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RIO BRANCO, AC2012
CLICIANE LIMA DOS SANTOS
Trabalho cadastrado com sucesso! Anote seu número de protocolo: 84783984
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCIÊNCIAS CONTABEIS
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NA INDUSTRIA
RIO BRANCO, AC 2012
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NA INDUSTRIA
Trabalho de Contabilidade Industrial, apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Portfolio Individual.
Orientador: Prof. Equipe de professores 5o semestre
CLICIANE LIMA DOS SANTOS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................3
A EMPRESA INDUSTRIAL.........................................................................................4
FUNÇÕES DA EMPRESA INDUSTRIAL OU GESTÃO INDUSTRIAL.......................5
CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS INDUSTRIAIS..................................................7
OS INVESTIMENTO NA INDUSTRIA.........................................................................8
AS FONTES DE FINANCIAMENTO.........................................................................10
CONTABILIDADE DE CUSTOS...............................................................................11
IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTABILIDADE DE CUSTOS...........13
CUSTEIO INDUSTRIAL............................................................................................15
TERMINOLOGIA EM TERMOS INDUSTRIAIS........................................................16
CONTABILIDADE GERENCIAL...............................................................................17
SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL................................................................19
GESTÃO ECONÔMICA............................................................................................21
CONCLUSÃO............................................................................................................22
REFERÊNCIAS.........................................................................................................23
INTRODUÇÃO
A contabilidade industrial à Contabilidade Analítica ou de Custos.
Esta trata e identifica no processo de produção os vários centros de custos que
contribuem para o produto final. Custos de mão de obra, custos energéticos, custo
da matéria prima e de bens subsidiários, custo de transportes, ou por outra via, os
custos de cada fase do fabrico, como custos de produção, da tintagem, da
embalagem, da comercialização, do marketing e etc.
Só através desta contabilidade é que se sabe qual o custo final do
produto, onde é possível reduzi-lo para o tornar mais competitivo.
Com o advento da revolução industrial a proliferação das industrias
e o surgimento das máquinas e da produção em grande escala , a função do
contador tornou-se mais complexa , pois os dados para valorizar o estoque também
eram mais complexos, uma vez que as compras de mercadorias foram substituídas
por compras de matérias primas e utilizavam favores de produção que as
transformavam em produtos destinados à venda. com isso, a solução foi a utilização
do mesmo método de apuração do resultado, das empresas comerciais, com a
substituição das compras pelo pagamento da matéria-prima consumida na produção
, energia elétrica etc., ou seja, todos os gastos realizados na industrialização dos
produtos, que foram denominados Custos de Produção.
Por isso a compreensão dos princípios básicos da “Ciência
Contábil”, aliada a estrutura de uma empresa industrial, é de fundamental
importância, para que o aluno, se sinta motivado a adquirir, em etapas
complementares a posterior, conhecimentos mais profundos e técnicas mais
sofisticadas nessa área.
Levar ao educando a capacidade de situar e refletir o campo de
atuação, classificação das empresas industriais e a estrutura dessas organizações.
3
A EMPRESA INDUSTRIAL
Empresa industrial é aquela que se constitui juridicamente e
legalmente, com intuito de aplicar o seu capital no consumo, produção e distribuição
de riquezas, para se obter uma legítima remuneração desse capital.
Assim empresa é toda atividade econômica, com fins lucrativos, sob
qualquer forma jurídica, para exploração de uma atividade lícita.
Por sua vez, atividade industrial caracteriza-se pela transformação
de coisas, que originalmente em latim, significa, “indu-struere”, significando,
habilidade para se fazer determinada coisa.
Dentro dessa filosofia de pensamentos, que a palavra nos revela,
podemos considerá-la:
na acepção ampla, indústria é toda e qualquer atividade ou trabalho
humano;
na acepção média, indústria significa trabalho material que exige o
emprego da força humana:
na acepção estrita ou técnica, indústria é conjunto de atos de
transformações exercidas sobre a matéria, com o fim de adaptá-la a satisfação das
necessidades humanas.
