Contratação de Serviços de TI - Guia TCU

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Guia TCU - Contratao de servios de TI!

Compilado por Benjamin Pinto - 14/07/2010

Guia TCU - Contratao de Servios de TI

Esta uma compilao do guia online de contratao de servios de TI mantido pelo Tribunal de Contas da Unio, que rene um conjunto de boas prticas baseado em modelos consagrados voltados a governana de TI, como Cobit e ITIL, bem como nas diversas leis e regulamentos que servem como base jurdica para sua fundamentao, com a finalidade de orientar o setor pblico quanto contratao de seus servios voltados tecnologia da informao. Todo o contedo aqui presente foi simplesmente copiado de seu endereo original, agrupado e capitulado, para facilitar a leitura. Como se trata de um guia online, constantes alteraes podem ser feitas. Atente-se a possveis alteraes que vierem a ser feitas em data posterior a esta compilao. Fiz essa compilao com interesse unicamente pessoal, visando facilitar meus estudos. Talvez sirva para voc tambm. Sucesso! ----------------------------------Benjamin Pinto [email protected] ;D

Verso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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PARTE I

Planejamento Institucional Atualizado em 20/12/07 22:14:04Planejamento como funo administrativa essencial, constitucional e legal 1. A busca pela eficcia, eficincia, efetividade e economicidade dos atos administrativos uma prioridade constitucional e legal do Estado brasileiro , e a melhoria contnua da gesto pblica (planejamento, coordenao, superviso e controle) o modo de alcan-las , cabendo ao Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto o papel de coordenador e fomentador desse processo de melhoria contnua , sem prejuzo das responsabilidades de cada rgo ou entidade pelo seu desempenho. 2. O planejamento institucional das organizaes pblicas deve estabelecer prioridades sustentveis e consistentes, no sentido de somente despender os recursos pblicos em aes que tragam benefcios efetivos (demonstrveis e mensurveis) para a sociedade, evitando-se a malversao do dinheiro pblico. Ao TCU incumbe verificar tal procedimento da Administrao de modo a garantir a efetiva e regular gesto dos recursos pblicos federais em benefcio da sociedade. Planejamento uma obrigao 3. O planejamento um princpio fundamental da Administrao. Portanto, todas as organizaes pblicas, em especial as integrantes do SISG, devem desenvolver processos de planejamento e de monitoramento (coordenao, superviso e controle) nos nveis institucional, e todas as organizaes pblicas, especial as integrantes do SISP, devem desenvolver processos de planejamento e de monitoramento (coordenao, superviso e controle) da rea de TI. Planejamento e controle so interdependentes 4. O planejamento deve estabelecer os objetivos a serem alcanados, projetar as aes mais efetivas, alocar recursos para sua realizao e estabelecer as formas de mensurao de sua efetividade. O controle deve realizar as mensuraes de efetividade, avaliar o que foi executado em vista do que foi planejado e retroalimentar o planejamento com informaes sobre o que deu certo e o que precisa ser melhorado. Por essa razo, ao sistema de controle interno e ao Poder Legislativo (controle externo) incumbe assegurar a efetiva e regular utilizao dos recursos pblicos em benefcio da sociedade. 5. Portanto, o planejamento deve ser realizado de modo a facilitar o exerccio do controle. Essa diretriz deve nortear a elaborao do oramento como produto do processo de planejamento e como instrumento de controle. Por outro lado, o controle deve avaliar a qualidade do planejamento e do oramento como instrumentos de direcionamento dos gastos pblicos e como instrumentos de controle. Oramento como parte da funo planejamento 6. O oramento, no contexto do planejamento, deve espelhar o nexo causal entre a alocao de recursos e a produo de benefcios de interesse pblico. Como regra geral, s se deve executar aquilo que se planejou. 7. Portanto, a concesso de oramento deve ser condicionada existncia de um planejamento minucioso do gasto, calcado no planejamento estratgico institucionalVerso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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de longo prazo. O relatrio de gesto, por ocasio da prestao ou tomada de contas, deve incluir uma anlise detalhada da execuo do plano de gastos, com nfase especial justificativa das diferenas entre o planejado e o efetivamente executado. Elementos essenciais de um planejamento estratgico institucional 8. Os aspectos essenciais do planejamento institucional so: os diagnsticos e prognsticos, os objetivos, a anlise de cursos alternativos, os programas e projetos com suas metas, os recursos a serem empregados, a indicao de custos, bem como os esquemas de avaliao e controle. 9. Sugere-se que os seguintes elementos devam constar de um planejamento institucional : Misso, viso e negcio institucional; Objetivos estratgicos; Anlise da cultura organizacional (crenas, valores, clima, tenses etc.); Anlise da situao atual; Anlise de cenrios; Estratgias institucionais (aes e programas de trabalho); PPA; Plano diretor; Plano de ao; Oramento Anual. TI como funo estratgica das organizaes 10. A informao e a funo Tecnologia da Informao so considerados ativos estratgicos da organizao. Seu posicionamento na estrutura organizacional deve favorecer o alinhamento de TI com a estratgia institucional. A contratao de servios de TI vincula-se ao planejamento institucional 11. Todas as aquisies devem ser realizadas em harmonia com o planejamento estratgico da instituio.

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PARTE II 2 - Planejamento de TI Atualizado em 20/12/07 22:14:07Por que planejar? 1. A Administrao deve atentar para a necessidade de fazer cumprir o princpio constitucional da eficincia e as disposies contidas no art. 6, I, do Decreto-Lei n 200/67, implantando, na rea de informtica, um processo de planejamento que organize as estratgias, as aes, os prazos, os recursos financeiros, humanos e materiais, a fim de eliminar a possibilidade de desperdcio de recursos pblicos e de prejuzo ao cumprimento dos objetivos institucionais da unidade. Gesto do alinhamento estratgico 2. Deve existir um comit estratgico, com representantes das diversas reas da organizao, com poder de deciso em relao aos investimentos em TI, e que se responsabilize por alinhar as aes de TI aos objetivos de negcio, identificando as necessidades de recursos atuais e futuras e estabelecendo prioridades quanto aos investimentos. Algumas diretrizes para o planejamento estratgico de TI 3. Entre os objetivos estratgicos de TI devem constar os seguintes: obter e manter uma estrutura de recursos humanos para o setor de informtica, verificando se o quantitativo e a qualificao dos servidores so suficientes ao desempenho das atribuies da rea e ao atendimento das necessidades das demais unidades integrantes do rgo, sobretudo se as atividades ligadas ao planejamento estratgico de informtica, coordenao, fiscalizao e ao controle das aes do setor so executadas com eficincia e eficcia e, ainda, se essas atividades esto acometidas a servidores do rgo ; absorver a tecnologia dos sistemas crticos para a organizao, de modo a reduzir, na medida do possvel e estrategicamente desejvel, a dependncia de terceiros. A contratao de servios de TI vincula-se ao planejamento de TI 4. Todas as aquisies devem ser realizadas em harmonia com o planejamento estratgico de tecnologia da informao.

2.1 - Organizao e estrutura de TI Atualizado em 20/12/07 22:14:07Organizao e estrutura de TI suficientes 1. A estrutura de recursos humanos do setor de informtica (o quantitativo e a qualificao dos servidores) deve ser suficiente para o desempenho das atribuies da rea e para o atendimento das necessidades do rgo (1). Posio hierrquica e mandato 2. O posicionamento da rea de tecnologia da informao na hierarquia organizacional e sua estrutura devem ser compatveis com as suas funes, com o seu impacto sobre o negcio e com a necessidade de seu alinhamento estratgico com a estratgia deVerso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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negcio da organizao (2). Atualmente, no mbito da administrao direta do poder executivo federal, o posicionamento da rea de TI est definido com baixo nvel hierrquico (3), o que pode ser exemplificado na estrutura do Ministrio do Trabalho e Emprego (4). 3. A gesto tcnica dos contratos de servios na rea de tecnologia da informao deve competir a essa rea na organizao (5).

2.1.1 - Liderana Atualizado em 20/12/07 22:14:08A importncia da excelncia na liderana da rea de TI 1. Embora o provimento de cargos em comisso dispense a ateno ao princpio constitucional de impessoalidade, por no requerer concurso pblico , no dispensa, entretanto, o atendimento a todos os demais princpios relacionados no caput do art. 37 da Constituio. Em nome dos princpios da moralidade e da eficincia, a liderana da rea de tecnologia da informao deve ser escolhida com cuidados adicionais, em vista do elevado impacto estratgico e operacional dessa rea e de seu oramento geralmente vultoso. Modelo de escolha do lder da rea de TI 2. A escolha do lder da rea de TI deve levar em considerao as competncias gerenciais e negociais requeridas para essa posio de comando , e o desenvolvimento de competncias gerenciais deve ser uma prioridade. 3. Na administrao pblica direta, autrquica e fundacional, 75% dos cargos DAS 1, 2 e 3 e 50% dos cargos DAS 4 so reservados a servidores de carreira, de qualquer origem.

