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COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Terra Rica 2013
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO …....................................................................................... 3
2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO................................................... 5
3 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS................................... 11
4 MARCO SITUACIONAL ….............................................................................. 19
5 MARCO CONCEITUAL …............................................................................... 44
6 MARCO OPERACIONAL …............................................................................ 70
7 REGIME DE FUNCIONAMENTO..................................................................... 97
8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ................................................... 100
9 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO …............................ 100
REFERÊNCIAS.…............................................................................................... 101
ANEXO................................................................................................................ 103
3
APRESENTAÇÃO
Ao consagrar como princípios fundamentais a LIBERDADE, a AUTONOMIA, a
FLEXIBILIDADE e a DEMOCRACIA, a LDBEN, n.º 9394/96, em seu art. 12, inciso I,
faz valer esses princípios quando propõe às escolas a elaboração do Projeto Político
Pedagógico, cujos objetivos são: dar à escola identidade própria considerando a
realidade sócio econômica e cultural da comunidade local; delegar autonomia a
todos os que estão envolvidos na tarefa educativa, constituindo a escola como um
todo, para participarem com comprometimento, propondo e realizando ações que
juntas venham a constituir-se em um PROJETO que seja relevante à comunidade e
à sociedade.
Segundo estudos realizados na área, constatou-se que o Projeto Político
Pedagógico construído coletivamente possibilita a articulação de todos os
integrantes da comunidade escolar em torno de objetivos comuns, a partir da
realidade da escola, influenciando na aprendizagem de professores e alunos.
Em cumprimento à determinação da LDB e às orientações recebidas pela
Secretaria de Estado da Educação, o Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola –
EFM mobiliza todos os elementos envolvidos direta ou indiretamente com o trabalho
educativo, na elaboração do Projeto Pedagógico que doravante norteará todas as
ações realizadas que constituem o trabalho escolar.
Na fase inicial, de diagnóstico, participaram todos os segmentos: pais,
comunidade, alunos, funcionários e professores, através de questionários,
entrevistas, sugestões, críticas, enfim, contribuindo para que os dados levantados
permitissem a todos terem uma visão realista do cotidiano da escola, dos problemas
de relacionamentos, das necessidades, das falhas técnicas e humanas.
A fase de elaboração foi marcada por momentos angustiantes, de discussões
às vezes proveitosas, outras vezes infrutíferas.
Considerando que o novo sempre traz a dúvida e a insegurança, somado ao
fato de se estar avaliando, ao mesmo tempo, todas as ações praticadas na escola, o
que gerou certo desconforto, porque nem todos têm a consciência de que a
finalidade da avaliação do trabalho escolar não é policiar e sim, partindo de um
4
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
resultado insatisfatório, constatar que temos potencial e competência para
elevarmos o nível de desempenho e a qualidade do nosso trabalho.
Como são muitas visões, e vários níveis de entendimento da presente
situação, aconteceu um pouco de tudo: vivemos momentos de discussões
acaloradas, pessimismo, desmotivação de alguns para as mudanças, indiferença,
mas em contrapartida percebe-se também vontade de mudar, e esperança.
Observa-se o comprometimento de muitos que se dão conta de que a parte que nos
cabe, enquanto educador é de nossa responsabilidade e podemos fazê-la bem,
apesar de eventuais circunstâncias adversas.
O resultado final aponta ações que a nossa escola pretende alcançar nas
modalidades da qual desenvolve seu trabalho, anos finais do Ensino Fundamental e
Educação de Jovens e Adultos -Ensino fundamental fase II e Ensino Médio.
Esperamos que o presente documento seja realmente um catalisador, que
possa nos inspirar e nos ajudar, uma vez que nos chama para uma melhor
organização do trabalho que realizamos, do qual somos responsáveis perante a
nossa comunidade.
São as necessidades e expectativas da nossa comunidade e da sociedade
que precisamos atender, oferecendo o melhor daquilo que a ESCOLA pode e deve
realizar, que contribui de modo relevante para a formação de cidadãos.
5
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
1 – Denominação da instituição
Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola- Ensino Fundamental e Médio
2 – Endereço completo
Rua 21 de Abril, 548.
3 – Bairro/Distrito
Centro
4 – Município
Terra Rica
5 – NRE
Paranavaí
6 – CEP
87890000
7 –Caixa Postal
-x-
8 – DDD
44
9 – Telefone
3441 1250
10 – Fax
3441 1250
11 – E-mail
12 – Site
www.trasantoinacio.seed.pr.gov.br
13 – Entidade mantenedora
SEED – Secretaria de Estado do Paraná
14 – CNPJ/MF
76.416.965/0001-21
2 CARACTERIZAÇÃO GERAL
O ato oficial que autorizou o funcionamento do Estabelecimento foi a
Resolução 2858/81 publicado no Diário Oficial do Estado em 30/12/81. O
reconhecimento deu-se através da Resolução 2635/82 publicada no Diário Oficial do
Estado em 11/11/82. Em 1995 a Resolução n.º 3269/95 autoriza o funcionamento da
Habilitação Técnico em Processamento de Dados e o mesmo tem seu
reconhecimento pela Resolução 3984/98, publicado em 22/11/98 no Diário Oficial do
Estado. A Resolução n.º 3094/99 e Parecer 1930/99 cessa a partir de 1999, de forma
gradativa a Habilitação Técnico em Processamento de Dados. No ano de 2003, a
Resolução e Parecer 951/03, autorizaram o funcionamento da EJA-EM por dois
anos. Em 2004, o Parecer 458/2004, prorrogou a autorização de funcionamento da
Educação de Jovens e Adultos (EJA-EM) até 31/12/05. A Resolução nº 3955/07 e
Parecer 1458/07 cessa de forma gradativa a partir do 1° semestre de 2006,
6
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
motivada pela nova proposta pedagógica para a EJA no Estado do Paraná. A
Resolução nº 4466/07 e o Parecer 620/07 autorizam o funcionamento e reconhecem
a EJA- Ensino Fundamental- Fase II e Ensino Médio presencial, por dois anos, a
partir do início do ano letivo de 2006, e pelo Parecer 90/08 foi excepcionalmente
prorrogado o prazo para o ano de 2008. Pela Resolução 908/10 e Parecer 126/10 foi
aprovada Renovação de Reconhecimento do Ensino Fundamental Fase II e Ensino
Médio presencial na modalidade EJA com prazo de 04 (quatro) anos a partir de
2009.
2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA
No ano de. 1954 o município de Terra Rica emancipou-se politicamente, e
somente após cinco anos iniciou-se a oferta do ensino de 1º ao 4º ano pertence a
rede municipal.
Muitos jovens e adolescentes, concluintes do 4º ano, sonhavam em
prosseguir seus estudos com o então curso “ginasial”. Algumas famílias de posse
encaminhavam os filhos para outras cidades a fim de obterem a escolarização
inexistente no município. A necessidade premente de se criar uma escola que
ofertasse essas séries, mobilizou as lideranças políticas e educacionais que
buscavam junto ao governo do Estado do Paraná, autorização para seu
funcionamento e, aos quatro dias do mês de março de 1960, inicia-se o
funcionamento da Escola Normal Regional Santo Inácio de Loyola – EF, tendo como
primeiro diretor o Sr. Rui Gimenes.
O nome da Escola é uma homenagem ao líder religioso da Igreja Católica,
fundador da Sociedade de Jesus, ordem religiosa chamada de Jesuítas.
Inácio de Loyola nasceu de família aristocrata basca na Espanha. Seu nome
de nascimento era Iñigo de Loyola. Foi soldado do exército do Duque de Nájera. Em
1521, durante a batalha contra os franceses, Inácio sofreu graves ferimentos e no
período de convalescença leu livros sobre Jesus que o convenceu a abandonar a
vida de ambição e prazeres e passou a dedicar-se à vida espiritual. Inácio foi
7
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ordenado padre em 1537 e em 1540 o papa Paulo III aprovou a Sociedade de Jesus
do qual Inácio foi o primeiro superior geral. Inácio se considerava um escolhido por
Deus por ter participado do movimento de Contra-Reforma, promover a Educação
Religiosa em escolas e faculdades e pregar o Evangelho na Ásia e no Novo Mundo.
Inácio foi canonizado em 1622 e sua festa é celebrada em 31 de julho.
Desde a sua fundação a escola passou por algumas mudanças em sua
nomenclatura e também seus dirigentes:
1960 a 1963 – Escola Normal Regional Santo Inácio de Loyola, criada em
17.02.60 pela Ata/01.
1964 a 1967 – Escola Normal Grau Ginasial Santo Inácio de Loyola. A
partir de 1962 até 1966, teve como diretora a Sra. Celina Terezinha
Machado Lage.
1968 a 1981 – Ginásio Estadual Santo Inácio de Loyola – Decreto 8.117.
Durante esse período teve os seguintes diretores: Everaldo Alves
Capucho; Cleyde Sabino; Celina Terezinha Machado Lage; Dirce Cereja
dos Santos; Maria de Lourdes Alonso Botura e João Martins Dias.
1981 – Ginásio Estadual Santo Inácio de Loyola, autorizado a funcionar
através da Resolução 2858/81 – de 30.11.81 – D.O.E: de 30.12.81,
resultante da reorganização.
1982 – Escola Santo Inácio de Loyola – Ensino de 1º Grau,
reconhecimento do Ensino de 1º Grau pela Resolução 2635/82 de
07.10.82 – D.O.E: de 11.11.82 e da Escola. Neste ano assumiu a direção
o Sr. Valdomir Basso Borba até 31/07/83, quando passou a ser a Sra.
Marlene Malaman de Souza. Neste ano também passou a denominar-se
Escola Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino de 1º Grau.
1985 – Autorização do o funcionamento das 04 (quatro) séries iniciais do
1º Grau, através da Resolução 1020/85 de 11.03.85 D.O.E: de 18.03.85.
No ano seguinte, 1986, assumiu novamente a direção da escola o Sr.
Valdomir Basso Borba, ficando até o ano de 1988, quando passou a
direção à Sra. Maria José Lopes Machado, ficando por dois anos. De
1990 a 1991, assumiu a Sra. Maria Izabel Braga Alonso.
1992 – Ficaram suspensas, em caráter definitivo, as atividades escolares
8
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
relativas ao ensino das 04 (quatro) primeiras séries do 1º grau da Escola
Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino de 1º grau, através da
Resolução 3.221/92. Neste ano também assumiu a direção mais uma vez
o Sr. Valdomir Basso Borba.
1995 – Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino de 1º e 2º Grau.
Autorização do funcionamento do Ensino de 2º Grau Regular, habilitação
Técnico em Processamento de Dados, através da Resolução 3269/95 de
16.08.95. No ano de 1996, tornou-se diretora do referido colégio a
professora Sra. Geni Bonfim de Oliveira.
Pela Resolução n.º 3120/98 de 31.08.98 – D.O.E. de 11.07.98 e
Deliberação 003/98, o Estabelecimento de Ensino passou a denominar-se
Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental e Médio.
A Resolução n.º 3984/98 de 23.11.98 – D.O.E. de 22.12.98 e Parecer n.º
389/98, reconhece em caráter excepcional, exclusivamente para fins de
cessação gradativa a Habilitação Técnico em Processamento de Dados
do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola.
Pela Resolução n.º 3094/99 e Parecer 1930/99, cessação das atividades
Escolares da Habilitação Técnico em Processamento de Dados a partir de
1999, de forma gradativa.
2001 a 2002 – Passou a denominar-se Escola Estadual Santo Inácio de
Loyola-EF. A partir desta data, assumiu a direção a Sra. Silvia Zaros
Lessa Chaves.
2002 – Renovação do reconhecimento do ensino Fundamental (5ª a 8ª
séries) da Escola Estadual Santo Inácio de Loyola - EF, por 5 (cinco anos)
a contar de 06/11/2002.
2003 – Autorização do funcionamento da EJA-EM pela Resolução
3323/03 e Parecer 951/03 e o estabelecimento passou a denominar-se
Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola - EFM. Neste ano também
ocorreu à primeira eleição direta para a escolha de diretores, participaram
deste processo professores, funcionários e pais de alunos; sendo eleita
por mais três anos a professora Silvia Zaros Lessa Chaves.
2004 – Prorrogação da autorização de funcionamento da EJA-EM até
9
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
31/12/05, através do Parecer 458/04.
2006-2008 – Foi eleita também por voto direto, a Sra. Maria Helena
Rodrigues Sentinello.
2006 – Autorização do Funcionamento da Sala de Recursos (5ª/8ª), área
de Deficiência Mental e Distúrbios de Aprendizagem, 20 horas semanais,
através da Resolução 1793/06 do Parecer nº 1041/06.
2006 – Ampliação a Sala de Recursos (5ª/8ª), área de Deficiência Mental
e Distúrbios de Aprendizagem, para 40 horas semanais, através da
Resolução 1793/06 e Parecer nº 3041/06
2007 – Cessação definitiva da EJA – Presencial de forma gradativa,
através da Resolução 3955/07 e Parecer nº 1458/07.
2007 – Autorização do funcionamento do Ensino Fundamental – Fase II e
Ensino Médio Presencial, na modalidade Educação de Jovens e Adultos
de forma simultânea com validade de dois anos, através da Resolução
4466/07 e Parecer nº 620/07.
2007 – Regulamentação da criação do Grêmio Estudantil do Colégio
Estadual Santo Inácio de Loyola – EFM, em 22/10/2007, através da ata nº
03/2007 do livro de Atas do Grêmio.
2007 – Instituição através do Convênio nº 217/07-ME/PRES o Programa
Segundo Tempo.
2008 – Regulamentação da oferta do CELEM – Curso Básico de Língua
Espanhola a partir de 02/02/2009 conforme o protocolo nº 7.175.317-4.
2008 – Aprovação do Adendo Regimental de Alteração nº 01 (Avaliação
Trimestral) do CESIL.
2008 – Instituição através da Resolução 3683/2008, em caráter
permanente, do Programa Viva a Escola na Educação Básica na Rede
Estadual de Ensino; com o funcionamento no CESIL em fevereiro de 2009
ofertando as atividades de Teatro, Esporte, Dança, Mídias e Atividades
Literárias.
2009-2011 – Foi reeleita, por mais três anos, a Sra. Maria Helena
Rodrigues Sentinello.
2009 – Aprovação do Adendo Regimental de Acréscimo nº 02 do CESIL
10
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
(referente as alterações e adequações na Proposta Pedagógico Curricular
de Educação de Jovens e Adultos – Presencial).
2009 – Aprovação do Adendo Regimental de Acréscimo n° 3 (Regimenta o
Estágio não obrigatório no Ensino Médio).
2010 – Aprovação do Adendo Regimental de Acréscimo e Alteração n° 4
(inclusão do Conselho de Avaliação da Educação de Jovens e Adultos,
assim como o direito de acesso e permanência do aluno no
estabelecimento de ensino).
2010 – Aprovação do Adendo Regimental de Acréscimo e Alteração n° 5
(implantação do ensino da Língua Espanhola).
2010 – Parecer 195/2010 quanto a Normatização de Uso dos
Laboratórios de Informática dos Estabelecimentos Estaduais de Ensino.
2011 – Aprovação do Adendo Regimental de Acréscimo e Alteração n° 6
(carga horária do Ensino Fundamental EJA – Fase II e Ensino Médio).
A partir de 2012 – Implantação simultânea do Ensino Fundamental de 9
anos (anos finais) através do Parecer nº 407/11 CEE.
11
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
3 NIVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS
( X ) Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano ( X ) EJA – Fase II ( X ) EJA – Ensino Médio
3.1 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Turno Horário
Matutino 07h20min h às 11h50min h
Vespertino 12h50min h às 17h10min h
Noturno 19h00min h às 23h00min h
3.2 QUANTITATIVOS DE ALUNOS
3.2.1 Ensino Fundamental
O número de alunos por sala de aula segue as instruções enviadas pela
Secretaria de Estado da Educação, portanto, o trabalho pedagógico deve atingir
excelentes resultados conforme as expectativas dos educadores. Porém, têm-se
observado nos alunos a falta de interesse, dedicação e compromisso no processo
ensino/aprendizagem, causando não somente interferências no grupo de alunos que
são dedicados aos estudos, assim como no trabalho dos docentes quanto ao
atendimento individualizado, principalmente por entender que os educandos
apresentam ritmos e tempos diferenciados de aprendizagem o que requer mais
atenção do educador e do aluno.
12
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
No ano de 2012, o colégio possuía o seguinte número de matrículas:
NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS
Ano Manhã Tarde
6° 61 72
7° 136 98
8° 94 81
9° 100 77
TOTAL 391 328
TOTAL DO CURSO 719
Fonte: Secretaria Escolar - fevereiro, 2012.
Em 2013 apresenta o seguinte número de matrículas:
NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS
Ano Manhã Tarde
6° 124 67
7° 61 60
8° 131 84
9° 94 62
TOTAL 410 273
TOTAL DO CURSO 683
Fonte: Secretaria Escolar - junho, 2013.
O número de matrículas pode ser alterado constantemente visto que o aluno pode
ser transferido de uma escola para outra em diversas localidades. Comparando-se os dois
últimos anos, observa-se que o número de matrículas para o período da manhã aumentou e
o período da tarde houve redução. Esta é uma característica da comunidade local, pois
muitos alunos preferem estudar no período da manhã, embora o colégio não possuir todas
as vagas para o mesmo. Além disso, houve uma pequena diminuição de matrículas de um
ano para outro.
13
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
3.3 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS FASE II E ENSINO MÉDIO
É muito importante se considerar e valorizar o perfil do educando jovem,
adulto e idoso que não obteve escolarização ou não deu continuidade aos seus
estudos por fatores muitas vezes alheios à sua vontade, porém têm a necessidade
da escolarização formal. A dinâmica nesta modalidade de ensino deve possibilitar a
flexibilização de horários e a organização do tempo escolar destes educandos,
viabilizando a conclusão de seus estudos. É uma necessidade considerar a
bagagem de conhecimentos que esses educandos possuem: experiências de vida
devem ser consideradas na elaboração do currículo escolar, com características
próprias, portanto, distintas do ensino regular.
Nessa perspectiva o atendimento à escolarização de Jovens e Adultos não se
refere exclusivamente a uma característica etária, mas à articulação desta
modalidade com a diversidade sociocultural de seu público, considerando o perfil
diferenciado dos educandos da EJA e suas necessidades, assim como as
características próprias desta modalidade de ensino, garantindo o retorno e a
permanência destes educandos à escolarização formal. Este atendimento
diferenciado se concretiza também nas APEDS (Ações Pedagógicas
Descentralizadas). Ressalta-se que o número de matrículas da EJA é variável, pois a
rotatividade de alunos é sempre presente.
Em 2013 apresenta o seguinte número de matrículas:
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – NOTURNO
ALUNOS MATRICULADOS
ENSINO FUNDAMENTAL - FASE II 233
ENSINO MÉDIO 102
TOTAL 335
Fonte: Secretaria Escolar, junho, 2013.
14
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
3.3.1 Número de turmas das APEDS
AÇÕES DESCENTRALIZADAS – APEDS
Nº de turmas
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Escola Municipal Machado de Assis 02 01
Escola Estadual Monteiro Lobato 01 01
Fonte: Secretaria Escolar, junho, 2013.
3.4 ATIVIDADES COMPLEMENTARES EM CONTRATURNO
SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM
DISCIPLINA SÉRIE DIAS DA SEMANA
HORÁRIO Nº DE
ALUNOS
Matemática 6° e 7º ano Terça-feira e Quinta-feira
08h20min às 09h55min
20
Língua Portuguesa
6° e 7º ano Segunda-feira e Sexta-feira
08h20min às 09h55min
20
Matemática 6° e 7º ano Quarta-feira e
Sexta-feira 13h40min às
15h15min 20
Língua portuguesa
6° e 7º ano
Segunda-feira
Sexta-feira
13h40min às15h15min
15h30min às
17h10min
20
Fonte: Secretaria Escolar, junho, 2013.
ALUNOS MATRICULADOS NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL – TIPO I NA EDUCAÇÃO BÁSICA
MANHÃ TARDE
10 21
Fonte: Secretaria Escolar, agosto, 2013.
15
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ALUNOS MATRICULADOS NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL – TIPO I NA EDUCAÇÃO BÁSICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
NOITE – SEDE Col. Est. Santo Inácio de Loyola -EFM
NOITE – APED – Esc. Estadual Machado de Assis
11 06
Fonte: Secretaria Escolar, junho, 2013.
3.4.1 Cronogramas de atendimento das salas de recursos multifuncional – tipo
I na educação básica.
SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL - TIPO I NA EDUCAÇÃO BÁSICA CRONOGRAMA DE ATENDIMENTO
MANHÃ HORÁRIO
DAS AULAS
SEGUNDA-FEIRA
TERÇA-FEIRA
QUARTA-FEIRA
QUINTA-FEIRA
SEXTA-FEIRA
1ª aula GRUPO 1 GRUPO 3
DIA SEM VÍNCULO DO PROFESSOR
GRUPO 1 GRUPO 3 e 4
2ª aula GRUPO 1 GRUPO 3 GRUPO 1 GRUPO 3 e 4
3ª aula GRUPO 2 GRUPO 4 GRUPO 2 Hora Atividade
4ª aula GRUPO 2 GRUPO 4 GRUPO 2 Hora Atividade
5ª aula
Trabalho colaborativo
com professores do ensino regular e
família – hora atividade
Hora Atividade
Hora Atividade
Hora Atividade
Fonte: Equipe pedagógica,agosto,2013.
SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL - TIPO I NA EDUCAÇÃO BÁSICA CRONOGRAMA DE ATENDIMENTO
TARDE HORÁRIO
DAS AULAS SEGUNDA-
FEIRA TERÇA-FEIRA
QUARTA -FEIRA
QUINTA-FEIRA
SEXTA-FEIRA
1ª aula Grupo 1 Grupo 3
DIA SEM VÍNCULO DO PROFESSOR
Grupo 1 Grupo 3 e 4
2ª aula Grupo1 Grupo 3 Grupo1 Grupo 3 e 4
3ª aula Grupo 2 e 4 Grupo 4 Grupo 2 e 4 Hora
Atividade
16
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
4ª aula Grupo 2 e 4 Grupo 4 Grupo 2e 4 Hora
Atividade
5ª aula
Trabalho colaborativo
com professores do ensino regular e família –
hora atividade
Hora Atividade
Hora Atividade
Hora Atividade
Fonte: Equipe pedagógica, agosto, 2013.
3.4.2 Cronograma de atendimento da sala de recurso multifuncional EJA - 2013
– sede - noite
SEGUNDA-FEIRA
TERÇA-FEIRA QUARTA-
FEIRA QUINTA-FEIRA
SEXTA-FEIRA
18h10min -19h00min.
Atendimento
individual pequeno grupos
18h10min -19h00min.
Atendimento
individual pequeno grupos
18h10min -19h00min.
Atendimento
individual pequeno grupos
18h10min -19h00min.
Atendimento
individual pequeno grupos
19h00min -22h30min.
Hora/atividad
e
19h00min - 19h50min.
SALA 03 - EF
19h50min - 20h40min
SALA 2
19h00min - 20h40min. SALA 1
19h00min -19h50min. Trabalho colaborativo com professores da EJA e família -Hora/Atividade
19h00min - 21h40min. SALA 1 19h50min - 20h40min. Hora/Atividade
20h55min - 21h40min. SALA 01
20h55min - 21h40min. SALA 3
19h50min - 21h40min.
SALA 3
21h55min - 21h40min
SALA 01
20h55min - 21h40min. SALA 01
Fonte: Equipe pedagógica, agosto, 2013.
17
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
3.4.3 Cronograma de atendimento da sala de recurso multifuncional EJA - 2013
– APED - noite
SEGUNDA-FEIRA
TERÇA-FEIRA QUARTA-
FEIRA QUINTA-FEIRA
SEXTA-FEIRA
18h10min - 19h00min.
Atendimento
individual pequeno grupos
18h10min - 19h00min.
Atendimento
individual pequeno grupos
18h10min - 19h00min.
Atendimento
individual pequeno grupos
18h10min - 19h00min.
Atendimento
individual pequeno grupos
19h00min -22h30min.
Hora/atividade
19h00min – 20h40min.
SALA 01 - EF
19h00min - 20h40min.
SALA 1 - EM
19h00min - 20h40min.
SALA 01 - EF
19h00min - 20h40min. SALA 1 - EM
20h55min - 21h40min.
SALA 01 - EM
20h55min - 21h40min.
SALA 2 - EF
20h55min - 21h40min.
SALA 3
21h40min - 22h30min. Trabalho
colaborativo com
professores da EJA e família -Hora/Atividade
20h55min - 21h40min. SALA 02 - EF
Fonte: Equipe pedagógica, agosto, 2013.
CELEM
ANO DIAS DA SEMANA HORÁRIO N° DE ALUNOS
1º A 2ª e 4ª feira 15:30 às 17:10 31
1° B 3ª e 5ª feira 13:40 às 15:20 24
2º A 2ª e 4ª feira 13:40 às 15:20 27
Total - - 82
Fonte: Secretaria Escolar, agosto, 2013.
18
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
3.4.4 Atividades complementares curriculares em contra turno hora
treinamento e aulas especializadas de treinamento esportivo
HORA TREINAMENTO
Segunda-feira 15h30min às 17h10min 36
Terça-feira 15h30min às 17h10min
Fonte: Secretaria Escolar, agosto, 2013.
AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO
Quinta-feira 14h30min às 16h20min 36
Sexta-feira 14h30min às 16h20min
Fonte: Secretaria Escolar, agosto, 2013.
19
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
4 MARCO SITUACIONAL
A globalização abriu o território nacional para o capital e indústria estrangeira
gerando ofertas de emprego. No entanto essas indústrias pagam baixos salários aos
trabalhadores sendo estes utilizados nos serviços mais simples e com pouco
preparo para a função que exercem. O neoliberalismo pregado pelas potências
estrangeiras e que chegou ao nosso país, busca a retirada progressiva dos direitos
conquistados pelos trabalhadores através de muitas lutas, no decorrer da história.
Esta perda de direitos e o excedente de mão de obra principalmente nos países com
grande população e altos níveis de desemprego fazem com que o trabalhador deixe
de lutar por seus direitos adquiridos, se sujeitando a salários irrisórios, contribuindo
assim na manutenção e no aumento significativo das diferenças sociais.
Já a realidade brasileira enquanto política educacional avançou muito nos
últimos anos apesar da influência da globalização e do neoliberalismo, porém ainda
estamos em atraso se comparados com a realidade educacional de outros países.
Enfrentamos problemas com a permanência do aluno na escola (alguns frequentam
apenas para estar inserido em algum programa social, sem comprometimento algum
com relação à aprendizagem); a ausência de perspectiva para o futuro e outros
agravantes tem contribuído para a baixa qualidade de ensino em alguns pontos do
país. Como somos um país em desenvolvimento torna-se relevante o investimento
maciço na educação para que possamos reverter este quadro e estar em igualdade
com outros países que possuem um ensino avançado e exemplar.
Nessa perspectiva, atualmente estão sendo tomadas medidas que busquem o
resgate da economia, bem como, ações voltadas à população de baixa renda e a
retomada de programas educacionais de enriquecimento curricular e apoio à
aprendizagem.
Muito se tem investido na educação, a exemplo disto temos vivenciado a
construção das Diretrizes Curriculares da Educação Básica da Rede Estadual, de
forma que coletivamente obtivemos a possibilidade de fazer as intervenções
necessárias; já que desde o ano de 2003 estão sendo propiciados encontros,
capacitações e cursos tanto para docentes como para funcionários, a fim de que
20
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
todos possam estar comprometidos com esta reformulação. Tivemos também um
avanço no atendimento aos alunos com defasagens educacionais, deficiência
intelectual e distúrbios de aprendizagem com a implantação da Sala de Apoio à
Aprendizagem para os alunos de quinta séries, e Sala de Recursos para aqueles
que necessitarem.
O princípio de política pública adotada pelo Estado preconiza a educação
como direito de todo cidadão; a valorização do professor e de todos os profissionais
da educação; o trabalho coletivo e a gestão democrática.
O atendimento às diferenças e à diversidade cultural, contará com o apoio da
Equipe Multidisciplinar que subsidiará as ações relacionadas à Educação Étnico
Raciais e o Ensino de História, Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.
Mesmo assim, ainda se tem uma caminhada a percorrer quanto à qualidade
de ensino em relação aos seguintes problemas e necessidades:
a) Desvalorização do docente e descaso da própria sociedade em relação
ao profissional;
b) A descontinuidade dos programas educacionais com as mudanças de
governo;
c) Reflexos da dominação cultural imposta pelas grandes potências
mundiais que incutem no povo brasileiro um sentimento de inferioridade
refletindo consequentemente na prática escolar;
d) Falta de perspectivas para o mundo do trabalho;
e) Sociedade extremamente individualista e seletiva;
f) A omissão das políticas públicas relacionadas à integração das crianças,
jovens e adultos em programas culturais, bem como a valorização da
pessoa humana;
g) Falta de acompanhamento mais rígido por parte do Estado, da União, em
relação à qualidade de ensino oferecido aos alunos do ensino
fundamental (1º ao 9º ano e educação infantil);
h) Rotatividade de professores, relacionada a problemas de saúde e
afastamentos;
i) Falta de funcionários técnicos, com exclusividade para apoio ao professor,
favorecendo a inclusão digital a toda a comunidade escolar;
21
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
j) A redução do número de alunos por turma ;
k) Problemas sociais na questão de trabalho, salário digno, habitação,
saneamento, saúde;
l) Despreparo dos docentes e funcionários quanto às inovações
tecnológicas;
m) A evasão escolar de alunos da Educação de Jovens e Adultos por conta
do desemprego, do trabalho braçal temporário, de problemas de saúde,
psicológicos, perfil docente e outros;
n) Aumento da violência, prostituição, uso de drogas e gravidez na
adolescência, o que pode gerar atitudes indisciplinares;
o) Alguns alunos que após ter sido utilizado a ficha FICA para seu retorno
em sala de aula, não produzem efetivamente, se negam a fazer
atividades e avaliações mesmo com a intervenção dos professores,
equipe pedagógica, direção e seus responsáveis.
Diante disto, pode-se perceber que a realidade local (município e escola)
sofre as consequências de uma política instaurada no Brasil, no mundo e
obviamente no Paraná prevalecendo a sociedade capitalista, fragmentada,
excludente e individualista. Assim sendo, o município, e o colégio, sofre estas
influências já no recebimento de matrículas, pois pode-se constatar que uma grande
parte das famílias dos alunos estão fixadas no município, uma pequena parcela
pertence a famílias que migram em busca de trabalho em outras cidades, estados ou
até mesmo em outros países, em busca de uma melhoria da qualidade de vida.
Algumas das famílias dessa comunidade apresentam condições socioeconômicas
relativamente estabilizadas, sendo constituídas por pequenos e médios proprietários
de terras, comerciantes, bancários, funcionários públicos, e etc., porém a maior parte
das famílias recebem em média de um a três salários mínimos, sendo trabalhadores
rurais e temporários (lavouras de cana-de-açúcar, mandioca, pecuária e laranja),
comerciários, autônomos e em pequenas indústrias do município. Observa-se que a
grande maioria dos trabalhadores possui emprego formal, com carteira assinada.
Geralmente, as mães trabalham fora para ajudar ou manter o orçamento doméstico.
Muitas crianças e adolescestes moram com seus avós, com a dependência
exclusiva da aposentadoria.
22
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Assim, a comunidade local é bem diversificada com relação às condições
sócio econômicas, sua infraestrutura é razoável, proporcionando trabalho, moradia,
saúde, educação e lazer para a população.
No contexto educacional, tem-se uma demanda diversificada com alunos
provenientes de famílias com escolaridade superior, média (Educação Básica
completa ou parcial), outros com baixo nível de escolaridade. Porém, na medida do
possível e com os recursos de que dispomos busca-se proporcionar boas condições
de ensino/aprendizagem a todos os alunos.
A sociedade terra-riquense possui suas raízes históricas nos imigrantes
italianos, japoneses, espanhóis, russos, poloneses, árabes, portugueses, sírio-
libaneses e etc; que muito contribuíram para o desenvolvimento do município, daí a
variedade de traços característicos de etnias diferentes nas famílias da comunidade,
descendentes dos imigrantes, além da presença também de famílias descendentes
de brasiguaios, paraguaios (advindos do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra)
que atualmente tem contribuído na formação da comunidade, com a fixação de suas
terras.
A religiosidade também é marcante. Há uma diversidade de templos
religiosos, onde há espaços para confraternizações, festas, encontros, etc.,
contribuindo para a socialização dessas comunidades, além da prática religiosa.
A cidade apresenta deficiências em opções de lazer: clubes, lanchonetes,
prainhas artificiais, Festa de Rodeio e Campeonato de Vôo Livre no Morro Três
Irmãos, ponto turístico local.
A criação de Programas culturais, esportivos e de lazer é uma necessidade da
comunidade, considerando que as políticas públicas relacionadas a essas questões
atuam de forma precária.
Alguns jovens não conseguem se fixar no mundo do trabalho por falta de
oportunidades e formação específica; embora após a instalação da Usina de Cana
de Açúcar no município aumentou a opção de trabalho. Em contrapartida várias
pessoas de outros municípios também vieram à procura de empregos o que resultou
no aumento substancial de matrículas no Ensino Fundamental e na Educação de
Jovens e Adultos, estes, motivados por regressar aos estudos por conta da
competitividade, do grau de escolaridade, e pelas oportunidades que o estudo
23
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
poderá vir a favorecer dentro e fora de outras empresas e mesmo na vida pessoal.
Sendo assim, observa-se na comunidade escolar a diversidade cultural,
religiosa, étnica, condições de aprendizagem, condições emocionais, expectativas,
visão de mundo entre outros fatores que podem nos orientar a respeito de como
devemos atuar com esses alunos, indo ao encontro das necessidades e
expectativas dos mesmos, dos pais e da sociedade.
Na tentativa de uma maior socialização dos alunos são realizadas durante o
ano letivo atividades culturais extraclasses (Jogos Escolares, Gincanas,
Apresentações relativas ao Folclore, Desfile de Mães, Show de Talentos, Excursões,
CINE CESIL e uma Cantada de Natal). Todos os eventos contam com a participação
da comunidade escolar e é aberto à comunidade em geral. Além disto, os alunos
que obtém rendimento escolar acima de 7,0 em todas as disciplinas recebem a
certificação de aluno destaque a cada trimestre. Esta homenagem é feita juntamente
com as famílias em solenidade específica.
A comunidade valoriza o trabalho realizado pela escola, e, na medida do
possível tem colaborado com sugestões que visem a melhoria do ensino e
principalmente o desenvolvimento dos alunos. Desta forma, podemos afirmar que a
expectativa dos pais se relaciona com a atual necessidade de escolarização exigida
pelo mercado de trabalho.
Percebe-se que os pais esperam que a escola exija responsabilidade,
frequência, disciplina, respeito e que proporcione eficazmente o acesso do aluno aos
conhecimentos básicos e outras necessidades, consideram que a escola é o alicerce
para o início da vida profissional.
4.1 CONDIÇÕES DO ESPAÇO FÍSICO E RECURSOS DIDÁTICOS
Quanto às condições do espaço físico estes podem ser considerados bons,
principalmente após a reforma geral, porém ainda com uma problemática em relação
à acessibilidade, e necessidade de construir um refeitório para acomodar os alunos
durante o horário da merenda. Apesar das boas condições do prédio, o número de
24
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
salas é insuficiente, devido ao aumento de matrículas e além das turmas regulares,
são ofertados turmas com atividade de complementação curricular em contraturno:
CELEM, Sala de Apoio à Aprendizagem, Sala de Recurso Multifuncional Tipo I.
Nesse sentido, foi solicitada junto a mantenedora a construção de duas salas de
aula no intuito de resolver a situação posta no presente momento, e também, a
reforma da residência do caseiro, por estar em condições precárias.
O pátio é amplo e arborizado permitindo a circulação dos alunos sem
atropelos, possui jardinagem e existe a preocupação quanto aos compromissos
assumidos na Agenda 21 Escolar e também com a Educação Ambiental.
São várias as possibilidades de recursos didáticos disponibilizados aos
professores e alunos, no entanto, percebe-se a necessidade de utilização de
programas tecnológicos específicos como jogos educativos e outros recursos
diferenciados para atender toda demanda.
4.2 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
12 Salas de aula
01 Secretaria
01 Sala de direção
01 Sala de professores
03 Salas para equipe pedagógica
01 Biblioteca
01 Banheiro para funcionários
02 Banheiros: masculino e feminino para professores
01 Banheiro com seis repartições para alunos
01 Banheiro com seis repartições para alunas
01 Cozinha
01 Depósito para merenda escolar
01 Cantina
01 Sala de recurso
01 Sala de apoio à aprendizagem/CELEM
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
01 Sala de reuniões sendo utilizada como sala de aula
01 Laboratório de Ciências
01 Laboratório de Informática:
Paraná Digital com 20 computadores
PROINFO com 16 computadores
01 almoxarifado
01 pátio coberto
01 almoxarifado para material de Educação Física
Pátio amplo e arborizado
Frente da escola com jardinagem
Estacionamento para bicicletas
Estacionamento para carros
01 quadra coberta fechada com banheiro masculino e feminino
01 quadra coberta fechada com um banheiro
01 Residência para o caseiro
4.3 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
Os equipamentos e materiais disponibilizados são suficientes para a
realização do trabalho pedagógico. Os mobiliários pertencentes a cada ambiente
são adequados e estão em bom estado de conservação
02 Data Show
03 Notebooks
02 Aparelhos telefônico simples
01 Fax
01 Impressora Multifuncional
02 Impressora a laser Paraná Digital
01 Impressora a laser
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
01 Câmera fotográfica digital
08 Aparelhos de Ar Condicionado
01 Balança Plataforma Digital
01 Caixa de Som pequena
02 Microfones sem fio
01 Luneta astronômica
01 Amplificador de som
03 Aparelhos de som
02 Rádios gravadores
01 Antena Parabólica
47 Ventiladores de teto e parede
02 Relógios de tempo para Xadrez
02 Televisores a cor
01 Spin light
01 Tela de projeção
02 Aparelhos de DVD
15 TVs pendrive
03 Bebedouros
01 Estereomicroscópio trinocular
01 Microscópio biológico
01 Câmera
01 Modelo de Célula Eucarionte
01 Planetário
01 Conjunto de Pranchas Laminadas
01 Lâmina Permanente Microscopia
04 Kits Pancake – Conj. c/ 5
40 Baquetas de madeira (par)
40 Flautas Doce Soprano (plástico)
01 Relógio Didático
03 Conjuntos de Sólidos Geométricos
02 Tangram em madeira
27
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
03 Torres de Hanói – 1 Base c/ 6 círculos
08 Jogos Alfabeto silábico (372 peças)
06 Jogos Dominó Assoc. Ideias (28 peças)
06 Jogos Vamos Formar Palavras (60 peças)
06 Jogos Sequência Lógica (16 peças)
20 Fantoches Família Branca
10 Jogos de Memória com Antônimos
01 Conjunto Barras de Medida
01 Bloco Lógico (c/ 48) em madeira
02 Conjuntos Números e Sinais (40 peças)
02 Dominós Educativos Subtração
02 Dominós Educativos Multiplicação
02 Escalas Cuisinare (c/ 294 barras)
02 Conjuntos Dourados (611 peças) em madeira
02 Conjuntos de Réguas Numéricas (61 réguas)
10 Lupas manuais
01 Bússola para mapas
01 Agitador Magnético
02 Balanças Digitais
01 Manta Aquecedora Balão 250 mL
01 Medidor de pH Digital
04 Suportes Universais
04 Balões Fundo Chato 250 mL
04 Balões Volumétricos 250 mL
06 Bastões de Vidro
06 Erlenmeyeres de vidro 250 mL
05 Funis de Vidro 150 mL
05 Funis de Separação 250 mL
05 Pipetas de Vidro Graduada 10 mL
01 Diretriz Curricular – Volume 1
01 Diretriz Cirricular – Volume 2
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
10 Bolas de Borracha nº 10
10 Bolas de Borracha nº 08
10 Cones PVC (altura de 50 cm)
01 Mesa para Tênis de Mesa
O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola é a única escola pública que
oferece Ensino de 6º ao 9º anos na comunidade, portanto, é uma escola que recebe
a todos que a ela, têm direito nessa fase de estudos.
Funcionando em três turnos, a escola procura atender às preferências e
necessidades dos alunos com relação à matrícula escolar, conforme as orientações
recebidas pela Secretaria de Educação do Paraná. Existe a preferência da
comunidade pelo turno da manhã, no entanto orientamos aos pais que as matrículas
do 6º ano são realizadas no mesmo turno que o aluno cursou o 5º ano do Ensino
Fundamental, ou conforme a ordem de chegada. Com isso amenizou-se o problema,
pois a maioria dos alunos do período vespertino é da zona rural e dependem do
transporte escolar. Aos demais alunos dos anos subsequentes, a matrícula é
automática, onde cada um tem a sua vaga garantida, porém, não o turno.
4.4 RECURSOS HUMANOS
Em relação aos recursos humanos, a escola apresenta a seguinte situação:
4.4.1 Quadro de pessoal/2012
Vínculo Funcional
Docentes Adminis-trativo
Apoio QPM SC02 REPR QPPE QFEB READ PEAD
65 --- --- 44 5 16 --- --- --- ---
--- 10 --- --- --- --- 3 6 1 ---
--- --- 10 --- --- --- --- 9 - 1
Fonte: Secretaria da Escola, fevereiro, 2012.
29
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
4.4.2 Nível de Formação/2012
Função Ensino
Fundamental Ensino Médio
Ensino Superior
Pós Graduação
PDE
Docentes - - 02 62 01
Agente Educacional II
- 03 03 04 -
Agente Educacional I
01 09 - - -
Fonte: Secretaria da Escola, fevereiro, 2012.
4.4.3 Quadro de pessoal/2013
Vínculo Funcional
Docentes Adminis-trativo
Apoio QPM SC02 REPR QPPE QFEB READ PEAD
77 --- --- 45 6 26 --- --- --- ---
--- 10 --- --- --- --- 3 6 1 ---
--- --- 14 --- --- --- --- 8 5 1
Fonte: Secretaria da Escola, junho, 2013.
4.4.4 Nível de Formação/2013
Função Ensino
Fundamental Ensino Médio
Ensino Superior
Pós Graduação Lato Sensu
PDE
Pós Graduação
Strictu Sensu
Docentes - - 05 65 07 01 Agente
Educacional II - 03 03 04 - -
Agente Educacional I
02 12 - - -
Fonte: Secretaria da Escola, junho, 2013.
Há necessidade de melhor formação de todos os funcionários para o
enfrentamento das novas situações que a escola vem assumindo, para que a
educação inclusiva se concretize nas ações e relações da escola com a sociedade.