Empresa industrial ou de produção é um conjunto orgânico de
pessoas e de bens que sob uma administração, destina-se a transformação ou ao
beneficiamento de utilidades, tornando-as por isso aptas a satisfazer as
necessidades humanas, tendo por finalidade auferir o “lucro’, que é a diferença entre
o valor de venda e o valor de custo dessa utilidade.
4
FUNÇÕES DA EMPRESA INDUSTRIAL OU GESTÃO INDUSTRIAL
A gestão ou administração das empresas industriais se exercem,
através das funções praticadas pelos seus dirigentes e subordinados.
Ou seja, o conjunto dos acontecimentos ocorridos em relação a
empresa industrial em decorrência de sua atividade e na consecução de seus
objetivos.
Assim o organismo administrativo, compreende o conjunto dos
órgãos indispensáveis à realização das atividades diretiva da empresa.
Administrar é gerir, dirigir, governar, coordenar os esforços humanos
e bens materiais, tendentes a um fim colimado.
A administração tem por fim, coordenar os elementos materiais e
humanos das organizações para que se atinja seus fins.
Portanto, podemos destacar que a empresa é a reunião de uma
patrimônio, trabalho e administração.
Patrimônio é o conjunto de valores econômicos pertencentes ou
colocados a disposição da empresa;
Trabalho é a força produtora, que cria e aumenta utilidades, isto é,
transforma as coisas fornecidas pela natureza em bens ou novas utilidades.
Administração, se reserva na ação de como coordenar e dirigir
funções dos bens e das pessoas, para o seu melhor aproveitamento físico e
econômico.
No estudo da administração, vamos encontrar no legado de Henri
Fayol, que toda organização empresarial, deve ter no mínimo seis funções, a saber:
Função Técnica – Objetivo desenvolver projetos, planejar a
produção, como também a qualidade dos produtos;
Função Comercial – Que se ocupa, não só de suprir na compra de
bens materiais, como também fazer fluir os produtos industrializados;
Função Financeira – Se ocupa na captação e aplicação de capitais;
Função de Segurança – Objetiva a atender as normas ambientais,
do pessoal e de bens materiais;
Função Contábil – A aplicação dos estudos da ciência contábil em
relação a organização;
5
Função Administrativa – Com objetivo da coordenação das demais
funções.
6
CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS INDUSTRIAIS
As empresas industriais, podem ser classificadas de acordo com
vários aspectos, sendo, sem dúvida o mais importante no que diz respeito a
natureza dos produtos que transformam.
Assim, podemos enquadra-las em dois grupos:
a) Industrias primárias, ou seja de extração e de beneficiamento;
b) Industrias manufatureira e ou fabril.
c) daí, uma infinidade de ramos industriais especializados, com o
aperfeiçoamento das técnicas e desenvolvimento das ciências.
Existem outras formas de classificá-las:
a) Quanto a sua importância econômica;
b) Pequenas – Médias – Grandes;
c) Quanto ao regime de produção;
d) Produção contínua – quando não há interrupção da produção dos
produtos.
e) Produção descontínua ou por encomenda
f) Quanto às fases de fabricação;
g) Simples ou Monofásicas – os produtos sofrem uma única
operação de fabricação
h) Complexas ou Polifásicas – Quando os produtos sofrem várias
operações até atingirem o seu aspecto final de acabamento;
i) Quanto à variedade de produtos;
j) Produção Unitária – produzem um único produto.
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OS INVESTIMENTO NA INDUSTRIA
O ativo indica a destinação dos elementos patrimoniais, ou seja, as
espécies de valores em que se acham aplicados ou invertidos, constituindo os
investimentos.
No ativo, a lei nos contempla ou distingue os seguintes grupos de
contas:
a) Ativo circulante;
b) Ativo realizável a longo prazo;
c) Ativo permanente.
