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Presidente: MICHEL TEMER (SP) - Licenciado1º Vice-Presidente: ROMERO JUCÁ (RR) - Presidente em exercício2º Vice-Presidente: ELISEU PADILHA (RS)3º Vice-Presidente: JOÃO ARRUDA (PR)Secretário-Geral: MAURO LOPES (MG)1º Secretário: GEDDEL VIEIRA LIMA (BA)2º Secretário: LEONARDO PICCIANI (RJ)Tesoureiro: EUNÍCIO OLIVEIRA (CE)Tesoureiro Adjunto: VALDIR RAUPP (RO) VogaisMOREIRA FRANCO (RJ)DARCÍSIO PERONDI (RS)JADER BARBALHO (PA)HENRIQUE EDUARDO ALVES (RN)LELO COIMBRA (ES)EDUARDO BRAGA (AM)MAURO MARIANI (SC)ÍRIS DE ARAÚJO (GO)

ROSEANA SARNEY (MA)JOÃO HENRIQUE (PI)JOSÉ MARANHÃO (PB)RAIMUNDO LYRA (PB)WALDEMIR MOKA (MS) Suplentes1 - TADEU FILIPPELLI (DF)2 - BALEIA ROSSI (SP)3 - ROSE DE FREITAS (ES)4 - FERNANDO JORDÃO (RJ)5 - WELLINGTON SALGADO (MG)6 - CARLOS BEZERRA (MT)7 - DULCE MIRANDA (TO)8 - OLAVO CALHEIROS (AL)9 - FLAVIANO MELO (AC)10 - RAUL HENRY (PE)11 - FABIO REIS (SE)12 - FÁTIMA PELAES (AP)13 - LÚCIO VIEIRA LIMA (BA)14 - GABRIEL SOUZA (RS) Líder do PMDB na Câmara dos DeputadosBALEIA ROSSI (SP) Líder do PMDB no Senado FederalEUNÍCIO OLIVEIRA (CE)

COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL14 de março de 2016

COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL DO PMDBEleita em 12 de março de 2016

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Presidente:FÁTIMA PELAES (AP)1a Vice-Presidente:Vereadora CARLA CHARBEL STEPHANINI (MS)2a Vice-Presidente:Dep. Federal MARINHA RAUPP (RO)3a Vice-Presidente:SALMA FARIAS VALENCIO (RS)Secretária Geral:MARIA APARECIDA A. MOURA (MG)1a Secretária:Vereadora MARIA DO CARMO GUILHERME (SP)1a Tesoureira:ERICKA SIQUEIRA L. N. FILIPPELLI (DF)2a Tesoureira:Dep. Estadual VANESSA DAMO (SP)VIce-Presidente Norte:CONSUELO PEREIRA WANDERLEY(PA)Vice-Presidente Nordeste:MARIA DO SOCORRO A. WAQUIM(MA)Vice-Presidente Centro-Oeste:APARECIDA MARIA B. BEZERRA – TETÉ BEZERRA (MT)Vice-Presidente Sudeste:KÁTIA DAMIANA ALVES P. LÔBO (RJ)

Vice-Presidente Sul:Vereadora MARCIA REGINA FERREIRA (PR)Vogal:CLEUZA LUIS ASSUNÇÃO (GO) Vogal:Prefeita JULIANA LOPES DE FARIAS ALMEIDA (AL)Vogal:Dep. Estadual LUZIA TOLEDO (ES)Vogal:ANTONIA SALES (AC)Vogal:JEANNETE CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA GONÇALVES (MG)

SUPLENTESNorte:GERALDA VITORINO DOS S. SILVA (AM)Nordeste:ACACIA CALAZANS (SE)Centro-Oeste:VANDERCY ANTONIA DE CAMARGOS(DF)Sudeste:THEREZINHA LAMEIRA (RJ) Sul:JANIS LINDA LOUREIRO MORAIS (RS)

COMISSÃO EXECUTIVA DO PMDB MULHER2016-2018

Convenção Nacional 11 de MARÇO de 2016Presidente de Honra: Dep. Fed. Elcione Barbalho/PA

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CONSELHO FISCAL

TITULARESADA FARACO DE LUCA (SC)NILDA GONDIN (PB)TANIA FAIAT (MT)

SUPLENTESLEILA SOLCIA CORREA (RO)ROSANGELA FELIX AGUIAR (CE)IONE COELHO (MS)

COMISSÃO DE ÉTICA E DISCIPLINA

TITULARESANA ISABEL MESQUITA DE OLIVEIRA (PA)CHEILA CRISTINA VENDRAMI (MS)LEOCADIA NUNES JUNG (RS)CHRISTIANE CHEMIN (PR)

ELOISA RODRIGUES CUNHA (MG)

SUPLENTESANA KATHYA SILVA HENRIQUES (AP)ANA PAULA PROCACI ERVILHA (DF)HELENA DA COSTA BEZERRA (RO)ALTAMIRA MUNIZ (BA)TANIA MEDEIROS BEZERRA (RN)

MULHER – PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO – PMDBCâmara dos Deputados – Ed. Principal – Sl. T06 – Pç. dos Três Poderes - 70160-900 – Brasília-DF Fone: 61 3215-9214 [email protected]

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Direção do Projeto:Maurício Junior Gerência do Projeto: Flávia Gomes Consultoria Jurídica, Redação e Revisão: Bruno Mendes

Consultoria em prestaçãode contas eleitorais: José João Appel MattosDiagramação: Gabriel Roque - Santafé Ideias

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APRESENTAÇÃOO inesquecível líder Ulysses Guimarães uma vez afirmou que “ninguém mora no país ou no estado, todo mundo mora no município”. Doutor Ulysses lembrou naquele momento a importância desse ente da Federação onde os cidadãos se abrigam nas casas, trabalham, estudam e constroem suas vidas.

São os prefeitos que administram o dia a dia das pessoas que se levantam pela manhã, deixam os filhos nas escolas ou creches municipais, se dirigem ao trabalho em transporte público e voltam para casa à noite, cruzando ruas com iluminação que lhes garante a segurança.

São os vereadores que lidam diretamente com as demandas mais urgentes da população, na elaboração de projetos de lei, na fiscalização dos atos da prefeitura, na verificação do andamento das obras e na aplicação do dinheiro da municipalidade.

E o PMDB, em seus 50 anos de história, jamais negligenciou a sagrada missão de formar homens e mulheres dedicados a servir a população de sua cidade com tempo, trabalho e compromisso irrefutável com o interesse público.

Por isso, lançamos esta nova versão do Manual das Eleições, com instruções claras e objetivas sobre os aspectos legais do iminente sufrágio, que pela primeira vez será realizado com fundamentação na Lei nº 13.165/2015, conhecida como Reforma Eleitoral 2015.

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A Reforma Eleitoral 2015 promoveu importantes alterações nas regras das eleições deste ano ao introduzir mudanças nas Leis n° 9.504/1997 (Lei das Eleições), nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos) e nº 4.737/1965 (Código Eleitoral).

Além de mudanças nos prazos para as convenções partidárias, fi liação partidária e no tempo de campanha eleitoral, que foi reduzido, está proibido o fi nanciamento eleitoral por pessoas jurídicas. Na prática, isso signifi ca que as campanhas eleitorais deste ano serão fi nanciadas exclusivamente por doações de pessoas físicas e pelos recursos do Fundo Partidário.

Esses aspectos, inéditos, devem ser estudados com afi nco pelas equipes de todos os candidatos, para evitarmos equívocos desnecessários que possam colocar em risco as candidaturas e eventuais vitórias nas urnas, que esperamos sejam do tamanho do PMDB, o maior partido do Brasil.

Dentro de casa, no trabalho, nas ruas, nas feiras, nas conversas com os vizinhos e no futebol com os amigos, a vivência e a intuição do nosso povo já colheram provas sufi cientes de que a sociedade brasileira quer mudanças, quer o novo na política. Vocês, candidatos nas Eleições Municipais 2016, com sua sensibilidade política para ouvir a voz das ruas e seu desempenho vitorioso nas urnas, abrirão os caminhos para conquistas ainda mais grandiosas nesses novos tempos que nos aguardam.

Estaremos sempre juntos nessa caminhada, e que todos tenham sucesso em seus pleitos. Boa sorte e até a vitória.

Senador Eunício OliveiraTesoureiro Nacional

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ÀS MULHERES BRASILEIRASAs mulheres brasileiras conquistaram avanços significativos nas últimas décadas. Sua luta possibilitou a modificação de leis arcaicas e garantiu a igualdade de direitos. Hoje, as mulheres já provaram que podem comandar grandes empresas e ocupar postos de destaque no poder público. E profissões e atividades antes restritas aos homens contam com um número cada vez maior de trabalhadoras.

A emancipação das mulheres, sua inserção cada vez mais autônoma e soberana no mundo do trabalho, na vida social e na política, contribui decisivamente para a construção de uma sociedade mais humana, equilibrada e justa. O desafio, agora, é ocupar cada vez mais as instâncias de poder, para avançarmos nessa luta.

Este é o objetivo do PMDB Mulher: promover o empoderamento das lideranças femininas do PMDB por meio da capacitação e formação político partidária e o fortalecimento do trabalho de base via maior aproximação com a sociedade, valorizando assim a militância partidária. Para isso, lutamos para que, a cada eleição, cresça o número de candidatas mulheres nas eleições, e as deste ano são uma grande oportunidade para avançarmos ainda mais.

Quem vai disputar as eleições municipais deste ano, seja para a Câmara de Vereadores ou para a prefeitura, deve ficar atento às novas regras e prazos definidos pela Reforma Eleitoral (Lei nº 13.165/2015), que introduziu mudanças nas Leis n° 9.504/1997 (Lei das Eleições), nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos) e nº 4.737/1965 (Código Eleitoral).

Entre as mais importantes alterações nas regras das eleições deste ano estão o prazo para início da campanha, data limite de

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filiação aos partidos, tempo do guia eleitoral e a proibição do financiamento eleitoral de campanhas por parte das empresas.

Todas essas modificações, que serão testadas nas eleições municipais, estão devidamente elencadas nesta nova edição do nosso Manual das Eleições 2016. É preciso que as equipes de cada candidata a vereadora ou prefeita estude com dedicação essas novas regras, para evitarmos deslizes que possam comprometer a candidatura ou mesmo redundar em perda do mandato conquistado nas urnas.

A cidade é a célula-mãe da República. É nela que decorre a vida dos cidadãos e cidadãs. É para ela que devem ser voltados todos os esforços das três esferas de governo. É nela que se concretizam as promessas do fazer político.

A importância fundamental dos municípios para a democracia brasileira qualifica o grau de responsabilidade que prefeitos e vereadores têm diante de cada cidadão e cada cidadã deste país.

Contamos com a especial sensibilidade feminina para auscultarmos a voz das ruas, captarmos as principais demandas das populações de cada município e construirmos uma atuação política que nos possibilite grandes vitórias este ano, que certamente pavimentarão o caminho para conquistas ainda mais gloriosas nas eleições que se sucederem.

E vocês, candidatas, contem com o PMDB Mulher ao seu lado, lutando por uma grande performance nas urnas, pela melhoria das condições de vida na zona rural e na zona urbana dos municípios e pela emancipação das mulheres. Boa sorte e sucesso para todas nós!

Deputada Federal Fátima Pelas Presidente do PMDB Mulher

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Convenções

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CONVENÇÕES PARTIDÁRIASPrimeiro passo rumo às eleições. Nas convenções os partidos políticos escolhem seus candidatos e deliberam sobre coligações para os pleitos majoritários, proporcionais ou para ambos, documentando o que fi cou decidido em ata lavrada em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral. Para o pleito de 2016, o Tribunal Superior Eleitoral regulamentou a matéria por meio da Resolução nº 23.455.

As convenções antes da reforma eleitoral aconteciam entre 12 e 30 de junho do ano da eleição. Agora passam a se realizar no período de 20 de julho a 5 de agosto. A respectiva ata deve ser publicada em vinte e quatro horas em qualquer meio de comunicação e, no mesmo prazo, encaminhada ao Juízo Eleitoral, digitada e assinada em duas vias.

Período: 20 de julho a 5 de agosto de 2016.

Local: Os partidos políticos poderão usar gratuitamente prédios públicos adequados a tais acontecimentos, responsabilizando-se por eventuais danos causados com a realização da convenção. É necessária a comunicação por escrito ao responsável pelo local, com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas.

Havendo coincidência de datas para as convenções de partidos diversos num mesmo local, será observada a ordem de protocolo das comunicações.

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Edital: O Estatuto do PMDB prescreve que a convenção será convocada por:

1. publicação de edital na imprensa oficial da circunscrição eleitoral respectiva, quando existente, e afixação, com antecedência mínima de 8 (oito) dias, na sede do Partido e nos cartórios eleitorais ou na Câmara de Vereadores.

2. notificação pessoal, sempre que possível, no prazo de 8 (oito) dias, àqueles que tenham direito a voto;

3. designação do lugar, dia e hora do início e término da reunião, indicação da matéria incluída na pauta e objeto de deliberação.

Propaganda intrapartidária: O postulante a candidatura a cargo eletivo pode, na quinzena anterior à convenção, realizar propaganda intrapartidária objetivando a indicação do seu nome para disputar as eleições pelo partido, mediante fixação de faixas e cartazes em local próximo da convenção, com mensagem aos convencionais, sendo VEDADO o uso de rádio, televisão e outdoor. A propaganda intrapartidária deve ser retirada imediatamente após a convenção.

O uso das modalidades publicitárias proibidas e o desvio de finalidade da propaganda intrapartidária sujeitam o responsável pela divulgação e o beneficiário, quando comprovado o seu prévio conhecimento, ao pagamento de multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou o equivalente ao custo da propaganda, se este for maior.

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Ata da convenção: A ata será lavrada em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral, devendo ser publicada em vinte e quatro horas em qualquer meio de comunicação.

A ata da convenção, digitada e assinada em duas vias, será encaminhada ao Juízo Eleitoral, em vinte e quatro horas após a convenção, para:

1. publicação em cartório; e

2. arquivamento em cartório, para integrar os autos de registro de candidatura.

Número dos candidatos: as convenções partidárias sortearão, em cada município, o número com o qual cada candidato concorrerá, consignando na ata o resultado do sorteio. Aos partidos políticos é garantido manter os números atribuídos à sua legenda na eleição anterior e aos candidatos, nesta hipótese, o direito de conservar o número com o qual concorreram na eleição de 2012 para o mesmo cargo. Os detentores de mandato de vereador podem requerer novo número ao partido se, eventualmente, não desejarem manter o número usado no pleito antecedente.

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Coligações

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COLIGAÇÕES PARTIDÁRIASColigação partidária é a união temporária de partidos políticos para, no interesse comum, disputar eleições específi cas. Trata-se de faculdade atribuída às agremiações partidárias. Para o pleito de 2016, o Tribunal Superior Eleitoral regulamentou a matéria por meio da Resolução nº 23.455.

Os partidos políticos podem celebrar coligações para a eleição majoritária (prefeito), para a eleição proporcional (vereador) ou para ambas.

Tanto o partido político isoladamente quanto a coligação podem registrar até 150% (cento e cinquenta por cento) do número de vagas a preencher nas Câmaras Municipais, sendo que nos municípios com menos de 100.000 (cem mil) eleitores, as coligações podem indicar candidatos até 200% (duzentos por cento) das cadeiras disputadas.

A coligação formada para a eleição majoritária pode ser desmembrada para constituir mais de uma coligação para disputar a eleição proporcional. Existe, também, a possibilidade de qualquer partido político integrante da coligação majoritária disputar isoladamente a eleição proporcional.

Não é permitido que partidos adversários na eleição majoritária formem coligação para disputar as eleições proporcionais. Também é vedado que um mesmo partido integre mais de uma coligação, proporcional ou majoritária.

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COLIGAÇÃO PARA ELEIÇÃO DE PREFEITO E VICE-PREFEITO

COLIGAÇÃO PARA ELEIÇÃO DE VEREADOR

Nas eleições majoritárias, cada partido político ou coligação poderá registrar um candidato a prefeito, com o seu respectivo vice. Nas eleições proporcionais, cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara Municipal até 150% do número de lugares a preencher.

Nos municípios de até cem mil eleitores, cada coligação poderá registrar candidatos no total de até 200% (duzentos por cento) do número de lugares a preencher.

No cálculo do número de candidatos a serem registrados, será sempre desprezada a fração, se inferior à metade, e igualada a um, nos demais casos.

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Percentual de vagas por sexo: cada partido político ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. Qualquer fração resultante será igualada a um no cálculo do percentual mínimo de 30%, estabelecido para um dos sexos, e desprezada no cálculo das vagas restantes para o outro sexo.

O cálculo dos percentuais de candidatos para cada sexo terá como base o número de candidaturas efetivamente requeridas pelo partido ou coligação e deverá ser observado nos casos de vagas remanescentes ou de substituição (Tribunal Superior Eleitoral - RESPE nº 78.432/PA). Isso quer dizer que ao partido político ou à coligação não é dado preencher o número de vagas com pessoas de um sexo e não preencher integralmente as vagas destinadas ao sexo oposto.

Na hipótese de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem o número máximo permitido de candidatos, os órgãos de direção dos respectivos partidos políticos poderão preencher as vagas remanescentes, requerendo o registro até o dia 2 de setembro de 2016.

Trata-se de outra novidade da reforma eleitoral de 2015 limitar o prazo de preenchimento das vagas remanescentes em 30 (trinta) dias antes do pleito.

Denominação da coligação. A coligação terá denominação própria que não deve coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou número de candidato ou pedido de voto. A coligação pode ser designada pela união de todas as siglas dos partidos que a integram.

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Prerrogativas e obrigações: As coligações auferem, no processo eleitoral, as prerrogativas e obrigações próprias dos partidos políticos. Elas funcionam como um só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses internos. A unicidade da coligação resulta de sua própria natureza e perdura até o encerramento do último processo em que figure como parte, envolvendo litígio decorrente do pleito para o qual foi celebrada.

Entre a data da convenção e o termo final do prazo para impugnação do registro de candidatura, o partido político coligado somente possui legitimidade para atuar isoladamente no processo eleitoral quando questionar a validade da própria coligação.

Representante da coligação: aos partidos integrantes da coligação cabe designar um representante que terá atribuições análogas às de presidente de partido político no trato dos interesses e na representação da aliança partidária, enquanto perdurar o processo eleitoral. Perante a Justiça Eleitoral, a coligação será representada pela pessoa designada ou por até três delegados indicados ao Juízo Eleitoral pelos partidos políticos que a compõem.

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Pedido de regist ro

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REGISTRO DE CANDIDATOSUma vez realizadas as convenções partidárias, pede-se à Justiça Eleitoral o registro dos candidatos escolhidos. Com a Lei da Ficha Limpa, esta fase do processo eleitoral constitui um rigoroso filtro na vida pregressa dos postulantes a mandato eletivo. Sem a chancela da Justiça Eleitoral não existe candidatura válida, implicando desnecessário desgaste de tempo, energia e dinheiro a indicação de pessoas enodoadas para disputar as eleições. O Tribunal Superior Eleitoral regulamentou os procedimentos de escolha e registro de candidatos para as eleições municipais de 2016, por meio da Resolução nº 23.455.

A reforma eleitoral de 2015 alterou a data do requerimento de registro de candidatura, que deverá ser entregue em cartório até as 19h do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições. Também definiu que, no caso de candidato a vereador, a idade mínima de dezoito anos será aferida no dia 15 de agosto de 2016.

Lei da ficha limpaA Lei Complementar nº 135, conhecida como Lei da Ficha Limpa, alterou significativamente a Lei Complementar nº 64, de 1990, tornando-a mais severa. Para ser candidato ou candidata é indispensável preencher os requisitos de elegibilidade e não incidir em nenhuma hipótese de inelegibilidade.

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A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é verifi cada tendo por referência a data da posse, salvo quando fi xada em dezoito anos, hipótese em que será aferida no dia 15 de agosto de 2016.

Prazo para pedir o registro: até as 19h do dia 15 de agosto de 2016.

Na hipótese do partido ou coligação não requerer, até o dia 15 de agosto de 2016, o registro de candidato escolhido na convenção, o interessado poderá fazê-lo por conta própria perante o Juiz Eleitoral competente, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas seguintes à publicação da lista dos candidatos, usando o formulário de Requerimento de Registro de Candidatura Individual (RRCI), gerado por sistema da Justiça Eleitoral, e apresentando a documentação necessária.

Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito, e estar com a fi liação deferida pelo partido no mínimo seis meses antes da data da eleição, podendo o estatuto partidário estabelecer prazo maior.

Poderá participar das eleições o partido político que, até o dia 2 de outubro de 2015, tenha registrado seu estatuto no TSE e tenha, até a data da convenção, órgão de direção constituído no município, devidamente anotado no Tribunal Regional Eleitoral competente.

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O pedido de registro de candidatura deve ser gerado obrigatoriamente em meio digital e impresso pelo Sistema de Candidaturas Módulo Externo (CANDex), desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral e obtido nos sítios eletrônicos dos Tribunais Eleitorais.

O pedido de registro de candidatura será acompanhado dos seguintes formulários gerados pelo Sistema CANDex:

Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) e do Requerimento de Registro de Candidatura (RRC), emitidos automaticamente pelo sistema e assinados pelos presidentes dos partidos coligados, ou por seus delegados, ou pela maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção ou pelo representante designado pelos partidos políticos integrantes da coligação, que deverão informar no Sistema CANDex os números de seu título eleitoral e do CPF.

Se não houver coligação, os documentos serão subscritos pelo presidente do diretório municipal, ou da respectiva comissão executiva provisória, ou por delegado partidário devidamente registrado no SGIP, ou por representante autorizado, que também informará no Sistema CANDex os números de seu título eleitoral e do CPF.

Com o requerimento de registro, o partido ou a coligação fornecerá, obrigatoriamente, o endereço completo, o endereço eletrônico, telefones e telefone de fac-símile. No caso de coligação, o nome de seus representantes e de seus delegados.

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Os candidatos devem apresentar certidões criminais fornecidas: a. pela Justiça Federal de 1º e 2º graus da

circunscrição na qual tenha o seu domicílio eleitoral;

b. pela Justiça Estadual ou do Distrito Federal de 1º e 2º graus da circunscrição na qual o candidato tenha o seu domicílio eleitoral;

c. pelos Tribunais competentes, quando os candidatos gozarem de foro especial.

Quando as certidões criminais forem positivas, o Requerimento de Registro de Candidatura (RRC) também deverá ser instruído com as respectivas certidões de objeto e pé atualizadas de cada um dos processos indicados.

A quitação eleitoral abrangerá exclusivamente: a. a plenitude do gozo dos direitos políticos; b. o regular exercício do voto; c. o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral

para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito; d. a inexistência de multas aplicadas, em caráter

defi nitivo, pela Justiça Eleitoral, e não remitidas; e. a apresentação de contas de campanha eleitoral.

Na falta de prestação de contas, o candidato fi cará impedido de obter a certidão de quitação eleitoral no curso do mandato eletivo ao qual tenha concorrido.

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Para fins de expedição da certidão de quitação eleitoral, serão considerados quites aqueles que: a. condenados ao pagamento de multa, tenham

comprovado, até a data de formalização do seu pedido de registro de candidatura, o pagamento ou o cumprimento regular do parcelamento da dívida;

b. pagarem a multa que lhes couber individualmente, excluindo-se qualquer modalidade de responsabilidade solidária, mesmo quando imposta concomitantemente a outros candidatos e em razão do mesmo fato.

05 de junho de 2016: último dia para a Justiça Eleitoral enviar aos partidos políticos, na respectiva circunscrição, a relação de todos os devedores de multa eleitoral, a qual embasará a expedição das certidões de quitação eleitoral.

Identificação do candidato: o candidato será identificado pelo nome escolhido para constar na urna e pelo número indicado no pedido de registro. O nome indicado, que será também utilizado na urna eletrônica, terá no máximo trinta caracteres, incluindo-se o espaço entre os nomes, podendo ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual o candidato é mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto a sua identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente.

Na composição do nome a ser inserido na urna eletrônica, é proibido o uso de expressão e/ou siglas pertencentes a qualquer órgão da administração pública direta, indireta federal, estadual, distrital e municipal.

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O partido político poderá requerer, até a data da eleição, o cancelamento do registro do candidato que dele for expulso, em processo no qual seja assegurada a ampla defesa, com observância das normas estatutárias.

Impugnação do pedido de registro:

As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.

