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1 Prefácio CRENÇAS FUNDAMENTAIS DOS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA - MOVIMENTO DE REFORMA Crenças.p65 4/10/2010, 15:38 1

CRENÇAS FUNDAMENTAIS DOS ADVENTISTAS DO SÉTIMO …te em r elação às doutrinas que são as colunas da fé cristã. Ganha ter-reno a opinião de que, em última análise, não são

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SÉTIMO DIA - MOVIMENTO DE REFORMA

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Crenças fundamentais dos ASD – Movimento de Reforma

IMPRESSO NO BRASILPrinted in Brazil

Direitos Reservados

T08 6000 08

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Prefácio

CRENÇASFUNDAMENTAISdos Adventistasdo Sétimo Dia –Movimento de

Reforma

1ª Edição

São Paulo

Rua Flor de Cactus, 140 - Jd. Qta. da Boa VistaTel.: (11) 2198-1800Cx. Postal 135 CEP 08570-970Itaquaquecetuba, SP

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Crenças fundamentais dos ASD – Movimento de Reforma

Crenças fundamentais dos adventistas do sétimo dia – Movimento deReforma

(Fundamental Christian Beliefs of the Seventh Day Adventist ReformMovement)

Copyright © 2006 by Seventh Day Adventist Reform Movement GeneralConference and Reformation Herald Publishing Association

Revisão: Daniel de S. F. Boarim (tradução); Danielle R. de O. F. Dias.Diagramação: Mariano Santiago

Reformation Herald Catalog ServiceFundamental Christian Beliefs of the Seventh Day Adventist ReformMovement

1. Seventh Day Adventist Reform Movement — Doctrines. 2. Principlesof Faith. I. Seventh Day Adventist Reform Movement GeneralConference, Doctrinal Council. II. title.

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Prefácio

Prefácio ....................................................................................................6I. A Divindade........................................................................................ 10

A. O Pai .......................................................................................... 12B. O Filho ....................................................................................... 12C. O Espírito Santo ......................................................................... 19

II. As Santas Escrituras ......................................................................... 23III. Leis divinas ...................................................................................... 25

A. A lei moral de Deus .................................................................... 25B. A lei cerimonial .......................................................................... 28

IV. O Sábado .......................................................................................... 29V. Origem do mal e queda de Lúcifer ..................................................... 40VI. A criação .......................................................................................... 43VII. O plano da redenção....................................................................... 45

A. Graça, fé e obras ........................................................................ 46B. Justiça imputada e justiça comunicada ...................................... 47C. Parte desempenhada pelas pessoas ............................................ 51D. Perfeição cristã ........................................................................... 53E. Não há segunda chance .............................................................. 54

VIII. Batismo ......................................................................................... 55IX. A cerimônia da comunhão ............................................................... 59

A. Lava-pés ..................................................................................... 59B. Santa Ceia .................................................................................. 60

X. O santuário ....................................................................................... 63XI. As mensagens dos três anjos ........................................................... 66XII. Aquele outro anjo ........................................................................... 71XIII. O dom de profecia ......................................................................... 77XIV. Casamento ..................................................................................... 79XV. A família cristã ................................................................................ 84XVI. Temperança cristã .......................................................................... 87XVII. Separação do mundo ................................................................... 97XVIII. Dever para com as autoridades civis ........................................ 104XIX. O selamento ................................................................................ 107XX. A igreja de Deus ........................................................................... 111XXI. Mordomia .................................................................................... 126XXII. A segunda vinda de Cristo ......................................................... 130XXIII. Origem, natureza e destino das pessoas ................................... 134XXIV. O milênio .................................................................................. 138XXV. A nova Terra ............................................................................... 141

Conclusão ............................................................................................ 144

Sumário

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Cristo, “a verdadeira Luz, quealumia a todo homem, estava che-gando ao mundo. Estava Ele nomundo, e o mundo foi feito por in-termédio dEle, e o mundo não Oconheceu. Veio para o que era Seu,e os Seus não O receberam. Mas,a todos quantos O receberam, aosque crêem no Seu nome, deu-lheso poder de se tornarem filhos deDeus; os quais não nasceram dosangue, nem da vontade da carne,nem da vontade do homem, masde Deus.” (João 1:9-13).

Ao longo dos séculos, a verda-de sofreu triste desprezo nas mãosde seus mantenedores.

“Como a luz e a vida dos ho-mens foi rejeitada pelas autorida-des eclesiásticas nos dias de Cris-to, assim tem sido rejeitada emtodas as gerações subseqüentes.Freqüentemente se tem repetido ahistória da retirada de Cristo daJudéia. Quando os reformadorespregavam a Palavra de Deus, nãotinham idéia nenhuma de separar-se da igreja estabelecida. Porém,os guias religiosos não toleravama luz, e os que a conduziam eramforçados a buscar outra classe, an-siosa da verdade. Em nossos dias,poucos dos professos seguidoresda Reforma são movidos pelo es-pírito dela. Poucos estão à escutada voz de Deus, prontos a aceitar

a verdade, seja qual for a maneirapor que se apresente. Muitas ve-zes, os que seguem os passos dosreformadores são forçados a reti-rar-se da igreja que amam, a fim dedeclarar o ensino positivo da Pa-lavra de Deus. E muitas vezes osque estão à procura da luz, pelosmesmos ensinos são obrigados adeixar a igreja de seus pais, a fimde prestar obediência.” – O Dese-jado de Todas as Nações, p. 232.

“Os primeiros cristãos erampovo peculiar. Sua condutairrepreensível e fé invariável eramreprovação contínua a perturbar apaz dos pecadores. Ainda quepoucos, sem riqueza, posição outítulos honoríficos, constituíamterror para os malfeitores ondequer que seu caráter e doutrinafossem conhecidos.” – O GrandeConflito, p. 46.

Assolados por angústia e pesar,os primeiros cristãos perceberamque o paganismo estava invadin-do a igreja. Por algum tempo, bus-caram corrigir esses males, masnão obtiveram sucesso.

“Depois de conflito longo e te-naz, os poucos fiéis decidiram-sea dissolver toda união com a igre-ja apóstata, caso ela ainda recusas-se libertar-se da falsidade e da ido-latria. Viram que a separação eranecessidade absoluta se desejavam

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obedecer à Palavra de Deus. Nãoousavam tolerar erros fatais à pró-pria alma e dar exemplo que puses-se em perigo a fé dos filhos e ne-tos. Para assegurar paz e unidade,estavam prontos a fazer qualquerconcessão coerente com a fidelida-de para com Deus, mas acharamque mesmo a paz seria compradademasiado caro com sacrifício dosprincípios. Se a unidade só se pu-desse conseguir comprometendo averdade e a justiça, seria preferívelque prevalecessem as diferenças eas conseqüentes lutas.

Bom seria à igreja e ao mundose os princípios que atuavam na-quelas almas inabaláveis revives-sem no coração do professo povode Deus. Há indiferença alarman-te em relação às doutrinas que sãoas colunas da fé cristã. Ganha ter-reno a opinião de que, em últimaanálise, não são de importânciavital. Essa degenerescência forta-lece as mãos dos agentes de Sata-nás, de modo que teorias falsas eenganos fatais, que os fiéis dos sé-culos passados expunham e com-batiam com riscos à própria vida,são hoje considerados com favorpor milhares que pretendem serseguidores de Cristo.” – Idem, p.45 e 46.

Escondidos nas montanhas emterras diferentes, grupos pequenosde cristãos fiéis mantiveram a ver-dade viva até Deus levantar a Re-forma Protestante.

Deus usou os descendentes dosreformadores do século dezesseis

para promover grande desperta-mento religioso no início do sécu-lo dezenove. Naquele tempo, mui-tos estavam engajados napregação da mensagem do segun-do advento. Guilherme Miller, pre-gador batista dos Estados Unidos,tornou-se proeminente pelo ensi-no das profecias sobre o fim dostempos. Suas mensagens influen-ciaram muitos cristãos, de tal ma-neira que aproximadamente cin-qüenta mil pessoas deixaram asigrejas em 1844. Tinham o propó-sito de preparar-se para a vindaimediata de Cristo, esperada parao fim do ano.

Após o desapontamento, umgrupo pequeno dessas pessoas en-controu-se em 1845 na cidade deAlbany, EUA, para pesquisar a Pa-lavra de Deus e obter compreen-são mais clara. Alguns desses cris-tãos receberam luz nova doSenhor. Em 1861, começaram aorganizar-se, comprometendo-se a“guardar os mandamentos deDeus e a fé de Jesus” (Apocalipse14:12). Ficaram conhecidos comoadventistas do sétimo dia.

Como resultado de apelos repe-tidos para arrependimento e con-versão (Atos 3:19), tendo em vis-ta o preparo para a vinda de Cristo,uma reforma começou a surgirentre o povo adventista em 1888.Essa reforma veio à tona durantea Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando muitos adventistaspermaneceram firmes na defesa daLei de Deus e foram, conseqüen-

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temente, excluídos da igreja quetanto amavam.

Em 1925, esses opositoresconscienciosos e cristãos fiéis reu-niram-se, vindos de dezesseis pa-íses, e organizaram-se. Estabele-ceu-se a Igreja Adventista doSétimo Dia — Movimento de Re-forma, tendo como propósito se-guir o conselho da TestemunhaFiel e Verdadeira em Apocalipse3:18-20. É pelo nosso proceder navida e pelo espírito que manifes-tamos em relação a essa mensa-gem que nosso destino eterno édeterminado.

Para nos distinguirmos dacorporação oficial de adventistase de muitos outros ramos deadventistas, denominamo-nosadventistas do sétimo dia — Mo-vimento de Reforma, baseados nareforma profetizada (Testemu-nhos para a igreja, vol. 6, p. 119).

Ao publicar este livro, Crençasfundamentais dos adventistas dosétimo dia – Movimento de Refor-ma, de maneira nenhuma estamosformulando uma crença humanabaseada em tradições de homens.Nosso propósito principal é cha-mar a atenção de pessoas seden-tas da verdade para Jesus, nossoSalvador pessoal, na esperança deque aceitarão Sua palavra na to-talidade, como o fundamento paraa própria fé. Portanto, nesta publi-cação, tornamos conhecidas asdoutrinas básicas encontradas naBíblia, pelas quais todo verdadei-ro seguidor de Cristo deve estar

preparado para dar a razão da fé“a todo aquele que pedir” (1 Pedro3:15).

Sustentamos que todas as dou-trinas devem ser provadas por um“Assim diz o Senhor”. “À Lei e aoTestemunho! Se eles não falaremsegundo esta palavra, nunca lhesraiará a alva.” (Isaías 8:20). As-sim, usamos a Bíblia como únicaregra de nossa fé e prática. PelaPalavra de Deus seremos julgados.“A Palavra de Deus é suficientepara iluminar o espírito mais obs-curecido. Pode ser compreendidapor todo o que sinceramente de-seja entendê-la.” – Mensagens es-colhidas, vol. 3, p. 31.

“Deus terá sobre a Terra umpovo que mantenha a Bíblia, e aBíblia só, como norma de todas asdoutrinas e base de todas as refor-mas. [...] Satanás se esforça cons-tantemente por atrair a atençãopara o homem, em lugar de Deus.Induz o povo a olhar para os bis-pos, pastores, professores de teo-logia como seus guias, em vez deexaminarem as Escrituras a fim de,por si mesmos, aprenderem seudever. Então, dominando o espíri-to desses dirigentes, pode influen-ciar as multidões de acordo com avontade dele.” – O Grande Con-flito, p. 595.

“Os primitivos cristãos eram,na verdade, um povo peculiar. Suaconduta irrepreensível e fé invari-ável eram contínua reprovação aperturbar a paz dos pecadores.Ainda que poucos, sem riqueza,

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posição ou títulos honoríficos,constituíam um terror para osmalfeitores onde quer que seu ca-ráter e doutrina fossem conheci-dos.” – Idem, p. 46.

É imperativo que aceitemos osensinos das Escrituras e submeta-mos nossa vontade à vontade re-velada de Deus (João 7:7; Tiago4:7). Pela entrega completa denossa vontade, obteremos força evenceremos o pecado e as trevasdeste mundo (2 Pedro 1:4).

Em Sua Palavra, Deus prome-teu dar visões nos últimos dias(Atos 2:17 e 18), não para umanova regra de fé, mas para escla-recimento de Seu povo e para cor-rigir os que se desviam da Palavrade Deus (ver Primeiros escritos, p.78).

Então, também usamos os es-critos de Ellen G. White, pelas se-guintes razões:

“Por meio dos testemunhos da-dos, o Senhor Se propõe a adver-tir, repreender e aconselhar Seus fi-lhos e impressionar-lhes o espíritocom a importância da verdade deSua Palavra. Os testemunhos escri-tos não se destinam a comunicarnova luz, e sim a gravar vividamen-te na alma as verdades da Inspira-ção já reveladas. Os deveres do ho-mem para com Deus e seusemelhante estão claramente dis-criminados na Palavra Divina,mas poucos de vós obedecem aessa luz. Não se trata de apresen-tar outras verdades. Porém, pelosTestemunhos, Deus simplificou

verdades importantes já reveladas,pondo-as diante de Seu povo pelomeio que Ele próprio escolheu. Oobjetivo é despertar e impressio-nar com elas seu espírito [dopovo], para que todos fiquem semdesculpas.” – Testemunhos sele-tos, vol. 2, p. 280 e 281.

John Robinson, pastor dos pere-grinos vindos para a América, fezo seguinte apelo, por ocasião doembarque deles para a jornada:

“‘Lembrai-vos de vosso concer-to com a igreja, no qual concordas-tes em andar em todos os caminhosdo Senhor, já revelados ou por se-rem ainda revelados. Lembrai-vosde vossa promessa e concerto comDeus, e de uns com os outros, deaceitar qualquer luz e verdade quese vos fizesse conhecida pela Pa-lavra escrita. Porém, além disso,tende cuidado, eu vos rogo, como que recebeis por verdade. Com-parai-o, pesai-o com outros textosda verdade antes de o aceitar.’” –O Grande Conflito, p. 292.

O apelo de John Robinson tam-bém é válido hoje para nós, quedesejamos estar preparados para obreve retorno de nosso SenhorJesus Cristo. Oremos para que adireção do Espírito Santo perma-neça conosco à medida que fizer-mos destas Crenças fundamentaiso objeto de nosso estudo solene!

Conselho Doutrinário da Con-ferência Geral — Setembro de2002.

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“Assim diz o Senhor, Rei de Is-rael, seu Redentor, o Senhor dosexércitos: Eu sou o Primeiro, e Eusou o Último, e fora de Mim não háDeus.” Isaías 44:6. “Olhai paraMim, e sereis salvos, vós, todos osconfins da Terra; porque Eu souDeus, e não há outro.” Isaías 45:22.

A Bíblia fala sobre um só Deus(Deuteronômio 6:4; 1 Coríntios8:4). Em Hebreus, o termo “Deus”é usado freqüentemente na formaplural (Elohiym, no lugar da formasingular Elowahh). De acordo comas Escrituras, a Divindade(Gênesis 1:1 e 26; Atos 17:29;Colossenses 2:9) compreende trêsDignitários divinos – o Pai, o Filhoe o Espírito Santo –, agindo juntoscomo Um (Isaías 48:16 e 17;Mateus 3:16 e 17; 28:19; João14:16 e 26; 15:26; 2 Coríntios13:14; Efésios 2:18; Judas 20 e 21).

Nossa fé na existência de Deusé baseada na evidência que Elemesmo proveu. A mão de Deusestá presente em todo lugar — nanatureza, no curso da História, emnossa experiência pessoal, e acimade tudo, em Sua Palavra, a Bíblia.Isso pode ser percebido por todapessoa que deseja ver a evidênciapor si própria (Jó 11:7; 2 Crônicas15:2; Jeremias 29:13; Mateus 5:8;Romanos 1:20; 1 Coríntios 2:14 e15).

Alguns dos atributos da Divin-dade:

• Eternidade: Salmos 90:2;Isaías 40:28; Romanos 1:20.

• Imortalidade: 1 Timóteo1:17; 6:15 e 16.

• Invisibilidade ao pecador: 1João 4:12; 1 Timóteo 1:17.

• Onipresença (presente emtodo lugar): Salmos 139:7-12;Jeremias 23:24.

• Onisciência (sabe de todas ascoisas): 1 Samuel 16:7; Salmos139:2-4; Hebreus 4:13; 1 João3:20.

• Onipotência (Todo-Podero-so): Jó 37:23; 38:1-41; 42:2; Sal-mos 33:6-9; Mateus 19:26.

• Imutabilidade: Salmos 33:11;Malaquias 3:6; Tiago 1:17.

• Santidade: Levítico 19:2;Josué 24:19; Salmos 99:9; 1 Pedro1:16.

• Justiça: Esdras 9:15; Jeremias23:6; Daniel 9:7; Salmos 7:9.

• Misericórdia: Êxodo 34:6;Salmos 103:8; Lamentações deJeremias 3:22; Miquéias 7:18.

• Bondade: Êxodo 33:19; Sal-mos 34:8; Mateus 19:17; Roma-nos 2:4.

• Verdade: Deuteronômio32:4; Salmos 31:5; Isaías 65:16.

• Amor: João 3:16; 1 João 4:7-11.

Capítulo I

A Divindade

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A Divindade

“A revelação que Deus de Simesmo deu em Sua Palavra é paranosso estudo. Esta, podemos pro-curar compreender. Mas além dis-so não devemos penetrar. O maiselevado intelecto pode esforçar-seaté à exaustão em conjeturasconcernentes à natureza de Deus,mas infrutíferos serão os esforços.Esse problema não nos foi dado aresolver. Nenhuma mente huma-na pode compreender a Deus.Ninguém se deve entregar a espe-culações com referência à Suanatureza. A esse respeito, o silên-cio é eloqüente. O Onisciente estáacima de discussão.” – A ciênciado bom viver, p. 429.

“O Pai não pode ser definidopor coisas da Terra. O Pai é toda aplenitude da Divindade corporal-mente, e invisível aos olhos mor-tais. O Filho é toda a plenitude daDivindade manifestada. A Palavrade Deus declara que Ele é ‘a ex-pressa imagem da Sua pessoa’(Hebreus 1:3). ‘Deus amou omundo de tal maneira que deu oSeu Filho unigênito, para que todoaquele que nEle crê não pereça,mas tenha vida eterna.’ (João3:16). Aí se manifesta a persona-lidade do Pai.

O Consolador que Cristo pro-meteu enviar depois de ascenderao Céu é o Espírito em toda a ple-nitude da Divindade, tornandomanifesto o poder da graça divinaa todos quantos recebem a Cristoe crêem nEle como Salvador pes-soal. Há três Pessoas vivas perten-

centes à Divindade celeste. Emnome destes três grandes Poderes– o Pai, o Filho e o Espírito Santo–, os que recebem Cristo por féviva são batizados, e esses Pode-res cooperarão com os súditosobedientes do Céu em seus esfor-ços para viver a nova vida em Cris-to.” – Evangelismo, p. 614 e 615.

“Deus é espírito; não obstante,é um Ser pessoal, pois o homem foicriado à Sua imagem.” – Testemu-nhos para a igreja, vol. 8, p. 263.

“Cristo diz: Minhas ovelhasouvem a Minha voz, e elas Me se-guem para longe das sendas dopecado. Como Cristo agia, assimdeveis agir. Com ternura e amor,procurai levar os errantes para ocaminho certo. Isso exigirá gran-de paciência e tolerância, e a cons-tante manifestação do amorperdoador de Cristo. Diariamentecumpre ser revelada a compaixãode Cristo. O exemplo que Ele dei-xou deve ser seguido. Ele tomousobre Sua natureza sem pecado anossa pecaminosa natureza, parasaber como socorrer os que sãotentados.” – Medicina e salvação,p. 181.

“Evitai toda questão, relativa-mente à humanidade de Cristo,passível de interpretação errônea.A verdade se situa muito perto docaminho da presunção. Aotratardes o assunto da humanida-de de Cristo, deveis exercer muitocuidado com tudo que afirmais,para que vossas palavras não rece-bam interpretação que vá além do

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que querem realmente dizer, e as-sim percais ou ofusqueis as claraspercepções de Sua humanidadecombinada à divindade. Seu nas-cimento foi um milagre de Deus,pois, disse o anjo: ‘Eis que conce-berás e darás à luz um filho, aquem chamarás pelo nome de Je-sus. Este será grande e será cha-mado Filho do Altíssimo; Deus, oSenhor, Lhe dará o trono de Davi,Seu pai; Ele reinará para sempresobre a casa de Jacó, e o Seu rei-nado não terá fim. Então disseMaria ao anjo: Como será isto,pois não tenho relação com ho-mem algum? Respondeu-lhe oanjo: Descerá sobre o ti o EspíritoSanto, e o poder do Altíssimo teenvolverá com a Sua sombra; porisso, o Ente santo que há de nas-cer será chamado Filho de Deus.’(Lucas 1:31-35).” – The SDABible Commentary [E. G. WhiteComments], vol. 5, p. 1128.

A. O PAIO Pai é a primeira Pessoa da

Divindade (Mateus 3:17; 11:25;João 14:28; 15:1 e 9; Atos 1:7; 2Coríntios 1:3; Hebreus 1:1-13;Tiago 1:17).

Através de Cristo e do EspíritoSanto, o Pai é o Criador e Susten-tador de tudo (Malaquias 2:10;Hebreus 1:1-3; Colossenses 1:14-16; João 1:3; Jó 26:13; 33:4; Sal-mos 104:30).

Deus é o Pai de todos os queaceitam Cristo como Salvador pes-soal e obedecem a todos os Seus

mandamentos (Mateus 5:48; 6:9;João 1:12 e 13; Romanos 8:15-17;2 Coríntios 6:17 e 18; 1 João 3:24).

O atributo mais notável do Pai— e que motivou o plano de sal-vação — é Seu amor (João 3:16; 1João 4:8-13 e 16). Seu amor é re-velado em nós se o próprio Deushabitar no coração através do Es-pírito Santo (João 14:16 e 23;Romanos 8:14; 1 João 4:16).

“Jesus nos ensina a chamar SeuPai de nosso Pai. Ele não Se en-vergonha de nos chamar irmãos(Hebreus 2:11). Tão pronto, tãoansioso é o coração do Salvador deacolher-nos como membros da fa-mília de Deus que logo nas primei-ras palavras que devemos usar aoaproximar-nos de Deus, dá-nos acerteza de nossa relação divina:‘Pai’.” – O maior discurso de Cris-to, p. 103 (ênfase da autora).

“O Ancião de Dias é Deus, oPai. Diz o salmista: ‘Antes que osmontes nascessem, ou que Tu for-masses a Terra e o mundo, sim, deeternidade a eternidade, Tu ésDeus’ (Salmos 90:2). É Ele, Fon-te de todo ser e de toda lei, quemdeve presidir ao juízo.” – O Gran-de Conflito, p. 479.

B. O FILHOCristo, a segunda Pessoa da

Divindade (1 Timóteo 3:16; Tito2:13; Hebreus 1:8), é o Filho deDeus, eterno e existente por Simesmo, a “expressa imagem” doPai (Hebreus 1:3; João 14:7-10).Juntamente com o Pai, é o Criador

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A Divindade

(do grego Arche – que origina;Apocalipse 3:14) de todas as coi-sas (João 1:1-3; Colossenses 1:15-17; Hebreus 1:2; Romanos 9:5(ver João 17:3; 1 João 5:20); Isaías9:6; João 6:33).

A preexistência eterna de Cris-to é ensinada claramente na Bíblia(Miquéias 5:2; Provérbios 8:22-30; João 1:1, 2 e 14; 17:5 e 24).Comparando-se Isaías 40:3-5 comMateus 3:3, prova-se que Cristo éparte da Divindade (ver tambémÊxodo 3:14 e João 8:58).

Em razão de Cristo também serDeus, Um com o Pai e igual a Ele,deve também ser adorado. Essenão seria o caso se Ele fosse umser criado (Apocalipse 19:10; João10:30; 20:28; Mateus 14:33;Lucas 4:8; Filipenses 2:9-11;Hebreus 1:6; Lucas 24:52).

Sem abdicar de Sua divindade,Cristo aceitou a humanidade e Setornou homem em Sua encarna-ção, quando nasceu da virgemMaria (Isaías 7:14; Mateus 1:23;Lucas 1:35). Por ocasião de Seunascimento em Belém, Ele nãotomou a natureza de Adão antesda queda, mas a semente deAbraão e de Davi (João 1:14; Ro-manos 8:3; Hebreus 2:14, 16 e 17;Filipenses 2:7 e 8; Romanos 1:3 e4; 2 Timóteo 2:8).

Cristo veio ao mundo para bus-car e salvar os que estavam perdi-dos (Lucas 19:10); para viver emorrer pela nossa justificação esantificação (Romanos 5:9 e 10; 1João 1:9; João 17:19); para tirar

nossos pecados (Mateus 1:21;João 1:29; 1 Timóteo 1:15; 1 João3:5); para nos redimir da puniçãoda lei (Gálatas 3:13; 4:4 e 5); paracondenar o pecado na carne, per-mitindo-nos, pelo Espírito Santo,satisfazer a justiça da lei (Roma-nos 8:3 e 4); para dar-nos exem-plo de obediência (João 15:10; 1Pedro 2:21-24; 1 João 2:5 e 6;Hebreus 5:8 e 9); para destruir asobras do diabo (1 João 3:8).

Na condição de homem, Cris-to foi tentado em todos os pontos,como nós o somos. Ainda assim,não conheceu pecado (Marcos1:13; Lucas 4:1, 2 e 13; Hebreus2:18; 4:15; João 14:30; 2 Coríntios5:21; 1 Pedro 2:22).

A morte vicária de Cristo nacruz provê a parte sacrifical (ofer-ta de sangue) da expiação pelospecados da espécie humana. So-mente os que aceitam essa provi-são serão salvos (Isaías 53:1-12;João 3:14-17; 2 Coríntios 5:19;Hebreus 9:22; 1 Pedro 1:18 e 19;1 João 1:7). A parte intercessóriada expiação é provida pela media-ção de Cristo no santuáriocelestial (Romanos 5:8-11; 8:34;Hebreus 8:12).

Natureza dual“A Divindade não Se tornou

humana, e o humano não foi deifi-cado pela fusão das duas naturezas.Cristo não possuía a mesma desle-aldade pecaminosa, corrupta e de-caída que nós possuímos, pois en-tão Ele não poderia ser um

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sacrifício perfeito.” – Mensagensescolhidas, vol. 3, p. 131.

“Ele [Cristo] possui naturezadupla, humana e divina ao mesmotempo. É tanto Deus quanto ho-mem.” – The SDA BibleCommentary (E. G. WhiteComments), vol. 6, p. 1.074.

“As duas naturezas foram com-binadas misteriosamente em umaPessoa — o Homem Jesus Cristo.”– Idem, vol. 5, p. 1.113.

“Por Sua humanidade, Cristoestava em contato com a humani-dade. Por Sua divindade, firma-Seno trono de Deus. Como Filho dohomem, deu-nos exemplo de obe-diência. Como Filho de Deus, dá-nos poder para obedecer.” – O De-sejado de Todas as Nações, p. 24.

Natureza divina“Essencialmente e no mais alto

sentido, Cristo era Deus. Ele esta-va com Deus desde toda a eterni-dade, Deus sobre todos, benditopara todo o sempre.” – Mensagensescolhidas, vol. 1, p. 247.3

“Falando de Sua preexistência,Cristo conduz a mente através deséculos incontáveis. Afirma-nosque nunca houve tempo em queEle não estivesse em íntima comu-nhão com o eterno Deus.” –Evangelismo, p. 615.

“Desde os dias da eternidade,o Senhor Jesus Cristo era Um como Pai.” – O Desejado de Todas asNações, p. 19.

“Fez-se silêncio na assembléiavasta. O nome de Deus, dado a

Moisés para exprimir a idéia dapresença eterna, fora reclamadocomo Seu pelo Rabi da Galiléia.Declarara-Se Aquele que tem exis-tência própria, Aquele que foraprometido a Israel, ‘cujas saídassão desde os tempos antigos, des-de os dias da eternidade’ (Mi-quéias 5:2).” – Idem, p. 469 e 470.

“Quando foi ouvida no túmulode Cristo a voz do poderoso anjo,dizendo ‘Teu Pai Te chama’, o Sal-vador saiu do sepulcro pela vidaque havia em Si mesmo. Provou-se então a verdade de Suas pala-vras: ‘Dou a Minha vida para tor-nar a tomá-la. [...] Tenho poderpara a dar, e poder para tornar atomá-la.’ (João 10:17 e 18). Entãose cumpriu a profecia que fizeraaos sacerdotes e príncipes:‘Derribai este templo, e em trêsdias o levantarei.’ (João 2:19).

Sobre o sepulcro fendido deJosé, Cristo proclamara, triunfan-te: ‘Eu sou a ressurreição e a vida.’Essas palavras só podiam ser pro-feridas pela Divindade. Todos osseres criados vivem pela vontadee pelo poder de Deus. São recipi-entes subordinados da vida deDeus. Do mais alto serafim aomais humilde dos seres animados,todos são providos da Fonte davida. Unicamente Aquele que eraUm com Deus podia dizer: Tenhopoder para dar Minha vida, e po-der para tornar a tomá-la. Em Suadivindade, possuía Cristo o poderde quebrar as algemas da morte.”– Idem, p. 785.

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A Divindade

“Nele habitou corporalmente aplenitude da Divindade. QuandoCristo foi crucificado, foi Suanatureza humana que morreu. ADivindade não declinou nem mor-reu. Isso seria impossível.” – TheSDA Bible Commentary (E. G.White Comments), vol. 5, p. 1.113.

“O espírito de Jesus descansouna tumba juntamente com Seucorpo; não se dirigiu ao Céu, comoque possuindo existência separa-da, para observar lá de cima osenlutados discípulos embalsaman-do o corpo do qual se retirara.Tudo que dizia respeito à vida e àinteligência de Jesus ficou comSeu corpo no sepulcro; e quandoEle ressuscitou, fê-lo como um Sercompleto. Não teve de chamar Seuespírito do Céu. Tinha poder paradepor Sua vida e reavê-la.” –Ibidem, p. 1150 e 1151.

“A divindade de Cristo é a cer-teza de vida eterna para o crente.”– O Desejado de Todas as Nações,p. 530.

A natureza humana“Teria sido quase infinita humi-

lhação para o Filho de Deus reves-tir-Se da natureza humana mesmoquando Adão permanecia em seuestado de inocência, no Éden. MasJesus aceitou a humanidade quan-do a espécie humana havia sidoenfraquecida por quatro mil anosde pecado. Como qualquer filho deAdão, aceitou os resultados daoperação da grande lei da heredi-tariedade.” – Idem, p. 49.

“A custo infinito, e por proces-so misterioso tanto a anjos quantoa homens, Cristo assumiu a huma-nidade. Ocultando Sua divindade,pondo de lado Sua glória, nasceubebê em Belém.” – The Youth’sInstructor, 20 de julho de 1899.

“Quando Jesus tomou a natu-reza humana e fez-Se homem,possuiu o organismo humano emsua totalidade. Suas necessidadeseram as necessidades de um ho-mem. Tinha desejos pessoais aserem supridos, cansaço corporala ser aliviado. Através da oraçãoao Pai, Ele foi animado para o de-ver e as provações.” – The SDABible Commentary (E. G. WhiteComments), vol. 5, p. 1.130.

“[Nosso Salvador] É um irmãoem nossas fraquezas, mas não empossuir idênticas paixões. Sendosem pecado, Sua natureza recua-va do mal.” – Testemunhos paraa igreja, vol. 2, p. 202.

“A humanidade do Filho deDeus é tudo para nós. É a correntede ouro que liga nossa alma a Cris-to, e por meio de Cristo, a Deus.Isso deve constituir nosso estudo.Cristo foi homem real. Deu provade Sua humildade, tornando-Sehomem. Entretanto, era Ele Deusna carne. Quando abordarmosesse assunto, bem faremos em le-var a sério as palavras dirigidas porCristo a Moisés, junto à sarça ar-dente: ‘Tira as sandálias dos pés,porque o lugar em que estás é ter-ra santa.’ (Êxodo 3:5).” – Mensa-gens escolhidas, vol. 1, p. 244.

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Tentado em todos os pontos“Coberto com as vestes da hu-

manidade, o Filho de Deus desceuao nível daqueles que desejou sal-var. NEle não havia engano nempecaminosidade. Sempre foi puroe incontaminado. Ainda assim,tomou sobre Si nossa naturezapecaminosa. Vestindo Sua divin-dade com humanidade, de formaque pudesse associar-Se com ahumanidade caída, buscou reaverao homem aquilo que, pela deso-bediência, Adão perdeu para si epara o mundo.” – The Review andHerald, 15 de dezembro de 1896.

“O coração de Cristo foilancinado por uma dor muito maispungente que a dor causada pelospregos que Lhe foram cravadosnas mãos e nos pés. Estava levan-do os pecados do mundo inteiro,suportando nossa punição — a irade Deus contra a transgressão.Sua aflição abrangeu a tentaçãoatroz de pensar que fora abando-nado por Deus. Sua alma foi afli-gida pela pressão de grande treva,temendo que Ele Se desviasse daretidão durante a terrível prova-ção. A menos que haja a possibili-dade de ceder, a tentação não étentação. Resiste-se a ela quandoo homem é influenciado fortemen-te a cometer má ação e, sabendoque pode praticá-la, resiste, pelafé, com firme apego ao poder di-vino. Foi essa a provação pela qualCristo passou. Não poderia tersido tentado em todos os pontos,como o homem o é, se não hou-

vesse possibilidade da queda. Eleera agente livre, posto à prova,como o fora Adão, e assim comoo é todo homem. Em Suas horasderradeiras, enquanto penduradoà cruz, vivenciou à máxima exten-são o que o homem deve experi-mentar na luta contra o pecado.Percebeu quão mau um homempode tornar-se ao ceder ao peca-do. Testificou a conseqüência ter-rível da transgressão à Lei deDeus, pois a iniqüidade do mun-do inteiro estava sobre Ele.” – TheYouth’s Instructor, 20 de julho de1899.

“Quando Seu ministério come-çou, depois do batismo, Ele supor-tou um jejum angustiante de qua-se seis semanas. Não era apenas atorturante dor da fome que tornouSeus sofrimentos inexprimivel-mente severos, mas era a culpa dospecados do mundo que O oprimi-am tão pesadamente. ‘Àquele quenão conheceu pecado, o fez peca-do por nós.’ (2 Coríntios 5:21).Com esse terrível peso de culpasobre Ele por causa de nossos pe-cados, resistiu à prova tremendado apetite, do amor ao mundo e àhonra, e do orgulho da ostentaçãoque leva à presunção.” Testemu-nhos para a igreja, vol. 3, p. 372.

Apesar de tudo, sem pecado“Cristo foi a única pessoa que

andou sobre a Terra em quem nãohavia nenhuma mancha de peca-do.” – Mensagens escolhidas, vol.3, p. 134.

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A Divindade

“Sede cautelosos, extrema-mente cautelosos, em como vosposicionais quanto à naturezahumana de Cristo. Não O apre-senteis ao povo como homem compropensões pecaminosas. Ele é osegundo Adão. O primeiro Adãofoi criado como ser puro, impecá-vel, sem mancha de pecado sobresi. Era a imagem de Deus. Pode-ria cair, e caiu, pela transgressão.Em razão do pecado, sua posteri-dade nasceu com propensões ine-rentes de desobediência. Porém,Jesus Cristo é o Filho unigênito deDeus. Tomou sobre Si a naturezahumana, sendo tentado em todosos pontos, assim como a naturezahumana é tentada. Poderia terpecado. Poderia ter caído, masnem por um momento houve nElequalquer propensão para o mal.”– The SDA Bible Commentary (E.G. White Comments), vol. 5, p.1.128.

“Mas o príncipe das trevasnada achou nEle, nem um simplespensamento ou sentimento de res-posta à tentação.” – Testemunhospara a igreja, vol. 5, p. 422.

“Ele [Cristo] estava para tomarposição à frente da humanidade aoassumir a natureza, mas não apecaminosidade, do homem.” –The SDA Bible Commentary (E.G. White Comments), vol. 7, p.925.

“Não devemos dar desculpasem relação à perfeita ausência depecado da natureza humana deCristo.” – Idem, vol. 5, p. 1.131.

“[Jesus] Não se contaminavacom a corrupção, era um estranhoao pecado, e contudo orava, e issomuitas vezes com forte clamor elágrimas. Ele orava por Seus dis-cípulos e por Si mesmo, identifi-cando-Se assim com nossas neces-sidades, fraquezas e falhas, tãocomuns à humanidade. Era umpoderoso solicitador, não possuin-do as paixões de nossa naturezahumana caída, mas rodeado dasmesmas enfermidades, tentado emtodos os pontos, como nós o so-mos. Jesus suportou sofrimentosque requeriam ajuda e sustento daparte de Seu Pai.” – Testemunhospara a igreja, vol. 2, p. 508 e 509.

“Todo pecado, toda discórdia,toda concupiscência contamina-dora trazida pela transgressão Lheeram tortura para o espírito.” – ODesejado de Todas as Nações, p.111.

Podemos vencer do mesmomodo

“Muitos que caem sob a tenta-ção desculpam-se com a justifica-tiva de que a divindade de CristoO ajudou a vencer, e de que o ho-mem não possui esse poder em seufavor. Porém, isso é um erro. Cris-to trouxe poder divino e o colocouao alcance de todos. O Filho deDeus veio à Terra porque viu queo poder moral no homem é fraco.Veio para levar o homem finito emconexão íntima com Deus. É com-binando poder divino com suasforças humanas que o homem tor-

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Crenças fundamentais dos ASD – Movimento de Reforma

na-se vencedor.” – The Youth’sInstructor, 28 de dezembro de1899.

“Jesus não revelou qualidadesnem exerceu poderes que os homensnão possam possuir mediante a fénEle. Sua humanidade perfeita éa que todos os Seus seguidorespodem possuir, se forem sujeitosa Deus como Ele o foi.” – O Dese-jado de Todas as Nações, p. 664.

“Quando somos tentados aquestionar se Cristo resistiu à ten-tação como homem, devemospesquisar a verdade nas Escritu-ras. Como substituto e fiador daespécie humana, Cristo foi posto,perante o Pai, na mesma posiçãoem que o pecador o é. Cristo teveo privilégio de depender do Paipara obter força, da mesma formaque nós o somos.” – The Youth’sInstructor, 28 de dezembro de1899.

“Deus adotou a natureza hu-mana na pessoa de Seu Filho, le-vando a mesma ao mais alto Céu.[...] Em Cristo se acham ligadas afamília da Terra e a do Céu.” – ODesejado de Todas as Nações, p.25 e 26.

Intercessão de CristoApós ter morrido na cruz por

nossos pecados (1 Coríntios 15:3),Cristo ressuscitou ao terceiro dia(Lucas 24:19-24, 46; 1 Coríntios15:4). Quarenta dias depois, as-cendeu ao Céu (Atos 1:3 e 11),para fazer intercessão em nossofavor e completar a obra da expia-

ção (Hebreus 9:24; 7:25; Roma-nos 8:34; 1 Timóteo 2:5; João14:6; Atos 4:12), apresentando osméritos do Seu sangue perante oPai, em favor dos pecadoresarrependidos (Hebreus 9:11-14;Apocalipse 7:14). Por meio dosméritos do Seu sangue, a purifica-ção do santuário e o apagamentode pecados (Atos 3:19) – fase fi-nal da expiação – começaram em1844 (Daniel 8:14; Hebreus 8:1-4; 9:23), quando o lugar santís-simo do santuário celestial foiaberto (Apocalipse 11:19).

“A intercessão de Cristo no san-tuário celestial, em prol do ho-mem, é tão essencial ao plano daredenção quanto o foi Sua mortesobre a cruz.” – O Grande Confli-to, p. 489.

“O Intercessor divino apresen-ta a petição para que sejam perdo-adas as transgressões de todos osque venceram pela fé em Seu san-gue, a fim de que sejam restabele-cidos em seu lar edênico, e coroa-dos com Ele como co-herdeiros do‘primeiro domínio’ (Miquéias4:8).” – Idem, p. 484.

“Pela Sua vida imaculada, Suaobediência, Sua morte na cruz doCalvário, Cristo intercedeu pelahumanidade perdida. Agora, o Ca-pitão da nossa salvação intercedeem nosso favor, não meramentecomo requerente, mas como con-quistador proclamando vitória.” –The SDA Bible Commentary (E.G. White Comments), vol. 7, p.930 e 931.

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A Divindade

C. O ESPÍRITO SANTOO Espírito Santo, Representan-

te de Cristo, é a terceira pessoa daDivindade. Ao lado de Cristo, é omaior dentre todos os dons dadospor Deus ao homem. Através dEle,Cristo prometeu estar com Seusseguidores (João 14:16-18 e 23;Mateus 28:19 e 20; 1 João 3:24;4:12 e 13; Efésios 3:16 e 17; Ro-manos 8:9-11).

Comparando-se Isaías 6:8-10com Atos 28:25-27, percebe-seque o Espírito Santo é parte dis-tinta da Divindade (Isaías 48:16).Enquanto Cristo é nosso Media-dor perante o Pai (1 Timóteo 2:5),o Espírito Santo faz intercessãoem nosso favor operando em nos-so coração (Romanos 8:26 (cf.verso 34)).

A primeira obra do Espírito San-to é nos convencer do pecado e nosencaminhar a Cristo (João 16:8).Aceitando Cristo como nosso Sal-vador pessoal, nos rendemos à in-fluência e ao controle do EspíritoSanto, que testifica de Cristo e trazarrependimento, conversão (novonascimento ou regeneração) esantificação. Ele continua a nos en-caminhar em toda a verdade (obe-diência), e nos tornamos portado-res da natureza divina (2 Pedro 1:4),tendo a mente de Cristo (João 15:26;16:8; 3:5-8; Tito 3:5; 1 Coríntios6:11; 2 Coríntios 3:18; Romanos8:1, 2, 9, 14 e 16; 2 Tessalonicenses2:13; Gálatas 5:16 e 25; João 16:13;1 Coríntios 2:10-16).

Antes que alguém possa rece-

ber os dons do Espírito, deve ma-nifestar os frutos do Espírito San-to na vida (Gálatas 5:22-25; 1Coríntios 12:7-11).

O dom do Espírito Santo é agarantia de nossa ressurreição. Apresença do Espírito de Deusconosco é o começo da vida eter-na (Romanos 8:9-11 (cf. João11:25 e 26; 1 João 4:13 Efésios1:13 e 14)).

PersonalidadeO Espírito Santo é referido

freqüentemente como poder pro-cedente do Pai e do Filho – poderque opera nos seres humanos eatravés deles (Miquéias 3:8; Lucas1:35; 4:14; 24:49; Atos 1:8; 1Coríntios 2:4).

Porém, ao mesmo tempo, a Bí-blia se refere ao Espírito Santocomo uma personalidade distinta.

Exemplos:1. O Pai é eterno, o Filho é eter-

no e o Espírito Santo é eterno(Isaías 40:3 (Hebreu, cf. Mateus3:3); Isaías 6:8-11 (Hebreu, cf.Atos 28:25-27); Hebreus 9:14;Êxodo 17:7).

2. É Confortador (João 14:26;16:7).

3. Ouve, fala, guia-nos e revelaeventos futuros (João 16:13;Lucas 2:26).

4. Adverte-nos de provações eaflições futuras (Atos 20:23;21:11).

5. Ensina-nos todas as coisas etraz à nossa lembrança as palavrasde Cristo (João 14:26).

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6. Vem a nós com proibições eordenanças (Atos 16:6; 13:2).

7. Dá mensagens ao povo deDeus através dos profetas (2 Pedro1:21).

8. Possui inteligência (Roma-nos 8:27), vontade (1 Coríntios12:7-11), capacidade de amar (Ro-manos 15:30). É suscetível de serinsultado e entristecido (Efésios4:30), provado (Atos 5:9) e desofrer mentiras (Atos 5:3).

