Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 1 de 100
AULA 00: Visão Geral. Conceito de Controle da Administração
Pública. Classificações de Controle:
Momento. Natureza/Aspecto.
Órgão/Localização: Controle Administrativo; Controle
Legislativo ou Parlamentar (Direto e Indireto); Controle
Judicial e Controle Social.
Origem/Alcance/Extensão/Posicionamento quanto ao órgão
Controlador: Interno; Externo e Popular.
Amplitude/Âmbito. Iniciativa.
SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 2
2. Cronograma 3
3. Visão Geral 5
4. Conceito de Controle da Administração Pública. Ad 9
5. Classificações de Controle: Momento. Natureza/Aspecto. 9
6. Órgão/Localização: 13
7. Controle Administrativo 14
8. Controle Legislativo ou Parlamentar (Direto e Indireto)
26
9. Controle Judicial 36
10. Controle Social 41
11. Origem/Alcance/Extensão/Posicionamento quanto
ao órgão Controlador: 42
12. Interno 42
13. Externo 43
14. Popular 45
15. Amplitude/Âmbito. Iniciativa. 48
16. NOVA Bateria de questões: apresentadas 51
17. NOVA Bateria de questões: comentadas 62
18. Bateria de questões apresentadas na aula (p/
fixação). 95
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 2 de 100
1. APRESENTAÇÃO
Olá, amigos, tudo bem? Sejam bem-vindos ao curso regular (parte
geral) de Controle Externo ou (Controle da Administração Pública,
depende do que o seu edital a denominar, isso é o de menos)! Meu nome é
Mariane Patriota e JUNTOS (eu e você concurseiro/concurseira)
destrincharemos tal disciplina voltada para qualquer concurso. Nosso conteúdo é
o mais completo disponível. Dúvida? Eu vou te mostrar.
Mas antes, eu vou me apresentar. Eu me formei em Direito pela
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em julho de 2017. Todavia,
desde a metade do curso na faculdade, eu já sabia que eu não queria atuar na
área jurídica e me apaixonei pela área de Controle quando me tornei monitora
de Direito Financeiro, no 6º período da minha faculdade; dali em diante, decidi
que este seria o meu propósito de vida: tornar-me Auditora de Controle Externo,
atuando na área-fim dos Tribunais de Contas.
Iniciei meus estudos para concursos no início de 2016,
concomitantemente com a faculdade e as tarefas complementares (monitoria e
estágio na Justiça Federal).
Após 02 anos de estudos para concursos (2016 e 2017), fui aprovada
no concurso de Auditor(a) de Controle Externo (Agente da Fiscalização)
no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo – TCESP – (com 88,33%
de acertos), em dezembro de 2017.
Após mais 01 ano de estudos (2016, 2017, 2018), também fui
aprovada no concurso de Auditor(a) de Controle Externo (“Analista”) no
Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais – TCEMG, em novembro de
2018.
@marianepatriota
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 3 de 100
2. CRONOGRAMA DAS AULAS
A seguir apresento o cronograma das aulas do curso regular (parte
geral) que se fundamenta nos principais editais de Controle Externo (conhecido
também como Controle da Administração Pública):
Aula Tema Data
Limite
00
Visão Geral.
Conceito de Controle da Administração Pública.
Classificações de Controle: Momento. Natureza/Aspecto.
Órgão/Localização: Controle Administrativo; Controle Legislativo ou
Parlamentar (Direto e Indireto); Controle Judicial e Controle Social.
Origem/Alcance/Extensão/Posicionamento quanto ao órgão
Controlador: Interno; Externo e Popular. Amplitude/Âmbito. Iniciativa.
Até
21/10/2019
01
INTOSAI. Declaração de Lima. Entidades Fiscalizadoras (EFS) -
Introdução.
Entidades Fiscalizadoras (EFS) Desdobramentos:
Sistemas de controle Externo no Mundo - classificações (02),
semelhanças e diferenças, países, e EFS independentes.
Sistema de controle Externo adotado no Brasil – classificação e órgão
brasileiro da EFS.
Sistemas de Controle da Administração Pública no Brasil:
Sistema de controle Externo e Sistema de controle Interno.
Até
18/11/2019
02
Tribunais de Contas: abrangência; natureza das fiscalizações –
financeira, orçamentária, contábil, operacional e patrimonial -;
aspectos/tipos/focos; funções, natureza “jurídica” do órgão; natureza
“jurídica” das decisões; eficácia das decisões.
Tribunais de Contas da União, do DF, dos Estados e dos Municípios.
Até
16/12/2019
03
Tribunais de Contas: Competências Constitucionais e Controle de
Constitucionalidade exercido pelos Tribunais de Contas.
Até
15/01/2020
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 4 de 100
04
Sistemas de controle jurisdicional da administração pública e sistemas
administrativos: contencioso administrativo
e sistema da jurisdição una. Coisa julgada: tipos.
Controle jurisdicional da administração pública no Direito brasileiro:
inafastabilidade; instrumentos de controle jurisdicional (MS; HC; HD;
Ação Popular; Ação Civil Pública, dentre outros);
relativizações de entendimentos recentes e jurisprudenciais sobre:
legalidade e mérito; controle provocado e de ofício. Competências dos
Supremos e das Cortes Superiores para: apreciar decisões dos
Tribunais de Contas; para julgamento dos membros dos TCs;
processar e julgar ações contra os TCs.
Até
15/02/2020
05 Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992 e suas
alterações).
Até
15/03/2020
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida
a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.
Grupos de rateio e pirataria são ilegais e prejudicam os professores
que elaboram os cursos. Valorize nosso trabalho e adquira nossos cursos
apenas pelo site do 3D CONCURSOS!
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 5 de 100
VISÃO GERAL:
O controle externo costuma vir nos editais com a denominação de
“Controle Externo” ou “Controle da Administração Pública” com questões
próprias para cada prova.
Mas o que é essa disciplina? Gostaria de começar “quebrando o gelo”,
mostrando que, provavelmente, você já deve ter tido algum contato com esta
matéria, mesmo que tenha sido de forma indireta.
Isso porque o Controle Externo que será tratado aqui é o resultado do
somatório de alguns tópicos de várias disciplinas. Então, você já deve ter noção
de controle externo e não tinha consciência disso. Nossa querida matéria
abrange tópicos de:
• Direito Constitucional;
• Direito Administrativo;
• Auditoria;
• Legislações Específicas;
• Direito Financeiro e Administração Financeira Orçamentária;
• Direito Processual Civil;
• Direito Penal;
• Administração Pública;
• Economia no Setor Público;
• Finanças Públicas;
• Contabilidade Pública;
• Direito Previdenciário;
• Além de ser alvo das provas discursivas e de jurisprudências.
Ou seja, tudo o que você já estudou, será aproveitado nessa
disciplina! E o que você não estudou, servirá de apoio indispensável nas
outras matérias.
Alguns cursos começam pelas Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS),
pela Declaração de Lima, INTOSAI, dentre outras organizações e pelos Tipos de
Sistemas existentes e o adotado atualmente no Brasil.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 6 de 100
Mas eu não farei isso com você; falaremos desses assuntos na Aula 01,
depois que você se familiarizar com os assuntos da Aula 00, que lhe dará base
para a próxima aula e também plenas condições de acertar questões sobre um
dos assuntos mais cobrados pelas bancas!
Então, vamos lá!
Por fins didáticos, resolvi começar a Aula 00 destrinchando um dos
assuntos queridinhos das bancas: as Classificações de Controle. Com esta
aula, você conseguirá resolver boa parte das questões da matéria nas
provas!
Gostaria de ressaltar o quanto esta aula costuma “passar batida” em
muitos cursos e por muitos alunos, mas não cometa esse erro! A falha está
no fato de que as classificações de controle da administração pública também é
um tópico de Direito Administrativo nos editais; então, aqui vai a Dica da
Mari:
Infelizmente, esse assunto não é explorado, pelos outros cursos no
mercado, de forma detalhada, dentro da nossa disciplina de
Controle Externo, deixando os detalhes para direito administrativo.
O que é uma enorme falha!
E vou te dizer o porquê agora:
Geralmente, os editais de Direito Administrativo são muito extensos e os
alunos têm certa tendência a negligenciar alguns assuntos em prol de outros;
então, você passa “por cima” das Classificações de Controle em Direito
Administrativo e acaba perdendo muitas questões de prova na matéria de
Controle Externo (e, naturalmente, em Direito Administrativo também).
Então, se você der a devida atenção a essa aula, você conseguirá
acertar TODAS as questões sobre este tópico na sua prova, não
importando a disposição delas na sua prova, o que importa é você
acertar tudo!
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 7 de 100
Eu fiz uma análise inicial das últimas provas realizadas pelo Cespe:
TCU 2015; TCDF 2014; TCEPE 2017 – as 4 provas; TCEPB 2018; TCMBA 2018 e
TCEMG 2018.
Adivinha quantas questões na matéria Controle você conseguiria acertar,
em cada prova, apenas com os conhecimentos da Aula 00 apresentada a seguir?
(Obs: E sem considerar os acertos “colaterais” em outras matérias das
mesmas provas).
TCDF => 03/10 questões;
TCEPE => 04/12 questões; 05/12 questões; 04/12 questões e
02/12 questões;
TCEPB => 03/12 questões;
TCMBA => 05/10 questões;
TCEMG => 05/20 questões.
De forma análoga, este curso regular (parte geral) de Controle
Externo se baseará, principalmente, em fazer com que você acerte o
máximo de questões possíveis na sua prova e isso significa acertar tanto
as questões de Controle Externo propriamente ditas como também
quaisquer questões em Direito Constitucional, Direito Administrativo,
Auditoria, Administração Pública, AFO, Direito Processual Civil e
qualquer outra que ventile sobre qualquer tópico que tenha a ver com
Controle da Administração Pública, Controle Externo e/ou Tribunais de
Contas, além de te dar plenas condições de acertar questões sobre
Controle Interno também.
A teoria é linda, mas sabemos que o que mais importa é o resultado,
ou seja, você marcar o máximo de bolinhas certas no seu gabarito na hora da
sua prova. E que você tenha conteúdo para destruir qualquer prova discursiva.
Então, é isso que iremos buscar e conseguiremos! Quanto mais simples for
a explicação, melhor a assimilação! E faremos isso contextualizando esta
matéria com todas as outras, para que você a estruture no seu raciocínio de
forma lógica e coerente.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 8 de 100
Guardem esta frase de minha autoria, que “criei” depois de anos
de experiência nos concursos: Os 90% moram nos DETALHES!
(PATRIOTA, Mariane). E, a essa altura do campeonato, você já
deve saber que os cortes das aprovações estão acima de 85% de
acertos.
Vamos começar?
Para esta aula 00, tenha em mãos a Constituição Federal de 1988
e a Lei de Processo Administrativo Federal (Lei nº 9.784/99).
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 9 de 100
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O Controle da Administração Pública nada mais é do que a prerrogativa
de: examinar, orientar, vigiar e corrigir que um Poder, Órgão ou Autoridade
exerce sobre a conduta funcional de outro. Estamos falando de fiscalização
pública.
➢ ESPÉCIES DE CONTROLE:
O Controle da Administração Pública pode ser subdividido das seguintes formas:
• Quanto a:
1. MOMENTO:
PRÉVIO/
PREVENTIVO/
A PRIORI:
Exercido antes do
ato se consumar.
Ex:
✓ Aprovação prévia, por parte do
Senado Federal, do Presidente e
diretores do Banco Central;
✓ Laudo de Impacto Ambiental;
✓ Autorizações.
CONCOMITANTE/
PARI PASSU:
Durante a execução
do ato,
acompanha a
conduta
administrativa no
momento em que
ela se verifica.
Ex:
✓ Fiscalização de um contrato em
andamento;
✓ auditorias de acompanhamento.
POSTERIOR/
CORRETIVO/
A POSTERIORI:
Exercido sobre os
atos já praticados.
Ex:
✓ Homologações, inclusive de
licitações;
✓ anulação; revogação e
convalidação.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 10 de 100
2. NATUREZA ou ASPECTO da atividade:
LEGALIDADE:
analisa-se a legalidade e a conformidade do ato com as
normas legais.
LEGITIMIDADE:
analisa-se a impessoalidade, a moralidade e o interesse
público do ato.
MÉRITO:
analisa-se a conveniência e a oportunidade do ato.
A partir de agora, a cada bloco de assuntos, iremos colocar a teoria em
prática.
Entenda a nossa metodologia:
1. As questões que trarei dentro do conteúdo da aula, para fixação do
conteúdo (19 questões).
2. As questões no final da aula, NOVA “bateria” (+ 32 questões) e sem
comentários, para você treinar sozinho(a);
3. Em seguida, os comentários da NOVA “bateria”;
4. Adicionalmente, a bateria de questões apresentadas na aula (p/
fixação) sem os comentários, caso também queira treiná-las sozinho(a).
Dica da Mari:
Não deixe para treinar sozinho(a) apenas no final do PDF,
mesmo com dificuldades, tente acertar logo “de cara” até
as questões dentro desta aula, pois isso ativará a sua
memória e melhorará a sua capacidade de retenção do conteúdo!
Depois, você lê cada comentário abaixo delas, e seguindo essa dica, terá
MUITO MAIS ATENÇÃO aos comentários.
Acredite, o seu objetivo é acertar todas que puder na sua prova, então,
comece a treinar isso desde a 1ª. Questão que se deparar (isso vale
para todas as matérias, inclusive). Então, não perca a oportunidade de
começar com o mindset dos melhores candidatos; seja você um deles!
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 11 de 100
1. MOMENTO:
1. (CESPE/TCE-MG/Analista de Administração Pública/Direito/2018) Conforme a
classificação das formas de controle administrativo, ao realizar auditoria de
despesas efetuadas pelo Poder Executivo durante a execução do orçamento, o
tribunal de contas exerce controle:
a) externo e posterior.
b) interno e prévio.
c) interno e concomitante.
d) interno e posterior.
e) externo e concomitante.
COMENTÁRIOS:
Veremos adiante que o Tribunal de Contas exerce o controle Externo; e ao
realizar auditorias DURANTE a execução do orçamento, obviamente é um
caso de controle concomitante. Gabarito letra E.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 12 de 100
2. (CESPE/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Com relação aos conceitos,
tipos e formas de controles da administração pública, julgue o item a seguir.
O controle pode ser classificado, quanto ao momento do seu exercício, em prévio,
simultâneo ou a posteriori. A exigência de laudos de impacto ambiental, por
exemplo, constitui uma forma de controle simultâneo.
COMENTÁRIOS:
Conforme já visto na aula, os laudos de impacto ambiental são exemplos de
controle PRÉVIO. Lembre-se: tais laudos se tratam de um estudo, via de
regra, exigidos pelos órgãos de controle ambiental em momento anterior à
utilização da área. Errado.
2. NATUREZA/ASPECTO:
3. (Cespe/MPC TCE-PA/Analista Ministerial/2019) A forma de controle cuja
finalidade consiste na verificação da conformidade dos procedimentos
administrativos com as disposições normativas é denominada controle:
a) de mérito.
b) de legalidade.
c) de gestão.
d) prévio ou ex ante.
e) concomitante.
COMENTÁRIOS:
Pela classificação quanto a natureza, denomina-se controle de legalidade
aquela forma de controle cuja finalidade consiste em verificar a
conformidade dos atos e/ ou procedimentos administrativos com as
disposições legais, normativas, regulamentares, etc. Ou seja, nos quais se
verifica a conformidade do ato com a ordem jurídica (leis e princípios).
Gabarito letra B.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 13 de 100
4. (CESPE/TCM-BA/ Auditor Estadual/Controle Externo/2018 e mais 1 concurso) O
controle destinado a investigar a atividade administrativa bem como o resultado
alcançado pelo ato praticado de acordo com a conveniência e oportunidade da
administração é denominado controle:
a) administrativo.
b) legislativo.
c) de legalidade.
d) de mérito.
e) interno.
COMENTÁRIOS:
Conveniência e oportunidade é controle de mérito. Gabarito letra D.