Para efetivar o compromisso de transformar uma sociedade que exclui, marginaliza,
numa sociedade mais justa e igualitária, é imprescindível investimentos em estrutura
30
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
e capacitações para que os docentes, funcionários, direção e equipe pedagógica
tenham segurança na orientação para a convivência com as diferenças individuais e
na compreensão dos ritmos diferenciados de aprendizagem. Incluir significa atender
a todos sem discriminação alguma, portanto, saber trabalhar e desenvolver os
conteúdos acadêmicos frente à diversidade de situações em que aos alunos estão
inseridos. Deste modo, todos os envolvidos com a educação devem cumprir seu
papel na procura de condições que possam resolver ou amenizar os enfrentamentos
que dificultam o trabalho realizado na escola. É essencial o envolvimento dos órgãos
colegiados nas capacitações que tratem sobre as temáticas contemporâneas.
Os profissionais da educação tem se capacitado, por meio de cursos à
distância, presenciais ou semipresenciais, grupos de estudos aos sábados, o Pró
Funcionário e outros meios de formação continuada conforme seus interesses,
possibilidades e oferta. Os professores têm buscado a continuidade e permanência
dos estudos como se pode observar nas tabelas acima. A procura pelo Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE tem sido constante, e neste ano de 2013
temos a participação de duas professoras. Em relação ao Pro Funcionário há seis
pessoas do Agente Educacional II e duas pertencentes ao quadro de Agente
Educacional I com a conclusão do curso, e, em andamento duas pessoas do Agente
Educacional I.
Percebemos que a procura por cursos tem sido grande, embora os estímulos
maiores sejam a certificação para a progressão na carreira, existem aqueles que se
comprometem com a mudança de atitude quanto ao processo ensino-aprendizagem
buscando um ótimo envolvimento com a escola e com os compromissos assumidos
enquanto educador.
A hora atividade, na medida do possível, está organizada conforme as
orientações enviadas pelo Núcleo Regional de Educação, concentrada por área. Há
alguns problemas por conta do horário de professores que trabalham em outras
escolas, a rotatividade de professores por motivo de afastamento, licenças, etc. O
tempo determinado para a hora atividade é utilizado no preparo das aulas, na
reflexão da prática pedagógica, no estudo das diferentes formas de avaliação e a
análise dos resultados tanto das avaliações internas como externas, no atendimento
aos pais e aos alunos, dentre outras. No que tange aos professores pedagogos, os
31
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
trabalho burocrático, o acúmulo de tarefas do dia a dia tem dificultado a realização
da função precípua deste profissional: suporte pedagógico aos docentes. Em
relação aos pontos positivos, percebe-se que a atuação coletiva tem propiciado
momentos de trocas de experiências, respeito às divergências de ideias, à procura
pelo embasamento teórico, proximidade de relacionamento entre os pares, reflexão
sobre a prática pedagógica, maior proximidade entre pedagogos, direção e
docentes.
Neste colégio, as relações de trabalho entre os docentes, funcionários,
alunos, diretor e pais, são boas, mesmo apresentando alguns embates como
divergências de ideias (teorias pedagógicas), grau de comprometimento das
famílias, a falta de visão de conjunto por parte de alguns. Alguns pais procuram
manter um relacionamento frequente com a escola, no acompanhamento do
desempenho dos filhos, principalmente no turno matutino. Já no período da tarde,
esta participação não é assídua, visto que a maioria pertence à zona rural. Contudo,
há um esforço cada vez maior no sentido de buscar novas alternativas de
participação dos pais, na busca de uma Gestão Democrática e participativa na
organização pedagógica e estrutural da escola, junto aos órgãos colegiados e em
outras situações. Há problemas disciplinares comuns como: falta de
comprometimento com as atividades escolares, agressão verbal e física durante as
aulas, descumprimento das normas do colégio, etc. Frequentemente ocorrem casos
onde o aluno agride verbalmente o professor, ou algum funcionário. A direção do
colégio promove reuniões com os pais, sempre que necessário, para discussão dos
problemas apresentados pelos educandos, buscando encaminhamentos e
redefinindo ações.
Paralelamente ao trabalho pedagógico realizado com alunos e familiares, o
Conselho Tutelar e a Patrulha Escolar têm colaborado com os chamados e
comunicados da escola na tentativa de solucionar e/ou amenizar o problema.
A equipe pedagógica tem procurado conversar com cada turma e
individualmente com os alunos, discutindo seus avanços, através de análise dos
gráficos de desempenho da sala, bem como proposições de metas para melhor
rendimento. Junto aos professores, a equipe pedagógica orienta com relação ao
plano de trabalho docente, proposta pedagógica, análise e correção dos livros de
32
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
registro de classe, etc; organiza os Conselhos de Classe, realizando pré-conselhos,
conselhos, pós-conselhos e conselhos participativos com presença de pais, alunos,
professores, direção e equipe pedagógica.
Na Educação de Jovens e Adultos o acompanhamento pedagógico é
realizado individualmente tanto aos professores como aos alunos. A permanência e
conclusão dos estudos tem sido uma meta a ser atingida pela escola, nesse sentido
é feito um trabalho de conscientização e de levantamento de dados que demonstrem
as causas da desistência, a fim de direcionar as ações. No ato da matrícula, os
alunos são orientados quanto à organização da EJA, os professores são orientados
quanto à elaboração dos Livros de Registro de Classe, Ficha Individuais, Plano de
Trabalho Docente em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular, com o
Projeto Político Pedagógico e as Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Neste ano de 2013, obtivemos a abertura de demanda para o funcionamento
da Educação de Jovens e Adultos – Ensino Fundamental e Médio, no período da
tarde.
4.5 AS ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO -
ACC
Os Programas de Atividades Complementares Curriculares em contraturno
vislumbra o atendimento da comunidade escolar como um dos caminhos para a
socialização, interação e respeito, além ainda de possibilitar a busca de novos
conhecimentos nas seguintes áreas e/ou macrocampo/atividades: Hora Treinamento
e Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo. Todas as atividades estão
integradas ao Currículo escolar e tem como objetivo a formação do aluno e a
inclusão daqueles que se encontra em situação de vulnerabilidade social.
As atividades ligadas ao esporte foram escolhidas conforme o interesse dos
alunos, pois são muito ligados à prática esportiva. Atualmente a participação dos
alunos nos programas tem sido relevante principalmente por terem a opção de estar
desenvolvendo outras atividades de modo organizado e com finalidade.
33
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A atividade complementar - Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo
foram solicitadas junto à mantenedora para que este Estabelecimento de Ensino
tenha oportunidade de ampliar a jornada escolar dos alunos e também desenvolver
e identificar os talentos esportivos. Sabemos que possuímos alunos com potencial a
ser desenvolvido, porém estes passavam despercebidos pela falta do treinamento
esportivo. O treinamento vem de encontro com a necessidade não somente da
escola, mas também dos alunos, pois estes possuem interesse em participar dos
Jogos Escolares do Paraná, assim como representar a escola em outros eventos
similares. O ideal almejado seria ofertar em dois períodos manhã e tarde, mas, os
alunos do período da tarde não possuem freqüência assídua na participação de
programas em contraturno.
4.6 CURSO BÁSICO DE LEM- CELEM
Sabe-se que atualmente a exigência do conhecimento de uma língua
estrangeira é uma necessidade imprescindível à formação acadêmica e profissional
do educando com o fim de atender as expectativas e demandas sociais. Dessa
forma, a escola não pode mais se omitir em relação a essa aprendizagem, sabedora
de que o estudo de outra língua estrangeira proporciona ao aluno uma visão
diferente da sua própria cultura e da cultura de outra língua, ampliando seu
conhecimento de mundo em diferentes formas.
A oferta do CELEM – Espanhol torna-se revelante por se tratar de uma língua
estrangeira que possui raízes históricas ligadas aos imigrantes espanhóis, uma vez
que possuímos professores habilitados para exercerem a função. É com esse fim
que o CESIL optou por oferecer o CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira
Moderna), aos alunos em horário de contraturno, como também às pessoas da
comunidade independente da classe econômica.
34
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
4.7 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM
A Sala de Apoio à Aprendizagem é ofertada aos alunos que apresentam
deficiências em seu processo de alfabetização nas disciplinas de Língua Portuguesa
e Matemática. Este apoio iniciou-se com os alunos do sexto ano, e, no segundo
semestre de 2011 foi aberta a demanda para os alunos pertencentes às oitavas
séries (nonos anos).
No início de 2012, os alunos dos sétimos e oitavos anos puderam ser
inseridos na Sala de Apoio a Aprendizagem, conforme a existência das vagas.
Porém, a frequência assídua dos alunos, foi uma problemática, a todo momento
necessitava da intervenção junto familiares para que os filhos comparecessem ao
apoio.
No ano de 2013 obtivemos a abertura de demanda para o atendimento a sala
de Apoio a Aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática nos turnos da manhã
e tarde, para os alunos do 6º e 7º anos que apresentem o perfil e necessidade da
mesma.
Em se tratando da freqüência na Sala de Apoio à Aprendizagem é preciso
muito esforço dos pais e de toda equipe escolar para que o aluno permaneça o
tempo necessário para a superação das dificuldades apresentadas, nesse sentido a
intervenção é efetuada constantemente.
4.8 A SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL- TIPO I
A Sala de Recursos Multifuncional- Tipo I é ofertada aos alunos do 6° ao 9°
anos que ao serem observados pelos professores de sala de aula e equipe
pedagógica e com o consentimento dos pais, são submetidos a uma avaliação
psicoeducacional no contexto escolar realizada pelo professor da Sala de Recursos
e pedagogo, se constatado necessidades educacionais especiais, o aluno é
encaminhado para avaliação psicológica acrescida de parecer dos demais
35
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
profissionais que se fizer necessário. Após o laudo, e, com o compromisso dos pais
de encaminhar em período contrário as aulas do ensino regular, eles passam a
frequentar a Sala de Recursos com atendimento conforme as especificações de
cada aluno. Ressalta-se ainda que, o aluno uma vez avaliado e inserido na Sala de
Recursos Multifuncional de outra escola ensino fundamental – anos iniciais ou finais
e ainda ensino médio, pode ser inserido ao programa desde que tenha a
documentação necessária.
A partir do segundo semestre de 2012, obtivemos após solicitação, a abertura
de demanda para o atendimento à Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I na
Educação de Jovens e Adultos – EF e Ensino Médio. Os alunos são atendidos
individualmente conforme a disciplina em que estão matriculados e coletivamente
em pré-aula em consonância ao cronograma de atendimento estabelecido pela
equipe pedagógica e professora da referida da sala.
Mesmo com o compromisso da escola, temos encontrado algumas
dificuldades no atendimento dos alunos que residem na zona rural devido à distância
e a ausência do transporte escolar em período contrário às aulas. Há alguns casos
de alunos que são residentes da zona urbana e não frequentam assiduamente.
4.9 OS RESULTADOS EDUCACIONAIS
A avaliação do aproveitamento escolar para as séries finais do Ensino
Fundamental é realizada de acordo com as concepções e finalidades educativas
apresentadas nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná.
A avaliação será trimestral, sendo composta pela somatória das notas obtidas pelo
aluno de acordo com os conteúdos previstos para o trimestre no Plano de Trabalho
Docente.
Ao se detectar necessidades que requeiram a Regularização de Vida Escolar,
Adaptação, Classificação e Reclassificação dos alunos, as ações serão embasadas
no Regimento Escolar, nas documentações enviadas pela SEED e NRE de
Paranavaí.
36
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O professor definirá no Plano de Trabalho Docente os conteúdos que serão
trabalhados no trimestre, atribuindo-lhes valor para o processo de avaliação, que
somados chegar-se-á ao total de 10,0 (dez) e para isso deverá utilizar-se de
instrumentos diversificados (prova escrita, seminários, pesquisas, trabalho em grupo,
prova oral, relatórios, etc) para cada conteúdo previsto no trimestre.
Deverão ser aplicados no mínimo dois instrumentos de avaliação
diversificados, por conteúdo e/ou blocos afins.
A recuperação de estudos será proposta a todos os alunos, independente do
nível de apropriação dos conhecimentos, garantindo nova oportunidade de
aprendizagem e avaliação.
A recuperação será ofertada durante o processo ensino-aprendizagem e
prevalecerá o maior rendimento obtido pelo aluno em cada conteúdo trabalhado.
Serão realizadas tantas avaliações quantas forem necessárias, (mínimo de
duas), a fim de garantir a aprendizagem de todos os alunos.
Cada intervenção realizada pelo professor, a fim de promover a aprendizagem
do aluno será registrada fidedignamente no Livro de Registro de Classe.
Ao final de cada trimestre será registrada a média que representará o
aproveitamento escolar do aluno, obtido pela somatória dos melhores resultados das
diferentes avaliações realizadas para os conteúdos em cada disciplina.
As avaliações serão realizadas em diferentes momentos ao longo do
trimestre, conforme a carga horária da disciplina e/ou número de conteúdos
previstos para o período.
No Ensino Regular a Média Final (MF) para cada disciplina será 6,0 (seis)
obtida pela somatória dos resultados trimestrais dividido pelo número de trimestres,
através do seguinte cálculo: MA = 1ºT+2ºT+ 3ºT
3 = MF.
Os resultados referentes ao desempenho acadêmico do ensino regular
apresentam os seguintes dados:
SÉRIE ÍNDICE DE
APROVAÇÃO ÍNDICE DE
REPROVAÇÃO ÍNDICE DE EVASÃO
5ª SÉRIE 97,5% 2,4% 00
6ª SÉRIE 92,6% 7,3% 00
37
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
7ª SÉRIE 95,6% 3,3% 0.5%
8ª SÉRIE 96,4% 3,5% 00
Fonte: Secretaria Escolar, 2009
SÉRIE ÍNDICE DE
APROVAÇÃO ÍNDICE DE
REPROVAÇÃO ÍNDICE DE EVASÃO
5ª SÉRIE 91% 4% 0
6ª SÉRIE 81% 10% 0
7ª SÉRIE 79% 7% 0
8ª SÉRIE 91% 3% 0
Fonte: Secretaria Escolar, 2010.
SÉRIE ÍNDICE DE
APROVAÇÃO ÍNDICE DE
REPROVAÇÃO ÍNDICE DE EVASÃO
5ª SÉRIE 74% 15,2% 0
6ª SÉRIE 72,7% 13,2% 0
7ª SÉRIE 74,3% 10,1% 0.5%
8ª SÉRIE 75,6% 12,1% 0.5%
Fonte: Secretaria Escolar, 2011
ANO ÍNDICE DE
APROVAÇÃO ÍNDICE DE
REPROVAÇÃO ÍNDICE DE EVASÃO
6º ANO 79,10% 19,40% 1,49%
7º ANO 89,87% 08,81% 1,32%
8º ANO 82,56% 13,95% 3,49%
9º ANO 85,12% 13,10% 1,79%
Fonte: Secretaria Escolar, 2012.
Em relação aos anos anteriores, observa-se que no ano de 2011 o índice de
reprovação e evasão aumentou, mesmo após o desenvolvimento do trabalho em
relação ao Programa FICA e a intervenção pedagógica junto aos professores, alunos
e pais durante este ano letivo. A equipe pedagógica tem realizado o trabalho de
conscientização coletiva e individual junto aos pais e responsáveis para o
acompanhamento da vida escolar dos alunos. Aos professores as intervenções são
efetuadas desde a elaboração do Plano de Trabalho Docente até a finalização do
38
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
processo educacional no ano letivo. Mesmo assim, ainda não possuímos os
resultados almejados para a diminuição dos índices de reprovação com qualidade de
ensino. Os alunos por sua vez não têm demonstrado seriedade e responsabilidade
nos estudos. Eles são orientados e conscientizados constantemente pela equipe
pedagógica com diálogos individuais abordando a caminhada percorrida nos
estudos, assim como os problemas na vida pessoal que acabam por interferir no
processo ensino e aprendizagem. No ano de 2012, a equipe pedagógica, os
membros do Conselho Escolar, Direção e Direção Auxiliar e professores
conseguiram a aprovação da Atividade Permanente como um dos encaminhamentos
para a complementação curricular dos alunos matriculados no sétimo ano, com
funcionamento em período contrário às aulas. Neste ano de 2013, iniciamos esta
mesma atividade para os alunos do 7º e 8º anos. No entanto, os alunos não tiveram
interesse, assim como seus familiares, mesmo após a realização de diversas
reuniões de conscientização sobre a importância dos mesmos. A alegação emitida
pelos alunos é de que permanece muito tempo na escola. Na verdade percebemos
que alguns não possuem comprometimento, outros possuem atividades
extracurriculares particulares, além ainda da falta de qualificação dos profissionais
para trabalhar de modo diferenciado, já que o aluno permanecia na escola em
período integral.
4.10 EVASÃO ESCOLAR
Quanto à evasão também há preocupação de realizar um trabalho preventivo
contando com a colaboração do corpo docente, alunos representantes de turma e
não tendo resultado efetivo utilizamos a FICA com objetivo do retorno do aluno à
escola e ao processo de ensino-aprendizagem. A situação do aluno é discutida, bem
como as formas para rever sua aprendizagem, por meio de estratégias apropriadas,
de acordo com cada caso, podendo encaminhá-lo inclusive a Sala de
Apoio/Recursos ou ainda ao atendimento individualizado pelo professor durante sua
hora atividade. Em conjunto ao trabalho realizado pela escola, contamos com o
39
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
desempenho do Conselho Tutelar e Ministério Público para diminuir a evasão
escolar.
O trabalho com o SAREH visa o atendimento educacional ao aluno
impossibilitado de frequentar a escola devido ao internamento hospitalar, tratamento
de saúde e gestantes. O atendimento é feito possibilitando ao aluno a realização de
atividades em domicílio, conforme amparo legal.
Na Educação de Jovens e Adultos – Ensino Fundamental e Ensino Médio, o
maior enfrentamento está na evasão escolar. Nesse sentido, é realizado o
diagnóstico individual sobre os motivos da desistência e, em seguida, é feita a
intervenção para o retorno do aluno ao processo de escolarização. Nos casos em
que os alunos possuem idade inferior a 18 anos, se realiza as ações propostas pelo
programa FICA. As ações previstas pelo SAREH são desenvolvidas conforme a
necessidade dos alunos.
4.11 DISTORÇÃO IDADE SÉRIE
A distorção entre idade e série referente aos anos de 2012 e 2013, apresenta
a seguinte situação:
ANOS TOTAL DE ALUNOS COM IDADE
SUPERIOR A SÉRIE TAXA DE
DISTORÇÃO
6° 20 15%
7° 26 11%
8° 17 9,45%
9° 09 5%
TOTAL 72 10%
Fonte: Secretaria Escolar, fevereiro, 2012.
ANOS TOTAL DE ALUNOS COM IDADE
SUPERIOR A SÉRIE TAXA DE
DISTORÇÃO
6° 22 11,5%
7° 06 4,96%
40
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
8° 05 2,32%
9° 03 1,92%
TOTAL 36 5,27%
Fonte: Secretaria Escolar, junho, 2013.
A Secretaria de Estado da Educação possui um plano de metas que visa à
promoção de ações a fim de reduzir a distorção idade-série, (realizamos estudos
sobre o PPA, mas não conseguimos implantá- lo. Deste modo, procuramos realizar
outras ações que reflitam na diminuição da evasão e repetência) para que aos
poucos se neste momento estamos em estudo junto aos órgãos colegiados, equipe
pedagógica, administrativa e direção quanto ao P.P.A. (Plano Personalizado de
Atendimento) conforme instrução recebida pela AMPARE (Associação de
Mobilização de Pais, Professores e Amigos da Rede Escolar).
Na Educação de Jovens e Adultos, prioriza-se a articulação dessa modalidade
de ensino com o desenvolvimento sócio-cultural dos alunos. Essa modalidade
recebe os alunos que por ventura deixaram de concluir seus estudos em
correspondência idade-série desde que possuam idade mínima para o ingresso no
Ensino Fundamental e Ensino Médio.
4.12 AVALIAÇÕES EXTERNAS
Quanto ao índice de qualidade da educação, o colégio vem apresentando
uma boa evolução, enquanto resultado das ações desenvolvidas e planejadas de
acordo com as metas propostas para a Educação Básica. Os dados do IDEB
demonstram este desempenho:
ANO RESULTADOS OBSERVADOS
PROJEÇÃO
2005 3,7 -
2007 4,2 -
2009 4,8 -
41
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2011 4,2 5,2
2013 5,0
Escala de 0 a 10
No ano de 2011, os alunos foram submetidos a aferição da Prova Brasil e
SAEB. Enquanto avaliações externas são indicadores que nortearão futuras
intervenções à educação do país, e, enquanto escola constitui-se como análise do
desempenho de seus alunos. Os pontos nevrálgicos e o ótimo desempenho servem
de tomada de decisão para futuras ações. O colégio vem desenvolvendo seu
trabalho com intuito de progredir na melhoria do desempenho escolar de seus
alunos. Para isso, exige-se o comprometimento de todos os envolvidos: professores,
pais, alunos direção, equipe pedagógica, equipe administrativa e instâncias
colegiadas para a progressão dos alunos nestas avaliações e nos rendimentos
internos da escola.
Em novembro de 2012, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná
implantou em todas as escolas o SAEP- Sistema de Avaliação da Educação Básica
do Paraná para avaliar o desempenho dos alunos do 6º e 9º anos do Ensino
Fundamental e 3º ano do Ensino Médio em Língua Portuguesa e Matemática. Os
resultados possibilitam a análise do diagnóstico apresentado, a fim de que
professores, direção, equipe pedagógica e os responsáveis pelos alunos
estabeleçam metas para a superação das dificuldades apresentadas.