2.1.2 - Gesto de Pessoal de TI Atualizado em 20/12/07 22:14:09Planejamento, coordenao, superviso e controle so indelegveis 1. O exerccio dos papis de planejamento, de definio, de coordenao, de superviso e de controle das atividades de informtica nos rgos e entidades pblicos federais privativo de seus quadros prprios, nos termos do DL200/67 e dos acrdos do TCU. Portanto, a Administrao deve tomar as providncias para assegurar os meios necessrios para realizar, de forma independente e competente, o planejamento, a especificao, a superviso e o controle da execuo dos servios de informtica contratados, mediante o preenchimento de cargos. Gesto de contratos indelegvel 2. O planejamento estratgico da organizao deve adotar estratgias especficas com vistas a manter a rea de tecnologia da informao com estrutura organizacional e quadro tcnico adequado e suficiente para realizar, de forma independente, o planejamento, a definio, a coordenao, a superviso e o controle das atividades da rea. 3. Enquanto no existir na organizao uma rea adequadamente estruturada de informtica, admissvel a contratao de empresa especializada especificamente para o planejamento, a especificao, a superviso e o controle da execuo dos servios de informtica contratados, desde que distinta das que sero gerenciadas (quarteirizao).Verso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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4. Devem existir mecanismos claros e efetivos de disseminao de conhecimento acerca das polticas e normas da organizao para todos os servidores e prestadores de servios, de modo que sejam conhecidas, acessveis e observadas. Carreira ou funo comissionada? 5. A exemplo da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e da Carreira de Especialista em Infra-estrutura , poderiam vir a ser criados cargos especificamente voltados para a gesto da informao, da tecnologia da informao e dos processos de trabalho que faam uso intensivo de conhecimento e informao. 6. O exerccio profissional em tecnologia da informao (informtica) ainda no est contemplado na legislao, embora tramitem projetos de lei nesse sentido desde 1981. Portanto, no se pode exigir a inscrio do profissional ou da empresa de informtica em conselho profissional, como o CRA ou o CREA. Quantitativo, perfil adequado e desenvolvimento de pessoal 7. A estrutura de recursos humanos do setor de informtica deve dispor de pessoal permanente com quantitativo e qualificao suficientes para o desempenho das atribuies da rea e ao atendimento das necessidades das demais unidades integrantes do rgo, sobretudo as atividades ligadas ao planejamento estratgico de informtica, coordenao, fiscalizao e ao controle das aes do setor para que estas sejam executadas com eficincia e eficcia. 8. A Administrao providenciar a estrutura de cargos adequada rea de TI em cada rgo e o efetivo preenchimento dessas vagas com pessoas adequadamente competentes, por meio de seleo e desenvolvimento de pessoal. 9. H diversas abordagens que podem ser utilizadas para melhorar a gesto de pessoal de TI, tais como People-CMM, Gespblica, Coaching e PMBoK. Remunerao e rotatividade de pessoal (turnover) 10. Considerando que a fiscalizao de contratos decorre de designao especial por autoridade competente e implica responsabilidades e riscos substancialmente maiores para o fiscalizador, diante dos rgos de controle e da sociedade, requerendo aptides especficas para o seu desempenho, os fiscalizadores de contratos devem ser selecionados adequadamente, de carreiras prprias para tal atividade ou serem providos de funo comissionada apropriada para tal incumbncia, e com remunerao compatvel com as responsabilidades assumidas.

2.1.3 - Estratgia de contratao de servios de TI Atualizado em 20/12/07 22:14:11Preferncia pela contratao de atividades executivas 1. A execuo indireta (contratao de servios) de tarefas executivas (operacionais) deve ser preferida sua execuo interna, com o objetivo de permitir Administrao concentrar-se nas atividades de GESTO (planejamento, coordenao, superviso e controle), de modo a garantir o alcance de qualidade, eficcia, eficincia, efetividade e economicidade dos servios pblicos em benefcio da sociedade, e com o objetivo de evitar o crescimento desmesurado da mquina administrativa, sendo essa preferncia limitada pela existncia no mercado de fornecedores com a qualidade adequada, pelo interesse pblico e pela convenincia da segurana nacional.Verso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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Necessidade de uma estratgia de contratao de servios de TI 2. As contrataes de servios devem decorrer de uma estratgia formal (PLANO DE TRABALHO) aprovada pela autoridade mxima da organizao e, sempre que possvel, de modelos de contratao padronizados. A estratgia de contratao de servios de TI deve responder a perguntas tais como: por que contratar servios de TI? quais os riscos da contratao de servios de TI? quais os benefcios verdadeiramente passveis de serem auferidos da contratao de servios de TI? que competncias os servidores do quadro permanente devem ter para suportar as contrataes de servios de TI? quais processos de trabalho devem existir para suportar as contrataes de servios de TI? como tratar a questo da segurana da informao? como tratar a questo da dependncia dos terceiros? como tratar a questo dos riscos legais inerentes contratao de servios de TI (trabalhistas, previdencirios, tributrios, contratuais, incompatibilidade com cargos etc.)? Conciliao entre o plano de cargos e a estratgia de contratao de servios de TI 3. As atividades EXECUTIVAS de tecnologia da informao e telecomunicaes sero preferencialmente objeto de execuo indireta, sendo necessrio que as atribuies formais dos respectivos cargos nos rgos e entidades da Administrao sejam periodicamente ajustadas, de acordo com a disponibilidade de servios no mercado, com o interesse pblico, includa a a estratgia do rgo ou entidade, e com a convenincia da segurana nacional, para permitir que os servidores pblicos se concentrem nas atividades de GESTO (planejamento, coordenao, superviso e controle), inclusive dos contratos de execuo indireta. 4. O plano de cargos deve ser periodicamente atualizado para compatibilizar as atribuies dos cargos s novas realidades e disponibilidades de mercado, inovao e extino de processos de trabalho, aos novos perfis profissionais e novas competncias requeridas e aos requerimentos das estratgias da organizao, priorizando a atribuio das atividades de gesto e governana aos servidores e a reteno de conhecimento de negcio na organizao, sempre com foco na eficcia, eficincia, efetividade e economicidade do servio pblico em favor da sociedade. 5.

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6. A deciso pela utilizao do instituto da execuo indireta de tarefas executivas mediante contrato (contratao de servios) pressupe a existncia no rgo ou entidade de cargos com atribuies compatveis, por provimento ou redistribuio, em nmero suficiente para gerenciar contratos, e a efetiva alocao de servidores adequadamente preparados para realizar tal gesto, com vistas a garantir o alcance de qualidade, eficcia, eficincia, efetividade e economicidade dos servios pblicos em benefcio da sociedade. 7. No podero ser objeto de execuo indireta aquelas atividades previstas no plano de cargos de atribuio privativa aos servidores pblicos ou quando exista necessidade de subordinao jurdica entre o obreiro e o tomador de servios. 8. O estgio remunerado no se confunde com a prestao de servios terceirizados e no pode ser considerado execuo indireta, nem a substitui. Atividades delegveis e atividades no passveis de execuo indireta 9. As atividades de natureza executiva devero, sempre que possvel, ser objeto de execuo indireta, limitada disponibilidade de mercado, ao interesse pblico e segurana nacional, e em coerncia com a estratgia de contratao de servios da organizao. J as atividades de gesto no devero ser objeto de execuo indireta. A ttulo de exemplo, recomenda-se que os 34 processos identificados pelo modelo COBIT 4.1 para a rea de TI sejam de gesto exclusiva de servidores do quadro permanente. Outro referencial importante a ser analisado o ITIL. Cuidados com a propriedade intelectual 10. Visto que a legislao concede tratamento privilegiado ao autor de obra intelectual , deve-se ter o cuidado de explicitar que os direitos autorais e patrimoniais relativos a programa de computador, desenvolvidos e elaborados durante a vigncia do contrato ou de vnculo estatutrio, pertencem exclusivamente ao contratante.

2.2 - Oramentao Atualizado em 20/12/07 22:14:12Planejamento de gastos de TI 1. O planejamento oramentrio de TI ocorrer com, no mnimo, um ano de antecedncia em relao ao exerccio fiscal a que se refere, e contemplar, entre outros aspectos, os gastos pretendidos com bens e servios de tecnologia da informao, com detalhes suficientes para fundamentar a proposta do rgo setorial e posterior verificao de alinhamento com o planejamento institucional e acompanhamento de execuo, sem prejuzo da possibilidade de ajustes em decorrncia variaes no suprimento oramentrio ou de mudanas nas demandas do rgo. Definio da rea responsvel pelo projeto de contratao 2. Toda licitao e contratao ser precedida de minucioso planejamento realizado por uma ou mais pessoas, adequadamente competentes e formalmente designadas para esse fim, que assumiro a responsabilidade tcnica pelo projeto bsico produzido, inclusive nos casos de contratao direta, o qual fundamentar tecnicamente a aprovao dada pela autoridade competente.

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PARTE III 3 - Planejamento da Contratao Atualizado em 20/12/07 22:14:12Qual o objetivo do processo de planejamento da contratao? 1. O processo de planejamento da contratao destina-se a viabilizar a seleo da alternativa de contratao mais vantajosa para a Administrao, em subordinao aos princpios da motivao, da isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficincia, da probidade administrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio, do julgamento objetivo, e s diretrizes de ampliao da competitividade e de garantia do atendimento do interesse pblico, da finalidade e da segurana da contratao. Como o processo de planejamento da contratao deve ser estruturado para alcanar esse objetivo? 2. O planejamento da contratao deve desenvolver os requisitos da contratao, o modelo de prestao de servios, o objeto da contratao, o modelo de seleo de fornecedores e o modelo de gesto do contrato resultante de modo a garantir a contratao mais vantajosa para a Administrao em termos do benefcio real que se garante auferir da contratao, frente a seus custos. Todos esses elementos conceituais desenvolvidos devem estar explicitados em documentos (artefatos) que os representem adequadamente nos autos. 3. Os artefatos da fase de planejamento devero ser sucessivamente refinados at alcanar o pleno atendimento de seus objetivos e da legislao em vigor, guardando a devida compatibilidade entre os custos e os prazos do planejamento com o valor e a importncia do bem ou servio pretendido e os riscos envolvidos na contratao. 4. As contrataes devem ser precedidas de licitao, exceto nos casos previstos em lei. As licitaes devem ser planejadas de modo a fazer sobressair a proposta mais vantajosa para a Administrao, utilizando sempre o tipo "menor preo", exceto nos casos previstos em lei. A necessidade de planejar para contratar 5. Todas as contrataes, inclusive as contrataes diretas, devem ser precedidas de planejamento adequado, formalizado no processo de contratao e, quando for o caso, incorporado no Projeto Bsico ou Termo de Referncia. 6. O planejamento deve ser realizado de modo a promover a adequada e tempestiva utilizao dos recursos oramentrios, evitando-se que, por falta de planejamento, sejam deixadas para o final do exerccio as providncias necessrias para utilizao dos recursos oramentrios, o que cria, artificialmente, situaes de emergncia e atropelos de prazos legais.