Dica da Mari:
O CESPE adora cobrar a classificação a seguir!
3. ÓRGÃO que o exerce ou LOCALIZAÇÃO:
3.1. ADMINISTRATIVO
3.2. LEGISLATIVO/ PARLAMENTAR
3.3. JUDICIAL
3.4. SOCIAL
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 14 de 100
Considerando a classificação por Órgão que o exerce ou Localização
surgem os seguintes questionamentos:
1 – O que é controle Administrativo? Compete a toda Administração ou
apenas ao Poder Executivo? Quais são os tipos? Quais são seus
instrumentos?
2 – O controle Legislativo é o mesmo que Parlamentar? O que vem a ser
controle Político? Existe controle Político-Financeiro? Em que se
consiste o controle Técnico-Financeiro? Existe atuação conjunta entre o
Poder Legislativo e os Tribunais de Contas?
3 – Como funciona o controle Judicial? Quais suas limitações? Quais são
seus instrumentos?
4 – No que se consiste o controle Social?
3.1. CONTROLE ADMINISTRATIVO:
1 – O que é controle Administrativo? Compete a toda Administração ou
apenas ao Poder Executivo? Quais são os tipos? Quais são seus
instrumentos?
Segundo José dos Santos Carvalho Filho e Diógenes Gasparini, o controle
administrativo é o exercido com os fins de confirmar, rever ou alterar condutas
internas, tendo em vista aspectos de legalidade ou de conveniência para a
Administração.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 15 de 100
O controle administrativo refere-se à prerrogativa que tem a
Administração de anular seus atos, quando eivados de ilegalidade ou revogá-los
quando não forem mais convenientes ou oportunos.
Vejamos o texto da Lei nº 9.784/99:
“Art. 53. A Administração deve anular seus próprios
atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode
revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.”
Súmula 473, STF: A administração pode anular seus próprios
atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não
se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial.
ANULAÇÃO: Atos ilegais ou viciados.
(LEGALIDADE).
REVOGAÇÃO: Atos legais, porém
importunos por motivos de conveniência ou
oportunidade (MÉRITO).
Dica da Mari: Eu quero a sua ATENÇÃO MÁXIMA nestas ponderações a
seguir! Isso não cai, DESPENCA! Estou te entregando o
“filé mignon” para você não cair nas pegadinhas tanto do
CESPE quanto de quaisquer outras bancas!
Vamos lá!
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 16 de 100
LIMITES: a ANULAÇÃO pela Administração Pública pode ser
realizada a qualquer tempo? Não!
Em face da segurança jurídica, faz-se presente o instituto da
Decadência Administrativa: é a perda (extinção) do DIREITO da
Administração.
Qual é o prazo? 05 anos!
Segundo a Lei 9.784/99, o prazo é de 05 anos para a Administração
anular seus atos perante terceiros de boa-fé.
A decadência administrativa encontra previsão na Lei 9.784/1999,
no seguinte modo:
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Só vale para perante terceiros de boa-fé!
Não há prazo previsto legalmente para os que incorreram
com má-fé. Há quem defenda a imprescritibilidade, e os que
defendem o prazo de 10 anos do CC/2002.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 17 de 100
LIMITES: E quanto a REVOGAÇÃO?
Veja de novo a Lei do Processo Administrativo Federal (Lei nº
9.784/99) e a Súmula 473 do STF:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Súmula 473, STF: A administração pode anular seus próprios atos,
quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
1. Na visão do STF, sempre que a revogação incidir sobre direitos individuais, gerando prejuízos, é dever da Administração conferir o contraditório e a ampla defesa.
2. Uma vez gerados direitos adquiridos, o ato se torna IRREVOGÁVEL!
3. Atos IRREVOGÁVEIS: atos vinculados, os que exauriram os seus
efeitos, os meros atos administrativos, e os que geraram direitos
subjetivos. Estes, não podendo ser revogados, tornam-se irretratáveis pela própria Administração, fazendo coisa julgada administrativa. (DI PIETRO,
2002).
É importante ressaltar que tal controle é privativo da Administração,
em lato sensu; mas tome cuidado para não se confundir; pois, afirmar que o
controle administrativo é privativo apenas ao Poder Executivo é errado; haja
vista que tal controle é exercido tanto pelo Executivo quanto pelos órgãos
administrativos do Legislativo e do Judiciário. No Brasil, adotamos a separação
moderada de poderes, ou seja, não é marcada pela exclusividade. Assim, todos
os Poderes, além de suas funções típicas, exercem funções atípicas. Por
exemplo: o Judiciário realiza concursos públicos e a Câmara dos Deputados licita
compras e serviços.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 18 de 100
Controle ADMINISTRATIVO:
É Privativo da Administração.
NÃO CONFUNDA!
Não é Privativo do Poder Executivo.
OBS²: NÃO CONFUNDA!
Controle Administrativo ≠ Contencioso
Administrativo (tal termo será explicado no
tópico de “Sistemas”, em aulas posteriores).
Quais são os tipos de controle administrativo?
A fim de responder a esse questionamento elaborei o Quadro 1 a seguir.
Quadro 1: Relação entre a subdivisão dos tipos de controle administrativo
TIPOS DE CONTROLE ADMINISTRATIVO:
1) AUTOTUTELA:
Possibilidade de rever seus próprios
atos ilegais e/ou inoportunos.
Súmulas 346 e 473, STF.
2) TUTELA ADMINISTRATIVA/
CONTROLE FINALÍSTICO/ SUPERVISÃO MINISTERIAL:
Controle exercido por uma entidade da
Administração Direta sobre uma entidade
da Administração Indireta.
✓ Decorre do Poder Hierárquico;
✓ INDEPENDE DE LEI;
✓ SUBORDINADO.
✓ DENTRO DA MESMA ESFERA.
✓ Legalidade: Anulação de ilegais
✓ Mérito: Revogação
✓ Depende de Expressa Previsão
Legal; só existe dentro dos
limites da lei;
✓ VINCULADO.
✓ Adm. DIRETA -> Adm. INDIRETA
✓ ATENÇÃO: Não há subordinação.
Não decorre do poder hierárquico.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 19 de 100
Tutela ≠ Autotutela!
Tome CUIDADO COM A DIVERGÊNCIA Doutrinária:
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro: Considera a tutela administrativa como controle Externo!
ENTENDIMENTO CESPE: Ambas as espécies de controle Administrativo são do tipo controle INTERNO!
Quais são seus instrumentos?
Dica da Mari: Para dominar o controle administrativo,
você precisa saber a Lei de Processo Administrativo
Federal (Lei nº 9.784/99), mesmo que tal lei não venha
explícita no seu edital!
Dica da Mari: DECORE este quadro 2 a seguir e TODOS OS INSTRUMENTOS DE CONTROLE ADMINISTRATIVO. É A
SUA OBRIGAÇÃO SABÊ-LOS!
Isso também não tem em nenhum material de Controle, aprendi “na raça”, depois de “apanhar muito” e fazer INÚMERAS QUESTÕES! Estou te entregando de novo o
“filé mignon” desse assunto! Então, se você é meu (minha) aluno(a): está PROIBIDO(A) DE ERRAR QUAISQUER QUESTÕES
SOBRE ISSO! E já te adianto: o CESPE AMA cobrar isso, cai em TODAS AS PROVAS! Vamos lá!
Quadro 2: Relação entre a subdivisão dos Instrumentos de controle
administrativo:
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 20 de 100
INSTRUMENTOS DE CONTROLE ADMINISTRATIVO:
(Lei nº 9.784/99 e Doutrina)
Representação:
(Direito de Petição)
Meio utilizado para DENUNCIAR IRREGULARIDADES feitas na própria administração.
O direito de petição é uma garantia de natureza
constitucional! (art. 5º, XXXIV, CF/88)
Reclamação
administrativa:
Para Hely Lopes Meirelles: “é a oposição expressa a atos da Administração que afetem direitos ou
interesses legítimos do administrado. O direito de
reclamar é amplo e se estende a toda pessoa física ou jurídica que se sentir lesada ou ameaçada de lesão
pessoal ou patrimonial por atos ou fatos administrativos”
(O CESPE já cobrou este conceito em prova)!
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro: "a reclamação
administrativa é o ato pelo qual o administrado, seja particular ou servidor público, deduz uma pretensão
perante a Administração Pública, visando obter o reconhecimento de um direito ou a correção de um
erro que lhe cause lesão ou ameaça de lesão".
Nos termos do art. 6.º do Decreto 20.910/1932, o direito à reclamação administrativa, que não tiver prazo fixado em
disposição de lei para ser formulada, prescreve em um ano a contar da data do ato ou do fato do qual ela se originar.
Caráter residual (Para chegar ao STF,
necessidade de esgotamento das vias administrativas).
Também é cabível quando da Violação de Súmula Vinculante, quando em ato administrativo*
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 21 de 100
RECLAMAÇÃO ADMINISTRATIVA na Lei 9.784/99:
Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade
ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.
Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação fundada em violação de
enunciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do recurso, que deverão adequar as futuras
decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas esferas cível,
administrativa e penal.
RECLAMAÇÃO na Constituição Federal:
Dispõe o §3º do art. 103-A da CF: § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial
que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal
Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a
aplicação da súmula, conforme o caso.
Por descumprimento de Súmula Vinculante em Ato
Administrativo, é suscetível, igualmente, o cabimento da Reclamação ao STF.
RECLAMAÇÃO ADMINISTRATIVA ≠
RECLAMAÇÃO POR DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
Pedido de
Reconsideração:
Solicitação de reexame dirigida à MESMA AUTORIDADE
que praticou o ato.
Obs: Para Hely Lopes, “(...) Deferido ou
indeferido total ou parcialmente, não admite novo pedido, nem possibilita nova modificação pela
autoridade que já reapreciou o ato.”
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 22 de 100
PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO na Lei:
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que
proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
NÃO CONFUNDA!
PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO≠RECURSO
Recursos Administrativos em
sentido amplo:
São meios hábeis que podem ser utilizados para provocar o reexame do ato administrativo, pela
própria Administração Pública.
Se o Pedido de Reconsideração
(MESMA AUTORIDADE) tiver sido indeferido, ela o encaminhará para AUTORIDADE
HIERARQUICAMENTE SUPERIOR – isso é o Recurso!
Em Regra: o efeito não é suspensivo!
Em Regra: pode agravar a sanção imposta –
“reformatio in pejus” em sede recursal.
RECURSO na Lei:
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu
a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso
poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência.
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste
artigo puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que
formule suas alegações antes da decisão.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 23 de 100
Recurso hierárquico
PRÓPRIO:
Dirigido à autoridade superior ou instância superior do MESMO ÓRGÃO administrativo em que foi praticado o ato;
decorrência lógica da hierarquia.
Acontece dentro do mesmo órgão.
Recurso hierárquico IMPRÓPRIO:
Dirigido à autoridade ou a ÓRGÃO
ESTRANHO/DIFERENTE à repartição que expediu o ato
ocorrido, mas com competência julgadora expressa determinada por lei.
O termo IMPRÓPRIO se deve a relação de Vinculação e de
não hierarquia entre a autoridade ou órgão e o ente da
adm. Indireta, que é alvo do recurso.
Revisão:
Meio oferecido aos processos que resultem sanções, o qual
exige a demonstração de fatos novos ou
circunstâncias relevantes.
Pode ser utilizado a qualquer tempo.
Iniciativa: de ofício ou a pedido.
Em regra: Não pode agravar a sanção – vedada a
“reformation in pejus”.
REVISÃO na Lei:
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias
relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.
Parágrafo único. Da revisão do processo não
poderá resultar agravamento da sanção.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 24 de 100
3.1 CONTROLE ADMINISTRATIVO:
5. (CESPE/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Com relação aos conceitos,
tipos e formas de controles da administração pública, julgue o item a seguir.
Na esfera federal, o controle administrativo é identificado com a supervisão
ministerial, que, no caso da administração indireta, caracteriza a tutela. A sua
autonomia, estabelecida nas próprias leis instituidoras, deve ser assegurada, sem
prejuízo da fiscalização na aplicação da receita pública e da atenção com a eficiência
e a eficácia no desempenho da administração.
COMENTÁRIOS:
Lembra-se do conceito de tutela/supervisão ministerial/controle finalístico
que acabamos de estudar? É o controle da Administração Direta sobre a
Indireta. Não há relação de hierarquia típica. Nesse caso, a relação
existente entre o órgão supervisor e a entidade supervisionada é de
mera vinculação, com expressa previsão legal. Certo.
6. (CESPE/TCDF/Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2013) Acerca do
controle da administração pública, julgue o item a seguir.
O controle administrativo é um controle de legalidade e de mérito, exercido
exclusivamente pelo Poder Executivo sobre suas próprias condutas.
COMENTÁRIOS:
Já vimos nesta aula que o controle administrativo não é privativo do Poder
Executivo, e sim da Administração, sendo esta referente não apenas ao
Poder Executivo, mas também aos Poderes Legislativo e Judiciário, quando
no exercício de funções atípicas (administrativas). Errado.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 25 de 100
7. (CESPE/TCE-MG/Analista de Controle Externo/ Administração/2018 e mais 6
concursos) No controle administrativo, o meio utilizado para se expressar oposição
a atos da administração que afetam direitos ou interesses legítimos do interessado
é denominado
a) recurso administrativo.
b) representação.
c) fiscalização hierárquica.
d) pedido de reconsideração.
e) reclamação.
COMENTÁRIOS:
Qual o meio usado para defender direitos e interesses legítimos do
interessado, por oposição expressa? Reclamação Administrativa.
Este é um conceito doutrinário; segundo Hely Lopes Meirelles:
“Reclamação: reclamação administrativa é a oposição expressa a atos da
Administração que afetem direitos ou interesses legítimos do administrado.
O direito de reclamar é amplo e se estende a toda pessoa física ou jurídica
que se sentir lesada ou ameaçada de lesão pessoal ou patrimonial por atos
ou fatos administrativos.” (Direito Administrativo Brasileiro. 42. ed. São
Paulo: Malheiros, 2016, p. 811). Gabarito letra E.
8. (CESPE/TCDF/Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2013) Em relação
à prescrição administrativa e ao processo de investigação e julgamento de contas,
julgue o item subsequente.
Caso deseje o reexame de decisão relativa a determinado ato administrativo pela
mesma autoridade que a emanou, o interessado deverá realizar um pedido de
reconsideração. Se a autoridade à qual o interessado se dirigir não ocupar cargo na
hierarquia do órgão que emitiu o ato, o recurso interposto será um recurso
hierárquico impróprio.
COMENTÁRIOS:
Vide a explicação sobre Pedido de Reconsideração e sobre Recurso
Hierárquico Impróprio no Quadro 2! Eu avisei para decorá-lo! Certo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 26 de 100
2 – O controle Legislativo é o mesmo que Parlamentar? O que vem a ser
controle Político?
3.2. CONTROLE LEGISLATIVO/PARLAMENTAR:
➔ Parlamentar DIRETO => POLÍTICO – FINANCEIRO:
O controle Legislativo Parlamentar Direto, também conhecido como controle
Político, é exercido diretamente pelo Poder Legislativo, por meio de sua
competência Exclusiva.
a. Congresso Nacional;
b. Casas Legislativas – Câmara dos Deputados, Senado Federal,
Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais;
c. Senado Federal - para processar e julgar certas autoridades nos crimes de responsabilidade (art. 52, I e II, CF); fixar, por proposta do presidente da República, limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, Estados, DF e Municípios (art. 52, VI, CF).
d. Comissões: Temporárias e Permanentes – inclusive a Comissão Mista
de Orçamentos (CMO) e outras, além da famosa CPI – Comissão
Parlamentar de Inquérito – com competências, dentre outras, de requerer a quebra do sigilo bancário, fiscal e de dados (art. 58 §3º,
CF).
