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CONTESTAÇÃO EM AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRANSITO EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA _____ VARA CIVEL DA COMARCA DE _________________, ESTADO DE ___________________, Processo n.º00000000000/000000-000 – Ordem n.º 0000/0000 _____º Oficio Cível da Comarca de ______________ – Estado de _______________ Ação : Indenização (Ordinária) Requerentes : Fulana e Cicrano Requerida : Beltrana

CONTESTAÇÃO EM AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRANSITO.docx

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CONTESTAO EM AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRANSITOEXCELENTSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA _____ VARA CIVEL DA COMARCA DE _________________, ESTADO DE ___________________,Processo n.00000000000/000000-000 Ordem n. 0000/0000_____ Oficio Cvel da Comarca de ______________ Estado de _______________Ao : Indenizao (Ordinria)Requerentes : Fulana e CicranoRequerida : Beltrana

BELTRANA, (qualificao completa), por intermdio de seu(s) advogado(s) que esta ao final subscreve(m), com endereo profissional na cidade de Guara, Estado de So Paulo, sito na Rua 12, n. 900 Centro Cep.: 14.790-000, vem, com o devido acatamento e respeito honrosa presena de Vossa Excelncia, com fulcro nos artigos 300 e seguintes do Cdigo de Processo Civil, bem como em toda a legislao pertinente matria, apresentar CONTESTAO AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRNSITO, que lhe move Fulana e Cicrano, (qualificao completa), aduzindo para tanto as relevantes motivaes de fato e de direito que passa a elencar:

DA SNTESE FTICA EXPOSTA PELOS REQUERENTES:

Alegam os requerentes:

1.-) que na data de 16 (dezesseis) de abril de 2.010 (dois mil e dez), em motocicleta de sua propriedade, qual seja, marca/modelo Honda CG/ 150 Titan KS, placa AAA 0000, conduzida pelo primeiro requerente e figurando a segunda requerente como passageira, transitando pela Avenida Bento XVI, sentido Rua Joo Paulo II , em velocidade aproximada de 30 (trinta) quilmetros por hora, repentinamente, no meio do quarteiro, foram abalroados pelo veculo marca/modelo Fiat / Idea ELX, placa BBB 1111, conduzido pela requerida, sendo arremessados, o primeiro requerente ao canteiro central da avenida e a segunda ao solo.

2.-) que foram imediatamente socorridos e encaminhados atendimento mdico, restando constatado que o primeiro requerente havia sofrido leses no tornozelo direito e trax, e a segunda requerente, havia fraturada a clavcula direita, culminando outrossim com as conseqncias originrias do evento, tais quais as dores havidas e a necessidade de medicao.

3.-) que tal acidente ocasionou abrupta mudana na rotina de vida da segunda requerente, culminando com atendimentos mdicos dirios e os conseqentes deslocamentos para tanto, bem como, a realizao de cirurgia na data de 12 (doze) de maio de 2.010 (dois mil e dez), ilustrando que dever ainda a segunda requerente se submeter a outra cirurgia j agendada para o ano vindouro.

4.-) que o evento danoso prejudicou o trato da segunda requerente para com seus filhos, eis que as dores no brao a impedem de exercer com plenitude seus deveres de me, obrigando-os contratao de terceira pessoa para cuidar dos mesmos.

5.-) que em virtude das seqelas derivadas do acidente, vem auferindo a segunda requerente cabeleireira por profisso, prejuzos mensais de aproximadamente R$ 500,00 (quinhentos reais).

6.-) ainda com relao segunda requerente, que esta foi contaminada pelo vrus da dengue.

7.-) que o primeiro requerente, em virtude do evento danoso, se afastou do trabalho pelo perodo de 15 (quinze) dias, o que veio a onerar sobremaneira as despesas do lar, eis que teve a segunda requerente que arcar sozinha com todas as despesas.

8.-) que seu veculo, nico meio de locomoo da famlia para trabalho e lazer, fora totalmente danificado em razo do acidente, e que no poder mais ser utilizado nem vend-lo, eis que financiado, e seu estado, em um ferro velho lhe propiciar um retorno de no mximo R$ 2.000,00 (dois mil reais).

9.-) que da data dos fatos at a propositura da presente ao, restou a requerida alheia, indiferente e silente quanto a seu sofrimento.

10.-) que o evento danoso se deu por culpa exclusiva da requerida que no se atentou as regras comezinhas de transito.

11.-) que o evento danoso gerou prejuzos morais, tais quais a dor fsica que sofreram e vem sofrendo e a deformidade fsica que experimentam, o que lhes causa constrangimento, vergonha e conseqente abalo psicolgico, afirmando ser justa a indenizao nesse sentido afim de que lhes seja devolvida a compensao da dor com alegria.

