Creche Inacabada

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  • MINISTRIO PBLICO FEDERALMINISTRIO PBLICO FEDERALPPROCURADORIAROCURADORIA DADA R REPBLICAEPBLICA EMEM S SOUSAOUSA PB PB

    EXCELENTSSIMO DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONALFEDERAL DA 5 REGIO

    Autos n 0800030-67.2014.4.05.8202(Ao Civil Pblica por Ato de Improbidade Administrativa)

    Agravante: MINISTRIO PBLICO FEDERAL;Agravados: FBIO TYRONE BRAGA DE OLIVEIRA;

    JOSEFA NEUMIRA DE ABRANTES SARMENTO;DALTON CSAR PEREIRA DE OLIVEIRA; MANOEL EMDIO DE SOUSA NETO; JACKSON BESERRA DE LIMA; e CANTEIRO CONSTRUO CIVIL LTDA

    O MINISTRIO PBLICO FEDERAL, por intermdio do rgo de execuooficiante na Procuradoria da Repblica em Sousa PB, no uso de suas atribuiesconstitucionais e legais, inscritas, respectivamente, nos arts. 127 e 129, inciso I, daConstituio da Repblica, e com supedneo no art. 522 e ss. do Cdigo de Processo Civil,vem apresentar

    AGRAVO DE INSTRUMENTOAGRAVO DE INSTRUMENTOcom Pedido Liminarcom Pedido Liminar

    contra a deciso interlocutria proferida em 11/06/2015 (id.4058202.487196), pelas razes de fato e de direito a seguir expostas.

    R. Francisco Vieira da Costa, s/n, Bairro Maria Raquel Gadelha, Sousa/PB CEP: 58804-725(83) 3522-3977 / 3522-3302 www.prpb.mpf.mp.br

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    1. Da Deciso Impugnada1. Da Deciso Impugnada

    Trata-se de deciso interlocutria proferida pelo magistrado da 8 Vara Federalda Seo Judiciria da Paraba (id. 1058202.487196), que indeferiu o pedido de concessode medida cautelar de indisponibilidade dos bens dos demandados, sob o entendimento deque tal liminar demanda o preenchimento dos requisitos inerentes s medidas cautelares,especialmente o fumus boni iuris (ausncia de plausibilidade jurdica da pretenso).

    Nesse sentido, registrou a deciso em testilha a ausncia de qualquer documentojuntado pelo MPF que pudesse corroborar com o pedido formulado, nos seguintes termos:

    () registre-se que no procedimento no foi juntado qualquerdocumento que ateste prejuzo ao errio, uma vez que somente constaa pea do MPF em que formulou o pedido, mas no h juntada dedocumentos que atesta o requerido, o que impossibilita a aferio poresse juzo dos requisitos da medida cautelar. Desse modo, indefiro,por ora, a medida cautelar pleiteada.

    Todavia, a deciso impugnada merece reforma, pois foi juntado no protocolofsico da 8 Vara Federal os autos completos que embasa a manifestao do Parquet,conforme documento comprobatrio em anexo. Frise-se, nesse aspecto, a violao aoprincpio do venire contra factum proprium de modo que a deciso combatida foicontraditria, porquanto ao tempo que indeferiu o pleito ministerial por ausncia da juntadade documentos, a mesma deciso constou em seu ltimo pargrafo (antes da determinaoda intimao das partes) o deferimento para realizao da juntada dessa documentao noprotocolo fsico da 8 Vara Federal, vejamos:

    Diante do exposto determino:

    () f) o recebimento, nos termos do art. 11, 5 da Lei n 11.419/08,dos autos completos do Inqurito Civil que embasa amanifestao do Ministrio Pblico Federal, no protocolo fsicoda 8 Vara Federal;

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    Mister destacar, nos termos do artigo 11, 5 da Lei n. 11.419/08, o MinistrioPblico Federal protocolo requerimento de juntada de 16 mdias digitais (DVD) contendocpias integrais relativas ao Inqurito Civil n. 1.24.002.000205/2013-19 digitalizado, sendo02 mdias para uso da Justia Federal e 14 mdias, sendo uma para cada ru. Isso porque, emrazo do volume dos autos (4,64 Gigabytes, consistente em diversos documentos digitais, aexemplo de fotografias, vdeos de audincias ministeriais e documentos digitalizados). Dessemodo, seria necessrio fracionar os arquivos digitais em milhares de pequenos arquivos,pois o volume gravado na mdia digital supera em muito o limite de upload de documentosvia Pje (2,0 Megabytes).