9. Esquadrinha todas as coisas,mesmo “as profundezas de Deus”(1 Coríntios 2:10 e 11).

10. Glorifica Cristo, assimcomo Cristo glorificou o Pai (João16:14; 17:1).

11. Faz intercessão em nossofavor (Romanos 8:26).

12. Refere-Se a Si mesmo comoindividualidade, usando os prono-mes pessoais “Eu” e “Me” (Atos13:2).

“Precisamos reconhecer que oEspírito Santo, que é tanto umaPessoa quanto o próprio Deus,está andando por estes terrenos.”(Retirado de uma palestradirigida aos estudantes da Esco-la Avondale.) – Evangelismo, p.616.

“O Espírito Santo [...] personi-fica Cristo, ainda que seja Perso-nalidade distinta.” – ManuscriptReleases, vol. 20, p. 324.

“O Espírito Santo é uma agên-cia livre, ativa e independente.” –The Review and Herald, 5 demaio de 1896.

O Espírito Santo partilha a

onisciência e a onipotência daDivindade.

“O Pai, o Filho e o EspíritoSanto, Poderes infinitos e onisci-entes, recebem os que verdadeira-mente entram em relação de con-certo com Deus.” – The SDA BibleCommentary (E. G. WhiteComments), vol. 6, p. 1.075.

“[Cristo] Sabia que o evange-lho do reino devia ser pregado atodas as nações para testemunho;que a verdade armada com a oni-potência do Santo Espírito seriavitoriosa na batalha contra o mal.”– Atos dos apóstolos, p. 21.

“[O Espírito] Ia ser dado comoagente de regeneração, sem o qualo sacrifício de Cristo de nenhumproveito teria sido. O poder do malse estivera fortalecendo por sécu-los, e alarmante era a submissãodos homens a esse cativeiro satâ-nico. Ao pecado só se poderia re-sistir e vencer por meio da pode-rosa operação da terceira Pessoada Divindade, a qual viria não comenergia modificada, mas na pleni-tude do poder divino. É o Espíritoque torna eficaz o que foi realiza-do pelo Redentor do mundo. É pormeio do Espírito que o coração épurificado.” – O Desejado de To-das as Nações, p. 671.

“Nossa santificação é a obra doPai, do Filho e do Espírito Santo.”– The SDA Bible Commentary (E.G. White Comments), vol. 7, p.908.

“O Pai, o Filho e o EspíritoSanto, Poderes infinitos e onisci-

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A Divindade

entes, recebem os que verdadeira-mente entram em relação de con-certo com Deus. Estão presentesem todo batismo, para receber oscandidatos que renunciaram omundo e receberam Cristo no tem-plo da alma. Esses candidatos in-gressaram na família de Deus.Seus nomes estão inscritos no li-vro da vida do Cordeiro.” – Idem,vol. 6, p. 1.075.

“O Espírito Santo origina todaoração genuína. Tenho aprendidoa estar ciente de que em todas asminhas intercessões o Espírito in-tercede por mim e por todos os san-tos. Porém, as Suas intercessõesestão de acordo com a vontade deDeus, nunca em oposição a ela. ‘OEspírito [...] nos assiste em nossafraqueza.’ (Romanos 8:26). O Es-pírito, sendo Deus, conhece a men-te de Deus. Por isso, em todas asnossas orações pelos doentes oupor outras necessidades, deve-seacatar a vontade de Deus. ‘Porquequal dos homens sabe as coisas dohomem, senão o seu próprio espí-rito, que nele está? Assim, tambémas coisas de Deus, ninguém as co-nhece, senão o Espírito de Deus.’(1 Coríntios 2:11). Se somos ensi-nados por Deus, oraremos de acor-do com Sua vontade revelada, e emsubmissão à Sua vontade que nãoconhecemos. Devemos fazer nos-sas súplicas de acordo com a von-tade de Deus, confiando na preci-osa Palavra e crendo que Cristo nãosomente Se deu a Si mesmo porSeus discípulos, mas também a

eles. O relato declara: ‘Soprou so-bre eles, e disse-lhes: Recebei oEspírito Santo.’ (João 20:22).” – Erecebereis poder, p. 26.

A natureza do Espírito SantoAqui adentramos assunto em

que temos – como Moisés no de-serto – que tirar nossos sapatos. OSenhor nos fala por meio de Suaserva: “Não é essencial que seja-mos capazes de definir exatamen-te o que seja o Espírito Santo.Cristo nos diz que o Espírito é oConsolador, o ‘Espírito da verda-de, que procede do Pai’ (João15:26). A respeito do Espírito San-to, declara-se positivamente que,em Sua obra de guiar os homensem toda a verdade, ‘não falará deSi mesmo’ (João 16:13).

A natureza do Espírito Santo éum mistério. Os homens não apodem explicar, porque o Senhornão lha revelou. Com pontos devista fantasiosos, podem-se reunirpassagens da Escritura e dar-lhessignificado humano. Porém, aaceitação desses pontos de vistanão fortalecerá a igreja. Em rela-ção a tais mistérios – demasiadoprofundos para o entendimentohumano –, o silêncio é ouro.” –Atos dos apóstolos, p. 51 e 52.

O Espírito Santo é referidofreqüentemente como Poder pro-cedente do Pai e do Filho – poderque opera nos seres humanos eatravés deles (Miquéias 3:8; Lucas1:35; 4:14; 24:49; Atos 1:8; 1Coríntios 2:4).

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Ainda assim, a natureza do Es-pírito Santo permanece misterio-sa. Devemos aceitar o conselho se-guinte, de Deuteronômio 29:29:“As coisas encobertas pertencemao Senhor nosso Deus, mas as re-veladas nos pertencem a nós e anossos filhos para sempre, paraque observemos todas as palavrasdesta lei.”

Função“Pelo Espírito, o Salvador seria

acessível a todos. Nesse sentido,estaria mais perto deles do que senão subisse ao Alto.” – O Deseja-do de Todas as Nações, p. 669.

“Cristo, nosso Mediador, e oEspírito Santo estão constante-mente intercedendo em favor dohomem. Porém, o Espírito nãopleiteia em nosso favor como fazCristo, que apresenta Seu sangue,derramado desde a fundação domundo. O Espírito opera em nos-so coração, extraindo dele oraçõese penitência, louvor e ações de gra-ças.” – Mensagens escolhidas, vol.1, p. 344.

“Quando quer que alguém re-nuncie o pecado, que é a transgres-são da lei, sua vida é posta em

harmonia com essa lei, caracteri-zando-se por perfeita obediência àmesma. Essa é a obra do EspíritoSanto.” – Evangelismo, p. 309.

“Se os homens se dispuserem aser moldados, haverá a santificaçãode todo o ser. O Espírito tomaráas coisas de Deus e lhas gravará naalma. Por Seu poder, o caminho davida se tornará tão claro que nin-guém o errará.” – Atos dos após-tolos, p. 53.

Poder na ressurreição“Cristo tornou-Se uma mesma

carne conosco, a fim de nos poder-mos tornar um espírito com Ele.É em virtude dessa união quehavemos de ressurgir do sepulcro– não somente como manifestaçãodo poder de Cristo, mas porque,mediante a fé, Sua vida se tornounossa. Os que vêem Cristo em Seuverdadeiro caráter, e O recebem nocoração, têm vida eterna. É pormeio do Espírito que Cristo habi-ta em nós. O Espírito de Deus,recebido no coração pela fé, é oprincípio da vida eterna.” – ODesejado de Todas as Nações, p.388 (ler Romanos 8:11).

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A Divindade

As Escrituras Sagradas, escri-tas por um Deus de amor, expli-cam a origem, a queda e a reden-ção da humanidade. Contêm atoda-suficiente revelação da von-tade de Deus para as pessoas. Énossa única regra infalível de fé eprática sob a guia do Espírito San-to (João 5:39; Salmos 89:34 (cf.Mateus 22:29; João 7:17); Lucas24:44 e 45; Salmos 119:104 e 105;Isaías 8:20; 2 Timóteo 3:15).

A Bíblia (Antigo e Novo Testa-mentos) é a autoridade para nosensinar e corrigir, mostrando-nosa diferença entre certo e errado(Marcos 12:24; Atos 17:11; 2 Ti-móteo 3:16 e 17; Tiago 1:22 e 23;1 Pedro 1:22 e 23). Assim, nossaposição individual perante Deus enosso relacionamento mútuo de-vem ser baseados em um “Assimdiz o Senhor” (Mateus 7:12; João8:32; 16:13; 17:17; 2 Tessalonicen-ses 2:13).

A presença de Cristo com oshomens de Deus no tempo doAntigo e do Novo Testamentos, àmedida que foram movidos peloEspírito Santo, é a origem da Pa-lavra escrita de Deus (2 Pedro1:21; 2 Timóteo 3:16; Lucas 16:29e 31; João 5:46 e 47). Provas dainspiração divina da Bíblia sãoencontradas na própria Bíblia (1

Capítulo II

As Santas Escrituras

Pedro 1:10-12; 1 Tessalonicenses2:13).

Através do ministério do Espí-rito Santo, a Bíblia é auto-explicativa e não necessita dequalquer tradição ou catecismohumano para sua interpretação(Isaías 28:10; 34:16; 2 Pedro 1:19e 20). Se vivemos em harmoniacom as Santas Escrituras, as pro-messas e bênçãos do Senhor sãonossas (Lucas 11:28; Mateus 4:4;7:21, 24 e 25; João 6:63; 8:31).

“Toda a Bíblia é manifestaçãode Cristo. O Salvador desejava fi-xar a fé de Seus seguidores naPalavra. Quando Sua presença vi-sível fosse retirada, a palavra de-via ser-lhes a fonte de poder.” – ODesejado de Todas as Nações, p.390.

“A Bíblia é a mais admirável detodas as histórias, pois é produçãode Deus, e não da mente finita.Faz-nos remontar através dos sé-culos ao início de todas as coisas,apresentando a história de tempose cenas que de outro modo jamaisteriam sido conhecidos. Revela aglória de Deus na operação de Suaprovidência para salvar o mundocaído. Apresenta na linguagemmais simples o imenso poder doevangelho, o qual, sendo recebido,despedaçaria as algemas que pren-

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dem os homens ao carro de Sata-nás.” – Fundamentos da educaçãocristã, p. 377.

“Toda e qualquer parte da Bí-blia foi dada pela inspiração deDeus, e é proveitosa. O AntigoTestamento deve receber não me-nos atenção do que o Novo. Estu-dando o Antigo Testamento, en-contraremos fontes vivas aborbulhar onde o descuidado lei-tor avista apenas um deserto.” –Educação, p. 191.

“Não é meramente a leitura daPalavra que produzirá o resultadodesignado pelo Céu, mas a verda-de revelada na Palavra de Deusprecisa ter acesso ao coração paraque se obtenha o benefício alme-jado.” – Fundamentos da educa-ção cristã, p. 131.

“A Bíblia inteira é uma revela-ção da glória de Deus em Cristo.Recebida, crida e obedecida, é ogrande instrumento na transfor-mação do caráter. É o único meioseguro de cultura intelectual.” –Testemunhos para a igreja, vol. 8,p. 319.

“Olhando sempre a Jesus comos olhos da fé, seremos fortaleci-dos. Deus fará as revelações maispreciosas a Seu povo faminto esequioso. Eles verificarão queCristo é Salvador pessoal. Ao ali-

mentarem-se de Sua palavra,acharão que ela é espírito e vida.A palavra destrói a natureza car-nal, terrena, e comunica nova vidaem Cristo Jesus. O Espírito Santovem ter com a alma comoConsolador. Pela influênciatransformadora de Sua graça, aimagem de Deus se reproduz nodiscípulo. Ele torna-se nova cria-tura.” – O Desejado de Todas asNações, p. 391.

“A Bíblia, e a Bíblia tão-somen-te, [é o] fundamento de nossa fé.”– Mensagens escolhidas, vol. 2, p.85.

“Mas Deus terá sobre a Terraum povo que mantenha a Bíblia,e a Bíblia só, como norma de to-das as doutrinas e base de todas asreformas. As opiniões de homensilustrados, as deduções da ciência,os credos ou decisões dos concíli-os eclesiásticos, tão numerosos ediscordantes como são as igrejasque representam, a voz da maio-ria – nenhuma dessas coisas, nemtodas em conjunto, deveriam con-siderar-se como prova em favor oucontra qualquer ponto de fé reli-giosa. Antes de aceitar qualquerdoutrina ou preceito, devemospedir em seu apoio um claro ‘As-sim diz o Senhor’.” – O GrandeConflito, p. 595.

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Prefácio

A Bíblia apresenta leis morais,cerimoniais e outras. Os escritoresdos livros do Novo Testamento nãosão sempre específicos. Porém,compreendemos a qual lei se refe-rem de acordo com o contexto.

“Deus deu conhecimento cla-ro e definido de Sua vontade a Is-rael por preceitos especiais, mos-trando o dever das pessoas paracom Deus e com o próximo. Aadoração devida a Deus foi defi-nida claramente. Foi estabelecidoum sistema especial de ritos e ce-rimônias, que asseguraria a Seupovo a lembrança de Deus, e queserviria como divisa para guardare proteger da violação os DezMandamentos.

O povo de Deus, a quem Elechama de Seu tesouro peculiar, foiprivilegiado com um sistema du-plo de leis: moral e cerimonial. Oprimeiro aponta de volta à criaçãoa fim de manter na lembrança oDeus vivo que criou o mundo,cujas reivindicações estão ligadasa todas as pessoas em todadispensação, e que existirá em to-dos os tempos e até à eternidade.O outro foi dado em virtude datransgressão humana da lei moral,cuja obediência consistiu em sa-crifícios e ofertas que apontaramà redenção futura. Cada um delesé distinto.

Capítulo III

Leis divinasDesde a criação, a lei moral foi

parte essencial do plano de Deus,tão imutável quanto Ele próprio.A lei cerimonial tinha por objeti-vo responder ao propósito particu-lar do plano de Cristo pela salva-ção da espécie humana. O sistematípico de sacrifícios e ofertas foiestabelecido de forma que, atravésdesses serviços, o pecador pudes-se discernir a grande Oferta, Cris-to. Porém, os judeus estavam tãocegos pelo orgulho e pecado queapenas poucos deles poderiamenxergar além das mortes de ani-mais como expiação do pecado.Assim, quando Cristo, a quem es-sas ofertas prefiguravam, veio, nãopuderam discerni-lO.

A lei cerimonial era gloriosa.Era a provisão feita por Jesus Cris-to em conselho com Seu Pai, paraauxiliar na salvação do homem.Todo o arranjo do sistema típicofoi estabelecido em Cristo. Adãoviu Cristo prefigurado no animalinocente sofrendo a penalidade datransgressão à lei de Jeová.” – TheReview and Herald, 6 de maio de1875.

A. A LEI MORAL DEDEUSExpressão do caráter de Deus

A lei de Deus – padrão de todajustiça, expressão de Sua mente,

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Crenças fundamentais dos ASD – Movimento de Reforma

Seu caráter, Sua vontade – é a per-sonificação de dois grandes prin-cípios: amor para com nosso Cri-ador e amor para com nossossemelhantes (Mateus 7:12; 22:36-40; Romanos 13:8-10). Esses doisprincípios são resumidos nos DezMandamentos, que, por sua vez,são detalhados em todos os juízose estatutos morais contidos naBíblia inteira (Gênesis 26:5;Êxodo 15:26; Deuteronômio 4:1,2 e 6; Neemias 9:13 e 14).

“A lei de Deus é tão sagradaquanto Ele próprio. É revelação deSua vontade, transcrição de Seucaráter, expressão do amor e dasabedoria divinos.” – Patriarcas eprofetas, p. 52.

Princípios do governo de DeusO governo de Deus é baseado

em princípios de verdade e justi-ça sólidos, bons, santos, perfeitose eternos, revelados em Sua lei.Portanto, tudo que for contrário aesses princípios é pecado (Salmos89:14; 119:142 e 172; 19:7; 111:7e 8; Romanos 7:12 e 16; 1 Timó-teo 1:8 (cf. Tiago 4:17); 1 João 3:4;Romanos 3:20).

Proclamada e escrita porCristo

A lei de Deus (também chama-da de lei de Cristo) foi proclama-da por nosso Salvador no MonteSinai (Êxodo 20:1-17) e escritapor Sua própria mão em duas tá-buas de pedra (Êxodo 31:18; Atos7:38 (cf. Isaías 63:9; Malaquias 3:1;

1 Coríntios 10:4 e 9; Hebreus12:24-26); Deuteronômio 33:2;Êxodo 24:12; Deuteronômio 4:2,12 e 13; 5:4-7 e 22). É a mesma leidada no princípio a Adão e Eva, eaos patriarcas (Oséias 6:7; Gênesis4:7 (cf. 1 João 3:4); Gênesis 26:5;Romanos 4:15; 5:12). Essa lei ja-mais deve ser confundida com a leicerimonial. Nada deve ser subtra-ído ou adicionado a ela. ODecálogo foi definido e explicadonos estatutos e juízos. Essa é abase do concerto de Deus com Seupovo, no Sinai (Êxodo 24:4, 7 e 8;Hebreus 9:19 e 20).

“Por entre trovões e relâmpa-gos, foi Cristo quem proclamou alei no Monte Sinai.” O maior dis-curso de Cristo, p. 45.

Vindicada por CristoQuando Cristo esteve na Terra,

não mudou nem aboliu Sua lei – alei dos Dez Mandamentos(Mateus 5:17-20). Pelo contrário:Ele a engrandeceu, vindicou, ex-plicou, ensinou, fê-la honorável erepreendeu os transgressores dela(Isaías 42:21; Mateus 5:21, 22, 27e 28; 7:12; 15:3; 19:17-19; 22:36-40; 23:2 e 3; Lucas 10:25 e 26;16:17 e 18; João 7:19).

Escrita no coração dosseguidores de Cristo

Sob o Novo Concerto, o Espí-rito Santo nos guia em toda a ver-dade, escrevendo a lei de Deus (leide Cristo) em nosso coração(Ezequiel 36:24-29; Jeremias

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Leis divinas

31:33 (Hebreus 8:10); 2 Coríntios3:3).

Ensinada pelos apóstolosA lei moral de Deus, a lei dos

Dez Mandamentos, tal qual é emJesus (Salmos 40:8), permaneceativa sob o Novo Concerto, comoespelho para nosso auto-exame(Atos 25:8; 24:14; Romanos 2:12-23; 3:19-21, 31; 4:15; 7:7-14, 22;8:4 e 7; 1 Coríntios 7:19; 15:56; 1Timóteo 1:9 e 10; Tiago 1:22-25;2:8-14; 4:11; 1 João 2:3-6; 3:4; 5:3;Apocalipse 11:19; 22:14). Os após-tolos a ensinaram como legado pre-cioso recebido de Deus através dosjudeus (Romanos 2:25-27).

“Quando se abriu o templo deDeus no Céu, foi vista a arca doSeu testemunho. Dentro do san-to dos santos, no santuáriocelestial, acha-se guardada sagra-damente a lei divina – lei pronun-ciada pelo próprio Deus em meioaos trovões do Sinai, e escrita porSeu próprio dedo nas tábuas depedra.

A lei de Deus no santuário ce-leste é o grande original, de que ospreceitos inscritos nas tábuas depedra, registrados por Moisés noPentateuco, eram uma transcriçãoexata.” – O Grande Conflito, p.433 e 434.

“A lei moral jamais foi um tipoou sombra. Existiu antes da cria-ção do homem, e vigorará enquan-to permanecer o trono de Deus.”– Mensagens escolhidas, vol. 1, p.239 e 240.

Cristo e a lei: inseparáveisCristo disse que viria com a lei

no coração (Salmos 40:8; Hebreus10:8 e 9). Portanto, não podemosreceber a lei sem Cristo, ou Cristosem a lei. Os dois são inseparáveis.O fim (ou objetivo) da lei é mos-trar nossos pecados (Romanos3:20; Tiago 1:22-25) e nos condu-zir ao Portador de pecados, JesusCristo (Romanos 10:4; Gálatas3:24). Quando aceitamos Cristo,Ele escreve Sua lei, o Decálogo,em nosso coração (Jeremias31:33; Hebreus 10:16), e torna-senatural obedecer-Lhe (1 João 3:6;O Desejado de Todas as Nações,p. 308).

“A lei é grande espelho pormeio do qual o pecador podediscernir os defeitos do seu cará-ter moral.” – The Signs of the Ti-mes, 18 de julho de 1878.

Padrão de julgamentoA lei de Deus é a norma pela

qual ações, palavras, intenções epensamentos das pessoas serãojulgados (Eclesiastes 12:13 e 14;Romanos 2:12 e 13; 3:19; Tiago2:12).

“A lei de Deus é a norma pelaqual o caráter e vida dos homensserão aferidos no juízo.” – OGrande Conflito, p. 482.

Estatutos e juízos“Mas [o Senhor] não Se limi-

tou a dar-lhes os preceitos doDecálogo. O povo mostrara dei-xar-se transviar tão facilmente que

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Ele não deixaria indefesa nenhu-ma entrada para a tentação. Orde-nou-se a Moisés escrever, confor-me Deus lhe mandasse, juízos eleis que davam minuciosas instru-ções quanto ao que era requerido.Essas instruções relativas ao deverdo povo para com Deus, de unspara com outros e para com o es-trangeiro eram apenas os princípi-os dos Dez Mandamentos, ampli-ados e dados de maneiraespecífica, para que ninguém es-tivesse no caso de errar. Destina-vam-se a resguardar a santidadedos dez preceitos gravados nastábuas de pedra.” – Patriarcas eprofetas, p. 364.

“Se o povo houvesse praticadoos princípios dos Dez Mandamen-tos, não teria havido necessidadedas instruções adicionais dadas aMoisés.” – Ibidem.

B. A LEI CERIMONIALA lei cerimonial, que inclui o

sistema sacrifical e os sete sábadosanuais (dias santos judaicos),tipificou os mistérios contidos noplano da salvação. Seus ritosapontaram para o Salvador pro-metido. A morte de Cristo os tor-nou nulos e vazios (Efésios 2:15;Colossenses 2:14-17 (cf. João19:30; Mateus 27:51); Hebreus9:8-10; 10:1-6 e 8). Apesar de serpropósito do inimigo levar as pes-soas a confundirem a lei moral deDeus com a lei cerimonial, apli-cando à primeira certos versos re-ferentes claramente à segunda,

podemos ver a distinção entre asduas.

A lei sobre o sacerdócio levíticotambém foi abolida (Hebreus7:12-14, 19 e 28).

“A lei cerimonial foi [...] dadaa Moisés, e por ele escrita em umlivro. Mas a lei dos Dez Manda-mentos, proferida do Sinai, foiescrita pelo próprio Deus em tá-buas de pedra, e sagradamenteconservada na arca. Muitos há queprocuram confundir esses dois sis-temas, usando os textos que falamda lei cerimonial para provar quea lei moral foi abolida. Porém, issoé perversão das Escrituras. A dis-tinção entre os dois sistemas éampla e clara.” – Idem, p. 365.

“No mundo cristão, muitostambém têm um véu ante os olhose o coração. Não vêem o términodo que era transitório. Não vêemque foi tão-somente a lei cerimo-nial que foi abolida, quando Cris-to morreu. Pretendem que a leimoral tenha sido pregada à cruz.Pesado é o véu que lhes obscure-ce o entendimento.” – Mensagensescolhidas, vol. 1, p. 239.

“Era desejo de Cristo [...]desembaraçá-los dos ritos e ceri-mônias que até ali eles tinhamcomo essenciais, e cuja recepçãodo evangelho deixou sem qualquerforça. Continuar esses ritos seriainsulto a Jeová.” – The SDA BibleCommentary (E. G. WhiteComments), vol. 5, p. 1.139 e1.140.

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Leis divinas

Depois de o Senhor haver com-pletado as obras da criação, des-cansou no sétimo dia. Então oabençoou e santificou, para bene-fício do homem, a fim de mantê-lo santo e cessar todo trabalhosecular. Assim, o Sábado foi insti-tuído como memorial das obras doCriador. Este é o dia do Senhor(Gênesis 2:1-3; Marcos 2:28;Êxodo 20:8-11; 16:23; Isaías 56:2;58:13). O Sábado também é sinaldo descanso espiritual de Deus, noqual Ele quis que Adão e seus des-cendentes tomassem parte. Por-tanto, o Sábado é para nós sinal dodescanso que encontramos emCristo (Hebreus 3:18 e 19; 4:1-4,9-11 (cf. Mateus 11:28 e 29)).

“A lei de Deus existia mesmoantes da criação do homem. Osanjos eram regidos por ela. Sata-nás caiu por haver transgredido osprincípios do governo divino. De-pois que Adão e Eva foram cria-dos, Deus tornou-lhes conhecidaSua lei, que não foi escrita nessaocasião, mas a eles repetida porJeová.

O Sábado do quarto manda-mento foi instituído no Éden. Osprincípios incorporados aodecálogo existiam antes da queda,e eram adequados às condiçõesdos seres santos. Após a queda,esses princípios não foram muda-

dos, nada foi removido da Lei deDeus, mas foram dados preceitosadicionais para ir ao encontro dohomem em seu estado caído.” –The Signs of the Times, 10 de ju-nho de 1880.

“O Sábado não se destinavameramente a Israel, mas ao mun-do. Fora tornado conhecido aohomem no Éden. Como os demaispreceitos do Decálogo, é de imu-tável obrigatoriedade. Dessa lei deque o quarto mandamento é par-te, declara Cristo: ‘Até que o Céue a Terra passem, nem um jotanem um til se omitirá da lei, semque tudo seja cumprido.’ (Mateus5:18). Enquanto Céus e Terra du-rarem, continuará o Sábado comosinal do poder do Criador. E quan-do o Éden florescer novamente naTerra, o santo e divino dia de re-pouso será honrado por todos de-baixo do Sol. ‘Desde um Sábadoaté ao outro’, os habitantes danova Terra glorificada irão ‘adorarperante Mim, diz o Senhor’ (Isaías66:23).

Nenhuma outra das institui-ções dadas aos judeus tendia adistingui-los tão completamentedas nações circunvizinhas quantoo Sábado. Era intenção do Senhorque a observância desse dia osdesignasse como adoradores Seus.Seria sinal de sua separação da

Capítulo IV

O Sábado

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idolatria e da ligação com o verda-deiro Deus. Porém, a fim de san-tificar o Sábado, os homens preci-sam ser eles próprios santos. Pelafé, devem tornar-se participantesda justiça de Cristo. Quando foidado a Israel o mandamento‘Lembra-te do dia do Sábado, parao santificar’ (Êxodo 20:8), o Se-nhor lhes disse também: ‘E ser-Me-eis homens santos.’ (Êxodo22:31). Só assim poderia o Sába-do distinguir Israel como osadoradores de Deus.

Ao se apartarem os judeus doSenhor e deixarem de tornar a jus-tiça de Cristo sua pela fé, o Sába-do perdeu para eles a significação.Satanás estava procurando exal-tar-se e afastar de Cristo os ho-mens. Trabalhou para perverter oSábado, pois é o sinal do poder deCristo. Os guias judaicos cumpri-ram a vontade de Satanás, rodean-do o divino dia de repouso de en-fadonhas exigências. Nos dias deCristo, tão pervertido se tornara oSábado que sua observância refle-tia o caráter de homens egoístas earbitrários, em lugar de o fazer aocaráter do amorável Pai celeste.”– O Desejado de Todas as Nações,p. 283 e 284.

Sinal do relacionamento entreDeus e Seu povo

O Sábado é sinal do relaciona-mento entre Deus e Seu povo. De-signa-os como Seu povo especial epeculiar, que guarda Seus manda-mentos, são livres da idolatria e

adoram o Deus verdadeiro (Êxodo31:16 e 17; Ezequiel 20:20).

Sinal de libertação e redençãoQuando os filhos de Israel saí-

ram do Egito, o Sábado foi decla-rado ser também sinal de liberta-ção da escravidão (Deuteronômio5:15). Tornou-se parte da lei escri-ta de Deus – a lei ígnea dos DezMandamentos –, que adveio damão direita do Senhor (Deutero-nômio 33:2). Para nós, o Sábadotambém é sinal de libertação daescravidão do pecado. Portanto, ésinal de santificação e redenção(João 8:32-36; Êxodo 31:12 e 13;Isaías 56:1 e 2; Ezequiel 20:12 (cf.João 17:17)).

Sinal da justiça de CristoEm virtude de a lei de Deus ser

expressão de Sua justiça (Salmos119:142 e 172), e de o Sábado sero selo da lei de Deus (Êxodo31:17; Isaías 8:16), a verdadeiraguarda do Sábado também é sinalda justiça de Cristo a criar umnovo coração em Seus seguidores.

Cristo ensinou a verdadeiraguarda do Sábado

O conflito entre Jesus e osfariseus sobre o Sábado nuncaenvolveu a questão de o Sábadodever ou não ser guardado. A dis-cussão era apenas sobre questõescomo a forma de ser guardado.Jesus descartou toda tradição hu-mana desnecessária e ensinou aguarda legítima do Sábado, dan-

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O Sábado

do-nos exemplo (Lucas 4:16;Mateus 12:1-12; Lucas 13:10-17;João 5:2-11; 7:22 e 23). Ao ensi-nar a guarda correta do Sábado, deacordo com a lei, Cristo confirmoua validade sagrada do mandamen-to do Sábado.

A instrução de Cristo a Seusdiscípulos, de orarem a fim de quea fuga deles não tivesse que ocor-rer no Sábado, confirma a santida-de do Sábado na dispensação cris-tã (Mateus 24:20). Essa instruçãofoi dada não apenas para benefí-cio dos crentes que viviam naJudéia após a crucifixão de Cristo(cf. Mateus 24:16-18; Atos 8:1),mas também para benefício dosque vivem nos últimos dias(Mateus 24:3, 32 e 33).

Os fariseus, que vigiavam Cris-to continuamente, não foram ca-pazes de achar nEle qualquer evi-dência de transgressão do Sábado.Nem mesmo quando Ele estavaperante Caifás, poderiam acusá-lOde ter violado o Sábado. Nesseponto, nem mesmo tentaram usarfalsas testemunhas contra Ele(Lucas 6:7; Mateus 26:59-66; João18:28-31).

Quando o novo concerto jáhavia sido confirmado pela mortede Cristo na cruz (Hebreus 9:16),e em razão de nenhuma mudançapoder ser feita depois de ele haversido validado (Gálatas 3:15), osdiscípulos continuaram descan-sando no Sábado, em obediênciaao quarto mandamento (Lucas23:56).

Imediatamente antes de Suaascensão, Cristo deu instruçõesfinais a Seus discípulos, para en-sinarem e observarem “todas ascoisas que Eu vos tenho manda-do”. Ele nunca falou qualquer pa-lavra sobre uma suposta mudan-ça do Sábado para o domingo –passada, presente ou futura(Mateus 28:20 (cf. Lucas 16:17)).

Os primeiros cristãos eramfiéis guardadores do Sábado

Os primeiros cristãos guarda-ram o Sábado, o sétimo dia da se-mana, e mantinham suas reuniõesreligiosas nesse dia (Atos 13:14,42 e 44; 16:13; 17:1-3). Duranteum ano e seis meses, Paulo pregouem Corinto todo Sábado, persua-dindo judeus e gregos. Não há in-dicação de que ele tenha tentadointroduzir qualquer mudança doSábado para o domingo (Atos 18:4e 11). Ananias, um dos líderes daigreja, não teria tido bom testemu-nho de todos os judeus se nãohouvesse sido estrito guardadordo Sábado (Atos 22:12).

Após a ascensão de Cristo, ju-deus e cristãos adoraram nas sina-gogas no dia de Sábado (Atos9:12; 22:19; 15:21 (cf. Mateus23:1-3; João 16:2)). Não há evi-dência de que os primeiros cris-tãos tenham ofendido os judeus,não guardando o Sábado (Atos25:8; 1 Coríntios 10:32).

Quando havia conflito sobre alei cerimonial na igreja, não ocor-ria desacordo causado por tenta-

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tiva de mudar o Sábado. Isso mos-tra que tal tentativa nunca foi fei-ta entre os primeiros cristãos. Sealguns dos líderes houvessem ten-tado fazer algo tão sério, todo o li-vro de Atos estaria inflamado dereferências ao conflito causadopela tentativa de afastamento.Portanto, silêncio completo nessaquestão prova que os primeiroscristãos não conheceram inovaçãonesse ponto (Atos 15:1-6, 23-29).

Na nova TerraNa Terra feita nova, os remidos

virão adorar o Senhor Sábadoapós Sábado. O Sábado continu-ará a ser memorial da criação e daredenção de Deus por toda a eter-nidade (Isaías 66:22 e 23).

Mantendo santo o Sábado“Lembra-te do dia do Sábado,

para o santificar. Seis dias traba-lharás, e farás todo o teu trabalho;mas o sétimo dia é o Sábado doSenhor teu Deus. Nesse dia nãofarás trabalho algum, nem tu, nemteu filho, nem tua filha, nem o teuservo, nem a tua serva, nem o teuanimal, nem o estrangeiro que estádentro das tuas portas. Porque emseis dias fez o Senhor o céu e a Ter-ra, o mar e tudo o que neles há, eao sétimo dia descansou; por issoo Senhor abençoou o dia do Sába-do, e o santificou.” Êxodo 20:8-11.

O quarto mandamento da leide Deus confirma a validade dosétimo dia da semana como o Sá-bado que Deus ordenou no Éden.

Após descansar nesse dia, Deus oabençoou e santificou (Gênesis2:3). Então o separou como SeuSábado, dia santo de descanso,memorial da Sua criação (Marcos2:27). Também fez dele o sinal(Êxodo 31:17) de fidelidade entreo homem e Ele próprio, o únicoDeus verdadeiro.

A verdadeira guarda do Sába-do, em conformidade com a santalei de Deus, pode unicamente terlugar quando Seu propósito origi-nal no estabelecimento do Sába-do do sétimo dia for compreendi-do claramente, e quando o amor aDeus no coração for supremo.Guardando santo o Sábado, deacordo com as instruções de Deusem Sua Palavra, confirmamos nos-sa relação e fidelidade a Ele comonosso Deus, Criador e Pai Celes-tial.

Bênçãos da guarda do SábadoQuando Deus abençoou, san-

tificou e separou o sétimo dia dasemana como Seu santo dia deSábado, também prometeu aben-çoar e santificar todos os que oobservassem de acordo com Suasinstruções (Ezequiel 20:12).

“Então te deleitarás no Senhor,e Eu te farei cavalgar sobre as al-turas da Terra, e te sustentarei coma herança de teu pai Jacó; porquea boca do Senhor o disse.” Isaías58:14.

O quarto mandamento proíbeno Sábado todo tipo de trabalhosecular que possa ser realizado em

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O Sábado

qualquer outro dia da semana.Essa proibição se estende a todosos membros da casa, visitantes queestiverem em nosso lar, e mesmoa nossos animais domésticos detrabalho.

Sexta-feira, dia de preparação“Na sexta-feira deverá ficar ter-

minada a preparação para o Sába-do. Tende o cuidado de pôr toda aroupa em ordem e deixar cozido oque houver para cozer. Escovai ossapatos e tomai vosso banho. Épossível deixar tudo preparado, seisso for tomado como regra. OSábado não deve ser empregadoem consertar roupa, cozer alimen-to, nem em divertimentos ouquaisquer outras ocupações mun-danas. Antes do pôr-do-sol, pondede parte todo trabalho secular, efazei desaparecer os jornais profa-nos. Explicai aos filhos esse vos-so procedimento e induzi-os a aju-darem na preparação, a fim deobservar o Sábado segundo omandamento.” – Testemunhos se-letos, vol. 3, p. 22.

“Na sexta-feira, a roupa dascrianças deve ser examinada. Du-rante a semana, já deve ter sidotoda preparada por suas própriasmãos sob a direção da mãe, paraque possam vesti-la calmamente,sem qualquer confusão ou corre-ria e palavras precipitadas.” – Ori-entação da criança, p. 528.

“Há ainda outro ponto a quedevemos dar atenção no dia dapreparação. Nesse dia, todas as

divergências entre irmãos, tantona família quanto na igreja, devemser removidas. Afaste-se da almatoda amargura, ira ou ressenti-mento. Com espírito humilde,‘confessai vossas culpas uns aosoutros, e orai uns pelos outros,para que sareis’ (Tiago 5:16).” –Testemunhos seletos, vol. 3, p. 22e 23.

“Ao começar o Sábado, deve-mos pôr guarda em nós mesmos,em nossos atos e palavras, paraque não roubemos a Deus, apro-veitando-nos, para nosso própriouso, daquele tempo que pertenceestritamente ao Senhor. Não deve-mos fazer nós mesmos, nem per-mitir que nossos filhos façam,qualquer espécie de trabalho pes-soal que constitua nosso meio devida, ou qualquer coisa que pode-ria ter sido feita durante os seisdias de trabalho. A sexta-feira é odia de preparação. O tempo podeser então dedicado a fazer os pre-parativos necessários para o Sába-do, a pensar e falar sobre isso.Coisa nenhuma que possa aosolhos do Céu ser consideradatransgressão do santo Sábadodeve deixar-se por dizer ou fazer,para ser dita e feita no Sábado.Deus requer não somente que nosabstenhamos do trabalho físico noSábado, mas que a mente seja dis-ciplinada de modo a pensar emtemas santos. O quarto manda-mento é virtualmente transgredi-do mediante o conversar sobrecoisas mundanas, ou leves e frívo-

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las. Falar sobre qualquer coisa ousobre tudo que nos vem à mente éfalar nossas próprias palavras.Todo desvio do direito nos põe emservidão e condenação.” – Orien-tação da criança, p. 529 e 530.

Atos compatíveis com a guardado Sábado (exemplos)

Cristo freqüentou cultos noSábado (Lucas 4:16), e por exem-plo nos ensinou que é lícito fazero bem nesse dia (Mateus 12:9-13;Marcos 3:1-5).

Cristo era verdadeiro médico-missionário. Curou muitas pesso-as no Sábado. Em conexão com oministério de cura e bem-estar,afirmou: “O Sábado foi feito porcausa do homem, e não o homempor causa do Sábado.” (Marcos2:27).

Portanto, toda obra de miseri-córdia que esteja em harmoniacom o propósito do Sábado é per-mitida (Mateus 25:35 e 36).

“Os médicos precisam cultivarespírito de abnegação e sacrifício.Pode ser mesmo necessário devo-tar as horas do santo Sábado aoalívio da humanidade sofredora.Porém, os honorários por esse tra-balho devem ser recolhidos à te-souraria do Senhor, a fim de seremusados em favor de pobres mere-cedores, que necessitem de trata-mento médico e não podem pa-gar.” – Medicina e salvação, p.216.

“Não raro os médicos são cha-mados no Sábado para acudir en-

fermos, sendo-lhes impossível to-mar tempo para repouso e devo-ção. O Salvador nos mostrou porSeu exemplo que é correto aliviaro sofrimento nesse dia. Porém,médicos e enfermeiros não devemfazer trabalho desnecessário. Tra-tamentos comuns e operações quepodem esperar devem ser deixa-dos para o dia seguinte. Seja co-nhecido dos pacientes que os mé-dicos precisam ter um dia dedescanso.” – Medicina e salvação,p. 214.

“Quanto precisa o médico fielda simpatia e das orações do povode Deus! Seus direitos nesse sen-tido não são inferiores aos do maisconsagrado pastor ou missionário.Como se vê muitas vezes privadodo necessário repouso e do sono,e mesmo dos privilégios religiososno Sábado, necessita dobrada por-ção de graça, nova provisão a cadadia. Do contrário, perderá a segu-rança em Deus e estará em riscode imergir mais fundo nas trevasespirituais do que homens de ou-tras profissões. Todavia, muitasvezes é objeto de censuras imere-cidas, e deixado sozinho, sujeitoàs mais cruéis tentações de Sata-nás, sentindo-se mal compreendi-do, traído pelos de sua amizade.”– Testemunhos seletos, vol. 2, p.145 e 146.

“Atos necessários e misericor-diosos são permitidos no Sábado.Os doentes e sofredores em todoo tempo devem ser tratados, maso trabalho desnecessário deve ser

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estritamente evitado.” – Patriar-cas e profetas, p. 307.

Atos incompatíveis com aguarda do Sábado (exemplos)

Preparo de alimentos. Porexemplo, cozinhar, assar etc.(Êxodo 16:23).

Carregar cargas, assim comocomprar, transportar e vendertodo tipo de mercadoria (Neemias13:15-22).

Fazer nossa própria vontade eparticipar de conversação inapro-priada para o Sábado (Isaías58:13).

Violar o tempo de Deus duran-te o Sábado.

“O Sábado [...] é tempo deDeus, não nosso. Quando o viola-mos, roubamos a Deus. [...] Deusnos deu todos os seis dias em quetrabalhar, e apenas reservou umpara Si. Deve este ser um dia debênçãos para nós – um dia em queponhamos de parte todas as nos-sas questões seculares e centrali-zemos nossos pensamentos emDeus e no Céu.” – Nos lugarescelestiais, p. 152.

Consertar, limpar, varrer, lavarroupa, engraxar sapato, ler mate-rial secular etc.

Conselhos geraisOs limites do Sábado devem

ser guardados cuidadosamente(Testemunhos para a igreja, vol.6, p. 356).

Toda diferença entre membrosda família e irmãos deve ser posta

de lado antes de o Sábado come-çar (Ibidem, idem).

Devem ser feitas confissões, aDeus e uns aos outros (O GrandeConflito, p. 356).

Antes de o Sábado começar,todos os ocupantes da casa devemreunir-se no altar da família paraler a Palavra de Deus e adorá-lOatravés de oração e hino.

As crianças devem participarno culto de adoração familiar, es-pecialmente no Sábado (Testemu-nhos para a igreja, vol. 6, p. 357).

Orações e cultos longos devemser evitados (Ibidem, idem).7

Todos devem comparecer aoculto de adoração e à Escola Sa-batina na casa de Deus, onde de-vem tornar-se participantes ativos(Ibidem, p. 367; O Grande Con-flito, p. 531).

Todos têm parte a desempe-nhar em tornar os cultos sabáticosinteressantes (Testemunhos paraa igreja, vol. 6, p. 362).

Apesar de não ser permitidocozinhar no Sábado, não é neces-sário ingerir comida fria (O Gran-de Conflito, p. 532).

“Trate-se de arranjar qualquerprato especial, que a família nãocostuma comer todos os dias.” –Orientação da criança, p. 532.

Devem-se planejar saídas ao arlivre para observar a mão de Deusna natureza (O Grande Conflito,p. 533 e 534).

Tome-se tempo para ler a Bí-blia, livros do Espírito de Profeciaetc. (Idem, p. 532).

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Controlem-se pensamentos epalavras, e direcionem-se medita-ção e conversação para temas es-pirituais (Gospel Workers (1890),p. 208).

Lembre-se de que visitar osdoentes e aplicar estudos bíblicosestão em perfeita harmonia com oespírito da verdadeira guarda doSábado.

“Os que não se acham inteira-mente convertidos à verdade dei-xam com freqüência que a mentelhes corra às soltas sobre negóci-os mundanos. Se bem que repou-sem dos labores físicos no Sábado,a língua fala do que está no espíri-to. Daí, essas conversas sobregado, colheitas, prejuízos e lucros.Tudo isso é violação do Sábado. Sea mente gira em assuntos munda-nos, a língua o revelará, pois daabundância do coração fala aboca.” – Testemunhos seletos, vol.1, p. 291.

“Devemos, a cada Sábado, fa-zer um balanço para verificar se asemana finda nos trouxe lucro ouprejuízo espiritual.” – Testemu-nhos para a igreja, vol. 6, p. 356.

“Durante a semana, ninguémse deve permitir ficar tão absorvi-do com as coisas temporais e tãoexausto devido aos esforços paraconseguir o ganho terreno que noSábado não tenha forças ou ener-gias para empregar no serviço doSenhor. Quando nos incapacita-mos para O adorar no Seu santodia, roubamos ao Senhor. Tambémroubamos a nós mesmos, pois pre-

cisamos do calor e do brilho daassociação, bem como da forçaque se pode obter da sabedoria eda experiência de outros cristãos.”– Orientação da criança, p. 530.

“Muitos precisam ser instruí-dos quanto ao modo de se apre-sentarem nas reuniões para o cul-to do Sábado. Não devemcomparecer à presença divina comroupa usada no serviço durante asemana. Todos devem ter roupaespecial para assistir aos cultos deSábado. Conquanto não seja líci-to adaptar-nos às modas do mun-do, nossa aparência exterior nãonos deve ser indiferente. Devemosvestir-nos com asseio e elegância,mesmo que sem luxo e sem ador-nos. Os filhos de Deus devem es-tar limpos interior e exteriormen-te.” – Idem, p. 531.

