Haiti
Revoluções liberais nacionalismo e unificações.
Expansão do imperialismo.
América no século XIX.
3ª SÉRIE
Movimentos Sociais; Políticos e culturais e as guerras e revoluções;
Cultura e Religiosidade.
1º TRIMESTRE
Conteúdos Específicos
O Brasil no século XIX.
Independência política do Brasil.
Primeiro reinado 1822 a 1831.
Período Regencial, 1831 a 1840.
Segundo Reinado, 1840 a 1889.
Crise do império a instituição da república.
O mundo na primeira metade do Século XX.
A primeira Guerra Mundial.
189
A Revolução Russa.
2º TRIMESTRE
A Segunda Guerra Mundial.
O Brasil na primeira metade do Século XX.
Sociedade e economia na primeira república.
Revoltas na primeira República.
Era Vargas.
O Mundo contemporâneo.
Pós-guerra
Descolonização e os conflitos regionais.
O Socialismo: das revoluções a crise.
Países ricos, pobres e a globalização.
3º TRIMESTRE
O Brasil contemporâneo.
O período democrático.
Os Governos militares.
A volta do processo democrático.
Historia do Paraná.
Colonização.
Cultura e economia.
Política e sociedade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Conforme propõe as Diretrizes, o trabalho pedagógico com os conteúdos
estruturantes, básicos e específicos tem como finalidade a formação do
pensamento históricos dos estudantes, isto se dá quando professor e aluno
utilizam nas pesquisas os métodos investigação histórica articulando pelas
narrativas históricas desse sujeito. Os alunos perceberão que a história esta
narrada em diferentes fontes.
190
Espera-se que ao concluir a educação básica, o aluno entenda que não
exista uma verdade histórica única, e sim que estas verdades são construídas
de acordo com diferentes problematizações, fundamentadas numa
contextualização social, política e cultural em cada momento histórico.
Utilizaremos o trabalho com vestígios e fontes históricas diversas, da
problematização do conteúdo, até a formação de narrativas históricas
produzidas pelo sujeito.
Ao trabalhar com vestígios na aula de história, é indispensável ir além
dos documentos escritos, trabalhando com os iconográficos, os registros orais
os testemunhos de história local, além de documentos contemporâneos.
É preciso compreender os limites do livro didático, as diferentes
interpretações de um mesmo acontecimento histórico; a necessidade de
ampliar o universo de consultas quando se pretende entender melhor
diferentes contextos históricos, a importância do trabalho do historiador e da
produção de conhecimento histórico para compreensão do passado, através de
pesquisa, em revistas especializadas, livros e meios eletrônicos.
Deve-se contribuir para que os alunos valorizem e contribuam para
preservação de documentos, dos lugares de memória como museus,
bibliotecas, acervos privados e públicos de fotografias, de documentos escritos
e audiovisuais entre outros, uso adequado dos locais de memória, pelo
manuseio cuidadoso de documentos etc., com palestras e aulas expositivas.
Para que os alunos possam ampliar o conhecimento apresentado pelos
livros didáticos, o uso da biblioteca é fundamental, é necessário que sejam
orientados a conhecer o acervo especifico, as obras que poderão ser
consultados ao longo de cada ano, bem como os procedimentos para se
apropriar dos conhecimentos que estão nos livros tanto didáticos quanto os
para-didáticos, valorizando o uso dos conhecimentos trazidos pelo aluno.
O mesmo ocorre com o princípio da inclusão, cujo processo educacional
busca atender as crianças portadoras de deficiência na escola do ensino
regular. É fundamental, porém, o suporte dos serviços da Área de Educação
Especial por meios de seus profissionais neste procedimento.
A educação ambiental, uso indevido de drogas e sexualidade serão
trabalhados em forma de pesquisas, palestras com profissionais
191
especializados, questionamentos e atividades.
No Ensino Fundamental, os Conteúdos Estruturantes – Relações de
Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais –, tomados em conjunto,
articulam os conteúdos básicos e específicos a partir das histórias locais e do
Brasil e suas relações ou analogias com a História Geral, e permitem acesso
ao conhecimento de múltiplas ações humanas no tempo e no espaço. Por meio
do processo pedagógico, busca-se construir uma consciência histórica que
possibilite compreender a realidade contemporânea e as implicações do
passado em sua constituição. (DCE, 2008, p. 74)
Já para o Ensino Médio, a Diretriz de História, propõe o estudo da
história temática. Os conteúdos básicos/temas históricos selecionados para o
ensino devem articular-se aos Conteúdos Estruturantes propostos nestas
Diretrizes. Tomá-los como ponto de partida é uma forma de responder às
críticas a respeito da impossibilidade de ensinar ―toda a história da
humanidade‖. A organização do trabalho pedagógico por meio de temas
históricos possibilita ao professor ampliar a percepção dos estudantes sobre
um determinado contexto histórico, sua ação e relações de distinção entre
passado e presente. (DCE, 2008, p. 76)
AVALIAÇÃO
A prática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento
escolar será contínua, comutativa, processual e diagnóstica. O registro de
notas será expresso em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez
vírgula zero). Deverá ser assumido como um instrumento de compreensão do
estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor, quanto os alunos
poderão rever as praticas desenvolvida até então para identificar lacunas no
processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem à superação das dificuldades.
Retomar avaliação com o aluno permite situá-los como parte de um
192
coletivo, onde a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida. No
entanto, cabe ao professor planejar situações diferenciadas de avaliação.
Os instrumentos poderão contemplar diferentes recursos tais como:
leitura, interpretação e produção de narrativas históricas; leitura e interpretação
de fotos; imagens e diferentes tipos de mapas; pesquisas bibliográficas, aulas
de campo, interpretação de diferentes tabelas e gráficos e prova escrita.
Trabalhando com vestígios ir além dos documentos escritos trabalhando
com iconográficos, registros orais, testemunhas de história local, além de
documentos contemporâneos como: Fotografias, cinema quadrinhos, literatura
e informática. Superando meras ilustrações, e identificando documentos,
determinar sua origem, natureza, autor ou autores dotação e pontas
importantes do mesmo.
Na sala de aula o professor terá que rever o conteúdo trabalhado para
toda a classe, dando atenção especial ao aluno que não adquiriu aprendizado
proposto nas aulas anteriores. Professor aplicará novas avaliações, utilizando
nova metodologia buscando como objetivo a aprendizagem de todos.
É necessário ter compreensão que avaliar é sempre um ato de valor.
Diante disto, professor e alunos precisam entender que a avaliação deve seguir
alguns pressupostos, tais como, finalidades, objetivos, critérios e instrumentos.
Sendo a avaliação diagnóstica, formativa e somativa.
A recuperação de conteúdo será paralela para que o professor possa
rever a sua pratica pedagógica, mudando a metodologia sempre que
necessário para que o aluno adquira o conhecimento formal, de várias opções
de intervir em caso de falhas na aprendizagem.
Na sala de aula o professor terá que rever o conteúdo trabalhado para
toda a classe, dando atenção especial ao aluno que não adquiriu o
aprendizado proposto nas aulas anteriores. Professor aplicará novas
avaliações, utilizando nova metodologia buscando como principal objetivo o
aprendizado de todos.
Sendo que a recuperação da nota, quando necessária, será em forma
de prova escrita, trabalhos em grupos ou individuais, também em forma de
pesquisa. Prevalecendo a nota maior entre a recuperação e as avaliações
anteriores.
193
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AQUINO, Rubim Sanots Leão de et all. Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record. [s.d.] ARRUDA, José Jobson de A. História Moderna e Contemporânea. 16 ed. São Paulo. Àtica, 1983. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental: Historia. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL. Decreto nº 4887, de 20 de novembro de 2003. Ementa: Regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos Quilombos de que trata o artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. BRASIL, Lei 9334 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. DOU, 23 de dezembro de 1996. BRASIL. Lei nº 10.690/03, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática ―Historia e Cultura Afro-brasileira‖. BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de Historia e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: MEC 2004. CADERNOS TEMÁTICOS. Educação para o campo – Diretrizes curriculares do Ensino Fundamental. SEED-PR. 2006 CADERNOS TEMÁTICOS. Educação Fiscal do Paraná – Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental. SEED- PR. 2006 CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. 47ed.. [s.I.]: Editora Global, 2003. História Viva: Temas Brasileiros. Presença negra. São Paulo: Duetto, n. 3, 2006. HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26 ed.. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
194
LEI nº 9394/96, DOU 23 de dezembro de 1996. Estabelece Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI 11.645/08. História e cultura Indígena. PARANÁ, Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da rede publica estadual de ensino, conteúdos da disciplina História do Paraná. Diário Oficial do Paraná. Nº 6.134 de 18 de dezembro de 2001. PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação, Currículo Básico para escola publica do estado do Paraná. Curitiba: SEED. 1990. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: História. Curitiba: SEED, 2008. ROSA, Sueli Pereira da Silva. Fundamentos teóricos e metodológicos da inclusão. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2003. WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. 10 ed. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2002.
195
14. LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Vivemos um momento de grandes transformações no qual o processo
educacional também se reformula. Esse novo tempo significa fundamentar as
práticas pedagógicas em metodologias capazes de transpor para dentro das
disciplinas a realidade dos alunos.
Nesse novo modelo de ensino, o aluno é fundamental e relevante no
processo educacional, pois o ensino e a aprendizagem ocorrem de forma
interativa e faz com que o mesmo elabore o conhecimento científico
construindo e reconstruindo significados. Assim cada disciplina do
currículo escolar passa a ser reconhecida como fator importante na formação
do indivíduo na qual o cidadão passa a reconhecer e associar de que forma o
currículo escolar está organizado e como este faz parte da sua condição
humana possibilitando assim uma formação de qualidade.
A História da Matemática nos tem revelado que os povos da antiguidade
desenvolveram conhecimentos matemáticos que vieram a compor a
Matemática que hoje conhecemos. A forma sem significados que a matemática
foi repassada ao longo da história, fez com que a sociedade a caracterizasse
como uma disciplina difícil de ser compreendida, na qual apenas os mais
especialistas poderiam praticá-la, pois os métodos utilizados no currículo
escolar eram fórmulas prontas que não estavam associadas ao cotidiano das
pessoas.
Por ser a matemática imprescindível e considerada uma das disciplinas
nas quais os alunos mais apresentam dificuldades, se faz necessário aprimorar
cada vez mais o processo de ensino e aprendizagem. A partir desta concepção
sentimos a necessidade de melhorar esses conhecimentos a serem oferecidos
buscando aplicar práticas pedagógicas que irão ser desenvolvidas através da
disciplina Laboratório de Matemática.
Os objetivos básicos são os mesmos da disciplina de Matemática que
fundamentam-se na Educação Matemática visando desenvolvê-la enquanto
campo de investigação e de produção de conhecimento – natureza científica –
196
e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da Matemática –
natureza pragmática. O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em
construção, porém, está centrado na prática pedagógica e engloba as relações
entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI &
LORENZATO, apud PARANÁ-DCE, 2008, p. 47), e envolve o estudo de
processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da
própria Matemática.
Para Miguel e Miorim (2004, p. 70): ―a finalidade da Educação
Matemática é fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da própria
Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos,
procedimentos, algoritmos, etc.‖ Outra finalidade apontada pelos autores ―é
fazer com que o estudante construa por intermédio do conhecimento
matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação
integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem
público‖ (ibidem, 2004, p. 71).
―Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que
está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do
modo como o compreende e como dele lhe é possível participar‖. (PARANÁ-
DCE, 2008, p.14)
Sendo assim, o Colégio se propõe a trabalhar os conhecimentos
científicos da Matemática para formar estudantes mais críticos, cidadãos
capazes de estabelecer relações, discutir e criar, tendo como objetivo maior
formar alunos livres, conhecedores e atuantes na sociedade em que vivem,
podendo assim contribuir para a construção e a cidadania de nosso país, pois
todo o indivíduo tem direito a uma educação que lhe dê subsídio para um futuro
melhor, igualitário, mais justo.
O ensino da Matemática tratará a construção do conhecimento
matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram
apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na
formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio
das idéias e das tecnologias (PARANÁ-DCE, 2008, p.48).
A Matemática pode ser encarada sob dois aspectos diferentes: como
algo pronto, exposta nos livros ou acompanhá-la no seu desenvolvimento
197
sempre progressivo, sendo elaborada pela construção histórica do objeto
matemático composto pelas formas espaciais e as quantidades, descobrindo
dúvidas, contradições que só um longo trabalho de reflexão consegue eliminar,
para que logo surjam outras hesitações, dúvidas e contradições possibilitando
o estudante ser um conhecedor desse objeto construído historicamente
(PARANÁ-DCE, 2008, p.48).
Optar pelo ensino da Matemática, no contexto da Educação Matemática
envolve falar na busca de transformações que intencionam minimizar
problemas de ordem social.
Contudo desenvolver a natureza científica e a melhoria da qualidade do
ensino e da aprendizagem da matemática fará com que os estudantes
compreendam e se apropriem da disciplina de forma crítica, construindo
valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação integral do ser
humano e particularmente do cidadão e do homem público, sendo capaz de
analisar e criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
A Educação Matemática requer um professor que saiba estabelecer uma
postura teórico-metodológica, que seja questionador frente às concepções
pedagógicas historicamente difundidas. O ritmo acelerado das transformações
em que se encontra o mundo vem fazendo com que a matemática, por meio de
uma harmonia dos aspectos práticos e formalistas, permita um estudo de
cunho analítico e quantitativo. Dessa forma, ela estabelece relações entre o ser
humano e sua realidade, promovendo uma ação interativa e transformadora da
sociedade na qual vive.
O ensino da Matemática deve propiciar o desenvolvimento de
capacidades, como a percepção, a visualização, o reconhecimento, a
identificação, as definições, a argumentação, o espírito crítico, buscando
sempre estabelecer conexões entre as demais disciplinas e transformando
essas capacidades em aprendizado.
Essa disciplina curricular (Laboratório de Matemática) será aplicada de
forma paralela a disciplina de matemática servindo de apoio. A prática
pedagógica será na forma de oficinas pedagógicas nas quais o aluno fará parte
do processo visualizando e vivenciando as situações que envolvam os
conceitos da matemática. Sua função é reconstruir significados matemáticos,
198
facilitando assim o conhecimento científico do aluno que são pertinentes a esta
área do conhecimento. Com tudo serão inseridas atividades lúdicas (jogos,
experiências científicas, brincadeiras, vídeos, dentre outros), levando em
consideração o material a ser utilizado e o espaço onde será desenvolvida a
atividade, respeitando a etapa do desenvolvimento dos educandos e intervindo
para melhorar e estimular os mesmos.
A disciplina de Laboratório de Matemática requer a adoção de estratégias
especiais na maneira de ensinar, consistindo metodologias nas quais os alunos
sejam constantemente convidados a pensar com criatividade. Esse olhar
cuidadoso sobre as dificuldades e quais conhecimentos de Matemática os
alunos trazem ao concluírem as séries iniciais, com o foco de aprendizagem
nos permite com intencionalidade, retomar alguns conceitos que possibilitam
ao aluno avançar no nível de aprendizagem.
Acreditamos que nessa disciplina, com as metodologias diferenciadas
que serão adotadas, o ensino possa contribuir de forma significativa para a
superação das dificuldades de aprendizagem e que o aluno possa aprender as
habilidades necessárias para o domínio da leitura, escrita e cálculos, ou seja,
dos conhecimentos matemáticos. Para isso se faz necessário uma prática
pedagógica que reflita e inclua a proposta pedagógica, o planejamento e as
diferentes estratégias de ensino aprendizagem visando que todos os alunos
aprendam. Para a superação dos problemas de defasagem de conhecimento é
fundamental estabelecer um planejamento prévio incluindo atividades
individuas e diversificadas levando em consideração o conhecimento e a
história familiar do aluno.
São objetivos do Laboratório de Matemática:
Proporcionar os conhecimentos necessários que possibilitem a
integração do educando na sociedade em que vive.
Estimular a curiosidade, o interesse e a criatividade do aluno, para que
ele explore novas ideias e descubra novos caminhos na aplicação dos
conceitos matemáticos adquiridos e na resolução de problemas.
Desenvolver o nível cultural do aluno, contribuindo para um melhor e
mais rápido aprendizado nas mais diversas disciplinas.
199
Proporcionar ao aluno atividades lúdicas e desafiadoras, incentivando o
gosto pela matemática e o desenvolvimento do raciocínio.
Observar sistematicamente a presença da matemática no dia-a-dia
(quantidade, números, formas geométricas, simetrias, grandezas e
medidas, tabelas e gráficos, previsões).
Promover a interação entre colegas incentivando a cooperação e
formando, assim, um ambiente propício à aprendizagem.
Criar situações em que os alunos possam reconhecer e registrar
questões de relevância social que produzem conhecimento matemático.
Inserir formas diferenciadas de ensinar e aprender, valorizando o
processo de produção de conhecimento.
Vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, para
que os alunos compreendam a importância histórica de tais descobertas.
Conscientizar o educando sobre a valorização dos produtos e serviços
que consumimos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias
Funções
Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
1º TRIMESTRE
Sistemas de Numeração;
Números Naturais;
Múltiplos e Divisores;
Potenciação e Radiciação;
Números Fracionários;
200
Números Decimais.
2º TRIMESTRE
Medidas de Comprimento;
Medidas de Massa;
Medidas de Área;
Medidas de Volume;
Medidas de Tempo;
Medidas de Ângulos;
Sistema Monetário.
3º TRIMESTRE
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Dados, tabelas e gráficos;
Porcentagem.
9º ANO
1º TRIMESTRE
Números Reais;
Propriedades dos Radicais;
Equações do 1º grau e 2º grau;
Teorema de Pitágoras;
Equações Irracionais;
Equações Biquadradas;
Regra de Três Composta.
2º TRIMESTRE
Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
Trigonometria no Triângulo Retângulo;
Noção Intuitiva de Função Afim;
201
Noção Intuitiva de Função Quadrática;
Geometria Plana;
Geometria Espacial.
3º TRIMESTRE
Geometria Analítica;
Geometrias Não-Euclidianas;
Noções de Análise Combinatória;
Noções de Probabilidade;
Estatística;
Juros Compostos.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Matemática sempre foi vista como uma das disciplinas mais difíceis de
serem compreendidas e devido a isso, se faz necessário a utilização de
diferentes estratégias de ensino, de diferentes recursos pedagógicos para uma
melhor aprendizagem. Os Conteúdos Básicos deverão ser abordados de forma
articulada, de maneira que possibilitem uma intercomunicação e
complementação dos conceitos, numa perspectiva de valorizar os
conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em séries anteriores ou
de forma intuitiva. É importante a utilização de recursos didático-pedagógicos
como instrumentos de aprendizagem.
O dinamismo do Laboratório de Matemática é fundamentado no
desenvolvimento da proposta pedagógica que integre o material concreto e o
informatizado estabelecendo vínculo com o contexto do aluno e com a
metodologia: Construção de Jogos (confeccionados pelos alunos, priorizando o
material reciclável); História dos Números; Construção de figuras Geométricas;
Vivenciando as Seis Operações; Medidas de Tempo e Comprimento; Sistema
Monetário; Experiências com Temperaturas, Tabela de Jogos; Pesquisas de
campo (com parcerias do comércio e micro-indústrias); Medidas de área e
comprimento (se darão no espaço externo e interno da instituição escolar);
202
materiais midiáticos; softwares; instrumentos de medida; pesquisas históricas
sobre determinados conhecimentos matemáticos; pesquisas sobre as
aplicações matemáticas na sociedade e nos diversos ramos profissionais.
O material didático-pedagógico deve ser confeccionado de modo que
estimule o pensar e incentive o desempenho adequado e contemple as
necessidades dos alunos, diferenciando-as das atividades do ensino regular.
Portanto, com o material concreto manipulado de diferentes formas será
possível a formação do conceito da experimentação, onde o aluno é estimulado
por essas operações concretas atingindo o nível da abstração. Nesse
processo, a aprendizagem acontece, o aluno desenvolve a criatividade, assim
como favorece o trabalho interdisciplinar.
Para tal, na Disciplina Laboratório de Matemática serão usadas as
seguintes tendências metodológicas, sugeridas na DCE de Matemática, que
compõem o campo de estudo da Educação Matemática, as quais têm grau de
importância similar entre si e complementam-se uma às outras:
Resolução de Problemas: trata-se de uma a metodologia onde o
estudante tem a oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos
adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão proposta
(DANTE, 2003). Irá identificar estratégias e soluções no problema, ou
atividade proposta.
Etnomatemática: Metodologia proposta por D’Ambrósio, que propõe que
os programas educacionais enfatizem as matemáticas produzidas pelas
diferentes culturas, reconhecendo e registrando questões de relevância
social e que produzem conhecimentos matemáticos, valorizando assim
as raízes e a história cultural dos estudantes. Isso fará com que o aluno
seja capaz de associar situações novas com situações anteriores.
―Graças a um elaborado sistema de comunicação, as maneiras e modos
de lidar com situações vão sendo compartilhadas, transmitidas e
difundidas‖ (D’AMBRÓSIO, 2001, p. 32).
Modelagem Matemática: ― ...consiste na arte de transformar problemas
reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas
soluções na linguagem do mundo real‖ (BASSANEZI, 2006, p.16)
203
Mídias Tecnológicas: Os recursos tecnológicos têm favorecido as
experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de
problemas. O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas
formas de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de
conhecimentos e ao serem abordados numa prática docente enriquecem
os processos pelos quais acontece a aprendizagem, pois as ferramentas
tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações
em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os
recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina,
que é a experimentação. De posse dos recursos tecnológicos, os
estudantes argumentam e conjecturam sobre as atividades com as quais
se envolvem na experimentação (BORBA & PENTEADO, 2001).
História da Matemática: segundo as DCEs – Matemática, a História deve
―promover uma aprendizagem significativa, pois propicia ao estudante
entender que o conhecimento matemático é construído historicamente a
partir de situações concretas e necessidades reais‖. (MIGUEL e
MIORIM, apud PARANÁ, 2008, p. 66).
Investigações Matemáticas: As tarefas investigativas promovem a
problematização de conceitos matemáticos, levando professores e
alunos a serem produtores do conhecimento. A investigação matemática
dá a oportunidade de trabalhar em matemática de modo criativo,
procurando saber quais as razões por que acontecem as coisas, ―as
investigações matemáticas envolvem, naturalmente, conceitos,
procedimentos e representações matemáticas, mas o que mais
fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura-teste-
demonstração‖ (PONTE; BROCARDO, OLIVEIRA, 2006, p. 10), com
isso são levados a uma autonomia intelectual, pois terão que explorar,
formular, pesquisar e testar hipóteses por meio de pesquisas,logo terão
que ir em busca do desconhecido pelo conhecido.
Através da ação pedagógica ocorrerá o enfrentamento dos problemas
relacionados à aprendizagem de Matemática, principalmente no que se refere
aos conteúdos, nas operações básicas elementares e formas espaciais.
204
AVALIAÇÃO
A avaliação do processo de ensino aprendizagem dar-se-á pela
apropriação do conteúdo da disciplina, no desenvolvimento das atividades, na
participação dos alunos. Para que isto ocorra o professor deve aconselhar,
coordenar, dirigir, encorajar, animar, estimular, partilhar, aceitar, respeitar e
compreender o aluno e principalmente explorar os conhecimentos matemáticos
no processo de ensino e aprendizagem. Nessa perspectiva o professor pode
repensar sua metodologia e planejar suas aulas de acordo como as
necessidades de seus alunos (adaptando e adequando os materiais a serem
utilizados para o desenvolvimento específico dos conteúdos).
A avaliação passa a ser um instrumento para a melhoria da qualidade de
ensino, indicando os avanços e as dificuldades dos alunos na aprendizagem.
Os alunos serão avaliados de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero),
sendo que para a aprovação o aluno deverá ter média mínima de 6,0 (seis
vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). A todos
os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos através de novas
metodologias e atividades desenvolvidas no decorrer de cada trimestre,
analisando as produções, os avanços realizados, de acordo com as
necessidades de cada aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 10 de ago. 2011. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012.
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática. Curitiba, 2008.
205
15. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) - INGLÊS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Trata-se de escola pública que atende à educação básica, aberta a
todos, proporciona a educação inclusiva, adaptando sua estrutura física e
fazendo adaptação curricular, quando necessário, procurando adaptá-lo ao
sistema, para que esse aluno tenha as mesmas condições de construir saberes
e desenvolver suas funções e as mesmas possibilidades de realização das
atividades. Para trabalhar a L.E.M. com o aluno incluso é necessário ter
atividades atrativas e adaptadas ao seu entendimento, caso contrário o aluno
não se sentirá motivado para aprender. LEM será trabalhada de maneira a
proporcionar a inclusão social.
O colégio, preocupado com a questão: gênero e diversidade têm em seu
currículo os temas relacionados aos desafios educacionais contemporâneos,
que contemplam os temas: sexualidade, preconceito, cidadania, globalização,
novas tecnologias, educação ambiental e educação fiscal, bem como, inserção
de temas da cultura indígena. Com inclusão das quais, procura-se levar o aluno
a conhecer e valorizar a história cultural desses povos, não apenas com
intenção de elevar sua autoestima e compreensão de sua etnia, mas na
perspectiva da afirmação de uma sociedade multicultural e pluridiversa.
O ensino da língua Inglesa é importante como segunda língua por ser
uma das mais faladas no mundo globalizado e, considerada língua-franca,
possibilitando aos alunos uma consciência crítica e transformadora da
realidade, subsidiada pelos elementos integrados e pelas práticas que
compõem a aprendizagem, considerando o processo dinâmico e histórico das
diferentes abordagens de acordo com as teorias cognitivas de aprendizagem,
privilegiado a sociointeratividade e o construtivismo, pois é mediado pela
linguagem, que o homem se transforma de ser biológico em sócio histórico e
transforma o meio em que vive.
A L.E.M. deverá propiciar a construção de sentidos que se dá na prática
discursiva, ou seja, deverá fazer com que o falante tenha domínio dos valores
sociocultural da comunidade levando em conta uma prática social na oralidade
206
das funções da língua. A abordagem comunicativa é uma forma de interação
social que se desenvolve em contextos que impõem certas condições ao uso
da língua e ao mesmo tempo, criam condições que permitem interpretar
corretamente os enunciados. A abordagem discursiva deve ser voltada para o
uso efetivo da língua e não apenas a língua pela língua.
Do aluno, é esperado que desempenhe o papel de sujeito de sua
aprendizagem (DCE, 2008, p.47), sendo necessário a leitura, oralidade, escrita
e análise linguística.
A aprendizagem não é centrada na decoração de regras, mas sim em
expressões adequadas a cada situação comunicativa em seu contexto de uso.
A leitura estabelece diferentes relações entre o sujeito e o texto, de acordo com
a introdução que ambos têm. Nesta proposta a perspectiva da leitura crítica
tem por intuito alargar possibilidades de entendimento entre o leitor e o mundo
em que este vive. O desenvolvimento da consciência do papel das línguas na
sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de
construção das identidades sociais é que irá proporcionar ao aluno o exercício
da cidadania e o entendimento das transformações ocorridas na sociedade.
Verificar o sistema linguístico como um instrumento de interação
humana, produzindo significados e considerando, além da gramática, o
contexto sociolinguístico dos falantes e formando um sujeito crítico capaz de
interagir criticamente com o mundo a sua volta. O trabalhar com a língua
enquanto discurso e prática social possibilita o entendimento de mundo e
construir significados, contribuindo para que o aluno perceba as diferenças
entre os usos, as convenções e os valores de seu grupo social e os da
comunidade que usa a língua.
É preciso garantir ao aluno o estímulo necessário para que entre no
universo da língua estrangeira, para que não apenas assimilem o saber como
resultado, mas aprendam o processo de sua produção, proporcionando-lhes a
possibilidades de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas
diversas práticas sócias. Também deve-se expor aos alunos textos
pertencentes a diferentes discursos ajudando-os a construir sentidos e
entender subjetividades leva-os a percepção dos pontos positivos e negativos
do excesso de estrangeirismos na língua mãe. Sendo assim é primordial
207
trabalhar a LEM de maneira a proporcionar a criticidade e a inclusão social.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os diversos gêneros
textuais conforme suas aptidões sociais de circulação e aprimoração a cada
série. Cabe ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de
acordo com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade exigido em cada uma
das séries.
LEITURA:
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presente no texto;
Léxico;
Coesão e Coerência;
Marcadores do discurso;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particulares da língua, pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito;
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
208
ESCRITA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Vozes sociais presentes no texto;
Vozes verbais;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica;
ORALIDADE:
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
209
METODOLOGIA:
LEITURA:
É importante que o professor:
Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais e ideológica;
Proporcione análises para estabelecer a referência textual;
Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas;
Contextualize a produção: suporte / fonte, interlocutores, finalidade,
época;
Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e
outros;
Relacione o tema com o contexto atual;
Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
Instigue o entendimento / reflexão das diferenças decorridas do uso de
palavras e / ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que denotam ironia e humor;
Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de
diferentes gêneros;
ESCRITA:
É importante que o professor:
Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor,
intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade, temporalidade e ideologia;
Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer
a referência textual;
Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
210
Acompanhe a produção do texto;
Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos
das ideias, dos elementos que compõem o gênero.
AVALIAÇÃO:
LEITURA:
Espera-se do aluno:
Realização de leitura compreensiva do texto;
Localização de informações explícitas implícitas no texto;
Posicionamento argumentativo;
Ampliação do horizonte de expectativas;
Ampliação do léxico;
Percepção do ambiente no qual circula o gênero;
Identificação da idéia principal do texto;
Análise das intenções do autor;
Identificação do tema;
Dedução dos sentidos de palavras e / ou expressões a partir do
contexto;
Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e / ou
expressões no sentido conotativo e denotativo;
Reconhecimento de palavras e / ou expressões que estabelecem a
referência textual;
ESCRITA:
Espera-se do aluno:
Expressão de idéias com clareza;
Elaboração de textos atendendo: às situações de produção propostas
(gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;
Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;
Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
211
intertextualidade, etc...;
Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e
função do artigo, pronome, substantivo, etc...;
Emprego de palavras e / ou expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em
conformidade com o gênero proposto.
ORALIDADE:
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
GÊNEROS TEXTUAIS:
O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna fundamenta-se na
diversidade de gêneros textuais para compreender o uso da Língua que
beneficia a construção da interpretação e significados da realidade do aluno,
considerando sempre o contexto e o momento em que eles foram produzidos.
6º ANO
Diálogos;
Charges;
Bilhetes;
Músicas;
Cartão;
Convites;
212
Histórias em quadrinhos;
Filmes;
Jogos;
E-mail.
7º ANO
Anúncios;
Reportagens;
Entrevistas;
Charges;
Bilhetes;
Cartas;
Receitas;
Histórias em quadrinhos;
Músicas;
Filmes;
Jogos;
E-mail;
Folders;
Chats;
Slogan.