É na fase do registro de candidatura que partido político, coligação, Ministério Público ou qualquer candidato, no prazo de cinco dias, contados da publicação do edital relativo ao pedido de registro, poderá impugná-lo em petição fundamentada, perante o Juiz Eleitoral competente.

A impugnação deverá fundar-se na falta de algum dos requisitos de elegibilidade (idade mínima, fi liação partidária, domicílio eleitoral, nacionalidade brasileira, pleno exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral) ou causas de inelegibilidade, incluindo a inobservância dos prazos de desincompatibilização de funções e cargos públicos.

Outra determinação decorrente da reforma eleitoral de 2015 é que, até o dia 12 de setembro de 2016, todos os pedidos de registro de candidatos, inclusive os impugnados e os respectivos recursos, deverão estar julgados pelas Zonas Eleitorais e

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pelos Tribunais Regionais Eleitorais e as respectivas decisões publicadas.

O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior.

O direito de participar da campanha eleitoral, utilizando inclusive o horário eleitoral gratuito, aplica-se igualmente ao candidato cujo pedido de registro tenha sido protocolado no prazo legal e ainda não tenha sido apreciado pela Justiça Eleitoral.

Substituição de candidatos:

Novidade para o pleito deste ano é que, tanto nas eleições majoritárias quanto nas proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado até vinte dias antes do pleito, exceto no caso de falecimento de candidato, quando a substituição poderá ser realizada após esse prazo.

Em qualquer hipótese, para o pedido de registro do substituto deve ser obedecido o prazo de até dez dias contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição.

O preenchimento das vagas remanescentes e a substituição

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de candidatos devem respeitar os limites, mínimo e máximo, estabelecidos para as candidaturas de cada sexo.

É facultado ao partido político ou à coligação substituir candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo fi nal do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro cassado, indeferido ou cancelado.

O ato de renúncia, datado e assinado, deverá ser expresso em documento com fi rma reconhecida por tabelião ou por duas testemunhas, e o prazo para substituição será contado da publicação da decisão que a homologar.

A renúncia ao registro de candidatura, homologada por decisão judicial, impede que o candidato renunciante volte a concorrer para o mesmo cargo na mesma eleição.

O pedido de registro de substituto deverá ser apresentado em arquivo digital gerado pelo CANDex, acompanhado do RRC específi co de pedido de substituição, contendo as informações e documentos exigidos, dispensada a apresentação daqueles já existentes nos respectivos Cartórios Eleitorais, certifi cando-se a sua existência em cada um dos pedidos.

A escolha do substituto será feita na forma estabelecida no estatuto do partido político a que pertencer o substituído. Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a substituição deverá ser feita por decisão da maioria absoluta

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dos órgãos executivos de direção dos partidos políticos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que o partido político ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.

Efetivada a substituição, caberá ao partido político ou à coligação do substituto dar ampla divulgação ao fato para esclarecimento do eleitorado, sem prejuízo da divulgação também por outros candidatos, partidos políticos e/ou coligações e, ainda, pela Justiça Eleitoral.

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Propagandaeleitoral

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PROPAGANDA ELEITORALPara as eleições municipais de 2016, o Tribunal Superior Eleitoral regulamentou a propaganda eleitoral e as condutas vedadas aos agentes públicos por meio da Resolução nº 23.457, com o objetivo de garantir, tanto quanto possível, o equilíbrio e a igualdade de oportunidades entre partidos e candidatos participantes do pleito.

A reforma eleitoral de 2015 determinou importantes mudanças no campo da propaganda eleitoral. Houve alteração das regras de propaganda antecipada, redução do tempo de campanha para quarenta e cinco dias e do período de propaganda eleitoral no rádio e na televisão que passou para trinta e cinco dias, novos critérios para distribuição do tempo de propaganda entre os partidos políticos, aumento do tempo das inserções para setenta minutos diários e redução do tempo diário da propaganda eleitoral em bloco para todos os cargos, além das exigências para participar de debates no rádio e na televisão e limitações mais rigorosas às propagandas em bens públicos e privados.

Violar as regras da propaganda eleitoral, algumas delas de natureza penal, é falta grave, acarretando punições que vão de multa até cassação do mandato eletivo e decretação de inelegibilidade, além de eventuais consequências de índole criminal.

COMPRA DE VOTO. O castigo é severo. Ao candidato é terminantemente proibido doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com a fi nalidade de obter-lhe o voto, bem ou vantagem

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pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição. Aplica-se multa de R$ 1.064,10 a R$ 53.205,00, cassação do registro ou do diploma, se este já houver sido outorgado, além de inelegibilidade por oito anos. COMPRAR OU VENDER O VOTO é crime punido com reclusão de até 4 (quatro) anos.

Início e encerramento:No primeiro turno, a propaganda eleitoral é permitida a partir de 16 de agosto e termina no dia 1º de outubro de 2016. No segundo turno, vai até o dia 29 de outubro.

Nesse período, são diferentes as datas de início e de encerramento das variadas modalidades publicitárias. É vedada, desde quarenta e oito horas antes até vinte e quatro horas depois da eleição, a veiculação de qualquer propaganda política no rádio e na televisão, bem como a realização de comícios e reuniões públicas, ressalvada a propaganda na internet.

No período de quarenta e oito horas antes até vinte e quatro horas depois da eleição é PERMITIDA a propaganda eleitoral veiculada gratuitamente na internet, no sítio eleitoral, blog, sítio interativo ou social, ou outros meios eletrônicos de comunicação do candidato, ou no sítio do partido ou coligação. Permite-se a propaganda eleitoral nos sítios de mensagens instantâneas - ou assemelhados - cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações, ou ainda de iniciativa de qualquer pessoa física.

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PRIMEIRO TURNO16 de agosto de 2016 - (terça-feira): data a partir da qual é permitida a propaganda eleitoral mediante, distribuição de material gráfico, caminhada, carreata, passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos, inclusive por meio da internet.

26 de agosto de 2016 - (sexta-feira): início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

29 de setembro de 2016 - (quinta-feira): último dia para propaganda gratuita no rádio e na televisão, realização de comícios, reuniões públicas, e uso de aparelhagem de sonorização fixa, entre 8h e 24h. O comício de encerramento da campanha poderá ser prorrogado por mais duas horas.

29 de setembro de 2016 - (sexta-feira): último dia para realização de debates, que poderá estender-se até as 7h do dia 30 de setembro de 2016.

30 de setembro de 2016 - (sexta-feira): último dia para divulgação paga na imprensa e reprodução na internet do jornal impresso, de até 10 (dez) anúncios por veículo, em datas diversas, para cada candidato, observada a limitação de espaço.

1º de outubro de 2016 - (sábado): último dia, até as 22h, para a distribuição de material gráfico e a promoção de caminhada, carreata, passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos. Último dia para a propaganda eleitoral mediante alto-falantes ou amplificadores de som, entre 8h e 22h.

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2 de outubro de 2016 - (domingo): DIA DA ELEIÇÃO. Permitida a manifestação silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, por meio de bandeiras, broches, dísticos e adesivos, vedada, até o encerramento da votação, a aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado e instrumentos de propaganda eleitoral, de modo a caracterizar manifestação coletiva.

SEGUNDO TURNO3 de outubro de 2016 - (segunda-feira): decorrido o prazo de vinte e quatro horas do encerramento da votação, pode ser iniciada a propaganda eleitoral do segundo turno, por meio de distribuição de material gráfi co, carreata, caminhada, comício, alto-falantes, amplifi cadores de som ou utilização de aparelhagem de sonorização fi xa.

15 de outubro de 2016 - (sábado): data limite para o início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão, observado o prazo fi nal para a divulgação do resultado das eleições.

27 de outubro de 2016 - (quinta-feira): último dia para a promoção de comícios ou reuniões públicas e utilização de aparelhagem de sonorização fi xa, entre 8h e 24h, com exceção do comício de encerramento da campanha, que poderá ser prorrogado por mais duas horas.

28 de outubro de 2016 - (sexta-feira): último dia para propaganda gratuita no rádio e na televisão, realização de debates (até meia-noite) e divulgação de propaganda paga na imprensa escrita e reprodução na internet do jornal impresso, de até 10 (dez) anúncios por veículo de comunicação social, em datas diversas, para cada candidato, observada a limitação de espaço.

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29 de outubro de 2016 - (sábado): último dia, até 22h, para a propaganda eleitoral mediante distribuição de material gráfico, carro de som que transite pela cidade pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos e realização de carreata, caminhada ou passeata. Último dia para a propaganda eleitoral mediante alto-falantes ou amplificadores de som, entre 8h e 22h.

30 de outubro de 2016 - (domingo): DIA DA ELEIÇÃO. Permitida somente a manifestação silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, vedada, até o encerramento da votação, a aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado e instrumentos de propaganda eleitoral, de modo a caracterizar manifestação coletiva.

No dia da eleição é permitida somente a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos.

Propaganda eleitoral antecipada:A propaganda eleitoral está autorizada a partir do dia 16 de agosto de 2016, mas a lei permite que, antes dessa data, o pré-candidato faça propaganda intrapartidária nos 15 (quinze) dias que antecedem a convenção do partido, por meio de faixas e cartazes posicionados em local próximo da convenção, sendo proibido o uso de rádio, televisão e outdoor.

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A propaganda eleitoral antecipada sujeita o responsável pela divulgação e o benefi ciário, quando comprovado o seu prévio conhecimento, ao pagamento de multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou equivalente ao custo da propaganda, se este for maior.

Os pré-candidatos e fi liados a partidos políticos poderão participar de entrevistas, programas, seminários, congressos, encontros e debates no rádio, televisão e internet, antes do dia 16 de agosto de 2016, inclusive com exposição de plataformas e projetos políticos, desde que não haja pedido de votos, observado, pelas emissoras de rádio e televisão, o dever de conferir tratamento isonômico.

Agora mais liberal, a legislação eleitoral não considera propaganda antecipada, desde que não envolva pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios de comunicação social, inclusive via Internet:

1. a participação de fi liados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de conferir tratamento isonômico;

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2. realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais, da discussão de políticas públicas, dos planos de governo ou das alianças partidárias visando às eleições, podendo divulgar tais atividades pelos instrumentos de comunicação intrapartidária;

3. realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material informativo, a divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a realização de debates entre os pré-candidatos;

4. divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se faça pedido de votos.

5. divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes sociais;

6. realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa da sociedade civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias.

No atos relacionados nos itens 01 a 06 acima, são permitidos o pedido de apoio político, a divulgação da pré-candidatura, das ações políticas desenvolvidas e das que se pretendem desenvolver.

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Regras gerais da propaganda eleitoral:Ninguém poderá impedir a propaganda eleitoral nem inutilizar, alterar ou perturbar os meios lícitos nela empregados, bem como realizar propaganda eleitoral vedada por lei.

Qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou fechado, não depende de licença da polícia. A autoridade policial tomará as providências necessárias para garantir a realização do ato e o funcionamento do tráfego e dos serviços públicos que o evento possa afetar.

A propaganda eleitoral, qualquer que seja sua forma ou modalidade, só poderá ser feita em língua nacional e mencionará obrigatoriamente a legenda partidária. No caso de coligação, as legendas dos partidos obedecem à seguinte regra:

Eleição para prefeito:Sob o nome da coligação, de modo legível, as legendas de todos os partidos políticos que a integram.

Eleição para vereador:A legenda do partido político, de modo legível, sob o nome da coligação.

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Outra alteração determinada pela reforma eleitoral de 2015. Na propaganda dos candidatos a prefeito também deverá constar o nome do candidato a vice-prefeito, de modo claro e legível, em tamanho não inferior a 30% (trinta por cento) do nome do titular.

Não poderá haver propaganda:

1. de guerra e de processos violentos para subverter o regime e a ordem política e social;

2. de preconceitos de raça ou de classes;

3. de instigação à desobediência coletiva às leis;

4. que provoque animosidade entre as Forças Armadas ou contra elas;

5. de incitamento de atentado contra pessoas e bens;

6. que prometa ou solicite dinheiro, dádiva, rifa ou sorteio;

7. que perturbe o sossego público, com algazarra ou abuso de alto-falantes;

8. que prejudique a higiene e a estética urbana;

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9. que caluniar, difamar ou injuriar qualquer pessoa, bem como atingir órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública;

10. que desrespeitar os símbolos nacionais.

Modalidades publicitárias:A propaganda eleitoral admite várias formas de divulgação. Pode ser de rua, pela imprensa ou por meios eletrônicos, tais como rádio, inclusive as comunitárias, televisão, internet e telefone celular.

PROPAGANDAELEITORAL DE RUA:Propaganda eleitoral em bens particulares Em bens particulares, independe de obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral, desde que seja feita em adesivo ou em papel, não exceda a meio metro quadrado e não contrarie a legislação. A violação desta regra sujeita o infrator a removê-la e restaurar o bem, sob pena de multa no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$ 8.000,00 (oito mil reais).

A justaposição de adesivo ou de papel cuja dimensão exceda a meio metro quadrado caracteriza propaganda irregular, em razão do efeito visual único, ainda que a publicidade, individualmente, tenha respeitado o limite legal.

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Efeito prático das restrições impostas às propagandas eleitorais em bens particulares é a proibição de inscrições ou pinturas nas fachadas, muros ou paredes dos bens particulares, admitida apenas a fixação de papel ou de adesivo, com dimensão máxima de meio metro quadrado.

A propaganda eleitoral em veículos deve limitar-se a adesivos micro-perfurados até a extensão total do para-brisa traseiro ou a adesivos de cinquenta centímetros por quarenta centímetros, vedada a justaposição. Deste modo, o envelopamento de carros está proibido.

Propaganda por meio de outdoors e assemelhadosÉ vedado, ainda que em propriedade particular, o uso de outdoors, painéis eletrônicos, backligths e similares, sujeitando-se a empresa responsável, os partidos políticos, as coligações e os candidatos à imediata retirada da propaganda irregular e ao pagamento de multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 15.000,00 (quinze mil reais).

Propaganda eleitoral em bens públicosÉ proibida a propaganda eleitoral em bens públicos ou naqueles de uso comum, ainda que de propriedade particular, tais como cinemas, bancas de revista, clubes, teatros, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios etc.

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É vedada a propaganda de qualquer natureza, inclusive afi xação de cartazes, placas, faixas, bonecos, estandartes, inscrições a tinta, pichações, em postes de iluminação pública, placas de trânsito, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus, árvores e jardins públicos, janelas ou fachadas de edifícios públicos, sob pena de multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$ 8.000,00 (oito mil reais) e imediata retirada da propaganda irregular.

Equiparam-se aos bens públicos os bens de uso comum do povo, tais como: estádios, ginásios, cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, bares, templos, estabelecimentos comerciais em geral, táxis, ônibus, leito de rua ou rodovia, barrancos de corte de estrada, tapumes de obras. Nestes a propaganda eleitoral também é proibida e sujeita ao pagamento de multa.

Nas vias públicas somente é permitida, entre 6h e 22h, a colocação de mesas para distribuição de material de campanha, bem como a utilização de bandeiras, desde que móveis e não difi cultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos.

Distribuição de material impressoÉ permitida a veiculação de propaganda eleitoral mediante distribuição de folhetos, volantes e outros impressos, os quais devem ser editados sob a responsabilidade do partido, coligação ou candidato, independentemente de obtenção de licença municipal e autorização da Justiça Eleitoral. Quando assim demandados, os conteúdos dos materiais da campanha podem ser impressos em braile.

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Todo material impresso de campanha eleitoral deve conter o CNPJ ou o CPF do responsável pela confecção, bem como o CNPJ ou o CPF de quem contratou e a respectiva tiragem.

Alto-falantes e amplificadores de somO partido político, até o dia 1º de outubro de 2016, no primeiro turno, e 29 de outubro, no segundo turno, poderá fazer funcionar, entre as 8h e 22h, alto-falantes ou amplificadores de voz, nos locais permitidos, assim como em veículos seus ou à sua disposição, sem ofender a legislação comum.

Não se permite a instalação e o uso de alto-falantes ou amplificadores de som em distância inferior a 200 (duzentos) metros:

1. das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das sedes dos órgãos judiciais, dos quartéis e outros estabelecimentos militares;

2. dos hospitais e casas de saúde;

3. das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento.

Carros de som e minitriosÉ permitida a circulação de carros de som e minitrios como meio de propaganda eleitoral, desde que observado o limite de 80 (oitenta) decibéis de nível de pressão sonora, medido a 7 (sete)

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metros de distância do veículo, e respeitadas a distância mínima de duzentos metros:

1. das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, dos quartéis e outros estabelecimentos militares;

2. dos hospitais e casas de saúde;

3. das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento.

Considera-se:

1. carro de som: qualquer veículo, motorizado ou não, ou ainda tracionado por animais, que use equipamento de som com potência nominal de amplifi cação de, no máximo, 10.000 (dez mil) watts e que transite divulgando jingles ou mensagens de candidatos;

2. minitrio: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal de amplifi cação maior que 10.000 (dez mil) watts e até 20.000 (vinte mil) watts;

3. trio elétrico: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal de amplifi cação maior que 20.000 (vinte mil) watts.

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A reforma eleitoral de 2015 ampliou o conceito de carro de som, abrangendo agora veículo não motorizado, ou tracionado por animais, que transite divulgando jingles ou mensagens de candidatos.

ComícioOs comícios podem ser realizados entre 8h e 24h, do dia 16 de agosto até o dia 29 de setembro de 2016, no primeiro turno, e, decorridos o prazo de vinte e quatro horas do encerramento da votação até o dia 27 de outubro de 2016, no segundo turno. É permitido o uso de aparelhagem de sonorização fixa e até mesmo de trio elétrico, neste caso somente para difundir os discursos e as músicas da campanha ou jingles. O comício de encerramento da campanha poderá ser prorrogado por mais duas horas.

É permitida a realização de propaganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou fechado, com prévia comunicação do ato à autoridade policial, no mínimo, vinte e quatro horas antes de sua realização, a fim de que esta lhe garanta, segundo a prioridade do aviso, o direito contra quem tencione usar o local no mesmo dia e horário.

É proibida a realização de showmício ou de evento assemelhado para promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de cantores, atores e apresentadores, inclusive de candidatos que sejam profissionais da classe artística, com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral. A desobediência pode acarretar cassação do registro ou do diploma, se ficar configurado o abuso de poder econômico.

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O eventual comparecimento de artista ao comício não caracteriza a prática de showmício, se não há qualquer apresentação artística nem animação do evento. O artista deverá limitar-se a emitir sua opinião política e declarar apoio a partido ou candidato, exercendo o seu direito de cidadania.

CarreataCarreata, caminhada, passeata ou carro de som divulgando jingles ou mensagens de candidatos são atividades permitidas até às 22h do dia 1 de outubro, no primeiro turno, e, onde houver segundo turno, até às 22h do dia 29 de outubro de 2016, véspera das eleições, quando os microfones não poderão ser usados para transformar o ato em comício.

Utilização de símbolos e imagensÉ crime o uso, na propaganda eleitoral, de símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa pública ou sociedade de economia mista. Pena de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção e multa.

Por sua vez, o uso dos símbolos nacionais, estaduais e municipais é permitido na propaganda eleitoral, desde que seja preservada a dignidade e o respeito exigidos no tratamento publicitário e seu manuseio.

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Simuladores de urna eletrônicaAos candidatos, partidos políticos e coligações é vedado o uso de artefato que se assemelhe a urna eletrônica como veículo de propaganda eleitoral.

Brindes

É vedada na campanha eleitoral a confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor, sob pena de caracterizar abuso do poder econômico ou captação ilícita de sufrágio.

É permitida a comercialização de material de divulgação institucional dos partidos políticos, desde que não contenha nome e número de candidato, bem como cargo em disputa, devendo o partido político ou o candidato comunicar formalmente à Justiça Eleitoral, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias da realização das vendas desses produtos.

Os recursos arrecadados constituem doação, estando sujeitos aos limites legais e à emissão de recibos eleitorais, devendo ser depositados na conta bancária da campanha antes de serem usados e na prestação de contas deverão constar os documentos de compra, produção e venda do material.

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PROPAGANDA ELEITORAL NA INTERNET:A Lei nº 12.034/2009 alterou profundamente a propaganda eleitoral na internet. As regras, que antes eram extremamente rígidas, considerando lícita somente propaganda em sítio hospedado em domínio ofi cial, fi caram bem mais fl exíveis, estabelecendo mais opções para o candidato obter a atenção dos eleitores.

É permitida a propaganda eleitoral na internet após o dia 16 de agosto de 2016, nas seguintes formas:

1. Em sítio do candidato, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no País;

2. em sítio do partido ou da coligação, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no País;

3. Por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação. O eleitor recebe notícias atualizadas de seu candidato e acompanha a evolução da campanha;

4. Por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas (e assemelhados), cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa física. É importante que haja maturidade sufi ciente por parte do internauta

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para não transformar essa modalidade de propaganda eleitoral em vazadouro de insultos.

As mensagens eletrônicas enviadas por candidato, partido ou coligação, por qualquer meio, deverão dispor de mecanismo que permita seu descadastramento pelo destinatário, sendo o remetente obrigado a providenciá-lo no prazo máximo de quarenta e oito horas. Se a medida não for efetivada pelo candidato, pelo partido político ou pela coligação, incidirá a multa de R$ 100,00 (cem reais) por cada mensagem enviada após o prazo de quarenta e oito horas.

A venda de cadastro de endereços eletrônicos é punida com multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), tanto para o vendedor quanto para o comprador e o beneficiário. É permitido, porém, ao partido político repassar aos seus candidatos e-mails constantes de seu banco de dados.

Na internet é vedada propaganda eleitoral paga e, mesmo gratuita, não pode ser divulgada em sítios de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, nem em sítios oficiais ou hospedados por órgãos da administração pública, sob pena de multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais).

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Constitui crime a contratação direta ou indireta de grupo de pessoas com a fi nalidade específi ca de emitir mensagens ou comentários na internet para ofender a honra ou macular a imagem de candidato, partido ou coligação, punível com detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Também incorrem em crime, punível com detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, com alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), as pessoas contratadas com a fi nalidade específi ca de emitir mensagens ou comentários na internet para ofender a honra ou macular a imagem de candidato, partido ou coligação.

É livre a manifestação do pensamento por intermédio da rede mundial de computadores e por outros meios de comunicação interpessoal mediante mensagem eletrônica, sendo vedado o anonimato durante a campanha eleitoral. O direito de resposta é assegurado. O responsável pela divulgação da propaganda e o benefi ciário, quando comprovado o prévio conhecimento deste, estão sujeitos ao pagamento de multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais).

Também é aplicável a multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), sem prejuízo das demais sanções cabíveis, a quem realizar propaganda eleitoral na internet atribuindo

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indevidamente sua autoria a terceiro, inclusive a candidato, partido político ou coligação.

A Justiça Eleitoral, por solicitação do ofendido, poderá determinar a retirada de publicações que contenham agressões ou ataques a candidatos em sítios da internet, inclusive redes sociais. Na hipótese do Juiz Eleitoral determinar a retirada de sítio da Internet de material considerado ofensivo, o provedor responsável pela hospedagem deverá promover a imediata remoção e, se não o fizer, pagará multa.

Será punido o provedor de conteúdo e de serviços multimídia que hospeda a divulgação da propaganda eleitoral de candidato, de partido ou de coligação, se, no prazo determinado pela Justiça Eleitoral, contado a partir da notificação de decisão sobre a existência de propaganda irregular, não tomar providências para a cessação dessa divulgação.

O provedor de conteúdo ou de serviços multimídia só será considerado responsável pela divulgação da propaganda se a publicação do material for comprovadamente de seu prévio conhecimento.

O prévio conhecimento poderá, sem prejuízo dos demais meios de prova, ser demonstrado por meio de cópia de notificação, diretamente encaminhada e entregue pelo interessado ao provedor de internet, na qual deverá constar, de forma clara e detalhada, a propaganda por ele considerada irregular.

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A Justiça Eleitoral poderá determinar a suspensão, por vinte e quatro horas, do acesso a todo o conteúdo informativo dos sítios da internet, quando deixarem de cumprir as disposições da legislação eleitoral. No período de suspensão, o responsável pelo sítio na internet informará que se encontra temporariamente inoperante, ambos por desobediência à lei eleitoral. A cada reiteração de conduta, o período de suspensão será duplicado.

É vedada a realização de propaganda via telemarketing, em qualquer horário.