Dormindo na casa de Deus“Ninguém vá à igreja para dor-

mir. O sono é coisa que não devemanifestar-se na casa de Deus.Não é vosso costume entregar-vosao sono quando empenhados nal-gum serviço temporal, porque vo-lo impede o interesse que neletomais. Seria lícito, pois, colocarem nível inferior aos negócios se-culares o culto que implica vossosinteresses eternos?” – Testemu-nhos seletos, vol. 3, p. 27 e 28.

Sugestões sobre preparo dealimentos para o Sábado

“Não devemos preparar para oSábado mais liberal provisão de

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O Sábado

alimento, nem maior variedade doque nos outros dias. Em lugar dis-so, a comida deve ser mais sim-ples, e menos se deve comer, a fimde a mente estar mais clara e vi-gorosa para compreender as coisasespirituais. Estômago abarrotadosignifica cérebro pesado. As pala-vras mais preciosas podem serouvidas e não apreciadas devido àmente estar confusa por alimenta-ção imprópria. Comendo demaisno Sábado, muita gente faz maisdo que julga em desonrar ao Se-nhor.” – A ciência do bom viver,p. 307.

Viajar no Sábado“Se desejamos a bênção pro-

metida aos obedientes, devemosobservar mais estritamente o Sá-bado. Temo que muitas vezes em-preendamos nesse dia viagens quebem poderiam ser evitadas. Deconformidade com a luz que oSenhor nos tem concedido em re-lação à observância do Sábado,devemos ser mais escrupulososquanto a viagens nesse dia, porterra ou mar. A esse respeito de-vemos dar bom exemplo às crian-ças e jovens. Para ir à igreja querequer a nossa cooperação ou àqual devemos transmitir a mensa-gem que Deus lhe destina, podetornar-se necessário viajar no Sá-bado. Porém, sempre que possíveldevemos, no dia anterior, comprara passagem e tomar todas as dis-posições necessárias. Quandoempreendermos viagem, devemos

esforçar-nos o mais possível porevitar que o dia da chegada aodestino coincida com o Sábado.”– Testemunhos seletos, vol. 3, p. 26.

Crianças brincando no Sábado“Pais, acima de tudo, cuidai de

vossos filhos no Sábado. Nãoconsintais que violem o santo diade Deus brincando em casa ou aoar livre. Vós podereis tambémtransgredir igualmente o Sábadoao permitir que vossos filhos o fa-çam. E quando consentis que elesperambulem, ou permitis quebrinquem no Sábado, Deus vosconsidera transgressores do Sába-do.” – Orientação da criança, p.533.

Freqüência à escola secular erealização de provas no Sábado

“Alguns dentre nosso povo têmmandado os filhos à escola no Sá-bado. Não eram obrigados a fazerisso, mas as autoridades escolaresobjetaram ao recebimento das cri-anças a menos que freqüentassem[as aulas] durante os seis dias. Emalgumas dessas escolas, os alunossão instruídos não somente nasmatérias regulares de estudo, masem fazer várias espécies de traba-lho. Os filhos de professos obser-vadores dos mandamentos têmsido mandados ali no Sábado. Al-guns pais têm procurado justificarsua conduta citando as palavras deCristo, de que é lícito fazer o bemno dia de Sábado. Porém, o mes-mo raciocínio poderia demonstrar

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que os homens podiam trabalharaos Sábados, porque precisam ga-nhar o pão para os filhos. E não hálimite, nenhuma linha divisória amostrar o que deve ou não deveser feito. [...]

Nossos irmãos não podem es-perar a aprovação de Deus en-quanto põem seus filhos onde lhesé impossível obedecer ao quartomandamento. Devem esforçar-separa fazer com as autoridades ar-ranjos pelos quais as crianças se-jam dispensadas das aulas no sé-timo dia. Uma vez que isso falhe,então é patente seu dever – obe-decer aos mandamentos de Deus,custe o que custar. Em alguns lu-gares da Europa Central, há pes-soas que têm sido multadas e apri-sionadas em razão de nãomandarem os filhos à escola aosSábados. Em certo lugar, depois deum irmão haver declarado positi-vamente a fé que professava, che-gou a sua porta um oficial de jus-tiça e obrigou as crianças a irempara a escola. Os pais deram-lhesuma Bíblia em lugar dos habituaiscompêndios escolares, e passaramo tempo a estudá-la. Porém, ondequer que seja possível, nosso povodeve estabelecer escolas próprias.Onde não o puderem fazer, devemmudar-se quanto antes para umlugar onde possam guardar livre-mente os mandamentos de Deus.

Alguns argumentarão que oSenhor não é tão exigente em Seuspreceitos; que não é seu deverguardar o Sábado estritamente

com tão grande prejuízo, ou secolocarem em conflito com as leisda Terra. Porém, é justamente aío ponto em que sobrevirá a prova,a ver se honraremos a lei de Deusacima das exigências dos homens.Isso é o que fará distinção entre osque honram a Deus e os que Odesonram. É nisso que devemosprovar nossa lealdade. A históriado trato de Deus com Seu povoem todos os séculos mostra queEle exige exata obediência. [...]

Caso os pais permitam seus fi-lhos se educarem com o mundo, etornarem o Sábado um dia co-mum, então o selo de Deus nãopode ser colocado sobre eles. Se-rão destruídos com o mundo. Nãocairá o sangue dos filhos sobre ospais? Porém, se ensinamos fiel-mente os mandamentos de Deusa nossos filhos, se os trazemos àsujeição da autoridade paterna, edepois, com fé e oração, os confi-amos a Deus, Ele cooperará comnossos esforços, pois assim o pro-meteu. E ao passar o dilúvio doaçoite pela Terra, juntamenteconosco eles se poderão ocultar nosecreto do pavilhão do Senhor.” –Testemunhos seletos, vol. 2, p.181-184.

“Com direções especiais comoessas, como podem os pais con-sentir que seus filhos freqüentema escola no Sábado, ou em qual-quer parte do Sábado, do mesmomodo que em qualquer dia comumda semana? Aqui há uma cruz aerguer. Aqui a linha de separação

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O Sábado

entre o fiel e o infiel é desenhada.Esse é o sinal de que há um povoque não tornará nula a lei de Deusapesar de trazer sacrifício a simesmos. Aqui devemos levar aomundo nosso testemunho de sub-missão ao Criador e Governadordo mundo. Aqui é sustentado pe-rante o mundo o testemunho daveracidade do Sábado.” –Manuscript Releases, vol. 5, p. 79.

Dias santos anuais judaicosO Sábado semanal do Senhor

apontou ao passado, à obra divi-na da criação, enquanto os sete

dias santos anuais judaicos, tam-bém denominados sábados, apon-taram para o futuro, à obra reden-tora de Cristo. Deus fez distinçãoclara entre os dois, quando disse:“Desde a tardinha do dia nono domês até a outra tarde, guardareiso(s) vosso(s) sábado(s), [...] alémdos sábados do Senhor.” (Levítico23:32 e 38). Em Romanos 14:5,Gálatas 4:10 e Colossenses 2:16 e17 está claro, pelo contexto, quePaulo se refere aos sábados anu-ais dos judeus (“vossos sábados”),não aos Sábados semanais do Se-nhor (“Meus Sábados”).

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“Deus é amor.” Sua natureza,Sua lei, Seu governo, Seu lidarcom as pessoas e cada uma deSuas manifestações é expressãodo Seu amor (1 João 4:16). Oamor de Deus está associado aoutras qualidades de Seu caráter.Veja o capítulo 1. Então, comoDeus poderia permitir a origem domal?

Todas as criaturas inteligentesforam criadas livres para escolherentre obediência e desobediênciaaos grandes princípios de verdade,justiça e amor. Lúcifer (que signi-fica “anjo de luz”), um dosquerubins mais exaltados, empre-gou mal sua liberdade de escolha(Deuteronômio 30:19; Gálatas 6:7e 8). Esse foi o começo da granderebelião no Céu. Lúcifer tornou-seSatanás (do hebreu Shatan, quesignifica “adversário”). Pôs delado a lei de Deus através de auto-exaltação, fraude, mentira e assas-sinato (Ezequiel 28:13-15 e 17;Isaías 14:12-14; Apocalipse 12:7e 8; João 8:44 (cf. João 3:15)).

Quando Satanás e seus anjosforam expulsos do Céu, encontra-ram morada nesta Terra, onde con-tinuaram a obra de rebelião quan-

do nossos primeiros pais se rende-ram a ele (Apocalipse 12:9, 12 e13; Jó 1:6 e 7; 1 Pedro 5:8; 2 Pedro2:4; Judas 6 (cf. Mateus8:29);Gênesis 3:1-15 (cf. Roma-nos 5:12)).

Satanás sustenta falsamenteque esta Terra, com tudo que nelahá, pertence a ele. Tornou-se o“deus” e “príncipe deste mundo”,não por direito, mas por usurpa-ção (Lucas 4:5 e 6; 2 Coríntios 4:4;João 12:31; 1 João 5:19).

A vitória final de Cristo sobreSatanás foi obtida no jardim doGetsêmani e sobre a cruz (João14:30; 16:11; Hebreus 2:14 e 15).Como resultado da vitória de Cris-to, também podemos vencer (1Coríntios 15:57; Tiago 4:7 e 8;Apocalipse 12:11).

Durante o milênio (mil anos),Satanás será confinado por umacadeia de circunstâncias nesta Ter-ra. Ao fim do milênio, ele e seusseguidores serão soltos por peque-no período, e então serão final-mente destruídos. Nem raiz nemramo serão deixados (Apocalipse20:1-3, 7-10; Malaquias 4:1 e 3;Isaías 14:15-20; Ezequiel 28:16,18 e 19).

Capítulo V

Origem do mal e queda deLúcifer

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Origem do mal e queda de Lúcifer

Onde e como o mal se originou“O plano de nossa redenção

não foi um pensamento posterior,formulado depois da queda deAdão. Foi a revelação ‘do mistérioque desde tempos eternos esteveoculto’ (Romanos 16:25). Foi umdesdobramento dos princípios quetêm sido, desde os séculos da eter-nidade, o fundamento do trono deDeus. Desde o princípio, Deus eCristo sabiam da apostasia de Sa-tanás e da queda do homem me-diante o poder enganador doapóstata. Deus não ordenou aexistência do pecado. Porém, pre-viu-a, e tomou providências paraenfrentar a emergência terrível.Tão grande era Seu amor pelomundo que concertou entregarSeu Filho unigênito ‘para que todoaquele que nEle crê não pereça,mas tenha a vida eterna’ (João3:16).” – O Desejado de Todas asNações, p. 22.

“O pecado originou-se comaquele que, abaixo de Cristo, forao mais honrado por Deus, e o maiselevado em poder e glória entre oshabitantes do Céu. Lúcifer, ‘filhoda alva’, era o primeiro dosquerubins cobridores, santo,incontaminado. Permanecia napresença do grande Criador. Osraios incessantes de glória quecercavam o eterno Deus repousa-vam sobre ele.” – Patriarcas e pro-fetas, p. 35.

Satanás colocou as seguintesquestões na mente dos infiéis: seDeus sabia que nossos primeiros

pais cairiam em tentação, por queos havia criado? Em vez disso, porque não havia criado homem emulher diferentes, que não caís-sem quando tentados? Porém, nãofez as mesmas perguntas sobre simesmo, já que é o originador dopecado, e quem tentou Adão e Evaa transgredir o mandamento deDeus. A origem do pecado é mis-tério para nós (Deuteronômio29:29).

“Milhares existem hoje reper-cutindo a mesma queixa revoltosacontra Deus. Não vêem que des-pojar o homem da liberdade deescolha seria privá-lo de sua prer-rogativa de um ser inteligente, efazer dele mero autômato. Não épropósito de Deus coagir a vonta-de. O homem foi criado como sermoral livre. Como os habitantes detodos os outros mundos, devia sersujeito à prova da obediência. Po-rém, nunca é levado a posição emque render-se ao mal se torne coi-sa forçosa. Nenhuma tentação ouprova se permite vir ao que é in-capaz de resistir. Deus nos proveude tão amplos recursos que o ho-mem jamais se teria encontrado nacontingência de ser derrotado noconflito com Satanás.” – Idem, p.331 e 332.

“Sendo a lei do amor o funda-mento do governo de Deus, a feli-cidade de todos os seres inteligen-tes depende da harmonia perfeitacom seus grandes princípios dejustiça. Deus deseja de todas asSuas criaturas o serviço de amor,

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serviço que brote de uma aprecia-ção de Seu caráter. Ele não temprazer na obediência forçada. Atodos concede vontade livre, paraque Lhe possam prestar serviçovoluntário.” – Idem, p. 34.

“Porém, houve um ser que pre-feriu perverter essa liberdade. Opecado originou-se com aqueleque, abaixo de Cristo, fora o maishonrado por Deus, e o mais eleva-do em poder e glória entre os ha-bitantes do Céu.” – O GrandeConflito, p. 493.

“Quando se renovou o confli-to na Terra, Satanás de novo alcan-çou vantagem aparente. Pelatransgressão, o homem se tornouseu escravo, e o reino do homemtambém foi entregue nas mãos domaioral dos rebeldes. Parecia ago-ra aberto o caminho para Satanásestabelecer um reino independen-te, e desafiar a autoridade de Deuse de Seu Filho.” – Patriarcas eprofetas, p. 331.

“Ao tempo em que o pecadotornara-se ciência, quando a hos-tilidade do homem era mais vio-lenta contra o Céu, quando a re-belião fincou raízes profundas nocoração humano, quando o vício

foi consagrado parte da religião,quando Satanás exultou na idéiade que havia levado os homens atal estado de maldade que Deusdestruiria o mundo, Jesus foi en-viado ao mundo, não paracondená-lo, mas – graça maravi-lhosa! – para salvá-lo. Os mundosnão-caídos observaram com inte-resse intenso, para ver Jeová le-vantar-Se e arrastar os habitantesda Terra. Satanás vangloriou-se deque, se Deus fizesse isso, ele com-pletaria seus planos e assegurariapara si a submissão dos mundosnão-caídos. Tinha argumentospreparados para lançar a culpasobre Deus e estender sua rebeliãoaos mundos de cima. Porém, nes-sa crise, em vez de destruir o mun-do, Deus enviou Seu Filho parasalvá-lo.” – The Signs of the Ti-mes, 5 de fevereiro de 1894 (Me-dicina e salvação, p. 216).

“Por que não se eliminou aexistência de Satanás no início desua rebelião? Foi para que o Uni-verso se pudesse convencer da jus-tiça de Deus ao tratar com o mal,e para que o pecado pudesse rece-ber condenação eterna.” – Educa-ção, p. 308.

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Prefácio

A Bíblia ensina que o Univer-so e as várias formas de vida foramcriados por Deus por meio de Cris-to, independentemente de coisasvisíveis e invisíveis, e que “a cria-ção de Deus é reservatório demeios feitos para que Ele os em-pregue imediatamente”, de acor-do com Seu propósito (Hebreus11:3; Salmos 33:6 e 9; Gênesis1:1; 2:7; Jó 26:7-14; 38:36; Isaías45:18; Colossenses 1:16). Temosalguma compreensão do Deus in-visível pelas coisas visíveis quecriou (Romanos 1:19 e 20; Salmos19:1). Deus criou este mundo emseis dias literais (Gênesis 1:31;2:1; Hebreus 1:2; João 1:3; Jó38:4-7; Êxodo 20:11).

As pessoas não podem enume-rar as estrelas. Porém, na onisci-ência de Deus, elas estão todascontadas e chamadas por nome(Salmos 147:4 e 5; Isaías 40:26; Jó9:9).

Deus não é apenas o Criador,mas também o Sustentador dascoisas que trouxe à existência.Também fez, e ainda faz, provisãopara sustentar Suas criaturas comalimento (Isaías 40:12; 42:5;Mateus 5:45; Atos 17:24-28;Gênesis 1:29 e 30; Salmos 65:9-13; Mateus 6:25-30).

Quando as obras da criaçãoforam completadas, tudo era “mui-

to bom” (Gênesis 1:31; Salmos8:1, 3 e 9; Eclesiastes 7:29).

O Universo, o mundo, o ho-mem, o reino animal e o vegetalsão sistemas altamente organiza-dos que não poderiam vir à exis-tência por acaso. Tudo que reve-la “propósito” calculado (porexemplo, temos mente para pen-sar, olhos para ver, ouvidos paraouvir etc.) veio das “mãos” deuma Inteligência, Poder oniscien-te e onipotente, ao qual chama-mos Deus. A natureza revela cla-ramente um desenho. Onde hádesenho, há um desenhista. Umapessoa certamente necessitaria demuita fé para crer que o tremor oua rotação de um tambor gigantecontendo milhões de peças demetal, durante longo período detempo, produziria relógios, má-quinas de escrever e computado-res. Ou que uma explosão numagráfica produziria uma enciclopé-dia. Então, de quanto maior fé elanecessitaria para crer que o ho-mem aconteceu de vir à existên-cia por si mesmo, como resulta-do da interação inconsciente, semsentido e desorientada de terra–água–vento–fogo e nada mais?Portanto, se alguém não crê emDeus, automaticamente acreditaque uma chance cega e impoten-te é capaz de formar coisas alta-

Capítulo VI

A criação

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mente complexas, como o ho-mem, o mundo, o Universo etc.Em outras palavras, precisa demais fé para descrer de Deus doque para crer nEle.

“Na formação de nosso mundo,Deus não dependia de substânciaou matéria preexistente. Ao con-trário, todas as coisas, materiais eespirituais, surgiram perante oSenhor Jeová ao Seu comando, eforam criadas para o Seu própriodesígnio. Os céus e todas as suashostes, a Terra e tudo quanto nelahá, são não somente obra de Suasmãos. Vieram à existência pelosopro de Sua boca.” – Mensagensescolhidas, vol. 3, p. 312.

“Quando a Terra saiu das mãosdo Criador, era extraordinaria-mente bela. Sua superfície era va-riada, contendo montanhas, coli-nas e planícies, entrecortadas pormajestosos rios e formosos lagos.Entretanto, as colinas e monta-

nhas não eram abruptas e escabro-sas, tendo em grande quantidadedespenhadeiros tremendos e abis-mos medonhos como hoje elassão. As arestas agudas e ásperas doarcabouço pétreo da Terra estavamsepultadas por sob o solo fértil,que por toda parte produzia cres-cimento pujante de vegetação.Não havia pântanos asquerososnem desertos áridos. Arbustos gra-ciosos e flores delicadas saudavama vista aonde quer que esta se vol-vesse. As elevações estavam coro-adas de árvores mais majestosasdo que qualquer que hoje exista.O ar, incontaminado por miasmasperniciosos, era puro e saudável.A paisagem toda sobrepujava embeleza os terrenos ornamentadosdo palácio mais soberbo. A hosteangélica olhava o cenário com de-leite, e regozijava-se com as obrasmaravilhosas de Deus.” – Patriar-cas e profetas, p. 44.

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Prefácio

Em razão do pecado, o homemfoi separado de Deus, a Fonte devida. A menos que permita a simesmo a provisão feita para suarestauração, deve sofrer a morteeterna (extinção) (Isaías 59:2 (cf.João 1:4); Romanos 5:12; 6:23(primeira parte)). Porém, não pre-cisa perecer, a menos que escolhaisso. Pode encontrar o caminho devolta a Deus e desfrutar vida eter-na por meio de Cristo (João 6:35,40, 47 e 48; 14:6).

Ao morrer na cruz por nossospecados, Cristo nos redimiu dasentença de morte pronunciadapela santa lei de Deus, que trans-gredimos. Mais do que isso. Cris-to nos comunica poder divino, aunir-se aos esforços humanos.Assim, pela fé em Cristo (ao acei-tarmos Sua vida e morte em nos-so favor, e ao nos colocarmos soba guia de Seu Espírito) e por arre-pendimento e regeneração, rea-vemos o que foi perdido por nos-sos primeiros pais.

O plano da redenção foi moti-vado pelo amor de Deus em favorda humanidade caída. Nosso Sal-vador fez provisão completa(Gênesis 3:15; Isaías 12:2; 45:22).A acusação dos fariseus contraCristo, “Este Homem recebe peca-

Capítulo VII

O plano da redenção

dores”, é nossa grande esperança(Lucas 15:1; João 3:15; 1 Timóteo1:15; 1 Coríntios 15:3; 1 Tessaloni-censes 5:9 e 10; Tito 3:3-8).

“Em vez de cuidarmos em esta-belecer nossa própria justiça, acei-tamos a justiça de Cristo. Seu san-gue expia nossos pecados. Suaobediência é aceita em nosso favor.Então o coração renovado peloEspírito Santo produzirá os ‘frutosdo Espírito’. Mediante a graça deCristo, viveremos em obediência àlei de Deus, escrita em nosso cora-ção. Tendo o Espírito de Cristo,andaremos como Ele andou.” –Patriarcas e profetas, p. 372.

“O coração orgulhoso esforça-se por alcançar a salvação. Porém,tanto nosso título ao Céu quantonossa idoneidade para ele encon-tram-se na justiça de Cristo. OSenhor nada pode fazer para a res-tauração do homem enquanto ele,convicto de sua própria fraquezae despido de toda presunção, nãose entrega à guia divina. Pode en-tão receber o dom que Deus estáà espera de conceder. Coisa ne-nhuma é recusada à alma que sen-te a própria necessidade. Ela temilimitado acesso Àquele em quemhabita a plenitude.” – O Desejadode Todas as Nações, p. 300.

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A. GRAÇA, FÉ E OBRAS

GraçaÉ “dom de Deus”, “favor ime-

recido” (Efésios 2:8; Romanos5:20 e 21; 6:23).

Graça não é licença para o ho-mem continuar em pecado (Ro-manos 6:1 e 2; Gálatas 2:17 e 18;João 8:11; Hebreus 10:26-29; 1João 3:3-10). É provisão, poderpara ele render obediência a Deus.Os que obedecem ao Senhor jánão estão “sob [a penalidade ousentença de] a lei” (Romanos 6:14e 15). Estão sob a graça de Cristo,que os capacita a obedecer aosmandamentos do Todo-Poderoso(1 Coríntios 15:10; 2 Timóteo 2:1(cf. Efésios 6:10); Efésios 2:8-10;Filipenses 2:13; 4:13; Tito 2:11 e12; 1 João 3:22; 5:3).

“É a graça que Cristo implantana alma que cria no homem inimi-zade contra Satanás. Sem essagraça que converte e esse poderrenovador, o homem continuariacativo de Satanás, como servosempre pronto a executar-lhe asordens. Porém, o novo princípiona alma cria o conflito onde atéentão houvera paz. O poder queCristo comunica habilita o homema resistir ao tirano e usurpador.Quem quer que se ache a aborre-cer o pecado em lugar de o amar,que resista a essas paixões que têmdominado interiormente e as ven-ça, evidencia a operação de umprincípio inteiramente de cima.” –O Grande Conflito, p. 506.

“A maior manifestação da gra-ça e do poder de Cristo que ho-mens e mulheres podem fazer temlugar quando o homem natural setorna participante da natureza di-vina e, mediante o poder comuni-cado pela graça de Cristo, vence acorrupção que, pela concupiscên-cia, há no mundo.” – Conselhosaos pais, professores e estudantes,p. 251 e 252.

“O único poder capaz de criarou perpetuar a verdadeira paz é agraça de Cristo. Quando esta forimplantada no coração, expelirá asmás paixões que causam luta edissensão.” – O Desejado de Todasas Nações, p. 305.

“Sem a graça de Cristo, acha-se o pecador em estado desespe-rador. Coisa nenhuma pode serfeita em seu favor. Porém, pelagraça divina é comunicado ao ho-mem poder sobrenatural, que ope-ra em seu espírito, coração e cará-ter. É pela comunicação da graçade Cristo que se discerne o peca-do em sua natureza odiosa, sendoele afinal expulso do templo daalma. É pela graça que somos le-vados em comunhão com Cristo,para com Ele sermos associadosna obra da salvação.” – Mensagensescolhidas, vol. 1, p. 366.

FéAs pessoas são salvas pela gra-

ça, por meio da fé (João 3:14-16;Atos 15:11; Efésios 2:8 e 9; 2 Ti-móteo 3:15).

“A fé é o firme fundamento das

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O plano da redenção

coisas que se esperam, e a provadas coisas que não se vêem.”Hebreus 11:1.

“A fé é pelo ouvir, e o ouvir pelapalavra de Cristo.” Romanos 10:17.

“Mediante a fé, recebemos agraça de Deus. Porém, a fé não énosso Salvador. Ela não obtémnada. É a mão que se apega a Cris-to e se apodera de Seus méritos, oremédio contra o pecado. E nemsequer nos podemos arrependersem o auxílio do Espírito de Deus.De Cristo diz a Escritura: ‘Deuscom a Sua destra O elevou a Prín-cipe e Salvador, para dar a Israelo arrependimento e a remissão dospecados.’ (Atos 5:31). O arrepen-dimento vem de Cristo, tão segu-ramente como vem o perdão.

Então, como nos havemos desalvar? ‘Como Moisés levantou aserpente no deserto’, assim foi le-vantado o Filho do homem, e todoaquele que tem sido enganado emordido pela serpente pode olhare viver. ‘Eis o Cordeiro de Deus,que tira o pecado do mundo.’(João 1:29). A luz que irradia dacruz revela o amor de Deus. Seuamor atrai-nos a Ele mesmo. Senão resistirmos a essa atração, se-remos levados ao pé da cruz emarrependimento pelos pecadosque crucificaram o Salvador. En-tão o Espírito de Deus, mediantea fé, produz nova vida na alma. Ospensamentos e desejos são postosem obediência à vontade de Cris-to.” – O Desejado de Todas asNações, p. 175 e 176.

ObrasUm dos propósitos do plano da

redenção é fazer-nos parar de con-fiar nas próprias obras de justiça(Lucas 16:15; 2 Timóteo 1:9;Gálatas 2:16; Tito 3:4-7; Romanos3:27 e 28; Hebreus 4:10). A razãoé que as únicas obras de justiçaque podemos fazer em nossa for-ça, sem Cristo, são pecado (Isaías64:6; Romanos 14:23; Lucas18:11 e 12; Marcos 7:6-13). Deusdeseja transformar diariamentenosso coração pecaminoso. As-sim, Cristo produz Suas obras emnós. Nossa fé será cheia de boasobras, pois a “fé sem obras é mor-ta” (Isaías 26:12; 1 Coríntios15:31; Gálatas 2:20; 5:22 e 23;Tiago 2:20-22). A obra de justiçade Cristo em nosso coração reno-vado pelo Espírito Santo torna-senossa justiça (Apocalipse 19:8).

B. JUSTIÇA IMPUTADAE JUSTIÇACOMUNICADA

JustificaçãoQuando, pela fé, o pecador vai

a Cristo como ele é e confessa seuspecados, os méritos da vida deCristo são creditados em seu favor.Ele é gratuitamente perdoado atra-vés dos méritos do sangue de Cris-to (1 João 1:9; Romanos 3:23-26,31; 5:1, 9, 10, 16-19; Gálatas 2:16;3:24; 2 Coríntios 5:19 e 21).

“Tudo que o homem pode fazerno sentido de sua salvação é acei-tar o convite: ‘Quem quiser, tome

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de graça da água da vida.’(Apocalipse 22:17). Nenhum pe-cado pode ser cometido pelo ho-mem para o qual não se tenhadado satisfação no Calvário. As-sim a cruz, em fervorosos apelos,constantemente oferece ao peca-dor expiação cabal.” – Mensagensescolhidas, vol. 1, p. 343.

“Quando Deus perdoa o peca-dor, anula o castigo que ele mere-ce e o trata como se não tivessepecado. Recebe-o no favor divinoe o justifica em virtude dos méri-tos da justiça de Cristo. O pecadorsó pode ser justificado mediante féno sacrifício expiatório feito peloamado Filho de Deus, que Se tor-nou sacrifício pelos pecados domundo culpado. Ninguém podeser justificado por quaisquer obraspróprias. Só pode ser liberto daculpa do pecado, da condenaçãoda lei, da pena da transgressão,pela virtude do sofrimento, damorte e da ressurreição de Cristo.A fé é a condição única de obterjustificação. A fé abrange não sóa crença, mas também a confian-ça.” – Ibidem, p. 389.

“A fé é a condição sob a qualDeus houve por bem prometerperdão aos pecadores. Não queexista na fé qualquer virtude pelaqual se mereça a salvação, masporque a fé pode prevalecer-se dosméritos de Cristo, o remédio pro-vido para o pecado. A fé podeapresentar a obediência perfeitade Cristo em lugar da transgressãoe da rebeldia do pecador. Quando

o pecador crê que Cristo é seuSalvador pessoal, então, de acor-do com Suas promessas infalíveis,Deus lhe perdoa o pecado e o jus-tifica livremente. A alma arrepen-dida reconhece que sua justifica-ção vem porque Cristo, como seuSubstituto e Penhor, morreu porele, e é sua expiação e justiça.” –Ibidem, p. 366 e 367.

“A verdadeira fé, a oração ver-dadeira, quão fortes são! Sãocomo dois braços por meio dosquais o humano suplicante se apo-dera do poder do Amor infinito.”– Obreiros evangélicos, p. 259.

“Por meio da mesma fé, pode-mos receber cura espiritual. Pelopecado, fomos separados da vidade Deus. Temos a alma paralítica.Em nossa própria força, não so-mos mais capazes de viver vidasanta do que o era aquele homemde andar. Muitos há que compre-endem a própria impotência e an-seiam aquela vida espiritual que osporá em harmonia com Deus. Demaneira vã, lutam por obtê-la. Emdesespero, clamam: ‘Miserávelhomem que sou! Quem me livra-rá do corpo dessa morte?’ (Roma-nos 7:24). Que essas almas aca-brunhadas, lutadoras, olhem paracima. O Salvador inclina-Se sobrea aquisição de Seu sangue, dizen-do com inexprimível ternura e pi-edade: ‘Queres ficar são?’ Pede-vos que vos levanteis com saúde epaz. Não espereis sentir que estaissãos. Crede-Lhe na Palavra, e serácumprida. Ponde a vontade do

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lado de Cristo. Desejai servi-lO e,agindo sobre Sua Palavra,recebereis força. Seja qual for a máprática, a dominante paixão que,devido à longa condescendência,acorrenta alma e corpo, Cristo écapaz de libertar, e anseia fazê-lo.Comunica vida à alma morta emofensas (Efésios 2:1). Porá em li-berdade o cativo preso pela fraque-za, o infortúnio e as cadeias dopecado.” – O Desejado de Todasas Nações, p. 203.

“‘[...] ao Qual Deus propôscomo propiciação, pela fé, no Seusangue, para demonstração daSua justiça por ter Ele, na Suapaciência, deixado de lado os de-litos outrora cometidos; para de-monstração da Sua justiça nestetempo presente, para que Ele sejajusto e também justificador daque-le que tem fé em Jesus.’ (Romanos3:25 e 26). Essa misericórdia ebondade são inteiramente imere-cidas. A graça de Cristo é gratuitapara justificar o pecador sem mé-rito ou pretensão de sua parte.Justificação é perdão pleno e com-pleto do pecado. No momento queo pecador aceita Cristo pela fé, éperdoado. A justiça de Cristo éimputada sobre ele, e não maisdeve duvidar da graça perdoadorade Deus.” – Refletindo a Cristo, p.78.

“Que é justificação pela fé? Éa obra de Deus ao lançar a glóriado homem no pó e fazer pelo ho-mem aquilo que ele por si mesmonão pode fazer.” – Testemunhos

para ministros e obreiros evangé-licos, p. 456.

“Justificação significa salvaçãoda alma da perdição, de forma quepossa obter santificação e, atravésda santificação, a vida do Céu.Justificação significa que a cons-ciência, purificada de obras mor-tas, é posta onde possa receber asbênçãos da santificação.” – TheSDA Bible Commentary (E. G.White Comments), vol. 7, p. 908.

“Cristo nos proveu um meio deescape. Viveu na Terra em meio aprovas e tentações como as quenos sobrevêm a nós. Viveu umavida sem pecado. Morreu em nos-so favor. Agora Se oferece para nostirar os pecados e dar-nos Sua jus-tiça. Se vos entregardes a Ele e Oaceitardes como vosso Salvador,sereis então, por mais pecamino-sa que tenha sido vossa vida, con-siderados justos por Sua causa. Ocaráter de Cristo substituirá o vos-so caráter. Sereis aceitos diante deDeus exatamente como se nãohouvésseis pecado.” – Caminho aCristo, p. 62.

“Por meio de fé viva, por meiode oração fervorosa a Deus e con-fiando nos méritos de Jesus, so-mos revestidos de Sua justiça esomos salvos.” – Fé e obras, p. 71.

SantificaçãoAo passo que a justificação está

disponível enquanto Cristo minis-tra no santuário, é apenas quan-do a pessoa é justificada que asantificação, obra de toda a vida,

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começa. Com seu consentimentoe cooperação, o cristão é santifica-do pelo Espírito Santo através daverdade, à medida que é guiadoem toda a verdade (1 Tessaloni-censes 4:3; 2 Tessalonicenses 2:13;João 16:13; 17:17 (cf. Salmos119:142); João 8:32; 1 Coríntios15:31 (cf. Romanos 6:6); Roma-nos 6:18 e 22). Por meio dasantificação, é plano de Deus darao homem vitória perfeita sobre opecado em sua vida (1 João 1:9;Romanos 6:14; Efésios 4:23 e 24;Hebreus 12:14).

“A santificação da alma é cum-prida pelo firme contemplar dEle[de Cristo] pela fé, como o Filhounigênito de Deus, cheio de graçae verdade. O poder da verdadetransforma coração e caráter.” –The SDA Bible Commentary (E. G.White Comments), vol. 6, p. 1.117.

“A santificação não é obra deum momento, uma hora, ou umdia. É crescimento contínuo nagraça. Não sabemos num dia qualserá nossa luta no dia seguinte.Satanás vive e está ativo. Precisa-mos a cada dia clamar fervorosa-mente a Deus por auxílio e forçapara resistir-lhe. Enquanto Sata-nás reinar, teremos de subjugar opróprio eu, teremos assaltos a ven-cer. Não há lugar de parada, ne-nhum ponto a que possamos che-gar e dizer que atingimosplenamente.” – Testemunhos sele-tos, vol. 1, p. 114.

“Não há santificação bíblicapara os que lançam para trás de si

parte da verdade.” – Ibidem, p.112.

“‘E nisto sabemos que O co-nhecemos; se guardamos os Seusmandamentos. Aquele que diz: EuO conheço, e não guarda os Seusmandamentos, é mentiroso, e nelenão está a verdade; mas qualquerque guarda a Sua Palavra, nelerealmente se tem aperfeiçoado oamor de Deus. E nisto sabemosque estamos nEle.’ (1 João 2:3-5).Essa é a única santificação bíblicagenuína.” – The Signs of the Ti-mes, 22 de julho de 1875.

“A santificação é obtida unica-mente em obediência à vontade deDeus.” – Fé e obras, p. 29.

“Graças a Deus pelo fato denão estarmos lidando com impos-sibilidades. Podemos pretendersantificação. Podemos fruir o favorde Deus. Não devemos estar ansi-osos acerca do que Cristo e Deuspensam de nós, mas do que Deuspensa de Cristo, nosso Substituto.Vós sois aceitos no Amado.” –Mensagens escolhidas, vol. 2, p.32 e 33.

“Santificação significa comu-nhão habitual com Deus.” – TheSDA Bible Commentary (E. G.White Comments), vol. 7, p. 908.

“Esta é a santificação verdadei-ra, pois santificação consiste narealização alegre de nossos deve-res cotidianos em obediência per-feita à vontade de Deus.” – Pará-bolas de Jesus, p. 360.

“Nossa santificação é a obra doPai, do Filho e do Espírito Santo.

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O plano da redenção

É o cumprimento da aliança feitapor Deus com os que se unem aEle, para permanecer com Ele, SeuFilho e Seu Espírito em associaçãosanta. Já nascestes de novo? Já vostornastes novas criaturas em Cris-to Jesus? Então cooperai com ostrês grandes Poderes do Céu, quetrabalham em vosso favor.” – TheSDA Bible Commentary (E. G.White Comments), vol. 7, p. 908.

“A santificação verdadeira unecristãos a Jesus, e uns aos outros,nos laços de simpatia terna. Essaunião faz fluir continuamente nocoração correntes ricas do amortípico de Cristo, que as faz fluiradiante novamente em amor mú-tuo.” – Idem, vol. 5, p. 1.141.

“A santificação é fruto da fé,cujo poder renovador transformaa alma à imagem de Cristo.” – TheSigns of the Times, 7 de junho de1883.

As pessoas não têm poder pararegenerar-se a si mesmas (Jó14:4). É unicamente através da fénos méritos e no sacrifício de Cris-to que elas podem ser justificadas(perdoadas). Apenas pela obra doEspírito Santo nelas é que podemser santificadas (feitas santas, oulivres do pecado) (Tito 3:5), àmedida que o caráter de Cristo é-lhes implantado. Justificação esantificação, operando juntas, po-dem ser denominadas regeneraçãoou conversão – processo atravésdo qual Cristo nos salva do peca-do (Mateus 1:21 (cf. João 8:11);1 Pedro 1:22 e 23; Romanos 12:2;

Efésios 4:22-25; 1 Coríntios 6:11;2 Coríntios 7:1; Hebreus 12:14).

Tornamo-nos filhos e filhas denosso Pai celestial (1 João 3:1):

a) por adoção: Romanos 8:14-17; Gálatas 4:4-6; Efésios 1:3-5;

b) por nascimento espiritual(regeneração): João 1:12 e 13;Hebreus 2:11; João 3:3, 6 e 7;Tiago 1:18; 1 João 3:9; 5:18; Ro-manos 8:14.

C. PARTEDESEMPENHADAPELAS PESSOAS

O dever do pecador é respon-der ao chamado de Deus para ar-rependimento (Mateus 4:17;Apocalipse 3:20; Hebreus 3:15 (cf.Mateus 22:14); Marcos 2:17; Atos2:37 e 38). É Deus quem o enca-minha ao arrependimento, e elecede à influência do Espírito San-to quando o chamado lhe vem(Atos 5:31; Romanos 2:4). Con-fessa seus pecados a Deus, aceitaCristo como Salvador pessoal e,pela fé, recebe o que Cristo fez porele (para sua justificação) e o queCristo deseja fazer nele através daobra do Espírito Santo (para suasantificação) (1 João 1:9; Atos16:31; Hebreus 12:2; Efésios 4:22-24). Ele faz a vontade de Deus aoobedecer-Lhe aos mandamentos,não em seu próprio poder, mas nopoder recebido do Alto, que é agraça de Deus (Mateus 5:19 e 20;7:21; 19:17; 2 Pedro 1:3-11). Ten-do em vista a própria salvação, ele

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é batizado, vigia, ora, medita, es-tuda a Bíblia, trabalha pela salva-ção de outros (Marcos 16:16;13:33-37; 2 Timóteo 2:15; Mateus28:19 e 20; 1 Timóteo 4:12-16;Colossenses 1:28 e 29). Em nomede Cristo e por Sua graça (poder),resiste ao demônio (Filipenses 2:12e 13; Tiago 4:7 e 8; 1 Pedro 5:6-9.Luta para ser vencedor (1 João 3:6;Lucas 13:23 e 24; Apocalipse21:7).

Nossas orações ao Pai são ou-vidas e respondidas se temos rela-cionamento próprio com Ele atra-vés do Filho e do Espírito Santo(João 14:13; 15:14-16; 16:23; 1João 3:21-24; 5:14 e 15;Apocalipse 5:8; 8:4).

Manifestação exterior“A justiça interior é testificada

pela exterior. Quem é justo interi-ormente não é insensível nemincompassivo, mas dia a dia cres-ce à imagem de Cristo, indo deforça em força. O que está sendosantificado pela verdade exercerádomínio próprio e seguirá os pas-sos de Cristo até que a graça seperca na glória. É imputada a jus-tiça pela qual somos justificados.Aquela pela qual somos santifica-dos é comunicada. A primeira énosso título para o Céu. A segun-da, nossa adaptação para ele.” –Mensagens aos jovens, p. 35.

“Cristo aguarda com desejo fre-mente a manifestação de Si mes-mo em Sua igreja. Quando o ca-ráter de Cristo se reproduzir

perfeitamente em Seu povo, entãovirá para reclamá-los como Seus.”Parábolas de Jesus, p. 6930

Poder da vontade“Quando tomou sobre Si a na-

tureza humana, Cristo ligou a Sia humanidade por vínculo deamor que jamais pode ser partidopor qualquer poder, a não ser aescolha do próprio homem. Sata-nás apresentará constantementeengodos para nos induzir a rom-per esse laço – escolher separar-nos de Cristo. É aqui que temosnecessidade de vigiar, lutar, orar,para que nada nos seduza a esco-lher outro senhor, pois estamossempre na liberdade de o fazer.Porém, conservemos os olhos fitosem Jesus, e Ele nos preservará.Olhando para Jesus, estamos segu-ros. Coisa nenhuma nos poderáarrebatar de Sua mão. Contem-plando-O constantemente, sere-mos ‘transformados de glória emglória, na mesma imagem, comopelo Espírito do Senhor’ (2Coríntios 3:18).” – Caminho aCristo, p. 72.

“A religião pura tem que vercom a vontade. A vontade é o po-der que governa a natureza dohomem, pondo todas as outrasfaculdades sob seu comando. Avontade não é gosto nem inclina-ção, mas o poder que decide, oqual opera nos filhos dos homenspara obediência a Deus, ou paradesobediência.” – Mensagens aosjovens, p. 151.

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O plano da redenção

Restauração completa“Todo cristão ativo progredirá

diariamente na vida religiosa. Aoprosseguir rumo à perfeição, eleexperimenta a cada dia uma con-versão a Deus; e essa conversãonão se completa enquanto ele nãoalcança a perfeição no caráter cris-tão, um completo preparo para otoque final da imortalidade.” – Tes-temunhos para a igreja, vol. 2, p.505.

“Não somente o homem, mastambém a Terra, pelo pecado, es-tava sob o poder do maligno, e de-veria ser restaurada pelo plano daredenção.” – Patriarcas e profetas,p. 67.

“Há uma obra que devemosfazer: preparar-nos para a socieda-de dos anjos. Devemos ser comoJesus, livres da mancha do peca-do. Ele era tudo que requer quesejamos. Era Modelo perfeito paraa infância, juventude e a toda ahumanidade. Devemos estudar oModelo mais de perto.” – TheReview and Herald, 17 de novem-bro de 1885.

D. PERFEIÇÃO CRISTÃ

Os remidos permanecerão semfaltas perante o trono de Deus(Salmos 37:37; Mateus 5:48;Lucas 6:40; Filipenses 3:15; 1Pedro 5:10; Judas 24). Antes dofim da provação, todos dentre opovo de Deus serão purificados detoda mancha. À Sua vinda, Cristo

não os fará, mas os “achará”, semculpa (Apocalipse 7:13 e 14; 14:5;1 Coríntios 1:7 e 8; 1 Tessaloni-censes 5:23; 2 Pedro 3:12 e 14; 1João 3:2 e 3).

“Alcançamos favor peranteDeus não em virtude de algummérito em nós mesmos, mas devi-do à nossa fé no ‘Senhor, JustiçaNossa’. Jesus está em pé no Santodos Santos, para comparecer ago-ra na presença de Deus em nossofavor. Ali Ele não cessa de apresen-tar Seu povo, momento após mo-mento, perfeito nEle. No entanto,por sermos assim representadosperante o Pai, não devemos ima-ginar que podemos abusar de Suamisericórdia, tornando-nos des-cuidados, indiferentes e comodis-tas. Cristo não é ministro do pe-cado. Somos perfeitos nEle,aceitos no Amado, unicamente sepermanecemos nEle pela fé. Nun-ca podemos alcançar a perfeiçãopor nossas próprias boas obras. Apessoa que vê Jesus pela fé rejeitaa própria justiça. Encara a si mes-ma como incompleta, seu arrepen-dimento como insuficiente, suamais forte fé como sendo apenasdebilidade, seu mais custoso sacri-fício como escasso, e se prostracom humildade ao pé da cruz.Porém, uma voz lhe fala dos orá-culos da Palavra de Deus. Comestupefação, ela ouve a mensa-gem: ‘NEle estais aperfeiçoados.’Agora tudo está em paz nessa pes-soa.” – Fé e obras, p. 107 e 108.

