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Reseña de la geología de la cuenca del amazonas en Brasil
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KATHERINE ANDREA LEON PALMA
GEOLOGIA DO QUATERNARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS
SUMÁRIO
Bacia de Amazonas Arco de Gurupá Arco de Purus Carta da Bacia do Amazonas Formação Alter do Chão: Seção Tipo e Definição Formação Alter do Chão: Idade Formação Alter do Chão: Paleoambiente Estudos no Manaus Aquífero Referências
BACIA DE AMAZONAS
Área total 5150000 km2
Pará, Amazonas e Roraima
Alongada WSW-ENE,
5000 m Empilamento
Eixo deposicional marcado pelo atual
curso do rio Amazonas
Arco de Monte Alegre (N-NW): Sb Médio e Baixo Amazonas < Paleozóico ????
Origem: Derrames de lava – Mesozóico-Pela intrusão de basaltos, a região assumiu relevo positivo, ainda hoje observável Modificado de Cunha et al. ( 2007)
ARCO DE GURUPÁ
Estrutura N-NW
Limite entre Bacia de Amazonas e Bacia de Marajó
Não amostra relacionamentos como estruturas do embasamento
Wanderley Filho et al, 2005
ARCO DE GURUPÁ
Relacionado com a separação de Gonduana no Mesozóico Inferior
Distensão Leste-Oeste
Separação Continental
Fraturamento (N-S) No embasamento B.A.
Intensa Intrusão de Lavas
Tomado de Vrieliynck y Bouysse, 2005
ARCO DE PURUS
Corta o rio Solimões na direção N-NWEstrutura de embasamento, formada por falhas transcorrentes
Limite entre BS e BA desde 500- 220 ma: Cambriano Med- Triássico Med
Reativação no Cretáceo, até inicio do Cenozóico (65 ma)...ainda o sistema paleo-amazônico leste para oeste
Hoje: Feição soterrada +1000m sob- Cretáceo
Wanderley, Filho 2012
Dois Megasequências limitadas por discordancias regionais
Continent
al
Marinho
CARTA BACIA DE AMAZONAS
Continent
al
Modificado de Cunha et al. ( 2007)
Discordância Paleozóica
FORMAÇÃO ALTER DO CHÃO
Kistler (1954): Arenitos intercalados com siltitos e argilitos e subordinadamente conglomerados.
Os arenitos são finos a grossos, vermelhos a variegados, argilosos, mal selecionados, friáveis, frequentemente bioturbados e ocasionalmente silicificados.
Os argilitos vermelhos contem variáveis quantidades de silte e lentes de grânulos irregularmente distribuídas (Franzinelli & Igreja, 2012; Rossetti & Netto, 2006)
Arenitos com alta bioturbação (Rossetti & Netto, 2006)
A seção-tipo: poço perfurado no Rio Tapajós em 1954 pelo Conselho Nacional do Petróleo, próximo à Vila de Alter do Chão, onde a espessura: 410 metros.
Estratificações cruzadas, acanaladas e tabulares, foram interpretadas como depósitos de canais fluviais (Cunha et al. 1994), com fácies subordinadas de siltitos, folhelhos e argilitos (Vieira 1999, Nogueira et al. 1999, Paz & Cunha 2009, Dos Santos & Soares (2012), Mendes et al., 2012).
As bandas ferrosas lateríticas em alguns níveis arenosos da formação, atestam o paleoclima úmido correspondente
Oliveira, 2011
Formação Alter do Chão, arenito silicificado, seqüência da Ponta das Lajes (Foto Valter Calheiros, 15/11/2010). Franzinelli &Igreja, 2012
Dino et al. (1999)Sequência Inferior (Aptiano Superior - Albiano): Ciclos fluviais meandrantes, evoluem a anastomosados com retrabalhamento eólico Sequência Superior (Cenomaniano Superior): Ciclos progradacionais flúvio-deltáicos-lacustre.
IDADEIDADEDaemon (1975), datou Cretáceo Médio: Albiano-Turoniano
Caputo (2009): Sedimentação pós-jurássica, dois pacotes separados por discordâncias:Cretáceo, bom conteúdo fossilífero: proposto como Formação Jazida da Fazendinha Cenozóica (paleocena-miocena), pobremente fossilífera: Formação Alter do Chão
Cenozóico
535 m de Cenozóico
Caputo 2009
Discussão Alto de Monte Alegre e Idade Formação Alter do Chão
Os primeiros estudos feitos indicam um paleoambiente deposicional fluvial entrelazado (Caputo et al., 1972; Daemon, 1975; Caputo, 1984; Cunha et al., 1994; Vieira, 1999; Nogueira et al., 1999; Nogueira et al., 2003;Horbe et al., 2006 e Cunha et al., 2007).
Já Dino et al. (1999), baseado em estudos palinológicos, indica dois ambientes deposicionais para esta Formação: a sequência inferior que se associa a sistemas fluviais meandrantes que evoluem para anastomosados, e a sequência superior que corresponde a ambiente flúvio-deltáico-lacustres
Sherer 2008, Modificado de Richards 1996
PALEOAMBIENTE FORMAÇÃO ALTER DO CHÃO
Rossetti & Netto (2006) descreveram fácies shoreface e foreshore, baseados em análises faciológicas e icnológicas (Careiro da Várzea, Sul de Manaus)...Paleoambiente marino-deltaico
Tomado de Nichols G., 2009.
• Upper shoreface• Foreshore• Delta mouth bar• Lower/middle shoreface-prodelta
Estudos ichnológicos de Soares et al. (2006) e Passos (2009), no Manaus e arredores, corroboram a interpretação do paleoambiente flúvio deltaico-lacustre para esta Formação
Estudos faciólogicos de Paz & Cunha (2009) associam esta formação a ambientes fluviais de carga mista- Anabranching *
Trabalhos mais recentes de litofaciés sugerem ambiente fluvial meandrante para esta Formação no Óbidos, Pará (Mendes et al., 2009 e Mendes et al., 2012).
FORMAÇÃO ALTER DO CHÃO NO MANAUS
Aguiar et al. (2002) definiram 5 fácies: Argilosa, Areno-Argilosa, Arenosa, Arenito Manaus e Paleossolo (Mapa)
Andrade & Soares (2010), analisaram 14 perfis geofísicos + dados litológicos, e estabelecerem os limites estratigráficos e a correlação de três unidades sedimentares na sequência carbonífera-neógena.
Dos Santos & Soares (2012), identificaram três unidades sedimentares: cretácea, neógena e quaternária (testemunhos de 10 furos- Rio Negro). Fácies de arenito (Cret) amostram corpos tabulais com até 800m de extensão e 55m de espessura
Facie Argilosa
Facie Areno-Argilosa
Facie Arenosa
Facie Arenito Manaus
Facie Paleosolo
Modificado de Aguiar et al. (2002)
CARTA DE LITOFÁCIES
Área aflorante de 312.574 km2
Ocorre na região centro-norte do Pará e leste do
Amazonas
Dividido: LIVRE, a leste do Arco de Purus e
CONFINADO a oeste, na bacia do Solimões.
Camada confinante: Formação Solimões.
Porção livre: aflorante ou recoberto pela Formação
Novo Remanso e por sedimentos quaternários.
Espessura no Manaus: 220 m, 175 m saturados
AQUÍFERO ALTER DO CHÃO
REFERÊNCIASAguiar, C. J. B.; Horbe, M. A.; R Filho, S. F.; Lopes, E. S.; Moura, U. F.; Andrade, N. M.; Diógenes, H. S. 2002. Carta
hidrogeológica da cidade de Manaus. Manaus, CPRM-AM. p. 1-8. (Relatório Interno). Andrade, L.S. (2010). Avaliação geológica de superfície e subsuperfície das unidades sedimentares cretácea e neógena
que compõem o relevo das regiões de Manaus e Itacoatiara, Amazônia central. Trabalho Final de Graduação (TFG), Instituto de Ciências Exatas, Departamento de Geociências, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 55p
Caputo M.V. 2009. Discussão sobre a Formação Alter do Chão e o Alto de Monte Alegre. In: SBG, Simpósio de Geologia da Amazônia, 11, Manaus, Resumos Expandidos, (CDROM).
Caputo M.V. 1984. Stratigraphy, tectonics, paleoclimatology and paleogeography of northern basins of Brazil.Tese de Doutoramento. Universidade da Califórnia, Santa Bárbara, CA. 583 p.
Caputo, M. V.; Rodrigues, R. & Vasconcelos, D. N. N. 1972. Nomenclatura estratigráfica da Bacia do Amazonas. In: Congresso Brasileiro de Geologia, 26. Belém. Anais SBG. 3: 36-46.
Cunha P.R.C., Goncalves J.H.M. 2007. Bacia do Amazonas. Boletim de Geociências da PETROBRÁS, Rio de Janeiro, 15(2):227-251.
Cunha, P. R. C.; Gonzaga, F. G.; Coutinho, L. F. D. e Feijo, F. J. 1994. Bacia do Amazonas. B. Geoci. PETROBRÁS. 8:47-55.
Daemon, R.F., 1975. Contribuição à datação da Formação Alter do Chão, Bacia do Amazonas. Revista Brasileira de Geociências 5 (2), 58 e 84.
Dino, R., Silva, O.B., Abrahão, D., 1999. Caracterização palinológica e estratigráfica de estratos cretáceos da Formação Alter do Chão, Bacia do Amazonas. In: Simpósio sobre o Cretáceo do Brasil, vol. 5, 1999, Boletim de Resumos Expandidos, Rio Claro, pp. 557e565
REFERÊNCIASDos Santos E. B. & Soares, E.A.A.S. (2012). Análise sedimentológica e estratigráfica de depósitos sedimentares cretáceos-
neógenos da margem direita do rio negro, região de Iranduba (AM). Trabalho Final de Graduação (TFG), Instituto de Ciências Exatas, Departamento de Geociências, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 62 p
Franzinelli,E.; Igreja,H. 2011. Ponta das Lajes e o Encontro das Águas, AM - A Formação Alter do Chão como moldura geológica do espetacular Encontro das Águas Manauara In: Winge,M.; Schobbenhaus,C.; Souza,C.R.G.; Fernandes,A.C.S.; Berbert-Born,M.; Sallun filho,W.; Queiroz,E.T.; (Edit.) Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Publicado na Internet em 29/11/2011 no endereço http://sigep.cprm.gov.br/sitio054/sitio054.pdf
Horbe A., Vieira L. & Nogueira A., 2006. Geoquímica de camadas vermelhas bioturbadas da formação Alter do chão, cretáceo da bacia do amazonas. In Revista Brasileira de Geociências 36 (3): 396-402p.
Mendes A., Truckenbrod W. & Nogueira A., 2012. Análise faciológica da Formação Alter do Chão (Cretáceo, Bacia do Amazonas), próximo à cidade de Óbidos, Pará, Brasil. In RevistaBrasilera de Geociências 42(1): 39-57p.
Mendes A., Truckenbrodt W., Nogueira A. &. Horbe A.2009. Litofáciese Minerais Pesados da Formação Alter do Chão(Cretáceo), Região de Óbidos, Bacia do Amazonas. In SGA:XI Simpósio de Geologia da Amazônia, Manaus,Resumos Expandidos, (CD-ROM).
Nichols G., 2009. Sedimentology and Stratigraphy. Second Edition. Wiley-Blackwell Publishing. Cap 12, p 186.
Nogueira, A.C.R.; Vieira Lucieth Cruz & Suguio, K. 1999. Paleossolos da Formação Alter do Chão, Cretáceo-Terciário da Bacia do Amazonas, Regiões de Presidente Figueiredo e Manaus. Simpósio sobre o Cretáceo no Brasil. 5, 261-266.
NOGUEIRA, A.C.R.; SILVA JÚNIOR, J.B.C. DA; HORBE, A.M.C., SOARES, J.L.; MONTEIRO A.D., 2003. A Gênese dos Níveis Silicificados da Formação Alter do Chão, Cretáceo Superior da Bacia do Amazonas. In: VIII Simpósio de Geologia da Amazônia, Manaus, AM. Resumos Expandidos, (CD-ROM).
REFERÊNCIASOliveirA R. B. 2011. Análise sedimentológca e estratigráfica de depósitos cretáceos-neógenos da região do baixo Rio
Negro, Amazônia Central. Trabalho final de Graduação. Departamento de Geociências. Universidade Federal do amazonas.
Passos R.O. 2009. Icnofósseis da Formação Alter do Chão, Cretáceo da Bacia do Amazonas, região de Manaus. Trabalho Final de Graduação (TFG), Instituto de Ciências Exatas, Departamento de Geociências, Universidade Federal do Amazonas, Manaus. 41 p.
Paz J.D.S. & Cunha E.F.S. 2009. Análise de fácies da Formação Alter do Chão, km 46, BR-174. In: SBG, Simpósio de Geologia da Amazônia, 11, Manaus, Resumos Expandidos,CD-ROM).
Rossetti D.F. & Netto R.G. 2006. First evidence of marine influence in the Cretaceous of the Amazonas Basin, Brazil. Cretaceous Research, 27:513-528
Sherer, C.M.S., 2008. Ambientes fluviais. Ambientes de sedimentação silici-clastica no Brasil. p. 102-131.
Soares J.L., Silva Junior J.B., Oliveira S.B.S.G., Abinader H.D., Nogueira A.C.R. 2006. Traços fósseis continentais nos depósitos da Formação Alter do Chão (Cretáceo/Terciário), na região de Manaus e Iranduba-AM. In: SBG, Simpósio de Geologia da Amazônia, 9, Belém, Resumos Expandidos, (CD-ROM).
Vieira L.C. 1999. Depósitos fluviais da Formação Alter do Chão, Cretáceo-Terciário da Bacia do Amazonas. Trabalho Final de Graduação (TFG), Instituto de Ciências Exatas, Departamento de Geociências, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 62 p.
Vrieliynck B. y Bouysse P., 2005. La faz cambiante de la Tierra. París, Ediciones UNESCO. 33p.Wanderley Filho, J. R.; Melo, J. H. G.; Fonseca,V. M. M.; Machado, D. M. C. Bacias sedimentares brasileiras: Bacia do
Amazonas. Phoenix, Aracajú:ano 7, n. 82, 2005.