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NEEJA: NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
CONSTRUINDO UM NOVO MUNDO”
APOSTILA DE QUÍMICA
PROFESSOR: ALESSANDRO CANSSI
PROPRIEDADES DA MATÉRIA.
Conforme as condições em que se encontram, as substâncias podem se apresentar em
um dos três estados físicos: sólido, líquido ou gasoso.
No estado sólido, a água apresenta forma e volume constantes; as entidades que a
formam se encontram compactadas,, o que lhes tira a liberdade de movimento.
Já no estado líquido, a água apresenta volume constate e forma variável; as entidades
não se encontram compactadas, havendo certa liberdade de movimento.
Entretanto no estado gasoso, a água apresenta forma e volume variáveis; as entidades se
encontram livres umas das outras, possuindo total liberdade de movimento.
MUDANÇA DE ESTADO.
A substância no estado sólido é um conjunto de entidades unidas entre si, bem
arrumadas e com movimento vibratório discreto. Com o aquecimento, as entidades vão
conseguindo deslizar umas sobre as outras e o sólido vai “derretendo”,pois o aumento
de energia faz com que as entidades se agitem tanto que,pouco a pouco, vão se separado
umas das outras, mas sem conseguir sair do conjunto – é a substância no estado líquido.
Continuando o aquecimento,as entidades passam a se movimentar com tanta rapidez
que muitas que conseguem vencer a atração das entidades vizinhas e, assim, saem do
conjunto- é a substância no estado gasoso.
Fusão e solidificação
A fusão é a passagem do estado sólido para o líquido, enquanto a solidificação é a
passagem do estado líquido para o sólido.
Vaporização e condensação
A vaporização é a passagem do estado líquido para o gasoso. Ela pode ocorrer de três
modos:
Evaporação: vaporização lenta que ocorre espontaneamente á temperatura ambiente;
Ebulição: vaporização que ocorre quando fornecemos calor a um líquido; é rápida e
violenta (há formação de bolhas de vapor no líquido);
Calefação: vaporização que ocorre quando se borrifa um líquido numa chapa aquecida,
por exemplo.
A condensação é a passagem do estado gasoso para o líquido e pode ocorrer de duas
maneiras:
Condensação propriamente dita: ocorre quando a substância no estado gasoso é o
resultado de um líquido vaporizado; o retorno ao estado líquido se dá unicamente
através de resfriamento. Assim pelo resfriamento o vapor de água converte-se em água
líquida.
Liquefação: ocorre quando a substância, em condições ambientes, é um gás; na
passagem para o estado líquido deve-se comprimir o gás (aumento de pressão). Assim,
para convertemos gás oxigênio líquido, devemos conjugar um resfriamento com uma
compressão. Então o gás oxigênio sofre uma liquefação.
Sublimação
É a passagem direta do estado sólido para o gasoso e vice-versa. Esse fenômeno ocorre
com várias substâncias, por exemplo naftalina, iodo e cânfora.
Exercícios:
1.O naftaleno, comercialmente conhecido como naftalina, empregado para evitar
baratas em roupas, funde em temperaturas superiores a 80 graus. Sabe-se que
bolinhas de naftalina, à temperatura ambiente, têm suas massas constantemente
diminuídas, terminando por desaparecer sem deixar resíduo. Essa observação
pode ser explicada pelo fenômeno da?
2. Quais são as propriedades da matéria ?
3. Dê a denominação de cada mudança de estado descrita abaixo.
a) Secar a roupa no varal.
b) Transformar o suco de limão em sorvete.
c) Derreter o ferro em fornos de altíssima temperatura.
d) Formação de gotículas de água do lado de fora de um copo com água gelada.
e)Diminuição do tamanho das bolinhas de naftalina no armário.
f) Espirrar água sobre uma panela vazia que está sendo aquecida há algum tempo.
g) Água fervendo.
SUBSTÂNCIA PURA E MISTURA: DIFERENÇA PRÁTICA.
Quando a temperatura de fusão e a temperatura de ebulição são constantes, estamos em
presença de uma substância pura. Portanto, durante a mudança de estado físico de uma
substância pura, a temperatura permanece constate, caracterizado o ponto de fusão (PF)
e o de ebulição (PE).
A quantidade de calor fornecida para que ocorra a mudança de estado recebe o nome de
calor latente, que é aproveitado pela substância para mudar de estado e não produz
aquecimento.
Já para uma mistura,durante a sua mudança de estado físico, a temperatura de fusão e de
ebulição variam.
Misturas
Entende-se por misturas uma associação de duas ou mais substâncias diferentes, sem
proporções fixas e definidas.
Para classificar as misturas, usamos o método da observação visual, a olho nu com o
auxílio de lentes e microscópios potentes. Quando conseguimos distinguir as partes que
formam a mistura,dizemos que ela é heterogênea; quando não é possível distinguir as
partes, dizemos que ela é homogênea.
Cada aspecto distinto que podemos observar numa mistura chamamos de fase. As
misturas homogêneas, portanto, têm sempre uma única fase, ou seja, são monofásicas.
As heterogêneas têm sempre duas ou mais fases, são polifásicas (bifásicas, trifásicas,
etc.).
Misturas homogêneas ou solução é a mistura que apresenta sempre as mesmas
características em toda sua extensão; apresenta um único aspecto ( monofásica), não
sendo possível distinguir seus componentes nem por meio do mais potente microscópio.
Misturas heterogêneas é a mistura que não apresenta as mesmas características em toda
sua extensão; apresenta vários aspectos ( polifásica), sendo possível distinguir os seus
componentes, às vezes com o uso de microscópio.
Exercícios:
1. Dê exemplos de misturas homogêneas e heterogêneas observadas durante as
refeições de um dia.
2.Analise cada mistura e classifique-as conforme o número de fases.
a) água e sal de cozinha.
b) água e serragem.
c) água e álcool.
d) água, açúcar areia.
e) água, sal,óleo e areia.
3.O gás de botijão denominado GLP( gás liquefeito do petróleo), é uma mistura de
dois gases: propano e butano. Como você classifica essa mistura
4. O ar atmosférico é uma mistura gasosa que contém principalmente nitrogênio e
oxigênio. Mas o ar que respiramos, além disso, apresenta outros constituintes,
como poeira, fumaça, vapor de água, monóxido de carbono, dióxido de enxofre e
tantas outras substâncias poluidoras. Como você classificaria a mistura que
respiramos?
5.Classifique as misturas de acordo com as alternativas.
Alternativas.
a)mistura homogênea gasosa.
b) mistura homogênea líquida e sólida.
c)mistura heterogênea líquido e sólido.
d) mistura heterogênea sólida e gás.
Misturas.
( ) leite
( ) gás de botijão
( )água do mar filtrada
( ) ar atmosférico( )ar atmosférico filtrado
MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS.
Análise imediata.
As amostras de matéria que retiramos da natureza geralmente são misturadas e é
importante conhecer os componentes que as formam. Desse modo, quando um químico
retira uma amostra e constata que se trata de uma mistura, seu primeiro trabalho é
separar esses componentes, aplicando o que chama de análise imediata, um conjunto de
processos que se baseiam nas propriedades físicas da matéria e visam separar os
componentes de uma mistura, sem alterá-los.
A separação das substâncias ocorre graças às diferenças em suas propriedades físicas.
Vejamos algumas.
Tamanho da partícula.
Para separar substâncias em função do tamanho de suas partículas, utiliza-se a técnica
da filtração. O filtro retém as partículas maiores e deixa passar os menores.
Ponto de ebulição.
A separação das substâncias ocorre pela diferença nos pontos de ebulição, e o processo
usado é a destilação.
No caso de uma mistura homogênea composta de sólido e líquido,usamos a destilação
simples: aquecendo a mistura em um balão apropriado, ao qual se adaptou um
condensador, o líquido entra em ebulição, passando para o estado gasoso.
Assim, os vapores do líquido, ao entrarem no condensador, sofrem condensação e são
recolhidos num béquer. Com isso, temos o sólido no balão e o líquido no béquer.
