Milena Camara
Mdica Veterinria
So Infeces ou doenas infecto-parasitrias transmissveis naturalmente entre animais
vertebrados e o homem, e vice-versa
Existem doenas comuns aos homens e aos animais, doenas transmissveis s de animais e
s de homens. Nenhuma dessas zoonose.
O QUE SO ZOONOSES?
VAMOS TESTAR NOSSOS CONHECIMENTOS ?
Raiva
Pneumonia
Tuberculose
Sarampo
Cinomose
tenase-cisticercose.
Gripe
Leptospirose
Parvovirose
Sfilis
Toxoplasmose
Meningite
VAMOS TESTAR NOSSOS CONHECIMENTOS ?
Raiva
Pneumonia
Tuberculose
Sarampo
Cinomose
tenase-cisticercose.
Gripe
Leptospirose
Parvovirose
Sfilis
Toxoplasmose
Meningite
o conjunto das aes que promovem a eliminao ou reduo do risco de transmisso das zoonoses.
O QUE CONTROLE DE ZOONOSES?
O QUE UM CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES?
uma instituio municipal, integrante do SUS, com estrutura fsica especfica, legalmente
estabelecida, vinculada SMS, com competncia e atribuio para desenvolver as aes de controle de zoonoses, de controle de doenas transmitidas por vetores e de controle de agravos produzidos por
animais peonhentos.
TODOS OS MUNICPIOS POSSUEM UM CENTRO DE CONTROLE DE
ZOONOSES?
Em uma pesquisa relativamente recente realizada pelo Instituto Pasteur, dos 645 municpios do
Estado de So Paulo, apenas 91 informaram manter CCZ ou Canil Municipal.
Cada Municpio tem estrutura e capacidades operacionais prprias. No h uniformidade.
NOMENCLATURAS DIVERSAS: Unidades de Controle de Zoonoses e fatores biolgicos de risco (UCZs) - estabelecimentos onde se desenvolvem as atividades de vigilncia ambiental e o controle de zoonoses e doenas transmitidas por vetores. Centro de controle de zoonoses e fatores biolgicos de risco (CCZ)- Desenvolve atividades de controle de populaes animais, entomologia e controle de vetores Canil Municipal (CM) - Desenvolve atividades de apreenso de ces e gatos com o objetivo de manejo e controle destas populaes animais enquanto fatores de risco de transmisso de doenas.
CONTROVRSIA NA DENOMINAO DE CANIL
MUNICIPAL
CONTROVRSIA NA DENOMINAO DE CANIL
MUNICIPAL
ALOJAMENTO MUNICIPAL DE ANIMAIS: Conjunto de instalaes alocadas em unidades pblicas, apropriadas para a manuteno dos
animais durante o perodo de guarda pela municipalidade. Exemplos: canis, gatis,
estbulos, baias, etc.
No Brasil, o incio da existncia de rgos de Controle de Zoonoses, foi devido ao controle da raiva:
Desde 1935 j havia um depsito de ces no Municpio de So Paulo, incumbido de tirar de circulao os animais causadores de incmodos municipalidade, porm este
no se preocupava com controle de doenas.
Devido epidemia de raiva canina (6435 casos confirmados de raiva em animais e pelo menos 44 em
humanos, de 1961 a 1967) foi criado em 1968 o Servio de Preveno da Raiva, o primeiro do Pas.
Em 1970, incorporando outras atividades de controle de
doenas, transformou-se no primeiro CCZ do pas.
Na maioria das vezes, tanto a comunidade como os demais rgos pblicos encaram o CCZ como o rgo que
tem a incumbncia de cuidar de todos os problemas e incmodos causados pelos animais.
Mesmo a Constituio, e a Lei Orgnica da Sade no
mencionam o controle de zoonoses nominalmente, embora este esteja presente nas suas descries das
incumbncias do Setor Sade.
Porm no havia ainda uma estruturao do Setor Sade, e os CCZs no foram reconhecidos desde o incio
como uma Unidade de Sade Municipal.