Quanto a natureza ou fim a que se destinam, os investimentos se
classificam em (antiga estrutura contábil – antes da Lei federal n.º 6.404/76):
a) bens fixos;
b) bens de vendas;
c) bens numerários;
d) bens de renda;
e) crédito de funcionamento;
f) valores imateriais.
Bens fixos – valores aplicados em caráter permanente na empresa,
necessários a produção, correspondendo às imobilizações técnicas, tais como:
edifícios e construções industriais, máquinas e acessórios, equipamentos e
instalações, veículos e móveis e utensílios.
Bens de venda – são aqueles destinado a comercialização e que
constituem o objeto da atividade da industria, isto é, após a sua industrialização,
como também, matéria-prima e resíduos industriais.
Bens numerários – valores disponíveis da organização, ou seja, os
valores monetários, dos quais a empresa pode lançar em circulação imediatamente
para satisfazer a todos os seus compromissos, representados pelos valores em
caixa, os saldos bancários e outros bens de renda de fácil conversibilidade em
moeda. (dinheiro)
8
Bens de renda – representada por certos tipos de investimentos que
não caracterizam a objetividade da empresa, mas que por ventura possam surgir por
conveniência de sua própria funcionabilidade.
Créditos de funcionamento – se originam do próprio funcionamento
da empresa nas suas operações comerciais, representados pelos valores a receber,
tais como, duplicatas a receber, notas a receber, contas correntes, adiantamentos a
sócios, empregados e mesmo fornecedores, empréstimos compulsórios.
Valores imateriais ou intangíveis – são assim denominados por não
apresentarem existência física, figurando no ativo como aplicação de capital
indispensável ao objeto social, tais como: marca de fabrica, patentes de invenção,
as concessões, o nome comercial e fundo de comércio.
9
AS FONTES DE FINANCIAMENTO
O passivo, exprimindo a origem do complexo patrimonial, indica os
meios pelos quais a empresa industrial obteve os recursos para custear a sua
atividade (produção), isto é, a formação (captação) dos capitais necessários a sua
atividade, sendo denominados de fontes de financiamento.
Segundo a mesma lei, que estrutura a parte positiva (ativo), também
estrutura a parte negativa (passivo):
a) Passivo circulante;
b) Exigível a longo prazo;
c) Resultados de exercícios futuros;
d) Patrimônio líquido.
As fontes de financiamento, podem ser classificados em dois grupos,
segundo a suas naturezas:
a) Capitais próprios;
b) Capitais alheios.
Os capitais próprios, podem originar-se:
Dos capitais fornecidos pelos sócios ou acionistas, no ato da
constituição da empresa ou em atos posteriores, quando se torna necessário o
aumento do capital social:
Do autofinanciamento, decorrentes dos superávits verificados no
decorrer das atividades da organização, representados pelos lucros não distribuídos,
pelas reservas acumuladas e pela realização dos valores ativos.
Os capitais alheios se originam da obtenção de créditos externos e
se dividem em:
Débitos de funcionamento , que surgem das atividades da própria
funcionabilidade da empresa, nas suas relações com terceiros, ou seja, aquisição de
matéria prima e outras compras a prazo;
Débitos de financiamento, oriundos de empréstimos contraídos pela
empresa, junto a organizações financeiras, tais como, financiamentos e
empréstimos.
10
CONTABILIDADE DE CUSTOS
A contabilidade de custos é o ramo da contabilidade que se destina
a produzir informações para diversos níveis gerenciais de uma entidade, como
auxílio às funções de determinação de desempenho, e de planejamento e controle
das operações e de tomada de decisões, bem como tornar possível a alocação mais
criteriosamente possível dos custos de produção aos produtos.
A contabilidade de custos coleta, classifica e registra os dados
operacionais das diversas atividades da entidade, denominados de dados internos,
bem como, algumas vezes, coleta e organiza dados externos. Os dados coletados
podem ser tanto monetários como físicos. Exemplos de dados físicos operacionais:
unidade produzidas, horas trabalhadas, quantidade de requisições de materiais e de
ordens de produção, entre outros.