Para uma mistura homogênea composta de líquido e líquido, utiliza-se a destilação
fracionada: aquece-se a mistura colocada num balão com a mesma aparelhagem da
destilação simples, mas adaptando-se um termômetro ao balão. Como os pontos de
ebulição são diferentes, fica fácil separar os líquidos, controlando a temperatura de
aquecimento da mistura. Caso os PE sejam muito próximos, adapta-se ao balão uma
coluna de fracionamento ( na qual estão cacos de cerâmica ou bolinhas de vidro,
constituindo um obstáculo à passagem dos vapores do líquido com menor PE vencer
esses obstáculos e passar para o condensador).
Densidade
Para separar substâncias por diferença de densidade, utiliza-se a decantação: após certo
tempo, a substância mais densa se deposita no fundo do recipiente.
Solubilidade.
Para separar substâncias por diferença de solubilidade, utiliza a técnica chamada
dissolução fracionada, usada no caso de misturas sólidas em que só um deles se dissolve
em determinado líquido.
Considerando uma mistura de areia e sal (cloreto de sódio). Para separar a areia do sal,
usamos a dissolução fracionada, tendo como líquido a água. Adicionando água à
mistura, o sal se dissolve.
Usando a filtração, retemos a areia no filtro e, aquecendo o filtrado ( sal dissolvido na
água), recuperamos o sal pela evaporação da água.
Catação: usado para separar os componentes sólidos de uma mistura heterogênea. É
bastante rudimentar, sendo empregado somente quando as partículas são bem distintas e
podem ser separadas com as mãos ou com pinças. É o que ocorre quando uma pessoa
escolhe feijão.
Tamisação ou peneiração: usado também para separar os componentes sólidos mais
sólidos de uma mistura heterogênea, quando esses componentes, sendo submetidos á
peneiração.
Separação magnética: usada para separar metais que podem ser atraídos por um ímã ou
eletroímã ( metais ferrosos, níquel e cobalto) de metais não ferrosos ou de componentes
que não são atraídos pelo ímã ou eletroímã(portanto, misturas heterogêneas de sólido
mais sólido);
Ventilação: também usado para separar os componentes sólidos de uma mistura
heterogênea, por diferença de densidade; uma corrente de ar arrasta o componente
menos denso. É o que ocorre, por exemplo no beneficiamento de cereais, para separar as
cascas;
Levigação: também empregado quando o componente sólido de uma mistura
heterogênea tem densidade diferente, só que usado uma corrente de água, que arrasta o
componente menos denso. Usado, por exemplo, nos garimpos para lavar o cascalho.
EXERCÍCIOS:
1.Um químico recebe uma amostra de uma mistura homogênea de água e açúcar e
é incumbido de separar os componentes dessa mistura. Como você acha que ele irá
proceder?
2.Temos uma mistura homogênea de água( líquido) e acetona (líquido). Qual é o
processo de fracionamento mais indicado para separar os componentes dessa
mistura?
3. Você e seus amigos foram a um piquenique. Depois do lanche, resolveram tomar
café. Havia quase tudo o que era necessário: pó de café, açúcar, panela e fogareiro,
mas esqueceram o coador e não havia nada para substituí-lo. Como se poderia
contornar a situação?
4.Em um acampamento um estudante deixou cair na areia todo o sal de cozinha
disponível. Entretanto, tendo conhecimento sobre separação de misturas,
conseguiu recuperar praticamente todo o sal. Que operações esse estudante pode
ter realizado?
5.Indique qual a técnica mais utilizada para separar as misturas abaixo.
a) água e sal.
b)limalha de ferro e serragem.
c) água e clorofórmio (líquido imiscíveis)
d) sal e carvão em pó.
e) sal e naftalina em pó.
6. Para separar uma mistura de dois líquidos completamente miscíveis, qual dos
processos a seguir você escolheria?
a)filtração b) levigação. c)centrifugação d) catação
e) destilação.
FENÔMENO E REAÇÃO QUÍMICA.
Fenômeno
Para a ciência, fenômeno é qualquer acontecimento da natureza. Quando ocorre um
fenômeno, uma transformação, pode haver ou não alteração no sistema que se está
estudado, ou seja, a matéria dos estados inicial e final pode ser a mesma ou não.
Consideramos como sistema um conjunto de materiais isolados para fins de estudo.
Costuma-se classificar os fenômenos em:
Físicos: quaisquer transformações sofridas por um material sem que haja alteração de
sua constituição íntima, ou seja, a matéria é a mesma antes e após a transformação.
Químicos: quaisquer transformações sofridas por um material de modo que haja
alteração de sua constituição íntima. O tipo de matéria não é o mesmo antes e após a
transformação.
EXERCÍCIOS:
1. Indique na relação abaixo as transformações físicas e químicas.
a)queima da gasolina nos motores dos carros.
b) digestão dos alimentos ingeridos.
c) acender uma lâmpada.
d) formação de ferrugem.
e) quebra de um objeto.
f) enfiar um prego na madeira.
g) derretimento de um cubo de gelo
h)crescimento de uma planta.
2.Numa indústria uma barra de ferro é aquecida até a fusão e o líquido é recolhido
numa fôrma esférica. Após o resfriamento tem-se uma bola de ferro. Que
transformação ocorreu?
3.Analise a frase: O leite deixa de existir e no seu lugar surge a coalhada. Ela
representa uma transformação física ou química? Justifique.
4. Tem-se uma enorme pedra na qual se colocam, em posições estratégicas,
bananas de dinamite e a enorme pedra se converte em um montão de pedrinhas.
a) que transformação ocorreu?
b) O que aconteceu com a matéria?
TABELA PERIÓDICA
Após os trabalhos de Lavoiser, Dalton e outros, o estudo dos elementos químicos
desenvolveu-se de tal forma que se tornou necessário classificá-los de acordo com suas
propriedades. A observação experimental tornou evidente que certos elementos têm
propriedades muito semelhantes, o que permite reuni-los em grupos.
Um dos tipos mais importantes de classificação é aquele que se preocupa em agrupar os
elementos de tal forma que possamos prever várias de suas propriedades. Assim surgiu
a classificação periódica dos elementos.
Desde o início do século XIX, várias tentativas, sem grande sucesso, foram feitas para
organizar os elementos. O trabalho mais detalhado foi feito, em 1869, pelo químico
russo DmitriIvanovitchMendeleev(1834-1907), tornando-se a base da classificação
atual. Ele ordenou os elementos em função de suas massas atômicas crescentes,
respeitado suas propriedades químicas.
Com os conhecimentos sobre a estrutura atômica, ficou demonstrado que a verdadeira
identidade de um elemento está relacionada com o número de prótons, ou seja, o
número atômico. Isso implicou uma reformulação na tabela de Mendeleev. Hoje os
elementos são ordenados em função de seus números atômicos crescentes.
Períodos.
Denomina-se período ou série cada uma das linhas da tabela.
Famílias.
As dezoito colunas da tabela são denominadas famílias apresentam propriedades
químicas semelhantes, pois possuem a mesma quantidade de elétrons na última camada.
Família 1 (1A): Alcalinos
Família 2(2A) Alcalinos-terrosos
Família 13(3A) família do boro
Família 14(4A) família do carbono
Família 15(5A) família do nitrogênio
Família 16(6A) calcogênios
Família 17 (7A) halogênios
Família 18 gases nobres
Exercícios:
1.Indique a família e o período dos elementos abaixo?
a) 15P
b) 18Ar
c) 20Ca
d) 50Sn
e) 87Fr
2.Quantas famílias e quantos períodos existem na tabela periódica?
3.Qual a família e qual o período do elemento cálcio?
4.Determine o número atômico dos elementos que se encontram no:
a) Quinto período, família dos metais alcalino-terrosos.
b) Terceiro período, família dos metais alcalinos.
c) Terceiro período, família dos halogênios.
d) Quarto período, família dos calcogênios
e) Terceiro período, família do carbono.
5.Qual o único metal líquido em condições ambiente?
6.Indique quatro metais alcalinos terrosos?
7.Qual o metal mais valioso que existe na natureza porque?
8.Cite dois metais que são usados na fabricação de panelas?
