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o corpo e suas representações na arte
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O corpo na história da arte
COMO NOS TORNAMOS O QUE SOMOS?COMO PASSAMOS A PENSAR DO MODO COMO PENSAMOS?...os discursos disciplinadores constroem uma idéia de natural, que deve ser desnaturalizada.“...examinar o modo como produzimos a nós mesmos e aos outros implica prestar atenção ao modo como se entrelaçam histórias, discursos, imagens em diferentes artefatos culturais” Iara Bonim palestra em 17 junho de 2010- XV fórum de estágios Artes-ULBRA
... a beleza, suas modas e seus modos, muda sem parar, pois ela não é fixa, mas sim se fixa no corpo dos indivíduos, que incorporam novos padrões estéticos de apresentação de si. Sempre existiu, em todas as sociedades humanas, uma preferência para o artificial, o construído, o antinatural, o moldado, o ajustado aos critérios do momento, porque é assim justamente que a cultura toma posse do corpo. Stéphane Malysse. Revista Trip 184
QUE CORPO É ESSE? “EM PRIMEIRO LUGAR É CULTURAL. O CORPO PODE SER BELO( noção que muda), CORPO ÉTNICO, CORPO MÁQUINA, CORPO PRODUTIVO ( operários do Realismo socialista), CORPO DISCIPLINADO( militar) ou o CORPO adaptado ao CAPITALISMO COGNITIVO, no qual se abre mão voluntariamente, do tempo livre, para ser mais produtivo, e com isso, ao mesmo tempo, transfere-se toda responsabilidade do sucesso ou do fracasso, para o indivíduo.” Iara Bonim -palestra em 17 junho de 2010- XV fórum de estágios Artes-ULBRA
Caverna das Mãos- Patagônia- Há 11500 anoshttp://www.brasilescola.com/historiag/pre-historia-da-america.htm em 28/12/2010
O desejo do ser humano se representar é muito mais arcaico. Podemos tomar como exemplo as marcas de mãos em cavernas no paleolítico, ou mesmo as “vênus”. Tal desejo atravessa toda história da arte, e ultrapassa os próprios limites da Arte. Hoje a representação do corpo não é apenas externa. O próprio corpo é também representação.
Vênus de Willendorf
Vênus de Lespugne NeolíticoMuseu do Homem Paris
Na arte egípcia, o uso de um cânone permitiu a permanência de um modelo de representação de figura humana, talvez fazendo eco a rigidez da estrutura social e ao desejo de imortalidade presente nesta cultura.
Cera s/ madeira.
33 x17.2 cm.Museu Británico, Londres.
RETRATOS DE FAYUN
Foram realizados no Egito durante o periodo romano. Note-se um maior naturalismo, diferente dos cânones egípcios. Estas retratos adornavam as casas de seus donos. Com a mortes dos mesmos, eram colocados sobre o sarcófago, no qual eram sepultados, a maneira de uma máscara. Cera s/ madeira. Museu
Arqueológico de Florencia.
http://cv.uoc.edu/~04_999_01_u07/percepcions/perc3a.html
La necesidad de satisfacer estas exigencias doctrinarias impulsó al desarrollo de una estatutaria con características muy especiales. El realismo fue la respuesta al problema de reproducir al difunto; era necesario que este doble material del muerto fuera lo suficiente parecido a su modelo, para que el ka lo aceptara como alternativa del cuerpo momificado. El artista reproduce entonces acertadamente las características de la raza en la conformación del cráneo, en la silueta nasal o en la delineación del ojo; pero afirma más rotundamente ese realismo al captar rasgos que personalizan la figura. Por ser la cabeza la parte más significativa del cuerpo y por lo tanto la llamada a marcar las diferencias singulares entre un individuo y otro, obraron como si el cuerpo fuera un simple soporte de aquélla. En el rostro centraron toda la atención y esfuerzo, destacando lo más expresivo: la nariz, el mentón y, especialmente, los ojos, que para mayor efecto eran realzados mediante incrustaciones de piedras, cristal y cobre.
Aunque los escribas no formaban parte de las altas dignidades palaciegas y administrativas, el funcionario perpetuado en esta estatua había alcanzado una posición de respecto en la burocracia estatal y el favor del faraón, que extendió hasta él el derecho a la vida futura.
Compare a escultura egípcia do FARAÓ MIKERINOS ( acima) com o KOUROS ANAVISOS ( grego).
A escultura egípcia influenciará, inicialmente a escultura grega, a qual desenvolverá técnicas que permitirão aproximar-se cada vez mais do naturalismo, até a sua superação.