Em 2013, as avaliações do SAEP acontecerão em dois momentos: no início
do primeiro semestre para os sextos anos e no segundo semestre para os nonos e
terceiro anos do ensino médio.
4.13 ÓRGÃOS COLEGIADOS/GESTÃO ESCOLAR
Em relação à atuação dos órgãos colegiados apesar da boa vontade dos
membros, percebemos que sua participação nas discussões e resoluções dos
problemas da escola deveria ser mais envolvente. Apesar disso, estas instâncias
têm realizado seu trabalho junto à direção da escola para análise, planejamento,
42
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
deliberação, avaliação e tomada de decisões sobre assuntos pertinentes.
O Conselho Escolar tem realizado o trabalho efetivamente com reuniões
ordinárias e extraordinárias visando à superação dos problemas detectados.
O Grêmio Estudantil atua em função do apoio a organização escolar e na
medida do possível atende as reivindicações dos alunos relacionadas às atividades
comemorativas e culturais organizadas no estabelecimento de ensino. Os membros
do grêmio estão sendo preparado para exercer a liderança com democracia,
compromisso, respeito entre seus pares, entre os docentes e a comunidade em
geral. Desde o início de sua constituição os alunos participam diretamente de uma
aula de cidadania dando exemplos vivos de como deve ser feita uma eleição
democrática dentro dos princípios da honestidade, da justiça e o compromisso com
a proposta de trabalho honrando o mandato.
A gestão dos recursos financeiros é transparente e há consenso no emprego
desses recursos juntamente com a APMF e direção. Há responsabilidade e controle
na utilização dos mesmos para se evitar o desperdício. Os recursos de que dispõe a
escola são acessíveis para atender alunos e professores no desenvolvimento das
atividades, mas não o desejado para ações diferenciadas.
Quanto à organização escolar existe a preocupação e envolvimento de todos
(professores, direção, órgãos colegiados) para a limpeza a manutenção da escola,
dedicando-se atenção especial para que o ambiente esteja sempre agradável e
acolhedor com o intuito de incentivar a permanência do aluno no espaço escolar.
Mediante atitudes de alguns alunos, que podem ser considerados como vândalos na
tentativa de depredar o bem público quebrando vidraças, rabiscando paredes e etc.,
aplica-se o que consta no Regimento Escolar: ressarcimento ao que foi depredado.
Caso não isto não aconteça, são tomadas outras medidas dentro da legislação.
A Educação Fiscal deverá ser de enfoque constante no sentido da formação
para cidadania e compreensão da preservação do patrimônio público.
No que se refere à merenda escolar, a direção é exigente, estipulando o
cardápio semanal conforme os alimentos recebidos pela mantenedora e pelos
recursos da “Escola Cidadã”, Compra Direta do Produtor e Agricultura Familiar. As
merendeiras estão sempre participando de capacitações que visem o melhor
manuseio dos produtos, adequação dos alimentos na despensa e almoxarifado;
43
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
novas receitas e etc. A merenda é alocada em um depósito apropriado seguindo as
normas estipuladas pela mantenedora. Quanto à organização e preparação dos
alimentos estas seguem os padrões de higiene estabelecidos pela Vigilância
Sanitária.
Todo diagnóstico da escola foi realizado a partir de encontros com o Conselho
Escolar, Equipe pedagógica, direção, representantes de turma que elaboram os
questionários para serem respondidos e discutidos pelos alunos. Além destas, foram
feitas reuniões por segmentos como: funcionários, professores, representantes de
turmas, membros do Conselho Escolar, APMF e pais para discussão e análise da
realidade em que vivemos (mundo, país, estado, município e a instituição escolar).
Durante a realização da semana pedagógica de fevereiro e julho do ano de 2011,
foram promovidas pela entidade mantenedora discussões que pautavam a reflexão
sobre o Projeto Político Pedagógico e Proposta Pedagógica Curricular. Os
apontamentos foram proveitosos para a realimentação deste.
44
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
5 MARCO CONCEITUAL
Esta comunidade escolar toma como base em suas ações a concepção
teórico crítica, ou seja, a Pedagogia Histórico-Crítica, que no momento presente,
necessita de maiores estudos para uma melhor compreensão sobre a mesma. Na
medida em que todo corpo docente busca o conhecimento por meio de estudos, a
relação teoria e prática se torna mais sustentável. Percebe-se que houve avanço
nesse sentido, apesar das dificuldades encontradas. A organização do saber escolar
passa por momentos de estudos e teorização. Quanto mais o docente se aprofunda
nesta compreensão, mais claro se torna a passagem do senso comum ao
conhecimento científico. Quanto mais compreendido e articulado for a mediação da
escola em relação a transmissão do conhecimento, mais o aluno terá condições de
compreender as relações sociais existentes, com possibilidade de acesso à cultura e
a apropriação de novos saberes. Articulada a esta teoria temos uma forma de
compreender a sociedade que temos e a pretendida.
5.1 CONCEPÇÕES DE SOCIEDADE, MUNDO, HOMEM, EDUCAÇÃO/ESCOLA,
CONHECIMENTO, ENSINO APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO.
5.1.1 Concepção de sociedade
A sociedade é formada por homens com saberes diferenciados, sujeitos de
sua práxis e age nesta conforme os desafios, aspirações, necessidades e motivos
que são postos no seu dia a dia.
A participação do homem como sujeito na sociedade, na cultura, na história, se faz na medida de sua conscientização, isto é, no processo de tomada de consciência crítica de uma realidade que se desvela progressivamente. Portanto para que o homem, a sociedade se liberte, é preciso que haja uma prática na busca do objetivo a ser alcançado, ou seja, lutarmos por uma
45
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
sociedade igualitária com a eliminação da opressão desumanizadora. Com isso a sociedade será de inclusão para todos e estes conscientes de sua inclusão na sociedade, participarão efetivamente da função de ser cidadão. (Freire, 1996)
Desta forma a escola não pode estar alienada e passiva, mantenedora de
uma ordem social, mas desenvolvendo e formando uma sociedade onde os sujeitos
pensantes são ativos, criativos, comprometidos com seu mundo real. Para que a
forma de pensar não seja reflexo do pensamento e expressões de uma sociedade
dominante.
O trabalho realizado pelos homens modifica diariamente a sociedade em que
vivemos criando contradições que são geradas pela exploração do capitalismo. A
cada dia observamos uma sociedade excludente, marginalizadora, individualista.
Formar este tipo de sociedade não nos interessa, precisamos de homens concretos
que visem uma sociedade justa, igualitária, fraterna, onde as desigualdades sejam
diminuídas.
5.1.2 Concepção de Homem
Toda ação educativa para que seja válida, deve, necessariamente, ser
precedida tanto de uma reflexão sobre o homem como de uma análise do meio de
vida desse homem concreto, a quem se quer ajudar para que se eduque. O homem
se torna, nesta abordagem sujeito da educação. A ausência da reflexão sobre o
homem implica o risco de adoção de métodos educativos e diretrizes de trabalho
que o reduzem à condição de objeto.
O homem não participará ativamente da história, da sociedade, da
transformação da realidade, se não tiver condições de tomar consciência da
realidade e, mais ainda da sua própria capacidade de transformá-la. É preciso que
se tenha objetivos na educação, de modo que possa provocar e criar condições
para que se desenvolva atitudes reflexivas e críticas, comprometida com a
transformação, ou seja, agir pensando no bem comum. Portanto a educação assume
um caráter amplo, não sendo apenas tarefa restrita à escola, pois educar implica
46
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
formar o cidadão num todo, e para esta ele se forma também na convivência entre
diferentes lugares e diferentes meios.
O homem sendo sujeito de sua práxis reflete sobre a realidade em que está
inserida e sendo comprometido, intervém nesta buscando a mudança. O homem e o
mundo faz parte deste contexto e por meio de suas ações é capaz de transformá-lo.
Saviani (1992) aborda que, “o que diferencia do homem dos outros animais é o
trabalho”.
O homem constrói seu conhecimento através da interação com o outro. É
desafiado constantemente pela realidade e a cada um desses desafios deve
responder de uma maneira diferente e original. Portanto não há receitas ou modelos
prontos, mas tantas respostas quantos forem os desafios, sendo igualmente possível
encontrar respostas diferentes para um mesmo desafio. A resposta que o homem dá
a cada desafio, não só modifica a realidade em que está inserido, como também
modifica a si próprio, cada vez mais e de maneira sempre diferente.
5.1.3 Concepção de Educação
Os indivíduos precisam ter acesso aos bens e serviços que a sociedade
dispõe, e é por meio da educação que serão viabilizadas as condições para que
sejam usufruídos os direitos que são preconizados na Constituição Federal a todos
os sujeitos, já que ela se constitui em uma base democrática. O direito à educação
está estabelecido em vários documentos como: Estatuto da Criança e do
Adolescente, na LDB 9394/96 e Constituição Federal.
A Constituição Federal no Art. 6° coloca a educação como um direito social,
que tem por objetivo criar condições para que a pessoa se desenvolva e adquira os
princípios mínimos para a convivência em sociedade. Portanto, é por meio da
educação que os indivíduos podem ter acesso a cultura letrada e de posse dos
conhecimentos os sujeitos tornam-se emancipados, incluídos na sociedade.
47
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
5.1.4 Concepção de Escola
As transformações econômicas, políticas, sociais e culturais tem influência
direta sobre a escola. Estas mudanças tem trazido implicações na ação educativa da
escola, uma vez que esta se constitui como mediadora do cotidiano do educando.
Apesar da escola não ser o único espaço de produção do conhecimento, é por meio
dela que os sujeitos se apropriam formalmente da cultura através do processo
ensino e aprendizagem.
A escola é o local que oportuniza o crescimento mútuo e igualitário. Por meio
da socialização do conhecimento sistematizado, do saber científico, os alunos
passam por vários processos de mudança durante sua formação. Tomam
consciência da realidade em que vivem, das transformações, das influencias
políticas e econômicas em que estão inseridos.
A escola não pode ser um local de reprodução da sociedade, mas onde se
questiona se humaniza os homens para intervir na sociedade tornando-a mais
igualitária e justa.
5.1.5 Concepção de Conhecimento
O conhecimento é uma produção histórico social. Sua construção está
diretamente vinculada ao processo de ação-reflexão sobre a práxis social, a partir de
sua problematização, da análise e compreensão teórica dos elementos e suas inter-
relações.
A produção de um novo conhecimento se dá a partir da superação dos
conhecimentos adquiridos anteriormente.
A interação entre aluno e conhecimento será subsidiada pela zona de
desenvolvimento proximal onde o educador de posse desse conhecimento exercerá
função mediadora de modo a otimizar o processo de ensino e aprendizagem.
48
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
5.1.6 Concepção de Letramento
A forma de pensar o processo educacional tem variado ao longo do tempo
devido a todas as mudanças ocorridas na sociedade. Desta forma, a educação está
sendo concebida pela óptica de ressignificação de conteúdos e de valores, onde a
produção do conhecimento demanda posturas que levem professores e educandos
a desenvolverem ações e atitudes que explorem a criatividade e a criticidade,
contribuindo para tornar a sociedade letrada.
Nesta perspectiva, compreendemos que formar um aluno letrado, implica ir
muito além da capacidade de ler e produzir textos faz-se necessário ampliar a visão
em sua totalidade, possibilitando aos educandos despertar a capacidade necessária
ao exercício pleno da compreensão, de modo a escapar da literalidade dos textos e
interpretá-los de maneira persuasiva, onde através de suas palavras terá
argumentos para adotar determinadas idéias, criticá-las, contrariá-las e acima de
tudo transformá-las.
Para Magda W. Soares há pessoas que se preocupam com a alfabetização
desconsiderando o contexto social em que os alunos estão inseridos. Segundo a
autora,
é necessária a prática social, a leitura que pode ser feita, por exemplo, com o jornal, que é um portador real de texto, que circula informações, ou com a revista ou, até mesmo, com o livro infantil, tem que haver uma especificidade, aprendizagem sistemática sequencial, de aprender. (http://blocoalfabetizador.blogspot.com/2010/01/o-que-e-letramento.html)
O letramento é decorrente de práticas sociais onde a leitura e escrita estão
inseridas em diferentes contextos que envolvem a compreensão, expressão lógica e
verbal.
Letramento é igual ao estado ou condição de quem não apenas sabe ler e
escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita. Daí, o
indivíduo letrado é aquele que sabe ler e escrever e usar socialmente a leitura e a
escrita, respondendo adequadamente às demandas sociais exigidas.
49
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
5.1.7 Concepção de ensino-aprendizagem
A finalidade do ensino é promover a interação entre aluno e o conhecimento
de modo a possibilitar o acesso e a incorporação de elementos culturais essenciais à
sua transformação enquanto síntese das múltiplas relações sociais. O ensino,
portanto é uma pedagogia do conhecimento pautada no diálogo, no processo
sistemático de contínuas e cumulativas mediações culturais.
Neste Estabelecimento, o ensino estará voltado para atividades que
promovam a reflexão-ação sobre a realidade vivenciada, de modo que este possa
ser significativo na socialização e produção do saber.
A LDB mudou a ênfase do ensino para a aprendizagem, e nesta perspectiva,
a aprendizagem se concretiza quando o professor possibilita ao aluno desenvolver
um conjunto de situações necessárias para a inserção na prática social, dando-lhe
condições de resolver problemas do seu cotidiano. Portanto a escola tem que pensar
a questão da aprendizagem sob dois aspectos: a maneira como os conteúdos são
trabalhados e a relevância e utilidade desses conteúdos para a vida do aluno. Desta
forma, a aprendizagem deve ser dinâmica, cumulativa e permanente de subjetivação
do mundo objetivo produzido cultural e historicamente.
A maneira que se conduz as atividades escolares e suas intervenções, reflete
a concepção de ensino-aprendizagem que o educador possui. Na pedagogia
histórico-crítica é relevante a ação do aprendiz frente ao conteúdo proposto. Nesse
momento, o aluno coloca sua vivência, seu saber, no esforço e tentativa de realizar a
proposição. Todas as conexões cerebrais são envolvidas para o aluno aprender
aquilo que ele ainda não sabe.
É importante a abordagem sobre a infância e adolescência, visto que durante
este período observam-se várias mudanças tanto físicas como psíquicas, ou seja,
um período de grandes transformações. Partindo dessa premissa, os professores
devem considerar as informações devidas ao se trabalhar com o ensino de nove
anos. Os alunos ao ingressarem o sexto ano, trazem consigo características da
infância, muitos saberes que devem estar aliados à prática. O estudo do
desenvolvimento da criança é necessário e indispensável para o educador
50
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
desenvolver o trabalho pedagógico.
A criança é um ser que está em pleno desenvolvimento e possui
características próprias, por isso precisamos entendê-la partindo de seu estágio de
vida. A escola através de seus educadores, a escola deve criar condições para que o
aprendiz evolua durante o processo de ensino aprendizagem e também em sua vida.
A Educação de Jovens e Adultos tem como finalidade garantir o compromisso
com a formação humana e com o acesso à cultura geral através do desenvolvimento
da autonomia intelectual e moral, para que os educandos tenham condições de
intervir produtivamente nas questões políticas, sociais e culturais, com
comportamento ético e compromisso político.
Desta forma, faz-se necessário que o processo ensino-aprendizagem, na
Educação de Jovens e Adultos oportunizem uma proposta pedagógica organizada a
partir dos três eixos norteadores desta modalidade de ensino: Cultura, Trabalho e
Tempo; tornando-a mais próxima da realidade, garantindo sua função socializadora
através da articulação dos conteúdos, propiciando aos educandos a capacidade de
pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva.
5.1.8 Concepção de Cultura
A cultura é o resultado da atividade humana, do esforço criador e recriador do
homem, de seu trabalho por transformar e estabelecer relações dialogais com outros
homens. O ser humano é o único animal que se distingue de outros animais por sua
competência no desenvolvimento da cultura.
O mundo atual tem evoluído em todos os aspectos e a cultura pode sofrer
transformações ou não, dependendo da atuação e intervenção dos cidadãos na
localidade.
O Brasil possui uma diversidade cultural que influencia na diferença de
comportamento entre as pessoas. Os indivíduos agem conforme os padrões
culturais determinados por eles mesmos sendo transmitidos de geração em geração.
Ao observarmos a cultura de um determinado povo, o fazemos com a ótica que
51
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
possuímos chegando a emitir um julgamento de valor: certo ou errado, depreciando
o comportamento diferente. Portanto o respeito, a compreensão das diferentes
culturas existentes em nosso país, em nossa localidade pode contribuir no
entendimento da riqueza cultural existente, na conservação destas e/ou processo de
mudança. Nesse sentido, a oferta em contraturno do CELEM – Espanhol vem
contribuir para o enriquecimento cultural dos alunos, uma vez que o estudo dessa
língua estrangeira possibilita a contextualização sócio-histórica e o entendimento
sobre as contribuições dos espanhóis para o município.
Segundo Geertz (1989: 15) o conceito de cultura é essencialmente semiótico,
que vem de encontro com o pensamento de Max Weber "que o homem é um animal
amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu". Geertz concebe a cultura
como uma "teia de significados" que o homem tece ao seu redor e que o amarra.
Busca-se apreender os seus significados (sua densidade simbólica).
5.1.9 Concepção de Trabalho
O conceito de trabalho sofreu modificações conforme a atuação do homem na
sociedade. Entre os períodos da Idade Média e Renascimento, o trabalho significava
desprezo, humilhação, sinal de inferioridade. Estes eram executados pelos escravos
e servos. A sociedade evoluiu e o conceito de trabalho também sofreu alterações,
hoje podemos dizer que pode ser considerado como possibilidade de realização
pessoal e social, o que dignifica a pessoa.
No dicionário de Língua Portuguesa encontramos a seguinte definição de
trabalho:
“exercício de actividade humana, manual ou intelectual, produtiva”; “serviço”; “lida”; “produção”; “labor”; “maneira como alguém trabalha”. «Trabalhar» é “exercer alguma profissão”; “dar determinada forma a”; “fazer com arte”; “labutar”; “empenhar-se”; “executar alguma tarefa”; “desempenhar as suas funções”.
Marx afirma que “o homem diferencia-se dos demais seres vivos pelo
trabalho”. O trabalho se modifica conforme as necessidades e capacidades do
homem, por isso ele está sempre recriando e reinventando algo.
52
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A sociedade capitalista impõe a divisão de classes separando a sociedade
detentora do poder, (minoria); aqueles que são dominados possuem a força do
trabalho a fim de garantir sua sobrevivência, já os que são elitizados se apropriam
dos meios de produção e ditam as regras da sociedade.
A escola ao desenvolver seu trabalho, o faz não de um modo conformista
aceitando o que é imposto pelo capitalismo, mas repensando o trabalho como
experiência e fruto da apropriação dos diversos saberes construídos historicamente.
Portanto, a educação é o elemento indispensável para a transformação a fim de
afirmar o que concerne uma sociedade democrática, plena de igualdade de direitos,
como aponta a Constituição Federal de 1988.
As pessoas necessitam do trabalho para sua sobrevivência e atualmente a
sociedade a cada dia que passa está cada vez mais consumista (reflexo do
capitalismo) deixando de lado os valores humanos enfatizando os valores materiais.
Diante disso, muitos jovens têm ingressado ao mundo do trabalho para
complementar a renda familiar ou mesmo para adquirir os bens de consumo que são
inculcados pelos veículos midiáticos, muitas vezes deixando em segundo plano os
estudos. Romper com isto requer um esforço globalizado de todos, no sentido de
formarmos o jovem para ingressar ao mundo do trabalho com uma visão critica da
sociedade em que vivemos.
5.1.10 Concepção do Estágio não-obrigatório
O Estágio não-obrigatório é um ato educativo escolar supervisionado,
desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às
exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do
educando, de modo a prevalecer sob o aspecto produtivo. Possui o amparo legal por
meio das Leis: LDB 9394/96, Lei n° 11. 788/2008 que dispõe sobre os estágios dos
estudantes, e a Instrução n° 028/2010 SED/SEE.
O estágio obrigatório quando previsto na legislação vigente, nas Diretrizes
Nacionais objetiva o atendimento das exigências do curso, decorrentes da própria
53
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
natureza dos eixos tecnológicos dos cursos da Educação Profissional Técnica de
Nível Médio, planejado, executado e avaliado de acordo com o perfil profissional
exigido para a conclusão do curso.
Os alunos que frequentam o ensino nas instituições de Educação Profissional,
Ensino Médio e nas modalidades de Educação de Jovens e Adultos, Educação
Especial e anos finais do Ensino Fundamental exclusivamente na modalidade
Profissional da Educação de Jovens e Adultos, estão amparados pela legislação
referente ao estágio não-obrigatório.
Hoje temos a necessidade do trabalho enquanto meio para a subsistência.
Desde jovens os alunos têm ingressado ao mundo do trabalho. Com isso, urge a
necessidade de estarem legalmente amparados, sendo o estágio um dos caminhos
para a aprendizagem e acompanhamento educativo.
5.1.11 Concepção de Tecnologia
Com a globalização e a revolução tecnológica, o computador, a internet
passou a ter papel fundamental na vida de todos os cidadãos. O maior desafio posto
a esta nova era, trata-se de obter o uso adequado deste valioso instrumento com
ética, enquanto um dos recursos para busca da aprendizagem nas instituições
escolares. Obviamente que este instrumento não pode ser utilizado como um fim em
si mesmo, mas enquanto encaminhamento para o desenvolvimento da
aprendizagem.
