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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 37 Domingo, 09.07.2012 R$ 3,20 “...uma luz guardada em algum de- pósito ou almoxarifado, não vai servir. Para ser luz em um Brasil em trevas, precisamos estar ligados em Jesus”, des- taca Eude Cabral Figueiredo, Diretor Executivo da Convenção Batista Norte- -Rio-Grandense, que ainda alerta sobre a realidade no crescimento do número de evangélicos no Brasil. Veja também o agir de Deus quando seus servos esco- lhem ser luz (página 7). Pastor João Falcão Sobrinho, na coluna Parábolas Vivas, narra uma história real da missionária que se importou com alguém que não conhecia, dentro de um mercado, e levou a luz de Cristo. Também destaca a necessidade se ser um mensageiro de Deus em todos os momentos. “Seja luz onde você estiver cada dia. Há alguém chorando nas trevas da solidão sem saber que há um vivo e novo caminho” (página 4). Em um Brasil em trevas, seja luz Seja Luz A PIB de Parintins, no Amazonas, tem realizado atividades permanentes através do Colégio Batis- ta de Parintins. Curso de habilitação básica em saúde, cursos técnicos de auxiliar de enferma- gem, turismo, higiene bucal, radiologia e recur- sos humanos. Outras ações tem surgido através de parcerias com a organização Asas de Socorro, que tem a missão de proclamar o Evangelho e apoiar as ações da Igreja Evangélica e outras organizações em áreas de difícil acesso. Atual- mente este projeto vem prestando atendimento médico-odontológico em 28 comunidades rurais inseridas ao longo dos rios Tracajá, Uaicurapá, Mocambo, Caburi, Curiá e Aduacá (página 14). Tornar Cristo conhecido em Parintins e Parintins conhecido pela pregação do evangelho

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1o jornal batista – domingo, 09/09/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 37 Domingo, 09.07.2012R$ 3,20

“...uma luz guardada em algum de-pósito ou almoxarifado, não vai servir. Para ser luz em um Brasil em trevas, precisamos estar ligados em Jesus”, des-taca Eude Cabral Figueiredo, Diretor Executivo da Convenção Batista Norte--Rio-Grandense, que ainda alerta sobre a realidade no crescimento do número de evangélicos no Brasil. Veja também o agir de Deus quando seus servos esco-lhem ser luz (página 7).

Pastor João Falcão Sobrinho, na coluna Parábolas Vivas, narra uma história real da missionária que se importou com alguém que não conhecia, dentro de um mercado, e levou a luz de Cristo. Também destaca a necessidade se ser um mensageiro de Deus em todos os momentos. “Seja luz onde você estiver cada dia. Há alguém chorando nas trevas da solidão sem saber que há um vivo e novo caminho” (página 4).

Em um Brasil em trevas, seja luz

Seja Luz

A PIB de Parintins, no Amazonas, tem realizado atividades permanentes através do Colégio Batis-ta de Parintins. Curso de habilitação básica em saúde, cursos técnicos de auxiliar de enferma-gem, turismo, higiene bucal, radiologia e recur-sos humanos. Outras ações tem surgido através de parcerias com a organização Asas de Socorro,

que tem a missão de proclamar o Evangelho e apoiar as ações da Igreja Evangélica e outras organizações em áreas de difícil acesso. Atual-mente este projeto vem prestando atendimento médico-odontológico em 28 comunidades rurais inseridas ao longo dos rios Tracajá, Uaicurapá, Mocambo, Caburi, Curiá e Aduacá (página 14).

Tornar Cristo conhecido em Parintins e Parintins conhecido pela pregação do evangelho

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2 o jornal batista – domingo, 09/09/12 reflexão

E D I T O R I A L

da maneira como foi ensi-nada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela” (Tito 1.7-9).

Tito não foi o único a ser chamado para tal missão, na verdade esta é uma tarefa de todos aqueles que um dia aceitaram a Jesus como seu Salvador. Todos os cren-tes em Jesus são líderes em potencial, pois sabendo as verdades Divinas, possuem o conhecimento necessário para transmitir. Partindo do pressuposto que um líder é aquele que tem o conheci-mento, então todo aquele que possui a Verdade é um líder. Quando se permite que a graça de Deus sobressaia, não é necessário nem ao menos abrir a boca, gestos falarão. Um sorriso, abraço, a pontualidade, pequenos de-talhes demonstram a atuação Divina nas vidas.

cidade, como eu o instruí” (Tito 1.5).

Apesar de ser reconheci-damente capaz por Paulo, a tarefa de Tito era bem difícil. Ele precisava convencer os cretenses de seus pecados e regê-los a submissão de Cris-to. O desafio de Tito era gerar novos líderes. Líderes que tivessem a autoridade e graça de Cristo como fundamentos necessários para a condução de um povo. Líderes que fos-sem exemplos de um povo, limpos e de boa conduta. “Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguen-to, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto. É preciso, porém, que ele seja hospita-leiro, amigo do bem, sensa-to, justo, consagrado, tenha domínio próprio e apegue-se firmemente à mensagem fiel,

Tito foi um dos notá-veis jovens que tra-balharam com Pau-lo. Considerado pelo

apóstolo um amigo amado e grande ajudante do minis-tério, era muito confiável e dedicado. Sua responsabi-lidade era frente à igreja de Creta, mais uma comunidade corrompida pelo pecado e carente de bons testemunhos de homens fiéis aos ensina-mentos bíblicos.

Paulo o escreve afim de orientá-lo na direção da igreja, ensinando-o sobre a escolha de líderes, a iden-tificação de falsos ensinos e como proceder com eles e a necessidade de doutrina-mento da igreja com ensi-namentos sadios vindos do Senhor. “A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e cons-tituísse presbíteros em cada

Mas para tal ação é neces-sário se preparar, buscando as características descritas em Tito 1.7-9. É preciso estar atento às orientações espi-rituais recebidas. E assim como Tito fez com Paulo, buscar sabedoria através do pai na fé. É necessário evitar as contendas e fugir de todas elas, o que não significa ser omisso às responsabilidades de servo.

E sendo líder, será um missionário em tempo in-tegral. Pessoas sem Cristo, ou decepcionadas com o evangelho, necessitam de bons exemplos. Fazer mis-sões também é cultivar bons relacionamentos no trabalho, ter palavras amáveis com a família, estar pronto a ajudar o próximo, mesmo que esta ajuda seja apenas uma frase: “Você consegue!”. Ser um missionário é orar, contribuir e agir sendo luz. (AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Rua Senador Furtado, 56 - CEP 20270-020 - Rio de Janeiro - RJ).

Cartas dos [email protected]

Alegria e decepção

• Chegou as minhas mãos o exemplar do nosso amado Jornal Batista edição 34 do dia 19/08/2012, de todas as matérias quero ressaltar e agradecer ao Senhor nosso Deus pela visão da PIB em Caruaru, na pessoa do ir-mão Manoel da Silva Neto, que Deus levantou para que a Igreja fizesse a diferença entre os perdidos e necessi-tados. Fiquei profundamente feliz em ver líderes humildes que tem colocado suas vidas em prol do Reino do Senhor.

Por outro lado fico decep-cionado em ver a ostentação de “Belos Templos”. Gastam--se fortunas para que a vaida-de sobressaia. Lamentamos profundamente. Peçamos ao Senhor que toque nos cora-ções dos líderes das igrejas que tem seus milhões em

bancos, que possam investir em almas para o Senhor, pois este é o maior investimento da igreja para a eternidade.

Pr. Leopoldo Figueiredo Freitas3ª IB em São Lourenço, MG

“Na moral... ou imoral?”

• Venho agradecer o artigo escrito por Lourenço Stelio Rega com o tema: “Na mo-ral... ou imoral?” Gostei mui-to, achei super boa a leitura e com uma reflexão excelente.

Estamos vendo e ouvindo na TV coisas absurdas e de-vemos sempre refletir o que estamos ouvindo e vendo. Devemos buscar a Deus e sua escritura, pois ela é a verdade hoje e sempre.

Leila Monteiro DominguesIB Belo Horizonte

Campo Grande, MS

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 09/09/12reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

Na mensagem bí-blica é sempre o pastor que pro-cura a ovelha.

Apascenta, conduz às águas tranquilas, leva-a aos pastos verdejantes. Protege-a contra os lobos cruéis. Defende-a dos salteadores. Pensa-lhe as feridas. Fortalece as can-sadas. Sai pelos campos à procura da ovelha que se desgarrou. São belíssimas as figuras bíblicas que repre-sentam o pastor cuidando do rebanho. A luta do pastor para salvar um pedacinho da orelha da ovelha que foi víti-ma do inimigo (Amós 3.12). Todas essas ações de amor do pastor pela ovelha são resumidas na bela afirmação de Jesus: “... o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10.11b).

Até mesmo quando a ove-lha se recusa ao pastoreio do pastor. Ouve as vozes dos estranhos. Rebela-se contra o pastor, ferindo-o com mal-dade e insensibilidade. Não admite ser alimentada, ainda assim é o pastor que procura a ovelha. Esta é a sua missão, a sua vocação, o seu chama-do, mesmo que o faça com lágrimas. É a recompensa do pastoreio. Na visão da ovelha todo o mal estar que aco-mete o rebanho é culpa do pastor. A ovelha “nunca” se sente culpada pelas doenças do rebanho. Cabe ao pastor providenciar o remédio e o antídoto para as mazelas do rebanho, embora a culpa seja da ovelha rebelde, que intro-duz parasitas no rebanho.