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 27 de 100
Vejamos alguns exemplos de controle Político na CF/88:
Art. 49, CF: É de competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a
execução dos planos de governo; X – fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de
suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;
Art. 51, CF: Compete privativamente à Câmara dos
Deputados:
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa;
Controle LEGISLATIVO/PARLAMENTAR:
A APROVAÇÃO de Emendas Constitucionais –
EC – não se confunde com controle externo!
OBS²: NÃO CONFUNDA!
Emendas Constitucionais ≠ Leis (a aprovação
das Leis é considerada uma forma de controle).
O CESPE já cobrou esse conceito em
prova!
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 28 de 100
Existe controle Político-Financeiro?
Sim, existe. Tome cuidado para não vincular controle financeiro apenas ao
controle técnico exercido pelos Tribunais de Contas!
Vejamos as atividades de Controle Financeiro exercidas DIRETAMENTE pelo
Poder Legislativo no exercício do seu controle Parlamentar Direto:
a. Comissão ao fiscalizar e acompanhar a execução orçamentária e
Financeira (art. 166 §1º, II, CF).
b. Sustação de Despesas não autorizadas (art. 72, CF).
O art. 72 da CF que trata de Sustação de Despesas não autorizadas é
exemplo tanto de controle financeiro exercido DIRETAMENTE pelo Poder
Legislativo COMO TAMBÉM é exemplo de atuação CONJUNTA entre o
Poder Legislativo e os Tribunais de Contas, como veremos adiante.
Guarde essa informação!
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 29 de 100
Em que se consiste o controle Técnico-Financeiro?
3.2. CONTROLE LEGISLATIVO/PARLAMENTAR:
➔ Parlamentar INDIRETO => TÉCNICO – FINANCEIRO:
O controle Legislativo Parlamentar Indireto, também conhecido como
controle Técnico ou Técnico-Financeiro, é de competência Exclusiva dos
Tribunais de Contas (TCs) e possui caráter contábil-financeiro, cuja finalidade é
garantir que a arrecadação, a guarda, o gerenciamento e a administração dos
recursos públicos esteja em conformidade tanto com a lei quanto com o interesse
público. As atribuições podem ser divididas em: exame das prestações de contas e
atividades de fiscalização.
Funciona como um auxílio técnico ao Poder Legislativo no controle
externo da gestão pública.
Essas competências são privativas (próprias) do TCU, ou seja, só
pertencem a Corte de Contas, não sendo extensíveis ao Congresso Nacional.
Perceba que os Tribunais de Contas são órgãos independentes da estrutura dos
Legislativos, porém auxiliares destes e colaboradores dos Executivos.
Dentre outras competências constitucionais, os Tribunais de Contas
podem:
i. julgar as contas dos administradores,
ii. sustar a execução de atos,
iii. aferir a legalidade dos atos de admissão,
iv. realizar auditorias e inspeções
v. aplicar multa proporcional ao débito.
Veremos todas as demais em aulas posteriores. Neste momento, comece a se
habituar com algumas delas. É importante!
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 30 de 100
Vejamos alguns exemplos de controle Técnico na CF/88:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da
União, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo
Presidente da República, mediante parecer prévio, que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu
recebimento; II - julgar as contas dos administradores e
demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte
prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações
instituídas e mantidas pelo poder público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem
como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal, de comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de
ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário.
O controle exercido pelos Tribunais de
Contas sobre as Casas Legislativas é
considerado controle Externo!
Os Tcs não fazem parte da estrutura do Poder
Legislativo, são órgãos independentes;
portanto, não se trata de controle dentro do
mesmo Poder.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 31 de 100
Existe atuação conjunta entre o Poder Legislativo e os Tribunais de
Contas?
Sim. O Poder Legislativo e os Tribunais de Contas atuam de forma conjunta:
a. Sustação de Despesas não autorizadas (art. 72, CF).
b. Sustação de Contratos (art. 71, X e §§1º e 2º da CF).
O art. 72 da CF trata de Sustação de Despesas não autorizadas.
Vejamos agora a disposição do art. 72 da CF/1988:
Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não
programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no
prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários. § 1º - Não prestados os esclarecimentos, ou
considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no
prazo de trinta dias. § 2º - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a
Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao
Congresso Nacional sua sustação.
Entendendo o processo todo: caso a Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional entenda irregular uma despesa, após as
providências do caput do art. 72, pedirá a opinião do TCU, o qual, caso também conclua pela irregularidade da despesa, levará a referida
Comissão a propor ao Congresso a sustação do gasto, no que alguns autores chamam de veto proibitivo. Na doutrina, há quem reconheça que, neste caso, há uma competência concorrente entre o TCU e o
Congresso Nacional.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 32 de 100
Os casos de controle Legislativo sobre o Poder Executivo devem estar dispostos
na Constituição Federal, pois constituem exceções ao princípio constitucional da
Separação de Poderes; razão pela qual não se admite ampliação por
legislação infraconstitucional.
É o famoso sistema de freios de contrapesos ou “checks and balances”,
com previsão direta na CF/88.
3.2. CONTROLE LEGISLATIVO/PARLAMENTAR DIRETO E INDIRETO:
9. (CESPE/TCM-BA/Auditor Estadual Controle Externo/2018 e mais 1 concurso)
O exercício direto do controle parlamentar pode ser exercido:
a) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União
(TCU).
b) pelo Poder Judiciário, com a autorização do Senado.
c) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Ministério Público.
d) pelo Poder Judiciário, com o apoio da Controladoria Geral da República.
e) pelos próprios órgãos do Congresso Nacional, a exemplo das comissões
parlamentares.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 33 de 100
COMENTÁRIOS:
Questão capciosa! Talvez você tenha se sentido tentado(a) a marcar a
letra A como resposta. CUIDADO!
Preste MUITA ATENÇÃO na minha explicação: Tenha sempre
em mente que a banca CESPE sempre tentará te pegar pelos
mínimos detalhes, e, dentro das alternativas, geralmente,
haverá “MAIS DE 1 CORRETA”. MAS VOCÊ NÃO CAIRÁ
NESSA! AGORA VAI O PULO DO GATO, foca na DICA DA MARI: Quando
sentir que, aparentemente, existem 02 respostas corretas, siga os
seguintes passos:
1) Releia o enunciado com muita atenção; 2) marque/circule/coloque
seta, o que você quiser, desde que você DESTAQUE a palavra ou a
expressão-CHAVE, a qual lhe dará a resposta correta pelo GABARITO DA
BANCA!
Veja de novo, agora com as minhas dicas:
(CESPE/TCM-BA/Auditor Estadual Controle Externo/2018 e mais 1 concurso) O
exercício direto do controle parlamentar pode ser exercido:
A palavra-chave é DIRETO! Isso torna a alternativa A errada, já que os
Tribunais de Contas exercem controle parlamentar INDIRETO.
Consequentemente, apenas a alternativa E está correta PARA ESTE
ENUNCIADO, o qual pede apenas sobre o controle DIRETO: ou Político, o
qual já sabemos que é exercido apenas pelo Poder Legislativo –
Congresso Nacional, Casas Legislativas - Câmara e Senado Federal,
Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais - e quaisquer tipos de
Comissões, abrangendo tanto as temporárias quanto as permanentes.
Confirmamos, gabarito letra E.
10. (CESPE/TCE-PE/ Analista de Gestão/Administração/2017) A respeito do
conceito, das formas, da classificação e da previsão normativa do controle na
administração pública brasileira, julgue o seguinte item.
Controle externo é uma espécie de controle parlamentar ou legislativo, assim
como a instauração de comissões parlamentares de inquérito e a aprovação de
emendas constitucionais sem necessidade de sanção presidencial.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 34 de 100
COMENTÁRIOS:
Dica da Mari: Questão típica do CESPE – aquela QUASE
certa, quando um detalhe PROPOSITAL invalida TODA A
QUESTÃO!
Controle externo é uma espécie de controle parlamentar ou legislativo,
assim como a instauração de comissões parlamentares de inquérito e a
aprovação de emendas constitucionais sem necessidade de sanção
presidencial.
Vamos lá! De fato, a CPI é forma de controle externo.
Qual é o erro?
Eu chamei a sua atenção para isso durante a explicação da aula: Não confunda a aprovação de Emendas Constitucionais com a aprovação de Leis! Ambas se dão no Poder Legislativo, mas a aprovação de Emendas
Constitucionais não é controle externo! Por quê? Porque não há um controle de um ato de outro poder, é um processo legislativo que corre dentro da própria
Casa. Já na aprovação de Leis, pode acontecer de termos sim o controle externo no
processo legislativo. Veja um exemplo: Quando as leis passam pelo devido processo legislativo, e, depois, são submetidas ao crivo do Poder Executivo.
Caso o Executivo vete, por exemplo, exerce, assim, um típico controle externo da atividade legislativa.
Adicionalmente, vamos relembrar que não há sanção ou veto de emendas à CF. A única possibilidade de participação do Executivo restringe-se à apresentação
do projeto. Gabarito Errado.
11. (CESPE/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Com relação aos
conceitos, tipos e formas de controles da administração pública, julgue o item a seguir.
O controle legislativo é tanto político quanto financeiro. O controle financeiro, no
âmbito parlamentar, é exercido por meio de suas casas e respectivas
comissões. Há comissões permanentes e temporárias, entre as quais as CPIs.
No caso do DF, cabe precipuamente à Comissão de Economia, Orçamento e
Finanças da Câmara Legislativa (CLDF) fiscalizar a execução orçamentária e
financeira.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 35 de 100
COMENTÁRIOS:
Lembre-se: o controle financeiro é exercido tanto pelo Poder Legislativo
quanto pelos Tribunais de Contas! Não é exclusividade dos Tribunais de
Contas! Quando falamos sobre isso, destacamos que existe sim controle
Político-Financeiro, e não apenas o Técnico-Financeiro. Sendo um dos
exemplos justamente o citado nesta questão: art. 72, CF! Inclusive o
mesmo artigo que também serviu de exemplo na explicação de atuação
conjunta entre o Poder Legislativo e o Tribunal de Contas.
O art. 72, CF trata da Sustação de Despesas não autorizadas.
Veja novamente a disposição do art. 72 da CF/1988:
Art. 72 A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de
investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os
esclarecimentos necessários.
§ 1º - Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no
prazo de trinta dias.
§ 2º - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá
ao Congresso Nacional sua sustação.
A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da Câmara Legislativa
(CLDF) trata-se da comissão permanente constituída na CLDF equivalente à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, responsável pelo
acompanhamento e a fiscalização do orçamento público. Gabarito Certo.
INDIRETO:
12. (CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/Controle Externo/2005 e
mais 2 concursos) Considerando que a Agência Nacional de Telecomunicações
(ANATEL) é uma autarquia federal, julgue o item a seguir.
Ato administrativo que nomeie um cidadão brasileiro para cargo comissionado
lotado na ANATEL tem como requisito essencial de validade a sua aprovação
pelo TCU.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 36 de 100
COMENTÁRIOS:
Leia novamente o inciso III do art. 71, da CF/88:
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de
admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta,
incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo poder público, excetuadas
as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as
melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
Encontrou o erro? Agora ficou fácil, né?
As nomeações para cargos em comissão estão excluídas da apreciação
dos Tribunais de Contas para fins de registro, em razão da natureza
temporária deste provimento, como também as melhorias posteriores
dos atos de concessão que não alterem o fundamento legal.
Se não fosse por esse “mero detalhe” típico das questões CESPE (já comentamos sobre esta característica dessa
banca, inclusive), a afirmativa estaria correta acerca da "fiscalização e correção" exercida pelo Judiciário sobre atos
do Poder Executivo ou Judiciário que é, sim, modalidade de controle, e de controle externo, pois exercido por um Poder sobre outro.
No entanto, seguindo o ensinamento de Maria Sylvia Zanella di Pietro: “Enquanto a anulação pode ser feita pelo Judiciário e pela
Administração, a revogação é privativa desta última porque os seus fundamentos - oportunidade e conveniência - são vedados à apreciação
do Poder Judiciário.” Gabarito Errado.
3.3. CONTROLE JUDICIAL:
Neste tópico, iremos apenas
introduzir os conceitos de controle
Judicial, já que faz parte da classificação do órgão. Com isso, você já
terá base para responder algumas questões sobre isso!
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 37 de 100
Todavia, iremos detalhar o controle Judicial ou jurisdicional na
aula de “Sistemas de controle jurisdicional da administração pública e sistemas
administrativos: contencioso administrativo e sistema de jurisdição uma.
Controle jurisdicional da administração pública no Direito brasileiro”; uma vez
que os últimos editais vieram cobrando tais tópicos à parte.
Introdução e ressalvas feitas, vamos ao que interessa!
3.3. CONTROLE JUDICIAL:
Restringe-se aos aspectos de Legalidade (art. 5, XXXV, CF) e de
Moralidade (art. 37, caput c/c art. 5, inciso LXXIII, CF).
Os atos administrativos sempre estarão sujeitos a controle pelo Poder
Judiciário. Destarte, em decorrência do princípio da inafastabilidade da
tutela jurisdicional (art. 5º, XXXV, CF/88) o controle poderá ser prévio,
concomitante ou posterior a prática do ato administrativo.
Neste momento, apenas tenha em mente que o princípio da
inafastabilidade da tutela jurisdicional significa que nenhuma lesão ou
ameaça a direito poderá ser afastada do crivo do Poder Judiciário.
Vejamos o art. 5º, XXXV, CF/88:
a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito.
Mas ATENÇÃO: já vou adiantá-los que o controle do Judiciário não
é irrestrito. Há reservas do legislador e do administrador que devem ser
observadas. Dentre elas:
▪ É defeso/proibido/VEDADO o controle de mérito* (Regra)!
À princípio, trate esta regra como verdade absoluta nas questões.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 38 de 100
As poucas relativizações, tanto por entendimento
doutrinário, quanto por entendimentos
jurisprudenciais, serão trazidas depois para que
você nunca seja pego(a) de surpresa! Se há
questões recentes que vêm relativizando este
entendimento, eu preciso te deixar a par de tudo.
Lembre-se: O meu papel aqui é tentar
facilitar ao máximo a sua aprovação e para
isso, nosso curso será o mais completo
possível!
▪ Nunca exerce Revogação.
▪ Nunca exerce Convalidação.
▪ Exerce apenas Anulação.
▪ Controle PROVOCADO (Regra)! Depois trarei as raras exceções de
ofício! À princípio, trate esta regra de controle provocado como
verdade absoluta nas questões! Ok?
Calma, teremos a Dica da Mari para esses casos também, mas na
aula específica, na qual trataremos especificamente dessas
relativizações recentíssimas; pois, elas vêm ganhando MUITO
DESTAQUE pelas bancas, principalmente pelo Cespe, nos últimos
editais de 2017, 2018 e 2019.
▪ Controle ESPECIAL: Nada mais é do que a atuação do Judiciário,
nesses casos, apenas quando ultrapassarem os limites, a ponto de
prejudicar direitos alheios.
Então, qual é a regra? A tese do não controle.
E o que é o controle Especial? Exceção à regra: é o Poder Judiciário
atuando só em último caso! Seguem os exemplos, atuando sobre:
i. Atos Políticos;
ii. Atos Legislativos; e
iii. Atos interna corporis.
✓ O controle Judicial pode incidir sobre atividades administrativas realizadas
em todos os Poderes do Estado. (Súmula 473, STF).
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 39 de 100
A Motivação é aspecto de Legalidade! Se a autoridade deixa de motivar ato
de demissão, há vício de FORMA. E vícios são LESÕES. E lesões não podem ser
afastadas da apreciação do Poder Judiciário.
Portanto, não confunda Motivação ≠ Mérito (vedado)!
Já se decidiu, em sede de Repercussão Geral, que os critérios de correções
adotados pela banca examinadora não podem ser objeto de reavaliação pelo
Judiciário => Jurisprudência do STF!