9.Pesquise em livros ou na internet as propriedades dos metais?
FUNÇÕES INORGÂNICAS:
Ácidos.
Todo ácido de Arrhenius provém de um composto molecular que, na presença de água,
sofre ionização, liberando unicamente,na foram de cátion, o íon H+. O ânion que se
forma tem carga igual ao número de H+ . Veja:
HCl------------------H+
+ Cl-
Exemplos de ácidos: HCl ácido clorídrico, H2 SO4 ácido sulfúrico, HI ácido iodídrico,
HF ácido fluorídrico e HBr ácido bromídrico .
Nomenclatura dos ácidos.
Pelo menos para os principais ácidos, você precisa saber associar fórmulas e nomes, ou
seja, dada uma fórmula, saber o nome e vice-versa.
Genericamente, a fórmula de um ácido pode ser representada por HX A sendo A o ânion
formado por um ou mais elementos.
Veja a relação entre os nomes do ânion e do ácido correspondente e alguns exemplos:
Terminação
ÂNIOM ÁCIDO
ato ico
eto ídrico
Ito oso
Bases
De acordo com Arrhenius, base é qualquer composto que em meio aquoso se dissocia
ionicamente, liberado como ânions exclusivamente íons OH-
EXEMPLO:
Al(OH)3.............Al3+
+ 3OH-
Nomenclatura das bases:
A nomenclatura das bases, ao contrário da dos ácidos, é muito simples, pois basta
escrever a palavra hidróxido seguida da preposição de e do nome do cátion
correspondente.
Exemplos:
a) NaOH: hidróxido de sódio
b) KOH: hidróxido de potássio
c) Al(OH)3
EXERCÍCIOS:
1.Equacione a ionização de ácidos:
a) HCl
b) HI
c) HF
d) H2 SO4
2.Dê o nome para os seguintes ácidos:
a)HCl b)HBr c)HF d) HI e)HCN
3.Identifique quais substâncias são ácidas e quais são básicas?
a) HCl
b) NaOH
c) HCN
d) HI
e) KOH
f) Al(OH)3
4.Dê o nome para as seguintes bases:
a) NaOH
b) KOH
c) Mg(OH)2
SAL:
Sal é toda substância iônica que resulta da mistura de um ácido com uma base pela
eliminação de água.
Exemplos de sais.
NaCl: cloreto de sódio
KCl: cloreto de potássio
NaI: iodeto de sódio
MgCl: cloreto de magnésio
Óxido:
Óxido são compostos formados por dois elementos ( compostos binários), e o mais
eletronegativo desses elementos deve ser o oxigênio.
Exemplos de óxidos.
CO2: dióxido de carbono
Na2:O Óxido de sódio
CaO: óxido de cálcio
EXERCÍCIOS:
1.A que função inorgânica pertence o pigmento de fórmula Pb3 O4 ?
2.Monte fórmulas de possíveis saís normais associados os íons Mg2+
Na+ ?
3.Identifique quais substâncias são sais e quais não são?
a) NaCl
b) CO
c) MgCl2
d) KCl
e) KI
f) KBr
CÁLCULOS QUÍMICO
A função do químico.
O papel do químico, em relação ás transformações químicas, não é o de estudar
somente aquelas que ocorrem na natureza, mas também o de provocar transformações
queproduzam novas substâncias com propriedades características. O químico provoca
essas transformações não ao acaso, como um mero misturador de materiais, mas usado a
integração razão e experimentação, ou seja, aliando teoria à prática.
Assim o químico constrói uma transformação que a natureza não construiu, por um
motivo justo, pois ela é harmoniosa, não teve a “ ousadia” de construir.
É assim que surgem os medicamentospara curar ou prevenir doenças, os plásticos, os
fertilizantes, os produtos de limpeza e de higiene pessoal.’
Quando se estudam as transformações, verifica-se que existem relaçõesentre as
quantidades das substâncias que participam dessas transformações. Conhecer essas
relações e determinar essas quantidades é importante e faz parte do trabalho do químico.
Na indústria, a fabricação de certo produto exige cálculos antecipados para conhecer a
quantidade exata da matéria-prima a ser usada e, assim, evitar desperdícios- é a
importância econômica.
Fórmulas
Como consequência direta dessas leis, pode-se estabelecer a composição centesimal em
massa de uma substância e assim tem-se a fórmula porcentual dessa substância
A partir da fórmula porcentual, outros tipos de fórmulas são obtidos, como a fórmula
mínima e a fórmula molecular.
Fórmula porcentual
A fórmula porcentual indica a percentagem em massa de cada elemento que forma uma
substância.
Ela pode ser obtida a partir de resultados experimentais. Por exemplo, verifica-se
experimentalmente que 4g de hidrogênio reagem com 32g de oxigênio, produzindo 36g
de água.
Hidrogênio+ oxigênio....................água
4g 32g 36
Xg yg 100
Xg yg 100
X=11,11g(11,11%)
Y=88,88g(88,88%)
Às vezes pode acontecer de a fórmula mínima ser igual à fórmula molecular do composto; no
entanto, isso nem sempre é verdadeiro.
Por exemplo, a fórmula empírica ou mínima da água é H2O, indicando que há a proporção de
2:1 entre os elementos que formam as moléculas de água. E, coincidentemente, essa também
é a fórmula molecular da água. Porém, para você ver que isso não ocorre sempre, observe os
dois exemplos a seguir:
Visto que a fórmula mínima é somente a relação dos átomos de cada elemento e não a
quantidade real deles na fórmula molecular, pode ocorrer de compostos diferentes terem a
mesma fórmula empírica e até mesmo a fórmula mínima de um composto pode ser igual à
fórmula molecular de outro. Observe, no exemplo abaixo, como isso pode ocorrer:
Veja que a fórmula mínima CH2O é a mesma para todas as substâncias, isto é, essa fórmula
mínima expressa que, em todos os casos, os átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio estão
presentes nas fórmulas moleculares em uma relação de 1:2:1. Além disso, o único que
apresenta a fórmula molecular igual à fórmula empírica é o formaldeído.
Cálculo da Fórmula Mínima ou Empírica:
Para determinar a fórmula empírica de um composto é necessário saber primeiro qual é a sua
fórmula percentual ou centesimal. Isso pode ser feito medindo a massa de cada elemento em
100g de uma amostra. O texto “Fórmula Percentual ou Centesimal” esclarece melhor esse
assunto.
Por exemplo, digamos que a composição centesimal de determinado composto é dada por:
40,00% de C, 6,67% de H e 53,33% de O. Passamos esses valores para grama, considerando
uma massa de 100 g de amostra do composto. Assim, temos: 40 g de C, 6,67 g de H e 53,33 g
de O.
Agora é necessário passar esses valores para a quantidade de matéria (mol). Fazemos isso
dividindo cada um dos valores encontrados por suas respectivas massas molares:
C: 40/12 = 3,33
H: 6,67/1 = 6,67
O: 53,33/16 = 3,33
Visto que os valores não são inteiros, usamos o seguinte artifício: dividimos todos os valores
pelo menor deles, pois dessa maneira a proporção existente entre eles não é alterada.
Nesse caso, o menor valor é 3,33, de modo que o resultado será:
C: 3,33/3,33 = 1
H: 6,67/3,33 = 2
O: 3,33/3,33 = 1
Assim, a fórmula mínima dessa substância desconhecida é igual a: C1H2O1 ou CH2O.
Resumidamente, os passos necessários para encontrar a fórmula empírica ou mínima de uma
substância são:
Fórmula molecular
A fórmula molecular indica a quantidade de átomos de cada elemento que forma uma
molécula de determinada substância.
A fórmula mínima do ácido acético é CH2Oe sua massa molar é 60g/mol. Então:
( CH2O)n
(12+2+16)n= 60
30n=60
n=2
fórmula mínima= (CH2O )2
Fórmula molécula C2H4O2
Exercício
1.Determine a composição centesimal do:
a) Ácido sulfúrico H2SO4
b) Ácido clorídricoHCl
c) Hidróxido de sódio NaOH
2.Determine as fórmulas mínimas das substâncias a partir das respectivas composições
centesimais:
a)1,54% de hidrogênio
49,23% de enxofre
49,23% de oxigênio
3. Um dos gases responsáveis pela chuva ácida apresenta 50% de enxofre e 50% de oxigênio
em massa. Descubra a fórmula molecular desse gás, sabendo que suamassa molar é
64g/mol.