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3.1 - Planejamento preliminar da contratao Atualizado em 20/12/07 22:14:13Para que serve uma fase preliminar de planejamento de uma contratao? 1. A fase preliminar de planejamento de uma contratao est prevista na Lei 8.666/1993 ("estudos tcnicos preliminares", art. 6, IX) e no Decreto 2.271/1997 ("plano de trabalho", art. 2) e destina-se a : estabelecer a justificativa da necessidade dos servios, em harmonia com o planejamento institucional e com o planejamento de TI, inclusive quanto compatibilidade estratgica e previso oramentria (objetivo da contratao) ; estabelecer a relao entre a demanda prevista e a quantidade de servio a ser contratada, a qualidade exigida e o prazo de entrega (requisitos da contratao) ; assegurar a viabilidade tcnica da contratao (modelo de prestao de servio) ; demonstrar os resultados a serem alcanados em termos de economicidade e de melhor aproveitamento dos recursos humanos, materiais ou financeiros disponveis (anlise de impacto e de custo/benefcio; "business case") ; assegurar o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento e o melhor aproveitamento dos recursos humanos, materiais ou financeiros disponveis (anlise de impacto da contratao).

3.1.1 - Fundamentao do objetivo da contratao Atualizado em 20/12/07 22:14:14Porque fundamentar o objetivo? (justificativa da necessidade) 1. Considerando que a falta de motivao e de planejamento podem impedir que sejam atendidos os princpios da eficincia, eficcia e economicidade dos gastos pblicos, o planejamento das contrataes de servios de TI deve iniciar pela justificativa da necessidade desses servios, explicitando a adequao entre a demanda prevista e a quantidade de servio a ser contratada, juntamente com demonstrativo de resultados a serem alcanados em termos de economicidade e de melhor aproveitamento dos recursos humanos, materiais ou financeiros disponveis, nos termos do art. 2 do Decreto 2.271/1997 e do benefcio efetivo que seu atendimento possa retornar para a sociedade. Como fundamentar um objetivo? (necessidades do contratante e polticas de governo) 2. Na fundamentao da necessidade e do problema, deve-se procurar responder a perguntas tais como: Qual a necessidade? Qual o problema? O problema realmente precisa ser resolvido? Qual o custo de resolv-lo? Qual o impacto de resolv-lo? E o de no resolv-lo? Quais as alternativas de soluo? S otimizar o processo de trabalho sem informatizar no resolveria o problema? Informatizar o processo realmente resolve o problema? Informatizar cria outros problemas ou gargalos? Os problemas ou gargalos gerados so problemas maiores que o problema a ser resolvido? H solues prontas? Qual a responsabilidade e o compromisso das unidades clientes que solicitam sistemas de informao e outros servios de TI? Por exemplo: participam formalmente da definio da necessidade e dos requisitos de negcio da soluo? Homologam os produtos e servios entreguesVerso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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com relao aderncia ao negcio do rgo? Participam da atestao das faturas, com as implicaes de tambm serem responsveis no caso de deteco de mau gasto pblico? Finalmente, contextualmente falando, qual o risco do benefcio pretendido no se realizar? 3. A fundamentao do objetivo da contratao deve ser coerente com o planejamento estratgico institucional e da rea de TI e demonstrar como a contratao produzir resultados relevantes ao interesse pblico, quais indicadores sero utilizados para acompanhar e garantir a produo desses benefcios pretendidos, quem ser responsvel pelo acompanhamento e avaliao desses indicadores e em que periodicidade, e a existncia de um contexto adequado e da disponibilidade dos recursos necessrios. 4. No documento formal de solicitao, a fundamentao do objetivo da contratao deve contemplar o atendimento: aos princpios e diretrizes constitucionais, p.ex. a igualdade de condies para todos os concorrentes nas licitaes pblicas ; aos princpios e diretrizes legais, p.ex. o direito de preferncia ; s diretrizes e polticas da Administrao em geral, p.ex. o estmulo ao uso conveniente de software livre ; s diretrizes e polticas da Administrao do rgo ou entidade em questo, consubstanciadas na forma de objetivos estratgicos, estratgias, metas e medidas constantes de seu planejamento de longo prazo e de seu planejamento de tecnologia da informao. Envolvimento do cliente (co-responsabilidade) 5. A responsabilidade pela deciso estratgica de gastos na rea de TI deve ser compartilhada pelas unidades de negcio beneficiadas ou demandantes.

3.1.2 - Designao da equipe projetista Atualizado em 20/12/07 22:14:15Responsabilidade pelo planejamento da contratao 1. Todas as licitaes e contrataes de bens ou servios sero precedidas de minucioso planejamento, inclusive nos casos de contratao direta , realizado e assinado por tcnico(s) comprovadamente competente(s) e formalmente designado(s) para esse fim , o qual fundamentar tecnicamente a sua aprovao por autoridade competente. 2. perfeitamente possvel a contratao de terceiros para AUXILIAR no planejamento e a fiscalizao de contrataes de servios (quarteirizao), sendo, porm, vedada a sua participao na execuo dos servios planejados e/ou fiscalizados , mas a participao no planejamento de uma contratao no d firma quarteirizada o direito de necessariamente ser contratada para realizar a sua fiscalizao. Autorizao para planejamento da contratao 3. A autoridade competente autorizar o prosseguimento do planejamento de cada contratao, considerando: a razoabilidade dos objetivos de uma contratao; a sua capacidade de realmente produzir benefcios interessantes sociedade, considerado o contexto poltico, cultural, tcnico, oramentrio etc. que possa afetar a produo dos benefcios pretendidos; a disponibilidade de servidores adequadamente capacitados para o planejamento da contratao pretendida e para a gesto efetiva do contrato dela decorrente.Verso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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3.1.3 - Definio dos requisitos da contratao

Por que a gesto de requisitos fundamental? 1. Com base no princpio da motivao, cada deciso do gestor pblico precisa ser justificada. Por isso, os requisitos ou necessidades da contratao precisam ser levantados, registrados e justificados. Alm disso, o gerenciamento de requisitos permite a rastreabilidade dos requisitos e a responsabilidade por eles, de modo que a rea de TI no fique vulnervel a questionamentos por exigncias ou critrios de pontuao cuja justificativa no tenha sido caracterizada de antemo. Que requisitos devem ser contemplados? 2. Devem ser contemplados os seguintes tipos de requisitos : requisitos internos funcionais, que so aqueles ligados diretamente ao objetivo da demanda, s funcionalidades esperadas pelos clientes; requisitos internos no funcionais, que so aqueles no ligados diretamente demanda do cliente, mas igualmente importantes para sua satisfao (como desempenho e disponibilidade) ou aderncia aos padres internos da organizao (como carga de processamento, uso de objetos e processos padronizados etc.); requisitos externos, que so aqueles gerados fora da organizao, como as demandas legais e regulatrias. Requisitos internos: funcionais e no funcionais 3. No planejamento das contrataes de servios, devem ser adotadas desde o incio todas as providncias necessrias ao atendimento dos requisitos intrnsecos s contrataes pblicas, quais sejam: o atendimento aos princpios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa e da eficincia da Administrao e da isonomia entre licitantes, da vinculao ao instrumento convocatrio, do julgamento objetivo e da garantia da eficcia das contrataes. o atendimento aos requisitos obrigatrios aos servios pblicos, tais como a adequao, a eficincia, a segurana e, quanto aos servios essenciais, a continuidade. 4. Devero ser levantados e definidos todos os requisitos relevantes para consecuo do benefcio pretendido, e devero ser planejados os meios para atend-los e os mecanismos de controle para que tais requisitos permaneam sendo satisfatoriamente atendidos durante a vigncia contratual, inclusive para sustentar uma eventual necessidade de resciso contratual , abrangendo, no mnimo, os seguintes aspectos: o objetivo da contratao e os benefcios pretendidos em termos de sua eficcia, eficincia, economicidade e efetividade ; os requisitos necessrios para a estimao da quantidade de servio ; os requisitos funcionais obrigatrios ; os requisitos de evoluo e de manuteno dos bens intelectuais produzidos ; os requisitos de nvel de servio ; os requisitos tcnicos mnimos aceitveis para os critrios de prazo de entrega, suporte de servios, qualidade, padronizao, compatibilidade e especificao de desempenho, ou a declarao de irrelevncia de quaisquer deles ; os requisitos para servios predominantemente intelectuais, quando for o caso, tais como a capacitao e a experincia do proponente, a qualidade tcnica da proposta, compreendendo metodologia, organizao, tecnologias e recursos materiais a seremVerso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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utilizados nos trabalhos, e a qualificao das equipes tcnicas a serem mobilizadas para a sua execuo. os requisitos de qualificao do pessoal do contratado, mesmo quando no se tratar de servio de natureza predominantemente intelectual ; os requisitos de qualidade do contratado, tais como a economia e a facilidade na execuo, conservao e operao do objeto contratado ; o prazo mximo requerido de iniciao do contrato e o ritual dessa iniciao ; os requisitos de segurana da informao, de segurana institucional e de gesto documental ; os requisitos de gesto do conhecimento crtico para o negcio do contratante ; os requisitos de proteo do direito patrimonial e da propriedade intelectual do contratante ; requisitos dos padres, usuais ou prprios, de contratao de servios. 5. Tambm devem ser considerados os requisitos derivados de outros processos internos da organizao, tais como: a gesto de riscos ; a gesto da segurana da informao ; a gesto de contratos ; a gesto de pessoas ; a gesto oramentria ; a gesto de controlabilidade (accountability). Requisitos externos 6. Para garantir a aderncia legislao em vigor e s polticas pblicas, deve-se atentar para a realizao de um minucioso levantamento dos requisitos constitucionais, legais e infra-legais, de modo que o modelo de prestao de servios adotado seja o mais aderente possvel a tais requisitos sem perda de objetividade na contratao. 7. Entre esses requisitos devem figurar: requisitos de reduo do impacto ambiental ; requisitos de aproveitamento dos recursos locais ; aderncia s normas e padres de homologao e certificao de qualidade de produtos e servios de informtica ; aderncia s normas tcnicas, de sade e de segurana do trabalho ; aderncia s polticas pblicas de proteo, tais como: estmulo s micro e pequenas empresas por meio das aquisies pblicas ; melhoria do suporte s pessoas com necessidades especiais ; cotas de nmero de pessoas portadores de necessidades especiais ou de pessoas idosas no quadro da contratada ; proibio do trabalho infantil e do trabalho escravo ou indigno; e outras. Mecanismos de comunicao dos requisitos ao contratado 8. Nas contrataes de servios, devem ser criados mecanismos que assegurem que os termos editalcios e contratuais, bem como as polticas e normas do contratante, sejam acessveis, compreendidos e observados pelo preposto da contratada e por todos os empregados alocados ao contratante, particularmente os seguintes: a) Poltica de Segurana da Informao; b) Poltica de Controle de Acesso; c) Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas (MDS); e d) Normas gerais de pessoal (comportamento, acesso, identificao, tica, sigilo, gesto patrimonial etc.). 9. Os requisitos jamais podem ensejar ingerncia sobre a administrao do contratado, sob pena de caracterizao da terceirizao ilegal, devendo evitar-se, entre outros, os seguintes procedimentos : submisso dos empregados do contratado avaliao da Administrao, tais como exames de admisso, avaliao curricular, entrevistas, treinamentos, exames deVerso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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certificao ou assemelhados, devendo-se exigir do preposto do contratado tais procedimentos e a comprovao da sua adequada realizao quando necessrio; exigncia de assinatura de Termo de Responsabilidade e Sigilo para acesso informao e aos sistemas do contratante, devendo-se exigir do contratado a obteno de tal compromisso e a fiscalizao de seu fiel cumprimento; indicao de pessoas para ocupar emprego junto ao contratado, sob quaisquer alegaes, devendo-se exigir do contratado unicamente o cumprimento dos dispositivos contratuais referentes qualificao exigida dos profissionais, quando for o caso. Consulta formal aos clientes (importante na atestao) 10. Nem a lei 8.666/1993, nem a legislao do Prego so claros sobre a origem dos requisitos de contratao e a responsabilidade sobre eles. Porm a responsabilidade pela aprovao do projeto bsico ou termo de referncia claramente atribuda autoridade competente. Em vista disso, extremamente importante fazer constar dos autos as solicitaes originais que conduziram formalizao do projeto bsico, bem como a aprovao desses solicitantes originais (clientes da rea de negcio) para o conjunto final de requisitos levantados, de modo a evitar possveis conflitos durante a execuo do contrato. A abrangncia da anlise 11. O planejamento da contratao de servios deve considerar todos os elementos que afetam a capacidade de produo dos benefcios pretendidos, de modo que seja possvel aferir, o mais precisamente possvel, os custos e os prazos inerentes contratao, internos ou externos, atinentes rea de TI ou no. 12. O planejamento das contrataes de servios deve-se pautar pela reunio de somente aqueles requisitos considerados indispensveis para a segura realizao do objeto da contratao, sempre de modo a maximizar a competitividade.