PROPAGANDA ELEITORAL NA IMPRENSA:A propaganda eleitoral por meio da imprensa escrita (jornal - revista - tabloide), incluindo a reprodução na internet do jornal impresso, poderá ser divulgada até a antevéspera da eleição, ou seja, até o dia 30 de setembro de 2016 ou até 28 de outubro, onde houver segundo turno, restrita ao máximo de 10 (dez) anúncios por veículo, os quais deverão estampar de forma visível o valor pago, observando os seguintes limites:

Jornal padrão1/8 (um oitavo) de página por edição

Revista ou tabloide¼ (um quarto) de página por edição

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Vigora o limite de 10 (dez) anúncios por veículo de comunicação, em datas diversas. A desobediência a esta e às outras limitações - relativas ao tamanho do anúncio - sujeita os responsáveis pelos veículos de divulgação e os partidos políticos, as coligações e/ou os candidatos beneficiados ao pagamento de multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou valor equivalente ao custo da veiculação, se este for maior.

O limite de anúncios será verificado de acordo com a imagem ou nome do respectivo candidato, independentemente de quem tenha contratado a divulgação da propaganda.

A reprodução virtual das páginas do jornal impresso na internet, feita no sítio do próprio jornal, independentemente do seu conteúdo, deve respeitar integralmente o formato gráfico e o conteúdo editorial da versão impressa.

Não caracterizará propaganda eleitoral a divulgação de opinião favorável a candidato, a partido político ou a coligação pela imprensa escrita, desde que não seja matéria paga, mas os abusos e os excessos, assim como as demais formas de uso indevido do meio de comunicação, serão apurados e punidos nos termos da Lei Complementar nº 64/1990.

A liberdade de atuação permitida à imprensa não pode ser entendida como carta branca para interferir na disputa como lhe aprouver, em benefício ou detrimento de candidaturas. Abusos e uso indevido do meio de comunicação social, que afetem a lisura

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do pleito e o equilíbrio entre os candidatos, sujeitam o candidato benefi ciado à cassação do registro de candidatura ou do diploma.

PROPAGANDA ELEITORAL NO RÁDIO E NA TELEVISÃO:A propaganda eleitoral no rádio e na televisão restringe-se ao horário gratuito, sendo proibida a transmissão de propaganda paga. No segundo semestre do ano da eleição, não será veiculada a propaganda partidária gratuita prevista em lei, nem permitido qualquer tipo de propaganda política paga no rádio e na televisão.

Por força da Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Defi ciência - a propaganda eleitoral gratuita na televisão deverá utilizar, entre outros recursos, subtitulação por meio de legenda oculta, janela com intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) e audiodescrição.

Programação normalA partir do dia 6 de agosto de 2016 é vedado às emissoras de rádio e televisão, inclusive às páginas mantidas pelas empresas de comunicação social na Internet e provedores da Internet, em sua programação normal e noticiário:

1. transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identifi car

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o entrevistado ou em que haja manipulação de dados;

2. veicular propaganda política;

3. dar tratamento privilegiado a candidato, partido político ou coligação;

4. veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos;

5. divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, ainda quando preexistente, inclusive se coincidente com o nome de candidato ou com a variação nominal por ele adotada.

Descumprimento:Multa de R$ 21.282,00 a R$ 106.410,00 (aplicada à emissora)Reincidência: multa em dobro e suspensão da programação

A partir de 30 de junho de 2016, é vedado às emissoras transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidato, sob pena, no caso de sua escolha na convenção partidária, de imposição da multa de R$ 21.282,00 (vinte e u mil, duzentos e oitenta e dois reais) a R$ 106.410,00 (cento e seis mil, quatrocentos e dez reais), além do cancelamento do registro da candidatura do beneficiário

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É proibida, desde quarenta e oito horas antes até vinte e quatro horas depois da eleição (primeiro e segundo turnos) a veiculação de qualquer propaganda política no rádio ou televisão, inclusive nas rádios comunitárias e nos canais de televisão VHF, UHF e por assinatura.

Por requerimento de partido político, coligação, candidato ou do Ministério Público, a Justiça Eleitoral poderá determinar a suspensão, por vinte e quatro horas, da programação normal de emissora de rádio ou televisão, quando deixarem de cumprir as disposições da lei eleitoral.

No período de suspensão, a emissora transmitirá, a cada quinze minutos, a informação de que se encontra fora do ar, e o responsável pelo sítio na internet informará que se encontra temporariamente inoperante, ambos por desobediência à lei eleitoral.

Debates

A reforma eleitoral de 2015 promoveu alterações expressivas nos debates, garantindo a participação a candidatos fi liados a partido político com representação superior a nove parlamentares na Câmara dos Deputados e que tenham requerido o registro de candidatura na Justiça Eleitoral.

A lei eleitoral permite a transmissão de debates entre os candidatos, pela mídia eletrônica, até 29 de setembro de 2016, que poderá estender-se até as 7h do dia 30 de setembro, no primeiro turno, e até meia-noite de 28 de outubro de 2016, no segundo turno. As regras para o debate transmitido por emissora de rádio ou

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televisão serão estabelecidas mediante acordo entre os partidos políticos e a pessoa jurídica interessada na realização do evento, dando-se ciência à Justiça Eleitoral.

Para os debates que se realizarem no primeiro turno das eleições, serão consideradas aprovadas as regras, inclusive as que definam o número de participantes, que obtiverem a concordância de pelo menos 2/3 (dois terços) dos candidatos aptos, para o cargo de prefeito, e de pelo menos 2/3 (dois terços) dos partidos ou coligações com candidatos aptos, no caso do cargo de vereador.

Na elaboração das regras para a realização dos debates, a emissora responsável e os candidatos que representem 2/3 (dois terços) dos aptos não poderão deliberar pela exclusão de candidato cuja presença seja legalmente garantida.

São considerados aptos os candidatos filiados a partido político com representação superior a nove parlamentares na Câmara dos Deputados e que tenham requerido o registro de candidatura na Justiça Eleitoral. Julgado o registro, permanecem aptos apenas os candidatos com registro deferido ou, se indeferido, que esteja sub judice.

Por força do Estatuto da Pessoa com Deficiência, os debates transmitidos na televisão deverão utilizar, entre outros recursos, subtitulação por meio de legenda oculta, janela com intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e audiodescrição.

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Inviabilizado o acordo, nas eleições majoritárias o debate transmitido por emissora de rádio ou televisão deverá ser feito:

1. em conjunto, estando presentes todos os candidatos a um mesmo cargo eletivo; ou

2. em grupos, estando presentes, no mínimo, 3 (três) candidatos.

Nas eleições de vereador, o debate transmitido por emissora de rádio ou televisão será organizado de modo que assegurem a presença de número equivalente de candidatos de todos os partidos políticos e coligações a um mesmo cargo eletivo, podendo desdobrar-se em mais de um dia.

Os debates deverão ser parte de programação previamente estabelecida e divulgada pela emissora, fazendo-se mediante sorteio a escolha do dia e da ordem de fala de cada candidato.

Quando não houver acordo, fi ca assegurada a participação de candidatos dos partidos políticos com representação superior a nove parlamentares na Câmara dos Deputados e facultada a dos demais.

Considera-se a representação de cada partido político na Câmara dos Deputados a resultante da eleição, ressalvadas as mudanças de fi liação partidária que não tenham sido contestadas ou cuja justa causa tenha sido reconhecida pela Justiça Eleitoral.

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Em qualquer hipótese, deverá ser observado o seguinte:

1. é permitida a realização de debate sem a presença de candidato de algum partido político ou de coligação, desde que o veículo de comunicação responsável comprove tê-lo convidado com a antecedência mínima de setenta e duas horas da realização do debate;

2. é vedada a presença de um mesmo candidato a eleição proporcional em mais de um debate da mesma emissora;

3. o horário destinado à realização de debate poderá ser destinado à entrevista de candidato, caso apenas este tenha comparecido ao evento (Acórdão TSE nº 19.433, de 25.6.2002);

4. no primeiro turno, o debate poderá se estender até 7h do dia 30 de setembro de 2016 e, no caso de segundo turno, não poderá ultrapassar o horário de meia-noite do dia 28 de outubro de 2016.

Admite-se a realização do debate sem presença de candidato, desde que o veículo de comunicação responsável comprove ter feito o convite com antecedência mínima de setenta e duas horas. Por sua vez, o candidato à eleição proporcional não poderá comparecer a mais de um debate em uma mesma emissora.

A emissora que descumprir as regras para transmitir os debates será punida com suspensão da programação por vinte e quatro

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horas e informação, divulgada a cada quinze minutos, de que se encontra fora do ar por desobedecer à lei eleitoral. A reiteração da conduta acarretará a duplicação da suspensão.

HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO A reforma eleitoral de 2015 alterou

signifi cativamente o capítulo da propaganda eleitoral gratuita. Determinou a diminuição do período de divulgação no rádio e na televisão, reduziu o tempo diário da propaganda em bloco para todos os cargos, alterou a ordem de veiculação da propaganda e dos dias para prefeito e modifi cou o formato da propaganda para vereador, extinguindo a sua transmissão em bloco.

Durante toda a transmissão pela televisão, em bloco ou em inserções, a propaganda deverá ser identifi cada pela legenda propaganda eleitoral gratuita. A responsabilidade pela legenda é dos partidos políticos e das coligações.

PRIMEIRO TURNOA propaganda no horário eleitoral gratuito será veiculada nas emissoras de rádio e de televisão, inclusive nas rádios comunitárias, nas emissoras de televisão que operam em VHF e UHF e nos canais de televisão por assinatura, sob a responsabilidade das Câmaras Municipais, no período de 26 de agosto a 29 de setembro de 2016.

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As emissoras de rádio sob responsabilidade do Senado Federal e da Câmara dos Deputados instaladas em localidades fora do Distrito Federal são dispensadas da veiculação da propaganda eleitoral gratuita.

Por determinação do Estatuto das Pessoas com Deficiência, a propaganda eleitoral gratuita na televisão deverá utilizar, entre outros recursos, subtitulação por meio de legenda oculta, janela com intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais e audiodescrição.

A propaganda eleitoral gratuita será transmitida da seguinte forma:

1. Em rede, nas eleições para prefeito, de segunda a sábado:

a. das 7h às 7h10min e das 12h às 12h10min, no rádio;

b. das 13h às 13h10min e das 20h30min às 20h40min, na televisão.

2. Em inserções de trinta e de sessenta segundos, nas eleições para prefeito e vereador, de segunda a domingo, em um total de setenta minutos diários, distribuídas ao longo da programação veiculada entre as 5 e as 24 horas, na proporção de 60% (sessenta por cento) para prefeito e de quarenta por cento para vereador.

Nas eleições para vereador não haverá programa eleitoral em bloco.

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Divisão do tempo

A reforma eleitoral de 2015 estabeleceu novos critérios para a distribuição do tempo de propaganda entre os partidos políticos. Do tempo reservado à propaganda eleitoral no rádio e na televisão, 90% (noventa por cento) serão distribuídos proporcionalmente ao número de representantes na Câmara dos Deputados, considerados, no caso de coligação para eleições majoritárias, o resultado da soma do número de representantes dos seis maiores partidos que a integrem e, nos casos de coligações para eleições proporcionais, o resultado da soma do número de representantes de todos os partidos que a integrem. 10% (dez por cento) serão distribuídos igualitariamente.

A representação de cada partido político na Câmara dos Deputados é a resultante da eleição, ressalvada a hipótese de criação de legenda, quando prevalecerá a representatividade política conferida aos parlamentares que migraram diretamente dos partidos pelos quais foram eleitos para o novo partido político, no momento de sua criação (STF - ADI nº 4430/DF, DJe de 19.9.2013).

Programa em bloco:As mídias com as gravações da propaganda no rádio e na televisão serão entregues ao grupo de emissoras ou à emissora responsável pela geração, inclusive aos sábados, domingos e feriados, com antecedência mínima de seis horas do horário previsto para o início

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da transmissão de programas divulgados em rede, e de doze horas do início da transmissão, no caso de inserções.

É vedada a veiculação de propaganda que possa degradar ou ridicularizar candidatos, sujeitando-se o partido político ou a coligação infratora à perda do direito à veiculação de propaganda no horário eleitoral gratuito do dia seguinte ao da decisão.

Havendo requerimento de partido político, coligação ou candidato, a Justiça Eleitoral impedirá a reapresentação de propaganda ofensiva à honra de candidato, à moral e aos bons costumes. A reiteração de conduta já punida pela Justiça Eleitoral poderá ensejar a suspensão temporária do programa.

Na divulgação de pesquisas no horário eleitoral gratuito devem ser informados, com clareza, o período de sua realização, a margem de erro e o nível de confiança, não sendo obrigatória a menção aos concorrentes, desde que o modo de apresentação dos resultados não induza o eleitor em erro quanto ao desempenho do candidato em relação aos demais.

Inserções:

As emissoras de rádio e de televisão veicularão, de 26 de agosto a 29 de setembro de 2016, a propaganda eleitoral gratuita em inserções de trinta e de sessenta segundos, nas eleições para prefeito e vereador, de segunda a domingo, em um total de setenta minutos diários, distribuídas ao longo

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da programação veiculada entre as 5h e as 24h, na proporção de 60% (sessenta por cento) para prefeito e de 40% (quarenta por cento) para vereador.

Aos partidos e às coligações que, após a aplicação dos critérios de distribuição referidos neste artigo, obtiverem direito a parcela do horário eleitoral inferior a trinta segundos, será assegurado o direito de acumulá-lo para uso em tempo equivalente.

Na distribuição das inserções dentro da grade de programação, as emissoras de rádio e televisão devem observar os blocos de audiência entre 5h e 11h, 11h e 18h, e 18h e 24h, previstos no plano de mídia, e veicular as inserções de modo uniforme e com espaçamento equilibrado, evitando ainda que duas ou mais sejam exibidas no mesmo intervalo comercial, inclusive quando se tratar de outro candidato, ressalvada a hipótese de o partido ou a coligação dispor de mais inserções do que a quantidade de intervalos disponíveis.

Na distribuição das inserções para a eleição de vereadores, considerado o tempo diário de vinte e oito minutos, a divisão das cinquenta e seis inserções possíveis entre os três blocos de audiência, entre 5h e 11h, 11h e 18h, e 18h e 24h, será feita atribuindo-se, diariamente, de forma alternada, dezenove spots para dois blocos de audiência e dezoito para um bloco de audiência.

Se houver segundo turno, as emissoras reservarão, a partir de quarenta e oito horas da proclamação provisória dos resultados do primeiro turno e até 28 de outubro de 2016, horário destinado à divulgação da propaganda eleitoral gratuita:

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1. Em rede, dividido em dois blocos diários de vinte minutos, iniciando-se às 7h e às 12h, no rádio, e às 13h e às 20h30min, na televisão.

2. Em setenta minutos diários em inserções, de segunda a domingo.

No segundo turno, o tempo de propaganda em rede e em inserções será dividido igualitariamente entre os partidos políticos ou as coligações dos dois candidatos que disputam o segundo turno. A Justiça Eleitoral elaborará nova grade de exibição das inserções, iniciando-se a veiculação pelo candidato mais votado no primeiro turno, com a alternância da ordem a cada programa ou veiculação de inserção.

As inserções no rádio e na televisão serão calculadas à base de 30 (trinta) segundos e poderão ser agrupadas em módulos de 60 (sessenta) segundos, a critério de cada partido político ou coligação. Os partidos políticos e as coligações que optarem por agrupar inserções dentro do mesmo bloco de exibição devem comunicar essa intenção às emissoras com a antecedência mínima de quarenta e oito horas, a fim de que elas possam efetuar as alterações necessárias em sua grade de programação.

As emissoras de rádio e televisão deverão evitar que duas ou mais inserções sejam exibidas no mesmo intervalo comercial, inclusive quando se tratar de outro candidato, ressalvada a hipótese de o partido ou a coligação dispor de mais inserções do que a quantidade de intervalos disponíveis.

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A reforma eleitoral de 2015 alterou as regras para peças publicitárias divulgadas no horário eleitoral gratuito. Agora, nos programas e inserções de rádio e de televisão só poderão aparecer, em gravações internas e externas, caracteres com propostas, fotos, jingles, clipes com música ou vinhetas, inclusive de passagem, com indicação do número do candidato ou do partido, bem como de seus apoiadores, que poderão dispor de até 25% (vinte e cinco por cento) do tempo de cada programa ou inserção, sendo vedadas montagens, trucagens, computação gráfi ca, desenhos animados e efeitos especiais.

A reforma eleitoral de 2015 limitou a 25% (vinte e cinco por cento) do tempo de cada programa ou inserção o depoimento de candidatos a eleições proporcionais no horário da propaganda das candidaturas majoritárias e vice-versa, registrados sob o mesmo partido ou coligação, desde que o depoimento consista exclusivamente em pedido de voto ao candidato. Permitiu, ainda, a veiculação de entrevistas com o candidato e de cenas externas nas quais ele, pessoalmente, exponha realizações de governo ou da administração pública, falhas administrativas e defi ciências verifi cadas em obras e serviços públicos em geral, bem como atos parlamentares e debates legislativos.

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SEGUNDO TURNOInício: 48 (quarenta e oito) horas após o encerramento da votação

Término: 28 de outubro de 2016.

O tempo da propaganda eleitoral em bloco, no segundo turno, será dividido em dois períodos diários de 20 (vinte) minutos, no rádio e na televisão, inclusive aos domingos. Serão reservados 70 (setenta) minutos diários de inserções.

Se houver segundo turno, as emissoras de rádio, inclusive as rádios comunitárias, as emissoras de televisão que operam em VHF e UHF e os canais de televisão por assinatura sob a responsabilidade das Câmaras Municipais reservarão, a partir de quarenta e oito horas da proclamação dos resultados do primeiro turno e até 28 de outubro de 2016, horário destinado à divulgação da propaganda eleitoral gratuita.

VEDAÇÕES E SANÇÕESCensura prévia e cortes no programa,salvo o que extrapolar o tempo do partido:

Suspensão da programação normal da emissora por vinte e quatro horas, duplicada a cada reiteração, sem prejuízo da apuração do crime de embaraço do regular exercício da propaganda eleitoral.

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Propaganda paga.

Pode confi gurar abuso do poder econômico, desvio e uso indevido dos meios de comunicação social.

Propaganda que degrade ou ridicularize candidato.

Perda do horário gratuito do dia seguinte ao da decisão. Por solicitação do interessado pode ser proibida a reapresentação da propaganda ofensiva à honra, à moral e aos bons costumes. Pode, também, gerar direito de resposta.

É vedado aos partidos políticos e às coligações incluir no horário destinado aos candidatos às eleições proporcionais propaganda das candidaturas a eleições majoritárias ou vice-versa, ressalvada a utilização, durante a exibição do programa, de legendas com referência aos candidatos majoritários, ou, ao fundo, de cartazes ou fotografi as desses candidatos, fi cando autorizada a menção ao nome e ao número de qualquer candidato do partido ou da coligação.

Perda do tempo equivalente ao dobro do usado na prática do ilícito, dobrada a cada reincidência, no período no horário gratuito subsequente, devendo o tempo correspondente ser veiculado após o programa dos demais candidatos com a informação de que a não veiculação do programa resulta de infração da lei eleitoral.

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É facultada a inserção de depoimento de candidatos a eleições proporcionais no horário da propaganda das candidaturas majoritárias e vice-versa, registrados sob o mesmo partido ou coligação, desde que o depoimento consista exclusivamente em pedido de voto ao candidato que cedeu o tempo e não exceda vinte e cinco por cento do tempo de cada programa ou inserção.

Transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados.

Perda do dobro do tempo usado no ilícito, no horário gratuito subsequente, pena dobrada a cada reincidência, devendo ser exibida a informação de que a não veiculação do programa resulta de descumprimento da lei eleitoral.

Usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de alguma forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido político ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito.

Perda do dobro do tempo usado no ilícito, no horário gratuito subsequente, pena dobrada a cada reincidência, devendo ser exibida a informação de que a não veiculação do programa resulta de descumprimento da lei eleitoral.

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Direito de respostaA difusão de propaganda que contenha conceito, imagem ou calúnia, difamação, injúria ou fato inverídico gera direito de resposta, a partir da escolha de candidatos em convenção, observada a Resolução nº 23.642, do Tribunal Superior Eleitoral. O prazo e o procedimento para pedir resposta diferem de acordo com o veículo de comunicação utilizado para a ofensa ou mentira.

Imprensa:Prazo de setenta e duas horas, contadas a partir das 19h da data da edição do jornal ou revista, sendo essencial que a petição esteja acompanhada do exemplar da publicação e do texto da resposta. Por sua vez, exige-se que o ofensor comprove o cumprimento da decisão, esclarecendo dados sobre a regular distribuição dos exemplares, a quantidade impressa e o raio de abrangência na distribuição.

Programação normal de rádio e televisão:

Prazo de quarenta e oito horas, contado da veiculação da ofensa. A Justiça Eleitoral notifi ca imediatamente o responsável pela emissora, para que confi rme data e horário da veiculação e entregue em vinte e quatro horas, sob pena de detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa, cópia da fi ta da transmissão, que será devolvida após a decisão.

Horário eleitoral gratuito:

Prazo de vinte e quatro horas. O pedido deve especifi car o trecho considerado ofensivo ou

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inverídico e ser instruído com mídia da gravação do programa, acompanhado da respectiva degravação. Deferido o pedido, o ofendido usará, para a resposta, tempo igual ao da ofensa, porém nunca inferior a um minuto.

Se o ofendido for candidato, partido político ou coligação que tenha usado o tempo concedido sem responder aos fatos veiculados na ofensa, terá subtraído do respectivo programa eleitoral tempo idêntico; tratando-se de terceiros, ficarão sujeitos à suspensão de igual tempo em eventuais novos pedidos de resposta e à multa no valor de R$ 2.128,20 (dois mil, cento e vinte e oito reais e vinte centavos) a R$ 5.320,50 (cinco mil trezentos e vinte reais e cinquenta centavos).

Internet:

O pedido poderá ser feito, a qualquer tempo, enquanto a ofensa estiver sendo veiculada, ou no prazo de setenta e duas horas, contado da retirada espontânea. A petição inicial deverá ser instruída com cópia impressa da página em que foi divulgada a ofensa e a perfeita identificação de seu endereço na internet (URL). A resposta será divulgada no mesmo veículo, espaço, local, horário, página eletrônica, tamanho, caracteres e outros elementos de realce usados na ofensa, em até quarenta e oito horas após a entrega da mídia física com a resposta do ofendido.

A resposta ficará disponível para acesso pelos usuários do serviço de internet por tempo não inferior ao dobro em que esteve disponível

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a mensagem considerada ofensiva e os custos de veiculação da resposta correrão por conta do responsável pela propaganda original.

O descumprimento, ainda que parcial, da decisão que reconhecer o direito de resposta sujeitará o infrator ao pagamento de multa no valor de R$ 5.320,50 (cinco mil, trezentos e vinte reais e cinquenta centavos) a R$ 15.961,50 (quinze mil, novecentos e sessenta e um reais e cinquenta reais), duplicada em caso de reiteração de conduta, sem prejuízo da pena de detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa.

Dia da Eleição

É permitida, no dia das eleições, a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos.

É vedado aos candidatos, partidos e coligações difundir qualquer tipo de propaganda. A boca de urna é proibida. É crime usar alto-falantes e amplifi cadores de som, promover comícios ou carreata, distribuir material de propaganda política, inclusive volantes e outros impressos. Também é crime a prática de aliciamento e coação tendentes a inibir a livre escolha do eleitor.

Detenção de 6 meses a 1 ano ou prestação de serviços à comunidade e multa no valor de R$ 5.320,50 a R$ 15.961,50.

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É proibido no dia da eleição: reunião pública, concentração de eleitores, distribuição de alimentos, transporte de eleitores, distribuição de material de propaganda, aliciamento de eleitores, coação sobre eleitores, manifestações públicas nas ruas, alto-falantes, amplificadores de som, comício, carreata, caminhada, passeata, mensagens em rádio, mensagens em televisão, debates, pesquisas ao vivo.

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Condutas vedadasaos agentes públicos

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CONDUTAS VEDADAS Com o objetivo de preservar a igualdade de oportunidades entre os candidatos e assegurar a lisura do pleito, a Lei nº 9.504/97 proibiu aos agentes públicos a prática de condutas que tendem a desequilibrar a disputa eleitoral.