Kouros anavissos Kritios Boy Acropolis Museum, Athenas
Warrior, bronze from the sea off Riace, Italy, c.460 Museu Arqueológico Nacional Reggio Calabria, Italia
http://www.mlahanas.de/Greeks/Arts/RiaceWarrior.htm
O termo AUTORRETRATO surgiu no século XIX. Antes utilizava-se “retrato de artista” ou “ imagem de artista” Ernst Van Wetering (PROCOPIACK, p14)O Autorretrato é uma forma de experimentar a pintura de rosto humano, sem um modelo externo, sem que ninguém mande nada. Mistura-se o pintor e seu modelo diante de um espelho.
Julián Gállego, conforme Lasso, distingue três grandes espécies de autorretratos no contexto europeo:a) quando o artista se introduz dentro de uma cena civil ou sacra,b) quando o artista, só ou acompanhado, retrata-se com os utensilios ou símbolos de seu ofício, destacando um certo prestígio social derivado de sua atividade.c) quando o artista simplesmente se retrata.
Neste detalhe do julgamento final (1303-5) encontramos o autorretrato de GIOTTO, na Capela Arena, em Pádua Itália. http://www.junglekey.fr/search.php?query=Giotto_di_Bondone&strictlang=1&lang=fr®ion=fr&adv=1&img=1&type=image
RENASCIMENTO
O DESENHO
A TINTA À ÓLEO
O ESTATUTO DO ARTISTA
A AFIRMAÇÃO DE UM NOVO MODELO DE SOCIEDADE
PIERO DELLA FRANCESCA, proiezioni di una testa scorciata dal de prospectiva pingendi, ante 1482, milano, biblioteca ambrosiana
Albrecht Dürer, Autorretrato aos 13, 1484. Ponta seca sobre papel, 27.5 x19.6 cm. Coleção Gráfica Albertina, Viena
Autorretrato aos 22, 1493. Óleo sobre tela, 57 x 45 cm Museu do Louvre, Paris
Autorretrato aos 26, 1498. Óleo sobre madeira, 52 x 41 cm. Museu do Prado, Madrid
Autorretrato aos 28 , 1500. Óleo sobre madeira, 67.1 x 48.7 cm. Pinacoteca Antigua, Munich
LEONARDO DA VINCI 1488-89
LEONARDO DA VINCI Estudos 1489
1509-10 s/d
LEONARDO DA VINCI
Lillian F. Schwartz trabalha com arte digital e criou o “Mona Leo(1986)”, no qual mistura a Mona Lisa com o auto-retrato de Leonardo. Em meio as especulações sobre a identidade da Mona Lisa, uma a indicaria como um autorretrato de Leonardo.
MICHELANGELO Estudo para o Adão da Capela Sistina,1510. Museu Britânico, Londres.
Capela Sistina 1508-1512
Capela Sistina O juízo final
Autorretrato de Michelangelo como São Bartolomeu esfolado vivo.
BARROCO REMBRANDT (1606-1669) Lição de anatomia do Dr. Nicolaes Tulp 1632, 1,695 x 2,165 m., Óleo s/t, Mauritshuis, The Hague.
REMBRANDT (1606-1669)
BARROCO
RUBENS as três graças 16380,87 X 1,236 m. Óleo sobre tela, Museu do Prado, Madrid. A mulher a direita era Helena Fourment, segunda esposa do artista.http://www.spanisharts.com
NEOCLÁSSICO JACQUES LOUIS DAVID(1748-1825) Patroclus, óleo s/t, Coleção particular.
NEOCLÁSSICO ou ROMANTICO?
J. AUGUSTE-DOMINIQUE INGRES (1780-1867) A grande Odalisca, 1814, óleo s/t, 91 x 162 cm, Museu do Louvre, París.
La Maja Desnuda. 1797/ 98.97 X 190 cm.Museu do Prado, Madrid
La Maja Vestida1797-98.
95 X 190 cm.Museu do Prado,
Madrid
FRANCISCO JOSÉ DE GOYA (1746 – 1828)ROMANTISMO
ÉDOUARD MANET Olympia 1863 óleo s/ tela 130 x 190 cm Musée d’Orsay Paris
TIZIANO Vênus de Urbino 1538
O NÚ FUNDADOR DA MODERNIDADE
Cabanel- o nascimento da vênus 1863
Pablo PICASSO com a demoiselles davignon, cria o Cubismo em 1907, e com ele a representação de um corpo fragmentado e aberto a colagens.