O inverso do conceito bí-blico é real na atualidade. As ovelhas estão à procura de pastores. Por que a ovelha procura o pastor? Os motivos são múltiplos e as respostas preocupantes. Quando in-vertemos o padrão bíblico normal ficamos à mercê de possíveis catástrofes. Isto é re-alidade em todos os aspectos da existência.

A ovelha procura o pastor quando se sente ameaçada em sua integridade frente aos inimigos que desejam devorá-la. Ela crê, ao procu-rá-lo, que o pastor é superior aos inimigos ameaçadores. Possui armas que podem auxiliá-la na busca da vitória. A ovelha sempre vê o inimi-go com forças inferiores ao poderio do pastor. No seu pensar o pastor possui arse-

nal capaz de destruir o mais terrível inimigo. Caso o pas-tor não se disponha a ajudá--la ou a encaminhe ao pastor auxiliar, revela-se ocupado em demasia com outros afa-zeres, “mais importantes do ministério”, a ovelha sente-se repelida, desprezada, sem alento para prosseguir e ten-tada a abandonar o rebanho. O pastor perde a ovelha.

A ovelha procura o pastor quando afligida por proble-mas pessoais, que não “po-dem” ser compartilhados com outros. Ela crê que o pastor guardará o seu segredo, mes-mo que este seja de algum pe-cado “horrível”. O pecado a aflige, machuca, dilacera seu relacionamento com Deus. Ela crê que o pastor possui o poder, a sensibilidade de suportar e carregar sozinho os pecados do rebanho. Ao procurar o pastor a ovelha não espera repreensão ou “bron-ca”, mas a palavra amiga que repete: “Não te condeno, vai em paz e não continue pecan-do” (João 8.11). São os difíceis segredos e mistérios do minis-tério. Embora o pastor saiba que tal ovelha, no futuro, vai agredi-lo e machucá-lo. O pastor tem todas as armas para se defender contra a investida da ovelha ingrata, mas movido pelo amor sofre todos os ataques em silêncio, sem jamais revidar ou revelar a verdadeira identidade da ovelha.

A ovelha procura o pastor confiante que este a condu-zirá aos pastos verdejantes. O pastor conhece as fontes dos nutrientes à boa saúde do rebanho. Possui o segredo da íntima comunhão com Deus e sabe como conduzir o re-banho a se alimentar correta-mente. Por conhecer o pão e a água da vida, o pastor zela por não oferecer ao rebanho alimentos deteriorados pelos micróbios satânicos. O pas-tor sabe que no decorrer da semana a ovelha é tentada a experimentar toda sorte de alimentos que não edifi-cam. Não promovem o bem estar e a saúde espiritual do rebanho. Convicto, o pastor

se esmera em preparar o me-lhor cardápio bíblico para o rebanho. Isso exige tempo, preparo, dedicação e conhe-cer o segredo da despensa divina. O pastor é o bom despenseiro da graça e dos mistérios de Cristo que dão saúde ao rebanho (I Cor. 4.1-2 e I Ped. 4.10). O pastor já se alimentou da despensa de Cristo e sabe como preparar deliciosos pratos para saciar a fome do rebanho. Por isso a ovelha o procura para rece-ber alimento.

A ovelha procura o pastor para ser amada e porque ama o pastor. Toda ovelha é carente do verdadeiro amor que nasce no coração do

Bom Pastor. Ao sentir-se ama-da, sente-se segura, confiante no pastoreio que recebe. Cumprem-se as palavras de Jesus “De modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele...” (João 10.5). Tal verdade gera alegria, compensação, segurança e desejo de continuar servin-do por amor e em amor. A ovelha sente-se feliz em ser pastoreada e o pastor sente-se realizado por exercer o seu ministério. Nada mais triste do que uma ovelha faminta, machucada, doente a procura de um pastor que a conduza com e em segurança. As ove-lhas clamam por PASTORES.

www.sanches.blog.br

UM SONHO DE MEIO SÉCULO SE TORNA REALIDADEFoi a cerca de 52 anos atrás que surgiu a proposta de transferir a sede da Convenção Batista

Brasileira e todas as suas organizações para funcionar em um mesmo lugar de propriedade da Convenção, exatamente à Rua José Higino, 416, onde já funcionava o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil e o Colégio Batista Shepard. Este sonho agora se torna realidade.

Desde do dia 01 de setembro a sede da Convenção Batista Brasileira mudou para este endereço no Edifício 28. Juntamente com a sede da Convenção já estão funcionado no mesmo espaço a Editora Convicção, a Juventude Batista Brasileira - JBB, a União de Homens Batista do Brasil, a Ordem dos Pastores Batista do Brasil, a Associação dos Músicos Batistas do Brasil, a Associação dos Diáconos Batistas do Brasil. Até janeiro por ocasião da 93ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira todas as demais organizações da Convenção, a exceção da União Feminina, estarão funcionado no Centro Batista Brasileiro à Rua José Higino, 416 – Tijuca – Rio de Janeiro.

Louvamos a Deus pela oportunidade de atender a mais uma determinação dos Batistas Brasileiros.

Sócrates Oliveira de SouzaDiretor Executivo

Convenção Batista Brasileira

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4 o jornal batista – domingo, 09/09/12 reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur Nogueira

Aprendo muito com João Batista, ele é descrito na Bíblia Sagrada como o

precursor de Jesus, isto é, aquele que veio antes para mostrar o caminho. A missão dele foi anunciar a vinda do

Messias. Em Mateus 11.11, Jesus faz uma declaração fantástica a respeito de João Batista: “Em verdade vos digo: Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele”.

Jesus considera João Batista um grande profeta, esta de-claração acima não foi o pró-

prio João que fez, foi Jesus. Certa ocasião perguntaram para João: “Quem és pois? És tu Elias? Ele disse: Não sou. És tu o profeta? Respondeu: Não. A resposta foi: Eu sou a voz do que clama no deser-to; endireitai o caminho do Senhor” (João 1.22,23). Ele sempre afirmava que não era o Cristo, aprendo muito com a humildade de João Batista.

Em João 3.30 ele diz: “Im-porta que Ele cresça e que eu diminua”. Como João era diferente! Infelizmente a hu-mildade passa longe da vida de muitos líderes religiosos. Ser humilde é reconhecer que nada somos, depende-mos de Deus, sem Ele nada podemos fazer. Ser humilde é valorizar o próximo, aca-tar a ordem básica deixada por Jesus: “Amai-vos uns aos outros”.

A mensagem de João apon-tava para Jesus, mostrava o cordeiro de Deus. Devemos aprender a lição da humilda-de com João Batista, não che-gamos a lugar algum sendo prepotentes. A humildade faz parte das bem aventuranças ensinadas por Jesus. Bem aventurado, ou seja, feliz é quem pratica.

Nossa missionária Maria Helena tra-balhava com seu marido, pas tor

Exequias, em uma região do Nordeste onde o povo é muito comunicativo. Depois de viverem notáveis experi-ências na plantação de igre-jas ali, foram trabalhar em São Paulo, na promoção de Missões Nacionais. Estranha-ram muito o hermetismo dos paulistanos, mas Maria He-lena pensou: Este povo tem alma; essas pessoas sofrem; essa gente precisa de Jesus. Não faz muito tempo, ela foi fazer compras em um grande supermercado. Havia muita gente circulando, as filas dos caixas estavam enormes, mas ela pediu a Deus que lhe desse a oportunidade de falar da graça de Jesus a algu-ma pessoa. Empurrando seu carrinho, entrou numa fila. Olhou em volta indagando a si mesma: A quem posso falar de Jesus? Observou que a funcionária de outro caixa estava de semblante caído, muito triste. Saiu da fila em que estava e passou para a fila daquela caixa. Enquanto esperava a fila andar, ficou em oração. Sentia que ali estava sua chance de aben-çoar uma vida. Chegou a sua vez de passar suas com-pras. Atrás, havia uma fila de carrinhos cheios, mas ela não teve pressa. Viu no crachá da moça o nome So-corro. Enquanto colocava suas compras na esteira, foi falando: “Socorro, notei que você está um tanto abatida, mas eu quero lhe dizer que há alguém que ama você e que pode tirar essa tristeza do seu coração”. A jovem olhou para ela com espanto e passou a prestar atenção.

Maria Helena tem uma bela voz e começou a cantar o hino que diz: “Mui triste eu andava sem gozo e sem paz, mas eu hoje tenho alegria eficaz e constantemente ben-digo ao meu Deus e é claro o motivo, pois sou de Jesus.

Eu sou de Jesus, Aleluia! De Cristo Jesus, meu Senhor. Não quero falhar, mas que-ro falar, andar e viver com Jesus”. Os outros clientes pa-raram e se puseram a escutar com atenção. Maria Helena cantou a segunda estrofe: “Seguro vivia nas garras do mal, o mundo atirou-me no abismo fatal; Agora qual ave voando no céu eu vivo con-tente, pois sou de Jesus! Eu sou de Jesus, Aleluia! De Cristo Jesus, meu Senhor! Não quero falhar, mas quero falar, andar e viver com Je-sus!” Antes de acabar de pas-sar suas compras, ainda deu tempo para cantar a terceira estrofe: “Oh! Alma turbada, por que lamentar? No Mestre tu achas tesouros sem par: Infinda alegria, poder, salva-ção; Oh! Vem, vem a Cristo, sem hesitação...”.