8º ANO
Anúncios;
Reportagens;
Entrevistas;
Charges;
Bilhetes;
Cartas;
Receitas;
Histórias em quadrinhos;
Músicas;
213
Filmes;
Jogos;
E-mail;
Folders;
Chats;
Slogan.
9º ANO
Anúncios;
Reportagens;
Entrevistas;
Charges;
Bilhetes;
Cartas;
Receitas;
Histórias em quadrinhos;
Músicas;
Filmes;
Jogos;
E-mail;
Folders;
Chats;
Slogan;
Paródia;
Fórum;
Haicai;
Convites;
Biografias.
1ª SÉRIE
Adivinhas;
Carta Pessoal;
214
Diálogos;
Charges;
Bilhetes;
Músicas;
Cartão ;
Convites;
Histórias em quadrinhos;
Filmes;
Jogos;
E-mail;
Letras de Músicas;
Receitas;
Textos Dramáticos;
Piadas;
Diário;
Fotos;
Poemas;
Resumo;
Resenha;
Texto Argumentativo;
Notícia;
Tiras;
Sinopses de filmes;
Horóscopo;
Entrevista;
Relato;
Anúncio;
Caricatura;
Cartazes;
Carta de emprego;
Folders;
Chats;
215
Slogan;
Paródia;
Fórum;
Haicai;
Convites;
Biografias.
2ª SÉRIE
Adivinhas;
Carta Pessoal;
Diálogos;
Charges;
Bilhetes;
Músicas;
Cartão;
Convites;
Histórias em quadrinhos;
Filmes;
Jogos;
E-mail;
Letras de Músicas;
Receitas;
Textos Dramáticos;
Piadas;
Diário;
Fotos;
Poemas;
Resumo;
Resenha;
Texto Argumentativo;
Notícia;
Tiras;
216
Sinopses de filmes;
Horóscopo;
Entrevista;
Relato;
Anúncio;
Caricatura;
Cartazes;
Carta de emprego;
Folders;
Chats;
Slogan;
Paródia;
Fórum;
Haicai;
Convites;
Biografias.
3ª SÉRIE
Adivinhas;
Carta Pessoal;
Diálogos;
Charges;
Bilhetes;
Músicas;
Cartão;
Convites;
Histórias em quadrinhos;
Filmes;
Jogos;
E-mail;
Letras de Músicas;
Receitas;
217
Textos Dramáticos;
Piadas;
Diário;
Fotos;
Poemas;
Resumo;
Resenha;
Texto Argumentativo;
Notícia;
Tiras;
Sinopses de filmes;
Horóscopo;
Entrevista;
Relato;
Anúncio;
Caricatura;
Cartazes;
Carta de emprego;
Folders;
Chats;
Slogan;
Paródia;
Fórum;
Haicai;
Convites;
Biografias.
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO:
Cotidiana; literária; Científica; Escolar; Imprensa; Publicitária; Política;
Produção e consumo; Midiática.
218
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
As diretrizes propõem redimensionar o ensino de Língua Estrangeira
Moderna nas escolas da Rede Pública Estadual do Paraná. Na Língua Inglesa
parte do entendimento do papel das Línguas na sociedade como o instrumento
de acesso a informação com possibilidades de conhecer, expressar e
transformar modos de entender o mundo e adquirir a aprendizagem. A partir do
Conteúdo Estruturante Discurso como prática social será trabalhada o uso da
língua na leitura oralidade e escrita. Para tal, parte-se de textos sobre temas
contemporâneos para o aluno e para a sociedade, tais como: cidadania, saúde,
ecologia, tecnologia, ciência, justiça social, valores e conflitos, propõem-se
atividades que visam ao desenvolvimento não apenas com atividades
linguísticas, mais principalmente na competência que tornem esse aluno apto
ao uso da linguagem e compreender melhor o mundo em que vive e participe
dele criticamente.
Criar estratégias para que os alunos percebam a heterogeneidade da
língua e reconheçam que os textos são representações da realidade e
assumindo uma posição mais crítica e relação a tais textos. Apresentar texto
com cognatos e termos transparentes, trabalhando texto em seu contexto
social de produção e dele selecionar itens gramaticais que indiquem a
estruturação da língua, comparando as unidades temáticas, linguísticas e
composicionais de um texto com outros textos construindo a sua estrutura a
partir das reflexões em sala de alua, textos de países que falam o mesmo
idioma estudado na escola, textos publicados nacional e internacionalmente.
As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos
os alunos dispõem de um vocabulário suficiente para que o diálogo se realize
em Língua Estrangeira. Servirá como subsidio para a produção textual.
Contribuirá com uma leitura crítica dos textos escolhidos, onde o aluno possa
perceber os diferentes discursos, e construir significados pela mesma.
A interdisciplinaridade será feita através de textos que contemplem
temas abordados em outras disciplinas. No Programa Nacional de Educação
Fiscal temos que conscientizar o aluno a desenvolver uma prática
transformadora, apesar da força exercida pelo mundo globalizado, mantendo
219
uma relação harmoniosa entre Estado e Sociedade, aprendendo como
funciona a administração pública cobrando a garantia dos impostos. A cultura
Afro e Indígena será contemplada dentro da LEM com textos de vários
gêneros.
Utilizar o material didático disponível na prática pedagógica, livros
didáticos, dicionários, transparências, slides, DVDs, fitas de áudio, CD-room´s,
Internet, TV multimídia e a sala informatizada etc. , de acordo com as propostas
destas diretrizes. Adota-se uma alternativa teórica de concepção de linguagem
que contemple esse objetivo. É preciso entender a estrutura formal da
linguagem como um conjunto de normas que se estabelecem um entendimento
geral. Deve-se ultrapassar as questões técnicas e instrumentais para que o
aluno reflita e transforme a realidade que se apresenta. Uma nova forma de ver
e entender o mundo e a de construir significados, ou seja, entender a relação
linguística entre os falantes. Apresentar aos alunos textos pertencentes a vários
gêneros publicitários, jornalísticos, literários, informativos, etc.
Propor, no decorrer do desenvolvimento dos conteúdos, provas orais e
escritas, trabalhos de pesquisa, exercícios de fixação dos conteúdos, debates e
apresentações de trabalhos, bem como estimular os alunos na oralidade e
interação com os colegas.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e
contribuir para a construção dos saberes. Além de ser útil para a aprendizagem
dos alunos, servirá para que o professor repense a sua metodologia e planeje
as suas aulas de acordo com as necessidades dos alunos, pois é através dela
que é possível perceber quais são os conhecimentos e as práticas que ainda
não foram suficientemente trabalhadas.
Ressalta-se aqui a importância de observar a participação dos alunos na
interação aluno-professor, aluno-aluno, aluno-material didático em cada aula,
pois a partir daí os alunos poderão ser avaliados continuamente de acordo com
os objetivos do conteúdo trabalhados e desempenho dos alunos no decorrer do
220
curso.
De acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola a avaliação
permanecerá contínua, reflexiva e emancipadora, permeando todo processo
pedagógico. O Colégio Estadual Rocha Pombo - EFMN adota o sistema de
avaliação trimestral. Os procedimentos utilizados para o processo de
aprovação e reprovação e a recuperação de estudos de acordo com o que
exige a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9394/96 são os
seguintes:
A média de aprovação é igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero);
A média do trimestre deverá incorporar todas as avaliações realizadas
durante esse período e será expressa de 0 (zero) a 10 (dez vírgula
zero);
A aprovação do aluno além da média obedecerá ao critério da
frequência (75%);
As avaliações à que o aluno tem direito serão variadas e utilizar-se-ão
vários instrumentos;
Durante cada trimestre serão realizadas avaliações escritas, orais,
trabalhos de pesquisa, totalizando 10,0 (dez vírgula zero). A recuperação
paralela de conteúdos será ofertada a todos os alunos, sempre que necessário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA FILHO, J.P.C. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988 -------------------. Estética da Criação Verbal. Cidade, 1992. BRASIL. Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012.
221
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba, Mineo 2004. PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ. Cadernos temáticos. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba, 2005.
222
16. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) - ESPANHOL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Ao longo da história o ensino de Línguas Estrangeiras Modernas e a
estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças devido à
organização social, política econômica. As propostas curriculares e as
metodologias de ensino são instigadas a atender as expectativas e demandas
sociais contemporâneas e propiciar às novas gerações a aprendizagem dos
conhecimentos historicamente construídos.
Após passar por várias etapas, onde as línguas Inglesas e Francesas
tinham mais prestígio no Brasil, finalmente a Língua Espanhola passou a ser
reconhecida como Língua Estrangeira Moderna, e a responsabilidade pelos
rumos educacionais passaram a ser centralizada no Ministério de Educação e
Cultura, o qual indicava aos estabelecimentos de ensino o idioma a ser
ministrado nas escolas, a metodologia e o programa curricular para cada série.
Comprometimento com os ideais nacionalistas, o MEC preconizava que a
disciplina de Língua Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do
aprendizado quanto para o acesso ao conhecimento e as reflexões sobre as
civilizações estrangeiras e as tradições de outros povos. Isso explica por que o
espanhol passou a ser permitido oficialmente para compor o currículo do curso
secundário, uma vez que a presença dos imigrantes da Espanha era restrita no
Brasil.
A língua espanhola, portanto, foi valorizada como língua estrangeira
porque representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito
daquele povo as suas tradições e a história nacional. Tal modelo deveria ser
seguido pelos estudantes. Assim, o ensino de espanhol passou a ser
incentivado no lugar dos idiomas alemão, japonês e italiano, que, em função da
Segunda Guerra Mundial, foram desprestigiados no Brasil. Iniciou-se, então,
uma fase de ensino de Língua Estrangeira mais sofisticada quanto aos
recursos didáticos. De fato alguns recursos como projeção de slides, cartões
ilustrativos, filmes fixos e laboratórios audiolinguais conferiam um avanço
inestimável a aquisição de línguas.
223
Portanto, as preocupações das escolas públicas do Paraná são com as
necessidades das comunidades destinando aos alunos os conhecimentos
dessa Língua Espanhola, para que os mesmos possam se sentir seguros
diante de situações que ocorrem e fazem parte de sua vida uma vez que
encontram-se vivendo em uma região que faz fronteira com a Província de
Missiones na Argentina, distanciando-lhes, cerca de 30 quilômetros apenas, e
220 quilômetros do Paraguai, desses povos Latino-americanos.
Assim sendo, faz-se necessário o ensino do espanhol, mesmo que seja
na parte diversificada, para oportunizar a todos os alunos o espanhol.
Conhecendo a realidade e as dificuldades de nossos alunos que residem
em comunidades distantes dos colégios, necessitando de meios de transportes
para estudar, eles farão as refeições no colégio e ficarão o dia todo estudando,
tudo para que contribuam com os mesmos em suas aprendizagens; formação
como cidadão livre, autônomo, crítico e solidário. Onde possa utilizar o diálogo
como forma de mediar conflitos e decisões coletivas.
Uma das formas para manter a oferta de línguas estrangeiras nas
escolas públicas após o parecer nº 581/76, bem como a tentativa de superar a
hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas, foi a criação do Centro
de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná, em 1982, o qual
passou a oferecer aulas de inglês, espanhol, francês e alemão, aos alunos no
contraturno.
A Língua Estrangeira Moderna (ESPANHOL) será trabalhada de maneira
a propiciar a inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das
línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo
de construção das identidades transformadoras. Desta forma, com o propósito
de um aluno ampliar suas experiências culturais ao comparar e contrastar a
sua cultura com a cultura de outro país, no intuito de formar um sujeito crítico,
capaz de interagir criticamente com o mundo atual.
Portanto, o docente de língua estrangeira em seus discursos didáticos
deve trabalhar as atividades de reflexão gramatical, verbal em sala de aula e
autonomia relativa do sujeito como estratégias de interação aluno pesquisador
nos momentos de conflito com pesquisa interventiva; como aprendizagem
colaborativa no processo de intervenção leitura-escrita dos aprendizes, nos
224
estudos da transposição da sala de aula para o ambiente virtual, no Laboratório
de Informática. Proporcionando ao aluno o conhecimento científico, que
venham a suprir os conhecimentos dos estudos nos campos dos desafios
sócio-econômicos das demandas sociais da atualidade.
A preocupação atual é não somente o conhecimento cognitivo, mas
também a formação do cidadão propiciando novos rumos para a compreensão
das diversidades linguísticas e culturais para construir novos sentidos no
mundo. As três práticas mencionadas como: leitura, oralidade e escrita se
estruturam em discurso como prática social, instrumento necessário para a
comunicação.
Ao conhecer outras culturas, o educando constrói uma análise
comparativa entre o seu meio de vida versos ao novo mundo, ampliando a sua
esfera social, podendo conhecer melhor sua forma de ser, pensar, agir e sentir
outra cultura, enriquecendo sua formação.
A prática da Língua Estrangeira Moderna permite o acesso,
comunicação e participação com o ―diferente‖, contribuindo significantemente
ao educando, a sua constituição social fornecendo ao indivíduo, capacidade de
ser compreendido e de compreender as relações sociais, aumentando seu
poder cognitivo para interagir com maior propriedade e segurança no mundo
atual.
Sendo uma escola pública devemos oferecer e encaixar a educação
inclusa, aberta a todos, procurando adaptar o educando ao sistema, para que o
este tenha as mesmas condições de construir esse saber e desenvolver suas
funções, as mesmas possibilidades de realização humana e social.
O ensino da Língua Espanhola é importante como uma língua
complementar por ser uma das mais faladas na região em que vivemos, pois
faz divisa com países do MERCOSUL, como Argentina e Paraguai,
possibilitando ao educando uma consciência crítica e transformadora da
realidade, subsidiada pelos elementos integradores e pelas práticas que
compõem a aprendizagem, além de contribuir para o aperfeiçoamento na
realização de seu trabalho.
O ensino da Língua Estrangeira Moderna – Espanhol tem por objetivos
principais:
225
constituir um espaço para que o aluno conheça, reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se
relaciona discursivamente e perceba possibilidades de construção de
significados em relação ao mundo em que vive. (DCE, p. 53)
Priorizar a comunicação, assimilando um conjunto de manifestações de
um povo, seus hábitos e seus costumes relacionando entre a
comunicação e a cultura a necessidade de entender a comunicação
entre nativos e não nativos.
Oportunizar ao aluno a aprendizagem de conteúdos que ampliam as
possibilidades de ver o mundo, suas diferenças, e de poder, interagir
com ele sendo que cada vez mais ele se torna multicultural.
Enfatizar que o conhecimento de uma LE resulta em uma maior
capacidade de ação no mundo sendo que está enfrentando uma série
de mudanças nos níveis históricos, sociais, econômicos, tecnológicos e
culturais.
Atualmente, a Língua Estrangeira, além de atingir os objetivos práticos
de reflexão linguística, deve:
Permitir aos alunos informações gerais sobre o cotidiano em que
contribua para sua formação social enquanto cidadão. O educador deve
assumir o compromisso com o desenvolvimento de uma educação
comprometida e significativa, usando leituras apropriadas que envolvam
e despertem os interesses dos sujeitos em aprender. Falar sobre o
ensino de Língua Estrangeira no Brasil remete diretamente a criação do
sistema escolar brasileiro.
Conhecer e assimilar culturas estrangeiras não significa subserviência a
elas. O que não se pode permitir a invasão desmedida do vocabulário
estrangeiro ou a modificação ou aniquilação de aspectos da cultura
nacional, mas um povo não pode isolar-se em suas fronteiras
geográficas e ficar alheio ao mundo que o rodeia. Aqui, justifica-se o
ensino da Língua Espanhola no âmbito escolar, através da
aprendizagem de outras línguas, o indivíduo torna-se capaz de
compreender melhor a própria cultura, contrastando-a com a cultura dos
outros, o que aumenta a consciência crítica e linguística,
226
proporcionando-o maior compreensão de como a língua funciona em
seus aspectos estruturais e na percepção das diferenças morfológicas
fonéticas e sintáticas entre a língua mãe e a língua estrangeira.
Levar o educando a vivenciar uma experiência de comunicação humana
pelo uso da Língua Estrangeira, as novas maneiras de expressar-se e
de ver o mundo, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e
interagir a bens culturais, sociais e econômicos.
Conhecer e valorizar outras culturas, construindo uma relação de troca
de conhecimento entre linguagens para interagir com a soma de todas
as culturas na construção da forma igualitária socialmente.
Proporcionar por meio de estudo de Língua Estrangeira Moderna
reflexão sobre a língua Materna, diferenças culturais, valores de
cidadania e identidade.
Desenvolver a consciência do papel das línguas na sociedade e o
reconhecimento da diversidade cultural, variando de acordo com o
usuário, e o contexto em que são usadas e a finalidade da interação.
Construir entidades transformadoras trabalhando a inclusão através da
percepção para atingir as perspectivas de ver o mundo com seus
valores sociais e culturais em constantes transformações nas formas
heterogêneas, complexa e plural( BORTONI-RICARDO,2004).
Oportunizar o aluno a vivenciar uma experiência de comunicação pelo
uso da Língua Estrangeira e suas dimensões culturais, bem como refletir
sobre os costumes ou formas de agir e interagir com o entendimento
vinculado à história do mundo social.
Compreender que os significados são sociais e historicamente
construídos, portanto os alunos devem ouvir, ler, falar e
escrever,considerando que essas práticas não se separam em situações
concretas de comunicação.
Porém, deve-se trabalhar a visão de leitura tradicional abordando uma
leitura crítica. Ensinando não apenas uma língua, discursos que a compõe
dentro de uma sociedade, mas Trabalhar o ensino da língua de modo que o
aluno seja capaz de:
Usar a língua e situações de comunicação oral e escrita.
227
Vivenciar na aula de língua estrangeira possibilidade de estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas.
Compreender que os significados são sociais e historicamente
construídos.
Ter consciência da importância do uso de uma língua estrangeira na
sociedade.
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural dos
povos.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso como Prática Social
CONTEÚDO BÁSICO
6º ANO
Alfabeto > pronúncia
Leitura e escrita
Interpretação
Tradução
Diálogo
Produção de desenho
Frutas
Verduras
Corpo humano
Vestimentas
Eletrodomésticos
Profissões
Objetos da sala de aula
Dias da semana
Meses do ano
Estações do ano
Numerais
228
Objetos de mesa
Parte da uma casa
Animais
Cores
Horas
Contos, escritas e apresentação.
Textos diversificados
Adivinhações
Ditos populares
Gibis, clássicos infantis etc.
Piadas
Vocabulário variado
Pesquisa na web
Membros de família
Tonicidade
Ortografia
Pontuação
Cantigas de roda
7º ANO
Alfabeto -> pronúncia
Leitura e escrita
Interpretação
Tradução
Diálogo
Produção de desenho
Frutas
Verduras
Corpo humano
Vestimentas
Eletrodomésticos
Profissões
229
Objetos da sala de aula
Dias da semana
Meses do ano
Estações do ano
Pronomes pessoais
Artigos definidos, indefinidos (neutro)
Verbo ser e estar
Numerais
Objetos da mesa
Parte de uma casa
Bandeiras de países que falam espanhol
Uso do B e V
Animas
Aumentativo e diminutivo
Adjetivo
Cores
Significado das cores
Horas
Conto, escrita e apresentação.
Textos diversificados
Musicas
Paródia
Contatos, bilhete, carta, e-mail.
Adivinhações
Trava-língua
Ditos populares
Gibis, clássicos infantis etc.
Vídeo e filme
Piadas
Vocabulário variado
Pesquisa na web
Poesia
230
Membros da família
Ortografia
Pontuação
Cantigas de roda
8º ANO
Alfabeto, Pronúncia
Leitura escrita
Interpretação e tradução
Historia da língua espanhola
Vocabulário diversificado e revisão
Dias da semana, meses, estações.
Parte de uma casa com desenhos
Animais
Profissões
Corpo humano
Comida, receitas
Países que falam espanhol
Regras de acentuação
Horas
Verbos regulares
Regras de plural
Adjetivos físico e psicológico
Regras gramaticais
Classes de palavras
Textos variados
Dramatização, teatro de historias, conto etc.
Musica
Paródia
Piada
Programa anuncio
Bilhete, Carta, e-mail.
231
Poesia
Diminutivo e Aumentativo
Charge
Anedota
Pesquisa
Cartazes
Resumo
Horóscopo
Tiras
Notícias
Fotografia
Avisos, recados, anúncio
Seminário, mesa redonda.
9º ANO
Revisões de alfabeto
História Dom Picote da Mancha
Vestimentas com texto
Atividades com membros da família
Comida, receita
Bebidas
Países membros do Mercosul
Regras de acentuação
Palavras heterosemánticas
Palavras heterogenéricas
Formação de frases
Formação de texto
Verbos regulares
Jornal
Regras gramaticais
Classes de palavras (10 classes gramaticais)
Cultura espanhola
232
Textos variados
Charge, Slogan, cartuns, anedota, caricatura.
Escrita de historias em quadrinhos
Vídeo, filme para analise
Maquete
Música, paródia
Propaganda, anúncio
Seminário, mesa redonda
Horóscopo
Resumo
Muy e mucho
Simulado
Biografia
Curriculum
Fotografia
Tiras
Pontuação
Recursos gráficos
Linguagem verbal e não verbal
Ortografia
Concordância nominal e verbal
LEITURA
Colaborativa: inferências, conhecimento prévio, leitura de mundo,
contextualização.
Intertextualidade.
Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma
para a análise do texto à compreensão de maneira global e não
fragmentada.
Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a
diferentes objetivos: ler para adquirir conhecimento, fruição, obter
233
informação, produzir outros textos, revisar, etc.
As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em
registro informal.
Construção de sentido do texto:
o Identificação do tema ou ideia central;
o Finalidade;
o Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes
presentes no texto;
o Identificação do argumento principal e dos argumentos
secundários.
Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando:
o o conteúdo vinculado;
o possíveis interlocutores;
o assunto;
o fonte;
o papéis sociais representados;
o intencionalidade;
o valor estético.
Em relação com o trabalho de leitura:
Ampliação do repertório de leitura do aluno ( textos que atendam e
ampliem seu horizonte de expectativas);
Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do
conhecimento (cinema, música, obras de Arte, Psicologia,
Filosofia, Sociologia, etc.);
O contexto de produção da obra literária bem como o contexto de
sua leitura.
ORALIDADE
Aspectos contextuais do texto oral:
Coerência global;
Unidade temática de cada gênero oral.
Os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da
234
conversação;
Elementos composicionais, formais e estruturais de diversos
gêneros discursivos orais usados em diferentes esferas sociais;
As variedades linguísticas e a adequação da linguagem no
contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em
relação ao gênero discursivo;
Intencionalidade dos textos;
Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a
fala formal e informal;
* Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade:
o Participação e cooperação;
o Turnos de falas.
* Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;
* Observância de relação entre os participantes (conhecidos e
desconhecidos, nível social, formação etc.);
Especificidades:
o Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos;
o Ampla variedade X modalidade única;
o Elementos extralinguísticos (gestos, entonação, pausas, sinais
gráficos;
o Frases mais curtas X frases mais longas;
o Redundância X concisão;
As particularidades de pronúncia de certas palavras.
ESCRITA
A produção e a re-facção escrita como processo suscitado por
uma real necessidade de
Prática social:
o Unidade temática;
o Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;
o Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão;
o Coerência com o tipo de situação em que gênero se situa (
235
situação pública, privada, cotidiana, solene etc.);
o Relevância do interlocutor na produção de texto;
o Utilização dos recursos coesivos (fatores de coesão: referencial e
sequencial), aspectos coerentes situacionais, contextuais,
intertextuais.
* Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis
(elementos composicionais, formais e estruturais).
Trabalho com tópicos gramaticais a partir da re-facção de textos e
análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-literários.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Leitura/ Oralidade/ Escrita
Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor(es);
Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios
de enunciação:
o A função das conjunções na conexão de sentido do contexto;
Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido
provocados no texto;
O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do
falante em relação ao que diz ( ou o uso das expressões
modalizadoras ;
Os discursos direto, indireto, indireto livre na manifestação das
vozes que falam do texto;
Importância dos elementos de coesão e coerência na construção
do texto;
Expressividade dos substantivos e a sua função referencial no
texto;
A função do adjetivo, advérbio e outras categorias como
elementos adjacentes aos núcleos.
Nominais e predicativos;
A função do advérbio: modificador de circunstancia;
236
O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função
da intencionalidade do conteúdo textual;
Relações semânticas que as preposições e os numerais
estabelecem no contexto;
A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos
efeitos de sentido, de entonação e ritmo, intenção, significação
e objetivos do texto;
Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão,
parênteses, etc.;
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização,
retomadas e sequenciação do texto;
Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função
dos propósitos do texto, estilo composicional e natureza do
gênero discursivo;
A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico;
determinado/indeterminado; ativo/passivo) a relação com a
intenção do texto;
A elipse na sequência do texto;
O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão
sujeito da frase
Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus
termos adjuntos
Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor,
ironia, ambiguidade, exagero, expressividade, etc.);
As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos
diferentes gêneros;
As particularidades linguísticas do texto literário;
As variações linguísticas;
Neologismo e os mecanismos de ressignificação de palavras já
existentes.
237
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Diferentes metodologias refletem diferentes perspectivas sobre como as
pessoas aprendem uma língua estrangeira e como os professores podem
encaminhar o que ensinam, de modo que os alunos contextualizem e
internalizem o que lhes são ensinados de maneira satisfatória.
Pode-se ter uma atividade ou exercícios com aspectos tradicionais (lista
de verbos ou exercícios de gramática) e em cima dele realizar uma atividade
extremamente comunicativa, assim como se pode ter um exercício tido como
comunicativo e, dependendo da prática empregada no desenvolvimento, pode
ser realizado de maneira tradicional.
Em cada turma surgem experiências e expectativas diferentes e o
professor deve usar de criatividade para ensinar de modo que a aprendizagem
atinja cada aluno, na sua individualidade cognitiva. Cada aluno detém uma
maneira particular de envolvimento com a situação de aprendizagem; cada
professor, também é único e traz consigo seu modo particular de trabalho, sua
competência implícita e o anseio da inovação de ações e de aprimoramento
profissional para a efetivação da prática pedagógica competente. Nessa
perspectiva, o professor assume o papel de mediador, antecipa necessidades e
apresenta a língua estrangeira não apenas como um fenômeno social, mas
como uma necessidade pessoal para o aluno, valorizando os conhecimentos
prévios de cada aluno, ajudando os a desenvolvê-las. Nessa concepção, o
professor de LEM, precisa ser capaz de modificar, de modo efetivo a sua
prática, buscando individual e coletivamente a reflexão, a pesquisa e a
investigação sobre os pressupostos teóricos e práticos das abordagens
pedagógicas que utiliza.
No ensino de Língua Estrangeira, a língua, o objeto de estudo dessa
disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade.
Portanto é essencial ensinar e aprender os diferentes tipos de gêneros textuais,
pois; o uso da língua nos diferentes propósitos comunicativos, configuram um
instrumento de interação entre as questões de interação da língua com o aluno.
Nesse sentido, o estudo dos diferentes tipos de gêneros textuais
apresentam uma construção discursiva indispensável no contexto da
238
enunciação. Portanto pode-se trabalhar nas mais variadas formas, que propicie
questionamentos, inferências, reflexão, contextualização e prática de leituras.
O texto trabalhado de diferentes fontes, gêneros, tipos e temas
estimulam uma leitura rica em contextos, linguagem e reflexões linguísticas.
Além do entendimento do texto, são propostas atividades de posicionamento
crítico sobre os conteúdos apresentados separando sua linearidade é uma
prática comum nas escolas. Por isso, é uma das principais preocupações,
alterar esta realidade.
Pretende-se formar um leitor ativo, ou seja, capaz de produzir sentidos
na leitura dos textos, tais como: inferir, servindo-se dos conhecimentos prévios;
levantar hipóteses a respeito da organização textual; perceber a
intencionalidade, etc.
Não se trata, portanto, de testar conhecimentos lingüísticos - discursivos
de ou Texto – gramaticais, de gêneros textuais, entre outros –, mas sim,
verificar a construção dos significados na interação com textos e nas
produções textuais dos alunos, tendo em vista que vários significados são
possíveis e válidos, desde que apropriadamente justificados.
Portanto, vale assinalar que ao trabalharmos os tipos textuais serão
desenvolvidas a oralidade, leitura e escrita. Na oralidade o aluno vai se
familiarizando para que haja uma interação social e cotidiana já no inicio da
comunicação. O diálogo constitui a base dos textos para desenvolver a
compreensão e produção oral, como conversas corriqueiras com familiares,
colegas e amigos, como também de interação de caráter transacional a
exemplos dos que ocorrem nas lojas, guichês, lanchonetes etc. Exploramos
também outros gêneros como anúncios comerciais e programas de rádio e
televisão, entrevistas, apresentações de palestras e mensagens telefônicas,
entre outros que desenvolvam a compreensão da leitura, oralidade e escrita.
Também será utilizado lúdico é uma forma de interação do aluno com o
mundo, podemos utilizar-se instrumentos que promovam a imaginação, a
exploração, a curiosidade e o interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos,
exemplificações realizados habitualmente por nós, professoras. O lúdico
permite uma maior será interação, maior será o nível de concepção e
reestruturações cognitivo realizado pelo estudante. Através do lúdico e
239
Independente da serie e da faixa etária do aluno serão adequados
instrumentos de apoio a aprendizado através, jogos: quebra-cabeça, sopa de
letras, cruzadinha, e montagem de joguinhos relacionados ao conteúdo
estudado, como jogo da memória, baralho, jogo imobiliário, bingo, dinâmicas
variadas para memorização, joguinhos online laboratório de informática, vídeos
e filmes para analise, gincana, apresentações de dramatizações de contos,
historias, preenchimento de lacunas.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um meio utilizado tanto por alunos como por professores
para o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.
Os alunos serão avaliados durante o desenvolvimento das atividades em
grupos em sala de aula, pesquisa no laboratório, oficinas, e provas escritas. De
acordo com o desempenho e conhecimento do conteúdo que cada educando,
no momento em que for convidado a participar de debates fazer inferência
sobre determinado assunto, com conhecimento e seguranças nos argumentos
apresentados, ou quando necessário apresentar oficinas para os colegas dos
conteúdos propostos, como também com provas orais e escritas, onde os
alunos manifestarão conhecimentos adquiridos na interpretação de textos,
ortografia, traduções, pronúncia e vocabulários que foram propostos no
decorrer das aulas.
A avaliação será somativa, diagnóstica e formativa, conforme Projeto
Político Pedagógico do Colégio, permeando todo o processo pedagógico,
devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as
características individuais deste.
As avaliações serão variadas, com diversos instrumentos e critérios
definidos conforme os objetivos dos conteúdos e expressos no Plano de
Trabalho Docente.
A Recuperação será ofertada integralmente a todos os alunos através da
retomada dos conteúdos com novas explicações/metodologias e avaliação, se
necessário.