Tais hipóteses estão reproduzidas na Resolução nº 23.457, editada pelo Tribunal Superior Eleitoral para o pleito deste ano. Por envolver o uso indevido de bens e serviços públicos, os ilícitos abaixo relacionados caracterizam atos de improbidade administrativa. São punidos severamente, em especial pela chamada Lei da Ficha Limpa, com cassação do registro ou do diploma e inelegibilidade de 08 (oito) anos.

Aproximam-se as eleições municipais de 2016. Os candidatos precisam estar cientes de que se apropriar da Administração Pública para utilizá-la como instrumento de pressão, desequilíbrio e captação ilícita de votos, tem consequências graves.

Condutas vedadas:São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:

Ceder ou usar, em benefício de partido político, candidato ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração pública, exceto para realização de convenção partidária.

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• Suspensão imediata do ato• Cassação do registro ou do diploma• Inelegibilidade• Multa de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00, duplicada

a cada reincidência.

A utilização de veículos que estejam a serviço da Administração Pública para ostentar propaganda eleitoral de candidato caracteriza conduta vedada e sujeita o infrator à pena correspondente.

Usar materiais ou serviços, custeados pelos governos ou casas legislativas, que excedam as prerrogativas consignadas nos regimentos e normas dos órgãos que integram.

• Suspensão imediata do ato• Cassação do registro ou do diploma• Inelegibilidade• Multa de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00, duplicada

a cada reincidência.

O uso de materiais ou serviços custeados pelos governos ou casas legislativas - que excedam as prerrogativas consignadas nos regimentos e normas dos órgãos que integram - bem como a cessão de servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expediente normal, não está sujeita à restrição temporal de três meses antecedentes ao pleito, conforme precedentes do Tribunal Superior Eleitoral.

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Ceder servidor público ou usar de seus serviços para comitês de campanha eleitoral, durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor ou o empregado estiver licenciado.

• Suspensão imediata do ato• Cassação do registro ou do diploma• Inelegibilidade• Multa de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00, duplicada

a cada reincidência.

Fazer ou permitir uso promocional, em favor de partido político, candidato ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social, custeados ou subvencionados pelo poder público.

• Suspensão imediata do ato • Cassação do registro ou do diploma • Inelegibilidade• Multa de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00, duplicada

a cada reincidência.

Nomear, contratar ou admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, a partir de 2 de julho de 2016.

• Suspensão imediata do ato• Cassação do registro ou do diploma e

inelegibilidade• Multa de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00, duplicada

a cada reincidência.

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Esta conduta tem as seguintes exceções: a. nomeação ou exoneração de cargos em

comissão e designação ou dispensa de funções de confi ança;

b. a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de contas e dos órgãos da Presidência da República;

c. a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até 2 de julho de 2016;

d. a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;

e. a transferência ou remoção ex offi cio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários.

Conduta vedada a partir de 2 de julho até a data do pleito:Transferência voluntária de recursos da União aos estados e municípios, e dos estados aos municípios, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação preexistente para a execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefi xado, e os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública.

• Suspensão imediata do ato• Cassação do registro ou do diploma• Inelegibilidade• Multa de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00, duplicada

a cada reincidência.

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Com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo grave e urgente necessidade pública, reconhecida pela Justiça Eleitoral.

• Suspensão imediata do ato• Cassação do registro ou do diploma• Inelegibilidade• Multa de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00, duplicada

a cada reincidência.

Fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, ressalvada matéria urgente e relevante e característica das funções de governo, a critério da Justiça Eleitoral.

• Suspensão imediata do ato• Cassação do registro ou do diploma• Inelegibilidade• Multa de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00, duplicada

a cada reincidência.

Realizar, no primeiro semestre do ano da eleição, despesas com publicidade dos órgãos públicos ou das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem o pleito.

• Suspensão imediata do ato• Cassação do registro ou do diploma• Inelegibilidade• Multa de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00, duplicada

a cada reincidência.

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A reforma eleitoral de 2015 fez esta única alteração no capítulo das condutas vedadas, versando sobre o uso de verbas públicas para fi ns de publicidade institucional. Com isso pretende inibir a prática comum de concentrar os gastos publicitários governamentais exatamente no primeiro semestre do ano das eleições para angariar votos. Assim, o limite de despesas com publicidade no ano eleitoral será aferido pela média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem o pleito.

Fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição.

• Suspensão imediata do ato• Cassação do registro ou do diploma• Inelegibilidade• Multa de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00, duplicada

a cada reincidência.

A partir do dia 2 de julho de 2016 é PROIBIDO a qualquer candidato comparecer a inaugurações de obras públicas, sujeitando-se o infrator à cassação do registro de candidatura ou do diploma.

A partir do dia 2 de julho de 2016, na realização de inaugurações, é vedada a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos, sob pena de cassação do registro de candidatura ou do diploma do candidato benefi ciado, seja ele agente público ou não.

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No ano em que se realizar eleição, fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da administração pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá acompanhar sua execução financeira e administrativa.

Causa a cassação do registro ou do diploma, além da suspensão do ato, multa e inelegibilidade, a distribuição gratuita, no ano da eleição, de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá promover o acompanhamento de sua execução financeira e administrativa.

Nos anos eleitorais, os programas sociais da Administração Pública não poderão ser executados por entidade nominalmente vinculada a candidato ou por este mantida.

A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. O descumprimento da norma configura abuso de autoridade e sujeita o responsável, se candidato, ao cancelamento do registro de sua candidatura ou do diploma, se este já houver sido outorgado.

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Fiscalizaçãodas eleições

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FISCALIZAÇÃO DAS ELEIÇÕESOs partidos políticos, as coligações e os candidatos podem fiscalizar todas as fases do processo eleitoral, desde o alistamento de eleitores.

Fiscalizar as eleições não é favor algum. É direito que não pode ser negado ou restringido, sob pena de anulação da votação (Código Eleitoral, art. 221, inciso II). Se o fiscal for impedido de atuar ou sofrer restrição ao exercício de sua atividade, deve apresentar protesto imediatamente e pedir que conste da ata.

Mesas Receptoras de VotosSalvo na hipótese de agregação, a cada seção eleitoral corresponde uma Mesa Receptora de Votos, na qual funcionará uma urna eletrônica e estarão registrados os eleitores previamente determinados durante o período de alistamento eleitoral.

Os Tribunais regionais eleitorais poderão determinar a agregação de seções eleitorais visando à racionalização dos trabalhos eleitorais, desde que não importe qualquer prejuízo à votação.

As Mesas Receptoras de Votos desempenham papel importante nas eleições e são compostas de um presidente, um primeiro e um segundo mesários, dois secretários e um suplente, facultando-se aos Tribunais Regionais Eleitorais a dispensa do segundo secretário e do suplente.

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Não poderão ser nomeados para as Mesas Receptoras de Votos:

1. os candidatos e seus parentes, ainda que por afi nidade, até o segundo grau, e o cônjuge;

2. os membros de diretórios de partido político, desde que exerçam função executiva;

3. as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de cargos de confi ança do Poder Executivo;

4. os que pertencem ao serviço eleitoral;

5. os eleitores menores de 18 anos.

O Juiz Eleitoral nomeará, até o dia 3 de agosto de 2016, os eleitores que constituirão as Mesas Receptoras de Votos e de Justifi cativas e os que atuarão como apoio logístico, fi xando os dias, horários e lugares em que prestarão seus serviços, intimando-os por via postal ou outro meio efi caz que considerar necessário.

Qualquer partido político ou coligação poderá reclamar ao Juiz Eleitoral, no prazo de cinco dias da publicação das nomeações, devendo a decisão ser proferida em quarenta e oito horas, cabendo recurso para o Tribunal Regional Eleitoral em três dias.

Locais de votaçãoOs locais designados para o funcionamento das Mesas Receptoras de Votos, assim como a sua composição, serão publicados, até

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o dia 3 de agosto de 2016, no Diário da Justiça Eletrônico, nas capitais, e no Cartório Eleitoral, nas demais localidades.

As seções eleitorais não poderão ser localizadas em propriedade pertencente a candidato, membro de diretório de partido político, delegado de partido político ou de coligação, autoridade policial, bem como dos respectivos cônjuges e parentes, consanguíneos ou afins, até o segundo grau, inclusive. Também não poderão ser instaladas seções eleitorais em fazenda, sítio ou qualquer propriedade rural privada, mesmo existindo prédio público no local.

Qualquer partido político ou coligação poderá reclamar ao Juiz Eleitoral, no prazo de três dias da publicação da designação, devendo a decisão ser proferida em quarenta e oito horas, cabendo recurso para o Tribunal Regional Eleitoral em três dias.

Seções eleitorais especiais em estabelecimentos penaisOs presos provisórios e os adolescentes internados podem votar. Assim, por meio da Resolução nº 23.461, o Tribunal Superior Eleitoral fixou regras para criação e instalação de seções eleitorais especiais em estabelecimentos penais e em unidades de internação de adolescentes nas eleições municipais de 2016, a fim de garantir o direito de voto aos presos provisórios e aos jovens submetidos a medidas socioeducativas.

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O preso que, no dia da eleição, tiver contra si sentença penal condenatória com trânsito em julgado não poderá votar. Os Juízos Criminais comunicarão o trânsito em julgado à Justiça Eleitoral para que seja consignado na folha de votação da respectiva seção eleitoral o impedimento ao exercício do voto do eleitor defi nitivamente condenado.

Os serviços eleitorais de alistamento, revisão e transferência serão feitos pelos servidores da Justiça Eleitoral, nos próprios estabelecimentos penais e nas unidades de internação, até o dia 4 de maio de 2016, em datas defi nidas de comum acordo entre o Juiz Eleitoral e os administradores dos citados estabelecimentos.

O Juiz Eleitoral deverá informar ao Tribunal Regional Eleitoral os estabelecimentos penais e unidades de internação nos quais pretende criar as seções eleitorais especiais, indicando, além do nome do estabelecimento e endereço, a relação com o quantitativo de presos provisórios ou de adolescentes internados, e as condições de segurança e lotação do estabelecimento.

Os Tribunais Regionais Eleitorais deverão informar ao Tribunal Superior Eleitoral, até o dia 5 de agosto de 2016, para divulgação, o número de seções instaladas em estabelecimentos prisionais ou em unidades de internação de adolescentes no respectivo Estado, assim como o número de eleitores alistados e transferidos para as referidas seções.

Será permitida a presença dos candidatos, na qualidade de fi scais natos, e de apenas um fi scal de cada partido político ou coligação nas seções eleitorais instaladas nos estabelecimentos penais e unidades de internação.

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O ingresso dos candidatos e dos fiscais dependerá da observância das normas de segurança do estabelecimento penal ou da unidade de internação.

A presença dos fiscais, por motivo de segurança, ficará condicionada, excepcionalmente, ao credenciamento prévio perante a Justiça Eleitoral.

As Mesas Receptoras de Votos e de Justificativas deverão funcionar em locais previamente definidos pelos administradores dos estabelecimentos prisionais e das unidades de internação. A força armada não precisará conservar-se a cem metros da seção eleitoral e poderá aproximar-se do lugar da votação ou nele penetrar, sem prejuízo do sigilo do voto.

Transporte de eleitoresEste tema está disciplinado pela Lei nº 6.091/74.

É facultada aos partidos políticos a fiscalização nos locais onde houver transporte e fornecimento de refeições a eleitores.

Os veículos e embarcações, devidamente abastecidos e tripulados, pertencentes à União, Estados, Territórios e Municípios e suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista, excluídos os de uso militar, ficarão à disposição da Justiça Eleitoral para o transporte gratuito de eleitores em zonas rurais, em dias de eleição.

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Até quinze dias antes das eleições, a Justiça Eleitoral requisitará dos órgãos da administração direta ou indireta da União, dos Estados, Territórios, Distrito Federal e Municípios os funcionários e as instalações de que necessitar para possibilitar a execução dos serviços de transporte e alimentação de eleitores.

A Justiça Eleitoral divulgará, quinze dias antes do pleito, o quadro geral de percursos e horários programados para o transporte de eleitores, dele fornecendo cópias aos partidos políticos.

O transporte de eleitores somente será feito dentro dos limites territoriais do respectivo município e quando das zonas rurais para as Mesas Receptoras de Votos distarem pelo menos dois quilômetros.

Os partidos políticos, os candidatos, ou eleitores em número de vinte, pelo menos, poderão oferecer reclamações em três dias contados da divulgação do quadro.

Somente a Justiça Eleitoral poderá, quando imprescindível, em face da absoluta carência de recursos de eleitores da zona rural, fornecer-lhes refeições. Essas despesas são custeadas com recursos do Fundo Partidário.

É vedado aos candidatos ou órgãos partidários, ou a qualquer pessoa, o fornecimento de transporte ou refeições aos eleitores da zona urbana.

São crimes eleitorais:

1. descumprir, o responsável por órgão, repartição ou unidade do serviço público, o dever de

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informar o número, a espécie e lotação dos veículos e embarcações oficiais, ou prestar informação inexata que vise a elidir, total ou parcialmente, tal obrigação;

2. desatender à requisição de veículos e embarcações pertencentes a particulares, de preferência as de aluguel;

3. fornecer transporte ou refeição a eleitores da zona urbana ou rural;

4. obstar, por qualquer forma, a prestação dos serviços de transporte e refeição, atribuídos por lei à Justiça Eleitoral;

5. utilizar em campanha eleitoral, no decurso dos 90 dias que antecedem o pleito, veículos e embarcações pertencentes à União, Estados, Territórios, Municípios e respectivas autarquias e sociedades de economia mista.

Preparação das urnas eletrônicasA fase da votação se inicia com a preparação das urnas eletrônicas.

Após o fechamento do Sistema de Candidaturas e antes da geração das mídias, será emitido o relatório Ambiente de Votação pelo Sistema de Preparação, contendo os dados a serem utilizados para a preparação das urnas e totalização de resultados, que será assinado pelo Juiz responsável pela apuração.

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Os tribunais regionais eleitorais determinarão a geração de mídias, por meio de sistema informatizado, com os dados das tabelas de:

1. partidos políticos e coligações;

2. eleitores;

3. seções com as respectivas agregações e Mesas Receptoras de Justifi cativas;

4. candidatos aptos a concorrer à eleição, na data dessa geração, da qual constarão os números, os nomes indicados para urna e as correspondentes fotografi as;

5. candidatos inaptos a concorrer à eleição, da qual constarão apenas os números, desde que não tenham sido substituídos por candidatos com o mesmo número.

As mídias geradas são cartões de memória de carga, cartões de memória de votação, mídias com aplicativos de urna e de gravação de resultado.

Os partidos políticos e coligações, o Ministério Público e a OAB serão convocados pela Justiça Eleitoral, por edital, com quarenta e oito horas de antecedência para acompanhar a geração dos cartões de memória para carga das urnas e dos disquetes para as urnas. Desse procedimento será lavrada ata circunstanciada.

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Os partidos políticos e as coligações poderão acompanhar a geração das mídias e carga das urnas eletrônicas designando até dois fiscais, que atuarão simultaneamente, sendo proibido qualquer contato com os técnicos envolvidos diretamente nos trabalhos.

A autoridade ou comissão designada pelo Tribunal Regional Eleitoral, ou o Juiz, nas Zonas Eleitorais, em dia e hora previamente indicados em edital de convocação publicado no Diário da Justiça Eletrônico, nas capitais, e afixado no átrio do Cartório Eleitoral, nas demais localidades, com a antecedência mínima de 2 (dois) dias, na sua presença, na dos representantes do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil, dos fiscais dos partidos políticos e coligações que comparecerem, determinará que:

1. as urnas de votação sejam preparadas e lacradas, utilizando-se o cartão de memória de carga, após o que serão inseridos o cartão de memória de votação e a mídia para gravação de arquivos, e, realizado o teste de funcionamento das urnas, serão identificadas as suas embalagens com a Zona Eleitoral, o Município e a Seção a que se destinam;

2. as urnas destinadas às Mesas Receptoras de Justificativas sejam preparadas e lacradas, utilizando-se o cartão de memória de carga, após o que serão inseridos o cartão de memória de votação e a mídia para gravação de arquivos, e, realizado o teste de funcionamento das urnas, as suas embalagens serão identificadas com o fim e o local a que se destinam;

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3. as urnas de contingência sejam também preparadas e lacradas, utilizando-se o cartão de memória de carga, e, realizado o teste de funcionamento das urnas, as suas embalagens serão identifi cadas com o fi m a que se destinam;

4. sejam acondicionados, individualmente, em envelopes lacrados, os cartões de memória de votação para contingência;

5. sejam acondicionados em envelopes lacrados, ao fi nal da preparação, os cartões de memória de carga;

6. seja verifi cado se as urnas de lona, que serão utilizadas no caso de votação por cédula, estão vazias e, uma vez fechadas, sejam lacradas.

Os lacres das urnas, eletrônicas e de lona, bem como os envelopes contendo os cartões de memória de votação para contingência e os cartões de memória de carga, serão assinados no ato pelo Juiz Eleitoral ou pela autoridade designada pelo Tribunal Regional Eleitoral, pelos representantes do Ministério Público e da OAB e pelos fi scais dos partidos políticos e coligações presentes.

Após a lacração das urnas, fi cará facultado à Justiça Eleitoral realizar a conferência visual dos dados de carga constantes das urnas, mediante a ligação dos equipamentos, notifi cados o Ministério Público, a OAB, os partidos políticos e as coligações, com antecedência mínima de um dia.

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Durante o período de carga e lacração será garantida aos representantes do Ministério Público, da OAB, dos partidos políticos e das coligações, a conferência dos dados constantes das urnas, inclusive para verificarem se os programas carregados nas urnas são idênticos aos que foram lacrados.

A conferência por amostragem será realizada em até 3% (três por cento) das urnas preparadas para cada Zona Eleitoral, observado o mínimo de uma urna por município, escolhidas pelos representantes do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil, dos partidos políticos e das coligações, aleatoriamente entre as urnas de votação, as de justificativa e as de contingência.

Fiscalização do sistema eletrônicoResolução TSE nº 23.458

Esta resolução regulamenta, para as eleições municipais de 2016, a cerimônia de assinatura digital e fiscalização do sistema eletrônico de votação, do registro digital do voto, da votação paralela e dos procedimentos de segurança dos dados dos sistemas eleitorais.

Abrange desde o acesso antecipado aos programas de computador desenvolvidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, ou sob sua encomenda, para serem usados nas eleições, até a conclusão da votação paralela. Todos esses passos podem ser acompanhados pelos partidos políticos, pela Ordem dos Advogados do Brasil e pelo Ministério Público, que serão previamente convocados pela Justiça Eleitoral e poderão oferecer impugnações.

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Calendário da transparênciaO Tribunal Superior Eleitoral, por meio da Resolução nº 23.460, adotou relevante medida ao estabelecer o calendário da transparência para as eleições de 2016, dispondo sobre a publicidade dos atos relacionados à fi scalização do sistema de votação eletrônica e à auditoria de funcionamento das urnas eletrônicas por meio de votação paralela.

Todo evento público relacionado à fi scalização do sistema de votação eletrônica e à auditoria de funcionamento das urnas eletrônicas por meio de votação paralela deverá ser precedido de ampla divulgação nos meios de comunicação institucional da Justiça Eleitoral, na forma desta resolução.

A votação paralelaOs Tribunais Regionais Eleitorais realizarão, por amostragem, auditoria de funcionamento das urnas eletrônicas por meio de votação paralela para fi ns de verifi cação do funcionamento das urnas eletrônicas sob condições normais de uso.

A auditoria de funcionamento das urnas eletrônicas por meio de votação paralela será realizada, em cada unidade da Federação, em um só local, público e com expressiva circulação de pessoas, designado pelo Tribunal Regional Eleitoral, no mesmo dia e horário da votação ofi cial.

Os Tribunais Regionais Eleitorais informarão em edital e mediante divulgação nos respectivos sítios na Internet, até vinte dias antes das eleições, o local onde será realizada a auditoria de funcionamento

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das urnas eletrônicas por meio de votação paralela.

Também até vinte dias antes das eleições, os Tribunais Regionais Eleitorais expedirão ofícios aos partidos políticos comunicando-os sobre o horário e local onde será realizado o sorteio das urnas que serão auditadas por meio de votação paralela na véspera do pleito, assim como o horário e local da auditoria no dia da eleição, informando-os sobre a participação de seus representantes nos referidos eventos.

A Justiça Eleitoral dará ampla divulgação à realização do evento em todas as unidades da Federação.

Regras gerais de fiscalizaçãoCada partido político ou coligação poderá nomear dois delegados para cada município e dois fiscais para cada Mesa Receptora de Votos, atuando um de cada vez, mantendo-se a ordem no local de votação.

Não poderá ser nomeado fiscal e delegado de partido político ou de coligação o menor de 18 anos ou quem, por nomeação de Juiz Eleitoral, já faça parte da Mesa Receptora de Votos.

As credenciais dos fiscais e delegados serão expedidas, exclusivamente, pelos partidos políticos e coligações, sendo desnecessário o visto do Juiz Eleitoral.

O presidente do partido político, o representante da coligação ou outra pessoa por eles indicada deverá informar aos juízes eleitorais o nome das pessoas autorizadas a expedir as credenciais dos

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fi scais e delegados. O credenciamento de fi scais se restringirá aos partidos políticos e às coligações que participarem das eleições em cada município.

Os candidatos registrados e seus advogados também serão admitidos pelas Mesas Receptoras a fi scalizar a votação, formular protestos e fazer impugnações.

Os fi scais dos partidos políticos e coligações poderão acompanhar a urna, bem como todo e qualquer material referente à votação, desde o início dos trabalhos até a entrega à Junta Eleitoral.

Atribuições:Delegado: Atua perante a zona eleitoral, podendo percorrer, nessa área, todas as seções de qualquer dos locais de votação.

Quando o município abranger mais de uma zona eleitoral, cada partido político ou coligação poderá nomear 02 (dois) delegados para cada uma delas.

Fiscal: Atua perante a seção eleitoral (Mesa Receptora de Votos). O fi scal pode fi scalizar mais de uma seção eleitoral no mesmo local de votação e ser substituído por outro no curso dos trabalhos eleitorais.

O CRACHÁ dos delegados e fi scais deverá medir, no máximo, 10 cm (dez centímetros) de comprimento por 05 cm (cinco centímetros) de largura, contendo apenas o nome do usuário e a indicação do partido político ou da coligação

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que represente, vedada qualquer referência que possa ser interpretada como propaganda eleitoral, tais como nome ou número de candidato, sendo proibida também a padronização de vestuário.

Candidato: Pode percorrer e atuar perante qualquer seção eleitoral. Não necessita de credencial porque seu nome consta da lista de candidatos, bastando se identificar junto ao presidente da Mesa Receptora de Votos.

Como fiscalizarA atuação dos fiscais e delegados deverá orientar-se no sentido de tentar solucionar os problemas surgidos perante a Mesa Receptora de Votos, sem tumultos ou provocações, apresentando as reclamações, protestos ou impugnações que entenderem cabíveis. Os problemas mais graves devem ser comunicados pelos fiscais aos delegados ou aos plantões jurídicos, que adotarão as medidas complementares e, quando for o caso, pedirão a presença do Juiz Eleitoral.

É crime eleitoral não receber ou não mencionar nas atas da eleição os protestos devidamente formulados. Também é crime deixar de remetê-los à instância superior ou praticar ou permitir o membro da Mesa Receptora de Votos que seja praticada qualquer irregularidade que determine a anulação da votação (Código Eleitoral, arts. 310 e 316).

Nos intervalos da votação, é recomendável que os fiscais vistoriem a cabina para verificar se há qualquer propaganda em seu interior.

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PASSO A PASSO Para ser admitido a votar, o eleitor deverá

apresentar o seu título de eleitor e um documento ofi cial de identifi cação com fotografi a à Mesa Receptora de Votos, o qual poderá ser examinado pelos fi scais dos partidos políticos e coligações.

São documentos ofi ciais para comprovação da identidade do eleitor:

1. carteira de identidade, passaporte ou outro documento ofi cial com foto de valor legal equivalente, inclusive carteira de categoria profi ssional reconhecida por lei;

2. certifi cado de reservista;

3. carteira de trabalho;

4. carteira nacional de habilitação.

Não poderá votar o eleitor cujos dados não fi gurem no cadastro de eleitores da seção eleitoral, constante da urna, ainda que apresente título de eleitor correspondente à seção e documento que comprove sua identidade. Nessa hipótese, a Mesa Receptora de Votos instruirá o eleitor para que compareça ao Cartório Eleitoral a fi m de regularizar a situação.