Eram dez horas da noite. O expediente da loja estava ter-minando. Maria Helena es-perou alguns minutos e teve oportunidade de conversar com a balconista. Realmente ela estava muito deprimida e já pensando em sumir da vida naquela noite, mas as palavras faladas e cantadas pela missionária trouxeram novo alento à sua alma. A partir desse encontro, Maria Helena passou a ir uma vez por semana ao Carrefour, mesmo que fosse para com-prar apenas um pacote de biscoitos, para poder disci-pular a jovem balconista. Levou-a a ter uma experiên-cia com Cristo e continuava seu ministério missionário no momento quando nos contou sua história.

Quantas pessoas nas gran-des cidades estão na fila da morte, na fila do inferno, sem que ninguém se impor-te em dizer-lhes que há um Salvador? Seja luz onde você estiver cada dia. Há alguém chorando nas trevas da so-lidão sem saber que há um vivo e novo caminho. Cabe a você levar-lhe essa luz que é Jesus.

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5o jornal batista – domingo, 09/09/12reflexão

Caminhos da Mulher de Deus

Zenilda Reggiani CintraPastora e jornalista, Taguatinga, DF

Neste mês em que comemoramos a Independência do Brasil e que pen-

samos em toda a realidade espiritual da nossa Pátria por causa da ênfase em Missões Nacionais, podemos lan-çar um olhar usando como referência uma novela que se tornou um fenômeno de audiência. O nome já é bem sugestivo, Avenida Brasil, emprestado de uma longa via que atravessa a cidade do Rio de Janeiro, RJ.

As pesquisas detectam que oito entre dez apare-lhos de TV estão sintoniza-dos no folhetim, rendendo em determinados capítulos 50 pontos de audiência, o equivalente a 46 milhões de telespectadores. O fenô-meno acontece porque “a novela explora um elemen-to perturbador, mas absolu-tamente incontornável na vida em sociedade: o desejo de vingança”, diz a matéria de capa da Veja (8 agosto 2012).

Não é de se admirar que a trama cative tanto a atenção das pessoas. A vingança foi inúmeras vezes o tema de

muitas histórias bíblicas, como Ester, Davi, Esaú e Jacó e outras da mitologia como as histórias de Me-deia ou Zeus ou ainda da literatura secular como O Conde de Monte Cristo. O sentimento de vingança está presente no nosso dia a dia, quer como alvos dele ou como certos desejos es-condidos no coração, ainda que entregues como forma de mortificação da carne na presença de Deus.

Todos sabemos que a vingança pertence a Deus: “Não vingueis a vós mes-mos” (Romanos 12.19), ou “Não digas: vingar-me-ei

do mal; espera pelo Senhor e ele te livrará” (Provérbios 20.22), ou ainda, “Quando cair o teu inimigo, não te alegres... para que o Senhor não o veja, e isso seja mau aos seus olhos” (Provérbios 24.17-18). Quando Jesus chora por Jerusalém, ele lembra que o povo daquela cidade matava e apedrejava os profetas. No entanto, ao invés do seu coração se en-cher de desejo de vingança, ele expressa a sua compai-xão: “Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha os seus pintos debai-xo das asas, e não quiseste?” (Lucas 13.34).

Quando nos deparamos com os graves problemas es-pirituais do nosso país, como a corrupção, a violência, os re-lacionamentos difíceis dentro e fora das famílias, das igrejas, em ambientes de trabalho e na sociedade de modo geral, precisamos suplicar a graça de Deus para que o coração do seu povo se encha de com-paixão, a mesma de Jesus que, não ignorando a dor pessoal e espiritual expressas pelo seu choro, olha para aquela ci-dade, onde derramaria o seu próprio sangue e exclamaria: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34).

www.geograficaeditora.com.brwww geograficaeditora com br

Hináriopara o Culto Cristão

Este hinário, é o fruto de intenso trabalho, de consulta e pesquisa junto às igrejas e aos

ministros de música, maestros, instrumentistas e músicos, que

buscam a cada dia, através da música, levar mais e mais

pessoas a apresentarem-se diante de Deus com

verdadeiro louvor.

@geograficaed/geograficaeditora

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6 o jornal batista – domingo, 09/09/12 notícias do brasil batista

Jaqueline CabralCoordenadora de Marketing - Juventude Batista do Amazonas

“(...) filhos de Deus ima-culados no meio de uma geração corrupta e perversa, entre a qual resplandeceis como luminares no mundo” (Filipenses 2.15b).

Uma geração sem heróis, sem princí-pios, sem causas e sem limites. Uma

juventude que caminha a pas-sos largos para a destruição. Mas, neste cenário escuro e sombrio, é possível encontrar alguns focos de luz, brilhando com toda a sua força. Lumina-res no mundo, clareando uma geração corrupta e perversa. Luminares na Amazônia, bri-lhando em meio a um povo cativo do pecado. Nós somos essas luzes.

Quer saber quem somos? Somos a Juventude Batista do Amazonas, a JUBAAM, parte da Juventude Batista Brasi-leira. Vivemos em um lindo estado, dono de distâncias continentais e cheio de de-safios. Ficamos tristes ao ver os rastros de destruição aqui deixados pelo pecado, mas cremos com todo o nosso co-ração que, onde abundou o pecado, superabundou a gra-ça! Por isso nos levantamos. Hoje, somos centenas de jo-vens mobilizados na capital, participando assiduamente das atividades desenvolvidas pela liderança jovem batista e dispostos a fazer a diferença.

Mesmo com todas as difi-culdades de comunicação e com as barreiras enfrentadas no transporte (de predominân-cia fluvial), temos investido nas igrejas do interior e for-tificado os laços. As ativida-des que desenvolvemos são

Pr. L. Roberto Silvado

Durante o mês de julho tive o pri-vilégio de repre-sentar os batistas

brasileiros na reunião do Conselho da Aliança Ba-tista Mundial realizado em

Traduzido por Maria Aline Correa

Santiago (Aliança Ba-tista Mundial ABM) – Há uma necessidade de os Batistas orarem

em especial pelo Oriente Médio. Este clamor foi feito por Tony Peck, secretário re-gional da ABM para a Europa e secretário geral da Federa-ção Batista Europeia (FBE). A FBE inclui Convenções e Uniões Batistas no Oriente Médio.

Peck expressou especial preocupação pela Igreja Batista em Gaza, cujo pas-tor Hanna Massad, vive em exílio devido a conflitos e tensões naquela parte do ter-ritório palestino. A despeito de viver em exílio, Massad visita Gaza ocasionalmente e, recentemente, os Batistas ampliaram uma escola na região.

Existe uma preocupação sobre o efeito na vida dos pa-lestinos pelo muro que está sendo construído por Israel. A barreira deverá ter mais de 450 milhas de extensão na sua totalidade e está sendo construída principalmente entre Israel e a margem oeste da Palestina.

Devido à recente guerra e contínua instabilidade na região, muitos Batistas em Bagdá têm deixado a capital do Iraque, indo para regiões ao norte do país e para outras nações. Isso tem causado um impacto negativo na Igreja Batista da cidade, cujos cul-tos têm se esvaziado.

Os Batistas na Síria têm sido severamente afetados devido à guerra civil que está tomando o país. A maior

baseadas em três princípios: integração, capacitação e pro-clamação. Queremos unir nossa juventude, capacitar nossos líderes e proclamar a mensagem da salvação. Esse é o nosso alvo, a chama que queima em nossos corações e incendeia nosso estado!

Deus tem feito grandes coisas por aqui. Temos um calendário cheio, que inclui programações evangelísticas, acampamentos, cursos de capacitação, cultos e apoio às atividades das igrejas lo-cais. A relação direta com a liderança dos outros estados

Santiago, Chile. Recebi um boletim que tocou meu cora-ção e certamente despertou o meu desejo de interceder. Quando vemos as notícias sobre a “Primavera Árabe” no Oriente Médio, muitas vezes não vemos este lado da notícia.

Congregação Batista está em Homs, uma das cidades onde a luta entre governo e a oposição é mais intensa. A maioria dos Batistas deixou a cidade.

Enquanto isso, os Batistas do Líbano estão gastando muitos recursos para assistir os milhares de refugiados sírios que transpõem a fron-teira do país. O Líbano tem o maior número de cristãos Batistas no Oriente Médio e no Norte da África.

Enquanto há esperança de estabilidade no Egito, há an-siedade dos Batistas e outros cristãos na formação de um novo governo, o qual, espe-ra-se, tome ações para preser-var a liberdade religiosa.

‘Algumas vezes as pessoas se esquecem de que há Batis-tas nessa região’, disse Peck com ansiedade a 300 líderes e delegados Batistas de 40 países, que se reuniram em Santiago, no Chile, durante o encontro anual da ABM, entre 2 e 7 de julho.

Delegados da FBE visita-ram muitas áreas no Oriente Médio e Norte da África nos últimos meses e também a Palestina e o Egito. A FBE tem realizado encontros na região, incluindo a do Con-selho de Nazaré, Israel, em setembro de 2011, onde 140 líderes e delegados se reuni-ram, e o outro em Amman, na Jordânia, no mês de março deste ano.