3.1.4 - Anlise de mercado Atualizado em 20/12/07 22:14:21Quais os objetivos de uma anlise de mercado? 1. Considerando o objetivo da contratao e e seus requisitos, bem como as caractersticas do contratante, a equipe de planejamento da contratao deve efetivar um levantamento de informaes sobre o mercado potencialmente fornecedor para a soluo pretendida com vistas a : identificar e avaliar os recursos disponveis no mercado, especialmente no mercado local, e as possibilidades de ampliao da competitividade, sem perda de economia de escala ; levantar os preos correntes do mercado ; levantar as condies de aquisio e pagamento usualmente praticadas pelo setor privado ; levantar os padres de desempenho e qualidade usualmente adotados no mercado ; estimar a homogeneidade ou heterogeneidade entre os fornecedores quanto possibilidade de uso do direito de preferncia nos casos de empate e/ou para insero de mecanismos de estmulo s micro e pequenas empresas. Desafios para realizar anlises de mercado e possveis soluesVerso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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2. Dentre os vrios desafios para realizar anlises de mercado para dar suporte s contrataes pblicas esto: Como interagir com fornecedores para melhorar a compreenso das possibilidades do mercado? Como interagir com o mercado sem perder a iseno? Pode-se fornecer informao sem caracterizar acesso privilegiado? Os fornecedores atuais so considerados privilegiados? H pouca orientao disponvel sobre como realizar tais anlises de mercado. O fornecedores geralmente no tm interesse em gastar tempo e dinheiro para colaborar na anlise se no tiverem alguma contrapartida em termos de vantagem ou privilgio. 3. As anlises de mercado podero utilizar, entre outras, as seguintes fontes de informao: Consultas diretas aos fornecedores (RFP) ; Consultas a outros entes pblicos adquirentes de soluo semelhante ; Consulta/audincia pblica ; Consultas Web / publicao do planejamento ; Banco de dados da Administrao Pblica, como sistemas de registro de preos, de contratos, de licitaes etc. ; Cadastros de preos mantidos pelo Poder Pblico (Siasg-Sicaf/MP; Sinapi/CEF etc.); Cadastros de preos mantidos por entidades de pesquisa (Catho; FGV etc.); Cadastros de preo dos fornecedores; Sistemas de busca de preos na internet (Ministrio da Justia; buscap; bondfaro etc.); Consultorias (com cautela); Fruns para objetos freqentes (padres). 4. Com base no Cdigo de Defesa do Consumidor, ao fazer a solicitao de propostas ao mercado por meio de ofcio, importante notificar os fornecedores da obrigatoriedade legal da apresentao de propostas com oramentos vlidos. Estimao inicial do custo financeiro do contrato 5. No incio do planejamento da contratao, a anlise de mercado visa apenas a conhecer as potencialidades do mercado e dar uma noo dos custos envolvidos. Somente no final do planejamento, com o melhor detalhamento do objeto da contratao, que ser possvel fazer uma estimativa mais apurada de preo. Formao de uma base de conhecimento e interao com outros rgos 6. Com base no art. 11 da Lei 8.666/1993, a equipe projetista pode e deve interagir com outros rgos, especialmente os normatizadores, em busca de experincias e melhores padres, e ainda construir sua prpria base de conhecimento para reaproveitamento posterior e reduo do custo e prazo de planejamento.

3.1.5 - Definio do modelo de prestao dos servios Atualizado em 20/12/07 22:14:23Necessidade de um modelo de prestao de servios 1. No processo de planejamento de contratao, a razo de escolha de cada aspecto relevante do modelo de prestao de servios deve ser explicitada e bem fundamentada. O modelo de prestao de servios de TI deve ser escolhido entre as alternativas que apresentem melhor equilbrio entre os requisitos de eficcia (garantia do cumprimento das obrigaes), de eficincia (menor custo possvel), de economicidade (maior benefcio possvel a um custo aceitvel) e de isonomia entre licitantes (ampliao da competitividade).Verso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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Aderncia a modelos padronizados ou consagrados 2. As contrataes de servios de TI devero dar preferncia aos modelos de prestao de servios consagrados ou padronizados, desde que estejam de acordo com a legislao e a jurisprudncia atualizadas. Quando conveniente, a Administrao poder e dever estabelecer seu prprios padres de modelos de prestao de servios, com vistas ao ganho de escala e a facilitar a oramentao e a competitividade. 3. Devem-se considerar, no mnimo, as normas e padres estabelecidos pelas seguintes entidades: Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, por meio da Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao (SLTI) ; Ministrio da Cincia e Tecnologia, por meio de normas prprias e das recomendaes do Centro de Pesquisas Renato Archer (CenPRA) ; Associao para Promoo da Excelncia do Software Brasileiro - SOFTEX ; Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT ; entidades de defesa do direito do consumidor e suas recomendaes. Concepo do modelo de prestao de servios como uma soluo de TI sustentvel 4. O planejamento das contrataes de servios de TI deve considerar a totalidade dos servios necessrios e estabelecer os requisitos que caracterizem uma soluo de TI consistente, autocontida e suficiente para o alcance dos objetivos motivadores da contratao e a produo dos benefcios pretendidos. 5. Para ser sustentvel e atender ao princpio da eficincia, o modelo de prestao de servios deve ser escolhido de modo a evitar a excessiva dependncia de fornecedores, lanando mo de elementos que reduzam o custo de mudana de fornecedor e assegurando-se da posse efetiva de todos os recursos necessrios para tal, em especial do recurso conhecimento de negcio envolvido. Diretrizes para o parcelamento do objeto: quando e como dividir; quando no dividir 6. A regra geral para contratao de obras e servios a sua programao integral, de modo a maximizar as possibilidades de alcance dos benefcios pretendidos. 7. Adicionalmente, quando o objeto da contratao de servios for de natureza divisvel, este deve ser dividido em tantas parcelas quantas possveis, sem prejuzo do conjunto ou complexo, com vistas a propiciar a ampla participao dos licitantes que, embora no dispondo de capacidade para a execuo, fornecimento ou aquisio da totalidade do objeto, possam, contudo, faz-lo com referncia a itens ou unidades autnomas, devendo as exigncias de habilitao adequarem-se a essa divisibilidade. 8. O parcelamento do objeto deve ser realizado sempre que for possvel e vivel tcnica e economicamente, desde que tal parcelamento efetivamente aproveite melhor os recursos disponveis no mercado, amplie a competitividade, mantenha a economia de escala e se traduza a contratao mais vantajosa para a Administrao. 9. So admitidos vrios mtodos de parcelamento do objeto com vistas ao aumento da competitividade: diviso do objeto em itens, porm integrados a custo da Administrao ; diviso do objeto em itens, com a contratao de uma empresa para gerenciar os contratos (quarteirizao) ; diviso do objeto em itens, mas contratados em conjunto, permitida a formao de consrcios ;Verso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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contratao em conjunto, com permisso de que o contratado subcontrate a execuo dos servios, at o limite estabelecido em edital, mantendo sempre total responsabilidade pelos resultados do contrato. 10. Quando o objeto for subdividido em item relativo execuo de servios e item relativo fiscalizao dos respectivos servios executados, deve ser explicitado no edital e/ou no projeto bsico que no ser permitida a adjudicao desses itens mesma empresa simultaneamente, registrando que essa restrio visa a assegurar a necessria segregao das funes de executor e fiscalizador dos servios. 11. Nas contrataes de servios tcnicos de informtica (assistncia tcnica, treinamento e certificao, suporte tcnico e consultoria) para o ambiente Microsoft e assemelhados, deve-se obrigatoriamente proceder licitao, ante a evidente viabilidade de competio, com parcelamento ou adjudicao por itens, ainda que adjudicveis para um mesmo vencedor, e com requisitos de qualificao e pontuao tcnica prprios a cada espcie de servio. 12. Nos parcelamentos por quantitativos do mesmo servio, por extenso do art. 23, 7 da Lei 8.666/93, sero selecionadas tantas propostas quantas necessrias at que se atinja a quantidade demandada na licitao. 13. Com vistas a minimizar as chances de frustrao do procedimento licitatrio, os itens resultantes do parcelamento de um objeto devem ser licitados separadamente, sempre que possvel e vantajoso. 14. Itens que devam ser licitados por tipos distintos de licitao no devem ser agregados como objeto nico ou licitados na mesma licitao. Diretrizes para definio da durao do contrato e dos quantitativos 15. O quantitativo de servio e a durao do contrato devem ser dimensionados de modo a viabilizar propostas com ganho de escala e, portanto, preos menores, desde que no haja prejuzo desarrazoado para a competitividade, lembrando que o parcelamento do objeto no deve provocar perda de economia de escala. 16. Deve haver cuidado em diferenciar adequadamente a durao da contratao de servios e o regime da contrao (empreitada por preo global, por preo unitrio, integral e tarefa). Servios prestados de forma contnua so contratados para atender a necessidades constantes e que no se esgotam com um mero perodo de prestao. Como a necessidade desse tipo de contratao absolutamente previsvel e como a interrupo desses servios pode produzir prejuzos Administrao, a lei, de modo excepcional, permite que sua durao, desde que previsto em edital, extrapole os respectivo exerccio oramentrio, com possveis prorrogaes sucessivas at 60 meses. Por outro lado, servios que possam ser caracterizados como projetos (incio, meio e fim) ou como demandas por perodo limitado no devem ser classificados como servios continuados, com vistas a manter a congruncia entre a demanda (necessidade) e o objeto da contratao. Coerncia com a estratgia de contratao de servios de TI e o plano de cargos 17. O planejamento do modelo de prestao de servios deve garantir o alinhamento do objeto com a estratgia de contratao de servios do rgo (PLANO DE TRABALHO), de modo que somente ocorra a contratao de atividades EXECUTIVAS passveis de execuo indireta, incluindo a eventual atualizao do prprio plano de cargos em vista das novas disponibilidades de servios no mercado em condies vantajosas para a Administrao, e atendimento ao Decreto-lei 200/1967, art. 10, 7 e 8, no sentido de recorrer, sempre que possvel, execuo indireta, mediante contrato, com o fim de evitar o crescimento desmesurado da mquina pblica e tambm de favorecer o desempenho das tarefas de planejamento, coordenao, superviso e controle.Verso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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Caracterizao da terceirizao legal 18. O modelo de prestao de servios deve ser planejado de modo a evitar a ocorrncia das condies que caracterizam a terceirizao irregular, que so: a pessoalidade (ou habitualidade) e a subordinao direta ; a ingerncia da Administrao na gesto dos empregados do Contratado ; a utilizao de recursos preponderantemente da Administrao para realizar os servios contratados; a remunerao do contratado pela simples disponibilidade de seus empregados, ao invs de remunerao proporcional aos resultados alcanados durante a execuo do contrato ; a gesto dos resultados do contrato mais dependentes da Administrao do que do Contratado. 19. Em qualquer forma de execuo dos servios (locao de mo-de-obra ou entrega de resultados), o modelo de prestao de servios deve prever que a contratada integralmente responsvel pela gesto de seu pessoal em todos os aspectos, sendo vedado aos servidores pblicos, formal ou informalmente, qualquer tipo de ingerncia ou influncia sobre a administrao da contratada ou comando direto sobre seus empregados ; 20. A escolha do modelo de prestao de servios deve levar em considerao diversos fatores, em especial os apresentados na figura abaixo, dando-se preferncia prestao de servios pagos pelo resultado.

Figura: Aspectos a considerar na deciso da legalidade ou ilegalidade de uma contratao de servios de TI Forma de execuo dos servios: locao de mo-de-obra x entrega de resultado 21. Deve-se dar preferncia ao modelo de execuo indireta de servios baseado na prestao e remunerao de servios mensuradas por resultados, considerando as vantagens advindas de sua aplicao. 22. Deve-se restringir a utilizao do modelo de execuo indireta de servios por meio de postos de trabalho (locao de mo-de-obra; body shopping) quelas modalidades de servio cujas caractersticas intrnsecas impossibilitem a adoo do outro modelo. Mtodo de mensurao e remunerao 23. Em respeito ao princpio constitucional da eficincia e orientao legal vigente , a Administrao deve estabelecer e explicitar detalhadamente a metodologia de mensurao de servios e resultados empregada nas contrataes de servios, inclusive os critrios de controle e remunerao dos servios executados. Caso noVerso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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seja possvel faz-lo, as razes de justificativa devem ser exaustivamente explicitadas nos autos. 24. O modelo de prestao de servios deve incluir (especialmente no caso de adotar o modelo execuo indireta pela alocao de postos de trabalho, tal como locao de mo-de-obra, tambm conhecido como body shopping): a metodologia de trabalho ; a especificao dos requisitos de definio da demanda de servio, a fim de evitar a possibilidade de que a Administrao pague contratada todas as horas de disponibilidade, ainda que no produtiva, dos profissionais alocados na execuo do contrato, contrariando o princpio da economicidade ; metodologias de estimativa e mensurao de servios prestados e mtricas que privilegiem a remunerao das contratadas mediante a mensurao de resultados e que eliminem a possibilidade de remunerar as empresas com base na quantidade de horas trabalhadas ; a definio dos critrios de aceitao, padres de qualidade e procedimentos de controle dos servios, incluindo a definio da responsabilidade e dos procedimentos de correo de erros, a fim de evitar o pagamento da contratada por servios no-executados ou mal-executados, contrariando o princpio da economicidade ; a previso de acompanhamento e fiscalizao concomitantes execuo para evitar distores na aplicao dos critrios ; a segregao de funes de execuo e medio ; a utilizao de um documento especfico destinado ao controle de servios prestados (como ordem de servio ou solicitao de servio) que contemple, pelo menos: a definio e a especificao dos servios a serem realizados; as mtricas utilizadas para avaliar o volume de servios solicitados e realizados; a indicao do valor mximo de horas aceitvel e a metodologia utilizada para quantificao desse valor, nos casos em que a nica opo vivel for a remunerao de servios por horas trabalhadas; o cronograma de realizao do servio, includas todas as tarefas significativas e seus respectivos prazos; os custos em que incorrer a Administrao para consecuo do servio solicitado; e a indicao clara do servidor responsvel pela atestao dos servios (42). Definio dos Nveis de Servio Exigveis 25. Com base nos requisitos do objeto, a equipe projetista deve definir os parmetros (valores) que devero ser utilizados para balizar a mensurao dos servios prestados, sob a tica da quantidade e da qualidade (43). Cuidados especiais na locao de mo-de-obra 26. No caso de adotar o modelo execuo indireta pela alocao de postos de trabalho (locao de mo-de-obra, body shopping), o modelo de prestao de servios deve definir claramente (44): a qualificao tcnica necessria para assumir cada posto de servio; os documentos que serviro para comprovar a qualificao exigida; a guarda desses documentos, deixando-os disponveis aos rgos de controle; critrios de aferio de desempenho; motivos que venham a justificar a substituio de profissionais e como ela deve ser realizada; a forma pela qual a contratada garantir que, nos afastamentos legais ou na eventual substituio de profissionais, os substitutos tenham a mesma qualificao e a mesma efetividade daqueles substitudos;Verso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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os dias e horrios em que a presena do profissional requerida, sem jamais prever autorizao para remunerao de horas extras ou horrio noturno alm da jornada regular prevista em contrato, pois cabe contratada gerenciar a forma como se desincumbir das obrigaes contratuais e das demandas de servio (45); as localidades de prestao dos servios, a estimativa do volume de servios em cada localidade e a integral responsabilidade da contratada pelas despesas de transporte e hospedagem de seus empregados designados para executar servios nessas localidades (46); a vedao ao Poder Pblico de fornecer benefcios mo-de-obra terceirizada, tais como vale-transporte e tquete-refeio (47). Cuidados especiais com cooperativas de trabalho 27. Em razo dos dispositivos constitucionais que prevem tanto a isonomia entre licitantes quanto o estmulo ao cooperativismo, no se pode negar a participao de cooperativas em licitaes pblicas (48), exceto nas situaes de desvirtuamento das relaes cooperativas ensejando ilegalidade (49). Portanto, deve-se verificar se, pela natureza dos servios a serem licitados ou pelo modo de execuo usualmente adotado no respectivo mercado, deve haver pessoalidade, habitualidade e subordinao jurdica entre a empresa contratada e os trabalhadores encarregados da execuo dos servios (por exemplo, a subordinao tcnica e administrativa ao preposto), fazendo incluir no edital a vedao participao de cooperativas de trabalho no certame, caso tais requisitos sejam considerados elementos essenciais da prestao de servios (50).

3.1.6 - Definio do gestor do futuro contrato Atualizado em 20/12/07 22:14:30Obrigatoriedade de designao de um fiscalizador 1. A execuo do contrato dever ser acompanhada e fiscalizada por um gestor do contrato, especialmente designado para representar a Administrao, permitida a contratao de terceiros para assisti-lo e subsidi-lo de informaes pertinentes a essa atribuio. 2. Considerando a necessidade de garantir a efetiva realizao dos resultados esperados da contratao e a responsabilidade da Administrao pelos danos, ao errio ou a terceiros, decorrentes de uma eventual m gesto de contrato, conveniente assegurar que o futuro fiscalizador : seja escolhido ainda na fase de planejamento e participe do planejamento definitivo da respectiva contratao, com vistas ao perfeito entendimento do elementos que fundamentam a contratao e do modelo de gesto a ser praticado na fase de gesto do futuro contrato ; seja selecionado mediante processo que garanta possuir as competncias necessrias, tcnicas e no tcnicas, para a adequada gesto do futuro contrato. 3. A gesto tcnica dos contratos de servios na rea de tecnologia da informao deve competir a essa rea na organizao.

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3.1.7 - Anlise de impacto da contratao Atualizado em 20/12/07 22:14:30Por que necessria uma anlise de impacto da contratao? 1. A anlise de impacto da contratao corresponde fase final dos estudos tcnicos preliminares referidos no art. 6, IX, como antecedentes ao Projeto Bsico. A razo para a existncia desse estudo que deve-se prever a possibilidade de desistncia do servio a ser contratado antes que investimentos maiores sejam feitos, caso os primeiros estudos indiquem a inviabilidade de sua execuo ou a impossibilidade de alcance dos benefcios pretendidos. H tambm a necessidade de se fazer a prospeco e avaliao de riscos, pois h casos em que no possvel reverter as conseqncias de uma alterao (p.ex., migrao contratada de verso de banco de dados, onde geralmente no h como voltar atrs depois que a nova verso entrou em produo e novas transaes com efeito legal j foram realizadas). Exemplos de impactos de uma contratao 2. Vrias razes podem vir a indicar tal inviabilidade, tais como: indisponibilidade oramentria frente valores orados nos primeiros levantamentos de mercado (p.ex., o custo estimado supera aqueles estimados inicialmente por ocasio da fase de solicitao oramentria, 1 ano antes, seja por erro de estimativa, seja por variao cambial, ou outras razes imprevisveis) ; concluso de que o objetivo pretendido no pode ser alcanado com o objeto inicialmente proposto (p.ex., quando se conclui que o objetivo melhor atendido comprando produto pronto, do que contratando servios para faz-lo, como, possivelmente, no caso de software de processo empresarial - ERP) ; concluso de que o objeto no pode ser legalmente contratado (p.ex., prestao de servios coincidentes com a atividade-fim da organizao) ; concluso de que a organizao ainda no tem maturidade para usufruir dos servios contratados (p.ex., quando a resistncia cultural terceirizao muito grande); concluso de que o ajuste fino de processos internos pode evitar a necessidade de contratao de servios (p.ex., quando a racionalizao dos procedimentos burocrticos reduz sensivelmente a demanda por servios de escritrio); concluso de que o embutimento de certos servios dentro de servios maiores soluo tecnicamente mais adequada, melhora a economia de escala e no prejudica injustificadamente a competitividade no mercado em questo (p.ex., quando embutir garantia de 4 anos para microcomputadores evita a necessidade de contratar servios de manuteno desses equipamentos) ; concluso de que no h pessoas adequadamente capacitadas para gerenciar os futuros contratos, tornando altamente arriscado contratar servios ; concluso de que a infraestrutura de equipamentos e rede no adequada aos novos patamares de servio exigidos pela contratao pretendida (p.ex., contratar videoconferncia sem ter capacidade de trfego suficiente nas instalaes internas); concluso de que a contratao de servios de TI e o aumento de produtividade de certo processo de trabalho apenas geraria enfileiramento no processo subseqente a cargo de outra rea (p.ex., contratar desenvolvimento de sistemas sem ser capaz de treinar os usurios para usufruir do portflio disponvel apenas aumenta a ineficincia no uso dos sistemas como um todo); O que avaliar na anlise de impacto? 3. Deve-se fazer uma avaliao de pelo menos os seguintes itens: custo/benefcio inicial ; impactos sobre a equipe (h pessoas adequadas para cuidar dos novosVerso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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processos decorrentes da contratao?) ; impactos organizacionais, em termos de processos de trabalho e ganho geral do sistema, no somente localizado ; impactos polticos (se der certo, qual a conseqncia? e se der errado?); impactos no clima organizacional (culturais, ambiente emocional etc.), diz respeito a como as pessoas se sentem em relao contratao pretendida; impactos materiais (compatibilidade e suporte de carga pela infra-estrutura); impactos normativos (compatibilidade legal, regulatria e contratual) ; efetiva probabilidade de vir-se a concretizar o benefcio pretendido. Parecer Tcnico da equipe projetista 4. O Parecer Tcnico da equipe projetista deve ser formal e conclusivo, oferecendo uma anlise tcnico-econmica e sugerindo autoridade superior as melhores opes a adotar e quais opes devem ser evitadas e por qu. Deve concluir com uma recomendao pela continuidade ou pela desistncia do projeto, e ainda oferecer um cronograma para realizao da etapa de planejamento definitivo.

3.1.8 - Aprovao dos estudos tcnicos preliminares Atualizado em 20/12/07 22:14:32Qual a razo para existir uma fase de aprovao dos estudos tcnicos preliminares? 1. A atividade de planejamento altamente especializada, requerendo os melhores talentos para sua realizao. Por essa razo, uma atividade de alto custo e de alto risco, pois erros nessa etapa podero resultar em prejuzos muito grandes na fase de execuo. Por isso, a autoridade competente deve certificar-se de que todos os elementos necessrios tomada de deciso bem fundamentada esto presentes e decidir com base em elementos claramente expostos na documentao do planejamento, procurando registrar, inclusive, as discordncias. Elementos de deciso pela autoridade competente 2. Em sua anlise preliminar a autoridade competente dever certificar-se de que : o problema a ser resolvido est claramente definido, o objetivo da contratao claro, preciso e adequadamente justificado ; a equipe projetista demonstrou possuir todas as aptides necessrias para uma anlise preliminar ; todos os requisitos relevantes da contratao foram adequadamente relacionados e analisados ; a anlise de mercado foi adequadamente realizada e demonstrou haver boa capacidade em atender ao objetivo da contratao ; o modelo de prestao de servios sugerido adequado e plenamente compatvel com a organizao, especialmente do ponto de vista legal; todos os riscos e impactos relevantes foram adequadamente levantados e considerados no projeto de contratao. Consultando e corresponsabilizando o cliente 3. Vez que a rea de TI via de regra no a rea responsvel pela produo do benefcio final, a autoridade competente dever encontrar os meios de obter a concordncia do cliente, cuja demanda originou a necessidade da contratao, para com os seguintes aspectos: todos os requisitos do cliente foram contemplados ; os benefcios pretendidos realmente compensam os custosVerso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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estimados ; o cliente assume integralmente a responsabilidade por todos os processos de trabalho a seu cargo que excedem contratao, mas que so cruciais para o seu sucesso; o cliente assume a responsabilidade de efetivamente transformar os recursos colocados disposio, principalmente o contrato de servio, para gerar os benefcios projetados o cliente concorda com o modelo de prestao de servios escolhido e com a necessidade de no existir ingerncia sobre a gesto da firma contratada; o cliente assume contabilmente o custo decorrente do contrato (centro de custo).

3.2 - Planejamento definitivo da contratao Atualizado em 20/12/07 22:14:33Produto do planejamento definitivo: Projeto Bsico/Termo de Referncia 1. Aps os estudos tcnicos preliminares e a sua aprovao, deve-se iniciar a concepo do Projeto Bsico (ou Termo de Referncia), sem o qual, nenhuma contratao dever ser realizada, mesmo que por convite ou contratao direta. 2. O projeto bsico deve conter os elementos necessrios e suficientes, com nvel de preciso adequado, para caracterizar o servio (ou complexo de servios) objeto da licitao, elaborado com base nas indicaes dos estudos tcnicos preliminares, que assegurem a viabilidade tcnica e o adequado tratamento do impacto no ambiente em que o objeto ser realizado, e que possibilite a avaliao de seu custo e a definio dos mtodos e do prazo de execuo, devendo conter os seguintes elementos : desenvolvimento da soluo escolhida de forma a fornecer viso global do servio e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza ; solues tcnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulao ou de variantes durante as fases de elaborao do projeto executivo e de realizao das obras e montagem ; identificao dos tipos de servios a executar e de materiais e equipamentos a incorporar obra, bem como suas especificaes que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o carter competitivo para a sua execuo ; informaes que possibilitem o estudo e a deduo de mtodos construtivos, instalaes provisrias e condies organizacionais para a obra, sem frustrar o carter competitivo para a sua execuo ; subsdios para montagem do plano de licitao e gesto da obra, compreendendo a sua programao, a estratgia de suprimentos, as normas de fiscalizao e outros dados necessrios em cada caso ; oramento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de servios e fornecimentos propriamente avaliados ; a fundamentao do objetivo da contratao, coerente com o planejamento estratgico institucional e da rea de TI, em que fique demonstrado como a contratao produzir resultados relevantes ao interesse pblico, quais indicadores sero utilizados para acompanhar e garantir a produo desses benefcios pretendidos, quem ser responsvel pelo acompanhamento e avaliao desses indicadores e em que periodicidade, e a existncia e disponibilidade dos recursos necessrios