A contabilidade de custos requer a existência de métodos de custeio
para que, ao final do processo, seja possível obter-se o valor a ser atribuído ao
objeto de estudo.
Os principais métodos de custeio são:
a) Custeio por absorção ;
b) Custeio variável ou direto;
c) Custeio ABC - Activity Based Costing;
d) Gestão Econômica ou GECON.
Os componentes dos custo industrial podem ser resumidos
basicamente em três elementos.
Material direto aplicado MD exemplo matéria prima ou material
secundario e embalagens.
Mão de Obra direta na Fabricação do produto MOD que inclui o valor
dos salários e encargos sociais
Custos Indiretos de Fabricação CIF Inclui todos os gastos indiretos
de Produção.
Devido 'a preocupação dos Contadores , Fiscais e Auditores em
fazer da Contabilidade de Custos um instrumento de mensuração monetária dos
estoques e resultados , isso deixou-a deficiente como instrumento de administração ,
não aprimorando para o campo gerencial. Mas com o crescimento das empresas e a
11
distância entre o administradores , os ativos e as pessoas , surge a Contabilidade
Gerencial , cujo objetivo é fornecer informações geradas a partir das demonstrações
contábeis que ajudam nas tomadas de decisões como essas indagações.
12
IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTABILIDADE DE CUSTOS
A contabilidade de custos consiste na aplicação da técnica
contabilística aos fenómenos internos da empresa, que ocorrem na área da
produção, comercial, administrativa, financeira (de acordo com o POC, os custos de
distribuição, de administração geral e os financeiros não são incorporáveis no custo
de produção), com dois objectivos principais:
avaliação dos bens produzidos e vendidos;
controlo das condições internas de exploração.
Com o primeiro objectivo, a empresa procura calcular o custo dos
produtos fabricados bem como o custo dos produtos vendidos à saída do armazém,
o que lhe permite apurar resultados por produtos. Com o segundo objectivo, a
Contabilidade de custos procura identificar todos os sectores internos que originam
custos, de forma a poderem ser acompanhados, analisados e controlados,
permitindo o conhecimento de todos os custos da empresa nos diferentes sectores
(área fabril), comercial e administrativa e financeira, com vista ao seu controlo e
racionalização.
A contabilidade geral distingue-se da de custos, porque:
A contabilidade de custos nem sempre é obrigatória, só o é, quando
a empresa em causa quando “durante dois anos consecutivos, sejam ultrapassados
dois dos três seguintes limites” (definidos no n.º 2 do art.º 262º do Código das
Sociedades Comerciais),[onde?] ou sejam:
total do balanço: 1.500.000,00 euros;
total das vendas e outros proveitos: 3.000.000,00 euros;
número de trabalhadores empregados em média durante o
exercício: 50.
A contabilidade geral está virada para o exterior (relação da empresa
com: clientes, fornecedores, sócios, bancos, etc.), a cContabilidade de custos está
virada para o interior, dentro da empresa; procura captar o que se passa nas
diversas áreas (área de produção, administrativa, financeira, comercial, etc.);
A contabilidade geral apura resultados gerais (globais), a
contabilidade de custos apura resultados por produtos, regiões, mercados,
actividades, etc.
13
A contabilidade geral contabiliza os custos segundo a sua natureza
específica (classe 6 - FSE, custos com pessoal, amortizações, custos financeiros,
etc.). A contabilidade de custos contabiliza os custos de acordo com a função ou
área interna (custos de produção, distribuição, administrativos, financeiros, etc.).
A contabilidade geral elabora uma demonstração de resultados
chamada cemonstração de resultados por natureza, enquanto a contabilidade de
custos elabora uma demonstração de resultados por funções.