240
O registro de notas será expresso em uma escala de 0,0 (zero vírgula
zero) a 10,0 (dez vírgula zero),sendo que média para aprovação o aluno é 6,0
(seis vírgula zero) e é obtida através da média aritmética dos três trimestres,
sendo necessário 75 % (setenta e cinco por cento) de frequência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA FILHO, J.P.C. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. ALVES, Adda_Nari. Espanhol m. Mello, Angélica, vale avançarmos 2 edições, volume1,2,3,4. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec 1988 BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em Língua materna : a sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola, 2004. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.
ESPANHOL Español Expansion – Volume único Autores: Henrique Romanos y Jacira Paes de Carvalho Editora: FDT
Fátima, Margareth,Sílvia. Español Entérate, 3ª edição,5,6,7,8º anos ) JORDAO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do individuo. Curitiba, lieo 2004. PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. RAMOS, P. C. A avaliação desmistificada. São Paulo: Artmed, 2001. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
241
17. LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Ao longo da história o ser humano sente a necessidade de se comunicar
e, para tal, vem desenvolvendo suas capacidades comunicativas e
aperfeiçoando suas habilidades de leitura e escrita. Sabe-se que o homem
possui a capacidade de comunicar-se através da linguagem, de expressar seus
pensamentos, usar o raciocínio e o intelecto, adquirir e transmitir cultura, o que
contribui para seus progressos material, espiritual e social no mundo. Para
essa comunicação utiliza-se de códigos comuns, que representam a
linguagem, no intuito de propagar sua cultura. Neste contexto, concebe-se a
língua como um instrumento de comunicação, segundo o qual, de modo
variável, e de comunidade para comunidade, analisam-se a experiência
humana, em unidades providas de conteúdo semântico e expressão fônica.
Apreender a linguagem é aprender, não somente as palavras, mas também os
seus significados culturais e, com eles, os meios pelos quais as pessoas em
seu meio social entendem e interpretam a realidade.
No ensino de Língua Portuguesa nas Escolas Públicas deve-se priorizar
a funcionalidade da língua como geradora de significados que integram o
individuo ao mundo, transformando-o em um ser crítico, consciente,
participativo e atuante na sociedade. A linguagem é uma herança social, que
uma vez assimilada, envolve os indivíduos e faz com que as estruturas
mentais, emocionais e perceptivas sejam reguladas pelo seu simbolismo. No
momento em que essa linguagem é assimilada, o falante passa a operar com
símbolos cheios de significados que fazem parte de seu contexto, interagindo
na comunicação e aprendendo a usar a língua de forma adequada a
comunicar-se na diversidade de situações comunicativas com que se deparar,
pois o domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de
participação social, acesso a informações, expressão e defesa de pontos de
vista, partilha e construções de visões de mundo, produção de conhecimentos
e saberes lingüísticos, necessários a boa comunicação.
Todos os alunos da escola pública têm direito ao conhecimento científico
242
e de transportar esse conhecimento para seu cotidiano, sua vida, a fim de
melhorá-la em todos os sentidos, independentemente da situação em que vive
ou da família a qual pertence.
Os conteúdos trabalhados abordam temas relacionados a valores
humanos: amizade, verdade, justiça, união, honestidade, respeito que, nos dias
de hoje, estão adormecidos, fazendo com que percebam a importância para a
vida e para o sucesso profissional.
Por meio do processo de estudo da língua oral e escrita, estamos
despertando no aluno a consciência de que a comunicação é fundamental para
a participação social e afetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica,
tem acesso a informações expressas e defende ponto de vista, partilha e
constrói visões do mundo e produz conhecimento.
A leitura vai ajudar o aluno a ampliar gradativamente seus horizontes,
produzindo sua própria forma de pensar e agir no mundo através de textos
informativos, científicos, reportagens, charges, história. Em grandes contos e
crônicas. Consta nas DCEs que ―no ato de leitura, um texto leva a outro e
orienta para uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto,
participa da elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber,
com a sua experiência de vida.‖ Vivenciar experiências e oferecer ao aluno
uma atitude crítica do texto lido, perceber que atrás de cada texto há um sujeito
com uma intenção, com a qual o leitor pode concordar ou discordar. A leitura
deve ser ampla, integrada com outras linguagens como a artes plásticas,
música, cinema. A leitura vai ajudá-lo a ampliar gradativamente seus
horizontes, produzindo sua própria forma de pensar e agir no mundo através de
textos informativos, científicos, reportagens, charges, história. Em grandes
contos e crônicas.
O trabalho com a oralidade visa desenvolver o falar com fluência em
deferentes situações, aproveitando o recurso expressivo de língua, e permite
analisar a linguagem enquanto recurso falado, oportunizando o ouvir e ler,
aprimorando nosso compreender o que nos foi dito, buscando a melhor
maneira de trabalhar a oralidade através dos instrumentos: o contar de
histórias, o narrar fatos ou experiências, entrevistas, debates. Argumentos e
declamações de poesias. A fala é um instrumento fundamental na defesa dos
243
direitos do cidadão.
É necessário que se compreenda a linguagem nas suas dimensões
sociais, históricas e estruturais, por isso, é necessário realizar sempre uma
ação reflexiva sobre a própria linguagem, integrando as práticas socioverbais e
pensando sobre elas. Esse pensar envolve a compreensão de sua estrutura da
linguagem (sua organização gramatical) e, especialmente, a compreensão de
sua realidade social e histórica.
Para desenvolver o aluno incluso no processo de aprendizagem
adequado, devemos ser mais sensíveis e procurar conhecer e respeitar os
ritmos e estilos de aprendizagem de cada aluno, com a ajuda da família e da
equipe pedagógica, sala de recursos, para definir os melhores caminhos a
serem trilhados com o educando, promovendo assim um desenvolvimento
integral, utilizando estratégias diferenciadas de ensino, avaliação e adaptações
curriculares para alunos em dificuldades de aprendizagem em função de
limitações físicas e sensoriais apresentadas por alguns alunos que acabam por
beneficiar a turma toda na forma de conduzir o conteúdo.
Concebe-se a língua como um conjunto aberto e múltiplo de praticas
sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente
situados. A linguagem só existe, efetivamente, no contexto social: ela é
elemento constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se afirma,
continuamente.
Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos
históricos e como realidades psíquicas em meio a essa intrincada rede de
relações socioverbais e pela interiorização da própria dinâmica sociocultural
somos seres de linguagem, constituídos e vivendo num complexo feixe de
relações. ―Ensinar Português e oferecer aos alunos a oportunidade de
amadurecer e ampliar o domínio que eles já têm de linguagem." (FARACCO)
No processo de ensino aprendizagem da língua, assume-se o texto
verbal – oral ou escrito – e também as outras linguagens, tendo em vista o
multiletramento como unidade básica. Como prática discursiva que se
manifesta em enunciações concretas, cujas formas são estabelecidas na
dinamicidade que caracteriza o trabalho com experiências reais de uso da
língua. A ação pedagógica referente à língua, portanto, precisa pautar-se na
244
interlocução, em atividades planejadas que possibilitam ao aluno não só a
leitura e a expressão oral ou escrita, mas também, refletir sobre o uso que faz
da linguagem da discursividade, ou seja, o conteúdo estruturante da Língua
Portuguesa é o discurso enquanto prática social.
O ato de escrever é inventar cada momento a própria identidade, é
registrar e ordenar o pensamento. É buscar compreender a si mesmo e
compreender o mundo. Em uma atividade devemos ser práticos para envolver
e planejar o texto, organizar sua sequência, articular suas partes, selecionar os
imensos recursos através dos símbolos para expressar seus anseios. É
inventar cada momento a própria identidade, é registrar e ordenar o
pensamento. É buscar compreender-se e compreender o mundo.
Entender a função das diferentes palavras ou expressões no texto, sem
se preocupar com a nomenclatura gramatical, definições ou regras. O mais
importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar
hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, única instância
em que o aluno pode chegar á compreensão de como a língua funciona e á
decorrente competência textual.
O ensino de Língua Portuguesa e Literatura, no Ensino Médio, deverá
atentar para a construção de alternativas inovadoras, criando e recriando, a
partir de contextos/textos estudados. A leitura, a escrita e a oralidade devem
ser encaradas como atividades sociais significativas entre sujeitos históricos,
realizadas sob condições concretas, sem deixar de lado a cientificidade. É
fundamental reconhecer a realidade sociointeracional, e, acima de tudo,
reconhecer a presença do outro na comunicação e a importância da interação
entre os falantes.
O conteúdo estruturante está fundamentado no discurso enquanto
prática social e os conteúdos específicos devem ser distribuídos conforme as
três práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita, uma vez que a Literatura
deve perpassar essas práticas.
Em relação à prática de leitura, o aluno deve familiarizar-se com
diferentes gêneros textuais oriundos das mais variadas práticas sociais (em
especial da literatura, do jornalismo, da divulgação científica, da publicidade).
Também é preciso desenvolver no aluno uma atitude de leitor crítico, o que
245
significa, entre outros aspectos, perder a ingenuidade diante do texto dos
outros, percebendo que atrás de cada discurso há um sujeito, com uma
experiência histórica, com um determinado universo de valores, com uma
intenção.
O aluno deve reagir ao texto, dar-lhe uma resposta, concordando com
ele ou discordando dele com argumentações lógicas e coerentes. Desse modo
a leitura não é restrita somente a textos orais e escritos, portanto, devemos
abranger também a recepção de manifestações em outras linguagens,
combinadas ou não com a linguagem verbal (as artes visuais, a música, o
cinema, a fotografia, a televisão, a publicidade, as charges, os quadrinhos, a
iconografia), percebendo suas especificidades.
De acordo com as DCEs, ―A contextualização na linguagem é um
elemento constitutivo da contextualização sócio-histórica e, nestas diretrizes,
vem marcada por uma concepção teórica fundamentada em Mikhail Bakhtin.
Para ele, o contexto sóciohistórico estrutura o interior do diálogo da corrente da
comunicação verbal entre os sujeitos históricos e os objetos do conhecimento.‖
A experiência de leitura de outras linguagens é considerada porque somos
seres de múltiplas linguagens e porque a sociedade contemporânea amplificou
a circulação de textos nas mais variadas linguagens, exigindo uma múltipla
capacidade de leitura de seus cidadãos e cidadãs.
O objetivo do trabalho com leitura, oralidade e escrita pressupõem o
estabelecimento de relações entre as atividades sociais dos alunos, buscando
a interação com o texto literário, proporcionando experiência real de leitura,
abrindo um campo fértil para um trabalho com textos verbais oriundos de
outras esferas da atividade humana, criando uma rede para múltiplas leituras
de mundo e para a compreensão e apreensão do potencial expressivo da
linguagem.
Os gêneros textuais e os discursos sociais permitem também um
trabalho integrado com outras linguagens (artes plásticas, música, cinema),
criando condições para a percepção do fazer artístico em geral, seja de suas
especificidades, seja de suas dimensões histórico-culturais.
O texto literário, estudado em si ou em correlação com textos saídos de
outras práticas sociais, tem relativa prioridade e se justifica, por ter o texto
246
literário maior permanência no tempo, organiza esteticamente as grandes
questões humanas e a própria linguagem verbal, não eliminando, contudo, os
textos não literários, com os quais os alunos do Ensino Médio devem se
familiarizar. Trabalharemos não só o texto jornalístico, o da publicidade e o da
divulgação científica, mas principalmente sua articulação com os textos
literários, oferecendo aos estudantes condições de amadurecimento, pelo viés
da diversidade textual, uma leitura ampla do mundo.
O estudo da história literária não pode se perder em tecnicismos ou
conhecimentos estáticos. Procuraremos aproveitar a história literária para uma
compreensão dinâmica da nossa história cultural, oferecendo aos alunos a
possibilidade de apreender o presente como resultado e parte de toda uma
complexa história.
O ato de escrever deve ser visto como uma atividade sociointeracional,
por meio do contato direto com os mais variados gêneros, sob a orientação do
professor e envolver os alunos com os textos que produzem, assumindo a
autoria do que escrevem. "O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da
produção de diferentes gêneros, por meio das experiências sociais, tanto
singular quanto coletivamente vivido‖, como expresso nas DCEs. A prática
significativa da escrita é desafiadora e cativante: envolve, entre outras ações,
adequação ao gênero, planejamento do texto, organização sua sequência,
articular suas partes, selecionar a variedade linguística, dialogar com os
discursos que circulam socialmente, além de transitar pelos imensos recursos
expressivos acumulados ao longo do incessante fazer histórico com a
linguagem. Os alunos, ao fim do Ensino Médio, precisam ter ampliado o uso da
escrita dos mais variados gêneros produzidos pelas necessidades humanas.
A escola precisa oferecer aos alunos a oportunidade de expressar-se
oralmente e amadurecer o falar com segurança e fluência em situações formais
(espaço público, diante de um conjunto plural de interlocutores), seja em
atividades de exposição e transmissão de informações, seja no debate
(também em representações teatrais, exposição oral individual sobre tema de
sua escolha, utilizando-se apenas de um roteiro escrito, para desenvolver a
capacidade de expor oralmente).
247
OBJETIVO GERAL
Centralizar os estudos gramaticais e linguísticos, bem como a produção
e interpretação de textos na análise do discurso, enquanto prática social,
nos princípios de Bakhtin, Deleuze, Derrida, Barthes e Foucault. E de
autores da pedagogia histórico-crítica como Saviani, Gasparin, Geraldi,
Luquini. E para isso, prover aos alunos concluintes de Ensino Médio
uma competência textual (oral e escrita) e capacidade de uma análise
mais aprofundada dos textos, refletindo sobre a época em que foram
escritos (moral – costumes – ética), historiografia, estruturação temática,
advindo daí, a possibilidade da reflexão de projeção/ perspectivas
futuras.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
As situações didáticas têm como objetivo levar o aluno a pensar sobre a
linguagem para poder compreender e utilizar apropriadamente as situações e
aos propósitos definidos como:
Passar de um nível de linguagem para outro.
Depreender o sentido de palavras com base nos elementos que as
constituem;
Classificar os elementos mórficos que constituem a estrutura da palavra;
Reconhecer o processo envolvido na formação de palavras;
Distinguir fonema e letra;
Classificar encontros vocálicos;
Distinguir encontros consonantais e dígrafos;
Classificar palavras quanto a tonicidade/ relacionar a tonicidade às
regras de acentuação;
Separar corretamente as sílabas.
Observar os critérios de formação das palavras.
Depreender o sentido das palavras com base com base no contexto.
Justificar a acentuação gráfica de quaisquer palavras;
Escrever palavras do léxico português de forma correta.
248
Resolução de problemas aplicando princípios teóricos.
Distinguir os diferentes períodos literários, reconhecendo suas
especificidades; examinar, particularizando, no exercício analítico,
aspectos representativos de especificidades do período e de cada autor.
Entender e analisar a trama.
Entender a literatura em seu contexto histórico, daí dependendo sua
significação.
Reconhecer regência nominal e verbal
Depreender o sentido da classe dos substantivos com base no contexto.
Distinguir palavras quanto as diferentes classes.
Aplicar corretamente, na escrita, a flexão dos nomes e verbos.
Aplicar corretamente as normas de pontuação, especialmente na ordem
inversa.
Avaliar a correção gramatical do período simples quanto a estrutura
sintática.
Comparar frase, opção e período.
Transformar frases verbais em nominais e vice-versa.
Descrever as diferentes estruturas do período simples levando em conta
a ocorrência dos tipos de termos na oração.
Descrever os tipos de predicação verbal.
Explicitar relações de dependência entre termos da oração.
Demonstrar as possibilidades de colocação dos termos da oração(
ordem direta e inversa)
Conhecer a riqueza das gerações românticas, sua importância nas
modificações sociais da época e no cotidiano de hoje.
Reconhecer os diferentes significados no uso das palavras.
Se apropriar do conhecimento histórico/ cultural, das escolas literárias.
Distinguir palavras quanto as diferentes classes.
Aplicar corretamente, na escrita, a flexão dos nomes e verbos.
Aplicar corretamente as normas de pontuação, especialmente na ordem
inversa.
Avaliar a correção gramatical do período simples quanto a estrutura
249
sintática.
Comparar frase, oração e período.
Transformar frases verbais em nominais e vice-versa.
Descrever as deferentes estruturas do período simples levando em
conta a ocorrência dos tipos de termos da oração.
Descrever os tipos de predicação verbal.
Explicitar relações de dependência entre termos da oração;
Demonstrar as possibilidades de colocação dos termos da oração(
ordem direta e inversa).
Ver a contribuição deixada pelo Romance de 30 dentro do contexto
social de hoje.
Através da literatura contemporânea, aproximar o educando do universo
literário e suas riquezas.
Conhecer a literatura africana e suas riquezas.
Analisar e entender a trama textual.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso como prática social.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Textos discursivos de todas as esferas sociais de circulação: Cotidiana;
Literária / artística; Científica; Escolar; Imprensa; Publicitária; Produção e
Consumo; Midiática.
6º ANO
1º TRIMESTRE
Como ler um livro – partes que o compõem;
O tecido do texto – paragrafação e tópicos frasais;
Substantivos – classificação;
Narrativa – estrutura (fábulas e contos);
Diálogos e tipos de discursos;
250
Adjetivos – classificação;
Artigos – função;
Como usar o dicionário;
Gírias - denotação e conotação;
Numerais;
Fonética – fonemas e letras;
Leitura e produção de textos.
2º TRIMESTRE
Correspondências – cartas, bilhete, cartão-postal, e-mail;
Pronomes – pessoais e possessivos;
Separação silábica;
Poemas – estrutura e composição;
Linguagem da poesia;
Figuras de linguagem – personificação, comparação, metáfora;
Rimas, ritmo e métrica;
Sinônimos e antônimos;
Pronomes – demonstrativos, indefinidos e interrogativos;
A narrativa de mitos e lendas;
Os pronomes na construção do texto;
Leitura e produção de textos.
3º TRIMESTRE
Acentuação;
Palavras primitivas e derivadas;
Verbos – flexões e conjugações;
Gênero textual – notícia;
Coesão textual;
Tempos verbais;
Advérbios;
Preposições;
Conjunções;
251
Interjeições;
Leitura e produção de textos.
7º ANO
1º TRIMESTRE
Estrutura da narrativa;
Conectivos de tempo;
Morfossintaxe – frase, período, oração;
Gêneros textuais – diário e blog;
Sujeito e predicado;
Tipos de sujeito;
Oração sem sujeito;
Gênero textual – entrevista;
Leitura e produção de textos.
2º TRIMESTRE
Transcrição da oralidade para a escrita;
Concordância verbal;
Verbos de ligação;
Predicativo do sujeito;
Tipos de predicado;
Uso do S e do Z;
Gênero textual – teatro: gestos e entonação;
Termos integrantes da oração;
Transitividade verbal;
Leitura e produção de textos.
3º TRIMESTRE
Termos acessórios da oração – adjuntos adverbial, adnominal e aposto;
Uso dos porquês;
252
Como fazer pesquisas e resumos;
Vozes verbais;
Pronomes relativos;
Canções populares – refrão, rimas e assonâncias;
Pronomes oblíquos;
Uso do HÁ e funções do A;
Paródias;
Leitura e produção de textos.
8º ANO
1º TRIMESTRE
Biografias e autobiografias;
Coesão textual – a substituição;
Predicativo do objeto;
Formas nominais do verbo;
Verbos irregulares;
Uso do G e do J;
Texto opinativo – resenha;
Período simples e período composto;
Orações coordenadas;
Leitura e produção de textos.
2º TRIMESTRE
Poemas – estrutura, rimas, ritmo e métrica;
Estrutura e formação de palavras;
Textos expositivos;
Leitura de infográficos;
Gênero – seminário;
Grau do substantivo e do adjetivo;
Uso do X e do CH;
Ficção científica – estrutura;
253
Conectores casuais do texto;
Leitura e produção de textos.
3º TRIMESTRE
Modo subjuntivo dos verbos;
Locução verbal;
Gênero textual – reportagem;
Concordância verbal e nominal;
Uso de MAU e MAL e outras dificuldades de grafia;
Propaganda e publicidade;
Conotação e Denotação;
Recursos linguísticos – tempos verbais, intertextualidade, ambiguidade;
Estrangeirismos;
Modo Imperativo dos verbos;
Leitura e produção de textos.
9º ANO
1º TRIMESTRE
Linguagem verbal e não-verbal;
HQs – elementos visuais e texto;
Figura de linguagem – onomatopéia;
Regência verbal e nominal;
Gênero textual – debate;
Estrangeirismos;
Orações subordinadas substantivas;
Leitura e produção de textos.
2º TRIMESTRE
Orações subordinadas adjetivas;
Uso do hífen;
Histórias policiais;
254
Personagens e narradores;
A descrição e o leitor;
Orações subordinadas adverbiais;
Veículos de informação – rádio e TV;
Notícia e novela;
Sintaxe de colocação dos termos da oração;
Grafites e pichações;
Leitura e produção de textos.
3º TRIMESTRE
Gênero – artigo de opinião;
Estratégias de persuasão na escrita;
O pronome e a conjunção SE;
Uso da crase;
Literatura de Cordel – estrutura;
Rap – Rimas, ritmo e poesia;
Figuras de sintaxe – anáfora, elipse, zeugma, inversão, anástrofe,
pleonasmo, anacoluto, polissíndeto, silepse;
Pontuação;
Leitura e produção de textos.
1ª SÉRIE
1º TRIMESTRE
Origem da língua portuguesa/ Linguagem, língua e fala;
Variação linguística – variedades, cronológicas, regionais e sociais;
Reforma ortográfica;
Gêneros: cartaz e poemas;
Pontuação;
Semântica – sinônimos, antônimos e parônimos;
Gênero - relato pessoal;
Fonética e fonologia (fonema e letra – Encontros vocálicos – Encontros
255
consonantais e dígrafos – tonicidade – sílaba).
Leitura, produção e interpretação de texto.
Linguagem literária (texto literário e não-literário funções da linguagem,
Denotação e conotação;
Figuras de linguagem: antítese, metáfora, hipérbole, comparação,
prosopopeia, catacrese, ironia, gradação, sinestesia, aliteração,
assonância, onomatopeia, perífrase, eufemismo).
Trovadorismo;
Classicismo.
2º TRIMESTRE
Aspectos gráficos (acentuação – ortografia – separação silábica);
Texto e discurso – intertexto e hipertexto.
Narrativas e descrição: estrutura do conto.
Interdisciplinaridade;
Intertextualidade – paródia e paráfrase;
Leitura, produção e interpretação de texto.
Gêneros literários (prosa e verso, gênero lírico,
Versificação;
Gênero narrativo: elementos estruturais, espécies narrativas;
Gênero dramático: teatro (elementos estruturais), inclusive quanto às
relações entre suas partes.
Literatura de Informação – Quinhentismo;
Barroco em Portugal e no Brasil.
3º TRIMESTRE
Crase e verbo haver
Formação de palavras (Radical e afixos)
Resumo;
Gêneros: Fábulas e Contos de Fadas;
Leitura, produção e interpretação de texto;
Arcadismo – contexto histórico-cultural, conceituação e características.
256
2ª SÉRIE
1º TRIMESTRE
Substantivo: flexões e função sintática; a);
Leitura, produção e interpretação de texto.
Prosa gótica;
Romance urbano;
Romantismo: características e autores: 1ª, 2ª e 3ª gerações românticas;
Artigo e numeral;
Adjetivo e locuções adjetivas, e flexões
Pronomes (divisão e função sintática)
2º TRIMESTRE
Verbos: estrutura das formas verbais e classificação;
Advérbio (classificação e flexão);
Sujeito e predicado;
Tipos de sujeito;
Frase – oração – período;
Período simples e período composto;
Conjunções;
Entrevista;
Leitura, produção e interpretação de texto.
Realismo/ Naturalismo – contexto histórico-cultural, características e
autores.
3º TRIMESTRE
Tipos de predicado;
Concordância nominal e verbal
Descrição e dissertação
Preposição (classificação e combinação e contração);
Conjunções (classificação e função sintática);
Interjeição, aposto, vocativo;
257
4. Leitura, produção e interpretação de texto.
Interdisciplinaridade
Parnasianismo – contexto histórico-cultural, características e autores;
Simbolismo – contexto histórico-cultural, conceituação, características e
autores.
3ª SÉRIE
1° TRIMESTRE -
Concordância verbal e nominal.
Predicação verbal. (verbo de ligação)
Predicativo do sujeito e do objeto.
Leitura, produção e interpretação de texto.
Morfossintaxe (padrões e tópicos frasais)
Uso da crase;
Pontuação;
Crônica;
Pré-Modernismo;
Semana da Arte Moderna e vanguardas europeias;
2º TRIMESTRE
Período composto (coordenação e subordinação)
Complemento nominal e verbal;
Coesão e coerência (termos referenciais);
Paralelismo sintático;
Conectivos;
Carta ao leitor;
Dissertação: objetiva e subjetiva;
Funções da linguagem;
Leitura, produção e interpretação de texto;
Literatura: Modernismo 1ª, 2ª e 3ª fase;
Romance de 30 (realismo e regionalismo, características e autores
258
3º TRIMESTRE
Regência nominal e verbal;
Objetos direto e indireto;
Uso dos porquês e outras dificuldades de grafia.
Revisão dos pronomes.
Colocação pronominal.
Anúncios e propaganda;
Literatura engajada.
Cinema Novo e Tropicalismo.
Ficção, teatro e poesia contemporânea
ANEXO I - SUGESTÕES DE FILMES NACIONAIS
Trabalhar em todas as séries, escolhendo o que está de acordo com o
conteúdo programado, valorizando obras da literatura brasileira, abordando a
variação linguística, o foco narrativo e a interpretação.
São Bernardo
Menino de engenho
Inocência
Vidas secas
A marvada carne
Eles não usam black-tie
O que é isso, companheiro?
Caminho das nuvens
Dom (Versão atual com Marcos Palmeira e Maria Fernanda Cândido)
Caramuru – A invenção do Brasil
Lisbela e o prisioneiro
O auto da Compadecida
Bicho de sete cabeças
O homem que copiava
O homem do ano
259
Carandiru
A partilha
Central do Brasil
A Moreninha
Verônica
Outro conto da nova Cinderela
ANEXO II – PROJETO DE LEITURA
Esse projeto pretende orientar os alunos na leitura de obras literárias,
observando a sinopse, a biografia do autor, aprender a reconhecer o gênero
textual, identificar o foco narrativo, interpretar e situar a obra no contexto
histórico da época em que foi produzida.
Também despertar no aluno o gosto e o encantamento pela leitura, a
apreensão de seus significados e um melhor entendimento de sua função
social.
No decorrer do ano, o aluno deve apresentar a análise literária de uma
obra da Literatura Portuguesa ou Brasileira por trimestre, o que ampliará seus
conhecimentos e o preparará melhor para o vestibular.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O modo como concebemos a linguagem e conforme os objetivos já
expostos condiciona nossa metodologia, pressupondo uma prática ativa e
diversificada, compreendendo o trabalho individual, o trabalho em duplas ou
em pequenos grupos e o trabalho com toda a turma, além das atividades
expositivas do professor. Fica subentendido do exposto, a viabilidade do
trabalho de pesquisa via computador e outros meios mais atualizados e a partir
das experiências dos alunos sobre a língua, transformá-las em projeto de
reflexão, tendo em vista um resultado positivo, na produção oral, escrita e na
260
leitura, com as seguintes abordagens:
A língua será trabalhada como discurso, por meio de leitura oralidade e
escrita, com vários gêneros textuais e terá o texto verbal e não-verbal como
ponto de partida por meio de estratégias para que os alunos percebam a
heterogeneidade da língua e reconheçam que os textos são representações da
realidade e assumindo uma posição mais crítica em relação a tais textos.
Trabalhar texto em seu contexto social de produção e dele selecionar itens
gramaticais que indiquem a estruturação da língua, comparando as unidades
temáticas, linguísticas e composicionais de um texto com outros textos
construindo a sua estrutura a partir das reflexões em sala de aula, assim a
Língua Materna contribuirá com uma leitura crítica dos textos escolhidos, onde
o aluno possa perceber os diferentes discursos, e construir significados
diferentes permitidos pela Língua.
A prática da leitura será trabalhada considerando o conhecimento prévio
do aluno, discutindo as ideias sobre o texto e instigando o entendimento das
diferenças decorridas do uso de palavras ou expressões e a oralidade será
trabalhada com perguntas e respostas mais usada na Língua Portuguesa,
utilizando entonação, expressões facial, corporal e gestual. A escrita será
trabalhada a partir de produção textual e interpretação de texto, com uso
adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual.
Os desafios educacionais contemporâneos e a diversidade sexual e de
gênero serão abordados por meio de textos que contemplem temas abordados
em outras disciplinas. A prevenção ao uso indevido de Drogas, Violência,
Cidadania, Educação Ambiental e Direitos Humanos serão abordados em
textos atuais de vários gêneros tais como: midiáticos, cotidiano, escolar,
publicitário, filmes etc. No Programa Nacional de Educação Fiscal temos que
conscientizar o aluno a desenvolver uma prática transformadora, apesar da
força exercida pelo mundo globalizado, mantendo uma relação harmoniosa
entre Estado e Sociedade, aprendendo como funciona a administração pública
cobrando a garantia dos impostos. A cultura Afro e Indígena será contemplada
dentro da Língua Portuguesa com textos de vários gêneros.
Serão utilizados: material didático disponível na prática pedagógica,
livros didáticos, dicionários, transparências, Slides, vídeos, Dvd’s, fitas de
261
áudio, CD-Room’s, Internet, TV multimídia e a sala informatizada, de acordo
com as propostas destas diretrizes com a abordagem chamada de cognitivismo
construtivista, abordagem sociocomunicativa que se apresenta como reação à
visão estruturalista da língua, concentrando-se nos aspectos das situações
comunicativas e não no código linguístico.
Será adotada uma alternativa teórica de concepção de linguagem que
contemple esse objetivo. É preciso entender a estrutura formal da linguagem
como um conjunto de normas que estabelecem um entendimento geral
procurando ultrapassar as questões técnicas e instrumentais para que o aluno
reflita e transforme a realidade que se apresenta. Uma nova forma de ver e
entender o mundo e a de construir significados, ou seja, entender a relação
linguística entre os falantes.
Aos alunos serão apresentados textos pertencentes a vários gêneros:
publicitários, jornalísticos, literários, informativos, etc., a fim de criar condições
para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja um leitor crítico e
capacitado a entendê-los.
A análise e interpretação de texto será efetuada enquanto unidade de
linguagem em uso, ou seja, uma unidade de comunicação, escrita, oral, visual
ou falada, será o ponto de partida da aula., propondo, no decorrer do
desenvolvimento dos conteúdos, provas orais e escritas, trabalhos de
pesquisa, exercícios de fixação dos conteúdos, debates e apresentação de
trabalhos, bem como, estimular os alunos na oralidade e interação com os
colegas. Deve-se ultrapassar as questões técnicas e instrumentais para que o
aluno reflita e transforme a realidade que se apresenta. Uma nova forma de ver
e entender o mundo e a de construir significados, ou seja, entender a relação
linguística entre os falantes.
