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Milena Camara Médica Veterinária

Controle de Zoonozes

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Aula dada em um curso de extensão universitária, na UNIFESP, em 2006, para profissionais da área de enfermagem, apresentando uma das áreas da Vigilância em Saúde: o controle das zoonoses.

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  • Milena Camara

    Mdica Veterinria

  • So Infeces ou doenas infecto-parasitrias transmissveis naturalmente entre animais

    vertebrados e o homem, e vice-versa

    Existem doenas comuns aos homens e aos animais, doenas transmissveis s de animais e

    s de homens. Nenhuma dessas zoonose.

    O QUE SO ZOONOSES?

  • VAMOS TESTAR NOSSOS CONHECIMENTOS ?

    Raiva

    Pneumonia

    Tuberculose

    Sarampo

    Cinomose

    tenase-cisticercose.

    Gripe

    Leptospirose

    Parvovirose

    Sfilis

    Toxoplasmose

    Meningite

  • VAMOS TESTAR NOSSOS CONHECIMENTOS ?

    Raiva

    Pneumonia

    Tuberculose

    Sarampo

    Cinomose

    tenase-cisticercose.

    Gripe

    Leptospirose

    Parvovirose

    Sfilis

    Toxoplasmose

    Meningite

  • o conjunto das aes que promovem a eliminao ou reduo do risco de transmisso das zoonoses.

    O QUE CONTROLE DE ZOONOSES?

    O QUE UM CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES?

    uma instituio municipal, integrante do SUS, com estrutura fsica especfica, legalmente

    estabelecida, vinculada SMS, com competncia e atribuio para desenvolver as aes de controle de zoonoses, de controle de doenas transmitidas por vetores e de controle de agravos produzidos por

    animais peonhentos.

  • TODOS OS MUNICPIOS POSSUEM UM CENTRO DE CONTROLE DE

    ZOONOSES?

    Em uma pesquisa relativamente recente realizada pelo Instituto Pasteur, dos 645 municpios do

    Estado de So Paulo, apenas 91 informaram manter CCZ ou Canil Municipal.

    Cada Municpio tem estrutura e capacidades operacionais prprias. No h uniformidade.

  • NOMENCLATURAS DIVERSAS: Unidades de Controle de Zoonoses e fatores biolgicos de risco (UCZs) - estabelecimentos onde se desenvolvem as atividades de vigilncia ambiental e o controle de zoonoses e doenas transmitidas por vetores. Centro de controle de zoonoses e fatores biolgicos de risco (CCZ)- Desenvolve atividades de controle de populaes animais, entomologia e controle de vetores Canil Municipal (CM) - Desenvolve atividades de apreenso de ces e gatos com o objetivo de manejo e controle destas populaes animais enquanto fatores de risco de transmisso de doenas.

  • CONTROVRSIA NA DENOMINAO DE CANIL

    MUNICIPAL

  • CONTROVRSIA NA DENOMINAO DE CANIL

    MUNICIPAL

    ALOJAMENTO MUNICIPAL DE ANIMAIS: Conjunto de instalaes alocadas em unidades pblicas, apropriadas para a manuteno dos

    animais durante o perodo de guarda pela municipalidade. Exemplos: canis, gatis,

    estbulos, baias, etc.

  • No Brasil, o incio da existncia de rgos de Controle de Zoonoses, foi devido ao controle da raiva:

    Desde 1935 j havia um depsito de ces no Municpio de So Paulo, incumbido de tirar de circulao os animais causadores de incmodos municipalidade, porm este

    no se preocupava com controle de doenas.

    Devido epidemia de raiva canina (6435 casos confirmados de raiva em animais e pelo menos 44 em

    humanos, de 1961 a 1967) foi criado em 1968 o Servio de Preveno da Raiva, o primeiro do Pas.

    Em 1970, incorporando outras atividades de controle de

    doenas, transformou-se no primeiro CCZ do pas.

  • Na maioria das vezes, tanto a comunidade como os demais rgos pblicos encaram o CCZ como o rgo que

    tem a incumbncia de cuidar de todos os problemas e incmodos causados pelos animais.

    Mesmo a Constituio, e a Lei Orgnica da Sade no

    mencionam o controle de zoonoses nominalmente, embora este esteja presente nas suas descries das

    incumbncias do Setor Sade.