    2. Da Tempestividade2. Da Tempestividade

    A intimao da Procuradoria da Repblica1 se deu no dia 25 de junho de 2015, de acordocom a certido de id. 4058.202.520880. Considerando o prazo de vinte dias2, o termoocorrer em 15 de junho de 2015 (quarta-feira). Interposto o recurso na presente data,demostrada est sua tempestividade.

    3. Do Mrito3. Do Mrito

    3.3.11 DDos Atos de Improbidade Administrativaos Atos de Improbidade Administrativa

    Em 2011, o Municpio de Sousa e o Ministrio da Educao, atravs do FundoNacional de Desenvolvimento da Educao FNDE, firmaram o Termo de CompromissoPAC 2 n. 00125/2011 (fls. 256/257) para a construo de uma Escola Infantil ProinfnciaTipo C Escola de Educao Infantil, no mbito do Programa Nacional de Reestruturao eAquisio de Equipamentos para a Rede Escolar Pblica de Educao Infantil Proinfncia, naAvenida Joo Moreira, bairro Angelim, onde funcionaria a E.M.E.F. Batista Gambarra. Paratanto, foi liberado um valor de R$ 615.488,83 na CC n. 33.760-9, Ag. 759-5, do Banco doBrasil, conforme extratos de fls. 36/94, anexo I.

    Em 01 de sembro de 2011, o ento Prefeito de Sousa, Fbio Tyrone Braga deOliveira, atendendo a solicitao de sua Secretria de Educao, Josefa Neumira de

    1Art. 18, II, h, da Lei Orgnica do Ministrio Pblico da Unio (Lei Complementar n 75, de 20/05/1993).

    2Art. 522 (Das decises interlocutrias caber agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quandose tratar de deciso suscetvel de causar parte leso grave e de difcil reparao, bem como nos casos deinadmisso da apelao e nos relativos aos efeitos em que a apelao recebida, quando ser admitida a suainterposio por instrumento) c/c art. 188 (Computar-se- em qudruplo o prazo para contestar e em dobropara recorrer quando a parte for a Fazenda Pblica ou o Ministrio Pblico), ambos do CPC.

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    Abrantes Sarmento, autorizou a realizao de procedimento licitatrio para escolha deempresa que executaria a obra, deflagrando a Tomada de Preos n. 05/2011 (mdia de fl.96 e fls. 181/226)3.

    Conforme edital, assinado apenas pelo Presidente da Comisso Permanente deLicitao, Jackson Beserra de Lima, e publicado em 16 de setembro de 2011, a TP n.05/2011 teria por objeto a construo de uma Escola de Educao Infantil ProinfnciaTipo C, afirmando que os projetos se encontravam nos anexos daquele edital (fl. 31, nonumerada, constante da mdia de fl. 964).

    O anexo III5 continha as plantas da obra licitada, que foram consultadas nasede da Prefeitura pelo Procurador da Repblica subscritor, em vistoria ministerialdocumentada s fls. 181/182. A mdia constante de fl. 241 contm as fotografias de partedas plantas, destacando que todas pertencem ao projeto do FNDE para cheches do Tipo B.

    Como de fcil inteleco, tais projetos so completamente diversos, sendoaquele do Tipo C orado em aproximadamente seiscentos e cinquenta mil reais e o do TipoB, em mais de um milho de reais, naquele ano de 20126. Dos projetos de fls. 14/21, anexo II,depreende-se que a rea do Tipo B duas vezes superior quela do Tipo C, tornando ambosos projetos inconfundveis, em decorrncia de um ser praticamente o dobro do tamanhodo outro 7.

    Ainda assim, o Presidente da CPL sequer conferiu os projetos existentes noanexo III do edital, de modo que incorreu em culpa grave, na modalidade negligncia, aolicitar obra com os projetos de outra, visivelmente diversa.