O avanço da ciência e tecnologia é fundamental para o avanço da
humanidade. Neste caso, deve focar suas ações na construção de uma sociedade
mais humanizadora e menos destruidora, não só nas questões ambientais, mas dos
vínculos afetivos, a solidariedade, o respeito dentre outros. Nada substitui o contato
entre as pessoas, o diálogo, o prazer da descoberta em benefício dos menos
favorecidos.
A tecnologia presente na sociedade deve facilitar a vida das pessoas e estar a
serviço de toda população prevalecendo o bem comum.
54
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
5.1.12 Concepção de Cidadania
Na tentativa de definir o que é ser cidadão, podemos dizer que é aquele
sujeito que tem direitos e deveres como preconiza a Constituição Federal. Todos têm
direito à moradia, à educação, à vida, à liberdade, à saúde, à alimentação e etc.
Exercemos o direito de cidadão e cidadania quando participamos ativamente no
destino da sociedade ao elegermos aqueles que conduzirão a nação, ou somos
votados por estes.
Na escola os alunos possuem o exercício da cidadania em vários momentos,
mas podemos exemplificar a participação do Grêmio Estudantil, a participação dos
alunos na eleição dos diretores, a participação direta dos alunos na escolha dos
representantes de turma. A construção da cidadania faz parte de um processo onde
todas as instituições como escola, família, religião e outras tentam formar o cidadão
para agir, interagir na sociedade criticamente, dignamente, conscientemente em prol
do bem comum, rompendo com laços individualistas, egoísta que são colocados
num mundo extremamente capitalista. Portanto exercer a cidadania é uma forma de
exercício da democracia. É a compreensão de que todos são iguais perante a lei e
são detentores de liberdade política, econômica e social.
A escola se propõe a conscientizar a sociedade, sobre a importância da
consciência tributária levando aos alunos e à comunidade informações sobre a
origem e o destino dos recursos públicos com transparência e sobre o cumprimento
de seus direitos e deveres, para que esses atinjam o pleno exercício de sua
cidadania, o valor socioeconômico do recolhimento do tributo e um comportamento
de acompanhamento e fiscalização da aplicação dos recursos pelo Poder Público,
além ainda de oportunizar aos alunos em período contrário as aulas a participação
nas Atividades Complementares Curriculares: Hora Treinamento e Aulas
Especializadas de Treinamento Esportivo as quais visam conhecer e valorizar o
esporte como possibilidade de melhoria na qualidade de vida dos alunos, além de
proporcionar a interação e socialização dos mesmos.
A educação integral é preconizada na LDB 9394/96, e, nesse sentido o
Estado do Paraná vem pautando suas ações para que de fato se possa atingir a
55
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
plenitude, ou seja, todos os alunos participando de programas que ampliem a
jornada escolar dos alunos. Nesse sentido, as atividades de Educação Física e suas
respectivas modalidades esportivas podem contribuir significativamente para o
processo de desenvolvimento corporal, cognitivo, afetivo e sociocultural para a
formação integral do homem. Para o aluno o desenvolvimento de Aulas
Especializadas de Treinamento é considerado enquanto possibilidade para ampliar
seus conhecimentos, adquirir novas aprendizagens, relacionar-se com diferentes
sujeitos almejando o bem da coletividade.
5.1.13 Concepção de Avaliação/ Recuperação
A avaliação continua é um dos temas mais discutidos na esfera educacional
com constantes pesquisas e estudos e com variados enfoques:
A prática das avaliações deve permear a superação do autoritarismo para o estabelecimento da autonomia do educando. Nesse contexto a avaliação deve manifestar-se como um mecanismo de diagnóstico da situação, tendo em vista o avanço e o crescimento e não a estagnação disciplinadora. Para que a avaliação assuma seu verdadeiro papel de instrumento dialético de diagnóstico para o crescimento, terá de se situar e estar a serviço da transformação social, da democratização e não da conservação. Portanto o educador deverá estar preocupado em redefinir ou em definir propriamente os rumos de sua ação pedagógica, pois ela não é neutra. O docente deve então assumir com clareza seu posicionamento de forma que esteja conscientizado de que é preciso haver mudanças, um entendimento novo, para se traçar novos rumos entre a teoria e a prática docente. (Vasconcellos,1994)
Torna-se necessário que a avaliação esteja voltada para a transformação e
que seja um julgamento de valor sobre as manifestações relevantes da realidade
para uma tomada de decisão. Desta forma a avaliação diagnóstica é um instrumento
de identificação dos rumos a serem tomados. Será um instrumento do
reconhecimento dos caminhos percorridos e da identificação dos caminhos a serem
perseguidos, além de auxiliar cada educando no seu crescimento para a autonomia.
Gramsci (1979) diz que a escola não deve só tornar cada um mais qualificado, mas
deve agir para que "cada 'cidadão' possa se tornar 'governante' e que a sociedade o
56
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
coloque, ainda que 'abstratamente', nas condições gerais de poder fazê-lo; a
democracia política tende a fazer coincidirem governantes e governados no (sentido
de governo com o consentimento de governados), assegurando a cada governado, a
aprendizagem gratuita das capacidades e da preparação técnica geral necessária a
fim de governar". Precisamos saber como estamos trabalhando com nossos alunos,
quais pessoas estamos formando e quais queremos formar, por isso a prática
docente quanto aos seus encaminhamentos e a avaliação devem ser racionalmente
decididas.
Para que a transformação aconteça é preciso que a aprendizagem se dê de
forma significativa para que o aluno possa exercer sua cidadania com apreensão de
informações, capacidade de estudar, pensar, refletir e dirigir as ações com
adequações e saber.
Um educador, que se preocupa com a sua prática educacional esteja voltada para a transformação, não poderá agir inconscientemente e irrefletidamente. Cada passo de sua ação deverá estar marcado por uma decisão clara e explícita do que está fazendo e para onde possivelmente está caminhando os resultados de sua ação. A avaliação, neste contexto, não poderá ser uma ação mecânica. Ao contrário, terá de ser uma atividade racionalmente definida, dentro de um encaminhamento político e decisório a favor da competência de todos para a participação democrática da vida social. Luckesi (2002, p.46).
A avaliação é uma forma de tomar consciência sobre o significado da ação e sua construção, é ter um olhar crítico sobre o que se está fazendo, apontando alternativas de melhorias. Avaliação atravessa o ato de planejar executar, é necessário ser crítica a fim de que o ser humano no processo de construção alcance o resultado que foi planejado, haja vista que em nosso cotidiano não nos livramos das avaliações. Luckesi (2002, p. 124).
Nesta perspectiva a avaliação do aluno está relacionada à democratização do
ensino, ou seja, uma escola aberta, onde prevaleçam ideias surgidas de uma
coletividade.
Além da avaliação diagnóstica, a avaliação formativa também é recurso que
deve ser utilizado como função de facilitar as aprendizagens estando a serviço de
decisões pedagógicas. Os professores possuem várias formas de avaliar seus
alunos, para isto basta escolher as ferramentas de modo coerente conforme sua
decisão e o que está implicitamente por trás de sua escolha.
Na Educação de Jovens e Adultos, a avaliação é voltada para o atendimento
57
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
das necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social da EJA,
isto é, seu papel na formação da cidadania e construção da autonomia.
As orientações previstas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, são consideradas
valorizadas para essa modalidade de ensino. Portanto, a avaliação educacional
será:
a) Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
b) Contínua: permite a observação permanente do processo ensino-
aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática
pedagógica;
c) Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,
utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;
d) Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-
escola do educando;
e) Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos
pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho
pedagógico da escola.
A recuperação é feita durante o processo do ensino. O docente após
averiguações constata o que fora aprendido, o que os alunos apresentaram maior
grau de dificuldade e desta forma procura modificar o procedimento das aulas
visando uma melhor assimilação dos conteúdos trabalhados. Se for caso isolado, os
motivos serão levantados para a escolha da intervenção apropriada. Os alunos que
frequentam o 6º e 9º ano que apresentam dificuldades em Língua Portuguesa e
Matemática poderão ser encaminhados a Sala de Apoio à Aprendizagem em
contraturno, conforme a Instrução n°007/2011. Em relação ao 7° e 8° ano poderão
ser solicitadas autorizações para o funcionamento, mediante justificativa
fundamentada pela escola, que após parecer do NRE, será analisada pelo
DEB/Coordenação de Educação Integral. Este programa beneficia aos alunos por
dar suporte na superação nas defasagens apresentadas. Com o avanço do aluno
detectado pelo professor da sala de apoio e do ensino regular, o mesmo será
desligado do programa, propiciando abertura de uma nova vaga, pois o limite
máximo de alunos em cada sala é de 20 alunos.
58
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Um dos meios de se medir a qualidade do ensino é a Avaliação Institucional,
propiciando a análise da escola nos aspectos de gestão escolar, os resultados
alcançados, o rendimento dos alunos, o nível de formação dos professores, a
qualidade das instalações, a participação dos pais nas atividades da escola, etc. Isto
possibilita ao grupo que compõe a unidade escolar refletir sobre o trabalho
desenvolvido procurando formas de intervenção desta realidade local.
É com olhar no futuro, que temos que desenvolver as ações educacionais.
Pensar num cidadão politizado, íntegro, honesto, que saiba defender seus direitos e
cumprir os deveres, que respeite à diversidade, o meio ambiente e a pessoa
humana.
Temos a certeza de que cada aluno que convive um tempo na escola, deixa
marcas, lembranças, saudades... e é por eles, pelo sonho da transformação social
que desempenhamos nosso papel.
5.1.14 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um dos espaços escolares onde se discute
reflexivamente o processo de escolarização dos alunos, as práticas pedagógicas
realizadas e a evolução ou dificuldades dos alunos.
DALBEN (2004, p.5) considera que, “o Conselho de Classe é a mais
importante de todas as instâncias colegiadas da escola pelos objetivos de seu
trabalho, pois é capaz de dinamizar o coletivo escolar pela via da gestão do
processo de ensino, foco central do processo de escolarização”.
No Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola-EFM é realizado coletivamente
na seguinte sequência: pré-conselho de classe com professores e alunos de modo a
investigar os problemas que afetam o ensino e aprendizagem; o conselho de classe
participativo com a presença dos alunos representantes de turmas, pais
representantes de turmas, professores de todas as disciplinas, equipe pedagógica e
direção discutem ações interventivas sobre os dados apresentados de cada turma.
Essas discussões muitas vezes são conflitantes e divergentes, pois faz parte de um
59
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
processo democrático. No entanto, o que deve prevalecer é a garantia desse espaço
coletivo que tem por objetivo à busca de ações para a promoção da aprendizagem.
No Pós conselho de classe são viabilizadas ações que serão executadas conforme o
que foi determinado no conselho.
5.1.15 Concepção de Currículo
Segundo Sacristan (1988), "currículo é a concretização da posição da escola
diante da cultura produzida pela sociedade".
Para Stenhouse (apud Pedra,1997), "o currículo comunica princípios
essenciais de uma proposta educativa, aberta a um exame crítico para que possa
ser traduzida na prática".
Existem diversas definições para a palavra "currículo", porém o verdadeiro
sentido deste encontra-se nos objetivos e estratégias de ensino a partir das
necessidades e exigências da sociedade, da escola, do aluno com base em critérios
filosóficos, políticos, culturais e pedagógicos.
O currículo não é apenas uma área meramente técnica, voltada para
questões relativas a procedimentos, técnicas e métodos. Existe uma tradição crítica
do currículo, guiada por questões sociológicas, políticas, epistemológicas. Por isso
não é considerado um elemento neutro e inocente de transmissão desinteressada
do conhecimento social. O currículo está implicado em relações de poder, que
transmite visões sociais, particulares e interessadas, produzindo também
identidades sociais e particulares. Possui uma história, sendo vinculado a formas
específicas de organização da sociedade e da educação. Portanto o currículo, o
conhecimento organizado para ser transmitido nas instituições educacionais, é visto
não apenas como implicado na produção de relações assimétricas de poder no
interior da escola e da sociedade, mas também como histórica e socialmente
contingente. É uma área contestada, pois nele está inserido a ideologia, a cultura e o
poder.
Segundo Ana Santiago (1995),
60
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A dimensão política se fortalece e se evidencia nas opções curriculares, e estamos inevitavelmente comprometidos com aquilo que propomos e colocamos em prática no âmbito da escola - uma vez que os significados imbricados nas práticas pedagógicas produzem normas, valores, visão de mundo e atitudes que definem posições de poder, e, na dinâmica dessas relações, formam-se as subjetividades.
É preciso ter clareza do que queremos para nossa sociedade, pois implícita e
explicitamente estamos envolvidos num processo permeado de intencionalidades e
não podemos ser meros reprodutores de um determinado grupo social; mas um
currículo onde o aluno seja capaz de crescer enquanto pessoa, enquanto cidadão
autônomo, crítico, que tenha iniciativa, que saiba se as ideias veiculadas pela
ideologia correspondem ou não à realidade e quem está sendo beneficiado.
A busca da compreensão de que os fundamentos teóricos que sustentam a
concepção de homem, de conhecimento, cultura, sociedade, mundo e etc., estão
intimamente e implicitamente permeados na opção curricular, favorecerá a opção de
um currículo aberto atento à identidade e diversidade cultural do aluno, à diversidade
de ideias, à inclusão social e educacional. De modo que possa existir possibilidades
de intervenção no processo de aprendizagem do aluno constantemente. Portanto a
concepção propõe a ideia de uma relação dialética entre conteúdo, método, contexto
sociocultural e os fins da educação. O currículo deve estar em constante diálogo na
comunidade escolar de forma que as organizações internas e externas (sociedade e
cultura) estejam fortalecidas.
Para Silva (1999, p.27),
O currículo também produz e organiza identidades culturais, de gênero, identidades raciais, sexuais... Nesta perspectiva, o currículo não pode ser visto simplesmente como um espaço de transmissão de conhecimentos. O currículo está centralmente envolvido naquilo que nos tornaremos. O currículo produz, o currículo nos produz.
É preciso ter clareza quanto à opção curricular, pois ele é um espaço
contestado e hegemônico, embora com atitudes democráticas, devemos
compreendê-lo como o caminho que irá conduzir o trabalho docente num processo
dinâmico, visando à perspectiva de inclusão, ou seja, um currículo pleno de
significados. Um currículo onde se respeita o saber e a cultura do educando de
forma não-excludente e politicamente posicionado.
A organização curricular e a administração do espaço e do tempo pedagógico
61
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
devem respeitar os processos evolutivos dos alunos considerando suas
aprendizagens, saberes e experiências vivenciadas no dia a dia. É necessário
otimizar o tempo com intuito de promover as relações de aprendizagens de forma
que o educador constantemente faça a intervenção no processo de aprendizagens
dos alunos.
5.1.16 Currículo: matriz teórica e organização dos conteúdos
A organização curricular deve ser feita de forma democrática e com a
participação coletiva de todos os profissionais da educação de modo a atender os
princípios legais que preconiza a LDB, ou seja, a Base Nacional Comum e a Parte
Diversificada com 800 horas anuais e 2400 horas no final do curso do ensino
fundamental; e também as Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental do Estado
do Paraná, sendo, portanto, a Matriz Curricular organizada disciplinarmente.
A Educação de Jovens e Adultos possui uma organização curricular
fundamentada na LDB nº9394/96, na Deliberação 008/00 CEE e demais legislações
pertinente a EJA.
A Oferta das disciplinas no estabelecimento de ensino são de forma coletiva e
individual, já as ações descentralizadas (APEDs) tanto para o ensino fundamental
quanto para o ensino médio, são presenciais e coletivas. A EJA Contempla todas as
disciplinas da Base Nacional Comum e a Parte Diversificada com carga horária
específica de cada disciplina. No Ensino Fundamental Fase II, a carga horária é de
1600/1610 horas ou 11920/1932 horas/aula, sendo a disciplina de Ensino Religioso
de matrícula facultativa ao aluno e de oferta obrigatória pelo estabelecimento de
ensino. O Ensino Médio possui a carga horária de 1440 horas ou 1200 horas-aula,
sendo a disciplina de Espanhol de matrícula facultativa ao aluno e de oferta
obrigatória pelo estabelecimento de ensino.
Os eixos articuladores do Currículo da Educação de Jovens e Adultos são:
cultura, trabalho e tempo.
a) Cultura: considera-se como eixo principal e norteador da ação
62
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
pedagógica a reflexão sobre a diversidade cultural, os valores, as
crenças e as formas de interação com o mundo de modo a promover o
conhecimento, visando a compreensão e entendimento de que as
diferenças e igualdades presentes entre os povos são construídos no
processo de humanização do homem.
b) Trabalho: os educadores devem entender o conceito de trabalho e sua
função na vida humana, assim como a compreensão de que o educando
da Educação de Jovens e Adultos se relaciona com o mundo do trabalho
e que por meio deste, almeja a melhoria da qualidade de vida, assim
como o acesso aos bens produzidos pela humanidade. Na organização
curricular da EJA, o trabalho é considerado como fruto da construção
humana desde seus primórdios até a atualidade.
c) Tempo: o tempo escolar estabelecido pelo calendário impera a hora
relógio e o tempo pedagógico. O tempo proposto pelo currículo escolar
da EJA deve ser utilizado metodologicamente como espaço de
mediação entre professor e educando no processo de interação e
compreensão de si mesmo e do mundo.
Nesse sentido, o docente deve respeitar os diferentes tempos necessários a
aprendizagem do aluno da EJA. O currículo da EJA deve conter uma metodologia
integradora e emancipadora, visando o atendimento aos interesses e necessidades
das pessoas que tenham o conhecimento socialmente construído, com tempos
próprios de aprendizagens, que estão inseridos no mundo de trabalho. O professor
deve considerar o perfil do educando da EJA, observando o tempo vivido e as
relações de trabalho que permeiam a construção desse sujeito, de modo a
considerar a metodologia da Educação de Jovens e Adultos.
5.1.17 Concepção de gestão escolar – mecanismos de gestão
Com base nos princípios da Gestão Democrática e atendendo ao que
preconiza a LDB 9394/96 e o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Constituição
63
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Federal, assim como as determinações emanadas pela SEED, Conselho Estadual
de Educação do Paraná, Regimento Escolar e as instâncias colegiadas: APMF,
Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, pretende-se desenvolver a prática social
transformadora.
A gestão escolar possui como meta o desenvolvimento de suas ações
voltadas a um trabalho de equipe, atendendo a diversidade, a inclusão, a gestão de
recursos financeiros e humanos pautada na Igualdade de condições para acesso e
permanência no processo educativo. A Gestão democrática, a Valorização do
Magistério, a Liberdade e Autonomia são conquistadas na medida em que cada um
de nós desenvolve ações de forma coletiva, com ideais, seriedade e
responsabilidade.
Para Libâneo (2004), "a autonomia é sinônimo democrático – participativo,
razão de ser, de autogovernar-se, de decidir sobre seu próprio destino; de poder de
decisão". Isso naturalmente implica em "Liberdade", ou seja, ser capaz de decidir o
melhor caminho, a melhor escolha. Ao fazermos nossas escolhas é preciso ter
clareza de que esta, em uma instituição de ensino integra um sistema escolar, e
depende das políticas públicas e da gestão pública, o que resultará em ações
concretas, ou seja, que tipo de lutas devemos travar para alcançarmos nossos
objetivos. E é na escola, portanto, na vida, que temos grandes lições sobre nossa
autonomia e liberdade.
A Igualdade de oportunidades promove a todos o domínio de conhecimentos
e o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais necessários ao
atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos, (à constituição) da
cidadania tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
(Libâneo, 2004). Os alunos que permanecem no processo educativo terão inúmeras
possibilidades para lutar por seu ideal e pelo ideal de uma coletividade; por isso a
escola, a sociedade, a mantenedora (SEED), deve utilizar todos os seus meios para
manter a permanência, o acesso e a qualidade de ensino; afinal as escolas existem
para que os alunos aprendam e evoluam.
Numa gestão democrática o papel do dirigente numa concepção democrático-
participativa se remete a fazer com que sua organização produza resultados com os
recursos existentes tendo capacidade para superar desafios com soluções criativas
64
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
e eficazes. Para isso é preciso ter clareza do que se deseja atingir e produzir e para
tal é preciso contar com o apoio dos alunos, da comunidade e de toda equipe que
compõe o quadro escolar e as instâncias colegiadas de forma coletiva. Como faz
parte de uma organização estruturada, hierarquizada, com leis e regras definidas e
também de uma estrutura não formal e comunitária é preciso ser flexível e inovador,
atendendo as expectativas almejadas.
O dirigente assumindo o modelo participativo, assume e assegura a
democratização da escola, isto é, envolve toda comunidade escolar no processo de
tomada de decisões e funcionamento da organização escolar. Suas ações por sua
vez deixam de estar centralizadas na figura do "diretor (a)" favorecendo a dinâmica
das relações entre a comunidade; experimentando, ousando e definindo
coletivamente os rumos do trabalho. Portanto nesta concepção, a autonomia é um
dos mais importantes princípios para a construção do trabalho coletivo.
Para Libâneo (2004), "o dirigente da escola tem uma visão de conjunto e uma
atuação que apreende a escola nos seus aspectos pedagógicos, culturais,
administrativos, financeiros. A escolha do diretor de escola requer responsabilidade
do sistema de ensino e da comunidade escolar". Daí a importância de se
desenvolver um trabalho onde, aos poucos os alunos e a comunidade vai
amadurecendo e percebendo que, quanto mais adquirimos o conhecimento mais
temos possibilidades de enxergar, opinar e defendermos nossas ideias. A
participação direta dos alunos representantes de turmas, do Grêmio Estudantil, do
Conselho de Classe, da APMF e do Conselho Escolar, possibilitará a todos o direito
a participação e a representatividade de forma democrática.
