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Constructos da Psicologia O que vamos procurar compreender agora são os padrões envolvidos nessa continuidade relacional, isto é, os aspectos de fundo que estão subjacentes às escolas de pensamento, teorias e autores e que fazem com que estes mantenham entre si laços de proximidade e de afastamento. Este é um olhar que nos conduz à compreensão das meta-teorias do desenvolvimento, aos organizadores da concepção do ser humano pelos teóricos da psicologia, em geral, e pelos teóricos do desenvolvimento, em particular. É também um olhar que enfatiza abordagens até agora propositadamente negligenciadas: as abordagens do desenvolvimento. Poderemos então distinguir 3 níveis de análise que serão aprofundados neste subtema, nomeadamente: meta-teorias do desenvolvimento; escolas de pensamentos;

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Page 1: Constructos Da Psicologia

Constructos da PsicologiaO que vamos procurar compreender agora são os padrões envolvidos nessa continuidade relacional, isto é, os aspectos de fundo que estão subjacentes às escolas de pensamento, teorias e autores e que fazem com que estes mantenham entre si laços de proximidade e de afastamento. Este é um olhar que nos conduz à compreensão das meta-teorias do desenvolvimento, aos organizadores da concepção do ser humano pelos teóricos da psicologia, em geral, e pelos teóricos do desenvolvimento, em particular. É também um olhar que enfatiza abordagens até agora propositadamente negligenciadas: as abordagens do desenvolvimento. Poderemos então distinguir 3 níveis de análise que serão aprofundados neste subtema, nomeadamente: meta-teorias do desenvolvimento; escolas de pensamentos; teorias do desenvolvimento.

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Desenvolvimento HumanoFaçamos uma síntese dos principais elementos envolvidos na definição de desenvolvimento:

☺O desenvolvimento pode ser entendido como mudança e transformação ao longo da vida.

☺As mudanças, quantitativas ou qualitativas, contínuas ou descontínuas, eram inicialmente vistas como tendo uma origem interna ou externa.

☺As propostas de desenvolvimento mais recentes tendem a não dicotomizar posições, procurando apresentar o desenvolvimento como interactivo (quantitativo e qualitativo, descontínuo e contínuo, sujeito a forças internas e externas).

☺Nestas propostas recentes o indivíduo tende a ser considerado como um siso tema aberto (como activamente interagindo com o meio, adaptando-se, transformando-se, mas também transformando o meio de acordo com as suas necessidades) e como uma unidade biopsicossocial (como tendo interligadas dimensões de ordem biológica, cognitiva emocional, relacional e social).

☺O desenvolvimento passou a ser considerado cada vez mais no âmbito explicativo e os psicólogos desenvolvimentais preocuparam-se menos com a sua descrição, reconhecendo o desenvolvimento como um campo multidisciplinar.

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O Conflito Natureza (nature) versus Meio (Nurture)

Nature – Factores inatos

Nurture – Factores ambientais

Factores inatos

Factores Inatos

Interaccionismo

Factores ambientais

Behaviorismo

Factores ambientais

Gestalt

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META – TEORIAS: chamamos meta-teorias às perspectivas que temos do mundo, isto é, às assumpções que mantemos sobre o que é o desenvolvimento. As meta-teorias estão, portanto, subjacentes às descrições, às explicações e às predições que os psicólogos desenvolvimentais fazem a respeito dos processos

envolvidos no desenvolvimento. Questão 1. O papel do meioO meio é activo ou passivo no desenvolvimento dos indivíduos?

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Questão 2. O papel do indivíduoO sujeito é activo ou passivo no seu desenvolvimento?

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Questão 3. Curso do desenvolvimento

O curso do desenvolvimento é contínuo ou descontínuo?

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De uma forma geral, as abordagens defendidas pelos autores da psicologia aproximam-se mais de uma das quatro perspectivas possíveis:

perspectiva maturacionista;

perspectiva mecanicista;

perspectiva organicista; perspectiva contextualista.

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As quatro meta-teoriasMeta-teoria maturacionistaEsta perspectiva desenvolvimental assume que o curso de desenvolvimento do indivíduo é determinado geneticamente, ou seja, é uma perspectiva que reconhece que o sujeito apenas reage aos seus genes. Adicionalmente, defende que o indivíduo se desenvolve em todo o seu potencial genético se o ambiente no qual ele se desenvolve reunir as condições óptimas. Desta forma, de acordo com esta perspectiva, o curso do desenvolvimento é determinado geneticamente, pelo que a análise da disposição genética do indivíduo permite uma compreensão do seu desenvolvimento (a unidade de análise privilegiada é o gene).

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Meta-teoria mecanicista Estes perspectivam o curso de desenvolvimento do indivíduo como contínuo (isto é, como quantitativo) e reconhece que o meio desempenha um papel fundamental para o desenvolvimento do indivíduo, que é perspectivado como passivo. Assim sendo, a compreensão do desenvolvimento é obtida através do exame das partes que compõem o todo.

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Meta-teoria organicista Estes perspectivam o desenvolvimento como um processo descontínuo (ou seja, qualitativo) no qual o indivíduo desempenha um papel essencialmente activo, fazendo uso dos elementos fornecidos pelo meio em benefício do seu desenvolvimento. Nesta opção teórica, o meio é perspectivado como essencialmente passivo e a compreensão do desenvolvimento é, contrariamente ao que sucedia na meta-teoria anterior, obtida através do exame do todo.

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Meta-teoria contextualistaEstes perspectivam que o curso do desenvolvimento é simultaneamente contínuo e descontínuo. Reconhece ainda que o sujeito e o meio desempenham ambos um papel activo no desenvolvimento, existindo influências recíprocas a serem consideradas na sua análise. Assim sendo, defende que a compreensão do desenvolvimento implicará o exame tanto das partes como do todo. Procura, no fundo, dar uma resposta dinâmica e envolvente às questões desenvolvimentais, posicionando-se no meio do conflito e não nas opções polarizadas.

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História da Psicologia Desenvolvimental

Behaviorismo – Watson e Skinner inscrevem-se na meta-teoria mecanicista na medida em que defendem a ideia de que o indivíduo reage a um meio controlador. Postulam, portanto, que o desenvolvimento resulta da experiência e estruturam as suas concepções em torno do conceito de condicionamento. Enfatizam a importância do adquirido, em detrimento do inato.

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Psicanálise - defende o controlo do comportamento por instintos inconscientes, tal como foi proposto na sua descrição do aparelho psí quico (primeira tópica: consciente, pré-consciente, inconsciente e segunda tópica: Id, Ego e Superego), contrariando o objecto de estudo defendido pelo behaviorismo (comportamento) e pelas escolas ditas pré-científicas, como o estruturalismo e o funcionalismo (consciente).

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Freud e o desenvolvimentoO desenvolvimento da personalidade é explicado por Freud pela evolução da forma como a pessoa procura obter prazer – a sexualidade –, que na infância (sexualidade infantil) é sobretudo auto-erótica (dirigida a si mesma), e só a partir da adolescência passa a ser essencialmente voltada para os outros. Esta evolução permite definir estádios de desenvolvimento psicossexual, que se caracterizam por mudanças da zona erógena e por conflitos entre a busca de prazer a realidade que o limita, que vão condicionar a criação de estruturas do aparelho psíquico (instâncias) e a relação dinâmica entre elas.

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Estádios de desenvolvimento Psicossexual

Estádio oral

(até 1 ano)

A zona erógena é a boca (prazer em mamar, pôr objectos na boca…); com o desmame surge o conflito entre o que deseja e a realidade.

O Id (pulsões inatas) existe desde o nascimento. Começa a formar-se o Ego pela consciência das sensações corporais.

Estádio anal

(1-3 anos)

A zona erógena é a região anal (prazer em controlar a retenção e expulsão das fezes); sentimentos ambivalentes – conflito – o controlo fecal induz dor e não só prazer e há um desejo de ceder e, em simultâneo, de se opor às pressões sociais para a higiene.

Estádio Fálico

(3-5 anos)

A zona erógena é a região genital; a sexualidade deixa de ser exclusivamente auto-erótica e dirige-se aos pais, concretizada no Complexo de Édipo (atracção pelo progenitor do sexo oposto e agressividade perante o progenitor do mesmo sexo, visto como rival). Este conflito é ultrapassado quando a criança se identifica com o progenitor do mesmo sexo. As proibições e normas impostos no Complexo de Édipo são interiorizadas, dando origem à formação do Superego.

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Estádio de Latência

(6-11 anos)

Há uma diminuição da expressão da sexualidade, mas a problemática do Complexo de Édipo permanece oculta, sem se manifestar. É neste estádio que ocorre a amnésia infantil: a criança reprime no inconsciente as experiências que a perturbaram no estádio fálico. É uma forma de defesa. A criança concentra a sua energia nas aprendizagens escolares e sociais.

Estádio genital(a partir da

adolescência)

A sexualidade passa a ser dirigida aos outros e à consumação do acto sexual. A problemática do Complexo de Édipo, latente na fase anterior, é reavivada e vai ser definitivamente resolvida pelo luto das imagens idealizadas dos pais.

Mecanismos de defesa: Ascetismo (negação do prazer, controlo das pulsões sexuais através de disciplina e isolamento) e Racionalização (o jovem procurar esconder os aspectos emocionais do processo adolescente, interessando-se por actividades do pensamento onde coloca toda a sua energia).

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Erikson e o desenvolvimentoPara Erikson Freud não teve em conta as interacções entre o indivíduo e o meio na sua concepção de desenvolvimento.Erikson propõe que o desenvolvimento ocorre ao longo de toda a vida e é influenciado pelas características dos contextos sociais em que o indivíduo está inserido. Na sociedade, existem oito tarefas( 8 estádios psicossociais) com as quais as pessoas têm de lidar em todos os estádios do seu desenvolvimento. No entanto, em cada estádio, há um predomínio de uma tarefa, que assume a forma de um conflito ou crise (psicossocial) entre duas dimensões (uma positiva e uma negativa), induzido pela interacção entre as exigências da sociedade e as características do indivíduo. Neste momento de crise o indivíduo cresce psicologicamente e a forma como resolveu os diversos conflitos vai afectar a forma como lida com eles no presente e no futuro.

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Estádios de desenvolvimento PsicossocialConfiança vs.

Desconfiança

(até aos 18 meses)

Este estádio é marcado pela relação eu o bebé estabelece com a mãe: se é compensadora, a criança sente-se segura manifestando uma atitude de confiança face ao mundo, se não é satisfatória desenvolve sentimentos que conduzem ao medo/desconfiança em relação aos outros.

Autonomia vs.

Dúvida e Vergonha

(18 meses-3 anos)

Se é encorajada a criança explora o mundo autonomamente; se é muito controlada pelos outros, sente dúvida (precisa da sua aprovação) e vergonha.

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Iniciativa vs. Culpa

(3-6 anos)

A criança obtém prazer da realização de actividades por iniciativa própria; se é muito punida, sente-se culpada por agir de acordo com os seus desejos

Indústria vs.

Inferioridade

(6-12 anos)

Na escola, a criança desenvolve aprendizagens (escolares, sociais…), que podem fazê-la sentir que é competente ou que é menos capaz que os colegas.

Identidade vs.

Difusão/Confusão

(12-18/20 anos)

O adolescente procura saber quem é (construção da identidade) em que quer tornar-se; pode também ficar confuso face a tantas possibilidades, sem saber o que quer, como agir, que pessoa é (confusão de identidade e de papéis).

Intimidade vs.

Isolamento

(18/20-30 e tal anos)

O jovem adulto pode estabelecer relações de proximidade e partilha com pessoas íntimas ou pode distanciar-se e fechar-se.

Generatividade vs. Estagnação

(30 e tal – 60 e tal)

O conflito centra-se na expansão das potencialidades de adulto e na sua transmissão aos outros; pode tornar-se inactivo, por exemplo, se acha que não consegue ou que não tem nada de interessante para transmitir.

Integridade vs. Desespero

(mais de 65 anos)

As pessoas fazem um balanço da sua vida: positivo ou negativo (consideram que a desperdiçaram e vêem com desespero que o fim está próximo.

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CognitivismoPiaget apresentava uma concepção interaccionista do conhecimento (psicologia genética), ou seja, uma explicação da inteligência baseada na ideia de um processo contínuo de adaptações sucessivas do organismo ao meio no sentido de um equilíbrio cada vez mais estável. Para a obtenção do equilíbrio, logo, da adaptação, o indivíduo faria uso de dois mecanismos de interacção: a assimilação e a acomodação.

Na perspectiva de Piaget existem quatro grandes estruturas de funcionamento, ou quatro períodos principais de desenvolvimento cognitivo.

Os estádios caracterizam-se por:Uma estrutura com características próprias;Uma ordem de sucessão constante;Uma evolução integrativa, isto é, as novas aquisições são integrativas, isto é, as novas aquisições são integradas na estrutura anterior, organizando-se agora uma nova estrutura hierarquicamente superior.

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Estádios Características

Estádio Sensório-

Motor

(0-18/24 meses):

Dos reflexos inatos à construção da imagem mental, anterior à linguagem

Coordenação dos meios e finsPermanência do objectoInvenção de novos meios, imagem mental e formação de símbolosACÇÃO: termo utilizado por Piaget para designar a actividade motora de adaptação ao meio; "classe de movimentos agrupados em função de um resultado”; quando agrupadas e combinadas (coordenação de meios em função de fins, repetidos e generalizados a situações análogas) as acções formam os "esquemas de acções".OBJECTO PERMANENTE: noção construída nos primeiros meses de vida, que leva a criança a compreender que os objectos existem de forma contínua e permanente, mesmo quando não estão presentes à percepção actual; compreensão de que os objectos têm uma existência própria, independente da nossa acção sobre eles.