    3 Para conduo do certame, estavam nomeados para a Comisso Permanente de Licitao Jackson Beserra deLima (presidente), Marta Eleonora Pinto, Maria Gerlane Germano e Lcia de Ftima Martins Dantas deFigueiredo, conforme portaria n. 381/2011 (mdia de fl. 96).4 Os documentos encaminhados pela Prefeitura de Sousa na mdia de fl. 96 encontram-se reunidos em blocosno ordenados. A referncia se dar sempre em relao ao nmero aposto na numerao original doprocedimento.5 O anexo I se referia s planilhas de quantitativos e especificao dos objetos, no valor de R$ 615.448,83,elaborada pelos engenheiros Dalton Csar Pereira de Oliveira e Ricardo Lima Rodrigues (fls. 52/71, constanteda mdia de fl. 96), e o anexo II, ao cronograma fsico-financeiro.6 As informaes sobre os preos atuais dos referidos projetos esto no seguinte link do stio da internet do FNDE, de livre consulta: http://www.fnde.gov.br/programas/proinfancia/proinfancia-projetos-arquitetonicos-para-construcao7 Os projetos podem ser baixados no stio da internet indicado pelo FNDE fl. 48 dos autos principais e nosseguintes link: Tipo B:http://www.fnde.gov.br/programas/proinfancia/proinfancia-projetos-arquitetonicos-para-construcao/proinfancia-tipobTipo C:http://www.fnde.gov.br/programas/proinfancia/proinfancia-projetos-arquitetonicos-para-construcao/proinfancia-tipoc

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    H, inclusive, informao de que os projetos sequer constavam da licitaoquando de sua deflagrao, tendo sido entregues aos engenheiros fiscal da prefeitura e daempresa pela Secretria de Educao, Josefa Neumira de Abrantes Sarmento, apenas quandoda assinatura do contrato, conforme depoimentos de Manoel Emdio de Sousa Neto (fl. 180,trecho entre 12' e 14') e Dalton Csar Pereira de Oliveira (fl. 180, trecho 10' e 11'). Em assimsendo, a negligncia do Presidente da CPL ainda mais evidente, na medida em quedeflagrou licitao sem a existncia de projeto bsico.

    Ao final da TP n. 05/2011, a empresa Canteiro Construo Civil LTDA foiconsiderada vencedora do certame, sendo-lhe adjudicada a construo de uma creche TipoC (fl. 1460, mdia de fl. 96), informao tambm constante do contrato administrativoassinado (fl. 1464/1472, mdia de fl. 96). Em seus documentos de habilitao a empresavencedora se declara ciente de todos os termos do edital (fls. 1126 e 1160, mdia de fl. 96). Aordem de servio foi assinada em 08 de novembro de 2011, com prazo de 180 dias paraconcluso das obras (fl. 1475, mdia de fl. 96) 8.

    Iniciada a construo, houve a primeira medio, datada de 28 de dezembrode 2011, cuja planilha foi elaborada pelo engenheiro Dalton Csar Pereira de Oliveira (fl. 96,do anexo I), os servios atestados pela Secretria de Educao, Josefa Neumira (fl. 97), e osvalores empenhados e pagos pelo Prefeito Fbio Tyrone no valor de R$ 74.596,18 (fl. 95).

    Vale dizer, quase dois meses aps o incio das obras, nenhum dos envolvidospercebeu que estava sendo construda uma creche duas vezes maior que aquele constantedo projeto original, denotando evidente impercia dos tcnicos envolvidos. Alis, oengenheiro fiscal da prefeitura, Dalton Csar Pereira de Oliveira, informou que notrabalhava seguindo os projetos (fl. 180, trecho entre 17' e 19'45) e o engenheiroresponsvel pela obra, Manoel Emdio, afirmou que sequer consultara os projetos anexados licitao (fl. 180, trecho entre 12' e 14').

    Em 30 de janeiro de 2012, a Secretria de Educao Josefa Neumira deAbrantes Sarmento encaminhou e-mail ao FNDE nos seguintes termos:

    O municpio de Sousa foi contemplado com uma Escola Proinfncia PAC 2, tipo C. Recebemos o email do Sr. Weslei Tolentino (anexo) com asorientaes (download dos Projetos Proinfncia tipo C) foi realizada alicitao Tomada de Preos n. 005/2011, conforme inserido nosistema. O problema foi que a planta baixada e utilizada para incio daconstruo foi a do tipo B - como est no link baixado. Infelizmente,houve falha dos nossos engenheiros que cuidaram dessa parte e datambm da construtora que ganhou a concorrncia. Acontece que as

    8 Posteriormente, esse prazo fora dilatado, atravs do primeiro termo aditivo do contrato.

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    escavaes e o incio da construo, em torno de 5% da obra est combase na planta, ou projeto arquitetnico 'B'. Pelo exposto, solicitamosuma resposta urgente a fim de que no prejudiquemos o municpio.