Devemos orar pelos nossos irmãos que estão vivendo na região do Oriente Médio nes-te momento de grandes mu-danças políticas que podem afetar tanto positiva como negativamente a liberdade religiosa da região.

também tem sido fundamen-tal para nosso crescimento e encorajamento. É muito bom saber que não estamos sozi-nhos! Ainda existem os sete mil que, como nós, não do-braram seus joelhos a Baal.

Essa é a Juventude Batista do Amazonas, a geração da qual vocês podem se orgu-lhar! O que pedimos hoje é: acreditem em nós, orem por nós. Os desafios são grandes, mas a luz que resplandece em nós é maior. Que os me-lhores anos de nossa juventu-de sejam dedicados a brilhar incansavelmente!

STBNB hojeO Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB), quando do início das

aulas do segundo semestre de 2012, prestou homenagens a seus ex-Reitores: Drs. José Almeida Guimarães e Zaqueu Moreira de Olivera e seu ex-Capelão Pr. Ademar Paegle, que serviram também como professores da “Casa de Profetas”. Na oportunidade, salas do Curso de Teologia receberam seus nomes. Naquela oportunidade representando a Convenção Batista Brasileira (CBB), o Pr. Sócrates Oliveira fez a entrega de placa de Gratidão da CBB ao trabalho realizado pelo Pr. Ademar Paegle.

Comissão de Ética CristãDe 03 a 05 de julho de 2012, durante Comissão Ecumênica da Aliança Batista Mundial,

em Santiago, Chile, o comitê executivo aprovou a nomeação do pastor Riker, diretor da Faculdade Teológica Batista Equatorial, para servir no triênio, 2012-2015, na Comissão de Ética Cristã. Desta maneira, a Faculdade Teológica Batista Equatorial conquista mais um degrau em seu processo de internacionalização.

JUBAAM: Luminares no mundo!Notícias da

Aliança Batista Mundial

Cristãos enfrentam crescente pressão no Oriente Médio

N OTA S

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7o jornal batista – domingo, 09/09/12missões nacionais

Apesar dos desa -fios, os missioná-rios Carlos David e Shirley Páez pu-

deram compartilhar grandes vitórias concedidas pelo Senhor. Inicialmente, eles tinham apenas 1 casal de voluntários para a MEGA-TRANS: Pr. Eduardo e Eliana de Moura, da IB Betânia em Volta Redonda (RJ). Porém, um AVC impediu que o Pr. Eduardo fosse para a mobili-zação e foi então que Shirley colocou sua fé em ação. “Eu disse para a minha família:

A Igreja Batista em Jar-dim Maranguape, liderada pelo pastor Glauber Cavalcanti,

no município de Paulista (PE), participou ativamente da campanha dos 100 Dias de Oração. Como resultado, os irmãos puderam testemu-nhar as bênçãos derramadas sobre cada um.

Segundo a coordenadora

Eude Cabral FigueiredoDiretor Executivo da Convenção Batista Norte-Rio-Grandense

“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Ma-teus 5.16).

Vivemos um mo-mento his tór ico em nosso país, um grande crescimen-

to econômico e financeiro, mas também um momento

‘Se Deus nos enviou o di-nheiro para alimentar volun-tários, então Ele vai enviar voluntários’. Deus tem sido mesmo fiel conosco, pois quando tudo parecia impos-sível de acontecer Ele nos deu a coragem para pedir as orações do povo de Deus e também os voluntários que vieram”, declarou ela.

O Senhor levantou 45 vo-luntários que proclamaram a Palavra junto com os mis-sionários durante a mobi-lização na cidade. “Agora estamos trabalhando com os

do projeto na igreja, Maria do Carmo de Freitas, a igreja implantou a campanha de oração nos cultos de oração realizados às quartas-feiras e sábados, nas reuniões da MCA, nas manhãs de domin-go e também nas reuniões nos lares, que ocorriam três dias por semana. “Com esse projeto, resgatamos os cultos nos lares, evangelizamos 18

de trevas espirituais, pois quanto mais cresce o nú-mero de evangélicos, cres-cem também os chamados cristãos nominais, e assim a cada dia o Brasil vive mais em trevas. Há previsões de que em 2020 seremos 50% da população. Será que isso vai mudar o nosso país?

Nós, batistas brasileiros, temos um grande desafio, que é pregar o verdadeiro e genuíno evangelho de Jesus, cumprir o ide, fazendo dis-cípulos de todas as nações, conforme Mateus 28.19 e 20, pois assim veremos o

resultados da Trans”, contou Shirley. Ela também compar-tilhou que antes da Trans já tinha experimentado a pro-visão e fidelidade de Deus quando conseguiu alugar um novo local para a realização dos cultos. Oremos para que o trabalho na cidade conti-nue avançando em Itaúna, para que os frutos da Trans permaneçam em Cristo e também pelo Pr. Eduardo, que tem feito fisioterapia e está recuperando parcialmen-te o movimento dos braços e pernas.

pessoas e intensificamos as orações pelas famílias.”

Durante o encerramento da Campanha, foi realizada uma grande festa de confraterniza-ção, na qual eles fizeram o “amigo secreto de oração” e ouviram depoimentos sobre os efeitos das orações. “Agra-decemos a Deus pela oportu-nidade que nos deu de avan-çarmos espiritualmente.”

agir de Deus em nós e por nosso intermédio. “Portan-to ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando--os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”

Como então ser luz em um Brasil em trevas? O nos-so Deus nos chama a servi--lo. Uma luz com defeito ou quebrada não será usada; será descartada, vai ao lixo.

Por outro lado, uma luz guardada em algum depó-sito ou almoxarifado, não vai servir.

Para ser luz em um Brasil em trevas, precisamos estar ligados em Jesus, permane-cendo n’Ele e iluminando o caminho para aqueles que estão em trevas e não sabem para onde ir, que rumo to-mar na vida, que escolhas fazer. “Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem per-manece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fa-zer.” João 15.5.

Precisamos ser luz para ser exemplo em um tempo em que as pessoas perderam a referência de honestidade, coerência, respeito ao seu pró-ximo. Precisamos ser luz para que vejam nossas boas obras, e por meio de nosso testemu-nho, nosso Pai seja glorificado.

O que será do nosso país? Temos uma grande respon-sabilidade, pois nós temos a solução para todos os proble-mas. Hoje somos conhecidos como o maior país cristão do mundo. Sejamos luz e teremos um país verdadeira-mente cristão.

Em um Brasil em trevas, seja luz

Provisão do Senhor Fortalecendo a fé

100 Dias de Oração

MATeriAl pArA pASToreSLembramos que o material da campanha de Missões Nacionais destinado aos pastores será publicado

na revista Pregação & Pregadores. Além disso, há material disponível no site www.sejaluz.com .

O Senhor levantou voluntários para impactar Itaúna Equipe de Renata, em Canoas

Os efeitos da Trans t a m b é m s ã o vistos em cada participante que

adquire experiências novas que fortalecem a fé. A jovem Renata Eliza Carvalho Paes, da PIB em Guaxindiba, em São Francisco de Itabapoana (RJ), mesmo com apenas 9 meses de convertida, sentiu que Deus a chamava para a MEGATRANS a fim de com-partilhar o Cristo que trans-formou a sua vida.

“Eu nem sabia bem o que era, mas me via evangeli-zando nas ruas. Contei para

algumas meninas na igreja e, quando ouvi a explica-ção, disse: ‘É isso!’.” Du-rante a Trans, ela fez parte da equipe da IB Central de Canoas (RS) – do Pr. Ivo Zils, e afirmou que já sente seu chamado para missões e por isso pretende participar mais vezes. “Jesus foi um grande missionário e se queremos ser como Ele, é isso que temos de fazer. Ele nos dá a certeza de que quando fazemos a obra dele, Ele é grande o suficiente para nos amparar e cuidar da nossa família.”

Assista ao programa Seja Luz na Rede Boas Novas

Todo domingo, das 14h30 às 15hVocê também pode assistir pela internet em

http://www.youtube.com/missoesnacionais ou ao vivo pelo http://boasnovas.tv/ao-vivo

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8 o jornal batista – domingo, 09/09/12 notícias do brasil batista

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10 o jornal batista – domingo, 09/09/12 notícias do brasil batista

Missionária Joana D’Arc

Dias 4 e 5 de agos-to ce lebramos com a comuni-dade Santa-Cru-

zense o aniversário de 64 anos da PIB em Santa Cruz do Capibaribe. Tivemos ba-tismos e a presença de mui-tos irmãos e convidados. A Igreja vem experimentando um crescimento considerá-vel nos anos sob a liderança do pastor Ronaldo, que é também fundador da ONG Pão é Vida, e trabalha forte na área social com cursos gratuitos e uma visão de missão integral para a Igre-ja.

O louvor ficou por conta do grupo de homens da Igreja Batista de São Domin-gos (igreja filha da PIB) e do irmão Abraão. No sábado o Ronaldo Henzel, pastor presidente da Igreja, trouxe uma palavra baseada em Amós 8.11, sobre ter fome e sede de justiça. No domin-go foi realizado o batismo, louvores e a missionária Joana D’arc ministrou sobre o papel social da Igreja.

No dia 16 de agosto de 2012 a Igreja iniciou uma capacitação de líderes com enfoque no evangelismo e discipulado. Essa capaci-tação será realizada no II Templo Batista, na Rua Se-verino Assis Chagas, nº 304, sempre ás 19h30 – Cruz Alta. Participe! Se envolva nesse movimento de desper-tamento espiritual. Entrada franca e material gratuito.