Desta forma cada membro que compõe as instâncias colegiadas devem
exercer os seguintes papéis:
a) o aluno como sujeito do processo;
b) o compromisso com a democracia;
c) a preservação do meio ambiente;
d) a proposição de iniciativas para o enfrentamento dos problemas;
e) a integração dos alunos na vida da escola;
f) a garantia de um ambiente democrático e solidário na escola;
g) a possibilidade da convivência grupal e etc.
65
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Por fim é com muita clareza que todo dirigente deve conduzir seu trabalho de
modo que perceba o ato de planejar como uma das premissas para exercer sua
função, ou seja, necessita de seu plano de ação, da linha que se pretende caminhar.
Este processo leva o estabelecimento de um conjunto coordenado de ações que
visam o atendimento de determinados objetivos e metas construídas coletivamente
com a comunidade escolar.
5.1.18 Concepção de Educação Inclusiva
Educação inclusiva está além dos portadores de deficiências, ela faz parte do
processo educacional com intuito de atender todos aqueles que de alguma maneira
são excluídos da esfera educacional. São vários fatores que contribuem para a
exclusão e o fracasso do aluno em seu processo de escolarização: problemas
sociais, culturais, psicológicos, distúrbios de aprendizagem e outros.
A educação inclusiva opõe-se a todo e qualquer tipo de discriminação, e para
que esta proposta se efetive a escola necessita repensar todos os seus julgamentos,
a procura de uma educação que reverencie heterogeneidade, valorizando o ser
humano por completo.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial tecem
apontamentos e proposições que favoreçam a integração social. No Estado do
Paraná, o que norteia a educação inclusiva é as Diretrizes da Educação Especial
para a construção de currículos inclusivos.
O desafio proposto é vivenciar efetivamente práticas inclusivas em todas as
ações da escola, isto requer refletir sobre acessibilidade, a garantia do
conhecimento, possibilitar a todos o envolvimento no espaço escolar.
A SEED reconhece o enorme contingente de alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais e por meio de projetos propõe a inclusão
social e cidadania. Define ainda que, a oferta de serviços e apoios especializados,
em Educação Especial, destina-se a crianças, jovens e adultos com necessidades
educacionais permanentes, em função de:
66
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
a) dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento, vinculados a distúrbios, limitações ou deficiências, que demandem apoios intensos e contínuos no processo educacional, como é o caso de alunos com deficiência mental, múltiplas deficiências e/ou transtornos de desenvolvimento associados a graves problemas de comportamento;
b) dificuldades de comunicação e sinalização, demandando o uso de outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis como é o caso de alunos surdos, surdo cegos, cegos, autistas ou com sequelas de paralisia cerebral;
c) superdotação ou altas habilidades que, devido às necessidades e motivações específicas, requeiram enriquecimento, aprofundamento curricular e aceleração na oferta de acesso aos conhecimentos. (Diretrizes da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos, 2008, p. 45)
Visando o atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica
com complementação a escolarização dos alunos que apresentam deficiência
intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e
transtornos funcionais específicos, os alunos são inseridos na Sala de Recursos
Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica como meio de apoiar o sistema de
ensino e complementação da escolarização dos alunos em conformidade com o que
preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96; o Decreto
Federal n° 7611/2011; a Instrução n° 16/2011 – SEED/SUED; além ainda dos
preceitos legais que regem a educação.
5.1.19 Concepção da Formação Continuada dos Profissionais da Educação
O trabalho é uma práxis, uma ação humana que pressupõe a relação dialética
entre a teoria e a prática, o pensar e o agir. O saber então está para transformar o
mundo e a si mesmo. É sob esta ótica que devemos pensar a escola: um local de
recriação e crítica do saber.
Paulo Freire defendia a boniteza de ser gente, a boniteza de ser professor, de
ser um profissional da educação. Ele acreditava que ensinar e aprender não existem
fora da procura, da boniteza e da alegria.
Para o educador Moacir Gadotti (1997), "o ofício de professor, é esperança.
67
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Esperança de ter um mundo melhor, com pessoas mais humanas...”
Ser um profissional da educação implica em compromisso com a arte de
educar; ou seja, estar envolvido com os conteúdos, com a cidadania, com a paz,
com a metodologia, com as estratégias organizacionais da escola e da sala de aula.
Os encontros entre os profissionais da educação para troca de experiências,
medos, incertezas, estudos de casos, estudo científico é uma necessidade como de
qualquer outro profissional, ou seja, estar sempre se capacitando e se relacionando
com seus pares. Portanto o plano de formação continuada é uma necessidade tanto
no âmbito da formação inicial quanto no da formação em exercício como preconiza a
LDB 9394/96 em seus artigos 61 e 67.
Necessitamos reconstruir a imagem social dos profissionais da educação
como aqueles que possuem consciência política, estilo, conhecimento, cultura,
autonomia e valorização.
Arroyo (2002) diz que, "o que a escola é e o que seus profissionais são
depende muito da vontade política, dos confrontos de hegemonia nas opções de
políticas, mas depende muito também da herança estrutural, social, cultural onde
finca suas raízes (...)"
Percebemos desta forma que a conquista da cidadania passa pela educação
permanente, pois ser um educador implica em competências mais complexas que
atingimos mediante estudos, capacitações, troca de experiências e etc; pois temos
que enxergar a educação de forma totalitária e não fragmentada e dividida.
A cultura a cada dia acumula novos conhecimentos, novas tecnologias. A
evolução da ciência não tem limites, sendo assim, percebe-se que quanto mais
aprendemos, mais distantes estamos da fonte do saber. Como dizia Sócrates "Sei
que nada sei...", quanto mais nos aprofundamos no conhecimento, percebemos que
ainda temos muito que aprender.
Ao desenvolvermos nosso trabalho temos que ter a clareza de estar
cumprindo com a função social de forma consciente, caso contrário estaremos
submetidos ao processo de alienação e desumanização.
Para Libâneo (1998) "a formação continuada vem acompanhada de outro, a
formação inicial. A formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos e
práticos destinados à formação profissional, completados por estágios".
68
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A formação continuada é essencial para a prática de qualquer profissional e
em especial aqueles que lidam com a educação, pois esta os auxilia em seus
conhecimentos teóricos, nas atividades práticas, nas trocas de experiências que
muito ajudam a ampliar os conhecimentos no exercício do magistério. Nossas
escolas na atualidade passam por inúmeras mudanças onde o professor tem que
acompanhar os avanços tecnológicos e mudanças comportamentais dos alunos
diante dos problemas econômicos, sociais e violência mostrada pela mídia, a
inversão de valores das pessoas faz com que haja necessidade de se informar cada
vez mais para melhorar o trabalho pedagógico.
Libâneo (1998) diz que" a formação continuada pode possibilitar a reflexão e
a mudança nas práticas docentes ajudando professores, pedagogos, diretores,
funcionários, conselheiros e alunos a tomarem consciência das suas dificuldades,
compreendendo-as e elaborando formas de enfrentá-las.
Não basta saber apenas como enfrentar os problemas é necessário refletir
sobre a busca de possíveis soluções e que de preferência sejam efetivadas
coletivamente.
Segundo Perrenoud (1999), "para enfrentar a complexidade do trabalho de
ensinar, não basta somente a prática reflexiva e a experiência, é necessário cursos
de aperfeiçoamento, reuniões pedagógicas, conselhos de classe e etc".
A formação continuada está centrada na formação do profissional de
educação dentro de sua jornada de trabalho participando de todas as ações
escolares como: reuniões pedagógicas, construção do projeto político pedagógico,
grupos de estudos, palestras, cursos, seminários, oficinas, a hora-atividade, o
conselho de classe, onde são privilegiadas a discussão e análise das práticas
educativas da escola; além da busca do próprio crescimento pessoal utilizando a
leitura de bons livros, consulta à internet, em jornais, revistas e etc. Isto significa que
a análise da prática a luz da teoria nos leva à transformação interna e externa.
Para que a formação em serviço se consolide, o sistema de ensino e a
escola, precisam assegurar tanto as condições institucionais quanto técnicas e
materiais para o desenvolvimento profissional, pois é com a troca de experiências, o
compartilhar e refletir coletivamente que nos fazem crescer e consequentemente nos
transformará num pesquisador.
69
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A hora-atividade é uma conquista para os docentes, pois favorece o trabalho
coletivo e é um tempo reservado para estudos, avaliação e planejamento. Desta
forma a escola deve organizá-la garantindo a carga horária que lhe é direito sob a
orientação e coordenação da equipe pedagógica.
Temos que acreditar que a formação continuada é condição indispensável
para a profissionalização de todos, pois é discutindo, criando e recriando
coletivamente que iremos conquistar nosso valor perante a sociedade.
70
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
6 MARCO OPERACIONAL
O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola - EFM desenvolverá seus
trabalhos com vistas à transformação de sua realidade com o propósito de abranger
a comunidade em geral na mudança de posturas e de pensamento.
Para que haja esta transformação, propõe-se a união entre todos com o
propósito de melhorar a qualidade de ensino, pois a escola se constrói na sua
relação com a sociedade e a sociedade em geral tem apresentado um ritmo
acelerado de transformações e a nossa escola deve acompanhá-las, visto que está
inclusa neste processo.
O sentimento de impotência frente às mudanças aponta para a necessidade
de maior envolvimento com práticas coletivas que possibilite refletir, construir
esperanças, aprender a fazer. Somos sujeitos de nossa história, de nossa ação
educativa, de nossos pensamentos e valores, culturas e identidades diversas.
Sabemos que o alunado faz parte de um encontro cultural de gerações de adultos,
adolescentes e até mesmo idosos, cada um construindo sua própria história e a
nossa história, e isso acontece no tempo da escola e em outros tempos. Nesta
dinâmica de relações exige-se dos docentes/educadores novos modos de pensar e
agir, muitas vezes movidos as escolhas e possibilidades inovadoras.
Entre a escola que temos e a que teremos existe uma distância e é esta
distância que queremos e sonhamos diminuir; para tanto o grupo deve assumir seu
posicionamento político frente à luta que deveremos travar a fim de obtermos a
escola desejada alargando a visão dos docentes, dos funcionários, dos alunos, dos
pais, dos órgãos colegiados, e etc. Com o espírito crítico aguçado, com a
capacidade argumentativa, formaremos novos líderes que atuarão na sociedade de
maneira ética visando o bem comum. E é isto que nossa sociedade necessita:
pessoas éticas, humanas, solidárias, justas, que detenham o conhecimento. A
aquisição do conhecimento deverá propiciar ao aluno a libertação. Para tanto o
professor precisa saber qual é o estágio de desenvolvimento intelectual do aluno
com o qual vai trabalhar, a fim de criar situações para que ele aprenda. Portanto o
conhecimento é concebido como resultado da ação que se passa entre o sujeito e
71
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
um objeto, ou seja, da interação entre ambos. Desta forma, sujeito-objeto, homem-
mundo, professor-aluno estão inter-relacionados. O ato de conhecer é dinâmico, já
que o ser humano passa por estágios progressivos; sendo assim o conhecimento
deve ser valorizado como produto acumulado pela humanidade, valorizando o
sujeito com sua experiência de vida e sua capacidade de construção do
conhecimento. Desta forma supera-se a visão de que apenas o docente detém o
saber, pois o saber se encontra em todos os lugares. O professor será o mediador
do conhecimento, a pessoa que irá conduzir os trabalhos escolares, oportunizando
aos alunos momentos diferenciados de saberes, esclarecendo dúvidas,
incentivando-os à continuidade, permanência, aproveitamento dos estudos e
atuação como cidadãos.
As grandes linhas de ações que este colégio pretende desenvolver estão
definidas nos seguintes eixos:
a) Gestão Democrática
Gerir uma escola significa um pensar coletivo na busca de soluções aos
problemas apresentados cotidianamente.
Com o comprometimento e a conscientização do papel que cada indivíduo
deve exercer visando à função social da escola, pretende-se:
a) Que se desenvolva uma Gestão Democrática como um processo político-
pedagógico de discussão e planejamento, decisão, coordenação e
execução do conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da escola.
b) Que se possa desenvolver um trabalho com enfoque na gestão
pedagógica, gestão financeira e administrativa com diálogo aberto e
permanente frente a sua equipe, com os órgãos colegiados, com os
alunos e com a comunidade, com vistas à melhoria da qualidade de
ensino.
c) Que possibilite a todos o direito à participação na tomada de decisão,
ouvir a voz da classe assim como promover um trabalho articulado entre
direção, direção auxiliar, professor pedagogo, professores, funcionários,
alunos, pais e comunidade a fim de que se possa estabelecer um clima de
harmonia entre seus pares na busca de soluções para os problemas
72
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
enfrentados como também nos momentos de alegria e na obtenção dos
bons resultados.
d) Que a direção auxiliar seja a peça de apoio da direção, portanto ambas
devem desenvolver uma proposta de trabalho coletivo a fim de atingir os
fins educacionais.
e) Que se articule o trabalho do conjunto dos profissionais da escola entre
alunos, pais e comunidade com base no diálogo permanente.
f) Que o trabalho seja desenvolvido da melhor maneira possível, motivando
e mobilizando as pessoas em torno de objetivos e metas comuns a serem
compreendidas por todos de forma integradora.
g) Que se estimule a participação dos pais quanto ao acompanhamento da
vida escolar de seus filhos de modo a sugerir, criticar, propor mudanças,
alternativas visando à melhoria da qualidade de ensino.
h) Que cumpra sua função de coordenar o trabalho na escola, lidando com
os conflitos decorrentes especialmente das relações de poder,
encaminhando e/ou solucionando-os para o desenvolvimento da função
pedagógica da escola.
b) Proposta Pedagógica ou Curricular
A Proposta Pedagógica Curricular elaborada coletivamente tem como base as
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná. Na proposta apresentam-se os
fundamentos teóricos das disciplinas, objetivos gerais, metodologia, a avaliação e
conteúdos curriculares. São abordados ainda os conteúdos obrigatórios: História do
Paraná – Lei 13381/01, História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena (Lei n°
11645/08), Música (Lei n° 11769/08), Prevenção ao Uso Indevido de Drogas,
Sexualidade Humana, Educação Ambiental Lei Federal n° 9795/99, Dec. N°
4201/02, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra a Criança e ao
Adolescente Lei Federal n° 11525/07, Educação Tributária De. N° 1143/99, Portaria
n° 413/02, os objetivos que norteiam o trabalho docente. É preciso que se concretize
algumas ações de modo a efetivá-la e implementá-la visando a qualidade de ensino:
a) Que se compreenda a relação intrínseca entre o Projeto Político
Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular como essência do
73
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
trabalho educativo por meio de reuniões elaboradas pela direção e equipe
pedagógica.
b) Que o currículo seja o resultado de amplos debates que tenham envolvido
professores, alunos, comunidades e com a participação dos sujeitos
diretamente interessados em sua constituição final.
c) Que se possa desenvolver na escola uma linha pedagógica de forma
compartilhada e consensual de acordo com as Diretrizes Curriculares do
Estado do Paraná.
d) Que se criem mecanismos que possam reverter consideravelmente os
índices de repetência, visando à melhoria, a qualidade de ensino e a
permanência dos alunos à escola.
e) Que o currículo seja configurador da prática, produto de ampla discussão
entre os sujeitos da educação, fundamentado nas teorias críticas e com
organização disciplinar com apoio da equipe pedagógica e direção.
f) Que os conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais,
políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade
contemporânea. Nesse sentido espera-se que os docentes desenvolvam
seus trabalhos de forma organizada e coesa visando à emancipação dos
sujeitos.
g) Que compreendam a importância da produção científica, a reflexão
filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem
para a formação plena do cidadão.
c) Formação Continuada
A necessidade constante de atualização é uma exigência em todas as
profissões e muito mais em se tratando de educadores.
Na dinâmica da educação, todos os funcionários devem estar sempre
aprendendo, considerando que vivemos num período ímpar na história da
humanidade em que a produção do conhecimento ganhou ritmo acelerado.
Para atender as expectativas de uma escola que se renova e busca a
transformação é preciso que os pedagogos, a direção, os funcionários, os docentes,
as instâncias colegiadas se proponham as seguintes ações:
74
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
a) Que compreendam e que se mantenham atualizados sobre os
acontecimentos do mundo, de nosso país, de nosso estado, e de nossa
comunidade local, de modo a ampliar as fronteiras de visão.
b) Que se propicie durante a hora atividade e em outros momentos a
atualização teórico metodológica.
c) Que possam ter acesso às informações atualizadas em educação de
modo a refletir sobre a atuação docente em relação aos desafios a
superar.
d) Que haja incentivo e participação dos docentes em todas as formas de
formação continuada seja ela presencial, semi-presencial ou à distância.
e) Que se compreendam as reuniões pedagógicas, os conselhos de classes
como momentos coletivos e individuais de reflexão sobre a prática
pedagógica à luz da teoria.
f) Que sejam viabilizados pela mantenedora, cursos básicos de informática
no próprio local de trabalho aos profissionais que necessitam de
formação.
g) Que as horas atividades dos professores sejam feitas entre as áreas afins
de modo a facilitar o trabalho coletivo e a troca de experiências.
d) O Processo de Avaliação
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. É realizada em função dos conteúdos, utilizando
métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades
educativas.
Nenhum aluno pode ser submetido a uma única oportunidade e a um único
instrumento de avaliação.
A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 ( zero) a 10,0 (dez).
A média final para cada disciplina é obtida pela somatória dos resultados
trimestrais dividido pelo número de trimestres:
75
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
MA = 1° TRI + 2° TRI + 3° TRI = MF
3
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,
aliada à apuração da sua frequência. Na promoção ou certificação de conclusão,
para os anos finais do Ensino Fundamental, a média final mínima exigida é de 6,0
(seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.
Os alunos do Ensino Fundamental serão considerados retidos ao final do ano
letivo quando apresentarem frequência inferior a 75% do total de horas letivas,
independentemente do aproveitamento escolar; e frequência superior a 75% do total
de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
Na Educação de Jovens e Adultos serão registradas duas (02) a seis (06)
notas por disciplina, que correspondem às provas individuais escritas e a outros
instrumentos avaliativos adotados, sendo estas submetidas à presença do professor.
Os registros de notas da EJA para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino
Médio constituirão de:
a) 06 (seis) registros de notas nas disciplinas de Língua Portuguesa,
Matemática, Língua Portuguesa e Literatura;
b) 04 (quatro) registros de notas nas disciplinas de História, Geografia,
Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e
Biologia;
c) 02 (dois) registros de notas nas disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia e
Educação Física.
Na Educação de Jovens e Adultos o aluno deverá atingir no mínimo a nota 6,0
(seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações processuais.
A média final para cada disciplina da EJA corresponderá a média aritmética
dos Registros de Notas, resultantes das avaliações realizadas.
Média Final ou MF = Soma dos Registros de Notas
Número de Registros de Notas
Sabemos que nem todas as pessoas aprendem no mesmo momento, com a
76
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
mesma metodologia. Diante disto, as expectativas de aprendizagens estão
claramente expressas nos objetivos e nos critérios de avaliação propostos.
Assim a avaliação será realizada de modo:
a) Que possa subsidiar o professor sobre a reflexão de sua prática
pedagógica, da criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada
dos aspectos que devam ser revistos, ajustados ou reconhecidos como
adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo.
b) Que a avaliação para o aluno se torne a tomada de consciência de sua
caminhada, de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para a
reorganização de seu investimento na tarefa de aprender; e para a escola,
a avaliação possibilite a definição de prioridades das ações educacionais,
ou seja, onde necessita maior apoio.
c) Que seja realizada necessariamente uma avaliação inicial, tendo em vista
o estabelecimento do ponto de partida para o planejamento do professor,
além de se considerar os aspectos individuais e necessidades especiais.
d) Que durante o ano letivo e na medida em que se percebam os problemas
de aprendizagens, os alunos, após terem sido submetidos à avaliação
dos professores e à intervenção da equipe pedagógica, poderão ser
encaminhados à Sala de Recursos (6° ao 9° anos) ou Sala de Apoio à
Aprendizagem (alunos de 6° ano e 7º ano), sempre que se fizer
necessário, respeitando as instruções enviadas pela SEED.
e) Que o processo avaliativo contemple a observação dos avanços e da
qualidade alcançada pelos alunos em suas aprendizagens.
f) Que os momentos avaliativos sejam importantes por se constituírem
situações em que os professores, alunos e a própria instituição formalize
o que não fora assimilado e possam elaborar as intervenções adequadas.
g) Que o professor avalie continuamente o desempenho de seus alunos
acompanhando-os sistematicamente e utilizando-se de diversos
instrumentos e situações que possibilitem a aprendizagem.
h) Que se utilize de diferentes linguagens de forma a considerar os
diferentes caminhos de manifestações de aprendizagens dos alunos.
i) Que sejam tomadas decisões pedagógicas decorrentes dos resultados da
77
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
avaliação, pois estas orientam a reorganização da prática educativa do
professor no seu dia a dia e ações como o acompanhamento
individualizado pelo professor, quando necessário, além de propiciar a
todos a retomada do conteúdo que não fora apreendido.
j) Que a avaliação seja um instrumento para avaliar o trabalho escolar, o
desempenho da direção, equipe pedagógica, professores, funcionários e
instâncias colegiadas, buscando melhores alternativas para que a escola
seja efetiva.
e) Recuperação de estudos
A recuperação de estudos é concomitante ao processo de ensino e
aprendizagem, sendo organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didáticos metodológicos diversificados. Os resultados da recuperação
são incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, como
constituinte do aproveitamento escolar, sendo obrigatória a anotação no Livro de
Registro de Classe e nas fichas individuais da Educação de Jovens e Adultos.
f) Conselho de classe
Este Estabelecimento de Ensino realiza o Conselho de Classe Participativo
com a seguinte organização:
a) Pré conselho de classe com professores e alunos a fim de coletar
informações e dados que interfere no processo ensino aprendizagem.
b) Durante a realização do Conselho de Classe Participativo com a presença
dos pais representantes de turma, alunos representantes de turma são
discutidas ações para o enfrentamento dos dados levantados durante o
pré conselho de classe.
c) No pós conselho as ações são executas conforme o deliberado durante a
realização do Conselho de Classe.