    (fl. 17, grifos acrescidos)

    Em resposta eletrnica datada do dia seguinte, o FNDE informou: De acordocom o Convnio assinado por esse municpio com o FNDE, no h aditivo de valor. Entendo apreocupao em nos colocar a par do ocorrido, mas a deciso do que dever ser feito domunicpio, vocs que devero encontrar uma soluo juntamente com a empresa vencedorada licitao (fl. 16).

    Com base exclusivamente neste e-mail do FNDE, que nada mais dizia que obvio (a soluo para a inadequao da obra ao projeto era responsabilidade do municpio),o Prefeito, a Secretria de Educao e a empresa vencedora resolveram continuar a obrada creche do Angelim sem possurem qualquer projeto arquitetnico para tanto.

    A informao sobre o acordo entre o Prefeito, a Secretria e empresa est nodepoimento de Manoel Emdio (fl. 180, trecho entre 20' e 21'), de Dalton Csar (fl. 180,trecho entre 21' e 22'30), de Josefa Neumira (fl. 241, trecho entre 09' e 10'30) e foraconfessado pelo Prefeito Fbio Tyrone (fl. 244). A inexistncia de projeto para continuaoda obra fora confirmado por Josefa Neumira (fl. 241, trecho entre 11' e 12') e Ricardo LimaRodrigues, este ao sustentar que a obra era conduzida verbalmente por Dalton Csardurante a execuo (fl. 241), sem qualquer projeto de adaptao.

    Tal deciso de continuar a obra sem projeto aprovado pelo rgo convenentecontraria frontalmente a clusula II do Termo de Compromisso PAC 2 n. 00125/2011 queprev a obrigao do municpio em executar os recursos financeiros recebidos do FNDE nombito do PAC 2 em estrito acordo com os projetos executivos fornecidos ou aprovados peloFNDE/MEC (desenhos tcnicos, memoriais descritivos e especificaes) (fl. 256).

    Vale dizer, agindo com extrema imprudncia, o ex-Prefeito Fbio TyroneBraga de Oliveira e sua Secretria de Educao, Josefa Neumira, efetuaram pagamentos empresa vencedora sem que estivessem, de fato, construindo uma creche do Proinfncia,uma vez que a obra no obedecia a qualquer dos projetos disponibilizados pelo FNDE.

    O dano ao errio que comeou com a negligncia do Presidente da CPL, passoupela impercia dos engenheiros e chegou imprudncia dos gestores em verdadeira aulada culpa nos atos de improbidade administrativa.

    Na execuo desta aventura administrativa financiada com recursos pblicos,aps a constatao do erro no projeto, foram realizadas outras nove medies at dezembro

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    de 2012, quando a obra foi abandonada. Nelas, a conformidade do servio realizado foraatestada pela Secretria de Educao, Josefa Neumira, e os valores empenhados e pagos peloPrefeito Fbio Tyrone Braga de Oliveira.

    A seguir, compilados os dados dos pagamentos efetuados pelo Municpio empresa Canteiro Construo Civil LTDA:

    DATA VALOR FOLHA

    1 medio 28/12/11 R$ 74.596,18 Fls. 95/97, anexo I

    2 medio 01/03/12 R$ 29.332,62 Fls. 98/100, anexo I

    3 medio 22/03/12 R$ 35.774,51 Fls. 101/103, anexo I

    4 medio 15/05/12 R$ 50.000,00 Fls. 104/106, anexo I

    5 medio 06/06/12 R$ 51.693,11 Fls. 108/111, anexo I

    6 medio 05/07/12 R$ 30.106,32 Fls. 112/115, anexo I

    7 medio 29/08/12 R$ 55.095,18 Fls. 116/119, anexo I

    8 medio 04/12/12 R$ 30.257,35 Fls. 120/124, anexo I

    9 medio 19/12/12 R$ 13.579,60 Fls. 125/129, anexo I

    10 medio 27/12/12 R$ 6.770,46 Fls. 130/134, anexo I

    TOTAL R$ 377.205,33 9

    A incompetncia na gesto da coisa pblica ainda faria o Prefeito Fbio TyroneBraga de Oliveira, em 27 de novembro de 2012, atendendo a solicitao da Secretria JosefaNeumira, a autorizar a celebrao de aditivo contratual com a empresa CanteiroConstruo Civil LTDA para construo de um muro, caladas internas e adequao doprojeto C ao B, no valor de R$ 149.764,42, a ser financiado com recursos do FUNDEB parareforma e ampliao de unidades escolares (fls. 202/221). Embora o aditivo no tenha sidopago em decorrncia do trmino do mandato do gestor em 31 de dezembro, ver-se que elebuscava ampliar e reformar uma obra que no havia sequer sido concluda ainda.

    Ao trmino da gesto de Fbio Tyrone a obra restou paralisada, como seencontra at o presente momento. Em vistoria do FNDE realizada em 21 de janeiro de 2014(fls. 75/86), constatou-se tecnicamente que a creche do bairro Angelim fora executada emdesconformidade com o projeto arquitetnico aprovado.

    Mesmo aquelas partes da obra supostamente executadas com base no projeto

    9 O valor remanescente do convnio permanece na conta convnio at a presente data (fls. 69/165, anexo II).

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    do Tipo B foram identificadas como completamente diferentes. Nesse sentido, o engenheiroresponsvel pela fiscalizao consignou: as reas executadas desconforme os projetosdestinados para o empreendimento [Tipo C] possuem aparncia da creche Tipo B, pormsalientamos que a disposio dos ambientes, os acabamentos, a falta de esquadrias, a falta deelementos estruturais no podem ser apontados e qualificados como tal (fl. 83 verso).

    Portanto, mesmo as modificaes supostamente feitas com base no projeto doTipo B encontram-se erradas, implicando a consequente concluso de que, ao fim e ao cabo,a obra foi executada sem a observncia de nenhum projeto, seja Tipo C ou B. Bastacomparar, mesmo olho nu, as plantas de fls. 15 e 18 (Tipo B) e 16 e 17 (Tipo C), com aquelaefetivamente feita fl. 23/24, todos do anexo II.

    Ademais, a Nota Tcnica n. 110/2014 do FNDE (fls. 303/304) d conta dagritante divergncia entre o percentual executado da obra informado pelo municpio (64%)e aquele estimado pela superviso do FNDE, calculado em 12,83%, considerando apenas oconstrudo de acordo com o projeto do Tipo C. Ou seja, de acordo com o projeto corretoaprovado pelo FNDE, qual seja, o Tipo C, somente foi construdo 12,83% da obra.

    A mesma nota indica que foram verificados problemas estruturais que podemcomprometer a solidez da edificao. Ao final, ponderou que no existia possibilidade decumprimento do objeto pactuado, tendo em vista que a construo no est de acordo com oprojeto e no seria vivel a correo do que foi executado para adequao do projeto padro,considerando o saldo do recurso disponvel na conta especfica e o prazo de vigncia doTermo de Compromisso. O FNDE percebe que somente foi construdo corretamente opercentual de 12,83% da obra, o que significa que o dano ao errio a totalidade do valorpago uma vez que 12,83% da obra no se aproveita para nada.

    Fora pago R$ 377.205,33 at 27 de dezembro de 2012, conforme tabela acima,valor cuja atualizao monetria faz chegar a R$ 456.720,21 (quatrocentos e cinquenta eseis mil setecentos e vinte reais e vinte e um centavos), at maro de 2015, conformeplanilha de clculos em anexo.

    4. Do Pedido Cautelar de Indisponibilidade dos Bens 4. Do Pedido Cautelar de Indisponibilidade dos Bens

    As medidas cautelares reais so previstas como forma de retirar da esfera dedisponibilidade dos agentes mprobos os bens obtidos direta ou indiretamente com o ilcitoadministrativo, bem como o bloqueio de bens de valor equivalente, com o objetivo deviabilizar o ressarcimento do errio quando da condenao.