INTRODUÇÃO À ESTEQUIOMETRIA
Estequiometria ou cálculo estequiométrico (do grego: stoikheion – elemento; metron – medição) é o termo usado para descrever as relações quantitativas na química. Ou seja, quando se refere a “quanto” de uma substância será consumida ou formada durante uma reação química é um problema de estequiometria. Para relacionar a estequiometria com o nosso cotidiano podemos citar a preparação de um bolo, onde para que ocorra a reação entre os ingredientes teremos que usar as quantidades adequadas, ou seja, ao aumentarmos algum ingrediente teremos que aumentar os demais na mesma proporção. Para resolvermos problemas com cálculos estequiométricos devemos seguir as seguintes regras:
Montar a equação química; Fazer o balanceamento da equação; Escrever as proporções em mols; Montar a estequiometria com dados e descobrir o que o problema quer resolver; Conferir se os dados do problema estão nas unidades corretas:
I. Volume = L II. Massa = g III. Moléculas, átomos = mol
Resolver a regra de três. Os exercícios 1. Quantas moléculas de gás carbônico podem ser obtidas pela queima completa de
4,8 g de carbono puro? (massa atômica: C = 12) C + O2 → CO2 12g 6,02x10
23moléculas
4,8g x x= 2,4x10
23moléculas de CO2
2. Quantos mols de N2(g) são necessários para produzir 5 mols de NH3(g)? N2 + 3H2 → 2NH3 1mol 2mol x 5 mols x= 2,5 mols de NH3 3. Calcule o número de mols de CO2(g) que pode ser obtido na combustão completa
de 2,4 mols de C3H8(g)? C3H8 + 5O2 → 3CO2 + 4H2O 1mol 3mols 2,4 mols x x= 7,2 mols 4. Calcule a massa de óxido cúprico (CuO) obtida a partir de 2,54 g de cobre
metálico (Cu). Dados: (O = 16; Cu = 63,5). 2Cu + O2 → 2CuO 127g 159g 2,54g x x= 3,18g de CuO 5. Para transformar mármore em gesso, precisamos atacá-lo com ácido sulfúrico,
segundo a reação: H2SO4 + CaCO3 → CaSO4 + CO2 + H2O Para 2 kg de mármore, quantos de gesso precisamos produzir? Dados: (Ca = 40; C = 12; S = 32; O = 16) 100Kg 136g 2Kg x x= 2,72Kg
6. Combustível e importante reagente na obtenção de amônia e compostos
orgânicos saturados, o hidrogênio pode ser obtido pela reação: NaH(s) + H2O(l) → NaOH(aq) + H2(g) Quantos litros do gás, nas condições ambiente podem ser obtidos pela hidrólise de
60,0 g de hidreto de sódio. Dados: (volume molar = 24,5L/mol; massa molar = 24
g/mol. 24g/mol 24,5L/mol 60,0 g x x= 61,25L/mol 7. Considerando a reação: N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g) Calcule quantos litros de NH3(g) são obtidos a partir de 3 litros de N2(g). Considere
todos os gases nas CNTP. 22,4L 44,8L 3L x x= 6L 8. Quantos mols de ácido clorídrico são necessários para produzir 23,4 gramas de
cloreto de sódio? (massas atômicas: Na = 23; Cl = 35,5) HCl + NaOH → NaCl + H2O 1mol 58,5g x 23,4g x= 0,4mol 9. (UCB-MS) Dada a equação química não-balanceada:
Na2CO3 + 2HCl → 2NaCl + CO2 + H2O
A massa de carbonato de sódio que reage completamente com 0,25 mol de ácido
clorídrico é: a) 6,62 g b) 26,50 g c) 13,25 g d) 10,37 g e) 20,75 g
106g 2mol x 0,25mol x= 13,25g 10. Quantos mols de níquel (Ni) há em 4,50 g deste elemento? 1mol 59g x 4,50g x= 0,076mol 11. Quantos gramas de ouro (Au) existem em 0,250 mol deste metal? 1mol 197g 0,250mol x
x= 49,25g 12. O alumínio é obtido pela eletrólise da bauxita. Nessa eletrólise, ocorre a
formação de oxigênio que reage com um dos eletrodos de carbono utilizados no
processo. A equação não balanceada que representa o processo global é: 2Al2O3 + 3C → 3CO2 + 4Al. Para dois mols de Al2O3, quantos mols de CO2‚ e de Al, respectivamente, são
produzidos esse processo? a) 3 e 2 b) 1 e 4 c) 2 e 3 d) 2 e 1 e) 3 e 4 13. Dados: massas molares em g/mol de MgO = 40 e SO‚ = 64 MgO(s)+ SO2(g)+ 1/2O2(g) → MgSO4(s) Quantas toneladas de óxido de magnésio são consumidas no tratamento de 9,6x10
3
toneladas de SO2? a) 1,5 x 10
3 b) 3,0 x 10
3 c) 1,0 x 10
3 d) 6,0 x 10
3 e) 2,5 x 10
3 40t 64t x 9,6x10
3 x= 6x10
3t de MgO
14. Quantos gramas de NH3(g) serão produzidas a partir de 12 g de H2(g)? (massas molares
em g/mol: H2 = 2 e NH3 = 17. N2 + 3 H2 → 2 NH3 6g 34g 12g x x= 68g 15. Calcule a massa, em gramas de CO2 que pode ser obtida na combustão completa de 2,4
mols de C3H8. Dados: CO2 = 44 g/mol (massa molar) C3H8 + 5O2 → 3CO2 + 4H2O 1mol 132g 2,4mols x x= 316,8g 16. Quantos mols de O2 reagem com 8átomos de Fe? 1 mol 6,02x10
23 átomos
X 8 átomos X= 1,3x10
23 átomos
17. Qual a massa de CO2 obtida da queima de 6 mols de carvão? 1 mol 44g 6 mol x x= 264g 18. Considere a combustão completa de propano, C3H8 + 5 O2 → 3 CO2 + 4H2O. Se 3,04 mols de propano são queimados no ar, qual será a quantidade de matéria de CO2
produzida? Qual será a quantidade de matéria de O2 consumida? 1mol 132g 3,04 mol x
x= 401,28 g 1 mol 160 g 3,04 mols x x= 486,4g 19. Que massa do composto desconhecido é formada nas seguintes reações?a) C2H4 +
H2 → C2H6. 3,4 g de C2H4 reagem para produzir x g de C2H6. 28g 30g 3,4g x X= 3,6g b) CS2 + 3Cl2 → CCl4 + S2Cl2 5,78 g de Cl2 reagem para produzir x g de S2Cl2. 210g 134g 5,78g x X= 3,68g
X= 3,68g 20. Para as seguintes reações, determine o valor de x .
a) 4C + S8 → 4CS2 3,2 mols e S8 produzem x mols de CS2 1 mol 4 mols 3,2mols x x= 12,8mols b) CS2 + 3O2 → CO2 + 2SO2 1,8 mols de CS2 produz x mols de SO2 1 mol 2 mols 1,8mols x x= 3,6mols c) N2H4 + 3O2 → 2NO2 + 2H2O 7,3 mols de O2 produzem x mols de NO2 3 mols 2 mols 7,3mols x x= 4,9mols
SOLUÇÕES: SOLUTO, SOLVENTE, CONCENTRAÇÃO E CURVA DE SOLUBILIDADE
Aproximadamente 90% das reações químicas acontecem com os reagentes dissolvidos em algum líquido. Muitas das coisas que consumimos também são soluções. Daí a importância de entendermos algumas coisas sobre soluções.