Temos a necessidade do fortalecimento do Conselho de Classe por meio de
discussões e reflexões que atentem às reais necessidades encontradas por meio do
diagnóstico apresentado no pré conselho de classe. Para que estas sejam
78
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
viabilizadas é importante que o Conselho de Classe não seja realizado em apenas
um único dia, dado ao número elevado de alunos que este Estabelecimento de
Ensino possui.
g) Classificação
A classificação é o procedimento que este Estabelecimento de Ensino adota
para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e
desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser realizada
por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, o ano ou fase
anterior na própria escola; por transferência, para os alunos procedentes de outras
escolas, do país ou exterior, considerando a classificação da escola de origem; ou
independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o
aluno no ano, ciclo ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e
experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
a) organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da
escola para efetivar o processo;
b) proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
c) comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,
para obter o respectivo consentimento;
d) arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
e) registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
Na Educação de Jovens e adultos, o processo de classificação poderá
posicionar o aluno, para matrícula na disciplina em 25%, 50%, 75% ou 100% da
carga horária total de cada disciplina do Ensino Fundamental – Fase II e, no Ensino
Médio, em 25%, 50%, 75% da carga horária total de cada disciplina, de acordo com
a Proposta Pedagógica da Educação de Jovens e Adultos. Do total de carga horária
restante a ser cursada na disciplina, na qual o aluno foi classificado, é obrigatória a
79
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
frequência de 75% na Organização Coletiva e de 100% na Organização Individual.
Na classificação com êxito em 100% do total da carga horária, em todas as
disciplinas do Ensino Fundamental – Fase II, o aluno está apto a realizar matrícula
inicial no Ensino Médio. Em caso de transferência esta só poderá ser expedida após
o aluno ter concluído, no mínimo, 2 ( duas) disciplinas do Ensino Médio e obtido, no
mínimo 1( um) registro de nota e frequência nas demais disciplinas matriculadas.
Após o processo de classificação das disciplinas do Ensino Fundamental –
Fase II e Ensino Médio, de acordo com o percentual de carga horária avançada, terá
as seguintes quantidades de registros de notas:
I – Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e Literatura, o aluno
classificado com:
a) 25% deverá ter 4 (quatro) registros de notas;
b) 50% deverá ter 3 (três) registros de notas;
c) 75% deverá ter 2 (dois) registros de notas;
d) 100% no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina.
II – Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna,
Química, Física e Biologia, o aluno classificado com:
a) 25% deverá ter 3 (três) registros de notas;;
b) 50% deverá ter 2 (dois) registros de notas;
c) 75% deverá ter 1 (um) registro de notas;
d) 100% no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina.
III – Arte, Filosofia, Sociologia e Educação Física, o aluno classificado com:
a) 25% deverá ter 2 (dois) registros de notas;
b) 50% deverá ter 1 (um) registro de notas;
c) 75% deverá ter 1 (um) registro de notas;
d) 100% no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina.
h) Reclassificação
Processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau de experiência
do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano letivo, levando em conta as
80
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível
com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu
Histórico Escolar. Os professores verificarão as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com freqüência no
ano/disciplina e em seguida dará conhecimento à equipe pedagógica de modo que
se inicie o processo de reclassificação.
A equipe pedagógica comunicará com antecedência, o aluno e/ou seus
responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de obter o
devido consentimento. A equipe pedagógica será assessorada pela equipe do
Núcleo Regional de Educação que instituirá Comissão, conforme orientações
emanadas da Secretaria de Estado da Educação, a fim de discutir as evidências e
documentos que comprovem a necessidade da reclassificação. Esta Comissão
deverá elaborar um relatório dos assuntos tratados nas reuniões, anexando os
documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que sejam
arquivados na Pasta Individual do aluno. O aluno reclassificado deve ser
acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus
resultados de aprendizagem.
Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos, poderão ser reclassificados
os alunos matriculados, porém devem ter cursado no mínimo 25% do total da carga
horária definida para cada disciplina, no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino
Médio. Há que se observar a idade para a conclusão do nível de ensino, de acordo
com a legislação vigente.
Na disciplina de Ensino Religioso é vedada a reclassificação.
O aluno da Educação de Jovens e Adultos no processo de reclassificação,
poderá avançar em 25% ou 50% na carga horária total de cada disciplina do Ensino
Fundamental – Fase II e do Ensino Médio:
I – tendo cursado 25% e avançado em 25%, o aluno deverá cursar ainda 50%
da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidades de registros:
a) nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e
Literatura, o aluno deverá ter 4 (quatro) registros de notas;
b) nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 3
(três) registros de notas;
c) nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física
deverá ter 2 (dois) registros de notas;
II – tendo cursado 25% e avançado em 50%, o aluno deverá cursar ainda
25% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidade de registros
de notas:
a) nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática,e Língua Portuguesa e
Literatura, o aluno deverá cursar 3 (três) registros de notas;
b) nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua
Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 2
(dois) registros de notas;
c) nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o
aluno deverá ter 2 (dois) registros de notas.
Caso o aluno tenha cursado 25% ou mais da carga horária total da disciplina,
após reclassificado, deverá cursar ainda, obrigatoriamente, no mínimo, 25% do total
da carga horária.
O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará
a Pasta Individual do aluno. Após o resultado final do processo de reclassificação
realizado pelo estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser
encaminhado à Secretaria de Estado da Educação
i) Adaptação
É uma atividade pedagógica desenvolvida sem prejuízo das atividades
previstas na Proposta Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo.
Esta é feita pela Base Nacional Comum e na conclusão do curso, o aluno deverá ter
cursado pelo menos, uma Língua Estrangeira Moderna. A adaptação de estudos
deve ser realizada durante o período letivo, sendo de responsabilidade da equipe
pedagógica e docente a efetivação do processo com a elaboração do plano próprio,
flexível re adequado ao aluno. Ao final do processo será elaborada a Ata de
resultados que serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final.
82
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
j) Aproveitamento de estudos
Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados. A carga horária
efetivamente cumprida pelo aluno, no estabelecimento de ensino de origem, será
transcrita no Histórico Escolar, para fins de cálculo da carga horária total do curso.
Na Educação de Jovens e Adultos, o aluno poderá requerer aproveitamento
integral de estudos de disciplinas concluídas com êxito, por meio de cursos
organizados por disciplina ou de Exames Supletivos, apresentando a comprovação
de conclusão. O aluno oriundo de organização de ensino diferente da ofertada nesta
modalidade de ensino, serão desconsiderados os registros de notas e carga horária
do estabelecimento de ensino de origem, devendo realizar matrícula inicial em até 4
(quatro disciplinas).
k) Progressão Parcial
A matrícula por progressão parcial é realizada ao aluno que não obtendo
aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las
subsequente e concomitantemente anos seguintes. Porém, este Estabelecimento de
ensino não oferta aos seus alunos a matrícula com Progressão Parcial. Em relação
às transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas
serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos sob a
orientação da equipe pedagógica. Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos
é vedada a matrícula de alunos em regime de Progressão Parcial.
l) Atuação da Equipe Multidisciplinar
A Equipe Multidisciplinar atuará ao longo do ano letivo com a finalidade de
orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações
Étnico- Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro – Brasileira, Africana,
Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para que o
aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de seu
povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.
Serão desenvolvidas ações no decorrer dos trimestres de cada ano letivo, de
modo a promover a reflexão e conscientização de toda a comunidade escolar sobre
Educação das Relações Étnico - Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro –
83
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Brasileira, Africana, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil por meio de: teatro,
danças, palestras, pesquisas, músicas, usos e costumes, comidas típicas e etc. As
atividades citadas serão apresentadas à comunidade escolar com a realização da
Gincana Cultural, elaboração do mural, em atividades que haja o envolvimento e
integração entre escola e comunidade.
Esta equipe participará de eventos de formação continuada para que
obtenham o embasamento necessário a fim de nortear a implementação de ações
que resultem no objetivo concretizado.
m) Articulação do estabelecimento de ensino com a comunidade
O Estabelecimento de Ensino por meio da direção, direção auxiliar, equipe
pedagógica, professores e funcionários promoverão e articularão ações que
envolvam:
a) o diálogo constante com a família e/ou responsáveis pelos alunos como
base de toda interação entre família e escola;
b) conhecer a realidade do aluno e sua família respeitando suas
experiências, pois cada família possui uma história e caminhada;
c) respeito e valorização à diversidade;
d) buscar interações qualitativas positivas em ambientes socializadores e
educativos contemplando não somente os problemas, mas os pontos
positivos de seus filhos;
e) criar um ambiente receptivo onde a participação dos pais e/ou
responsáveis possam perceber a importância de sua contribuição para a
educação de seus filhos;
f) viabilizar o envolvimento de ações com o apoio dos segmentos da
sociedade como: saúde, qualidade de vida, esporte e lazer;
g) articular junto à comunidade a viabilização da Rede de Proteção da
Infância e Adolescência com intuito da permanência do aluno na escola
com qualidade.
n) Articulação entre as modalidades de ensino
Tanto o ensino fundamental como a EJA integra o corpo de discentes por isso
84
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
torna-se necessário:
a) Promoção de eventos e atividades culturais que envolvam a participação
de todos os alunos da escola.
b) A valorização e respeito à diversidade com uma convivência harmoniosa.
c) Que os alunos sejam representados pelo Grêmio Estudantil englobando
as modalidades de ensino.
d) Que compreendam os direitos e deveres dos alunos preconizados no
Regimento Escolar.
e) Que seja promovida a articulação com os anos iniciais do Ensino
Fundamental por meio de reuniões com a Secretaria Municipal de
Educação de Terra Rica, com os pais dos alunos, com a equipe
pedagógica e diretiva do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola,
representantes dos professores dos anos iniciais e finais, abrangendo as
seguintes temáticas:
dificuldades de aprendizagem;
acompanhamento dos pais ao processo ensino-aprendizagem;
alunos avaliados para frequentar a sala de recursos;
integração entre escola estadual e municipais;
defasagem idade-série;
frequência às aulas, dentre outros.
f) Que sejam promovidas reuniões aos docentes das séries finais do Ensino
Fundamental, a fim de que sejam discutidas as concepções de infância e
adolescência.
o) Estágio não obrigatório
O professor pedagogo orientador do Estágio Não Obrigatório fará visitas às
instituições onde está sendo realizado o estágio, a fim de avaliar as condições de
funcionamento, recomendando ou não sua continuidade, conforme a legislação
pertinente.
É necessário a avaliação do aluno em relação a contribuição da atividade
para o desempenho escolar. O professor orientador precisa ter acesso a três
documentos do aluno: rendimento e aproveitamento escolar; relatório elaborado pelo
aluno; relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente.
85
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O aluno deverá ainda ser conscientizado de que o Estágio não obrigatório prioriza a
relação entre teoria e prática no desenvolvimento curricular, sendo, portanto um ato
educativo.
p) Programas de Complementação Curricular:
I) Hora Treinamento e Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo
No inicio do ano letivo é feita a divulgação das atividades ofertadas pela
escola aos pais e ou/responsáveis e alunos. Cada aluno democraticamente escolhe
a atividade que deseja participar conforme seu interesse e disponibilidade de tempo.
A atividade complementar - Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo
são organizadas pela equipe diretiva e pedagógica, seguindo os princípios
norteadores e legais que as sustentam.
O diálogo permanente entre o docente, alunos, pais/comunidade e equipe
pedagógica é o eixo do trabalho a ser desenvolvido, com vistas à readequação e
correção de possíveis situações que forem apresentadas no decorrer da
implementação das aulas.
A seleção dos alunos para a participação do programa considerará o interesse
dos alunos, a disponibilidade de tempo e afinidade para esta atividade esportiva.
Desta forma, a modalidade de Futsal, é o que se apresenta neste ano de 2013,
enquanto a preferida dos alunos. As atividades a serem elaboradas pelo docente
visam à formação e organização de equipes esportivas para participar dos jogos
Escolares do Paraná, assim como, em outros eventos similares.
A avaliação dessas aulas e dos alunos terá como base o acompanhamento
constante do desenvolvimento das Aulas Especializadas de Treinamento, assim
como a freqüência dos alunos. Na medida em que forem constatadas situações em
que necessitem da intervenção pedagógica, estas serão efetuadas no processo.
Tomando como embasamento os documentos que norteiam as atividades, os
professores elaboram o Plano de Trabalho Docente com o acompanhamento da
equipe pedagógica. Nesse sentido torna-se relevante:
a) a conscientização dos alunos e pais sobre a importância da participação
nos programas de complementação curricular ofertados pelo
86
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Estabelecimento de Ensino;
b) a oferta para todos os alunos, inclusive da EJA, à participação nos
programas de complementação curricular, conforme as possibilidades de
cada um e o perfil das atividades;
c) o acompanhamento dos responsáveis em relação à freqüência,
participação e rendimento dos alunos nos programas de complementação
curricular.
II) Atendimento a Sala Multifuncional – Tipo I da Educação Básica
A avaliação para o ingresso dos alunos ao atendimento na Sala de Recursos
Multifuncional é feita primeiramente pelos professores do ensino regular por meio da
observação individual do aluno em todas as atividades realizadas em sala de aula,
assim como sua atitude frente às dificuldades, os acertos, o relacionamento entre os
alunos e professores. Sendo detectadas situações que mereçam uma investigação,
inicia-se a avaliação psicoeducacional no contexto escolar por parte da equipe
pedagógica e o professor da sala de recursos multifuncional, as quais serão
acrescidas do parecer dos profissionais especializados para cada área de
atendimento especializado. A partir do momento em que o aluno esteja inserido na
Sala de Recursos Multifuncional, o professor da referida sala, elabora as atividades
conforme a necessidade individual do aluno.
As ações realizadas na sala são acompanhadas pela equipe pedagógica por
meio da elaboração do cronograma de atendimento, do relatório individual do aluno,
da participação do professor no conselho de classe, das orientações prestadas aos
professores do ensino regular assim como o atendimento aos pais.
Em relação à freqüência e o atendimento ao aluno é imprescindível:
a) o compromisso dos pais e/ou responsáveis para que o aluno cumpra o
cronograma estabelecido;
b) o acompanhamento dos responsáveis sobre o rendimento do aluno;
c) a participação de reuniões quando convocado para o encaminhamento do
aluno a outras especialidades quando se julgar necessário;
d) o diálogo constante com a equipe pedagógica, professores do ensino
regular e a professora da Sala de Recursos Multifuncional tão logo se
87
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
percebam a necessidade do mesmo, contribuindo para a melhoria do
rendimento do aluno no processo de aprendizagem.
III) CELEM – ESPANHOL
O CELEM – Espanhol é ofertado a toda comunidade escolar, alunos, pais e
comunidade externa. A divulgação é feita no início do ano letivo onde os pais são
convocados a comparecerem para efetuar a matrícula e receber orientações sobre a
organização e funcionamento do curso.
A matrícula é feita na Secretaria da Escola por ordem de chegada. A
comunidade também pode matricular-se no curso conforme a disponibilidade de
horário e a oferta de vaga na escola.
O professor elabora o Plano de Trabalho Docente embasado nas Diretrizes
Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. Por meio deste, o plano de
aula se consolida com a intencionalidade desejada utilizando-se de diferentes
instrumentos que possam facilitar o processo ensino e aprendizagem. Todas as
ações executadas são acompanhadas pela direção, equipe pedagógica e pais por
meio da participação de reuniões pedagógicas, Conselho de Classe e frequência
dos alunos.
IV) Sala de Apoio à Aprendizagem
No início do ano letivo todos os professores trabalham com os alunos
realizando sondagens sobre o ponto de partida de cada turma nas diferentes
disciplinas, além ainda de detectar aqueles que apresentam defasagens de
aprendizagem. Considerando especificamente o ingresso dos alunos no 6° ano com
o nível de conhecimento esperado como concluinte das séries iniciais do ensino
fundamental, o professor regente preenche a ficha de encaminhamento assinalando
a situação em que o aluno se encontra em relação aos conteúdos transcritos. Por
meio dos itens assinalados o professor da sala de apoio busca a intervenção
adequada, o melhor encaminhamento a fim de que o aluno supere-os. Nos demais
anos procede-se do mesmo modo, com a observação das defasagens apresentadas
para a real necessidade da inclusão no programa respeitando os preceitos legais.
O professor que trabalha com a sala de apoio deve estar sempre em contato
88
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
com os professores regentes a fim de observar e constatar a evolução dos alunos,
assim como relatar constantemente a equipe pedagógica as adversidades para que
sejam resolvidas a tempo, como a freqüência regular dos alunos e o
acompanhamento pedagógico.
Os pais dos alunos que apresentam as defasagens de aprendizagem são
convocados a comparecerem na escola para receber orientações sobre o
funcionamento do programa e sua finalidade. São orientados pela equipe
pedagógica sobre a necessidade do apoio e compromisso dos pais e /ou
responsáveis quanto ao acompanhamento da frequência do filho assim como o
desenvolvimento das atividades trabalhadas. Caso haja alguma situação em que o
aluno não possa freqüentar o programa ofertado, os pais e/ou responsáveis assinam
o Termo de Desistência sendo arquivado na ficha individual do aluno.
È preenchido ainda o Parecer Final descritivo sobre o avanço do aluno.
q) Atuação da Equipe Pedagógica
a) Que se criem condições necessárias para que a Equipe Pedagógica da
escola possa assessorar e refletir junto aos professores em suas horas
atividades e em outros momentos o processo ensino-aprendizagem.
b) Que se oriente o processo de elaboração dos Planos de Trabalho
Docente junto ao coletivo de professores do colégio.
c) Que se promova e se coordene reuniões e estudos para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico.
d) Que se coordene a re-elaboração e efetivação do PPP e Plano de Ação
do estabelecimento de ensino.
e) Que se estabeleça contato com a família do educando, acompanhando a
frequência escolar e encaminhando-os aos órgãos competentes quando
necessário.
f) Que se oportunizem condições para que os docentes reflitam sobre sua
prática por meio de palestras, reuniões por área realizadas no decorrer do
ano letivo.
g) Que se motive constantemente a participação em eventos de formação
continuada conforme as possibilidades dos funcionários, professores, e
89
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
da escola.
h) Que se oportunizem momentos de reflexão e troca de experiências
focando o trabalho interdisciplinar durante a hora atividade.
i) Que se promovam reuniões entre direção, equipe pedagógica e
coordenação a fim de coordenar e avaliar a organização do trabalho
pedagógico e escolar.
j) Que se seja convocado os pais dos alunos que apresentam dificuldades
de aprendizagens ou outras situações que impeçam o bom
desenvolvimento escolar, a fim de que sejam elucidados os motivos e na
impossibilidade deste sejam encaminhados a outros serviços de apoio
quando necessário, dentro das possibilidades que a instituição escolar, o
município e os pais possuem.
r) Atuação dos Professores
a) Que busquem metodologias diversificadas na sala de aula, permitindo
níveis diferenciados de compreensão, de conhecimento, assegurando a
aprendizagem.
b) Que tenha como referencial teórico as Diretrizes Curriculares Estaduais e
as Expectativas de Aprendizagem da Educação Básica, o Projeto Político
Pedagógico e Proposta Pedagógica Curricular, articulados com o Plano
de Trabalho Docente efetivando-se no processo ensino/aprendizagem.
c) Que se oportunize ao educando avaliação e recuperação de conteúdos
utilizando-se de diversos instrumentos.
d) Que se empenhem em participar efetivamente da formação continuada
oportunizada pela mantenedora e outros, de modo que possa contribuir
para o entendimento teórico que sustenta a prática educativa.
e) Que busquem entendimentos por meio da formação continuada e o apoio
da equipe pedagógica o atendimento aos educandos com necessidades
educativas especiais, a inclusão dos alunos com ações específicas que
oportunizem o acesso, a permanência e o sucesso em seu processo de
escolarização.
f) Que convoquem os pais e/ou responsáveis a comparecerem na escola
90
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
em dia, horário determinados por cada professor para abordar os avanços
e dificuldades dos alunos em cada disciplina, assim como outras
ocorrências que possam estar prejudicando a aprendizagem.
s) Atuação dos Funcionários
a) Que seja garantida a formação continuada, dando oportunidade aos
funcionários de participar em cursos de capacitação oferecidos pela
mantenedora e outros, desde que contribua para sua qualificação
profissional.
b) Que tenha participação efetiva nas tomadas de decisões, administrativas
e pedagógicas como parte integrante da comunidade escolar.
t) Atuação dos Órgãos Colegiados
A equipe deste colégio propõe uma Gestão Democrática onde Conselho
Escolar, Conselho de Classe, Alunos Representantes de Turma, APMF e Grêmio
Estudantil, atuarão com vistas à transformação, mudança do espaço escolar tanto
nas questões relativas ao processo ensino-aprendizagem como em questões
pedagógicas, administrativas e financeiras. As instâncias colegiadas são compostas
por representantes dos diferentes segmentos da comunidade escolar, sendo:
a) APMF – representantes de pais de alunos; representantes dos
professores; representantes dos funcionários.
b) Conselho Escolar: Direção, professores, alunos, pais, funcionários e
representante da APMF.
c) Conselho de Classe: Direção, alunos, pais, equipe pedagógica,
professores.
d) Grêmio Estudantil: Alunos.