    Tais medidas de coao constituem-se em poderosas ferramentas de combate delinquncia econmica com eficcia por vezes superior s tradicionais penalidades.

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    Vencido o mito jurdico de que a criminalidade do colarinho branco (white-collar crimes), naqual se insere a corrupo lato sensu, mostra-se menos danosa sociedade do que acriminalidade de sangue, o eficiente manejo das cautelares reais, por atingirem justamenteo produto e o proveito do ato mprobo, so hoje indissociveis da efetiva responsabilizaodos agentes de tais condutas.

    Em consonncia com a diretriz constante do art. 31 da Conveno das NaesUnidas contra a Corrupo aprovada pelo Decreto Legislativo n. 248/2005 e promulgadapelo Decreto n. 5.687/2006 10 a legislao ptria prev, ainda que de forma incipiente,medidas de coero patrimonial, tais como a indisponibilidade de bens e o sequestro,previstos, respectivamente, nos arts. 7 e 16 da Lei de Improbidade Administrativa.

    O objeto da presente cautelar a INDISPONIBILIDADE DE BENS, prevista no art. 7da Lei de Improbidade, in verbis:

    Art. 7 Quando o ato de improbidade causar leso ao patrimniopblico ou ensejar enriquecimento ilcito, caber a autoridadeadministrativa responsvel pelo inqurito representar ao MinistrioPblico, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.

    Pargrafo nico. A indisponibilidade a que se refere o caput desteartigo recair sobre bens que assegurem o integral ressarcimento dodano, ou sobre o acrscimo patrimonial resultante do enriquecimentoilcito.

    Tal dispositivo vem ao encontro da necessidade de recomposio do danocausado ao errio, posto que a indisponibilidade dos bens de todos os rus que respondem

    10 Artigo 31 - Embargo preventivo, apreenso e confisco. 1.Cada Estado Parte adotar, no maior grau permitidoem seu ordenamento jurdico interno, as medidas que sejam necessrias para autorizar o confisco: a) Doproduto de delito qualificado de acordo com a presente Conveno ou de bens cujo valor corresponda ao de talproduto; b) Dos bens, equipamentos ou outros instrumentos utilizados ou destinados utilizados na prtica dosdelitos qualificados de acordo com a presente Conveno. 2. Cada Estado Parte adotar as medidas que sejamnecessrias para permitir a identificao, localizao, embargo preventivo ou a apreenso de qualquer bem aque se tenha referncia no pargrafo 1 do presente Artigo com vistas ao seu eventual confisco. () 4. Quandoesse produto de delito se tiver transformado ou convertido parcialmente ou totalmente em outros bens, estessero objeto das medidas aplicveis a tal produto de acordo com o presente Artigo. 5. Quando esse produto dedelito se houver mesclado com bens adquiridos de fontes lcitas, esses bens sero objeto de confisco at o valorestimado do produto mesclado, sem menosprezo de qualquer outra faculdade de embargo preventivo ouapreenso. 6. Os ingressos e outros benefcios derivados desse produto de delito, de bens nos quais se tenhamtransformado ou convertido tal produto ou de bens que se tenham mesclado a esse produto de delito tambmsero objeto das medidas previstas no presente Artigo, da mesma maneira e no mesmo grau que o produto dodelito.

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    solidariamente pelos ressarcimentos dos cofres pblicos at o montante total dos danos medida que somente encontra efetividade quando deferida na fase inicial do processo, pois,normalmente, em eventual fase de execuo, quase nenhum bem capaz de satisfazer ocrdito encontrado com o devedor.

    A respeito do instituto, a lio de Emerson Garcia e Rogrio Pacheco Alves, emseu livro Improbidade Administrativa:

    Deste modo, verificada, a partir da disciplina contida no art. 10 da Lein. 28.429/92, a ocorrncia de leso ao errio (rectius: ao patrimniopblico), o acervo patrimonial do agente, presente e futuro (v.g.:crditos sujeitos a condio suspensiva ou resolutiva), estar sujeito responsabilizao, aplicando-se, aqui, a regra geral de que o devedorresponde, para o cumprimento de suas obrigaes, com todos os seusbens presentes e futuros, salvo as restries estabelecidas em lei (art.591 do CPC). Tambm o patrimnio do extraneus que tenha auferidobenefcios da improbidade (v.g.: a pessoa jurdica que se beneficiou deuma licitao superfaturada). O desiderato de integral reparao dodano ser alcanado, assim, por intermdio da decretao deindisponibilidade de tantos bens de expresso econmica (dinheiro,mveis e imveis, veculos, aes, crditos de um modo geral etc.)quantos bastem ao restabelecimento do status quo ante 11.