Uma solução é sempre composta de duas coisas: uma que dissolve, que chamaremos de solvente, e outra que é dissolvida, que chamaremos de soluto. Assim, quando tomamos um susto e nossa avó prepara um copo de água com açúcar para que nos acalmemos, ela prepara
uma solução onde a água é o solvente e o açúcar é o soluto. O que talvez ela não saiba é que água com açúcar não tem o mínimo efeito calmante...
Nosso "calmante da vovó" pode estar muito ou pouco doce. Quimicamente falando, o que está variando é a concentração. Quanto mais doce estiver, mais açúcar encontra-se dissolvido e mais concentrada a solução estará.
Concentração
A concentração é a relação entre a quantidade de soluto e o volume da solução. É bastante óbvio que se colocarmos uma colher de chá de açúcar em um copo com água o resultado será menos doce do que se colocarmos uma colher de sopa de açúcar no mesmo copo com água. A primeira solução é menos concentrada que a segunda, ou seja, possui menos massa de soluto do que a segunda, para o mesmo volume de solvente.
Matematicamente podemos escrever uma expressão para calcular a concentração:
Todos sabemos que a quantidade de soluto que pode ser adicionado a um solvente não é infinita. Se nossa avó, ao preparar nosso copo de água com açúcar, exagerar no açúcar, parte dele não será dissolvido, permanecendo sólido no fundo do copo. Podemos então concluir que existe um limite para a quantidade de soluto. É o que chamamos de coeficiente de solubilidade.
As coisas agora podem parecer meio confusas, mas leia com atenção que você entenderá esses conceitos com clareza:
Concentração máxima
Temos um certo volume de solvente puro, ou seja, não adicionamos nada nele - ainda. Começamos a colocar vagarosamente pequenas quantidades de soluto. À medida que isso é feito, a concentração começa a aumentar. Continuamos adicionando soluto, a concentração continua aumentando até que colocamos uma pitada do soluto e este não mais se dissolve. Atingimos a máxima concentração que essa solução pode ter e, mesmo que adicionemos mais soluto, a concentração não se alterará mais.
Entenda que a concentração é a relação da massa do soluto dissolvido em um certo volume de solução. Se colocamos soluto em excesso e ele não se dissolver, ele não fará parte da solução, ficará depositado no fundo do recipiente no estado sólido e portanto não influenciará na concentração.
Perceba que isso nos remete a algo muito interessante: se gostamos de café bem doce, existe um limite de quantidade de açúcar que podemos colocar no café para que ele dissolva. Toda a quantidade que colocarmos a mais ficará depositada no fundo da xícara e não tornará o café mais doce, apenas desperdiçará mais açúcar.
Concentração e densidade
Algum leitor deve ter batido os olhos na figura da lousa e se perguntado: A relação da massa e volume não é a densidade?
É sim, mas fique atento ao seguinte detalhe: embora possamos escrever as duas expressões como m/V, na concentração "m" representa a massa apenas do soluto, enquanto que na densidade o "m" representa a massa total da solução (soluto + solvente). Perceba também que quando a concentração aumenta (adição de soluto), a densidade também aumenta, pois estamos adicionando mais massa à solução.
Tipos de soluções
Dependendo da quantidade de soluto que uma solução contém, podemos classificar as soluções. Tenha novamente em mente que existe um limite para a quantidade de soluto que pode ser adicionado a um determinado volume de solvente e que chamamos isso de coeficiente de solubilidade.
Quando uma solução contém soluto abaixo do coeficiente de solubilidade, dizemos que essa solução é insaturada. Quando a quantidade de soluto é igual ao coeficiente de solubilidade, ou seja, está no limite, dizemos que ela é saturada. Finalmente, quando a quantidade de soluto supera o limite, dizemos que ela é super-saturada.
Você deve estar se perguntando como é possível ter uma quantidade de soluto superior ao limite. Afinal é o limite ou não? As soluções ditas super-saturadas, que contêm uma quantidade de soluto superior ao coeficiente de solubilidade são extremamente difícies de preparar e muito instáveis.
Imagine a seguinte situação: você quer empilhar latas de refrigerante e, o máximo que consegue empilhar são quatro latas. Você tentou empilhar milhões de vezes e o limite é quatro latas. De repente, você utiliza toda concentração e cuidado dignas de um monge budista e consegue empilhar a quinta lata. Nesse momento alguém bate a porta do seu laboratório e a quinta lata cai, restando apenas quatro empilhadas. Você se concentra novamente e consegue empilhar não cinco, mas seis latas! Nesse momento vem se aproximando da sua pilha um mosquito e pousa em cima dela, derrubando duas delas e restando novamente quatro empilhadas.
É isso que acontece nas soluções super-saturadas. Em condições especiais conseguimos dissolver uma quantidade de soluto superior ao coeficiente de solubilidade (CS) mas, na primeira perturbação o excedente se precipita restando dissolvida apenas a quantidade limite, o que torna a solução saturada.
Curva de solubilidade
A solubilidade varia de soluto para soluto e também com o tipo de solvente. Além disso, o principal fator que influencia na solubilidade é a temperatura. O coeficiente de solubilidade varia com a temperatura, podendo aumentar ou diminuir com a elevação de temperatura, depedendo do soluto em questão. A variação do coeficiente de solubilidade em função da temperatura é representado em um gráfico que chamamos de curva de solubilidade.
Na curva de solubilidade podemos identificar ainda:
Como alterar a concentração?
Se você preparar uma solução qualquer, sua concentração não se altera se você, por exemplo, dividi-la em dois frascos. Se isso fosse verdade e tivéssemos adoçado demais uma xícara de café, bastaria dividir o conteúdo em duas xícaras que o café ficaria menos doce.
Para alterar a concentração de uma solução, podemos:
Aumentar a quantidade de soluto, aumentando a concentração;
Aumentar a quantidade de solvente, diminuindo a concentração;
Diminuir a quantidade de solvente, aumentando a concentração.
Estranhou o terceiro método? Como podemos diminuir a quantidade de solvente? Evaporá-lo pode ser um excelente método. Coloque uma colher de chá de sal de cozinha em um copo com água. Você verá que todo o sal se dissolve. Coloque sua solução em uma panela e leve ao fogo. Você verá que, à medida que a água (solvente) evapora, a solução vai se tornando mais concentrada, até tornar-se saturada e posteriormente começar a precipitar sal, indicando que a concentração está acima do limite. Você já deve ter estudado ou até presenciado esse procedimento em laboratório, muito conhecido como destilação simples e utilizado para separar os componentes de uma solução.
Exercícios
1) Calcule a concentraçãoem g/L de uma solução que apresenta volume de
800cm3 e contém 20g de soluto.
2) São dissolvidos 400g de cloreto de sódio em água suficiente para 2L de
solução. Qual é a concentração em g/L?
3) A concentração de uma solução é de 20g/L. Determine o volume dessa
solução sabendo que ela contém 75 g de soluto?
4) Defina solução?
5) O que é uma solução super saturada?
6) Determine a massa de NaOH dissolvido em água suficiente para 600cm3 de
solução, cuja concentração comum é de 700g/L?
Reações endotérmicas e exotérmicas
Todas as reações químicas e bioquímicas liberam ou absorvem energia do ambiente de alguma forma. Os processos que liberam calor são denominados exotérmicos e nos transmitem sensação de aquecimento. É o caso, por exemplo, das combustões.
Por outro lado, a sensação de frio que sentimos ao sair de um banho, ou quando pegamos um cubo de gelo, está associada a processos endotérmicos. Tais processos - evaporação e fusão da água - absorvem calor do ambiente e isso pode ser percebido pelo nosso corpo.
Reações exotérmicas:
Ao contrário das reações endotérmicas, as reações exotérmicas possuem um balanço negativo de energia quando se compara a entalpia total dos reagentes com a dos produtos. Assim, a variação entálpica final é negativa (produtos menos energéticos do que os reagentes) e indica que houve mais liberação de energia, na forma de calor, para o meio externo que absorção – também sob forma de calor.
A temperatura final dos produtos é maior que a temperatura inicial dos reagentes.
O esquema de uma reação exotérmica pode ser representado da seguinte forma:
Reações endotérmicas Já numa reação endotérmica, o fornecimento de energia desloca o equilíbrio para a formação de produtos. Uma vez que este processo absorve calor do meio.