Para tanto, há as seguintes proposições para os referidos colegiados:
I) APMF (Associação de Pais, Mestre e Funcionários)
a) Que seja uma instituição que represente o segmento de família dos
alunos, representando e organizando os interesses da comunidade
escolar.
91
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
b) Que discuta sobre ações de assistência ao educando, de aprimoramento
do ensino e integração família/escola/comunidade, enviando sugestões,
em consonância com a proposta pedagógica.
c) Que busque a integração dos segmentos da sociedade organizada, no
contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a
realidade dessa comunidade.
d) Que promova o entrosamento entre pais, alunos, professores e
funcionários e toda a comunidade, através de atividades
sócio/educativa/cultural/desportivas.
e) Que gerencie e administre os recursos financeiros próprios e os que lhes
forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades
estabelecidas em reuniões conjuntas com o Conselho Escolar.
f) Que acompanhe o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo
as alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar.
g) Que seus membros participem de capacitações juntamente com a
comunidade escolar, fazendo parte da Formação Continuada
oportunizada pela mantenedora ou pela escola.
II) Conselho Escolar
a) Que seja o órgão responsável pelo estudo e planejamento, debate e
deliberação, acompanhamento, controle e avaliação das principais ações
do dia a dia da escola, no campo pedagógico, administrativo e financeiro.
b) Que seja uma ferramenta que objetive a superação dos condicionantes
ideológicos, institucionais, políticos e materiais, ampliando o sentido da
democracia na educação escolar.
c) Que se constitua em instrumento de democratização das relações no
interior da escola, ampliando os espaços de efetiva participação da
comunidade escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a
especificidade do trabalho pedagógico escolar.
d) Que promova o exercício da cidadania no interior da escola, articulando a
integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade
escolar na construção de uma escola pública de qualidade, laica, gratuita
92
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
e universal.
e) Que acompanhe e avalie o trabalho pedagógico desenvolvido pela
comunidade escolar, realizando as intervenções necessárias, tendo como
pressuposto o Projeto Político Pedagógico da Escola.
f) Que garanta o cumprimento da função social e da especificidade do
trabalho pedagógico da escola, de modo que a organização das
atividades educativas e escolares esteja pautada nos princípios da
Gestão Democrática.
g) Que as das instâncias colegiadas participem de cursos, capacitações,
reuniões, semana pedagógica ofertadas pela mantenedora e/ou escola
de forma que possam compreender as concepções que norteiam o
trabalho educativo.
III) Conselho de Classe
a) Que se compreendam os conselhos de classes como momento
oportunizados para reflexão e tomada de decisão sobre a prática
pedagógica visando o processo ensino/aprendizagem.
b) Que sejam mantidos os Pré-Conselhos, Conselhos de Classe e Pós-
Conselho de Classe de forma garantir o processo coletivo de reflexão-
ação sobre o trabalho pedagógico.
c) Que se mantenha a realização dos Conselhos de Classe participativos
com representantes da comunidade escolar de forma que contribuam
para a melhoria do ensino.
IV) Grêmio Estudantil
a) Que represente condignamente o corpo discente em suas ações.
b) Que seja a entidade do segmento estudantil a serviço da ampliação da
democracia na escola através do exercício de suas funções.
c) Que defenda os interesses individuais e coletivos dos alunos do colégio.
d) Que incentive a cultura literária, artística e desportiva de seus membros.
e) Que promova a cooperação entre administradores, funcionários,
professores e alunos no trabalho Escolar buscando seus aprimoramentos.
93
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
u) Qualificação dos Recursos Físicos, Materiais e Pedagógicos
Nos últimos anos várias reivindicações referentes aos recursos materiais,
físicos e pedagógicos foram atendidas, porém existe a reposição, inovação
tecnológica e outras necessidades que vão surgindo conforme o passar do tempo.
Nesse sentido faz-se necessário:
Que seja atendida a solicitação feita pela direção quanto à construção de um
refeitório e salas de aula, reforma do estacionamento e da residência do caseiro,
conforme pedidos protocolados com os números: 9.599.740-6; 9.444.186-2;
9.299.775-8 e 10.016.325-0.
a) Que seja mantida a manutenção do jardinamento da escola envolvendo
toda comunidade escolar;
b) Que a realização das aulas práticas em laboratório seja de forma efetiva,
planejada e registrada constantemente, de modo a consolidar teoria e
prática.
c) Que haja incentivo à leitura no espaço escolar com proposições de ações
pelo corpo docente, equipe pedagógica e direção.
d) Que se viabilizem por parte da mantenedora os materiais didático-
pedagógicos específicos à Educação de Jovens e Adultos do ensino
fundamental e médio.
e) Que se reivindique junto à mantenedora a colocação de ar condicionado
para refrigerar o laboratório de informática.
v) Recursos que a escola dispõe para realizar suas atividades
O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola - EFM, para realizar suas
atividades e manter sua infraestrutura, dispõe de recursos financeiros emanados da
entidade mantenedora, SEED - Secretaria de Estado do Paraná, e o (PDDE):
Programa Dinheiro Direto na Escola, do Governo Federal. O colégio também realiza
algumas promoções em parceria com APMF a fim de complementar a renda para o
atendimento de necessidades que a comunidade escolar julga relevante para a
melhoria da qualidade de ensino.
Em relação à esfera municipal, existe a contra partida em algumas ações da
escola, como quando da utilização do transporte escolar em excursões culturais,
94
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
trabalho de campo, porém com complementação de despesas a cargo do aluno e da
escola.
Quanto aos recursos humanos destacamos dificuldades pela rotatividade de
docentes devido há: número significativo de professores QPM afastados por motivo
de saúde, contratações de professores PSS.
x) Organização de turmas e distribuição de professores
Após as matrículas e rematrículas efetivadas no Colégio Estadual Santo
Inácio de Loyola - EFM, conforme a Instrução Normativa enviada aos
estabelecimentos de Ensino a cada ano letivo, considerando a Constituição Federal,
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Constituição do Estado do
Paraná e ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Este Colégio organiza suas
turmas de modo a contemplar a igualdade de direitos a todos os cidadãos, não
fazendo diferenciação entre os alunos, mas observando o comportamento dos
mesmos em anos letivos anteriores, para que os alunos que apresentam
dificuldades de aprendizagem e problemas disciplinares não sejam discriminados
pelos demais, assim como possibilitando o direito de todos à aprendizagem,
redistribuindo-os em turmas conforme a série a qual tem direito.
A Direção deste Estabelecimento de Ensino coloca em Edital as turmas e
períodos que serão ofertados para o ano letivo, com clareza, de forma que os
professores possam escolher suas aulas, conforme a Resolução de Distribuição de
Aulas e a classificação enviada pela SEED, onde estabelece as prioridades de cada
um. Os Programas de Complementação Curricular são organizados conforme
Resolução e Instrução recebidas pela SEED.
w) Critérios para utilização e organização dos espaços escolares
I) Laboratório de informática
a) Que o laboratório de informática seja viabilizado aos alunos, professores,
funcionários, direção e equipe pedagógica sempre que necessário;
b) Que sejam realizadas capacitações sobre a utilização eficiente dos
95
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
equipamentos a toda comunidade escolar. Devendo o professor estar se
atualizando em seus conhecimentos de informática e tecnologias afins
para que possa atuar como mediador do conhecimento.
c) Que toda a comunidade escolar tenha conhecimento da Normatização
para o Uso do Laboratório de Informática previsto no Regimento Escolar.
Para que seja utilizado de maneira democrática, será elaborado um
cronograma sistemático de utilização, para que o mesmo seja oportunizado a todos.
II) Laboratório de Química, Física e Biologia
As atividades práticas a serem realizadas no laboratório devem exigir a
participação de todos os alunos tanto do ensino regular como da educação de
jovens e adultos de forma efetiva e não meramente mecânica; ou seja, eles devem
saber os diferentes materiais e as etapas do procedimento experimental para que se
possa consolidar uma aprendizagem significativa exigindo tanto a manipulação de
materiais como a elaboração de hipóteses e ideias confrontando concepções e fatos
observados.
Para que as atividades práticas atinjam seus objetivos, devem planejá-las de
modo que o tempo reservado ao seu desenvolvimento esteja de acordo com o
tempo exigido pela experimentação proposta, além de testá-las previamente e fazer
os ajustes necessários considerando também as características de cada turma.
O registro pode ser utilizado de várias formas como através do desenho,
listas, textos, relatórios etc. O essencial é que desse registro conste a descrição dos
materiais, as etapas do trabalho prático, as discussões do resultado e a observação
do aluno com base em informações científicas. Portanto é um recurso que deve ser
muito utilizado já que a relação entre teoria e prática deve ser uma constante, pois
essas aulas trazem para o aluno interesse e participação, assim como se torna mais
fácil o entendimento do conteúdo trabalhado.
III) Biblioteca Escolar
É um espaço utilizado para o incentivo à leitura, portanto é um local de
silêncio, de pesquisa e todos devem respeitar as regras deste espaço.
Constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo estará à disposição de toda
96
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
comunidade escolar.
A biblioteca estará a cargo de profissional responsável de acordo com a
legislação em vigor. Possui um regulamento próprio onde está explicitada sua
organização, funcionamento e atribuições do responsável, sendo este elaborado
pelo seu responsável, sob a orientação da equipe pedagógica com aprovação da
Direção e do Conselho Escolar.
A biblioteca escolar possui funções de apoio aos objetivos da escola,
proporciona material para pesquisas tanto de alunos como para professores e sua
utilidade aumenta à medida que esses aprendem a usá-la e a utilizar seus serviços
com o fim de desenvolver trabalhos, distrair-se e aprender.
A função educativa da biblioteca deve ser positiva e ativa, de modo a sugerir e
incentivar leituras, propiciando a todos um lugar para que se goste dos livros,
investigue os problemas, estude e desperte sua imaginação. Deve existir um esforço
coletivo no sentido de incentivar os alunos à leitura, pois as exigências e
necessidades pessoais ou do mundo nos remete a esta conscientização.
IV) Quadra de Esportes
É um local onde os alunos praticam atividades esportivas conforme os
horários das aulas em cada turma Além destas atividades as quadras também são
utilizadas para outras atividades como Jogos Escolares, Campeonato de Xadrez,
Danças, Apresentações Artísticas, Gincanas, treinamento e outras atividades
correlatas, reuniões e etc.
Quando a quadra de esportes é solicitada previamente pela comunidade em
finais de semana junto à Direção, os responsáveis deverão fazer uso desta, após o
parecer favorável emitido pela direção ou direção auxiliar, aceitando as regras
quanto ao uso da mesma conforme os interesses do colégio e da entidade
mantenedora.
97
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
7 REGIME DE FUNCIONAMENTO
A partir do ano de 2012, a organização do ensino fundamental séries iniciais e
finais passou do regime seriado para anos. Na modalidade da Educação de Jovens
e Adultos – Ensino Fundamental- Fase II e Médio, o aluno pode matricular-se na
organização coletiva ou individual com oferta de disciplinas.
O Estabelecimento de Ensino atende aos três turnos de funcionamento, sendo:
a) período da manhã: os anos finais do ensino fundamental, Sala de Apoio à
Aprendizagem, Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I
b) período da tarde: os anos finais do ensino fundamental e a EJA, Sala de
Apoio à Aprendizagem, Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, CELEM,
Hora Treinamento, Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo.
c) período da noite: Educação de Jovens e Adultos – EJA – Fase II e Ensino
Médio e Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I,
O Calendário Escolar é elaborado anualmente pela equipe de Direção e
Equipe Técnica Pedagógica do estabelecimento de ensino, segundo as orientações
determinadas pela SEED. Deve ser submetido à apreciação e aprovação do
Conselho Escolar com registro em ata. Após a aprovação pelo conselho, o
calendário escolar é encaminhado ao Núcleo Regional de Educação para apreciação
e homologação, em conformidade à legislação vigente.
O calendário fixará:
a) Início e término do ano letivo,
b) Dias destinados a reuniões de Conselho de Classe,
c) Dias para capacitação pedagógica,
d) Reunião Pedagógica
e) Férias do professor,
f) Feriados oficiais,
g) Recessos.
As alterações do calendário escolar determinadas por motivos relevantes
serão comunicadas ao Núcleo Regional de Educação, em tempo hábil para
providências cabíveis.
O período de férias do professor e especialista de educação corresponde a 30
98
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
dias e os recessos determinados pela SEED. Na contagem do período de férias são
considerados todos os sábados, domingos e feriados existentes no período
compreendido entre o primeiro dia de afastamento e retorno ao trabalho.
Os cursos de capacitação ofertados aos professores e especialistas de
educação, as reuniões de pais, professores, APMF, Conselho de Classe, não serão
contados como dias e horários letivos.
A secretaria do estabelecimento de Ensino funcionará ininterruptamente
durante o ano letivo, exceto feriados e férias escolares coletivas decretadas por
autoridade competente.
A Matriz Curricular do ensino fundamental foi elaborada seguindo as
orientações da mantenedora, com a participação dos professores, equipe
pedagógica e direção a fim de torná-la coesa e que viesse de encontro com a
realidade dos alunos e com o que preconiza o Projeto Político Pedagógico deste
Estabelecimento de Ensino.
Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos - ensino fundamental –
Fase II e Ensino Médio, a matriz curricular é contemplada em sua proposta de
ensino a fim de atender as peculiaridades. A forma de ensino é presencial em uma
organização coletiva e individual.
As Reposições de Aula são realizadas com o objetivo de cumprir a carga
horária prevista no Calendário Escolar, de forma a, efetivamente, preservar o bom
andamento do processo ensino-aprendizagem. Portanto, são realizadas aos
sábados ou em um dia de recesso previsto no calendário escolar. As reposições
motivadas por atestado médico são realizadas por meio de atividades domiciliares,
conforme instrução nº 07/10 – SEED/DAE/CDE e Orientação 001/12 – CGE/NRE –
Paranavaí.
Na Educação de Jovens e Adultos - ensino fundamental – Fase II e Ensino
Médio haverá a Complementação de Carga Horária, com intuito de garantir os 200
dias letivos anuais, conforme o previsto na Resolução n° 7102/2012 – GS/SEED e a
Instrução n° 017/2012 – SEED/SUED. Os alunos participarão da Semana de
Integração Escola/Comunidade, no período noturno e diurno sob orientação efetiva
dos professores. O dia 07 de setembro do ano de 2013, os alunos participarão de
atividades alusivas a esta data, sob a coordenação da direção, equipe pedagógica e
99
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
professores podendo ser considerada como reposição de aula, caso haja
necessidade de complementação de carga horária.
100
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR (anexo)
9 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio se concretizará na medida em que
todos os elementos envolvidos na elaboração do mesmo sejam responsáveis pelo
seu cumprimento.
Os integrantes da equipe técnico-pedagógica (diretor, diretor auxiliar,
professor pedagogo), deverão atuar em consenso, com harmonia de propósitos,
coordenando os trabalhos dos demais segmentos da escola, para que aconteça de
maneira satisfatória, favorecendo ao máximo o andamento do mesmo.
Todos os planos de ação dos professores, assim como da equipe pedagógica
deverá contemplar o que fora suscitado neste projeto. A cada etapa do trabalho
realizado é importante a reflexão, a fim de que se avalie o progresso obtido e a
retomada dos pontos críticos com os devidos ajustes.
A comunidade escolar possui papel fundamental, neste sentido ela deve estar
envolvida no processo de elaboração, implementação, avaliação conforme os
dispositivos legais.
Assim sendo, a avaliação do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual
Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental e Médio acontecerá partindo de um
diagnóstico que contemple a apreensão da realidade, sobre o processo ensino
aprendizagem.
Desse modo, ao final de cada ano letivo, será discutido e analisado
coletivamente os pontos levantados, assim como os possíveis encaminhamentos e
possíveis soluções, objetivando a reorganização e/ou implementação do Projeto
Político Pedagógico.
101
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 2ª ed. – São Paulo: Moderna, 1996.
ARROYO, Miguel G. Ofício de Mestre: imagens e auto-imagens. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. BARBOSA, Flávio Antonio; SILVA, Ida Tadeu Tomaz. Currículo, cultura e sociedade. 4ª ed., São Paulo: Cortez, 2000.
COSTA, Vorraber Marisa (Org). O currículo nos limiares do contemporâneo. 2ª ed., Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
DALBEN, Ângela Imaculada Loureiro de Freitas. Conselhos de Classe e Avaliação: Perspectivas na Gestão Pedagógica da escola. 1ªed. Campinas. Papirus. 2004. Coleção Magistério: formação e Trabalho Pedagógico.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 9ª ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
_____. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
LETRAMENTO. Disponível em: <http://blocoalfabetizador.blogspot.com/2010/01/o-que-e-letramento.html>. Acesso em 22 dez de 2011.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico – social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1985.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14ª ed. - São Paulo: Cortez, 2002.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo.São Paulo: EPU, 1986.
102
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SANCHES VÁSQUEZ, Adolfo. Ética. 23ª ed. Civilização Brasileira, 2002.
SACRISTAN, Gimeno. Currículo e diversidade cultural. Petrópolis: Editora Vozes, 1995.
SANTIAGO, Anna Rosa Fontella. Escola básica: Projeto pedagógico e a crise de paradigmas. Bagé: Ediurcamp, 1995.
SILVA, Tomaz Tadeu. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2002.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: Concepção Dialética-Libertadora do Processo de Avaliação Escolar. São Paulo: Libertad, 1994.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político Pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas, São Paulo: Papirus, 1995.
VIGOTSKI, Lev Semenovich. A formação social da mente. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
103
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ANEXO I
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
1 BRIGADA ESCOLAR – DEFESA CIVIL NA ESCOLA
1.1 JUSTIFICATIVA
Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após
terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o
Programa opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os
impactos, promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e
adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural
e potencialmente capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das
medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede
estadual de educação tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente
para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam
eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios,
entre outros.
1.2 OBJETIVO GERAL
Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Estado
do Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais
ou humanos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das
escolas para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo
momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da população civil do
104
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Estado do Paraná.
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) levar os Estabelecimentos de Ensino Estadual do Paraná a construírem
uma cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;
b) proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas
para enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas,
assim como conhecimentos para se conduzirem frente a desastres;
c) promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente
escolar, com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas
nas vistorias do Corpo de Bombeiros;
d) preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução de
ações de Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente
escolar com vistas a prevenção de riscos de desastres e preparação para
o socorro, destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida e
combate a princípios de incêndio;
e) articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do
Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e
dos Núcleos de Educação;
f) adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de
prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia
Militar do Paraná, acompanhando os avanços legais e tecnológicos para
preservação da vida dos ocupantes desses locais.
1.4 ESTRATÉGIAS
Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos
específicos, englobando uma capacitação para os gestores regionais e locais, outra
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
para a Brigada Escolar.
O Coordenador Local do Programa será o Diretor do estabelecimento de
ensino.
Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar
formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do
estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem
ações no sentido de:
a) identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade
escolar;
b) garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na
retirada, de forma segura, de alunos, professores e funcionários das
edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados, no
mínimo um por semestre, a ser registrado em calendário escolar;
c) promover revisões periódicas do Plano de Abandono;
d) apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na
conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de
Abandono;
e) promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar
para discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento
de ensino, com registro em livro ata específico ao Programa;
f) verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em
busca de situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para
as providências necessárias.
g) Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de
Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância – EaD e
presencial.
Para chefe de equipe, a diretora Maria Helena Rodrigues Sentinello. Demais
integrantes, em número de cinco: Fabiana Domingues Cruz (Agente Educacional II);
Marcia Cardoso de Melo Baratela (Agente Educacional II); Maria Lucia Crepaldi
Santos (Agente Educacional I); Mírian Secchi Gomes (Agente Educacional I) e Edite
de França (Agente educacional I). Como auxiliares e suplentes foram indicados:
Vera Lucia Rodrigues Dias Rossini - auxiliar (Agente Educacional II), Lucimar
106
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Frederico - suplente (professora); Maria do Céu Cardoso da Cruz - auxiliar
(pedagoga), Sonia Aparecida Inácio - suplente (Agente Educacional I); Carlos Sergio
Luciano - auxiliar (Agente Educacional I), Nelson Gonçalves Pereira - suplente
(Agente Educacional I).
2 ATIVIDADES PERMANENTES:
O Diretor de cada unidade escolar terá como responsabilidade, desenvolver o
trabalho de implantação e implementação do Plano de Abandono.
Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos,
professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de
exercícios simulados e em tempo razoável.
Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por
semestre, e as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.
Ficou determinado que o Plano de Abandono será simulado no mês de maio e
no mês de outubro.
O público neste programa são todos os alunos, professores, funcionários,
quando for possível ações articuladas com integrantes da Defesa Civil, Corpo de
Bombeiros, Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de
Educação.