DO AUTO-RETRATO ÀS REPRESENTAÇÕES DO CORPO
DUPLO: O ESPELHO QUEBRADO OU O ESPELHO DE ALICE
Michelangelo Merisi CARAVAGIO
Narciso 1594-96 110x92cm óleo s/ tela Galleria Nazionale d’Arte Antica- Roma
“O espelho não tem por funçãoconfirmar os dados que adquirimos acerca do nosso corpo; ele reativa ao contrário anossa imaginação.”A tirania do espelhoem O corpo como objeto de arte de Henri-Pierre Jeudy
MARCEL DUCHAMPO Grande Vidro- A Noiva Posta a Nu pelos Seus Celibatários, Mesmo
AUTO-REFERÊNCIA NO MODERNISMOCompare como os autorretratos de ISMAEL NÉRY se diferenciam dos outros artistas do Modernismo no Brasil. Além das imagens aparecerem fundidas, ou duplicadas, ele introduz elementos relacionados a sua história de vida e cores que não correspondem às preocupações com uma “idéia de Brasil.”
ISMAEL NÉRY figura1927
O CORPO E A SOCIEDADEDE CONSUMO
RICHARD HAMILTONO que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?" 1956
O POP
Notar a presença de imagens advindas de outras mídias, além dos recortes, fotografias e repetições
ANDY WARHOL
GILBERT & GEORGE gink 2005 fotografia
Auto-retrato e co-autoria
JEFF KOONS- Dirty - Jeff on Top, 1991 - (série Made in Heaven)Plástico 140 x 180 x 280 cm
Narrativas porno-plásticas hiper-realistas superficiais
DOR
MICHELANGELO MERISI CARAVAGIO
Davi e GoliasA cabeça do gigante é um autorretratode Caravaggio. Artista do barroco italiano morto em 1610, aos 39 anos. Os restos do artista foram encontrados entre 200 esqueletos sepultados em uma igreja da cidadela toscana de Porto Ercole.
VAN GOGH (1853-1890)Auto-retrato com orelha cortada 1889Instituto Courtauld de ArteLondres
JEAN MICHAEL BASQUIAT(1960-1988)
FRIDA KAHLOAs duas Fridas
A roupa como duplo, ou segunda pele.
NAZARETH PACHECO
O OUTRO LADO DO ESPELHO: o sonho
a máscaraa ficção
a loucura
MARCEL DUCHAMPEtant Donnés
FRIDA KAHLO imagens do seu diário- “Ojo Único' se casou com a belíssima 'Neferísis' (a imensamente sábia) em um mês calorento e vital... E deles nasceu um filho de rosto estranho que se chamou 'Neferúnico', que foi o fundador da cidade comumente chamada 'Lokura'.
FRIDA KAHLOImagens do seu diário
TUNGA Semeando sereias 1987
O SONHO COMO FICÇÃO OU NARRATIVA SEM CONTROLE
TUNGA Xifópagas capilares entre nós 1985
PEDAÇOSPEDAÇOS: as coleções como tentativas de reorganizar osfragmentos do(S) eu(S)
FARNESE DE ANDRADE
FARNESE DE ANDRADE
DAVID HOCKNEYMother I, Yorkshire Moors, Agosto, 1985Fotografia e collage 47 x 33 cmCollection David Hockney
VIK MUNIZ
ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO
ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO
CORPO EM AÇÃO personas e performance: vontade de ser outro...
(...) toda atividade humana que ocorre durante um período marcado pela presença contínua de um ou mais indivíduos diante de um conjunto particular de observadores e que sobre estes exerça alguma influência. (Goffmann)De acordo com essa definição, um sujeito pode estar envolvido em uma performance sem estar ciente disso. O TRANSE (Núcleo Transdisciplinar de Estudos sobre a Performance, Universidade de Brasília), tem utilizado pelo menos três concepções de performance em suas realizações: primeiro, esta é situada como uma linguagem artística; segundo, ela é designada como uma manifestação cultural; e terceiro, explora-se a idéia da performance na vida cotidiana.O Campo da Performance. João Gabriel L. C. Teixeirahttp://incubadora.fapesp.br/sites/opuscorpus/portugues/menu.html“Cometemos, e cometi durante muitos anos, o erro fundamental de só considerar que há técnica quando há instrumento. (...) mas consideremos” técnica como um ato tradicional eficaz” (...) É preciso que seja tradicional e eficaz. Não há técnica e tampouco transmissão se não há tradição. É nisso que o homem se distingue sobretudo dos animais: pela transmissão de suas Técnicas.(...) devemos lidar com técnicas corporais. O corpo é o primeiro e o mais natural instrumento do homem. (...)o primeiro e mais natural objeto técnico, e ao mesmo tempo meio técnico do homem é seu corpo. “Noção de técnica corporal. Marcel Mauss Les techniques du corps in Sociologie et Anthropologie, PUF, Paris, 1950http://incubadora.fapesp.br/sites/opuscorpus/portugues/menu.html
Ana Mendietas/t (Facial Hair Transplants), 1972.
Marcel Duchamp Rose Selavy, 1920.
Andy Warhol.