    Quanto aos requisitos que autorizam o decreto de indisponibilidade de bens, ofumus boni iuris est fartamente demonstrado nas provas que acompanham a presente ao,pois h fortes indcios de que Jackson Beserra de Lima, Dalton Csar Pereira de Oliveira,Manoel Emdio de Sousa Neto, Fbio Tyrone Braga de Oliveira e Josefa Neumira deAbrantes Sarmento, alm da empresa Canteiro Construo Civil LTDA, concorreram para odano ao errio, conforme narrado acima, de R$ 456.720,21 (quatrocentos e cinquenta e seismil setecentos e vinte reais e vinte e um centavos), atualizado at maro de 2015.

    J o periculum in mora da prpria natureza da constrio, haja vista que talmedida visa unicamente resguardar o interesse pblico em virtude de eventual dilapidaodo patrimnio dos rus, inviabilizando o ressarcimento do errio numa eventual execuode sentena condenatria.

    Nesse sentido, os seguintes julgados oriundos do Superior Tribunal de Justia:

    11 Improbidade Administrativa. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2002. p. 639.

    R. Francisco Vieira da Costa, s/n, Bairro Maria Raquel Gadelha, Sousa/PB CEP: 58804-725(83) 3522-3977 / 3522-3302 www.prpb.mpf.mp.br

  • MINISTRIO PBLICO FEDERALMINISTRIO PBLICO FEDERALPPROCURADORIAROCURADORIA DADA R REPBLICAEPBLICA EMEM S SOUSAOUSA PB PB

    PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. ART. 535 DO CPC. ALEGAOGENRICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. INDISPONIBILIDADE DOS BENS.DECRETAO. REQUISITOS. ART. 7 DA LEI 8.429/1992. FUMUS BONI IURISDEMONSTRADO. (...) 2. O Tribunal a quo concluiu pela inexistncia de elementosque justificassem a indisponibilidade de bens dos recorridos, na forma do art. 7 daLei n. 8.429/92, ao fundamento de que o decreto de indisponibilidade de benssomente se justifica se houver prova ou alegao de prtica que impliquem emalterao ou reduo de patrimnio, capaz de colocar em risco o ressarcimento aoerrio na eventualidade de procedncia da ao. 3. No especial, alega-se a existnciade fundados indcios de dano ao errio fumaa do bom direito o que, por si s,seria suficiente para motivar o ato de constrio patrimonial, vista do periculum inmora presumido no art. 7 da Lei 8.429/92. 4. desnecessria a prova do periculumin mora concreto, ou seja, de que os rus estariam dilapidando seu patrimnio, ouna iminncia de faz-lo, exigindo-se apenas a demonstrao de fumus boni iuris ,consistente em fundados indcios da prtica de atos de improbidade. Precedentes.(...) 6. Recurso especial provido. (REsp 1.203.133/MT, 2 T., Min. Castro Meira, DJede 28/10/2010)

    ADMINISTRATIVO AO CIVIL PBLICA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA INDISPONIBILIDADE DE BENS ART. 7, PARGRAFO NICO, DA LEI8.429/1992 REQUISITOS PARA CONCESSO LIMINAR INAUDITA ALTERAPARS POSSIBILIDADE. 1. O provimento cautelar para indisponibilidade de bens,de que trata o art. 7, pargrafo nico da Lei 8.429/1992, exige fortes indcios deresponsabilidade do agente na consecuo do ato mprobo, em especial nascondutas que causem dano material ao Errio. 2. O requisito cautelar do periculumin mora est implcito no prprio comando legal, que prev a medida de bloqueio debens, uma vez que visa a 'assegurar o integral ressarcimento do dano'. 3. Ademonstrao, em tese, do dano ao Errio e/ou do enriquecimento ilcito do agente,caracteriza o fumus boni iuris. 4. admissvel a concesso de liminar inaudita alterapars para a decretao de indisponibilidade e sequestro de bens, visando asseguraro resultado til da tutela jurisdicional, qual seja, o ressarcimento ao Errio.Precedentes do STJ. 5. Recurso especial no provido. (REsp 1.135.548/PR, 2. T.,Min. Eliana Calmon, DJe de 22/06/2010)