    Porm no havia ainda uma estruturao do Setor Sade, e os CCZs no foram reconhecidos desde o incio

    como uma Unidade de Sade Municipal.

  • Atualmente, os CCZ esto sofrendo um perodo de transio, principalmente devido aos movimentos de

    proteo animal

    A carrocinha pegou

    3 cachorros de uma vez.

    Tra l l que gente esta

    tra l l que gente m !

  • O CCZ de Salvador sofreu ao por parte das Sociedades

    Protetoras, sendo paralisadas suas aes

    Depois a Prefeitura de Salvador foi acionada pelo Frum das

    Entidades de Sade por negligncia no combate raiva

    animal.

    Enquanto isso, 4 pessoas morreram de raiva no Estado, 3

    na Regio Metropolitana de Salvador.

    Um exemplo: Bahia 2004

  • CF e CE (Sesses da Sade) : O poder pblico tem o dever de promover, proteger e recuperar a sade e o SUS o executor destas aes e servios de sade

    CE, Art. 223: competncia do SUS controlar os fatores determinantes e condicionantes da sade individual e coletiva

    LF 8.080 e Cdigo de Sade do Estado (LC 791/95) : A responsabilidade do SUS para com a sade da pessoa humana atravs, entre outras, de aes preventivas

    Cdigo de Sade do Estado : Os servios de sade mantero qualidade tcnica e cientfica universalmente reconhecidos na execuo das aes de sade alm dos ditames da tica profissional. Tambm Estabelece as aes de vigilncia em sade na proteo e defesa da qualidade de vida

    FUNDAMENTAO LEGAL DAS AES DE CONTROLE DE ZOONOSES

  • NOB SUS 01/96

    Demonstra a responsabilidade do poder pblico municipal no atendimento s exigncias sanitrias ambientais e s exigncias de intervenes saneadoras em seu territrio

    Define o controle de vetores e hospedeiros, alm das intervenes ambientais como campo de ateno sade gerido pelo SUS

    Estabelece que, nos campos de ateno sade deve sempre ser priorizado o carter preventivo

    Demonstra que a funo gestora eficiente das SMS requer a incorporao ao processo de PPI e do conhecimento tcnico-cientfico dos programas de controle de agravos

    FUNDAMENTAO LEGAL DAS AES DE CONTROLE DE ZOONOSES

  • Portaria MS 1399/99 : Estabelece que compete aos municpios a gesto do componente municipal do Sistema Nacional de Vigilncia Epidemiolgica e Ambiental em Sade, tendo entre outras a atividade de captura, apreenso e eliminao de animais que representem risco sade humana

    I.N. FUNASA 02/01 : Define o conjunto de atividades e metas relativos rea de ECD, incluindo entre elas a vigilncia de doenas transmitidas por vetores e o controle de doenas

    De acordo com os dois instrumentos jurdicos acima, a FUNASA definiu para a Regio Sudeste as aes contidas na rea de vigilncia de doenas transmitidas por vetores e antropozoonoses, fazendo constar o controle de reservatrios com captura e eutansia de ces. Quanto imunizao de reservatrios somente a vacinao anti-rbica contemplada

    FUNDAMENTAO LEGAL DAS AES DE CONTROLE DE ZOONOSES

  • SETORES DE NVEL MUNICIPAL:

    Outras Unidades de Sade, Meio Ambiente, Trnsito, Jurdico, SABESP, Educao, Conselhos Municipais,

    Vigilncia Sanitria

    SETORES DE NVEL ESTADUAL:

    SUCEN, Instituto Pasteur, Instituto Butantan, Direes Regionais de Sade, Laboratrios de Referncia,

    Ministrio Pblico

    TERCEIRO SETOR:

    ONGs protetoras de animais

  • PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE DA RAIVA

  • Controle Anti-rbico Animal

    1 - Controle da populao de ces e gatos:

    Realizado atravs de:

    Captura e eutansia dos ces errantes e semi-domiciliados.

    preconizada a captura de 20% da populao canina.

    Conscientizao da populao para posse responsvel

  • Controle Anti-rbico Animal 2 - Vacinao de ces e gatos: Vacinao de rotina - pelo menos 1 posto fixo

    disponvel o ano inteiro.