Instrumentos de controle Judicial dos atos da
Administração:
a. Ação Popular (lei 4.4717/65)
b. Mandado de Segurança (Lei 12.016/09)
c. Mandado de Segurança Coletivo (Lei 12.016/09)
d. Ação Civil Pública (Lei 7.347/85)
e. Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92)
f. Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000)
g. Código Penal (Crimes contra a Administração)
Dica da Mari: Não se preocupe com as definições dos
Instrumentos de controle Judicial neste momento. Eu
trarei outro quadro bem detalhado só sobre eles para
você, assim como fiz com os Instrumentos de controle
Administrativo. Tal detalhamento virá depois. Apenas já
se acostume com eles porque SÃO OS QUERIDINHOS DO CESPE!
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 40 de 100
3.3. CONTROLE JUDICIAL:
13. (CESPE/TCU/Auditor do Tribunal de Contas da União) Em matéria de controle
da administração pública, julgue o item seguinte.
A possibilidade de o Poder Judiciário anular ou revogar atos administrativos pode
ser considerada modalidade de controle externo.
COMENTÁRIOS:
Onde está o erro? Está no fato de que o Poder Judiciário não pode revogar
atos administrativos.
Reanalise a afirmativa agora: A possibilidade de o Poder Judiciário anular ou revogar atos administrativos pode ser considerada modalidade de controle
externo. Gabarito Errado.
14. (CESPE/TC-DF/Analista de Administração Pública/2014 e mais 7 concursos) No
que se refere ao controle da administração pública, julgue o item que se segue.
O controle judicial dos atos da administração ocorre depois que eles são
produzidos e ingressam no mundo jurídico, não existindo margem, no
ordenamento jurídico brasileiro, para que tal controle se dê a priori.
COMENTÁRIOS:
O controle Judicial, via de regra, atua de forma repressiva/posterior;
todavia, também pode atuar de forma preventiva, como é o caso de
Mandado de Segurança Preventivo e de medidas cautelares. O controle
preventivo/ a priori significa que o tal poder atuará antes que o problema
se concretize. Gabarito Errado.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 41 de 100
15. (CESPE/TCE-PE/Auditoria de Contas Públicas/2017) No que se refere aos
controles parlamentar, judicial e administrativo, julgue o item que se segue
Atos políticos que causem lesão a direitos individuais ou coletivos estão sujeitos ao
controle judicial.
COMENTÁRIOS:
ATOS POLÍTICOS:
REGRA: não se submetem ao Controle Judicial. Independência dos Poderes!
EXCEÇÃO: Porém, se um ato político causar lesão a direitos INDIVIDUAIS ou
COLETIVOS, considerado ILEGAL, estará sujeito ao Controle Judicial! Gabarito
Certo.
3.4. CONTROLE SOCIAL: exercido diretamente pelo cidadão.
Ex:
✓ Ouvidoria dos TCs;
✓ denúncias;
✓ ação popular.
Mais uma vez, vamos prezar pelo cuidado e atenção ao que as
bancas têm solicitado nos últimos editais!
Neste tópico, falaremos sobre a classificação quanto:
Origem/Alcance/Extensão/Posicionamento do órgão Controlador que se
subdivide entre controle: Interno, Externo e Popular. Então, é a sua
obrigação sabê-los!
Assim, vamos iniciar sobre conceitos de controle Interno e
Externo para que você já tenha condições de acertar as questões sobre
isso. Novamente, deparamo-nos com mais um tópico da matéria sendo
cobrado em dois assuntos separados nos últimos editais! Em vista disso,
eu deixei o assunto sobre Sistemas de controle Externo e de controle Interno
para a Aula 01, para que você os entenda melhor depois de passar pela aula 00
com alguns conceitos já familiarizados.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 42 de 100
4. ORIGEM ou ALCANCE ou EXTENSÃO ou quanto ao Posicionamento do
Órgão Controlador:
4.1. INTERNO
4.2. EXTERNO
4.3. POPULAR
Obs: não confunda as classificações!
Posicionamento do órgão controlador
≠
do órgão (propriamente dito).
Tome cuidado com os
enunciados das questões!
4.1. INTERNO: exercido pelo Próprio Poder.
O controle Interno situa-se no âmbito do controle Administrativo e é
exercido em cada Poder, sobre seus próprios órgãos e entidades. É o controle
das chefias sobre seus subordinados dentro de um órgão público.
Vejamos a CF/88:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
manterão, de forma integrada, sistema de controle interno
com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto
à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito
privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e
garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 43 de 100
O controle Administrativo Interno é cabível apenas em relação as
atividades de natureza administrativa, mesmo quando exercido no âmbito
dos Poderes Legislativo e Judiciário.
ADIANTANDO sobre o controle Interno:
✓ Também é competente para a fiscalização FOCOP, veremos tais
conceitos na aula que abrange a natureza das fiscalizações; apenas
guarde essa sigla desde já).
✓ Autotutela.
✓ Competente para controle de Mérito.
✓ De Ofício ou Provocado: Ex: Recursos Administrativos.
✓ Atos Internos de cada poder (próprio poder), em relação a função
administrativa (matéria) -> que é atípica p/ Legislativo e Judiciário.
✓ Também é controle TÉCNICO.
✓ Integra o controle ADMINISTRATIVO.
4.2. EXTERNO: exercido por um Poder sobre outro Poder, incidindo nos atos
administrativos praticados por aquele.
Em sentido amplo: Ocorre quando o órgão fiscalizador se situa em
Administração DIVERSA daquela de onde a conduta administrativa se originou.
Em sentido estrito: é o controle exercido pelo Legislativo, sendo o
Congresso Nacional, o TITULAR do controle Externo; e o Tribunal de Contas, o
auxiliar deste controle Externo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 44 de 100
Vejamos o que diz a CF/1988:
Art. 70 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.
Art. 71 O controle externo, a cargo do Congresso
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete:
ENTENDIMENTO CESPE: Controle EXTERNO é qualquer tipo de controle
exercido de um Poder sobre outro Poder. Ex: MP, Social, Judicial. Ou seja,
não o considera privativo do Poder Legislativo. Mas, o titular do controle
Externo continua sendo o CN – Congresso Nacional e simétricos; conforme
dispõe a CF. (Veja a aplicação deste conceito na questão 16 comentada
em aula!)
Todavia, NÃO CONFUNDA o conceito acima de controle Externo com o
da Tutela - que é o controle exercido sob o mesmo Poder, conquanto da
Administração Direta sobre a Indireta.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 45 de 100
Ainda nesse sentido, ENTENDIMENTO CESPE: Ambas as espécies de
controle Administrativo (Tutela e Autotutela) são do tipo controle INTERNO!
Tome CUIDADO COM A DIVERGÊNCIA Doutrinária:
Para Maria Zanella Di Pietro: Considera a Tutela administrativa como controle
Externo!
4.3. POPULAR: exercido pela população.
✓ Das contas dos Municípios.
Vejamos o que diz a CF/1988:
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder
Legislativo municipal, mediante controle externo, e pelos
sistemas de controle interno do Poder Executivo municipal,
na forma da lei.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante
sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 46 de 100
4. CONTROLE INTERNO, EXTERNO E POPULAR:
16. (CESPE/TCU/Auditor do Tribunal de Contas da União) Quanto ao controle
dos atos administrativos, na órbita federal, julgue o item seguinte.
Pode caracterizar-se a atuação do Ministério Público Federal na fiscalização dos
atos administrativos como a de órgão de controle externo.
COMENTÁRIOS:
ENTENDIMENTO CESPE: O controle externo é realizado por
órgão que não integra a mesma estrutura organizacional do fiscalizado.
Exs: quando:
✓ o Congresso Nacional: julga as contas prestadas pelo Presidente
da República (inc. IX do art. 49 da CF/1988);
✓ um juiz anula um ato do Poder Executivo;
✓ o Ministério Público Federal atua no controle da atividade policial,
por exemplo, o faz como exemplo de controle externo.
Gabarito Certo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 47 de 100
17. (CESPE/TCE-PE/Analista de Gestão/Administração/2017) A respeito do
conceito, das formas, da classificação e da previsão normativa do controle na
administração pública brasileira, julgue o seguinte item.
Conforme a Constituição Federal de 1988, o sistema de controle interno de cada
Poder deve apoiar o controle externo no exercício de sua função, razão por que
o controle interno é subordinado ao controle externo.
COMENTÁRIOS:
Onde está o erro?
Não há qualquer subordinação do controle interno de cada
Poder ao controle externo do Poder Legislativo. São
instituições distintas, com papéis constitucionalmente
definidos. Não existe relação de subordinação ou hierarquia
entre um e outro.
O que existe é uma relação tanto de cooperação e
complementação: já que ambos são competentes para realizarem
fiscalizações e auditorias (vide Art. 70, CF) quanto de apoio: (vide Art.
74, IV, CF).
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia
de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Gabarito Errado.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 48 de 100
5. AMPLITUDE ou ÂMBITO:
5.1. HIERÁRQUICO ou SUBORDINADO: é o controle de subordinação que a
Administração exerce interinamente sobre seus órgãos. Proveniente da
Autotutela. Subordinado.
5.2. FINALÍSTICO ou VINCULADO: realizado pela Administração Direta sobre
a Administração Indireta, também chamado de Tutela Administrativa.
Vinculado. Depende de expressa previsão legal.
6. INICIATIVA:
6.1. DE OFÍCIO: exercido independentemente de provocação ou solicitação. Goza
de iniciativa própria, obedecendo o princípio da oficialidade.
✓ Ex: Anulação de atos ilegais.
6.2. POR PROVOCAÇÃO: exercido via provocação de outra pessoa ou terceiro
interessado.
✓ Ex: Revisão administrativa;
✓ Recebimento de Denúncias.
6.3. COMPULSÓRIO: exercido em virtude do final de um período determinado
por legislação.
✓ Ex: Prestação Anual de Contas.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 49 de 100
5. AMPLITUDE/ÂMBITO:
18. (CESPE/TCE-PE/Analista de Gestão/Julgamento/2017) No que se refere ao
controle administrativo, julgue o item que se segue.
A fiscalização hierárquica poderá ser realizada a qualquer tempo, desde que
haja provocação da administração ou de órgão a ela vinculado.
COMENTÁRIOS:
Do poder hierárquico, decorre a possibilidade de o administrador
revogar, anular e convalidar seus próprios atos.
Quais são os erros desta questão?
1) A fiscalização hierárquica decorre do poder hierárquico, o qual é
competente para reavaliar seus próprios atos, quanto à iniciativa:
tanto de ofício quanto por provocação, em decorrência do princípio
da Aututela.
2) Não pode ser realizada a qualquer tempo. Em face da segurança
jurídica, faz-se presente o instituto da Decadência Administrativa: o
limite/prazo de 5 anos para a Administração anular seus atos
perante terceiros de boa-fé.
A decadência administrativa encontra previsão na Lei
9.784/1999, no seguinte modo:
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 50 de 100
E para Revogação?
Veja de novo a Lei do Processo Administrativo Federal (Lei nº 9.784/99):
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
ATENÇÃO!
1. Na visão do STF, sempre que a revogação incidir
sobre direitos individuais, gerando prejuízos, é
dever da Administração conferir o contraditório e a ampla defesa.
2. Uma vez gerados direitos adquiridos, o ato se torna
IRREVOGÁVEL!
Gabarito Errado.
6. INICIATIVA:
19. (CESPE/TCE-PE/Analista de Gestão/Julgamento/2017) No que se refere ao
controle administrativo, julgue o item que se segue.
O controle exercido pela administração sobre seus próprios atos pode ser
realizado de ofício quando a autoridade competente constatar ilegalidade.
COMENTÁRIOS:
O controle interno pode ser realizado tanto por iniciativa de ofício
quanto por provocação. Gabarito Certo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 51 de 100
NOVA BATERIA DE QUESTÕES: APRESENTADAS
Nada como fazer umas questões enquanto se espera a próxima aula.
Lembre-se de que tais questões a seguir são diferentes daquelas
explicadas em aula! Trata-se de uma nova bateria para você treinar TUDO que
estudamos até agora.
Dica da Mari: tente fazê-las sem olhar o gabarito e
apenas veja os comentários depois de resolvê-las! Mas
veja os comentários mesmo que tenha acertado! Anote
ou grife informações novas ou que ainda não domine. É
muito importante que você tenha autonomia e treine o
MÁXIMO possível, pois são as questões que revelam as
suas dificuldades e ajudam de verdade na fixação dos
conteúdos.
BATERIA CESPE
1. (CESPE/TCM-BA/Auditor Estadual/Controle Externo/2018 e mais 1 concurso)
No que concerne ao controle administrativo, o meio utilizado para denunciar
irregularidades feitas na própria administração é denominado
a) pedido de reconsideração.
b) representação.
c) recurso administrativo.
d) revisão.
e) reclamação administrativa.
2. (Cespe/TCE-TO/2009/Analista de Controle Externo/ e mais 11 concursos) Um
sistema de controle externo se diferencia de um sistema de controle interno na
administração pública, pois:
a) o primeiro se situa em uma instância fora do âmbito do respectivo Poder.
b) correspondem, respectivamente, à auditoria externa e à interna.
c) o primeiro tem função coercitiva e o segundo, orientadora.
d) o primeiro tem caráter punitivo, e o segundo é consultivo.
e) o funcionamento do primeiro deriva de um processo autorizativo, e o segundo
é institucional.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 52 de 100
3. (CESPE/TCM-BA/Auditor Estadual/Controle Externo/2018 e mais 1 concurso)
A Carta Magna, em seu art. 74, determina que o sistema de controle interno
deve ser mantido pelos três poderes de forma integrada, tendo como um dos
seus principais alvos:
a) promover a padronização e a consolidação das contas nacionais.
b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias bem como dos
direitos e haveres da União.
c) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal
na administração direta e indireta.
d) elaborar e executar a programação financeira da União.
e) aplicar, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as
sanções previstas em lei.
4. (CESPE/TCM-BA/Auditor Estadual/Controle Externo/2018 e mais 1 concurso)
O controle exercido pelo TCU
a) é constituído por ações como o levantamento, a auditoria, a inspeção bem
como o julgamento dos atos considerados ilegais.
b) ocorre unicamente por meio de ofício, se executado na fiscalização de editais
de licitação de bens.
c) é complementado pelo controle interno exercido pelos órgãos de fiscalização
próprios.
d) estende-se a todas as atividades realizadas pelas agências reguladoras,
exceto a avaliação dos atos praticados em relação às concessões de serviço
público.
e) E abrange os atos do executivo, se exercido de modo prévio, a fim de
verificar a legalidade de tais atos.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 53 de 100
5. (CESPE/TCE-PB/Auditor de Contas Públicas/Demais Áreas/2018) Sob o
aspecto da iniciativa, a revisão de conduta da administração pública ocorrida em
atenção a requerimento ou recurso dirigido à autoridade administrativa por um
servidor público caracteriza um exemplo de
a) controle por vinculação.
b) controle por subordinação.
c) controle interno.
d) controle de ofício.
e) controle provocado.
6. (CESPE/TCE-PB/Auditor de Contas Públicas/Demais Áreas/2018) Em
determinado estado da Federação, a assembleia legislativa, por meio de decreto
legislativo, sustou ato expedido pelo governo local, que regulamentava lei
estadual para autorizar o Poder Executivo a instituir tratamento excepcional,
mediante concessão de remissão e anistia, cumuladas ou não com
parcelamento, para a liquidação de créditos tributários referentes ao ICMS. A
assembleia legislativa entendeu que o ato administrativo excedia o poder da
administração pública de regulamentar a lei estadual.
Nessa situação hipotética, a assembleia legislativa exerceu
a) o poder de fiscalização, para derrogar o ato do Poder Executivo.
b) o poder convocatório, para revogar o ato do Poder Executivo.
c) o controle político, para paralisar o ato do Poder Executivo.
d) o controle financeiro, para anular o ato do Poder Executivo.
e) sua função legiferante, para substituir o ato do Poder Executivo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 54 de 100
7. (CESPE/TCE-PB/Auditor de Contas Públicas/Demais Áreas/2018)
Um servidor público do estado da Paraíba interpôs recurso administrativo contra
a pontuação que lhe foi atribuída em concurso de remoção interna da instituição
pública na qual ele é lotado.
Acerca dessa situação hipotética e de aspectos gerais relacionados à interposição
de recurso administrativo por servidor da administração pública, julgue os itens
a seguir.
I Na hipótese considerada, será vedado à administração, pelo princípio da non
reformatio in pejus, rever a pontuação do candidato para piorá-la, mesmo que
tal alteração observe estritamente as regras do concurso.
II Pela presunção de legitimidade dos atos administrativos, o recurso
administrativo, como regra, tem efeito apenas devolutivo, ainda que possa o
administrador, mesmo de ofício, conceder efeito suspensivo ao ato.
III O informalismo do processo administrativo permite que o recurso seja
interposto de forma diversa da petição escrita, desde que ele seja devidamente
protocolado na repartição administrativa competente.
IV Na situação considerada, mesmo que o edital do concurso não o previsse
expressamente, o servidor teria o direito de protocolar o recurso em razão do
direito constitucional de petição.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 55 de 100
8. (CESPE/TCE-MG/Analista de Controle Externo/Administração/2018 e mais 6
concursos) Vários estados da Federação enfrentavam problemas relacionados à
entrega de correspondências: o percentual de cartas não entregues havia
dobrado e, conforme o tipo de encomenda, os atrasos tinham quintuplicado. Em
razão disso, um deputado federal apresentou requerimento de convocação do
ministro das Comunicações para que este prestasse esclarecimentos sobre as
principais razões para essa crise dos serviços postais no Brasil. O pedido foi
aprovado pela maioria absoluta do plenário, e foi efetuada a convocação do
ministro.
Nessa situação hipotética, a Câmara Legislativa exerceu o controle
a) interno.
b) prévio.
c) administrativo.
d) parlamentar.
e) judicial.
9. (CESPE/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Acerca do processo civil e
do controle dos atos judiciais, julgue o próximo item.
No que se refere ao princípio da separação dos poderes, o controle prévio do ato
administrativo é exclusivo da administração, cabendo ao Poder Judiciário
apreciar lesão ou ameaça de lesão somente após a efetiva entrada em vigor do
ato.
10. (CESPE/Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2013) Acerca do
controle da administração pública, julgue o item a seguir.
A competência do Senado Federal para fixar, por proposta do presidente da
República, limites globais para o montante da dívida consolidada do DF, é uma
das hipóteses de controle político exercido pelo Poder Legislativo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 56 de 100
11. (CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/Controle Externo/2004)
Acerca do controle externo no Brasil, julgue os itens a seguir.
Considerando controle externo como aquele realizado por órgão não-pertencente
à estrutura do produtor do ato a ser controlado, é correto afirmar que, no Brasil,
o TCU não é o único componente do poder público encarregado daquela
modalidade de controle.
12. (CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/Controle Externo/Auditoria
Governamental/2007 e mais 8 concursos) Acerca dos sistemas de controle
externo e do controle externo no Brasil, julgue o item subseqüente.
A relevância do controle externo no Brasil não se restringe aos aspectos
concernentes à eficiente gestão das finanças ou à adequada gerência
administrativa do setor público. Envolve também o equilíbrio entre os poderes
na organização do Estado democrático de direito.
13. (CESPE/TCE-MG/Analista de Controle Externo/Administração/2018 e mais 6
concursos) O sistema de controle interno, mantido de forma integrada pelos
Poderes da União, tem, entre suas finalidades, a atribuição de
a) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.
b) promover a consolidação das contas nacionais.
c) elaborar e executar a programação financeira da União.
d) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal
na administração direta e indireta.
e) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 57 de 100
14. (CESPE/PGE PE/Analista Judiciário de Procuradoria/2019) À luz das normas
pertinentes à administração pública e com relação a atos e contratos
administrativos, serviços públicos, improbidade administrativa e intervenção do
Estado na propriedade, julgue o item seguinte.
A ocorrência da decadência gera a extinção de direito, o que, contudo,
não impede a administração pública de se manifestar a tempo e modo em
processo administrativo.
(CESPE/TCE-PE/Analista de Controle Externo/Auditoria de Contas Públicas/2017)
Com relação aos conceitos, aos tipos e às formas de controle, julgue os itens a
seguir.
15. O controle interno é exercido pela administração pública sobre seus próprios
atos e sobre as atividades de seus órgãos e das entidades descentralizadas a ela
vinculadas.
16. Em se tratando da avaliação da execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão
sistema de controle interno de forma integrada.
(CESPE/EBSERH/Tecnólogo em Gestão Pública/2018) Julgue os itens a seguir, a
respeito de controle externo e interno.
17. O controle externo, em razão do aparato jurídico que o cerca, é
hierarquicamente superior ao sistema de controle interno.
18. O controle interno da administração pública está relacionado à ação exercida
sobre si própria por parte da organização responsável pelo desempenho da
atividade controlada.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 58 de 100
(CESPE/TCE-PE/Auditoria de Contas Públicas/2017) No que se refere aos
controles parlamentar, judicial e administrativo, julgue o item que se segue
19. A competência do Congresso Nacional para sustar atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa configura hipótese de controle político.
20. Compete privativamente à Câmara dos Deputados fiscalizar os atos de
gestão administrativa da administração direta e indireta.
(CESPE/TCE-PE/Analista de Gestão/Julgamento/2017) A respeito de controle na
administração pública, julgue o item a seguir.
21. O controle externo é exercido pelo Poder Legislativo com auxílio dos
tribunais de contas.
22. O controle interno, ao qual compete a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária e operacional, bem como o apoio ao controle externo, não se
caracteriza como controle de mérito.
(CESPE/TCE-PE/Analista de Gestão/Administração/2017) A respeito do conceito,
das formas, da classificação e da previsão normativa do controle na
administração pública brasileira, julgue o seguinte item.
23. Embora exerça controle de atos administrativos ao avaliar os limites da
discricionariedade sob os aspectos da legalidade, é vedado ao Poder Judiciário
exercer o controle de mérito de atos administrativos, pois este é privativo da
administração pública.
(CESPE/TCE-PE/Auditor de Controle Externo/Auditoria de Contas Públicas/2017 e
mais 1 concurso) A respeito das formas de controle interno e externo, julgue o
item seguinte.
24. O controle político exercido pelas comissões parlamentares de inquérito é
uma espécie de controle externo de competência do Poder Legislativo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 59 de 100
25. O controle interno pode, por orientação do órgão controlado, deixar de
avaliar a adequação dos atos da administração pública ao princípio da eficiência.
26. (CESPE/TCE-RO/Auditor de Controle Externo/Direito/2013) Em relação ao
controle externo e interno da administração pública, julgue o próximo item.
O controle interno somente pode ser exercido por iniciativa própria, enquanto o
controle externo pode ser exercido por iniciativa própria ou mediante
provocação.
27. (CESPE/TCE-RN/Assessor Jurídico/Técnico Jurídico/2015 e mais 3 concursos)
Acerca das diretrizes legais e doutrinárias relativas aos tribunais de contas,
julgue o item a seguir.
Todas as competências dos tribunais de contas são compulsoriamente
partilhadas com os demais órgãos integrantes do controle externo.
28. (CESPE/COGE CE/ Auditor de Controle Interno
Auditoria/Governamental/2019 e mais 4 concursos)
O controle e a auditoria governamentais, a depender da posição do órgão
controlador e da sua relação com o auditado, podem ser classificados como
internos ou externos. Nesse sentido, a Constituição Federal de 1988 elencou
como uma das competências dos sistemas de controle interno de cada poder
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União.
b) apreciar as contas prestadas anualmente pelo chefe do Poder Executivo,
mediante parecer prévio.
c) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade
de contas, as sanções previstas em lei.
d) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,
bens e valores públicos da administração direta e indireta.
e) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal,
a qualquer título, na administração direta e indireta.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 60 de 100
29. (CESPE/TCE-PE/Analista de Gestão/Administração/2017) A respeito do
conceito, das formas, da classificação e da previsão normativa do controle na
administração pública brasileira, julgue o seguinte item.
O controle exercido por ministério sobre empresa pública a ele vinculada
caracteriza-se como controle externo.
30. (CESPE/TCE-MG/Analista de Controle Externo/Administração/2018 (e mais 6
concursos) Um agente público sem aprovação em concurso público foi nomeado,
mediante celebração de contrato de trabalho, para assumir um cargo em
emprego público efetivo, em razão de necessidade de excepcional interesse
público.
O referido ato de nomeação poderá ser
a) anulado, assim como revogados os atos vinculados, os que tenham exaurido
os seus efeitos e os que tenham gerado direitos subjetivos.
b) anulado, devendo o agente nomeado devolver a remuneração recebida pelo
trabalho efetivamente prestado.
c) anulado pelo Poder Judiciário, que invalidará os atos praticados pelo
empregado no desempenho de suas atribuições funcionais.
d) revogado pelo Poder Judiciário, independentemente de provocação pelo
interessado, considerando-se o menosprezo à exigência de aprovação prévia em
concurso público.
e) anulado pela administração pública, de modo que os efeitos da anulação
retroajam às suas origens, invalidando-se as consequências passadas, presentes
e futuras do ato anulado.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 61 de 100
31. (CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/Controle Externo/Auditoria
Governamental/2011 e mais 1 concurso) Julgue o item subsequente, relativo à
organização e ao funcionamento do TCU.
A supervisão exercida sobre as estatais, conforme estabelece o Decreto-lei n.o
200/1967, constitui abordagem do controle que visa, entre outros aspectos, a
garantia da autonomia administrativa, financeira e operacional dessas empresas,
razão por que o seu orçamento é submetido a outros órgãos do Poder Executivo,
e não ao Poder Legislativo.
32. (CESPE/TC-DF/Analista de Administração Pública/Arquivologia/2014 e mais 7
concursos) No que se refere ao controle da administração pública, julgue o item
que se segue.
O Poder Legislativo exerce controle financeiro sobre o Poder Executivo, sobre o
Poder Judiciário e sobre a sua própria administração.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 62 de 100
NOVA BATERIA DE QUESTÕES: COMENTADAS
BATERIA CESPE
1.(CESPE/TCM-BA/Auditor Estadual/Controle Externo/2018 e mais 1 concurso)
No que concerne ao controle administrativo, o meio utilizado para denunciar
irregularidades feitas na própria administração é denominado
a) pedido de reconsideração.
b) representação.
c) recurso administrativo.
d) revisão.
e) reclamação administrativa.
COMENTÁRIOS:
Representação: (Direito de Petição)
Meio utilizado para DENUNCIAR IRREGULARIDADES
feitas na própria administração. O direito de petição é uma garantia de natureza
constitucional! (art. 5º, XXXIV, CF/88)
Para Hely Lopes Meirelles, a representação “é a denúncia formal e assinada de irregularidades internas ou de abuso de poder na prática de atos da Administração feita por quem quer que seja à autoridade competente para
conhecer e coibir a ilegalidade apontada”. O fato peculiar da representação é que ela, muitas vezes, é identificada como um
instrumento a ser usado por alguém que, em razão de seu ofício, toma conhecimento de uma irregularidade. Nesse contexto, a Lei 8.112/1990 estabelece:
“Art. 116. São deveres do servidor: (...)
XII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.” Entretanto, atente-se para o conceito amplo, é este que você deve ter em mente:
a representação (direito de petição) pode ser feita por quem quer que seja que tome conhecimento da
irregularidade. Os trechos destacados são para que se perceba que não necessariamente a representação demanda uma
posição institucional por parte daquele que a realiza.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 63 de 100
➔ Na verdade, o direito de petição, é uma garantia constitucional expressa no art. 5º, inciso XXXIV da CF:
“são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidades ou abuso de poder; b) a obtenção de certidão em repartição pública, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal.”
Este instituto permite a qualquer pessoa dirigir-se formalmente a qualquer autoridade do Poder Público, com o intuito de levar-lhe uma reivindicação, uma informação, queixa ou mesmo uma simples opinião acerca de algo relevante
para o interesse próprio, de um grupo ou de toda a coletividade.
Ainda sobre o tema, registra-se também a Lei 8.666/1993: “Art. 113. (...) § 1.º Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá
representar ao Tribunal de Contas ou aos órgãos integrantes do sistema de controle interno contra irregularidades na aplicação desta Lei, para os fins do
disposto neste artigo.” Mais uma vez, agora no caso de processos licitatórios, qualquer pessoa, mesmo
física, pode procedê-la.
Gabarito letra B.
2.(Cespe/TCE-TO/2009/Analista de Controle Externo/ e mais 11 concursos) Um
sistema de controle externo se diferencia de um sistema de controle interno na
administração pública, pois:
a) o primeiro se situa em uma instância fora do âmbito do respectivo Poder.
b) correspondem, respectivamente, à auditoria externa e à interna.
c) o primeiro tem função coercitiva e o segundo, orientadora.
d) o primeiro tem caráter punitivo, e o segundo é consultivo.
e) o funcionamento do primeiro deriva de um processo autorizativo, e o segundo
é institucional.
COMENTÁRIOS:
Como já vimos, o controle Interno se situa na esfera do mesmo Poder, que
pode ser: Executivo, Legislativo ou Judiciário. Já o controle Externo é aquele
exercido por um Poder sobre outro Poder, “se situa em uma instância fora do
âmbito do respectivo Poder.”
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 64 de 100
Relembre o Entendimento CESPE:
O controle Externo em sentido amplo: Ocorre quando o
órgão fiscalizador se situa em Administração DIVERSA
daquela de onde a conduta administrativa se originou.
Gabarito letra A.
3. (CESPE/TCM-BA/Auditor Estadual/Controle Externo/2018 e mais 1 concurso)
A Carta Magna, em seu art. 74, determina que o sistema de controle interno
deve ser mantido pelos três poderes de forma integrada, tendo como um dos
seus principais alvos:
a) promover a padronização e a consolidação das contas nacionais.
b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias bem como dos
direitos e haveres da União.
c) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal
na administração direta e indireta.
d) elaborar e executar a programação financeira da União.
e) aplicar, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as
sanções previstas em lei.
COMENTÁRIOS:
Já decorou o artigo 74 da CF/88, né? As Atribuições do sistema de controle interno estão dispostas no art. 74 da CF:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de
forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração
federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob
pena de responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na
forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da
União.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 65 de 100
Gabarito letra B. b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias bem
como dos direitos e haveres da União. Demais alternativas incorretas:
a) promover a padronização e a consolidação das contas nacionais.
A padronização e consolidação das contas nacionais não compete ao controle interno, e sim à Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Legislação aplicada: o art. 46 do Anexo I do Decreto nº 7.482/2011, e ainda o art. 51 da Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
c) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de
pessoal na administração direta e indireta. Releia o art. 71 da CF:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
...........
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para
cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias,
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento
legal do ato concessório;
Portanto, tal apreciação não compete ao Controle Interno, e sim ao Tribunal de Contas da União, competência constitucionalmente lhe outorgada, no exercício
do controle externo.
Já te adianto que por força do Princípio da Simetria, as competências constitucionais atribuídas ao TCU são extensíveis aos demais Tribunais de Contas (Estaduais, Distrital e
Municipais), “no que couber”. Não irei aprofundá-lo agora pois é assunto de outra aula, por
ora, apenas saiba da sua existência!
d) elaborar e executar a programação financeira da União.
A competência para elaborar e executar a programação financeira da União, é compartilhada entre o Órgão Central de Programação Financeira por
meio da Coordenação-Geral de Programação Financeira - COFIN, da Secretaria do Tesouro Nacional – STN, e aos Órgãos Setoriais de Programação
Financeira - OSPF representadas pelas Subsecretarias de Planejamento e Orçamento e unidades equivalentes das Secretarias da Presidência da
República e dos Poderes Legislativo e Judiciário, enquanto que os Órgãos Setoriais são as Unidades Gestoras, sob orientação normativa do Decreto 3.590/2000.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 66 de 100
Dica da Mari: CALMA! Esses conceitos são bem específicos do SCI/PEF – Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal! Trata-se de uma Instrução Normativa – IN – SFC 01/2001!
Eu só comentei esta alternativa para te dar uma noção mais ampla da existência deles; mas não compõe esta aula, nem nunca vi tais
conceitos nos materiais que já estudei (apenas em Auditoria Governamental); PORÉM, você está vendo que isso CAI SIM EM PROVAS, NAS QUESTÕES DE CONTROLE; então, talvez eu traga tais conceitos no
tópico de Sistema de Controle Interno, na aula 01, por excesso de cuidado com você!
e) aplicar, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de
contas, as sanções previstas em lei.
Mais uma vez, trata-se de competência constitucionalmente outorgada ao TCU, no exercício do controle externo (art. 71, VII, CF):
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
...........
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre
outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
4. (CESPE/TCM-BA/Auditor Estadual/Controle Externo/2018 e mais 1 concurso)
O controle exercido pelo TCU
a) é constituído por ações como o levantamento, a auditoria, a inspeção bem
como o julgamento dos atos considerados ilegais.
b) ocorre unicamente por meio de ofício, se executado na fiscalização de editais
de licitação de bens.
c) é complementado pelo controle interno exercido pelos órgãos de fiscalização
próprios.
d) estende-se a todas as atividades realizadas pelas agências reguladoras,
exceto a avaliação dos atos praticados em relação às concessões de serviço
público.
e) E abrange os atos do executivo, se exercido de modo prévio, a fim de
verificar a legalidade de tais atos.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 67 de 100
COMENTÁRIOS:
O controle externo exercido pelo TCU é complementado pelo controle interno
exercido pelos órgãos de fiscalização próprios. Segundo o art. 74, CF, já sabemos que dentre as finalidades conferidas ao controle Interno está a de
apoiar o controle externo (inciso IV).
Inclusive, fizemos em aula, uma questão cuja explicação é bastante similar (questão 20) a essa alternativa que estou comentando para vocês agora.
Não há qualquer subordinação do controle interno de cada
Poder ao controle externo do Poder Legislativo. São
instituições distintas, com papéis constitucionalmente
definidos. Não existe relação de subordinação ou hierarquia
entre um e outro.
O que existe é uma relação tanto de cooperação e
complementação: já que ambos são competentes para realizarem
fiscalizações e auditorias (vide Art. 70, CF) quanto de apoio: (vide Art.
74, IV, CF).
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia
de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Note que, embora o controle interno deva apoiar o controle externo, não
há hierarquia, mas complementaridade entre eles. Por isso tudo, é
correto dizer que o controle exercido pelo TCU é complementado pelo
controle interno.
Gabarito letra C.
Vamos comentar as demais alternativas para fixação de conteúdo:
a) é constituído por ações como o levantamento, a auditoria, a inspeção bem
como o julgamento dos atos considerados ilegais.
Dica da Mari: Questão típica do CESPE – aquela QUASE certa,
quando um detalhe PROPOSITAL invalida TODA A QUESTÃO!
Qual é o erro desta alternativa?
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 68 de 100
O controle exercido pelo TCU é constituído por ações/ Instrumentos de Fiscalização conhecidos pela sigla LAMAI:
1) Levantamento;
2) Auditoria;
3) Monitoramento;
4) Acompanhamento; e
5) Inspeção
O julgamento por parte do TCU ou de qualquer TC
não é uma das “ações”/”Instrumentos de Fiscalização” – LAMAI!
FISCALIZAR ≠ JULGAR
O julgamento é das CONTAS (e não dos atos)! Mas a prática de atos ilegais é um dos fundamentos para
os Tribunais de Contas julgarem tais contas como IRREGULARES. Contudo, esse assunto se trata das funções, da natureza, e da eficácia das DECISÕES dos TCs nos PROCESSOS DE CONTAS! (Que veremos em
aulas posteriores). Ok?
Dica da Mari: 1. RELAXE, só estou adiantando alguns conceitos para
você ir se habituando.
2. CALMA! Esses conceitos são bem específicos dos Instrumentos de Fiscalização do TCU, contidos no
REGIMENTO INTERNO de tal Tribunal!
3. Eu só comentei esta alternativa para te comprovar que tudo está
interligado quando se trata da nossa matéria de Controle Externo, aliás, esse tópico não compõe esta aula, nem nunca vi tais conceitos nos materiais que já estudei na parte geral de Controle Externo! Apenas
estudei tal tópico na parte geral de Auditoria Governamental! ATENÇÃO! MAIS UMA VEZ, você está vendo que isso CAI SIM EM
PROVAS, EM QUESTÕES DE CONTROLE; e, dessa vez, num concurso estadual, cobrando RI do TCU! E conceitos de Auditoria Governamental!
b) ocorre unicamente por meio de ofício, se executado na fiscalização de
editais de licitação de bens.
O erro está na palavra “unicamente”. O controle exercido pelo TCU
ocorre por iniciativa de ofício e por provocação!
Ex: recebimento de denúncias.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 69 de 100
d) estende-se a todas as atividades realizadas pelas agências reguladoras,
exceto a avaliação dos atos praticados em relação às concessões de serviço
público.
O erro está na palavra “exceto”. O controle exercido pelo TCU é exercido
inclusive, na avaliação dos atos praticados em relação às concessões de
serviço público.
e) E abrange os atos do executivo, se exercido de modo prévio, a fim de
verificar a legalidade de tais atos.
O erro está na expressão “se exercido de modo prévio”, dando a ideia de única condição aceita, completamente errado.
O controle externo do TCU sobre os atos praticados pelo Poder Executivo não se dá somente se for exercido de modo prévio (a priori),
mas também concomitante (pari-passu) ou subsequente (a posteriori).
5. (CESPE/TCE-PB/Auditor de Contas Públicas/Demais Áreas/2018) Sob o
aspecto da iniciativa, a revisão de conduta da administração pública ocorrida em
atenção a requerimento ou recurso dirigido à autoridade administrativa por um
servidor público caracteriza um exemplo de
a) controle por vinculação.
b) controle por subordinação.
c) controle interno.
d) controle de ofício.
e) controle provocado.
COMENTÁRIOS:
Observe com BASTANTE ATENÇÃO o enunciado da questão!
Veja: “Sob o aspecto da iniciativa (...)”, de cara, você já descarta as
alternativas a, b, c!
a) e b) -> Amplitude ou Âmbito;
c) -> Origem/ Alcance/ Extensão/ Posicionamento quanto ao Órgão Controlador
Sobraram as alternativas d) e e). Vamos analisá-las!
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 70 de 100
Quais são as espécies da classificação por Iniciativa mesmo? Nós já estudamos,
vamos recordar:
Compulsório – nem seria uma preocupação sabê-lo NESTA QUESTÃO, já que
nem trouxe alternativa para tal.
Então, qual é a correta?
Sob o aspecto da iniciativa, a revisão de conduta da administração pública
ocorrida em atenção a requerimento ou recurso dirigido à autoridade
administrativa por um servidor público caracteriza um exemplo de
Análise:
Se a iniciativa se deu em atenção a requerimento ou recurso dirigido à
autoridade administrativa por um servidor público”, estamos falando de
provocação por outro indivíduo interessado que provocou a
Administração! CUIDADO MÁXIMO! Estamos falando de Cespe! Ainda
não sacou a pegadinha?
Vem comigo: a expressão “por um servidor público” poderia te
confundir ou levá-lo(a) a entender que por ter sido por um agente
estatal, seria então de ofício. CUIDADO!!!
De fato, de ofício é o promovido por ato próprio do Estado, ou seja, inclusive por
servidores públicos (teoria do Órgão), só que de ofício, significa agir pelo
princípio da oficialidade, ou seja, não precisam aguardar qualquer demanda de
interessados, agem por impulso oficial, em virtude da sua atribuição funcional.
No caso em questão, a revisão solicitada se deu em atenção a
requerimento do servidor público como um legítimo interessado na
demanda, como pessoa, como se dá com qualquer particular ou terceiro
interessado também.
Gabarito letra E.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 71 de 100
6. (CESPE/TCE-PB/Auditor de Contas Públicas/Demais Áreas/2018) Em
determinado estado da Federação, a assembleia legislativa, por meio de decreto
legislativo, sustou ato expedido pelo governo local, que regulamentava lei
estadual para autorizar o Poder Executivo a instituir tratamento excepcional,
mediante concessão de remissão e anistia, cumuladas ou não com
parcelamento, para a liquidação de créditos tributários referentes ao ICMS. A
assembleia legislativa entendeu que o ato administrativo excedia o poder da
administração pública de regulamentar a lei estadual.
Nessa situação hipotética, a assembleia legislativa exerceu
a) o poder de fiscalização, para derrogar o ato do Poder Executivo.
b) o poder convocatório, para revogar o ato do Poder Executivo.
c) o controle político, para paralisar o ato do Poder Executivo.
d) o controle financeiro, para anular o ato do Poder Executivo.
e) sua função legiferante, para substituir o ato do Poder Executivo.
COMENTÁRIOS:
O enunciado diz: “A assembleia legislativa entendeu que o ato
administrativo excedia o poder da administração pública de
regulamentar a lei estadual.”
O que isso te lembra?
Art. 49, V, CF:
“Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
(...) V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;”
Pelo princípio da simetria, também se aplica ao Poder Legislativo
Estadual (Assembleia Legislativa), e, ao Poder Executivo Estadual
(Governador do Estado).
Ou seja, típica situação de controle POLÍTICO ou Parlamentar Direto,
conforme estudamos em aula. Gabarito letra C.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 72 de 100
7.(CESPE/TCE-PB/Auditor de Contas Públicas/Demais Áreas/2018)
Um servidor público do estado da Paraíba interpôs recurso administrativo contra
a pontuação que lhe foi atribuída em concurso de remoção interna da instituição
pública na qual ele é lotado.
Acerca dessa situação hipotética e de aspectos gerais relacionados à interposição
de recurso administrativo por servidor da administração pública, julgue os itens
a seguir.
I Na hipótese considerada, será vedado à administração, pelo princípio da non
reformatio in pejus, rever a pontuação do candidato para piorá-la, mesmo que
tal alteração observe estritamente as regras do concurso.
II Pela presunção de legitimidade dos atos administrativos, o recurso
administrativo, como regra, tem efeito apenas devolutivo, ainda que possa o
administrador, mesmo de ofício, conceder efeito suspensivo ao ato.
III O informalismo do processo administrativo permite que o recurso seja
interposto de forma diversa da petição escrita, desde que ele seja devidamente
protocolado na repartição administrativa competente.
IV Na situação considerada, mesmo que o edital do concurso não o previsse
expressamente, o servidor teria o direito de protocolar o recurso em razão do
direito constitucional de petição.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 73 de 100
COMENTÁRIOS:
I Na hipótese considerada, será vedado à administração, pelo princípio da non reformatio in pejus, rever a pontuação do candidato para piorá-
la, mesmo que tal alteração observe estritamente as regras do concurso. Errado. Já vimos em aula (Quadro 2) que o Recurso pode SIM ser
agravado! Não confunda com a Revisão: esta, de fato, não pode ser agravada/piorada.
Veja o que diz a Lei nº 9.784/99 quanto a esses 02 institutos:
RECURSO:
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a
matéria for de sua competência.
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado
para que formule suas alegações antes da decisão.
REVISÃO:
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos
ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar
agravamento da sanção.
Só com esta informação, já eliminamos as alternativas: “A”, “B” e “D”.
Ficamos entre “C” e “E”. Fica fácil deduzir que os itens II e
IV são verdadeiros.
Falta descobrirmos sobre o item III. Mas, por fins didáticos, comentarei todos os itens, para que você saiba
responder outras questões similares! E esse assunto é BASTANTE COBRADO pelo CESPE! ATENÇÃO!
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 74 de 100
II Pela presunção de legitimidade dos atos administrativos, o recurso administrativo, como regra, tem efeito apenas devolutivo, ainda que possa o administrador, mesmo de ofício, conceder efeito suspensivo ao
ato.
Certo. Veja o que diz a Lei nº 9.784/99 quanto ao efeito do Recurso:
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. (Ou seja, a regra é o efeito apenas Devolutivo).
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta
reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. (Porém, em casos excepcionais – descritos acima – o administrador
realmente pode conceder efeito Suspensivo, inclusive de Ofício).
III O informalismo do processo administrativo permite que o recurso seja interposto de forma diversa da petição escrita, desde que ele seja
devidamente protocolado na repartição administrativa competente.
Errado. Veja o que diz a Lei nº 9.784/99 quanto ao efeito do Recurso:
Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma
determinada senão quando a lei expressamente a exigir. (De fato, vigora o informalismo no processo administrativo; mas, cuidado, desde que a lei
não seja expressa). E, neste caso, a lei é expressa ao determinar que os atos do processo
devem ser produzidos por escrito e isso também se aplica aos recursos, uma vez que, irá compor o processo:
§ 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.
E, ainda, no artigo 60, reforça que o recurso se dá por meio de requerimento:
Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o
recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar
os documentos que julgar convenientes.
Diante disso tudo, resta evidente que não há recursos orais. Todo recurso deve ser escrito. Ainda que admissível, por algumas das legislações, a entrega eletrônica. Mas não deixa de ser escrito.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 75 de 100
IV Na situação considerada, mesmo que o edital do concurso não o previsse expressamente, o servidor teria o direito de protocolar o recurso em razão do direito constitucional de petição.
Certo. O direito de petição, o direito ao contraditório e à ampla defesa é
de natureza constitucional. Qualquer legislação infraconstitucional que tente afastá-los será considerada inconstitucional. E, ainda que omissa,
serão aplicados como decorrência de mandamento maior: a CF/1988. Gabarito letra C.
8. (CESPE/TCE-MG/Analista de Controle Externo/Administração/2018 e mais 6
concursos) Vários estados da Federação enfrentavam problemas relacionados à
entrega de correspondências: o percentual de cartas não entregues havia
dobrado e, conforme o tipo de encomenda, os atrasos tinham quintuplicado. Em
razão disso, um deputado federal apresentou requerimento de convocação do
ministro das Comunicações para que este prestasse esclarecimentos sobre as
principais razões para essa crise dos serviços postais no Brasil. O pedido foi
aprovado pela maioria absoluta do plenário, e foi efetuada a convocação do
ministro.
Nessa situação hipotética, a Câmara Legislativa exerceu o controle
a) interno.
b) prévio.
c) administrativo.
d) parlamentar.
e) judicial.
COMENTÁRIOS:
Se o enunciado mencionou Câmara Legislativa e pediu qual o tipo de
controle por ela exercido, você já poderia associar a alternativa D –
controle Parlamentar.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 76 de 100
Mas vamos detalhá-la:
O comando da questão menciona que um deputado federal
apresentou requerimento de convocação de ministro e este foi aprovado pela
maioria absoluta do plenário.
Temos um exemplo de controle parlamentar, decorrente do art. 50, CF:
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas
Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de
órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando
crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
Gabarito letra D.
9.(CESPE/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Acerca do processo civil e
do controle dos atos judiciais, julgue o próximo item.
No que se refere ao princípio da separação dos poderes, o controle prévio do ato
administrativo é exclusivo da administração, cabendo ao Poder Judiciário
apreciar lesão ou ameaça de lesão somente após a efetiva entrada em vigor do
ato.
COMENTÁRIOS:
O Controle Prévio não é exclusivo da Administração; o Poder Judiciário
também é competente para exercer o controle prévio/ preventivo.
O controle Judicial, via de regra, atua de forma repressiva; todavia, nada
o impede de também atuar de forma preventiva, como é o caso de Mandado de Segurança Preventivo e de medidas cautelares. O controle preventivo significa que o tal poder atuará antes que o problema se
concretize. Gabarito Errado.
10. (CESPE/Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2013) Acerca do
controle da administração pública, julgue o item a seguir.
A competência do Senado Federal para fixar, por proposta do presidente da
República, limites globais para o montante da dívida consolidada do DF, é uma
das hipóteses de controle político exercido pelo Poder Legislativo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 77 de 100
COMENTÁRIOS:
Já vimos na aula que uma das hipóteses de controle político exercido pelo
Poder Legislativo é a atuação do Senado Federal; que, nesse caso, atua na
fixação, por proposta do presidente da República, dos limites globais para o
montante da dívida consolidada do DF. Gabarito Certo.