    5. Da atribuio do Efeito Suspensivo AtivoDa atribuio do Efeito Suspensivo Ativo

    Diante do exposto, conclui-se que imprescindvel a atribuio de efeitosuspensivo ativo ao presente agravo de instrumento, sob pena de prejuzo irreparvel, jque os agravados podem se desfazer de seu patrimnio, ficando sem recursos suficientespara que seja ressarcido o enriquecimento ilcito por eles auferido.

    Enfim, o fumus boni iuris e o periculum in mora esto presentes, pois amanuteno da deciso agravada provocar prejuzo irreparvel a toda a coletividade, emrazo da possibilidade de inviabilizar o futuro ressarcimento ao errio.

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    6. Do Pedido6. Do Pedido

    Pelo exposto, o MINISTRIO PBLICO FEDERAL postula:

    1. liminarmente, com supedneo no art. 558 do Cdigo de Processo Civil, aatribuio de efeito suspensivo ativo ao presente agravo de instrumento,deferindo-se, inaudita altera pars, a medida liminar pleiteada para bloqueio debens encontrados em nome dos agravados Fbio Tyrone Braga de Oliveira,Josefa Neumira de Abrantes Sarmento, Dalton Csar Pereira de Oliveira,Manoel Emdio de Sousa Neto, Jackson Beserra de Lima e CanteiroConstruo Civil LTDA, no total de R$ 1.370.160,63 (um milho, trezentose setenta mil cento e sessenta reais e sessenta e trs centavos), at ojulgamento definitivo do recurso, conforme expressa previso do art. 527, inc.III, do indigitado cdigo.

    2. no mrito, seja o presente Agravo de Instrumento conhecido e provido paraque seja reformada a deciso interlocutria que indeferiu a indisponibilidadedos bens do agravado.

    Em cumprimento ao disposto no art. 524, inciso III, e 525, inciso I, do CPC,deixa-se de juntar cpia da intimao dos Agravados, bem como da procurao outorgadaaos seus advogados12, uma vez que a maioria dos demandados ainda no foram chamadosao processo, pois se trata de ao cautelar incidental de indisponibilidade de bens compedido liminar inaudita altera pars.

    Por oportuno, informa-se que acompanham o presente recurso, alm dantegra dos autos, cpias: a) da deciso agravada (id. 4058202.487196); b) e certido darespectiva intimao (id. 4058202.520880). Sob as penas da lei, declaro a autenticidade dacpia integral do processo n. 08000-67.2014.4.05.8202 que acompanha o presente agravo.

    Sousa, 14 de julho de 2015.

    DJALMA GUSMO FEITOSADJALMA GUSMO FEITOSAProcurador da RepblicaProcurador da Repblica

    (Em Substituio do 2 Ofcio)(Em Substituio do 2 Ofcio)

    12 O demandados esto assim representados: a) Dalton Csar Pereira de Oliveira, por Frederico RafaelMarinho de Sousa Rego, OAB-PB 17091, com endereo na Rua Odon Bezerra, 29, Salas 101/104, Tambi,Joo Pessoa-PB; b) Manoel Emdio de Sousa Neto, por Roberta Leonor Barros Bezerra, OAB-PB 14400, comendereo na Rua Alto Casteliano, 497, Santo Antnio, Patos-PB; c) Canteiro Construo Civil Ltda ME, porBruna Pires de S Veras Pinto, OAB-PB 15585, com endereo na Rua Coronel Jos Gomes de S, 35, Centro,Sousa-PB.

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    15071419412267200000000543454

    Nmero do Processo: Assinado eletronicamente. A Certificao Digital pertence a:DJALMA GUSMAO FEITOSAData e hora da assinatura: Identificador: https://pje.jfpb.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

    15071420044560000000000543597

    Nmero do Processo: 0800030-67.2014.4.05.8202Assinado eletronicamente. A Certificao Digital pertence a:DJALMA GUSMAO FEITOSAData e hora da assinatura: 14/07/2015 20:05:33Identificador: 4058202.539350https://pje.jfpb.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam