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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE AGRONOMIA
WILLIAM DE JESUS ERICEIRA MOCHEL FILHO
CRONOLOGIA DENTÁRIA COMO INDICADOR DE
PRECOCIDADE DE BOVINOS E BUBALINOS ABATIDOS
EM MATADOUROS DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS – MA.
São Luís
2004
2
WILLIAM DE JESUS ERICEIRA MOCHEL FILHO
CRONOLOGIA DENTÁRIA COMO INDICADOR DE PRECOCIDADE
DE BOVINOS E BUBALINOS ABATIDOS EM MATADOUROS DO
MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS – MA.
Monografia apresentada ao curso de Agronomia da
Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, para
a obtenção do Título de Engenheiro Agrônomo.
Orientador: Prof. M.Sc. Francisco Carneiro Lima
Co-Orientador: Prof. M.Sc. Helder Luís Chaves Dias
São Luís
2004
3
Mochel Filho, William de Jesus Ericeira.
Cronologia dentária como indicador de precocidade de bovinos e bubalinos abatidos em matadouros do município de São Luís-MA/ William de Jesus Ericeira Mochel Filho. São Luis, 2004.
47 f.: il. Monografia (Graduação em Agronomia) – Universidade Estadual do
Maranhão, 2004. 1. Bovinos 2.Bubalinos 3. Idade de Abate 4. Precocidade I. Título
CDU: 636.293.2:616.314.22 (812.1)
4
WILLIAM DE JESUS ERICEIRA MOCHEL FILHO
CRONOLOGIA DENTÁRIA COMO INDICADOR DE PRECOCIDADE
DE BOVINOS E BUBALINOS ABATIDOS EM MATADOUROS DO
MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS – MA.
Aprovada em: ____/____/____.
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________
Prof. M.Sc. Francisco Carneiro Lima (Orientador)
UEMA - DZ
_____________________________________________________
Prof. M.Sc. Helder Luis Chaves Dias (1º Membro)
UEMA - DZ
_____________________________________________________
Prof. M.Sc. Osvaldo Rodrigues Serra (2º Membro)
UEMA - DZ
5
"Por anos e anos recusaram meu pedido sem oferecer um motivo, mas acabaram cedendo e
conseguimos formar uma hortinha aproveitando um canteiro estreito junto ao muro do
fundo. (...) Plantar uma semente, vê-la germinar, cuidar dela e colher os frutos
proporcionava uma satisfação simples, mas duradoura. (...)
De certa forma eu via na horta uma metáfora de alguns aspectos de minha vida. Um líder
também precisa cuidar da própria horta; também ele semeia e depois observa, cultiva e
colhe o resultado. Assim como o hortelão, o líder precisa assumir a responsabilidade pelo
que cultiva; tem de trabalhar direito, procurar afastar os inimigos, conservar o que precisa
ser conservado e eliminar o que não consegue vingar”.
Nelson Mandela, presidente da África do Sul, sobre a horta da
qual cuidou, quando preso político na Ilha Robben.
(fonte: "Longo Caminho para a Liberdade - Uma Autobiografia")
6
À DEUS, por sua magnitude.
Aos meus avós
pelos ensinamentos e exemplos de vida.
Aos meus pais pela força e empenho
que me proporcionaram chegar até aqui.
Aos meus tios e tias
que contribuíram para minha formação.
Aos meus primos e primas
pelos momentos de amizade e diversão.
À minha namorada Milka Reis pelo apoio e
compreensão em todos os nossos momentos juntos.
A todos aqueles que acreditaram
que eu poderia chegar até aqui.
7
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Universidade Estadual do Maranhão, pelo apoio dado no decorrer do
curso;
A todos os Professores da UEMA, em especial, aos dos cursos de Agronomia e
Medicina Veterinária que apesar de todas as adversidades, continuam na batalha por um
Estado e por um País melhor;
Ao meu Orientador Francisco Carneiro Lima, por sua seriedade, dedicação e exemplo
de profissionalismo;
Ao meu Co-orientador Helder Luís Chaves Dias, fundamental no meu crescimento
profissional;
À minha namorada Milka Reis, que sempre me apoiou em todos os momentos;
Aos meus colegas de curso;
Aos meus companheiros de estágio: Ronnes, Jarina, Richard, Marcelo, Gutemberg,
Nara, Sílvio, Ludmila, Danilo;
Aos que não puderam estar aqui nesse momento, mas que com certeza torceram e me
iluminaram em toda essa jornada: Leocádio Oliveira Netto, Tia Lizete, Tia Nilza, Tio Valdair,
Vó Maria José, Vô Nonato Mochel;
Ao Matadouro D.A. Vital, em especial ao Dr. Hélio; e ao J. B. Matadouro em especial
à Dra Ethienne que foram essenciais para esta pesquisa;
Para todos que contribuíram para a realização deste trabalho, em especial aos amigos:
Josué, José Oliveira, Dionilo, Clara,
A todos que contribuíram de alguma forma para minha formação profissional;
8
RESUMO
Com dimensões continentais e condições ambientais favoráveis, o Brasil possui uma
excelente área para a prática da pecuária. Com uma grande tradição na produção animal, a
bovinocultura com certeza é a de maior destaque. A população de bovinos do Brasil é
estimada em 165 milhões de cabeças, tendo sido explorada tradicionalmente em sistemas de
criação extensivo com variados níveis de tecnologia, onde nas regiões mais carentes tem sido
verificado a elevada idade de abate dos novilhos, situados entre 4,5 e 5 anos e geralmente com
peso de carcaça médio de 150 kg (JARDIM, 1973). Com relação à pecuária bubalina, segundo
a FAO (1998), as grandes manadas de búfalos das Américas estão concentradas no Brasil com
uma população estimada em 3,5 milhões de cabeças, sendo o Estado do Pará o maior detentor
de animais dessa espécie, incluindo as diferentes raças. Miranda (1986) aponta a carência de
estudos feitos no Brasil, sendo que os dados utilizados como referência, são oriundos de
pesquisa sobre búfalos da Índia. O presente trabalho teve por objetivo observar a idade de
abate de bovinos e bubalinos considerando a substituição dos dentes incisivos de leite (ou
caducos) pelos dentes definitivos e analisar dentro dessa cronologia qual a espécie é mais
precoce à idade de abate, considerando as diferentes tecnologias e manejo aplicado sobre as
criações. Os dados foram obtidos em matadouros do Município de São Luís – MA, que faz o
abate de bovinos e bubalinos como rotina. Foram analisadas as arcadas dentárias de 102
bubalinos e de 263 bovinos. Para os bubalinos constatou-se que 63,73% (Gráfico 01) da
amostra, encontravam-se como animais dente-de-leite, ou seja, com idade inferior a 2,5 anos.
Já para os bovinos o maior quantitativo de abate recaiu sobre os animais de 3ª muda com
43,73% (Gráfico 02), equivalente à idade aproximada de 3,5 anos. Esses resultados
demonstraram que os bubalinos abatidos no município de São Luís – MA, apresentaram-se
mais precoce em relação aos bovinos.
Palavras-chave: Precocidade, Idade de abate, Bovinos, Bubalinos, Ganho de Peso.
9
ABSTRACT
With continental dimensions and favorable environmental conditions, Brazil possesses an
excellent area for the practice of the livestock. With a great tradition in the animal production,
the bovinoculture with certainty is the one of larger prominence. The population of bovine of
Brazil is esteemed in 165 million heads, having been explored traditionally in extensive
creation systems with varied technology levels, where in the most lacking areas the high age
of discount of the bullocks has been verified, located between 4,5 and 5 years and usually
with medium carcass weight of 150 kg (JARDIM, 1973). With relationship to the livestock of
buffaloes, according to FAO (1998), the great herds of buffalos of America are concentrated
in Brazil with a dear population in 3,5 million heads, being the State of Pará the largest
detainer of animals of that species, including the different races. Miranda (1986) it points the
lack of studies done in Brazil, and the data used as reference, they are originating from of
research on buffalos of India. The present work had for objective to observe the discount age
of bovine and bubalinos considering the substitution of the incisive teeth of milk (or falling)
for the definitive teeth and to analyze inside of that chronology which the species is more
precocious to the discount age, considering the different technologies and applied handling
about the creations. The data were obtained at slaughterhouses of the Municipal district of São
Luís - MA, that makes the discount of bovine and bubalinos as routine. The dental arches of
102 buffaloes were analyzed and of 263 bovine. In the bubalinos it was verified that 63,73%
(Graph 01) of the sample, they were as animals tooth-of-milk, in other words, with inferior
age to 2,5 years. In the bovine ones the quantitative largest of discount relapsed on the
animals of 3rd seedling with 43,73% (Graph 02), equivalent to the 3,5 year-old approximate
age. Those results demonstrated that the abated bubalinos in the municipal district of São Luís
- MA, they came more precocious in relation to the bovine ones.
Key words: Precocity, Slaughter age, Beef cattle, Water buffalo (buffaloes), Weight gain.
10
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Produção de Matéria Seca (M.S.) da pastagem natural em Kg/ha no município de
Bagé – RS, 1979.
Figura 2: Influência das taxas de ganho de peso sobre a idade de abate, em animais nascidos
em setembro.
Figura 3 – Novilhos bovinos no momento do pré-abate em matadouros do município de São
Luís – MA, 2003.
Figura 4 – Novilhos bubalinos no momento do pré-abate em matadouros do município de
São Luís – MA, 2003.
Quadro 01 – Quantitativo de novilhos bovinos abatidos em Matadouro Industrial no
município de São Luís – MA, conforme a cronologia dentária.
Quadro 02 – Percentual de Bovinos em relação à idade de abate em Matadouro Industrial no
município de São Luís – MA.
Figura 5 – Arcada dentária de bovino com idade aproximada de 3,5 a 4 anos (3ª Muda).
Quadro 03 – Quantitativo de novilhos bubalinos abatidos em Matadouro Industrial no
município de São Luís – MA, conforme a cronologia dentária.
Quadro 04 – Percentual de Bubalinos em relação à idade de abate em Matadouro Industrial
no município de São Luís – MA.
Figura 6 – Arcada dentária de bubalino com idade inferior a 2,5 anos (dentição de leite).
11
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Influência do peso à desmama e do ganho médio diário sobre a idade de abate.
Tabela 2: Procedência dos bovinos abatidos em matadouro do Município de São Luís – MA,
no período de Janeiro a Outubro de 2003.
Tabela 3: Procedência dos bubalinos abatidos em matadouro do Município de São Luís –
MA, no período de Janeiro a Outubro de 2003.
12
SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES. ........................................................................... 10
LISTA DE TABELAS. ..................................................................................... 11
1. INTRODUÇÃO. ............................................................................................... 13
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. ............................................................... 15
2.1 Precocidade. ...................................................................................................... 15
2.2 Fatores que determinam a precocidade em bovinos e bubalinos. ................ 17
2.2.1 Genética. ............................................................................................................. 17
2.2.2 Nutrição. ............................................................................................................. 20
2.2.3 Sanidade. ............................................................................................................. 24
2.3 Desempenho de bovinos e bubalinos em relação a idade de abate. .............. 25
3. MATERIAL E MÉTODOS. ............................................................................ 29
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES. .................................................................. 32
5. CONCLUSÃO. .................................................................................................. 39
REFERÊNCIAS. .............................................................................................. 40
APÊNDICE. ...................................................................................................... 46
13
1. INTRODUÇÃO
O Brasil possui todas as condições ambientais favoráveis e tem elevada disponibilidade
de terras para o desenvolvimento da atividade pecuária em quase todo o seu território
(ANDRIGUETTO, 1983). São notórias, as propriedades explorando várias espécies
domésticas e de diferentes raças ao mesmo tempo, entretanto seus índices de produtividade
são baixos quando comparados com índices de outros países (GONÇALVES & BLISKA,
2000). No tocante a pecuária bovina no Brasil, a previsão da taxa de abate no ano de 2003 foi
de 35,5 milhões de cabeça, o que representaria uma taxa de desfrute de 20,82%, uma baixa
porcentagem, ainda abaixo da Argentina com 27,00% e dos Estados Unidos com 37,00%
(IBGE, 2003).
Segundo dados do IBGE (2002), o rebanho bovino do Brasil era da ordem de
168.200.000 de cabeças. No Maranhão, em 2001 o rebanho bovino estava estimado em um
efetivo de 5.000.000 de cabeças. Os maiores rebanhos maranhenses estão localizados no
Oeste do Estado onde se encontram as microrregiões de Imperatriz e Pindaré que
apresentaram efetivos de 1.067.750 e 703.598 de cabeças respectivamente. Os municípios de
Açailândia, Imperatriz e Santa Luzia são os detentores dos maiores rebanhos.