Estádio Pré-Operatório

(2-7 anos):

Inteligência representativaEgocentrismo – centraçãoPensamento mágico / animismo, realismo, finalismo

EGOCENTRISMO INTELECTUAL: designa a tendência da criança para perce ber o mundo em função do seu próprio ponto de vista e para acreditar que os outros o percebem de forma idêntica; indiferenciação entre o ponto de vista próprio e o dos outros, entre

a actividade própria e as transformações dos objectos.

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Estádios CaracterísticasOperações Concretas

(7-11/12 anos):

Reversibilidade mentalPensamento lógico, acção sobre o realOperações mentais: contar/medir/classificar/seriar Conservação da matéria sólida/líquida/peso/volumeConceitos de tempo, espaço, velocidade

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Estádios CaracterísticasOperações Formais

(11/12 – 15/16 anos):

Pensamento abstractoOperar sobre operações, acção sobre o possívelRaciocínios hipotético - dedutivosDefinição de conceitos e valoresEgocentrismo cognitivo

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Vygotsky é autor da perspectiva sociocultural, uma abordagem que enfatiza a crença na origem social dos processos psicológicos superiores. Para compreender o indivíduo é preciso entender primeiro as relações sociais e culturais em que este se insere. Este considera que os processos psicológicos só podem ser explicados e compreendidos mediante a consideração da forma e do momento (circunstâncias) em que intervêm no processo desenvolvimental (método genético). Assim, a lei genética geral do desenvolvimento cultural afirma que "qualquer função do desenvolvimento cultural da criança ocorre duas vezes: primeiro, no plano social, e, mais tarde, no plano individual; primeiro entre as pessoas (nível interpsicológico) e, depois, dentro da criança (nível intrapsicológico). Isto aplica-se de igual modo à atenção voluntária, à memória lógica, à formação de conceitos e ao desenvolvimento da volição ... As relações sociais e as relações entre as pessoas estão geneticamente implícitas nas funções superiores e suas relações." (Vygotsky, 1981), assim sendo, a consciência social precede a consciência individual.

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Este processo decorrente em dois planos distintos designou-se internalização.

INTERNALIZAÇÃO: refere-se ao processo que permite à criança reconstruir e absorver os produtos das suas observações e interacções de forma a torná-las suas. Assim, é o processo que transforma competências e conceitos externos (separados) em competências e conceitos internos (integrados).

Vygotsky diz que as funções psicológicas surgem primeiro de uma forma elementar – ditadas por aquilo a que chamou desenvolvimento natural e comum a diferentes espécies – e só posteriormente numa forma superior – ditadas pelo desenvolvimento social e especificamente humanas. Por exemplo, visão e audição são funções elementares comuns a diversas espécies. Contudo, no ser humano, as funções visuais e auditivas elementares (sensações) são substituídas por construções mentais superiores de atribuição de significado (percepção).

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A teoria sociocultural de Vygotsky é uma teoria de desenvolvimento, mas também uma teoria da aprendizagem com implicações para a psicologia educacional. Estas inter-relações entre desenvolvimento e educação foram sintetizadas pelo autor no conceito de zona de desenvolvimento proximal (ou potencial). A zona de desenvolvimento proximal é uma definição que pretende expressar a diferença entre níveis de funções partilhadas (sociais e externas) e interiorizadas (individuais e internas). ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL (ZDP): representa a diferença entre aquilo que a criança é capaz de fazer sozinha na resolução de um certo problema (desenvolvimento real) e aquilo que ela seria capaz de fazer se tivesse o apoio e ajuda de um adulto ou colega mais competente (desenvolvimento potencial).

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A zona de desenvolvimento proximal expressa a ideia de que em qualquer idade, o potencial de compreensão e resolução de problemas não é idêntico à capacidade real de compreensão e resolução de problemas. A capacidade potencial ou proximal é sempre maior do que a capacidade real. A interacção social estruturada e a internalização são processos que gradualmente permitem que as capacidades potenciais (para compreender e resolver problemas) se transformem em reais (conceitos e competências). Como podemos perceber, esta é uma abordagem oposta à de Piaget, na medida em que este último propõe que é a partir do momento em que a criança constrói determinada estrutura que consegue resolver situações, enquanto Vygotsky propõe que, resolvendo questões progressivamente mais difíceis, a criança desenvolve a estrutura.