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3.2.1 - Definio do objeto da contratao Atualizado em 20/12/07 22:14:34Qual o objetivo e a estrutura de uma declarao de objeto? 1. A declarao de objeto deve indicar, de modo sucinto, preciso, suficiente e claro, o meio pelo qual um determinado objetivo da Administrao dever ser satisfeito, vedadas especificaes que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessrias, limitem ou frustrem a competio ou a realizao do fornecimento. Suas partes essenciais so: a declarao do objeto como exclusivamente prestao de servios, vedada a caracterizao exclusiva do objeto como fornecimento de mode-obra ; o ncleo imutvel do objeto; os quantitativos ; o prazo. 2. A caracterizao completa de um objeto deve constar do Projeto Bsico ou Termo de Referncia , inclusive nas contrataes diretas. 3. A declarao sucinta e clara na clusula DO OBJETO - constando em igual teor no Projeto Bsico ou Termo de Referncia, no Edital e na Minuta de Contrato - ser til para: orientar a elaborao definitiva da especificao tcnica, do Projeto Bsico, do Edital e da Minuta de Contrato ; transcrever em publicaes do edital na internet, no dirio oficial e nos meios de circulao ; transcrever nos cadastros governamentais, tais como o Siafi e o Siasg; comunicar resumidamente a todos os interessados (fornecedores, administradores pblicos, controle interno e externo, cidado etc.) o teor de uma dada contratao. Quais os cuidados na elaborao de uma declarao de objeto? 4. No permitida a caracterizao exclusiva do objeto da contratao de servios como fornecimento de mo-de-obra , por tratar-se de mera intermediao sem agregao de valor pela contratada e apenas isentar o verdadeiro tomador dos servios das obrigaes trabalhistas, considerada, por isso, contratao ilegal de empresa interposta. 5. Mesmo nas contrataes por alocao de postos de trabalho, o objeto da contratao ser definido de forma expressa e integralmente caracterizado, no edital de licitao e no contrato, exclusivamente como prestao de servios. 6. Nas contrataes que utilizem o modelo de execuo indireta de servios por meio de alocao de postos de trabalho, o dimensionamento da equipe a ser alocada pela contratada deve prever a quantidade exata de postos de trabalho objeto da licitao, a jornada de trabalho, os horrios de prestao de servios e a distribuio desses postos nas instalaes do contratante. 7. So considerados elementos indicativos de interposio ilegal de empresa nas contrataes de servios, em especial naquelas efetivadas mediante alocao de postos de trabalho: habitualidade e/ou pessoalidade do trabalhador ; subordinao predominantemente administrao do contratante, e no da contratada ; utilizao predominantemente de recursos do contratante, e no da contratada, tais como locaes fsicas (salas etc.), equipamentos (mesas, cadeiras, mquinas, computadores etc.) e softwares; fraca ou inexistente vinculao da remunerao do contratado aos resultados do labor dos seus empregados, mas forte vinculao mera disponibilidade destes; possibilidade de ressarcimento de salrios ou despesas decorrentes da prestao dos servios;

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forte vinculao da remunerao do contratado a ndices de reposio salarial, indicando que o contratado possa atuar meramente repassando custos ao contratante, garantida a sua margem de lucro sem esforo de otimizao. 8. vedada a incluso, no objeto da licitao, de fornecimento de servios sem previso de quantidades ou cujos quantitativos no correspondam s previses reais do projeto bsico ou executivo. 9. Uma declarao de objeto deve ser autocontida e no fazer referncias a outras partes do projeto bsico, das especificaes tcnicas ou do contrato, de modo a garantir que essas peas possam ser eventualmente alteradas para atender melhor aos objetivos da contratao, mantida a natureza do objeto da contratao balizada pelos seus objetivos. Cuidados com quantitativos e prazos contratuais 10. Os quantitativos e prazos dos servios a serem contratados devero claramente identificados e estimativamente orados, de maneira a assegurar que as propostas dos licitantes sejam efetivamente comparveis entre si e seja vivel selecionar a proposta mais vantajosa. Um exemplo de declarao de objeto 11. Por isso, a declarao, clara e sucinta, de um objeto deve compor-se das seguintes partes : declarao O objeto desta contratao a prestao de servios de...; declarao do tipo de servios a ser contratado nos termos do que seja considerado suficientemente claro no mercado (p.ex., desenvolvimento de cdigo de sistemas de informao, por meio das atividades de codificao, de teste e de documentao de cdigo, em conformidade com os padres tcnicos de desempenho e qualidade estabelecidos pelo CONTRATANTE, mediante ordens de servio dimensionadas pela tcnica de pontos de funo (PF) e acompanhadas da respectiva documentao de anlise de requisitos, de projeto arquitetural e de ambiente de testes e de produo provida pelo CONTRATANTE,..."); declarao do quantitativo necessrio (p.ex., limitada ao quantitativo mximo de 8.000 PFs anuais para cada uma das atividades contratadas, sem garantia de consumo mnimo,...); declarao do modelo de prestao de servios (p.ex., segundo o modelo fbrica de software, na forma de servios continuados e no presenciais, pagos pelo quantitativo mensal de resultado recebido e homologado como aderente s especificaes das ordens de servio,...); declarao do prazo necessrio (p.ex., pelo prazo de 12 meses, prorrogveis por iguais perodos at o limite de 60 meses.).

3.2.2 - Definio do modelo de remunerao Atualizado em 20/12/07 22:14:36O que um modelo de remunerao? 1. O modelo de remunerao define o item faturvel por meio do qual sero calculados os valores a serem pagos pelos servios e as condies em que tais pagamentos se daro. Cuidados na definio do modelo de remuneraoVerso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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2. O modelo de remunerao deve definir claramente o item faturvel e prever que: a remunerao est estritamente vinculada apresentao de resultados, em qualquer modelo de prestao de servios ; a Administrao pagar por unidade quantitativa de servio efetivamente prestado, caracterizado pelos seus resultados ; exceto em casos especiais e devidamente justificados, a Administrao no pagar adiantadamente ou pela simples disponibilidade da mo-de-obra da contratada sem a correspondente gerao de resultado til ; a contratada obrigada a apresentar planilha de formao de preo que permitir a avaliao da aceitabilidade do preo, unitrio e global, em tempo de licitao, e a eventual repactuao de preos, em tempo de execuo contratual ; vedada a indexao de preos e o reembolso de salrios, despesas de transporte e de hospedagem. prazo de pagamento e procedimentos de faturamento, de glosa, de pagamento e nos casos de atraso de pagamento ; o pagamento condicionado regularidade comercial, fiscal, trabalhista e previdenciria ; salvo disposies em contrrio constantes do edital, do convite ou de ato normativo, os ensaios, testes e demais provas exigidos por normas tcnicas oficiais para a boa execuo do objeto do contrato correm por conta da contratada. descabe, por injurdica e por constituir acrscimo disfarado da margem de lucro prevista, a incluso de percentuais ou itens nas planilhas oramentrias de contratos administrativos objetivando o ressarcimento de supostos gastos com os impostos diretos IRPJ e CSLL, por serem personalssimos e no repassveis aos clientes, devendo os administradores absterem-se de elaborar os oramentos de referncia das licitaes com tais parcelas, coibindo a prtica por meio de disposies editalcias apropriadas.

