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CONTRIBUCÕES PARA UMA ONTOLOGIA DIGITAL
III Colóquio Internacional de Metafísica (CIM)20-24 de abril de 2009, Natal, Brasil, UFRN
Rafael CapurroHochschule der Medien, Nobelstrasse 1070569 Stuttgart, Alemaniawww.capurro.de
R. Capurro: Ontología digital 2
Índice
Introducão A origem grega Esboço de uma ontologia digital Conclusão Bibliografia
R. Capurro: Ontología digital 3
Introducão
Vivemos em culturas digitais Estar na rede Metafísica e ontologia Heidegger e Cassirer „Esse est computari“
R. Capurro: Ontología digital 4
A origem grega
O que é o signo? „Indicacão e signo“ em „Ser e
Tempo“ Heidegger: „Sofista“ (1924-1925) O „separar“ (khorízein) como ato
fundamental da matemática As mathematiká extraídas dos entes
naturais (physei ónta)
R. Capurro: Ontología digital 5
El origen griego
O que é o lugar (tópos)? O lugar como „poder ser presente“ do
ente O geométrico como o que não está
em seu lugar Pontos, linha e monás
R. Capurro: Ontología digital 6
A origem grega
háma: ao mesmo tempo khóris: separado háptesthai: tocar-se metaxý: entremeio ephekhés: o seguinte ekhómenon: um depois do outro synekhés: ekhómenon sem entremeio
R. Capurro: Ontología digital 7
A origem grega
Todo ente (ón) é um hen Separação teológica e tecnológica O “Dasein“ como temporalidade “O sentido mais imediato do ser é o
presente” (“das Gegenwärtige“) (Heidegger)
R. Capurro: Ontología digital 8
A origem grega Os pontos têm um lugar e podem
diferenciar-se um dos outros. Os números não têm lugar, mas se
diferenciam entre si. Ambos são separados do ente natural
(physis). O ente em sua potencialidade de ser
digitalizado não tem um lugar própio ou é atópico enquanto concebido como número.
R. Capurro: Ontología digital 9
A origem grega
Níveis de abstração: O ente natural (physei ónta): determinado
por unidade, lugar e posição (hen, tópos, thetós);
o ponto (stigmé): determinado pela atopicidade e posicão (átopos, thetós) assim como pelo toque (synekhés, continuum);
a unidade (monás): determinada pela atopicidade e aposicionalidade (átopos, áthetos).
R. Capurro: Ontología digital 10
Esboço de uma ontología digital
A separacão do número e do ponto se realiza hoje como ‘in-formação’ ou produção de ambos no meio digital.
“tudo o que é, é uno” (hen on to pan)
R. Capurro: Ontología digital 11
Esboço de uma ontologia digital
Tipos de unidade (hen): como totalidade de partes (hólon)
(synekhés ek póllon méron on) como algo que antecede a tal
totalidade (hen alethós)
R. Capurro: Ontología digital 12
Esboço de uma ontologia digital
Se, como no caso de Parmênides, o hólon – ou seja a totalidade no sentido de totalidade composta de partes – se desprende do on, não há possibilidade de gênesis e ousía
A ontologia digital permite ver somente a monás, mas não o hen (alethós)?
R. Capurro: Ontología digital 13
Esboço de uma ontologia digital
O ser humano não tem somente a possibilidade de buscar a permanência frente a um ente perene, mas também existir em relacão a um ente que é produzido pela téchne monás, ou seja, por um saber produtivo da unidade numérica.
R. Capurro: Ontología digital 14
Esboço de uma ontologia digital
O conceito de information retrieval = recuperação da información
Como se diferencia a recuperação lógica da recuperação matemática do ente?
O número e o lógos deixam aparecer o ente de uma maneira diferente da aparição natural
R. Capurro: Ontología digital 15
Esboço de uma ontologia digital
A produção tecnológica do ente onto-aritmo-lógico
A impressão do ente onto-aritmo-lógico no meio digital
khóra, ekmageion, informatio A ontologia digital como
ontoaritmética digital
R. Capurro: Ontología digital 16
Esboço de uma ontologia digital
O hypokéimenon: O que subjaz ao contar?
Simplemente a mónas enquanto que ela não está posta (áthetos)
O hen como metapredicado
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Esboço de uma ontologia digital
O ser do hen pode ser entendido desde o ponto de vista do:
número: tem a ver com a hyle; do eidos: tem a ver com o lógos, ou
com o schéma tes kategorías; da analogia: tem a ver com a relação
de um com o outro.
R. Capurro: Ontología digital 18
Esboço de uma ontologia digital
O ser do hen desde o ponto de vista do número é (para Aristóteles) o originário.
O que é uno desde o ponto de vista do número tem também um eidos, mas não vice-versa.
A monás é portanto uma forma (entre outras) da unidade hen.
R. Capurro: Ontología digital 19
Esboço de uma ontologia digital
A atopicidade tópica dos números “intelligentiae separatae“ A mecânica celestial A maquinaria industrial A máquina numérica universal Hermenêutica digital
R. Capurro: Ontología digital 20
Conclusão
A ontologia digital pensa um código e um meio, o da rede digital global, na qual tem lugar nosso ser-no-mundo em diversas formas de chamar e ser chamados,
R. Capurro: Ontología digital 21
Conclusão
As quais questionam os limites clássicos da estrutura hierárquica um-todos dos meios de comunicação de massa inventados no século passado em contraposição à estrutura um-um dos meios individuais como o telefone.
R. Capurro: Ontología digital 22
Conclusão
Se recordarmos a palavra grega mensagem, angelía, podemos dizer que estamos confrontados com una nova situação angelética, cujo fundamento seria la ontologia digital.
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Conclusão
Chamo angelética a ciência que se ocupa deste fenômeno cujo código é mensagem/mensageiro.
A hermenêutica como teoria do compreender pressupõe este fenômeno.