História da igreja

Em 1940, o evangelista Carlos Crespo dos Santos veio da capital pernambuca-na morar na vila conhecida como Capibaribe, hoje ci-

dade de Santa Cruz do Capi-baribe, onde começou uma pequena congregação com crianças em sua residência, localizada na travessa 7 de setembro. Os cultos eram também realizados nas resi-dências dos pais das crianças, o grupo ia crescendo, viu a necessidade de se alugar um salão que pertencia ao Sr.

Pedro Moura, localizado na travessa Júlio Moraes.

Em 11 de julho de 1948, presentes os pastores Dr. L.L Johson, missionário do campo Pernambucano; Za-carias Campelo, pastor da Igreja Batista de Caruaru; Ismael Ramalho e Anízio Lira, pastores e evangelistas da Igreja de Caruaru; grande

número de irmãos da igreja de Caruaru; alguns diáconos e irmãos da congregação de Taquaritingado Norte; e irmãos de outras igrejas, reuniram-se na Congrega-ção Batista de Capibaribe, em sua casa de cultos, à rua do pátio, com a finalidade de organizar-se em igreja, conforme o desejo expres-

so pelos irmãos, ás 18h30, com o cântico do hino do cantor cristão nº 385, e sob a presidência do pastor Za-carias Campelo. Que em se-guida fez a leitura de Efésios capítulo 1º e uma oração pelo irmão Failante Alves dos Santos, pedindo a Deus as bênçãos divinas para a presente reunião.

PIB em Santa Cruz do Capibaribe comemora 64 anos

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11o jornal batista – domingo, 09/09/12missões mundiais

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Um grupo de 10 líderes da World-Venture, agência miss ionár ia da

Missão Batista Conserva-dora dos Estados Unidos, visitou no dia 23 de agosto a sede de Missões Mundiais, no Rio de Janeiro. A vinda deles ao Brasil serviu para as lideranças das duas agên-cias trocarem experiências e estudarem parcerias para anunciar o Evangelho ao mundo.

O gerente de Missões, pastor Lauro Mandira, apre-sentou o trabalho desen-volvido por nossos 743 missionários nos 68 países onde estamos presentes. De acordo com ele, a meta para 2013 é alcançarmos a marca de 800 missionários em 80 países.

“Estamos orando e traba-lhando para cumprir esses objetivos. A igreja batista

SâmiaMissionária da JMM no Oriente Médio

Hoje eu chorei. Es-tou bem perto de uma região onde estão milhares de

refugiados sírios. As notícias que chegam dão conta de que os combates se acirra-ram na fronteira do país, pois muitos rebeldes estão atirando contra a própria população que foge, ten-tando preservar suas vidas e famílias.

Já ouvi histórias como a de um pai que, no deses-pero de salvar sua família dos combates, tentou fugir para a região onde estou. No caminho, no meio do fogo cruzado, foi atingido e mor-reu sem conseguir chegar à fronteira. Felizmente, sua família escapou.

Existem outras dezenas de histórias tristes e reais como esta. Há pessoas que pas-saram pela fronteira, mas não se registraram na ONU, assim a estimativa de refugia-dos é muito maior do que o número oficial apresentado pela mídia.

Por favor, amados irmãos, clamem pelos refugiados que estão chegando e pelos que

tem grande visão missionária, o que possibilita avançar a cada ano”, disse ao grupo de missionários americanos.

Segundo o vice-presidente de Missões da WorldVenture, Jeff Denlinger, que serviu como missionário na Vene-zuela por 12 anos, o grupo

tentam atravessar a fronteira em busca de garantia de vida.

O campo está superlotado. Já se fala em 17 mil, sendo metade de crianças. Além disso, projéteis que partem do lado da Síria estão atin-gindo e matando pessoas que circulam pelo local.

Alguns lutam contra o go-verno sírio e falam que estão se preparando para derrubar o presidente Bashar Al-Assad, assim que conseguirem mais armas. Sabe-se que uns são

ficou impressionado com o que viu e ouviu sobre a JMM. Segundo ele, a visi-ta certamente servirá para definir melhor o trabalho desenvolvido por eles. Den-linger completou sua fala oferecendo à JMM ajuda na abertura de novos campos,

desertores do exército regular do governo sírio. Os outros, as autoridades locais temem que sejam agentes da capital Damasco infiltrados no país.

A questão agora não é so-mente de ajuda humanitária, mas também de preservação da segurança nacional e de sua soberania, uma vez que muitos começam a circular livremente na capital como se fossem vítimas de guerra, porém podem ser terroristas disfarçados.

principalmente na Ásia.“Temos alguns contatos

nesses países e pensamos em ajudar um ao outro para a JMM chegar lá”, disse o vice-presidente da World-Venture.

Além de Denlinger e sua esposa, Christine, integraram

A estimativa é de que te-nham entrado 200 mil sírios no país, estando 17 mil no campo de refugiados. As-sim, o governo fica entre a solidariedade para com as vítimas e o endurecimento no posicionamento político para preservação de seu território.

A desconfiança é muito grande, mas há muita gente boa no campo de refugiados, a maioria crianças. São fa-mílias inteiras desesperadas,

a comitiva da WorldVenture os casais Marty e Denise Shaw (coordenadores na Ásia e ex-missionários no Japão), Dougg e LeAnn Custer (co-ordenadores na Europa e Oriente Médio e plantadores de igreja na Áustria), Glenn e Kathy Kendall (coordena-dores na África e ex-missio-nários plantadores de igrejas em Ruanda) e Jim e Corinne Thorp (coordenadores nas Américas e missionários no Brasil).

Pela JMM, participaram o pastor Heinrich Friesen (coordenador do curso de Missões Transculturais e ex--missionário na Romênia e Equador), André Amaral (gerente Administrativo-Fi-nanceiro), Shirlésia Souza e Doris Nieto (Gestão de Re-cursos Humanos), Marianne Cerqueira (coordenadora de Projetos e Desenvolvimento de Recursos), Geoésley Men-des (missionário mobilizador do PEPE Internacional) e Ta-tiana Macedo (Coordenação do Radical África).

aflitas, sem rumo e sem espe-rança. Todas são carentes de ajuda humanitária e depen-dentes do apoio do governo local e da ONU. O temor por atentados suicidas é grande.

No inverno a situação deve se agravar ainda mais, porque a chuva é sempre intensa e o frio insuportável. Como esses refugiados, abrigados em ten-das, conseguirão sobreviver ao frio rigoroso e com neve?

Este povo clama por Cristo, a única paz que liberta.

Missão Batista Conservadora dos EUA visita Missões Mundiais

Deus sabe salvar. Nós só sabemos serví-Lo

Líderes da WorldVenture foram recebidos em agosto na sede da JMM, no Rio de Janeiro

Refugiados

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Sonhos e realizações de um pastor mineiro12 o jornal batista – domingo, 09/09/12 notícias do brasil batista

Depoimento do pastor Gedeon de Oliveira Antunes

“E, depois disso, derrama-rei do meu Espírito sobre to-dos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jo-vens terão visões” (Joel 2.28).

Sempre fui um sonha-dor, um visionário! Vê-los se concretizan-do, alguns se desvane-

cendo, manteve-me constan-temente desafiado a prosse-guir como Paulo, o apóstolo, “para o prêmio da soberana vocação de Deus...”. O mi-nistério pastoral e a educação formam a base de tudo com o que visionei e sonhei. Ao completar 88 anos de idade em janeiro deste ano, e 58 como pastor ordenado, posso afirmar que “até aqui me aju-dou o Senhor!” Aleluia.

A marca principal está na plantação e revitalização de igrejas e na fundação e implementação de escolas. Compartilho de forma bem resumida essa trajetória per-corrida em sua maior parte junto com minha família.

Sou o terceiro filho entre nove irmãos: Josias, Gracia-no, Gedeon, Loide, Isaías, Elias, Elizeu, Rubens e El-cias. Meus pais, Fidelino de Gusmão Antunes e Maria de Oliveira Antunes, eram naturais de São Fidélis, RJ. Crentes fiéis. Casaram-se e foram fixar raízes nas terras de São Luiz Burgo, distrito de Manhuaçú, MG. Atrás de melhores condições para a lavoura de café, transferiram--se para Vargem Grande, município de Alto Jequitibá, MG. Quando chegamos ali estava com apenas três anos. Sempre trabalhando duro na lavoura, só pude frequentar escola mais tarde.

Aos nove anos, quando me senti chamado, recebi atra-vés de meu pai os primeiros rudimentos da linguagem es-crita e de matemática, como preparação para o ministério da Palavra, que continuou só aos 20 anos no Colégio Evangélico de Alto Jequitibá, MG e depois no Colégio Batista Mineiro em BH. Em seguida fui para o Rio de Janeiro cursar Teologia no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, turma de 1952. Sonhava também ser um advogado.

Casar-me com alguém com disposição para ser esposa de um pastor, compreendendo todas as implicações desse compromisso, era um so-

nho. Em 18 de fevereiro de 1953 caso-me com uma bela capixaba, Ulda Coleta de Almeida, egressa da Escola de Obreiras, RJ, em uma ce-rimônia simples oficiada pelo meu irmão, pastor Josias de Gusmão Antunes, no templo da Igreja Batista em Indepen-dência, Resplendor, MG. Ela passou a chamar-se Ulda de Almeida Antunes. Deus nos abençoou com cinco filhos, outro sonho realizado: ser pai! Rubmaier e Samuel, nas-cidos em Lins e Cafelândia, SP; Talita e Eneas, nascidos em Carolina, MA, e Erodice nascido em Alexânia, GO. Todos são salvos, integrados e ativos no Reino de Deus.