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E. NÃO HÁ SEGUNDACHANCE

A Bíblia ensina que a porta dagraça – tempo em que aos pecado-res é dada oportunidade de obtersalvação – não ficará aberta parasempre. O tempo de prova terá fimpouco antes do retorno de nossoSenhor Jesus Cristo. Não haverásegunda chance após o encerra-mento da provação (Lucas 13:23-27; Mateus 7:22 e 23; 25:10-13;Isaías 55:6; 2 Coríntios 6:1 e 2;Jeremias 8:20; Apocalipse 22:11).

“Se Deus salvasse as pessoasem desobediência, após conceder-lhes segunda prova, pondo-as emteste nesta vida, elas falhariam em

observar Sua autoridade na vidafutura. Os que são infiéis a Cristoneste mundo seriam infiéis a Eleno mundo por vir. Criariam segun-da rebelião no Céu. As pessoastêm perante si a história da deso-bediência e queda de Adão. Poressa razão, deveriam ser adverti-das contra atrever-se a transgredira lei de Deus. Jesus Cristo morreupara que todas as pessoas tenhamchance de ratificar o próprio cha-mado e eleição. Porém, o padrãode justiça nesta época do evange-lho não é mais baixo do que o eranos tempos de Adão. O Céu seráa recompensa da obediência.” –The Review and Herald, 28 desetembro de 1897.

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Prefácio

Em razão de haver somente umDeus, um Senhor, um Espírito,uma fé, uma esperança e um cor-po, só pode haver um símbolo (umtipo de batismo, por imersão) pararepresentar o começo da novavida, nossa identificação com es-ses grandes fatos do cristianismoe nossa aceitação no corpo deCristo, a igreja (Mateus 3:13-16;Efésios 4:3-6).

O batismo é sinal exterior queaponta a uma limpeza espiritualinterior, purificação do pecadopelo sangue de Cristo já experi-mentada pelo cristão que aceitouJesus como Salvador pessoal. Semesse relacionamento com Cristo, obatismo, como qualquer outrorito, é meramente forma exteriorsem sentido. A morte e o sepulta-mento do “velho homem”, assimcomo a ressurreição do “novo ho-mem” com Cristo, para nova vidanEle, são representados por essaordenança (Marcos 16:16; Atos2:38; 22:16; Romanos 6:3-9;Colossenses 2:12 e 13; 1 Pedro3:21; Efésios 4:22-24).

O batismo é aliança com Deus,pela qual o candidato declara pu-blicamente que renunciou aomundo e decidiu se tornar súditodo reino de Cristo (Efésios 2:19;Colossenses 3:1-3; Hebreus 8:10-12). Quando o pecador confiante

Capítulo VIII

Batismoe arrependido é batizado em nomedo Pai, do Filho e do Espírito San-to, mostra que aceitou o chamadopara sair do reino das trevas e en-trar no reino da luz. Seus pecadosforam perdoados. Está firmado emCristo, pôs-se sob a guia do Espí-rito Santo e está pronto a unir-seà igreja visível de Cristo na Terra.Portanto, o batismo é sinal da en-trada no reino espiritual de Cristo(Mateus 28:19 e 20; Colossenses1:13; 1 Pedro 2:9; 3:21; 1 João 1:9;Gálatas 3:27; 1 Coríntios 12:13;Atos 2:47).

A Bíblia não instrui sobre ba-tismo infantil. Só podem serbatizados os que alcançaram ida-de em que tenham responsabilida-de, pois as seguintes condiçõesdevem ser cumpridas: fé em JesusCristo como Salvador pessoal(Marcos 16:16; Romanos 10:13 e14; Atos 8:12, 36 e 37; 18:8); ins-trução completa na verdade(Mateus 28:19 e 20; Atos 8:35);arrependimento (Atos 2:38); con-versão – boa consciência diante deDeus (1 Pedro 3:21).

“O batismo é rito muito impor-tante e sagrado. Importa com-preender bem seu sentido. Simbo-liza arrependimento pelo pecadoe começo de vida nova em CristoJesus. Não deve haver nenhumaprecipitação na administração

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desse rito.” – Orientação da cri-ança, p. 499.

Depois da aprovação pela igre-ja, o ato do batismo é oficiado porum missionário do evangelho or-denado e autorizado (Marcos3:14).

O batismo (do grego baptizein,mergulhar ou imergir) é porimersão em água, de preferênciaem riacho ou lago límpido (Mateus3:16; Atos 8:38 e 39; João 3:23).

“Cristo fez do batismo o sinalde entrada para Seu reino espiri-tual. Estabeleceu-o como condi-ção positiva à qual têm de atenderos que desejam ser reconhecidossob a jurisdição do Pai, do Filho edo Espírito Santo. Antes que ohomem possa obter abrigo na igre-ja, antes mesmo de transpor o li-miar do reino espiritual de Deus,deve receber a impressão do nomedivino: ‘O Senhor, Justiça Nossa.’(Jeremias 23:6). O batismo simbo-liza renúncia soleníssima ao mun-do. Os que são batizados em nomedo Pai, do Filho e do Espírito San-to ao iniciar a carreira cristã decla-ram publicamente que renuncia-ram o serviço de Satanás e setornaram membros da família real,filhos do Rei celeste.” – Evan-gelismo, p. 307.

“É a graça de Cristo que dá vidaà alma. Separado de Cristo, o ba-tismo, como qualquer outro servi-ço, é forma sem valor. ‘Aquele quenão crê no Filho não verá a vida.’(João 3:33 e 36).” – O Desejadode Todas as Nações, p. 181.

Prova do discipulado“Não se pode confiar na sua

[dos recém-convertidos] meraprofissão de fé como prova de queexperimentaram o contato salva-dor de Cristo. Importa não só di-zer ‘Creio’, mas também praticara verdade. É pela conformidadecom a vontade divina em nossaspalavras, atos e caráter que prova-mos nossa comunhão com Ele.” –Evangelismo, p. 309.

“Importa saber se [os candida-tos ao batismo] meramente ado-tam o nome de ‘adventistas dosétimo dia’ ou se realmente se co-locaram ao lado do Senhor, renun-ciando o mundo e estando dispos-tos a não tocar nada imundo.Antes do batismo, devem ser-lhesfeitas perguntas relativamente àssuas experiências. Porém, não demodo frio e reservado, e sim commansidão e bondade, encami-nhando os recém-convertidos parao Cordeiro de Deus, que tira ospecados do mundo. As exigênciasdo evangelho devem ser estudadasa fundo com os batizandos.” –Idem, p. 311 e 312.

“Não existe investigação dema-siado atenta, piedosa e cuidadosano aceitar membros para a igreja.[...] Há uma coisa que não temosdireito de fazer: julgar o coraçãode outras pessoas ou contestar-lhes os motivos. Porém, quandoalguém se apresenta como candi-dato à comunhão da igreja, deve-mos examinar os frutos de suavida, e deixar a responsabilidade

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Batismo

dos seus motivos consigo. Entre-tanto, grande cuidado deve serexercido em aceitar membros paraa igreja, pois Satanás tem seusmétodos próprios pelos quais ten-ciona reunir falsos irmãos na igre-ja, através dos quais pode operarcom maior sucesso para enfraque-cer a causa de Deus.” – TheReview and Herald, 10 de janeirode 1893.

“Produzi, pois, frutos dignos dearrependimento.” Mateus 3:8.

“João exortou [os fariseus e ossaduceus] a ‘produzirem frutosdignos de arrependimento’. Isso é,mostrai que estais convertidos,que vosso caráter está transforma-do. [...] Nem palavras, nem profis-são, mas frutos – o abandono dopecado e a obediência aos manda-mentos de Deus – mostram se oarrependimento é genuíno e a con-versão é verdadeira.” – The SDABible Commentary [E. G. WhiteComments], vol.5, p. 1077.

RebatismoApesar de o batismo geralmen-

te ser realizado apenas uma vez, apessoa deve ser rebatizada sob ar-rependimento se houver quebradosua aliança com Deus porapostasia. Também há um exemplode rebatismo por outras razões.Quando Paulo encontrou algunsdiscípulos em Éfeso, eles já criamna verdade e haviam sido batizadoscom o batismo correto e da manei-ra certa. Porém, quando recebe-ram conhecimento mais claro da

verdade, foram rebatizados (Atos19:1-5). Pessoas sinceras, ao ob-ter conhecimento da verdade pre-sente, reconhecerão a necessidadede entrar pela porta para adentraro reino espiritual de Cristo.

“Cristo fez do batismo o sinalde entrada para Seu reino espiri-tual.” – Evangelismo, p. 307.

“O sincero indagador da verda-de não alega ignorância da leicomo desculpa para a transgres-são. A luz estava ao seu alcance.A Palavra de Deus é clara. Cristolhe manda examinar as Escrituras.Ele reverencia a lei de Deus comosanta, justa e boa, e se arrependeda transgressão. Pela fé, alega osangue expiador de Cristo, e apo-dera-se da promessa de perdão.Seu batismo anterior não o satis-faz agora. Viu-se pecador, conde-nado pela lei de Deus. Experimen-tou novamente a morte para opecado. Deseja ser de novo sepul-tado com Cristo no batismo, paraque possa ressurgir para andar emnovidade de vida. Tal atitude estáem harmonia com o exemplo dePaulo batizando os judeus conver-tidos. Esse incidente foi registra-do pelo Espírito Santo como liçãoinstrutiva para a igreja.” –Sketches From the Life of Paul, p.133 (Evangelismo, p. 372).

“Meus irmãos e irmãs, sehouverdes perdido a semelhançacom Cristo, jamais podereis virnovamente à comunhão comDeus até que sejais reconvertidose rebatizados. Precisais arrepen-

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der-vos e ser rebatizados, e vir aoamor, comunhão e harmonia deCristo.” – Sermons and Talks, vol.1, p. 366.

“Dirijo-me aos nossos irmãosda direção, aos nossos ministros eespecialmente aos nossos médi-cos: Tanto quanto permitirdes aoorgulho habitar o coração, maisperdereis poder em vossa obra.Durante anos tem sido acariciado

espírito errôneo, espírito de orgu-lho, desejo de preeminência. Nis-so Satanás é servido, e Deus édesonrado. O Senhor clama porreforma decidida. E quando al-guém for reconvertido verdadeira-mente, deixai-o ser rebatizado.Deixai-o renovar o concerto comDeus, e Deus renovará Seu con-certo com ele.” – ManuscriptReleases, vol. 7, p. 262.

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Prefácio

A. LAVA-PÉS

No último encontro com os dis-cípulos no cenáculo, antes de Seusofrimento, Cristo tinha muitacoisa para dizer-lhes. Esse soleneacontecimento, que está registra-do em João, capítulos 13 a 16, foia última páscoa, símbolo de Suamorte pelos pecados do mundo.

Antes que os emblemas do cor-po e do sangue de Cristo fossemdistribuídos entre os discípulos,Cristo lavou os pés deles. “Pelo atode nosso Senhor, essa cerimôniahumilhante tornou-se ordenançaconsagrada.” – O Desejado de To-das as Nações, p. 650. O propósitodessa ordenança, que recai sobretodo cristão, é levar os participan-tes a examinar o próprio coração,ver as próprias raízes de amargu-ra e outros defeitos de caráter eremover mal-entendidos entre ir-mãos (João 13:1-17).

“Essa ordenança é o preparodesignado por Cristo para o servi-ço sacramental. Enquanto orgu-lho, desinteligência e luta por su-perioridade forem nutridos, ocoração não pode entrar em asso-ciação com Cristo. Não estamospreparados para receber a comu-nhão de Seu corpo e de Seu san-gue. Por isso, Jesus indicou que seobservasse primeiramente a come-

Capítulo IX

A cerimônia da comunhão

moração de Sua humilhação.” – ODesejado de Todas as Nações, p.650.

“O objetivo dessa cerimônia étrazer à lembrança a humildade denosso Senhor e as lições que deuao lavar os pés de Seus discípulos.Há nas pessoas disposição de seestimarem superiormente aos seusirmãos, de agir para si próprias, deservir a si mesmas, de buscar omais alto lugar. E freqüentementepensamentos maus e amargura deespírito levantam-se sobre merasninharias. Essa ordenança, queprecede a Ceia do Senhor, develançar fora esses mal-entendidos,levar as pessoas para longe de seuegoísmo, fazê-las descer de suasmuletas de auto-exaltação para ahumildade de espírito que as leva-rá a lavar os pés de seus irmãos.[...]

A ordenança do lava-pés temsido especialmente apreciada porCristo. Nessas ocasiões, o EspíritoSanto está presente para testemu-nhar e pôr um selo em Sua orde-nança. Ele está lá para convencere enternecer o coração. Ele atrai osirmãos juntamente, e fá-los um sócoração. São levados a sentir queCristo realmente está presente afim de remover o refugo acumula-do para separar dEle os corações

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dos filhos de Deus.” – The Reviewand Herald, 22 de junho de 1897.

“Solenemente, disse Cristo aPedro: ‘Se Eu te não lavar, nãotens parte Comigo.’ O serviço quePedro recusava era símbolo depurificação mais elevada. Cristoviera para lavar o coração da man-cha do pecado. Recusando deixarCristo lavar-lhe os pés, Pedro re-cusava a purificação superior in-cluída na mais humilde. Estava, naverdade, rejeitando seu Senhor.” –O Desejado de Todas as Nações,p. 646.

“O exemplo de lavar os pés deSeus discípulos foi dado para be-nefício de todos os que deveriamcrer nEle. Requer deles que sigamSeu exemplo. Essa ordenança hu-milhante não foi designada apenaspara provar a humildade e a fide-lidade deles, mas para manter nalembrança que a redenção de Seupovo foi comprada sob condiçõesde humildade e obediência contí-nua da parte deles.” – The Spiritof Prophecy, vol. 1, p. 202.

“Os 144 mil estavam todos se-lados e perfeitamente unidos. Emsua testa estava escrito ‘Deus,Nova Jerusalém’, e tinham umaestrela gloriosa que continha onovo nome de Jesus. Em razão denosso estado feliz e santo, osímpios enraiveceram-se e arreme-teram violentamente para lançarmão de nós, a fim de lançar-nos àprisão, quando estendemos a mãoem nome do Senhor e eles caíramindefesos ao chão. Foi então que

a sinagoga de Satanás conheceuque Deus nos havia amado, quelavávamos os pés uns aos outrose saudávamos os irmãos comósculo santo. E adoraram a nossospés.” – Primeiros escritos, p. 15.

“A saudação santa mencionadano evangelho de Jesus Cristo peloapóstolo Paulo deve ser conside-rada em seu caráter verdadeiro.Trata-se de um ósculo santo. Deveser considerada como sinal deamizade para cristãos amigosquando partem, e quando se en-contram de novo após semanas oumeses de separação. Paulo diz:‘Saudai a todos os irmãos comósculo santo.’ (1 Tessalonicenses5:26). No mesmo capítulo, ele diz:‘Abstende-vos de toda forma demal.’ Pode não haver aparência demal quando o ósculo santo é dadono tempo e em lugar próprios.” –Idem, p. 117.

B. SANTA CEIA

Conhecida como cerimônia dacomunhão, é memorial do sacrifí-cio de Cristo. Também aponta adi-ante, à Sua segunda vinda. Essacerimônia substitui o serviço anu-al da Páscoa da dispensação doAntigo Testamento. Porém, deveser praticada mais freqüente-mente, em harmonia com as ins-truções de nosso Senhor atravésdo apóstolo Paulo (Mateus 26:28e 29; 1 Coríntios 11:26).

Por meio da Ceia do Senhor,participamos nos emblemas do

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A cerimônia da comunhão

corpo e do sangue de nosso Se-nhor Jesus Cristo e expressamos fée aceitação de Sua morte na cruzcomo provisão única para nossasalvação (João 6:53-56 e 63; Ro-manos 5:10).

Visto que levedura e fermenta-ção freqüentemente são referidascomo símbolos do pecado (1Coríntios 5:7 e 8), o pão da Pás-coa tinha que ser não-levedado, eo vinho, não-fermentado (Isaías65:8). Com esse mesmo pão e vi-nho, Cristo instituiu a cerimôniada comunhão.

Em razão de a Ceia do Senhorser símbolo de nossa associaçãocom Cristo e de uns com os outros(“a comunhão do corpo de Cris-to”), somente os membros dessecorpo, Sua igreja organizada naTerra, participam no serviço daordenança (Êxodo 12:48; 1Coríntios 10:16 e 17; 12:12, 18, 20e 22).

Preparo espiritual – que incluireflexão, arrependimento, confis-são, reconciliação e unidade de fé(Efésios 4:3 e 4) – é requerido an-tes de podermos participar na or-denança da Ceia do Senhor (1Coríntios 11:18-20, 27-29).

Ao partilharmos pão e vinho,demonstramos arrependimentopelo pecado e aceitação de Cristocomo Salvador pessoal. A ceia dacomunhão comemora o sofrimen-to e a morte de Jesus e fortalece aigreja como corpo, preservandosua modéstia, seu amor e unida-de.

“Participando com os discípu-los do pão e do vinho, Cristo Seempenhou para com eles, comoseu Redentor. Confiou-lhes o novoconcerto, pelo qual todos os queO recebem se tornam filhos deDeus e co-herdeiros de Cristo. Poresse concerto, pertencia-lhes todabênção que o Céu podia concederpara esta vida e a futura. Esse atode concerto devia ser ratificadocom o sangue de Cristo. E aministração do sacramento haviade conservar diante dos discípuloso sacrifício infinito feito em favorde cada um deles, como parte dogrande todo da humanidade caí-da.” – O Desejado de Todas asNações, p. 659.

“É recebendo a vida derrama-da em nosso favor na cruz doCalvário que podemos desfrutar avida de santidade. E essa vida é-nos transmitida ao recebermosSua palavra, praticando o que Eleordenou. Tornamo-nos então umcom Ele. ‘Quem come a Minhacarne e bebe o Meu sangue perma-nece em Mim, e Eu nele. Assimcomo o Pai, que vive, Me enviou,e Eu vivo pelo Pai, assim, quem deMim se alimenta, também viverápor Mim.’ (João 6:54, 56 e 57). Emsentido especial, essa escritura seaplica à santa comunhão. Quandoa fé contempla o grande sacrifíciode nosso Senhor, a alma assimilaa vida espiritual de Cristo.” –Idem, p. 660 e 661.

“A salvação das pessoas depen-de da aplicação contínua do san-

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gue purificador de Cristo ao cora-ção. Portanto, a Ceia do Senhornão deve ser observada apenasocasionalmente, ou anualmente,mas com maior freqüência que aPáscoa anual.” – The Spirit ofProphecy, vol. 1, p. 203.

“Disse nosso Salvador: ‘Se nãocomerdes a carne do Filho do ho-mem, e não beberdes o Seu san-gue, não tereis vida em vós mes-mos. [...] Porque a Minha carneverdadeiramente é comida, e oMeu sangue verdadeiramente ébebida.’ (João 6:53-55). Isso é ver-dade quanto à nossa natureza fí-sica. Mesmo esta vida terrestre,devemos à morte de Cristo. O pãoque comemos é o preço de Seu

corpo quebrantado. A água quebebemos é comprada com Seusangue derramado. Seja santo oupecador, nunca alguém toma seualimento diário que não seja nu-trido pelo corpo e o sangue deCristo. A cruz do Calvário acha-seestampada em cada pão. Reflete-se em toda fonte de água. Tudoisso ensinou Cristo ao indicar osemblemas de Seu grande sacrifí-cio. A luz irradiada daquele servi-ço de comunhão no cenáculo tor-na sagradas as provisões de nossavida diária. A mesa familiar torna-se como a mesa do Senhor, e cadarefeição, um sacramento.” – ODesejado de Todas as Nações, p.660.

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Prefácio

O Senhor instruiu os israelitasa construir um santuário, outabernáculo, que era um tipo daministração celestial (Êxodo 25:8;Salmos 77:13). Era composto deum pátio com altar de ofertas quei-madas e uma pia para os sacerdo-tes lavarem-se antes de adentra-rem o santuário. O tabernáculocontinha dois compartimentos: olugar santo e o lugar santíssimo.O serviço dos sacerdotes ligadosao santuário era representação daobra de Cristo, nosso grandeSumo Sacerdote, no verdadeirotabernáculo “que o Senhor fun-dou, e não o homem” (Hebreus8:1-5; 9:19-28).

Na ascensão ao Céu, Cristocomeçou Seu ministério interces-sor no lugar santo do santuáriocelestial, onde, durante mais demil e oitocentos anos, ofereceu osméritos de Seu sangue como ex-piação por todos os pecados con-fessados (João 1:29; Romanos 5:8-11; 8:34). De acordo com aprofecia de Daniel 8:14, em 1844Cristo adentrou o lugar santíssimopara purificá-lo das transgressõesdos pecadores arrependidos. Essaobra também é chamada de juízode investigação (Apocalipse 11:18e 19; 20:12; 22:12). Apesar de avida de todos os que têm o nomeescrito no livro da vida, entre mor-

Capítulo X

O santuáriotos e vivos, dever ser examinada,unicamente os que tiverem confes-sado e deixado seus pecados terãoo nome mantido no livro da vida,sendo seus pecados apagados dolivro memorial (Daniel 7:9-14; 1Pedro 4:17 e 18).

Quando Cristo, através dosméritos de Seu próprio sangue,remover o registro dos pecados deSeus filhos fiéis ao término da pro-vação humana (Apocalipse 22:11e 12), colocará esses pecados so-bre Satanás, o bode expiatório,que, na execução do juízo, devesofrer a responsabilidade final portodos os pecados que incitou ossantos a cometer (Levítico 16:8-10, 21 e 22).

“Como povo, devemos ser es-tudantes diligentes da profecia.Não devemos sossegar sem queentendamos claramente o assun-to do santuário, apresentado nasvisões de Daniel e de João. Esseassunto verte muita luz sobre nos-sa atitude e nossa obra atual, e dá-nos prova irrefutável de que Deusnos dirigiu na experiência passa-da. Explica nosso desapontamen-to de 1844, mostrando-nos que osantuário a ser purificado não eraa Terra, como supuséramos, masque então Cristo entrou no lugarsantíssimo do santuário celestial,e ali realiza a obra final de Sua

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missão sacerdotal, em cumpri-mento das palavras do anjo,comunicadas ao profeta Daniel:‘Até duas mil e trezentas tardes emanhãs; e o santuário será purifi-cado.’ (Daniel 8:14).” – Evange-lismo, p. 222 e 223.

“O assunto do santuário e dojuízo de investigação deve ser cla-ramente compreendido pelo povode Deus. Todos necessitam de co-nhecimento sobre a posição e aobra de seu grande Sumo Sacerdo-te. Caso contrário, ser-lhes-á im-possível exercer a fé que é essenci-al neste tempo, ou ocupar a posiçãoque Deus lhes deseja confiar. Cadaindivíduo tem uma alma a salvarou perder. Cada qual tem um casopendente no tribunal de Deus.” –O Grande Conflito, p. 488.

“A compreensão correta doministério do santuário celestialconstitui o alicerce de nossa fé.” –Evangelismo, p. 221.

“Vivemos hoje o grande dia daexpiação. No cerimonial típico,enquanto o sumo sacerdote faziaexpiação por Israel, exigia-se detodos que afligissem a alma porarrependimento pelo pecado e porhumilhação, perante o Senhor,para que não acontecesse seremextirpados dentre o povo. De igualmodo, todos quantos desejam queseu nome seja conservado no livroda vida devem, agora, nos poucosdias de graça que restam, afligir aalma diante de Deus, em tristezapelo pecado e em arrependimen-to verdadeiro. Deve haver exame

de coração, profundo e fiel. O es-pírito leviano e frívolo, alimenta-do por tantos cristãos professos,deve ser deixado. Há luta intensadiante de todos que desejam sub-jugar as más tendências que insis-tem no predomínio. A obra de pre-paração é individual. Não somossalvos em grupos. A pureza e adevoção de um não suprirá a faltadessas qualidades em outro. Em-bora todas as nações devam pas-sar em juízo perante Deus, exami-nará Ele o caso de cada indivíduo,com exame tão íntimo e penetran-te como se não houvesse outro serna Terra. Cada um deve ser prova-do e achado sem mancha ou ruga,ou coisa semelhante.” – O Gran-de Conflito, p. 489 e 490.

“Solenes são as cenas ligadas àobra final da expiação. Momento-sos, os interesses nela envolvidos.O juízo ora se realiza no santuáriocelestial. Há muitos anos essa obraestá em andamento. Breve, nin-guém sabe quão breve, passará elaao caso dos vivos. Na augusta pre-sença de Deus, nossa vida devepassar por exame. Atualmente,mais do que em qualquer outrotempo, importa a toda alma aten-der à admoestação do Salvador:‘Vigiai e orai; porque não sabeisquando chegará o tempo.’ (Marcos13:33). ‘Se não vigiares, virei a ticomo um ladrão, e não saberás a quehora sobre ti virei.’ (Apocalipse 3:3).

Quando se encerrar a obra dojuízo de investigação, o destino detodos terá sido decidido, ou para

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O santuário

a vida ou para a morte. O tempoda graça finaliza pouco antes doaparecimento do Senhor nas nu-vens do céu. Cristo, no Apocali-pse, prevendo aquele tempo, de-clara: ‘Quem é injusto, façainjustiça ainda; quem está sujo,

suje-se ainda; e quem é justo, façajustiça ainda; e quem é santo, sejasantificado ainda. E eis que cedovenho, e o Meu galardão está co-migo, para dar a cada um segun-do a sua obra.’ (Apocalipse 22:11e 12).” – Idem, p. 490 e 491.

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Alguns anos antes do fim doperíodo de dois mil e trezentosanos (Daniel 8:14), pouco antesde Cristo, como nosso Sumo Sa-cerdote, ter adentrado o lugarsantíssimo do santuário celestial,teve início um reavivamento mun-dial na expectativa da breve voltade Cristo. Cristãos adventistas fi-éis reconheceram a mensagem deApocalipse 14:6-8 como confiadapor Deus a eles. Apesar de a mai-oria dentre as denominações cris-tãs haver rejeitado a mensagemsolene de preparação – a mensa-gem do primeiro anjo –, tendo as-sim se tornado Babilônia (confu-são), a mensagem do segundoanjo, servindo como advertência,preparou caminho para a terceira(Apocalipse 14:9-12). Desde en-tão, a verdade do evangelho eter-no, que inclui os mandamentos deDeus, é proclamada a todos ospovos, nações e línguas. A assem-bléia da última igreja antes da se-gunda vinda de Cristo prossegue.

A obra finalizadora do evange-lho é representada na profeciacomo sendo realizada por três an-jos com mensagens importantesda verdade presente para a huma-nidade. Esses anjos simbolizam o

Capítulo XI

As mensagens dos trêsanjos

povo de Deus (movimentos) queproclama advertências confiadas aeles. Tendo início em meados doséculo dezenove, essas mensagensconvocam as pessoas a tomar adecisão final entre verdade e erro,a prepararem-se para estar de péante o trono do julgamento deDeus e a estarem prontas para asegunda vinda de Cristo.

“Os três anjos de Apocalipse14 representam o povo que aceitaa luz das mensagens de Deus, evão como agentes Seus fazer soara advertência por toda a extensãoe largura da Terra.” – Testemunhosseletos, vol. 2, p. 156.

O primeiro anjoA mensagem do primeiro anjo,

tendo o “evangelho eterno”, con-clama todas as nações a temer aDeus, dar-Lhe glória e adorá-lOcomo Criador (Romanos 1:16;Marcos 13:10). Isso também apon-ta ao fato de que o tempo do juízode investigação chegou (Ecle-siastes 12:13 e 14; Mateus 12:36;Romanos 14:12; 1 Pedro 4:5 e 17).Muitos, tendo esquecido Deus,sentiram que eram controladoresdo próprio destino. Portanto, a fi-delidade deles deve ser chamada

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As mensagens dos três anjos

de volta ao seu Criador. É respon-sabilidade deles obedecer a Deusem vez de agradar a si mesmos.Essa mensagem aponta para aobra de restauração dos princípi-os e instituições originais dadospor Deus no início (Apocalipse14:6 e 7; Atos 3:19-21).

O segundo anjoDepois do grande dilúvio ocor-

rido no tempo de Noé, Deus pro-meteu jamais destruir novamentea Terra por inundação. Pessoasnão-regeneradas descreram da pro-messa de Deus e começaram aconstruir a Torre de Babel, que re-sultou em confusão (Gênesis 11:1-9). Durante os primeiros séculos daera cristã, o compromisso entre ocristianismo e o paganismo levouao desenvolvimento do papado,como profetizado em Apocalipse13:1-10. No livro do Apocalipse,Babilônia, representada pela mu-lher montada numa besta cor deescarlata, juntamente com suas fi-lhas prostitutas, é símbolo apropri-ado de todas as professas denomi-nações cristãs apóstatas que sevoltaram contra a lei de Deus. Amensagem do segundo anjo anun-cia a queda de Babilônia por haverrejeitado a mensagem do primeiroanjo e denuncia a corrupção dasigrejas protestantes que seguem oexemplo da Igreja Católica Roma-na. O cristianismo apostatado,unido ao Estado, trará perseguiçãoaos cristãos fiéis, e a crise final(Apocalipse 14:8; 17:3-6).

O terceiro anjoA mensagem do terceiro anjo é

forte advertência contra a adora-ção à besta e à sua imagem e o re-cebimento da marca da besta(guarda deliberada do domingo).“O papado tentou mudar a lei deDeus. O segundo mandamento,que proíbe o culto às imagens, foiomitido da lei, e o quarto foi mu-dado de molde a autorizar a obser-vância do primeiro dia, em vez dosétimo, como Sábado. Porém, osromanistas aduzem como razãopara omitir o segundo mandamen-to ser ele desnecessário, achando-se incluído no primeiro, e que es-tão a dar a lei exatamente comoera o desígnio de Deus que ela fos-se compreendida. Essa não podeser a mudança predita pelo profe-ta. É apresentada uma mudançaintencional, com deliberação.‘Cuidará em mudar os tempos e alei.’ A mudança no quarto manda-mento cumpre exatamente a pro-fecia. Para isso, a única autorida-de alegada é a da Igreja. Aqui opoder papal se coloca abertamen-te acima de Deus.” – O GrandeConflito, p. 446.

Esse anjo identifica o povo re-manescente de Deus que vive nosúltimos dias. Quando o protestan-tismo na América do Norte apelaraos poderes seculares para forçara observância do domingo (falsoSábado), então terá sido formadaa imagem da besta. Todos serãochamados a decidir-se entre mos-trar fidelidade à lei de Deus por

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um lado ou aceitar o decreto dabesta (o anticristo) por outro.Deus honrará a escolha de cadaindivíduo. Retribuirá com vidaeterna àqueles que, a despeito dodecreto de morte, guardaram osmandamentos de Deus e a fé deJesus, ou com morte eterna àque-les que Lhe desobedeceram(Apocalipse 14:9-12; 13:11-18).

“A advertência do terceiro anjoé: ‘Se alguém adorar a besta, e asua imagem, e receber o sinal nasua testa, ou na sua mão, tambémo tal beberá do vinho da ira deDeus.’ A ‘besta’ mencionada nes-sa mensagem, cuja adoração éimposta pela besta de dois chifres,é a primeira, ou a besta semelhan-te ao leopardo, do capítulo 13 doApocalipse – o papado.” – Idem,p. 445.

A imagem da besta“A ‘imagem da besta’ represen-

ta a forma de protestantismoapóstata que se desenvolveráquando as igrejas protestantesbuscarem o auxílio do poder civilpara imposição de seus dogmas.”– Ibidem.

“O mundo protestante profes-so formará uma confederação como homem do pecado, e a igreja e omundo estarão em harmonia cor-rupta.” – The SDA BibleCommentary (E. G. WhiteComments), vol. 7, p. 975.

“Quando as igrejas protestantesse unirem com o poder secular paraamparar uma religião falsa, à qual

se opuseram os seus antepassa-dos, sofrendo com isso a mais ter-rível perseguição, então o dia derepouso papal será tornado obri-gatório pela autoridade combina-da da Igreja e do Estado. Haveráapostasia nacional que só termina-rá em ruína nacional.” – Ibidem,p. 976 (Evangelismo, p. 235).

O sinal da besta“O sinal, ou selo, de Deus é

revelado na observância do Sába-do do sétimo dia – o memorial di-vino da criação. [...]

A marca da besta é o opostodisso, ou seja, a observância doprimeiro dia da semana. Essa mar-ca distingue dos que reconhecema supremacia da autoridade papalos que aceitam a autoridade deDeus.” – Testemunhos para a igre-ja, vol. 8, p. 117.

“João foi convidado a contem-plar um povo distinto dos que ado-ram a besta ou a sua imagem, ob-servando o primeiro dia dasemana. A observância desse diaé o sinal da besta.” – Testemunhospara ministros e obreiros evangé-licos, p. 133.

O terceiro anjo identifica opovo remanescente de Deus pelastrês características principais se-guintes:

(a) Paciência dos santos, de-senvolvida sob grande tribulação(Romanos 5:3 e 4; Tiago 1:3; 1Pedro 1:7).

(b) Guarda dos mandamentosde Deus, incluindo o Sábado do

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As mensagens dos três anjos

sétimo dia, que é o selo do Deusvivente e sinal especial entre Elee Seu povo (Mateus 5:17-20;Lucas 16:17; Tiago 2:10-12).

(c) Sustentação da fé de Jesus,que é o evangelho eterno, e fé emSeu poder para salvar absoluta-mente todos os que O aceitamcomo Salvador pessoal (Gálatas2:20; Hebreus 7:25; 1 João 1:9;2:1-6; Efésios 2:8).

“Que constitui a fé de Jesus,que faz parte da mensagem do ter-ceiro anjo? O ato de Jesus tornar-Se o Portador de nossos pecadospara que pudesse tornar-Se o Sal-vador que perdoa nossos pecados.Ele foi tratado como nós merece-mos ser tratados. Veio ao nossomundo e levou nossos pecadospara que pudéssemos levar Suajustiça. A fé na capacidade de Cris-to para salvar-nos ampla, comple-ta e totalmente é a fé de Jesus.” –Mensagens escolhidas, vol. 3, p.172.

“A proclamação das mensagensdo primeiro, segundo e terceiroanjos foi colocada pela Palavra daInspiração. Nem uma cavilha,nem um alfinete devem ser remo-vidos. Nenhuma autoridade hu-mana tem mais direito de mudara colocação dessas mensagens doque teria de substituir o AntigoTestamento pelo Novo. O AntigoTestamento é o evangelho em figu-ras e símbolos. O Novo Testamen-to é o corpo, ou substância. Um étão essencial quanto o outro. OAntigo Testamento apresenta li-

ções dos lábios de Cristo. Essaslições não perderam força em ne-nhum particular.

A primeira e a segunda mensa-gens foram dadas em 1843 e 1844.Encontramo-nos agora sob a pro-clamação da terceira. Porém, todasas três mensagens ainda devem serproclamadas. É simplesmente tãoessencial agora como antes queelas sejam repetidas aos que estãobuscando a verdade. Pela pena epela palavra, devemos fazer soar aproclamação, mostrando-lhes aordem e a aplicação das profeciasque nos trazem a mensagem doterceiro anjo. Não pode haver ter-ceira sem primeira e segunda.” –Idem, vol. 2, p. 104 e 105.

“A profecia declara que o pri-meiro anjo faria o anúncio a ‘todanação, e tribo, e língua, e povo’. Aadvertência do terceiro anjo, quefaz parte da mesma tríplice men-sagem, deve ser não menos difun-dida. É representada na profeciacomo sendo proclamada comgrande voz, por um anjo voandopelo meio do céu. Impor-se-á àatenção do mundo.” – O GrandeConflito, p. 450.

“Os três anjos de Apocalipse14 são representados como voan-do pelo meio do céu, o que simbo-liza a obra dos que proclamam aprimeira, segunda e terceira men-sagens angélicas. Todas estão re-lacionadas entre si. As evidênciasda verdade eterna e inalteráveldessas importantes mensagens,tão significativas para a igreja que

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lhe valeram oposição violenta domundo religioso, não estão falidas.Satanás procura constantementeprojetar sombra sobre essas men-sagens para que o povo de Deusnão possa discernir claramentesua importância, tempo e lugar.Não obstante, elas permanecem, edeverão exercer sua influência so-

bre nossa vida religiosa, enquan-to durar o tempo.” – Testemunhosseletos, vol. 2, p. 372.

“A verdadeira compreensãodessas mensagens é de importân-cia vital. O destino das pessoasdepende da maneira como são elasrecebidas.” – Primeiros escritos, p.258 e 259.

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Prefácio

Outro anjo (Apocalipse 18:1)une-se ao terceiro anjo para darpoder adicional à proclamação daadvertência contra a besta e suaimagem. A mensagem do segundoanjo é repetida com a declaraçãodas corrupções adicionais que in-vadiram as igrejas cristãs desde ocomeço de sua obra, em 1844(Apocalipse 18:2 e 3). A obra des-se anjo começa com a proclama-ção da mensagem “Cristo, JustiçaNossa”, em 1888, que deve ilumi-nar a Terra com a glória de Deus(Êxodo 33:18 e 19; Ageu 2:9 e 7;Colossenses 1:27; Habacuque2:14).

A rejeição dessa mensagem le-vou à apostasia aberta entre opovo adventista quando as requi-sições dos homens foram postasabertamente acima dos manda-mentos de Deus. A obra desse“outro” anjo, juntamente com aapresentação contínua da mensa-gem a Laodicéia, conduz ao der-ramamento da “chuva serôdia” eà proclamação da advertência finalcom grande voz (“alto clamor”).Isso prepara o povo de Deus parasuportar a prova final antes do fimda provação humana e durante otempo de angústia de Jacó(Apocalipse 3:14-20; Daniel 12:1;Jeremias 23:6; Oséias 6:1-3; Joel2:23).

Capítulo XII

Aquele outro anjoA vinda do “outro anjo”, para

fortalecer a mensagem do tercei-ro anjo, tornou-se necessária por-que a mensagem estava perdendorapidamente poder nas mãos dopovo ao qual havia sido confiadainicialmente (Habacuque 2:14;Isaías 60:1 e 2).

“Sei que se deve fazer uma obraem favor do povo, ou muitos nãoestarão preparados para receber aluz do anjo que foi enviado do Céupara iluminar toda a Terra com suaglória.” – Testemunhos para mi-nistros e obreiros evangélicos, p.468 e 469.

“Aqueles que podem passar poralto todas as provas que Deus lhestem dado e mudar a bênção emmaldição devem tremer pela segu-rança da própria alma. Seu casti-çal será removido do lugar a me-nos que se arrependam. O Senhortem sido insultado. A bandeira daverdade, da primeira, segunda eterceira mensagens angélicas, foideixada a arrastar no pó.” – Men-sagens escolhidas, vol. 2, p. 394.

Portanto: “Outro poderoso anjo[foi] comissionado para descer àTerra, a fim de unir sua voz com oterceiro anjo, e dar poder e força àmensagem dele. [...] No tempodevido, a obra desse anjo vem unir-se à última grande obra da mensa-gem do terceiro anjo, ao tomar esta

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o volume de um alto clamor.” –Primeiros escritos, p. 277.

“‘Depois destas coisas vi des-cer do Céu outro anjo que tinhagrande autoridade, e a Terra foiiluminada com a sua glória. E eleclamou com voz forte, dizendo:Caiu, caiu a grande Babilônia, e setornou morada de demônios, eguarida de todo espírito imundo,e guarida de toda ave imunda edetestável. [...] Ouvi outra voz doCéu dizer: Sai dela, povo Meu,para que não sejas participantedos seus pecados, e para que nãoincorras nas suas pragas.’ (Apoca-lipse 18:1, 2 e 4). Essa passagemindica um tempo em que o anún-cio da queda de Babilônia, confor-me foi feito pelo segundo anjo docapítulo 14 do Apocalipse, deverepetir-se com a menção adicionaldas corrupções que têm estado ase introduzir nas várias organiza-ções que constituem Babilônia,desde que essa mensagem foi pelaprimeira vez proclamada, no verãode 1844. [...] Porém, Deus aindatem um povo em Babilônia. Antesde sobrevirem os juízos divinos,esses fiéis devem ser chamados asair, para que não sejam partici-pantes dos seus pecados e não in-corram nas suas pragas. Essa é arazão de ser o movimento simbo-lizado pelo anjo descendo do Céu,iluminando a Terra com sua gló-ria, e clamando fortemente comgrande voz, anunciando os peca-dos de Babilônia.” – O GrandeConflito, p. 603 e 604.

“A mensagem do terceiro anjodeve ser fortalecida e confirmada.O capítulo dezoito do Apocalipserevela a importância de apresen-tar a verdade não de maneira aca-nhada, mas com ousadia e autori-dade.” – Evangelismo, p. 230.

“Satanás tem tomado todamedida possível para que nadavenha entre nós, como povo, paranos reprovar, censurar e exortar-nos a abandonar nossos erros.Porém, há um povo que levará aarca de Deus. [...] A verdade nãoserá diminuída nem perderá poderem suas mãos [dos fiéis]. [Eles]Mostrarão ao povo as suas trans-gressões, e à casa de Jacó os seuspecados.” – Testemunhos paraministros e obreiros evangélicos,p. 411.

Preparação para a chuvaserôdia

“Foi-me mostrado que o teste-munho aos laodiceanos aplica-seao povo de Deus no tempo atual,e a razão por que não realizou obramuito maior é a dureza de coraçãodeles. Porém, Deus deu a mensa-gem em tempo de fazer sua obra.O coração precisa ser purificadodos pecados que há muito exclu-em Jesus. Essa terrível mensagemfará sua obra. Quando foi apresen-tada pela primeira vez, levou aíntimo exame de coração. Pecadosforam confessados, e o povo deDeus despertou por toda parte.Quase todos creram que esta men-sagem se encerraria com o alto cla-

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Aquele outro anjo

mor do terceiro anjo. Como, po-rém, não puderam ver a poderosaobra concluída em curto espaço detempo, muitos perderam o efeitoda mensagem.

Vi que ela não realizaria suaobra em alguns poucos meses.Destinava-se a despertar o povode Deus, revelar-lhes as apostasiase levá-los a zeloso arrependimen-to, para que pudessem ser favore-cidos com a presença de Jesus ehabilitados para o alto clamor doterceiro anjo. Visto que essa men-sagem produziu efeito no coração,levou a profunda humilhação pe-rante Deus. Anjos foram enviadosem todas as direções a fim de pre-parar para a verdade os coraçõesincrédulos. A causa de Deus co-meçou a progredir, e Seu povo fi-cou ciente de sua posição. Se oconselho da Testemunha Verda-deira houvesse sido plenamenteaceito, Deus teria operado comgrande poder em favor de Seupovo. Apesar disso, os esforçosfeitos desde que a mensagem foicomunicada foram abençoadospor Deus, e muitas almas foramtrazidas do erro e das trevas pararegozijarem-se na verdade.” – Tes-temunhos para a igreja, vol. 1, p.186.

O alto clamorO alto clamor do terceiro anjo

teve início com a vinda do anjo deApocalipse 18, em 1888. Seu augenão será visto até que a plenitudedo Espírito Santo seja derramada

por ocasião da chuva serôdia(Apocalipse 18:1-4).

“Enquanto Satanás opera comseus prodígios de mentira, chegouo tempo [que foi] predito noApocalipse, em que o poderosoanjo que iluminará a Terra comsua glória proclamará a queda deBabilônia e recomendará que opovo de Deus a abandone.” –Mensagens escolhidas, vol. 3, p.406 e 407.

“O tempo de prova está exata-mente diante de nós, pois o altoclamor do terceiro anjo já come-çou na revelação da justiça deCristo, o Redentor que perdoa ospecados. Esse é o princípio da luzdo anjo cuja glória há de encher aTerra.” – Idem, vol. 1, p. 3639

“Todos quantos são coobreirosde Deus contenderão mais zelosa-mente pela fé que uma vez foi dadaaos santos. Não serão desviadosda mensagem presente, que já ilu-mina a Terra com sua glória. [...]Devemos fazer soar as mensagensdos anjos representados como vo-ando pelo meio do céu, com a úl-tima advertência a um mundo ca-ído. [...] [É citado Apocalipse18:1-5.] Assim a substância damensagem do segundo anjo é no-vamente dada ao mundo pelo ou-tro anjo que ilumina a Terra comsua glória.” – Idem, vol. 2, p. 114-116.

