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| ANO 1 | EDIÇÃO 01 | A DIVERSÃO ESTÁ DE VOLTA PERFIL CHRISTIE ALEIXO ENTREVISTA SÉRGIO YUPPIE “THE KING OF DOWNHILL” ISRAEL LONGBOARD SIM, GUERRA NÃO! IGSA A VOLTA DA BARRIGA DA VELHA ATRAVESSANDO A AMÉRICA DE LONG! O MAIOR LONG DO BRASIL PUSH SKATE QUE IMPULSO É ESSE? BELÉM LONGBOARD NO EXTREMO BRASIL

CRVIS3R Skateboarding #01

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CRVIS3R Skateboarding #01

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| ano 1 | edição 01 |

A diversão está de voltA

PerfilChristie Aleixo

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40. Israel Com exclusividade para a CRVIS3R, o editor da revista Concrete Wave, Michael Brooke mostra como foi introduzir o longboard para as crianças de Israel

44. Push Skate Dar impulso e ganhar velocidade, sentindo o vento no rosto e deslocando-se de um ponto a outro da maneira mais divertida possível... Que impulso é esse?

46. Entrevista: Sergio Yuppie Yuppie não é apenas o multi-campeão e um dos grandes responsáveis pela evolução do downhill, ele é o “king of Downhill”!

58. Belém No extremo norte do nosso país, o longboard também bomba!

Ladeira perfeita, visual inspirador e as cores vivas de um dia típico do interior de São Paulo. O capixaba Romário Rangel Neto, rasgando um full slide na ladeira da colina, na cidade de Jaguariúna. Foto: Gabriel Klein

Seções:

10. Editorial A diversão está de volta12. Start A foto16. Perfil Christie Aleixo: a eterna guerreira do longboard24. Lado A Novidades, lançamentos, curiosidades...54. Picoftheday Só fotos...60. Business Plan Os melhores produtos do mercado62. Cuide-se! Larrisa Sampaio indica como se alongar66. Onde Encontrar Valorize sua skate/boardshop e adquira sua CRVIS3R

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Capa: Ladeira de sonhos em uma descida sem fim, cheia de curvas e com um visual estonte-ante e paradisíaco. O skater AJ Haiby foi eter-nizado nessa foto com a sensação de liberdade, onde somente o skate, a ladeira, as montanhas e o vento na cara interessam. Foto: Louis Pilloni

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Bem-vindo ao seu primeiro exemplar da revista CRVIS3R Skateboarding!É com orgulho que apresentamos essa nova publicação to-talmente voltada para as modalidades do skate ditas “alter-

nativas”, que com o aumento significativo dos praticantes nas mo-dalidades longboard, downhill slide, speed, slalom, cruiser, freerider, etc, está deixando definitivamente de ter o título de “alternativo”.

Com isso, a revista CRVIS3R surge com a missão de levar até você todas as particularidades dessas modalidades que têm a velo-cidade no DNA, mas que também carrega profundamente no espíri-to e no estilo de vida, que tem na diversão o fator primordial de se andar de skate, em longs, cruiser, DH, freerider, etc.

Com esse crescimento, é inevitável e primordial que exista um canal de comunicação tanto impresso, quanto digital (sim, a mesma revista que esncotra-se nas suas mãos, estará disponível gratuita-mente em formato digital no site para download: www.crvis3rskate-boarding.com.br.) para atender essa demanda acelerada que vem acontecendo nos últimos anos. A cena se repete de norte a sul do país: orlas estão cheias, ciclovias invadidas, parques lotados e mais e mais pessoas se aventurando a ir até para o trabalho e colégio com seu cruiser, long, etc. Nossa preocupação editorial é fazer essa publicação pra você e com você.

Estamos falando de uma espécie de “admirável mundo novo”, onde a tecnologia que surge a cada dia nas peças e acessórios é agregada a uma nova linguagem sobre o skate. Essa linguagem vem principalmente dos praticantes que estão transbordando de adrena-lina e vontade de ver e acontecer no seu segmento, que por vezes foi desconsiderada e colocada à margem do skate. E vem também das inúmeras novas marcas e distribuidoras que estão dando uma nova cara ao mercado...

E agora? E agora que estão dominando as ruas com seus skates

simétricos, eixos com angulações diferenciadas, rodas de diversos tamanhos, cores e durezas? E agora que essa releitura está colo-cando novamente o skate em uma corrida de pesquisa e procura de aperfeiçoamento que há muito tempo não se via? E agora que as garotas se identificaram com o prazer de deslizar com estabilidade, sem perder a feminilidade e deixando tudo mais atraente? E agora que descer uma ladeira a mais de 100 km/h exige uma vestimenta especializada e que, mesmo nada barato, emociona aos inúmeros praticantes na procura das ladeiras perfeitas? E agora que skates de plásticos e com formatos dos anos 70, voltam e invadem o que no passado seria totalmente remoto de existir?

Agora, nosso papel principal e contribuição nessa jornada pelo skate de ladeira e asfalto com a revista CRVIS3R, será de conduzir da melhor maneira possível o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Assim, nessa primeira edição, a entrevista do multicampeão Sérgio Yuppie é inevitável. Depois de anos ralando as rodinhas e gastando os casquilhos, o cara foi e é responsável direto pelo nível do downhill slide no mundo hoje. Vamos contar também nas edições futuras, com a parceria da revista Concrete Wave, cujo editor Mi-chael Brooke “apadrinhou” a CRVIS3R e nessa edição, relatou a sua experiência de apresentar o longboard para as crianças de Israel... Long pela paz!

A guerreira Christie Aleixo, sempre incentivadora e batalhado-ra pelo alto nível do long feminino, estréia a seção Perfil e deixa seu charme nas páginas que você vai ler a seguir... E não para por aí... Tivemos o prazer e a honra de encontrar parceiros pra falar de suas experiências, pessoas que soam e sangram há muito tempo pela causa, como a turma do blog euamolongboard.com, pra serem os colunistas em todas edições e colocar suas visões apuradas sobre o long, assim como o pessoal da SK, importante página do facebook voltada com primor para as novidades do mercado.

Também teremos o experiente Alexandre Maia, diretor de provas das etapas da América do Sul, assinando a coluna da IGSA (interna-tional Gravity Sport Association), trazendo tudo o que acontece com essa importante entidade mundial de velocidade sobre o skate. Do Distrito Federal a campeã brasileira de downhill slide long board fe-minino e personal treiner, Larissa Sampaio, terá a missão de ajudar você a se preparar fisicamente para fazer a melhor session. Fomos de norte a sul do país, com o Push Races no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, como fomos também ver a cena em Belém.

O longboard evoluiu e cresceu... o speed está mais rápido... o DH está mais “assustador” do que nunca... as ladeiras estão ficando pe-quenas... os parques estão lotados... as rodas moles trouxeram pra-zer em andar no asfalto... os eixos viram mais... e o seu estilo, só você é que faz... por isso... Bem-vindo à revista CRVIS3R.... A diver-são está de volta… (e nunca deveria ter ido!!!) (FB)

Esquerda: Lilica e Maia, Quatro Barras/Chile. Meio: Luciana Granghelli, Jaguariúna. Direita: Museu do Ipiranga.

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Esquerda: Barriga da Velha. Direita: Mari Cecchini, Arpoador/RJ.

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“Tudo nosso!” O sonho de qualquer amante da

velocidade: uma estrada longa, veloz e sem

carros... Go, go, go!Clube Skate de Ladeira - RJ, no Drop do Vina.

“O Grupo de skate mais tradicional do Rio de Janeiro.”Foto: Gabriel Klein

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ChristieA guerreira do longboard

Já tem um tempo que eu venho me encontrando com a Christie Aleixo pelas ladeiras e eventos da vida, e não há uma vez sequer que eu não me surpreenda com ela. Seja detonando nas sessões (algo que ela vem fazendo constantemente), agindo nos bastidores ou simplesmente trocando ideias, é certo de que alguma coisa de boa vai surgir do contato com essa carioca da gema que se transformou numa verdadeira guerreira pelo downhill brazuca. De preferência, pela cena cada vez mais forte do skate feminino em nosso país.

Aleixo

por Guto Jimenez

Sempre dedicada ao máximo e levando as mano-bras aos limites, Christie Aleixo deixa sua marca

no longboard, seja em terrenos brasileiros ou além fronteiras. O skate feminino deve muito a essa

skater de alma. Stalefish Slide no limite.

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não é exagero dizer que é em parte graças a es-forços feitos pela Christie que o nível do skate feminino de ladeiras no Brasil atingiu a um ní-vel impressionante de manobras e praticantes.

Graças a ela, e a outras mulheres influentes no cenário como reine oliveira e Laura Alli, as “minas” têm anda-do cada vez mais rápido e esticando seus limites pra cada vez mais além. Um fato cada vez mais consuma-do é: onde tem asfalto e rodas de uretano macias ou duras, elas estarão lá pra darem o ar de suas graças.

Como toda boa carioca, ela tem a personalidade for-te e não tem o menor receio de dar a sua opinião sob qualquer circunstância que seja. o que muitos enxer-gam como “marra” nada mais é do que a autoridade conquistada em horas, dias, meses e anos de sessões ladeira abaixo, sob quaisquer condições que se apre-sentem. É o tipo de moral conquistada com bastante suor, algum sangue-e-pele perdidos no asfalto e muita, muita competência sobre uma tábua de madeira, dois eixos de metal e quatro rodas de uretano.

E que autoridade! Falar em “andar de skate sem compromisso” com ela é meio que difícil, de tão alto que é o nível técnico que ela atingiu ao longo de sua carreira. A palavra “campeã” está colada ao nome da Christie quase que como um sobrenome; seja em eventos de speed, slide ou slalom, pode contar que ela tem um troféu de 1º lugar numa disputa realizada pelas ladeiras do Brasil e do mundo. Sim, o mundo também já se curva diante do talento e da disposição da mãe do Iago: ladeiras do Chile, Peru e Argentina já a conhecem muito bem, tantos foram os eventos que ela ganhou ou ficou nas cabeças. Meus camaradas da Concrete Wave e da Silverfish Longboarding também já se declararam “de queixo caído” com o que ela apresentou nas ladei-ras norte-americanas... e foi só um aperitivo!

Já está bom pra você?! Aguarde, ainda tem mais... Não satisfeita com tudo aquilo que produz sobre seus longboards, ela ainda encontra tempo pra organizar eventos, editar um blog e ainda atuar forte no mercado nacional. Seu ótimo site “BOMDROP” não é só um ca-nal de informação pros praticantes de skate em ladei-ra; é também um dos canais usados pela bela pra ex-travazar sua veia literária, sempre com muita sensibi-lidade e graça. Não por acaso, BOMDROP é também a produtora de eventos comandada por ela e quase que um mantra que sai de sua boca no alto das ladeiras por onde anda.

Como se tudo isso ainda não fosse o bastante, tor-nou-se desde 2011 a primeira skatista profissional de downhill slide da história do país, uma honra e um pri-vilégio no país onde se pratica o nível mais alto da mo-dalidade em todo o mundo. Não podia ser mais mere-cido a quem vem dedicando boa parte de sua vida a andar de skate e a levantar o cenário nacional do skate feminino em ladeiras ao nível mais alto de sua história.

Diante disso tudo, eu tenho certeza de que você vai curtir ao máximo as fotos da gata Christie Aleixo em ação, e torço pra que você também possa ter a sorte que eu tenho de vez em quando, que é dividir uma la-deira com ela. Vamos que vamos, Christie! Bom Drop!

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Puxando o pelotão em uma tomada de curva, vindo logo atrás o Floriano e o Renato Reche “ Zóio di Gato”, o downhill speed também é outra espe-cialidade que Christie vem dominan-do há algum tempo.

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ano 1 | edição 1 outubro/novembro 2012

Editores:Fabio “Bolota” Britto Araujo e Guto Jimenez

Arte:Edilson Kato

Redação:Guto Jimenez

Colaboradores:Texto: Alexandre Maia, Eduardo Sardo, euamolongboard.com.br, Larissa Sampaio, Michael Brooke (Concrete Wave), SK

Fotografia: Alexandre Rausini, Alice Martins, Antonio dos Passos Thronn, Caio Matsuí, Carolina Dottori, Douglas Tomahawk, Elielton Baby, Felipe Feca, Fernando Siciliano, Gabriel Klein, Hélio Greco, Jim Goodrich, José Birinha, Junior Yuppie, Luiza Sampaio, Louis Piloni, Marcelo Mug, Márcio Benevides, Nércio Vargas, Pam Díaz, Rafael Azevedo, Rafael Bassildo, Rafael Fazano, Stephanie Ksenia, Tatiane Fagundes, Veridiana Bressane, Victor Nikolai, Yair Hasidof

Comercial:Fabio [email protected](11) 9-6357-3492

Editora Circuito das Águas LtdaRua Paraná, 525 – Jd. Bela VistaJaguariúna - SP - Fone: 55 (19) 3867.0795Diretor - Presidente: Ricardo AzevedoCoordenação: Sérgio MariniAdministrativo/Financeiro: Amanda BrisolaCirculação/Comercial: Priscila SardinhaLogística e Distribuição: André Luis S. Campos

Distruição gratuita em lojas e boardshops(Acompanhe os pontos de distruição na página “Onde Encontrar” da sua CRVIS3R e no site: www.crvis3rskateboarding.com.br)

Deus é vida!

A Revista CRVIS3R SKATEBOARDING é uma publicação bimestral. As opiniões dos artigos assinados nem sempre representam a opinião da revista e sim a de seus autores.

Dúvidas ou sugestões:[email protected]

Acesse: Site: www.crvis3rskateboarding.com.br Facebook: /crvis3rskateboarding Instagram: @crvis3rskateboarding Issuu: /crvis3rskateboarding

Essa edição é didicada a memória de:Maria José Britto Araujo;Willians Indião; Marquinho Ubaldo.[ RIP ]

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Por AlexAndre MAiA*

Para falar do meu trabalho como diretor sul americano da IGSA, é preciso antes falar do inicio do meu envolvimento como organizador de eventos para entender como cheguei a este cargo na associação.

No final dos anos 90, eu e mais um grupo de skatistas do downhill sentimos a necessidade de nos organizarmos para fazer bons even-tos e regulamentar a modalidade. Surgiu então a ABrADS, e devido ao bom trabalho desenvolvido nos eventos da Abrads, fui convidado a participar da organização do Red Bull Down Rio, evento histórico que foi realizado no Corcovado, rio de Janeiro. Este evento contou com uma estrutura única, com mais de 8 mil fardos de feno, hotel cinco estrelas pago para todos os atletas convidados, transmissão por emissora de esportes, entre outras regalias. Foram dois anos organizando e planejando este evento e durante estes dois anos, eu organizei a eliminatória brasileira, o Speed Monster em Alphaville. Este evento foi o divisor de águas na modalidade Speed no Brasil, pois foi onde a maioria dos skatistas teve o primeiro contato com macacões de couro, capacetes fechados e eixos invertidos. Após o Speed Monster, fui para a África do Sul para participar do Red Bull DHX e vi a estrutura de um dos maiores eventos de downhill da his-toria. Foi a primeira participação de um brasileiro em eventos da IGSA e mais uma vez, pude ter contato com equipamentos e técni-cas que até então eram novidade no Brasil.

Depois dessa época de organização de eventos, eu me concentrei na minha carreira de atleta e obtive ótimos resultados em eventos do Circuito Mundial IGSA e nos campeonatos brasileiros. Em 2006, a convite do Felipe Cobra, voltei a organizar eventos e juntos fize-mos o Rio Downhill na Vista Chinesa. Foi a primeira etapa aberta

do Circuito Mundial IGSA na América do Sul e além de organizar eu também corri o evento. O presidente da IGSA, Marcus Rietema, es-teve presente no evento e ficou impressionado com o meu trabalho e com o fato de eu conseguir organizar o evento e participar como skatista, sem deixar que nada acontecesse de errado. Neste even-to recebi o convite para ser o diretor sul americano da IGSA e acei-tei com muito prazer. Neste mesmo ano organizei ainda mais dois eventos de nível continental da IGSA no Brasil.

O trabalho com a IGSA foi se consolidando, e em 2008 voltamos a realizar uma etapa do Circuito Mundial no Brasil; dessa vez o even-to escolhido foi o Malarrara Pro Teutonia, que já era organizado pelo Paulo Martins há pelo menos 4 anos. Durante quatro anos, este even-to fez parte do calendário mundial contando com a participação dos maiores atletas de Downhill e de Street Luge do mundo. Em 2010, outro país da América do Sul entrou para o Circuito Mundial com a re-alização do evento Los Portales em Tarma no Peru. O ápice deste tra-balho se deu em 2011, quando organizamos o primeiro Circuito Sul Americano da IGSA com etapas na Colômbia, Peru, Argentina, Chile e Brasil, sendo que dessas etapas, duas valiam pontos para o Circui-to Mundial. Neste mesmo ano, Teutônia sediou a Copa do Mundo da IGSA e para quem não sabe, entre os eventos do Circuito Mundial da IGSA, todo ano é escolhido o evento que será o maior e mais impor-tante do Circuito - e o evento escolhido foi o Malarrara Pro Teutônia. Em 2012, o trabalho continua forte e estamos realizando pelo segun-do ano o Circuito Sul Americano IGSA com cinco etapas novamente.

2013 será um ano de mudanças para a IGSA, pois o downhill está crescendo e a entidade precisará acompanhar esse crescimen-to, profissionalizando-se cada vez mais e fazendo mudanças para trabalhar cada vez mais junto aos atletas que viajam o mundo todo atrás do Circuito Mundial.

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* Alexandre Maia, 40 anos, 26 de skate - Diretor Sul Americano da IGSA Patrocínios: Downhill Machine, Academia Power Club. Apoio: Evoke, CS Team

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a história da matemática nos ensina que o sistema numéri-co se baseia nos conceitos de número, magnitude e forma. Sempre foi simples levantar um dedo e indicar o número 1. O número 1, inclusive, não é um conceito unicamente hu-

mano, já que diversas espécies de animais possuem a exata noção de números, principalmente em relação à quantidade e à liderança. Só pode haver um número 1. Este número, entre o nada e o dois, co-loca de forma clara o que é estar à frente, o que é liderar. No que se refere ao Longboard, vejamos os exemplos que temos:

• Tom Sims, primeiro a constituir uma empresa voltada para o longboard (com o desenvolvimento do primeiro deck de longboard) e o primeiro a se firmar no mercado.

• Cliff Coleman, o primeiro a se utilizar de suas mãos para a fre-nagem do longboard quando descendo ladeiras (a manobra ganhou o nome Coleman Slide).

• Douglas Dalua, o primeiro brasileiro a figurar no Guinness Book como recordista de velocidade no Downhill e sempre entre os líde-res do ranking da IGSA.

• Sergio Yuppie, simplesmente penta-campeão mundial de dow-nhill slide, campeão canadense e sete vezes campeão brasileiro. É um dos riders brasileiros que mais soube como se reinventar neste esporte, sendo responsável inclusive pela criação e aperfeiçoamen-to de várias manobras da modalidade.

Por que devemos mencionar isso tudo? Simples: ser primeiro não é fácil. O esforço, o suor e a visão para se chegar ao número 1 são tremendos. Ser primeiro significa ser aquele que quer transpor barreiras e perseguir o seu sonho.

A magnitude do feito e a forma são tão importantes quanto ser o primeiro simplesmente. Sempre há aquele herói que, mesmo per-dendo sua batalha devido aos feitos e suas consequências finais, é o vencedor de fato, pois pelo jeito como compete e tenta alcançar seus objetivos obtém a simpatia e preferência dos que estão à sua volta. Sem esquecer que no que se refere à forma, o skate sempre foi e sempre será uma questão de técnica mas sempre aliada ao es-tilo e estilo é único.

Atualmente, no cenário brasileiro, o Longboard conta com inte-resse e um número de praticantes razoável e em crescimento verti-ginoso, porém carece de organização, visibilidade e pessoas capa-zes de construir os alicerces fundamentais para que o esporte não

seja apenas praticado no verão, quando os calçadões e pistas en-chem de skaters. Não seremos como um namoro de verão, que fica guardado no armário e na lembrança de um porta-retratos.

Como em qualquer esporte, para crescer o Longboard precisa flo-rescer e gerar frutos. E os frutos são fáceis de se identificar: mais praticantes, mais marcas nacionais, mais qualidade nos equipamen-tos e interesse da mídia. Sem isso, qualquer esporte está fadado ao limbo.

Por sua dimensão continental, o Brasil é um país que tem espa-ço e geografia suficientes para abrigar da forma necessária todas as modalidades que o novo skate carrega consigo, seja downhill, slide, freeride, freestyle, dancing, slalom, etc. Há sempre um asfalto apro-priado para suprir suas vontades.

Neste momento você têm em mãos a primeira edição da revista CRVIS3R. Um sonho de muitos que finalmente chegou para melhor servir um esporte que está cada dia mais presente nas ruas do nos-so país. Com adeptos que independem de sexo, idade, raça ou cre-do. O atual momento do Longboard no nosso país finalmente tem a sua aceitação corroborada por uma publicação feita com tanta pai-xão quanto as manobras que fazemos na rua.

Acompanhamos o tamanho do trabalho que é lançar uma pri-meira edição. Como dissemos acima, o número 1 é simples em seu fundamento, mas terrivelmente difícil de se alcançar em sua forma. Isso posto, este é o momento de comemorar! Este é o momento de ver um esporte que amamos se transformando, crescendo e atin-gindo o patamar que merece. Daqui há dois meses quando a segun-da edição for lançada, esta primeira coluna ficará guardada em sua revista fechada mas nem por isso perde sua pertinência, pois núme-ro 1, sempre será a número 1.

Número 1, neste caso significa, também, a força em torno do es-porte. A camaradagem necessária para que o esporte cresça. A ami-zade resultante de sessions, quedas e momentos. Tudo isso é único!

O que desejamos para você com esta coluna em mãos, é: per-ca a vergonha, enfrente seus receios e compre seu 1º Longboard; você vai se divertir muito, fazer novos amigos e isso sempre deve vir em 1º lugar!

Longa vida à CRVIS3R!Keep riding!euamolongboard.com

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euamolongboard.com é feito por Alex Guerra, Klaus Duus, e Vinícius Binotte, que são longboarders, e atualizam o site todos os dias para melhor servir a comunidade longboard.

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Barriga da Velha“A ressureição”

Depois da ressureição de uma das mais importantes ladeiras do downhill slide de São Paulo, a Ladeira da Morte, em 2010, agora foi a vez de outra importante ladeira na cidade ganhar vida nova. Conhecida carinhosamente como “Barriga da Ve-lha”, na zona norte da cidade, a ladeira ficou mais de 5 anos desativada devido à má conservação do asfalto, tornando in-viáveis as sessions no local. Essa ladeira foi responsável pelo surgimento de importantes praticantes da modalidade, pela lo-calização tranquila e sem muito movimento de carros na via, sem falar que não há casas ou moradias em praticamemente toda a sua extensão, marcada por muros dos terrenos. outros fatos marcantes na valorização da cena local e da ladeira em si, foram os importantes eventos realizados de 2005 a 2007 do circuito “Skate na Ladeira”, que reviveu e fomentou as mo-dalidades das ladeira nesse período, chegando a ter 3 etapas por ano realizadas pela “Ação Concreta ong Esportiva e Cultu-ral”. Desde então, os eventos haviam sido interrompidos, devi-do ao asfalto impraticável. o mérito desse resgate da Barriga da Velha, que foi totalmente reasfaltada no mes de outubro, foi do longrider Thiago Bomba, que foi ferrenho em batalhar e conseguir que fizessem essa melhoria no asfalto. O que se viu no dia 6 de outubro, no evento entitulado “reinauguração da Barriga da Velha - encontro de 3 Gerações”, foi uma verda-deira festa e um reencontro de todas as gerações do downhill slide do carrinho e do long que dominaram a ladeira. Marcaram presença skatistas como Birinha, ricardo Mikima, Zequinha rapaneli, Thiago Bomba, 40 Polegadas Crew, Fernandi-nho Batman, laura Ali, renilson Carranca, rafael Massa, Kaue Martins, entre outros. A sessão, que já estava empol-gante devido ao encontro, foi regado com muita música ao vivo, das bandas que tocaram na própria ladeira e com as crews de grafiteiros que deixaram sua arte nos enormes muros do local. Dia perfeito e de conquista para o downhill slide A meta agora é tentar fazer a rua virar uma área de lazer nos finais de sema-na. Parabéns a todos os envolvidos: Ana Paula Junqueira, que ajudou na viabilização do reasfaltamento, e ao Thiago Bomba, pelo realização e organização do encontro.

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O realizador e batalhador pra que a ladeira Barriga da Velha voltasse em alto estilo e com novo “tapete”. Thiago Bomba, testando o novo tapete em alto estilo. B/s tail slide one footed.

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ladeira exclusiva parapratica de longboard edownhill Slide no ibirapuera

Em um feito inédito, foi inaugurada num domingão (02/09) a nova ladeira para prá-tica oficial de longboard e downhill slide no mais importante parque de São Paulo, o ibirapuera. Esse dia especial lotou a ladeira com muita gente prestigiando e andando, bandas ao vivo, realizações de grafites, etc. Essa conquista foi possível após várias ma-nifestações com a proibição na Ladeira da Preguiça, localizada também no parque, que estava causando muita polêmica e conflito com skatistas e visitantes do local. Desde a rua de lazer do bosque do Morumbi, que nos anos 70 era destinada para andar de ska-te, nunca uma outra ladeira havia sido oficializada para a prática. Isso reforça o fantásti-co crescimento dessas modalidades em todo o país e, graças a Associação dos Ska-tistas do Parque do ibirapuera (ASPi), Secretaria de Esporte, Lazer e Recreação e Secretaria do Verde e do Meio Ambiente – sem falar no Thiago Lobo, da Secretaria de Esportes -, essa conquista foi alcançada. Parabêns a todos os envolvidos, as modalida-des e os praticantes agradecem!

Atravessando a America de long! Quem nunca pensou um dia em pegar o seu skate e sair viajando por diversos

pontos do país? Sem carro, sem onibus, sem avião... apenas você e seu skate. Esse sonho foi realizado pelo americano Sash Popper, atravesando os Estados Unidos de costa a costa, com seu longboard. Sash saiu no dia 1º de agosto do Brooklyn em Nova York e chegou em San Diego, na California, no dia 25 de setembro. Nesses quase 2 meses de aventura, Popper teve que utilizar 3 shapes, 4 pares de rodas, 8 jogos de rolamento, 2 pares de trucks, 10 pares de tenis e 2 mochilas pra con-seguir terminar a maratona “skatistica”. Vai encarar algo parecido? Agradecimento as imagens cedidas gentilmente para a revista CRVIS3R, pelo legendário fotógrafo Jim Goodrich! Thanx Jim!

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Colina Boards agita lojado Jardins e lança marcana Cartel 011 em São Paulo

Chegando de maneira diferenciada, apresentando uma atenção muito forte no primor de sua linguagem estética e no acabamento final dos seus produtos, a Colina Boards é uma nova marca que chega pra agregar arte, música e comportamento na linha de desenvolvimento dos shapes, carro-chefe da marca. Depois de anos de investimento em estudos e maneiras de se posicionar em um mercado tão competitivo, é fácil perceber esse trabalho nas ações que vem realizando. Cravados no interior paulista, mais precisamente na cidade de Jaguariúna, os sócios Samuel Lana, rafael Azevedo, e Pedro Seelig, se reuniram há aproximadamente 4 anos e o resultado desses estudos estão sendo apresentados nos longboards fornecidos para a marca FARM, linha de vestuário femininos que conta com uma vasta cadeia de lojas. Em setembro, a marca realizou uma evento entitulado “Urban Project - Music, Art, Skate” em uma das mais nobres e sofisticadas regiões de São Paulo, no bairro do Jardins, na loja 284 na rua oscar Freire. Com parceria com a Red Bull, realizaram work shop de silk-screen, estampando posters para os visitantes, contou também com exposição de ótimas fotos do fotógrafo carioca Gabriel Klein e disponibilizou alguns shapes “blanks” fora da loja, para grafitarem e escreverem mensagens com participação do público. Tudo regado com muita muita música no comando do DJ estrategicamente posicionado na fachada da loja. Finalmente, em outubro, lança-ram oficalmente a marca em um coquetel de exposição na galeria Cartel 011, no bairro de Pinheiros. As paredes da ótima galeria serviram de painel para fotos e para os skates, montados com o melhor acabamento de arte e en-chendo os olhos dos convidados, que ficaram com vontade de levar as peças pra casa. O diferencial também desses skates eram a numeração de cada um, criando assim uma série limitada. Presença de gente bonita, skatistas profis-sionais e diversos parceiros, como do importante blog Euamolongboard e da galera do SK, importante grupo do Facebook que enfoca o longboard como ninguém. É muito bom ver marcas novas chegando no segmento com essa visão apurada e com diferencial para agregar na condução do skate longboard, que cresce cada vez mais. Bem vin-dos e long... ops, longa vida à Colina Boards!

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Shoes for Longboard?!?!

Alem da preocupação em andar de skate com os melhores acessórios e equipamentos, o tênis também é e sempre foi primordial pela melhor performance no esporte. Desde quan-do foi criado calçados especializados pra andar há mais de 40 anos, a evolução tecnológica foi gigante e uma variedade enorme de modelos, acabamentos e durabilidade é encontra-da no mercado. O longboard, downhill, etc, não tinhas um es-pecífico até então. Isso mudou: a marca americana Brooklyn Workhop (www.brooklynworkshop.com), da cidade de Nova York, desenvolveu um tênis direcionado para pratica do lon-gboard e skate nas ladeira. O ex-diretor de design da Conver-se e diretor criativo da Frog Design, Michael DiTullo é o res-ponsável por esse desenvolvimento. “A ideia de desenvolver esse tênis veio da necessidade própria pra andar no dia a dia. Eu acredito que veremos esse segmento crescer, pois as pes-soas começam a perceber que andar de longboard é diferen-te de andar com um skate pequeno”, disse Michael.

O maior longboarddo Brasil

O desafio sempre teve embrenhado na história do ska-te; quebrar barreiras ou superar limites com recordes, sem-pre fez e sempre fará parte desse legado. Sendo assim, o skatista Douglas Tomahawk enviou para nós a foto do seu skate, relatando ser o maior do Brasil, que mede 2,59 me-tros. Conforme ele esclareceu, quebrou o antigo recorde de um skate no Ceará, que mede 2,20m... Por enquanto, o ska-te do Douglas é o maior do Brasil.

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skate Arbor!

• Envie e a resposta para: [email protected] com o Assunto/Subject: ARBOR

Será sorteado e presenteado quem responder corretamente, quem fabrica os skates Arbor?

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longboard & Famosos A popularidade de longboards e skates cruisers pode ser percebido através da ân-

sia da mídia em documentar a “novidade”, seja em aparições em novelas e comer-ciais - ou até com pessoas notórias e famosas se divertindo com o carrinho, digo, car-rão. Não é dificíl esbarrar em alguns desses famosos deslizando pela orla ou parques de diversos locais do Brasil. Como a intenção é se divertir e relaxar, o skate também é um ótimo transporte, aderido por exemplo pela modelo Joana Machado (1), a atriz Thaila Ayala (2) e a apresentadora Veridiana Bressane (3). Veridiana é apresen-tadora do programa “Papo Reto”, no canal radical Woohoo e é praticante assídua de sessions de longboard por diversas ladeiras. Seu gosto pelo esportes radicais pode ser acompanhado através do seu blog direcionada exclusivamente para as garotas que praticam boardsports, o Girls On Board (www.girlsonboard.com.br). Se quiser sa-ber mais sobre seu trabalho, acesse o site: www.veridianabressane.com

Quintal do ipiranga: capacete obrigatório!

Com a demanda crescente que tem acontecido na prá-tica do long, downhill, cruisers, etc, a questão de segu-rança está se tornando primordial e não se pode deixar de reforçar que estamos falando, em alguns situações, em risco de vida. Às vezes, ver dezenas e até centenas de pessoas descendo uma ladeira tranquilamente, não quer dizer que seja fácil ou que se possa relaxar para evitar ocasionais incidentes. Com isso, a Associação de Skatistas do Quintal do ipiranga, entidade que foi criada com o intuíto de zelar pelo local e praticantes no Parque da Independência, no bairro do Ipiranga/SP, regulamentou junto aos orgãos res-ponsáveis pelo parque o uso obrigatório de capacete para andar na ladeira. Uns podem odiar e outros aplaudir, mas lembre-se: a vida vem em primeiro lugar. Sendo assim, a segurança dos praticantes e assegurar a não proibição do skate do local são as princi-pais preocupações para a oficialização dessa norma. Pense assim: é melhor estar equi-pado do que encarar proibições e contusões sérias... Fica a dica.

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SP longboard day Por GuTO JiMeneZ FOTOS HéliO GreCO/40 POleGAdAS

A “cidade que não pode parar” rendeu-se às rodinhas de uretano num domingão de abril último em São Paulo, quando cerca de 500 skatistas se reuniram em frente ao MASP (em plena Avenida Paulista!) pra participarem do “SP longboard day”, cujo ob-jetivo era fazer a galera andar de skate pelas ruas até o Pacaembu. Como eu estava na cidade, fui dar uma conferida na iniciativa dos locais da pauliceia – e vou confessar, foi uma das melhores sensações que eu tive nos meus mais de 35 anos de skate. Nem nos meus sonhos eu poderia imaginar que, um dia, eu andaria de skate com uma galera na Paulista com proteção da mesma força policial que tanto nos perseguiu no passado! o respeitado longboarder Hélio Greco nos fala a respeito de como foi participar desse en-contro: “Imagina mais ou menos 500 skatistas, todos, ou a grande maioria com longboard, tomando de assalto a Av. Paulista. Era pra ocupar apenas uma das quatro faixas da aveni-da, mas não teve jeito, era muita gente, e com o apoio da PM, e do CET, o transito foi sendo fechado e a galera se empolgando. A descida da Angélica foi a parte mais divertida rumo ao Pacaembú. Muita felicidade, vários ralados, mas a satisfação de um drop com mais de 500 amigos, realmente, não tem preço (não resisti!). Parabéns ao Luciano PT, que segurou toda a onda da galera com um megafone. Esperamos que no próximo venha mais e mais e mais!”

Skate de plástico?A diversão está de volta!

Não, o skate nunca deixou de ser divertido desde a sua invenção, nos primórdios dos anos 50. No decorrer desses mais de 50 anos, quebrando limites tanto na par-te técnica da execução de manobras quanto na eternal evolução do melhor material, ainda traz no fundo da alma, uma forte essência que nunca vai se apagar: a diversão! Por outro lado, a brincadeira também ficou séria e se tornou um esporte competiti-vo, cobiçado e aclamado por praticantes e simpatizantes, se tornando um rentável mercado esportivo. Mesmo assim, nos últimos anos o skate vem buscando o resgate de valores, sentimentos e feelings de suas raizes na sua própria história. Com isso, a mais nova sensação que está invadindo as ruas da Califórnia e do mundo são ska-tes semelhantes aos da origem, onde shapes são produzidos com plástico no melhor formato “tubarão”, com rodas macias e desenhos semelhantes aos dos anos 70 e pe-quenos eixos. Pronto! A diversão voltou às ruas com o objetivo de apenas se locomo-ver, dar impulso, sentir o vento na cara e fazer curvas rápidas e estilosas. No melhor aspecto “old school”, não estranhe se começar a ver por aí, tanto nas ruas quanto nas prateleiras das lojas, coloridos skates de plástico… Relaxe - e divirta-se!

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lado AAA - rapidinhas As ótimas marcas Arbor e rad, estão chegando no Brasil

nesse final de ano. A Arbor tem uma vasta linha de longboards de diversos modelos. Já a rAD, é a marca totalmente especiali-zada em rodas pras ladeiras. Em breve, numa loja perto de você. • A Mentex é a nova marca de longboard nacional, mas com produtos produzidos internacionalmente. • Já ouviu falar na BOSSTrx, eixos de alta performance? Vai ouvir falar bastan-te e é produzido no Brasil. • As marcas Penny e Z-Flex estão chegando no Brasil. Fiquem de olho, pois as marcas dispensam apresentações. • Depois de mais de um ano em desenvolvimen-to, as rodas THeSe foram lançadas e já estão no mercado brasi-leiro. Fabricadas pela Powell Bones, são sinônimo de qualidade e performance. • A distibuidora legends, que distribui as mar-cas Koston, Tracker, Seismic, Sims, etc, está para apresentar a equipe de skatistas... aguardem. • O fissurado por speed, Flo-riano Sales, está com patrocínio dos eixos invasor 13 e ma-cacões para speed Thangoo. • Acompanhe a variedade de ska-tes cruisers e longs da americana Santa Cruz, com desenhos sugestivos nas estampas e no design. • A distribuidora SK81, está com uma grande variedade de marcas no Brasil, como a Gravity, Bustin, randall, etc. • A marca uS Boards, alem de fabricar mais de 30 modelos para skate de ladeira, está com uma equipe de responsa, com os skaters Thiago Bomba e ra-fael Massa • Conhecido pólo de lojas de skate em São Paulo, não deixem de visitar as lojas Mission e Flow na famosa Galeria do Rock... Garantia de bom atendimento! • A Concrete Surfer é uma marca holandesa que conta com a experiencia do veterano skatista carioca Flavio Badenes, nas operações no pais do Cof-fee-Shop. • A marca Curva de Hill, do possuído Sérgio Yuppie, agora conta com uma nova linha de shapes totalmente feitos à mão. • A Six Trucks está com uma série variada de equipamen-to de proteção, bem conhecida pelos praticantes.

O brasileiro dalualidera o ranking iGSA

É a primeira vez que um brasileiro lidera o circuito IGSA World Cup. o máximo que chegamos foi um segundo lugar, conquistado pelo próprio Dalua em 2011. Agora lideran-do o circuito em 2012, faltam apenas as 5 etapas finais, que são do Canadá, Colômbia, Argentina, Brasil e África do Sul. o circuito mundial desse ano tem dez etapas no total e para definir o campeão valem os 5 melhores resultados. Se preparando muito e 18 Kg mais magro, Dalua diz, “Se tiver que ser, será!” Boa sorte a mais de 100 km/hora!

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Chris Yandall Por GuTO JiMeneZ

Poucos skatistas de ladeira têm o tempo de estrada e a importância ao cenário quan-to Chris Yandall. Campeão mundial de slalom em 1975(!), o tiozinho ainda frita as rodas em competições no circuito de masters nos dias de hoje. Mas não é só a longevidade que o destaca, e sim a sua capacidade de inovar e buscar novos rumos sobre o skate.

Você sabia que foi ele quem pode ter dado início ao switch stance, a habilidade de an-dar de skate nas duas bases, tão fundamental no skate contemporâneo? Fique sabendo dessa história e de muitas outras nesse resumo da entrevista exclusiva que o Mestre deu à CRVIS3R, onde ele fala do passado, presente e futuro da atividade que o tornou conhecido em todo o mundo.

- Uma inovação que levaria ao passado: Skogging, a habilidade que inventei de dar im-pulsos, fazer carvings e se deslocar nas duas bases. É uma atividade de baixo impacto que pode ser feita em qualquer reta, e é tão desafiadora em termos aeróbicos quanto a corrida. Praticar o skogging vai até te emagrecer, já que o princípio não é a velocidade mas sim exercitar os músculos de seu corpo de maneira homogênea por algum tempo. Eu garanto que qualquer pessoa irá emagrecer se praticar uma hora de skogging por dia durante três meses.

- Uma coisa do passado que traria aos dias de hoje: Dropar ladeiras só por recreação. Tudo parece levar pro lado do racing nos dias de hoje. Não estou muito mais na onda de competir e só o faço porque ainda consigo. Mas se eu tivesse uma escolha, preferiria dropar uma ladeira íngrime e misturar curvas longas e curtas com trechos de alta velo-cidade e parando todas as vezes que eu quisesse.

- Produtos: Eu promovo dois models hoje em dia: o Skogger pela SK8 Kings, uma tá-bua reta que é perfeita pra iniciantes assim como pra pegar as bases do downhill; e meu model pela Concrete Surfer via Flávio Badenes, uma tábua excelente pra qualquer uso e pela qual eu estou apaixonado.

- Skate que usa: Montei meu model pela Concrete Surfer com eixos Bennett 5.0 e ro-das Gator 70mm. Na verdade, meus dois models são únicos e, na minha opinião, são itens obrigatórios pra um quiver sério.

- “Ollies são super-valorizados, a diversão jamais será”: Um skatista que se diverte não está nem aí pra ser o mais rápido ou em ser “o cara”. Pra ele, basta deslizar num skate e ter aquela sensação de se deslocar de um lado pro outro. É difícil dizer o que é o skate, mas ouso dizer que o apelo de mercado pra longs e cruisers é enorme. Muitas pessoas estão adorando a ideia de passear no paraíso asfaltado. Afinal, é só botar as rodas no chão que nasce um playground em potencial.

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A conexão com o amigo Abraham Paskowitz, gerente de ven-das da Carver Skateboards na California, começou a tornar o sonho possível. A família dele é da “realeza” do surfe is-raelense, e logo foi feita a conexão com Arthur Rashkovan,

um dos surfistas tops de Israel e líder da ONG “Surfing For Peace”. Todo o conceito fazia muito sentido a ele, que obteve sucesso nos últimos anos ao construir elos entre surfistas a despeito das frontei-ras políticas e diferenças culturais na região. “Expandir nosso pro-grama pra incluir os longs foi uma progressão natural, já que podí-amos incluir mais pessoas e andar de skate quando não tivessem ondas”, disse Arthur.

A “Surfing For Peace” trabalha com o Centro Peres Pela Paz em Jaffa, cujo diretor Tami Hay-Sagiv e gerente de projetos Sivan Hen-del trabalharam duro pra assegurar que todas as demos pudessem ser feitas. Ambos foram extremamente dedicados e nos apoiaram de maneira incrível, e foi um orgulho trabalhar com uma organiza-ção tão impressionante que busca promover a paz através do es-porte. Foi graças à experiência da ONG e do Centro em importarem materiais que tornaram possível a importação dos longs e capace-tes, que passaram por uma burocracia feroz até terem sido libera-dos pela alfândega israelense.

Toda a tour foi documentada por dois fotógrafos e um video-maker. Yair Hasidof é um fotógrafo que capta imagens de skate com regularidade e vive em Tel Aviv; a brasileira Alice Martins trabalha pra “Surfing For Peace” e tem fotografado bastante em Gaza; e Uri Richter é um americano naturalizado israelense que está editan-do um documentário sobre a tour. Todos os três capturaram alguns momentos inacreditáveis, e poucas horas após algumas imagens terem sido postadas por eles no Facebook, dezenas de milhares de

Longboards pela paz em Israel

POr Michael Brooke (CONCreTe WAve) TrAdUçãO Guto JiMenezFOTOS Yair hasidof E alice Martins

A ideia parecia bem ousada à primeira vista. O que aconteceria se você

pegasse 30 longboards e 30 capacetes e os levasse do Canadá pra Israel e pros territórios palestinos? Michael Brooke, editor da revista Concrete Wave, levou essa ideia adiante e nos traz o relato

dessa aventura inesquecível.

Shalom!

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israel

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pessoas já tinham visto, curtido e deixado comentários positivos.A primeira demo aconteceu no Centro Peres em Jaffa no dia 5 de

julho, e a equipe chegou uma hora antes pra descarregar o mate-ral e coordenar as ações. O profissional Yoni ettinger, da earthwing Skateboards, explicou as bases do skate e os moleques o seguiram, muitos dos quais pisando em skates pela primeira vez! Uma vez que o equilíbrio melhorava, eles começavam a andar mais rápido, e a ex-periência o encantou: “eu venho ensinando o skate há alguns anos e, na maioria das vezes, as pessoas pra quem ensino já tem um mí-nimo de experiência. ver esses completos iniciantes aprender tão rápido foi maravilhoso e vê-los tão alegres foi como que um pre-sente pra mim”.

Os garotos de Jaffa andaram por cerca de duas horas e imedia-tamente cercaram a equipe do Centro Peres pra saberem quando a próxima sessão iria rolar... depois dessa demo em Jaffa, eu sabia que a gente tinha alcançado algo mágico, mas uma questão per-manecia: como seria num ambiente como o da parte oriental de Jerusalem e no território palestino de Jericó? Mesmo nos sentin-do energizados com a experiência, sabíamos que teríamos que ser cautelosos já que o próximo evento estava agendado pra Sderot – de tal forma que, antes da demo ser planejada, tínhamos que loca-lizar onde ficava o abrigo antibombas mais próximo: a cidade havia sido bombardeada uma semana antes da equipe chegar.

Sderot é o tipo de lugar que você só ouve falar no noticiário, mas que raramente pensaria em visitar. Com quase 40 crianças e seu pais curtindo a energia pura dos longs, não havia mais dúvida que a tour tinha trazido sorrisos tão necessários às vidas daquela gente. “A experiência em Sderot foi absolutamente incrível e muito emo-cionante pra todos”, diz Tami Hay-Sagiv. “Teve uma criança peque-na de uma família bem pobre que não largava o meu skate quando a demo terminou. Nunca vou esquecer o olhar que ele tinha!”

O dia seguinte começou bem cedo, pelo menos pra surfistas e skatistas. A equipe partiu às 8 da manhã num ônibus fretado graças à generosidade do Centro Peres, que também foi responsável por todas as permissões necessárias pra viagem. O grupo contemplava a oportunidade que apareceu pra nós: a maior parte dos israelen-ses não vai até a parte oriental de Jerusalem ou Jericó. depois de pegarmos nosso guia na fronteira da parte oriental de Jerusalém, o busão começou a sua viagem a um território desconhecido pra

Na página ao lado: O autor se diverte numa sessão de carvings no litoral israelense. Ao lado: Que futebol, cara, o lance é andar de skate! Sessão com a molecada em Jericó.

Acima: A equipe da tour pela paz. Ao lado: O sorriso inconfundível de quem sente o vento no rosto pela primeira vez.

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muitos. “eu estava nervoso sobre ir aos territórios palestinos”, disse Yoni ettinger. “Imaginava que seria visto como um alien por aquelas pessoas, mas descobri rapidamente de que todos nós tínhamos um laço, e que esse laço era o longboarding”.

Após a entrada na escola, localizada na área de Shuafat em Jerusalém Oriental, a equipe foi saudada pelos gritos e sons de um show de marionetes. Cerca de 45 minutos depois, a sessão de skate começava e, enquanto os meni-nos se atiravam sobre os longs conforme se esperava, era excepcional assitir a meninas e mulheres palestinas pu-larem sobre os longs. É uma cena que não se vê todos os dias, já que a mudança de percepção só pode ser possível quando as pessoas têm a oportunidade de experimentarem algo diferente.

Para Yoni ettinger, a demo em Jerusalém Oriental foi o ponto alto da viagem: “eu segurei nas mãos de mulheres palestinas que precisavam de minha ajuda pra manterem o equilíbrio. Eu podia sentir como elas estavam alegres e, de minha parte, fez com que me sentisse muito feliz também”. depois da demo, o grupo se preparou pra uma visita pela parte árabe de Jerusalém. Anwar, o contato local do Centro Peres e tradutor, levou o grupo a um dos melhores

Ao lado: Uma palestina segurando

nas mãos de um isra-elense em Jerusalém Oriental: só o skate é capaz disso. Abaixo

à esquerda: Nose wheelie em frente ao

Centro Peres Pela Paz. Abaixo à direita:

Uma palestina apren-dendo as bases.

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locais de “shwarma” de Israel, onde o grupo aproveitou uma comida deliciosa e se encantou com a beleza da cidade. Yoni não conseguiu passar com seu long pela segurança no Muro Ocidental, mas montou no seu skate e rapidamente se jun-tou ao grupo pra viagem a Jericó.

Antes de entrar em Jericó, devolvida recentemente à Au-toridade Palestina, o ônibus pegou um jornalista e fotógra-fo do jornal “Ma’ariv”. Antes da demo, a galera andou no te-leférico que leva ao topo da cidade, cuja vista era espeta-cular mas não era aproveitada por muitos turistas naquele dia. Longs e capacetes foram descarregados e a tradução simultânea começou. As 25 crianças rapidamente pegaram os longs, muitos deles vindos de um campo de futebol, e al-guns tiraram suas chuteiras pra sentirem melhor os skates embaixo de seus pés. Ao curso de uma hora, uma ligação se formou entre árabes, israelenses e aqueles norte-america-nos. Até mesmo os jornalistas de Ma’ariv entraram na onda e deram seus rolés nos longs... O fotógrafo Yair Hasidoff dis-se que ficou muito feliz em participar da tour: “Não importa a criança que eu tenha fotografado, todas tinham a mesma expressão de felicidade estampada nos rostos. Eu senti que, naquele momento, o conflito foi deixado de lado e que todos podiam curtir os longs. Foi um momento raro e especial”.

Quando eu falei pela primeira vez no Canadá que preten-dia ir aos territórios palestinos, muitos pensavam que eu ti-nha perdido o juízo e havia uma preocupação séria com o meu bem estar. No entanto, eu posso assegurar que, com a ajuda do “Surfing for Peace” e o apoio do Centro Peres, nossa viagem foi segura e conquistamos algo muito signi-ficativo. Nós fizemos algumas pessoas pensarem de forma diferente sobre elas mesmas e sobre o mundo ao redor de-las. Esse pode ser um primeiro passo importante no sentido de abrir mentes e criar um clima para a mudança – e, quem sabe, para a paz.

Armas pela paz em frente ao Muro da Vergonha, Palestina.

pode ser seu!esse cruiser

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• Veja como é facil:

Envie o melhor desenho com um skate cruiser Black Label Emergency , expressando o estilo e identidade da marca. O desenho escolhido vai ganhar um skate Black Label Emergency model OG Cruiser.

• Envie o desenho para: [email protected] com o subject/assunto: Cruiser

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Tudo começou há cerca de 10 anos, quando um grupo de 3 skatistas cruzou os EUA de costa a costa com uma missão: recolher fundos pra uma associação de combate ao cân-cer de mama feminino. Acompanhados de um motorista e

de um fotógrafo-videomaker num carro de apoio, eles conseguiram atrair a atenção de várias pequenas cidades norte-americanas e batizaram a iniciativa como “Push Across America”, algo como “dando impulso pela América”. Pronto, a ideia estava lançada pra ser copiada por quem quer que fosse, da maneira que tivesse de ser.

Paralelo a isso, um grupo de pouco mais de 20 skatistas novaior-quinos resolveu se juntar e andar de skate no meio dos carros num percurso previamente combinado entre eles. Resolveram só por di-versão ver quem chegaria mais rápido no ponto determinado, e a “premiação” foi distribuída sob a forma de cervejas... e meio que criaram uma nova modalidade de competição no skate: a “push race”. Nascia daí o Broadway Bomb, evento que no ano passado reuniu cerca de 1000 pessoas e teve a colaboração da polícia pra liberação das ruas pra passagem do grupo de skatistas.

Como um vírus, a ideia foi se alastrando pelo mundo: um grupo de skatistas australianos cruzou a ilha sobre seus skates, também com intuito beneficente. Depois, outra galera resolveu dar seu rolé pe-las estradas do Marrocos, registrando tudo o que encontravam pela frente. Mais adiante, foi a vez de países andinos como Peru e Bolívia

PoR Guto JimenezFotos Rio GABriel KleinFotos PoRto AlEgRE márcio Benevides

receberem outro grupo que, não satisfeito em andar de skate em altitudes acima dos 5.000 metros, ainda cruzaram a maior estrada salina do planeta sobre seus longs...

Evidentemente, uma novidade dessas não demoraria muito tem-po pra chegar no Brasil. Foram os skatistas de Porto Alegre que ti-veram a ideia de realizar uma push race na cidade, incendiando as ruas da capital gaúcha e inaugurando esse tipo de competição em nosso país. Na verdade, a concepção da prova foi obra do skatista veterano Márcio Benevides, que fez a primeira prova na raça mes-mo: ele bancou tudo financeiramente e teve apoio de amigos pra premiação, confecção dos troféus e mídia online. Como não tem nin-guém melhor do que o próprio idealizador da Porto Alegre Push race pra nos contar a respeito da corrida, vamos deixar que o pró-prio Márcio conte a história: “Em 2009, ano em que a prova foi realizada pela primeira vez, cerca de 30 participantes espan-taram gaudérios e maragatos do bairro Menino Deus, deixando o asfalto mais quente que chimarrão de erva-mate. No ano se-guinte, a coisa melhorou muito com a entrada da loja Top Ska-te como grande parceira da corrida, dividindo os custos com o Márcio e agregando importância à prova, que contou com mais de 80 participantes. Já no ano passado, a coisa literalmente “explodiu” – e mais de 200 skatistas dividiram as ruas do lo-cal!” se você pensou em “iniciativa de sucesso”, não foi por acaso...

também perguntamos ao Márcio a respeito de sua motivação pra realizar tal prova e inscrever seu nome na história do skate brasi-leiro. “A minha grande motivação para realizar um Push Race foi a grande intereração entre todas as modalidades de skate em um evento só. O Push Race é o evento mais democrático que tem. Nele, todas as tribos e tipos de skates se encontram e se

Push races: Dar impulso e ganhar velocidade, sentindo o vento no rosto e deslocando-se de um ponto a outro da maneira mais divertida possível: essa sempre foi e sempre será a essência do ska-te. Nenhum skatista de nenhuma modalidade está livre dessa agradável rotina, comum a todos os que sobem nos “carrinhos” e também nos “carrões”. O movimento de botar um dos pés sobre a tábua, enquanto o outro pisa forte no chão pra fazer com que o skate ande cada vez mais rápido, é tão essencial pra nós como respirar, comer e dormir.

que impulso é esse?

Rio de Janeiro.

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push races

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confraternizam num encontro muito bonito de ver. Outra mo-tivação foi mostrar à sociedade o tamanho do nosso esporte, pois andaríamos de skate em grupo enorme por várias ruas da cidade e isso seria visualizado por muitos, mostrando a todos que skate é algo grande e não é só praticado por adolescentes e crianças. Noto que essa ideia ainda é muito forte entre leigos... Outra coisa que me estimula a realizar esse tipo de evento é que apesar do Push Race não ser um evento de alta performance a disputa que ocorre no pelotão da frente é muito interessante.”

Quer ter uma ideia do que é a disputa pelas primeiras coloca-ções numa prova dessas?! Faz o seguinte, dá uma conferida no vi-deo desse link – e não estranhe se a sua boca ficar cheia d’água... Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=mjWJ2cv-gJ4

Ano passado, o carioca Bruno “NoBru” Ribeiro esteve por trás da “Push in Rio”, evento que tomou as pistas do Aterro do Flamen-go num domingo de outubro quando a via expressa é fechada e vira uma imensa área de lazer. Consciente de que a “família skate” já tem mais do que 4 milhões de integrantes no país, crescendo cada vez mais rápido sobretudo com longboards, ele percebeu o poten-cial da nova modalidade numa cidade que já cultua os longs à beira mar há mais de 10 anos e resolveu também ser jogar na emprei-tada. Veja o que ele mesmo diz: “Depois dos gaúchos arriscarem fazer um evento desses, resolvemos armar um na Cidade Maravi-lhosa. Já tinha aqui um desejo de movimentar a cena, pois o Rio é um ponto de referência no skate, mas a ausência de eventos na área de longboard nos incomodava bastante. A formação do grupo foi muito natural, já que todos nós somos muito amigos e já nos conhecíamos com o carrinho no pé. A nossa equipe enten-de que, por mais que haja uma carência de eventos, não adian-ta nos associar com qualquer marca da praça, pois essas jun-ções representa a identidade do nosso movimento e temos que ter cuidado com isso. Por tanto descolamos só marcas classe A, com ótimos prêmios e uma pequena taxa de inscrição.”

Como dizia a antiga música, “tudo muito bom, tudo muito bem”, certo?! Nada disso: o grande problema foi conseguir autorização da prefeitura da cidade. todos os que já organizaram eventos de ska-te sabem como o poder público é fragmentado, sendo necessário inúmeros documentos, reuniões e muita complicação pra conseguir a devida papelada. só pra você ter uma ideia do drama, os caras conseguiram autorização pro uso do gramado pra montarem tendas mas não podiam usar o asfalto, já que outra administração era res-ponsável por isso e não deram o aval. surreal é pouco! isso tudo com

a novidade se espalhando pela cidade mais rápido que o mosquito da dengue, com o evento “na boca do povo”, como se diz... E ago-ra, NoBru, como é que faz?! “Fora da lei, com certeza. Era o que nós falávamos nas reuniões com essa administração. ‘se não for possí-vel dar o aval, retiraremos o pedido do evento mas a comunidade do skate já está toda mobilizada e é certo de acontecer com ou sem a gente’. Não rolou o aval, mas estávamos contando horas da manhã?”

Pra piorar, a previsão meteorológica não era nada otimista pra semana em que o evento seria realizado, e os caras resolveram pas-sar pra semana seguinte, já que um bocado de skatistas de outros estados já haviam confirmado presença. Dito e feito: muita água caiu no domingo! Era mais uma semana pra tentar o maldito aval do uso o asfalto, que não saiu... “O pensamento era rock’n’roll e atitude, vamos fazer e é isso, temos o aval do gramado. A gen-te monta as coisas ali e quem quiser andar de skate no asfal-to já é de cada um. O dia chega, acordamos e ainda tinha gen-te chegando da noitada, o sol ainda nem tinha raiado e fomos montar. Tudo rolou perfeito, não apareceu um pra atrapalhar o evento. Só alegria, podíamos respirar aliviados!” Não só Bruno e seus amigos – os cerca de 110 participantes também estavam alegres e aliviados.

As push races estão se alastrando pelo país: já rolaram edições em Recife e há promessas de eventos em Brasília e um bem gran-de em são Paulo. se você gosta de competir mas sentia vergonha, adora ambientes descontraídos e cheios de amizade e está a fim de se divertir, então essas corridas são pra você. Pé na tábua, pé no chão e vamos nessa!

Galera em Porto Alegre.

Push Rio.

Push Porto.Garotas vencedoras do Push in Rio.

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Entrevista

Por Fabio bolota

Vamos lá… Começando por qualquer ponto da sua longa trajetória no skate… Como foi se dedicar por tanto tempo em uma modalidade, no caso o downhill slide, que chegou a ficar mais de 10 anos sem campeonato profissional no Brasil? Depois desse longo período, teve o da Ladeira da Morte em 2010…

Eu tive que fazer outras formas de me divulgar, aquela epoca não tinha YouTube ou estas redes sociais que tem hoje em dia, tinha que procurar tvs para fazer materias, fazer demos em campeonatos amadores... Era muito difícil esta época, mas mesmo assim nunca desisti, e a galera falava para eu mudar de modalidade... mas que nada, sabia que um dia isso ia rolar. Em 2005 fui correr o Slide Fest na California, minha carreira na gringa me ajudou muito. Mas correr o Ladeira da Morte em 2010 e 2011 e ganhar os dois eventos foi a chave de ouro pra eu parar com as compe-tições. Hoje em dia, é somente demos e free skating e gravar videos e fotos para mim e meus patrocinadores, ta show!

agora que as modalidades como o downhill slide, speed, longboard, cruiser etc estão bombando, como você vê essa nova têndencia no skate mundial? Alêm de estar em alta, tanto em praticantes quanto em eventos, tem uma linguagem própria. Qual a sua visão disso?

Eu sabia que um dia isso ia rolar, isso serve para queimar a lingua de varias empresas do skate que sempre ignora-vam o skate de ladeira. Agora estão chupando os bagos desta tendência e das modalidades, ou seja, virou moda e tem um monte de empresas ganhando com isso e nao bota o dinheiro de volta neste Mercado. Eu nunca fui skater de moda, eu odeio a moda, mas eu considero muito as empresas que sempre apoiaram o skate de ladeira, e cruisers e long.

SérgioYuppie

“Mágico. Louco. Abusado. Mestre”. Muito já foi dito e escrito a respeito do Rei do Downhill Slide, e você pode acreditar em todos os adjetivos usados pra descrevê-lo. Agora, é a vez do próprio SÉRGIO YUPPIE soltar o verbo nessa entrevista exclusiva à CRVIS3R. O maior ícone das ladeiras brazucas na atualidade dá o seu recado do mesmo jeito que rasga o asfalto pelo mundo - de um jeito ousado, sincero e único. Afinal, já foi 5X campeão mundial do Slide Fest (USA), 1X campeão candadense e 7X campeão brasileiro de downhillslide...Vamos que vamos, que o uretano não pode parar! (GJ)

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entrevista

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Rei das ladeiras e do asfalto, Yuppie tam-bém é skatista “overall”. Qualquer terreno

skatável é um desáfio para ele e não vai ser uma parede que vai limitar seu skate. FS wall ride em alguma praia da Califórnia.

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glês, aí depois disso foi virando. Quando minha parte do video “Flow by Gravity” saiu, o slide estourou mundo afora, vendeu muitos dvds e minha parte foi premiada como a melhor parte do video e eu, o ska-tista revelação. Até hoje os gringos ficam de cara e ainda não con-seguem entender como o slide nosso é estiloso e agressivo! Aí, em 2011, eu pulei o muro e vim andar para Abec 11 Wheels e Jet Bo-ards, eles me dão um bom suporte e eu fico grato porque o presiden-te da empresa, Chris Chaput, patrocina toda a minha familia. Além de mim, tem o Fernando, o Junior e o Christian que têm este suporte, eles estão felizes e fazendo um trabalho legal com os Yuppies.

Você também corre eventos de slalom e speed… Você acre-dita que, mesmo sendo modalidades que envolvem velocida-de e skates especifícos, um pode complementar a performan-ce do outro?

Com toda certeza, o slalom é demais e me ajuda no meu estilo e coordenação. Quando eu corria de street, era para pegar base para ir pra ladeira batendo o tail, e speed eu só ando eu, o skate e a ladei-ra para sentir a adrena e vento na cara, e também serve para sempre estar rápido quando eu vou fazer os slides. Eu só não ando no vert porque não foi minha escola, mas sempre além de slideiro eu quis andar em tudo: dar ollie, grind, dropar transições. Hoje em dia, como o skate está em grande escala, tem muitos skaters sem experiencia, que não tem 5 anos de skate, que até são bons mas só na modadli-dade dele. Se você der um skate com tail, ele não vai saber nem dar um ollie ou dar um grind, ou andar numa mini rampa por exemplo.

Há alguns anos, os brasileiros vêm participando de eventos desconhecidos em geral pelo skate brasileiro, como os even-tos do circuíto mundial de speed e alguns de downhill slide fora do país. Há quanto tempo isso vem acontecendo, quem são os que se destacam nesses circuitos e quais as etapas mais importantes pra você?

os eventos de slide fora do país começaram pelo Slide Fest, na California, que era o mundial de slide, rolou de 2005 a 2009, de-pois tinha o Danger Bay no Canada. Eventos de speed, hoje em dia, é o que ta mais rolando mundo a fora, sempre em todo o planeta. Estão rolando eventos de long board e slide no Chile, Argentina, Es-tados Unidos, Canada, Venezuela, tem ate sliders no Japão, Ingla-terra, Panamá, Costa rica, Colômbia...

Voltando para sua modalidade, o downhill slide, o brasil praticamente foi e é referência como os melhores do mundo e você, pode ser considerado o melhor da modalidade. Quais outros nomes estão se destacando e como os americanos e gringos em geral vêem essa modalidade? Pode-se dizer que tem algum gringo que está chegando perto do seu nível e se tem, quem são?

Falando em slide, temos no Canada nomes como Kyle Martin e Chris Dall, na Inglaterra tem Mark Short e Will Edgecombre, no Chile o Playero Shirimoyo, Martin e Peron, na America tem o rob Carter. Estes skaters têm alto nivel e o style similar dos brazucas, os ve-nezuelanos são muito bons e tem manobras e style diferentes do nosso, mas é bom ver eles andando. Mas de boa, e modestia à par-te, nós Brazucas somos muito agressivos com nosso jeito de andar, sou conhecido fora como o “Brazilian Crazy Style”, isso os gringos tiram o chapeu pra nós. A nova safra de sliders do Brasa ta muito boa, fico feliz pelo que ta acontecendo.

Você tem patrocinio de marcas americanas, com model de rodas e de shape. Conte um pouco a história desses apoios que você tem e como eles vêem o downhill slide no Brasil?

Minha caminhada para isso vem desde 2000, quando vim visitar a América. Foi dificil, porque levou 4 anos para eu aprender a falar in-

Enquanto a ladeira não acabar, as manobras vão saindo a milhão

até o asfalto permitir. Bs layback slide.

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Essas modalidades ficaram tão populares que várias marcas dos anos 70 e começo dos 80 que haviam parados voltaram, com nova linguagem. Como você vê esse “revival” e como as novas marcas estão se estabelecendo nesse novo cenário?

- Nossa, eu me lembro que na Califa em 2002, já tava comecando esta vibe de “back in the days”, e eu já sentia que era demais viver isso. Aí, para isso chegar ao Brasil, levou mais uns anos... e me des-culpa falar agora, eu quero vomitar uma coisa que levou anos. Sem-pre quando eu ia filmar ou fazer algo, sempre tinham os recalcados e faladores que metiam criticas no slide e long board. Eu sempre soube que ia chegar esta hora no Brasil, de que todo mercado, mi-dia e skaters iam viver e achar que isso é legal e faz parte do skate.

Mudando um pouco de foco, tivemos uma perda significante com a morte do Willians Indião, que alêm de ter sido um bata-lhador e ferrenho brigador pelo reconhecimento do downhill slide, era seu amigo pessoal de longa data. Gostaria que fa-lasse um pouco dessa perda e sobre o Indião.

Poxa, eu perdi mais que um amigo, um irmão, eu e o Big, sem-pre e não importava onde, nós dois estávamos lá representando a bandeira do slide. 95 % dos sliders nossos amigos uma epoca de-ram uma parada no skate ou foram pegar onda, mas nós estáva-mos sempre conturbando e querendo nossos direitos em relação ao reconhecimento no skateboarding. Pode ter certeza que, quan-do tava o Narigudo e o Big, alguma presepada ia rolar, claro que no bom sentido (risos), entenda como quiser. (risos) Mas ele sempre foi uma boa pessoa, que deixou muitas saudades entre amigos e familia. Hoje em dia, a minha rotina deu uma mudada depois que o mano se foi, com certeza ele está melhor que nós e dando aquela risada, e falando “que delícia!”

Seus dois filhos, Fernando Yuppie e Junior Yuppie, estão se-guindo o seu caminho, se despontando no cenário nacional e internacional. Como é ver essa continuidade do seu skate nos seus filhos e qual a sensação que sente com isso?

Bom, ainda tem o mais novo, o Christian Yuppie que ta com 5 anos e ta no caminho também. Bom, eu fui pai cedo e quando o Fernan-do Hyena nasceu, eu tinha acabado de passar para pro, e minha vida tava já voltada em só skateboarding. Aí foi natural, eu os levava pra correr eventos, os botava pra invadir minhas voltas no street e aí foi fluindo. Eu tive a visão de que nunca podia forçá-los a andar de skate, e aí eles pegaram na veia. o Fernando Hyena já é pro aqui na Améri-ca e tem model de rodas e deck, ele tem carisma também e a galera gosta muito dele aqui na Califa. Às vezes, tinham diferenças entre eu e ele (risos), porque chegamos a correr 2 campeonatos internacio-nais juntos, e nos dois eu ganhei dele (risos) aí, eu me lembro que tinha desgaste, tipo a gente se via como competidores e às vezes

“Até hoje os gringos ficam de cara e ainda não conseguem entender como o slide nosso é estiloso e agressivo!”

Seja de skatinho, seja de long, as sessions vão aos limites. Big drop sweeper

na orla americana.

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[via Guto Jimenez] Você tem models lançados pelas empre-sas mais conceituadas do mercado de skate em ladeira, virou empresário respeitadíssimo no meio e vê os seus filhos se-guindo os seus passos. Eu particularmente acho que é o me-lhor momento de sua carreira... Concorda, ou ainda falta mais alguma coisa a conquistar?

Poxa Guto, gostei da pergunta! o que falta é eu conquistar cada vez mais skatistas que gostem de skate e slides, e sobre conquis-tas de eventos eu já to de boa, o que eu tinha que fazer já foi feito. Fico muito feliz que, além dos meus filhos, tem muito bons sliders por todo mundo e principalmente no Brasil, o nivel está muito alto, novas manobras... Ta show de bola ver isso, e também espero fazer o melhor de mim para tocar a marca, e futuramente poder oferecer para os atletas um bom suporte, poder retribuir o que eu consegui no skate. Eu tenho muito a fazer, o slide é uma modalidade de elite mas na cena é show de ver. Mas ainda faltam mais eventos, reco-nhecimento e patrocínio para esta nova safra, minha familia é gran-de (risos). To no corre, ainda pago rental e um dia, se Deus quiser, eu compro minha land e faco um skate lab (risos).

Você foi criado e nascido na zona norte de São Paulo, mas mudou há algum tempo para a “Ilha da Magia”, Florianópolis. O que te fez mudar para lá e o que acha daqui quando volta? Dizem que quando consegue largar e sair de São Paulo, quan-do volta, não aguenta muito tempo por aqui…

Em 2005, quando voltei de uma tour pela gringa, tava decidido que já ia me transferir para Florianópolis, pelos motivos de ter um lifestyle mais tranquilo, parar de fazer festa em excesso, baladas, conturbações, descambar... Eu em SP tava perturbado e tava ten-do só desgaste, mas to lá na Ilha já há quase 8 anos. Mas eu amo

esquecíamos de que éramos pai e filho. Mas ainda bem que isso pas-sou, e mostrei para ele que ele é do meu sangue e saiu das minhas bolas, e tenho o maior orgulho dele! o Junior Abelha é foda, creio que de todos eles é quem tem mais style, é atrevido nas manobras e também ama andar de street. Nesse momento estamos aqui na Ca-lifa, porque vim apresentá-lo pessoalmente para os patrôs e mostrar que tenho na manga mais dois skaters além do Hyena.

Falando de futuro, você também tem se dedicado aos negó-cios, com loja em Florianópolis e a marca Curva de Hill. Fale um pouco desse lado de empresário e como estão indo os empreendimentos.

Bom, eu e o Shin Shikuma somos os donos da marca e temos desde 2002, mas há dois anos resolvemos botar a marca para gi-rar sem parar. Antes, nós não tínhamos tempo para tocar a marca porque eu voltava todo meu tempo para me dedicar unicamente a dar retorno para meus patrocinadores. Foi bom pra caramba pode viver por anos o lifestyle de um pro skater, viajar, acordar a hora que quiser, conhecer pessoas, tomar cerveja e tal. Mas aí deu uma luz e resolvi pegar 50% do meu tempo e me dedicar aos negócios e foi a melhor escolha que eu fiz, ao invés de buscar mais patrocínios no Brasa e ficar acomodado somente com patrôs. Na época, decidi ir aos business depois de ter perdido o meu patrocinador principal no Brasil. Como na época de moleque eu fazia uns shapes na garagem dos meus coroas em SP, eu troquei um carro pelas máquinas de sha-pe e aí nao parou mais. A cada 3 meses, venho pros EUA para ir nas fabricas e pegar maIs sabedoria e ta dando certo, to feliz! Minha es-posa Lilian é quem é a gerente da loja e cuida dela, e quando não to andando de skate, to no meu atelier fazendo os decks. Dá o maior trampo, mas ta na veia e gosto de fazer! A companhia ta crescendo, eu e o Shin temos boas ideias fluindo: na linha da marca fazemos 12 medidas de modelos diferentes e também temos a parte de equipa-mentos de segurança.

“Eu nunca fui skater de moda, eu odeio a

moda, mas eu considero muito as empresas que

sempre apoiaram o skate de ladeira.”

Familia Yuppie.

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O caçula já na session desde cedo. Fast jump sobre o filho Christian.

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entrevista

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Aquele belo visual da praia de Venice/CA, pediu um g-turn/

manual com seu long, no boardwalk entre os turistas.

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a minha cidade natal e tenho orgulho disso, meus pais ainda moram na Zona Norte e sempre, pelo menos uma vez por mês ou mais, vou visitá-los e aí aproveito para tambem rever os amigos e andar de skate. Mas a mi-nha cervejinha e meu cigarro, eu não largo mão (risos). o que me afastou mais da cidade grande foi a violência.

Com patrocinador nos Estados Unidos, você tem ido muito para lá, tanto pra acompanhar a marca, quanto pra participar de eventos e demos. Como vê esse mercado americano e como você compara o skate daqui e o americano? Mas sem chavão de falar que aqui não faz e lá sim, pois lá também tem seus problemas, panelas, “haters”, exploração, etc.

Sim, é verdade, o mercado americano não é a ma-ravilha que todos imaginam, tem seus problemas tam-bém. Eu considero umas empresas no Brasil pelo que fazem pelo skate e investem até mais que certas em-presas gringas. Eu mesmo, por mais de 10 anos, tava sendo chupacabrado pelo meu ex patrocinio de board e

rodas aqui da América, aí com a ajuda do Cliff Coleman, fui para a Abec 11. Eles são sérios e realistas também e papo reto, tem que estar bom para os dois lados, atleta e empresa. Vou te falar que hoje em dia, como ta bom-bando cruiser e longs, tem várias empresas aqui de fora estão chupando as outras na cara de pau, pegam o mes-mo design e mandam fazer na China. Por falar em Chi-na, se contam nos dedos aqui na América as empresas que ainda fabricam shapes, rodas e eixos aqui nos EUA, a maioria do Mercado virou xing ling. Antes era somente o Brasil que chupinhava, agora virou zona!

É dificíl dizer apenas alguns poucos nomes, mas consegue listar quem é ou quem são os skatistas de todos os tempos?

Vert: Duane Peters, Tony Hawk, Hosoi, Digo Menezes. Street: Mike Vallely, Tim Brauch. Slide: Cliff Coleman, Fernando Batman, Paulo Coruja, Urso.

Quem é “downhillzeiro” de verdade, vê uma la-deira e já imagina dropar, mesmo sendo proibido

Se tiver uma compe-tição do layback mais long, Yuppie é um dos fortes finalistas, enquanto as rodas aguentarem. Layback rumo ao oceano.

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Page 53: CRVIS3R Skateboarding #01

ou dificíl de encarar. Qual a ladeira mais casca-grossa que já encarou e uma que quis descer e, por algum motivo, não ro-lou até hoje?

No Brasa, ladeira na Zona Norte na travessa da Avenida Mazzei, já saiu até uma foto minha nela na Tribo, é uma parede! Ainda nos dias de hoje, estou sempre em viagem nos olhos na ladeira mais casca para eu dropar. Falando em drope, o mais casca foi a ponte em cima da freeway nos Estados Unidos (capa da Tribo Skate), esse dia eu até pensei na morte, ainda bem to aqui para contar (risos).

Dizem que você é um sucessor do Fernandinho Batman, que foi o maior campeão de downhill slide dos anos 80. Você acha que ele te influenciou diretamente em escolher o downhill slide como sua modalidade e como foi andar com ele anos depois?

Com certeza o Ferna me influenciou muito, eu passava as noites vendo as fitas vhs do Grito da Rua na Ladeira da Morte, e sempre o tomando como influência. Uma coisa bem legal é que eu, desde mo-leque, era amigo dele e por mais que eu fosse o sucessor dele, eu nunca queria ser melhor que o Batman, mas sim sempre seguir os passos dele. Hoje em dia, continuamos amigos e sempre trocamos

altas ideias e sempre tamos fazendo algum tipo de business, ele é uma pessoa muito inteligente... Much respect!

Sérgio Yuppie por Sérgio Yuppie.Pai. Amigo. Louco. Gosta de ficar no hanging out. Fumeta, cham-

piom, às vezes ta na inhaca, gosta de adrenal.Pra finalizar, as considerações finais.Cliff Coleman, minha esposa Lilian, meus pais (Dona Sonia e Se-

nhor Milton), Abec 11, Jet Skateboards, Marcos ET, Shin Shikuma, Nercio Vargas, todo o time Curva de Hill skateboards family, Fer-nando Hyena, Junior Abelha, Christian Yuppie, Fabio Bolota, Bililio, Chris Chaput, nego Nezio Thronn, e em memoria de Willians Indião e Laurence reali.

> SÉrGIO YUPPIE37 anos, 27 de skatePatrocínios: Abec 11, Jet Skateboards, Curva de Hill, Attack Truckse Bolsa Atleta.

A ladeira cheia de pedras e entulhos, não faz parar a vontade de mandar

um half cab tail slide a milhão. A cidade ao fundo é prova disso.

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Samuel Lana - Praia de Ipanema - Rio de Janeiro - Foto: Gabriel Klein

Thiago Bomba - Barriga da Velha - São Paulo/SP - Foto: Caio Matsuí

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Page 55: CRVIS3R Skateboarding #01

Ella Chinelli e Mariana Cecchini - Praia do Arpoador - Rio de Janeiro - Foto: Gabriel Klein Speeeeeeed... - Foto: Gabriel Klein

Marcelo Benevides, LucasFerreira, Diego Schaberle - Polvilho/SP - Foto: Elielton Baby

Floriano “Flóris” Sales e Robby Dolly - Downhill em Pról do Pirulito - Atibaia/SPFoto: Tatiane Fagundes

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Page 56: CRVIS3R Skateboarding #01

Andressa Saturnino - Ladeira da Preguisa/Pq. Ibirapuera - São Paulo/SP - Foto: Fernando Siciliano

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Page 57: CRVIS3R Skateboarding #01

Pedro Seelig - Colina - Jaguariúna/SP - Foto: Rafael Azevedo

Lucas Bou Haya - Drop Do Vina - Rio de Janeiro - Foto: Gabriel Klein

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Page 58: CRVIS3R Skateboarding #01

A vida é curta,

por EDUARDO “DUDU” SARDO fotos VICTOR NIKOLAI

Nós temos um privilégio único aqui no Brasil: andamos em ladeiras, morros e montanhas em nossa floresta nativa. As antigas estradas do complexo da Floresta da Tijuca no Rio (a maior floresta urbana no planeta), Serra da Cantareira em SP, da Mantiqueira em Minas Gerais, Lagoa da Conceição em Floripa e o famoso drope de Teutônia, na Serra Gaúcha. Que tal dar um rolé na VERDADEIRA Floresta Amazônica?! É lá que rola a cena na cidade de Be-lém, no Pará, e quem conta pra gente é o local Eduardo “Dudu” Sardo.(Guto Jimenez)

ande de longem Belém

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belém

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o skate começou no pará em meados da década de 1970, e em 1976 aconteceu o primeiro campeonato na capital do pará. os primeiros longboards apareceram cerca de 20 anos depois, trazidos pelo Alex Cavalcante, um surfista/skatista e empresário local das cenas do surfe e skate.

Junto com o Dudu sardo (fundador e presidente da primeira associação de skate do Nor-te do Brasil, a ApAs), eles realizaram o primeiro evnto na região em 2009 trazendo nin-guém menos que o multicampeão mundial sérgio Yuppie a Belém. Desde então, eventos vêm acontecendo todo ano e em cidades vizinhas, e alguns bons nomes começaram a apa-recer no cenário, como José ohana, Alexandre “sócio” Azevedo, paulo Machado, Akillis, Júnior e vários outros. Alguns desses caras começaram a aparecer em campeonatos em Brasília e são paulo, e alguns tiveram expressivas colocações e causaram ótima impressão.

Embora Belém seja uma cidade quase flat, ao amantes de longboards geralmente fazem as mochilas e correm atrás dos melhores picos. os melhores no estado são localizados a sul-sudeste de Belém, nas cidades de tucuruí, paraupebas, Marabá e ao longo da estrada “pA-primavera”. o pico mais conhecido é o do condomínio Cristal Ville, uma ladeira doce e bem pavimentada onde o pessoal costuma se reunir e mandar suas manobras.

A cena de longboarding paraense vem produzindo a série de vídeos “ A Vida É Curta, Ande De Long” com alguns capítulos. faz assim: dá uma busca no Youtube pra conferir como é andar de skate por aqui. Muita diversão, adrenalina e amizades de montão: assim é Belém!

Ao lado: Dudu Sardo rasgando o asfalto novinho em folha num trecho da PA-Primavera. Acima: O Estádio Olímpico “Mangueirão” nunca mais foi o mesmo depois que os locais descobriram suas curvas e dropes: Alex Caval-cante, layback. Abaixo: (Esquerda) Galera reunida no Cristal Ville. (Direita) Parem o trânsito! Alexandre Sócio causando num nose grab judo slide.

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Page 60: CRVIS3R Skateboarding #01

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Page 61: CRVIS3R Skateboarding #01

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Page 62: CRVIS3R Skateboarding #01

* Larissa de Sousa Sampaio, 39, nasceu em Goiânia, mas vive desde os 5 anos em Brasília. Empresaria, professora de ginástica e personal trainer, é formada em educação física e anda de skate há 10 anos. É a atual campeã do Circuíto Brasileiro de Downhill Slide 2012 - Longboard Feminino.Patrocínio: Grife Larissa Sampaio Sportwear. www.larissasampaio.com.br

Alongando... e andando!por Larissa sampaio*

A revista CrVIS3r Skateboarding vai trazer em todas edições, essa seção voltada para ajudar no seu condicionamento físico e abor-dar também maneiras aconselháveis para uma boa alimentação nutricional. o skate exige bastante do seu corpo e pra isso, convidamos a skatista, professora de ginástica e personal treiner, Larissa Sampaio, para assinar e estreiar essa seção. o papo agora é ALoNGAMENTo.

“praticando e sofrendo lesões há muito tempo, venho observando a importância do alongamento e do fortalecimento muscular para pra-ticar esse esporte extremamente radical que é o skate. Indispensável antes e depois dos treinos, previne lesões musculares e favorece na evolução das manobras. Assim, adaptei uma sequência de alongamentos que devemos dar uma atenção maior a região lombar, aos joelhos e tornozelos, pois são os mais utilizados na hora do seu role de skate... observe abaixo uma sequencia de alongamentos e boa session!”

[1] Segurar com as duas mãos e manter a coluna reta! Pés paralelos e jogar o quadril para trás. Esse exercício é ótimo para região lombar e braços.

[2] Uma mão segurando na barra, outra segurando na ponta do pé, alongando o quadríceps e joelhos.

[3] Apoiar em algum objeto. Para alongar a parte lateral do corpo.

[4] Joelho em 90 graus. Postura reta olhando pra frente. Exercício de força e flexibilidade para o quadril e joelho.

[5] Com as duas pernas flexionadas, passar a perna esquerda sobre a coxa direita, e empurrar com o cotovelo a coxa esquerda.

[6] Elevar o tronco com apoio das mãos no skate, com uma perna e coxa estendida e a outra perna e coxa flexionada.

[7] Com uma perna flexionada e outra estendida, segurar a direita e tentar encostar o pé na cabeça.

[8] Sentada com a perna direita flexionada, segurar o pé esquerdo com as duas mãos e estender a perna, tentando elevar a perna o maximo que puder.

[12] De frente para o skate, afastar as pernas lateralmente. Apoiar as mãos e /ou os cotovelos no skate. Flexionar um joelho. Segurar por 10 segundos e depois flexionar o outro.

[9] Com os joelhos e os pés afastados, peito do pé no solo. Segurar o calcanhar ou a ponta dos pés e forçar o quadril para frente.

[10] Agachar flexionando as pernas e o tronco, apoiando as mãos na barra.

[11] De costas para a barra com apoio nos pés e nas mãos, afastar o quadril da barra.

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HomenagemEssa edição da revista CRVIS3R Skateboarding é

totamente dedicada a homenagear dois impor-tantes skatistas de ladeiras, que certamante esta-riam por diversas vezes estampados nas páginas dessa e de futuras edições.

Este tributo não se dá apenas pela amizade que nutrimos por ambos, mas por suas contribuições primordiais em ajudar no desenvolvimento e na evolução tanto do longboard quanto do downhill slide nacional e mundial.

A dedicação deles não foi apenas momentânea, foi integral praticamente sempre enquanto estavam em vida, e suas consequências serão sentidas eternamente.

Willians Indião e Marquinho Ubaldo... Descansem em paz (RIP)!

O skate agradece por essa contribuição em vida!

Marco Aurélio Ubaldo1968 2012

Willians Indião1970 2011

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Acima: Indião e Marquinho. Na esquerda: Marquinho, juiz no evento Ladeira da Morte, junto com Birinha e Zéquinha Rapanelli. Na direita: Indião

e os amigos Marcos Et, Negrado, Juliano Lilica e Sérgio Yuppie.

Acima: Marquinho deixando as marcas das rodas no berço do downhill slide paulistano: Ladeira da Morte! Abaixo: A arte para o Marquinho era paixão e profissão... Alguns exemplos de seus traços, eternizados nos shapes e no seu próprio model.

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tributo

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Rio GRanDe Do sulpanda & Monio - R. 24 de Outubro, 111 - lj. 42 - Centro - Porto Alegrecomplex skatepark - Av. Protásio Alves, 3839 (esquina com R. Gutemberg) - Porto Alegretrópico surf shop - Av. Francisco Trein, 173 - lj. 362 - Porto AlegreMormaii - R. Túlio de Rose, 80 - Shopping Bourbon Country, Porto Alegre, RSFenix street Wear - R. Julio de Castilhos, 71 - Centro - Bento Gonçalveztop skate - Av Doutor Nilo Peçanha, 2181/Loja 3 - Boa Vista - Porto Alegre - RS

top skate - Av. Independência, 1093 - Independência - Porto Alegre - RS

Rio De JaneiRoBergwind - West Shopping - Est. Mendanha, 555 - Segundo Piso, Loja 259 – Campo GrandeBoards co. - Rua Francisco Otaviano 67 - loja A, B, 30 - Galeria River - Arpoador - 22080-040homey - Rua Fracisco Otaviano, 67 loja 17 - Galeria River - Arpoador - 22080-040street Force - Rua Francisco Otaviano, 67 loja 35 - Galeria River - Arpoador - 22080-040skate & arte - Rua Francisco Otaviano, 67 loja 40 - Galeria River - Arpoador - 22080-040Rollin’ time arpex - Rua Francisco Otaviano, 67 loja 15 - Galeria River - Arpoador - 22080-040sea cult - Av. Cesário de Melo , 3006 loja 118 - Campo Grande - 23052-100

santa cataRinacurva de hill skate Boards - Rua Laurindo Januario da Silveira, 5555 - Florianópolis JBay - Rua Felipe Schmidt, 249, Centro Comercial ARS, loja 209, 1º Piso - Centro - Florianópolispousada hi adventure - Rua Sotero Farias, 610 - Rio Tavares - Florianópolis - 88048-417

são paulo/capital/aBcBanca ibirapuera - Pq. do Ibirapuera (dentro do parque)Balboa Boards - Rua Cunha Gago 284 - Pinheiros - São Paulo - 05421-000Bless skateshop - Rua Turiassu, 603 - Perdizes - São Paulo - 05005-001central surf/centro - Rua 7 de Abril, 368 - Centro - 1044-000central surf - Shopping Aricanduva - Av. Aricanduva, 5555 âncora 9 - Vila Matilde - 3527900Galeria alma do Mar - R. Harmonia, 150 - lj. 05 - Vila Madalena Flow skate shop1 - Av. São João, 439 - 1 andar - loja 233 - Centro - 1035-000Flow skate shop2 - Av. São João, 439 - 2 andar - loja 323 - Centro - 1035-000Forever skate shop - Av. São João, 439 - 3º andar - loja 448 - Centro - 1035000high point - Rua Voluntários da Pátria, 2378 - Santana - 2011600 Kyw higienópolis - Av. Higienópolis, 618 arco lj. 156 - Ibirapuera - 01238-000Mys pot - Rua Alfonso Bovero,

1410 - Pompéia - 05019-010Mission - Rua São João, 439 loja 125 - Centro - 01035-000overboard (aricanduva) - Shopping Leste Aricanduva, Lj. 121/125 - Aricanduvaoverboard (santana) - Rua Dr. Olavo Egídio, 51 - Santana - Red Beach - Av. Júlio Buono, 2070 - Vila Gustavo - 2201-000sativa - R. 24 de maio, 116 - lj 19 - CentrosaM (skate até Morrer) - Av. São João , 439 loja 109 - Centro - 01035-000saM - Av. São João , 439 loja 124 - Centro - 01035-000star point (ibirapuera) - Av. Iraí, 224 - Moemastar point - Shopping Eldorado - Piso 2 - Lj. 329E - Pinheirossecretspot/ curva de hill - Rua dos Patriotas, 548 - São Paulo - 04207-030sick Mind - Alameda Jaú, 1529 - Jardins - São Paulo - sick Mind - Loja Ouro Fino - Rua Augusta, 2690 - lj. 216surf trip (centro) - R. 24 de maio, 199 - Centrosurfavel surfboards - Rua Conselheiro Saraiva, 912 - São Paulo - 02037-021styllus - R. Visconde de Inhaúna, 980 - São Caetano do Sul - terceiro Mundo - R. 24 de maio 62 loja 468, Centro - 01035-000tent beach - Av. Ramiro Colleone, 255 - Santo Andrétoobsland - Rua Cerro Corá, 635 - Lapa - 5061150

são paulo/inteRioRaction now - R. Dr. Thomas Alvez, 216 - Campinasambient skatesurf shop - R. Santa Cruz, 923 - Piracicabaambient skatesurf shop - R. Manoel Conceição, 317 - Vila Rezende - Piracicabaindustria skateshop - Av. Andromeda, 227 - lj. 127 - Jd. Satelite - São José dos CamposDirty Joy - Rua Almeida de Morais, 30, Santos - 11015-450evolution - Av. Mal. Floriano Peixoto, 44 - lj. 96 - Santosa toca skateria - R. Frei Gaspar, 952 - São Vicentetrash skateboards - Av. Prof. Thomaz Galhardo, 454 loja 04 - Centro -UbatubaVahlent Boardshop - Avenida Siqueira Campos, 51 - Jacareí - Centro - 12308-190

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