Rubmaier casou-se com Maria das Graças e gera-ram quatro filhos: Rubmaier Jr, Rafael Estevão, Renato Isaque e Ricardo Augusto. Samuel casou-se com Enalda Renovato e geraram quatro filhos: Elena, Samuel Jr, Sara e Marcelo. Talita casou-se com Elmiro, que é pastor e geraram dois filhos: Eugênia Rosa e André Estêvão. Eneas, também é pastor, casou-se com Raquel. Ele tem um fi-lho, Artur Fernandes. Erodi-ce, nosso caçula sofreu morte súbita em 1988, aos 27 anos. Deus honrou nossa família, dando-nos até agora, quatro bisnetos: Gabriel, Sofia, Ma-teus e Linda. Permitiu-me ver os filhos dos meus filhos.

Minha Ulda foi encontrar--se com o Senhor no dia 24 de outubro de 2009, depois de um trágico acidente de carro. Nosso casamento du-rou 56 anos, cumprimos o que prometemos no altar: “Até que a morte nos separe.”

os sonhos de pastoreio e ensino tornam-se reais

Fui ordenado ao santo ministério no dia 29 de ja-neiro de 1953, no templo da Igreja Batista Itacuruçá, RJ, em Concílio formado por 24 pastores, presidido pelo pastor Edgar Francis Halloc. Na mensagem proferida pelo pastor Erodice Fontes de Queiróz, este destacou para o examinando: “Seja a Boca de Deus!”

Meu primeiro ministério foi na PIB de Lins, SP. Fica-mos ali por dois anos, 1953 e 1954. O Senhor levou--nos para Cafelândia, SP. Trabalhamos na reorganiza-ção da igreja, construção de seu templo e dirigimos um programa na rádio ZYR51. Criamos e dirigimos a Esco-la Antunes, em Cafelândia, onde ficamos por três anos.

Atendendo ao chamado de Deus, transferimo-nos de São Paulo para Carolina, MA, como missionários da JMN. Fui professor de Teo-logia Sistemática, Música e Português no Instituto Teo-lógico de Carolina, durante três anos. Além da evangeli-zação em Carolina, organi-zamos a PIB em Filadélfia, GO, na outra margem do rio Tocantins.

Deus nos enviou para um novo lugar: em dezem-bro de 1959 chegamos a Alexânia,GO, com o foco na evangelização e na edu-cação da pequena cidade, em crescimento por sua proximidade com Brasília. Em dois meses de oração e trabalho, organizamos a PIB em Alexânia. Planta-mos a primeira escola da cidade, Escola Brasil Cen-tral. Fomos nomeados, eu e Ulda, através de concurso estadual, seus primeiros professores. Servimos como diretor e professor até julho de 1963.

Ainda em 1963 nos mu-damos para o Distrito Fede-ral. Fixamos residência em Taguatinga, para trabalhar em educação secular e na plantação da IB da Liberda-de, em Vila Dimas, QSD, pastoreando-a até 1967. Fundamos nesse tempo o Ginásio Industrial União, e o dirigimos por quatro anos, nas dependências da PIB de Taguatinga, DF.

No final desse ano, as-sumi o pastorado da Igreja Batista Sião, em Taguatinga, QNE. Ato contínuo, nossa visão foi orientada a criar o Instituto Bandeirante, nas dependências do templo da Igreja. Com o crescimento, compramos uma área em Taguatinga Norte, na QNG, onde construímos as primei-ras dez salas para o primeiro grau. A criação de uma nova lei de ensino, inviabilizou a continuação do Instituto. Meu sonho de fundar ali uma faculdade foi adiado.

Nesse tempo, Deus me permitiu iniciar a concreti-zação dos sonhos da minha juventude: Cursei Letras e Direito na UnB – Universi-dade de Brasília, e alguns anos depois, pós-graduação em Teoria Geral do Direito – PUC BH e UFMG.

Fui aprovado em concurso público da Fundação Educa-cional do DF, tornando-me professor de Português, Lite-ratura e Educação Religiosa durante 11 anos, sendo re-conhecido como professor modelo. Nesse período fui

também professor de Língua e Comunicação no ITA em São José dos Campos, SP, por quatro meses.

Plantamos uma nova igreja no Guará I, DF, a Igreja Ba-tista Betel e a pastoreei por 11 anos, de 1968 a dezem-bro de 1979. Organizamos uma filha, a IB Ebenézer, em Taguatinga, DF.

Neste período no DF pre-sidi a primeira Associação das Igrejas Batistas do Pla-no Piloto; fui secretário da OPB-DF; em 1975 participei da Comissão de Criação da Faculdade Teológica Batis-ta de Brasília (FTBB). Nes-te processo, transferiu-se parte do corpo docente do Instituto Teológico Batista de Floriano, PI, para Bra-sília, organizando assim a FTBB, onde fui professor por quatro anos. Este sonho se realizando agora, teve sua origem quando ainda trabalhava em Alexânia, GO. Senti que tínhamos que preparar novos obreiros e, começamos um Curso Teológico na Escola Brasil Central. Na mudança para Brasília, transferi o curso para as dependências da PIB de Brasília na Cidade Livre, hoje Núcleo Bandei-rante, sendo algum tempo depois transferido para as dependências da Igreja Me-morial Batista. No ano de 1976, como fruto à frente do trabalho da Comissão da Faculdade criamos então a FTBB com a fusão do corpo docente de Floriano, mais a turma do Curso Teológico de Brasília.

O que eu não havia sonha-do era voltar um dia para meu Estado de Minas Gerais. Mas eram estes os sonhos de Deus para nós. Na véspera do Natal de 1979, Deus nos levou para o campo missio-nário de Itaúna, MG, cidade a 80 km de BH. Fui como pastor-missionário e edu-cador.

A Igreja Batista Central da cidade estava apenas com 15 membros e pedindo so-corro. Oramos, evangeliza-mos e discipulamos. A igreja cresceu. Então compreendi porque o Senhor me permi-tiu receber todo o preparo acadêmico. Deus usou meu currículo e fui contratado para lecionar Sociologia e Direito Civil na Universida-de de Itaúna. Não me tornei um advogado como sonhara quando jovem, mas profes-sor para o Curso de Direito. Lecionei e pastoreei ali por cerca de onze anos.

Neste período, criamos

a AIBON – Associação das Igrejas Batistas do Oeste de Minas, da qual fui presidente e secretário executivo. Fui pastor interino da PIB Pas-sos, ajudei na organização da PIB Formiga e na IB do Bom Pastor, Divinópolis, SIB Divinópolis e PIB Nova Serrana. Abrimos Frentes Missionários em Perdigão e em Oliveira. Organizamos a PIB em Pará de Minas e a PIB em Mateus Leme, todas em MG.

Em Itaúna criamos a ASSE-VI – Associação das Igrejas Evangélicas de Itaúna. Or-ganizamos a ONG CRASI - Centro de Recuperação e Assistência Social Integral. Dois segmentos originaram--se dele: PAI – Projeto de Apoio ao Idoso; e o PAJ – Projeto de Apoio ao Jovem, dependente químico.

Deus honrou-me depois com o título de Cidadão Ho-norário de Itaúna. Destaco a família Lança, operosos na obra de evangelização na cidade e região, apoiando em tudo.

Em 1989, numa viagem pelo inter ior de Minas, passei pela cidade de Gua-nhães, e vi um prédio de uma Igreja Batista destelha-do e abandonado, senti-me imediatamente desafiado a restaurar aquela Igreja e rea-brir aquele prédio. Era nosso novo campo missionário! Em 1990 nos mudamos para lá. Reorganizamos a Igreja com apenas seis membros. De-pois de dois anos e meio de oração e trabalho, entrega-mos ao nosso substituto uma Igreja com 52 membros no Corpo de Cristo e o templo reformado e ampliado.

Em 1993, o Senhor nos leva para BH a convite da IB Central de Palmeiras. Por cinco meses orientamos na reconstrução do templo. En-quanto isso, Deus nos levou a comprar um imóvel no bairro Céu Azul, na Grande BH, onde funcionava um centro de macumba. Fize-mos alguns reparos na casa e fomos morar nela sob a benção do Senhor. Aquele lugar foi transformado em uma Congregação e entre-gue aos cuidados da Igreja Batista Céu Azul.

Assumimos a Congregação no Bairro São João de Deus (que existia há 12 anos). Alcançamos o desafio de, em dois meses, organizá-la em Igreja e o crescimento chegou. Liderei-a por cerca de dois anos. Como ato con-tínuo assumi a Igreja Batista Jardim Estrela, Grande BH.

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Sonhos e realizações de um pastor mineiro13o jornal batista – domingo, 09/09/12notícias do brasil batista

Trabalhamos na reforma do templo, do piso, bancada e casa pastoral. Aproveitando parceria com irmãos norte americanos, abrimos outra frente missionária no bairro Nova York. Ficamos ali por quatro anos.

Deus nos convoca para o interior, Três Marias, cidade na Rodovia 040, Rio – Bra-sília, onde chegamos no final de 1999. Trabalhamos na reforma do templo, casa pastoral e promovemos in-tercâmbio, além de termos recebido um excelente con-gresso da juventude batista da região.