A contabilidade geral apura resultados anuais, a Contabilidade De
custos apura resultados em períodos curtos (geralmente mensais). Uma empresa
comercial poderá apurar resultados mensais se utilizar o SIP (Sistema de Inventário
Permanente) e contabilizar todos os custos com amortizações, provisões, juros, etc.
Note-se que a contabilidade geral nas empresas industriais, para apurar resultados,
precisa da informação gerada pela Contabilidade De custos (valor das existências
de produto da produção).
A contabilidade geral não é obrigada a periodizar ou mensualizar
alguns custos como amortizações, juros, empréstimos, seguros, férias, subsídio de
férias e subsídio de natal. A contabilidade de custos, para atingir os seus objectivos,
terá que fazer essa periodização de custos (normalmente utilizando os duodécimos).
A contabilidade geral utiliza o SIP (Sistema de Inventário
Permanente) ou o SII (Sistema de Inventário Intermitente) para as existências
compradas (mercadorias e matérias-primas), para as existências da produção a
contabilidade geral utiliza o SII. A Contabilidade De custos terá sempre que utilizar o
SIP para poder obter mensalmente o custo das matérias consumidas e o custo dos
produtos vendidos, necessário para apurar os resultados do mês.
A contabilidade geral utiliza a digrafia (regras para creditar e debitar),
a contabilidade de custos pode ou não utilizar a digrafia; se utilizar, é elaborado um
plano de contas na classe 9 do POC.
A Contabilidade Geral contabiliza custos efectivos, reais ou
históricos, ao passo que a Contabilidade De custos também utiliza esses custos
efectivos, mas também pode utilizar custos teóricos ou pré-determinados como por
exemplo: custos orçamentados, custos-padrão.
14
CUSTEIO INDUSTRIAL
O custo de produção do período (CPP) é a totalidade de custos
incorridos na produção durante determinado período de tempo. É compostos por
três elementos: materiais diretos, mão-de-obra direta e custos indiretos de
fabricação.
Materiais Diretos (MD) - referem-se se a todo material que se integra
ao produto acabado e que possa ser incluído diretamente no cálculo do custo do
produto. Ex.: matéria-prima, insumos secundários, material de embalagens.
Mão-de-Obra Direta (MOD) - é o custo de qualquer trabalho
executado no produto alterando a forma e natureza do material de que se compõe.
Ex.: gasto total com salários e encargos com a mão-de-obra apropriável diretamente
ao produto.
Custo Indiretos de Fabricação (CIF) - ou Gastos Gerais de
Fabricação são os outros demais custos necessários para a operação da fábrica,
porém genéricos demais para serem apropriados diretatamentos ao produto. Ex.:
materiais indiretos, mão-de-obra indireta, energia elétrica, seguro e aluguel da
fábrica, depreciação de máquinas.
Estes custos também podem ser classificados da seguinte forma:
a) Custos Diretos e Indiretos - dizem respeito ao
relacionamento entre o custo e o produto feito: Os primeiros são fáceis, objetivos e
diretamente apropriáveis ao produto feito. Os indiretos precisam de esquemas
especiais para a alocação, tais como bases de rateio, estimativas, etc.
b) Custos fixos e variáveis - são classificações que não
levam em consideração o produto, e sim o relacionamento entre o valor total do
custo num período e o volume de produção. Fixos, como o próprio nome diz, são
custos que mantém um montante fixado não em função das oscilações na atividade.
Por outro lado, os variáveis são os que têm seu valor determinado em função dessa
oscilação.
15
TERMINOLOGIA EM TERMOS INDUSTRIAIS
Gasto - Sacrifício financeiro com que a entidade arca para qualquer
obtenção de um produto ou realização de um serviço, sacrifício esse representado
por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
Investimento - Gasto ativado em função de sua vida útil ou
benefícios atribuíveis a futuros períodos.
Custo - Gasto relativo ao consumo de bem ou serviço no processo
de produção de outros bens ou serviços.