Algumas sugestões de produção de textos: (Gênero de fala e escrita
públicas)
Experiência de transcrição de uma entrevista
Editoração
Representar colegas em uma reunião.
262
Diálogos com autoridades, debates, agradecimentos, homenagens,
entrevista
Análise da polidez na fala telefônica (formal – descuidada)
Assistir a filmes com diversidade de falas (regionais)
Formas de imposição da pessoa (programas televisivos)
Regras de comunicação (locais – hierarquia – contexto)
Transformar texto padrão para texto oral e vice-versa
Teatro: adaptar fala à fala do momento
Declamação de poesias em espaço público
Relato de experiências de vida, de viagem
Diários, autobiografia, biografia, histórico, relato histórico, ensaio ou
perfil biográfico. Textos (crônica social/esportiva, relatos de viagem,
textos de opinião, diálogos argumentativos, carta do leitor/ de
reclamação/ solicitação/ deliberação informal/debate
regrado/assembleia/discurso de defesa (advocacia)/ resenha crítica,
artigos de opinião ou assinados, editorial, ensaio, diagramação de cartas
oficiais)
transmissão e construção de saberes
texto expositivo ( em livro didático)
exposição oral ( de pesquisas, conclusões)
palestras
entrevistas com especialista
verbetes
artigo enciclopédico
tomada de notas
texto explicativo
resumo de textos expositivos e explicativos
resenhas
relatórios científicos
relatório oral de experiência
Instruções e prescrições (descrever ações: instrução de montagem,
regulamentos, receitas, regras do jogo, comandos diversos, textos
263
prescritivos).
Além dessas sugestões, o professor poderá acrescentar ao seu
trabalho novas experiências de produção.
AVALIAÇÃO
A avaliação não pode ser pensada e realizada sem uma vinculação
intrínseca com o modo como concebemos a linguagem e como definimos os
objetivos e a metodologia. A avaliação mais condizente com os fundamentos
gerais é aquela que se dá contínua e cumulativamente, pressupondo uma clara
articulação entre objetivos, práticas metodológicas e instrumentos. A avaliação
deve ter uma clara função diagnóstica, formativa e somativa com atividades de
avaliação vistas como uma oportunidade de reflexão sobre o próprio processo
de ensino e seus resultados. Provas trimestrais podem ser cumpridas sem
prejuízo da filosofia da avaliação que acabamos de delinear. As mesmas
podem se centrar na leitura de textos e resolução de questões de compreensão
ou por atividades de escrita (resumo, parágrafos, textos, exercícios de
reconhecimento, pequenas dissertações, análise), alimentadas pelo texto de
referência ou de discussões dos temas.
Os distúrbios de aprendizagem terão complementação com recuperação
paralela, junto aos demais, visto que se oferece sala de recursos apenas para
o Ensino Fundamental. A recuperação paralela prevê a recuperação de
conteúdos e será efetuada por meio de estudos em grupo com monitoramento.
Essa recuperação ocorrerá de forma contínua e progressiva, sempre que
houver necessidade.
A recuperação de conteúdos será proporcionada no decorrer do período
letivo. Destinando-se aos alunos com aproveitamento insuficiente, atendendo à
resolução nº 023/2000: ‖A recuperação será oferecida de forma paralela
sempre que for diagnosticada insuficiência durante o processo regular de
apropriação, de conhecimento e de competências pelo aluno― (Conselho
Estadual de Educação, 2000).
A recuperação paralela de conteúdos envolverá todos os alunos,
264
retomando os conteúdos com atividades, de forma diferenciada, reconstruindo
o conhecimento e entendendo que cada aluno tem uma forma de assimilação.
Durante o processo de recuperação de conteúdos, sempre que se fizer
necessário, novas estratégias serão colocadas em vigor, revisando as
atividades já trabalhadas, reforçando as explicações por meio de novos
estudos e atividades complementares, destacando a chamada avaliação
diagnóstica, formativa e somativa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN,Mikhail. Estética da Criação verbal. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003 BASTIDE, Roger. As religiões africanas no Brasil: contribuição a uma sociologia das interpretações de civilizações. São Paulo, livraria Pioneira Editora (Ed.da UFSP) BROOKSHAW,David. Raça e cor na literatura brasileira. Trad. Marta Kirst. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1983. 266p. (Novas perspectivas, 7) CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.
CERTEAU, Michel de. A invenção do Cotidiano I. Artes de fazer. Petrópolis, RJ CERTEAU, Michel de. A invenção do Cotidiano II. Moar, cozinhar. Petrópolis, vozes, 1996 CHARTIER, Roger, A ordem dos livros. 2ª ed. Trad. Da Unicamp, 1998 DCEs de Língua Portuguesa do Estado do Paraná, 2008. DIRETRIZES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA – SEED – 2008. FARACCO, Carlos Alberto. Língua e Cultura Língua e Cultura. Mec. FERNANDES, Floresta,1920. A integração do negro na sociedade de
265
classes/ Florestan Fernandes. 3ª ed. São Paulo: Ática, 1978 FIORIN, J. L. O romance e a simulação do funcionamento real do discurso. Em: Brait, B (org.) Bakhtin, Dialogismo e construção de sentido. São Paulo. Ed. Da Unicamp, 1997 FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas ( uma arqueologia das ciências humanas). Martins fontes Ed Ltda. FOUCAULT, Michel. Isto não é um cachimbo. – trad. Jorge Coli. RJ: Paz e Terra, 1998. FOUCAULT, Michel. O que é um autor? 4ª ed. – Vozes – 2000 GERALDI. O texto em sala de aula. São Paulo, Ática MACHADO, Roberto. Foucauld, A filosofia e a Literatura. Jorge Zahur. Ed. 2000. MOTA, Lourenço Dantas (org). Introdução ao Brasil: um banquete no trópico. São Paulo: Editora Senac,SP, 1999. ORLANDI, E.P.(org.). Gestos de Leitura – da história no Discurso. Campinas, SP. Ed. Da Unicamp, 1994 PECHEAUX, Michel. Semântica e Discurso- uma crítica à afirmação do Óbvio. 3ª ed. Campinas, São Paulo – Ed. Da Unicamp, 1977. POSSENTI, Sírio. O sujeito fora do Arquivo. Unicamp POSSENTI, Sírio. Indícios de Autoria. Unicamp QUEIROZ, André. O Presente, o Intolerável. (Foucault e a história do presente) /André Queiroz. RJ: 7 letras, 2004 SCHNEIDER, Michel. Ladrões de Palavras. SP. Ed. Da Unicamp,1990.
266
18. MÍDIAS E SUAS LINGUAGENS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Ao longo da história o ser humano sente a necessidade de se comunicar
e, para tal, vem desenvolvendo suas capacidades comunicativas e
aperfeiçoando suas habilidades de leitura e escrita. Sabe-se que o homem
possui a capacidade de comunicar-se através da linguagem, de expressar seus
pensamentos, usar o raciocínio e o intelecto, adquirir e transmitir cultura, o que
contribui para seus progressos material, espiritual e social no mundo. Para
essa comunicação utiliza-se de códigos comuns, que representam a
linguagem, no intuito de propagar sua cultura. Neste contexto, concebe-se a
língua como um instrumento de comunicação, segundo o qual, de modo
variável, e de comunidade para comunidade, analisam-se a experiência
humana, em unidades providas de conteúdo semântico e expressão fônica.
Apreender a linguagem é aprender, não somente as palavras, mas também os
seus significados culturais e, com eles, os meios pelos quais as pessoas em
seu meio social entendem e interpretam a realidade.
No ensino de Língua Portuguesa nas Escolas Públicas deve-se priorizar
a funcionalidade da língua como geradora de significados que integram o
indivíduo ao mundo, transformando-o em um ser crítico, consciente,
participativo e atuante na sociedade. A linguagem é uma herança social, que
uma vez assimilada, envolve os indivíduos e faz com que as estruturas
mentais, emocionais e perceptivas sejam reguladas pelo seu simbolismo. No
momento em que essa linguagem é assimilada, o falante passa a operar com
símbolos cheios de significados que fazem parte de seu contexto, interagindo
na comunicação e aprendendo a usar a língua de forma adequada a
comunicar-se na diversidade de situações comunicativas com que se deparar,
pois o domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de
participação social, acesso a informações, expressão e defesa de pontos de
vista, partilha e construções de visões de mundo, produção de conhecimentos
e saberes linguísticos, necessários à boa comunicação.
Todos os alunos da escola pública têm direito ao conhecimento científico
267
e de transportar esse conhecimento para seu cotidiano, sua vida, a fim de
melhorá-la em todos os sentidos, independentemente da situação em que vive
ou da família a qual pertence.
Os conteúdos trabalhados abordam temas relacionados a valores
humanos: amizade, verdade, justiça, união, honestidade, respeito que, nos dias
de hoje, estão adormecidos, fazendo com que percebam a importância para a
vida e para o sucesso profissional.
Por meio do processo de estudo da língua oral e escrita, estamos
despertando no aluno a consciência de que a comunicação é fundamental para
a participação social e afetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica,
tem acesso a informações expressas e defende ponto de vista, partilha e
constrói visões do mundo e produz conhecimento.
A leitura vai ajudar o aluno a ampliar gradativamente seus horizontes,
produzindo sua própria forma de pensar e agir no mundo através de textos
informativos, científicos, reportagens, charges, história, contos e crônicas.
Consta nas DCEs que ―no ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para
uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da
elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua
experiência de vida.‖
Vivenciar experiências e oferecer ao aluno uma atitude crítica do texto
lido, faz com que este, perceba que atrás de cada texto há um sujeito com uma
intenção, com a qual o leitor pode concordar ou discordar. A leitura deve ser
ampla, integrada com outras linguagens como a artes plásticas, música,
cinema. A leitura vai ajudá-lo a ampliar gradativamente seus horizontes,
produzindo sua própria forma de pensar e agir no mundo .
O trabalho com a oralidade visa desenvolver o falar com fluência em
diferentes situações, aproveitando o recurso expressivo de língua, e permite
analisar a linguagem enquanto recurso falado, oportunizando o ouvir e ler,
aprimorando nosso compreender o que nos foi dito, buscando a melhor
maneira de trabalhar a oralidade através dos instrumentos: o contar histórias, o
narrar fatos ou experiências, entrevistas, debates, argumentos e declamações
de poesias. A fala é um instrumento fundamental na defesa dos direitos do
cidadão.
268
É necessário que se compreenda a linguagem nas suas dimensões
sociais, históricas e estruturais, por isso, é necessário realizar sempre uma
ação reflexiva sobre a própria linguagem, integrando as práticas socioverbais e
pensando sobre elas. Esse pensar envolve a compreensão de sua estrutura da
linguagem (sua organização gramatical) e, especialmente, a compreensão de
sua realidade social e histórica.
Para desenvolver o aluno incluso no processo de aprendizagem
adequado, devemos ser mais sensíveis e procurar conhecer e respeitar os
ritmos e estilos de aprendizagem de cada aluno, com a ajuda da família e da
equipe pedagógica, sala de recursos, para definir os melhores caminhos a
serem trilhados com o educando, promovendo assim um desenvolvimento
integral, utilizando estratégias diferenciadas de ensino, avaliação e adaptações
curriculares para alunos em dificuldades de aprendizagem em função de
limitações físicas e sensoriais apresentadas por alguns alunos que acabam por
beneficiar a turma toda na forma de conduzir o conteúdo.
Concebe-se a língua como um conjunto aberto e múltiplo de práticas
sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente
situados. A linguagem só existe, efetivamente, no contexto social: ela é
elemento constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se afirma,
continuamente.
Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos
históricos e como realidades psíquicas em meio a essa intrincada rede de
relações socioverbais e pela interiorização da própria dinâmica sociocultural
somos seres de linguagem, constituídos e vivendo num complexo feixe de
relações. ―Ensinar Português e oferecer aos alunos a oportunidade de
amadurecer e ampliar o domínio que eles já têm de linguagem." (FARACCO)
No processo de ensino aprendizagem da língua, assume-se o texto
verbal – oral ou escrito – e também as outras linguagens, tendo em vista o
multiletramento como unidade básica. Como prática discursiva que se
manifesta em enunciações concretas, cujas formas são estabelecidas na
dinamicidade que caracteriza o trabalho com experiências reais de uso da
língua. A ação pedagógica referente à língua, portanto, precisa pautar-se na
interlocução, em atividades planejadas que possibilitam ao aluno não só a
269
leitura e a expressão oral ou escrita, mas também, refletir sobre o uso que faz
da linguagem da discursividade, ou seja, o conteúdo estruturante da Língua
Portuguesa é o discurso enquanto prática social.
O ato de escrever é inventar cada momento a própria identidade, é
registrar e ordenar o pensamento. É buscar compreender a si mesmo e
compreender o mundo. Em uma atividade devemos ser práticos para envolver
e planejar o texto, organizar sua sequência, articular suas partes, selecionar os
imensos recursos através dos símbolos para expressar seus anseios. É
inventar cada momento a própria identidade, é registrar e ordenar o
pensamento. É buscar compreender-se e compreender o mundo.
Entender a função das diferentes palavras ou expressões no texto, sem
se preocupar com a nomenclatura gramatical, definições ou regras. O mais
importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar
hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, única instância
em que o aluno pode chegar à compreensão de como a língua funciona e a
decorrente competência textual.
O ensino de Língua Portuguesa deverá atentar para a construção de
alternativas inovadoras, criando e recriando, a partir de contextos/textos
estudados. A leitura, a escrita e a oralidade devem ser encaradas como
atividades sociais significativas entre sujeitos históricos, realizadas sob
condições concretas, sem deixar de lado a cientificidade. É fundamental
reconhecer a realidade sociointeracional, e, acima de tudo, reconhecer a
presença do outro na comunicação e a importância da interação entre os
falantes.
O conteúdo estruturante está fundamentado no discurso enquanto
prática social e os conteúdos específicos devem ser distribuídos conforme as
três práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita, uma vez que a Literatura
deve perpassar essas práticas.
Em relação à prática de leitura, o aluno deve familiarizar-se com
diferentes gêneros textuais oriundos das mais variadas práticas sociais (em
especial da literatura, do jornalismo, da divulgação científica, da publicidade).
Também é preciso desenvolver no aluno uma atitude de leitor crítico, o que
significa, entre outros aspectos, perder a ingenuidade diante do texto dos
270
outros, percebendo que atrás de cada discurso há um sujeito, com uma
experiência histórica, com um determinado universo de valores, com uma
intenção. O aluno deve reagir ao texto, dar-lhe uma resposta, concordando
com ele ou discordando dele com argumentações lógicas e coerentes. Desse
modo a leitura não é restrita somente a textos orais e escritos, portanto,
devemos abranger também a recepção de manifestações em outras
linguagens, combinadas ou não com a linguagem verbal (as artes visuais, a
música, o cinema, a fotografia, a televisão, a publicidade, as charges, os
quadrinhos, a iconografia), percebendo suas especificidades.
De acordo com as DCEs, ―A contextualização na linguagem é um
elemento constitutivo da contextualização sócio-histórica e, nestas diretrizes,
vem marcada por uma concepção teórica fundamentada em Mikhail Bakhtin.
Para ele, o contexto sócio-histórico estrutura o interior do diálogo da corrente
da comunicação verbal entre os sujeitos históricos e os objetos do
conhecimento‖.
A experiência de leitura de outras linguagens é considerada porque
somos seres de múltiplas linguagens e porque a sociedade contemporânea
amplificou a circulação de textos nas mais variadas linguagens, exigindo uma
múltipla capacidade de leitura de seus cidadãos.
O objetivo do trabalho com leitura, oralidade e escrita pressupõe o
estabelecimento de relações entre as atividades sociais dos alunos, buscando
a interação com o texto literário, proporcionando experiência real de leitura,
abrindo um campo fértil para um trabalho com textos verbais oriundos de
outras esferas da atividade humana, criando uma rede para múltiplas leituras
de mundo e para a compreensão e apreensão do potencial expressivo da
linguagem.
Os gêneros textuais e os discursos sociais permitem também um
trabalho integrado com outras linguagens (artes plásticas, música, cinema),
criando condições para a percepção do fazer artístico em geral, seja de suas
especificidades, seja de suas dimensões histórico-culturais. O texto literário,
estudado em si ou em correlação com textos saídos de outras práticas sociais,
tem relativa prioridade e se justifica, por ter o texto literário maior permanência
no tempo, organiza esteticamente as grandes questões humanas e a própria
271
linguagem verbal, não eliminando, contudo, os textos não literários, com os
quais os alunos devem se familiarizar. Trabalharemos não só o texto
jornalístico, o da publicidade e o da divulgação científica, mas principalmente
sua articulação com os textos literários, oferecendo aos estudantes condições
de amadurecimento, pelo viés da diversidade textual, uma leitura ampla do
mundo.
O estudo da história literária não pode se perder em tecnicismos ou
conhecimentos estáticos. Procuraremos aproveitar a história literária para uma
compreensão dinâmica da nossa história cultural, oferecendo aos alunos a
possibilidade de apreender o presente como resultado e parte de toda uma
complexa história.
O ato de escrever deve ser visto como uma atividade sociointeracional,
por meio do contato direto com os mais variados gêneros, sob a orientação do
professor e envolver os alunos com os textos que produzem, assumindo a
autoria do que escrevem. "O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da
produção de diferentes gêneros, por meio das experiências sociais, tanto
singular quanto coletivamente vivido‖, como expresso nas DCEs. A prática
significativa da escrita é desafiadora e cativante: envolve, entre outras ações,
adequação ao gênero, planejamento do texto, organização sua sequência,
articular suas partes, selecionar a variedade linguística, dialogar com os
discursos que circulam socialmente, além de transitar pelos imensos recursos
expressivos acumulados ao longo do incessante fazer histórico com a
linguagem. Os alunos, ao fim do Ensino Médio, precisam ter ampliado o uso da
escrita dos mais variados gêneros produzidos pelas necessidades humanas.
A escola precisa oferecer aos alunos a oportunidade de expressar-se
oralmente e amadurecer o falar com segurança e fluência em situações formais
(espaço público, diante de um conjunto plural de interlocutores), seja em
atividades de exposição e transmissão de informações, seja no debate
(também em representações teatrais, exposição oral individual sobre tema de
sua escolha, utilizando-se apenas de um roteiro escrito, para desenvolver a
capacidade de expor oralmente).
Diante das inúmeras opções de informações e informatizações, o
trabalho didático-pedagógico deve ser repensado e adequado aos interesses
272
dos alunos, levando em conta a especificidade e necessidades de cada um. O
uso de um ambiente virtual para aprendizagem é quase sempre um desafio
lúdico que gera naturalmente a motivação da aprendizagem. A interatividade, a
manipulação e o controle sobre o ambiente virtual por parte dos estudantes
reforçam ainda mais a motivação, permitindo-lhes sentir-se mais à vontade,
uma vez que estarão em contato com um universo que compreendem,
aprendendo, dessa forma, mais facilmente.
Nesse sentido o uso de mídias como televisão, DVD, câmeras de vídeo,
dos computadores e dos recursos que esse proporciona para explorar novas
possibilidades no processo de ensino aprendizagem, proporcionará aos
professores a busca de um novo modo de ensinar e aos alunos novas formas e
possibilidades de aprender. Além disso, também será possível a criação em
tempo real, de ambientes interativos que explorem a aprendizagem dos
gêneros discursivos necessários para o desenvolvimento do educando neste
modelo atual de sociedade informatizada.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso como prática social.
A linguagem tomada como prática que se efetiva nas relações sociais,
não é algo pronto, acabado, mas sim um processo comunicativo mutável e
corrente, efetivado entre interlocutores por meio do discurso. É no contexto das
práticas discursivas presentes nos diversos textos a serem trabalhados que se
farão presentes os conteúdos e conceitos próprios da linguística, análise do
discurso, estudos literários, gramática normativa, descritiva, etc. Fazendo com
que o aluno aprimore sua competência linguística. Os itens mencionados a
seguir serão objeto de reflexão em diferentes gêneros textuais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Textos discursivos de todas as esferas sociais de circulação: Cotidiana;
273
Literária / artística; Científica; Escolar; Imprensa; Publicitária; Produção e
Consumo; Midiática.
7º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS
Contos fantásticos, folhetos, textos de divulgação científica, haicais,
narrativas de terror, adivinhas, anedotas, bilhetes, carta pessoal, cartão,
convites, exposição oral, fotos, músicas, parlendas, piadas, provérbios,
quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, notícia,
reportagens, vídeos gravados.
SUPORTES A SEREM UTILIZADOS:
Escrita colaborativa online (PBWORKS – WIKI) – Blog
Página da WEB
Redes sociais
Chat
Fórum
Rádio escolar
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Discurso ideológico presente no texto;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
274
Progressão referencial do texto;
Repetição proposital de palavras;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
Semântica:
o Operadores argumentativos;
o Polissemia;
o Expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Contexto de produção
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais de gênero;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica:
o Modalizadores;
o Polissemia.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
275
Finalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e
gestual, pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras)
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos);
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Operadores argumentativos.
8º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS
Paródia, textos de divulgação científica, crônicas, entrevistas, agenda
cultural, anúncios, foto novela, poesia concreta, notícia, reportagens,
vídeos gravados, autobiografia, memórias, exposição oral, pesquisa,
crônicas, texto dramático, texto argumentativo, texto de opinião, resumo,
resenha crítica, entrevista, memória literária.
SUPORTES A SEREM UTILIZADOS:
Escrita colaborativa online (PBWORKS – WIKI) – Blog
Página da WEB
Redes sociais
Chat
Fórum
Rádio escolar
276
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Discurso ideológico presente no texto;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial do texto;
Repetição proposital de palavras;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
Semântica:
o Operadores argumentativos;
o Polissemia;
o Expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Contexto de produção
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
277
Elementos composicionais de gênero;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica:
o Modalizadores;
o Polissemia.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e
gestual, pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras)
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos);
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Operadores argumentativos.
278
METODOLOGIA
As situações didáticas têm como objetivo levar o aluno a pensar sobre a
linguagem para poder compreender e utilizar apropriadamente as situações e
aos propósitos definidos. Os conteúdos devem ser aprofundados de acordo
com os objetivos e necessidades de cada turma/aluno.
A seleção de conteúdos, bem como a metodologia, deve considerar o
aluno como sujeito de um processo histórico, social, detentor de um repertório
linguístico que precisa ser considerado na busca da ampliação de sua
competência comunicativa.
Os encaminhamentos metodológicos deverão ser realizados, sempre
que possível, a partir do uso das mídias, seja da imprensa, audiovisual ou
sonora, sempre que possível atrelados ao laboratório de informática. Alguns
recursos que podem ser utilizados no desenvolvimento das aulas:
computadores, aparelho de DVD, televisão, máquina fotográfica, câmera de
vídeo, impressoras, celular, softwares livres de produção – tutoriais – editor de
texto; GIMP – Manipulação e Edição de Imagens; Xlogo – Linguagem de
Programação; Kino – Produção Audivisual; Inkscape – Criação de ilustrações
Vetoriais.
Para o desenvolvimento do trabalho com suportes midiáticos e os
gêneros discursivos (dentre eles: leitura fílmica, entrevista gravada/imagens e
sons, fotonovela, desenho animado, telejornal, vídeo clipe, e-mail: comercial e
solicitação de trabalho, currículum vitae, uso de hipertexto /link e âncora,
história em quadrinhos) o professor deve considerar os conteúdos básicos e a
relação destes dentro dos suportes, mídias e gêneros discursivos que estão
sendo contemplados na disciplina, considerando as práticas da oralidade,
leitura e escrita, observando a adequação da linguagem e a forma
composicional.
AVALIAÇÃO
A avaliação não pode ser pensada e realizada sem uma vinculação
279
intrínseca com o modo como concebemos a linguagem e como definimos os
objetivos e a metodologia. A avaliação mais condizente com os fundamentos
gerais é aquela que se dá contínua e cumulativamente, pressupondo uma clara
articulação entre objetivos, práticas metodológicas e instrumentos.
A avaliação deve ter uma clara função diagnóstica, formativa e somativa
com instrumentos avaliativos que oportunizam a reflexão sobre o próprio
processo de ensino e seus resultados. Existem inúmeras formas de avaliar,
desde a tradicional, como provas e testes até algumas de caráter lúdico, todas,
se bem estruturadas, contribuem para conhecer o processo de aprendizagem,
bem como seus pontos críticos, cuja aprendizagem deva ser retomada através
de novas metodologias, conteúdos e nota mensurada a ele.
Os alunos serão avaliados de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula
zero), sendo que para a aprovação o aluno deverá ter média mínima de 6,0
(seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). A
todos os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos através de
atividades desenvolvidas no decorrer de cada trimestre, analisando as
produções, os avanços realizados, de acordo com as necessidades de cada
aluno.
A recuperação paralela de conteúdos envolverá todos os alunos,
retomando os conteúdos com atividades, de forma diferenciada, reconstruindo
o conhecimento e entendendo que cada aluno tem uma forma de assimilação.
Durante o processo de recuperação de conteúdos, sempre que se fizer
necessário, novas estratégias serão colocadas em vigor, revisando as
atividades já trabalhadas, reforçando as explicações por meio de novos
estudos e atividades complementares, destacando a chamada avaliação
diagnóstica, formativa e somativa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012.
280
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. PARANÁ/SEED – Diretrizes Curriculares para a Educação Básica – Língua Portuguesa, Curitiba – SEED PR – 2010. PARANÁ/SEED – Educação em Tempo Integral em turno único. Documento 2 – Versão Preliminar – Ementários e Propostas Pedagógicas da Disciplina da Parte Diversificada.
281
19. MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A História da Matemática nos revela que os povos na antiguidade
desenvolveram conhecimentos matemáticos que vieram a compor a
Matemática que hoje conhecemos e ensinamos. Nos últimos anos, tanto no
Brasil como em vários outros países reorientações curriculares vem sendo
discutidas e implementadas tomando por base pesquisas sobre o ensino da
Matemática e, buscando adequar o trabalho escolar à nova realidade que se
configura num mundo de constante desenvolvimento com maior presença da
Matemática em diversos campos. Diante da história da disciplina Matemática
contida nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Matemática (2008)
para o Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e para o Ensino Médio (1ª a 3ª
séries) o Colégio Estadual Rocha Pombo, visa atender de forma coerente aos
alunos do ensino fundamental e médio, em sua maioria oriunda da zona rural
do município de Capanema – PR.
Os objetivos básicos da Educação Matemática visam desenvolvê-la
enquanto campo de investigação e de produção de conhecimento – natureza
científica – e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da
Matemática – natureza pragmática. O objeto de estudo desse conhecimento
ainda está em construção, porém, está centrado na prática pedagógica e
engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento
matemático (FIORENTINI & LORENZATO, apud PARANÁ-DCE, 2008, p. 47), e
envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende
e se apropria da própria Matemática. Para Miguel e Miorim (2004, p. 70): ―a
finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante compreenda
e se aproprie da própria Matemática concebida como um conjunto de
resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc.‖ Outra finalidade
apontada pelos autores ―é fazer com que o estudante construa por intermédio
do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à
formação integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do
homem público (ibidem, 2004, p. 71).
282
―Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que
está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do
modo como o compreende e como dele lhe é possível participar‖. (PARANÁ-
DCE, 2008, p.14). Sendo assim, o Colégio se propõe a trabalhar os
conhecimentos científicos da Matemática para formar estudantes mais críticos,
cidadãos capazes de estabelecer relações, discutir e criar, tendo como objetivo
maior formar alunos livres, conhecedores e atuantes na sociedade em que
vivem, podendo assim contribuir para a construção e a cidadania de nosso
país, pois todo o indivíduo tem direito a uma educação que lhe dê subsidio para
um futuro melhor, igualitário, mais justo.
O ensino da Matemática tratará a construção do conhecimento
matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram
apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na
formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio
das ideias e das tecnologias (PARANÁ-DCE, 2008, p.48).
A Matemática pode ser encarada sob dois aspectos diferentes: como
algo pronto, exposta nos livros ou acompanhá-la no seu desenvolvimento
sempre progressivo, sendo elaborado pela construção histórica do objeto
matemático composto pelas formas espaciais e as quantidades, descobrindo
dúvidas, contradições que só um longo trabalho de reflexão consegue eliminar,
para que logo surjam outras hesitações, dúvidas e contradições possibilitando o
estudante ser um conhecedor desse objeto construído historicamente
(PARANÁ-DCE, 2008, p.48).
Optar pelo ensino da Matemática, no contexto da Educação Matemática
envolve falar na busca de transformações que intencionam minimizar
problemas de ordem social.
Contudo desenvolver a natureza científica e a melhoria da qualidade do
ensino-aprendizagem da matemática, fará com que os estudantes
compreendam e se apropriem da disciplina de forma crítica, construindo
valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação integral do ser
humano e particularmente do cidadão e do homem público, sendo capaz de
analisar e criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
A Educação Matemática requer um professor que saiba estabelecer uma
283
postura teórico-metodológica, que seja questionador frente às concepções
pedagógicas historicamente difundidas. O ritmo acelerado de transformações
em que se encontra o mundo vem fazendo com que a matemática, por meio de
uma harmonia dos aspectos práticos e formalistas, permita um estudo de
cunho analítico e quantitativo. Dessa forma, ela estabelece relações entre o ser
humano e sua realidade, promovendo uma ação interativa e transformadora da
sociedade na qual vive. O ensino da Matemática deve propiciar o
desenvolvimento de capacidades, como a percepção, a visualização, o
reconhecimento, a identificação, as definições, a argumentação, o espírito
crítico, buscando sempre estabelecer conexões entre as demais disciplinas e
transformando essas capacidades em aprendizado.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande
amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de
estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a
compreensão de seu objeto de ensino. Constituem-se historicamente e são
legitimados nas relações sociais (PARANÁ-DCE, 2008, p.49).
Os conteúdos estruturantes são: Números e álgebra; Grandezas e
Medidas; Geometrias; Funções e Tratamento da Informação.
CONTEÚDOS BÁSICOS
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
1ºTrimestre
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
Sistemas de Numeração;
Números Naturais;
Múltiplos e Divisores;
Potenciação e Radiciação;
Números Fracionários;
284
Números Decimais.
2ºTrimestre
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de Comprimento;
Medidas de Massa;
Medidas de Área;
Medidas de Volume;
Medidas de Tempo;
Medidas de Ângulos;
Sistema Monetário.
3ºTrimestre
GEOMETRIAS E TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Dados, tabelas e gráficos;
Porcentagem.
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
1ºTrimestre
NÚMEROS E ÁLGEBRA
GRANDEZAS E MEDIDAS
Números Inteiros;
Números Racionais;
Equação e Inequação do 1º grau;
Razão e Proporção;
Regra de Três;
Medidas de Temperatura;
Ângulos.
2ºTrimestre
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometrias Não-Euclidianas.
3ºTrimestre
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Pesquisa Estatística;
Média Aritmética;
285
Moda e Mediana;
Juros Simples.