“A grande obra do evangelhonão deverá encerrar-se com menormanifestação do poder de Deus doque a que assinalou seu início. As

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profecias que se cumpriram noderramamento da chuva temporãno início do evangelho devem no-vamente cumprir-se na chuva se-rôdia, no fim do mesmo. Eis aí os‘tempos do refrigério’ que o após-tolo Pedro esperava quando disse:‘Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados osvossos pecados, e venham assimos tempos do refrigério pela pre-sença do Senhor, e envie Ele a Je-sus Cristo.’ (Atos 3:19 e 20).

Servos de Deus, com o rostoiluminado e a resplandecer de con-sagração santa, apressar-se-ão deum lugar para outro a fim de pro-clamar a mensagem do Céu. Pormilhares de vozes em toda a exten-são da Terra será dada a advertên-cia. Operar-se-ão prodígios, osdoentes serão curados, e sinais emaravilhas seguirão aos crentes.Satanás também opera com prodí-gios de mentira, fazendo mesmodescer fogo do céu à vista dos ho-mens (Apocalipse 13:13). Assimos habitantes da Terra serão leva-dos a decidir-se.” – O GrandeConflito, p. 611 e 612.

A voz do CéuEm conexão com a proclama-

ção da tríplice mensagem angélica,outra voz do Céu (sob o poder doEspírito Santo) é ouvida atravésdo movimento representado poraquele anjo poderoso. Antes determinar o tempo de prova, ele fazo chamado final ao povo fiel deDeus ainda em Babilônia, para

sair antes que as pragas de Deussejam derramadas sobre ela(Apocalipse 18:4 e 5).

“Conforme profetizado no ca-pítulo dezoito do Apocalipse, amensagem do terceiro anjo deveser proclamada com grande poderpor aqueles que vão dar a adver-tência final contra a besta e suaimagem: [É citado Apocalipse18:1-6].

Essa é a mensagem dada porDeus para ser apresentada atravésdo alto clamor do terceiro anjo.”– Testemunhos para a igreja, vol.8, p. 118.

“O capítulo dezoito doApocalipse indica o tempo emque, como resultado da rejeição datríplice mensagem do capítulo 14,versos 6-12, a igreja terá atingidocompletamente a condição predi-ta pelo segundo anjo. Então opovo de Deus, ainda em Babilônia,será chamado a separar-se de suacomunhão. Essa mensagem é aúltima que será dada ao mundo, ecumprirá sua obra. Quando os que‘não creram na verdade, antes ti-veram prazer na iniqüidade’ (2Tessalonicenses 2:12) forem aban-donados para que recebam a ope-ração do erro e creiam na menti-ra, a luz da verdade brilhará sobretodos os corações que se achamabertos para recebê-la. Os filhosdo Senhor que permanecem emBabilônia atenderão ao chamado:‘Sai dela, povo Meu’ (Apocalipse18:4).” – O Grande Conflito, p.390.

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Aquele outro anjo

“Deus ainda tem um povo emBabilônia. [...] Esses fiéis devemser chamados a sair. [...] Essa é arazão de ser o movimento simbo-lizado pelo anjo descendo do Céu,iluminando a Terra com sua gló-ria e clamando fortemente comgrande voz, anunciando os peca-dos de Babilônia. Em relação comsua mensagem, ouve-se a chamada:‘Sai dela, povo Meu’. À medida queessas advertências juntam-se àterceira mensagem angélica, elacresce até um alto clamor.” – TheSpirit of Prophecy, vol. 1, p. 422.

“Deus tem filhos honestos en-tre os adventistas nominais e asigrejas caídas. Antes que as pragassejam derramadas, pastores epovo serão chamados a sair dessasigrejas. Alegremente receberão averdade. Satanás sabe disso. An-tes que o alto clamor da terceiramensagem angélica seja ouvido,ele suscitará despertamento nes-sas corporações religiosas, a fim deque os que rejeitaram a verdadepensem que Deus está com eles.Espera enganar os honestos e levá-los a pensar que Deus ainda tra-balha pelas igrejas. Porém, a luzbrilhará. Todos os honestos deixa-rão as igrejas caídas e tomarãoposição ao lado dos remanescen-tes.” – Primeiros escritos, p. 261.

“A mensagem do terceiro anjodeve ir para além-mar, despertar aspessoas e chamar-lhes a atençãopara os mandamentos de Deus ea fé de Jesus. Outro anjo une a vozao terceiro anjo, e a Terra é ilumi-

nada com sua glória. A luz aumen-ta e brilha para todas as nações daTerra. Deve ir avante como luz quearde. Será recebida com grandepoder, até que seus raios douradostenham caído sobre toda língua,todo povo e toda nação sobre aface de toda a Terra. Deixai-meperguntar-vos: Que estais fazendoa fim de vos preparardes para essaobra? Estais construindo para aeternidade? Deveis lembrar-vosde que o anjo representa o povoque tem essa mensagem a procla-mar ao mundo. Estais entre essepovo?” – The Review and Herald,18 de agosto de 1885.

“A questão da mais vital impor-tância para este tempo é: ‘Quemestá ao lado do Senhor? Quem seunirá ao anjo em dar a mensagemda verdade ao mundo? Quem re-ceberá a luz que deve encher todaa Terra com sua glória?’” – Idem,5 de novembro de 1889.

Preparação para a angústia deJacó

“Ao se aproximarem os mem-bros do corpo de Cristo do perío-do de luta final, ‘o tempo da an-gústia de Jacó’, crescerão emCristo e partilharão grandementede Seu Espírito. À medida que aterceira mensagem se avoluma e setorna alto clamor e que a obra fi-nal é acompanhada de grande po-der e glória, o fiel povo de Deusparticipa dessa glória. É a chuvaserôdia que os vivifica e fortalecepara passar pelo tempo de angús-

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tia. Seus rostos brilharão com aglória daquela luz que acompanhaa mensagem do terceiro anjo.” –The DAS Bible Comentary [E. G.White Comments], vol. 7, p. 984(E recebereis poder, p. 342).

O ‘início do tempo de angústia’ali mencionado não se refere aotempo em que as pragas começa-rão a ser derramadas, mas a umbreve período, pouco antes, en-quanto Cristo está no santuário.Nesse tempo, enquanto a obra de

salvação está se encerrando, tribu-lações virão sobre a Terra. As na-ções ficarão iradas, embora conti-das para não impedir a obra doterceiro anjo. Nesse tempo, a ‘chu-va serôdia’, ou o refrigério pelapresença do Senhor, virá, para darpoder à grande voz do terceiroanjo e preparar os santos para es-tarem de pé no período em que assete últimas pragas serão derrama-das.” – Primeiros escritos, p. 85 e86.

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Aquele outro anjo

Após a ascensão de Cristo, de-pois de os discípulos terem-se en-tregado inteiramente a Deus, me-diante fé e oração, e após teremalcançado união perfeita, o Espí-rito Santo foi derramado em ple-nitude sobre eles (Lucas 24:49;Atos 2:1-4). Então, dons espiritu-ais foram-lhes confiados, para se-rem usados em prol do bem comumda igreja e para o avançamento daobra de Deus. Os dons concedidosaos primeiros cristãos, pelo Espí-rito, incluíram apostolado, palavrade sabedoria e de conhecimento,fé, cura, profecia, discernimentode espíritos, milagres, línguas, in-terpretação de línguas, ensino,administração e caridade (amorpuro em ação) (Amós 3:7; 1 Corín-tios 12:7-11 e 28; Efésios 4:7, 8 e11; 1 Pedro 4:10 e 11).

Embora tenha advertido a igre-ja a procurar “com zelo os maioresdons”, o apóstolo Paulo enfatizou“um caminho sobremodo excelen-te” – a caridade (1 Coríntios 12:31;13:1-8 e 13). Então, acrescentou:“Procurai com zelo os dons espiri-tuais, mas principalmente o de pro-fetizar.” (1 Coríntios 14:1). A segu-ra palavra da profecia é a base danossa fé (Provérbios 29:18; Oséias12:10 e 13; 2 Crônicas 20:20;Mateus 10:41; 1 Tessalonicenses5:19-21; 2 Pedro 1:19-21).

Capítulo XIII

O dom de profeciaOs dons do Espírito devem ser

restaurados ao remanescente fielantes da segunda vinda de Jesus (1Coríntios 1:7 e 8).

Em cumprimento da promessade Deus, o dom de profecia foirestaurado à igreja verdadeira nes-tes últimos dias (Joel 2:28; Atos2:14-21; Apocalipse 12:17 (cf.Apocalipse 19:10)). Pouco depoisdo segundo grande desaponta-mento em 1844, Ellen G. White foichamada por Deus ao ministérioprofético entre os primeiros adven-tistas. Sua obra passou no teste deIsaías 8:20 e de Mateus 7:16 e 20.

O propósito principal dos escri-tos de Ellen G. White é trazer ho-mens e mulheres de volta à negligen-ciada Palavra de Deus, imprimindono coração as verdades já reveladasna Bíblia, e guardar os cristãos dedesviarem-se dessas verdades.

“Nela [na Palavra], Deus pro-meteu dar visões nos ‘últimosdias’, não para nova regra de fé,mas para conforto do Seu povo epara corrigir os que se desviam daverdade bíblica.” – Mensagens es-colhidas, vol. 3, p. 29.

“Nos tempos antigos, Deus fa-lou aos homens pela boca de Seusprofetas e apóstolos. Nestes dias,Ele lhes fala por meio dos Teste-munhos do Seu Espírito. Aindanão houve tempo em que falasse

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mais seriamente ao Seu povo arespeito de Sua vontade e da con-duta que este deve ter.” – Testemu-nhos seletos, vol. 2, p. 276.

“Em Sua Palavra, o Senhor re-velou claramente Sua vontadeàqueles que possuem riquezas.Por Suas ordens diretas terem sidomenosprezadas, Ele misericordio-samente apresenta aos homens osperigos através dos Testemunhos.Não lhes dá nova luz, mas chamaa atenção deles para a luz já reve-lada em Sua Palavra.” – Testemu-nhos para a igreja, vol. 2, p. 660 e661.

“Se tivessem feito da Bíblia oobjeto de seus estudos, com o pro-pósito de atingir o padrão bíblicoe a perfeição cristã, não necessita-riam dos Testemunhos. E porquenegligenciaram tomar conheci-mento com o Livro inspirado deDeus, Ele procurou alcançá-lospor meio de testemunhos simplese diretos, chamando a sua atençãopara as palavras da inspiração quenegligenciaram obedecer, e insis-tindo com vocês para modelarema vida de acordo com os seusensinamentos puros e elevados.”– Ibidem, p. 605.

“A Palavra de Deus é suficien-te para iluminar a mente mais obs-curecida. Pode ser compreendidapelos que têm qualquer desejo decompreendê-la. Não obstante tudo

isso, alguns que professam fazerda Palavra de Deus objeto de es-tudo vivem em oposição direta aosseus ensinos mais claros. Assim,para deixar homens e mulheressem desculpa, Deus dá testemu-nhos claros e positivos, dirigindo-os para a palavra que negligencia-ram seguir.” – Evangelismo, p. 256e 257.

“Os volumes do Espírito deProfecia e também os Testemu-nhos devem ser introduzidos emcada lar de observadores do Sába-do. Os irmãos devem saber o seuvalor e serem estimulados a lê-los.” – Testemunhos para a igre-ja, vol. 4, p. 390.

“A Palavra de Deus é a normainfalível. Não devem os Testemu-nhos substituir a Palavra. Todos oscrentes devem manifestar grandecautela no expor cuidadosamenteesses assuntos. Calai sempre quehouverdes dito o suficiente. Pro-vem todos a própria atitude pormeio das Escrituras e fundamen-tem pela Palavra de Deus revela-da todo ponto que vindicam serverdade.” – Evangelismo, p. 256.

“Satanás está [...] continua-mente forcejando por introduzir ofalso – para afastar da verdade. Oúltimo engano de Satanás seráanular o testemunho do Espíritode Deus.” – Mensagens escolhi-das, vol. 1, p. 48.

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Prefácio

Deus viu que permanecer sónão era bom para o homem(Gênesis 2:18). Portanto, estabele-ceu a instituição do casamento eenunciou a lei do matrimônio paratodos os filhos de Adão até o fimdo tempo. O próprio Deus deu aAdão uma esposa como compa-nheira. “Ordenou que homens emulheres se unissem em santomatrimônio, para constituir famí-lias cujos membros, coroados dehonra, fossem reconhecidos comomembros da família celestial.” – Aciência do bom viver, p. 356. Deacordo com o plano de Deus, norelacionamento matrimonial todohomem deve considerar a esposacomo sua segunda pessoa, “ossodos seus ossos e carne da sua car-ne” (Gênesis 2:18, 23 e 24; Mar-cos 10:6-8; Efésios 5:28 e 29;Colossenses 3:19).

Apesar de degradada pelo pe-cado, essa instituição divina deveser restaurada à sua condição ori-ginal entre o povo de Deus antesda segunda vinda de Jesus (Atos3:20 e 21; Marcos 10:5-9).

Quando o casamento é condu-zido de acordo com a vontade deDeus:

a. Preserva a pureza moral dehomens e mulheres e assegura a fe-licidade da humanidade (Hebreus13:4; 1 Coríntios 7:2-9; Salmos

Capítulo XIV

Casamento128:1-6; Provérbios 5:18; 31:10-31).

b. Supre as necessidades soci-ais das pessoas (Gênesis 2:18).

c. Eleva a natureza física, inte-lectual e moral dos seres humanos(Provérbios 18:22; 19:14; 1 Pedro3:1 e 7).

d. Assegura a sobrevivência e amultiplicação da espécie humanade maneira moral e salutar(Gênesis 1:27 e 28).

Tem sido propósito de Deusdesde o início que o voto do casa-mento ligasse mutuamente ambasas partes por vínculos vitalícios,indissolúveis (Mateus 19:6; Mar-cos 10:11 e 12; Lucas 16:18). Por-tanto, o divórcio não está em har-monia com a vontade de Deus(Malaquias 2:14-16). Em caso deseparação, ambos devem perma-necer solteiros até a morte de umdos cônjuges, ou até que se recon-ciliem (Romanos 7:1-3; 1Coríntios 7:10-15, 39 (Mateus5:32 e 19:9 são explicados em ou-tras passagens, mostrando queestes dois versos não sancionamnem advogam o divórcio ou onovo casamento.)).

Cristãos devem unir-se emmatrimônio unicamente com osda mesma fé. Casamento com des-crente (não-membro) é pecadosério e separação de Cristo (Êxodo

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34:12 e 16; Deuteronômio 7:3 e 4;Neemias 13:23-27; 2 Coríntios6:14).

“Como filha de Deus, súdita doreino de Cristo, aquisição de Seusangue, como pode ligar-se a umque não reconhece Suas reivindi-cações, que não é controlado porSeu Espírito? As ordens que citeinão são palavras de homens, masde Deus. Mesmo que o companhei-ro de sua escolha fosse em todos osoutros aspectos digno (o que, po-rém, ele não é), no entanto ele nãoaceitou a verdade para este tempo.É descrente. Você é proibida peloCéu de unir-se a ele. Sem perigopara sua alma, não pode desrespei-tar essa ordem divina.” – Cartas ajovens namorados, p. 87.

“Na mente juvenil, o casamen-to se acha revestido de romance.É difícil despojá-lo desse aspectocom que a imaginação o envolve,e impressionar o espírito com osenso das pesadas responsabilida-des compreendidas nos votos ma-trimoniais. Esses votos ligam osdestinos de duas pessoas com la-ços que coisa nenhuma senão amão da morte deve desatar.” – Tes-temunhos seletos, vol. 1, p. 576.

Apesar de, contrariamente aopropósito original de Deus, a poli-gamia haver sido tolerada nos tem-pos do Antigo Testamento, unica-mente casamentos monogâmicossão aceitos sob a dispensação cris-tã (1 Coríntios 7:2; Efésios 5:23 e33; Mateus 19:4-6; Malaquias2:15).

“A poligamia foi praticada emépoca primitiva. Foi um dos peca-dos que acarretaram a ira de Deussobre o mundo antediluviano.” –Patriarcas e profetas, p. 338.

O relacionamento matrimoni-al representa a união que existeentre Cristo e Sua igreja (Isaías54:4 e 5; Jeremias 3:14; Efésios5:24-28; Oséias 2:19 e 20).

“Deus celebrou o primeiro ca-samento. Assim, essa instituiçãotem como originador o Criador doUniverso. ‘Venerado [...] seja o ma-trimônio’ (Hebreus 13:4). Essa foiuma das primeiras dádivas de Deusao homem. É uma das duas insti-tuições que, depois da queda, Adãotrouxe consigo de além das portasdo Paraíso. Quando os princípiosdivinos são reconhecidos e obede-cidos nessa relação, o casamento éuma bênção. Preserva a pureza efelicidade do gênero humano, pro-vê as necessidades sociais do ho-mem, eleva a natureza física, inte-lectual e moral.” – Idem, p. 46.

“O vínculo de família é o maisíntimo, o mais terno e sagrado detodos na Terra. Foi designado a serbênção à humanidade. E assim oé sempre que se entra para o pac-to matrimonial inteligentemente,no temor de Deus, e tomando emdevida consideração as responsa-bilidades.” – A ciência do bomviver, p. 356 e 357.

Pré-requisitos“Antes de assumirem as res-

ponsabilidades que o casamento

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Casamento

envolve, os jovens devem ter navida prática experiência que osprepare para os deveres e encargosdo mesmo. Casamentos precocesnão convêm. Relação tão impor-tante como seja a do casamento,e tão vasta no alcance dos resul-tados, não deve ser assumida pre-cipitadamente, sem preparo sufi-ciente, e antes de as faculdadesmentais e físicas se acharem bemdesenvolvidas.

Podem as partes não ter abas-tança, mas devem ter a bênção,muito maior, da saúde. Na maio-ria dos casos, não convém grandediferença de idade. Da não obser-vância dessa regra poderá resultarsério prejuízo para a saúde da pes-soa mais jovem. Muitas vezes, osfilhos são privados de força físicae mental. Não podem receber deum idoso pai ou mãe o cuidado ea camaradagem que requer suavida nova. Poderão ser pela mor-te privados do pai ou da mãe, exa-tamente quando mais precisavamde seu amor e guia.

Só em Cristo é que se pode comsegurança entrar para a aliançamatrimonial. O amor humanodeve fazer derivar do amor divinoos seus laços mais íntimos. Sóonde Cristo reina é que pode ha-ver afeição profunda, verdadeira ealtruísta.” – Idem, p. 358.

Círculo sagrado“Embora possam surgir dificul-

dades, perplexidades e desânimo,nem o marido nem a esposa abri-

guem o pensamento de que suaunião é um erro ou decepção. Re-solva cada qual ser para o outrotudo que é possível. Continuaicom as primeiras atenções. Detodos os modos, anime um o ou-tro nas lutas da vida. Procure cadaum promover a felicidade do ou-tro. Haja amor mútuo, mútua pa-ciência. Então, em vez de ser o fimdo amor, o casamento será comoque seu princípio. O calor da ver-dadeira amizade, o amor que ligacoração a coração, é antegozo dasalegrias do Céu.” – Idem, p. 360.

Pureza e alegria“Em virtude da prostituição,

tenha cada homem sua própriamulher e cada mulher seu própriomarido.” 1 Coríntios 7:2.

“[...] O casamento é uma bên-ção. Preserva a pureza e a felicida-de do gênero humano.” – Patriar-cas e profetas, p. 46.

“Honrado seja entre todos omatrimônio e o leito sem mácula;pois aos devassos e adúlteros,Deus os julgará.” Hebreus 13:4.

Todo cristão deve considerarcuidadosamente as diretrizes con-tidas na Bíblia e nos Testemunhos(1 Coríntios 6:18; 7:1-13, 27, 28e 39; Colossenses 3:18 e 19).

“Em torno de cada família exis-te um círculo sagrado que deve sermantido inviolável. Nenhuma ou-tra pessoa tem o direito de entrarnesse círculo. Nem o marido nema esposa permitam que outro par-tilhe das confidências que somen-

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te a eles pertencem.” – A ciênciado bom viver, p. 361.

“Evitai a primeira aproximaçãoao perigo. Não se pode brincarcom os interesses da alma. Vossocapital é vosso caráter. Acariciai-o, como o faríeis a um tesouroáureo. A pureza moral, o respeitopróprio, o forte poder de resistên-cia têm de ser acariciados firme econstantemente. Não deve haverum único afastamento da discri-ção. Um ato de familiaridade, umdeslize podem pôr em perigo aalma, abrindo a porta da tentação,e tornar-se enfraquecido o poderde resistência.” – O lar adventista,p. 404.

“Quão cuidadoso deve ser oesposo e pai a fim de manter a le-aldade a seu voto matrimonial![...] Aqui está onde muitos se fa-zem delinqüentes. As imaginaçõesdo coração não são de naturezapura e santa como Deus requer.[...] Aos homens casados sou ins-truída a dizer: É à vossa esposa, àmãe de vossos filhos, que deveisvosso respeito e afeição.” – Idem,p. 336 e 337.

“Se [nossas irmãs] ocuparemessa posição [de humildade, mo-déstia, reserva], não serão objetode atenção indevida de cavalhei-ros dentro ou fora da igreja. Todossentirão que há um círculo sagra-do de pureza em torno dessasmulheres tementes a Deus.” –Idem, p. 334.

“Muitos pais não obtêm o co-nhecimento que deviam na vida

conjugal. Não se guardam paraque Satanás não se aproveite de-les, controlando-lhes mente e vida.Não vêem que Deus requer queeles controlem a vida conjugal,evitando qualquer excesso. Porém,bem poucos sentem ser dever re-ligioso reger as próprias paixões.Uniram-se em matrimônio ao ob-jeto de escolha. Daí raciocinamque o casamento santifica a con-descendência com paixões inferi-ores. Mesmo homens e mulheresque professam piedade dão rédeasolta a paixões de concupiscência,e nem pensam que Deus os consi-dera responsáveis pelo dispêndioda energia vital que lhes enfraque-ce o poder na vida e enerva-lhestodo o organismo.” – Testemu-nhos seletos, vol. 1, p. 267.

“Os que professam ser cristãos[...] devem considerar devidamen-te o resultado de cada privilégio daassociação matrimonial. Princípiosantificado deve ser a base de todaação. Em inúmeros casos, os pais[...] têm abusado de seus privilé-gios matrimoniais. Pela condes-cendência, têm fortalecido suaspaixões animais. É o levar ao ex-cesso o que é lícito o que tornagrave o pecado.” – O lar adven-tista, p. 122.

“Aceitando Cristo como Salva-dor pessoal, a pessoa é trazidapara a mesma relação próxima aDeus, e desfruta Seu favor espe-cial assim como o faz com Seupróprio Filho amado. É honrada,glorificada e intimamente associ-

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Casamento

ada com Deus, sendo sua vida es-condida com Cristo em Deus. Ó,que amor, que amor prodigioso!Este é meu ensino de pureza mo-ral.” – Exaltai-O!, p. 297.

“A graça de Cristo, e ela somen-te, pode tornar essa instituição [ocasamento] o que Deus designouque fosse: um meio para a bênçãoe reerguimento da humanidade.Assim, as famílias da Terra, em suaunião, paz e amor, podem repre-

sentar a família do Céu.” – O mai-or discurso de Cristo, p. 65.

Imoralidade SexualTodas as práticas sexuais imo-

rais, como homossexualismo,lesbianismo, bestialidade [práticacom animais] e incesto são conde-nadas na Palavra de Deus comoabominação (Romanos 1:26, 27; 1Coríntios 6:9 e 10; Levítico 18:6-24; Judas 7).

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Após criar Adão e Eva, Deus osuniu como marido e mulher, aben-çoou-os e então lhes disse:“Frutificai e multiplicai-vos;enchei a Terra e sujeitai-a.”(Gênesis 1:28). Era propósito deDeus que a Terra fosse povoadacom seres criados à Sua própriaimagem, compondo famílias quetrariam glória a Ele e se tornariammembros da família maior, no Céu(Isaías 45:18; Efésios 3:14 e 15).Apesar de o propósito original deDeus haver sido posto de ladocomo resultado do pecado huma-no, seu cumprimento final é certo(Romanos 8:28; Apocalipse 21:3e 5).

A família é o princípio da soci-edade. A família cristã é aquela emque Deus é reconhecido comoobjeto supremo de adoração. Eleé Cabeça, Protetor, Guia e Instru-tor de famílias assim. A famíliacristã é a menor unidade orgânicada igreja de Deus na Terra (Mateus18:20). Também é escola ondeseus membros são professores ealunos que compartilham conhe-cimento e aprendem uns com osoutros. A Palavra de Deus, junta-mente com o livro da natureza,deve ser a principal fonte de ins-trução na escola da família. O ob-jeto da empresa familiar deve serpreparar seus estudantes para uti-

Capítulo XV

A família cristãlidade nesta vida e graduá-los paraa escola de cima (Deuteronômio6:4-9; Salmos 128:1-6).

Uma obra especial de restaura-ção na família foi profetizada paraacontecer antes da segunda vindade Cristo (Malaquias 4:5 e 6).

O marido e paiO marido cristão, como pai e

sacerdote da família, é protetor,instrutor, guia e provedor dela(Gênesis 3:19; 1 Coríntios 11:3).Essa é a função atribuída a ele porDeus. Ele é responsável pelo bem-estar espiritual, mental e físico desua família (Efésios 6:4; 5:28-31 e33; 1 Timóteo 5:8; 1 Pedro 3:7).

Em conjunto com a esposa,deve ensinar os filhos a amar eobedecer a Deus, e criá-los parautilidade nesta vida e na vida porvir, de acordo com as instruçõesdadas na Bíblia. Como sacerdotena família, o pai é o chefe respon-sável pela instrução e o treinamen-to religioso dos filhos. Também éo dirigente dos cultos de adoraçãomatutinos e vespertinos (Gênesis18:19; 35:2-4; Josué 24:15;Colossenses 3:21).

A esposa e mãeA esposa cristã, como mãe, é a

principal instrutora dos filhos nafamília, especialmente em seus

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A família cristã

tenros anos. Tem grande e impor-tante responsabilidade em instruí-los e educá-los de acordo com asinstruções dadas na Palavra deDeus. Juntamente com o marido,é responsável pelo bem-estar espi-ritual, mental e físico, e por desen-volver nos filhos caráter em seme-lhança divina para o tempo e aeternidade. Enquanto o pai é o“laço de união da família” 1, a mãeé a gerenciadora do lar (Provérbi-os 31:10-31; Efésios 5:22-24, 33;1 Tessalonicenses 5:23; 1 Timóteo5:4; Tito 2:4 e 5).

Os filhos na famíliaOs filhos são herança do Se-

nhor (Salmos 127:3-5; Provérbios17:6). São o futuro da sociedadee da igreja de Deus na Terra. Fo-ram confiados a pais e mães como objetivo de serem instruídos eeducados por eles para se torna-rem membros da família de Deusacima, e membros úteis da socie-dade enquanto aqui na Terra (Sal-mos 144:12; Isaías 8:18). Os filhosdevem aprender a amar, honrar erespeitar seus pais e a obedecer-lhes como apropriado no Senhor(Êxodo 20:12). Devem tambémaprender a amar e a obedecer aDeus, e a respeitar ministros, pro-fessores, autoridades e todos osoutros a quem Deus delegou au-toridade. Os filhos devem ser edu-cados e motivados a preparar-separa se tornarem coobreiros deDeus na Terra, aprendendo traba-

lhos e/ou profissões que possamajudar a promover Seu reino eapressar a vinda de Cristo(Levítico 19:32; 2 Reis 2:23 e 24;Salmos 78:2-7; Provérbios 22:6;Efésios 6:1-3; Colossenses 3:20).

“Deus criou o homem para Suaprópria glória, para que, depois detestada e provada, a família huma-na pudesse tornar-se uma com afamília celestial. Era o propósitode Deus repovoar o Céu com afamília humana, caso se mostras-se obediente a toda Palavra Sua.Adão devia ser provado, para verse seria obediente, como os anjosfiéis, ou desobediente.” – The SDABible Commentary (E. G. WhiteComments), vol. 1, p. 1.082.

“Nos tempos primitivos, o paiera o governador e sacerdote dafamília. Exercia autoridade sobreos filhos, mesmo depois que estestinham a própria família. Os des-cendentes eram ensinados aconsiderá-lo como chefe, tanto emassuntos religiosos quanto secula-res. Abraão esforçou-se por perpe-tuar esse sistema de governo pa-triarcal, já que o mesmo favoreciaa conservar o conhecimento deDeus. Era necessário ligar os mem-bros da casa conjuntamente, paraser edificada barreira contra a ido-latria que se havia tornado tão es-palhada e profundamente estabele-cida. Abraão procurou por todosos meios ao alcance guardar osdomésticos de seu acampamentode se misturarem com os gentios

1. Nota do tradutor: no original em inglês, houseband, termo de onde foi derivado o vocábulo husband, que significa ma-rido.

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Crenças fundamentais dos ASD – Movimento de Reforma

e testemunharem suas práticasidólatras, pois sabia que a famili-aridade com os maus corromperiainsensivelmente os princípios. Omáximo cuidado foi exercido paraexcluir toda forma de religião fal-sa, e impressionar o espírito coma majestade e a glória do Deusvivo como o verdadeiro objeto deculto.” – Patriarcas e profetas, p.141.

“Para que pais e mestres façamessa obra [educar os filhos], elespróprios devem compreender ‘ocaminho’ em que a criança deveandar. Isso abrange mais que meroconhecimento de livros. Envolvetudo quanto é bom, virtuoso, jus-to e santo. Compreende a práticade temperança, piedade, bondadefraternal e amor para com Deus ede uns para com outros. A fim dealcançar esse objetivo, é precisodar atenção à educação física,mental, moral e religiosa da crian-ça.” – Testemunhos seletos, vol. 1,p. 315 e 316.

“Nunca se pode acentuar de-masiado a importância da educa-ção ministrada à criança em seusprimeiros anos de existência. Aslições aprendidas, os hábitos for-mados durante os anos da infân-cia têm mais que ver com o cará-ter e a direção da vida do que todasas instruções e educação dos anosposteriores.” – A ciência do bomviver, p. 380.

“As mães podem ter adquiridoconhecimento de muitas coisas,mas não adquiriram o conheci-mento essencial, a menos que co-nheçam Cristo como Salvadorpessoal. Se Cristo estiver no lar, seas mães O tiverem tornado o Con-selheiro, educarão os filhos desdea própria infância nos princípiosda religião verdadeira.” – Orienta-ção da criança, p. 472.

“A maior prova do poder docristianismo que se pode apresen-tar ao mundo é uma família bemordenada, bem disciplinada.” – Olar adventista, p. 32.

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A família cristã

A temperança cristã está rela-cionada a todas as facetas de nos-sa vida aqui na Terra. Reconhecea relação íntima entre os aspectosespirituais, mentais e físicos denosso ser. A condição do corpoafeta a mente, e a condição damente afeta não apenas o corpo,mas também o relacionamentoespiritual com Deus. A verdadei-ra temperança pode ser definidacomo o dispensar inteiramentetudo que seja prejudicial e fazeruso judicioso do que for salutar. Oprincípio geral sobre temperançaem todas as coisas foi esboçado naPalavra de Deus pelo apóstoloPaulo (1 Coríntios 10:31; 2 Pedro1:5-8).

Lição dada pelos atletas gregos“Referindo-se a essas corridas

[gregas] como figura da milíciacristã, Paulo deu ênfase à prepa-ração necessária para o sucessodos contendores na maratona – adisciplina preliminar, o regime deabstenção alimentar, a necessida-de de temperança. ‘E todo aqueleque luta’, declarou Paulo, ‘de tudose abstém.’ (1 Coríntios 9:25). Oscorredores punham de lado todacondescendência que tendesse adiminuir-lhes as faculdades físi-cas. Mediante disciplina severa econtínua, treinavam os músculos

para se tornarem fortes e resisten-tes, para que ao chegar o dia dacompetição pudessem exigir desuas forças o máximo de rendi-mento. Quão mais importante éque o cristão, cujos interesses eter-nos estão em jogo, coloque apeti-tes e paixões em sujeição à razãoe à vontade de Deus! Jamais devepermitir que sua atenção seja des-viada por entretenimentos, luxosou comodidades. Todos os hábitose paixões devem ser postos sob adisciplina mais estrita. A razão,iluminada pelos ensinos da Pala-vra de Deus e guiada por Seu Es-pírito, tem de tomar as rédeas docontrole. [...]

Paulo apresenta a diferençaentre a coroa de louros fenecíveisrecebida pelo vencedor nas corri-das e a coroa de glória imortal queserá dada ao que corre vitoriosa-mente a carreira cristã. ‘Eles o fa-zem’, declara, ‘para alcançar umacoroa corruptível.’ (1 Coríntios9:25). Para alcançar prêmio pere-cível, os corredores gregos nãofugiam a qualquer esforço ou dis-ciplina. Nós lutamos por prêmioinfinitamente mais valioso, a pró-pria coroa da vida eterna. Quãomais cuidadosa deveria ser nossaluta, e quão maior nossa disposi-ção para o sacrifício e a renúncia!”– Atos dos apóstolos, p. 311 e 312.

Capítulo XVI

Temperança cristã

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Reforma de saúde sobperspectiva bíblica

Como a mente sã é desenvolvi-da em grande grau em um corposão, a reforma de saúde tem seulugar no plano da redenção(Eclesiastes 10:17; 3 João 2; 1Tessalonicenses 5:23). A Palavrade Deus nos pede que tenhamoscuidado não apenas de nossaalma, mas também de nosso cor-po (Romanos 12:1; 1 Coríntios3:16 e 17; 9:25 e 27).

Os princípios gerais sobre co-mer e beber, e sobre tudo que pos-sa afetar a saúde física, mental ouespiritual, estão esboçados na Pa-lavra de Deus (1 Coríntios 10:31).

Como parte da mensagem doterceiro anjo, a reforma de saúdeestá tão intimamente conectada aela quanto a mão direita o está aocorpo (cf. Apocalipse 14:12; 2Pedro 1:6) (Êxodo 15:26; Provér-bios 3:7 e 8; 4:20-22).

A reforma de saúde é equipa-rada ao uso moderado de coisasboas. A temperança verdadeirarequer abstinência completa detudo que seja prejudicial ao orga-nismo, como alimentos cárneos(inclusive peixe), gordura animal,substâncias químicas nocivas adi-cionadas aos alimentos prontos(como glutamato monossódico),bebidas alcoólicas, chá preto, café,bebidas cafeinadas, tabaco, narcó-ticos etc. Já que a lista mais exten-sa ainda estaria incompleta, da-mos apenas alguns exemplos.Centenas de produtos novos são

lançados no mercado ano apósano. Portanto, cada pessoa devedescobrir por si mesma quais de-vem ser rejeitados. Vejam-seexemplos em Juízes 13:4 e 7;Daniel 1:8, 12-16 e 20.

Excessos conjugais e toda for-ma de perversão sexual tambémsão condenados na Palavra deDeus (1 Tessalonicenses 4:3-5; 2Coríntios 7:1; Romanos 1:24, 26e 27; 13:11-14; 1 Pedro 4:2 e 3).

“Se já houve tempo em o regi-me alimentar devesse ser da maissimples qualidade, esse tempo éagora. Não devemos pôr carne di-ante de nossos filhos. Sua influên-cia é reavivar e fortalecer as maisbaixas paixões, tendendo a amor-tecer as faculdades morais. Cereaise frutas preparados sem gordura, eno estado mais natural possível,devem ser o alimento para as me-sas de todos os que professam es-tar-se preparando para a traslada-ção ao Céu. Quanto menosestimulante o regime, tanto maisfacilmente podem as paixões serdominadas. A satisfação do pala-dar não deve ser considerada semlevar em conta a saúde física, in-telectual ou moral.” – Testemu-nhos para a igreja, vol. 2, p. 352.

“Deus deseja que Seu povo sepurifique de toda impureza da car-ne e do espírito, aperfeiçoando asantidade no temor do Senhor.Todos os indiferentes e que seomitem dessa obra, esperando queo Senhor faça por eles o que a elescompete fazer, estarão desprote-

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Temperança cristã

gidos quando os mansos da Terra,que põem por obra Seu juízo, fo-rem escondidos no dia da ira doSenhor.” – Conselhos sobre o re-gime alimentar, p. 33.

“Todos os que ocupavam posi-ções de responsabilidade sagradadeviam ser homens de temperançaestrita, para terem mente clara afim de discernirem entre o reto eo que não o é, para terem firmezade princípios e sabedoria para ad-ministrar justiça e mostrar mise-ricórdia. A mesma obrigação re-pousa sobre todo seguidor deCristo. O apóstolo Pedro declara:‘Vós sois a geração eleita, o sacer-dócio real, a nação santa, o povoadquirido.’ (1 Pedro 2:9). É-nosexigido por Deus que preservemostoda faculdade na melhor condiçãopossível, a fim de que prestemosserviço aceitável a nosso Criador.”– Patriarcas e profetas, p. 362.

“Conformidade estrita com osreclamos de Deus é benéfica à saú-de do corpo e da mente. Para al-cançar a mais elevada norma derealizações morais e intelectuais,são necessárias sabedoria e forçade Deus, e é preciso observar es-trita temperança em todos os há-bitos da vida.” – Conselhos sobreo regime alimentar, p. 32.

“Desejamos apresentar a tem-perança e a reforma pró-saúde doponto de vista bíblico e ser muitocautelosos para não ir a extremosem defender abruptamente a re-forma pró-saúde. Cuidemos paranão enxertar nela um falso reben-

to de acordo com nossas própriasidéias, entretecendo-lhe nossospróprios e fortes traços de caráter,fazendo deles a voz de Deus e con-denando todos os que não vêem ascoisas como nós as vemos.” –Mensagens escolhidas, vol. 3, p.284 e 285.

“A reforma de saúde é um dosramos da grande obra que devepreparar um povo para a vinda doSenhor. Ela está tão estreitamen-te relacionada com a mensagemdo terceiro anjo quanto a mão oestá com o corpo. A lei dos DezMandamentos tem sido considera-da levianamente pelo homem.Porém, o Senhor não punirá ostransgressores dessa lei sem pri-meiro enviar-lhes mensagem deadvertência. Homens e mulheresnão podem violar as leis naturaisao serem indulgentes para com oapetite depravado e paixões licen-ciosas sem violarem a lei de Deus.Portanto, Ele permitiu que a luz dareforma de saúde brilhe sobre nós,para que possamos compreendera pecaminosidade da transgressãodas leis que Ele estabeleceu emnosso próprio ser.” – Conselhossobre saúde, p. 20.

“Nos Dez Mandamentos, Deusanunciou as leis de Seu reino.Qualquer violação das leis da natu-reza é violação da lei de Deus.” –The SDA Bible Commentary (E. G.White Comments), vol. 1, p. 1.105.

“As leis que governam a natu-reza física são tão divinas em suaorigem e caráter quanto a lei dos

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Dez Mandamentos. O homem foifeito de maneira tremenda e ma-ravilhosa, pois Jeová inscreveuSua lei com Sua própria mão po-derosa em toda parte do corpohumano.

Violar as leis de nosso ser é tãopecado quanto transgredir um dosDez Mandamentos, pois não po-demos fazer um nem outro semviolar a lei de Deus.

O ser humano que é negligen-te e descuidado dos hábitos e prá-ticas relacionados a sua vida e saú-de física peca contra Deus.

A violação dessas leis é viola-ção da imutável lei de Deus. Apenalidade certamente sucederá.”– Healthful Living, p. 21.

A temperança cristã envolvetodo o estilo de vida e bem-estar.Sobre isso, recomendamos a leitu-ra dos seguintes livros: A ciênciado bom viver; Conselhos sobresaúde; Conselhos sobre o regimealimentar; Temperança; ChristianTemperance and Bible Hygiene eHealthful Living (ambos publica-dos pela Pacific Press PublishingAssociation e/ou Review andHerald Publishing Association).

Nosso corpoO corpo humano é o templo do

Espírito Santo (1 Coríntios 3:16 e17; 6:19 e 20). Portanto, é nossodever perante Deus não apenas sermuito cuidadosos em preservar asaúde espiritual, mas também asaúde física. Todos os que são gui-ados pelo Espírito Santo se con-

formarão aos princípios da tempe-rança cristã, que é um dos frutosdo Espírito (Atos 24:25; Gálatas5:22 e 23).

Comer carne nos últimos diasApesar de o uso da carne de

“animais limpos” haver sido tole-rada nos dias dos apóstolos, é pro-pósito do evangelho restaurar to-das as coisas, inclusive a dietaoriginal edênica (Atos 3:19-21).Assim como o Senhor quis queSeu povo abandonasse o uso dealimentos cárneos antes deadentrarem a terra de Canaã, Eleagora requer de nós que descarte-mos todo alimento cárneo no tem-po do fim como parte da nossapreparação para a vinda de Cristoe para a Canaã celestial (Números11:4-20, 31-34; Salmos 78:17-32;106:14 e 15; 1 Coríntios 10:5, 6 e11 (cf. Isaías 22:12-14, 20-22;Apocalipse 3:7 e 8)). Isaías 22:12-14 tem aplicação especial duran-te o dia antitípico da expiação,iniciado em 1844.

Os que insistem em comer car-ne de porco, de cobaia (porquinho-da-índia) e de rato, e outras abomi-nações e/ou coisas proibidas,enquanto advertidos da proibição,serão destruídos (Levítico 11:7;Isaías 66:15-17 (cf. 2 Tessaloni-censes 1:7-9); Atos 15:20; Levítico3:17).

As instruções vindas do Espí-rito de Profecia sobre comer car-ne nestes últimos dias estão emharmonia com a Bíblia:

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Temperança cristã

“Talvez pergunteis: Quereria asenhora acabar inteiramente como comer carne? Respondo: Final-mente chegarei a isso, mas nãoestamos preparados para esse pas-so justo agora. O comer carne seráfinalmente abandonado. A carnede animais não mais constituiráparte de nosso regime. Olharemoscom desagrado para um açougue.”– Conselhos sobre o regime ali-mentar, p. 407.

“Nenhuma carne será usadapor Seu povo.” – Idem, p. 82.

“Entre os que estão aguardan-do a vinda do Senhor, o comer car-ne será afinal abandonado. A car-ne deixará de fazer parte de suaalimentação. Devemos ter issosempre em vista, e esforçar-nospor trabalhar firmemente nessa di-reção. Não posso pensar que este-jamos em harmonia com a luz queDeus tem sido servido de nos dar,nessa prática de comer carne.” –Idem, p. 380 e 381.

“Hão de seres humanos viverda carne de animais mortos? Se-gundo a luz dada por Deus, a res-posta é não, decididamente não.”– Idem, p. 388.

Apesar de a luz sobre a reformade saúde ter vindo ao povo deDeus, e haverem sido declaradas asrazões principais por que o comercarne devia ser abandonado, porocasião da virada do século (1899-1900) o povo do advento ainda nãoestava preparado para aceitar todaa luz na questão da dieta. “Meu ir-mão, não deveis fazer da questão

do regime uma prova para o povode Deus.” – Idem, p. 205.

“Os que usam carne menospre-zam todas as advertências queDeus tem dado relativamente aessa questão. Não possuem nenhu-ma prova de estar andando em ca-minhos seguros.” – Idem, p. 383.

“Neste estágio da história daTerra, comer carne é desonroso aDeus. É o comer carne e o tomarbebidas embriagantes que fazem omundo como o era nos dias deNoé.” – Bible Training School, 1ºde julho de 1902.

“Muitos que são agora só meioconvertidos quanto à questão decomer carne sairão do povo deDeus, para não mais andar comele.” – Conselhos sobre o regimealimentar, p. 382.

“O povo de Deus deve adotarfirme posição contra o comer car-ne.” – Idem, p. 383.