Despesa - Gasto relativo ao consumo de Bem ou serviço que tem
relação direta ou indireta com o processo de obtenção de receitas da entidade.
Desembolso - Pagamento resultante da aquisição do bem ou
realizaçao do serviço.
Perda (despesa) - Bem consumido ou serviço prestado de forma
anormal e involuntária.
Desperdício - É o consumo intencional, que por alguma razão não foi
direcionado à produção de um bem ou à prestação de um serviço.
Encargos - ônus, em geral, determinado pela legislação. É o caso
dos encargos sociais: trabalhistas e previdenciários. Outro exemplo: encargos
financeiros sobre desconto de títulos; também, encargos de depreciação,
amortização e exaustão.
16
CONTABILIDADE GERENCIAL
A contabilidade gerencial ou contabilidade de gestão (em inglês
designada por Management Accounting) é uma ferramenta indispensável para a
gestão de negócios. De longa data, contadores, administradores e responsáveis
pela gestão de empresas se convenceram que amplitude das informações contábeis
vai além do simples cálculo de impostos e atendimento de legislações comerciais,
previdenciárias e fiscais.
Além do mais, o custo de manter uma contabilidade completa (livros
diário, razão, inventário, conciliações, etc.) não é justificável para atender somente o
fisco. Informações relevantes podem estar sendo desperdiçadas, quando a
contabilidade é encarada como um mero cumprimento da burocracia governamental.
Os gestores de empresas precisam aproveitar as informações
geradas pela escrituração contábil, pois obviamente este será um fator de
competitividade com seus concorrentes: a tomada de decisões com base em fatos
reais e dentro de uma técnica comprovadamente eficaz – o uso da contabilidade.
A gestão de entidades, sabidamente, é um processo complexo,
inesgotável, mas pode ser facilitada quando se tem uma adequada contabilidade.
Dentre as vantagens de utilizar-se de dados contábeis para
gerenciamento, podemos listar:
Apuração de custos
Projeção de orçamentos empresariais
Análise de desempenho (índices financeiros)
Cálculo do ponto de equilíbrio
Determinação de preços de vendas
Planejamento tributário
Controles orçamentários
Teoria das Restrições(TOC)Contabilidade por Ganho
Balanced Scorecard
ABM/GECON - Sistema de Informação de Gestão Econômica
Temos tambem como principal aspecto da contabilidade gerencial a
tomada de decisões, é de extrema importancia para uma entidade obter um
profissional extremamente qualificado para o cargo que pode alavancar muito uma
17
empresa.
18
SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Com o avanço tecnológico e a necessidade de gerenciar
informações tornou-se imprescindível a parceria da contabilidade com a tecnologia
da informação sendo representada nesse caso pelos Sistemas de Informação.
A importância dessa parceria é tamanha que chega a depender o
próprio futuro da contabilidade moderna, sendo impossível sem o gerenciamento de
informações por meio de tecnologias especificas.
Só para ter idéia da importância, pense em como gerenciar tantas
informações adquiridas diariamente por uma organização contábil sem o auxilio de
um programa especifico para tal. O sistema de informação contábil é um dos
componentes do sistema de informação gerencial (SIG, em linguagem da TI ou
tecnologia da informação). Em geral deverá ser composto das seguintes partes (ou
módulos):
Contabilidade geral: direcionada ao registro contábil nos moldes do
padrão internacional, com o foco nos itens monetários de Balanço (Contabilidade
financeira). Pode disponibilizar trabalhos adicionais como a elaboraçãode fluxo de
caixa, planilhas de empréstimos, cálculo de juros, etc.);
Contabilidade patrimonial: direcionada a informação para a gestão
dos chamados itens não monetários do balanço: contas do Ativo Permanente e do
Patrimônio Líquido, cálculo da Depreciação, Reavaliação, etc.
Contabilidade de custos: integrada a movimentação dos
almoxarifados e direcionada a informação sobre a apropriação e os rateios contábeis
dos custos e despesas;
Contabilidade gerencial: informação para a gestão administrativa
com ênfase nas análises financeira e econômica (esta última principalmente em
relação aos custos e investimentos), conversão em moeda estrangeira, consolidação
de balanços, etc;
Controladoria: integrada aos Orçamentos de curto-prazo, e
direcionadas às informações dos chamados itens controláveis do Balanço;
Contabilidade Estratégica: integrada aos Orçamentos e Programas
de Longo-Prazo, direcionadas `a informação para a chamada Gestão Estratégica.
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Como os softwares desse tipo seguem o padrão internacional (vide
Contabilidade internacional), as especializações brasileiras como Contabilidade
tributária e Contabilidade Pública quando necessárias devem ser adaptadas
(customizadas) à "plataforma" original dos programas, o que traz imensas
dificuldades aos profissionais contábeis do país.
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GESTÃO ECONÔMICA
GECON ou modelo Gestão Econômica é um modelo de mensuração
de custos baseado em gestão por resultados econômicos. Também conhecido por
Grid Economics and Business Models Works.
Idealizado pelo Prof. Armando Catelli no final dos anos setenta
vislumbrando a necessidade de adequação dos modelos da administração da
organizações à realidade empresarial e também a ineficácia dos sistemas de
contabilidade e de custos para o apoio do processo decisório.
Para implantação do Modelo de mensuração de custos GECON é
necessário o uso de um aplicativo para controlar e mensurar os custos econômicos
e financeiros da empresa. Basicamente a apuração do resultado econômico de cada
setor da empresa é comparado com o resultado de outros setores onde a análise de
custos x resultados são fundamentais para busca de uma constante eficiência x
eficácia nos processos.
Sua estrutura básica pode ser descrita como:
a) Medida da Eficácia da Empresa
b) Processo de Geração do Lucro
c) Responsabilidade pela Geração do Lucro
d) Papel dos Gestores
e) Informação para Gestão
f) Aspectos Operacionais, Financeiros e Econômicos das Atividades
21
CONCLUSÃO
A contabilidade de custos representa um instrumento de grande
importância para a gestão empresarial, pois produz relatórios eficazes e eficientes
para a tomada de decisões.
Como se pode observar, a busca por outras bibliografias e não
apenas em um único autor fez com que ampliássemos o presente trabalho na
expectativa de colaborar com conhecimentos diversos para um único objetivo –
compreender a importância da contabilidade de custos como ferramenta para a
gestão empresarial.
As empresas estão cada vez mais buscando novos desafios para
alcançarem e permanecerem na liderança, e um desses meios é desenvolver
recursos humanos capazes de analisar todo o processo produtivo das organizações,
desde a aquisição da matéria-prima até a entrega do produto final e ou serviços ao
cliente.
Sugere-se com este artigo, fomentar pesquisa acerca da
contabilidade de custos, objetivando melhorias contínuas nas organizações,
despertando nos graduandos o interesse por este instrumento na gestão
empresarial.
22
REFERÊNCIAS
BORNIA, Antonio Cezar. Analise gerencial de custos: aplicaçao em empresas
modernas. Porto Alegre: Bookman, 2002.
HORNGREN, Charles T; DATAR, Srikant M; FOSTER, George. Contabilidade de
Custos. vol. 1: Uma Abordagem Gerencial. 11.ed. Vol.1. São paulo: prentice hall,
2004.
SILVA, E. C da. Como Administrar o Fluxo de Caixa das Empresas. 3. ed. São
Paulo: Editora Atlas, 2008.
VICECONTI, P.E. NEVES, S. das. Contabilidade de Custos – Um enfoque direto
e objetivo.7. edi. São Paulo: Editora Frase, 2003.
MEGALE. Mídia Interativa. Webdesign. Inicio a contabilidade de custo Disponível.http://www.cosf.com.br/mostra.asp?arquivo=cusdefiniçoes.Acesso em
11.05.2012.
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