Organizamos a AETM – Associação Evangélica de Três Marias. Esta Associação levantou um caminhão de cestas básicas para irmãos pobres do Norte de Minas. Promovemos duas Marchas Para Jesus e a campanha da leitura integral da Bíblia. Lideramos um programa de Rádio por quatro anos. Pela

misericórdia de Deus, recebi da Junta Comercial de Três Marias o título de Pastor Destaque de 2002.

Nesse tempo dediquei-me também a escrever. Era um sonho antigo, por no papel minhas memórias. Em de-zembro de 2004, em noite de autógrafos no salão social da Primeira Igreja Presbite-riana, lancei o meu primeiro livro, Gratidão. Em 2006 pu-bliquei também um segundo livro – Solução, Maçãs e Es-perança. Em parceria com o filho Rubmaier, publicamos dois títulos, um livro Caldas Novas, Um Paraíso e Seus Encantos.

No início de 2005 Deus nos transferiu para Caldas Novas, GO. Ali ajudamos na organização da IB Ebenézer e da IB Esperança.

Em outubro de 2009, após o falecimento de Ulda, mi-nha esposa, passei a residir com meu filho Rubmaier em Guará II, DF. Em contato

com alguns irmãos, ofereci--me a ajudá-los em um pe-queno grupo de discipulado na residência de um casal, na cidade satélite de Samam-baia, DF. Estamos juntos nesta empreitada missionária desde dezembro de 2009 e já temos uma abençoada congregação apoiada pela IB Ebenézer, a “filha” da IB Betel do Guará, que agora tornar-se-á “mãe na fé” da nova Igreja. Pela fé, marca-mos a sua organização em Igreja Batista União para o domingo, 7 de outubro pró-ximo. Parece-me que é meu sonho derradeiro...

Para a glória do Senhor, esta será a 15ª Igreja que ti-vemos o privilégio de ajudar nesses abençoados 58 anos de vida pastoral: seja na plantação, revitalização ou edificação, sempre atuando em nome d’Aquele que dis-se: “Edificarei a minha igre-ja...”! Tudo para a honra e a glória do Senhor da Glória!

Dc. Paulo César Domingues PereiraIB Central de Italva, RJ

Os Diáconos Ba-tistas do Estado do Rio de Janeiro se reuniram para

a realização do 33º Retiro Espiritual, no Acampamento Batista em Rio Bonito, RJ, no período de 17 a 19 de agosto de 2012, com a finalidade de aplicar nas vidas dos reti-rantes o tema da Convenção Batista Brasileira, ou seja, “Diáconos desafiados à prá-tica da Bíblia para ser padrão de integridade”. Tendo por divisa “Assim, resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso pai que está nos céus” (Mat. 5.16).

A programação foi prepa-rada após várias reuniões de orações e, com muita dedicação da diretoria que não mediu esforços para a realização do Retiro.

A Sessão de abertura foi iniciada às 19h30, do dia 17, com a instalação e com-posição da Mesa da Direto-ria. O presidente, Dc. José Lara Filho, em suas palavras expressou o seu regozijo e gratidão a Deus e a todos os irmãos participantes, por este

momento ímpar em sua vida. Convocou para que todos estudassem e meditassem na Palavra de Deus nestes três dias de Retiro Espiritual. “Estejamos prontos e dispos-tos a valorizar esta ocasião para o crescimento espiritual e o aperfeiçoamento no Mi-nistério Diaconal em nossas igrejas e principalmente na obra do Senhor”, disse o pre-sidente.

Os cantores Hédio Jandre e Robson Duarte participaram na adoração ao Senhor com lindos cânticos.

Na primeira noite, a men-

sagem foi proclamada pelo pastor Roberto da Silva Car-valho, pastor da PIB de Cabo Frio, onde o Senhor falou profundamente aos corações dos presentes. Ressaltou a importância da integridade dos diáconos nos dias atuais. Falou sobre o Decálogo dos Diáconos, a importância de observarmos e colocarmos em prática.

Na segunda sessão, além da leitura dos relatórios, o Dc. José Octávio dos San-tos, Coordenador da Região Sudeste para a realização do I CONAM (1º Congresso

dos Diáconos Batistas das Américas), falou sobre a im-portância da realização do Congresso no Brasil, princi-palmente sendo em nosso estado. Solicitou que todos os presentes abraçassem esta oportunidade e divulgassem em suas secções. “…que os amados irmãos se envolvam neste Congresso, pois é uma ótima oportunidade de ouvir homens de Deus, principal-mente os preletores de ou-tros países”, disse o Dc. José Octávio.

Depois de um período de oração, passou a escolha da

nova diretoria para o biênio que ficou assim composta:

Presidente: José Alcy Aires1º Vice Presidente: José

Furtado2º Vice Presidente: Djalma

Cabral1ª Secretária: Ivanete da

Silva Barbosa2º Secretário: Sérgio Neves3ª Secretária: Sebastiana

Tomaz da SilvaO Diácono João Corcino,

com seus 86 anos, foi home-nageado como Presidente de Honra do Retiro.

Na terceira sessão, à noite, o Coro dos Diáconos do Re-tiro abrilhantou o culto com vários hinos de exaltação ao Senhor. Também adoraram o nosso querido Deus o Grupo Musical “Os Levitas”. Logo após, ouvimos a mensagem do Senhor, através do teu ser-vo, o pastor Nilson Godoy, da SIB de Nova Friburgo, RJ. Ten-do como base o texto bíblico em Atos 13.20 a 22, 36. “...Deus nos achou através das marcas, porque foi Jesus que nos marcou. Somos servos e temos que consagrarmos por inteiro. Somos desafiados a sermos padrão de integrida-de”, disse o pastor.

Que o Senhor derrame as suas bênçãos sobre a vida de cada retirante, principalmen-te da nova diretoria.

Diáconos do Estado do Rio de Janeiro são desafiados à prática da integridade

Nova diretoria eleita

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14 o jornal batista – domingo, 09/09/12 notícias do brasil batista

Luciene FragaDepartamento de Ação Social da CBB

O Salmo 82.4 re-gistra: “Livrai o pobre e o neces-sitado, tirai-o das

mãos dos ímpios”. O contex-to dessa passagem faz-nos re-fletir sobre a importância da igreja envolver-se com as ne-cessidades da comunidade a qual está inserida, proclamar o evangelho, e pleitear a cau-sa do pobre. Pensando neste aspecto, o Departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira traz o exem-plo de uma igreja que tem sido um diferencial na região do Amazonas, baseado nos depoimentos do pastor Davi Glauci, da Primeira Igreja Batista em Parintins, e da irmã Ester Camilo, líder da base de Asas do Socorro, em Santarém, PA.

A Primeira Igreja Batista de Parintins, na ilha de Par-tintins, no Amazonas, a 61 anos tem realizado ativida-des permanentes através do Instituto Batista Clen e Ethel Hardy (atualmente Colégio Batista de Parintins). Curso de habilitação básica em saúde, cursos técnicos de auxiliar de enfermagem, turismo, higie-ne bucal, radiologia e recur-sos humanos. Outras ações tem surgido através de parce-rias com a organização Asas de Socorro, que tem a missão de proclamar o Evangelho e apoiar as ações da Igreja Evangélica e outras organiza-ções em áreas de difícil aces-so, através de ministérios que agregam aviação e atenção integral ao homem. Esta par-ceria tem uma visão integral das necessidades humanas e comunitárias, definidas como temas multidisciplinares ou transdisciplinares, envolven-do os campos do conheci-mento científico, social e espiritual. Este projeto tem contribuido substancialmente para promover melhorias em várias dimensões que afetam o desenvolvimento integral das comunidades ribeirinhas, o qual normalmente é dificul-tado devido ao isolamento da comunidade.

Atualmente este projeto vem prestando atendimento médico-odontológico em 28 comunidades rurais inseridas ao longo dos rios Tracajá, Uaicurapá, Mocambo, Ca-buri, Curiá e Aduacá. Ele auxilia no fortalecimento das congregações evangélicas já

existentes e na implantação de novas, além de oferecer oficinas para professores, trabalhos com crianças e atividades evangelísticas. A parceria com Asas do So-corro têm mobilizado cris-tãos profissionais de vários lugares do país para atender a emergente necessidade desta área da Amazônia. A dinâmica desse trabalho tem proporcionado o acesso a serviços e atenção básicos de saúde: melhora nas condi-ções de vida e de saúde das famílias, na prevenção de doenças infectocontagiosas, na condição geral de saúde bucal; direito à prestação de serviços públicos como educação, proteção e assis-tência social; outro aspecto abordado é no que se refere à informação, capacitação e fortalecimento das comuni-

dades e suas lideranças em relação às responsabilidades do ente público, a seus di-reitos fundamentais, assim como sobre a proteção das crianças e dos adolescentes contra violência e abusos sexuais. Como fruto desta parceria já foram realizados treinamentos para 299 pesso-as nas áreas de educação in-fantil, liderança e prevenção ao abuso e violência sexual infantil. Em 35 comunidades, levou-se assistência básica de saúde, iniciando-se oficinas sobre prevenção ao abuso e violência sexual para 475 adolescentes nas escolas, 880 crianças ouviram histórias bí-blicas, brincaram e aprende-ram escovar os seus dentes.