“É para o bem deles própriosque o Senhor aconselha a igrejaremanescente a rejeitar o uso dealimentos cárneos, chá, café e ou-tros alimentos nocivos. Há quan-tidade de outras coisas de que nospodemos alimentar, as quais sãobenéficas e boas.” – Idem, p. 381.

Em 1909, a igreja foi instruídaa não “fazer do uso da alimenta-ção cárnea uma prova de comu-nhão” (Testemunhos para a igre-ja, vol. 9, p. 159), porque muitosministros e líderes ainda eramcomedores de carne (Ibidem, p.160). Por essa razão, a dieta estri-tamente vegetariana não poderia

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ser imposta como prova paramembros novos. “Ainda não che-gou o tempo de prescrever a dietamais estrita.” – Ibidem, p. 163.

Porém, ao mesmo tempo foiprofetizado um passo mais avan-çado, que demandaria a renúnciade artigos dietéticos impróprios:

“Os que têm recebido instru-ções acerca dos males do uso dealimentos cárneos, chá e café, epreparos suculentos e indigestos dealimentos, e estão determinados afazer concerto com Deus median-te sacrifício, não continuarão acondescender com o apetite emrelação a alimento que sabem serprejudicial à saúde. Deus requerque o apetite seja purificado e quese exerça abnegação relativamentea essas coisas que não são boas.Essa é obra a qual necessita ser fei-ta antes de o povo comparecer pe-rante Ele como povo perfeito.” –Temperança, p. 80 e 81.

Agora, quando a volta de Cris-to está tão próxima, cremos quechegamos ao tempo em que os que“estão resolvidos a fazer com Deusum concerto com sacrifício nãohão de continuar a satisfazer oapetite com alimentos que sabemser prejudiciais à saúde” (Conse-lhos sobre o regime alimentar, p.36). Portanto, os meio converti-dos, que ainda desejam comer car-ne, não podem se unir com o povoremanescente de Deus (Idem, p.382). Para nós, é evidente quechegou o tempo para a “dieta maisestrita ser prescrita”.

Reforma dietética progressiva“A reforma dietética deve ser

progressiva. À medida que as do-enças aumentam nos animais, oemprego de leite e ovos se tornacada vez menos livre de perigo.Deve-se fazer esforço para ossubstituir com outras coisas quesejam saudáveis e poucodispendiosas. O povo de toda par-te deve ser ensinado a cozinhar oquanto possível sem leite e ovos,não obstante fazendo comida sa-lutar e apetecível.” – Idem, p. 365.

Como as doenças entre os ani-mais aumentam na proporção doaumento da perversidade entre aspessoas, é claro que o uso de pro-dutos animais não é mais seguro.

“Seja progressiva a reforma ali-mentar. Sejam as pessoas ensina-das a preparar o alimento sem ouso de leite ou manteiga. Diga-lhes que logo virá o tempo em quenão haverá segurança no uso deovos, leite, nata ou manteiga, pormotivo de as doenças nos animaisestarem aumentando na mesmaproporção do aumento da impie-dade entre os homens. Aproxima-se o tempo em que, por causa dainiqüidade da raça caída, toda acriação animal gemerá com asdoenças que amaldiçoam a terra.”– Testemunhos para a igreja, vol.7, p. 135.

Restauração da dieta originalNo princípio do mundo, antes

da entrada do pecado, Deus disseaos nossos primeiros pais:

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“Eis que vos tenho dado todasas ervas que produzem semente,as quais se acham sobre a face detoda a Terra, bem como todas asárvores em que há fruto que dêsemente; ser-vos-ão para man-timento.” (Gênesis 1:29).

“Cereais, frutas, nozes e verdu-ras constituem o regime dietéticoescolhido por nosso Criador.” – Aciência do bom viver, p. 296.

“Quando se abandona a carne,deve-se substituí-la com varieda-de de cereais, nozes, verduras efrutas, que serão nutritivos e aomesmo tempo apetitosos.” – Idem,p. 316.

“Tem-me sido mostrado repeti-damente que Deus está tentandotrazer-nos de volta, passo a passo,a Seu desígnio original – que oshomens possam subsistir com osprodutos naturais da terra.” –Conselhos sobre o regime alimen-tar, p. 380.

“Os princípios morais, estrita-mente observados, tornam-se aúnica salvaguarda do ser humano.Se já houve tempo em que o regi-me alimentar devesse ser da maissimples qualidade, esse tempo éagora. Não devemos pôr carne di-ante de nossos filhos. Sua influên-cia é reavivar e fortalecer as maisbaixas paixões, tendendo a amor-tecer as faculdades morais. Cere-ais e frutas preparados sem gordu-ra, e no estado mais naturalpossível, devem ser o alimentopara as mesas de todos os que pro-fessam estar-se preparando para a

trasladação ao Céu. Quanto me-nos estimulante o regime, tantomais facilmente podem as paixõesser dominadas. A satisfação do pa-ladar não deve ser consideradasem levar em conta a saúde física,intelectual ou moral.” – Testemu-nhos para a igreja, vol. 2, p. 352.

Os que insistem em que o co-mer carne não é proibido na Bí-blia, ainda que seja desaprovado(Provérbios 23:20; Romanos14:21; cf. Tiago 4:17), devem en-tender que “não foi assim desde oprincípio” (Mateus 19:8), e queassim não será quando a obra derestauração estiver completa(Atos 3:21) e quando todas as coi-sas forem feitas novas (Apocalipse21:5).

“No tempo do fim, toda insti-tuição divina deve ser restaurada.”– Profetas e reis, p. 678.

No reino de glóriaNa Terra renovada, depois de

os maus haverem sido destruídos,mesmo os animais carnívoros se-rão todos herbívoros, como o eramno princípio (Gênesis 1:30; Isaías11:4-9; 65:25; Ezequiel 47:12).

Tratamento de enfermidadesSomos propriedade de Deus

pela criação (Gênesis 1:27; 2:7) epela redenção (1 Coríntios 6:19 e20). Do pó, o homem foi feito àimagem de Deus. Esse mecanismovivo consiste de três componentes– corpo, alma e espírito –, gover-nados por leis naturais específicas.

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É plano de Deus santificá-los epreservá-los inculpáveis (1Tessalonicenses 5:23). Toda pes-soa precisa ter conhecimento docuidado do próprio corpo, que étemplo de Deus. Vida e saúde sãodons de Deus a nós concedidos.

Quando o corpo é abusado,doença é o resultado. Nesse caso,a causa deve ser descoberta, oambiente prejudicial, mudado, ehábitos errôneos, corrigidos. En-tão a natureza será auxiliada a fimde eliminar toxinas e restabelecero equilíbrio orgânico. No prevenire curar doenças, o melhor méto-do é usar os remédios naturaisprovidos por Deus, como dieta,higiene, ar puro, luz solar, absti-nência, repouso, exercícios físicos,água, ervas, argila e confiança nopoder divino (Gênesis 1:29; 3:18;2 Pedro 1:6; Marcos 6:32; Gênesis2:15; 2 Reis 5:10 e 14; 20:7; João9:6 e 7; Salmos 103:2 e 3; Mateus8:6-13; Marcos 5:25-34; Lucas5:20, 24 e 25; Salmos 104:14).

“A muitos dos aflitos que foramcurados, disse Cristo: ‘Não pequesmais, para que te não suceda algu-ma coisa pior.’ (João 5:14). Assimensinou que a doença é resultadoda violação das leis de Deus, tan-to naturais quanto espirituais.Não existiria no mundo a grandemiséria que há se tão-somente oshomens vivessem em harmoniacom o plano do Criador.” O Dese-jado de Todas as Nações, p. 824.

“Muitos se poderiam restabele-cer sem uma gota de remédio, caso

vivessem segundo as leis da saú-de. As drogas raramente são ne-cessárias.” Medicina e salvação,p. 259.

“Rejeitamos medicamentos ve-nenosos e somos contra todos ostipos de vacina”, como citado nosnossos princípios de fé, é explica-do como segue.

A recomendação para usarmétodos preventivos e curativosnão deve ser confundida com pro-blemas de saúde agudos. Emer-gências devem ser tratadas porprofissionais médicos. Atentemosà advertência:

“Minha voz se ergue contraisto, de pessoas não habilitadastentarem tratar doenças, profes-sando fazê-lo segundo os princípi-os da reforma de saúde. Deus nosdefenda de sermos os pacientesque lhes sirvam de campo de ex-periência!” – Testemunhos para aigreja, vol. 2, p. 375.

A razão principal por que oSenhor nos enviou luz sobre osprincípios da reforma de saúde éque, desde 1844, temos vivido noDia da Expiação antitípico(Daniel 8:14), quando nosso cor-po deve ser apresentado como ‘sa-crifício vivo, santo e agradável aDeus’ (Romanos 12:1).

“Em sua prática, devem osmédicos procurar diminuir mais emais o uso de drogas, em vez deaumentá-lo. Quando a Dra. A veioao Retiro da Saúde, ela pôs de ladoseu conhecimento e prática da re-forma de saúde e ministrou, para

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Temperança cristã

quase todas as doenças, as peque-nas doses homeopáticas. Isso foicontrário ao esclarecimento dadopor Deus. Assim nosso povo, quefora ensinado a evitar as drogas emquase todas as formas, recebeuuma educação diferente.” – Men-sagens escolhidas, vol. 2, p. 282.

Vestuário e cosméticosVisto que Deus tem em vista a

saúde do ser humano como umtodo, qualquer artigo de vestuárioque tenha efeito adverso sobre asaúde é claramente proibido naPalavra de Deus. Por exemplo:algo que restrinja a livre respira-ção, que cause curvatura da espi-nha ou qualquer deformidade docorpo, ou substâncias químicasaplicadas no corpo, como as usa-das para tingir o cabelo e cosmé-ticos (Êxodo 15:26).

Vestuário salutar“A fim de ser provido o vestuá-

rio mais saudável, é preciso estu-dar cuidadosamente as necessida-des de cada parte do corpo. Clima,ambiente, condições da saúde,idade e ocupações, tudo deve serconsiderado. Cada peça de vestu-ário deve ser ajustada facilmente,não obstruindo nem a circulaçãodo sangue nem a respiração livre,plena e natural. Cada peça deveser tão ampla que, ao erguerem-seos braços, a roupa se erga corres-pondentemente.” – A ciência dobom viver, p. 293.

“O sofrimento causado por

vestuário insalubre entre mulheresnão pode ser estimado. Muitas setêm tornado inválidas por toda avida em razão da complacênciacom as exigências da moda. Saú-de e vida têm sido sacrificadas àdeusa insaciável. Muitos parecempensar que têm o direito de trataro próprio corpo como lhes agrada.Porém, se esquecem de que o cor-po não é deles mesmos. O Criadorque os formou tem reivindicaçõessobre eles, das quais não podemlivrar-se levianamente. Toda trans-gressão desnecessária das leis denosso ser é transgressão da lei deDeus na prática. É pecado à vistado Céu. O Criador soube comoformar o corpo humano. Não pre-cisou consultar os modistas paraobservar suas idéias de beleza.Deus, que criou tudo que é amávele glorioso na natureza, compreen-deu como fazer bela e sadia a for-ma humana. Os retoques moder-nos sobre Seu plano insultam oCriador. Deformam o que Ele fezperfeito.” – Christian Temperanceand Bible Hygiene, p. 87 e 88.

“Muitos que professam crernos Testemunhos negligenciam aluz dada. A reforma do vestuárioé tratada por alguns com grandeindiferença e por outros com des-prezo, porque há uma cruz ligadaà mesma. Por essa cruz dou gra-ças a Deus. É justamente aquiloque precisamos para distinguir eseparar do mundo o povo de Deusque guarda os mandamentos. Areforma do vestuário funciona

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para nós como o cordão azul parao antigo Israel. Os orgulhosos e osque não têm amor pela verdadesagrada, que os separará do mun-do, demonstrá-lo-ão por suasobras. Deus, na Sua providência,nos tem dado luz sobre a reformade saúde, para que possamos

compreendê-la em todas as suasimplicações, seguir a luz que elaapresenta e, por relacionar-noscorretamente com a vida, ter saú-de para que possamos glorificar aDeus e ser uma bênção para ou-tros.” – Testemunhos para a igre-ja, vol. 3, p. 171.

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Prefácio

Separação do mundo significaseparar-se de suas idéias, teorias,hábitos, práticas, associaçõesmundanas e tudo que seja contrá-rio à Palavra de Deus (João 17:15e 16; 2 Coríntios 6:14-18; Tiago4:4; 1 João 2:15-17; Apocalipse18:4).

“Há uma linha divisória distin-ta, traçada pelo próprio Deus, en-tre a igreja e o mundo, entre os queobservam Seus mandamentos e osque quebrantam Seus preceitos.Não se unem uns aos outros.” –Testemunhos para a igreja, vol. 5,p. 602.

“Deus testará a fidelidade deSeu povo. Muitos dos erros come-tidos pelos professos servos deDeus são resultado de seu amor-próprio, do desejo de aprovação esede por popularidade. Cegadospor tudo isso, não compreendemque são agentes das trevas, e nãoda luz. ‘Pelo que saí do meio de-les, e apartai-vos, diz o Senhor; enão toqueis nada imundo, e Euvos receberei’ (2 Coríntios 6:17).Essas são as condições sob asquais podemos ser reconhecidoscomo filhos de Deus: separação domundo e abandono das coisas queenganam, seduzem e enredam.” –Testemunhos para a igreja, vol. 5,p. 12 e 13.

“Requer-se dos seguidores deCristo que se separem do mundoe não toquem em nada impuro, etêm a promessa de serem filhos efilhas do Altíssimo, membros dafamília real. Porém, se as condi-ções não são atendidas, não alcan-çarão, não podem alcançar o cum-primento da promessa.” – Idem,vol. 2, p. 441.

“E tão logo surja em alguns odesejo de imitar as modas do mun-do, não sendo tal desejo imediata-mente subjugado, com a mesmarapidez Deus deixará dereconhecê-los como filhos. São fi-lhos do mundo e das trevas.” –Idem, vol. 1, p. 137.

“Jesus está para vir. Encontra-rá Ele um povo em harmonia como mundo? Reconhecê-los-á comoSeu povo, que purificou para Si?Ó, não! Ninguém senão os purose santos Ele há de reconhecercomo Seus.” – Mensagens aos jo-vens, p. 128 e 129.

Reforma do vestuárioUma das condições pelas quais

Deus promete nos aceitar comoSeu povo é separação do mundo(Mateus 6:24; Tiago 4:4; 2 Pedro1:4). Como os filhos de Israel fo-ram solicitados a usar um cordãoazul como sinal de distinção entreeles e as nações idólatras ao redor,

Capítulo XVII

Separação do mundo

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hoje a igreja de Deus deve obser-var os princípios da reforma dovestuário (Números 15:37-41). Oscristãos devem se vestir modesta,salutar e ordenadamente, combom gosto, representando assimos princípios do reino celestial.

“Para proteger o povo de Deusda influência corruptora do mun-do, bem como para promover asaúde física e moral, a reforma dovestuário foi introduzida entrenós. Não foi planejada para serjugo de escravidão, mas bênção.Não para aumentar o trabalho,senão para poupá-lo. Não paraacrescentar gasto com vestuário,mas para poupar gastos. Faria dis-tinção entre o povo de Deus e omundo. Dessa forma, serviria debarreira contra suas modas e lou-curas. Aquele que conhece o fimdesde o princípio, que compreen-de nossa natureza e necessidades– nosso compassivo Redentor –,viu nossos perigos e dificuldades,e condescendeu em dar-nos adver-tência e instrução oportunasatinentes a nossos hábitos de vida,até mesmo na escolha apropriadada alimentação e do vestuário.” –Conselhos sobre saúde, p. 598 e599.

“Nossas palavras, ações e ves-tidos são diariamente pregadoresvivos, juntando com Cristo ou es-palhando. Isso não é coisa insig-nificante para ser passada por altocom um gracejo. A questão dovestuário exige séria reflexão emuita oração. Muitos incrédulos

sentiram que não estavam proce-dendo bem em se permitirem serescravos da moda; mas quandovêem alguns que fazem elevadaprofissão de piedade vestindo-seda mesma maneira que os munda-nos, fruindo a sociedade dos frívo-los, entendem que não pode havermal em tais coisas.” – Testemu-nhos para a igreja, vol. 4, p. 641.

“Há sobre nós, como um povo,um terrível pecado – termos per-mitido que os membros de nossaigreja se vistam de maneira incoe-rente com sua fé. Precisamos er-guer-nos imediatamente e fechara porta contra as seduções damoda. A menos que façamos isso,nossas igrejas se tornarão desmo-ralizadas.” – Ibidem, p. 648.

A Bíblia põe ênfase na modés-tia e no respeito-próprio, proibin-do modas e costumes extravagan-tes e imodestos do mundo parahomens e mulheres. Apesar de emtempos passados a moda ser geral-mente problema relacionado àsmulheres, infelizmente, à medidaque nos aproximamos do fim, nes-se ponto Satanás destrói mesmo aexperiência de alguns homens.Cortes de roupa apertados, aber-turas, shorts e tecidos transparen-tes (expondo a nudez), calçadosinsalubres, jóias, e seguirem-setendências modernas por amor àmoda é nocivo à experiência cris-tã, e proibido na Palavra de Deus.Através disso, exercemos influên-cia negativa sobre outros, e tería-mos que responder a Deus por le-

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varmos almas a decidirem-se con-tra a verdade por assim vivermosem contradição com nossa profis-são de fé (Gênesis 35:1-4; Isaías3:16-24; 1 Timóteo 2:9 e 10; 1Pedro 3:1-5).

Homens e mulheres não devemcausar confusão de sexos por suaconduta, ao usarem roupa do ou-tro ou terem a aparência (compri-mento do cabelo) semelhante aodo sexo oposto, pois Deus decla-ra ser isso abominação. “Não ha-verá traje de homem na mulher, enão vestirá o homem vestido demulher, porque qualquer que fazisso é abominação ao Senhor teuDeus.” (Deuteronômio 22:5) (1Coríntios 11:14 e 15).

“Há crescente tendência de asmulheres usarem vestuário e apa-rência semelhantes aos do sexooposto, e confeccionarem a roupade maneira idêntica à dos homens.Deus, porém, declara que isso éabominação. ‘Quero, do mesmomodo, que as mulheres se ataviemcom traje decoroso, com modéstiae sobriedade.’ (1 Timóteo 2:9).” –Testemunhos para a igreja, vol. 1,p. 421.

Desde o começo da criação dahumanidade, Deus colocou dife-rença entre homens e mulheres.Deseja que a distinção sejamantida (Gênesis 1:27). “Era de-sígnio de Deus que houvesse cla-ra distinção entre o traje do ho-mem e o da mulher, e Eleconsiderou o assunto de impor-tância suficiente para dar instru-

ções explícitas a esse respeito, poisse o mesmo traje fosse usado porambos os sexos, isso causaria con-fusão e grande aumento de crime.Se o apóstolo Paulo estivesse vivoe contemplasse as mulheres queprofessam piedade usando essetipo de vestuário, pronunciaria arepreensão. ‘Quero, do mesmomodo, que as mulheres se ataviemcom traje decoroso, com modéstiae sobriedade, não com tranças, oucom ouro, ou pérolas, ou vestidoscustosos, mas (como convém amulheres que fazem profissão deservir a Deus) com boas obras.’ (1Timóteo 2:9 e 10). A maioria dosprofessos cristãos, desrespeitandointeiramente os ensinos dos após-tolos, usam ouro, pérolas e vesti-dos custosos.” – Ibidem, p. 460.

Além disso, quando vão à pre-sença de Deus para os cultos deadoração, ainda deve haver distin-ção clara nas maneiras de vestir(Êxodo 3:5; 20:26; 28:42 e 43).Como sinal de reverência e respei-to, devemos usar vestes apropria-das quando vamos à casa de ado-ração (João 21:7; Gênesis 3:7 e 21;Isaías 6:2; Salmos 89:7).

“Sinto-me muitas vezes pena-lizada quando entro na casa emque Deus é adorado e noto alihomens e mulheres em trajesdesordenados. Se o coração e ocaráter se revelassem pelo exteri-or, nada de divino poderia havernessas pessoas. Não têm exatacompreensão da ordem, da decên-cia e do decoro que Deus exige dos

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que vão à Sua presença a fim deadorá-lO. Que impressões isso háde causar sobre os incrédulos e osjovens, que têm discernimentoperspicaz e estão prontos a tirarsuas conclusões?

No entender de muitos, não hámaior santidade na casa de Deusdo que em qualquer outro localdos mais comuns. Muitosadentram a casa de Deus sem ti-rar o chapéu, e com roupa suja eem desalinho. Essas pessoas nãoreconhecem que ali vão encontrar-se com Deus e os santos anjos.Uma reforma radical a esse respei-to é necessária em todas as nossasigrejas. Os próprios pastores pre-cisam ter idéias mais elevadas erevelar maior sensibilidade nessesentido. É um aspecto da obra quetem sido muito negligenciado. Porcausa de sua irreverência na atitu-de, no traje, na postura, e sua fal-ta de verdadeiro espírito de ado-ração, Deus muitas vezes temafastado Seu rosto dos que seacham reunidos para adorar.” –Testemunhos para a igreja, vol. 5,p. 498 e 499.

Os seguidores de Cristo, sabe-dores de que Deus tomou o ves-tuário como um tipo de justiça(Apocalipse 19:8), não podem serdesordenados e desleixados novestir.

“Deve-se compreender se osque professam ser convertidos es-tão simplesmente tomando onome de adventistas do sétimo diaou se estão assumindo posição ao

lado do Senhor, para sair do mun-do e serem separados e não toca-rem em coisa imunda. Ao daremevidência de que compreendemplenamente sua posição, devemser aceitos. Porém, quando mos-tram que seguem os costumes,modas e sentimentos do mundo,deve-se lidar fielmente com eles.Se não sentem a responsabilidadede mudar seu procedimento, nãodevem ser conservados comomembros da igreja. O Senhor de-seja que os que compõem Suaigreja sejam mordomos fiéis e ver-dadeiros da graça de Cristo.” –Testemunhos para ministros eobreiros evangélicos, p. 128.

“A moda está deteriorando ointelecto e carcomendo aespiritualidade de nosso povo. Aobediência à moda está penetran-do em nossas igrejas adventistasdo sétimo dia, e fazendo mais quequalquer outro poder para separarde Deus nosso povo. [...] as regrasde nossa igreja são muito deficien-tes. Todas as manifestações de or-gulho no vestuário, proibidas naPalavra de Deus, devem ser moti-vo suficiente para disciplina naigreja. Caso haja continuação emface de advertências, apelos e ame-aças, perseverando a pessoa emseguir sua vontade perversa, issopoderá ser considerado como pro-va de que o coração não foi abso-lutamente levado à semelhançacom Cristo. O eu, e unicamente oeu, é objeto de adoração, e umprofesso cristão assim induzirá

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muitos a se afastarem de Deus.” –Testemunhos para a igreja, vol. 4,p. 647 e 648.

“As palavras, o vestuário e asações devem testemunhar deDeus. Então uma santa influênciase espalhará sobre todos que lhesestão ao redor, e até os descrentestomarão conhecimento de que elestêm estado com Jesus.” – Ibidem,p. 633 e 634.

“Cumpre não haver nenhumdesleixo. Por amor a Cristo, cujastestemunhas somos, devemosapresentar exteriormente o me-lhor dos aspectos.” – Idem, vol. 6,p. 96.

“Nossa única segurança é man-ter-nos como o povo peculiar deDeus. Não devemos ceder um mi-límetro ante os costumes e modasdeste século degenerado, mas per-manecer em independência moral,sem transigir com suas práticascorruptas e idólatras.” – Idem, vol.5, p. 78.

Mensagens escolhidas, vol. 1,p. 57; Idem, vol. 3, p. 278; Olhan-do para o alto, p. 300 e 172.

AssociaçõesDeus fez de Seu povo luz nes-

te mundo. Como tal, Seus filhosdevem entrar em relação socialcom o povo ao redor com o pro-pósito de levar a mensagem doevangelho a ele (Mateus 5:13-16;João 17:15). Porém, Deus tambémfez distinção definida entre Seupovo e o mundo. Se desejarmosser identificados com Cristo, evi-taremos a sociedade com os mun-

danos, que seria prejudicial à nos-sa experiência cristã. Não pode-mos nos colocar onde Cristo nãopode ir conosco (Ezequiel 44:23;Amós 3:3; 2 Coríntios 6:14-17).

Cristãos professos que nãocompreendem esse princípio e queamam aquilo que deveriam abomi-nar serão classificados com o ser-vo mau (Mateus 24:48-51). Sepa-ração do mundo também envolveseparação de sociedades secretas,festas políticas, participação emsindicatos, sociedade de negócioscom descrentes e qualquer outraconfederação com o mundo(Isaías 8:12; João 8:23; 18:36).

Mesmo coisas que em si mes-mas são lícitas, se praticadas demaneira errada, com companhiaserradas, no lugar e no tempo erra-dos, tornam-se cilada de Satanás.Mas, em primeiro lugar, devemosrejeitar os males mais evidentes,tais como associações mundanas,música imprópria, jogos competi-tivos, divertimentos, modasimodestas, envolvimento em polí-tica, uso inadequado da mídiamoderna e a influência corruptorado “lixo” satânico veiculado atra-vés da comunicação em massa,que geralmente apela a pessoas demente fraca (Filipenses 4:8; Sal-mos 101:3; Special Testimonieson Education, p. 211; Counsels toTeachers, Parents, and Students,p. 367).

“Somente aqueles que negarema si mesmos e viverem uma vidade sobriedade, humildade e santi-

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dade são verdadeiros seguidoresde Jesus; e esses não podem des-frutar a companhia dos amantesdo mundo.” – Testemunhos paraa igreja, vol. 4, p. 633.

“Há pessoas de imaginaçãodoentia, para as quais a religião éum tirano, como que as regendocom vara de ferro. Essas pessoaslamentam constantemente suadepravação e gemem sob o peso desupostos males. Não existe amorem seu coração. No semblante,mostram sempre um sobrecenhocarregado. Escandalizam-se aoinocente riso da juventude ou dequem quer que seja. Considerampecado toda recreação ou diver-são, e acham que a mente tem deestar sempre funcionando nessegrau de severa tensão. Esse é umextremo. Outras acham que amente deve estar sempre atarefa-da em inventar novos entreteni-mentos e diversões a fim de obtersaúde. Habituam-se a depender daexcitação, e sentem-se pouco àvontade sem isso. Tais pessoas nãosão verdadeiros cristãos. Vão aoutro extremo. Os verdadeirosprincípios do cristianismo ofere-cem a todos uma fonte de felicida-de, cuja altura e profundidade,extensão e amplitude sãoimensuráveis.” – Idem, vol. 1, p.565.

“Educai homens e mulheres acriarem seus filhos livres de práti-cas falsas, segundo a moda, ensi-nando-os a serem úteis. As filhasdevem ser educadas pelas mães a

fazer trabalho útil, não meramen-te dentro de casa, mas também aoar livre. As mães poderiam tam-bém educar os filhos, até certa ida-de, a fazer coisas úteis, dentro decasa e fora.

Há bastantes coisas úteis e ne-cessárias por fazer em nosso mun-do, as quais tornariam quase intei-ramente desnecessária a práticadas diversões. O cérebro, os ossose músculos adquirirão solidez eforça pelo uso com um propósito,concentrando-se em bons pensa-mentos e delineando planos queos hão de educar [aos jovens] nosentido de desenvolver as faculda-des do intelecto e fortalecer osórgãos físicos, o que implicará empôr em uso prático os talentos queDeus lhes deu e com os quais po-derão glorificá-lO.

Isso foi claramente expostoperante nossa instituição de saú-de e nosso colégio, como forte ra-zão para serem fundados entrenós. Como, porém, foi nos dias deNoé e Ló, assim se dá em nossotempo. Os homens têm buscadomuitas invenções e se têm aparta-do largamente dos desígnios e ca-minhos de Deus.

Não condeno o simples exercí-cio de jogar bola; mas este, mes-mo em sua simplicidade, pode serexagerado. Estremeço sempre di-ante do resultado quase certo quesegue na esteira dessas diversões.Leva a um dispêndio de meios quedeveriam ser dedicados a levar aluz da verdade às almas que pere-

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cem longe de Cristo. As diversõese dispêndio de meios para satisfa-ção própria que, passo a passo,levam à glorificação do próprio eu,e a educação nesses jogos com ofim de desfrutar prazer produzempor essas coisas um amor e umapaixão que não são favoráveis aoaperfeiçoamento do caráter cris-tão.” – Mensagens escolhidas, vol.2, p. 321 e 322.

“Unam-se várias famílias queresidem numa cidade ou vila, edeixem as ocupações que as cansa-ram física e mentalmente. Façamuma excursão ao campo, às mar-gens de um lago belo ou a um bos-que bonito, onde o cenário da na-tureza seja lindo. Devem prover-sede alimento simples e saudável,das melhores frutas e cereais, pon-

do a mesa à sombra de algumaárvore ou sob a abóbada celeste.A viagem, o exercício e o panora-ma despertarão o apetite e elespoderão apreciar uma refeição quecausaria inveja aos próprios reis.

Nessas ocasiões, pais e filhosdevem sentir-se livres dos cuida-dos, do trabalho e de toda preocu-pação. Os pais devem sentir-sepequenos com seus filhos, tornan-do-lhes tudo tão agradável quan-to possível. Seja o dia todo contí-nua recreação. O exercício ao arlivre, para aqueles cujo trabalho édentro de casa e sedentário, lhesbeneficiará a saúde. Todos os quepodem devem sentir o dever deseguir esse procedimento. Nada seperderá, mas ganhar-se-á muito.”– Mensagens aos jovens, p. 393.

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É dever de todo cristão obede-cer às leis do país tanto quantonão conflitem com a lei de Deus(Romanos 13:1-7).

“Os dez preceitos de Jeová sãoo fundamento de todas as leis jus-tas e boas. Aqueles que amam osmandamentos de Deus submeter-se-ão a toda boa lei da terra. Porém,se as exigências dos governantessão tais que entrem em conflito comas leis de Deus, a única questão aser resolvida é: Obedeceremos aDeus ou ao homem?” – Testemu-nhos para a igreja, vol. 1, p. 362.

Os cristãos respeitarão as auto-ridades (Tito 3:1; 1 Pedro 2:13, 14e 17), pagarão seus impostos fiel-mente (Mateus 22:17-21; Roma-nos 13:7) e orarão pelos homensno governo, de forma que Deuspossa abençoar o país com justi-ça, ordem, paz e liberdade religio-sa (1 Timóteo 2:1-3).

A Palavra de Deus não nos per-mite tomar parte em planos polí-ticos, atividades partidárias, dis-túrbios, derramamento de sangueou guerra (Lucas 9:56; João 18:36;Mateus 26:51 e 52; Êxodo 20:13;Romanos 12:18-21). Porém,estamos preparados a contribuirpara o bem-estar da sociedade

Capítulo XVIII

Dever para com asautoridades civis

como opositores conscienciosos,realizando trabalho de importân-cia nacional sob direção civil, demaneira que não seja inconsisten-te com nossas crenças.

É a vontade de Deus que justi-ça imparcial seja estendida a to-dos, de forma que a consciênciareligiosa de cada cidadão possa serrespeitada. No caso de sermos so-licitados a agir contrariamente ao“Assim diz o Senhor”, devemosseguir o exemplo dos servos deDeus no passado – obedecer aDeus antes do que aos homens(Daniel 3:14-18; Atos 4:18-20;5:29).

“Neste último conflito [dosdias atuais], a bandeira da verda-de e da liberdade religiosa,desfraldada pelos fundadores daigreja evangélica e pelas testemu-nhas de Deus durante os séculosdecorridos desde então, foi confi-ada a nossas mãos. A responsabi-lidade desse grande dom repousacom aqueles a quem Deus aben-çoou com o conhecimento de SuaPalavra. Temos de receber essaPalavra como autoridade supre-ma. Cumpre-nos reconhecer o go-verno humano como instituiçãodesignada por Deus, e ensinar

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Dever para com as autoridades civis

obediência ao mesmo como deversagrado, dentro de sua esfera legí-tima. Porém, quando suas exigên-cias se chocam com as reivindica-ções de Deus, temos de obedecera Deus de preferência aos homens.A Palavra de Deus precisa ser re-conhecida como estando acima detoda legislação humana. Um ‘As-sim diz o Senhor’ não deve serposto à margem por um ‘Assim diza igreja’, ou um ‘Assim diz o Esta-do’. A coroa de Cristo tem de sererguida acima dos diademas deautoridades terrestres.

Não se nos exige que desafie-mos as autoridades. Nossas pala-vras, quer faladas quer escritas,devem ser cuidadosamente consi-deradas, para que não sejamos ti-dos na conta de proferir coisas quenos façam parecer contrários à leie à ordem. Não devemos dizer nemfazer coisa nenhuma que nos ve-nha desnecessariamente impedir ocaminho. Temos de avançar emnome de Cristo, defendendo asverdades que nos foram confiadas.”– Atos dos apóstolos, p. 68 e 69.

“Nosso dever em cada caso éobedecer às leis de nossa pátria, amenos que se oponham às queDeus proferiu com voz audível doMonte Sinai e depois, com o pró-prio dedo, gravou em pedra. ‘Po-rei as Minhas leis no seu entendi-mento, e em seu coração asescreverei; e Eu lhes serei porDeus, e eles Me serão por povo.’(Hebreus 8:10). Quem tem a lei deDeus escrita no coração obedece-

rá mais a Deus do que aos ho-mens, e preferirá desobedecer atodos os homens a desviar-se ummínimo que seja dos mandamen-tos de Deus.” – Testemunhos se-letos, vol. 3, p. 49.

“Nossa ocupação é engrande-cer e exaltar a lei de Deus. A ver-dade da santa Palavra de Deusdeve ser divulgada. Devemos apre-sentar as Escrituras como normade vida. Com toda a modéstia, noespírito da graça, no amor deDeus, devemos apontar aos ho-mens que o Senhor Deus é o Cri-ador dos céus e da Terra, e que osétimo dia é o Sábado do Senhor.

Em nome do Senhor devemosavançar, desfraldando o Seu estan-darte, defendendo a Sua Palavra.Quando as autoridades nos orde-narem que não façamos esse tra-balho; quando nos proibirem deproclamar os mandamentos deDeus e a fé de Jesus, então serápreciso que digamos, como o fize-ram os apóstolos: ‘Julgai vós se éjusto, diante de Deus, ouvir-vosantes a vós do que a Deus; porquenão podemos deixar de falar doque temos visto e ouvido.’ (Atos4:19 e 20).” – Testemunhos paraa igreja, vol. 6, p. 395.

“Reconhecemos a Deus e à Sualei – fundamento de Seu governono Céu e em todos os Seus domí-nios terrestres. Sua autoridadedeve ser conservada distinta e cla-ra perante o mundo, e não ser re-conhecida lei nenhuma que este-ja em oposição às leis de Jeová. Se,

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em desafio às disposições divinas,for permitido ao mundo influenci-ar nossas decisões ou ações, o pro-pósito de Deus será frustrado. Sea Igreja vacilar aqui, por mais en-ganador que seja o pretexto apre-sentado para tal, contra ela have-rá, registrada nos livros do Céu,quebra da confiança mais sagrada,traição ao reino de Cristo. A Igre-ja tem que manter seus princípios

perante todo o Universo celeste eos reinos deste mundo, de manei-ra firme e decidida. Fidelidade ina-balável na manutenção da honrae da santidade da lei de Deus des-pertará atenção e admiração domundo. Muitos, pelas boas obrasque contemplarem, serão levadosa glorificar nosso Pai celestial.” –Testemunhos para ministros eobreiros evangélicos, p. 16 e 17.

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Prefácio

Durante o tempo do fim, umaobra especial de selamento come-çou com a proclamação do evan-gelho eterno como revelado nasmensagens dos três anjos(Apocalipse 14:6-12). Cento equarenta e quatro mil servos deDeus são selados na fronte com oselo do Deus vivo (Apocalipse 7:1-4; 14:1 (cf. Êxodo 34:5-7)). Osque permitem ao Espírito Santoguiá-los em toda a verdade rece-bem o selo de Deus (João 16:13;2 Coríntios 1:21 e 22; Efésios1:13), que é sinal de reconheci-mento (Ezequiel 20:20; 2 Timóteo2:19).

Todos os crentes fiéis que mor-reram na fé da mensagem do ter-ceiro anjo, guardando o Sábado,são parte dos cento e quarenta equatro mil e se erguerão na ressur-reição especial, antes da vinda deCristo (Apocalipse 14:13; Daniel12:2). Estarão entre os santos vi-vos por ocasião de Sua vinda.

À medida que o caráter deDeus, revelado em Sua lei, é im-presso sobre os corações pelo Es-pírito Santo, eles são santificadosna verdade (Isaías 8:16; Jeremias31:33; 2 Coríntios 3:3; 2Tessalonicenses 2:13; João 17:17(cf. Salmos 119:142)). Quandoessas condições são encontradas

Capítulo XIX

O selamento

plenamente, a guarda do Sábadoé sinal de santificação, assim comode distinção. Identifica-nos comoadoradores do Deus verdadeiro enos distingue dos filhos da deso-bediência (Ezequiel 20:12 e 20;Êxodo 31:16-18; Ezequiel 9:4-6).

A marca da besta é contrafaçãodo selo de Deus. Dois poderes re-ligiosos-políticos apóstatas princi-pais (Apocalipse 13:3, 4, 8, 11-17)estão para controlar o assim cha-mado mundo cristão com leis hu-manas em conflito com a lei deDeus. Então os que obedecem aDeus sofrerão perseguição feroz (aira do dragão). Por outro lado, osque desobedecem a Deus recebe-rão a marca da besta (contrafaçãodo Sábado, ou seja, o domingo).Juntamente com a besta, sofrerãoas conseqüências de sua escolhanas sete últimas pragas (a ira deDeus) (Apocalipse 14:9-11; 15:1;16:1, 2, 10 e 11).

Uma comparação entre Apocali-pse 6:12-17 e Apocalipse 14:14-16(cf. Mateus 13:39) revela que amensagem do selamento, que in-clui advertência contra a marca dabesta, pertence ao tempo do fim,iniciado em 1844.

Para maiores detalhes, queiraconsultar o livro O selamento dopovo de Deus.

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O sinal do Deus vivo“Que é o selo do Deus vivo,

posto na fronte de Seu povo? Émarca que anjos, mas não olhoshumanos, podem ler, pois o anjodestruidor deve ver essa marca deredenção. Mentes inteligentesvêem o sinal da cruz do calvárionos filhos e filhas adotados porDeus. O sinal da transgressão dalei de Deus é removido. Eles tra-jam as vestes nupciais e são obe-dientes a todos os mandamentosde Deus.” – The SDA BibleCommentary (E. G. WhiteComments), vol. 7, p. 968.

“O Sábado será a pedra de to-que da lealdade, pois é o ponto daverdade especialmente controver-tido. Quando a prova final sobre-vier aos homens, traçar-se-á a li-nha divisória entre os que servema Deus e os que não O servem. Aopasso que a observância do Sába-do espúrio em conformidade coma lei do Estado, contrária ao quar-to mandamento, será declaraçãode fidelidade ao poder que se achaem oposição a Deus, é a guarda doverdadeiro Sábado, em obediênciaà lei divina, prova de lealdade paracom o Criador. Ao passo que umaclasse, aceitando o sinal de sub-missão aos poderes terrestres, re-cebe o sinal da besta, a outra, pre-ferindo o sinal da obediência àautoridade divina, recebe o selo deDeus.” – O Grande Conflito, p.605.

“Unicamente os que recebem osinal do Deus vivo terão o passa-

porte por entre os portões da Ci-dade Santa.” – The SDA BibleCommentary (E. G. WhiteComments), vol. 7, p. 970.

“Cristo, só Cristo e Sua justiçaobterão para nós passaporte aoCéu.” – Eventos finais, p. 283.

“Um anjo com um tinteiro deescrivão ao lado voltou da Terra,e informou a Jesus que sua obraestava feita, e os santos estavamnumerados e selados.” – Primei-ros escritos, p. 279.

“Lutemos com todas as forçasque Deus nos deu para estar entreos cento e quarenta e quatro mil.”– The SDA Bible Commentary (E.G. White Comments), vol. 7, p. 970.

A marca da besta“Se a iluminação da verdade

vos foi apresentada, revelando oSábado do quarto mandamento emostrando que não há na Palavrade Deus fundamento para a obser-vância do domingo, e não obstantevos apegais ao falso dia de repou-so, recusando santificar o Sábadoa que Deus chama ‘Meu santo dia’(Isaías 58:13), recebeis o sinal dabesta. Quando ocorre isso? Aoobedecerdes ao decreto que vosordena deixar de trabalhar no do-mingo e adorar a Deus, conquan-to saibais que não existe na Bíbliauma única palavra que mostre queo domingo é outra coisa senão umdia comum de trabalho, consentisem receber o sinal da besta, erejeitais o selo de Deus.” –Evangelismo, p. 235.

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O selamento

“Há cristãos verdadeiros emtodas as igrejas, inclusive na co-munidade católico-romana. Nin-guém é condenado sem que hajarecebido iluminação nem se com-penetrado da obrigatoriedade doquarto mandamento. Porém,quando for expedido o decreto queimpõe o falso sábado, e o alto cla-mor do terceiro anjo advertir oshomens contra a adoração da bes-ta e de sua imagem, será traçadacom clareza a linha divisória en-tre o falso e o verdadeiro. Então osque ainda persistirem na trans-gressão receberão o sinal da bes-ta.” – Idem, p. 234 e 235.

“Os cristãos das gerações pas-sadas observaram o domingo, su-pondo que em assim fazendo es-tavam a guardar o Sábado bíblico.Hoje existem cristãos verdadeirosem todas as igrejas, não excetuan-do a comunhão católica romana,que crêem sinceramente ser o do-mingo o dia de repouso divina-mente instituído. Deus aceita asinceridade de propósito de taispessoas e sua integridade. Porém,quando a observância do domin-go for imposta por lei, e o mundofor esclarecido relativamente àobrigação do verdadeiro Sábado,quem então transgredir o manda-mento de Deus para obedecer aum preceito que não tem maiorautoridade que a de Roma honra-rá dessa maneira ao papado maisdo que a Deus. Prestará homena-gem a Roma, e ao poder que im-põe a instituição que Roma orde-

nou. Adorará a besta e sua ima-gem. Ao rejeitarem os homens ainstituição que Deus declarou sero sinal de Sua autoridade, e hon-rarem em seu lugar a que Romaescolheu como sinal de sua supre-macia, aceitarão, de fato, o sinal defidelidade para com Roma – o ‘si-nal da besta’. Somente depois queessa situação esteja assim plena-mente exposta perante o povo, eeste seja levado a optar entre osmandamentos de Deus e os doshomens, é que, então, aqueles quecontinuam a transgredir hão dereceber o ‘sinal da besta’.” – OGrande Conflito, p. 449.

Ressurreição especial“Abrem-se sepulturas, e ‘mui-

tos dos que dormem no pó da ter-ra [...] ressuscitarão, uns para avida eterna, e outros para vergo-nha e desprezo eterno’ (Daniel12:2). Todos os que morreram nafé da mensagem do terceiro anjosaem do túmulo glorificados paraouvirem o concerto de paz, esta-belecido por Deus com os queguardaram Sua lei. ‘Os mesmosque O traspassaram’ (Apocalipse1:7), os que zombaram e escarne-ceram da agonia de Cristo e osinimigos mais acérrimos de Suaverdade e de Seu povo ressuscitampara contemplá-lO em Sua glóriae ver a honra conferida aos fiéis eobedientes.” – Idem, p. 637.

“A voz de Deus é ouvida noCéu, declarando o dia e a hora davinda de Jesus e estabelecendo

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concerto eterno com Seu povo.” –Idem, p. 640.

“Logo ouvimos a voz de Deus,semelhante a muitas águas, a qualnos anunciou o dia e a hora davinda de Jesus. Os santos vivos,

em número de cento e quarenta equatro mil, reconheceram e enten-deram a voz, ao passo que osímpios julgaram fosse trovão outerremoto.” – Primeiros escritos,p. 15.