O eleitor poderá votar sem o título eleitoral, desde que seu nome conste do caderno de votação e do cadastro de eleitores da seção e apresente documento de identidade com fotografi a:

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1. carteira de identidade, passaporte ou outro documento oficial com foto de valor legal equivalente, inclusive carteira de categoria profissional reconhecida por lei;

2. certificado de reservista;

3. carteira de trabalho;

4. carteira nacional de habilitação.

Poderá votar o eleitor cujo nome não figure no caderno de votação, desde que os seus dados constem do cadastro de eleitores da urna.

Antes da votaçãoPrimeiro

O fiscal deve chegar à seção eleitoral às 7 horas do dia 7 de outubro, identificar-se ao presidente da Mesa Receptora de Votos e acompanhar o início dos trabalhos.

Segundo

Verificar antes do início da votação: 1. se a seção eleitoral está instalada no local

determinado pela Justiça Eleitoral;

2. se está em ordem o material de votação da mesa receptora, contendo:

a. urna eletrônica; b. lista com nome e número dos candidatos, que

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será afi xada em lugar visível no recinto da seção eleitoral;

c. cadernos de votação dos eleitores da seção e lista dos eleitores impedidos de votar;

d. cabine de votação; e. formulários: Ata da Mesa Receptora de Votos

ou Ata da Mesa Receptora de Justifi cativas, conforme modelo fornecido pela Justiça Eleitoral;

f. almofada para carimbo, visando à coleta da impressão digital do eleitor que não saiba ou não possa assinar;

g. senhas para serem distribuídas aos eleitores após as 17h;

h. canetas esferográfi cas e papéis necessários aos trabalhos;

i. envelopes para remessa à Junta Eleitoral dos documentos relativos à Mesa;

j. embalagem apropriada para acondicionar o disquete retirado da urna, ao fi nal dos trabalhos;

k. exemplar das instruções expedidas pela Justiça Eleitoral;

l. formulário Requerimento de Justifi cativa Eleitoral;

m. envelope para acondicionar os formulários Requerimento de Justifi cativa Eleitoral;

n. cópias padronizadas do inteiro teor do dispositivo legal que trata das proibições e permissões estabelecidas para o dia da eleição, com material para fi xação.

3. se compareceram todos os membros nomeados pela Justiça Eleitoral para a composição da Mesa Receptora: presidente, primeiro e segundo mesários, dois secretários e um suplente.

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Podem permanecer no recinto da Mesa Receptora apenas os seus membros, um fiscal de cada partido ou coligação e, durante o tempo necessário à votação, o eleitor. Nenhuma autoridade estranha à Mesa Receptora poderá intervir em seu funcionamento, salvo o Juiz Eleitoral e os técnicos por ele designados.

Terceiro

Conferir a numeração dos lacres e se há indício de violação. Antes que a urna eletrônica seja ligada, verificar se existe visto do fiscal do partido nos lacres. Verificando problemas nos lacres, impugnar, de imediato, a urna.

Quarto

Conferir o conteúdo da zerésima, verificando se todos os candidatos do partido estão relacionados. Estando em ordem o material remetido pela Justiça Eleitoral com a urna eletrônica, o presidente da Mesa Receptora emitirá o relatório zerésima, que será assinado por este, pelo primeiro secretário e pelos representantes dos partidos políticos e das coligações presentes que assim o desejarem. Faltando o nome de algum candidato do partido ou da coligação, deve-se impugnar imediatamente a urna.

A zerésima é a lista impressa pela urna eletrônica, logo no início do processo de votação, onde o nome de cada candidato aparece ao lado do número zero, demonstrando a ausência de votos nas memórias da urna eletrônica antes de qualquer eleitor votar.

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Quinto

Conferir se as listas dos candidatos majoritários e proporcionais de cada partido estão em lugar visível no recinto da seção eleitoral, uma ao lado da outra, na ordem numérica crescente dos partidos, não podendo ser presas ou grampeadas as de um partido sobre as do outro. De cada lista de partido ou coligação constará a designação dos cargos em disputa e os nomes dos candidatos registrados em ordem alfabética, seguidos dos respectivos números.

Inutilizar ou arrebatar as listas de candidatos é crime eleitoral. Se isso ocorrer, o presidente da Mesa Receptora de Votos deverá deter o infrator e encaminhá-lo ao Juiz Eleitoral, acompanhado de testemunhas, para que seja instaurada a ação penal.

Os presidentes das Mesas Receptoras de Votos devem zelar pela preservação das listas de candidatos, tomando imediatas providências para colocação de nova lista, no caso de inutilização parcial ou total.

Durante a votação:

Têm preferência para votar:

1. os candidatos;

2. os juízes eleitorais, seus auxiliares e os servidores da Justiça Eleitoral;

3. os promotores eleitorais;

4. os policiais militares em serviço;

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5. os eleitores maiores de 60 anos;

6. os enfermos;

7. os eleitores com deficiência ou com mobilidade reduzida;

8. as mulheres grávidas e as lactantes;

9. aqueles acompanhados de criança de colo.

Os membros da Mesa Receptora de Votos e os fiscais dos partidos e coligações, munidos das respectivas credenciais, deverão votar depois que tiverem votado os eleitores que já se encontravam presentes no momento da abertura dos trabalhos, ou no encerramento da votação.

A identidade do eleitor, antes de ser admitido a votar, poderá ser impugnada verbalmente pelos membros da Mesa Receptora, fiscais, delegados, candidatos ou qualquer eleitor.

Havendo dúvida sobre a identidade do eleitor, o presidente da Mesa Receptora de Votos deverá interrogá-lo sobre os dados constantes do título, documento oficial ou do caderno de votação, confrontando a assinatura constante desses documentos com aquela feita pelo eleitor na sua presença, mencionando na ata a dúvida suscitada. Se persistir a dúvida ou for mantida a impugnação, solicitará a presença do Juiz Eleitoral para decidir a questão.

O eleitor portador de necessidades especiais pode ter ajuda para exercer o direito de voto, ainda que não o tenha requerido antecipadamente ao Juiz Eleitoral, desde que seja imprescindível

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o auxílio de pessoa de sua confi ança, que não esteja a serviço da Justiça Eleitoral, de partido político ou de coligação. O presidente da Mesa Receptora de Votos autorizará o ingresso dessa segunda pessoa, junto com o eleitor, na cabine, podendo ela até mesmo digitar os números na urna.

Ao eleitor portador de necessidade especial de caráter visual é permitido ao eleitor defi ciente visual, para o exercício do voto:

1. a utilização do alfabeto comum ou do sistema braile para assinar o caderno de votação e assinalar as cédulas, se for o caso;

2. o uso de qualquer instrumento mecânico que portar ou lhe for fornecido pela Mesa Receptora de Votos;

3. o uso do sistema de áudio, quando disponível na urna, sem prejuízo do sigilo do voto;

4. o uso da marca de identifi cação da tecla número 5 da urna.

Eleitor analfabeto: as pessoas que não souberem ou não puderem assinar o nome, lançarão a impressão digital de seu polegar direito na folha de votação. Será permitido o uso de instrumentos que auxiliem o eleitor analfabeto a votar, não sendo a Justiça Eleitoral obrigada a fornecê-los.

A votação eletrônica será feita no número do candidato ou da legenda partidária, devendo aparecer no painel da urna o nome e a fotografi a do candidato, assim como a sigla do partido político e o respectivo cargo disputado.

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A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, o painel relativo à eleição proporcional e, em seguida, o referente à eleição majoritária.

Embora a esmagadora maioria dos mesários tenha plena consciência da importância das suas funções, o fiscal deve ficar atento e ter especial cuidado com os procedimentos que possam induzir o voto do eleitor ou até mesmo votar pelos eleitores que não compareceram.

No dia da votação muitos eleitores ainda terão dúvidas, alguns até com dificuldade para votar. Evidentemente necessitarão de algumas orientações. O fiscal deve ponderar tais fatos, observando, atentamente, com serenidade e urbanidade, as instruções dos mesários aos eleitores. Instruir eleitor ou tirar suas dúvidas, não é votar por ele.

O fiscal deve permanecer no local de votação. Se for absolutamente necessário ausentar-se, deve pedir um substituto ao supervisor da área ou ao delegado do partido.

O fiscal apresentará ao presidente da Mesa Receptora de Votos as impugnações e ressalvas necessárias, orientando-se, caso necessário, com o supervisor ou com o coordenador da área. Reclamações de eleitor que não conseguiu votar normalmente ou troca de urnas com defeito devem ser anotadas na ata. Deve-se informar ao supervisor da área ou ao advogado e impugnar a seção no caso do presidente da Mesa se recusar a registrar essas ocorrências na ata.

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BiometriaNas seções eleitorais dos municípios que utilizarem a biometria como forma de identifi cação do eleitor serão adotados os seguintes procedimentos:

1. o eleitor, ao apresentar-se na seção e antes de adentrar o recinto da Mesa Receptora de Votos, deverá postar-se em fi la;

2. admitido a adentrar, o eleitor apresentará seu documento de identifi cação com foto à Mesa Receptora de Votos, o qual poderá ser examinado pelos fi scais dos partidos políticos e das coligações;

3. o mesário digitará o número do título de eleitor;

4. aceito o número do título pelo sistema, o mesário solicitará ao eleitor que posicione o dedo polegar ou o indicador sobre o sensor biométrico, para identifi cação;

5. havendo a identifi cação do eleitor por intermédio da biometria, o mesário o autorizará a votar, dispensando a assinatura do eleitor na folha de votação;

6. o procedimento de identifi cação biométrica poderá ser repetido por até quatro vezes para cada tentativa de habilitação do eleitor, observando-se as mensagens apresentadas pelo sistema no terminal do mesário;

7. na hipótese de não haver a identifi cação do eleitor por meio da biometria após a última

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tentativa, o presidente da Mesa deverá conferir se o número do título do eleitor digitado no terminal do mesário corresponde à identificação do eleitor e, se confirmada, indagará ao eleitor o ano do seu nascimento e o informará no terminal do mesário;

8. se coincidente a informação, o eleitor estará habilitado a votar;

9. na hipótese de o ano informado não coincidir com o cadastro da urna eletrônica, o mesário poderá confirmar o ano de nascimento do eleitor e realizar uma nova tentativa;

10. comprovada a identidade do eleitor:

a. o eleitor assinará a folha de votação;

b. o sistema coletará a impressão digital do mesário;

c. o mesário consignará o fato na Ata da Mesa Receptora e orientará o eleitor a comparecer posteriormente ao Cartório Eleitoral;

11. persistindo a não identificação do eleitor, o mesário o orientará a contatar a Justiça Eleitoral para consultar sobre a data de nascimento constante do Cadastro Eleitoral, para que proceda a nova tentativa de votação.

O propósito do sistema de identificação por impressões digitais é dificultar a fraude na identificação do eleitor, ou seja, que se vote por outrem ou por quem morreu ou por quem desapareceu. A

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fi scalização deve fi car atenta com a formação do cadastro eleitoral, para evitar a inclusão de fantasmas, e também com a chamada “fraude do mesário”, na qual se aproveita a ausência dos fi scais para votar pelos eleitores que não compareceram à seção eleitoral.

Falha na urna eletrônicaNa hipótese de falha na urna, em qualquer momento da votação, o presidente da Mesa Receptora de Votos, à vista dos fi scais presentes, deverá desligar e religar a urna, digitando o código de reinício da votação.

Persistindo a falha, o presidente da Mesa Receptora de Votos solicitará a presença de equipe designada pelo Juiz Eleitoral, à qual incumbirá analisar a situação e adotar, em uma ou mais tentativas, um ou mais dos seguintes procedimentos para a solução do problema:

1. reposicionar o cartão de memória de votação;

2. utilizar o cartão de memória de contingência na urna de votação, acondicionando o cartão de memória de votação danifi cado em envelope específi co e remetendo-o ao local designado pela Justiça Eleitoral;

3. utilizar uma urna de contingência, remetendo a urna defeituosa ao local designado pela Justiça Eleitoral.

Os lacres rompidos durante os procedimentos deverão ser repostos e assinados pelo Juiz Eleitoral, ou, na sua impossibilidade, pelos componentes da Mesa Receptora de Votos, bem como pelos fi scais dos partidos políticos e das coligações presentes.

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Não havendo sucesso nos procedimentos de contingência, a votação se dará por CÉDULAS até seu encerramento, adotando-se as seguintes providências:

1. retornar o cartão de memória de votação à urna original;

2. lacrar a urna original, enviando-a, ao final da votação, à Junta Eleitoral, com os demais materiais de votação;

3. lacrar a urna de contingência, que ficará sob a guarda da equipe designada pelo juiz eleitoral;

4. colocar o cartão de memória de contingência em envelope específico, que deverá ser lacrado e remetido ao local designado pela Justiça Eleitoral, não podendo ser reutilizado.

Votação por cédulasSe for necessário adotar a votação por cédulas, o Juiz Eleitoral fará entregar ao presidente da Mesa Receptora de Votos, mediante recibo, os seguintes materiais:

1. cédulas oficiais, destinadas à votação majoritária e à proporcional;

2. urna de lona lacrada;

3. lacre para a fenda da urna de lona, a ser colocado após a votação.

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Se o eleitor, ao receber a cédula de votação ou durante o ato de votar, verifi car que a mesma se acha estragada ou de qualquer modo viciada ou assinalada, ou se ele próprio inutilizá-la, estragá-la ou assiná-la erradamente, poderá pedir outra ao presidente da Mesa Receptora de Votos, restituindo-lhe a primeira, que será imediatamente inutilizada na presença dos fi scais e demais membros da Mesa.

Após o depósito da cédula ofi cial na urna, o presidente da Mesa Receptora devolverá o título ao eleitor, entregando-lhe o comprovante de votação.

Encerramento da votaçãoÀs 17 horas do dia da votação, o presidente da Mesa Receptora de Votos fará entregar senhas a todos os eleitores presentes, começando pelo último da fi la e, em seguida os convidará a entregar seus documentos de identifi cação para que sejam admitidos a votar. A votação continuará pela ordem dos números das senhas, sendo devolvido o título ao eleitor assim que acabar de votar. É muito importante que os fi scais estejam presentes no momento do encerramento da votação e lacre das urnas.

Encerrada a votação, o fi scal deve recolher uma cópia do boletim de urna assinado pelo presidente da Mesa Receptora e entregá-lo ao supervisor do partido ou da coligação na área.

Terminada a votação e declarado o seu encerramento pelo presidente, este tomará as seguintes providências:

1. procederá ao encerramento da urna e emitirá as vias do boletim de urna;

2. emitirá o boletim de justifi cativa,

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acondicionando-o, juntamente com os requerimentos recebidos, em envelope próprio;

3. assinará todas as vias do boletim de urna e do boletim de justificativa com o primeiro secretário e fiscais dos partidos políticos e coligações presentes;

4. afixará uma cópia do boletim de urna em local visível da seção e entregará uma via assinada ao representante do comitê interpartidário;

5. romperá o lacre do compartimento da mídia de gravação de resultados da urna e retirá-la-á, após o que colocará novo lacre;

6. desligará a chave da urna;

7. desconectará a urna da tomada ou da bateria externa;

8. acondicionará a urna na embalagem própria;

9. anotará o não comparecimento do eleitor, fazendo constar do local destinado à assinatura, no caderno de votação, a observação “não compareceu”;

10. entregará vias extras do boletim de urna, assinadas, aos interessados dos partidos políticos, coligações, imprensa e Ministério Público;

11. remeterá à Junta Eleitoral, mediante recibo em duas vias, com a indicação da hora de entrega, a mídia gravada pela urna, acondicionada em

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embalagem lacrada, três vias do boletim de urna, o relatório zerésima, o boletim de justifi cativa, os requerimentos de justifi cativa eleitoral e o caderno de votação contendo a ata da Mesa Receptora;

12. fi nalizará a Ata da Mesa Receptora de Votos, fazendo constar:

a. os nomes dos membros da mesa que compareceram;

b. as substituições e nomeações feitas;

c. os nomes dos fi scais que compareceram e dos que se retiraram durante a votação;

d. a causa, se houver, do retardamento para o início da votação;

e. o número, por extenso, dos eleitores da seção que compareceram e votaram e o número, também por extenso, dos que deixaram de comparecer;

f. o motivo de não haverem votado alguns dos eleitores que compareceram;

g. os protestos e as impugnações apresentadas pelos fi scais, assim como as decisões sobre eles proferidas, tudo em seu inteiro teor;

h. a razão de interrupção da votação, se tiver havido, e o tempo respectivo e as providências adotadas; i) a ressalva das eventuais rasuras, emendas e entrelinhas nos cadernos de votação e na ata da eleição, ou a declaração de não existirem.

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A urna eletrônica ficará permanentemente à vista dos interessados e sob a guarda de pessoa designada pelo Juiz Eleitoral, desde o encerramento dos trabalhos da mesa receptora até o seu recolhimento.

Se a urna eletrônica não emitir o boletim de urna por qualquer motivo, for imprecisa ou ilegível a impressão, o presidente da Mesa Receptora tomará, imediatamente, à vista dos fiscais dos partidos políticos e das coligações presentes, as seguintes providências:

1. desligará a chave da urna eletrônica, desconectando-a da fonte de energia e acondicionando-a na embalagem própria;

2. registrará o fato na ata da eleição e fará as anotações necessárias;

3. informará o fato ao Juiz Presidente da Junta Eleitoral, pelo meio de comunicação disponível mais rápido;

4. encaminhará diretamente para a sede da Junta Eleitoral, por seus próprios meios ou pelo que for colocado à sua disposição pela Justiça Eleitoral, acompanhado dos fiscais de partido político ou coligação que o desejarem para a adoção de medidas que possibilitem a impressão dos boletins de urna.

O presidente da Junta Eleitoral ou quem for designado pelo Tribunal Regional Eleitoral tomará as providências necessárias para o recebimento das mídias com os respectivos arquivos e dos documentos da votação.

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Os fi scais e delegados de partido político ou coligação poderão vigiar e acompanhar a urna eletrônica desde o início da votação, bem como todo e qualquer material a ela referente, até a sua entrega à Junta Eleitoral.

Até as 12 horas do dia seguinte à votação, o Juiz Eleitoral é obrigado, sob pena de responsabilidade e multa, a comunicar ao Tribunal Regional Eleitoral e aos representantes dos partidos políticos e coligações, o número de eleitores que votaram em cada uma das seções sob sua jurisdição e o total de votantes da zona eleitoral.

Os boletins de urna serão impressos em cinco vias obrigatórias e o máximo de quinze. Deixar de expedir o boletim de urna imediatamente após o encerramento da votação, ressalvados os casos de defeito da urna, é crime eleitoral.

Fiscalização perante a junta eleitoralEm cada Zona Eleitoral haverá pelo menos uma Junta Eleitoral, composta por um Juiz de Direito, que será o Presidente, e por dois ou quatro cidadãos que atuarão como membros titulares, de notória idoneidade, convocados e nomeados pelo Tribunal Regional Eleitoral, por edital publicado no Diário da Justiça Eletrônico, até o dia 3 de agosto de 2016.

Cada partido ou coligação poderá credenciar até três fi scais, que se revezarão durante os trabalhos de apuração. Não será permitida, na Junta Eleitoral, a atuação concomitante de mais de um fi scal de cada partido político ou coligação.

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Concluída a fase de votação, será encaminhada à junta eleitoral a mídia devidamente acondicionada e a urna eletrônica lacrada e rubricada pelo presidente e membros da Mesa Receptora de Votos e pelos fiscais, com uma cópia do boletim de urna e demais documentos do ato eleitoral. Todos os documentos deverão ser encerrados em envelopes assinados ou rubricados pelos membros da mesa e pelos fiscais, inclusive as vias do boletim de urna.

Os votos serão registrados e contados eletronicamente nas seções eleitorais pelo Sistema de Votação da urna. À medida que sejam recebidos, os votos serão registrados individualmente e assinados digitalmente, resguardado o anonimato do eleitor.

Após cada voto, haverá a assinatura digital do arquivo de votos, com aplicação do registro de horário, de maneira a impedir a substituição de votos. Os votos registrados na urna que correspondam integralmente ao número de candidato apto serão computados como voto nominal e, antes da confirmação do voto, a urna apresentará as informações do nome, partido e a foto do respectivo candidato.

Nas eleições majoritárias, os votos registrados que não correspondam a número de candidato constante na urna eletrônica serão computados como nulos.

Nas eleições proporcionais, os votos registrados na urna que tenham os dois primeiros dígitos coincidentes com a numeração de partido válido, concorrente ao pleito, e os últimos dígitos correspondentes a candidato inapto antes da geração dos dados para carga da urna, serão computados como nulos.

Nas eleições proporcionais, os votos registrados na urna que tenham os dois primeiros dígitos coincidentes com a numeração

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de partido válido, concorrente ao pleito, e os últimos dígitos não informados ou não correspondentes a candidato existente, serão computados para a legenda.

Ao fi nal da votação, serão assinados digitalmente o arquivo de votos e o de boletim de urna, com aplicação do registro de horário, de forma a impossibilitar a substituição de votos e a alteração dos registros de início e término da votação.

Roteiro a ser observado pelo fi scal de apuração:

1. apresentar-se ao Juiz Eleitoral responsável pela apuração dos votos;

2. acompanhar a chegada dos documentos das seções eleitorais e o seu andamento, em especial das mídias de apuração;

3. ter atenção com a lista de seções pendentes e acompanhar todos os procedimentos de apuração de voto cantado;

4. manifestar ao Juiz Eleitoral as impugnações que se fi zerem necessárias;

5. relatar todos os incidentes ao responsável pela área.

Os candidatos eleitosO prefeito é eleito pelo sistema majoritário. Será considerado eleito o candidato que obtiver a maioria de votos, não computados os votos em branco e os nulos. A eleição do prefeito a do candidato a vice-prefeito, com ele registrado.

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Nos municípios com mais de duzentos mil eleitores, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, será feita outra no dia 30 de outubro de 2016, na qual concorrerão os dois candidatos mais votados, considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

Os vereadores são eleitos pelo sistema proporcional. Conquistam o mandato os candidatos mais votados de cada partido político ou coligação, na ordem da votação nominal, tantos quantos indicarem os quocientes partidários e o cálculo da distribuição das sobras.

Estarão eleitos para o cargo de vereador, entre os candidatos registrados por partido ou coligação que tenham obtido votos em número igual ou superior a dez por cento do quociente eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido.

Os lugares não preenchidos pelo quociente partidário ou em razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o caput serão distribuídos de acordo com as seguintes regras:

1. o número de votos válidos atribuídos a cada partido político ou coligação será dividido pelo número de lugares por eles obtidos mediante o cálculo do quociente partidário mais um, cabendo ao partido político ou à coligação que apresentar a maior média um dos lugares a preencher, desde que tenha candidato que atenda à exigência de votação nominal mínima;

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2. será repetida a operação para a distribuição de cada um dos lugares;

3. quando não houver mais partidos ou coligações com candidatos que atendam às duas exigências do inciso I, as cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentem as maiores médias.

A reforma eleitoral de 2015 não mudou a essência do sistema proporcional e, assim, serão eleitos os candidatos mais votados de cada partido político ou coligação, na ordem da votação nominal, tantos quantos indicarem os quocientes partidários e o cálculo da distribuição das sobras.

A reforma eleitoral de 2015 estabeleceu a exigência de votação nominal mínima para orientar a proclamação dos eleitos no primeiro momento de adjudicação das vagas. Desse modo, estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido ou coligação que tenham obtido votos em número igual ou superior a dez por cento do quociente eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido.

Quociente eleitoral: determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo número de lugares a preencher, desprezando-se a fração, se igual ou inferior a meio, ou arredondando-se para um, se superior.

Quociente partidário: determina-se, para cada partido político ou coligação, o quociente partidário dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação, desprezando-se a fração.

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Havendo candidatos que cumpram a exigência de votação nominal mínima, os eleitos serão proclamados de acordo com a votação nominal, até que sejam preenchidas todas as vagas obtidas por quociente partidário.

Somente poderão concorrer à distribuição dos lugares os partidos ou as coligações que tiverem obtido quociente eleitoral.

Contar-se-ão como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias. Os votos atribuídos a candidato com registro indeferido após a eleição serão computados para a legenda do partido pelo qual tiver sido feito o registro.

DiplomaçãoOs candidatos eleitos aos cargos de prefeito e vereador, bem como aos eleitos vice-prefeito e suplente receberão diplomas assinados pelo presidente da Junta Eleitoral.