As reações endotérmicas têm como característica possuírem balanço energético positivo quando é comparado a energia entálpica dos produtos em relação aos reagentes. Assim, a variação dessa energia (variação de entalpia) possui sinal positivo (+ΔH) e indica que houve mais absorção de energia do meio externo que liberação. Ambas em forma de calor.
Como consequência, a temperatura dos produtos finais é menor que a dos reagentes. O esquema de uma reação exotérmica pode ser representado da seguinte forma:
Exercícios :
1) Diferencie reaçãoendotérmica de exotérmica?
CINÉTICA QUÍMICA.
Existe um ramo na ciência que estuda a velocidade das reações químicas e os fatores
que a influenciam, é a chamada Cinética Química. Pode se definir reações químicas como
sendo um conjunto de fenômenos nos quais duas ou mais substâncias reagem entre si, dando
origem a diferentes compostos. Equação química é a representação gráfica de uma reação
química, onde os reagentes aparecem no primeiro membro, e os produtos no segundo.
A + B C + D
Reagentes Produtos
O conhecimento e o estudo das reações, além de ser muito importante em termos
industriais, também estão relacionados ao nosso dia a dia.
A velocidade de uma reação é a rapidez com que os reagentes são consumidos ou rapidez com
que os produtos são formados. A combustão de uma vela e a formação de ferrugem são
exemplos de reações lentas. Na dinamite, a decomposição da nitroglicerina é uma reação
rápida.
As velocidades das reações químicas são determinadas através de leis empíricas, chamadas leis
da velocidade, deduzidas a partir do efeito da concentração dos reagentes e produtos na
velocidade da reação.
As reações químicas ocorrem com velocidades diferentes e estas podem ser alteradas, porque
além da concentração de reagentes e produtos, as velocidades das reações dependem
também de outros fatores como:
Concentração de reagentes: quanto maior a concentração dos reagentes maior será a
velocidade da reação. Para que aconteça uma reação entre duas ou mais substâncias é
necessário que as moléculas se choquem, de modo que haja quebra das ligações com
consequente formação de outras novas. O número de colisões irá depender das concentrações
de A e B. Veja a figura:
Moléculas se colidem com maior frequência se
aumentarmos o número de moléculas reagentes.
É fácil perceber que devido a uma maior concentração haverá aumento das colisões entre as
moléculas.
Superfície de contato: um aumento da superfície de contato aumenta a velocidade da reação.
Um exemplo é quando dissolvemos um comprimido de sonrisal triturado e ele se dissolve mais
rapidamente do que se estivesse inteiro, isto acontece porque aumentamos a superfície de
contato que reage com a água.
Pressão: quando se aumenta a pressão de um sistema gasoso, aumenta-se a velocidade da
reação.
Um aumento na pressão de P1 para P 2 reduziu o volume de V1 para V1/2, acelerando a
reação devido à aproximação das moléculas.
A figura acima exemplifica, pois com a diminuição do volume no segundo recipiente, haverá
um aumento da pressão intensificando as colisões das moléculas e em consequência ocorrerá
um aumento na velocidade da reação.
Temperatura: quando se aumenta a temperatura de um sistema, ocorre também um aumento
na velocidade da reação. Aumentar a temperatura significa aumentar a energia cinética das
moléculas. No nosso dia a dia podemos observar esse fator quando estamos cozinhando e
aumentamos a chama do fogão para que o alimento atinja o grau de cozimento mais rápido.
Catalisadores: os catalisadores são substâncias que aceleram o mecanismo sem sofrerem
alteração permanente, isto é, durante a reação eles não são consumidos. Os catalisadores
permitem que a reação tome um caminho alternativo, que exige menor energia de ativação,
fazendo com que a reação se processe mais rapidamente. É importante lembrar que um
catalisador acelera a reação, mas não aumenta o rendimento, ou seja, ele produz a mesma
quantidade de produto, mas num período de menor tempo.
Exercícios
1. O que é cinética química?
2. Por que o cálculo da velocidade média deve ser calculado em módulo?
3. O que acontece com a concentração dos reagentes em uma reação química, à medida que vai se formando os produtos?
4. O que é velocidade de consumo e de produção?
5. Quais são as principais condições para que uma reação química ocorra?
6. Quais são os tipos de colisões entre as moléculas que existe? Qual o mais efetivo? Por quê?
7. O que é complexo ativado?
8. O que é energia de ativação?
9. Por que o aumento da energia de ativação retarda a velocidade da reação química?
10. Por que uma palha de aço enferrujará mais rápido do que um pedaço de prego com mesma massa?
Alcanos Alcenos e Alcinos
Introdução:
Introduzimos com um pouco de hidrocarbonetos e teoria do orbital molecular que fundamental
para o entendimento do trabalho e o que de origina os compostos que irão ser citados nesse
trabalho.
Hidrocarbonetos, como o sugere o nome, são compostos cujas moléculas contêm apenas
átomos de carbono e hidrogênio. Metano (CH4) e etano (C2H6) são hidrocarbonetos. Eles
também pertencem a um subgrupo de hidrocarbonetos conhecidos como alcanos, cujos
membros não possuem ligações múltiplas entre os átomos de carbono. Hidrocarbonetos cujas
moléculas possuem uma ligação dupla carbono-carbono são chamados alcenos e aqueles
com uma ligação tripla são chamados alcinos. Hidrocarbonetos que contêm um anel especial,
são chamados hidrocarbonetos aromáticos.
Geralmente, compostos como os alcanos, cujas moléculas possuem apenas ligações simples,
são chamados de compostos saturados pois contêm o número máximo de átomos de
hidrogênio que um composto de carbono pode possuir. Compostos com ligações múltiplas, tais
como alcenos, alcinos e hidrocarbonetos aromáticos, são chamados de compostos
insaturadospois possuem menos que o número máximo de átomos de hidrogênio, podendo ser
hidrogenados em condições apropriadas.
Alcanos - As principais fontes de alcanos são o gás natural e o petróleo. Os alcanos menores
(metano até butano) são gases a temperatura ambiente. Os alcanos de maior peso molecular
são obtidos principalmente através do refinamento do petróleo.
Alcenos - Eteno e propeno, os dois alcenos mais simples, estão entre os mais importantes
produtos químicos industriais produzidos nos Estados Unidos. A cada ano as indústrias
químicas produzem mais de 15 milhões de toneladas de eteno e cerca de 7,5 milhões de
toneladas de propeno. Eteno é usado como matéria-prima para a síntese de diversos
compostos industriais, incluindo etanol, óxio de etileno, etanal e o polímero polietileno. Propeno
é usado na preparação do polímero polipropileno e, além de outros usos, o propeno é a
matéria-prima para a síntese de acetona e cumeno.
Eteno também ocorre na natureza como hormônio de plantas. É produzido naturalmente por
frutos tais como tomates e bananas, estando ainda envolvido no processo de amadurecimento
dessas frutas. Hoje em dia se faz muito uso de eteno no comércio de frutas para causar o
amadurecimento de tomates e bananas colhidos ainda verdes, já que frutas verdes são menos
suscetíveis a danos durante o transporte.
Alcinos – O Alcino mais simples é o etino (também chamado acetileno). Alcinos ocorrem na
natureza e podem ser sintetizados em laboratório. Um exemplo de aplicação do acetileno é a
produção do PVC (policloreto de vinila), etanol e ácido acético.
Hidrocarboneto aromático – São hidrocarbonetos cíclicos insaturados. Um exemplo é o
composto conhecido como benzeno. O benzeno é utilizado amplamente na industria de
polímeros, solventes, defensivos agrícolas e indústria química em geral.