11. (CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/Controle Externo/2004)
Acerca do controle externo no Brasil, julgue os itens a seguir.
Considerando controle externo como aquele realizado por órgão não-pertencente
à estrutura do produtor do ato a ser controlado, é correto afirmar que, no Brasil,
o TCU não é o único componente do poder público encarregado daquela
modalidade de controle.
COMENTÁRIOS:
ENTENDIMENTO CESPE: O controle externo é realizado por
órgão que não integra a mesma estrutura organizacional do fiscalizado.
Exs: quando:
✓ o Congresso Nacional: julga as contas prestadas pelo Presidente
da República (inc. IX do art. 49 da CF/1988);
✓ um juiz anula um ato do Poder Executivo;
✓ o Ministério Público Federal atua no controle da atividade policial,
por exemplo, o faz como exemplo de controle externo.
Mas se lembre que apenas o controle exercido sobre a
Administração Pública pelo Poder Legislativo com o auxílio dos Tribunais
de Contas recebe da Constituição e de outras normas legais a
denominação de controle externo.
Gabarito Certo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 78 de 100
12. (CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/Controle Externo/Auditoria
Governamental/2007 e mais 8 concursos) Acerca dos sistemas de controle
externo e do controle externo no Brasil, julgue o item subseqüente.
A relevância do controle externo no Brasil não se restringe aos aspectos
concernentes à eficiente gestão das finanças ou à adequada gerência
administrativa do setor público. Envolve também o equilíbrio entre os poderes
na organização do Estado democrático de direito.
COMENTÁRIOS:
O Estado brasileiro é regido fundamentalmente por princípios democráticos, em
que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição.
Assim, a verificação do cumprimento do plano de governo para o qual foi eleito o
Presidente da República dá-se mediante avaliação e julgamento político do Parlamento, na medida em que é no Poder Legislativo que se encontram os
representantes do povo, com poderes para procederem a esse tipo de avaliação política.
Por isso, não há qualquer erro no quesito proposto pela organizadora.
O controle externo a cargo do Congresso Nacional sobre as contas do Presidente da República é aplicação direta do sistema de freios e contrapesos (check and balances).
Gabarito Certo.
13. (CESPE/TCE-MG/Analista de Controle Externo/Administração/2018 e mais 6
concursos) O sistema de controle interno, mantido de forma integrada pelos
Poderes da União, tem, entre suas finalidades, a atribuição de
a) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.
b) promover a consolidação das contas nacionais.
c) elaborar e executar a programação financeira da União.
d) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal
na administração direta e indireta.
e) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 79 de 100
COMENTÁRIOS:
a) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União. Esta é uma das atribuições do Sistema de Controle Interno:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
Gabarito letra A.
14. (CESPE/PGE PE/Analista Judiciário de Procuradoria/2019) À luz das normas
pertinentes à administração pública e com relação a atos e contratos
administrativos, serviços públicos, improbidade administrativa e intervenção do
Estado na propriedade, julgue o item seguinte.
A ocorrência da decadência gera a extinção de direito, o que, contudo, não
impede a administração pública de se manifestar a tempo e modo em processo
administrativo.
COMENTÁRIOS:
De fato, a decadência administrativa é a perda (extinção) do DIREITO.
Então, diante disso, a Administração perde o direito de exercer algum
ato ou ação. Ou seja, a IMPEDE SIM de se manifestar a tempo e modo
em processo administrativo.
Veja a Decadência Administrativa na Lei 9.784/99 (processo
administrativo federal):
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de
que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco
anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-
fé.
Gabarito Errado.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 80 de 100
(CESPE/TCE-PE/Analista de Controle Externo/Auditoria de Contas Públicas/2017)
Com relação aos conceitos, aos tipos e às formas de controle, julgue os itens a
seguir.
15. O controle interno é exercido pela administração pública sobre seus próprios
atos e sobre as atividades de seus órgãos e das entidades descentralizadas a ela
vinculadas.
COMENTÁRIOS:
Dica da Mari: ATENÇÃO as minhas anotações quanto
AO ENTENDIMENTO CESPE e À DOUTRINA que eu
mencionei durante a aula!
Vamos recordar?
Ainda nesse sentido, ENTENDIMENTO CESPE: Ambas as espécies de
controle Administrativo (Tutela e Autotutela) são do tipo controle INTERNO!
Esse é um daqueles temas cercados de divergências doutrinárias.
O problema é a classificação dada, pela doutrina, ao controle da Direta
sobre os atos praticados pela Administração Indireta. Ou seja, há divergências
entre as classificações doutrinárias para a Tutela!
Tome CUIDADO COM A DIVERGÊNCIA Doutrinária:
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro: Considera a Tutela administrativa como
controle Externo!
Gabarito Certo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 81 de 100
16. Em se tratando da avaliação da execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão
sistema de controle interno de forma integrada.
COMENTÁRIOS:
Essa foi moleza! Nada além do famigerado art. 74, CF, que você já sabe
decorado, (né)?
Gabarito Certo.
(Cespe/EBSERH/Tecnólogo em Gestão Pública/2018) Julgue os itens a seguir, a
respeito de controle externo e interno.
17. O controle externo, em razão do aparato jurídico que o cerca, é
hierarquicamente superior ao sistema de controle interno.
COMENTÁRIOS:
O controle externo, que é exercido por um ente não integrante da
estrutura organizacional do órgão fiscalizado (controle externo em
sentido amplo) não é superior ao controle interno, inclusive, já
comentamos muito sobre isso, o que existe entre eles é uma relação de
cooperação, complementação e de apoio, jamais de subordinação nem
de hierarquia! Gabarito Errado.
18. O controle interno da administração pública está relacionado à ação exercida
sobre si própria por parte da organização responsável pelo desempenho da
atividade controlada.
COMENTÁRIOS:
Quanto ao posicionamento do órgão controlador/ origem/ alcance/
extensão, o controle pode ser classificado como externo ou interno. O
interno é exercido por um órgão que pertence à estrutura da unidade
controlada. E de fato o próprio órgão vai ter uma unidade de controle
interno responsável por observar, efetuar ações preventivas, fiscalizar
as ações dele mesmo. Gabarito Certo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 82 de 100
(CESPE/TCE-PE/Analista de Controle Externo/Auditoria de Contas Públicas/2017)
No que se refere aos controles parlamentar, judicial e administrativo, julgue o
item que se segue
19. A competência do Congresso Nacional para sustar atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa configura hipótese de controle político.
COMENTÁRIOS:
Questão tranquila! Você já sabe que o controle político é aquele exercido
diretamente pelo Poder Legislativo, na esfera federal, pelo Congresso
Nacional (como também pela Câmara e pelo Senado de forma separada)
abrangendo:
tanto a sustação dos atos normativos que exorbitem do Poder Regulamentar do Poder Executivo ou dos limites da delegação legislativa (art. 49, V,
CF), quanto também o de fiscalizar os atos do Poder Executivo (art. 49, X), além da atuação das comissões parlamentares de inquérito (art. 58, § 3º,
CF).
Reveja as disposições constitucionais:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar
ou dos limites de delegação legislativa;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder
Executivo, incluídos os da administração indireta;
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e
temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo
regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das
respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em
conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros,
para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o
caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou
criminal dos infratores.
Gabarito Certo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 83 de 100
20. Compete privativamente à Câmara dos Deputados fiscalizar os atos de
gestão administrativa da administração direta e indireta.
COMENTÁRIOS:
Pessoal, vamos estudar sobre a diferença entre contas de gestão e contas de
governo em aulas posteriores; mas já adianto que mesmo sem saber os
conceitos propriamente ditos ainda, vocês já têm plenas condições de acertar
esta questão! Porque vocês já sabem que a fiscalização da gestão
administrativa não é competência privativa da Câmara dos Deputados; e
sim competência tanto do Congresso Nacional quanto dos Tribunais de
Contas.
Se ainda tiverem dúvidas, releiam o disposto na Constituição Federal:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
.................
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder
Executivo, incluídos os da administração indireta;
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa
a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de
Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município;
................
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 84 de 100
Aprofundando, só para não lhe restar sequer dúvida, veja também quais são, de fato, as competências privativas da
Câmara dos Deputados, também dispostas na CF/88:
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o
Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas
ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
III - elaborar seu regimento interno;
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias;
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
Gabarito Errado.
(CESPE/TCE-PE/Analista de Gestão/Julgamento/2017) A respeito de controle na
administração pública, julgue o item a seguir.
21. O controle externo é exercido pelo Poder Legislativo com auxílio dos
tribunais de contas.
COMENTÁRIOS:
Perceba como o CESPE cobra tanto o controle externo em sentido amplo (o qual já vimos em várias questões trazidas aqui) como também cobra o controle
externo em sentido estrito, sendo o caso desta questão, que nada mais é do que a própria redação do art. 71, caput, da CF.
Gabarito Certo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 85 de 100
22. O controle interno, ao qual compete a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária e operacional, bem como o apoio ao controle externo, não se
caracteriza como controle de mérito.
COMENTÁRIOS:
Mais uma vez, CESPE sendo CESPE!
Dica da Mari: Questão típica do CESPE – aquela QUASE certa,
quando um detalhe PROPOSITAL invalida TODA A QUESTÃO!
Releia junto comigo agora:
O controle interno, ao qual compete a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária e operacional, bem como o apoio ao controle externo, não se
caracteriza como controle de mérito.
Veja o que nos diz a CF/88:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de
receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo
sistema de controle interno de cada Poder.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
(...)
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência,
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado;
(...)
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
O controle interno tanto exerce a fiscalização FOCOP (por ora, guarde essa sigla)
quanto apoia a missão institucional do controle externo. Logo, a sentença está perfeita nestas partes. Entretanto, o controle interno também exerce o controle
de mérito – aquele que analisa a conveniência e a oportunidade do ato. (Classificação pela Natureza). Perceba pela leitura do inc. II que, além da legalidade, o controle interno avaliará os resultados dos programas
quanto à eficácia e à eficiência. Ou seja, o controle interno também tem competência para analisar o mérito administrativo (além da legalidade também).
APROFUNDANDO: Não se esqueça que o único que não exerce o controle de mérito é o controle judicial (Poder
Judiciário)! Gabarito Errado.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 86 de 100
(CESPE/TCE-PE/Analista de Gestão/Administração/2017) A respeito do conceito,
das formas, da classificação e da previsão normativa do controle na
administração pública brasileira, julgue o seguinte item.
23. Embora exerça controle de atos administrativos ao avaliar os limites da
discricionariedade sob os aspectos da legalidade, é vedado ao Poder Judiciário
exercer o controle de mérito de atos administrativos, pois este é privativo da
administração pública.
COMENTÁRIOS:
O que foi que eu disse nesta aula no tópico acerca de
controle judicial?
▪ É defeso/proibido/VEDADO o controle de
mérito* (Regra)!
À princípio, trate esta regra como verdade absoluta
nas questões.
As poucas relativizações, tanto por entendimento
doutrinário, quanto por entendimentos
jurisprudenciais, serão trazidas em aulas
posteriores, para que você nunca seja pego(a)
de surpresa! Se há questões recentes que vêm
relativizando este entendimento, eu preciso te
deixar a par de tudo. Lembre-se: O meu papel
aqui é tentar facilitar ao máximo a sua
aprovação e para isso, nosso curso será o
mais completo possível!
Portanto, gabarito Certo.
(CESPE/TCE-PE/Auditor de Controle Externo/Auditoria de Contas Públicas/2017 e
mais 1 concurso) A respeito das formas de controle interno e externo, julgue o
item seguinte.
24. O controle político exercido pelas comissões parlamentares de inquérito é
uma espécie de controle externo de competência do Poder Legislativo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 87 de 100
COMENTÁRIOS:
Quanto a classificação do Órgão ou Localização, o controle Legislativo
Parlamentar Direto, também conhecido como controle Político, é exercido
diretamente pelo Poder Legislativo, por meio de sua competência
Exclusiva. Dentre as ramificações do Poder Legislativo (já vimos em aula), há
as Comissões: Temporárias e Permanentes – inclusive a Comissão Mista de
Orçamentos (CMO) e outras, além da famosa CPI – Comissão Parlamentar de
Inquérito – com competências, dentre outras, de requerer a quebra do sigilo
bancário, fiscal e de dados (art. 58 §3º, CF).
Quanto ao posicionamento do órgão
controlador,/origem/alcance/extensão, o controle pode ser classificado
em externo ou interno. Dentre as ramificações do controle externo,
pode-se afirmar que o controle político é justamente o controle externo
em sentido estrito, aquele disposto expressamente na CF - é o exercido
pelo Poder Legislativo. Um exemplo é o caso das CPIs.
Lembra que eu te pedi para tomar cuidado com os
enunciados das questões? Enfim, eu trouxe novamente o
quadro para chamar a sua atenção!
Obs: não confunda as classificações!
Posicionamento do órgão controlador
≠
do órgão (propriamente dito).
Tome cuidado com os
enunciados das questões!
Gabarito Certo.
25. O controle interno pode, por orientação do órgão controlado, deixar de
avaliar a adequação dos atos da administração pública ao princípio da eficiência.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 88 de 100
COMENTÁRIOS:
CF/88:
“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;”
Portanto, é inadmissível o controle interno não ter a eficiência como um de seus critérios de avaliação.
Gabarito Errado.
26. (CESPE/TCE-RO/ Auditor de Controle Externo/Direito/2013) Em relação ao
controle externo e interno da administração pública, julgue o próximo item.
O controle interno somente pode ser exercido por iniciativa própria, enquanto o
controle externo pode ser exercido por iniciativa própria ou mediante
provocação.
COMENTÁRIOS:
O controle interno pode atuar tanto por iniciativa própria/ de ofício
QUANTO POR INICIATIVA VIA PROVOCAÇÃO. Quer um exemplo disso? É
o caso dos Recursos Administrativos.
O erro da questão está na palavra “somente”.
Gabarito Errado.
27. (CESPE/TCE-RN/Assessor Jurídico/Técnico Jurídico/2015 e mais 3 concursos)
Acerca das diretrizes legais e doutrinárias relativas aos tribunais de contas,
julgue o item a seguir.
Todas as competências dos tribunais de contas são compulsoriamente
compartilhadas com os demais órgãos integrantes do controle externo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 89 de 100
COMENTÁRIOS:
Já sabemos que o art. 71 da CF dispõe sobre competências PRIVATIVAS
do Tribunal de Contas da União (TCU), as quais se estendem APENAS
AOS DEMAIS TRIBUNAIS DE CONTAS (ESTADUAIS E MUNICIPAIS E DOS
MUNICÍPIOS), por força do princípio da simetria (que já comentamos a
respeito, porém, será mais detalhado em aula posterior).
Portanto, tais competências não são compartilhadas com outros órgãos de controle. Gabarito Errado.
28. (CESPE/ COGE CE/Auditor de Controle
Interno/Auditoria/Governamental/2019 e mais 4 concursos)
O controle e a auditoria governamentais, a depender da posição do órgão
controlador e da sua relação com o auditado, podem ser classificados como
internos ou externos. Nesse sentido, a Constituição Federal de 1988 elencou
como uma das competências dos sistemas de controle interno de cada poder
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União.
b) apreciar as contas prestadas anualmente pelo chefe do Poder Executivo,
mediante parecer prévio.
c) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade
de contas, as sanções previstas em lei.
d) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,
bens e valores públicos da administração direta e indireta.
e) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal,
a qualquer título, na administração direta e indireta.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 90 de 100
COMENTÁRIOS:
A essa altura do campeonato, você já decorou o art. 71 da CF que trata
sobre as finalidades do Sistema de Controle Interno.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União;
Gabarito Letra A: é a única que apresenta uma competência do controle
interno. Todas as demais alternativas dispõem sobre atribuições do controle
externo.