Do diploma constará o nome do candidato, a indicação da legenda sob a qual concorreu, isoladamente ou em coligação, o cargo para o qual foi eleito ou a sua classificação como suplente e, facultativamente, outros dados a critério da Justiça Eleitoral.

Não poderá ser diplomado nas eleições majoritárias ou proporcionais o candidato que estiver com o registro indeferido, ainda que sub judice.

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Nas eleições majoritárias, na data da respectiva posse, se não houver candidato diplomado:

1. caberá ao presidente do Poder Legislativo assumir e exercer o cargo até que sobrevenha decisão favorável no processo de registro;

2. se já encerrado o processo de registro ou concedida antecipação de tutela pelo Tribunal Superior Eleitoral, realizar-se-ão novas eleições.

Observações importantesNenhuma autoridade poderá, desde cinco dias antes e até quarenta e oito horas depois do enceramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em fl agrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafi ançável, ou ainda, por desrespeito a salvo-conduto.

Os membros das Mesas Receptoras de Votos, os fi scais e os delegados de partidos políticos ou coligações, no exercício de suas funções, não poderão ser detidos ou presos, salvo no caso do fl agrante delito. Da mesma garantia gozarão os candidatos desde quinze dias antes das eleições.

Fica vedado aos juízes que sejam partes em ações judiciais que envolvam candidatos, participar de qualquer das fases do processo eleitoral. A existência de confl ito judicial entre magistrado e candidato que preceda ao registro da respectiva candidatura deve ser entendida como impedimento absoluto ao exercício da judicatura eleitoral pelo juiz nele envolvido, como autor ou réu.

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O Juiz Eleitoral ou presidente da Mesa Receptora de Votos pode expedir salvo-conduto com a cominação de prisão por desobediência até cinco dias, em favor do eleitor que sofrer violência moral ou física, na sua liberdade de votar, ou pelo fato de haver votado.

Boca de urna: é vedada, durante todo o dia da votação e em qualquer local público, a aglomeração de pessoas portando os instrumentos de propaganda, de modo a caracterizar manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos.

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Fiscalização das campanhas eleitorais

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FINANCIAMENTO DAS CAMPANHAS ELEITORAISNas democracias modernas, as campanhas eleitorais precisam de recursos financeiros e materiais para os partidos políticos e os candidatos apresentarem seus programas e projetos, com o propósito de conquistar votos e obter mandatos. Em resumo: chegar ao poder.

O fortalecimento dos mecanismos de controle das despesas de campanha e a transparência do financiamento político, por meio das prestações de contas e da divulgação pública das informações sobre doadores e despesas, prestigiam o papel do cidadão no processo eleitoral, ajuda a inibir os abusos e propicia um ambiente mais equilibrado entre os candidatos.

O Brasil adota o sistema misto de financiamento da disputa política, abrangendo verbas públicas e privadas, porém proibiu as doações empresariais, em vigor até as eleições de 2014.

Para as eleições municipais de 2016, a mudança mais expressiva no campo do financiamento eleitoral não adveio da reforma eleitoral de 2015. Decorreu de decisão do Supremo Tribunal Federal (ADI nº 4.650). Acabaram as doações por parte de pessoas jurídicas, mesmo que indiretamente pelos partidos políticos, para as campanhas eleitorais.

A Resolução nº 23.463, do Tribunal Superior Eleitoral, dispõe sobre o capítulo mais sensível e controvertido da disputa política, que são os procedimentos de arrecadação e gastos de recursos por partidos políticos, candidatos e sobre a prestação de contas para as eleições municipais de 2016.

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A arrecadação e os gastos eleitorais envolvem uma série de etapas e têm refl exos em toda a campanha, especialmente na propaganda. Infrações às regras de arrecadação, de gastos eleitorais e de prestação de contas geram refl exos quase sempre graves, podendo comprometer defi nitivamente uma candidatura vitoriosa e até mesmo detonar uma carreira política. Por isso mesmo é preciso estar muito atento aos atos de campanha e à sua contabilidade.

Pela Lei da Ficha Limpa o candidato que for condenado por abuso do poder econômico, doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha, além da cassação do registro ou do diploma, fi cará inelegível para as eleições nos oito anos seguintes.

A pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral fi cam inelegíveis pelo prazo de oito anos após a decisão.

Os limites máximos de gastos

A lei fi xou parâmetros e limite para as despesas eleitorais e os valores expressos na Resolução nº 23.459, por município e cargo disputado, serão atualizados pelo Tribunal Superior Eleitoral até o dia 20 de julho de 2016.

O limite máximo de gastos para o cargo de prefeito é único e inclui as despesas realizadas pelo candidato a vice-prefeito.

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Nos limites incluem-se:

1. O total dos gastos de campanha contratados pelos candidatos e os individualizados realizados por seu partido.

2. As transferências financeiras efetuadas para outros partidos ou outros candidatos.

3. As doações estimáveis em dinheiro recebidas.

Não serão computados para efeito da apuração do limite de gastos os repasses financeiros realizados pelo partido político para a conta bancária do seu candidato.

Excetuada a devolução das sobras de campanhas, os valores transferidos pelo candidato para a conta bancária do seu partido serão considerados, para a aferição do limite de gastos, no que excederem as despesas realizadas pelo partido político em prol de sua candidatura.

Os limites de gastos para cada eleição compreendem os gastos realizados pelo candidato e os efetuados por partido político que possam ser individualizados.

1. o total dos gastos de campanha contratados pelos candidatos e os individualizados realizados por seu partido;

2. as transferências financeiras efetuadas para outros partidos ou outros candidatos; e

3. as doações estimáveis em dinheiro recebidas.

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As despesas e custos assumidos pelo partido político em benefício de mais de uma candidatura devem ser registradas de acordo com o valor individualizado, apurado mediante o rateio entre todas as candidaturas benefi ciadas, na proporção do benefício auferido.

Os candidatos podem utilizar recursos próprios nas suas campanhas até o limite de gastos fi xado pela Justiça Eleitoral para o cargo ao qual concorrem e não o valor do seu patrimônio pessoal.

Gastar além dos limites sujeita os responsáveis ao pagamento de multa no valor equivalente a cem por cento da quantia que exceder o teto fi xado, a qual deverá ser recolhida no prazo de cinco dias úteis, contados da intimação da decisão judicial, podendo os candidatos responder por abuso do poder econômico e, em razão disso, ter cassado o seu registro ou o diploma, se este já houver sido outorgado, além de fi car inelegível pelo prazo de 08 (oito) anos.

Providências preliminaresNenhum recurso poderá ser arrecadado e nenhuma despesa de campanha poderá ser realizada por candidatos e partidos políticos antes

1. do requerimento de registro de candidatura;

2. da inscrição do candidato no CNPJ;

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3. abertura de conta bancária específica para a movimentação financeira da campanha;

4. emissão de recibos eleitorais.

Inscrição no CNPJA inscrição dos candidatos no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) será efetuada de ofício pela Receita Federal do Brasil, com base nos dados encaminhados pelo Tribunal Superior Eleitoral após o protocolo do pedido de registro e da leitura dos arquivos magnéticos gerados pelo Sistema CANDex. Os números de inscrição no CNPJ ficarão disponíveis na página da internet da Receita Federal do Brasil. De posse do comprovante de inscrição no CNPJ, os candidatos e os deverão providenciar a abertura das contas bancárias.

Conta bancáriaA conta bancária poderá ser aberta na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil ou em outra instituição financeira com carteira comercial reconhecida pelo Banco Central do Brasil:

a. pelo candidato, no prazo de dez dias contados da concessão do CNPJ pela Secretaria da Receita Federal do Brasil;

b. pelos partidos políticos, até 15 de agosto de 2016.

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No caso de partido político, a conta bancária para registrar a movimentação fi nanceira da campanha é aquela prevista na resolução que trata das prestações de contas anuais dos partidos políticos e se destina à movimentação de recursos referentes às doações para campanha, a qual deve estar aberta em período anterior ao do início da arrecadação de quaisquer recursos para as campanhas eleitorais.

As contas bancárias devem ser abertas mediante a apresentação dos seguintes documentos:

1. pelos candidatos:

a. Requerimento de Abertura de Conta Bancária, disponível na página dos Tribunais Eleitorais na Internet;

b. comprovante de inscrição no CNPJ para as eleições, disponível na página da Secretaria da Receita Federal do Brasil na Internet (www.receita.fazenda.gov.br); e

c. nome dos responsáveis pela movimentação da conta bancária com endereço atualizado.

2. pelos partidos políticos:

a. Requerimento de Abertura de Conta Bancária, disponível na página do Tribunal Superior Eleitoral na Internet;

b. comprovante da inscrição no CNPJ, disponível na página da Secretaria da Receita Federal do Brasil na Internet (www.receita.fazenda.gov.br);

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c. certidão de composição partidária, disponível na página do Tribunal Superior Eleitoral na Internet (www.tse.jus.br); e

d. nome dos responsáveis pela movimentação da conta bancária com endereço atualizado.

A conta bancária é obrigatória, ainda que não ocorra arrecadação e/ou movimentação de recursos financeiros. Os candidatos a vice-prefeito não são obrigados a abrir conta bancária específica, mas, se o fizerem, os respectivos extratos bancários deverão compor a prestação de contas dos titulares.

A abertura de conta bancária específica para movimentar recursos de campanha é dispensada apenas nos casos de candidatura para prefeito e vereador em municípios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário.

Os partidos políticos e os candidatos deverão abrir outra conta bancária, distinta da conta “doações para campanha”, exclusivamente para receber e utilizar recursos oriundos do Fundo Partidário. Na hipótese dessa conta ser aberta na mesma agência da conta específica de campanha não há necessidade de apresentar novamente os documentos.

Os partidos políticos que aplicarem recursos do Fundo Partidário na campanha eleitoral devem fazer a movimentação diretamente da conta bancária por meio da qual recebem mensalmente essa verba, sendo expressamente vedada a transferência desses recursos para a conta “doações para campanha”.

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Os bancos são obrigados a:

1. acatar, em até três dias, o pedido de abertura de conta de qualquer candidato escolhido em convenção, sendo-lhes vedado condicioná-la a depósito mínimo e à cobrança de taxas ou de outras despesas de manutenção;

2. identifi car, nos extratos bancários da conta-corrente a que se refere o inciso I, o CPF ou o CNPJ do doador;

3. encerrar a conta bancária no fi nal do ano da eleição, transferindo a totalidade do saldo existente para a conta bancária do órgão de direção indicado pelo partido e informar o fato à Justiça Eleitoral.

O uso de recursos fi nanceiros para pagamentos de gastos eleitorais que não provenham da conta bancária específi ca da campanha eleitoral implicará desaprovação das contas do partido político ou do candidato. Comprovado abuso do poder econômico, será cancelado o registro da candidatura ou cassado o diploma, se este já houver sido outorgado.

A reforma eleitoral de 2015 atribuiu ao próprio banco o encerramento da conta específi ca de campanha no fi nal do ano da eleição, transferindo a totalidade do saldo existente para a conta bancária do órgão de direção indicado pelo partido e informar o fato à Justiça Eleitoral. Nas eleições municipais deste ano, portanto, o candidato não é mais responsável pelo encerramento da conta e a transferência do saldo de recursos para a agremiação partidária.

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O Banco Central do Brasil emitiu o Comunicado nº 29.108, de 16 de fevereiro de 2016, estabelecendo orientações sobre a abertura, a movimentação e o encerramento de contas de depósitos à vista de partidos políticos e de candidatos, bem como sobre os extratos eletrônicos dessas contas.

Os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial e a Caixa Econômica Federal devem proceder à abertura de contas de depósitos à vista quando solicitada por partidos políticos, em qualquer esfera de direção, e candidatos, para a movimentação de recursos originários das seguintes fontes:

1. Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos;

2. doações privadas destinadas às campanhas eleitorais;

3. outros recursos destinados à manutenção ordinária do partido; e

4. recursos destinados ao programa de promoção e difusão da participação política das mulheres.

No ano em que forem realizadas eleições ordinárias ou eleições suplementares, os candidatos poderão solicitar a abertura de contas de depósito à vista para a movimentação de recursos originários das seguintes fontes:

1. Fundo de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, para aplicação em campanha eleitoral; e

2. doações privadas recebidas, para aplicação em campanha eleitoral.

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As contas de depósito à vista dos partidos políticos possuem caráter permanente e só poderão ser encerradas por requerimento do partido ou de ofício pela instituição fi nanceira, desde que ocorra:

1. ausência de saldo na conta por doze meses consecutivos; e

2. envio de notifi cação ao partido cientifi cando-o quanto ao encerramento da conta de depósito à vista por desinteresse comercial, depois de vencido o prazo do item anterior.

Os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial e a Caixa Econômica Federal devem observar, em relação às contas de depósito à vista de partidos políticos e candidatos, independentemente da sua natureza e fi nalidade:

1. a proibição do fornecimento de folhas de cheques a candidato ou representantes que fi gurarem no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos;

2. a qualifi cação e a identifi cação dos candidatos e dos representantes autorizados a movimentar a conta de depósito à vista;

3. a disciplina estabelecida pelas instituições fi nanceiras para o uso do cheque;

4. os procedimentos de prevenção à prática dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, especialmente quanto à exigência de identifi cação da origem e do destino de recursos, conforme estabelecido nas Circulares nº 3.461, de 24 de julho de 2009, e nº 3.290, de 5 de setembro de 2005;

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5. as regras de devolução de cheques, conforme regulamentação em vigor; e

6. a identificação da conta de depósito à vista de acordo com o nome fiscal vinculado à inscrição no CNPJ.

Recibos eleitoraisOs recibos eleitorais são documentos oficiais que legitimam a arrecadação de recursos para a campanha e devem ser emitidos concomitantemente ao recebimento de qualquer doação.

Toda e qualquer arrecadação de recursos para a campanha eleitoral, financeiros ou estimáveis em dinheiro, inclusive os recursos próprios e aqueles arrecadados por meio da Internet.

Os candidatos e os partidos políticos deverão imprimir recibos eleitorais diretamente do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE). Os recibos eleitorais deverão ser emitidos em ordem cronológica concomitantemente ao recebimento da doação e informados à Justiça Eleitoral, em até setenta e duas horas contadas a partir da data do crédito da doação financeira na conta bancária.

Não se submetem à emissão do recibo eleitoral:

1. a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por cedente;

2. doações estimáveis em dinheiro entre candidatos e

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partidos decorrentes do uso comum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa.

Considera-se uso comum:

1. de sede: o compartilhamento de idêntico espaço físico para atividades de campanha eleitoral, compreendidas a doação estimável referente à locação e manutenção do espaço físico, exceto a doação estimável referente às despesas com pessoal;

2. de materiais de propaganda eleitoral: a produção conjunta de materiais publicitários impressos.

Os recibos eleitorais conterão referência aos limites de doação, com a advertência de que a doação destinada às campanhas eleitorais acima de tais limites poderá gerar a aplicação de multa de cinco até dez vezes o valor do excesso.

A arrecadação pode ser dar por meio de doações em dinheiro, estimáveis em dinheiro e pela comercialização de brindes e/ou serviços e/ou promoção de eventos. É indispensável recusar as fontes vedadas, não utilizar eventuais recursos não identifi cados, além de observar rigorosamente os limites legais de doação. Mesmo quem pode doar está sujeito a limites e nem toda doação é bem-vinda.

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Arrecadação de recursos

Não mais se permite a arrecadação de recursos para campanhas eleitorais por candidatos ou partidos políticos junto a empresas, admitida apenas a doação de pessoas físicas, observados os limites legais.

Permanece a obrigação dos partidos políticos de identificar a origem dos recursos que doarem aos candidatos. Assim, os dados do doador original devem constar tanto do recibo eleitoral quanto das respectivas prestações de contas.

As doações, inclusive pela internet, feitas por pessoas físicas somente poderão ser realizadas mediante:

1. transação bancária na qual o CPF do doador seja obrigatoriamente identificado;

2. doação ou cessão temporária de bens e/ou serviços estimáveis em dinheiro, com a demonstração de que o doador é proprietário do bem ou é o responsável direto pela prestação de serviços.

As doações financeiras de valor igual ou superior a R$ 1.064,10 (mil e sessenta e quatro reais e dez centavos) só poderão ser realizadas mediante transferência eletrônica entre as contas bancárias do doador e do beneficiário da doação, inclusive na hipótese de doações sucessivas realizadas por um mesmo doador em um mesmo dia.

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Os bens e/ou serviços estimáveis em dinheiro doados por pessoas físicas devem constituir produto de seu próprio serviço, de suas atividades econômicas e, no caso dos bens, devem integrar seu patrimônio.

Os bens próprios do candidato somente podem ser utilizados na campanha eleitoral quando demonstrado que já integravam seu patrimônio em período anterior ao pedido de registro da respectiva candidatura.

As doações realizadas por pessoas físicas ou as contribuições de fi liados recebidas pelos partidos políticos em anos anteriores ao da eleição para sua manutenção ordinária, creditadas na conta bancária destinada à movimentação fi nanceira de “Outros Recursos”, prevista na resolução que trata das prestações de contas anuais dos partidos políticos, podem ser aplicadas nas campanhas eleitorais de 2016, desde que observados os seguintes requisitos cumulativos:

1. identifi cação da sua origem e escrituração individualizada das doações e contribuições recebidas, na prestação de contas anual, assim como seu registro fi nanceiro na prestação de contas de campanha eleitoral do partido;

2. observância das normas estatutárias e dos critérios defi nidos pelos respectivos órgãos de direção nacional, os quais devem ser fi xados objetivamente e encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral até 15 de agosto de 2016;

3. transferência para a conta bancária “Doações para Campanha”, antes de sua destinação ou utilização, respeitados os limites legais impostos a tais doações,

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calculados com base nos rendimentos auferidos no ano anterior ao da eleição em que a doação for aplicada, salvo os recursos do Fundo Partidário, cuja utilização deverá ser feita diretamente na conta bancária específica do partido político para tais recursos;

4. identificação, na prestação de contas eleitoral do partido e também nas respectivas contas anuais, do nome ou razão social e do número do CPF da pessoa física ou do CNPJ do candidato ou partido doador, bem como a identificação do número do recibo eleitoral ou do recibo de doação original.

Os recursos auferidos nos anos anteriores devem ser identificados como reserva ou saldo de caixa nas prestações de contas anuais dos partidos políticos apresentadas até o dia 30 de abril de 2016.

É importante registrar que o beneficiário de doação advinda de fonte vedada responde solidariamente em suas contas pela irregularidade, cujas consequências serão aferidas por ocasião do julgamento da sua prestação de contas.

Os partidos políticos podem aplicar nas campanhas eleitorais os recursos do Fundo Partidário, inclusive aqueles recebidos em exercícios anteriores, mediante:

1. transferência para conta bancária específica de campanha do candidato;

2. transferência dos recursos destinados à criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, criados e mantidos pela secretaria da mulher

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do respectivo partido político ou, inexistindo a secretaria, pelo instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política, conforme percentual que será fi xado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 5% (cinco por cento) do total;

Importante novidade da reforma eleitoral de 2015 é a utilização obrigatória de recursos do Fundo Partidário para fi nanciamento de candidaturas de mulheres, com o claro objetivo de dar mais efetividade à política de gênero em matéria eleitoral.

Antes da edição da Lei nº 13.165, de 2015, os partidos políticos deveriam utilizar no mínimo 5% (cinco por cento) dos recursos do Fundo Partidário na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres. Agora, também poderão acumular esses recursos, alocados em conta específi ca, e destinados ao fi nanciamento de campanhas de candidatas.

Os partidos políticos devem destinar no mínimo cinco por cento e no máximo quinze por cento do montante do Fundo Partidário, destinado ao fi nanciamento das campanhas eleitorais, para aplicação nas campanhas de suas candidatas, incluídos nesse valor os recursos destinados à

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criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, criados e mantidos pela secretaria da mulher do respectivo partido político ou, inexistindo a secretaria, pelo instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política.

A lei determinou que nas eleições de 2016, 2018 e 2020, os partidos reservarão, em contas bancárias específicas para este fim, o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) do montante do Fundo Partidário destinado ao financiamento das campanhas eleitorais para aplicação nas campanhas de suas candidatas.

3. pagamento dos custos e despesas diretamente relacionados às campanhas eleitorais dos candidatos e dos partidos políticos, procedendo-se à sua individualização.

Os partidos políticos devem manter as anotações relativas à origem e à transferência dos recursos na sua prestação de contas anual e devem registrá-las na prestação de contas de campanha eleitoral de forma a permitir a identificação do destinatário dos recursos ou o seu beneficiário.

As despesas e custos assumidos pelo partido político em benefício de mais de uma candidatura devem ser registradas de acordo com o valor individualizado, apurado mediante o rateio entre todas as candidaturas beneficiadas, na proporção do benefício auferido.

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É possível receber doação de recursos em espécie diretamente na conta bancária desde que devidamente identifi cados com o nome e o número de inscrição no CPF ou CNPJ do doador, emitindo-se, sempre, o respectivo recibo eleitoral.

Pela reforma eleitoral de 2015 devem ser divulgados pela internet, em até 72 (setenta e duas) horas após o seu recebimento, os recursos em dinheiro para fi nanciamento das campanhas, constando o nome e o CPF ou CNPJ dos doadores e os respectivos valores doados.

O candidato ou candidata não pode arrecadar recursos por meio de rifa ou sorteio. Na campanha eleitoral é terminantemente proibido, mesmo por rifa ou sorteio, qualquer oferecimento, promessa ou distribuição de bens ou materiais que possam proporcionar vantagem a eleitor.

Fundo PartidárioO partido político que aplicar recursos do Fundo Partidário na campanha eleitoral deverá fazer a movimentação fi nanceira diretamente na conta bancária estabelecida no art. 43 da Lei nº 9.096, de 1995, vedada a transferência desses recursos para a conta “Doações para Campanha”.

Os partidos políticos poderão aplicar nas campanhas eleitorais dinheiro proveniente do Fundo Partidário, inclusive aqueles recebidos em exercícios anteriores, por meio de doações a candidatos, mediante transferência para a conta

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bancária aberta exclusivamente para movimentar tais recursos, devendo manter escrituração contábil que identifique o destinatário dos valores ou seu beneficiário.

LimitesAs pessoas físicas devem respeitar, nas doações, o limite de 10% (dez por cento) dos rendimentos brutos auferidos no ano-calendário anterior à eleição, excetuando-se as doações estimáveis em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador ou da prestação de serviços próprios, desde que o valor não ultrapasse R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).

A doação de pessoa física acima do limite de 10% (dez por cento) dos rendimentos brutos auferido no ano-calendário de 2015 sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de cinco a dez vezes a quantia em excesso, sem prejuízo de responder o candidato ou candidata por abuso do poder econômico.

Na hipótese de candidato utilizar recursos próprios, as doações estão limitadas ao valor máximo de gastos estabelecido pelo partido político quando do registro de candidatura.

Os candidatos podem utilizar recursos próprios nas suas campanhas até o limite de gastos fixado pela Justiça Eleitoral para o cargo ao qual concorre e não o valor do seu patrimônio pessoal.

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Instalação física de comitês de campanha

Os gastos destinados à preparação da campanha e à instalação física ou de página de Internet de comitês de campanha de candidatos e de partidos políticos poderão ser contratados a partir de 20 de julho de 2016, considerada a data efetiva da realização da respectiva convenção partidária, desde que sejam devidamente formalizados e que o desembolso fi nanceiro ocorra somente depois da obtenção do número de registro no CNPJ, a abertura de conta bancária específi ca para a movimentação fi nanceira de campanha e a emissão de recibos eleitorais.

Data fi nal para arrecadaçãoOs candidatos e os partidos políticos poderão arrecadar recursos e contrair obrigações até o dia da eleição. É permitida a arrecadação de recursos após esse prazo, exclusivamente para a quitação de despesas já contraídas e não pagas até o dia da eleição, as quais deverão estar totalmente quitadas até o prazo para entrega da prestação de contas à Justiça Eleitoral.

Origens dos recursosOs recursos destinados às campanhas eleitorais, respeitados os limites previstos, somente são admitidos quando provenientes de:

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1. recursos próprios dos candidatos;

2. doações financeiras ou estimáveis em dinheiro de pessoas físicas;

3. doações de outros partidos políticos e de outros candidatos;

4. comercialização de bens e/ou serviços ou promoção de eventos de arrecadação realizados diretamente pelo candidato ou pelo partido político;

5. recursos próprios dos partidos políticos, desde que identificada a sua origem e que sejam provenientes:

a. do Fundo Partidário;

b. de doações de pessoas físicas efetuadas aos partidos políticos;

c. de contribuição dos seus filiados;

d. da comercialização de bens, serviços ou promoção de eventos de arrecadação;

6. receitas decorrentes da aplicação financeira dos recursos de campanha.