A tabela Abaixo Melhor Explica:
Classe Tipo de
cadeiacarbônica Exemplo
ALCANO ouPARAFINA alifática saturada CH3CH2CH2CH3but
ano
ALCENO ouALQUENOouOLEFINA alifáticainsaturadaetêni
ca com um
CH3CH=CHCH32-
buteno
H2C=CHCH2CH31-
buteno
ALCADIENO ouDIOLEFINA alifáticainsaturadaetêni
ca com 2
H2C=C=CHCH31,2-
butadieno
H2C=CHCH=CH21,3-
butadieno
ALCINO ouALQUINO alifáticainsaturadaetínic
a com um
H3CCCCH32-butino
HCCCH2CH31-
butino
ALCENINO ouALQUENINO
alifáticainsaturadaetení
nica com um e
um
H2C=CHCCHbuteni
no
CICLOALCANO
ouCICLANOouCICLOPARAFINA alicíclica saturada
H2 C C H2
|
|
H2 C C H2
ciclobutano
CICLOALQUENO
ouCICLOALCENOouCICLENOouCICLOOL
EFINA
alicíclicainsaturadaetêni
ca com um
H2 C C H2
|
|
H C C H
ciclobuteno
ARENO
ouHIDROCARBONETOAROMÁTICO cadeia aromática
benzeno
Teoria do Orbital Molecular (TOM)
A teoria do orbital molecular (TOM) é uma maneira para demonstrar como as ligações entre
átomos ocorrem. A TOM utiliza algumas regras, tais como: a Equação de Onda de
Schrödinger, que assume que os elétrons são ondas e não partículas; Princípio da Exclusão de
Pauli, que define o número máximo de elétrons por orbital e seus respectivos spins; as Regras
de Hund, que são usadas para a distribuição de elétrons nos orbitais moleculares. Com essa
teoria é possível definir qual ligação é feita por dois átomos, quantas ligações são feitas, e
onde há a maior probabilidade de se encontrar elétrons nessa molécula.
Para se ter uma ligação covalente são necessários, no mínimo, dois átomos e que estes
estejam sobrepostos. Quando essa sobreposição ocorre, os elétrons sofrem influência de seus
núcleos, do núcleo do outro átomo e dos elétrons dessa molécula. A ligação entre os átomos é
gerada pelos elétrons.
De acordo com a TOM, essa ligação gera dois tipos de orbitais moleculares: os ligantes e os
antiligantes. Os orbitais ligantes possuem energia menor que os orbitais atômicos geradores
desse orbital. Já os orbitais antiligantes são de energia maior.
Quando os elétrons estão no orbital ligante, de menor energia, eles produzem uma
força de atração elétron-núcleo. No orbital antiligante é produzida uma força de repulsão
elétron-elétron, por isso esse orbital é de maior energia e dá instabilidade à molécula.
As ligações covalentes ocorrem a partir da sobreposição dos orbitais atômicos s e p. Quando
ocorre no orbital s, que tem o formato de uma esfera, a sobreposição do orbital atômico é
sempre sobre o eixo de ligação. Mas como o orbital p tem o formato de um 8, nem sempre o
seu eixo está na mesma direção do eixo de ligação. Quando isso ocorre, são formadas duas
ligações, uma chamada de PI (π), e outra chamada de sigma (σ), sendo que a primeira é mais
fraca.
Depois da formação dos Orbitais Moleculares, a TOM rege a distribuição dos elétrons. Alguns
conceitos são necessários nessa parte: o Princípio de Exclusão de Pauli, que diz que um
orbital suporta no máximo dois elétrons e com spin opostos (+1/2, -1/2); O princípio da
Estabilidade, onde é expresso que os elétrons ocupam orbitais de menor energia antes de
ocuparem os de maior energia; Regra de Hund, que explica a distribuição eletrônica nos sub-
níveis de cada orbital, pela qual os elétrons devem ocupar o maior número possível de sub-
nível antes de começar a dividir o sub-nível.
O avanço da ciência e da tecnologia, somado à Teoria do Orbital Molecular, têm
permitido a criação de novos fármacos com maior precisão e com menores gastos. Também
podemos pensar que em um futuro não muito distante será indispensável o conhecimento da
TOM para explicar, prever e descobrir o mundo ao nosso redor!
Alcanos
Os alcanos, também chamados parafinas, são hidrocarbonetos alifáticos saturados, de fórmula
geral CnH2n+2. Estes se apresentam em cadeias lineares ou ramificadas. Os alcanos lineares
são designados, na nomenclatura oficial, através de prefixos, geralmente gregos, seguidos
do sufixo "ano". Nos alcanos , os átomos de carbono usam quatro orbitais híbridos,
equivalentes sp³, para se ligar tetraedricamente a quatro outro átomos (carbono ou hidrogênio).
Nomenclatura
Sistema IUPAC (Atual)
O nome de todos os alcanos termina com -ano. Alcanos de cadeia normal com oito ou menos
carbonos são nomeados conforme a seguinte tabela, que também dá o nome do radical
alcoila, alquila, ou ainda alquilo (em Portugal), formado pelo destacamento de uma ligação de
hidrogênio. Deve-se trocar a terminação em il ou -ila, (dos nomes apresentados para -ilo, de
modo a obter o nome dos radicais em português de Portugal).
Nome do alcano Fórmula do Alcano Grupo alcoil Fórmula do grupo alcoil P.F. (°C) P.E. (°C)
metano CH4 metil(a) CH3 -183 -162
etano C2H6 etil(a) C2H5 -172 -88
propano C3H8 propil(a) C3H7 -190 -45
butano C4H10 butil(a) C4H9 -135 +0,6
pentano C5H12 pentil(a) C5H11 -131 +36
hexano C6H14 hexil(a) C6H13 -94 +69
heptano C7H16 heptil(a) C7H15 -90 +98
octano C8H18 octil(a) C8H17 -58 +126
Isomerismo com Alcanos
Os átomos nos alcanos com mais de três ligações carbônicas podem ser arranjados de
múltiplas maneiras, formando diferentes isômeros. Alcanos "normais" possuem uma
configuração linear, não ramificada. O número de isomeros cresce rapidamente com o número
de átomos de carbono; para alcanos com 1 a 12 átomos de carbonos, o número de isômeros é
igual a 1, 1, 1, 2, 3, 5, 9, 18, 35, 75, 159, e 355, respectivamente.
OBS:Isômeros: são compostos com a mesma fórmula molecular, mas com arranjos atômicos
diferentes; portanto com propriedades diferentes.
Número teoricamente possível de isômeros para alguns alcanos na Tabela abaixo:
Fórmula do Alcano Número de isômeros possíveis
C4H10 2
C5H12 3
C6H14 5
C7H16 9
C8H18 18
C9H20 35
C10H22 75
C15H32 4.347
C20H42 336.319
C30H62 4.111.846.763
C40H82 62.491.178.805.831
Alcanos Ramificados
Regras
1) Localizar a cadeia mais comprida, a qual determina o nome principal do
alcano.
a)cadeias com o mesmo comprimento: escolher a com o maior número de substituintes.
b)Duas possibilidades de numerar a cadeia
principal: escolher a que fornece o menor número, no primeiro ponto de
diferença.
2) Numerar a cadeia, iniciando o mais próximo do substituinte.
3) Com base na regra 2, designar a localização do grupo substituinte. Primeiro
o grupo substituinte depois o nome principal.
4) Para mais de um substituinte, um número para cada um deles. Substituintes
em ordem alfabética.
5) Dois ou mais substituintes idênticos: utilizar di-, tri-, tetra-, etc. Os prefixos
não são considerados na ordem alfabética.
Cicloalcanos
Propriedades físicas
Ponto de Ebulição (Estado liquido para gasoso)
Lembrando Alguns conceitos
Ponto de Ebulição (Sólido para Liquido)
Propriedades físicas tabela:
Densidade
Alcanos são os menos densos de todos os grupos de compostos orgânicos (0,6-
1. 1
2. 2
3. 3
4. 4
5. 5
FUNÇÕES OXIGENADAS
O oxigênio, depois do carbono e do hidrogênio, é um dos elementos mais frequentemente
encontrados em moléculas orgânicas. Veremos agora as funções oxigenadas, ou seja, que têm
o oxigênio como componente.
Álcool
Na química orgânica o grupo –OH é conhecido como hidroxila, e quando ligado a um átomo de carbono (C) saturado numa cadeia carbônica, forma um álcool.