Os trabalhos ribeirinhos têm levantado diversos mis-sionários autóctones, capa-citados pelo CTL (Centro de

Treinamento de Líderes Profª Eglantina Lessa), instituto implantado pela igreja, sob a coordenação do pastor Mo-acy Paulino, o qual oferece capacitação teológica e pro-fissional a alunos ribeirinhos e indígenas.

Através desta parceria há o fortalecimento para romper as distâncias entre as pessoas, trabalhar nas comunidades de forma integral e produzir transformação para honra e glória do nosso Senhor Jesus Cristo.

Tornar Cristo conhecido em Parintins e Parintins conhecido pela

pregação do evangelho

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15o jornal batista – domingo, 09/09/12ponto de vista

A informalidade nos expõe. A formali-dade nos esconde. A nossa tendência

é a formalidade porque, na verdade, temos medo de abrir o nosso coração na co-munhão do Corpo de Cristo – a Igreja. Por esta razão, precisamos ter mais mesas que se traduzam em mais comunhão, informalidade. À mesa somos iguais. Em torno dela compartilhamos a fé na suficiência de Cristo, a nossa esperança, o coração, nossas mazelas e nossas expecta-tivas. Aprendemos a ver o outro com mais naturalidade sem cobrarmos desempenho e sem o julgarmos. O Senhor Jesus gostava muito de estar à mesa com os Seus discípu-los, religiosos e os párias da sociedade espartana. Ao seu

Nas décadas de 70 e 80, líderes exi-giam que os semi-nários formassem

pastores e não teólogos. Já ouvi muitos sermões e pa-lestras em que o preletor faz descaso contra o estudo, como se a dedicação ao co-nhecimento bíblico e teológi-co fosse algo demoníaco ou perda de tempo. Hoje tenho ouvido até líderes de elevada magnitude afirmarem que o que forma um pastor não é um curso de Teologia e, muito menos, reconhecido pelo MEC.

De fato o que faz uma pes-soa ser pastor é ser portadora do dom e vocação pastoral, é o chamado de Deus, mas isto não é tudo. Nessa linha de raciocínio tenho a im-pressão que podemos estar defendendo a ideia de que se é vocacionado vai dar certo! Os fracassos com algumas de nossas instituições deno-minacionais demonstraram o inverso. Creio que essa ar-gumentação contra o estudo e o preparo de um líder não passa de sofisma.

Você iria num médico ape-nas considerando que ele é vocacionado como médi-

redor, a comunicação é mais real, menos hipócrita. Nela rasgamos o coração muitas vezes ferido com as decep-ções da vida e podemos ex-perimentar a cura pelo amor fraterno.

A nossa experiência com Cristo passa pela confissão, do arrependimento e do per-dão. Nesta circunstância, entendemos mais o outro, percebemos com mais cla-reza como servi-lo em amor. À mesa, lugar comum, há confrontação com os ensinos de Cristo e a disposição do coração em buscar a cura. Esta sociedade chamada cris-tã – referindo-me ao contexto da Igreja de Jesus – está do-ente e precisa da terapia da fraternidade. Carece da festa do Cordeiro onde as pessoas estão presentes não por seus

co, contudo, sem ter ele se preparado para o exercício da Medicina? Um pastor é como um “médico” de vidas, se não for preparado para o exercício de seu dom e vocação fará muito estrago na vida de suas ovelhas e da igreja, como tem ocorrido em muitas ocasiões.

Nosso vício pragmático é uma das causas deste ma-léfico sofisma, pois reduzi-mos Cristianismo a trabalho na igreja, então um jovem vocacionado deve apenas aprender a pregar, dirigir assembleias, fazer visitas, redigir atas e pronto. Deve aprender a fazer coisas. Para que investir mais tempo??? Assim, os seminários preci-sam formar pastores e não teólogos! Pergunto: é pos-sível formar médicos, sem Medicina? É possível formar engenheiros, sem Matemáti-ca? Precisamos ter coragem de colocar estes argumentos no cadinho da prova.

Quanto à oficialização dos cursos teológicos pelo MEC, já procurei demonstrar em diversas ocasiões que a de-monização que é feita sobre o assunto deixa de consi-derar a legislação vigente e

méritos, mas pelos méritos de Jesus, nosso Salvador e Senhor.

Estar à mesa pode desen-cadear a metamorfose das entranhas, a renovação da mente e a prontidão do espí-rito em fazer toda a vontade de Deus. A experiência nos leva ao descanso, pois ao seu redor temos a capacidade de relaxar, refletir e ouvir os conselhos do Pai através dos irmãos comungantes. A mesa da comunhão é a da graça que basta, do reconhecimen-to de nossa incapacidade de perceber tantas coisas boas e edificantes e do quebranta-mento operado pelo Espírito Santo aplicando o Senhor Jesus às nossas vidas.

Em casa, na igreja e na vi-zinhança precisamos de mais mesas. Foi em torno dela que

experiências bem sucedidas em nosso meio. A legisla-ção dá liberdade curricular e se um seminário quer ser liberal, conservador ou fun-damentalista, é opção de sua mantenedora. A escolha de professores, modelagem de currículo, etc, vai depender de qual cor se deseja dar ao curso.

Agora pergunto: como man-ter cursos de graduação à mar-gem da Lei? Se um curso é de graduação ou pós-graduação em Teologia deve ser legali-zado em vez de funcionar de forma clandestina. Pergunto mais: se podemos dar aos nos-sos alunos condições de ter um diploma reconhecido que lhe proporcione reconheci-mento público, oportunidade de prosseguir em seus estudos em outros níveis para melhor servir ao reino de Deus, por que não o fazemos? O pior de tudo é que, por descon-siderarmos este assunto há seminários (inclusive batistas), “esquentando” diplomas de cursos livres, oferecemcursos clandestinamente à margem da lei. Por que não se reclama contra isso?

Outro dia vi numa lista de internet argumento de que

a mulher pecadora se ache-gou a Jesus, quebrantada e confessando os seus pecados, para ser perdoada, onde o perfume do amor, perdão e da aceitação do Senhor se fez sentir muito forte. Jesus foi para a casa de Zaqueu e sentou com aquele publicano que, arrependido e profunda-mente impressionado com o Salvador, confessou seus pe-cados. Por isso Jesus deixou muito claro a Sua missão em Lucas 19.10: “O Filho do Ho-mem veio buscar e salvar o que se havia perdido”. Mesa é oportunidade de ouvir, fa-lar, refletir, ajudar, encorajar e criar para agir sempre em favor do próximo e para a glória do Criador.

É nela que devemos ter comida e bebida para todos; comunhão e expressão; afe-

não devemos aceitar legali-zar nossos cursos de Teolo-gia, pois isso seria ir contra nosso princípio de separação entre igreja e Estado. Seguin-do este argumento então as igrejas devem pedir baixa em seu CNPJ e deixar de entregar a declaração anual de Pessoa Jurídica à Receita Federal?

Tenho a impressão de que neste assunto existem causas “ocultas” ou “místicas” não declaradas, que não conse-guem dar conta em respon-der estas questões.

Não defendo o MEC, o que defendo é a legalida-de. Se para oferecer cursos de graduação a lei exige a oficialização, não há outro caminho, como não há outro caminho de manter uma igre-ja sem a devida legalização. É uma questão de respeito à lei. Mas também é uma ques-tão de conhecer a legislação educacional e saber se valer dela para a manutenção de nossa liberdade religiosa. E isso nossos seminários oficia-lizados estão sabendo fazer em geral. Pena que, em geral, quem discute o problema o faz sem conhecer a legislação e, muita vez, sem avaliar os

tuosidade e aceitação; since-ridade e integridade; graça e receptividade e o olhar profundo e perscrutador do Senhor. Somos convidados a participar da Mesa do Senhor – a mesa do amor, da graça, misericórdia, justiça, entrega, do sacrifício, da consagração e da ação que faz muito bem ao outro. Que tenhamos mais mesas – da comunhão, arti-culação, dedicação e santifi-cação. Onde podemos cho-rar, rir e exercer a empatia e a simpatia sempre em Cristo Jesus. Que a nossa vida te-nha sempre a experiência de sentarmos ao seu redor com as pessoas simples e sofistica-das para exercermos o nosso testemunho cristão exaltando o Cordeiro, Aquele que é a razão da nossa esperança e da nossa fé.

projetos pedagógicos destes seminários. Precisamos ter coragem de colocar esse as-sunto sobre a mesa e discuti--lo com fatos, em vez de pas-sionalmente.

Mas isto (MEC) é apenas um detalhe. O importante aqui é a valorização do bom preparo de nossos futuros líderes. Não basta saber fazer coisas, é preciso ter funda-mentação bíblica e teológica para não ser seduzido pelas ideologias do mundo, para saber como conduzir com se-gurança o povo de Deus nes-te mundo sem Deus. Como pregar profunda e seriamente a Palavra, como cuidar de vidas, aconselhar, etc, sem o devido preparo (com MEC ou sem MEC)?

Precisamos parar de tratar a dedicação ao estudo e à pes-quisa como um pecado e ta-refa de desocupados. Temos duras advertências contra a preguiça na Bíblia. Vamos colocar a mão na consciência e rever nosso posicionamen-to sobre o assunto. Vamos valorizar o estudo da Bíblia, da Teologia, para aprofundar mais ainda nossos sermões, palestras, aconselhamento ao povo, etc.

OBSeRVAtóRIO BAtIStALOURENÇO STELIO REGA

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