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
1ºTrimestre
NÚMEROS E ÁLGEBRAS
GRANDEZAS E MEDIDAS
Números Racionais e Irracionais;
Sistemas de Equações do 1º grau;
Potências;
Monômios e Polinômios;
Produtos Notáveis.
2ºTrimestre
GRANDEZAS E MEDIDAS
GEOMETRIAS
Medidas de Comprimento;
Medidas de Área;
Medidas de Ângulos.
Medidas de Volume;
Geometria Plana.
3ºTrimestre
GEOMETRIAS E TRATAMENTO DA
INFORMACÃO
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometrias Não-Euclidianas;
População e Amostra;
Gráfico e Informação.
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
1ºTrimestre
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Reais;
Propriedades dos Radicais;
Equações do 2º grau;
Teorema de Pitágoras;
Equações Irracionais;
Equações Biquadradas;
Regra de Três Composta.
2ºTrimestre
GRANDEZAS, MEDIDAS E FUNÇÕES
Relações Métricas no Triângulo
Retângulo;
286
GEOMETRIAS Trigonometria no Triângulo
Retângulo;
Noção Intuitiva de Função Afim;
Noção Intuitiva de Função
Quadrática;
Geometria Plana;
Geometria Espacial.
3ºTrimestre
GEOMETRIAS E TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
Geometria Analítica;
Geometrias Não-Euclidianas;
Noções de Análise Combinatória;
Noções de Probabilidade;
Estatística;
Juros Compostos.
ENSINO MÉDIO
1ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Reais
Classificação de conjunto
Representação
Tipos de conjuntos
Operações com conjuntos
Equações e Inequações
Equações e inequações exponenciais
Equações e inequações logarítmicas
Equações e inequações modulares
287
GRANDEZAS E MEDIDAS
Trigonometria
Trigonometria no triângulo retângulo
Relações trigonométricas em um triângulo qualquer
Trigonometria na circunferência
FUNÇÕES
Função Afim
Função Quadrática
Função Modular
Função Exponencial
Função Logarítmica
Função Polinomial (grau n maior que 2)
Função Trigonométrica
Razões trigonométricas
Função seno
Função cosseno
Função tangente
Equações trigonométricas
Identidade trigonométrica
Inequação trigonométrica
Transformações trigonométricas
Função periódica
Função trigonométrica Inversa
Função Polinomial (grau n maior que 2)
Progressão Aritmética (PA)
Progressão Geométrica
2ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de massa;
Medidas derivadas: área e
288
volume;
Medidas de informática;
Medidas de energia;
Medidas de grandezas vetoriais.
GEOMETRIAS
Geometria Plana
Ponto, Reta e Plano
Paralelismo e Perpendicularismo
O Espaço Bidimensional
Ângulos
Figuras Planas
Polígonos
Círculo e Circunferência
Congruência e Semelhança de Figuras
Geometria Espacial
O Espaço Tridimensional;
Sólidos Geométricos;
Poliedros;
Prismas;
Pirâmides;
Cilindros;
Cones;
Esferas.
Geometrias Não-Euclidianas
Geometria Fractal;
Noções de Geometria Elíptica;
Noções de Geometria Hiperbólica.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Estatística
Coleta de dados
289
População e amostra
Organização de dados em tabelas
Gráficos estatísticos
Distribuição de frequência
Medidas de posição (média, moda, e mediana)
Medidas de dispersão (amplitude e variância)
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Análise Combinatória e Binômio de
Newton
Princípio fundamental da contagem
Fatorial de um número natural
Arranjo
Permutação
Combinação
Número binomial
Triângulo de Pascal
Fórmula do binômio de Newton
Termo geral do binômio
Probabilidade
Experimento aleatório
Espaço amostral
Evento de um espaço amostral
Probabilidades de um evento em espaço amostral equiprovável
Probabilidade com união ou intersecção de dois eventos
Probabilidade condicional
290
Eventos independentes
Probabilidade de dois eventos simultâneos
Matemática Financeira
Porcentagem
Juro simples
Juro composto
Descontos simples.
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Reais
Noções de Números Complexos
Forma algébrica;
Operações na forma algébrica;
Complexos conjugados;
Plano de Argand-Gauss;
Módulo de um número complexo;
Forma trigonométrica;
Operações na forma trigonométrica.
Matrizes e Determinantes
Conceito de matrizes
Representação de matrizes
Classificação de matrizes
Igualdade de matrizes
Operações com matrizes
Matriz quadrada
Matriz identidade
Matriz Inversa
Determinantes de matrizes de 1a, 2a e 3a ordens
Determinante de matriz de ordem
291
n
Teorema da Laplace
Propriedades dos determinantes
Sistemas Lineares
Equação linear
Sistema de equações lineares
Classificação de sistemas lineares
Sistemas equivalentes
Escalonamento
Regra de Cramer
Discussão de sistema linear
Polinômios
Conceito de polinômios
Igualdade de polinômios
Operações com polinômios
Teorema do resto
Teorema D'Alambert
Equações polinomiais
Teorema fundamental da Álgebra
Teorema da decomposição
Relações de Girard
GEOMETRIAS
Geometria Analítica
Distância entre dois pontos
Equação da reta
Ângulo entre duas retas
Distância de um ponto a uma reta
Área do triângulo
Equação da circunferência
Distância de um ponto a um plano
292
Ângulo entre planos
Ângulo entre reta e plano
Secções Cônicas (conceito, parábola, elipse, hipérbole)
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, na
qual, apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não
garantem competência a qualquer profissional que nela trabalhe. Para
desempenhar seu papel de mediador entre o conhecimento matemático e o
aluno, o professor precisa ter um sólido conhecimento dos conceitos e
procedimentos dessa área e uma concepção de Matemática como ciência, que
não trata de verdades infalíveis e imutáveis, mas sim como ciência dinâmica,
sempre aberta à incorporação de novos conhecimentos.
Na perspectiva de trabalho em que se considere o aluno como
protagonista da construção de sua aprendizagem, o papel do professor ganha
novas dimensões, para desempenhá-la, além de conhecer as condições sócio-
culturais, expectativas e competências cognitivas dos alunos, o professor
precisará escolher os problemas que possibilitem a construção de conceitos e
alimentar os processos de resolução que surgirem, sempre tendo em vista os
objetivos a que se propõem.
Para ocorrer efetiva e satisfatoriamente o ensino e a aprendizagem
utilizar-se-á Resolução de Problemas, Etnomatemática, Modelagem
Matemática, Mídias Tecnológicas, História da Matemática e Investigações
Matemáticas.
Resolução de Problemas: Os alunos defrontam-se com problemas, a
partir dos quais vão construindo seu saber matemático.
Modelagem Matemática: O ponto de partida são situações motivadoras
da realidade. O ensino se desenvolve a partir dos modelos matemáticos que se
apliquem à situação.
293
Etnomatemática: Trata-se de valorizar e usar como ponto de partida os
conhecimentos matemáticos do grupo cultural ao quais os alunos pertencem, e
conhecer outras formas matemáticas de solucionar problemas, produção de
outros grupos culturais, aproveitando o máximo possível o saber extra-escolar.
História da Matemática: segundo as DCEs – Matemática, a História deve
―promover uma aprendizagem significativa, pois propicia ao estudante entender
que o conhecimento matemático é construído historicamente a partir de
situações concretas e necessidades reais (MIGUEL e MIORIM, apud PARANÁ,
2008, p. 66).
Uso de Mídias Tecnológicas: Ao serem abordados numa prática docente,
os conteúdos estruturantes evocam outros conteúdos estruturantes e
conteúdos específicos, priorizando relações e interdependências que,
conseqüentemente, enriquecem os processos pelos quais acontece a
aprendizagem em Matemática e para desenvolver essa interdependência, os
recursos midiáticos são importantes na abordagem metodológica.
Investigação Matemática: As tarefas investigativas promovem a
problematização de conceitos matemáticos, levando professores e alunos a
serem produtores do conhecimento. A investigação matemática dá a
oportunidade de trabalhar em matemática de modo criativo, procurando saber
quais as razões por que acontecem as coisas, ―as investigações matemáticas
envolvem, naturalmente, conceitos, procedimentos e representações
matemáticas, mas o que mais fortemente as caracteriza é este estilo de
conjectura-teste-demonstração‖ (PONTE; BROCARDO, OLIVEIRA, 2006, p.
10), com isso são levados a uma autonomia intelectual, pois terão que explorar,
formular, pesquisar e testar hipóteses por meio de pesquisas,logo terão que ir
em busca do desconhecido pelo conhecido.
AVALIAÇÃO
Avaliar, segundo a concepção de Educação Matemática adotada nas
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, tem um papel de mediação no
294
processo de ensino e aprendizagem, isto é, ensino, aprendizagem e avaliação
devem ser vistos como integrantes de um mesmo sistema. A avaliação tem a
função de fornecer aos educandos informações sobre o desenvolvimento das
capacidades e competências que são exigidas socialmente, auxiliar os
professores a identificar quais objetivos foram atingidos, com vista a
reconhecer a capacidade matemática dos alunos, para que seja possível
identificar e organizar alguns campos do conhecimento matemático.
Para avaliar-se leva em conta, a qualidade dos instrumentos utilizados
para aferir os conhecimentos, decidir qual a melhor maneira de avaliar
determinado conteúdo/atividade. Sendo também realizada a recuperação de
conteúdo por meio de trabalhos, debates, correções de provas, pesquisas com
os colegas e professores.
Os instrumentos no sistema de avaliação (provas, trabalhos, registro de
atividades) são informações importantes para análise da aprendizagem do
educando, do seu aproveitamento de estudos e experiências, deve haver
consenso sobre a efetividade das experiências no desenvolvimento e
habilidades incorporados no conteúdo.
Fazem parte desses instrumentos os seguintes itens abaixo:
Relatório e ensaios: Produções escritas dos alunos, individuais ou
em grupos, realizadas em sala ou em casa, sobre problemas e
situações problemas, ou aspectos curiosos presentes nos livros;
Produções materiais: Geradas pelos alunos, individualmente ou
em grupo no decorrer de um projeto prolongado (construção de
uma embalagem, levantamento estatístico, pesquisa histórica,
exploração de um fato jornalístico, medições...);
Testes escritos: individuais (num momento), com consulta (em
outro momento);
Tarefas orais: Pequenas tarefas que envolvem argumentação e
comunicação feitas individualmente ou em grupo, sobre o
processo de resolução de um problema ou trabalho proposto no
livro, pelo professor ou ainda trazidos pelos alunos;
Entrevistas individuais;
O trabalho e o uso do caderno;
295
A qualidade das questões levantadas (perguntas, etc.) propostas
ou resolvidas;
Autoavaliação sobre um dia de trabalho, a performance num
período mais longo, o progresso, a organização para o estudo, as
dificuldades e possibilidades.
Conforme consta nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –
Matemática, alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas
pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o
aluno:
comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO,
2004);
compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
elabora um plano que possibilite a solução do problema;
encontra meios diversos para resolução de um problema matemático;
realiza o retrospecto da solução de um problema. (2008, p.69).
Conforme consta no Projeto Político Pedagógico do Colégio:
As avaliações à que o aluno tem direito serão variadas e utilizar-se-ão
vários instrumentos. Considerar-se-ão atividades avaliativas: avaliações
escritas, orais e práticas, individuais e coletivas, tarefas, teatros, pesquisas e as
atividades que auxiliam o aprofundamento e/ou desenvolvimento do
conhecimento, respeitando as individualidades de cada disciplina.
A recuperação paralela será ofertada a todos os alunos com baixo
rendimento escolar, conforme o artigo 24, Capítulo V, itens ―a” e ―e” da Lei
9394/96 (LDB); se dará após a constatação da não apropriação dos conteúdos
pelos mesmos, através da retomada de conteúdo, novas explicações
(metodologias) e novas avaliações, se necessário.
A avaliação será durante o processo e não no final do período, sendo
que a presença e a participação dos alunos durante as aulas é dever do
mesmo não podendo ser atribuído nota a isso.
A recuperação de conteúdos será feita durante todo o processo. O
conteúdo trabalhado será retomado com uma nova explicação, levando em
conta as principais dificuldades observadas. Sempre que possível contar com o
auxílio dos alunos da sala que se apropriaram dos conceitos trabalhados, para
296
que estes possam ajudar os que encontram dificuldades.
Os alunos serão avaliados de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula
zero), sendo que para a aprovação o aluno deverá ter média mínima de 6,0
(seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). A
todos os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos e notas, se
necessário, através de atividades desenvolvidas no decorrer de cada trimestre,
analisando as produções, os avanços realizados, de acordo com as
necessidades de cada aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 10 de ago. 2011. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática. Curitiba, 2008. PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H. Investigações Matemáticas na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
297
20. QUÍMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O processo de desenvolvimento das civilizações está diretamente
relacionado com a Química, desde as primeiras necessidades humanas, tais
como a comunicação, o domínio do fogo no processo de cozimento, a
fermentação, o tingimento, a vitrificação, a utilização dos metais, entre outros.
(DCE, 2008)
Foi somente no século XVII que ocorreu a Revolução Química, onde o
mágico da alquimia cedeu lugar ao científico da Química. Neste período, está
vinculado às investigações sobre a composição e estrutura da matéria. (DCE,
2008)
No decorrer do século XVIII, ocorreu um grande desenvolvimento nas
experimentações químicas, com a descoberta e isolamento de muitos
elementos químicos. Foi ainda neste século, que Lavoisier realizou
experimentos controlados envolvendo medidas de massa de substâncias antes
e após o acontecimento de reações químicas, dando início à fase moderna
dessa ciência. Lavoisier propôs também, uma nomenclatura universal para os
compostos químicos, que foi aceita internacionalmente. (DCE, 2008;
PERUZZO & CANTO, 2003)
No século XIX, Dalton apresentou a primeira teoria atômica baseada em
fatos experimentais, onde todas as substâncias seriam formadas por átomos.
Nesse mesmo período, Woller sintetizou a uréia, uma substância orgânica a
partir de um composto inorgânico, após esse experimento os compostos
orgânicos passaram a ser sintetizados em laboratório. Na segunda metade do
século XIX, os interesses da indústria impulsionaram pesquisas e descobertas
relacionadas ao conhecimento químico. (PERUZZO & CANTO, 2003)
No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a
Química, surgiram a partir do século XIX. Desde então a Química tornou-se
uma ciência necessária na preparação do educando para a compreensão de
fatores econômicos e culturais que regem o funcionamento da sociedade, para
então atuar no mundo do trabalho com a consciência de seu papel de cidadão
participativo, pois a Química está presente em todo o processo de
298
desenvolvimento das civilizações participando do desenvolvimento científico-
tecnológico, com importantes contribuições específicas cujas decorrências têm
alcance econômico, social e político. (DCE, 2008)
A Química pode ser um instrumento da formação humana que amplia os
horizontes culturais e a autonomia no exercício da cidadania, se o
conhecimento químico for promovido como um dos meios de interpretar o
mundo e intervir na realidade, se for apresentado como ciência, com seus
conceitos, métodos e linguagem própria, e como construção histórica
relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em
sociedade. (DCE, 2008)
Diante do exposto, fica evidente a importância do estudo e compreensão
desta ciência tão presente no nosso dia-a-dia. Por isso, como educadores
devemos possibilitar a todos os nossos educandos uma aprendizagem
igualitária, sem distinção, resgatando sua origem e valorizando os seus
conhecimentos prévios, buscando a vinculação dos conteúdos trabalhados com
o cotidiano do aluno, procurando trabalhar o contexto social em que o aluno
está inserido.
O ensino de Química deve ser abordado de modo a possibilitar ao aluno
a apropriação do conhecimento químico, levando-o a pensar mais criticamente
sobre o mundo que o rodeia e compreender os problemas ambientais que
ameaçam a humanidade possibilitando ao aluno a compreensão tanto dos
processos químicos em si, quanto a sua relação com as aplicações
tecnológicas, implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.
Os conhecimentos difundidos no Ensino da Química permitem a
construção de uma visão de mundo mais articulada e menos fragmentada,
contribuindo para que o indivíduo se veja como participante de um mundo em
constante transformação. Trata-se de um processo de ―construção e
reconstrução‖ de significados dos conceitos científicos.
A função do ensino de Química deve estar relacionada com a
compreensão das características da matéria, suas propriedades e
transformações e a capacidade de resolução de situações problemas do
cotidiano, o que implica na necessidade de vinculação do conteúdo trabalhado
com o contexto social em que o aluno está inserido.
299
CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes são: Biogequímica, Matéria e Sua Natureza
e Química Sintética.
O conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da
disciplina de Química é Matéria e Sua Natureza. Este conteúdo estruturante
trata especificamente do objeto de estudo matéria e sua natureza. É ele que
abre o caminho para um melhor entendimento dos demais conteúdos
estruturantes.
Biogequímica é o conteúdo estruturante que estuda a influência dos
seres vivos sobre a composição química da Terra.
E o conteúdo estruturante Química Sintética tem sua origem na síntese
de novos produtos e materiais químicos e permite o estudo dos produtos
farmacêuticos, da indústria alimentícia (conservantes, acidulantes,
aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e dos agrotóxicos exercendo um
papel importante, pois com a síntese de novos materiais e o aperfeiçoamento
dos que já foram sintetizados, alarga horizontes em todas as atividades
humanas. Além disso, o sucesso econômico de um país não se restringe à
fabricação de produtos novos, mas sim, à capacidade de aperfeiçoar,
desenvolver materiais e transformá-los (PARANÁ, p. 65, 2008).
1ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS/CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEQUÍMICA
1º TRIMESTRE
1. MATÉRIA
Introdução ao estudo da Química
Estados físicos da matéria e mudanças de estado
Ponto de fusão e ponto de ebulição
Matéria e suas propriedades
Tabela periódica
2. SOLUÇÕES
Substâncias químicas: simples e composta
300
Misturas
Métodos de separação de misturas
Tabela periódica
2º TRIMESTRE
3. MATÉRIA
Modelo atômico de Dalton, Thomson, Rutherford
Partículas fundamentais do átomo
Número atômico e número de massa
Desequilíbrio elétrico (íon)
Modelo atômico de Bohr
Ondas eletromagnéticas
Espectro atômico
Distribuição eletrônica nos subníveis e níveis de
energia
Estrutura da tabela periódica
Classificações dos elementos na tabela periódica
Configuração eletrônica e tabela periódica
Propriedades periódicas dos elementos
3º TRIMESTRE
4. LIGAÇÕES QUÍMICAS
Tipos de ligações químicas em relação as propriedades
dos materiais
Ligação iônica
Ligação covalente
Ligação metálica
Propriedades dos materiais
Polaridade das ligações
Interações intermoleculares
Tabela periódica
5. FUNÇÕES QUÍMICAS
Funções inorgânicas
301
2ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS /CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA
SINTÉTICA
1º TRIMESTRE
1. VELOCIDADE DAS REAÇÕES QUÍMICAS
Reações químicas
Representação das reações químicas
Condições para ocorrência de uma reação química
Reações químicas e sua classificação
Balanceamento de equações método das tentativas
Grandezas químicas
Relações estequiométricas
* Tabela periódica
2º TRIMESTRE
2. SOLUÇÕES
Dispersões e sua classificação
Conceito e classificação das soluções
Regras de solubilidade
Curvas de solubilidade
Unidades de concentração
Diluição de soluções
Mistura de soluções
Tabela periódica
3. REAÇÕES QUÍMICAS
Reações exotérmicas e endotérmicas
Diagrama das reações exotérmicas e endotérmicas
Entalpia e a variação de entalpia
Equação termoquímica
Casos particulares das entalpias das reações
Fatores que influenciam a variação de entalpia
Lei de Hess
* Tabela periódica
302
3º TRIMESTRE
4. VELOCIDADE DAS REAÇÕES
Introdução a velocidade das reações
Fatores que influenciam na velocidade das reações
Lei da velocidade das reações químicas
Tabela periódica
5. EQUILIBRIO QUÍMICO
Reações químicas reversíveis
Constante de equilíbrio
Grau de equilíbrio
Concentração
Relações matemáticas e o equilíbrio químico
Deslocamento do equilíbrio
Equilíbrio químico em meio aquoso
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDO BÁSICO/CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA
SINTÉTICA
1º TRIMESTRE
1. RADIOATIVIDADE
Modelos atômicos (Rutherford)
Tabela periódica
Elementos químicos (radioativos)
Emissões radioativas
Leis da radioatividade
Cinética das reações químicas
Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear)
o Aplicações da radioatividade
o Acidentes envolvendo a radioatividade
2. FUNÇÕES QUÍMICAS
Tabela periódica
Funções orgânicas
303
o Histórico da química orgânica
o Características do átomo de carbono
o Características dos compostos orgânicos
o Classificação do carbono na cadeia
o Classificação da cadeia carbônica
2º TRIMESTRE
3. FUNÇÕES QUÍMICAS
Tabela periódica
Funções orgânicas
o Fórmulas dos compostos orgânicos
o Hidrocarbonetos normais e sua classificação
o Radicais orgânicos
o Regras de nomenclatura de hidrocarbonetos
normais
o e ramificados
o Compostos orgânicos oxigenados (álcool, enol,
fenol, éteres)
3º TRIMESTRE
4. FUNÇÕES QUÍMICAS
Tabela periódica
Funções orgânicas
o Compostos orgânicos oxigenados (aldeído, cetona, ácidos
carboxílicos e derivados
o Compostos orgânicos nitrogenados (amina, amida,
nitrocompostos, nitrilas)
o Outras funções orgânicas
o Isomeria plana
o Isomeria espacial
304
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A disciplina de Química é uma Ciência que nos põe em sintonia com o
universo que nos cerca e as reações que ocorrem no nosso dia a dia. Onde as
implicações lógicas realçam a importância dos conceitos no aprendizado da
Química, ampliando o abstrato e suas causas.
A seleção e a organização de temas e conteúdos são parte essencial do
processo de ensino e aprendizagem, mas não basta para alcançar as metas
almejadas de formação e desenvolvimento do conhecimento. É imprescindível
nesse processo que sejam contempladas conjuntamente diferentes ações
didáticas, pedagógicas, culturais e sociais, desde as mais específicas e
aparentemente simples, como a disposição física da sala de aula, até as mais
gerais e muitas vezes complexas, envolvendo toda a comunidade escolar e seu
entorno.
Devemos considerar no processo de ensino e aprendizagem o
conhecimento prévio dos alunos, pois quando os estudantes chegam à escola
eles não estão totalmente desprovidos de conhecimento e ainda, uma sala de
aula reúne pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e ideias.
Isso torna impossível a utilização de um único tipo de encaminhamento
metodológico com o objetivo de uniformizar a aprendizagem.
Portanto, as aulas serão trabalhadas de forma expositiva, com uso de
livros, apostilas, aulas de vídeo, materiais diversos e uso do laboratório de
Informática com desenvolvimento de atividades práticas relacionadas à teoria,
pois, os experimentos podem ser o ponto de partida para desenvolver a
compreensão de conceitos ou a percepção de sua relação com ideias
discutidas em sala de aula. Dependendo do assunto trabalhado poderão
ocorrer debates em sala de aula, buscando sempre a participação do aluno,
incentivando dessa forma o desenvolvimento do pensamento crítico e a
construção do seu conhecimento. Trabalhos de pesquisa, usando a sala de
informática e Internet, resolução de exercícios de aplicação e verificação,
revisando sempre as dificuldades encontradas pelos alunos.
305
AVALIAÇÃO
A avaliação não possui uma finalidade em si mesma, mas deve subsidiar
e direcionar o curso de ação do professor no processo de ensino e
aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional
desenvolvido no coletivo da escola.
Nesse sentido, a avaliação será feita de forma formativa, processual e
contínua em todas as atividades de forma permanente, no sentido de trazer
mais um dado ao professor e ao aluno sobre o que foi aprendido.
Serão utilizados instrumentos de avaliação que contemplam as várias
formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos,
gráficos, tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas no
laboratório, apresentação de seminário, resolução de atividades e avaliações
escritas das mais diferentes formas, também será avaliada a iniciativa de busca
de novos conhecimentos pelos alunos.
Esses instrumentos de avaliação devem ser selecionados de acordo
com cada conteúdo e objetivo de ensino. Por exemplo, na avaliação escrita ou
oral, o critério usado para avaliar será a verificação do conhecimento científico
adquirido, a escrita correta da simbologia química, a apropriação dos conceitos
químicos e a resolução de cálculos; nas atividades de pesquisa avaliar a
capacidade de compreensão do assunto pesquisado sem a interferência direta
do professor, a organização escrita e a preparação para a apresentação oral da
pesquisa; nas práticas laboratoriais avaliar a compreensão dos fenômenos,
relacionando a teoria com a prática.
A recuperação dos conteúdos será feita após a realização de provas
escritas e trabalhos, quando os alunos não apresentarem desempenho
satisfatório na aprendizagem. O conteúdo trabalhado será retomado com novas
explicações, levando em conta as principais dificuldades observadas. No final
de cada trimestre, além da recuperação paralela de conteúdo, será
proporcionada uma nova avaliação a todos os alunos, prevalecendo a maior
nota que este adquiriu. Sempre que possível contar com o auxílio dos alunos
da sala que se apropriaram dos conceitos trabalhados, para que estes possam
ajudar os que encontram dificuldades.
306
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares do Ensino de Química (DCE´s). Curitiba, 2008
307
21. SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Sociologia é oferecida no Colégio Estadual Rocha
Pombo – EFMN, nas três séries do Ensino Médio e nas duas primeiras séries
do Curso de Formação de Docentes.
Esta disciplina está inserida na grade curricular deste estabelecimento,
já há vários anos, justificada pela necessidade de ofertar uma dimensão
humano-científica na formação de nossos jovens, já que seu objeto de estudo e
ensino são as relações que se estabelecem no interior dos grupos na
sociedade, como se estruturam e atingem as relações entre os indivíduos e a
coletividade. Outro fato que vem somar-se a esta justificativa é a aprovação da
lei nº 11684, de junho de 2008, que trata da obrigatoriedade do ensino de
Sociologia e Filosofia nas três séries do Ensino Médio (o que foi acontecendo
de uma forma gradativa neste estabelecimento).
Pretende-se com tal disciplina possibilitar ao educando uma melhor
compreensão da realidade social e sua relação com a educação, ou seja,
propiciar aos alunos as bases para a compreensão de como as sociedades se
organizam, estruturam-se, legitimam-se e se mantêm, habilitando-os para uma
atuação crítica e transformadora. A presença da sociologia está intimamente
ligada à democratização do acesso ao conhecimento científico com vistas ao
incremento de discussão consciente, racional e bem fundamentada, do
educador e do cidadão, na realidade social.
A sociologia é uma ciência que nasceu na Europa no século XIX, criada
para o estudo das sociedades modernas que surgiram após as Revoluções
Industrial e Francesa, as quais trouxeram muitas transformações às
sociedades européias e, mais tarde, no restante do mundo. Muitos estudiosos
da Alemanha e da França principalmente criaram métodos para estudar estas
sociedades. O objetivo destes estudiosos, pessoas como os franceses Augusto
Comte e Emile Durkheim e os alemães Max Weber e Karl Marx era entender
racionalmente porque e de que maneira as sociedades estavam se
transformando em urbanas, industriais e capitalistas.
308
Por outro lado, há que se valorizar a bagagem cultural trazida por eles à
escola buscando superar o patamar do senso comum através do auxílio da
Ciência, bem como problematizar suas relações com o diferente, seja essa
diferença cultural, de credo, de cor ou econômica e sua participação no setor
produtivo da sociedade, o que justifica a inclusão da Cultura Afro-brasileira –
Lei Nº 10.639/03 e Educação Fiscal no rol de conteúdos específicos de
Sociologia. Além do mais, o artigo 36 da LDB 9394/96 afirma que o educando
ao concluir o Ensino Médio deve ter ―...domínio dos conhecimentos de Filosofia
e Sociologia, necessários ao exercício da cidadania‖, o que lhes confere esse
direito.
OBJETIVOS GERAIS
A disciplina de Sociologia tem como principal objetivo proporcionar ao
educando uma melhor compreensão (leitura) da sociedade e apresentar
possibilidades de nela intervir, baseadas em experiências passadas e atuais,
visando a sua transformação, possibilitando-lhe a percepção de que a
realidade é histórica e socialmente construída, além de:
Permitir que o educando seja capaz de argumentar e defender seus
pontos de vista acerca da realidade relacionando-os com os principais
sociólogos e suas teorias, quer concordando com os mesmos, quer
discordando delas, ou seja, levá-lo ao questionamento quanto à
existência de verdades absolutas, sejam elas na compreensão do
cotidiano ou na constituição da ciência.
Desnaturalizar as ações que se estabelecem na sociedade.
Explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,
desconstruindo pré-noções e pré-conceitos.
Compreender a forma como as sociedades se organizam, estruturam-se,
legitimam-se e se mantêm, habilitando os educandos para uma atuação
crítica e transformadora.
Inserir o aluno como sujeito social que compreende a sua realidade
imediata, mas que também percebe o que se estabelece além dela.
309
Desenvolver a ―imaginação sociológica‖.
Compreender a função e a importância das instituições sociais na
constituição histórica da realidade.
CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas.
Processo de socialização e as instituições sociais.
Trabalho, produção e classes sociais.
1º TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O Processo de Socialização e as Instituições
Sociais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas;
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento
do pensamento social;
Teorias sociológicas: Auguste Comte, E. Durkheim, Max Weber e Karl
Marx;
Pensamento social brasileiro;
Processo de Socialização;
Instituições familiares, Instituições escolares, Instituições religiosas e
Instituições de reinserção.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: discussão do processo de modernidade –
renascimento, reforma protestante, iluminismo, revoluções burguesas. Teoria
de Comte – explicação dos problemas sociais – teoria dos três estágios;
características do pensamento científico, a ciência da sociedade –
características e problemáticas; o papel das instituições. Teoria de Durkheim –
relação indivíduo x sociedade; definição do objeto e método, conceitos mais
310
importantes que possam ser mobilizados nas discussões dos outros conteúdos
da série. Teoria de Max Weber – relação indivíduo x sociedade, definição de
método e objeto, relação entre o conhecimento sociológico e o conhecimento
histórico, conceitos que possam ser mobilizados nas discussões dos outros
conteúdos da série. Teoria de Karl Marx – compreensão do papel da história
para Marx, explicação do processo de desenvolvimento do capitalismo,
proposta para solução dos problemas sociais e outros conceitos que possam
ser mobilizados... Pensamento social brasileiro – Gilberto Freyre, Oliveira
Viana, Sérgio Buarque de Holanda, Florestan Fernandes, Antonio Cândido,
Octávio Ianni, Francisco Weffort, José de Souza Martins, Fernando Henrique
Cardoso, dentre outros.
A socialização – socialização primária, secundária, contato, relação,
interação, grupos sociais. Conceito de Instituições Sociais, Instituições
familiares – perspectivas teóricas sobre a família, diversidade familiar, novos
arranjos familiares, papéis de gênero e família, violência e abuso na familiar.
Instituições escolares – perspectiva teórica sobre a escola em Durkheim, Marx,
Weber, Bourdieu, Gramsci, dentre outros; teorias sobre a educação escolar e a
desigualdade social, educação e industrialização (relação), educação e novas
tecnologias, privatização da educação. Instituições religiosas – definição de
religião, diversidade religiosa; perspectivas teóricas sobre a religião em
Durkheim, Max Weber, Marx, dentre outros; gênero e religião, novos
movimentos religiosos, fundamentalismo religioso, milenarismo. Instituições de
reinserção – prisões, manicômios, educandários, asilos, dentre outros.
2º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Trabalho, Produção e Classes Sociais
CONTEÚDOS BÁSICOS: O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes
sociedades. Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais.
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Modos de Produção, desemprego, desemprego
311
conjuntural e estrutural, subemprego e informalidade, fordismo e toyotismo,
reforma agrária, reforma sindical.
3º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Trabalho, Produção e Classes Sociais
CONTEÚDOS BÁSICOS: Globalização e Neoliberalismo; Trabalho no Brasil;
Relações de trabalho.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Estatização e privatização, flexibilização,
terceirização, agronegócios, voluntariado e cooperativismo, economia solidária,
parcerias público-privadas, capital humano, empregabilidade e produtividade,
relações de mercado.
2ª SÉRIE
Poder, Política e Ideologia
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
1º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Poder, Política e Ideologia
CONTEÚDOS BÁSICOS: Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
conceitos de poder, conceitos de ideologia, conceitos de dominação e
legitimidade.
Estado no Brasil, Democracia, autoritarismo, totalitarismo; As expressões
da violência nas sociedades contemporâneas.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Processo de modernidade, formação do
capitalismo; conceito de Estado, Estado Moderno, formas de organização do
Estado (absolutismo, liberal, bem-estar social, socialismo), conceito de política
e conceito de alienação.
312
Partidos políticos, conceito de Estado weberiano, violência legítima,
violência urbana, violência contra ―minorias‖, violência simbólica, criminalidade,
narcotráfico, crime organizado.
2º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
CONTEÚDOS BÁSICOS: Direitos civis, políticos e sociais; Direitos humanos;
conceitos de cidadania.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Construção moderna dos direitos, histórico dos
direitos humanos – alcances e limites, cidadania, políticas afirmativas, políticas
de inclusão, definição de minorias.
3º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
CONTEÚDOS BÁSICOS: Movimentos sociais, movimentos sociais no Brasil, a
questão ambiental e os movimentos ambientalistas, a questão das ONG’s.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Definição de movimentos sociais, movimentos
sociais urbanos, movimentos sociais rurais, movimentos conservadores,
neoliberalismo, redefinição das funções do Estado, problemas ambientais.
3ª SÉRIE
Cultura e Indústria Cultural
1º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Cultura e Indústria Cultural
CONTEÚDOS BÁSICOS: O desenvolvimento antropológico do conceito de
cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;
313
Diversidade cultural, relações de gênero, cultura afro-brasileira e culturas
indígenas.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Os conceitos de cultura nas escolas
antropológicas (evolucionismo, funcionalismo, culturalismo, estruturalismo,
interpretativismo), antropologia brasileira.
Diversidade, diferença cultural; relativismo, etnocentrismo, alteridade,
roteiro para pesquisa de campo.
2º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Cultura e Indústria Cultural
CONTEÚDOS BÁSICOS: Identidade, relações de gênero, cultura afro-
brasileira.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Identidades como projeto e/ou processo;
identidades e sociabilidades; identidades e globalização; identidades e
movimentos sociais; construção social do gênero; construção social da cor;
minorias; preconceito; hierarquia e desigualdades; dominação, hegemonia e
contramovimentos.
3º TRIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Cultura e Indústria Cultural
CONTEÚDOS BÁSICOS: Indústria Cultural, Meios de Comunicação de Massa,
sociedade de consumo, Indústria cultural no Brasil.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Escola de Frankfurt, cultura de massa, cultura
erudita, cultura popular, sociedade de consumo.
314
METODOLOGIA
Os conteúdos serão trabalhados através de aulas expositivas, leituras de
documentos e de textos filosóficos e históricos, problematizações, debates,
seminários, pesquisas bibliográficas ou de campo, participação em palestras,
simpósios, feiras, análise de filmes, notícias em jornais, revistas, TV, enfim,
tendo por recursos básicos o livro didático de Sociologia da SEED, além de
outros livros de apoio (conf. Bibliografia) e a internet.
Propõe-se desenvolver atividades que promovam discussões e o
aumento do aporte de conhecimentos do educando, a capacidade de análise e
argumentação, trabalhando teorias, conceitos e temas.
AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino de Sociologia deve se pautar numa concepção
diagnóstica, formativa e somativa, onde os objetivos da disciplina devem estar
afinados com os critérios de avaliação, os quais segundo Luckesi (2005), são:
“a) a apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a
prática social; b) a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; c)
a clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas; d) a mudança na
forma de olhar e compreender os problemas sociais”.
O processo de avaliação perpassa todas as atividades relacionadas à
disciplina levando-se em consideração a capacidade de argumentação com
fundamentação (oral e escrita) dos alunos frente às situações apresentadas.
Isso envolve trabalhos, provas e sínteses individuais e/ou coletivas, bem como
a participação nas atividades propostas.
Os alunos serão avaliados de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula
zero), sendo que para a aprovação o aluno deverá ter média mínima de 6,0
(seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). A
avaliação seguirá a legislação em vigor, seguindo o Regimento Escolar do
315
Colégio assim como o Projeto Político Pedagógico.
A todos os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos e notas, se
necessário, através de atividades desenvolvidas no decorrer de cada trimestre,
analisando as produções, os avanços realizados, de acordo com as
necessidades de cada aluno. O professor, no final do processo avaliativo, ao
levar em consideração o respeito às diferenças individuais dos alunos, deverá
priorizar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, ao lançar as notas.
Há que se ressaltar ainda que a Sociologia como disciplina curricular
tem por objetivo geral levar o aluno a pensar a realidade social da qual faz
parte, desenvolvendo uma consciência de que toda sociedade é uma
construção histórica e não uma fatalidade regida por ―leis naturais‖, podendo
ser construída e reconstruída segundo as necessidades dos grupos e sujeitos
ou atores sociais. O estudante de Sociologia no Ensino Médio deve além de
interpretar o mundo, sentir-se capaz de transformá-lo ou de, no mínimo,
percebê-lo como passível de transformação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOMENY, Helena & MEDEIROS. Bianca Freire. Tempos Modernos, tempos de sociologia. Rio de Janeiro, Ed. Do Brasil. Volume único. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.
COSTA, Maria C. C. da. SOCIOLOGIA: Introdução à Ciência da Sociedade. 2a. ed. São Paulo, Editora Moderna, 2002.
Jornal MUNDO JOVEM (edições variadas).
MEKSENAS, Paulo. SOCIOLOGIA. São Paulo, Cortez Editora, 1995.
______. Aprendendo Sociologia: A Paixão de Conhecer a Vida. 7a. ed. São Paulo, Edições Loyola, 1995.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 24a. ed. São Paulo,
316
Editora Ática, 2003.
PARANÁ. SOCIOLOGIA (livro didático) – Ensino Médio. Diversos autores – Seed – Curitiba, 2007;
PARANÁ. DCE de Sociologia para a Educação Básica, Curitiba, SEED. 2008;
TELES, Maria E. S. Sociologia para jovens: Iniciação à Sociologia. 8a. ed. Petrópolis, Editora Vozes, 2001; TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo, Saraiva, 2010.
317
22. ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM
CONTRATURNO
APRESENTAÇÃO GERAL
Com a necessidade de se ampliar tempos, espaços e oportunidades
educativas para os alunos da rede estadual de ensino, a Secretaria de Estado
da Educação instituiu o Programa de Atividade Complementar Curricular em
Contraturno.
Esse programa constitui de atividades integradas ao Currículo Escolar,
que oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. O
atendimento do programa é para alunos que se encontram em situação de
vulnerabilidade social, bem como para as necessidades sócio-educacionais,
considerando o contexto social descrito no Projeto Político Pedagógico da
Escola.
A oferta das Atividades Complementares Curriculares em Contra turno
foi regulamentada na Resolução n. 1.690/2011 e na Instrução n. 004/2011, e
estão contempladas no Projeto Político Pedagógico do nosso colégio,
garantindo desta forma a continuidade das atividades. Para tanto, é necessário
que a escola estabeleça critérios de avaliação das atividades complementares
ofertadas, observando os benefícios para a comunidade escolar.
As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno estão
organizadas nas áreas do conhecimento, articuladas aos componentes
curriculares, nos seguintes Macro Campos: Aprofundamento da Aprendizagem,
Experimentação e Iniciação Científica, Cultura e Arte, Esporte e Lazer,
Tecnologias da Informação, da Comunicação e uso de Mídias, Meio Ambiente,
Direitos Humanos, Promoção da Saúde, Mundo do Trabalho e Geração de
Rendas.
Por meio desse programa, cada escola pode propor uma atividade de
ampliação de jornada por modalidade de ensino, cujos objetivos são:
Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de
tempos, espaços e oportunidades educativas em contra turno, na escola
318
ou no território em que ela está situada, a fim de atender às
necessidades sócio-educacionais dos alunos;
Ofertar atividades complementares ao currículo escolar vinculadas ao
Projeto Político Pedagógico da Escola, respondendo às demandas
educacionais e aos anseios da comunidade;
Possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,
democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.
319
22.1 APROFUNDAMENTO DA APRENDIZAGEM
NÍVEL DE ENSINO: MÉDIO
TURNO: NOTURNO
MACROCAMPO: LÍNGUA PORTUGUESA: GRAMÁTICA, LITERATURA,
PRODUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
CONTEÚDOS
Literatura: todos os períodos literários, contexto histórico e autores;
Gramática: Fonética, Semântica, Morfologia , Sintaxe e Estilística;
Redação: Tipologia e Gêneros textuais;
Interpretação de textos: Gêneros das diversas esferas sociais,
Interpretação de gráficos e tabelas: infográficos.
OBJETIVO
Preparar os alunos para a leitura efetiva e a interpretação e análise de
textos de todos os gêneros, a fim de obter melhores resultado nas notas
de ENEM e vestibulares.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Há muito tempo se fala em uma concepção diferente do ensino de
língua, principalmente quanto à Gramática, mas pouca coisa mudou. O ensino
de língua por meio desse projeto deve levar em conta que, para haver uma boa
comunicação, é preciso ensinar a estrutura da língua, de forma prática, para
que os alunos escrevam melhor, sabendo adequar a fala ao modo como se
expressa na situação comunicativa em que se encontra. É essencial que os
320
alunos entendam e aprendam a importância de falar e escrever de acordo com
a variante linguística prestigiada socialmente, que é esperada em determinadas
situações sociais e nas redações do ENEM e de vestibulares
O domínio da variante prestigiada socialmente permite que os jovens
não sejam discriminados em certos contextos e lhes dá uma ferramenta a mais
para lutar por seus princípios e interesses como cidadãos. Dominando os
saberes de como a língua funciona, eles estarão aptos a distinguir que palavras
ou expressões serão adequadas ou que não devem usar, de acordo com a
formalidade da situação ou com seus interlocutores.
Pretende-se usar as novas tecnologias que tornaram o computador um
novo portador de textos, suscitando novos gêneros, novos comportamentos
sociais referentes às práticas de uso da linguagem oral e escrita para que as
atividades sejam atrativas aos alunos, cobrando deles novas teorizações e
novos modelos de interpretação da linguagem. Esse é um recurso a mais para
a modernização, reformulação e atualização de práticas pedagógicas.
A chegada dos gêneros textuais à escola é uma novidade benéfica,
porém muitos especialistas e formadores de professores destacam que há uma
pequena confusão na forma de trabalhá-los. Explorar apenas as características
de cada gênero (carta tem cabeçalho, data, saudação inicial, despedida etc.)
não faz com que ninguém aprenda a, efetivamente, escrever uma carta. Então,
o que se espera é que os alunos entendam esses gêneros em situações reais
de uso. Falta discutir por que e para quem escrever a mensagem. Essa é a
diferença entre tratar os gêneros como conteúdos em si e ensiná-los no interior
das práticas de leitura e escrita. Não faz sentido pedir para os estudantes
escreverem só para o professor e avaliar. Quando alguém escreve uma carta, é
porque outra pessoa vai recebê-la. Quando alguém redige uma notícia, é
porque muitos vão lê-la. Quando alguém produz um conto, uma crônica ou um
romance é porque espera emocionar, provocar ou simplesmente entreter
diversos leitores.
Essa abordagem, que privilegia o ensino dos comportamentos leitores e
escritores, necessita que o aluno tenha certo domínio os conteúdos clássicos
da disciplina, como ortografia e gramática. Eles são muito importantes na
produção e interpretação de textos e essencial para que os alunos superem as
321
dificuldades. Que tempo verbal usar para contar algo, que recursos de coesão
e coerência garantem a compreensão de uma história, a concordância nominal
e verbal, a colocação pronominal, enfim, o conhecimento das regras da norma
padrão. ―Saber utilizar a língua é o que mais influencia a qualidade textual",
ressalta Beth Marcuschi. Para alcançar isso, porém, não é necessário colocar a
ortografia e a gramática como um fim em si mesmo, ocupando o centro das
aulas. Assim como os gêneros, elas são um meio para ensinar a ler e escrever
cada vez melhor e devem ser contextualizadas pelos alunos nas práticas de
leitura e escrita.
Para integrar a multiplicidade de propostas de produção e interpretação
que os gêneros textuais propiciam e dar conta da evolução dos conteúdos, um
dos caminhos é organizar as aulas conforme a atividade proposta e dividir os
trabalhos entre atividades permanentes, sequências didáticas ou projetos
didáticos, que podem ser interligados ou usados separadamente, dependendo
dos objetivos. Vale destacar que quando os gêneros são ensinados como
instrumento para a compreensão da língua, não importa quantos ou quais você
trabalha, desde que o objetivo seja usá-los como um jeito de formar alunos que
aprendam a ler e escrever de verdade.
Na produção de textos a gramática não deve ser deixada de lado, uma
vez que tanto o ENEM, quanto os demais vestibulares, exigem essas
competências por parte dos candidatos. Mas é preciso considerar vários outros
aspectos que contribuem para a qualidade de um texto, como clareza,
objetividade, emprego de expressões adequadas ou riqueza de vocabulário.
Um ponto importante que será cobrado durante a realização desse projeto é o
aluno revisar o próprio texto como parte fundamental do processo de escrita.
Cabendo ao professor estimular esse hábito e garantir os instrumentos
necessários para que cada um assuma a responsabilidade pela tarefa. E
ensinar algumas operações básicas de revisão, como cortar palavras ou
trechos excessivos, substituir expressões vagas ou inadequadas, acrescentar
elementos para tornar pensamentos mais claros, inverter termos ou sequências
para conferir maior expressividade ou organizar mais claramente as ideias. O
aperfeiçoamento da escrita vem com o tempo, à medida que os alunos
incorporam um bom repertório de recursos linguísticos. Para tanto, o professor
322
pode indicar regularmente a leitura de bons livros, representativos do gênero
que está sendo trabalhado em classe, o sentido de determinadas palavras e
realizar diferentes atividades para sistematizar o conhecimento.
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura:
Informativa e de reconhecimento; Interpretativa. A primeira deve ser feita
cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se
informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a
interpretação grifar palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma
palavra à ideia-central de cada parágrafo. A última fase de interpretação
concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras com
NÃO, EXCETO, RESPECTIVAMENTE, pois fazem diferença na escolha
adequada. Retornar ao texto ler a frase anterior e posterior para ter ideia do
sentido global proposto pelo autor. Basicamente existem três tipos de texto:
Texto narrativo; Texto descritivo; Texto dissertativo. Cada um desses textos
possui características próprias de construção em sua estrutura de composição,
que devem ser assimiladas pelos alunos. Um texto para ser compreendido
deve apresentar ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é
composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a
conclusão do texto, o que leva a uma interpretação adequada.
O colégio dispõe de salas de aula, laboratório de informática,
computadores, aparelhos de TV, CD, VHS, DVD, dicionários, acervo literário
que será utilizado em pesquisas e realizações de atividades.
A biblioteca possui um acervo literário atualizado, Gramáticas dentro da
Nova Ortografia, Data-show, utilização das mídias (TV, jornais, revistas,
internet) que servirão de suporte para o desenvolvimento e aplicação de
atividades do curso.
Será selecionado o material didático referente à Gramática, Literatura e
Produção de Textos já existente na escola, aliado ao material fornecido pelo
Projeto de Atividades Complementares Curriculares, realizando as atividades a
partir da explanação dos conteúdos, com pesquisas e leituras e/ou recursos
áudio-visuais adequados à abordagem pretendida, e com o apoio do conteúdo
do Eureka, preparatório para o ENEM, o caderno + Enem, da Editora Saraiva e
do Caderno de Revisão do Ensino Médio: de Português e de Literatura, autor
323
Wiltom Ormundo, da Editora Moderna, sendo cobrada a efetiva participação
dos alunos na produção e interpretação de textos dos diferentes gêneros
textuais em circulação no dia-a-dia.
Conforme o tipo de atividade proposta e possibilidade de execução,
serão feitas produções de vários gêneros textuais, apresentações orais,
debates, exposições de trabalhos produzidos partindo da reflexão sobre seu
contexto social e uso nas situações comunicativas. Os trabalhos produzidos
pelos alunos serão compilados em uma apostila para estudos e pesquisas
posteriores.
AVALIAÇÃO
A avaliação será feita na oralidade, produção textual e expressão oral,
no decorrer das atividades propostas, de forma progressiva e continuada, com
a produção de trabalhos individuais e/ou coletivos, simulados de ENEMs
anteriores, debates, pesquisas, dramatizações, criatividade e originalidade dos
alunos, bem como, seu interesse no conteúdo proposto pelo projeto,
totalizando peso 10,0 pontos.
RESULTADOS ESPERADOS:
PARA O ALUNO: Espera-se despertar o interesse dos alunos pelo
estudo mais aprofundado da Língua Portuguesa e de Literatura, principalmente
no que diz respeito à produção e interpretação de textos, a fim de prepará-los
para o ENEM e para o ingresso na universidade e/ou realização de concursos
de qualquer espécie.
PARA A ESCOLA: Melhorar a nota do ENEM e o ingresso dos alunos
nas universidades públicas.
PARA A COMUNIDADE: Pretende-se uma formação crítica e cidadã de
indivíduos aptos a desempenhar funções sociais e a interagir em qualquer
contexto social.
324
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.
DIRETRIZES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA – SEED – 2008. Disciplina de Língua Portuguesa.
325
23. CELEM – CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA /ESPANHOL
APRESENTAÇÃO GERAL
Ao longo da história o ensino de Línguas Estrangeiras Modernas e a
estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças devido à
organização social, política e econômica. As propostas curriculares e as
metodologias de ensino são instigadas a atender as expectativas e demandas
sociais contemporâneas a propiciar às novas gerações a aprendizagem dos
conhecimentos historicamente construídos.
Após passar por várias etapas, onde as línguas Inglesas e Francesas
tinham mais prestígio no Brasil, finalmente a Língua Espanhola passou a ser
reconhecida como Língua Estrangeira Moderna, e a responsabilidade pelos
rumos educacionais passaram a ser centralizada no Ministério de Educação e
Cultura, o qual indicava aos estabelecimentos de ensino o idioma a ser
ministrado nas escolas, a metodologia e o programa curricular para cada série.
Comprometimento com os ideais nacionalistas, o MEC preconizava que a
disciplina de Língua Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do
aprendizado quanto para o acesso ao conhecimento e as reflexões sobre as
civilizações estrangeiras e as tradições de outros povos. Isso explica por que o
espanhol passou a ser permitido oficialmente para compor o currículo do curso
secundário, uma vez que a presença dos imigrantes da Espanha era restrita no
Brasil.
A língua espanhola, portanto, foi valorizada como língua estrangeira
porque representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito
daquele povo as suas tradições e a história nacional. Tal modelo deveria ser
seguido pelos estudantes. Assim, o ensino de espanhol passou a ser
incentivado no lugar dos idiomas alemão, japonês e italiano, que, em função da
Segunda Guerra Mundial, foram desprestigiados no Brasil. Iniciou-se, então,
uma fase de ensino de Língua Estrangeira mais sofisticada quanto aos
recursos didáticos. De fato alguns recursos como projeção de slides, cartões
ilustrativos, filmes fixos e laboratórios audiolinguais conferiam um avanço
326
inestimável a aquisição de línguas.
Com a lei nº 5692/71 e sob a égide de um falso nacionalismo, o governo
militar desobrigou a inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de primeiro
e segundo graus, sob argumento de que a escola não deveria se prestar a ser
a porta de entrada de mecanismo de impregnação cultural estrangeira. Assim,
evitar-se-ia o aumento da dominação ideológica de outras sociedades e do
colonialismo cultural do país.
Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado.
Quando a disciplina se tornou novamente obrigatória somente no segundo
grau. Entretanto, tivesse condições de oferecê-la. Isso fez muitas escolas
suprimirem a Língua Estrangeira no segundo grau ou reduzirem seu ensino
para uma hora semanal, por apenas um ano, com um único idioma.
Uma das formas para manter a oferta de línguas estrangeiras nas
escolas publica após o parecer nº 581/76, bem como a tentativa de superar a
hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas, foi a criação do Centro
de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná, em 1982, o qual
passou a oferecer aulas de inglês, espanhol, francês e alemão, aos alunos no
contra turno.
Uma nova língua tem o poder de nos colocar em contato com uma nova
cultura e, consequentemente, respeitar e compreender melhor o mundo como
uma grande nação sem distinções e fronteiras, o que é fundamental diante da
globalização.
Aprender outro idioma é andar por novos territórios, é investir em algo
que lhe abrirá muitas portas. Para propiciar o estudo de mais uma língua aos
alunos, o Colégio oferta o curso de Espanhol no Centro de Estudo de Línguas
Estrangeiras Modernas (CELEM) que oferece as bases necessárias para o
aprendizado onde o aluno tem a oportunidade de aprender a dominar as quatro
habilidades necessárias para a fluência de um novo idioma: ler, falar, escrever
e entender. Com um material didático completamente atualizado e focado na
cultura de cada país, fica mais fácil aprender não só uma nova língua, mas
contextualizar as informações e entender melhor como é a vida em cada um
dos países cujo idioma é estudado.
327
O Curso de Espanhol é facultativo e extracurricular. É ofertado em turno
contrário aos alunos do Ensino Médio, pois os alunos do Ensino Fundamental-
Séries Finais, possuem a disciplina em sua grade curricular.
O ensino das Línguas Estrangeiras é importante como uma língua
complementar por ser umas das mais faladas na região em que vivemos, pois
possibilita ao aluno uma consciência crítica e transformadora da sociedade,
subsidiadas pelos elementos integrados e pelas práticas que compõem a
aprendizagem, além de contribuir para o aperfeiçoamento na realização de seu
trabalho.
O trabalho pedagógico deverá propiciar a inclusão social, o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o
reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das
identidades transformadoras, tendo como propósito ampliar as experiências
culturais do aluno ao comparar e contrastar a sua cultura com a cultura de
outro país, almejando o senso crítico dos discentes para que estes sejam
capazes de interagir criticamente no mundo atual.
Portanto, o professor de língua estrangeira em seus discursos didáticos
deverá trabalhar as atividades de reflexão gramatical, verbal e autonomia
relativa do sujeito em sala de aula. A preocupação atual é não somente o
conhecimento cognitivo, mas também a formação do cidadão propiciando
novos rumos para a compreensão das diversidades linguísticas e culturais para
construir novos sentidos no mundo. As três práticas: leitura, oralidade e escrita
se estruturam em discurso como prática social, instrumento necessário para a
comunicação.
Ao conhecer outras culturas, o educando constrói uma análise
comparativa entre o seu meio de vida versos ao novo mundo, ampliando a sua
esfera social, podendo conhecer melhor sua forma de ser, pensar, agir e sentir
outra cultura, enriquecendo sua formação.
A prática da Língua Estrangeira Moderna permite o acesso,
comunicação e participação com o ―diferente‖, contribuindo significantemente
na constituição social do aluno fornecendo ao indivíduo, capacidade de ser
compreendido e de compreender as relações sociais, aumentando seu poder
cognitivo para interagir com maior propriedade e segurança no mundo atual.
328
Sendo uma escola pública devemos oferecer e encaixar a educação
inclusa, aberta a todos, procurando adaptar o educando ao sistema, para que o
este tenha as mesmas condições de construir esse saber e desenvolver suas
funções, as mesmas possibilidades de realização humana e social.
O ensino da Língua Espanhola é importante como uma língua
complementar por ser uma das mais faladas na região em que vivemos, pois
faz divisa com países do MERCOSUL, como Argentina e Paraguai,
possibilitando ao educando uma consciência crítica e transformadora da
realidade, subsidiada pelos elementos integradores e pelas práticas que
compõem a aprendizagem, além de contribuir para o aperfeiçoamento na
realização de seu trabalho.
O ensino da Língua Estrangeira Moderna – Espanhol tem por objetivo
principal, constituir um espaço para que o aluno conheça, reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se relaciona
discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em
relação ao mundo em que vive. (DCE, p. 53)
Segundo a DCE, p. 53, o ensino da Língua Estrangeira Moderna –
Espanhol tem por objetivos principais:
Constituir um espaço para que o aluno conheça, reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se
relaciona discursivamente e perceba possibilidades de construção de
significados em relação ao mundo em que vive. (DCE, p. 53)
Priorizar a comunicação, assimilando um conjunto de manifestações de
um povo, seus hábitos e seus costumes relacionando entre a
comunicação e a cultura a necessidade de entender a comunicação
entre nativos e não nativos.
Oportunizar ao aluno a aprendizagem de conteúdos que ampliam as
possibilidades de ver o mundo, suas diferenças, e de poder, interagir
com ele sendo que cada vez mais ele se torna multicultural.
Enfatizar que o conhecimento de uma LE resulta em uma maior
capacidade de ação no mundo sendo que está enfrentando uma série
de mudanças nos níveis históricos, sociais, econômicos, tecnológicos e
culturais.
329
Atualmente, a Língua Estrangeira, além de atingir os objetivos práticos
de reflexão linguística, deve:
Permitir aos alunos informações gerais sobre o cotidiano em que
contribua para sua formação social enquanto cidadão. O educador deve
assumir o compromisso com o desenvolvimento de uma educação
comprometida e significativa, usando leituras apropriadas que envolvam
e despertem os interesses dos sujeitos em aprender. Falar sobre o
ensino de Língua Estrangeira no Brasil remete diretamente a criação do
sistema escolar brasileiro.
Conhecer e assimilar culturas estrangeiras não significa subserviência a
elas. O que não se pode permitir a invasão desmedida do vocabulário
estrangeiro ou a modificação ou aniquilação de aspectos da cultura
nacional, mas um povo não pode isolar-se em suas fronteiras
geográficas e ficar alheio ao mundo que o rodeia. Aqui, justifica-se o
ensino da Língua Espanhola no âmbito escolar, através da
aprendizagem de outras línguas, o indivíduo torna-se capaz de
compreender melhor a própria cultura, contrastando-a com a cultura dos
outros, o que aumenta a consciência crítica e linguística,
proporcionando-o maior compreensão de como a língua funciona em
seus aspectos estruturais e na percepção das diferenças morfológicas
fonéticas e sintáticas entre a língua mãe e a língua estrangeira.
Levar o educando a vivenciar uma experiência de comunicação humana
pelo uso da Língua Estrangeira, as novas maneiras de expressar-se e
de ver o mundo, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e
interagir a bens culturais, sociais e econômicos.
Conhecer e valorizar outras culturas, construindo uma relação de troca
de conhecimento entre linguagens para interagir com a soma de todas
as culturas na construção da forma igualitária socialmente.
Proporcionar por meio de estudo de Língua Estrangeira Moderna
reflexão sobre a língua Materna, diferenças culturais, valores de
cidadania e identidade.
Desenvolver a consciência do papel das línguas na sociedade e o
reconhecimento da diversidade cultural, variando de acordo com o
330
usuário, e o contexto em que são usadas e a finalidade da interação.
Construir entidades transformadoras trabalhando a inclusão através da
percepção para atingir as perspectivas de ver o mundo com seus
valores sociais e culturais em constantes transformações nas formas
heterogêneas, complexa e plural( BORTONI-RICARDO,2004).
Oportunizar o aluno a vivenciar uma experiência de comunicação pelo
uso da Língua Estrangeira e suas dimensões culturais, bem como refletir
sobre os costumes ou formas de agir e interagir com o entendimento
vinculado à história do mundo social.
Compreender que os significados são sociais e historicamente
construídos, portanto os alunos devem ouvir, ler, falar e
escrever,considerando que essas práticas não se separam em situações
concretas de comunicação.
Porém, deve-se trabalhar a visão de leitura tradicional abordando uma leitura
crítica. Ensinando não apenas uma língua, discursos que a compõe dentro de
uma sociedade, mas Trabalhar o ensino da língua de modo que o aluno seja
capaz de:
Usar a língua e situações de comunicação oral e escrita.
Vivenciar na aula de língua estrangeira possibilidade de estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas.
Compreender que os significados são sociais e historicamente
construídos.
Ter consciência da importância do uso de uma língua estrangeira na
sociedade.
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural dos
povos.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso como Prática Social
CONTEÚDO BÁSICO
Gêneros textuais
331
1º ANO
1º TRIMESTRE
Canção, textos dramáticos,
contos, fábula, autobiografia, relato de
experiência, júri simulado, artigos de
opinião, notícia, reportagem,
entrevista, anúncio.
2º TRIMESTRE
Carta ao leitor, história em
quadrinhos, tiras, cartum, charge,
caricaturas, paródia, propagandas,
outdoor, imagens, fotos, pinturas,
aviso, recado, piadas, provérbios,
adivinhas, trava língua.
3º TRIMESTRE
Pesquisa, diálogo, música,
horóscopo, poemas, regras e classes
gramaticais e outros.
2º ANO
1º TRIMESTRE
Romance, novela fantástica,
crônica, editorial, textos informativos,
classificados, verbete, artigo
enciclopédico, resumo, resenha,
relatório científico.
2º TRIMESTRE
Seminário, conferencia, mesa
redonda, instruções, regras em geral,
normas, leis, história em quadrinhos,
tiras, esculturas.
332
3º TRIMESTRE
Debate, folhetos, mapas,
croqui, provérbios; pesquisas jornal,
biografia, simulados, literatura,
diálogo, música, regras e classes
gramaticais e outros.
3º ANO
1º TRIMESTRE
Textos variados, pesquisas,
literatura, regras gramaticais.
2º TRIMESTRE
Literatura hispano-americana,
gramática, troca de conhecimentos
cartas, bilhetes etc., prática de escrita
de livro, gibis, literatura de cordel,
poesias, jornais, música.
3º TRIMESTRE
Atividade para preparação de
vestibular, Enem, simulados, atividade
online, gramática, gincanas,
intercambio.
LEITURA
Colaborativa: inferências, conhecimento prévio, leitura de mundo,
contextualização.
Intertextualidade.
Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma para
333
a análise do texto à compreensão de maneira global e não fragmentada.
Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes
objetivos: ler para adquirir conhecimento, fruição, obter informação,
produzir outros textos, revisar, etc.
As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro
informal.
Construção de sentido do texto:
- Identificação do tema ou ideia central;
- Finalidade;
- Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes
no texto;
- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.
- Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando:
- o conteúdo vinculado;
- possíveis interlocutores;
- assunto;
- fonte;
- papéis sociais representados;
- intencionalidade;
- valor estético.
- Em relação com o trabalho de leitura:
- Ampliação do repertório de leitura do aluno (textos que atendam e
ampliem seu horizonte de expectativas);
- Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do conhecimento
(cinema, música, obras de Arte, Psicologia, Filosofia, Sociologia.);
O contexto de produção da obra literária bem como o contexto de sua
leitura.
ORALIDADE
Aspectos contextuais do texto oral:
- Coerência global;
- Unidade temática de cada gênero oral.
- Os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação;
334
- Elementos composicionais, formais e estruturais de diversos
gêneros discursivos orais usados em diferentes esferas sociais;
As variedades linguísticas e a adequação da linguagem no contexto de
uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero
discursivo;
Intencionalidade dos textos;
Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala
formal e informal;
* Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade:
- Participação e cooperação;
- Turnos de falas.
* Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;
* Observância de relação entre os participantes (conhecidos e
desconhecidos, nível social, formação etc.);
Especificidades:
- Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos;
- Ampla variedade X modalidade única;
- Elementos extralinguísticos (gestos, entonação, pausas, sinais gráficos);
- Frases mais curtas X frases mais longas;
- Redundância X concisão;
- As particularidades de pronúncia de certas palavras.
ESCRITA
A produção e a re-facção escrita como processo suscitado por uma real
necessidade de Prática Social:
- Unidade temática;
- Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;
- Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão;
- Coerência com o tipo de situação em que gênero se situa (situação
pública, privada, cotidiana, solene etc.);
- Relevância do interlocutor na produção de texto;
- Utilização dos recursos coesivos (fatores de coesão: referencial e
sequencial), aspectos coerentes situacionais, contextuais, intertextuais.
335
- Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis
(elementos composicionais, formais e estruturais).
- Trabalho com tópicos gramaticais a partir da re-facção de textos e
análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-literários.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Leitura/ Oralidade/ Escrita
Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor(es);
Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios de
enunciação:
A função das conjunções na conexão de sentido do contexto;
Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido
provocados no texto;
O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante
em relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras;
Os discursos direto, indireto, indireto livre na manifestação das vozes
que falam do texto;
Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do
texto;
Expressividade dos substantivos e a sua função referencial no texto;
A função do adjetivo, advérbio e outras categorias como elementos
adjacentes aos núcleos.
Nominais e predicativos;
A função do advérbio: modificador de circunstancia;
O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da
intencionalidade do conteúdo textual;
Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem
no contexto;
A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos
de sentido, de entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;
Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão,
336
parênteses, etc.;
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas
e sequenciação do texto;
Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;
A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico;
determinado/indeterminado; ativo/passivo) a relação com a intenção do texto;
A elipse na sequência do texto;
O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito
da frase
Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos
adjuntos
Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia,
ambiguidade, exagero, expressividade, etc.);
As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos
diferentes gêneros;
As particularidades linguísticas do texto literário;
As variações linguísticas;
Neologismo e os mecanismos de ressignificação de palavras já
existentes.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Diferentes metodologias refletem diferentes perspectivas sobre como as
pessoas aprendem uma língua estrangeira e como os professores podem
encaminhar o que ensinam, de modo que os alunos contextualizem e
internalizem o que lhes são ensinados de maneira satisfatória.
A palavra metodologia não agrega somente pressupostos teóricos e
ideológicos no ensino de uma língua estrangeira, mas agrega a prática em sala
de aula para que o embasamento teórico obtenha o resultado esperado. Assim
337
conclui-se a respeito de diferentes metodologias: pode-se ter uma atividade ou
exercícios com aspectos tradicionais (lista de verbos ou exercícios de
gramática) e em cima dele realizar uma atividade extremamente comunicativa,
assim como se pode ter um exercício tido como comunicativo e, dependendo
da prática empregada no desenvolvimento, pode ser realizado de maneira
tradicional.
Cabe ao professor analisar e avaliar as próprias atitudes em relação às
atividades em sala de aula, pois o material didático não pode ser encarado
como um fim em si mesmo, mas como base para a aplicação de uma
metodologia que valorize, enriqueça e demonstre a real função social do que o
aluno está aprendendo em língua estrangeira, através de praticas que motivem
e estimulem o aprimoramento, buscando sempre um foco comunicativo
apropriado.
É preciso reconhecer a importância de línguas (Espanhol) e da
intervenção pedagógica do professor na aprendizagem dos seus alunos, bem
como de fatores inerentes ao âmbito escolar. Nem sempre se aplica o mesmo
conteúdo, ou se utiliza o mesmo método, tudo depende do estágio de
aprendizagem em que os alunos se encontram e do contexto social de onde
eles vêm. Em cada turma surgem experiências e expectativas diferentes e o
professor deve usar de criatividade para ensinar de modo que a aprendizagem
atinja cada aluno, na sua individualidade cognitiva. Cada aluno detém uma
maneira particular de envolvimento com a situação de aprendizagem; cada
professor, também é único e traz consigo seu modo particular de trabalho, sua
competência implícita e o anseio da inovação de ações e de aprimoramento
profissional para a efetivação da prática pedagógica competente. Nessa
perspectiva, o professor assume o papel de mediador, antecipa necessidades e
apresenta a língua estrangeira não apenas como um fenômeno social, mas
como uma necessidade pessoal para o aluno, valorizando os conhecimentos
prévios de cada aluno, ajudando os a desenvolvê-las. Nessa concepção, o
professor de LEM, precisa ser capaz de modificar, de modo efetivo a sua
prática, buscando individual e coletivamente a reflexão, a pesquisa e a
investigação sobre os pressupostos teóricos e práticos das abordagens
pedagógicas que utiliza.
338
Segundo Grellet (1999), ―é importante criarmos atividades em que
nossos alunos possam exercitar a capacidade de fazer inferências‖. Deve-se
estimulá-los através de prática sistemática. Fazendo perguntas que os motivem
a tentar antecipar o conteúdo de um texto a partir de seu título, ilustrações,
parágrafo inicial e dicas tipográficas em geral. Outra estratégia da pré-leitura é
identificar as palavras cognatas, que contribuem para a compreensão textual e
podem ser usadas em todos os níveis linguísticos. Essas são algumas
implicações do ato de ler textos em Língua Espanhola que servem como
estratégias para desenvolvimento dos alunos e que os levem a que lêem,
tornando-se forma descomplicada de ensinar e aprender a língua estrangeira.
O ensino aprendizagem somente se efetua por meio de ações
sociointeracionistas os quais envolvem os alunos em situações que despertem
significados e se relacionem aos pré-conhecimentos (de língua materna e
outras) que o aluno traz. Ações que incentivem a criatividade e permita
situações em que o aluno possa participar ativamente, interferindo no próprio
processo de aprendizagem, estabelecendo relações entre a escrita e a fala,
desenvolvendo o pensamento lógico.
No ensino de Língua Estrangeira, a língua, o objeto de estudo dessa
disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade.
Portanto é essencial ensinar e aprender os diferentes tipos de gêneros textuais,
pois o uso da língua nos diferentes propósitos comunicativos configuram um
instrumento de interação entre as questões de interação da língua com o aluno.
Quando se estuda os diferentes tipos de Gêneros textuais estamos
buscando um conhecimento com propósito comunicativo que compreenda a
prática da linguagem em diversas variantes sociocultural. Logo, os tipos de
gêneros textuais variam de acordo com a necessidade de cada usuário, e no
contexto em que está inserido para fazer o uso de interação conforme os
diferentes contextos socioculturais e históricos.
Nesse sentido, o estudo dos diferentes tipos de gêneros textuais,
apresentam uma construção discursiva indispensável no contexto da
enunciação. Portanto pode-se trabalhar nas mais variadas formas, que propicie
questionamentos, inferências, reflexão, contextualização e prática de leituras.
O texto trabalhado de diferentes fontes, gêneros, tipos e temas
339
estimulam uma leitura rica em contextos, linguagem e reflexões linguísticas.
Além do entendimento do texto, são propostas atividades de posicionamento
crítico sobre os conteúdos apresentados separando sua linearidade é uma
prática comum nas escolas. Por isso, é uma das principais preocupações,
alterar esta realidade.
Pretende-se formar um leitor ativo, ou seja, capaz de produzir sentidos
na leitura dos textos, tais como: inferir, servindo-se dos conhecimentos prévios;
levantar hipóteses a respeito da organização textual; perceber a
intencionalidade, etc.
Não se trata, portanto, de testar conhecimentos linguísticos-discursivos
de ou Texto – gramaticais, de gêneros textuais, entre outros, mas sim, verificar
a construção dos significados na interação com textos e nas produções textuais
dos alunos, tendo em vista que vários significados são possíveis e válidos,
desde que apropriadamente justificados.
Com o propósito de encarar este desafio, busca-se em Língua
Estrangeira Moderna, superar a concepção de avaliação como mero
instrumento de medição da apreensão de conteúdos. Espera-se que subsidie
discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas
produções.
Percebe-se, também, como bem sucedido o ensino/aprendizagem,
quando todo o trabalho desenvolvido com os alunos são retomados e
analisados tanto pelo educador quanto pelo educando.
Portanto, vale assinalar que ao trabalharmos os tipos textuais serão
desenvolvidas a oralidade, leitura e escrita. Na oralidade o aluno vai se
familiarizando para que haja uma interação social e cotidiana já no inicio da
comunicação. O diálogo constitui a base dos textos para desenvolver a
compreensão e produção oral, como conversas corriqueiras com familiares,
colegas e amigos, como também de interação de caráter transacional a
exemplos dos que ocorrem nas lojas, guichês, lanchonetes etc. Exploramos
também outros gêneros como anúncios comerciais e programas de rádio e
televisão, entrevistas, apresentações de palestras e mensagens telefônicas,
entre outros que desenvolvam a compreensão da leitura, oralidade e escrita.
340
AVALIAÇÃO
A avaliação é um meio utilizado tanto por alunos como por professores
para o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.
Esse processo dar-se-á na apropriação no conteúdo do decorrer do
desenvolvimento disciplinar, em função do comprometimento da frequência e
do interesse dos alunos em cada momento das ações propostas.
Ela é feita através de instrumento que envolve diretamente o aluno num
vasto repertório de técnicas sociais, na sensibilidade e percepção dos
problemas, a fim de que se crie um clima emocional favorável para a
aprendizagem. Para que isto ocorra o professor deve aconselhar, coordenar,
dirigir, encorajar, animar, estimular, partilhar, aceitar, respeitar e compreender o
aluno.
Através dessa perspectiva o professor pode repensar sua metodologia e
planejar suas aulas de acordo como as necessidades de seus alunos.
As indicações dos avanços e dificuldades dos alunos na aprendizagem,
fornece ao professor subsídios ou meios de como orientar seu trabalho
pedagógico, (quais as adaptações deve fazer e quais os materiais mais
adequados a serem utilizados em sala de aula).
Assim a avaliação passa a ser um instrumento para a melhoria da
qualidade de ensino.
Os alunos serão avaliados durante o desenvolvimento das atividades em
grupos em sala de aula, pesquisa no laboratório, oficinas, e provas escritas. De
acordo com o desempenho e conhecimento do conteúdo que cada educando,
no momento em que for convidado a participar de debates fazer inferência
sobre determinado assunto, com conhecimento e seguranças nos argumentos
apresentados, ou quando necessário apresentar oficinas para os colegas dos
conteúdos propostos, como também com provas orais e escritas, onde os
alunos manifestarão conhecimentos adquiridos na interpretação de textos,
ortografia, traduções, pronúncia e vocabulários que foram propostos no
decorrer das aulas.
341
Todos os alunos poderão estar recuperando suas notas e
conhecimentos através de atividades desenvolvidas no decorrer do trimestre,
analisando cartazes, trabalhos em grupos, manifestações culturais (danças,
músicas, teatros) com o objetivo voltado sempre as necessidades dos alunos,
adaptando instrumentos de estudos de acordo com as criatividades de cada
uma.
A média para a aprovação será 6,0 (seis vírgula zero) e a frequência
deverá ser, no mínimo, setenta e cinco por cento (75%).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA FILHO, J.P.C. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec 1988. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2011. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.
JORDAO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do individuo. Curitiba, lieo 2004. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008. ESPANHOL Español Expansion – Volume único Autores: Henrique Romanos y Jacira Paes de Carvalho Editora: FDT
342
24. COMPONENTES CURRICULARES – ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS/EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Educação Física é parte da escolarização e tem como objeto de
ensino/estudo a cultura corporal, sendo que os conteúdos nela trabalhados
deverão ser abordados sob uma abordagem que contempla os fundamentos da
disciplina em articulação com os aspectos políticos, sociais, econômicos,
culturais, bem como elementos da subjetividade representados na valorização
do trabalho coletivo, na vivência com as diferenças, na formação social, crítica
e autônoma de cada educando.
Os Componentes Curriculares compõem a parte diversificada do Ensino
Fundamental – Anos finais em Tempo Integral e visam oportunizar aos alunos
participantes a melhoraria da socialização oportunizando atividades físicas de
lazer, esporte, cultura e conhecimento, resgatando o aluno para busca da sua
própria identidade dentro dos conteúdos trabalhados nesta disciplina. Além de
oportunizar a todos os discentes, as relações humanas inclusivas, o
desenvolvimento de suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva
e a valorização do ser humano.
As modalidades a serem trabalhadas nesta atividade são: atletismo,
dança, futsal feminino, futsal masculino, handebol, jogos e brincadeiras, tênis
de mesa e xadrez, sendo contemplados todos os conteúdos estruturantes da
disciplina de Educação Física (esporte, jogos e brincadeiras, ginástica, lutas,
dança) permitindo com que aluno e professor trabalhem de forma lúdica as
atividades desportivas, com os seguintes objetivos:
Possibilitar aos alunos a vivência sistematizada de conhecimentos,
habilidade da cultura corporal, enfocado numa postura crítica, no sentido
de promover a prática intencional e permanente, que considere o lúdico
e o processo sócio comunicativo, na perspectiva do lazer da formação
cultural e da manutenção da qualidade de vida.
Compreender a cultura corporal do movimento e expressividades como
instrumento de aprendizagem, interação e de expressão de afetos,
sentimentos e emoções nas manifestações de lutas, jogos, danças e
343
esportes. Reconhecendo e respeitando características físicas e morais
de si próprios e dos outros sem discriminar por características pessoais,
físicas, sexuais, econômicas e étnico-raciais, dentro do contexto social e
escolar.
Ofertar atividades que promovam oportunidades para divertimento,
desafios, auto-expressão e interação social.
Promover, a partir de jogos de movimentos e exercitações, a educação
integral e também o desenvolvimento cognitivo e motor dos alunos.
344
24.1 ATIVIDADE – ATLETISMO
O atletismo surgiu nos Jogos Antigos da Grécia. Desde então, o homem
vem tentando superar seus movimentos essenciais como caminhar, correr,
saltar e arremessar.
Na definição moderna, o atletismo é um esporte com provas de pista
(corridas rasas, corridas com barreiras ou com obstáculos, saltos, arremesso,
lançamentos e provas combinadas, como o decatlo e heptatlo); corridas de rua
(nas mais variadas distâncias, como a maratona e corridas de montanha);
provas de cross country (corridas com obstáculos naturais ou artificiais); e
marcha atlética. Considerado o esporte-base, por testar todas as característica
básicas do homem, o atletismo não se limita somente à resistência física, mas
integra essa resistência à habilidade física. Comporta três tipos de provas,
disputadas individualmente que são as corridas, os saltos e os lançamentos.
Conforme as regras de cada jogo, as competições realizadas em equipes
somam pontos que seus membros obtêm em cada uma das modalidades.
As corridas rasas de velocidade e revezamento são antigas. As corridas
com obstáculos, que podem ser naturais ou artificiais, juntamente com as
corridas de ―sabe‖, que os ingleses chamam de ―steeplechass‖, foram
idealizadas tendo como modelo as corridas de cavalos.
A maratona, a mais famosa das corridas de resistência, baseia-se na
legendária façanha de um soldado grego que em 490 A C. Correu o campo de
batalha das planícies de Maratona até Atenas, numa distância superior a 35
km, para anunciar a vitória dos gregos sobre os persas. Uma vez cumprida a
missão, caiu morto. As maratonas modernas exigem um percurso ainda maior:
42 195 m.
Nos primórdios de nossa civilização, começa a história do atletismo. O
homem das cavernas, de forma natural, praticava uma série de movimentos,
nas atividades de caça, em sua defesa própria etc. Ele saltava, corria, lançava,
enfim desenvolvia uma série de habilidades relacionadas com as diversas
provas de uma competição de atletismo. Podemos verificar que as provas de
atletismo são atividades naturais e fundamentais do homem: o andar, o correr,
345
o saltar e o arremessar. Por esta razão, é considerado o atletismo o ―esporte
base‖ e suas provas competitivas compõem-se de marchas, corridas, saltos e
arremessos. Além disso, o desenvolvimento dessas habilidades são
necessárias à prática de outras modalidades esportivas.
Por exemplo, podemos observar uma jogadora em atividade numa
partida de futebol, basquete ou voleibol. Durante o jogo, ele anda, outras
vezes, corre, salta e pratica arremessos. Por isso, um jogador de futebol,
basquete ou voleibol procura sempre desenvolver essas habilidades que são
―base‖ dos conjuntos de atividade física do praticante dessas modalidades.
A história do atletismo é muito bonita, pois se inicia com a própria
história da humanidade, quando o homem primitivo praticava suas atividades
naturais para sobrevivência. Chega mesmo a se confundir com a mitologia,
quando observamos o período da Antiguidade Clássica, com os Jogos
Olímpicos que deram origem aos atuais Jogos Olímpicos da Era Moderna, que
trazem como reminiscência cultural mais marcante a figura de Discóbulo de
Miron.
OBJETIVOS
Formar cidadão de bem, sociável e que saiba enfrentar as dificuldades
em sua vida dentro e fora da escola;
Adquirir o gosto pela prática de exercícios, bem como uma vida mais
saudável;
Enfatizar a existência e a importância das regras, bem como a possível
adaptação das mesmas para a inclusão de todos os indivíduos;
Levar os alunos a refletirem sobre os valores que existem por trás dos
esportes competitivos e fazê-los vivenciar formas de jogo onde valores
se direcionam para a interação, o companheirismo e a cooperatividade;
Entender as regras e a natureza das atividades a serem oferecidas
tornando os participantes árbitros e técnicos de equipe adquirindo
responsabilidade;
Desenvolver o hábito pela prática do esporte;
346
Ter uma melhora na sua autoestima e aprendizagem.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para a aplicação das aulas serão colocadas em prática as Concepções
Abertas no Ensino da Educação Física, ou seja, dar-se-á pequena liberdade de
escolha aos alunos. Essa abertura poderá vir a crescer gradativamente, na
medida em que os alunos mostrarem-se capazes de corresponder à mesma,
através da responsabilidade e da socialização.
Para efetivar a proposta serão utilizados o estilo prático e o estilo
inclusão. No primeiro ocorrem algumas mudanças na relação professor-aluno.
Algumas decisões, quanto as atividades (local, ritmo, intervalo, etc) passam a
ser responsabilidade dos alunos, sendo estas decisões valorizadas pelo
professor, o qual depositará a necessária confiança em seus alunos. Essas
decisões entram na categoria chamada de IMPACTO, ou seja, são as decisões
feitas durante a realização das tarefas.
No estilo inclusão, as pré-decisões são tomadas pelo professor. O aluno
toma decisões no impacto, ou seja, inclui suas decisões durante a execução da
tarefa, verificando a sua performance e decidindo sobre sua atuação futura, ou
qual nível que realizará as atividades. Este estilo induz ao exame do auto-
conceito, o aluno poderá avaliar o que pode fazer.
Através desta metodologia, a qual vai oferecendo uma abertura
gradativa aos alunos, de tomarem suas decisões, poderá se chegar aos
objetivos propostos pelas outras metodologias, sendo observada a
participação, cooperação e, entendimento das atividades realizadas.
AVALIAÇÃO
A proposta de avaliação para este componente requer do professor a
atenção contínua no que diz respeito a participação do aluno, tanto
individualmente quanto no coletivo, pois a maioria das atividades serão
347
desenvolvidas em grupo. Será qualitativa, ou seja, que valorize a participação
dos alunos, onde todos os passos serão avaliados, observando-se os
conhecimentos e progressos alcançados pelos discentes durante as
competições internas e externas que ocorrerão durante o desenvolvimento das
atividades ou das aulas.
A avaliação será contínua e diagnóstica, deverá ser assumida como
instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra
o aluno. A partir da avaliação diagnóstica tanto o professor quanto os alunos
poderão revisar o processo desenvolvido para identificar o ensino e a
aprendizagem, bem como planejar e propor novos encaminhamentos para
superar as dificuldades encontradas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n.9394/96. Brasília: MEC, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2011. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. GOZZOLI C. SIMOHAMED J. MALEK A.Miniatletismo Iniciação ao Esporte: Guia Prático De Atletismo Para Criancas, 2011
348
24.2 ATIVIDADE – DANÇA
A dança tem capacidade de transformar qualquer movimento em arte.
O ser humano dançou antes de falar. Esta foi sua primeira forma de
manifestação social que sempre serviu para auxiliá-lo a afirmar-se como
membro se sua comunidade.
O homem da pré-história dançava para agradar a seus deuses. A dança
servia, então, aos rituais tribais, especialmente aos sagrados.
Além da fala o homem expressa-se por uma linguagem corporal através
do movimento rítmico, cadenciado, traduzindo emoções, fantasia ideias e
sentimentos, e a dança é considerada a mais antiga das artes criadas pelo
homem.
A dança exprime a alma do povo, as características da sua formação
étnica, seus hábitos, as tradições de seus costumes, um ritmo próprio expresso
no compasso de suas músicas. Portanto ―ela tem mudado assim como a
cultura humana, pois a dança é criada por indivíduos que pertencem a meios
particulares. Isto é o que distingue um tipo de dança de outras, quer em
período ou através da história.‖
Dançar é transmitir um certo estado de espírito, uma maneira de ser e
de ver o mundo, de sentir plenamente seu corpo e o utilizar para conhecer
outros sentimentos e sensações.
OBJETIVOS
Espera-se que ao final das atividades de ensino-aprendizagem, o aluno seja
capaz de:
Entender que a dança não se resume à aquisição de habilidades, mas
faz parte do processo de coordenação motora e psicomotricidade;
Compreender que através da dança há um melhor aprimoramento dos
padrões fundamentais de movimento, bem como um melhor
relacionamento com as pessoas e com o mundo;
349
Observar que com a dança se pode melhorar a auto estima, a alegria, e
também a vontade de aprender, desenvolvendo o interesse dos alunos
dos detalhes que podem ser utilizados para a vida, transformando-os em
cidadãos críticos, participantes e responsáveis;
Entender que a dança é uma forma de expressar a opinião através da
linguagem corporal;
Perceber que o trabalho em equipe é algo necessário e muito importante
para a formação de sua personalidade.
METODOLOGIA
Buscar-se-á formas alternativas de ensino, que sejam capazes de
demonstrar aos alunos que algumas habilidades são necessárias, por esse
motivo colocamos à disposição a dança, como instrumento útil para contribuir
no desenvolvimento de suas tarefas diárias, bem como de suas
potencialidades.
Por tratar-se de uma disciplina prática, as aulas serão expositivas,
demonstrativas, com ritmos variados, incluindo-se aqueles de preferência dos
alunos, buscando despertar o interesse de todos na participação das aulas.
AVALIAÇÃO
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos
poderão revisar o processo desenvolvido para identificar lacunas no processo
de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem à superação das dificuldades contatadas.
A avaliação ocorrerá por meio da prática e da observação durante suas
apresentações.
350
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9394/96. Brasília: MEC, 1996. BREGOLADO, Roseli Aparecida. Textos de educação física para sala de aula. Cascavel, PR: Assoente, 1994. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. FAHLBUSCH, Hannelore. Dança: moderna e contemporânea. Rio de Janeiro, Sprint: 1990.
351
24.3 ATIVIDADE – FUTSAL FEMININO E MASCULINO
O futsal ou futebol de salão é um esporte muito popular no Brasil e em
muitos outros países, principalmente sul-americanos. Não é à toa: o esporte
tem suas raízes na América do Sul. Devido a suas facilidades (o menor número
de jogadores e o tamanho menor do campo, por exemplo), o futsal é
considerado o esporte mais praticado no Brasil, embora o futebol de campo
continue sendo o mais popular.
O futsal inicialmente foi tido como uma forma de exercitar o corpo, uma
atividade física. Outrossim, o jogo de futsal estimula a auto-estima, a
competição saudável e o trabalho em equipe, além de proporcionar prazer na
sua prática.
O futebol é uma paixão nacional, e o futsal é uma adaptação daquele,
assim, é muito importante que seja incentivado nas escolas, trazendo o espírito
de coletivismo e socialização.
OBJETIVOS
Espera-se que ao final das atividades de ensino-aprendizagem, o aluno seja
capaz de:
Entender que o futsal não se resume à aquisição de habilidades, mas
faz parte do processo de coordenação motora e psicomotricidade;
Compreender que através do futsal há um melhor aprimoramento dos
padrões fundamentais de movimento, bem como um melhor
relacionamento com as pessoas e com o mundo;
Observar que com o futsal se pode melhorar a auto estima, a alegria, e
também a vontade de aprender, tais aprendizados podem ser utilizados
para a vida, transformando-os em cidadãos críticos, participantes e
responsáveis;
352
Verificar que é importante a integração dos alunos de diversas idades e
turmas;
Entender que a prática de esportes é muito importante;
Perceber que o trabalho em equipe é algo necessário e muito importante
para a formação de sua personalidade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Buscam-se formas alternativas de ensino, que sejam capazes de
demonstrar aos alunos que algumas habilidades são necessárias, por esse
motivo colocamos à disposição o futsal, como instrumento útil para contribuir no
desenvolvimento de suas tarefas diárias, bem como de suas potencialidade.
Por tratar-se de disciplina bastante prática, as aulas serão expositivas e
posteriormente demonstrativas.
O futsal consistirá em aulas práticas, demonstrando os passes,
deslocamentos, marcações e finalizações, buscando despertar o interesse de
todos na participação das aulas.
AVALIAÇÃO
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos
poderão revisar o processo desenvolvido para identificar lacunas no processo
de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem à superação das dificuldades contatadas.
A avaliação ocorrerá por meio da prática, da observação, da participação
e durante as competições internas e externas que ocorrerão durante o
desenvolver das atividades.
353
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Marcos Xavier de. Futsal: início, meio e fim. Marechal Cândido Rondon, PR, 2010. BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9394/96. Brasília: MEC, 1996.
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.
354
24.4 ATIVIDADE - HANDEBOL
Segundo Silva (1983) foram os alemães os responsáveis por difundir e
regulamentar esse esporte a nível mundial. Isso começou quando o Capitão
Karl Schellenz, professor de Educação Física da Marinha de Guerra Alemã, em
uma viagem ao Uruguai, por volta de 1911, observou que naquele país existia
uma atividade esportiva conhecida como ―Balón‖, criada pelo professor Alberto
Valetta.
Ainda segundo o autor, após retornar a Berlim, Schellenz, comentou com
seu colega de profissão, MaximillianHeiser, sobre as características da
atividade esportiva que havia conhecido em Montevidéu. Heiser, por sua vez,
havia também encontrado na Dinamarca uma atividade esportiva chamada
―Handball Danish‖. Ambos então, se utilizando desses dois jogos semelhantes,
resolveram desenvolver um estudo cujo objetivo era criar um tipo de jogo que
se utilizaria de uma bola e se jogaria dentro de um espaço pré-determinado.
Em 1917, Schellenz e Heiser, concluíram seu estudo e o divulgaram em
uma revista especializada em Educação Física. Surge então o handebol de
campo, bem como todas suas regras oficiais. O esporte chamou tanta atenção
que, em pouco tempo, tornou-se um esporte tipicamente alemão. Dez anos
após essa divulgação, o esporte já havia sido difundido em 27 países, entre
eles o Brasil. Sua popularidade cresceu na Europa de tal modo que foi incluído
nas Olimpíadas de Berlim em 1936.
O autor conclui ainda que, ao contrário do que se pensa, o handebol de
salão surgiu antes que o de campo, pois teve seu nascimento em 1879 na
Dinamarca, porém sua prática ficou limitada aos países escandinavos, com
regras próprias. Mesmo tendo origem muito antes do de campo, sua
paternidade também se atribuiu a Schellenz e Heiser, devido aos esforços que
ambos tiveram para conseguir desenvolver e popularizar este esporte.
OBJETIVOS
Desenvolver habilidades de raciocínio como organização, atenção e
355
concentração;
Pensar produtivamente;
Ensinar a enfrentar situações novas;
Equipar a aluno com estratégias para resolver problemas;
Proporcionar aos alunos a socialização;
Enfatizar a existência e a importância das regras, bem como a possível
adaptação das mesmas para a inclusão de todos os indivíduos;
Levar os alunos a refletirem sobre os valores que existem por trás dos
esportes competitivos e fazê-los vivenciar formas de jogos onde valores
se direcionam para a interação, o companheirismo e a cooperatividade;
Adquirir o gosto pela prática do Handebol, bem como uma vida mais
saudável;
Propiciar aos alunos o entendimento tanto do jogo quanto das regras do
mesmo;
Desenvolver o hábito pela prática do handebol;
Formar cidadãos de bem, sociáveis e que saibam enfrentar as
dificuldades em sua vida dentro e fora da escola;
Melhorar a autoestima e a aprendizagem.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Na prática das atividades deste componente curricular serão
abordados todos os conceitos relacionados ao handebol como: técnica, tática,
posição básica, posição específica, recepção, passe, arremesso, progressão,
Drible, finta, posição básica defensiva, deslocamento defensivo, bloqueio
defensivo, marcação, goleiro, cruzamento, bloqueio ofensivo e contra ataque.
A reestruturação da metodologia tornou a Educação Física mais
dinâmica e voltada para atividades expressivas e recreativas onde todos com
suas limitações, raça, cor, sexo, podem praticar atividades físicas variáveis
buscando sua identidade corporal baseado em concepções teóricas e práticas
da corporeidade fundamentada nas dimensões culturais, sociais, políticas e
356
objetivadas no desenvolvimento, ensino e aprendizagem.
A avaliação será contínua e diagnóstica, deverá ser assumida como
instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra
o aluno. A partir da avaliação diagnóstica tanto o professor quanto os alunos
poderão revisar o processo desenvolvido para identificar o ensino e a
aprendizagem, bem como planejar e propor novos encaminhamentos para
superar as dificuldades encontradas.
O encaminhamento de cada atividade partirá da reunião de todos os
alunos, pretendendo fazer comentários sobre a aula, colocando o tema da
mesma. Em seguida os alunos terão um espaço para exporem, de forma
sucinta, a sua progressão de acordo com o andamento das atividades
desenvolvidas.
Posteriormente o professor, diante do exposto, encaminhará as
atividades voltadas para o aprimoramento das atividades, sendo que em
algumas situações as regras poderão ser modificadas pelos alunos, os quais
decidirão em conjunto. A última atividade a ser desenvolvida será de caráter
relaxante e ao término das atividades o professor fará comentários com os
alunos, reforçando a importância das atividades que foram realizadas. A
opinião dos alunos sobre a aula é importante para a atuação do professor.
AVALIAÇÃO
A proposta de avaliação para este componente requer do professor a
atenção contínua no que diz respeito a participação do aluno, tanto
individualmente quanto no coletivo, pois a maioria das atividades serão
desenvolvidas em grupo. Será qualitativa, ou seja, que valorize a participação
dos alunos, onde todos os passos serão avaliados, observando-se os
conhecimentos e progressos alcançados pelos discentes durante as
competições internas e externas que ocorrerão durante o desenvolvimento das
atividades ou das aulas.
A avaliação será contínua e diagnóstica, deverá ser assumida como
instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra
357
o aluno. A partir da avaliação diagnóstica tanto o professor quanto os alunos
poderão revisar o processo desenvolvido para identificar o ensino e a
aprendizagem, bem como planejar e propor novos encaminhamentos para
superar as dificuldades encontradas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n.9394/96. Brasília: MEC, 1996.
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012.
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.
CBHb (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL). Handebol: Regras Oficiais. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1997.
CZERWINSKI, J. El Balonmano: Técnica, Táctica y Entreinamiento. Editora Paidotribo, Barcelona, 1993.
I.H.F. (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE HANDEBOL). Handebol: regras oficiais 2006-2009. São Paulo: Phorte, 2006.
SILVA M. F. da.Handebol, Regras Ilustradas, Técnicas e Táticas. Tecnoprint S. A., 1983.
ZAMBERLAN, E. Handebol: escolar e de iniciação.Cambé: Imagem, 1999.
358
24.5 ATIVIDADE – JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos e brincadeiras estão presentes em nossa vida, do início até o fim.
Há um ditado que diz: quem canta seus males espanta e que brinca vive mais
feliz.
0s jogos existem desde a pré-história e seus registros indicam as mais
variadas formas de jogar e brincar nas diversas partes do mundo, como uma
forma de manifestação cultural dos povos, foi encontrada jogos de expressão
utilitária, recreativa, religiosa. Alguns jogos passaram por modificações e mais
tarde foram incluídos nos jogos Olímpicos da Grécia.
Antigamente as crianças não tinham tantos brinquedos como às de hoje
e, por isso, tinham que usar mais a criatividade para criá-los. Usavam tocos de
madeira, pedrinhas, legumes e palitos para fazer animais, além de brincadeiras
como amarelinha, cinco Marias, bolinha de gude, cantigas de roda, passa anel,
roda pião, empinar pipa, dentre várias outras e, assim, se divertiram por
décadas e décadas.
As brincadeiras e jogos analisados a partir dos fundamentos teóricos da
cultura corporal caracterizam-se pela espontaneidade, flexibilidade,
descompromisso, criatividade, fantasia e expressividade, representada de
diversas formas próprias de cada região e de cada cultura. As regras existem,
são previamente discutidas e combinadas pelos participantes e podem ser
mudadas de acordo com o interesse do grupo.
Os jogos e brincadeiras, enquanto fenômenos sociais estão relacionados
no processo de produção e construção de conhecimentos, de interação entre
as atividades relacionadas ao trabalho possibilitando perpetuação de hábitos e
culturas transmitida de geração em geração.
Jogos e brincadeiras são atividades em que nós exercitamos, brincamos
e aprendemos, de maneira alegre e prazerosa até mesmo sem perceber,
praticado de modo despreocupado pelas pessoas os jogos e brincadeiras
permitem um descanso do centro nervoso, contribuindo para diminuir qualquer
tensão.
Nas crianças os jogos e brincadeiras proporcionam liberação das
359
energias acumuladas que precisam ser gastadas, além de contribuirem na
formação da personalidade.
De acordo com suas finalidades e maneiras de jogar os jogos e as são
classificados em sensoriais, motores, cooperativos, de tabuleiros e de
raciocínio. As brincadeiras podem ser consideradas em: Antigas, Culturais,
Regionais, De roda, De interação e Sociabilização.
OBJETIVOS
Promover o desenvolvimento das habilidades motoras dentro do
contexto da brincadeira ou jogo, por meio de atividades contextualizadas
e significativas da cultura da própria criança.
Desenvolver a afetividade e a interação no grupo e com o meio
ambiente, visando à promoção da relação do sujeito com o mundo, de
modo a produzir ações que o os tornem cada vez mais humanos, isto é,
mais presentes, conscientes, cooperativos, usando os valores éticos e
morais para melhorar a escola e o mundo em que vivem.
Desenvolver as habilidades de correr, saltar, girar, pular, etc.
Permitir ao aluno estabelecer um vínculo entre as brincadeiras antigas e
modernas.
Melhorar o relacionamento e a convivência em grupo.
Possibilitar a inclusão em todas as atividades desenvolvidas no âmbito
de jogos e brincadeiras.
Reconhecer que os jogos e brincadeiras possuem regras flexíveis e
fazem parte do processo de construção do ser humano.
Oportunizar a participação coletiva nas aulas de modo lúdico e
prazeroso, sendo o principal objetivo, os jogos cooperativos.
Impedir qualquer tipo de discriminação e preconceito na
contextualização das atividades.
Estimular a alta estima, a prática de atividades saudáveis e o trabalho
em equipe.
Proporcionar o lazer e o prazer em toda as atividades buscando a
360
prática da ética e dos valores morais.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Atualmente as crianças cada vez mais cedo, tendem a buscar e realizar
atividades de responsabilidade relacionadas à busca do conhecimento. Dizem
alguns pais: “Quanto mais cedo começa a prender mais cedo e melhor estará
pronto para o mercado de trabalho”. Sendo assim, as crianças ficam com
menos tempo livre para brincar e interagir com atividades lúdicas, e, também,
sem tempo vago para extravasar as energias.
Baseado nessas necessidades o Colégio Estadual Rocha Pombo –
EFMN, na Educação em Tempo Integral, ofertará aos alunos, na disciplina de
Educação Física, o Componente Curricular Jogos e Brincadeiras como uma
alternativa de ensino capaz de possibilitar ao aluno as atividades necessárias
para o seu desenvolvimento físico e mental, promovendo o processo de ensino
e aprendizagem.
As atividades de jogos e brincadeiras serão realizadas três vezes por
semana, fazendo com que o aluno participe de maneira lúdica e assimile os
conhecimentos necessários para o seu desenvolvimento. As das aulas serão
totalmente práticas, intercalando atividades motoras, sensitivas e cooperativas
de forma prazerosa. Serão realizadas nos diversos espaços físicos do colégio
e/ou fora conforme a necessidade e exigência do Plano de Trabalho Docente.
AVALIAÇÃO
A avaliação será prática, observada através da participação, cooperação
e, entendimento das atividades realizadas. A partir da avaliação diagnóstica
tanto o professor quanto os alunos poderão revisar o processo desenvolvido
para identificar o ensino e a aprendizagem, bem como planejar e propor novos
encaminhamentos para superar as dificuldades encontradas.
361
Na atividade jogos e brincadeiras espera-se que os alunos consigam:
Desenvolver o hábito de jogar e de brincar, aceitando a si e os seus colegas
com suas dificuldades e limitações.
Respeitar as normas dos jogos e as regras das brincadeiras estabelecidas e
cooperar na resolução das mesmas criando e recriando novas regras.
Se tornar um cidadão de bem, sociável e que saiba enfrentar as dificuldades
em sua vida dentro e fora da escola.
Melhore sua alto-estima e aprendizagem, melhorando a sua atuação no
contexto social e familiar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Leis, decreto, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n. 9394/96. Brasília: MEC, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.
FREIRE, João Batista, Educação de Corpo Inteiro 3ª Edição, Editora Scipione, 1999. PARANÁ/SEED. Diretrizes curriculares para a Educação Básica: Educação Física. Curitiba, SEED, 2008.
TEIXEIRA, Hudson ventura, Educação física e desporto 4ª Edição 2001, Editora Saraiva.
362
24.6 ATIVIDADE – TÊNIS DE MESA
O tênis de mesa é um esporte inventado no século XIX na Inglaterra e é
um dos esportes mais praticados no mundo.
A opção pela escolha deste jogo advém do interesse dos alunos por esta
atividade, além de que o jogo de pingue-pongue, assim denominado pelos
alunos, na prática educativa desenvolve habilidades de raciocínio diante de
situações que demandam respostas e contribui para a construção e
organização do pensamento; aumenta a auto-estima e a confiança; desenvolve
o sentido de cooperação; aumenta o interesse na participação das aulas;
motiva e desenvolve a criatividade; aumenta a concentração e a atenção;
diminui a indisciplina e, também, possibilita o desenvolvimento cognitivo do
aluno.
Os jogos proporcionam estratégias facilitadoras na construção do
conhecimento e planejamento prévio da ação, auxiliando assim, no raciocínio
da criança, pois o jogo sendo bem direcionado faz deste ato de jogar por si só,
suficientes para cumprir objetivos próprios e essenciais (predeterminados) para
o desenvolvimento biopsicossocial da criança, porque ao jogar, a mesma está
movimentando todos os músculos, o seu cognitivo (memória, percepção, etc.) e
todo o envolvimento social, pois estará em contato com outras crianças,
aprendendo também a perder e a ganhar, caracterizando uma situação de
iniciativa em poder brincar com aquilo que é de seu interesse e de sua própria
habilidade.
OBJETIVOS
Desenvolver habilidades de raciocínio como organização, atenção e
concentração;
Pensar produtivamente;
Ensinar a enfrentar situações novas;
Equipar a aluno com estratégias para resolver problemas;
363
Proporcionar aos alunos a socialização;
Enfatizar a existência e a importância das regras, bem como a possível
adaptação das mesmas para a inclusão de todos os indivíduos;
Levar os alunos a refletirem sobre os valores que existem por trás dos
esportes competitivos e fazê-los vivenciar formas de jogo onde valores
se direcionam para a interação, o companheirismo e a cooperatividade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O professor em sua prática pedagógica deve problematizar a sua
atuação profissional, delimitar questões sobre as quais se deve pensar com
mais rigor. Isso é muito importante porque não se pode intervir numa realidade
sem conhecê-la.
O esporte enquanto conteúdo escolar deve ser tratado de forma mais
ampla nas aulas de Educação Física, reconhecendo sua condição técnica,
tática, e também no sentido de competição esportiva e deve ser trabalhado
para a coletividade e interação social. Reestruturar rituais, regras, valores,
tempos, espaços, que compõem o trabalho pedagógico e abrangem a
Educação do corpo na escola ministrando aulas teóricas e práticas com todos
os esportes conhecidos e descobrindo novos esportes e sua aplicabilidade.
Todo jogo comporta regras, autonomia em sua determinação. Torna-se
importante para os alunos auxiliarem na construção das regras, podendo ser
questionadas e reelaboradas conforme as necessidades e desafios.
As atividades de tênis de mesa serão realizadas dentro e fora da sala
de aula e no laboratório de informática, intercalando aulas teóricas com aulas
práticas. Primeiramente os alunos deverão ter conhecimento da origem, da
função, das regras e das técnicas tendo como referência explicações dos
professores, textos, apostilas, livros referentes ao assunto, computadores e
internet, para depois praticarem o esporte com mais eficácia.
Ao longo das atividades realizadas será oportunizada a participação em
jogos escolares e circuitos escolares de tênis de mesa que estão de acordo
com os objetivos da atividade, tendo sempre como premissa o respeito, os
364
limites, a conscientização e valorização de si próprio e do seu semelhante.
AVALIAÇÃO
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos
poderão revisar o processo desenvolvido para identificar lacunas no processo
de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem à superação das dificuldades constatadas.
A avaliação ocorrerá por meio da participação, na observação e durante
as competições internas e externas que ocorrerão durante o desenvolver das
atividades.
Espera-se que o aluno:
adquira o gosto pela prática do tênis de mesa bem como uma vida mais
saudável;
saiba jogar tênis de mesa respeitando as regras do jogo e as regras
éticas do mesmo;
desenvolva o hábito de tênis de mesa como forma de exercitar o
intelecto;
se torne um cidadão de bem, sociável e que saiba enfrentar as
dificuldades em sua vida dentro e fora da escola;
tenha uma melhora na sua auto-estima e aprendizagem.
Tendo em vista os objetivos da atividade o aluno participante deverá
apresentar mudanças positivas em seu comportamento em seu dia-dia em sala
de aula.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n.9394/96. Brasília: MEC, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012.
365
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica: Educação Física. Curitiba, SEED, 2008.
366
24.7 ATIVIDADE – XADREZ
Durante séculos vem se perguntando quais são os valores educacionais
do xadrez no âmbito cognitivo e afetivo, e como esses valores
comportamentais constituídos no jogo podem ser transferidos para outras
áreas, como desenvolvimento psicológico, desenvolvimento psicofísico, e
evidentemente a área mais discutida entre pesquisadores, educadores e
psicólogos, a área educacional.
Um dos jogos mais antigos e populares do mundo, o xadrez pode ser
aproveitado em vários aspectos pedagógicos. A partir dele, é possível estimular
o desenvolvimento de habilidades cognitivas, como: atenção, disciplina,
memória, concentração, raciocínio lógico, inteligência e imaginação.
Este jogo estimula a autoestima, a competição saudável e o trabalho em
equipe, além de proporcionar prazer em seu estudo e prática, socializando um
esporte que, até bem pouco tempo, era exclusividade de alguns grupos.
Tem-se observado que nos últimos vestibulares os alunos tem tido
sucesso e analisando melhor, percebemos que eles são frutos das gerações
que desenvolveram o xadrez nas aulas de educação física entre outras
atividades extracurriculares. O xadrez iniciou na região a partir do Rocha
Pombo que tem essa tradição há mais de 15 anos.
OBJETIVOS
A intenção desta atividade é a de desenvolver habilidades, tais como a
memorização e o raciocínio lógico-dedutivo, com a finalidade de motivar
e despertar o interesse dos alunos. Com o interesse no aprendizado do
jogo haverá mais uma alternativa pedagógica e atraente para tirar os
adolescentes das ruas e evitar que fiquem vulneráveis à violência e
problemas relacionados com drogas.
Proporcionar aos alunos com dificuldades intelectuais, de aprendizagem,
de socialização e os inclusos a praticarem atividades físicas desportivas
367
e de lazer visando os mesmos a terem mais oportunidades nas
atividades escolares e sua socialização;
Estimular o desenvolvimento de habilidades cognitivas tais como:
atenção, memória, raciocínio lógico, inteligência, imaginação;
capacidades fundamentais no desenvolvimento futuro do indivíduo.
Mostrar que a atividades em geral possuem regras e condutas capazes
de eliminar qualquer tipo de exclusão;
Estimular a auto-estima, a competição saudável e o trabalho em equipe;
Proporcionar o prazer e o lazer em seu estudo e prática;
Por ser um jogo de regras, dita uma pauta ética em um momento
propício para a aquisição de valores morais;
Devido às suas múltiplas virtudes, contribui para a formação de
melhores cidadãos;
Desenvolver no estudante uma atitude favorável em relação ao xadrez
que permita apreciá-lo como elemento gerador de cultura;
Permitir ao aluno estabelecer vínculos entre os conhecimentos e
experiências enxadrísticas e a vida cotidiana, individual e social;
Contribuir para a elevação da auto-estima;
Favorecer o desenvolvimento da linguagem enxadrística e sua
habilidade de argumentação;
Resgatar, para seu uso pedagógico, o aspecto lúdico desta disciplina;
Tomar em conta de maneira equilibrada as diferenças individuais.
O trabalho tem o objetivo de desenvolver uma melhor qualidade de vida
para alunos que jogam xadrez da Escola.
...O Jogo de xadrez nas escolas é um projeto que tem a colaboração das federações de xadrez e vai certamente ajudar as escolas a se tornarem mais atraentes e motivarem mais a atuação dos alunos. Como um tabuleiro e um jogo de peças têm custo reduzido e muita durabilidade, lembramos que embora o xadrez possua quatorze séculos, muito está para ser feito no campo do procedimento de ensino-aprendizagem , através dessa nova alternativa educacional, que se caracteriza como excelente meio de recreação e de formação do caráter dos jovens... (Referencial:MEC) Amelia Hamze Profª FEB/CETEC e FISO-Colunista Brasil Escola
368
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Baseado nas necessidades de buscarmos formas alternativas de
ensino, que sejam capazes de mostrar aos alunos que algumas habilidades
são necessárias para acontecer no processo ensino-aprendizagem, colocamos
à disposição do aluno o xadrez, como um instrumento útil para contribuir no
desenvolvimento de suas tarefas diárias e de suas potencialidades.
As atividades de xadrez serão realizadas em sala de aula e no
laboratório de informática da escola. Oportunizando a participação em jogos
escolares e circuitos escolares de xadrez que estão de acordo com os objetivos
da atividade.
O trabalho consistirá em aulas práticas intercaladas com o estudo teórico
(histórico do xadrez, regras e técnicas) realizado no laboratório de informática, tendo
como referência textos, apostilas, tabuleiro e peças de xadrez, livros referentes ao
assunto, computadores e internet.
AVALIAÇÃO
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos
poderão revisar o processo desenvolvido para identificar lacunas no processo
de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem à superação das dificuldades constatadas.
A avaliação ocorrerá por meio da participação, na observação e durante
as competições internas e externas que ocorrerão durante o desenvolver das
atividades.
Espera-se que o aluno:
adquira o gosto pela prática do xadrez bem como uma vida mais
saudável;
saiba jogar xadrez respeitando as regras do jogo e as regras éticas do
mesmo;
369
desenvolva o hábito de jogar xadrez como forma de exercitar o intelecto;
se torne um cidadão de bem, sociável e que saiba enfrentar as
dificuldades em sua vida dentro e fora da escola;
tenha uma melhora na sua auto-estima e aprendizagem.
Tendo em vista os objetivos da atividade o aluno participante deverá
apresentar mudanças positivas em seu comportamento em seu dia-dia em sala
de aula.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n.9394/96. Brasília: MEC, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica: Educação Física. Curitiba, SEED, 2008. Manual de Xadrez- Idel Becker: Livraria Nobel SA - São Paulo – SP. Xadrez - Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. http://www.artigonal.com/saude-artigos/os-beneficios-do-jogo-de-xadrez-para-a-saude-1480172.html
370
25. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL - TIPO I
APRESENTAÇÃO
A Educação Especial integrada aos sistemas educacionais, modalidade
de educação que compartilha os mesmos pressupostos teóricos e
metodológicos presentes nas diferentes disciplinas dos demais níveis e
modalidades de ensino. A prática da flexibilização curricular que se concretiza
na análise da adequação de objetivos propostos, na adoção de metodologias
alternativas de ensino, no uso de recursos humanos, técnicas e materiais
específicos, no redimensionamento do tempo e espaço escolar, para que esses
alunos exerçam o direito de aprender em igualdade de oportunidades e
condições.
Em qualquer problema de aprendizagem que requer atendimento
educacional especializado, é fundamental que se tenha em mente que se trata
de um sujeito social, historicamente situado, com interesses e necessidades
relativas à sua faixa etária e que tem direitos e deveres, entre os quais o
acesso à educação escolar.
A Sala de Recursos oferece apoio pedagógico especializado que
complementa e/ou suplementa a escolarização formal dos alunos, em interface
com a saúde, trabalho, assistência social e outras áreas de política de base e
serviços especiais de natureza clínico terapêutica. Constitui-se em um conjunto
de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivos,
motor, sócio-afetivo e emocional, necessários para apropriação e produção de
conhecimentos.
Frequentam a Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I - alunos do
Ensino Fundamental - Séries Finais, do 6º ao 9º ano e também do Ensino
Médio que apresentam Deficiência Intelectual, Deficiência Física Neuromotora,
Transtornos Globais do Desenvolvimento e Transtornos Funcionais
Específicos, ocasionando prejuízo no desenvolvimento biopsicossocial, em
grau que requeiram apoio e atendimento especializado.
Os alunos são submetidos à avaliação psicoeducacional, realizada no
contexto escolar e registrada em relatório próprio, contendo direcionamento
371
pedagógico e indicação dos procedimentos adequados às necessidades
educacionais levantadas.
OBJETIVOS
Apoiar o ensino regular com vistas a complementar a escolarização dos
alunos com deficiência intelectual, deficiência física neuromotora,
transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais
específicos;
Identificar os conhecimentos que o aluno possui sobre o conteúdo como
ponto de partida do processo de ensinar, base para a ampliação e
aquisição de novos conhecimentos;
Aprimorar e estimular as áreas do desenvolvimento (cognição,
socioafetivo-emocional e motora) e do conhecimento (linguagem oral,
escrita e cálculos matemáticos);
Aperfeiçoar os processos de linguagem, leitura, escrita e matemática;
Desenvolver ações para possibilitar o acesso curricular, as adaptações
curriculares, as avaliações diferenciadas e a organização de estratégias
pedagógicas diferenciadas;
Desenvolver a autonomia, independência e valorização do aluno;
Minimizar as dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno.
Favorecer o progresso acadêmico, social e pessoal dos alunos;
Desenvolver habilidades de comunicação interpessoal;
Compreender, por meio de leitura, os problemas matemáticos.
METODOLOGIA
O trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos Multifuncional – Tipo
I deverá partir dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem
específicos de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos, contribuindo
372
para a aprendizagem dos conteúdos na classe comum, principalmente nas
áreas de Língua Portuguesa e Matemática, defasados nas séries iniciais do
Ensino Fundamental
A metodologia da Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I é planejar
atividades que desenvolvam nos alunos a capacidade de generalizar ou
transferir uma aprendizagem a novas situações. Fazendo intervenções de
natureza educativa para favorecer a utilização mais eficiente das estratégias
metacognitivas apresentadas pelos alunos, por exemplo, comparar ou fazer
seleção de estratégias cognitivas pertinentes para resolver um determinado
problema através de: leituras; escrita; situações vivenciais; organização da
linguagem; interpretações; elaboração de esquemas; mapas conceituais; textos
explorando valores; e reflexões e intervenções no controle emocional, na
motivação e nas relações de convivência.
Os conteúdos e atividades desenvolvidos são de acordo com cada
especificidade do discente, sendo utilizados jogos educativos, recursos visuais,
auditivos, tecnológicos, estratégias diferenciadas visando a participação plena
e efetiva em igualdade de condições com as demais pessoas na perspectiva
inclusiva.
AVALIAÇÃO
A avaliação na Sala de Recursos Multifuncional - Tipo I na Educação
Básica objetiva acompanhar o desenvolvimento do aluno e traçar novas
possibilidades de intervenção pedagógica, as quais devem ser registradas em
relatório pedagógico semestral, elaborado a partir do parecer dos professores
das disciplinas no Conselho de Classe e do professor especializado. Assim
sendo terá uma dimensão:
Diagnóstica: necessária para saber quem é esse aluno, o que ele sabe,
suas necessidades, hábitos e preferências, para adotar estratégias e
intervenções pedagógicas adequadas aos problemas detectados, grau de
dificuldade e avanços nas diversas áreas do saber.
373
Formativa: acontece continuamente durante o processo, auxiliando o
processo ensino e aprendizagem, possibilitando ao professor acompanhar a
construção do conhecimento do aluno, intervindo de imediato no processo
pedagógico, orientando a reelaboração do planejamento e do plano de
atendimento educacional especializado.
Somativa: é a soma dos resultados acumulados ao longo do semestre,
permitindo a ampliação das possibilidades de aprendizagem, a análise e a
identificação das conquistas e dificuldades do aluno, dos professores e da
equipe pedagógica.
Emancipatória: enfoque qualitativo, provocando a crítica, a seleção de
conteúdos significativos e a mudança de metodologias na aplicação dos
conteúdos, promovendo o desenvolvimento total do aluno, a habilidade de
relacionamento pessoal e a reconstrução de seu conhecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Instrução nº 013/08. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Instrução nº16/11.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. DCE´S - Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos - 2008.
374
26. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL - TIPO II / ÁREA VISUAL
APRESENTAÇÃO GERAL
O Centro de Atendimento Especializado ao aluno cego e com deficiência
visual visa desenvolver atividades de vida diária e apoio a escolaridade.
O desenvolvimento humano é em parte definido pelos processos da
maturação do organismo, porém é a aprendizagem que possibilita o
desabrochar de processos internos por meio do contato do homem com seu
meio. No desenvolvimento do ser humano a aprendizagem ocupa o papel,
especialmente com relação às funções que desenvolvem as principais práticas
escolares.
Observa-se a necessidade de estimulação permanente, dentro das
possibilidades da faixa etária, a fim de que alcance progresso em todas suas
potencialidades. Assim, crianças cegas e/ou baixa visão podem apresentar
ainda atraso no desenvolvimento global. Isto se deve em grande parte a
dificuldade de interação apreensão, exploração e domínio do meio físico.
Este fato ressalta a necessidade de se promover estímulos
complementares a exposições de conteúdos que se pretenda transmitir ao
aluno, através da multiplicação de vivências perceptivas em torno de uma
mesma noção. Para a pessoa que perdeu a visão mais tarde em sua vida de
alfabetizados por tipos impressos, por exemplo, a bagagem de informações
visuais deve constituir elemento facilitador para a continuidade do processo
educacional.
Cientificamente a visão é considerada o mais importante canal de
relacionamento do indivíduo com o mundo, visto que 85% das informações são
recebidas por intermédio deste órgão sensorial.
OBJETIVOS GERAIS
Preservar e melhorar o campo, acuidade visual através das atividades
375
de cada função: óptica, ópticas e perceptivas, visão perceptivas.
Subsidiar a pessoa com deficiência visual, cega ou de baixa visão, para
buscar seus próprios interesses e possibilidades, a fim de promover o
desenvolvimento de suas habilidades alcançando autonomia e
independência nas atividades do cotidiano.
Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar,
fazendo a interação com alunos, professores e também com a
comunidade.
Dar continuidade para os profissionais da educação escolar, que possam
desenvolver diferentes atividades pedagógicas no estabelecimento de
ensino no qual estão vinculados, além do turno escola.
Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações, como
procedimentos de pesquisa, organização de informações coletadas,
como proceder em trabalhos manuais.
Despertar no aluno curiosidade e gosto pela leitura do sistema Braille a
fim de que possa interagir com o mundo.
Usar o Soroban como instrumento de cálculo com destreza e
compreensão em todas as operações matemáticas que necessitam de
apoio para o cálculo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Adquirir a consciência dos objetos no campo visual, para que a
informação visual possa ser recebida.
Desenvolver e fortalecer o controle voluntário dos movimentos dos
olhos.
Desenvolver a atenção visual para os estímulos ambientais.
Desenvolver a discriminação de cor e tamanho, em objetos concretos.
Adquirir a habilidade de seleção visual e corporal em direção ao objeto.
Estabelecer a coordenação olho-mão e adquirir a capacidade de
manipulativa de objetos através da observação e imitação.
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CONTEÚDOS
A) discriminação de: claro, escuro, cor intensa e contornos, formas
grosseiras, linhas e ângulos, formas cores e tamanhos em objetos concretos,
figuras de objetos e pessoas.
B) reconhecimento e identificação de: rostos, pessoas, cores, formas,
figuras de objetos, detalhes em objetos concretos, semelhanças e diferenças,
figuras abstratas e representações simbólicas.
C) memória visual para: objetos concretos, cores, figuras de pessoas e
objetos em geral, detalhes internos, figuras e símbolos abstratos.
D) coordenação viso motora: imitação de posição do movimento e de
ação corporal.
E) cópia e reprodução de linhas, formas, símbolos, etc.
F) resposta à luz consciência visual, focalização, fixação, seguimentos
horizontal, vertical e circular, acomodação visual.
G) diferenciação entre figura/fundo, sem oclusão, relacionando
todo/parte e parte/todo.
H) A.V.D. – Atividade de Vida Diária – Habilitando o aluno cego ou com
deficiência visual a desenvolver, de forma independente, seu auto-cuidado e
demais tarefas no ambiente doméstico, promovendo seu bem estar social, no
colégio e na comunidade.
I) Proporcionar ao aluno cego o reconhecimento dos diversos tipos de
classificados: compra e venda, perda, aluguel...
J) Reconhecimento das partes do Soroban, eixo, régua de numeração,
contas e pontos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O trabalho com o aluno cego e deficiência visual é feito de maneira
individual, de acordo com as necessidades de cada um. Deste modo,
determinados assuntos não precisam ser trabalhados com alguns alunos caso
377
esses já o dominem. Apenas o reforço escolar é trabalhado com todos, no
sentido de transcrever as atividades a serem desenvolvidas aos professores
para serem avaliadas.
Aos alunos com baixa visão todo material terá caracteres ampliados.
A metodologia de ensino é uma alternativa pedagógica para o ensino do
movimento que concretiza a possibilidade de aprender sem a cópia do mesmo.
Esta abordagem é realizada através do raciocínio lógico.
AVALIAÇÃO
Verifica-se que nos instrumentos e propostas examinadas o conhecer
esperado na educação do aluno cego e com deficiência visual tem como
pressuposto o ver e que por tanto não se leva em conta as diferenças de
percepção do deficiente visual.
São avaliados os seguintes pontos:
comportamento
concentração e atenção
participação
manipulação e exploração de material usado na sala de aula
expressão oral
relacionamento colegas/professor
frequência
uso correto da escova de dente
manipulação, exploração e conhecimento de objetos, como: caixa
de fósforos, caixa de bombom, embalagem de salgadinho, etc.
manuseio de livros, revistas e jornais
jogos de encaixe usando figuras geométricas.
A avaliação será durante o processo, conforme previsto e do Regimento
Escolar e no Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rocha Pombo -
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EFMN, sendo que a presença e a participação do aluno durante as aulas é
dever do mesmo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAP - Centro De Apoio Pedagógico, Planejamento Geral, Área Deficiência Visual de Francisco Beltrão. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. Centro Nacional De Educação Especial. Reformulação de Currículos Para Educação Especial, Proposta Curricular Para Deficiência Visual. Brasília. 1979. SEED - Departamento De Educação Especial, Proposta De Atendimento na Área Visual, Curitiba. 2004.