12.-) que o evento danoso gerou prejuzos materiais, aduzindo que o primeiro requerente deixou de auferir renda de aproximadamente R$ 450,00 (quatrocentos e cinqenta reais), haja visto o afastamento de seu trabalho pelo perodo de 15 (quinze) dias, e que a segunda requerente , teve, em virtude de tais fatos, que arcar sozinha com as despesas do lar; que a segunda requerente, autnoma, deixou de auferir renda mensal de aproximadamente R$ 500,00 (quinhentos reais); que despenderam gastos com medicamentos no importe de R$ 550,00 (quinhentos e cinqenta reais); que tiveram um prejuzo de R$ 4.355,00 (quatro mil trezentos e cinqenta e cinco reais) com relao a perda total do veculo de sua propriedade envolvido no acidente; atribuindo outrossim um prejuzo material equivalente 11 (onze) salrios mnimos at a data da propositura da presente ao.

12.-) que em virtude da perda da capacidade laborativa por parte da segunda requerente, esta faz jus penso mensal vitalcia no exato montante de seus atuais rendimentos.13.-) que em virtude do evento danoso foram ocasionados danos estticos que devem ser indenizados.

Ao final requerem a total procedncia da ao, culminando com:

14.-) a condenao da requerida em danos materiais, no valor equivalente 11 (onze) salrios mnimos.

15.-) a condenao da requerida ao pagamento de penso vitalcia mensal equivalente ao salrio atual do cargo que exercia a segunda requerente quando da ocorrncia do acidente.

16.-) a condenao em danos morais e estticos sofridos em valores equivalentes 100 (cem) salrios mnimos cada condenao, totalizando 200 (duzentos) salrios mnimos.

Pugnam outrossim pela citao da requerida nos termos legais e sob as penas legais, pela condenao desta em todos os nus sucumbnciais, pela produo de todas as provas em direito permitidas, especialmente o depoimento pessoal da requerida e oitiva de testemunhas, pelos benesses da gratuidade processual.

Atribuem a causa o mesmo valor atribudo a seu prejuzo, estimado em R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais).

Eis o relato do necessrio.

DA COMPROVADA HIPOSSUFICINCIA DA REQUERIDA

Conforme comprovam os documentos em anexo, consubstanciados em recibos de pagamento de salrio referentes as competncias de setembro, outubro e novembro de 2.010 (dois mil e dez), trata-se a requerida de pessoa pobre na acepo legal do termo, exercendo a profisso de professora e percebendo mensalmente quantia bruta inferior a 03 (trs) salrios mnimos, razo pela qual, requer sejam-lhe deferidos os benefcios da assistncia judiciria gratuita, haja visto preencher os requisitos legais, com fulcro no art. 5, inciso LXXIV da CF/88 e na Lei n 1.060/50.O artigo 2 da Lei de Assistncia Jurdica estabelece o seguinte:Art. 2 - Gozaro dos benefcios desta lei os nacionais ou estrangeiros residentes no Pas que necessitarem recorrer justia penal, civil, militar, ou do trabalho.Pargrafo nico. Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele cuja situao econmica no lhe permita pagar as custas do processo e os honorrios de advogado, sem prejuzo do sustento prprio ou da famlia.O conceito de necessitado est presente no pargrafo nico do artigo supracitado. No importa se o requerente ou seus familiares possuem patrimnio, rendimentos, se constituiu advogado particular ou est na absoluta misria, para que seja beneficirio da justia gratuita. Mister se faz que, no momento, no possua condies de arcar com as custas e os honorrios, sem prejuzo prprio ou de sua famlia. Com efeito, preleciona Yussef Said Cahali que: Na lei dispe que todos os nacionais e estrangeiros, residentes no pas, mas que por ventura ou necessidade tiverem que recorrer justia, seja ela, da matria penal, civil, militar ou do trabalho. Alm disso, na Constituio da Republica Federativa do Brasil, no inciso XXXIV do artigo 5, assegura a todos, independentemente de pagamentos das taxas legais, o direito de petio aos Poderes Pblicos em defesa dos seus direitos e a obteno de certides, para a defesa de direitos e esclarecimentos de situaes de interesse pessoal.Na interpretao do art. 10, da LAJ, os benefcios so pessoais. A concesso a um cnjuge, por exemplo, no estendida em favor do outro, nem se transfere a herdeiros e sucessores, havendo necessidade de serem concedidos benefcios em casa caso ocorrente. Ainda, o deferimento em prol de uma parte em um processo, no a exonera das custas e despesas em outro. O beneficirio da gratuidade no consiste na iseno absoluta de custas e honorrios, mas na desobrigao de pag-los enquanto persistir o estado de carncia, durante o qual ficar suspensa a exigibilidade do crdito at a fluncia do prazo de cinco anos, a contar da sentena final.Nesta esteira doutrinria, segue os entendimentos da Justia Brasileira ao caso em tela.AGRAVO DE INSTRUMENTO ASSISTNCIA JUDICIRIA GRATUITA A concesso de Assistncia Judiciria Gratuita independe da condio econmica de pobreza ou miserabilidade da parte, importando sim a demonstrao de carncia financeira, nem que seja ela momentnea, conforme se depreende do art. 2, nico da Lei 1.060/50 e artigo 5, LXXIV da CF. Agravo de instrumento. Deciso monocrtica dando provimento. (TJRS AGI 70006492433 12 C.Cv. Rel. Des. Marcelo Cezar Muller J. 04.06.2003)ASSISTNCIA JUDICIRIA PRESENA DE REQUISITOS CONCESSO RECURSO PROVIDO Apresentando a requerente os requisitos constantes no artigo 4 da Lei 1.060/50, impe- se-lhe o deferimento dos benefcios da gratuidade judiciria; no justificando, a sua denegao, o fato de ter a solicitante constitudo advogado particular. (TJMG AG 000.297.725-4/00 8 C.Cv. Rel. Des. Srgio Braga J. 10.02.2003)

Art. 4 A parte gozar dos benefcios da assistncia judiciria, mediante simples afirmao, na prpria petio inicial, de que no est em condies de pagar as custas do processo e os honorrios de advogado, sem prejuzo prprio ou de sua famlia. 1 Presume-se pobre, at prova em contrrio, quem afirmar essa condio nos termos da lei, sob pena de pagamento at o dcuplo das custas judiciais.

Diante de tais fatos, requer deste E. Juzo o deferimento dos benefcios da gratuidade processual, com a conseqente iseno, enquanto perdurar sua condio de hipossuficincia, de custas, taxas e despesas processuais, honorrios advocatcios, inclusive sucumbenciais, custas periciais e tudo mais que se faa necessrio.

DA INEXISTENCIA DA CABAL COMPROVAO DA CULPA DA REQUERIDA PELO EVENTO DANOSO E CONSEQUENTE EXCLUDENTE DE CAUSUALIDADE CONSISTENTE EM CULPA EXCLUSIVA DA VITIMA OU AINDA CULPA CONCORRENTE:

Realmente conduzia a requerida o veculo envolvido no fatdico incidente ocorrido em 16 (dezesseis) de abril de 2.010 (dois mil e dez), nesta cidade de ________________, Estado de _________________, porm, ao contrrio do que alegam os requerentes, os fatos no se deram como narrados na inicial, sendo estes, ao que se extra da prova dos autos os nicos responsveis pelo evento danoso.

Desta feita, inicialmente, resta requerida impugnar integralmente o Boletim de Ocorrncia colacionado aos autos, tendo em vista que este, ao contrrio do entendimento dos requerentes, no pode gerar presuno iuris tantum da veracidade dos fatos narrados, uma vez que apenas consigna as declaraes unilaterais narradas pelos envolvidos, sem atestar que tais afirmaes sejam verdadeiras.

No sentido do afastamento de tal presuno, em caso anlogo, assim j se posicionou o STJ, mutatis mutandis:

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. FURTO DE VECULO EM ESTACIONAMENTO. SEGURADORA. SUB-ROGAO LEGAL. REQUISITOS. AUSNCIA. BOLETIM DE OCORRNCIA. PROVA INSUFICIENTE. INEXISTNCIA DE PRESUNO JURIS TANTUM. PRECEDENTES DA CORTE. RECURSO DESACOLHIDO.(...)IV - O boletim de ocorrncia policial no gera presuno juris tantum da veracidade dos fatos narrados, uma vez que apenas consigna as declaraes unilaterais narradas pelo interessado, sem atestar que tais afirmaes sejam verdadeiras. Em outras palavras, o documento apenas registra que as declaraes foram prestadas, sem consignar, todavia, a veracidade do seu contedo.(STJ; QUARTA TURMA; RESP - RECURSO ESPECIAL 174353; REL. MIN. SLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA; DJ DATA:17/12/1999 PGINA:374)

O que realmente ocorreu, que o veculo conduzido pela requerida, fora abalroado pelo veculo dos requerentes, quando estes, em ato que evidencia total imprudncia, negligencia e impercia, atravs de manobra abrupta e em velocidade acima da mxima permitida para o local, vieram a colidir com aquela, que j estava saindo e com os sinais luminosos ligados, do estacionamento para a pista de rolagem gerando todos os danos experimentados por ambas as partes, aferidos daquela feito como de pequena monta.

Vale destacar que o veculo da requerida, no momento da coliso transitava sob a forma regular e condizente com o exigido pelo Cdigo de Trnsito Brasileiro.O dos requerentes, por sua vez, seguia de forma completamente desidiosa, ocasionando o acidente por negligncia e imprudncia exclusiva destes, eis que dirigiu seu veculo sem os cuidados indispensveis segurana do trnsito. Assim sendo, resta evidente que os danos sofridos pelos autores no podem ser reputados a requerida, vez que em momento algum agiu de forma a contribuir para o infortnio.

Notoriamente, quando se fala em reparao necessrio que haja um ato ilcito a ser reputado ao agente causador deste, para que ento se desencadeie a obrigao de indenizar por tais danos. No caso em questo, no resta dvida que o agente causador do dano foi o requerente, a suposta vtima da lide em questo.A explicao do que ato ilcito pode ser encontrada no Cdigo Civil em seu artigo 186, seno vejamos:

Art. 186. Aquele que por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.

Na responsabilidade civil, o centro de exame o ato ilcito. O dever de indenizar vai repousar justamente no exame da transgresso ao dever de conduta que constitui o ato ilcito. A culpa a violao de um dever jurdico. Jos de Aguiar Dias (1979, v. 1: 136) apud Silvio de Salvo Venosa assevera: A culpa falta de diligncia na observncia da norma de conduta, isto , o desprezo, por parte do agente, do esforo necessrio para observ-la, com resultado no objetivado, mas previsvel, desde que o agente se detivesse na considerao das conseqncias eventuais de sua atitude. Da mesma forma, Rui Stoco (1999: 66): A culpa, genericamente entendida, , pois, fundo animador do ato ilcito, da injria, ofensa ou m conduta imputvel. Nessa figura encontram-se dois elementos: o objetivo, expressado na iliciedade, e o subjetivo, do mau procedimento imputvel.Tambm o nexo de causal ou nexo de causalidade o liame que une a conduta do agente ao dano. Assim, por meio da anlise do nexo de causalidade que identificamos quem foi o causador do dano. Ressalte-se que se o dano ocorreu por culpa exclusiva da vtima, por caso fortuito ou de fora maior, no h o dever de indenizar. A culpa exclusiva da vtima elide o dever de indenizar, porque impede o nexo causal, conforme se pode auferir pela dico do artigo 945 do Cdigo Civil.Pelo exposto, resta sobejamente comprovada a culpa exclusiva dos requerentes, no havendo de prosperar o pedido inicial, no havendo ainda de se falar em indenizao em danos por parte do requerido.Caso assim no entenda Vossa Excelncia, h de ser reconhecida a culpa concorrente, eis que, ento, ambos os veculos desrespeitaram a norma legal.Razo pela qual, e o que desde j requer, a IMPROCEDENCIA o nico fim plausvel para a presente ao.Ad argumentandum, em que pese a ausncia de casualidade, em virtude dos fatos e por mera liberalidade, sem qualquer reconhecimento de culpa, imediatamente aps a ocorrncia fora o socorro acionado pela prpria requerida, alm do que, esta, juntamente com seu pai, av e namorado, acompanharam o atendimento dos requerentes at sua alta do hospital.Ato continuo, a requerida, junto com os requerentes, entrou em contato com a Sra. ___________, proprietria da drogaria Drogo, disponibilizando aos mesmos todos os medicamentos que se fizessem necessrios em virtude de seus ferimentos.Finalizando, a requerente determinou a reforma total do veculo dos requerentes junto s empresas Motos Reformadas, ambas desta cidade, o que comprovam os documentos em anexo, arcando com os gastos de R$ 1.401,90 (um mil, quatrocentos e um e noventa reais), alm do que, entregou aos requerentes R$ 300,00 (trezentos reais) em espcie para que estes regularizassem a documentao do veculo, eis que, em virtude da troca de peas e total recomposio de seu status, foi necessria a realizao de vistoria junto ao DETRAN.Como se no bastasse, todos os dias o primeiro requerente telefonava para o pai da requerida, seja em sua residncia, seja em seu celular, seja no trabalho, exigindo dinheiro para despesas do lar e com remdios, tornando sua vida um verdadeiro martrio.Pelo que Excelncia, se observa ser totalmente fantasiosa a verso dos requerentes, onde nitidamente visam se utilizar de um fato corriqueiro, decorrente de um pequeno acidente de transito, mesmo no comprovada a culpa do suposto agente, para usufruir de vantagens indevidas, alterando a verdade dos fatos e omitindo pontos essenciais dos mesmos, razo pela qual, restando configurada, desde j requer sua condenao nas penas de litigantes de m-f.DOS DANOS MATERIAISPois bem, cedio que o valor da indenizao por danos materiais deve guardar correlao exata com a extenso dos danos causados, recompondo o patrimnio do lesado para que volte ao estado anterior ao evento danoso. A condenao em indenizao superior ao efetivo prejuzo equivale a enriquecimento sem causa. Se os danos morais devem ser arbitrados segundo critrios de forma prudente pelo julgador, valendo-se de critrios de razoabilidade, a indenizao por danos materiais tem verdadeiro intuito de ressarcir, fazendo a esfera patrimonial voltar ao status quo ante, o que impossvel quando os danos so de ordem emocional e psquica. Justifica-se, portanto, que o ressarcimento obedea a critrios concretos e objetivos, exigindo prova efetiva da diminuio patrimonial e de sua extenso, para que a indenizao lhe seja equivalente, sendo nus do autor comprovar esse prejuzo. Rui Stoco tece consideraes pertinentes sobre a matria: "No obstante seu carter subsidirio, a indenizao em dinheiro a mais freqente, dadas as dificuldades opostas na prtica reparao natural pelas circunstncias e, notadamente, em face do dano, pela impossibilidade de restabelecer a rigor a situao anterior ao evento danoso (Aguiar Dias, citado, p. 244). Toda reparao se efetiva no sentido da restaurao do estado anterior leso e isto especialmente certo em relao reparao natural." (Tratado de Responsabilidade Civil. 6a ed. So Paulo: RT, 2004. p. 1183) Alegam os requerentes haverem experimentados danos materiais no importe equivalente 11 (onze) salrios mnimos, consubstanciados na perda da renda que o primeiro requerente deixou de auferir, aproximadamente R$ 450,00 (quatrocentos e cinqenta reais), haja visto seu afastamento do trabalho pelo perodo de 15 (quinze) dias, quando a segunda requerente teve que arcar sozinha com as despesas do lar; na renda que a segunda requerente, autnoma, deixou de auferir mensalmente de aproximadamente R$ 500,00 (quinhentos reais); nos gastos que despenderam com medicamentos no importe de R$ 550,00 (quinhentos e cinqenta reais), e, no prejuzo de R$ 4.355,00 (quatro mil trezentos e cinqenta e cinco reais) que tiveram com relao a perda total do veculo de sua propriedade envolvido no acidente.No que diz respeito ao afastamento do primeiro requerente de seu trabalho por quinze dias, no existe nos autos qualquer comprovao neste sentido, razo pela qual, resta integralmente impugnado tal pedido, porm, ttulo de ilustrao, cabe-nos asseverar que, se real fosse tal assertiva, o afastamento do trabalho por 15 (quinze) dias, nenhum prejuzo traria ao mesmo, eis que, conforme as normas trabalhistas, o afastamento por tal perodo, tem o nus suportado pelo empregador, em nada modificando, e nem podendo modificar, os rendimentos do obreiro. Portanto Excelncia, inexistiu tal afastamento, mas, caso existente, certo que nenhum prejuzo material fora experimentado em virtude de tal fato, razo pela qual, h de ser considerado improcedente tal pedido.Da mesma forma, razo no assiste os requerentes quanto a cessao de rendimentos em virtude da paralisao das atividades da segunda requerente, de uma, porque tal paralisao e o nexo causal desta com o acidente no se encontram comprovados nos autos, de duas, porque tais rendimentos tambm no se encontram comprovados, alias, nem mesmo se comprova a existncia da ocupao por estes alegada, e por fim, porque a mera possibilidade de ganho no suficiente para dar ensejo indenizao. Necessrio que seja comprovado o no auferimento de ganhos por descumprimento de obrigaes ou no aquisio de direitos em decorrncia do ato ilcito do agente. O conjunto probatrio dos autos, consubstanciado em meras alegaes e perspectivas, portanto, no suficiente para provar efetivamente o prejuzo sofrido pelo requerente. Insista-se, indispensvel a prova dos compromissos anteriormente assumidos que no puderam ser honrados em virtude da ao ilcita e culpvel do agente. Assim, as decises dos Tribunais: "AO DE INDENIZAO - PRINCPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO DO JULGADOR - DANOS MATERIAIS - DANOS MORAIS - CARACTERIZADOS - LUCROS CESSANTES INDEVIDOS - QUANTUM INDENIZATRIO - CRITRIOS - Caracterizada a culpa exclusiva do agente, assim como o nexo de causalidade entre a culpa e a leso sofrida, dvida no h sobre a responsabilidade indenizatria, sendo que o prejuzo moral decorre da dor sofrida pela vtima, por ocasio do acidente e do tratamento mdico a que tem que se submeter. - No devida a indenizao por lucros cessantes pelo evento danoso, quando no restar inequivocamente demonstrado o prejuzo material sofrido pelo requerente. - A indenizao pecuniria uma forma de amenizar, compensar o mal causado e no deve ser usada como fonte de enriquecimento ou abusos, devendo ser fixada com razoabilidade." (TAMG. Apelao Cvel: 410215-2. Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas. Oitava Cmara Cvel. Data de Julgamento: 05/03/2004.) (grifo nosso)"INDENIZAO. LUCROS CESSANTES. DEPRECIAO DO VECULO. NECESSIDADE DE PROVAS DA EXISTNCIA E QUANTIFICAO. SUCUMBNCIA PARCIAL. APENAO PARA OS PERDEDORES EM PROPORO. RECURSO PROVIDO PARA TANTO. 1- Os LUCROS CESSANTES, para o seu deferimento, requerem prova especfica em cada caso, somente sendo atendida a pretenso quando ocorra induvidosa caracterizao, sobretudo quanto ao valor correto e certo. 2- Tambm a depreciao do valor do veculo envolvido em acidente no se presume, somente tornando-se procedente o pedido ante prova incontroversa, inclusive no tocante ao quantum, pois isto varia de caso para caso. 3- As vitrias e derrotas acontecidas no processo devem proporcionar apenao das partes envolvidas, no se podendo aceitar que, por comodidade, a sentena diga que cada um pagar seu advogado. 4- Pleito secundrio, em recurso, a que se d provimento para o devido acertamento." (TAMG. Apelao Cvel n 406654-0, Quinta Cmara Cvel. Rel. Juiz: Francisco Kupidlowsk. Data Julgamento: 09/10/2003). (grifo nosso)Em suma, no conseguiram os requerentes comprovar nem o exerccio da atividade que alegam, nem a paralisao da atividade, nem o nego causal entre tal paralisao e o acidente, e, o que se dir dos lucros que deixaram de aferir em virtude desta, razo pela qual, h de ser considerado improcedente tal pedido.Quanto aos gastos com medicamentos, estes tambm no restaram comprovados, haja visto que, todos os poucos medicamentos utilizados, conforme assertivas dos prprios requerentes, foram cedidos pelo Sistema nico de Sade ou pelo Municpio, sendo portanto indevida qualquer verba nesse sentido.Por fim, no que diz respeito a perda total de seu veculo, esta nunca ocorreu, haja visto que, conforme comprovam os documentos em anexo, o veculo fora totalmente recuperado s expensas da requerida, restando integralmente recomposto o patrimnio dos requerentes.Diante do exposto, no havendo experimentado qualquer dano material, a improcedncia deste pedido de rigor e o que desde j requer.

DA PENSO MENSAL VITALICIA

Pleiteiam os requerentes o recebimento de penso mensal vitalcia complementar, na importncia mensal igual ao salrio atual do cargo que exercia a segunda requerente.Tal pretenso, data maxima venia, integralmente desmedida, pretensiosa, e seria verdadeiramente cmica, se trgica no fosse, eis que, demonstra claramente o verdadeiro intuito dos requerentes, qual seja, e como j mencionado, de se aproveitarem de fato corriqueiro e banal, consistente em um pequeno acidente de transito com poucos danos, para angariar mudana de vida.

Em momento algum restou comprovada a incapacidade laborativa da segunda requerida, ainda que parcial e temporria, e ainda, se comprovada estivesse, no existe comprovao do nexo causal entre esta e o acidente ocorrido.Diante de tais fatos no comprovada a incapacidade laborativa da segunda requerente, bem como o nexo causal entre tal incapacidade e o acidente, ou ainda sua ocupao e reais rendimentos, no h o que se falar em indenizao material a ttulo de pensionamento mensal vitalcio.Diante do exposto, no havendo incapacidade laborativa comprovada, nem mesmo comprovao do nexo causal entre esta incapacidade e a conduta da requerida, a improcedncia deste pedido de rigor e o que desde j requer.

DOS DANOS MORAISComo sabido, o dano moral se caracteriza pela violao dos direitos integrantes da personalidade do indivduo, atingindo valores internos e anmicos da pessoa, tais como a dor, a intimidade, a vida privada, a honra, dentre outros.Para restar configurado o dano moral mostra-se necessrio um acontecimento que fuja normalidade das relaes cotidianas e interfira no comportamento psicolgico da pessoa de forma significativa. As contrariedades e os problemas da vida em comunidade no podem redundar sempre em dano moral, sob pena de banalizao do instituto.Nesse sentido, a doutrina de Srgio Cavalieri Filho:(...)Nessa linha de princpio, s deve ser reputado como dano moral a dor, vexame, sofrimento ou humilhao que, fugindo normalidade, interfira intensamente no comportamento psicolgico do indivduo, causando-lhe aflies, angstia e desequilbrio em seu bem-estar. Mero dissabor, aborrecimento, mgoa, irritao ou sensibilidade exacerbada esto fora da rbita do dano moral, porquanto, alm de fazerem parte da normalidade do nosso dia-a-dia, no trabalho, no trnsito, entre os amigos e at no ambiente familiar, tais situaes no so intensas e duradouras, a ponto de romper o equilbrio psicolgico do indivduo. Se assim no se entender, acabaremos por banalizar o dano moral, ensejando aes judiciais em busca de indenizaes pelos mais triviais aborrecimentos.(...)Os requerentes afirmam que o evento danoso gerou prejuzos morais, tais quais a dor fsica que sofreram e vem sofrendo e a deformidade fsica que experimentam, o que lhes causa constrangimento, vergonha e conseqente abalo psicolgico, afirmando ser justa a indenizao nesse sentido afim de que lhes seja devolvida a compensao da dor com alegria.

Porm, no so crveis trais prejuzos ante a dinmica do evento.Os requerentes no comprovaram nenhuma circunstncia que ultrapassasse os meros aborrecimentos que devem ser tolerados na vida em comunidade e que no so capazes de produzir dor alma e personalidade do indivduo.Quanto pretensa indenizao por danos morais, razo de 100 (cem) salrios mnimos, h de ser esta afastada pelo douto Juizo, no eis que resulta tal pedido em simples adeso "indstria" das indenizaes por danos morais, crise endmica que se alastra, utilizada como panacia dos males financeiros, na busca de lucro fcil e sem causa, j repelida por nossos Tribunais e nos Pretrios Superiores, assentando-se, verbi gratia: " de repudiar-se a pretenso dos que postulam exorbitncias inadmissveis com arrimo no dano moral, que no tem escopo de favorecer enriquecimento indevido". (STJ - 4 Turma, ARAI 108.823-SP; Rel. Min. Slvio de Figueiredo Teixeira, DJU 29/10/96). "A indenizao por dano moral tem por escopo recompor danos psicolgicos sofridos, no recompensar ou punir, no se destinando a reparar a morte ou danos fisiolgicos restados, nem enriquecer os vivos". (TJMG - Ap. Cvel n. 1.0702.96.015925-0/001, j. 15/06/2004, Rel. Des. ORLANDO CARVALHO). Caso comprovado o liame de causualidade entre a conduta da requerida e a culpa pelo evento danoso, e reconhea este E. Juzo o dever de indenizao em danos morais, oportuno lembrar a lio de Maria Helena Diniz (in "Curso de Direito Civil Brasileiro", So Paulo, Saraiva, 1990, v. 7 p "Responsabilidade Civil", 5 ed. p. 78/79): "A fixao do quantum competir ao prudente arbtrio do magistrado de acordo com o estabelecido em lei, e nos casos de dano moral no contemplado legalmente a reparao correspondente ser fixada por arbitramento (CC, art. 1553, RTJ, 69: 276, 67: 277). Arbitramento o exame pericial tendo em vista determinar o valor do bem, ou da obrigao, a ele ligado, muito comum na indenizao dos danos. de competncia jurisdicional o estabelecimento do modo como o lesante deve reparar o dano moral, baseado em critrios subjetivos (posio social ou poltica do ofendido, intensidade do nimo de ofender; culpa ou dolo) ou objetivos (situao econmica do ofensor, risco criado, gravidade e repercusso da ofensa). Na avaliao do dano moral o rgo judicante dever estabelecer uma reparao eqitativa, baseada na culpa do agente, na extenso do prejuzo causado e na capacidade econmica do responsvel. Na reparao do dano moral o juiz determina, por eqidade, levando em conta as circunstncias de cada caso, o quantum da indenizao devida, que dever corresponder leso e no se equivalente, por ser impossvel tal equivalncia." In casu, entendemos que, reconhecido o direito a indenizao por dano moral, devero, quando de seu arbitramento, ser levadas em conta alm da falta de gravidade da ocorrncia, pintada na inicial com cores bem mais vibrantes que a real, a situao econmica da requerida, professora que perfaz mensalmente quantia inferior a 03 (trs) salrios mnimos, e ainda, as condies dos prprios requerentes.Ou seja, na valorao da verba indenizatria a ttulo de danos morais, caso imposta, deve-se levar em conta a dupla finalidade da reparao, buscando um efeito repressivo e pedaggico e propiciar vtima uma satisfao, sem que isto represente um enriquecimento sem causa. a lio de Caio Mrio da Silva Pereira: " certo, como visto acima, que a indenizao em termos gerais, no pode ter o objetivo de provocar o enriquecimento ou proporcionar, ao ofendido, um avantajamento, por mais forte razo deve ser equitativa a reparao do dano moral, para que se no converta o sofrimento em mvel de captao de lucro (de lucro capiendo)" - "Responsabilidade Civil", 2 edio, Rio de Janeiro, Editora Forense, 1.990, n 252, p. 339. Oportuna, tambm, a lio de Humberto Theodoro Jnior, para quem "... nunca poder, o juiz, arbitrar a indenizao do dano moral, tomando por base to somente o patrimnio do devedor. Sendo, a dor moral, insuscetvel de uma equivalncia com qualquer padro financeiro, h uma universal recomendao, nos ensinamentos dos doutos e nos arestos dos tribunais, no sentido de que 'o montante da indenizao ser fixado eqitativamente pelo Tribunal' (Cdigo Civil Portugus, art. 496, inc. 3). Por isso, lembra, R. Limongi Frana, a advertncia segundo a qual 'muito importante o juiz na matria, pois a equilibrada fixao do quantum da indenizao muito depende de sua ponderao e critrio' (Reparao do Dano Moral, RT 631/36)" - "Dano Moral", Editora Oliveira Mendes, 1 edio, 1.998, So Paulo, p. 44). Diante do que, entendendo a requerida pela inexistncia de danos morais pelo simples aborrecimento e nenhum reflexo que pudesse afetar os direitos de personalidade dos requerentes, pugna pela improcedncia de tal pedido, porm, ttulo de argumentao, entende que caso imposto o pagamento de tal indenizao, este no poder ser causa de enriquecimento aos requerentes em detrimento ao prejuzo da requerido, sugerindo para fixao valor no superior 02 (dois) salrios mnimos.

DOS DANOS ESTTICOSHodiernamente o dano esttico vem sendo considerado pela jurisprudncia brasileira como uma forma autnoma de dano extrapatrimonial, ou seja, como um dano diferente do dano moral. Nesse sentido, o enquanto o dano moral se caracterizaria pela ofensa injusta causada pessoa (como dor e sofrimento, por exemplo, mas tambm visto como desrespeito dignidade da pessoa), o dano esttico se caracteriza pela ofensa direta integridade fsica da pessoa humana.Pois bem, muito embora aleguem o requerentes o fato de ser devida indenizao por dano esttico a segunda requerente, certo que, em momento algum comprovam tal dano, haja visto a inexistencia destes, pois impossvel a simples fratura descrita em sua inicial gerar danos estticos permanentes.Referentemente a tal dano esttico, entende a requerida que no pode o pleito ser acolhido, pois em verdade, verifica-se que, caso existente, o que dever ser apurado, este seria diminuto, tratando-se de mera cicatriz utilizada para a correo dos danos clavcula, no configurando deformao ou imperfeio capaz de gerar qualquer vilipndio a sua beleza ou desconforto intrnseco. Tampouco se localiza em parte do corpo que impute posio de inferioridade ou vexatria no trato social ou mesmo ntimo. Neste sentido: "A pedra de toque da deformidade o dano esttico. Assentou-se na jurisprudncia deste Tribunal, com respaldo em Hungria, A. Bruno e outros, que o conceito de deformidade repousa na esttica e s ocorre quando causa uma impresso, se no de repugnncia, pelo menos de desagrado, acarretando vexame ao seu portador (RJTJRS 16/63 e 20/64). Na espcie, no ficou provada a deformidade, com essas caractersticas. Trata-se de pequeno afundamento do osso malar, que nem se sabe se aparente(RT 470/420)." Diante do que, entendendo a requerida pela inexistncia de danos estticos, pugna pela improcedncia de tal pedido, porm, ttulo de argumentao, entende que caso imposto o pagamento de tal indenizao, este no poder ser causa de enriquecimento aos requerentes em detrimento ao prejuzo da requerido, sugerindo para fixao valor no superior 02 (dois) salrios mnimos.DOS PEDIDOS:Diante do exposto, requer:(a) A TOTAL IMPROCEDNCIA da ao ante a no comprovao da culpa pela requerida, pela culpa exclusiva da vitima ou ainda pela culpa concorrente.(b) No caso de procedncia da ao, pugna pela IMPROCEDENCIA do pleito de reparao em danos materiais, eis que, mesmo sem o reconhecimento de culpa, restou integralmente restabelecido o patrimnio dos requerentes sob as expensas da requerida.

(c) Pugna pela IMPROCEDENCIA da condenao em pensionamento mensal vitalcio, haja certo a no comprovao da incapacidade laborativa da segunda requerida, ainda que parcial e temporria, e ainda, se comprovada estivesse, no existe comprovao do nexo causal entre esta e o acidente ocorrido, nem mesmo sobre a ocupao em si.

(d) Pugna pela IMPROCEDENCIA da condenao em danos morais, haja certo a inocorrncia destes, e, no caso de condenao, sejam arbitrados conforme o douto arbtrio deste E. Juizo, levando em conta as peculiaridades do caso, tais como dinmica do evento, extenso dos danos e situao econmica das partes.

(e) Pugna pela IMPROCEDENCIA da condenao em danos estticos, haja certo a inocorrncia destes, e, no caso de condenao, sejam arbitrados conforme o douto arbtrio deste E. Juizo, levando em conta as peculiaridades do caso, tais como dinmica do evento, extenso dos danos e situao econmica das partes.

(f) Requer a produo de prova pericial consistente em exame mdico por experto de confiana deste E. Juzo, a ttulo de ilustrao da existncia ou no de incapacidade laborativa, se tal incapacidade, se existente, temporria ou permanente, total ou parcial, ou ainda se existe nexo causal entre a mesma e o acidente que d azo a presente ao. Requer ainda, prova pericial visando a existncia de dano esttico e qual a extenso do dano.(g) Requer seja determinado aos requerentes a juntada das 03 (trs) ultimas declarao do imposto de renda da segunda requerente, e cpia reprogrfica autentica de sua CTPS, documentos indispensveis finalizao da tese da requerida, aos quais esta no tem acesso por outro meio. No caso de justificativa no sentido de no possu-los, quanto as declaraes de imposto de renda requer seja determinada a apresentao desta pela Receita Federal, e no caso da CTPS, seja oficiado o MTE, com regional em Ribeiro Preto SP., para que apresente os dados cadastrais da segunda requerente naquele rgo. Pretende se provar com tais documentos o fato de que nunca exerceu a segunda requerente a atividade de cabeleireira e ainda, o fato de que esta nunca obteve rendimentos mensais, razo pela qual, no apresentando justificativa e, recusando-se a apresent-los, requer sejam considerados como verdadeiros tais fatos.

(h) Requer os benefcios da gratuidade processual, eis que hipossuficinte, conforme comprovam seus comprovantes de rendimento.

(i) Requer a condenao dos requerentes em todos os nus sucumbenciais.

(j) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito permitidos, notadamente as j requeridas, depoimento pessoal de ambos os requeridos, oitiva de testemunhas, juntada de novos documentos e tudo mais que se fizer necessrio.

Termos em que,Pede deferimento.

________________ ____., 06 de dezembro de 2.010