29. (CESPE/TCE-PE/Analista de Gestão/Administração/2017) A respeito do
conceito, das formas, da classificação e da previsão normativa do controle na
administração pública brasileira, julgue o seguinte item.
O controle exercido por ministério sobre empresa pública a ele vinculada
caracteriza-se como controle externo.
COMENTÁRIOS:
ANULADA!
Mari, então por que você trouxe esta questão?
Para te deixar preparado(a) para QUALQUER COISA e para
que você entenda já, DE UMA VEZ POR TODAS, porque eu
chamo TANTO A SUA ATENÇÃO para a banca CESPE!
Definitivamente, não é para amadores!
Reveja comigo a questão que você fez na bateria trazida: (detalhe –
ambas as questões compuseram a MESMA PROVA!)
(CESPE/TCE-PE/Analista de Controle Externo/Auditoria de Contas Públicas/2017)
Com relação aos conceitos, aos tipos e às formas de controle, julgue os itens a
seguir.
15. O controle interno é exercido pela administração pública sobre seus próprios
atos e sobre as atividades de seus órgãos e das entidades descentralizadas a ela
vinculadas.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 91 de 100
Gabarito Certo.
Comparou com a questão que foi ANULADA? Não?
Voltemos então a ela:
O controle exercido por ministério sobre empresa pública a ele
vinculada caracteriza-se como controle externo.
ANULADA, por divergência doutrinária! Isso é CESPE! Gabarito preliminar: Errado. Você já deveria saber o porquê, mas eu trouxe
novamente o ENTENDIMENTO CESPE: Tanto a Autotutela quanto a Tutela são consideradas controle INTERNO.
Dica da Mari: NÃO ESPERE POR ANULAÇÕES! NUNCA CONTE COM ISSO! ACERTE O MÁXIMO POSSÍVEL! Você vai se deparar com muitas questões
controversas nas suas provas, não brigue com a prova, seja mais esperto(a) do que ela! 01 questão já é o suficiente para te reprovar!
Recordando, mas não se acostume, não irei te recordar sempre!
Dica da Mari: ATENÇÃO as minhas anotações quanto
AO ENTENDIMENTO CESPE e À DOUTRINA que eu
mencionei durante a aula!
Vamos recordar?
ENTENDIMENTO CESPE: Ambas as espécies de
controle Administrativo (Tutela e Autotutela) são do tipo controle INTERNO!
Esse é um daqueles temas cercado de divergências
doutrinárias.
O problema é a classificação dada, pela doutrina, ao controle da Direta sobre os
atos praticados pela Administração Indireta. Ou seja, há divergências entre as
classificações doutrinárias para a Tutela!
Tome CUIDADO COM A DIVERGÊNCIA Doutrinária:
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro: Considera a Tutela administrativa como
controle Externo!
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 92 de 100
30. CESPE/TCE-MG/Analista de Controle Externo Administração/2018 e mais 6
concursos) Um agente público sem aprovação em concurso público foi nomeado,
mediante celebração de contrato de trabalho, para assumir um cargo em
emprego público efetivo, em razão de necessidade de excepcional interesse
público.
O referido ato de nomeação poderá ser
a) anulado, assim como revogados os atos vinculados, os que tenham exaurido
os seus efeitos e os que tenham gerado direitos subjetivos.
Errado. Os atos vinculados, exauridos e que gerem direitos subjetivos não podem ser revogados.
b) anulado, devendo o agente nomeado devolver a remuneração recebida pelo
trabalho efetivamente prestado.
Errado. O STF entende que não deve haver devolução da remuneração
recebida pelo trabalho efetivamente prestado, sob pena de enriquecimento ilícito da administração.
c) anulado pelo Poder Judiciário, que invalidará os atos praticados pelo
empregado no desempenho de suas atribuições funcionais.
Errado. Nem todos os atos praticados pelo empregado serão invalidados, visto que os atos praticados perante terceiros de boa-fé serão mantidos em decorrência da teoria da imputação e do princípio da
segurança jurídica. Teoria do Órgão ou da Imputação além de substituir as demais é a
adotada pelo atual sistema jurídico, pois segundo essa Teoria todo o poder do agente decorre de previsão legal, logo não precisa de instrumento próprio, pois a lei automaticamente dá poder ao agente
para manifestar a vontade do Estado, que por sua vez sempre o faz via agente.
d) revogado pelo Poder Judiciário, independentemente de provocação pelo
interessado, considerando-se o menosprezo à exigência de aprovação prévia em
concurso público.
Errado. Já sabemos que o Poder Judiciário não é competente para
revogar nem convalidar! Apenas anular! O referido poder poderia anular o ato, desde que provocado.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 93 de 100
e) anulado pela administração pública, de modo que os efeitos da anulação
retroajam às suas origens, invalidando-se as consequências passadas, presentes
e futuras do ato anulado.
Gabarito letra E. A administração pública em decorrência do princípio
da autotutela pode rever seus atos, anulando-os quando eivados de
ilegalidade. Adicionalmente, conforme mencionamos acima, os efeitos
da anulação retroajem às suas origens. Diante disso, invalida os efeitos
passados e presentes, bem como cancela os efeitos futuros.
Adicionalmente, vale ressaltar que a Administração Pública tem a
prerrogativa de anular os seus atos, quando eivados de ilegalidade, e a
anulação terá efeito ex-tunc, ou seja, seus efeitos retroagem.
31. (CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/Controle Externo/Auditoria
Governamental/2011 e mais 1 concurso) Julgue o item subsequente, relativo à
organização e ao funcionamento do TCU.
A supervisão exercida sobre as estatais, conforme estabelece o Decreto-lei n.o
200/1967, constitui abordagem do controle que visa, entre outros aspectos, a
garantia da autonomia administrativa, financeira e operacional dessas empresas,
razão por que o seu orçamento é submetido a outros órgãos do Poder Executivo,
e não ao Poder Legislativo.
COMENTÁRIOS:
A primeira parte da questão está correta “A supervisão exercida sobre as
estatais, conforme estabelece o Decreto-lei n.o 200/1967, constitui abordagem
do controle que visa, entre outros aspectos, a garantia da autonomia
administrativa, financeira e operacional dessas empresas,” já que se refere
justamente à supervisão ministerial, que nos termos do Decreto-Lei 200/67, visa
a assegurar, entre outros objetos, a autonomia administrativa, operacional e
financeira da entidade. O erro da questão está no final “razão por que o seu
orçamento é submetido a outros órgãos do Poder Executivo, e não ao Poder
Legislativo.” o que a torna errada!
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 94 de 100
Embora a proposta do orçamento das estatais seja feito por
Departamento do Poder Executivo, o orçamento de investimento das
estatais é parte do orçamento geral da União, então, deve ser remetido
ao Congresso Nacional – Poder Legislativo, para aprovação. Errado.
32. (CESPE/TC-DF/Analista de Administração Pública/Arquivologia/2014 e mais 7
concursos) No que se refere ao controle da administração pública, julgue o item
que se segue.
O Poder Legislativo exerce controle financeiro sobre o Poder Executivo, sobre o
Poder Judiciário e sobre a sua própria administração.
COMENTÁRIOS:
Uma das tarefas principais do Legislativo é o controle externo da Administração
Pública, assim entendido como o controle exercido de um poder sobre outro.
Nesse sentido, estabelece a Constituição Federal:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Perceba que a CF determina que o controle feito pelo Congresso Nacional incida sobre toda a Administração, o que envolve todos as instituições públicas, do
próprio Legislativo e dos demais Poderes. Gabarito Certo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 95 de 100
BATERIA APRESENTADA NA AULA (para fixação):
BATERIA CESPE
1. MOMENTO:
1. (CESPE/TCE-MG/Analista de Administração Pública/Direito/2018) Conforme a
classificação das formas de controle administrativo, ao realizar auditoria de
despesas efetuadas pelo Poder Executivo durante a execução do orçamento, o
tribunal de contas exerce controle:
a) externo e posterior.
b) interno e prévio.
c) interno e concomitante.
d) interno e posterior.
e) externo e concomitante.
2. (CESPE/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Com relação aos conceitos,
tipos e formas de controles da administração pública, julgue o item a seguir.
O controle pode ser classificado, quanto ao momento do seu exercício, em
prévio, simultâneo ou a posteriori. A exigência de laudos de impacto ambiental,
por exemplo, constitui uma forma de controle simultâneo.
2. NATUREZA/ASPECTO:
3. (Cespe/MPC TCE-PA/Analista Ministerial/2019) A forma de controle cuja
finalidade consiste na verificação da conformidade dos procedimentos
administrativos com as disposições normativas é denominada controle:
a) de mérito.
b) de legalidade.
c) de gestão.
d) prévio ou ex ante.
e) concomitante.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 96 de 100
4. (CESPE/TCM-BA/ Auditor Estadual/Controle Externo/2018 e mais 1 concurso)
O controle destinado a investigar a atividade administrativa bem como o
resultado alcançado pelo ato praticado de acordo com a conveniência e
oportunidade da administração é denominado controle:
a) administrativo.
b) legislativo.
c) de legalidade.
d) de mérito.
e) interno.
3.1 CONTROLE ADMINISTRATIVO:
5. (CESPE/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Com relação aos conceitos,
tipos e formas de controles da administração pública, julgue o item a seguir.
Na esfera federal, o controle administrativo é identificado com a supervisão
ministerial, que, no caso da administração indireta, caracteriza a tutela. A sua
autonomia, estabelecida nas próprias leis instituidoras, deve ser assegurada,
sem prejuízo da fiscalização na aplicação da receita pública e da atenção com a
eficiência e a eficácia no desempenho da administração.
6. (CESPE/TCDF/Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2013) Acerca
do controle da administração pública, julgue o item a seguir.
O controle administrativo é um controle de legalidade e de mérito, exercido
exclusivamente pelo Poder Executivo sobre suas próprias condutas.
7. (CESPE/TCE-MG/Analista de Controle Externo/ Administração/2018 e mais 6
concursos) No controle administrativo, o meio utilizado para se expressar
oposição a atos da administração que afetam direitos ou interesses legítimos do
interessado é denominado
a) recurso administrativo.
b) representação.
c) fiscalização hierárquica.
d) pedido de reconsideração.
e) reclamação.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 97 de 100
8. (CESPE/TCDF/Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2013) Em
relação à prescrição administrativa e ao processo de investigação e julgamento
de contas, julgue o item subsequente.
Caso deseje o reexame de decisão relativa a determinado ato administrativo
pela mesma autoridade que a emanou, o interessado deverá realizar um pedido
de reconsideração. Se a autoridade à qual o interessado se dirigir não ocupar
cargo na hierarquia do órgão que emitiu o ato, o recurso interposto será um
recurso hierárquico impróprio.
3.2. CONTROLE LEGISLATIVO/PARLAMENTAR DIRETO E INDIRETO:
9. (CESPE/TCM-BA/Auditor Estadual Controle Externo/2018 e mais 1 concurso)
O exercício direto do controle parlamentar pode ser exercido:
a) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU).
b) pelo Poder Judiciário, com a autorização do Senado.
c) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Ministério Público.
d) pelo Poder Judiciário, com o apoio da Controladoria Geral da República.
e) pelos próprios órgãos do Congresso Nacional, a exemplo das comissões
parlamentares.
10. (CESPE/TCE-PE/ Analista de Gestão/Administração/2017) A respeito do
conceito, das formas, da classificação e da previsão normativa do controle na
administração pública brasileira, julgue o seguinte item.
Controle externo é uma espécie de controle parlamentar ou legislativo, assim
como a instauração de comissões parlamentares de inquérito e a aprovação de
emendas constitucionais sem necessidade de sanção presidencial.
11. (CESPE/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Com relação aos conceitos, tipos e formas de controles da administração pública, julgue o item a
seguir.
O controle legislativo é tanto político quanto financeiro. O controle financeiro, no
âmbito parlamentar, é exercido por meio de suas casas e respectivas comissões.
Há comissões permanentes e temporárias, entre as quais as CPIs. No caso do
DF, cabe precipuamente à Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da
Câmara Legislativa (CLDF) fiscalizar a execução orçamentária e financeira.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 98 de 100
INDIRETO:
12. (CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/Controle Externo/2005 e
mais 2 concursos) Considerando que a Agência Nacional de Telecomunicações
(ANATEL) é uma autarquia federal, julgue o item a seguir.
Ato administrativo que nomeie um cidadão brasileiro para cargo comissionado
lotado na ANATEL tem como requisito essencial de validade a sua aprovação
pelo TCU.
3.3. CONTROLE JUDICIAL:
13. (CESPE/TCU/Auditor do Tribunal de Contas da União) Em matéria de controle da administração pública, julgue o item seguinte.
A possibilidade de o Poder Judiciário anular ou revogar atos administrativos pode
ser considerada modalidade de controle externo.
14. (CESPE/TC-DF/Analista de Administração Pública/2014 e mais 7 concursos)
No que se refere ao controle da administração pública, julgue o item que se
segue.
O controle judicial dos atos da administração ocorre depois que eles são
produzidos e ingressam no mundo jurídico, não existindo margem, no
ordenamento jurídico brasileiro, para que tal controle se dê a priori.
15. (CESPE/TCE-PE/Auditoria de Contas Públicas/2017) No que se refere aos
controles parlamentar, judicial e administrativo, julgue o item que se segue
Atos políticos que causem lesão a direitos individuais ou coletivos estão sujeitos
ao controle judicial.
4. CONTROLE INTERNO, EXTERNO E POPULAR:
16. (CESPE/TCU/Auditor do Tribunal de Contas da União) Quanto ao controle dos
atos administrativos, na órbita federal, julgue o item seguinte.
Pode caracterizar-se a atuação do Ministério Público Federal na fiscalização dos
atos administrativos como a de órgão de controle externo.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 99 de 100
17. (CESPE/TCE-PE/Analista de Gestão/Administração/2017) A respeito do
conceito, das formas, da classificação e da previsão normativa do controle na
administração pública brasileira, julgue o seguinte item.
Conforme a Constituição Federal de 1988, o sistema de controle interno de cada
Poder deve apoiar o controle externo no exercício de sua função, razão por que o
controle interno é subordinado ao controle externo.
5. AMPLITUDE/ÂMBITO:
18. (CESPE/TCE-PE/Analista de Gestão/Julgamento/2017) No que se refere ao
controle administrativo, julgue o item que se segue.
A fiscalização hierárquica poderá ser realizada a qualquer tempo, desde que haja
provocação da administração ou de órgão a ela vinculado.
6. INICIATIVA:
19. (CESPE/TCE-PE/Analista de Gestão/Julgamento/2017) No que se refere ao
controle administrativo, julgue o item que se segue.
O controle exercido pela administração sobre seus próprios atos pode ser
realizado de ofício quando a autoridade competente constatar ilegalidade.
Controle Externo Curso Regular p/ Tribunais de Contas
Profª. Mariane Patriota – Aula 00
Profª. Mariane Patriota www.3dconcursos.com.br 100 de 100
Gabarito da NOVA BATERIA de questões comentadas Cespe:
1-B 2-A 3-B 4-C 5-E
6-C 7-C 8-D 9-Errado 10- Certo
11-Certo 12-Certo 13-A 14-Errado 15-Certo
16-Certo 17-Errado 18-Certo 19-Certo 20-Errado
21-Certo 22-Errado 23-Certo 24-Certo 25-Errado
26-Errado 27-Errado 28-A 29-ANULADA 30-E
31- Errado 32-Certo
Gabarito da bateria apresentada na aula (p/ fixação):
1-E 2-Errado 3-B 4-D 5-Certo
6-Errado 7-E 8-Certo 9-E 10- Errado
11-Certo 12-Errado 13-Errado 14-Errado 15-Certo
16-Certo 17-Errado 18-Errado 19-Certo
Pessoal, o prazer foi meu. Espero de verdade que
tenham gostado. Até a nossa próxima aula!
Profª. Mariane Patriota.
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida
a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.
Grupos de rateio e pirataria são ilegais e prejudicam os professores
que elaboram os cursos. Valorize nosso trabalho e adquira nossos cursos
apenas pelo site do 3D CONCURSOS!