    Vacinao de ces e gatos em campanha: Formao de barreira imonolgica na cidade.

    Vacinao de ces: 80% da populao canina estimada.

    Vacinao de gatos: 20% da populao canina estimada.

    A vacinao pode ser feita a partir de 45 dias, e deve ser repetida aps os 3 meses de idade. As revacinaes devem ser feitas anualmente.

  • Controle Anti-rbico Animal

    3 - Observao de ces e gatos : Realizada em animais agressores:

    Na prpria residncia.

    Em canil ou gatil de observao.

    Realizada tambm em animais com comportamento atpico, ainda que no tenham agredido ningum.

  • Controle Anti-rbico Animal

    4 - Vigilncia da circulao do vrus : Necrpsia e encaminhamento de amostras

    cerebrais para exame em laboratrio de referncia: 0,02% da populao canina estimada.

    Todos os ces e gatos que morreram no canil com sintomas neurolgicos.

    Todos os ces e gatos que morreram com sintomas neurolgicos e diagnstico clnico inconclusivo.

    Todos os ces e gatos atropelados

    Todos morcegos com comportamento atpico

  • Controle Anti-rbico Animal 5 - Controle de focos : Investigao de todo territrio percorrido pelo

    animal raivoso e todas as pessoas que tiveram contato com ele.

    Captura de todos os animais soltos na rea.

    Vacinao de bloqueio nos animais domiciliados

    Captura de morcegos, quando for o caso

    6 - Educao em sade

    No se realiza observao nem vacinao em animais que foram agredidos por outros sabidamente raivosos. Nestes casos indicada a eutansia

  • PROGRAMA DE CONTROLE DE ROEDORES

  • Camundongo

  • Rato de telhado

  • Ratazana

  • Medidas de anti-ratizao

  • Medidas de Desratizao

  • Doenas transmitidas pelos roedores:

    LEPTOSPIROSE

    TRIQUINOSE

    CLERA

    SALMONELOSE

    TIFO

    PESTE

    FEBRE

  • Roedores Silvestres:

    HANTAVIROSE

  • PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA DENGUE

  • CASA-A-CASA

    Finalidade: Educar o morador

    No coleta larvas

    Ciclos trimestrais

  • PONTO ESTRATGICO

    Finalidade: Impedir entrada de ovos e larvas no municpio

    Coleta de larvas Aplicao de larvicida e perifocal

    Visita quinzenal

  • PNEU ARMADILHA

    Finalidade: Monitorar a presena do

    mosquito em todo o municpio - Exceto

    reas infestadas

    Coleta de larvas Visita semanal

  • DELIMITAO DE FOCO

    Finalidade: Conter a proliferao do mosquito na regio

    300 m Coleta de larvas Aplicao de larvicida

  • PESQUISA DE CASO SUSPEITO

    Finalidade: Impedir a infeco dos mosquitos com o vrus

    Fluxo da notificao: UBS -> VE -> CCZ

    Quarteiro do doente + 8 quarteires

    Coleta de larvas em reas no infestadas

    Aplicao de larvicida

  • NEBULIZAO

    Finalidade: Diminuir a densidade do vetor

    Orientao dos muncipes

    S quando h transmisso

    Dentro dos imveis Mtodo paliativo

  • AES EDUCATIVAS

    Finalidade: Levar aos muncipes as informaes a respeito do mosquito e da doena, concientizao e mobilizao

  • DIAS ESPECIAIS

  • CONTROLE DA FEBRE MACULOSA BRASILEIRA

  • Vigilncia acarolgica

    Coleta ativa dos caros em animais do territrio do Municpio

    Recebimento de amostras coletadas em animais pelos muncipes

    Recebimento de amostras coletadas em pessoas pelas UBSs

    PREVENO E CONTROLE

  • PREVENO E CONTROLE Notificar os casos de infestao humana por carrapatos s

    UBS, bem como casos suspeitos ou confirmados de doena transmitida por carrapatos.

  • Encaminhar os exemplares de carrapatos coletados para identificao e mapeamento de reas infestadas do municpio.

    PREVENO E CONTROLE

  • OUTROS PROGRAMAS

    Controle da Leishmaniose

    Controle de acidentes por animais peonhentos

    Controle de animais sinantrpicos (pombos, baratas, abelhas ...)

    Controle reprodutivo animal