Atualmente, os CCZ esto sofrendo um perodo de transio, principalmente devido aos movimentos de
proteo animal
A carrocinha pegou
3 cachorros de uma vez.
Tra l l que gente esta
tra l l que gente m !
O CCZ de Salvador sofreu ao por parte das Sociedades
Protetoras, sendo paralisadas suas aes
Depois a Prefeitura de Salvador foi acionada pelo Frum das
Entidades de Sade por negligncia no combate raiva
animal.
Enquanto isso, 4 pessoas morreram de raiva no Estado, 3
na Regio Metropolitana de Salvador.
Um exemplo: Bahia 2004
CF e CE (Sesses da Sade) : O poder pblico tem o dever de promover, proteger e recuperar a sade e o SUS o executor destas aes e servios de sade
CE, Art. 223: competncia do SUS controlar os fatores determinantes e condicionantes da sade individual e coletiva
LF 8.080 e Cdigo de Sade do Estado (LC 791/95) : A responsabilidade do SUS para com a sade da pessoa humana atravs, entre outras, de aes preventivas
Cdigo de Sade do Estado : Os servios de sade mantero qualidade tcnica e cientfica universalmente reconhecidos na execuo das aes de sade alm dos ditames da tica profissional. Tambm Estabelece as aes de vigilncia em sade na proteo e defesa da qualidade de vida
FUNDAMENTAO LEGAL DAS AES DE CONTROLE DE ZOONOSES
NOB SUS 01/96
Demonstra a responsabilidade do poder pblico municipal no atendimento s exigncias sanitrias ambientais e s exigncias de intervenes saneadoras em seu territrio
Define o controle de vetores e hospedeiros, alm das intervenes ambientais como campo de ateno sade gerido pelo SUS
Estabelece que, nos campos de ateno sade deve sempre ser priorizado o carter preventivo
Demonstra que a funo gestora eficiente das SMS requer a incorporao ao processo de PPI e do conhecimento tcnico-cientfico dos programas de controle de agravos
FUNDAMENTAO LEGAL DAS AES DE CONTROLE DE ZOONOSES
Portaria MS 1399/99 : Estabelece que compete aos municpios a gesto do componente municipal do Sistema Nacional de Vigilncia Epidemiolgica e Ambiental em Sade, tendo entre outras a atividade de captura, apreenso e eliminao de animais que representem risco sade humana
I.N. FUNASA 02/01 : Define o conjunto de atividades e metas relativos rea de ECD, incluindo entre elas a vigilncia de doenas transmitidas por vetores e o controle de doenas
De acordo com os dois instrumentos jurdicos acima, a FUNASA definiu para a Regio Sudeste as aes contidas na rea de vigilncia de doenas transmitidas por vetores e antropozoonoses, fazendo constar o controle de reservatrios com captura e eutansia de ces. Quanto imunizao de reservatrios somente a vacinao anti-rbica contemplada
FUNDAMENTAO LEGAL DAS AES DE CONTROLE DE ZOONOSES
SETORES DE NVEL MUNICIPAL:
Outras Unidades de Sade, Meio Ambiente, Trnsito, Jurdico, SABESP, Educao, Conselhos Municipais,
Vigilncia Sanitria
SETORES DE NVEL ESTADUAL:
SUCEN, Instituto Pasteur, Instituto Butantan, Direes Regionais de Sade, Laboratrios de Referncia,
Ministrio Pblico
TERCEIRO SETOR:
ONGs protetoras de animais
PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE DA RAIVA
Controle Anti-rbico Animal
1 - Controle da populao de ces e gatos:
Realizado atravs de:
Captura e eutansia dos ces errantes e semi-domiciliados.
preconizada a captura de 20% da populao canina.
Conscientizao da populao para posse responsvel
Controle Anti-rbico Animal 2 - Vacinao de ces e gatos: Vacinao de rotina - pelo menos 1 posto fixo
disponvel o ano inteiro.
Vacinao de ces e gatos em campanha: Formao de barreira imonolgica na cidade.