A pecuária bubalina tem-se propagado em todas as regiões brasileiras. Os registros
existentes na Associação Brasileira de Criadores de Búfalos mostram que esses animais foram
introduzidos no país no final do século XIX, mas só ganharam projeção durante as últimas
décadas. A Bubalinocultura brasileira já é uma realidade, apresentando um efetivo de
aproximadamente 3.000.000 de cabeças, o que torna a criação de búfalos no Brasil como a
mais expressiva localizada fora do continente asiático (GENERALIDADES..., 2003).
Segundo dados do IBGE (2002), do quantitativo nacional o Maranhão detinha 64.574
cabeças das 95.561 contabilizadas no Nordeste. Do efetivo Maranhense, 48.307 estavam
14
localizados na Baixada Maranhense. Os municípios de Viana com 11.890 cabeças, São João
Batista com 8.080 cabeças e Olinda Nova do Maranhão com 7.826 cabeças possuem os
maiores rebanhos do Estado.
O búfalo teve seu ápice no Maranhão a partir dos anos 60, principalmente na região
Ocidental Maranhense, onde o programa “BUBALINIZAÇÃO DA BAIXADA
MARANHENSE” promoveu a introdução de 500 matrizes vindas do Estado do Pará no
intuito de substituir os bovinos por bubalinos visto que os búfalos eram mais adaptados aos
campos alagados que os bovinos. Na década de 70 um programa decidia a substituição de 2%
do rebanho bovino existente na Baixada, por Bubalinos (VALE, 1995).
Das várias raças existentes no mundo, o Brasil possui quatro (Murrah, Mediterrâneo,
Jafarabadi e Carabao) que são reconhecidas pela Associação Brasileira de Criadores de
Búfalos.
Diversos autores em diferentes partes do mundo tem destacado a importância do búfalo
como animal produtor de carne e leite.
FONSECA (1987) relata que no ano de 1959, a Secretaria de Agricultura do Estado de
São Paulo realizou um concurso de desempenho em ganho de peso entre zebuínos das raças
Nelore e Guzerá e bubalinos. Os resultados apresentados demonstraram que os búfalos foram
abatidos como animais dentes de leite, com peso médio de 465,8 kg de Peso Vivo e um
rendimento de carcaça de 62,8%, enquanto que os novilhos das raças Nelore e Guzerá
obtiveram em média 461,8 kg de Peso Vivo, mas sendo abatido já com a primeira muda
completada (presença de dois dentes permanentes) obtendo rendimento de carcaça de 61,4%
em média.
15
Em registros das raças de novilhos abatidos nos Estados de São Paulo, Minas Gerais,
Goiás e Mato Grosso nos anos de 1986 a 1994 foi observado que no período de safra e
entressafra, o peso médio das carcaças de bovinos Nelore foram da ordem de 275,1 kg
(PARDI et al, 1996).
Os índices produtivos relacionados à idade e peso de abate de bovinos e bubalinos no
Estado do Maranhão são praticamente inexistentes. Considerando a aptidão do Estado do
Maranhão que possui uma vocação natural voltada para exploração da pecuária bovina nas
diferentes regiões pastoris e da pecuária bubalina em especial na Baixada Maranhense, o
presente trabalho foi realizado com o intuito de observar a idade de abate de bovinos e
bubalinos em matadouros do município de São Luís – MA bem como avaliar qual das
espécies foi mais precoce ao abate tomando como parâmetro a evolução dentária.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Precocidade
O animal é considerado precoce quando chega mais cedo à idade adulta, em outras
palavras, é aquele momento fisiológico cujo esqueleto se desenvolve, antes do tempo médio
para a espécie (DOMINGUES, 1977).
Domingues (1977), afirma ainda que o mais importante é que o animal chegue mais
cedo a determinado peso, para produção e reprodução não interessando se atingiu ou não a
idade adulta de seu desenvolvimento.
De acordo com Frias (1996), existem três interpretações diferentes para definir
precocidade: precocidade sexual, de crescimento e de terminação. Os três tipos de
16
precocidade são expressos em dias, o que facilita a interpretação e a sua combinação. Em um
sistema de produção em que são explorados cria, recria e terminação é preciso saber qual
reprodutor produzirá fêmeas que sejam mais precoces sexualmente permanecendo assim mais
tempo no rebanho e que tenham uma grande produtividade durante sua vida. Interessa
também identificar quais touros produzem novilhos que sejam levados mais rapidamente ao
abate e em grande percentual.
Alguns produtores já perceberam a importância da eficiência produtiva e de uma
reestruturação na cadeia produtiva da carne. Grupos de pecuaristas já investem em tecnologias
no intuito de terminar os novilhos mais precocemente haja visto que, a idade de abate ainda é
um dos principais problemas da pecuária brasileira. (PIMENTEL, 1999).
Villares (1981) destaca que o ganho de peso é um atributo métrico do crescimento e
quando aplicado aos animais de interesse zootécnico vai demonstrar a habilidade de produção
de carne.
O ganho de peso é o elemento básico para apreciação e julgamento dos componentes de
um rebanho, é a característica primordial dos animais produtores de carne. O indivíduo mais
eficiente é o que menos gasta para produzir a unidade de peso. Geneticistas provaram que é da
ordem de 90% a correlação entre a velocidade de ganho de peso e a eficiência de ganho. Isto
significa que os animais que ganham mais peso são os que têm maior eficiência em utilizar os
alimentos em seu desempenho ponderal, que é revelado pelas pesagens periódicas dos animais
em fase de crescimento (SANTIAGO, 1984).
De acordo com a ACSS (Associação de Criadores de Simental e Simbrasil),
constituem-se como vantagens na produção de novilhos precoces os seguintes aspectos:
� Carne de qualidade superior - o animal mais novo tem a carne mais macia e mais
saborosa, satisfazendo assim as exigências do consumidor;
17
� Giro de capital mais rápido - o dinheiro chega mais cedo ao bolso do produtor, o abate
ocorre até 30 meses, proporcionando a antecipação da entrada de capital no seu negócio;
� Maior taxa de desfrute do rebanho - por ser abatido mais cedo, o precoce disponibiliza
mais áreas de pastagens, resultando em maior lucratividade e economia para o produtor;
� Qualificação para exportação - a carne produzida se enquadra dentro dos padrões
exigidos pelo mercado externo, potencializando o produtor a tornar-se um exportador;
� Precocidade produtiva;
� Rapidez de acabamento;
� Pouca idade no início da vida produtiva.
Buscar alternativas de manejo com racionalidade é a única forma capaz de acelerar o
processo produtivo resultando em um maior desfrute (SANTIAGO, 1984).
2.2 Fatores que determinam a precocidade em bovinos e bubalinos
2.2.1 Genética
Lima (1983), afirma ser a interação entre o potencial genético e o ambiente o principal
responsável pelo crescimento, sendo que o potencial genético varia com a raça, com a
linhagem e com a disponibilidade de material genético no país.
Como fatores que interferem no crescimento de bovinos da desmama até a idade adulta
Lima (1983) cita o sexo, a época do nascimento, o peso dos bezerros na desmama, a nutrição
e ação de ecto e endoparasitas.
O cruzamento tem sido utilizado em diversas espécies de animais domésticos como
forma de produzir carne, leite e ovos. É um recurso utilizado quando a produção de
18
determinada geração de indivíduos envolve o acasalamento de duas ou mais raças
(EUCLIDES FILHO, 1997).
O resultado de cruzamentos Bos taurus com Bos indicus incorporam, aos produtos
maior precocidade, maior potencial de crescimento, melhor acabamento de carcaça herdado
dos taurinos; e maior adaptabilidade, boa habilidade materna, e maior resistência a parasitos
conferidos pelos zebuínos. Características estas, que as raças puras de ambas espécies não
apresentam em conjunto (EUCLIDES FILHO, 1997). Essa afirmação também é sustentada
por Santiago (1984) que afirma ser este tipo de cruzamento a solução mais lógica e prática por
permitir formar em curto prazo, um rebanho com maiores índices de produtividade.
Segundo Peixoto (1983), nos estudos de crescimento absoluto ou relativo prefere-se
como parâmetro, o ganho de peso devido aos seus valores de herdabilidade que giram entre
40% e 50%, refletindo melhor as condições de influência do meio, principalmente da
alimentação.
O cruzamento de indivíduos de raças diferentes resulta em produtos de melhor
constituição, mais vigoroso e de maior capacidade de produção (SANTIAGO, 1984). A
genética explica esse acontecimento através do vigor híbrido ou heterose em que há uma
união de indivíduos portadores de características genéticas diferentes.
Para Franco (2003), o cruzamento industrial possui como pontos fortes: a elevação do
ganho de peso, reduzindo a idade de abate em até 12 meses; confia maior precocidade sexual
às fêmeas; aumento de 25% no peso a desmama e produz carne mais macia e com gordura
entremeada (marmorização).
Peixoto (1983), confia à habilidade materna da vaca, a performance dos bezerros
quanto ao peso à desmama e o ganho de peso do nascimento à desmama. Afirma ainda que
esse efeito seria determinado principalmente pela produção leiteira da vaca o que causaria
uma variância de até 66% no peso à desmama dos bezerros. A habilidade materna embora
19
muitas vezes não levadas em consideração pelo produtor, quando deficiente pode trazer
grandes prejuízos.
Piñeda (2001), afirma que o efeito materno é traduzido por produção de leite, pois a
correlação entre esta e o peso de desmama é maior que 60%, sendo este último a única
variável mensurável para avaliar o efeito materno.
Com a tendência de produzir carne de novilho precoce, dependendo da idade do abate,
50% de seu peso é atingido aos sete meses de idade. Conseqüentemente, a habilidade materna
tem também um forte impacto econômico. A habilidade materna influencia o peso de
desmama e esta, por sua vez, a puberdade e o início da vida reprodutiva. Desta forma, a
habilidade materna acaba tendo uma influência sobre a produtividade geral do rebanho
(PIÑEDA, 2001).
Direcionando-se a seleção para melhorar a fertilidade, precocidade e habilidade materna
das matrizes, selecionando animais de elevado ganho de peso e precocidade, teremos um
sistema mais eficiente e com um custo mais baixo, significando mais retorno e mais lucro
capaz de produzir carne de excelente qualidade a um preço baixo se aplicarmos a tecnologia
disponível na atualidade (CAVALCANTI, 2001).
O ganho de peso pré-desmame é fortemente influenciado pela habilidade materna da
vaca, enquanto o ganho de peso pós-desmame representa o potencial individual de
crescimento, porém, com influência ambiental considerável (MARCONDES, 2000).
Lima (1983), cita o peso à desmama como um critério importante a ser analisado na
produção de bovinos de corte pois, fornece boa indicação de produtividade da vaca e é
considerado um atributo de baixo custo, visto que, estes ganhos ocorrem praticamente às
custas da mãe. O peso à desmama têm influência direta sobre a idade de abate pois, quanto
mais pesado for o bezerro à desmama menor será o tempo necessário para que o novilho
atinja a idade de abate. A Tabela 1 demonstra que quanto mais pesado o bezerro for
20
desmamado menor será o tempo necessário para este ir ao abate, desde que sejam
consideradas as mesmas taxas de ganho de peso.
Tabela 1: Influência do peso à desmama e do ganho médio diário sobre a idade de abate.
Idade ao abate meses Peso à desmama
(kg)
Peso ao abate
(kg)
Diferença
desmama/abate
(kg)
GMD*
300 g
GMD*
400 g
GMD*
500 g
150 480 330 44 35 30
170 480 310 42 33 28
190 480 290 39 31 27
210 480 270 37 30 25
230 480 250 35 28 24
Fonte: Lima (1983).
* GMD – Ganho Médio Diário.
Andrade (1983), destaca que os fatores ligados ao ganho de peso são: espécie, raça,
idade, peso vivo, sexo, tipo de volumoso, relação concetrado/volumoso, freqüência de
alimentação, palatabilidade.
2.2.2 Nutrição
No Brasil o sistema de produção de carne de ruminantes que mais se destaca é o
extensivo. Segundo Salomoni (1983) sistema este com pequeno número de divisões onde são
realizadas as três fases do processo produtivo que são a cria, recria e engorda ficando os
animais sujeitos ao crescimento estacional da pastagem (Figura 1).
21
Figura 1 – Produção de Matéria Seca (M.S.) da pastagem natural em Kg/ha no município de
Bagé – RS.
Fonte: Gonçalves (1983).
A estacionalidade da produção de forrageira também é destacada por Lima e Haddad
(1983). Esta afeta o crescimento dos bezerros visto que, a alternância de fartura e escassez de
forragem proporciona ganho e perda de peso alternadamente fazendo com que os novilhos
sejam abatidos tardiamente.
Loosli & Guedes (1976), afirmam que, como todos os animais, os ruminantes devem ter
todas as suas exigências nutricionais atendidas, inclusive água em quantidade ótima, para que
mantenham sua saúde e para que cresçam e se reproduzam em níveis desejados.
Para Tokarnia & Dobereiner (1976), mesmo deficiências minerais leves também podem
causar prejuízos econômicos sérios, pois, reduzem a produtividade do animal constituindo
assim um entrave à melhoria dos rebanhos em grandes áreas.
750
563
277217
650
835
16795
133200
383367
0
200
400
600
800
1000
J F M A M J J A S O N D
Meses
Kg
de M
.S./h
a
22
Lima (1983), assegura que dentre os fatores que afetam o crescimento dos bovinos de
corte a nutrição é com certeza o mais importante, tanto fisiologicamente como
economicamente, sendo que, a alimentação na seca e uma boa manutenção das taxas de ganho
de peso nas pastagens podem reduzir a idade de abate dos animais (Figura 2).
Figura 2: Influência das taxas de ganho de peso sobre a idade de abate, em animais nascidos
em setembro.
Fonte: Lima (1983).
Após uma extensa revisão de estudos foi concluído que no Brasil as deficiências dos
elementos minerais Fósforo, Cobalto, Cobre e Iodo são as que mais se destacam, no que
concerne à nutrição de bovinos (TOKARNIA & DOBEREINER, 1976). Considerando que os
minerais são essenciais na fisiologia dos seres vivos, fica claro que sua deficiência impedirá
que os animais expressem todo seu potencial produtivo.
420
360
480450
170
300 300
170
200
330
100
170
240
310
380
450
520
8 14 18 26 32Idade (Meses)
Pes
o V
ivo
(kg)
Somente a Pasto Suplementação Leve Confinamento
23
Bovinos mantidos a pasto devem receber uma suplementação mineral contínua
principalmente à base de sal comum e fósforo bem como aos microelementos cuja carência
for conhecida (ANDRIGUETTO et al, 1983).
No que diz respeito à suplementação mineral é possível se obter um bezerro com
aproximadamente 220 kg de P.V. em sete meses. Isso se deve ao poder que os minerais
orgânicos possuem de ativar mais rápido a flora microbiana do rúmen, o que vem auxiliar no
ganho de peso (SANTOS, 1999).
O maior determinante da idade de abate de bovinos nas nossas condições é a
estacionalidade de produção forrageira. Suplementação durante o primeiro ou segundo
período de seca, bem como a suplementação durante o aleitamento (creep-feeding) tem
enorme influência sobre a idade de abate dos animais (CASTRO, 2003).
Plasse (1978) apud Peixoto (1983), afirma que nas zonas tropicais o crescimento até a
desmama é de primordial importância, pois, nessa fase o bezerro possui a mais alta taxa de
crescimento. Até a desmama o bezerro adquire cerca de 25% a 35% do seu peso final de
abate.
Uma alternativa recomendada para o melhor aproveitamento das pastagens na época
seca é o uso da uréia. A sua utilização visa a substituição parcial das proteínas naturais dos
alimentos por nitrogênio não protéico visando economia na ração e aumentar o teor de
nitrogênio das forragens volumosas de baixa qualidade, para incentivar o seu consumo.
Andriguetto (1983), destaca que quem fornece o nitrogênio é a amônia, pois quando a
uréia chega no rúmen a urease dos microrganismos a desdobra neste composto. É a partir da
amônia que a flora microbiana vai sintetizar os aminoácidos. Campos & Rodrigues (1984)
afirmam que são os microrganismos presentes no rúmen que se encarregam de hidrolisar a
uréia e de utilizar o produto desta hidrólise – a amônia, na síntese de proteína microbiana. É
24
esta proteína que o ruminante irá utilizar como nutriente. Deste modo para se fazer uso da
uréia é necessário que o rúmen do novilho se apresente desenvolvido.
2.2.3 Sanidade
Santos (1999), afirma que o produtor que pretende produzir um animal precoce a pasto
deve começar a tratá-lo desde o dia do nascimento. Já existe consenso entre criadores e
pesquisadores, de que o novilho deve ser tratado como tal, um animal rústico, porém com um
sistema imunológico ainda frágil necessitando de cuidados especiais de saúde e
principalmente na alimentação.
Salomoni (1983), ressalta que as doenças infecto – contagiosas e parasitárias são
limitantes na produção pecuária fazendo-se necessário um programa adequado de prevenção e
controle destas doenças, sendo que estas, se não controladas, acarretarão em diminuição de
ganho de peso e da conversão alimentar e em casos mais graves a morte do animal.
Haddad (1983), destaca que as enfermidades infecciosas e parasitárias causam grandes
prejuízos à pecuária com diminuição da produtividade e desvalorização dos produtos e
subprodutos de origem animal nos mercados interno e externo. O parasitismo se constitui em
um grave problema em qualquer tipo de infestação (endo ou ectoparasitas) pois os animais
acometidos podem definhar, ficarem susceptíveis a várias moléstias, especialmente bacteriana
e virais, podendo inclusive chegar a óbito.
Lima (1982), afirma que todo animal normalmente se encontra parasitado por vermes a
não ser que tenha sido tratado ou criado em ambiente estéril. Nematódeos dos gêneros
Strongyloides, Haemonchus e Trichuris são dos mais comuns em nosso meio. Os vermes em
geral são extremamente prejudiciais, principalmente até um ano de idade, provocando:
25
anemia, diarréia, ficam suscetíveis a outras doenças, destruição dos tecidos intestinais,
dificuldades de respirar, enfim, todo um quadro generalizado que leva à perda de peso devido
à baixa conversão alimentar.
Maciel (1996), recomenda que, na implantação de um programa de controle profilático
para ruminantes, deve-se levar em consideração a localização geográfica da propriedade, a
estação do ano e as condições climáticas vigentes de modo que se passa a estabelecer um
controle estratégico ao longo do ano.
2.3 Desempenho de bovinos e bubalinos em relação à idade de abate
Miranda (1986), aponta a carência de estudos feitos no Brasil, com bubalinos sendo que
os dados utilizados como referência, são oriundos de pesquisa sobre a espécie na Índia.
Peixoto (1983) afirma que os pesos, além de significarem uma medida para o
crescimento, implicam desde cedo em uma avaliação do ponto de vista econômico, o que
constitui a principal razão do processo produtivo.
Miranda (1986), afirma que, por natureza o búfalo é mais precoce que o bovino, sendo
abatido em média com 15 a 16 arrobas de carne em animais criados a pasto e com idade
inferior a 2,5 anos.
Como forma de premiar os produtores que buscassem uma eficiência produtiva o
Governo do Mato Grosso do Sul instituiu a tipificação de carcaça através do Programa de
Produção de Novilho Precoce. Os produtores que produzissem animais que pudessem ser
abatidos com no máximo 2 anos e com no mínimo 200 kg de carcaça, ganhariam 6% a mais
no valor da arroba de carne (Revista dos Criadores, 1992).
26
Animais indo para o abate com no máximo 2 anos de idade, dentre outras vantagens, é
uma oportunidade do Brasil melhorar os índices de produtividade além de abrir um novo
espaço no mercado mundial (Pecuária de Corte, 1996).
O nelore é a raça bovina de maior destaque no cenário nacional. Adaptado às condições
climáticas brasileiras, é a raça mais utilizada na viabilização da introdução do gado europeu
em solo brasileiro, pois, as condições climáticas, na maior parte do país, são desfavoráveis ao
gado taurino (Revista Agropecuária Tropical, 1999).
FONSECA (1987), afirma que em quaisquer condições climáticas, o búfalo vive e
produz satisfatoriamente.
Vale (1994) apud Merle (1999), afirma que os búfalos aproveitam bem as pastagens
nativas e são tão adaptados às condições tropicais quanto os zebuínos (Bos indicus).
A carne de búfalo possui: 40% menos colesterol, 12 vezes menos Gordura, 55% menos
calorias, 11% a mais proteínas, 10% a mais minerais (A CARNE..., 2003). Apesar de dados
concisos sobre a qualidade da carne de búfalo ainda se nota um grande preconceito sobre o
quanto ao consumo de produtos e subprodutos advindos dessa espécie (FONSECA, 1987).
Devido à famosa rusticidade dos búfalos, atribui-se a eles uma grande capacidade de
produção, sem que haja a necessidade de cuidados especiais. De certa forma, essa afirmação
pode ser considerada correta, porém, somente a introdução de tecnologia, cuidados intensivos,
boas instalações e controle genético, podem assegurar alta qualidade associada à alta
produtividade (COMERCIALIZAÇÃO..., 2003).
Outros pontos importantes para o pecuarista interessado na criação de búfalos são os
dados de produtividade desse animal. O búfalo é um animal que apresenta uma taxa de
mortalidade bastante inferior ao dos bovinos (2,5% contra 4% dos bovinos); o intervalo entre
os partos é consideravelmente menor, em relação aos bovinos, podendo chegar a uma
diferença de mais de 150 dias. Por último, porém de extrema relevância, é que a vida útil de
27
uma búfala - que é de 20 anos, é bastante superior aos 9 anos em que uma vaca se mantém
viável para reprodução (COMERCIALIZAÇÃO..., 2003).
Tem sido evidenciado que o búfalo é mais produtivo do que o boi devido à população
bacteriana do rúmen do búfalo ser maior; o pH é diferente e o alimento passa mais lentamente
no intestino do animal, fazendo com que ele tenha uma conversão alimentar muito superior à
do boi (DADOS..., 2003).
Em um experimento conduzido na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da
USP por Baruselli em 2000, avaliou-se a eficiência nutricional de bubalinos, zebuínos
(Nelore) e taurinos (Holandês) confinados com cana de açúcar (ad libitum); 2kg de soja in
natura; 2kg mandioca e mistura mineral. Este experimento demonstrou que o nelore consumiu
19,5% e o holandês 40,8% mais do que o búfalo, respectivamente, para ter o mesmo aumento
de peso. Concluiu-se a partir desses dados que a conversão alimentar do búfalo foi 19,5%
melhor do que a do nelore e 40,8% melhor do que a do holandês (DADOS..., 2003).
Ramos, Villares & Nunes (1981), em um experimento de prova de ganho de peso por
140 dias com bubalinos e bovinos da raça Nelore em confinamento, mostraram que os búfalos
obtiveram ganho médio de 166 Kg, superando ligeiramente os bovinos.
Pereira, Sousa & Pinheiro (1993), em um experimento com o objetivo de observar o
comportamento produtivo de búfalos mestiços das raças murrah x mediterrâneo em pastagens
nativas no município de Pinheiro – MA constataram que os baixos ganhos de peso desses
animais, provavelmente estão ligados a problemas nutricionais visto que no período das
águas as pastagens tornam-se escassas e os animais são desprovidos de suplementação
mineral.
Barbosa et al (1999), em um experimento que teve como objetivo avaliar a influência do meio
e estimar herdabilidades de características de crescimento em bovinos da raça Nelore, no
Estado de Pernambuco, concluiu que: o sexo do bezerro e mês/ano de nascimento são
28
importantes fontes de variação na determinação dos pesos à desmama (o que influi na idade
de abate), aos 365 e aos 550 dias de idade; portanto, devem ser considerados quando da
avaliação desses pesos.
Flores et al (1999), em experimento com objetivo de avaliar o desempenho em confinamento
de machos inteiros de diferentes grupos genéticos, resultante do cruzamento das raças
Hereford x Nelore, bem como comparar os animais ¾ Hereford ¼ Nelore com os ¾ Charolês
¼ Nelore, observaram que todos os grupos genéticos avaliados podem ser utilizados em
sistemas de terminação que visam o abate aos quatorze meses de idade por apresentarem peso
final acima de 420 kg exigidos pelo mercado para proporcionar uma carcaça com peso acima
de 230 kg com adequado acabamento. Os grupos genéticos não diferiram quanto ao ganho
médio diário, conversão alimentar e eficiência energética.
Prado et al (1999), em um trabalho com o objetivo de avaliar em machos anelorados, o
ganho médio diário, o consumo de mistura múltipla e sal mineral e o lucro bruto marginal de
novilhos de sobreano, em pastagem de Braquiaria decumbes, suplementados com sal mineral
ou com uma mistura múltipla com sal proteinado + vitaminas observaram que, o ganho médio
diário (0,52 kg) foi maior para os animais suplementados com mistura múltipla. O consumo
da mistura múltipla foi maior (0,26 kg/dia) em relação ao sal mineral. A margem bruta de
lucro foi maior com o uso da mistura múltipla.
Euclides et al (1995), com o intuito de avaliar e quantificar os benefícios da
suplementação a pasto para produção de animais Nelore, para abate, desenvolveu um
experimento em pasto de Brachiaria decumbens, onde foram avaliadas quatro alternativas de
suplementação comparadas a um grupo chamado testemunha, que foi mantido exclusivamente
a pasto sem nenhuma suplementação, exceto a mineral, por todo período. Concluíram que
suplementação alimentar com concentrado durante o período seco foi capaz de reduzir a idade
de abate de 5 a 13 meses; a suplementação alimentar a pasto mostrou-se uma atividade
29
economicamente viável; animais abatidos com idades de 26 e 28 meses podem ser
classificados como novilhos precoces.
Fortes (2000), destaca a conversão alimentar dos búfalos. Afirma ainda que o búfalo
possui microrganismos diferentes do boi – o pH ruminal é mais básico e o intestino é maior,
sendo que aproveita mais a uréia. Esta conversão se destaca não só na quantidade, mas na
qualidade do leite que produz.
Estudos apontam que os búfalos possuem em sua arcada dentária inferior o mesmo
número e disposição dos dentes incisivos bovinos, sendo que os dentes de leite mais fortes e
substituídos mais tardiamente. Assim faz-se necessário que ao avaliar a idade do animal
através da arcada dentária, o interpretador saiba distinguir minuciosamente as diferenças entre
os dentes provisórios e os definitivos (ZAVA, 1984).
3. MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa foi desenvolvida nos matadouros de Inspeção Municipal D. A. Vital e J. B.
Matadouro, localizados no município de São Luís/MA – na BR – 135, que fazem o abate de
bovinos (Figura 3) e esporadicamente de bubalinos (Figura 4), como rotina.
30
Figura 3 – Novilhos bovinos no momento do pré-abate em matadouros do município de São
Luís – MA, 2003.
Fonte: O Autor.
Figura 4 – Novilhos bubalinos no momento do pré-abate em matadouros do município de
São Luís – MA, 2003.
Fonte: O Autor.
Durante a pesquisa foram analisadas as arcadas dentárias de 263 bovinos e 102
bubalinos, machos não castrados. A pesquisa foi realizada no período de Janeiro a Outubro de
2003. Antes da coleta dos dados, foi aplicado um questionário (anexo) para obtenção de
31
informações referentes à procedência, sistema de criação e o manejo geral a que foram
submetidos os animais.
Antes do abate os animais foram observados, e a partir das suas características
morfológicas externas, foi feita a identificação das raças dentro das devidas espécies. As
tomadas de peso das carcaças foram obtidas após o abate dos animais, com a carcaça ainda
quente.
Os dados sobre as idades dos bovinos e bubalinos foram obtidos mediante estudo da
arcada dentária dos animais após estes terem sido abatidos. Para avaliação da idade
cronológica levou-se em consideração os dentes incisivos inferiores. Deste modo, foi utilizada
para a espécie bubalina a metodologia descrita por Cockril apud Miranda (1986); e para a
espécie bovina foi empregada a metodologia descrita por Jardim (1973), que consiste em:
a) Primeira Muda:
� Bubalinos - substituição das pinças de leite e evolução das definitivas. Este evento
ocorre na idade aproximada de 2,5 a 3 anos.
� Bovinos - substituição das pinças de leite e evolução das definitivas. Esse evento ocorre
na idade aproximada de 2 a 2,5 anos.
b) Segunda Muda:
� Bubalinos - substituição dos primeiros médios de leite e evolução dos definitivos. Isto
se dá na idade aproximada de 3,5 a 4 anos.
� Bovinos - substituição dos primeiros médios de leite e evolução dos definitivos. Isto se
dá na idade aproximada de 3 a 3,5 anos.
c) Terceira Muda:
� Bubalinos - substituição dos segundos médios de leite e evolução dos definitivos. Esse
evento ocorre por volta de 4 a 5 anos de idade.
32
� Bovinos - substituição dos segundos médios de leite e evolução dos definitivos. Esse
evento ocorre por volta dos 3,5 a 4 anos de idade.
d) Quarta Muda:
� Bubalinos - os cantos de leite são substituídos pelos definitivos entre 5 e 5,5 anos.
� Bovinos - os cantos de leite são substituídos pelos definitivos entre 4,5 e 5 anos.
De posse das informações, os dados foram compilados e analisados, para que os
resultados fossem expressos em valores absolutos e em valores percentuais relativos.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os bovinos estudados no período da pesquisa eram em sua totalidade provenientes de
diferentes municípios do Estado do Maranhão, criados em regime de pasto extensivo
conforme descrito na Tabela 2.
Tabela 2: Procedência dos bovinos abatidos em matadouro do Município de São Luís – MA,
no período de Janeiro a Outubro de 2003.
MUNICÍPIO Nº DE ANIMAIS
Bacabal 60
Olho D’água das Cunhãs 38
Açailândia 35
Lago da Pedra 32
Bom Jardim 22
São Francisco do Brejão 21
Imperatriz 20
Santa Luzia 14
Buriticupu 11
Pedreiras 10
TOTAL 263
33
Os lotes de bovinos avaliados ao abate foram constituídos predominantemente por
animais “azebuados”, com predominância de novilhos anelorados, que estão sujeitos às
variações da disponibilidade de alimentos ao longo do ano, estando de acordo com os
resultados de outros autores (SALOMONI, 1983; LIMA, 1983 e HADDAD, 1983).
Nossos resultados também constataram que a disponibilidade de forrageiras para os
animais ao longo do ano está condicionada ao regime pluviométrico incidente no Estado
durante o ano, onde no período chuvoso a abundância de forrageiras é favorável para o
desempenho animal e no período seco a escassez desse material se constitui como ponto
negativo para esse desempenho. Quanto a este aspecto evidenciou-se também que a
alimentação básica dos animais amostrados se constituiu basicamente de pastagens cultivadas
com destaque para o Braquiarão (Brachiaria brizantha cv. marandu), Capim Andropogon
(Andropogon gayanus) e Capim Pangola (Digitaria decumbens Stent. cv. pangola), gramíneas
comumente utilizadas pelos pecuaristas brasileiros para terminação de bovinos a pasto.
Durante a pesquisa foi elucidado que certos lotes de novilhos eram provenientes de
sistemas de exploração especializados para produção de carne, com destaque para aqueles
provenientes dos municípios de Bacabal, Olho D’água das Cunhãs e Açailândia onde a busca
da eficiência produtiva e da competitividade requer a adoção de modernas técnicas de manejo,
de modo que a atividade assume o papel de empreendimento econômico (PIMENTEL, 1999).
No que se refere à cronologia dentária dos novilhos bovinos avaliados, o Quadro 01
apresenta o quantitativo, conforme a ordem de substituição.
34
Quadro 01 – Quantitativo de novilhos bovinos abatidos em Matadouro Industrial no
município de São Luís – MA, conforme a cronologia dentária.
* Presença de todos os dentes incisivos permanentes na arcada dentária inferior.
O Quadro 02 apresenta os resultados percentuais da idade de abate de novilhos bovinos
onde foi constatado que, 43,73% dos animais analisados apresentaram – se com idade
variando de 3,5 a 4 anos (Figura 5), semelhantes com os relatos da Associação de Criadores
de Nelore do Brasil (ACNB), que aponta a idade de 3 a 3,5 anos como sendo a média de abate
de novilhos criados em condições de pastagem extensiva.
Quadro 02 – Percentual de Bovinos em relação à idade de abate em Matadouro Industrial no
município de São Luís – MA.
2
18
60
115
48
20
0
20
40
60
80
100
120
Dente-de-Leite
1ª Muda 2ª Muda 3ª Muda 4ª Muda Boca Cheia*
Ordem de Substituição
Qua
ntid
ade
(ani
mai
s)
22,81%18,25%
43,73%
6,85%0,76%
7,60%
Menos de 2 anos.
2 a 2,5 anos.
3 a 3,5 anos.
3,5 a 4 anos.
4,5 a 5 anos.
Acima de 5 anos.
35
Figura 5 – Arcada dentária de bovino com idade aproximada de 3,5 a 4 anos (3ª Muda).
A média de peso de carcaça dos bovinos variou entre 12 a 13 arrobas. Segundo Ondei
(2002), esse peso é muito abaixo da média para bovinos azebuados. E também da Associação
de Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), em seu programa de qualidade, o PQNN
(Programa de Qualidade Nelore Natural), que tem referenciado como média 17 arrobas ao
abate para animais da raça Nelore criado em condições pasto extensivo.
Esses resultados muito provavelmente devam estar relacionados à quase inexistência de
um programa de seleção do rebanho para ganho de peso nas fazendas de origem dos animais
analisados, ressaltando-se também que as condições de manejo nutricional e sanitário pelo
qual passa os bovinos ao longo do ano devem influenciar na elevada idade de abate e peso de
carcaça (TOKARNIA & DOBEREINER, 1976; CASTRO, 2003; LIMA, 1983; HADDAD,
1983; SANTOS, 1999; SALOMONI, 1983).
36
Quanto ao grupo de bubalinos avaliados no período, eram em sua totalidade,
provenientes de municípios do Estado do Maranhão, conforme descrito na Tabela 3.
Tabela 3: Procedência dos bubalinos abatidos em matadouro do Município de São Luís –
MA, no período de Janeiro a Outubro de 2003.
MUNICÍPIO Nº DE ANIMAIS
Viana 37
Bom Jardim 34
Santa Rita 22
Buriticupu 9
TOTAL 102
Considerando o grupo racial, os resultados apontaram que nos grupos de bubalinos
analisados houve predominância de novilhos mestiços das raças Murrah x Mediterrâneo.
Os resultados apresentados demonstram também que a maioria dos criadores explora o
sistema extensivo tradicional, onde os animais são soltos a campo e recolhidos apenas na hora
do abate, sem nenhum cuidado especial de manejo nutricional e sanitário.
Neste tipo de manejo a alimentação se constituiu basicamente de pastagens nativas e em
menor quantidade de pastagens cultivadas com destaque para o Braquiarão (Brachiaria
brizantha cv. marandu), Quicuio (Brachiaria humidicola) e Capim Pangola (Digitaria
decumbens Stent. cv. Pangola).
Os resultados das cronologias dentárias dos bubalinos analisados estão apresentados no
Quadro 03:
37
Quadro 03 – Quantitativo de novilhos bubalinos abatidos em Matadouro Industrial no
município de São Luís – MA, conforme a cronologia dentária.
* Presença de todos os dentes incisivos permanentes na arcada dentária inferior.
De acordo com os resultados obtidos, pôde-se constatar que os bubalinos foram mais
precoces em relação à idade de abate onde 63,73% (Quadro 04) dos animais analisados
encontravam - se com idade inferior a 2,5 anos (Figura 06), estando de encontro com a
afirmação de Miranda (1985).
Quadro 04 – Percentual de Bubalinos em relação à idade de abate em Matadouro Industrial
no município de São Luís – MA.
65
12 158 2 0
0
20
40
60
80
100
120
Dente-de-Leite
1ª Muda 2ª Muda 3ª Muda 4ª Muda Boca Cheia*
Ordem de Substituição
Qua
ntid
ade
(ani
mai
s)
11,76%14,71%
7,84%
1,86%
63,73%
0,00%
Menos de 2,5 anos.
2,5 a 3 anos.
3,5 a 4 anos
4 a 5 anos.
5 a 5,5 anos.
Acima de 5,5 anos.
38
Figura 6 – Arcada dentária de bubalino com idade inferior a 2,5 anos (dentição de leite).
Com relação à média de peso da carcaça constatou-se um peso variando de 13 a 14
arrobas, muito inferior à média nacional que é de 17 a 18 arrobas e também da afirmação de
Miranda (1985) que estabelece como média 15 a 16 arrobas de carne. Isto provavelmente
deva estar relacionado ao manejo nutricional e sanitário deficiente, fatos constatados junto aos
produtores que disponibilizaram os animais para o estudo. Ainda assim, em relação ao peso,
os bubalinos foram mais pesados que os bovinos. Esses resultados vão de encontro a
afirmação de Fortes (2000) que informa ser os bubalinos uma espécie cuja fisiologia da
digestão possibilita ao animal digerir fibras que normalmente não são aproveitadas por outras
espécies de ruminantes, especialmente os bovinos.
39
6. CONCLUSÃO
Nas condições em que foi realizado o presente estudo, os resultados nos permitem
concluir que:
� O grupo de bubalinos foi mais precoce do que o grupo de bovinos em relação à idade de
abate;
� Em relação ao peso de carcaça os bubalinos apresentaram peso superior aos bovinos.
40
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47
APÊNDICE
QUESTIONÁRIO DE INFORMAÇÕES SOBRE BOVINOS E BUBALINOS
Questionário nº: ______________
Matadouro: ___________________________________________
Local: __________________________________ Cidade: _____________________
Nome do Proprietário: _____________________
Nome da Propriedade:_______________________
Local: __________________________
Há quanto tempo é criador: ________________________________
Data: ____/____/____
Espécies de animais explorados?
Bubalinos ( ) Bovinos ( ) Caprinos ( ) Ovinos ( )
Raça do Animal: ________________________Sexo: M( ) F ( ) Idade_________
Sistema de criação empregado
A Pasto ( ) Semi-estabulado ( ) Estabulado ( )
Tipo de Alimentação
Gramíneas forrageiras ( ) Gramíneas forrageiras + ração ( ) Outros: __________
Peso da carcaça: __________________ Dentição: __________________
Estado geral do animal:
Bom ( ) Razoável ( ) Ruim ( )
Estado geral da carcaça:
Aparentemente normal: ( ) Com Alterações patológicas ( )
Informações Adicionais:
______________________________________________________
________________________________________________________________
__________________________________________________________