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Prefácio

Em todas as eras, desde o co-meço do mundo, a igreja de Deustem sido constituída de pessoasfiéis (Gênesis 4:26; 1 Pedro 2:9;Atos 2:47; 1 Coríntios 1:2). Porintermédio desses embaixadoresescolhidos, Seus porta-vozes, Eletem falado aos filhos dos homens,revelando-lhes a “múltipla sabe-doria de Deus” (Ezequiel 33:7-9;Atos 20:28). Por meio da igreja,o evangelho trouxe luz e verdadea todas as pessoas, mostrando-lhes o caminho de volta a Deus ea Seu reino glorioso (2 Coríntios5:18-20; Atos 16:17).

“Durante séculos de trevas es-pirituais, a igreja de Deus temsido como cidade edificada sobreum monte. De século em século,através de gerações sucessivas,as doutrinas puras do Céu têmsido desdobradas dentro de seuslimites.” – Atos dos apóstolos, p.12.

A fundaçãoDeus é verdade. Cristo é a ver-

dade. Seu Espírito Santo é a ver-dade. Seu evangelho é a Palavra daVerdade. Sua lei é a verdade (Deute-ronômio 32:4; João 14:6; 16:13; 1João 5:6; Efésios 1:13; Salmos119:142). Portanto, todos os quesão gerados através da Palavra daVerdade formam a igreja verdadei-

Capítulo XX

A igreja de Deusra, “coluna e esteio da verdade” (1Timóteo 3:15).

Referindo-Se a Si mesmo, Cris-to disse: “Sobre esta Rochaedificarei Minha igreja.” Essa Ro-cha é o próprio Cristo (1 Samuel2:2; Isaías 44:8; 1 Coríntios 3:10e 11; Mateus 7:24 e 25; 24:35; 1Pedro 1:25).

“Edificamos sobre Cristo medi-ante o obedecer à Sua Palavra.” –O maior discurso de Cristo, p.149.

“A Palavra de Deus é a únicacoisa estável que nosso mundoconhece. É o firme fundamento.”– Idem, p. 148.

O reino de Deus na Terra é es-tabelecido sobre dois princípiosbásicos – amor a Deus e amor aossemelhantes. Esses princípios sãoenunciados claramente na Palavrade Deus (Mateus 22:36-40; Lucas10:25-28; Mateus 7:12).

Enquanto os cristãos permane-cem sobre esse fundamento, asportas do inferno não podem pre-valecer contra eles, porque a pre-sença de Cristo é com eles. Porém,os que se afastam do fundamentoda verdade não podem reivindicara presença de Cristo. Assim, a igre-ja de Cristo na Terra é sucessão decristãos verdadeiros (2 Timóteo2:19; Mateus 16:16-18; Jeremias11:4; João 8:31; Lucas 12:32; Ro-

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manos 11:1-6; 9:27; 2 Crônicas15:2).

“‘Ninguém pode pôr outro fun-damento, além do que já está pos-to, o qual é Jesus Cristo.’ (1Coríntios 3:11). ‘Sobre esta Pe-dra’, disse Jesus, ‘edificarei a Mi-nha igreja.’ (Mateus 16:18). Napresença de Deus e de todos osentes celestiais, em presença doexército invisível do inferno, Cris-to fundou Sua igreja sobre a Ro-cha viva. A Rocha é Ele próprio –Seu próprio corpo, quebrantado eferido em nosso favor. Contra aigreja edificada sobre esse funda-mento, não prevalecerão as portasdo inferno.” – O Desejado de To-das as Nações, p. 413.

Propósito“A igreja é o instrumento apon-

tado por Deus para a salvação daspessoas. Foi organizada para ser-vir. Sua missão é levar o evange-lho ao mundo. Desde o princípio,tem sido plano de Deus que pormeio de Sua igreja seja refletidapara o mundo Sua plenitude esuficiência. Aos membros da igre-ja, a quem Ele chamou das trevaspara Sua luz maravilhosa, compe-te manifestar Sua glória. A igrejaé a depositária das riquezas dagraça de Cristo. Pela igreja serámanifesta, a seu tempo, mesmoaos ‘principados e potestades nosCéus’ (Efésios 3:10), a demonstra-ção final e ampla do amor deDeus.” – Atos dos apóstolos, p. 9.

“Cristo confiou à igreja um

encargo sagrado. Cada membrodeve ser conduto através do qualDeus possa comunicar ao mundoos tesouros de Sua graça, as inson-dáveis riquezas de Cristo. Não hánada que o Salvador deseje tantoquanto agentes que representemao mundo Seu Espírito e caráter.Nada existe que o mundo neces-site mais do que a manifestação doamor do Salvador através da hu-manidade. Todo o Céu está à es-pera de homens e mulheres porcujo intermédio Deus possa reve-lar o poder do cristianismo.

A igreja é o instrumento deDeus para a proclamação da ver-dade, por Ele dotada de poder parafazer obra especial. Se for leal aoSenhor, obediente a todos os Seusmandamentos, habitará nela a ex-celência da graça divina. Se for fielà sua missão, se honrar ao SenhorDeus de Israel, não haverá podercapaz de se opor a ela.” – Idem, p.600.

“Tornamo-nos vencedores aju-dando outros a vencerem, pelosangue do Cordeiro e a palavra donosso testemunho.” – The SDABible Commentary (E. G. WhiteComments), vol. 7, p. 974.

“Para que nós mesmos possa-mos ser felizes, devemos viver paratornar outros felizes.” – Testemu-nhos para a igreja, vol. 3, p. 251.

Edifício espiritualCristo é a cabeça do corpo – a

igreja (Colossenses 1:18). Ele tam-bém é a Pedra Angular do templo

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A igreja de Deus

espiritual (Efésios 2:20). Todos osque, pela fé, aceitam Cristo comoSalvador, demonstrando arrepen-dimento e conversão, são guiadosem toda a verdade (Marcos 16:15;Atos 2:38; João 16:13). O Espíri-to Santo os “soma” à igreja, cor-po de Cristo, trazendo-os atravésde profissão de fé e batismo (Atos2:47). Estabelecidos sobre o fun-damento eterno da verdade, cres-cem em um templo santo (1Coríntios 12:27; Efésios 2:21 e 22;1 Pedro 2:5; 1 Coríntios 3:9, 12,16 e 17).

Condição de membro“Conexão com Cristo [...] en-

volve conexão com Sua igreja.” –Educação, p. 268.

“Todos quantos crerem serãoreunidos em uma igreja.” – O De-sejado de Todas as Nações, p. 821.

“[...] a igreja é muito preciosaa Seus olhos. É o tesouro que en-cerra Suas jóias, o redil que Lheabriga as ovelhas, e anela vê-lasem mácula nem ruga ou coisasemelhante.” – Testemunhos paraa igreja, vol. 6, p. 261.

“O Espírito de Deus convenceos pecadores acerca da verdade, eos coloca nos braços da igreja.” –Idem, vol. 4, p. 69.

“Devemos todos sentir nossaresponsabilidade individual comomembros da igreja visível e obrei-ros na vinha do Senhor.” – Ibidem,p. 16.

“A condição de membro daigreja não nos garantirá o Céu.

Devemos permanecer em Cristo,e Seu amor deve permanecer emnós.” – The Review and Herald,3 de junho de 1884.

UnidadeLeia Salmos 133:1; João 17:21-

23; 1 Coríntios 1:10; Filipenses2:2-5; 1 João 1:7.

“Se o mundo vê harmonia per-feita na igreja de Deus, isso serádemonstração poderosa aos seusolhos em favor da religião cristã.Dissensões, desinteligências la-mentáveis, causas pequenas sujei-tas à comissão da igreja desonramnosso Redentor. Tudo isso se podeevitar mediante a entrega do pró-prio eu ao Senhor, e se os segui-dores de Cristo obedecerem à vozda igreja. A incredulidade sugereque a independência individualnos aumenta a importância, que éfraqueza subordinar nossas idéiasdo que é direito e conveniente aoveredicto da igreja. Porém, cedera esses sentimentos e pontos devista não é seguro, levando-nos aanarquia e confusão. Cristo viuque unidade e comunhão cristãeram necessárias à causa de Deus,e portanto as recomendou aos dis-cípulos. A história do cristianismode então para cá demonstra demodo conclusivo que unicamentena união está a força. Subordine-se o juízo individual à autoridadeda igreja.” – Testemunhos seletos,vol. 1, p. 446 e 447.

“A causa da divisão ou discór-dia na igreja é a separação de Cris-

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to. O segredo da unidade é a uniãocom Cristo. Ele é o grande Centro.Aproximar-nos-emos uns dos ou-tros unicamente na proporção emque nos aproximarmos do Centro.Unidos com Cristo, certamente se-remos unidos com nossos irmãosna fé. Ser cristão significa grandenegócio, mais do que é suposto. Ocristão é semelhante a Cristo. Ser-mos membros da igreja não nostorna cristãos.” – The E. G. White1888 Materials, p. 1.125.

“Quando a tempestade da per-seguição realmente desabar sobrenós, as ovelhas verdadeiras ouvirãoa voz do Pastor verdadeiro. Esfor-ços abnegados serão envidadospara salvar os perdidos. Muitos quevaguearam longe do apriscoretornarão para seguir o grandePastor. O povo de Deus se coligaráe apresentará ao inimigo uma fren-te unida.” – Eventos finais, p. 152.

“A união é o resultado certo daperfeição cristã.” – Santificação,p. 85.

“Devemos nos unir, mas nãoem uma plataforma de erro.” –Manuscript Releases, vol. 15, p.259.

Sucessão apostólicaA sucessão apostólica não re-

pousa sobre mera descendêncialinear ou transmissão de autorida-de eclesiástica, mas sobre relacio-namento espiritual ou semelhan-ça de caráter (Êxodo 33:13-16;Mateus 3:9; João 8:39; Romanos9:6-8; Gálatas 3:7). Unicamente

os que cumprem as condiçõesestabelecidas na Palavra de Deus,fazendo Sua vontade e guardandoSeus mandamentos, podem cla-mar sucessão apostólica (Êxodo19:5; Mateus 7:21; Lucas 3:8; João8:31).

“A descendência de Abraãodemonstrava-se não por nome elinhagem, mas pela semelhança decaráter. Assim, a sucessão apostó-lica não se baseia na transmissãode autoridade eclesiástica, masnas relações espirituais. Uma vidainfluenciada pelo espírito dosapóstolos, a crença e o ensino daverdade por eles ensinada, eis averdadeira prova da sucessãoapostólica. Isso é que constitui oshomens sucessores dos primeirosmestres do evangelho.” – O Dese-jado de Todas as Nações, p. 467.

As “portas do inferno” nãoprevalecerão

“A igreja é a fortaleza de Deus,Sua cidade de refúgio, que Elemantém num mundo revoltado.Qualquer infidelidade da igreja étraição para com Aquele que com-prou a humanidade com o sanguede Seu unigênito Filho. Almas fi-éis constituíram desde o princípioa igreja sobre a Terra. Em cada era,teve o Senhor Seus vigias, quederam fiel testemunho à geraçãoem que viveram. Essas sentinelasapregoaram a mensagem de adver-tência; e ao serem chamadas paradepor a armadura, outros empre-enderam a tarefa. Deus pôs essas

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A igreja de Deus

testemunhas em relação de con-certo com Ele próprio, unindo aigreja da Terra à do Céu. EnviouSeus anjos para cuidar de Suaigreja, e as portas do inferno nãopuderam prevalecer contra Seupovo.” – Atos dos apóstolos, p. 11.

“Os apóstolos edificaram sobrefundamento firme, sobre a própriaRocha dos Séculos. Para esse fun-damento, trouxeram eles as pedrastiradas da pedreira do mundo. Nãofoi sem empecilhos que osedificadores trabalharam. Suaobra foi excessivamente dificulta-da pela oposição dos inimigos deCristo. Tiveram de lutar contrafanatismo, preconceito, ódio dosque estavam a construir sobre fun-damento falso.” – Atos dos após-tolos, p. 596.

“O inimigo da justiça nada dei-xou por fazer no esforço para de-ter a obra confiada aos edifica-dores do Senhor. Mas Deus ‘nãoSe deixou a Si mesmo sem teste-munho’ (Atos 14:17). Levanta-ram-se obreiros que com aptidãodefenderam a fé uma vez entregueaos santos.” – Idem, p. 598.

OrganizaçãoO Deus que adoramos é Deus

de ordem. Conseqüentemente, Eleespera que ordem e disciplina se-jam executadas em todas asfacetas da vida eclesiástica (1Coríntios 14:33 e 40). O primeiropasso na organização da igreja noNovo Testamento foi a ordenaçãodos doze apóstolos (Marcos 3:14).

Passos adicionais foram dadosmais tarde. A igreja apostólica foiabençoada com “dons espirituais”descritos pelo apóstolo Paulo: “Ea uns pôs Deus na igreja, primei-ramente apóstolos, em segundolugar profetas, em terceiro mes-tres, depois operadores de mila-gres, depois dons de curar, socor-ros, governos, variedades delínguas.” (1 Coríntios 12:28). Anecessidade da organização ecle-siástica é confirmada por símbo-los diferentes na Bíblia, mostran-do que a igreja é uma unidadeorganizada (Efésios 4:11-16; 1Coríntios 12:20-27 (um corpo,não ossos dispersos); João 10:16(um aprisco, não ovelhas espalha-das); 1 Coríntios 10:17 (um pão,não migalhas dispersas); Efésios2:19-22 (um edifício, não pedrasespalhadas)).

“O espírito de nos separarmosde nossos companheiros de traba-lho, o espírito de desorganizaçãoestão no próprio ar que respira-mos. Por alguns, todos os esforçospara estabelecer a ordem são con-siderados perigosos – restrição àliberdade pessoal. Daí deverem sertemidos como papismo. Declaramque não aceitarão qualquer dito dohomem. Que não são responsáveispara com nenhum homem. Fuiinstruída de que é esforço especi-al de Satanás levar homens a sen-tir, a julgar que Deus Se agrada deque escolham o próprio rumo, in-dependentemente do conselho deseus irmãos. [...]

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Ó, como se regozijaria Satanásse pudesse ter êxito nos esforçosde se insinuar entre este povo edesorganizar o trabalho, num tem-po em que é essencial organizaçãocompleta! Este será o maior poderpara manter afastados os movi-mentos falsos e para refutar decla-rações não endossadas pela Pala-vra de Deus! Temos que conservarnossas fileiras uniformemente,para que não haja quebra no siste-ma de método e ordem construídopor trabalho sábio e cuidadoso.Não se deve dar permissão a indi-víduos desordenados que desejamdominar a obra neste tempo.” –Testemunhos para ministros eobreiros evangélicos, p. 488 e 489.

“Alguns têm apresentado aidéia de que, ao aproximarmo-nosdo fim do tempo, cada filho deDeus agirá independentemente dequalquer organização religiosa.Porém, fui instruída pelo Senhorde que nesta obra não há isso decada qual ser independente. [...]

Alguns obreiros puxam comtoda a força que Deus lhes deu,mas não aprenderam ainda quenão devem puxar sozinhos. Emvez de isolar-se, puxem eles emharmonia com seus coobreiros. Amenos que façam isso, sua ativida-de se processará fora de tempo eem direção errada. Trabalharãomuitas vezes contra aquilo queDeus deseja ver feito, e assim suaobra será mais do que inútil.” –Testemunhos para a igreja, vol. 9,p. 258 e 259.

Autoridade“Deus investiu Sua igreja com

especial autoridade e poder, porcuja desconsideração e desprezoninguém se pode justificar, poisaquele que assim procede despre-za a voz de Deus.” – Testemunhospara a igreja, vol. 3, p. 417.

“Cristo gostaria que Seus se-guidores fossem unidos na quali-dade de igreja, observando ordem,tendo regras e disciplina, e todossujeitos uns aos outros, conside-rando ‘os outros superiores a si’(Filipenses 2:3).” – Ibidem, p. 445.

“O Redentor do mundo nãoaprova, em assuntos religiosos,idéias e práticas independentespor parte de Sua igreja organiza-da e reconhecida, onde Ele tenhauma igreja.

Muitos nutrem a idéia de que sópara com Cristo são responsáveisno que respeita à luz e à própriaexperiência, independentementede Seus reconhecidos seguidoresno mundo. Isso, porém, é condena-do por Ele nos ensinos que nos dá,bem como nos exemplos e nos fa-tos que nos tem dado para nossainstrução.” – Ibidem, p. 432 e 433.

“Não há apoio para um homemlevantar-se por iniciativa própriae defender as idéias que bem en-tender, sem considerar a posiçãoda igreja. Deus concedeu o maisalto poder, abaixo do Céu, à Suaigreja. É a voz de Deus em Seupovo unido na qualidade de igrejaque deve ser respeitada.” –Ibidem, p. 450 e 451.

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A igreja de Deus

“À igreja foi conferido o poderde agir em lugar de Cristo. É o ins-trumento de Deus para a conser-vação da ordem e da disciplinaentre Seu povo. A ela o Senhordelegou poderes para resolver to-das as questões concernentes àsua prosperidade, pureza e ordem.Sobre ela impôs a responsabilida-de de excluir de sua comunidadeos que dela são indignos, os quepor seu procedimento anticristãoacarretam desonra à causa da ver-dade. Tudo quanto a igreja fizerem conformidade com as instru-ções dadas na Palavra de Deusserá sancionado no Céu.” – Idem,vol. 7, p. 263.

Missão da igreja de Deus naTerra

a. Através de vida piedosa, osverdadeiros seguidores de Cristolevam testemunho poderoso aomundo (Isaías 43:10; Mateus5:13-16; João 12:35; 13:34; 1Pedro 2:9-12).

b. Os crentes em Cristo susten-tam e ensinam a verdade, traba-lhando pela salvação das pessoas(2 Coríntios 5:20; Mateus 28:19 e20; Romanos 1:14-16; 1 Coríntios9:16; Efésios 3:8-11; 1 Timóteo2:3-7; Marcos 16:15; Lucas 14:21e 23; Ezequiel 33:7-9).

c. A igreja remanescente temmensagem específica, a verdadepresente, a ser dada à casa de Is-rael, às igrejas caídas e ao mundoem geral (Mateus 10:6; 2 Pedro1:12; Apocalipse 14:6-12; 18:1-4;

Habacuque 2:14; Isaías 60:1;Mateus 24:14).

d. Os membros do corpo deCristo foram chamados para alivi-ar sofrimentos (Isaías 58:7 e 8;Mateus 10:8; 25:34-40; Marcos14:7;Tiago 1:27).

e. O trabalho mais importanteque Deus deseja realizar atravésdo remanescente fiel nestes últi-mos dias é a preparação de umpovo para a breve vinda de Cristo(Efésios 5:26 e 27; Amós 4:12;Mateus 24:44; Lucas 1:17; 2 Pedro1:3-12; 1 Tessalonicenses 5:2, 14-23; Tito 2:11-14).

Responsabilidades dosmembros da igreja

Todas as responsabilidades sãobaseadas no amor e no respeitomútuos entre os discípulos (João13:34 e 35). São consideradas pri-vilégio, bem como dever (Roma-nos 12:10; 1 Pedro 5:5 e 6). Essasresponsabilidades incluem:

a. Manter conexão com JesusCristo (Romanos 11:17-24; João15:1-8; Gálatas 2:20).

b. Partilhar a mensagem de sal-vação do evangelho com outros(Marcos 16:15 e 16; Mateus 28:19e 20).

c. Manter regularmente a cau-sa da verdade com as finanças emdízimos e ofertas liberais (Deute-ronômio 14:22; Levítico 27:30-32;Números 18:21; Malaquias 3:7-10; Mateus 23:23; 1 Coríntios 4:2;2 Coríntios 9:6-11; Hebreus 7:8(cf. Apocalipse 1:18)).

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Crenças fundamentais dos ASD – Movimento de Reforma

d. Freqüentar regularmente oscultos da igreja (Hebreus 10:25 e26; Salmos 27:4; 122:1).

e. Preparar o coração e partici-par fielmente no lava-pés e na Ceiado Senhor (João 13:1-17; Mateus26:21-29; 1 Coríntios 11:23-29;João 6:53 e 54).

f. Executar fielmente as respon-sabilidades recebidas (1 Coríntios4:1 e 2).

g. Respeitar os oficiais da igre-ja e cooperar com eles no cuidadodo rebanho (Efésios 4:11-13;Hebreus 13:17; 1 Tessalonicenses5:12 e 13).

“Muitos cristãos vacilarão nafé, caso negligenciem constante-mente encontrar-se para reuniãoe oração. Caso lhes fosse impossí-vel fruir esses privilégios religio-sos, então Deus enviaria luz dire-tamente do Céu por meio de Seusanjos, a fim de animar, alegrar eabençoar Seu povo disperso. Ele,porém, não Se propõe realizar ummilagre para sustentar a fé dosSeus santos. Exige-se deles queamem a verdade o suficiente parase darem a alguns pequenos incô-modos a fim de obter os privilégi-os e bênçãos a eles oferecidos porDeus.” – Testemunhos para a igre-ja, vol. 4, p. 106 e 107.

“Quando nossos irmãos volun-tariamente se afastam das reuni-ões religiosas, quando deixam depensar em Deus e de O reverenci-ar, quando não O tomam por seuconselheiro e baluarte de sua de-fesa, quão depressa passam a ado-

tar os pensamentos mundanos e aincredulidade, e vãs confianças efilosofias substituem a fé humildee confiante.” – Idem, vol. 5, p. 426.

“Todo crente deve ter o coraçãointeiro em sua ligação com a igre-ja. A prosperidade desta deveconstituir-lhe o primeiro interes-se e, a menos que se sinta sob sa-gradas obrigações de tornar sualigação com a igreja mais um be-nefício para ela do que para simesmo, ela passará muito melhorsem ele.” – Idem, vol. 4, p. 1835

“Lembrem-se os que assistema reuniões de comissões que elesali se reúnem com Deus, que lhesdeu a sua tarefa. Reúnam-se comreverência e coração consagrado.”– Idem, vol. 7, p. 256.

“Os que não têm interesse nasreuniões de negócios em geral nãotêm interesse real na causa deDeus. Estes são os tentados a acre-ditar que a administração de nos-sos vários empreendimentos nãoé justamente como deveria ser.

Irmãos e irmãs, se amamos averdade, que nos trouxe das trevasdo erro para a observância da leide Deus, estimaremos altamentetudo que esteja conectado comseus interesses. Em nossas reuni-ões de negócios, tudo é demons-trado de forma que todos possamcompreender como nossas insti-tuições e empreendimentos varia-dos são conduzidos e sustentados.Quando eles têm essa oportunida-de de o saber e ainda falham emaperfeiçoá-lo, ignorância é peca-

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A igreja de Deus

do.” – The Review and Herald, 29de abril de 1884.

Disciplina eclesiásticaa. É baseada na ordenança

dada por Jesus em Mateus 18:15e 16. É responsabilidade de todomembro da igreja dar exortaçãoem amor, bem como recebê-la, deacordo com as verdades recebidasna Palavra de Deus – especialmen-te dos ministros do evangelho(Provérbios 15:31 e 32; 10:17; 2Timóteo 4:2; Tito 1:9; 2:15).

b. Apesar de termos a respon-sabilidade de nos exortar mutua-mente, devemos lembrar que todaadmoestação, para ser efetiva eduradoura, deve ser dada clara-mente e em espírito de amor.“Olha por ti mesmo, para que tam-bém tu não sejas tentado.”(Gálatas 6:1; Apocalipse 3:19).Esse espírito de amor é a atitudemanifestada na disposição de de-por a vida para o erro, enquantose lhe dá reprovação (João 13:34;15:12 e 13).

c. A disciplina da igreja, ao con-trário da exclusão, coloca restri-ções sobre o membro por um tem-po, enquanto ele considera aprópria condição e dá passos paracorrigir seus caminhos (Hebreus12:5-12).

“Quando a pessoa que errou searrepende e se submete à discipli-na de Cristo, cumpre dar-lhe ou-tra oportunidade. E mesmo que senão arrependa e venha a ficar co-locada fora da igreja, os servos de

Deus têm o dever de tentar esfor-ços com ela, buscando induzi-la aoarrependimento. Caso se renda àinfluência do Espírito de Deus,dando evidência do arrependi-mento, confessando e renuncian-do ao pecado, por mais grave quetenha sido, deve merecer o perdãoe ser de novo recebida na igreja.Aos seus irmãos competeencaminhá-la pela vereda da jus-tiça, e tratá-la como desejariam sertratados em seu lugar, olhando porsi mesmos para que não sejam domesmo modo tentados.” – Obrei-ros evangélicos, p. 501.

“Sentis, quando um irmão erra,que sois capazes de dar vossa vidapara salvá-lo? Se assim é, podeisaproximar-vos dele e exercer-lheinfluência sobre o coração. Sois apessoa indicada para visitá-lo.” –Testemunhos para a igreja, vol. 1,p. 166.

“Devemos cooperar nessaobra. ‘Se algum homem chegar aser surpreendido nalguma ofensa,[...] encaminhai o tal.’ (Gálatas6:1). A palavra aqui traduzida ‘en-caminhar’ significa colocar no lu-gar, como se faz com um osso des-locado. Quão sugestiva é essafigura! Aquele que cai em erro oupecado coloca-se fora do lugar emrelação a tudo que o cerca. Podecompenetrar-se do erro, e encher-se de remorso. Porém, não poderestabelecer-se a si mesmo. Estáem confusão e perplexidade, ven-cido e desamparado. Deverá serreclamado, curado e restabelecido.

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‘Vós, que sois espirituais,encaminhai o tal.’ (Gálatas 6:1).Unicamente o amor que se origi-na no coração de Cristo pode cu-rar. Unicamente Aquele em quemflui esse amor, assim como faz aseiva na árvore e o sangue no cor-po, poderá restaurar o coração fe-rido.” – Educação, p. 113 e 114.

“O esforço de obter a salvaçãopelas próprias obras leva inevita-velmente os homens a amontoarexigências como barreira contra opecado. Pois, vendo que falham noobservar a lei, imaginam regras eregulamentos eles próprios, parase obrigarem a obedecer. Tudo issodesvia de Deus para si mesmos amente. Seu amor extingue-se-lhesno coração, e com ele perece oamor para com seus semelhantes.Um sistema de invenção humana,com suas exigências múltiplas,induz seus adeptos a julgar a to-dos quantos faltem à norma huma-na prescrita. A atmosfera de críti-ca egoísta e estreita sufoca asemoções nobres e generosas, fa-zendo com que os homens se tor-nem juízes egocêntricos e espiasmesquinhos.” – O maior discursode Cristo, p. 123.

“Procurando corrigir ou refor-mar outros, devemos ter cuidadocom as palavras. Serão cheiro devida para vida ou de morte paramorte. Quando censuram ouaconselham, muitos usam lingua-gem áspera e severa, palavras ina-dequadas para curar um coraçãoferido. Por essas expressões inade-

quadas é irritado o espírito, e oserrantes são muitas vezes instiga-dos à rebelião. Todos que quiseremadvogar os princípios da verdadeprecisarão receber o óleo celestedo amor. Sob todas as circunstân-cias, a censura deve ser expressacom amor. Então nossas palavrasreformarão e não hão de exaspe-rar. Cristo, pelo Espírito Santo,suprirá o poder necessário. Essa éSua obra.” – Parábolas de Jesus,p. 337.

d. A exclusão também é basea-da na ordenança de Cristo (Mateus18:17 e 18; 1 Coríntios 5:11-13;Romanos 16:17; 2 Tessalonicenses3:6; Tito 3:10 e 11). Perante Deus,a igreja é obrigada a remover de suacomunhão aqueles cuja condutaestá em contradição aberta e per-sistente aos princípios de nossa fé.

“O nome daqueles que pecam ese recusam a arrepender-se nãodeve ser mantido nos livros da igre-ja, para que os santos não sejamresponsáveis pelas más ações deles.Os que perseguem um curso detransgressão devem ser visitados etrabalhados. Então, caso se recu-sem a arrepender-se, devem serseparados da comunhão da igreja,de acordo com as regras estabele-cidas na Palavra de Deus. [...]

Os que se recusam a ouvir asadmoestações e advertências da-das por mensageiros fiéis de Deusnão devem ser mantidos na igre-ja. Devem ser excluídos, pois se-rão como Acã no acampamento deIsrael – enganados e enganadores.”

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– The SDA Bible Commentary (E.G. White Comments), vol. 5, p.1.096.

“‘Em verdade vos digo que tudoque ligardes na Terra terá sido liga-do no Céu, e tudo que desligardesna Terra terá sido desligado noCéu.’ (Mateus 18:18). Quandotoda especificação dada por Cris-to é cumprida no verdadeiro espí-rito cristão, então, e unicamenteentão, o Céu ratifica a decisão daigreja, porque seus membros têma mente de Cristo e procedem damaneira como Ele procederia seestivesse na Terra.” – Mensagensescolhidas, vol. 3, p. 22.

e. Unicamente a igreja da quala pessoa é membro, sob direção deum ministro ordenado (ou ancião,quando autorizado), em consultacom o presidente da Associaçãoou seu representante, é autoriza-da a executar a exclusão de manei-ra legal e em harmonia com a Pa-lavra de Deus (1 Timóteo 1:19 e20; 6:3-5; 1 Coríntios 5:1-13; Tito3:10 e 11).

f. No processo, precisamos as-segurar que Mateus 18:15-17 éseguido, no caso de pecados pes-soais. Alguns pecados públicospodem requerer tratamento dife-rente, com ação imediata, de formaque a igreja não se torne culpada(1 Timóteo 5:20; Testemunhospara a igreja, vol. 2, p. 14 e 15).

g. Uma vez que a pessoa tenhasido excluída do aprisco e já nãoseja membro, devemos tratá-la damesma maneira que consideraría-

mos um “gentio e publicano” (fo-rasteiro). Porém, obra especialdeve ser feita por sua reconversãoe restauração (Lucas 15:4-6).Além disso, não devemos nos as-sociar com os que causam divisãona igreja (Romanos 16:17).

“Seja qual for a natureza daofensa, ela não impede que se ado-te o mesmo plano divino pararedimir mal-entendidos e ofensaspessoais. Falar a sós e no espíritode Cristo com a pessoa que prati-cou a falta bastará, às vezes, pararemover as dificuldades. Vai tercom a pessoa que cometeu a ofen-sa. Com coração cheio do amor eda simpatia de Cristo, procuraentender-te com ela. Arrazoa comela com calma e mansidão. Não teexprimas em termos violentos.Fala-lhe num tom que apele parao bom senso. Lembra-te das pala-vras: ‘Aquele que fizer converterdo erro do seu caminho um peca-dor, salvará da morte uma alma ecobrirá uma multidão de pecados.’(Tiago 5:20). [...]

‘Se também não escutar a igre-ja, considera-o como gentio epublicano.’ (Mateus 18:17). Se elenão escutar a igreja, se recusar osesforços enviados para recon-quistá-lo, é a igreja que deve tomara si a responsabilidade de excluí-lo da comunhão. Seu nome deve-rá então ser riscado do livro.” –Obreiros evangélicos, p. 499-501.

“Anciãos e diáconos são esco-lhidos para cuidar da prosperida-de da igreja. Ainda assim, esses

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líderes, especialmente nas igrejasjovens, não devem se sentir na li-berdade, no próprio julgamento eresponsabilidade, de cortar daigreja membros ofensivos. Nãoestão investidos com tal autorida-de. Muitos se entregam a zelo se-melhante ao de Jeú e imprudente-mente se atrevem a tomar decisõesem matérias de importância grave,enquanto eles mesmos não têmconexão com Deus. Humilde efervorosamente devem buscar sa-bedoria dAquele que os colocouna posição deles. Precisam sermuito modestos em assumir res-ponsabilidades. Também devemsubmeter a matéria ao presidentedo Campo e aconselhar-se comele. Nesse tempo fixado, o assun-to deve ser considerado paciente-mente. No temor de Deus, commuita humildade e tristeza peloerrante, que é aquisição do sanguede Cristo, os oficiais próprios de-vem lidar com os ofensores, comoração fervorosa e humilde. Quãodiferente tem sido o curso quan-do, com autoridade auto-assumi-da e espírito duro e insensível,acusações têm sido feitas, e almasempurradas para fora da igreja deCristo.” – Manuscript Releases,vol. 12, p. 113.

“Nenhum oficial de igreja deveaconselhar, nenhuma comissãorecomendar e nenhuma igreja vo-tar que o nome de alguém que hajacometido falta seja eliminado doslivros da igreja, até que as instru-ções de Cristo a tal respeito te-

nham sido cumpridas escrupulo-samente. Se essas instruções tive-rem sido observadas, a igreja estálivre diante de Deus. Então a in-justiça tem de aparecer como é eser removida, para que não proli-fere. O bem-estar e a pureza daigreja devem ser salvaguardadospara que ela possa estar sem man-cha diante de Deus, revestida dajustiça de Cristo.” – Obreirosevangélicos, p. 501.

“‘Aqueles a quem perdoardes ospecados’, disse-lhes Cristo, ‘sãoperdoados; e aqueles a quem osretiverdes lhes são retidos.’ (João20:23). Cristo não dá aqui permis-são para qualquer homem julgar aoutros. No Sermão do Monte, Eleproíbe fazê-lo. É a prerrogativa deDeus. Porém, sobre a igreja naqualidade de corpo organizado,Ele coloca responsabilidade paracom os membros individuais. Paracom os que caem em pecado, aigreja tem o dever de advertir, ins-truir e, se possível, restaurar. ‘Que[...] redarguas, repreendas, exor-tes’, diz o Senhor, ‘com todalonganimidade e doutrina.’ (2 Ti-móteo 4:2). Lidai fielmente comos que fazem mal. Adverti todaalma que se acha em perigo. Nãodeixeis que ninguém se engane a simesmo. Chamai o pecado pelo ver-dadeiro nome. Declarai o que Deusdisse com relação à mentira, àtransgressão do Sábado, ao roubo,à idolatria e a todos os outros ma-les. ‘Os que cometem tais coisasnão herdarão o reino de Deus.’

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A igreja de Deus

(Gálatas 5:21). Se eles persistiremno pecado, o juízo que haveis de-clarado segundo a Palavra de Deusé sobre eles proferido no Céu. Pre-ferindo pecar, renunciam a Cristo.A igreja deve mostrar que não san-ciona seus atos, do contrário elaprópria desonra ao Senhor. Devedizer a respeito do pecado o mes-mo que declara o Senhor. Devetratar com ele segundo as instru-ções divinas. Sua ação é ratificadano Céu. Aquele que desdenha aautoridade da igreja despreza a dopróprio Cristo.” – O Desejado deTodas as Nações, p. 805 e 806.

“Ele quer ensinar a Seu povoque a desobediência e o pecadosão excessivamente ofensivos aSeus olhos, e que não devem serconsiderados levemente. Ele nosmostra que, quando Seu povo seencontra em pecado, imediata-mente devem ser tomadas medi-das positivas para tirar esse peca-do do meio deles, a fim de que Seudesagrado não fique sobre todos.Porém, se os pecados do povo sãopassados por alto por aqueles quese acham em posições de respon-sabilidade, o desagrado de Deusestará sobre eles, e Seu povo,como corpo, será responsável poresses pecados. No trato do Senhorcom Seu povo no passado, Elemostra a necessidade de purificarde erros a igreja. Um pecador podedifundir trevas que excluam a luzde Deus de toda a congregação[...].” – Testemunhos seletos, vol.1, p. 334.

“Caso haja erros claros entreSeu povo, e os servos de Deuspassem adiante, indiferentes aisso, estão, por assim dizer, apoi-ando e justificando o pecador. Sãoigualmente culpados, incorrendo,tão certo como ele, no desagradode Deus, pois serão tidos comoresponsáveis pelos pecados doculpado.” – Ibidem, p. 334 e 335.

“Aquele que se desgarrou dorebanho não será procurado compalavras duras e chicote, mas comatrativos convites a voltar.” – Con-selhos aos pais, professores e es-tudantes, p. 198.

“Enquanto não vos sentirdesdispostos a sacrificar o amor-pró-prio e mesmo dar a própria vidapara salvar um irmão em erro, nãotirastes a trave do próprio olho demaneira a estar preparados paraajudar um irmão. Quando assimfizerdes, podeis aproximar-vosdele, e tocar-lhe o coração. Pessoanenhuma já foi conquistada de umcaminho errado por meio de cen-sura e acusações. Porém, muitostêm sido afastados de Cristo, e le-vados a cerrar o coração contra aconvicção da culpa.” – O maiordiscurso de Cristo, p. 128 e 129.

Confissões“Conquanto a confissão seja

um bem para a alma, há necessi-dade de agir sabiamente. [...] mui-tas, muitas confissões nunca deve-riam ser pronunciadas aos ouvidosde mortais, pois o resultado é talque o limitado julgamento de se-

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res finitos não antecipa. Sementesdo mal são espalhadas na mente eno coração dos que ouvem, equando eles estiverem sob tenta-ção, essas sementes germinarão etrarão fruto, e a mesma triste ex-periência se repetirá. Pois, pensao tentado, esses pecados não po-dem ser tão ofensivos; afinal, osque fizeram confissão, cristãos delonga data, não fazem essas mes-mas coisas? Assim, a confissãoaberta desses pecados secretos naigreja se demonstrará um cheirode morte, e não de vida.

Não deve haver movimento al-gum descuidado e indiscriminadosobre esse assunto, para evitar quea causa de Deus seja desacredita-da aos olhos dos descrentes. Seeles ouvirem confissões de condu-ta indigna feitas por aqueles queprofessam ser seguidores de Cris-to, será trazida vergonha sobre acausa. [...]

Há certas confissões que de-vem ser feitas perante uns poucosescolhidos, e reconhecidas pelopecador em profunda humildade.O assunto não deve ser conduzi-do de tal forma que o mau hábitoseja transformado em virtude, e opecador se orgulhe de seus mausfeitos. Se houver coisas de natu-reza ignominiosa que devam virperante a igreja, que sejamtrazidas diante de umas poucaspessoas selecionadas antecipada-mente para ouvi-las. Que não seexponha a causa de Deus aoreproche tornando pública a hipo-

crisia que tem existido na igreja.Isso deveria provocar reflexõespor parte daqueles que têm tenta-do ser semelhantes a Cristo nocaráter. Essas coisas devem serconsideradas.” – Testemunhospara a igreja, vol. 5, p. 645 e 646.

Advertência especial“No processo de assassínio, o

acusado não devia ser condenadopelo depoimento de uma só teste-munha, mesmo que as evidênciascircunstanciais fossem fortes con-tra ele. A instrução do Senhor era:‘Todo aquele que matar alguém,será morto conforme o depoimen-to de testemunhas; mas uma sótestemunha não deporá contra al-guém, para condená-lo à morte.’(Números 35:30). Foi Cristo quedeu a Moisés aquelas determina-ções para Israel. Quando Ele este-ve em pessoa com Seus discípulosna Terra, ao ensinar-lhes como tra-tar os que erram, o grandeEnsinador repetiu a lição de queo testemunho de um só homemnão deve livrar ou condenar. Asidéias e opiniões de um homemnão devem resolver questões con-trovertidas. Em todos esses assun-tos, dois ou mais devem estar as-sociados, e juntos encarar aresponsabilidade, ‘para que pelaboca de duas ou três testemunhastoda palavra seja confirmada’(Mateus 18:16).” – Patriarcas eprofetas, p. 516.

“Deus compreende a perversi-dade do coração humano. Inimi-

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A igreja de Deus

zade pessoal, ou o panorama devantagem pessoal, arruinou a re-putação e a utilidade de milharesde pessoas inocentes. Em muitoscasos, isso resultou na condena-ção e na morte deles. A vidaimprestável de pessoas violentas emaldosas foi preservada por su-borno, enquanto os que não eramculpados de nenhum crime contraas leis da nação foram feitos penar.Por riqueza ou poder, pessoas depatente corrompem os juízes e tra-zem falso testemunho contra oinocente. A provisão de que nin-guém devia ser condenado pelotestemunho de uma pessoa erajusta e necessária. Uma pessoapode ser controlada por preconcei-to, egoísmo ou malícia. Porém,não era provável que duas ou maispessoas fossem tão pervertidas aponto de unirem-se em sustentarfalso testemunho. Mesmo que ofossem, um exame em separadolevaria à descoberta da verdade.

Essa provisão misericordiosacontém lição para o povo de Deusaté o fim do tempo. [...] Deus fezdo serem sujeitos uns aos outros,dever de Seus servos. O julgamen-to de ninguém deve controlarqualquer assunto importante.Consideração e respeito mútuoscomunicam dignidade própria aoministério, e unem os servos deDeus em laços firmes de amor eharmonia. Enquanto devem de-pender de Deus para obter força esabedoria, ministros do evangelho

devem consultar-se mutuamenteem todo assunto que requeira de-liberação. ‘Para que pela boca deduas ou três testemunhas todapalavra seja confirmada.’ (Mateus18:16).” – The Signs of the Times,20 de janeiro de 1881.

“Se as pessoas forem tão mere-cedoras de ser separadas da igrejacomo Satanás o foi de ser expulsodo Céu, terão quem lhes tome asdores. Há sempre uma classe queé mais influenciada por indivídu-os do que pelo Espírito de Deus epelos princípios sãos. Em seu es-tado não-consagrado, essas pesso-as estão sempre prontas a tomar opartido do erro e pôr a compaixãoe a simpatia juntamente com osque menos a merecem. Esses sim-patizantes exercem influência po-derosa sobre outros. Vêem-se ascoisas sob aspecto errado, ocasio-na-se grande mal, e muitas são aspessoas arruinadas. Em sua rebe-lião, Satanás levou consigo a ter-ça parte dos anjos. Desviaram-sedo Pai e de Seu Filho, e uniram-seao instigador da rebelião. Tendoesses fatos diante de nós, cumpre-nos agir com a maior cautela. Quepodemos esperar senão provaçãoe perplexidade em nossas relaçõescom homens e mulheres de espí-ritos peculiares? Precisamos su-portar isso, e evitar a necessidadede arrancar o joio; não aconteçaque o trigo seja extirpado tam-bém.” – Testemunhos seletos, vol.3, p. 114 e 115.

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De acordo com Salmos 24:1,tudo pertence ao Senhor (1 Crô-nicas 29:11 e 12). Sejam grandesou pequenas nossas posses, sãonossas unicamente em confiança.Portanto, a Deus devemos prestarcontas de nossa vida, força, habi-lidades, tempo, talentos, oportuni-dades e meios (1 Coríntios 4:1 e2; Mateus 25:14-30).

“Os homens [...] parecem pen-sar que têm o direito de fazer comseus meios o que bem lhes aprou-ver, não importando o que o Se-nhor tenha ordenado ou qual sejaa necessidade de seus semelhan-tes. Esquecem-se de que tudo oque reclamam como seu simples-mente lhes foi entregue em confi-ança.” – Conselhos sobre mordo-mia, p. 112.

“O dinheiro não nos foi dadopara honrarmos e glorificarmos anós mesmos. Como mordomos fi-éis, devemos usá-lo para a honrae glória de Deus. [...] Tudo quan-to possuímos é do Senhor, e Lhesomos responsáveis pelo uso quefazemos. No uso de cada centavodeve ser visto se amamos a Deussobre todas as coisas e ao próxi-mo como a nós mesmos.

O dinheiro é de grande valor,porque pode realizar grande bem.Nas mãos dos filhos de Deus, é ali-mento para o faminto, água para o

Capítulo XXI

Mordomiasedento, vestido para o nu. É pro-teção para o opresso e meio parasocorrer o enfermo. Porém, o di-nheiro não é de mais valor do quea areia, a não ser que o empregue-mos para prover às necessidades davida, para bênção de outros e parao desenvolvimento da obra de Cris-to.” – Parábolas de Jesus, p. 351.

“Entreguemo-nos num sacrifí-cio vivo, dando a Jesus tudo o quetemos. É Seu; somos-Lhe posses-são adquirida. Os que recebemSua graça, que contemplam a cruzdo Calvário, não questionarão so-bre a proporção em que dar, massentirão que a mais rica oferta édemasiado mesquinha, completa-mente desproporcionada, ante agrande dádiva do Filho unigênitodo infinito Deus. Pela abnegação,até mesmo o mais pobre acharámeios de obter algo que devolvera Deus.” – Conselhos sobre mor-domia, p. 200.

Mordomos fiéis e sábiosUm mordomo fiel e sábio é cui-

dadoso com o que Deus lhe deu(Mateus 24:45-47; 2 Tessalonicen-ses 3:10-13; Provérbios 11:24 e 25).

Ainda que acreditemos que Je-sus virá em breve, também recebe-mos instrução de que “se alguémnão cuida dos seus, e especialmen-te dos da sua família, tem negado

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a fé, e é pior que um incrédulo” (1Timóteo 5:8). Portanto, como in-divíduos, devemos presentementefazer provisão para o futuro incer-to até que nosso Salvador surja(Lucas 19:13).

DízimoEm reconhecimento à proprie-

dade de Deus sobre todas as coi-sas, somos solicitados a devolverpara Ele um décimo (dízimo) detodos os nossos ganhos (Levítico27:30-33; Mateus 23:23; 1Coríntios 9:14). A Bíblia ensinaque reter o dízimo é violação dooitavo mandamento (Êxodo20:15) (Malaquias 3:8 e 9).

Sob o sacerdócio após a ordemde Melquisedeque, Deus aindareivindica nossos dízimos(Hebreus 7:1-8 (cf. Apocalipse1:18)). O dízimo do Senhor deveretornar para Ele regularmenteatravés da tesouraria da igreja daqual a pessoa seja membro ou queela freqüente (Deuteronômio 12:5e 6; Neemias 13:11 e 12). Nossaprosperidade depende da fidelida-de a esse princípio (Provérbios 3:9e 10; Malaquias 3:10 e 11).

“Examine cada qual suas ren-das com regularidade, pois são,todas elas, bênção de Deus. Ponhade parte o dízimo como fundo se-parado, para ser sagradamente doSenhor. Em caso nenhum deve seresse fundo dedicado a qualqueroutro uso. Deve ser dedicado uni-camente ao sustento do ministé-rio do evangelho. Depois de o

dízimo ser posto à parte, sejam asdádivas e ofertas proporcionais:‘conforme a sua prosperidade’ (1Coríntios 16:2).” – Conselhos so-bre mordomia, p. 81.

“Uma mensagem muito clara,definida, me foi dada para nossopovo. É-me ordenado dizer-lhesque estão cometendo um erro emaplicar os dízimos a vários fins, osquais, embora bons em si mesmos,não são aquilo em que o Senhordisse que o dízimo deve ser apli-cado. Os que assim o empregamestão-se afastando do plano deDeus. Ele os julgará por essas coi-sas.

Um raciocina que o dízimopode ser aplicado para fins esco-lares. Outros argumentam aindaque os colportores devem ser sus-tentados com o dízimo. Comete-se grande erro quando se retira odízimo do fim em que deve serempregado – o sustento dos pas-tores. Deveria haver hoje no cam-po uma centena de obreiros bemhabilitados onde existe apenasum.” – Testemunhos para a igre-ja, vol. 9, p. 248 e 249.

“Provisões têm de ser feitaspara esses outros ramos da obra.Eles devem ser mantidos, mas nãopelo dízimo. Deus não mudou; odízimo tem de ser ainda emprega-do para a manutenção do minis-tério. A abertura de novos camposrequer mais eficiência ministerialdo que possuímos agora, e é pre-ciso haver meios no tesouro.” –Ibidem, p. 250.

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“Nossas Associações olhampara as escolas em busca de obrei-ros educados e bem preparados.Deviam dar a essas escolas apoiomais caloroso e inteligente. Tem sidocomunicada luz positiva para queos que ministram em nossas esco-las ensinando a Palavra de Deus,explicando as Escrituras, educan-do os alunos nas coisas divinas,sejam sustentados com o dinhei-ro do dízimo.” – Conselhos sobremordomia, p. 103.

“Muitos confessaram não terdevolvido o dízimo durante anos.Sabemos que Deus não podeabençoar os que O estão rouban-do, e que a igreja tem de sofrer emconseqüência dos pecados de seusmembros individualmente.” –Idem, p. 95.

“Se todos aceitassem as Escri-turas justamente como elas rezam,e abrissem o coração para compre-ender a Palavra do Senhor, nãodiriam: ‘Não posso ver a questãodo dízimo. Não posso entenderque nas minhas circunstâncias eudeva dar o dízimo.’ ‘Roubará ohomem a Deus?’ (Malaquias 3:8).A conseqüência de assim fazer édeclarada francamente, e eu nãome arriscaria a sofrê-la. Todos osque assumirem a posição sincerae decidida de obedecer a Deus;que não tomarem os fundos dereserva do Senhor – Seu dinheiro– para liquidar os débitos; quederem ao Senhor a parte que Elereclama como Sua, receberão asbênçãos de Deus prometidas a to-

dos os que Lhe obedecem.” –Idem, p. 92 e 93.

“Um décimo de toda a rendaera reclamada pelo Senhor comoLhe pertencendo. Reter o dízimoera por Ele considerado como rou-bo.” – Atos dos apóstolos, p. 336.

Primeiros frutosAssim como Deus salvou os

primogênitos na última praga noEgito, Ele reclama como Sua aprimeira porção de todos os nos-sos ganhos (Êxodo 23:19; Levítico23:10; Provérbios 3:9).

Ofertas voluntáriasEnquanto Deus reclama um

décimo da nossa renda como de-ver para com Ele, dá-nos os novedécimos restantes para serem usa-dos como nosso amor a Ele suge-rir. A medida do nosso amor aDeus é revelada na liberdade e naalegria com as quais damos paraSua causa na Terra ofertas volun-tárias, que devem ser proporcio-nais à nossa prosperidade (Êxodo25:2; Deuteronômio 16:16 e 17; 1Crônicas 16:29; Salmos 96:8).

“A beneficência prática darávida espiritual a milhares de pro-fessores nominais da verdade queagora lamentam as próprias tre-vas. Ela transforma-los-á de ego-ístas e cobiçosos adoradores deMamom em zelosos e fiéis colabo-radores de Cristo na salvação dospecadores.” – Testemunhos paraa igreja, vol. 3, p. 387.

“As contribuições exigidas dos

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hebreus para fins religiosos e ca-ritativos remontavam à quartaparte completa de suas rendas.Uma taxa tão pesada sobre os re-cursos do povo poder-se-ia espe-rar que os reduzisse à pobreza.Porém, ao contrário, a observânciafiel desses estatutos era uma dascondições de sua prosperidade.” –Patriarcas e profetas, p. 527.

“Alguns se têm escusado de aju-dar a causa de Deus por terem dí-vidas. Tivessem eles examinadocuidadosamente o próprio coração,teriam descoberto que a verdadei-ra razão de não levarem a Deusoferta voluntária era o egoísmo.Alguns sempre continuarão deven-do. Devido à sua cobiça, a mãoprosperadora do Senhor não esta-rá com eles, para lhes abençoar osempreendimentos. Amam maiseste mundo do que a verdade. Nãoestão sendo habilitados e prepara-dos para o reino de Deus.” – Con-selhos sobre mordomia, p. 93.

“Nos dias de Israel, os dízimose as ofertas voluntárias eram ne-cessários para manter as ordenan-ças do culto divino. Deveria opovo de Deus dar menos nestetempo? O princípio estabelecidopor Cristo é que nossas ofertas aDeus sejam proporcionais à luz eaos privilégios recebidos.” – Patri-arcas e profetas, p. 528.

“Bem, dirá alguém, continuama vir os pedidos para dar à causa.Estou cansado de doar. Estareismesmo cansados? Então, permitique vos pergunte: Estais cansados

de receber das mãos beneficentesde Deus? Só se Ele deixasse de vosabençoar, deixaríeis de estar sobobrigação de restituir-Lhe a por-ção que reivindica. Ele vos aben-çoa para que esteja em vosso po-der abençoar os outros. Quandoestiverdes cansados de receber,então podereis dizer: Estou cansa-do de tantos pedidos para doar.Deus reserva para Si uma parte detudo que recebemos. Quando issoLhe é restituído, a parte remanes-cente é abençoada. Porém, se forretido, tudo se tornará, mais dia,menos dia, maldição. A reivindi-cação divina primeiro. Tudo omais é secundário.” – Testemu-nhos seletos, vol. 2, p. 41 e 42.

Talentos“Tudo que temos é do Senhor.

Nosso dinheiro, nosso tempo, ta-lentos e nós mesmos, tudo perten-ce a Ele, que os tem emprestado anós, a fim de nos testar e provar, erevelar o que está no coração. Seegoisticamente reclamarmoscomo oriundos de nós mesmos osfavores que Deus graciosamentenos tem confiado, encontraremosgrande perda, pois estaremos rou-bando a Deus. Em roubá-lO, rou-bamos a nós mesmos das bênçãoscelestiais. Cristo dará a bênção aosfiéis e obedientes: ‘Muito bem,servo bom e fiel; sobre o poucofoste fiel, sobre muito te colocarei;entra no gozo do teu senhor.’(Mateus 25:21).” – The Signs ofthe Times, 1º de abril de 1875.

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A idéia central da Santa Escri-tura é a doutrina da segunda vin-da de Cristo para completar a obrade redenção e instaurar o reino dejustiça. Esse evento profetizado –que tem sido a grande esperançados servos de Deus em todas aseras – é repetido muitas vezes noAntigo e no Novo Testamentos (Jó19:25-27; Salmos 50:3; 97:3-5;Isaías 66:15 (cf. 2 Tessalonicenses1:5-10); Atos 1:11; Hebreus 9:28;10:37; Judas 14; Apocalipse 22:20).

Propósito da vinda de JesusO propósito principal da vinda

de Cristo é levar Seu povo com Elepara as mansões celestiais naNova Jerusalém (Isaías 25:9; João14:1-3; Mateus 24:31; 25:31-34; 1Tessalonicenses 4:13-17; Apocali-pse 22:12). Então Ele porá fim aosreinos deste mundo, executarájuízo sobre os maus e dará o reinoaos santos para sempre (Daniel2:44 e 45; 7:27; Judas 15; Atos17:31; 2 Timóteo 4:1; 1 Tessaloni-censes 4:17).

Sinais do segundo advento doSalvador

Muitos sinais apontam para aproximidade da vinda de Cristo.Porém, não conhecemos o tempo

Capítulo XXII

A segunda vinda de Cristo

exato do grande evento (Isaías24:4-6, 17-21; Joel 1:15-20; 2:30e 31; 3:9-16; Mateus 24:2-31; 1Tessalonicenses 5:1-3; 2 Tessalo-nicenses 2:1-5). Satanás tentarápersonificar a vinda de Cristo, masnão será capaz de enganar os elei-tos (Mateus 24:23-26; 2 Coríntios11:14).

Preparação para o segundoadvento

À Sua vinda, Cristo receberáunicamente os que estiverem“prontos”. Então não nos fará per-feitos. Deve “achar-nos” perfeitos.Devemos ser feitos irrepreensíveisenquanto a porta da graça estáaberta, de modo que possamos ser“conservados irrepreensíveis paraa vinda de nosso Senhor JesusCristo” (Judas 24; Mateus 25:10;1 Tessalonicenses 5:23; 2 Pedro3:11, 12 e 14; 1 João 3:2 e 3;Efésios 5:27; Apocalipse 21:27).

A forma da vinda de JesusA vinda de Cristo será pessoal,

literal, visível, audível e universal(Lucas 9:26; Mateus 24:27 e 30;Tito 2:13; 2 Tessalonicenses 2:8;Apocalipse 1:7; 6:15-17; 19:11-16). Não pode ser contrafeita porSatanás (1 Tessalonicenses 4:16).

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A segunda vinda de Cristo

Alguns dos eventosimportantes ligados aosegundo advento

a. A porta da graça é fechadapouco antes da segunda vinda deCristo (Mateus 7:22 e 23; 25:6-13;Lucas 13:23-25; Apocalipse22:11).

b. A plenitude da ira de Deusvirá sobre a Terra nas sete últimaspragas. Quando a sexta praga forderramada, o caminho para a ba-talha do Armagedom estará prepa-rado. Um terremoto poderoso aba-lará toda a Terra ao início dasétima praga (Apocalipse 16:1-21;O Grande Conflito, p. 637).

c. Haverá ressurreição parcialpouco antes da volta de Cristo(Daniel 12:2; Mateus 26:64;Apocalipse 1:7).

“Abrem-se sepulturas, e ‘mui-tos dos que dormem no pó da ter-ra [...] ressuscitarão, uns para avida eterna, e outros para vergo-nha e desprezo eterno’ (Daniel12:2). Todos os que morreram nafé da mensagem do terceiro anjosaem do túmulo glorificados paraouvir o concerto de paz, estabele-cido por Deus com os que guarda-ram Sua lei. ‘Os mesmos que Otraspassaram’ (Apocalipse 1:7), osque zombaram e escarneceram daagonia de Cristo e os inimigosmais acérrimos de Sua verdade epovo ressuscitam para contemplá-lO em Sua glória e ver a honraconferida aos fiéis e obedientes.”– O Grande Conflito, p. 637.

d. À vinda de Cristo, os justos

mortos serão ressuscitados, imor-tais, e os justos vivos serão trans-formados, de mortais para imor-tais. Encontrarão o Senhor nosares e serão levados para o Céu,onde permanecerão perante o tro-no de Deus (João 5:25, 28 e 29; 1Coríntios 15:50-54; 1 Tessaloni-censes 4:14-17; Filipenses 3:20 e21; Apocalipse 7:4, 9-12).

“Os justos vivos são transfor-mados ‘num momento, num abrire fechar de olhos’. À voz de Deusforam eles glorificados. Agora, tor-nam-se imortais. Com os santosressuscitados, são arrebatadospara encontrar seu Senhor nosares.” – Idem, p. 645.

e. Os ímpios que sobreviveremàs sete últimas pragas serãodestruídos pelo resplendor da vin-da de Jesus (Isaías 24:6; Lucas17:29 e 30; 2 Tessalonicenses 1:7-10; Apocalipse 6:15-17 (cf. Isaías2:19-21)). Não haverá segundachance para eles (Isaías 26:10;Jeremias 8:20; Lucas 13:24-28; 2Coríntios 6:2).

f. Toda a Terra será desolada(Isaías 13:6-13; Jeremias 4:23-25;2 Pedro 3:10).

Identificando o anticristoLeia Mateus 24:23-25.“Somos advertidos de que, nos

últimos dias, ele [Satanás] traba-lhará com sinais e prodígios dementira. E continuará esses prodí-gios até o fim da graça, para queos indique como prova de que eleé um anjo de luz e não de trevas.”

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– Mensagens escolhidas, vol. 2, p.51.

“Satanás veio como anjo de luzno deserto da tentação, para enga-nar Cristo. Não vem ao homem emforma hedionda, como é apresen-tado algumas vezes, mas comoanjo de luz. Virá personificandoJesus Cristo, operando milagrespoderosos. As pessoas se prostra-rão e o adorarão, como a JesusCristo. Seremos ordenados a ado-rar esse ser, que o mundo glorifi-cará como Cristo. Que faremos?Falai-lhes que Cristo nos advertiucontra tal inimigo, que é o pioradversário das pessoas, ainda quealegue ser Deus. Que quando Cris-to realizar Sua aparição, o farácom poder e grande glória, acom-panhado de dez mil vezes dez milanjos, e de milhares de milhares.E que, quando Ele vier, conhece-remos Sua voz.” – The Reviewand Herald, 18 de dezembro de1888.

“Nessa época, aparecerá oanticristo, como o Cristo verdadei-ro, e então a lei de Deus será anu-lada completamente entre as na-ções do mundo. Sazonará arebelião contra a santa lei de Deus.Porém, o verdadeiro líder de todaessa rebelião é Satanás, disfarça-do em anjo de luz. Os homens se-rão iludidos e o exaltarão ao lugarde Deus, deificando-o. Entretanto,a Onipotência intervirá, e às igre-jas apostatadas que se unirem naexaltação de Satanás se expediráa sentença: ‘Portanto, num dia vi-

rão as suas pragas: a morte, e opranto, e a fome; e será queimadano fogo, porque é forte o SenhorDeus que a julga.’ (Apocalipse18:8).” –Testemunhos para minis-tros e obreiros evangélicos, p. 62.

O Cristo verdadeiro“Uma das verdades mais sole-

nes e, não obstante, mais glorio-sas reveladas na Escritura Sagra-da é a da segunda vinda de Cristopara completar a grande obra daredenção.” – O Grande Conflito,p. 299.

“A vinda do Senhor tem sidoem todos os séculos a esperançade Seus verdadeiros seguidores.”– Idem, p. 302.

“A proclamação do Juízo éanunciação de que a segunda vin-da de Cristo está próxima. Essaproclamação é chamada ‘o evan-gelho eterno’. Desse modo, é mos-trado que a pregação da segundavinda de Cristo ou a anunciaçãode sua brevidade é parte essencialda mensagem evangélica.” – Pará-bolas de Jesus, p. 227 e 228.

“Surge logo no Oriente umapequena nuvem negra, aproxima-damente da metade do tamanhoda mão de um homem. É a nuvemque rodeia o Salvador, e que, à dis-tância, parece estar envolta emtrevas. O povo de Deus sabe seresse o sinal do Filho do homem.Em silêncio solene, fitam-na en-quanto se aproxima da Terra, maise mais brilhante e gloriosa, até setornar grande nuvem branca, mos-

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A segunda vinda de Cristo

trando na base glória semelhanteao fogo consumidor e encimadapelo arco-íris do concerto. Na nu-vem, Jesus avança como podero-so vencedor. [...] Aproximando-seainda mais a nuvem viva, todos osolhos contemplam o Príncipe davida. Nenhuma coroa de espinhosagora desfigura a cabeça sagrada,

mas um diadema de glória repou-sa sobre a fronte santa. O semblan-te divino irradia o fulgor deslum-brante do Sol meridiano. ‘E novestido e na Sua coxa tem escritoeste nome: Rei dos reis e Senhordos senhores.’ (Apocalipse19:16).” – O Grande Conflito, p.640 e 641

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Crenças fundamentais dos ASD – Movimento de Reforma

Deus formou o homem comoalma vivente, agente moral livre,feito à imagem de Deus, criadopara Sua glória (Gênesis 1:26-28;2:7; Salmos 8:4-6; Isaías 43:7).Não era dotado de imortalidadenatural e incondicional. Unica-mente pela obediência a Deus e ocomer da árvore da vida poderiaele perpetuar a existência(Gênesis 2:9, 16 e 17). Devido àsua desobediência, perdeu o aces-so à árvore da vida, distanciou-seda glória do Criador e foi separa-do da fonte da vida. O pecadotrouxe morte a Adão e a todos osseus descendentes (Gênesis 3:19,22-24; Eclesiastes 12:7; Isaías59:2; Romanos 5:12 e 17; Ezequiel18:4; Romanos 6:23).

Feito à imagem de Deus“Deus criou o homem à Sua

própria imagem. Não há mistérioaqui. Não há lugar para a suposi-ção de que o homem evoluiu, pormeio de graus de desenvolvimen-to morosos, das formas inferioresda vida animal ou vegetal. Tal en-sino rebaixa a grande obra do Cri-ador ao nível das concepções es-treitas e terrenas do homem. Oshomens são tão persistentes em

Capítulo XXIII

Origem, natureza edestino das pessoas

excluir Deus da soberania do Uni-verso que degradam o homem e odespojam da dignidade de sua ori-gem. Aquele que estabeleceu osmundos estelares nos altos céus ecom perícia delicada coloriu as flo-res do campo, Aquele que encheua Terra e os céus com as maravilhasde Seu poder, vindo a coroar Suaobra gloriosa a fim de pôr em seumeio alguém para ser o governadorda linda Terra, não deixou de criarum ser digno das mãos que lhe de-ram vida. Conforme é dada pelainspiração, a genealogia de nossaespécie remonta sua origem não auma linhagem de germes, moluscose quadrúpedes a se desenvolverem,mas ao grande Criador. Posto queformado do pó, Adão era ‘filho deDeus’ (Lucas 3:38).” – Patriarcase profetas, p. 45.

Imortalidade condicional“A imortalidade, prometida ao

homem sob condição de obediên-cia, foi perdida pela transgressão.Adão não poderia transmitir à suaposteridade aquilo que não pos-suía. Não poderia haver esperan-ça nenhuma para a humanidadedecaída se, pelo sacrifício de SeuFilho, Deus não houvesse trazido

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Origem, natureza e destino das pessoas

a imortalidade ao alcance dela[...].” – O Grande Conflito, p. 533.

“O único que prometeu a Adãovida em desobediência foi o gran-de enganador. A declaração daserpente a Eva, no Éden – ‘Certa-mente não morrereis’ – foi o pri-meiro sermão pregado acerca daimortalidade da alma. Todavia,essa declaração, repousando ape-nas na autoridade de Satanás,ecoa dos púlpitos da cristandade,e é recebida pela maior parte dahumanidade tão facilmente comoo foi pelos nossos primeiros pais.”– Ibidem.

“Em sua inocência, Adão haviadesfrutado ampla comunhão como Criador. Porém, o pecado operaseparação entre Deus e o homem,e unicamente a obra expiatória deCristo poderia transpor o abismoe tornar possível a comunicaçãode bênçãos ou salvação do Céu àTerra. O homem ainda estava des-ligado de uma aproximação dire-ta com o Criador, mas Deus Secomunicaria com ele por meio deCristo e os anjos.” – Patriarcas eprofetas, p. 67.

“Os olhos de Adão e Eva foramabertos, mas para quê? Para verema própria vergonha e ruína, e per-ceberem que as vestes de luzcelestial que haviam sido sua pro-teção não estavam mais em tornodeles como salvaguarda. Viramque nudez era o resultado datransgressão. Ao ouvirem a voz doCriador no jardim, esconderam-sedEle, pois anteciparam o que an-

tes não conheciam – a condenaçãode Deus.” – The Signs of the Ti-mes, 29 de maio de 1901.

“Depois da sua transgressão,Adão a princípio imaginou-se aentrar para condição mais eleva-da de existência. Porém, logo opensamento de seu pecado o en-cheu de terror. O ar, que até alihavia sido de temperatura amenae uniforme, parecia resfriar o ca-sal culpado. Desapareceram oamor e a paz que haviam desfru-tado, e em seu lugar experimenta-vam intuição de pecado, terrorpelo futuro, nudez de alma. A ves-te de luz que os rodeara agora de-sapareceu. Para suprir sua falta,procuraram fazer para si uma co-bertura, pois, enquanto estives-sem nus, não podiam enfrentar oolhar de Deus e dos santos anjos.”– Patriarcas e profetas, p. 57.

Imortalidade obtidaunicamente através de Cristo

Como conseqüência da quedade Adão, o homem tornou-se mor-tal, sujeito à morte. Sua posterida-de nasceu com propensões ineren-tes de desobediência (Salmos51:5; Romanos 3:10-18; Marcos7:20-23; Jeremias 17:9). Unica-mente através de Cristo as pesso-as podem ser libertas do pecado,ter o caráter de Deus restauradonelas e reaver sua posição originalperante Deus (Mateus 5:48) (Ro-manos 3:23-26; Atos 4:12; João8:36; 14:6; 2 Coríntios 5:19; Tito2:13 e 14; 3:3-6).

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Os que aceitam essa provisão,buscando a vida eterna, receberãoimortalidade à segunda vinda deCristo, quando os santos que dor-mem serão chamados de volta àvida pela voz do Arcanjo (Roma-nos 2:6 e 7; 6:22 e 23; 8:11; 1Coríntios 15:20-23, 51-54, 1Tessalonicenses 4:13-17).

“No Éden, o homem caiu deseu elevado estado e, por causa datransgressão, se tornou sujeito àmorte. Foi percebido no Céu queos seres humanos estavam pere-cendo, e a compaixão de Deus foiacionada. A um custo infinito, Elevislumbrou um meio de socorro.Ele ‘amou o mundo de tal manei-ra que deu o Seu Filho unigênito,para que todo aquele que nEle crênão pereça, mas tenha a vida eter-na’ (João 3:16). Não havia espe-rança para o transgressor, excetopor causa de Cristo.” – Testemu-nhos para a igreja, vol. 8, p. 25.

“O resultado de comer da árvo-re da ciência do bem e do mal émanifesto na experiência de todohomem. Há em sua natureza pen-dor para o mal, força à qual, semauxílio, não poderá ele resistir.Para opor resistência a essa força,para atingir aquele ideal que noíntimo da alma ele aceita como oúnico digno, não pode encontrarauxílio senão em um poder. Essepoder é Cristo. A cooperação comesse poder é a maior necessidadedo homem.” – Educação, p. 29.

“Para nós, os ensinos de Cristodevem ser como as folhas da árvo-

re da vida. À medida que comermose digerirmos o pão da vida, revela-remos caráter simétrico.” – TheSDA Bible Commentary (E. G.White Comments), vol. 5, p. 1.135.

Os mortos são inconscientesA primeira morte, à qual todos

estamos sujeitos, é estado de to-tal ausência de vida. É represen-tada como sono profundo(Eclesiastes 9:5 e 6; Salmos 6:5;115:17; 146:4; Eclesiastes 3:20;Isaías 38:18 e 19; João 11:11-14).

Os mortos estão nas sepulturasAo morrer, um homem bom

não vai para o Céu. O homem maunão vai para o inferno (lago defogo). Todos, bons ou maus, vãopara a sepultura (Jó 7:9 e 10;14:10-14; 17:13-16; Eclesiastes9:10; Salmos 89:48; 104:29; Atos2:29 e 34; Daniel 12:13; Hebreus11:13; Apocalipse 11:18).

Vida após a morte, unicamenteatravés da ressurreição

Os justos mortos serão ressus-citados (Jó 14:14 e 15; 19:25-27;Oséias 13:14; Hebreus 11:39 e 40;João 11:38, 39 e 43; 1 Coríntios15:51; 2 Timóteo 4:7 e 8; João11:25). À segunda vinda de Cris-to, eles serão levados para o Céu(1 Tessalonicenses 4:13-17; João14:1-3). Os ímpios mortos nãoestão em um lugar de tormento (2Pedro 2:9; João 5:28 e 29). Estesserão ressuscitados ao término domilênio (Apocalipse 20:5 e 6).

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Origem, natureza e destino das pessoas

“Para Seus filhos crentes, Cris-to apresenta a morte como umsono. A vida deles está escondidacom Cristo em Deus. Até que soea derradeira trombeta, os que mor-rem dormirão nEle.” – O Deseja-do de Todas as Nações, p. 527.

“Cristo tornou-Se uma mesmacarne conosco, a fim de nos poder-mos tornar um espírito com Ele. Éem virtude dessa união que havemosde ressurgir do sepulcro – não so-mente como manifestação do poderde Cristo, mas porque, mediante afé, Sua vida se tornou nossa. Os quevêem a Cristo em Seu verdadeirocaráter e O recebem no coração têmvida eterna. É por meio do Espíritoque Cristo habita em nós. Recebidono coração pela fé, o Espírito deDeus é o princípio da vida eterna.”– Idem, p. 388.

“Nossa identidade pessoal épreservada na ressurreição, aindaque não composta das mesmaspartículas de matéria ou substân-cia material idas para a sepultura.As obras fantásticas de Deus sãomistério para as pessoas. O espí-rito, o caráter das pessoas, retornapara Deus, a fim de ser preserva-do. Na ressurreição, todos terão opróprio caráter. Em Seu própriotempo, Deus conclamará os mor-tos, dando novamente o fôlego devida e ordenando aos ossos secos

que vivam. A mesma forma surgi-rá, mas livre de doenças e qualquerdefeito. Vive novamente levandoa mesma individualidade de carac-terísticas, de forma que amigo re-conheça amigo. Não há lei deDeus na natureza que mostre queDeus retorna partículas de maté-ria idênticas às que compuseramo corpo antes da morte. Deus daráaos justos mortos um corpo que Oagradará. Paulo ilustra o assuntopela semente lançada no campo. Asemente plantada decai, mas vemà tona nova semente. A substân-cia natural no grão que decai nun-ca se levanta como antes, masDeus lhe dá um corpo como Lheapraz. Material excelente compo-rá o corpo humano, pois é novacriação, novo nascimento.” – TheSDA Bible Commentary (E. G.White Comments), vol. 6, p.1.093.

O destino dos mausDepois de os maus serem jul-

gados (Apocalipse 20:4), sofrem asegunda morte (destruição, exter-mínio, extinção ou aniquilação),que lhes será aplicada ao fim domilênio – os mil anos deApocalipse 20 (Apocalipse 20:9,14 e 15; Malaquias 4:1 e 3; Salmos37:9, 10, 20 e 38; Obadias 15 e16).

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Começa à segunda vinda deJesus, quando os justos mortosserão ressuscitados (1 Tessaloni-censes 4:13-16). Então os vivosmaus serão destruídos (2 Tessalo-nicenses 1:7 e 8; Isaías 11:4;Jeremias 25:31-33). Os justos se-rão levados para o Céu (João 14:1-3). Satanás será confinado.

Durante o milênio, a Terra per-manecerá em estado de desolação,sem habitantes humanos. Portan-to, Satanás será “preso” por umacadeia de circunstâncias por milanos (Isaías 24:22; Jeremias 4:23-26; Apocalipse 20:2 e 3).

Enquanto os santos reinaremcom Cristo no Céu, durante milanos, julgarão os ímpios (1Coríntios 6:2 e 3; Apocalipse20:4).

Desolação da Terra“Ocorre agora o acontecimen-

to prefigurado na última e solenecerimônia do dia da expiação.Quando se completava o ministé-rio no lugar santíssimo, e os peca-dos de Israel eram removidos dosantuário em virtude do sangue daoferta pelo pecado, o bode emis-sário era então apresentado vivoperante o Senhor. Na presença dacongregação, o sumo sacerdoteconfessava sobre ele ‘todas as ini-qüidades dos filhos de Israel, e

Capítulo XXIV

O milêniotodas as suas transgressões, se-gundo todos os seus pecados’,pondo-os sobre a cabeça do bode(Levítico 16:21). Semelhante-mente, ao ser completada a obrade expiação no santuário celestial,na presença de Deus e dos anjosdo Céu e do exército dos remidos,serão então postos sobre Satanásos pecados do povo de Deus. De-clarar-se-á ser ele o culpado detodo o mal que os fez cometer. Eassim como o bode emissário eraenviado para uma terra não-habi-tada, Satanás será banido para aTerra desolada, que se encontrarácomo deserto despovoado e hor-rendo.” – O Grande Conflito, p.658.

“A Terra tinha a aparência dedeserto solitário. Cidades e vilas,derrubadas pelo terremoto, jaziamem montões. Montanhas tinhamsido removidas de seus lugares,deixando grandes cavernas. Pe-dras enormes, lançadas pelo marou arrancadas da própria terra,estavam espalhadas por toda a suasuperfície. Grandes árvores ti-nham sido desarraigadas, e se es-palhavam pela terra. Aqui deve sera morada de Satanás com seusanjos maus durante mil anos. Aquiestará ele circunscrito, para errarpara cá e acolá, sobre a superfícierevolvida da Terra, e para ver os

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O milênio

efeitos de sua rebelião contra a leide Deus. Durante mil anos, pode-rá consumir o fruto da maldiçãoque ele determinou. Restrito ape-nas à Terra, Satanás não terá oprivilégio de percorrer outros pla-netas para tentar e molestar os quenão caíram. Durante esse tempo,Satanás sofre extremamente. Des-de a queda, suas característicasmás têm estado em constanteexercício. Porém, deve ele entãoser despojado de seu poder, deixa-do a refletir na parte que desem-penhou desde sua queda, aguardarcom tremor e terror o futuro terrí-vel, em que deverá sofrer por todoo mal que perpetrou, e ser casti-gado por todos os pecados que fezcom que fossem cometidos.” –Primeiros escritos, p. 290.

Julgamento dos ímpios“Durante os mil anos, entre a

primeira e a segunda ressurreição,ocorre o julgamento dos ímpios. Oapóstolo Paulo indica esse juízocomo acontecimento a seguir-seao segundo advento. [...] Confor-me foi predito por Paulo, é nessetempo que ‘os santos hão de jul-gar o mundo’ (1 Coríntios 6:2).Em união com Cristo, eles julgamos ímpios, comparando seus atoscom o código – a Escritura Sagra-da – e decidindo cada caso segun-do as ações praticadas no corpo.Então é determinada a parte queos ímpios devem sofrer, segundosuas obras, e registrada em frenteao nome deles, no livro da morte.”

– O Grande Conflito, p. 660 e 661.Ao fim do milênio, nosso Se-

nhor volta à Terra com os remidose uma comitiva de anjos. Osímpios mortos são ressuscitados.Erguem-se com o mesmo espíritode rebelião com o qual desceramà sepultura. A Nova Jerusalémdesce do Céu. Com os remidos eos anjos, Cristo adentra a cidadesanta (Zacarias 14:4). Tendo sidosolto de sua prisão, ainda claman-do ser o dono legítimo deste mun-do, Satanás propõe a seus segui-dores tomar posse da cidade.Então de Deus desce fogo sobreSeus inimigos, e os consome semdeixar raiz nem ramo (Apocalipse21:1-5; 20:5, 7-9, 14; Malaquias4:1; 2 Pedro 3:7-10; Ezequiel28:18 e 19).

Segunda ressurreição“Ao fim dos mil anos, Cristo

volta novamente à Terra. É acom-panhado pelo exército dos remi-dos, e seguido por um cortejo deanjos. Descendo com grande ma-jestade, ordena aos ímpios mortosque ressuscitem para receber acondenação. Surgem estes comoum grande exército, inumerávelcomo a areia do mar. Que contras-te com aqueles que ressurgiram naprimeira ressurreição! Os justosestavam revestidos de imortal ju-ventude e beleza. Os ímpios tra-zem os traços da doença e da mor-te. [...]

Cristo desce sobre o Monte dasOliveiras, donde, depois de Sua

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ressurreição, ascendeu, e ondeanjos repetiram a promessa de Suavolta. Diz o profeta: ‘Virá o Se-nhor meu Deus, e todos os santoscontigo.’ ‘E naquele dia estarão osSeus pés sobre o Monte das Oli-veiras, que está defronte de Jeru-salém para o oriente; e o Montedas Oliveiras será fendido pelomeio, [...] e haverá um vale muitogrande.’ ‘O Senhor será Rei sobretoda a Terra; naquele dia um seráo Senhor, e um será o Seu nome.’(Zacarias 14:5, 4 e 9). Descendodo Céu a Nova Jerusalém em seudeslumbrante resplendor, repousasobre o lugar purificado e prepa-rado para recebê-la. Com Seupovo e os anjos, Cristo entra a ci-dade santa.” – Idem, p. 662 e 663.

“Satanás consulta seus anjos,e aqueles reis, conquistadores ehomens poderosos. Então olhapara o vasto exército e lhes diz quea multidão na cidade é pequena e

fraca, e que eles podem subir etomá-la, expulsar seus habitantese possuir sua riqueza e glória. Sa-tanás consegue enganá-los, e to-dos começam imediatamente apreparar-se para a batalha.” – Pri-meiros escritos, p. 293.

Destruição dos ímpios“Então os ímpios viram o que

tinham perdido. De Deus foi so-prado fogo sobre eles. Foram con-sumidos. Essa foi a execução dojuízo. Então os ímpios receberamsegundo o que os santos, em unís-sono com Jesus, tinham decididopara eles durante os mil anos.” –Idem, p. 54 (ênfase da autora).

“Disse o anjo: ‘Satanás é a raiz,seus filhos são os ramos. Estãoagora consumidos, raiz e ramos.Morreram morte eterna. Jamaisdeverão ter ressurreição. Deus teráum Universo puro.’” – Idem, p.295.

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O milênio

Depois de a Terra haver sidopurificada por fogo ao fim do mi-lênio, será cumprida a promessadada aos nossos antepassados es-pirituais, referente à Nova Terra(Gênesis 12:7; 17:7 e 8; Êxodo6:5-8; Atos 7:2 e 5; Romanos 4:13;Hebreus 11:9, 10, 13-16, 39;13:14). Esta Terra será remida erestaurada à sua condição origi-nal, edênica. Todas as coisas serãofeitas novas (Isaías 11:1-11;32:16-18; 35:4-8; 65:17-25; Sal-mos 37:11 e 29; Miquéias 4:8;Mateus 5:5; 2 Pedro 3:13;Apocalipse 22:1-5; Daniel 2:35 e44; 7:27 (cf. Apocalipse 11:15)).

“A herança que Deus prometeua Seu povo não está neste mundo.Abraão não teve possessão na Ter-ra, ‘nem ainda o espaço de um pé’(Atos 7:5). [...] A dádiva a Abraãoe sua semente incluirá não sim-plesmente a região de Canaã, masa Terra toda. Assim diz o apósto-lo: ‘A promessa de que havia de serherdeiro do mundo não foi feitapela lei a Abraão, ou à sua poste-ridade, mas pela justiça da fé.’(Romanos 4:13). A Bíblia ensinaclaramente que as promessas fei-tas a Abraão devem cumprir-sepor meio de Cristo. Todos os quesão de Cristo são ‘descendência deAbraão, e herdeiros conforme apromessa’ – herdeiros de ‘herança

Capítulo XXV

A nova Terraincorruptível, incontaminável, eque se não pode murchar’(Gálatas 3:19; 1 Pedro 1:4), a sa-ber, a Terra livre da maldição dopecado. Pois ‘o reino, e o domínio,e a majestade dos reinos, debaixode todo o céu, serão dados ao povodos santos do Altíssimo’ (Daniel7:27). ‘Os mansos herdarão a Ter-ra, e se deleitarão na abundânciade paz.’ (Salmos 37:11).” – Patri-arcas e profetas, p. 169 e 170.

“‘E a ti, ó torre do rebanho,monte da filha de Sião, a ti virá;sim, a ti virá o primeiro domínio.’(Miquéias 4:8). Chegado é o tem-po para o qual homens santos têmolhado com anseio desde que aespada inflamada vedou o Éden aoprimeiro par – tempo ‘para a re-denção da possessão de Deus’(Efésios 1:14). A Terra, dada ori-ginariamente ao homem como seureino, traída por ele às mãos deSatanás e tanto tempo retida pelopoderoso adversário, foi recupera-da pelo grande plano da redenção.Tudo que se perdera pelo pecadofoi restaurado. ‘Assim diz o Senhor[...] que formou a Terra, e a fez; Elea estabeleceu, não a criou vazia,mas a formou para que fosse ha-bitada.’ (Isaías 45:18). O propósi-to original de Deus na criação daTerra é cumprido ao fazer-se ela amorada eterna dos remidos. ‘Os

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justos herdarão a Terra, e habita-rão nela para sempre.’ (Salmos37:29).” – O Grande Conflito, p.647.

Na nova Terra, que será o lareterno dos remidos, não haverámais sofrimento, “porque já asprimeiras coisas são passadas”. Opecado e seu autor cessaram deexistir. O grande conflito está ter-minado (Apocalipse 21:1-7).

Na Nova Jerusalém, não have-rá noite em virtude da presença deDeus, cuja luz e glória cobrirão acidade (Apocalipse 21:25; 22:3-5).

“O povo de Deus tem o privi-légio de entreter comunhão fran-ca com o Pai e o Filho.” – Idem, p.676.

De Sábado a Sábado, todos seencontrarão perante Deus portoda a eternidade (Isaías 66:22 e23). O lugar que Deus preparoupara os remidos é descrito comosegue: “As coisas que olhos nãoviram, nem ouvidos ouviram, nempenetraram o coração do homem,são as que Deus preparou para osque O amam.” (1 Coríntios 2:9).

“O mesmo fogo de Deus queconsumiu os ímpios purificou aTerra toda. As montanhas nodosase partidas derreteram-se com ocalor fervente, bem como a atmos-fera. Todo restolho foi consumido.Abriu-se então perante nós a nos-sa herança, gloriosa e bela. Herda-mos toda a Terra renovada. Todosexclamamos com grande voz:‘Glória! Aleluia!’.” – Primeirosescritos, p. 54.

“Cristo afirmou a Seus discípu-los haver ido preparar moradaspara eles na casa de Seu Pai. Osque aceitam os ensinos da Palavrade Deus não serão totalmente ig-norantes com respeito à moradacelestial.” – O Grande Conflito, p.675.

“A obra da redenção será com-pleta. Onde abundou o pecado,superabundou a graça de Deus. ATerra, o próprio campo que Sata-nás reclama como seu, será nãoapenas redimida, mas exaltada.Nosso mundo pequenino, sob amaldição do pecado, a única man-cha escura de Sua criação glorio-sa, será honrado acima de todos osoutros mundos do Universo deDeus. Aqui, onde o Filho de Deushabitou na humanidade, onde oRei da Glória viveu, sofreu e mor-reu – aqui, quando Ele houver fei-to novas todas as coisas, será otabernáculo de Deus com os ho-mens, ‘com eles habitará, e elesserão o Seu povo, e o mesmo Deusestará com eles, e será o seu Deus’(Apocalipse 21:4). Através dosséculos infindos, enquanto os re-midos andam na luz do Senhor,hão de louvá-lO por Seu Dom ine-fável – Emanuel, ‘Deus Conosco’.” – O Desejado de Todas as Na-ções, p. 26 (ênfase da autora).

“Ainda estamos entre as som-bras e o torvelinho das atividadesterrestres. Consideremos comtodo o empenho o porvir bendito.Atravesse nossa fé toda nuvem deescuridão, e contemplemos Aque-

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A nova Terra

le que morreu pelos pecados domundo. Ele abriu os portais doParaíso para todos quantos O re-cebem e crêem nEle. A esses, dáEle o poder de se tornarem filhose filhas de Deus. Que as afliçõesque nos angustiam de maneira tãocruel se transformem em liçõesinstrutivas, ensinando-nos a pros-seguir para o alvo pelo prêmio dasoberana vocação em Cristo. Se-jamos animados pelo pensamentode que o Senhor logo virá. Alegre-nos o coração essa esperança.‘Ainda um poucochinho de tempo,e O que há de vir virá, e não tar-dará.’ (Hebreus 10:37). Bem-aventurados os servos que, quan-do o Senhor vier, achar vigiando!

Estamos em caminho paracasa. Aquele que nos amou de talmaneira que morreu em nosso fa-vor construiu para nós uma cida-de. A Nova Jerusalém é nosso lu-gar de repouso. Não haverátristeza na cidade de Deus. Ne-nhum véu de infortúnio, nenhuma

lamentação de esperanças frustra-das e afeições sepultadas serãojamais ouvidos. Logo as vestes deopressão serão trocadas pela ves-te nupcial. Logo testemunhare-mos a coroação de nosso Rei!Aqueles cuja vida esteve escondi-da com Cristo, os que na Terracombateram o bom combate da fé,resplandecerão com a glória doRedentor no reino de Deus.” –Testemunhos seletos, vol. 3, p. 433e 434.

“O grande conflito terminou.Pecado e pecadores não existemmais. O Universo inteiro está pu-rificado. Uma única palpitação dejúbilo harmonioso vibra por todaa vasta criação. DAquele que tudocriou emanam vida, luz e alegriapor todos os domínios do espaçoinfinito. Desde o minúsculo átomoaté ao maior dos mundos, todas ascoisas, animadas e inanimadas,em sua beleza serena e gozo per-feito, declaram que Deus é amor.”– O Grande Conflito, p. 678.

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Crenças fundamentais dos ASD – Movimento de Reforma

À medida que o caro leitor seassenta diariamente aos pés de Je-sus e O aceita como a Garantia devida eterna, experimentará o quenão pode ser descrito em palavras– um novo nascimento.

“Pelo que, se alguém está emCristo, nova criatura é; as coisas ve-lhas já passaram; eis que tudo se feznovo.” 2 Coríntios 5:17.

“Ao nos sujeitarmos a Cristo,nosso coração se une ao Seu, nossavontade imerge em Sua vontade,nosso espírito se torna um com Seuespírito, nossos pensamentos sãolevados cativos a Ele. Vivemos Suavida. Isso é o que significa estartrajado com as vestes de Sua justi-

Conclusãoça.” – Parábolas de Jesus, p. 312.

À medida que o amigo leitor sesubmete ao Seu controle, o Salva-dor leva-lhe os pensamentos e asações para longe deste mundo. Ain-da que outros possam não compre-ender essa experiência, você come-çará a ver que já não vive mais parasi mesmo, mas para Ele, que entre-gou Seu tudo por você. Esse é omistério que o mundo em pecadonão consegue entender. Porém, issopode ser compreendido por aqueles“a quem Deus quis fazer conhecerquais são as riquezas da glória des-te mistério entre os gentios, que éCristo em vós, a esperança da gló-ria” (Colossenses 1:27).

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