3.2.3 - Definio do modelo de seleo de fornecedor Atualizado em 20/12/07 22:14:37O que um modelo de seleo? 1. O modelo de seleo o mtodo pelo qual a Administrao seleciona a alternativa de contratao mais vantajosa. H dois modelos de seleo possveis: a) a licitao pblica, que a regra geral; b) a contratao direta, ou seja, sem competio. Licitar a regra geral 2. A regra geral para as contrataes pblicas selecionar a contratada mediante processo licitatrio pblico que garanta a isonomia entre os competidores. Contratao direta exceo 3. A contratao direta por inexigibilidade de licitao pode se dar quando ocorre inviabilidade de competio, nos termos do artigo 25 da Lei 8.666/1993. A contratao direta por dispensa de licitao pode se dar nos casos previstos no artigo 24 da Lei 8.666/1993, observando que a permisso da Lei tem por objetivo que o gestor decida discricionariamente entre licitar ou contratar diretamente por dispensa de licitao, sem perder de vista os princpios da Administrao e das licitaes, especialmente o da isonomia entre competidores, buscando entre as vrias alternativas a mais vantajosa para a Administrao.Verso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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Cuidados nas contrataes diretas 4. O planejamentos estratgicos institucionais, de TI e de cada contratao devem buscar equilibrar o objetivo de produo dos benefcios pretendidos com as contrataes com o objetivo de ampliar, tanto quanto possvel e conveniente tcnica e economicamente, a competitividade dos certames licitatrios, em atendimento ao princpio da eficincia (CF, Art. 37, caput), por meio dos conceitos de eficcia (garantia do cumprimento das obrigaes) e de economicidade (CF, Art. 37, XXI, Art. 70 e 74, I e II), e ao princpio da isonomia entre os concorrentes (CF, Art. 37, XXI). 5. Por esta razo, nas dispensas e nas inexigibilidades de licitao, as justificativas, alm de demonstrar o perfeito enquadramento nos respectivos artigos da Lei 8.666/93 (arts. 24 a 26), devem demonstrar tambm: que a opo , em termos tcnicos e econmicos, a mais vantajosa para a Administrao. que o objeto da contratao no pode ser alterado ou ajustado de modo a viabilizar a competio ; que as condies contratuais so balanceadas entre as partes e que a contratao no conduz a uma dependncia difcil de ser quebrada que coloque a Administrao em condio de desvantagem. a justificativa da escolha do fornecedor ou executante, demonstrando tambm o atendimento aos princpios fundamentais das licitaes ; a justificativa de preo que evidencie a razoabilidade dos preos contratados ; que houve um bom planejamento que evite aes intempestivas (que ocasionam o surgimento artificial de situaes emergenciais) e a baixa qualidade do projeto bsico (que afetam a eficcia, a eficincia, a efetividade e a economicidade das contrataes) ; que houve autorizao especial e publicidade da inteno de efetivar contratao direta. Cuidados na dispensa de licitao 6. Nas dispensas de licitao essencial que exista: caracterizao da situao emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso ; caracterizao da contratao de entidade pblica como sendo a alternativa mais vantajosa para a Administrao, independentemente da permisso legal. Cuidados na inexigibilidade de licitao 7. Nas inexigibilidades de licitao essencial que exista: demonstrao cabal de que foram feitas todas as verificaes necessrias certificar-se da efetiva exclusividade de fornecedores e prestadores de servio. Cuidados especiais com o Art. 13 8. O art. 13 da Lei 8.666/1993 sugere contratao direta ou licitao por concurso para servios tcnicos profissionais especializados; trata-se, porm, daqueles servios tcnicos de altssima especializao para os quais pouqussimos profissionais estejam capacitados; no se trata portanto daqueles servios que exijam certificaes ou diplomas, recaindo estes na classificao de "servios tcnicos profissionais", que podero ser licitados por "menor preo" se altamente padronizados no mercado, ou por "tcnica e preo", se no apresentarem padronizao segura que permita licitar por "menor preo" e possam ser caracterizados como essencialmente intelectuais, que dependem da criatividade humana.Verso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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Definio do tipo de licitao 9. O tipo da licitao refere-se ao critrio de avaliao e classificao das propostas vlidas apresentadas na licitao. A proposta vlida mais bem classificada ser declarada vencedora do certame licitatrio. A escolha do tipo de licitao deve ser fundamentada 10. As razes de escolha do tipo da licitao, dos critrios de seleo e dos fatores de aferio e classificao dos licitantes devero ser suficientemente justificadas nos autos e no projeto bsico para serem avaliados pelos licitantes, pelos rgos de controle e pelo cidado. A regra geral para as contrataes pblicas o tipo "menor preo" 11. Nas licitaes pblicas, a regra geral a aplicao do tipo "menor preo", sendo os demais tipos reservados para situaes especiais. 12. Licitao do tipo menor preo no implica ter de comprar m qualidade, mas que a Administrao, no caso, no sensvel s variaes de qualidade que esto acima da qualidade especificada, a qual j considerada satisfatria e adequada para os propsitos pretendidos. Qual era a razo para a obrigatoriedade do uso de "'tcnica e preo" para bens e servios de TI na Lei 8.666/93? 13. A Lei 7.232/1984 criou a Poltica Nacional de Informtica com o objetivo de estimular o desenvolvimento do mercado nacional de informtica, considerado estratgico. Inicialmente estabelecia proteo indstria nacional de informtica por meio de reserva de mercado. A Lei 8.248/1991 (Lei de Informtica) converteu a poltica de reserva de mercado em poltica de incentivos fiscais e de preferncia nas aquisies pblicas. O direito de preferncia poderia ser exercido nos casos de equivalncia de propostas segundo os critrios de prazo de entrega, suporte de servios, qualidade, padronizao, compatibilidade e especificao de desempenho e preo , importante notar que o conceito de preferncia para " bens e servios produzidos, no Pas, por empresas nacionais" j estava estabelecido pelo Regulamento de Licitaes de ento (Decreto-lei 2.300/1986, "em igualdade de condies"), tendo a Lei 8.248/1991 acrescentado apenas a lista dos critrios de avaliao da equivalncia ("em condies equivalentes de prazo de entrega, suporte de servios, qualidade, padronizao, compatibilidade e especificao de desempenho e preo."). 14. A Lei 8.666/1993, por sua vez, deu continuidade ao direito de preferncia genrico existente no Decreto-lei 2.300/1986, restrito ao desempate de certames (arts. 3, 2, e 45, 2) , e reconheceu a necessidade excepcional do uso do tipo "tcnica e preo" para haver compatibilidade com os critrios de avaliao de equivalncia definidos na Lei 8.248/1991, mas manteve inserida no prprio corpo do comando a abertura para novas regras definidas pelo Poder Executivo que permitissem a adoo de "outro tipo de licitao", obviamente referindo-se ao tipo "menor preo", que a regra geral das licitaes. 15. Na regulamentao da Lei 8.248/1991, o Decreto 1.070/1994 inovou ao estabelecer como equivalentes as propostas inseridas em uma faixa de 6% de tolerncia para o ndice de avaliao e de 12% de tolerncia para o fator preo, nessa ordem. Segundo um documento publicado pelo MCT, esse conceito era existente na legislao de outros pases, com destaque para os Estados Unidos. 16. No entanto, esse Decreto tem sido questionado quanto constitucionalidade, por contrariar o princpio da isonomia entre licitantes (CF/88, art. 37, XXI; Lei 8.666/1993, art. 3, caput e 1, I), e quanto legalidade, por introduzir um conceitoVerso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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de equivalncia ficta no suportado pela legislao brasileira. O Decreto tambm pode ser criticado por mais duas razes: 1) expandiu (ou perverteu?) o conceito de equivalncia sem que a lei o demandasse ou autorizasse, vez que a Lei 8.666/1993 demandou apenas a definio das situaes em que outro tipo de licitao poderia ocorrer e que o conceito de equivalncia ou empate era assente no Decreto-lei 2.300/1986 e ; 2) transformou o critrio legal de desempate (Lei 8.666/1993, arts. 3, 2, e 45, 2) em critrio de classificao de propostas para fins de adjudicao (Decreto 1.070/1994, art. 5), distorcendo significativamente o tipo "tcnica e preo" originalmente previsto em lei e constituindo-se, na verdade, em novo tipo de licitao em que o critrio de adjudicao pode eventualmente ser diferente da melhor mdia ponderada (Lei 8.666/1993, art. 46, 2) e no relacionado com qualquer critrio de avaliao tcnica ou de preo (Lei 8.666/1993, art. 45), incorrendo em afronta CF/ 88, art. 37, XXI.. Caso geral para TI o tipo "menor preo" e, agora, por Prego 17. Conforme previsto no art. 45, 4, da Lei 8.666/1993, em detrimento da obrigatoriedade do uso do tipo "tcnica e preo" nas licitaes de bens e servios de informtica, o Poder Executivo pode estabelecer o uso de outro tipo de licitao por meio de decreto. O Decreto 1.070/1994 foi o primeiro decreto a criar exceo ao uso de "tcnica e preo" para bens e servios de informtica, pois permitiu a adoo de Convite por "menor preo". A Medida Provisria 2.026/2000 (posteriormente convertida na Lei 10.520/2002 - Lei do Prego) e o Decreto 3.555/2000 (alterado pelo Decreto 3.693/2000), que a regulamentava, estabeleceram nova exceo regra da obrigatoriedade do uso de "tcnica e preo" para bens e servios de informtica, pois criaram o Prego (intrinsecamente do tipo "menor preo") como modalidade PREFERENCIAL nas licitaes de bens e servios comuns. No nvel LEGAL, a Lei 11.077/2004 extinguiu de vez a obrigatoriedade do uso do tipo "tcnica e preo" para bens e servios de informtica comuns ao admitir a possibilidade de serem adquiridos por meio de Prego. Finalmente, com a edio do Decreto 5.450/2005, o Prego passou a ser a modalidade OBRIGATRIA nas licitaes de bens e servios comuns, o que inclui a rea de informtica por causa da Lei 11.077/2004. Portanto, como naturalmente se espera que a rea de TI procure adquirir bens e servios comuns (usuais) mais freqentemente que bens e servios incomuns (excepcionais), conclui-se logicamente que a maioria das aquisies de TI ocorrer por meio de Prego. 18. Segundo o TCU, o Prego compatvel com a aquisio de bens e servios comuns de TI (" juridicamente possvel a aquisio de bens e servios comuns de informtica e automao nas contrataes realizadas por intermdio da modalidade Prego"). Posicionamentos divergentes a esse entendimento so geralmente anteriores Lei 11.077/2004 e ao Decreto 5.450/2005. importante ressaltar que a licitao de bens ou servios de TI por qualquer outra modalidade ou tipo requer justificativa especial da Administrao. O prego compatvel com o exerccio do direito de preferncia? 19. Sim. Considerando que a Lei 11.077/2004 e o Decreto 3.693/2000 admitiram o uso de Prego para bens e servios de informtica, e ainda que, na licitao do tipo "menor preo", no interessa Administrao valorar a variao tcnica das propostas que estejam acima dos requisitos tcnicos mnimos aceitveis previamente fixados, pode-se considerar que todas as propostas qualificadas so tecnicamente equivalentes (mesmo valor para o adquirente), porque o excesso de qualidade tcnica no valorvel. Assim, basta que o edital fixe os requisitos tcnicos mnimos aceitveis para os critrios de prazo de entrega, suporte de servios, qualidade,Verso online disponvel em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/ManualOnLine.html

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padronizao, compatibilidade e especificao de desempenho (ou declare a irrelevncia de quaisquer deles com justificativa) para que esteja satisfeito o comando do art. 3 a Lei 8.248/1991. 20. Segundo o TCU, o acesso licitao por Prego franqueado a todos os interessados, independentemente do cumprimento de processo produtivo bsico ou do uso de tecnologia desenvolvida no pas, e o direito de preferncia poder ser exercido nos casos de empate. Roteiro para decidir qual o tipo de licitao a adotar 21. A partir do exposto e da legislao em vigor, um roteiro de escolha do tipo de licitao mais adequado a cada caso poderia ter a seguinte forma : I. Bens ou servios comuns? (maioria dos casos) 22. Trata-se de bem ou servio comum, ou seja, apresenta caractersticas padronizadas e usuais no mercado? Sim: use o tipo menor preo por Prego (Lei 8.666/1993, art. 46, Lei 10.520/2002, Decreto 5.450/2005). Caso ocorra empate, antes de proceder ao sorteio, verifique se algum dos licitantes empatados deseja exercer o direito de preferncia (Lei 8.248/1991, art. 3, e Lei 8.666/1993, art. 3, 2, e 45, 4); No: v para a prxima pergunta; No sei: a) estude melhor sua necessidade, o mercado que pode atend-la, experincias de outros rgos e posicionamentos recentes do controle; b) refine a especificao de requisitos e retorne primeira pergunta; II. Servio de natureza predominantemente intelectual? 23. Trata-se de servio de natureza evidentemente intelectual, que exige a criao de algo novo por parte do contratado e exclusivo para o contratante, cujos procedimentos no estejam padronizados ou "comoditizados" no mercado, e cujos resultados finais possam ser objetivamente descritos como projetos e consultorias inovadores e que no encontra padres no mercado? Sim: poder optar pelo tipo tcnica e preo ou, excepcionalssimamente, pelo tipo melhor tcnica, se sua fundamentao for suficiente (Lei 8.666/1993, art. 46, caput); seno, v para a prxima pergunta; No: v para a prx