Os rendimentos financeiros e os recursos obtidos com a alienação de bens têm a mesma natureza dos recursos investidos ou utilizados para sua aquisição e devem ser creditados na conta bancária na qual os recursos financeiros foram aplicados ou utilizados para aquisição do bem.

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O partido político não poderá transferir para o candidato ou utilizar, direta ou indiretamente, nas campanhas eleitorais, recursos que tenham sido doados por pessoas jurídicas, ainda que em exercícios anteriores.

O candidato e os partidos políticos não podem utilizar, a título de recursos próprios, recursos que tenham sido obtidos mediante empréstimos pessoais que não tenham sido contratados em instituições fi nanceiras, ou equiparadas, autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e, no caso de candidatos, que não estejam caucionados por bem que integre seu patrimônio no momento do registro de candidatura, ou que ultrapassem a capacidade de pagamento decorrente dos rendimentos de sua atividade econômica.

O candidato e o partido devem comprovar à Justiça Eleitoral a realização do empréstimo por meio de documentação legal e idônea, assim como os pagamentos que se realizarem até o momento da entrega da sua prestação de contas.

Recursos de origem não identifi cada

Recursos fi nanceiros de origem não identifi cada, incluídos aqueles provenientes de doadores com inscrição de CPF ou CNPJ inválida, não poderão ser utilizados pelos partidos políticos e candidatos e deverão ser transferidos ao Tesouro Nacional, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU), tão logo seja verifi cada a impossibilidade de identifi cação, observando-se o prazo de até cinco dias após a decisão defi nitiva que julgar a prestação

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de contas de campanha, com a apresentação do respectivo comprovante de recolhimento dentro desse mesmo prazo.

Caracterizam o recurso como de origem não identificada:

1. a falta ou a identificação incorreta do doador; e/ou

2. a falta de identificação do doador originário nas doações financeiras; e/ou

3. a informação de número de inscrição inválida no CPF do doador pessoa física ou no CNPJ quando o doador for candidato ou partido político.

O comprovante de devolução ou de recolhimento, conforme for o caso, pode ser apresentado em qualquer fase da prestação de contas ou até cinco dias após o trânsito em julgado da decisão que julgar as contas de campanha, sob pena de encaminhamento das informações à representação estadual ou municipal da Advocacia-Geral da União para fins de cobrança.

Verifica-se a não utilização dos recursos de origem não identificada quando o saldo bancário registra valor maior do que a soma dos depósitos não identificados.

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Doações pela internetPara arrecadar recursos pela Internet, o partido e o candidato deverão tornar disponível mecanismo em página eletrônica, observados os seguintes requisitos:

1. identifi cação do doador pelo nome e pelo CPF;

2. emissão de recibo eleitoral para cada doação realizada, dispensada a assinatura do doador;

3. utilização de terminal de captura de transações para as doações por meio de cartão de crédito e de cartão de débito.

As doações realizadas por pessoas físicas são limitadas a dez por cento dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano-calendário anterior à eleição.

As doações por meio de cartão de crédito ou cartão de débito somente serão admitidas quando realizadas pelo titular do cartão. Eventuais estornos, desistências ou não confi rmação da despesa do cartão serão informados pela administradora ao benefi ciário e à Justiça Eleitoral.

As doações por cartões de crédito devem obedecer aos mesmos limites impostos a qualquer outra modalidade, ou seja, o limite é de 10% dos rendimentos brutos auferidos pela pessoa física em 2015, não podendo este percentual ultrapassar o limite máximo de gastos fi xado pelo partido político para cada cargo em disputa.

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A arrecadação de recursos financeiros por cartões de crédito e de débito antes de cumpridos os requisitos legais poderá acarretar a desaprovação das contas. Por isso é essencial percorrer todos os passos para habilitar-se ao recebimento desse tipo de doações.

Doações estimáveis em dinheiro

A reforma eleitoral de 2015 aumentou o limite das doações de bens estimáveis em dinheiro de pessoas físicas a candidatos, para R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), mesmo sem lastro no imposto de renda do ano anterior ao pleito. Esse valor é específico para doações de bens estimáveis em dinheiro, como, por exemplo, cessão de veículos, cessão de imóveis etc.

Na hipótese de recursos provenientes de doações por meio de bens ou serviços estimáveis em dinheiro, o candidato ou partido político deve descrever na prestação de contas o bem recebido, informando a quantidade, o valor unitário e a avaliação pelos preços praticados no mercado, com a identificação da fonte de avaliação e/ou o serviço prestado.

Os bens e/ou serviços estimáveis em dinheiro doados por pessoas físicas devem constituir produto do seu próprio serviço, de suas atividades econômicas e, no caso dos bens permanentes, deverão integrar o patrimônio do doador. Quando doados pelo próprio candidato, esses bens deverão

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constar do seu patrimônio em período anterior ao pedido de registro da respectiva candidatura.

Partidos políticos e candidatos podem doar entre si bens ou serviços estimáveis em dinheiro, ou ceder seu uso, ainda que não constituam produto de seus próprios serviços ou de suas atividades.

Fontes vedadas

Não mais se permite a arrecadação de recursos para campanhas eleitorais por candidatos ou partidos políticos junto a empresas, admitida apenas a doação de pessoas físicas, observados os limites legais.

É vedado a partido político e a candidato receber, direta ou indiretamente, doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:

1. pessoas jurídicas;

2. origem estrangeira;

3. pessoa física que exerça atividade comercial decorrente de concessão ou permissão pública.

O recurso recebido por candidato ou partido oriundo de fontes vedadas deve ser imediatamente devolvido ao doador, sendo vedada sua utilização ou aplicação fi nanceira.

O comprovante de devolução pode ser apresentado em qualquer fase da prestação de contas ou até cinco dias após o trânsito em julgado da decisão que julgar as contas.

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Recursos provenientes de fontes vedadas ou de origem não identificada não poderão ser utilizados pelos partidos políticos, candidatos ou partidos políticos, devendo ser devolvidos ao doador, ou, não sendo possível a identificação da fonte, ser transferidos para a conta única do Tesouro Nacional, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU).

São considerados de origem não identificada os depósitos em que se constatar a falta de identificação do doador e/ou a informação de números de inscrição inválidos no CPF ou no CNPJ. O repasse dos recursos ao Tesouro Nacional deve ocorrer até cinco dias após a decisão definitiva que julgar a prestação de contas de campanha, com a apresentação do respectivo comprovante de recolhimento dentro desse mesmo prazo.

Eventual utilização dos recursos de origem não identificada, a depender do montante, pode acarretar rejeição da prestação de contas, e configurar abuso de poder econômico ou captação e gastos ilícitos de recursos.

O uso de recursos provenientes de fontes vedadas é infração grave, constituindo irregularidade insanável e motivo para desaprovação das contas, podendo acarretar até mesmo cassação do registro ou do diploma do candidato.

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A devolução ou a determinação de devolução de recursos recebidos de fonte vedada não impedem, se for o caso, a reprovação das contas, quando constatado que o candidato se benefi ciou, ainda que temporariamente, dos recursos ilícitos recebidos.

Gastos eleitoraisSão gastos eleitorais, sujeitos ao registro e aos limites legais:

1. confecção de material impresso de qualquer natureza;

2. propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação;

3. aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;

4. despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das candidaturas;

5. correspondências e despesas postais;

6. despesas de instalação, organização e funcionamento de comitês de campanha e serviços necessários às eleições;

7. remuneração ou gratifi cação de qualquer espécie paga a quem preste serviço a candidatos e a partidos políticos;

8. montagem e operação de carros de som, de propaganda e de assemelhados;

9. realização de comícios ou eventos destinados à

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promoção de candidatura;

10. produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda gratuita;

11. realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;

12. custos com a criação e inclusão de páginas na Internet;

13. multas aplicadas, até as eleições, aos candidatos e partidos políticos por infração do disposto na legislação eleitoral;

14. doações para outros partidos políticos ou outros candidatos;

15. produção de jingles, vinhetas e slogans para propaganda eleitoral.

Todo material de campanha eleitoral impresso deverá conter o número de inscrição no CNPJ ou o número de inscrição no CPF do responsável pela confecção, bem como de quem a contratou e a respectiva tiragem.

Os gastos efetuados por candidato ou partido em benefício de outro candidato ou outro partido político constituem doações estimáveis em dinheiro.

O pagamento dos gastos eleitorais contraídos pelos candidatos será de sua responsabilidade, cabendo aos partidos políticos responder apenas pelos gastos que realizarem e por aqueles que, após o dia da eleição, forem assumidos.

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Os gastos de campanha por partido político ou candidato somente poderão ser efetivados após o pedido de registro de candidatura, da inscrição no CNPJ, da abertura da conta bancária e emissão dos recibos eleitorais.

Os gastos eleitorais efetivam-se na data da sua contratação, independentemente da realização do seu pagamento e devem ser registrados na prestação de contas no ato da sua contratação.

Os gastos destinados à preparação da campanha e à instalação física ou de página de Internet de comitês de campanha de candidatos e de partidos políticos poderão ser contratados a partir de 20 de julho de 2016, considerada a data efetiva da realização da respectiva convenção partidária, desde que:

1. sejam devidamente formalizados; e

2. o desembolso fi nanceiro ocorra apenas após a obtenção do número de inscrição no CNPJ, a abertura de conta bancária específi ca para a movimentação fi nanceira de campanha e a emissão de recibos eleitorais.

Os gastos eleitorais de natureza fi nanceira só podem ser efetuados por meio de cheque nominal ou transferência bancária que identifi que o CPF ou CNPJ do benefi ciário, ressalvadas as despesas de pequeno valor previstas, que poderão ser pagas em espécie com recursos provenientes do fundo de caixa da campanha.

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Fundo de caixaA rigor, todos os pagamentos das despesas de campanha devem sair diretamente da conta bancária, por meio de cheque nominal ou transferência bancária. A única exceção é a reserva individual rotativa em dinheiro para despesas de pequena monta, o fundo de caixa. Mesmo assim, o dinheiro para liquidação de tais despesas deve provir de saque efetuado na conta bancária específica de campanha.

Para pagamento de gastos de pequeno vulto, o órgão partidário pode constituir reserva em dinheiro (fundo de caixa) que observe o saldo máximo de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), desde que os recursos destinados à respectiva reserva transitem previamente pela conta bancária específica do partido e não ultrapassem dois por cento dos gastos contratados pela agremiação, observando o seguinte:

1. o saldo do fundo de caixa pode ser recomposto mensalmente, com a complementação de seu limite, de acordo com os valores despendidos no mês anterior;

2. da conta bancária específica de que trata o caput será sacada a importância para complementação do limite a que se refere o caput, mediante cartão de débito ou emissão de cheque nominativo emitido em favor do próprio sacado.

O candidato também pode constituir fundo de caixa para realizar pagamento de gastos de pequeno vulto, observando o saldo

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máximo de R$ 2.000,00 (dois mil reais), desde que os recursos destinados à respectiva reserva transitem previamente pela conta bancária específi ca do candidato e não ultrapassem dois por cento do limite de gastos estabelecidos para sua candidatura.

O candidato a vice-prefeito não pode constituir Fundo de Caixa.

Consideram-se gastos de pequeno valor as despesas individuais que não ultrapassem o limite de R$ 300,00 (trezentos reais), vedado o fracionamento de despesa.

Os pagamentos de pequeno valor realizados por meio do Fundo de Caixa exigem a respectiva comprovação por meio de documento fi scal idôneo emitido em nome dos candidatos e partidos políticos, sem emendas ou rasuras, devendo conter a data de emissão, a descrição detalhada, o valor da operação e a identifi cação do emitente e do destinatário ou dos contraentes pelo nome ou razão social, CPF ou CNPJ e endereço.

Contratação de pessoal

Apesar de ter dispensado que na prestação de contas os candidatos relacionem nominalmente as pessoas contratadas, com indicação de seus respectivos números de inscrição no CPF, permanece intacta a obrigação de contabilizar e documentar as despesas na prestação de contas e a necessidade de preenchimento adequado do relatório de despesas efetuadas do SPCE – Sistema de Prestação de Contas Eleitoral, que exige:

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1. a indicação individualizada de cada credor, com nome e número de CPF;

2. o valor da despesa, o tipo de documento fiscal que a lastreia;

3. a forma de pagamento, se por cheque, TED ou DOC, com designação de banco, agência e conta;

4. a data do pagamento.

A reforma eleitoral de 2015 deixou claro que os partidos políticos, para fins previdenciários, não se equiparam a pessoa jurídica e, por isso, na contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas não são obrigados a recolher a contribuição previdenciária.

Os gastos eleitorais para contratação direta ou terceirizada de pessoal para prestação de serviços referentes a atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais, observará os seguintes critérios para aferição do limite de número de contratações:

1. em municípios com até trinta mil eleitores, não excederá a um por cento do eleitorado;

2. nos demais municípios, o limite de contratação corresponderá ao número máximo apurado de acordo com o parâmetro acima, acrescido de uma contratação para cada mil eleitores que exceder o número de trinta mil.

Tais limites são aplicáveis às candidaturas ao cargo de prefeito.

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O limite de contratações para as candidaturas ao cargo de vereador corresponde a cinquenta por cento dos limites calculados de acordo com os supramencionados critérios, observado o máximo de 28% do limite estabelecido para o município com o maior número de eleitores no estado.

O Tribunal Superior Eleitoral, após o fechamento do cadastro eleitoral, divulgará em sua página os limites quantitativos por candidatura em cada município.

Para a aferição dos limites, serão somadas as contratações realizadas pelo candidato ao cargo de prefeito e as que eventualmente tenham sido realizadas pelo candidato ao cargo de vice-prefeito.

A contratação de pessoal por partidos políticos no nível municipal é vinculada aos limites impostos aos seus candidatos.

O descumprimento dos limites de contratação sujeita o candidato a responder por corrupção eleitoral.

Militância não remuneradaA lei diferenciou os serviços prestados aos partidos políticos e candidatos que devem ser contabilizados daqueles serviços voluntários e diretos prestados pela militância não remunerada, prática comum nas campanhas, os quais dispensam registro contábil, até pela impossibilidade de aferição do seu real dimensionamento.

Estão excluídos dos limites legais para contratação de pessoal, direta ou terceirizada, a prestação de serviços referentes a atividades de

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militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais, a militância não remunerada, o pessoal contratado para apoio administrativo e operacional, fiscais e delegados credenciados para trabalhar nas eleições e advogados dos candidatos ou dos partidos e das coligações.

Limites de gastosSão estabelecidos os seguintes limites com relação ao total dos gastos da campanha contratados:

1. alimentação do pessoal que presta serviços às candidaturas ou aos comitês de campanha: 10% (dez por cento);

2. aluguel de veículos automotores: 20% (vinte por cento).

Gastos pessoais de eleitorO eleitor pode realizar gastos pessoais, em bens e serviços, até o valor de R$ 1.064,10 (mil e sessenta e quatro reais e dez centavos), não sujeitos à contabilização, em apoio a candidato de sua preferência, desde que essas despesas não sejam reembolsadas pelo candidato ou partido político. Nesta situação os documentos fiscais deverão ser emitidos em nome do eleitor.

O limite de R$ 1.064,10 (mil e sessenta e quatro reais e dez centavos) é por eleitor, ou seja, representa o valor total dos gastos

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que ele está autorizado a efetuar com todos os candidatos, sem necessidade de contabilização.

Bens e serviços entregues ou prestados ao candidato não são gastos eleitorais de eleitor em apoio a candidatura de sua preferência, caracterizando doação estimável em dinheiro, razão pela qual devem ser contabilizados, observando-se os limites impostos aos doadores e emitido o respectivo recibo eleitoral.

Os candidatos podem utilizar recursos próprios nas suas campanhas até o limite de gastos fi xado pela Justiça Eleitoral para o cargo ao qual concorre e não o valor do seu patrimônio pessoal.

Dívidas de campanhaAs despesas contraídas e não pagas até o dia da eleição deverão estar integralmente quitadas até o prazo para entrega da prestação de contas à Justiça Eleitoral.

É permitido ao partido político assumir dívidas de campanha. Eventuais débitos de campanha não quitados até a data fi xada para a apresentação da prestação de contas poderão ser assumidos pelo partido político.

Para a assunção de dívidas de campanha é indispensável autorização do órgão nacional de direção partidária e deve ser formalizada mediante onde conste:

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1. a origem e o valor da obrigação assumida;

2. os dados e a anuência do credor;

3. cronograma de pagamento e quitação que não ultrapasse o prazo fixado para a prestação de contas da eleição subsequente para o mesmo cargo;

4. indicação da fonte dos recursos que serão utilizados para a quitação do débito assumido.

O órgão partidário da respectiva circunscrição eleitoral passará a responder por todas as dívidas solidariamente com o candidato, hipótese em que a existência do débito não poderá ser considerada como causa para a rejeição das contas.

Os valores arrecadados para quitação dos débitos de campanha devem observar os limites legais, provir de fonte sadia, transitar necessariamente pela conta “Doações para Campanha” do partido político, prevista na resolução que trata das prestações de contas anuais dos partidos políticos, excetuada a hipótese de pagamento das dívidas com recursos do Fundo Partidário político, além de constar da prestação de contas anual do partido político até a integral quitação dos débitos, conforme o cronograma do pagamento e quitação apresentado por ocasião da assunção da dívida.

As despesas já contraídas e não pagas até a data da eleição deverão ser comprovadas por documento fiscal hábil, idôneo ou por outro meio de prova permitido, emitido na data da realização da despesa.

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PRESTAÇÃO DE CONTASDevem prestar contas à Justiça Eleitoral os partidos políticos, em todas as suas esferas, e os candidatos, eleitos ou não, ainda que tenham desistido ou renunciado à candidatura, substituídos ou com seus registros indeferidos, mesmo que não tenham realizado campanha.

A partir da reforma eleitoral de 2015, tanto nas eleições majoritárias (prefeito) quanto nas eleições proporcionais (vereador), a prestação de contas deve ser apresentada pelos próprios candidatos, acompanhada dos extratos das contas bancárias referentes à movimentação dos recursos fi nanceiros usados na campanha e da relação dos cheques recebidos, com a indicação dos respectivos números, valores e emitentes.

Todas as peças contábeis da prestação de contas devem ser fi rmadas pelo candidato e por profi ssional da contabilidade, contador ou técnico em contabilidade, com inscrição regular no Conselho Regional de Contabilidade da sua respectiva jurisdição. É, também, obrigatória a constituição de advogado.

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Prestação de contas simplificada

A reforma eleitoral de 2015 adotou a prestação de contas simplificada para candidatos que apresentarem movimentação financeira de, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil reais), bem como para as eleições de prefeito e vereador de municípios com menos de 50.000 (cinquenta mil) eleitores.

O novo sistema de prestação de contas compreende a identificação das doações recebidas, com os nomes, o CPF dos doadores e os respectivos valores recebidos; os repasses recebidos das agremiações partidárias; a identificação das despesas realizadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos fornecedores de material e dos prestadores dos serviços realizados; e o registro das eventuais sobras ou dívidas de campanha.

Foi modificado o prazo para que a Justiça Eleitoral profira decisão sobre o julgamento das contas de campanha, que agora é de apenas três dias.

Pela reforma eleitoral de 2015, os gastos efetuados com passagens aéreas nas campanhas eleitorais serão comprovados mediante a apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem, quando for o caso, desde que informados os beneficiários, as datas e os itinerários, vedada a exigência de apresentação de qualquer outro documento para esse fim.

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Prazo para apresentação:

As prestações de contas fi nais do primeiro turno devem ser apresentadas pelos candidatos e partidos políticos até a data de 1º de novembro de 2016.

Havendo segundo turno, devem prestar suas contas até 19 de novembro de 2016, apresentando a movimentação fi nanceira referente aos dois turnos:

1. o candidato que disputar o segundo turno;

2. os órgãos partidários vinculados ao candidato que concorre ao segundo turno, ainda que coligados, em todas as suas esferas;

3. os órgãos partidários que, mesmo não vinculados ao candidato, efetuem doações ou gastos às candidaturas concorrentes ao segundo turno.

A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impedirá a diplomação dos eleitos, enquanto perdurar a omissão.

Observações importantes

A reforma eleitoral aperfeiçoou os mecanismos de controle ao determinar que o limite de doação seja apurado anualmente pelo Tribunal Superior Eleitoral e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

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Depois de consolidar todos os dados relativos às doações eleitorais registradas em favor de partidos políticos ou campanhas eleitorais até o dia 31 de dezembro de cada ano, o Tribunal Superior Eleitoral remeterá os dados à Receita Federal, até o dia 30 de maio do ano seguinte, para que o órgão promova cruzamento dos valores doados com os rendimentos da pessoa física.

Com o cruzamento de dados, a Receita Federal poderá identificar fraudes, como a utilização de pessoas físicas por determinada uma pessoa jurídica para financiar candidaturas.

Para facilitar a elaboração da prestação de contas e respectiva análise pela Justiça Eleitoral é recomendável ter fotocópias dos cheques dos doadores.

Os dirigentes partidários e o presidente e o tesoureiro do partido político são responsáveis pela veracidade das informações relativas à administração financeira das respectivas campanhas eleitorais, devendo assinar todos os documentos que integram a respectiva prestação de contas e encaminhá-la à Justiça Eleitoral.

A documentação fiscal relacionada aos gastos eleitorais realizados pelos candidatos e partidos políticos deverá ser emitida em nome destes, inclusive com a identificação do número de inscrição no CNPJ, observada a exigência de apresentação, em original ou cópia, da correspondente nota fiscal ou recibo, este último apenas nas hipóteses permitidas pela legislação fiscal.

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Todos os atos de campanha que representem gastos devem estar presentes na prestação de contas do candidato, tanto os realizados e pagos pelo próprio candidato, quanto os realizados por terceiros (doadores). Nesta última hipótese o gasto tem natureza de doação estimável em dinheiro e deve estar respaldado pela emissão do correspondente recibo eleitoral.

Prestação de contas parcial

Pela reforma eleitoral de 2015, que reduziu o período de campanha eleitoral, a prestação de contas parcial e a divulgação de dados na internet serão apresentadas no dia 15 de setembro de 2016, na página criada pela Justiça Eleitoral para este fi m.

Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados, durante as campanhas eleitorais, a entregar à Justiça Eleitoral, para divulgação em página criada na Internet para esse fi m:

1. os dados relativos aos recursos em dinheiro recebidos para fi nanciamento de sua campanha eleitoral, em até setenta e duas horas contadas do recebimento;

2. relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário, os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados.

A prestação de contas parcial deve ser realizada exclusivamente em meio eletrônico, por intermédio do SPCE, com a discriminação dos recursos em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para fi nanciamento da campanha eleitoral, com, cumulativamente:

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1. a indicação dos nomes, do CPF das pessoas físicas doadoras ou do CNPJ dos partidos ou dos candidatos doadores;

2. a especificação dos respectivos valores doados;

3. a identificação dos gastos realizados, com detalhamento dos fornecedores.

Os relatórios financeiros sobre os recursos em dinheiro recebidos por candidato ou partido político para financiamento de sua campanha eleitoral serão informados à Justiça Eleitoral, por meio do SPCE, em até setenta e duas horas contadas a partir da data do crédito da doação financeira na conta bancária.

O relatório financeiro de campanha será disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral na sua página na Internet em até quarenta e oito horas, ocasião em que poderão ser divulgados também os gastos eleitorais declarados.

A prestação de contas parcial de campanha deve ser encaminhada pelos candidatos e partidos políticos, por meio do SPCE, entre os dias 9 a 13 de setembro de 2016, dela constando o registro de toda movimentação financeira de campanha ocorrida desde seu início até o dia 8 de setembro.

O exame das prestações de contas de campanha agora inicia na prestação de contas parcial, com consequências nefastas para quem não apresentá-las ou registrar dados que não correspondam à efetiva movimentação de recursos ocorrida até a data da sua entrega.

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A ausência de prestação de contas parcial confi gura grave omissão de informação, que poderá repercutir na regularidade das contas fi nais. A prestação de contas parcial, que não corresponda à efetiva movimentação de recursos ocorrida até a data da sua entrega, caracteriza infração grave, a ser apurada no momento do julgamento da prestação de contas fi nal.

Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de até quinze dias após a diplomação do candidato eleito, relatando fatos e indicando provas, pedindo a abertura de investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas relativas à arrecadação e gastos irregulares em campanha eleitoral.

Sobras de campanhaConstituem sobras de campanha:

1. a diferença positiva entre os recursos arrecadados e os gastos realizados em campanha;

2. os bens e materiais permanentes adquiridos ou recebidos durante a campanha até a data da entrega das prestações de contas de campanha.

As sobras de campanhas eleitorais devem ser transferidas ao órgão partidário, na circunscrição do pleito, conforme a origem dos recursos, até a data prevista para a apresentação das contas à Justiça Eleitoral.

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O comprovante de transferência das sobras de campanha deve ser juntado à prestação de contas do responsável pelo recolhimento, sem prejuízo dos respectivos lançamentos na contabilidade do partido.

As sobras financeiras de recursos oriundos do Fundo Partidário devem ser transferidas para a conta bancária do partido político, destinada à movimentação de recursos dessa natureza.

As sobras financeiras que não provenham do Fundo Partidário devem ser depositadas na conta bancária do partido destinada à movimentação de “Outros Recursos”, prevista na resolução que trata das prestações de contas anuais dos partidos políticos.

Na hipótese de não ser feita a transferência das sobras de campanha ao órgão partidário na circunscrição do pleito até 31 de dezembro de 2016, os bancos devem efetuar a transferência do saldo financeiro da conta bancária eleitoral de candidatos, dando imediata ciência ao Juiz competente para a análise da prestação de contas do candidato, observando o seguinte:

1. os bancos devem comunicar o fato previamente ao titular da conta bancária para que proceda, até o dia 21 de dezembro de 2016, à transferência das sobras financeiras de campanha ao partido que estiver vinculado, observada a circunscrição do pleito;

2. decorrido o prazo sem que o titular da conta tenha efetivado a transferência, os bancos devem efetuar a transferência do saldo

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fi nanceiro existente para o órgão diretivo municipal do partido na cidade onde ocorreu a eleição, o qual será o exclusivo responsável pela identifi cação desses recursos, sua utilização, contabilização e respectiva prestação de contas ao juízo eleitoral correspondente;

3. efetivada a transferência do saldo fi nanceiro existente para o órgão diretivo municipal do partido na cidade onde ocorreu a eleição, os bancos devem encaminhar ofício ao Juiz Eleitoral responsável pela análise de contas do candidato, no prazo de até dez dias;

4. inexistindo conta bancária do órgão municipal do partido na circunscrição da eleição, a transferência deve ser feita para a conta bancária do órgão nacional do partido político.

Procedimento de apresentação da prestação de contas

Para a elaboração da prestação de contas, deverá ser utilizado o Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE), disponibilizado na página da Justiça Eleitoral, na internet.

A prestação de contas será encaminhada à Justiça Eleitoral em meio eletrônico pela internet. Recebidas as informações na base de dados da Justiça Eleitoral as informações, o sistema emitirá o Extrato da Prestação de Contas, certifi cando a entrega eletrônica, o qual deverá ser impresso, assinado e, juntamente

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com a documentação, protocolizado no órgão competente para julgar as contas.

Apenas após a certificação de que o número de controle do Extrato da Prestação de Contas é idêntico àquele constante na base de dados da Justiça Eleitoral, será gerado o recibo de entrega.

Informações e documentos da prestação de contasInformações:

1. qualificação do candidato, dos responsáveis pela administração de recursos do candidato ou do partido político;

2. recibos eleitorais emitidos;

3. recursos arrecadados, com a identificação das doações recebidas, financeiras ou estimáveis em dinheiro, e daqueles oriundos da comercialização de bens e/ou serviços e da promoção de eventos;

4. receitas estimáveis em dinheiro, descrevendo o bem recebido, informando a quantidade, o valor unitário e a avaliação pelos preços praticados no mercado, com a identificação da fonte de avaliação; o serviço prestado, informando a avaliação realizada em conformidade com os preços habitualmente praticados pelo prestador, sem prejuízo da

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apuração dos preços praticados pelo mercado, caso o valor informado seja inferior a estes;

5. doações efetuadas a partidos políticos e a candidatos;

6. receitas e despesas, especifi cadas, e as eventuais sobras ou dívidas de campanha;

7. despesas efetuadas;

8. comercialização de bens e/ou serviços e/ou da promoção de eventos, discriminando o período de realização, o valor total auferido, o custo total, as especifi cações necessárias à identifi cação da operação e a identifi cação dos adquirentes dos bens ou serviços;

9. conciliação bancária, com os débitos e os créditos ainda não lançados pela instituição bancária, a qual deverá ser apresentada quando houver diferença entre o saldo fi nanceiro do demonstrativo de receitas e despesas e o saldo bancário registrado em extrato, de forma a justifi cá-la.

Documentos: 1. extratos da conta bancária aberta em nome do

candidato ou do partido político, inclusive da conta aberta para movimentação de recursos do Fundo Partidário, quando for o caso, demonstrando a movimentação fi nanceira ou a sua ausência, em sua forma defi nitiva, contemplando todo o período de campanha, vedada a apresentação de extratos sem validade legal, adulterados,

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parciais, ou que omitam qualquer movimentação financeira;

2. comprovantes de recolhimento (depósitos/transferências) à respectiva direção partidária das sobras financeiras de campanha;

3. documentos fiscais que comprovem a regularidade dos gastos eleitorais realizados com recursos do Fundo Partidário;

4. declaração firmada pela direção partidária comprovando o recebimento das sobras de campanha constituídas por bens e/ou materiais permanentes, quando houver;

5. termo de assunção de dívida, quando for o caso;

6. instrumento de mandato outorgado ao advogado constituído para a prestação de contas;

7. comprovantes bancários de devolução dos recursos recebidos de fonte vedada ou guia de recolhimento ao Tesouro Nacional dos recursos provenientes de origem não identificada;

8. notas explicativas, com as justificações pertinentes.

Na hipótese de utilização de recursos financeiros próprios, a Justiça Eleitoral poderá exigir do candidato apresentação de documentos comprobatórios da respectiva origem.

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A Justiça Eleitoral, para subsidiar o exame da prestação de contas, poderá requerer:

1. documentos fi scais e outros legalmente admitidos, que comprovem a regularidade dos gastos eleitorais;

2. outros elementos que comprovem a movimentação realizada em campanha.

O candidato que não apresentar a prestação de contas da campanha estará impedido de obter a certidão de quitação eleitoral no curso do mandato eletivo ao qual tenha concorrido. Além disso, nenhum candidato poderá ser diplomado até que suas contas sejam julgadas e, se rejeitadas, a Justiça Eleitoral enviará cópia do processo ao Ministério Público, fi cando o candidato sujeito à perda do mandato e o partido político à perda da quota do Fundo Partidário.

A Justiça Eleitoral adotará sistema simplifi cado de prestação de contas para candidatos que apresentem movimentação fi nanceira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

Considera-se movimentação fi nanceira o total das despesas contratadas e registradas na prestação de contas.

Nas eleições para prefeito e vereador em municípios com menos de cinquenta mil eleitores, a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplifi cado.

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O sistema simplificado de prestação de contas se caracteriza pela análise informatizada e simplificada da prestação de contas que será elaborada exclusivamente pelo SPCE.

Julgamento das prestações de contasA Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas, decidindo:

1. pela aprovação, quando estiverem regulares;

2. pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regularidade;

3. pela desaprovação, quando constatadas falhas que comprometam a sua regularidade;

4. pela não prestação, quando:

a. não apresentadas informações e documentos exigidos;

b. não for reapresentada a prestação de contas;

c. as contas estiverem desacompanhadas de documentos que possibilitem a análise dos recursos arrecadados e dos gastos realizados na campanha, cuja falta não seja suprida no prazo de 72 (setenta e duas) horas, contado da notificação do responsável.

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A ausência parcial dos documentos e das informações exigidas ou o não atendimento das diligências determinadas não enseja o julgamento das contas como não prestadas se os autos contiverem elementos mínimos que permitam a análise da prestação de contas.

Erros formais ou materiais irrelevantes no conjunto da prestação de contas, que não comprometam o seu resultado, não acarretarão a rejeição das contas.

A decisão que julgar as contas do candidato a prefeito abrangerá as de vice-prefeito, ainda que substituídos. Se, no prazo legal, o titular não prestar contas, o vice-prefeito, ainda que substituídos, poderão fazê-lo separadamente, no prazo de setenta e duas horas, quando terão suas contas julgadas independentemente das contas do titular, salvo se o titular, em igual prazo, apresentar as suas contas, hipótese na qual os respectivos processos serão apensados e examinados em conjunto.

A Justiça Eleitoral decidirá pela regularidade das contas do partido político. Na hipótese de infração às normas legais, os dirigentes partidários poderão ser responsabilizados pessoalmente, em processos específi cos a serem instaurados nos foros competentes.

A decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos será publicada em até três dias antes da diplomação. No caso de gastos irregulares de recursos do Fundo Partidário ou da ausência de sua comprovação, a decisão que julgar as contas determinará a devolução do valor correspondente ao Tesouro Nacional, no prazo de cinco dias após o seu trânsito em julgado,

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sob pena de remessa dos autos à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para cobrança.

A decisão que julgar as contas eleitorais como não prestadas acarretará ao candidato o impedimento de obter a certidão de quitação eleitoral até o final da legislatura, persistindo os efeitos da restrição após esse período até a efetiva apresentação das contas e ao partido político, a perda do direito ao recebimento da quota do Fundo Partidário.

Desaprovadas as contas, a Justiça Eleitoral remeterá cópia de todo o processo ao Ministério Público Eleitoral para os fins previstos no art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 1990.

A Justiça Eleitoral divulgará os nomes dos candidatos que não apresentaram as contas de suas campanhas.

Após o recebimento da prestação de contas pelo SPCE, na base de dados da Justiça Eleitoral, deve ser feito, no cadastro eleitoral, o registro relativo à apresentação da prestação de contas dos candidatos ao cargo de vereador e aos cargos de prefeito e de vice-prefeito, abrangendo também os substituídos e substitutos, com base nas informações inseridas no sistema.

O partido que descumprir as normas referentes à arrecadação e à aplicação de recursos perderá o direito ao recebimento da cota do Fundo Partidário do ano seguinte, sem prejuízo de responderem os candidatos beneficiados por abuso do poder econômico

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Na hipótese de infração às normas legais, os dirigentes partidários poderão ser responsabilizados pessoalmente, em processos específi cos a serem instaurados nos foros competentes.

A sanção de perda do direito ao recebimento da cota do Fundo Partidário será aplicada no ano seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que desaprovar as contas do partido político ou do candidato, de forma proporcional e razoável, pelo período de um a doze meses, ou será aplicada por meio do desconto no valor a ser repassado da importância apontada como irregular, não podendo ser aplicada a sanção de suspensão caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou Tribunal competente, após cinco anos de sua apresentação.

A perda do direito ao recebimento da cota do Fundo Partidário ou o desconto no repasse de cotas será suspenso durante o segundo semestre de 2016.

Importância da contabilidadeA Contabilidade é o alicerce para o atendimento das prestações de contas à Justiça Eleitoral, pois todos os dados necessários estarão registrados para, a qualquer momento, servirem de elementos de prova dos fatos e atos praticados, especialmente no que tange à origem das receitas e sua aplicação nas despesas de campanha.

A escrituração contábil deve, obrigatoriamente, estar lastreada em documentação hábil e legal e,

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assim, ser o ponto de partida para as prestações de contas.

A escrituração contábil com utilização do método das partidas dobradas – em que cada débito corresponde a um crédito – demonstra, de forma inequívoca, as origens e as aplicações dos recursos.

Importante observar a exigência de que as prestações de contas sejam firmadas por profissional da contabilidade. Tal ato é prerrogativa profissional, sendo, portanto, condição necessária para a legitimação dos procedimentos contábeis.

É exatamente em nome da transparência do processo eleitoral que os partidos políticos devem manter, em sua escrituração, contas contábeis específicas dos recursos destinados às campanhas eleitorais, a fim de permitir a sua segregação de quaisquer outros e a identificação de sua origem.

As regras de financiamento das campanhas eleitorais determinam que os partidos políticos e candidatos providenciem a abertura de contas bancárias específicas. Até mesmo a conta bancária para movimentação dos recursos do Fundo Partidário deve ser exclusiva, distinta das outras. O objetivo é identificar, com segurança, a origem e o beneficiário das doações feitas aos partidos políticos por pessoas físicas e pessoas jurídicas. Ou seja, saber de onde vieram os recursos e o rumo que tomaram. E é com a escrituração contábil que este processo todo se materializa.

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Pesquisas eleitorais

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PESQUISAS ELEITORAISO Tribunal Superior Eleitoral, por meio da Resolução nº 23.453, regulamentou os procedimentos relativos ao registro e à divulgação de pesquisas de opinião pública para as eleições de 2016, estabelecendo mecanismos destinados a evitar que elas se convertam em abusos e manobras tendentes a influenciar indevidamente a vontade do eleitorado.

As pesquisas eleitorais são gastos de campanha e os valores despendidos pelos partidos, coligações e candidatos devem integrar, obrigatoriamente, as respectivas prestações de contas.

PeríodoA partir de 1º de janeiro de 2016 até o dia da eleição. As pesquisas realizadas em data anterior ao dia da votação podem ser divulgadas a qualquer momento, inclusive na data das eleições, desde que respeitado o prazo de cinco dias para o seu registro e observadas as regras para divulgação.

A partir do dia 18 de agosto de 2016, o nome de todos aqueles que tenham solicitado registro de candidatura deverá constar das pesquisas realizadas mediante apresentação da relação de candidatos ao entrevistado.

RegistroÉ obrigatório o registro da pesquisa, com no mínimo cinco dias de antecedência da divulgação de seus resultados. O registro é

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feito via internet, por meio do Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais, disponível nos sites dos Tribunais Regionais, podendo ser realizado a qualquer tempo, independente do horário de funcionamento do cartório eleitoral.

As empresas ou entidades podem usar dispositivos eletrônicos portáteis, tais como tablets e similares, para fazer as pesquisas, os quais poderão ser auditados, a qualquer tempo, pela Justiça Eleitoral.

Para a utilização do sistema, as entidades e empresas interessadas deverão cadastrar-se uma única vez perante a Justiça Eleitoral, por meio eletrônico, mediante o fornecimento das seguintes informações e documento eletrônico:

1. Nome de pelo menos um e no máximo três dos responsáveis legais;

2. razão social ou denominação;

3. número de inscrição no CNPJ;

4. número do registro da empresa responsável pela pesquisa no Conselho Regional de Estatística, caso o tenha;

5. endereço e número de fac-símile em que poderão receber notifi cações;

6. correio eletrônico no qual, se houver autorização expressa, poderão receber notifi cações;

7. arquivo, no formato PDF, com a íntegra do contrato social, do estatuto social ou da inscrição como empresário, que comprove o regular registro.

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A obrigação de requerer o registro da pesquisa perante a Justiça Eleitoral é das entidades ou empresas que realizaram o trabalho, as quais ficarão responsáveis, também, pela entrega, até o sétimo dia seguinte ao registro da pesquisa, dos dados relativos aos bairros abrangidos ou, na falta destes últimos, da área em que foi realizada pesquisa.

Efetivado ou alterado o registro, será emitido recibo eletrônico que conterá:

1. Resumo das informações;

2. número de identificação da pesquisa.

O número de identificação da pesquisa deverá constar da divulgação e da publicação dos resultados da pesquisa.

O registro da pesquisa pode ser alterado, desde que o prazo de cinco dias para divulgação de seu resultado não tenha transcorrido. Ocorrendo erro em relação ao município de abrangência da pesquisa eleitoral, não é permitida a sua alteração, situação em que a pesquisa deve ser cancelada, sem prejuízo da apresentação de um novo registro.

Informações e documentosA partir de 1º de janeiro de 2016, as entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa, a registrar no Juízo Eleitoral ao qual compete fazer o registro dos candidatos, com no mínimo cinco dias de antecedência da divulgação, as seguintes informações:

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1. Quem contratou a pesquisa e seu número de CPF ou CNPJ;

2. o valor e a origem dos recursos despendidos no trabalho;

3. a metodologia e o período da realização da pesquisa;

4. plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução e nível econômico do entrevistado, área física de realização do trabalho, margem de erro e nível de confi ança;

5. sistema interno de controle e verifi cação, conferência e fi scalização da coleta de dados e do trabalho de campo;

6. questionário completo aplicado ou a ser aplicado;

7. nome de quem pagou pelo serviço e seu número de CPF ou CNPJ;

8. cópia da respectiva nota fi scal;

9. nome do estatístico responsável pela pesquisa e o número de seu registro no Conselho Regional de Estatística competente;

10. indicação do município, bem como dos cargos aos quais se refere a pesquisa.

Na hipótese de a pesquisa eleitoral envolver mais de um município, a entidade ou empresa responsável deve realizar um registro para cada município.

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A nota fiscal que contemplar o pagamento de mais de uma pesquisa eleitoral deve ter discriminado em seu corpo o valor individual de cada uma das pesquisas. Em se tratando de pagamento parcelado ou faturado, as entidades ou empresas deverão informar a condição de pagamento no momento do registro da pesquisa, com a consequente apresentação das respectivas notas fiscais, tão logo ocorra a quitação integral do pagamento faturado ou da parcela vencida.

O registro da pesquisa será realizado via internet e todas as informações acima deverão ser digitadas no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais, disponível nos sítios dos Tribunais Eleitorais, por meio de arquivos no formato PDF.

O cadastramento eletrônico da documentação exigida pela Resolução TSE nº 23.453, para acessar o Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais, dispensa a sua apresentação a cada pedido de registro de pesquisa, sendo, entretanto, obrigatória a informação de qualquer alteração superveniente.

A divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações perante o tribunal competente sujeita os responsáveis ao pagamento de multa que varia de R$ 53.205,00 (cinquenta e três mil, duzentos e cinco reais) a R$ 106.410,00 (cento e seis mil, quatrocentos e dez reais).

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Divulgação do resultadoNa divulgação dos resultados de pesquisa eleitoral, atual ou não, devem ser obrigatoriamente informados:

1. O período de realização da coleta de dados;

2. a margem de erro;

3. o nível de confi ança;

4. número de entrevistas;

5. nome da entidade ou empresa que realizou a pesquisa e, se for o caso, de quem a contratou;

6. o número de registro da pesquisa.

Uma pesquisa idônea divulgada com dados irregulares sujeita os responsáveis ao pagamento de multa que varia de R$ 10.641,00 (dez mil, seiscentos e quarenta e um reais) a R$ 21.282,00 (vinte e um mil, duzentos e oitenta e dois reais), além de obrigar a veiculação das informações corretas no mesmo espaço, local, horário, página, com os mesmos caracteres e outros elementos de destaque, conforme o veículo utilizado.

O veículo de comunicação social arcará com as consequências da publicação de pesquisa não registrada, mesmo que esteja reproduzindo matéria veiculada em outro órgão de imprensa.

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A divulgação do resultado da pesquisa, no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão, deve informar, com clareza, o período de realização da coleta de dados; a margem de erro; o nível de confiança; o número de entrevistas; o nome da entidade ou empresa que realizou a pesquisa e, se for o caso, de quem a contratou; e o número de registro da pesquisa, dispensada menção aos concorrentes, desde que o modo de apresentação não induza o eleitor a erro quanto ao desempenho do candidato em relação aos demais.

A divulgação de levantamento de intenção de voto efetivado no dia da eleição somente poderá ocorrer depois de encerrado o escrutínio na respectiva unidade da federação.

As pesquisas realizadas em data anterior ao dia das eleições poderão ser divulgadas a qualquer momento, inclusive no dia das eleições, desde que respeitado o prazo de cinco dias para registro e mencionem o período de realização da coleta de dados; a margem de erro; o nível de confiança; o número de entrevistas; o nome da entidade ou empresa que a realizou e, se for o caso, de quem a contratou; e o respectivo número de registro.

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ENQUETES E SONDAGENS É vedada, no período de campanha eleitoral,

a realização de enquetes relacionadas ao processo eleitoral. Entende-se por enquete ou sondagem a pesquisa de opinião pública que não obedeça às disposições legais e às determinações previstas na Resolução nº 23.453, do Tribunal Superior Eleitoral.

CrimesDivulgação de pesquisa fraudulenta

PenaDetenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa de R$ 53.205,00 (cinquenta e três mil, duzentos e cinco reais) a R$ 106.410,00 (cento e seis mil, quatrocentos e dez reais).

Impedir, retardar ou difi cultar a ação fi scalizadora dos partidos, inclusive o acesso ao sistema interno de controle, verifi cação e fi scalização da coleta de dados das entidades que divulgaram pesquisas.

PenaDetenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa de R$ 10.641,00 (dez mil, seiscentos e quarenta e um reais) a R$ 21.282,00 (vinte e um mil, duzentos e oitenta e dois reais).

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Por esses crimes, podem ser responsabilizados penalmente os representantes legais da empresa ou entidade de pesquisa e do órgão veiculador.

ImpugnaçõesA apuração de eventuais irregularidades acontece a partir de provocação do Ministério Público, de candidato, de partido político e de coligação. O registro e a divulgação dos resultados da pesquisa perante o tribunal competente podem ser objeto de impugnação.

Efetivado o registro da pesquisa, o Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais veiculará aviso com as informações dela constantes no sítio eletrônico dos Tribunais Eleitorais, colocando-as à disposição de qualquer interessado, que a elas terá livre acesso pelo prazo de trinta dias.

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BIBLIOGRAFIAALMEIDA, Alberto Carlos. Como são feitas as pesquisas eleitorais e de opinião. Rio de Janeiro : FGV EDITORA, 2002.BARRETTO, Lauro. CASTANHEIRA, Denise. Manual de fi scalização eleitoral e partidária. Bauru : EDIPRO, 1998.BARRETTO, Lauro. Manual de propaganda eleitoral. Bauru : EDIPRO, 2000.BARRETTO, Lauro. As pesquisas de opinião pública no processo eleitoral. Rio de Janeiro : LUMEN JURIS, 1997.CAMPOS, Antônio. CÂMARA, Diana. PIMENTEL Virgínia. Direito Eleitoral – Eleições 2012. Recife : CARPE DIEM, 2012.CONEGLIAN, Olivar. Radiografi a da lei das eleições. Curitiba : JURUÁ, 2012.CONEGLIAN, Olivar. Propaganda eleitoral. Curitiba : JURUÁ, 2012.DANTAS, Sivanildo de Araújo. Manual das eleições - Eleições 2006. Curitiba : JURUÁ, 2006.GOMES, José Jairo. Direito eleitoral. : ATLAS, 2014.KOTSIFAS, Ulisses de Jesus Maia. KOTSIFAS, Humberto. KOTSIFAS Alexis. Eleições 2012 – Manual do candidato. Curitiba : JURUÁ, 2012.LINS, Newton. Propaganda eleitoral. Brasília : BRASÍLIA JURÍDICA, 2006.PENTEADO, Ricardo. Manual das eleições. São Paulo : MALHEIROS EDITORES, 2004.PESSOA, Emanoel. Prestação de contas de campanha eleitoral. Belo Horizonte : ALPHA, 2004.PORTO, Walter Costa. Dicionário do voto. São Paulo : EDITORA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, Imprensa Ofi cial do Estado, 2000.SILVA, Luís Gustavo Mota Severo da e CHAVES, Humberto : A Reforma Eleitoral de 2015 – Breves comentários à Lei nº 13.165/2015. www.editoraforum.com.br - 17.02.2016.

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Constituição Federal. Lei nº 9.504/1997. Lei Complementar nº 64/1990.TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Resolução nº 23.396 (apuração de crimes eleitorais); Resolução nº 23.450 (calendário eleitoral); Resolução nº 23.451 (lacres das urnas eletrônicas); Resolução nº 23.453 (pesquisas eleitorais); Resolução nº 23.455 (escolha e registro de candidatos); Resolução nº 23.456 (votação); Resolução nº 23.457 (propaganda eleitoral e condutas vedadas); Resolução nº 23.458 (cerimônia de assinatura digital e fiscalização do sistema eletrônico de votação); Resolução nº 23.459 (limite de gastos) Resolução nº 23.460 (calendário da transparência); Resolução nº 23.462 (representações e reclamações); Resolução nº 23.461 (seções eleitorais especiais em estabelecimentos penais) e Resolução nº 23.463 (arrecadação de recursos, gastos e prestação de contas de campanha).

Manual das Eleições 2016 – PMDB

Bruno Mendes José João Appel Mattos

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