Vacinao de ces: 80% da populao canina estimada.
Vacinao de gatos: 20% da populao canina estimada.
A vacinao pode ser feita a partir de 45 dias, e deve ser repetida aps os 3 meses de idade. As revacinaes devem ser feitas anualmente.
Controle Anti-rbico Animal
3 - Observao de ces e gatos : Realizada em animais agressores:
Na prpria residncia.
Em canil ou gatil de observao.
Realizada tambm em animais com comportamento atpico, ainda que no tenham agredido ningum.
Controle Anti-rbico Animal
4 - Vigilncia da circulao do vrus : Necrpsia e encaminhamento de amostras
cerebrais para exame em laboratrio de referncia: 0,02% da populao canina estimada.
Todos os ces e gatos que morreram no canil com sintomas neurolgicos.
Todos os ces e gatos que morreram com sintomas neurolgicos e diagnstico clnico inconclusivo.
Todos os ces e gatos atropelados
Todos morcegos com comportamento atpico
Controle Anti-rbico Animal 5 - Controle de focos : Investigao de todo territrio percorrido pelo
animal raivoso e todas as pessoas que tiveram contato com ele.
Captura de todos os animais soltos na rea.
Vacinao de bloqueio nos animais domiciliados
Captura de morcegos, quando for o caso
6 - Educao em sade
No se realiza observao nem vacinao em animais que foram agredidos por outros sabidamente raivosos. Nestes casos indicada a eutansia
PROGRAMA DE CONTROLE DE ROEDORES
Camundongo
Rato de telhado
Ratazana
Medidas de anti-ratizao
Medidas de Desratizao
Doenas transmitidas pelos roedores:
LEPTOSPIROSE
TRIQUINOSE
CLERA
SALMONELOSE
TIFO
PESTE
FEBRE
Roedores Silvestres:
HANTAVIROSE
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA DENGUE
CASA-A-CASA
Finalidade: Educar o morador
No coleta larvas
Ciclos trimestrais
PONTO ESTRATGICO
Finalidade: Impedir entrada de ovos e larvas no municpio
Coleta de larvas Aplicao de larvicida e perifocal
Visita quinzenal
PNEU ARMADILHA
Finalidade: Monitorar a presena do
mosquito em todo o municpio - Exceto
reas infestadas
Coleta de larvas Visita semanal
DELIMITAO DE FOCO
Finalidade: Conter a proliferao do mosquito na regio
300 m Coleta de larvas Aplicao de larvicida
PESQUISA DE CASO SUSPEITO
Finalidade: Impedir a infeco dos mosquitos com o vrus
Fluxo da notificao: UBS -> VE -> CCZ
Quarteiro do doente + 8 quarteires
Coleta de larvas em reas no infestadas
Aplicao de larvicida
NEBULIZAO
Finalidade: Diminuir a densidade do vetor
Orientao dos muncipes
S quando h transmisso
Dentro dos imveis Mtodo paliativo
AES EDUCATIVAS
Finalidade: Levar aos muncipes as informaes a respeito do mosquito e da doena, concientizao e mobilizao
DIAS ESPECIAIS
CONTROLE DA FEBRE MACULOSA BRASILEIRA
Vigilncia acarolgica
Coleta ativa dos caros em animais do territrio do Municpio
Recebimento de amostras coletadas em animais pelos muncipes
Recebimento de amostras coletadas em pessoas pelas UBSs
PREVENO E CONTROLE
PREVENO E CONTROLE Notificar os casos de infestao humana por carrapatos s
UBS, bem como casos suspeitos ou confirmados de doena transmitida por carrapatos.
Encaminhar os exemplares de carrapatos coletados para identificao e mapeamento de reas infestadas do municpio.
PREVENO E CONTROLE
OUTROS PROGRAMAS
Controle da Leishmaniose
Controle de acidentes por animais peonhentos
Controle de animais sinantrpicos (pombos, baratas, abelhas ...)
Controle reprodutivo animal