CINDY SHERMANN
CINDY SHERMANN
ORLAN & PIERRE ZOVILLE– imagens e vídeo interativo inspirado nas modificações corporais feitas pelas culturas Maia e Olmeca 1998 Museu Carillo Gil- México
ORLAN
ANA MENDIETA- glass on body imprints 1972
ANA MENDIETA silueta series
MARINA ABRAMOVIC
MARINA ABRAMOVIC
STELARC
STELARC
Apesar da centralidade do corpo na cultura, existe um paradoxo: o corpo hoje tende, cada vez mais a ser desnaturalizado, na direção do desejo de se dominar a condição carnal. Assim à pureza digital ou cirúrgica corresponde a uma espécie de eugenia, ou da rejeição da materialidade orgânica e, também do inevitável, sua velhice.
“ As extrações e os transplantes de órgãos, as mudanças hormonais e cirúrgicas de sexo, as manipulações genéticas, o morphing, a informática, etc. modificam radicalmente os desafios e o contexto da body art. Se o corpo dos anos 60 encarnava a verdade do sujeito, seu ser no mundo, hoje ele não passa de um artifício submetido ao design permanente da medicina ou da informática. Tornou-se autônomo com relação ao sujeito, ciborguizado, etc. Em outros tempos suporte da identidade pessoal, seu status hoje é muitas vezes o de um acessório. Diferentemente da primeira fase da body art, na época da Internet e das viagens espaciais, os artistas pós-modernos ou pós-humanos consideram insuportável possuir o mesmo corpo que o homen da idade da pedra. Pretendem alçar o corpo à altura da tecnologia de ponta e submetê-lo a uma vontade de domínio integral, percebendo-o como uma série de peças destacáveis e hibridáveis à máquina. O corpo é o centro do trabalho de Orlan há muito tempo. Num primeiro tempo, ela expõe seus humores orgânicos e usa o obsceno.Transforma o lençol dado por sua mãe para o enxoval de casamento em cama de seus muitos amores que o maculam, nele imprimindo os vestígios do desejo; ela os compila com marcadores, lápis, bordados etc. Em seguida expõe esse recalcado do corpo erigindo a intimidade em local de publicidade. As manchas de esperma de seus amantes, às vezes misturadas com o sangue de sua menstruação, formam a trama da obra. O corpo é material; se é templo , é apenas para profanação. (… )Adeus ao corpo” por David LeBreton. L´adieu au corps, Métailié, 1999.http://incubadora.fapesp.br/sites/opuscorpus/portugues/menu.html
VIK MUNIZ valentine the sugar children series 1996Em “Crianças do Açúcar”, Muniz fotografou os filhos dos operários que trabalhavam em uma plantação de açúcar em St. Kitts. Depois, em Nova York, ele copiou os instantâneos das crianças fotografando diferentes tipos de açúcar sobre papel preto.
Hand II, 2008230 x 184 cm, crayon on paper
ANJA SCHREY Hockende II, 2005, crayon on paper, 240 x 360cm
LUCIAN FREUD Painters Mother’s
LUCIAN FREUD
Gil Vicente
O QUE É REAL?
Museu de Arte de Chicago, busto de 3 mil, esculpido entre 1550 aC e 1050 aC
http://3.bp.blogspot.com/_vzOUjaOAYhM/RcUsYgFxJmI/AAAAAAAAADI/ETz8NcKZxmk/s320/heman_f.jpg
“Um homem se propõe a tarefa de desenhar o mundo. Ao longo das anos, povoa o espaço com imagens de províncias, de reinos, de montanhas, de instrumentos, de astros, de cavalos e de pessoas.Pouco antes de morrer, descobre que este paciente labirinto de linhas traça a imagem de seu rosto”. Jorge Luis BorgesEm NARRATIVAS DO EU- CONFISSÕES NA ARTE CONTEMPORÂNEA: O CORPO COMO
DIÁRIO. Tese de doutorado de Marlen Batista de Martino (UFRGS)
BIBLIOGRAFIAARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.BECKETT, Wendy. História da Pintura. São Paulo: Ática, 1997WALTHER, Ingo F. (org.). Obras primas da pintura ocidental. Lisboa: Taschen, 2002.PROCOPIAK, Ana Lúcia. Transgressões femininas. Ed. Plus, 2009.BBC - How the art made the world- Dr Nigel Spivey. Programa 1- mais humano que o humano.
SITES
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3182http://incubadora.fapesp.br/sites/opuscorpus/portugues/menu.htmlhttp://www.orlan.net/www.accd.edu/.../arthistory/arts1303/Greek15.jpghttp://www.drawingsofleonardo.org/http://www.kentwilliams.com/www.anjaschrey.de/ http://www.youtube.com/watch?v=go0feRWIz90&feature=player_embedded