O nome dos alcoóis é obtido juntando o prefixo do número de carbonos na cadeia principal com o infixo da ligação e o sufixo ol. Observe o exemplo do etanol:
Et (dos dois C na cadeia) + an (das simples ligações) + ol (sufixo para os alcoóis) = etanol
O etanol, também conhecido como álcool de cereais, é um dos alcoóis mais produzidos. Ele é obtido através da fermentação de carboidratos de cereais, como o milho, tubérculos como a beterraba, e cana-de-açúcar. Grande parte do etanol serve para produção de bebidas alcoólicas por ser o menos tóxico dos alcoóis.
Éter
A ligação característica de um éter é um grupo –O– que conecta dois radicais de hidrocarbonetos, sendo, portanto, um heteroátomo (um átomo é heteroátomo quando está no meio de carbonos numa cadeia, mas não é um carbono nem um hidrogênio).
A nomenclatura dos éteres é dada unindo o nome da cadeia mais simples (prefixo + oxi) + o nome da cadeia mais complexa (prefixo + infixo + o). Veja o exemplo do metoxietano:
met (do C da cadeia da esquerda) + oxi (sufixo da cadeia mais simples) + et (dos 2 C da cadeia da direita) + an (das simples ligações) + o (sufixo da cadeia mais complexa)
Os éteres estão entre os mais perigosos produtos químicos, principalmente devido à sua inflamabilidade e natureza explosiva.
Aldeído
Os aldeídos são caracterizados pela carbonila (grupo composto por um C e um O por dupla ligação) ligada ao H na ponta de uma cadeia.
O nome dos aldeídos é feito usando o número de C juntamente com o infixo do tipo de ligação e o sufixo al. Ex.: metanal
met (do C ) + an (das simples ligações da cadeia principal) + al (sufixo dos aldeídos) Os aldeídos são muito utilizados na indústria de cosméticos em geral.
Cetona
O grupo funcional que apresenta uma carbonila entre os carbonos da cadeia principal é chamado de cetona. O nome das cetonas é composto do número de carbonos unido ao infixo das ligações e à terminação ona. Ex.: propanona.
prop (dos 3 C da cadeia principal) + an (das simples ligações) + ona (sufixo das cetonas) A proapanona é conhecida comercialmente como acetona, uma substância inflamável, volátil, muito usada como solvente de esmaltes.
Ácido carboxílico
O grupo funcional dos ácidos carboxílicos é conhecido como grupo carboxila e é representado por –COOH. Este grupo forma a base dos ácidos orgânicos.
De acordo com o sistema IUPAC, o nome do ácido carboxílico é gerado escrevendo-se ácido e o nome do hidrocarboneto principal com terminação óico. Ex.:
ácido metanóico = ácido + met (um carbono) + an (simples ligações) + óico (sufixo)
Nesse grupo temos vários ácidos de importantes, como o ácido acético, um dos componentes do vinagre, muito importante em reações metabólicas; o ácio cítrico, encontrado nas frutas cítricas; o ácido lático, encontrado no soro do leite, usado na fabricação de queijos; ácido pirúvico, produzido durante a fase anaeróbica da oxidação da glicose; o ácido oxálico, usado para remover manchas de ferrugem e permanganato de potássio em tecidos, venenoso quando ingerido; o ácido tartárico, encontrado em várias frutas como a uva; o ácido salicílico, muito utilizado no tratamento de fungos e também na remoção de verrugas e calos.
Éster
Os ésteres são caracterizados pelo C que faz ligação dupla com o O e uma ligação simples com outro O, que por sua vez está ligado à cadeia carbônica principal. São produzidos através da reação de um ácido orgânico e um álcool. A nomenclatura é feita usando o prefixo na ligação unido à terminação oato com o nome do radical ligado ao oxigênio com terminação ila. Ex.: metanoato de metila
Metanoato de metila = met (um C ) + an (ligações simples) + oato (sufixo) + met (um C) + ila (sufixo)
Os ésteres encontram-se abundantemente distribuídos na natureza, e muitos deles, são responsáveis pelos perfumes naturais e pelos odores e aromas de frutas.
Fenol
Todo composto que tiver em sua estrutura uma hidroxila ligada a um anel benzênico é chamado de fenol. Geralmente os fenóis são semelhantes aos alcoóis, mas são tratados como uma classe particular de compostos por serem ácidos fracos, diferentemente dos alcoóis.
Para dar nome ao fenol, primeiro é preciso identificar a localização do –OH, em seguida, acrescentar o prefixo hidroxi e o nome do anel benzênico. Ex.: hidroxibenzeno
1 (da posição da –OH) + hidroxi (prefixo) + benzeno (nome do anel benzênico).
O fenol é hoje muito utilizado como desinfetante para instrumentos e utensílios cirúrgicos,
roupas, pisos, banheiros e lavatórios, além de ser usado comercialmente na fabricação de
corantes e plásticos.
FUNÇÕES NITROGENADAS
Aos compostos químicos que contém nitrogênio ligado a um carbono ou uma cadeia carbônica
dá-se o nome de funções nitrogenadas.
Aminas
Aminas são compostos orgânicos derivados da amônia. Existem três tipos de aminas: primárias, secundárias e terciárias. Esses termos referem-se diretamente ao número de átomos de hidrogênio na amônia que forma substituídos por grupos alquila (radical orgânico formado pela remoção de um átomo de hidrogênio de um hidrocarboneto saturado).
Aminas primárias são aquelas nas quais um dos átomos de hidrogênio da amônia (NH3) foi substituído por um grupo alquila.
No sistema IUPAC, o grupo –NH é chamado grupo amino e é indicado numericamente de acordo com sua posição na cadeia mais longa. Se há mais de uma cadeia carbônica ligada ao nitrogênio, então a cadeia mais longa é usada como cadeia principal. Ex.: metilamina
met (1 grupo alquila CH3) + il (infixo) + amina (sufixo para aminas)
Aminas secundárias são aquelas nas quais dois dos átomos de hidrogênio da amônia forma substituídos por grupos alquila. Ex.: dimetilamina
dimetil (2 grupos alquila CH3) + il (infixo) + amina (sufixo)
Aminas terciárias são aquelas nas quais todos os três átomos de hidrogênio da amônia foram substituídos por grupos alquila. Ex.: trimetilamina
trimetil (3 grupos alquila CH3) + il (infixo) + amina (sufixo)
No grupo amina também fazem parte as aminas aromáticas, substâncias que contêm um grupo amino ligado a um anel benzênico. O nome IUPAC é anilina.
As aminas em geral são compostos básicos e reagem com ácidos inorgânicos para formar sais. Além disso, são um dos componentes dos aminoácidos, unidades que formam as proteínas.
Amida
A reação entre ácidos orgânicos com amônia ou com aminas forma uma classe de compostos chamados amidas. Amidas apresentam uma ligação entre um grupo carbonila (-C=O )e um nitrogênio. A nomenclatura das amidas é dada pelo prefixo do número de carbonos da cadeia principal com o infixo do tipo de ligação e o sufixo amida. Ex.: metanamida
met (um C na cadeia principal) + an (ligações simples) + amida (sufixo)
No grupo das amidas temos a uréia, uma substância muito importante para o ramo da Química Orgânica pelo fato de ter sido o primeiro composto orgânico sintetizado em laboratório. A uréia é bastante utilizada como hidratante, umectante, fertilizantes agrícolas e na síntese de outros compostos orgânicos. No organismo, ela é produzida através do metabolismo das proteínas e, devido à sua toxidade, eliminada na urina. Fórmula estrutural:
REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS :
LOPES, CésarV. M. Proposta para o ensino de química: Poluição do ar e lixo. Porto
Alegre. SE/ CECIRS, 1997.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO . PCN- Parâmetros curriculares nacionais – Ensino Médio.Brasília,
1999.
MULLER, Maria ReginaÁvila ; MACHADO, Viviane Prestes. Química, Teoria e Prática. 3
edição: LEW, 2OOO.
TELECURSO 2OOO. Biologiae Química: Globo – Fundação Roberto Marinho.