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CURSO DE DIREITO DO TRABALHO

Curso de Direito do Trabalho

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Page 1: Curso de Direito do Trabalho

Curso de direito do trabalho

Page 2: Curso de Direito do Trabalho

1ª edição — março, 2015

2ª edição — janeiro, 2016

3ª edição — março, 2017

4ª edição — abril, 2018

5ª edição — junho, 2019

Page 3: Curso de Direito do Trabalho

GeorGenor de SouSa Franco Filho

Desembargador do Trabalho de carreira do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. Doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Doutor Honoris Causa e

Professor Titular de Direito Internacional e de Direito do Trabalho da Universidade da Amazônia. Presidente Honorário da Academia Brasileira de Direito do Trabalho e Membro de Número da

Academia Ibero-Americana de Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social, e Membro da Academia Paraense de Letras e da Academia Paraense de Letras Jurídicas.

Curso de direito do trabalho

5ª edição atualizado, ampliado e reviSado

inclui Índice alFabético-remiSSivo

Page 4: Curso de Direito do Trabalho

EDITORA LTDA.© Todos os direitos reservados

Rua Jaguaribe, 571CEP 01224-003São Paulo, SP – BrasilFone (11) 2167-1101www.ltr.com.brJunho, 2019

Produção Gráfica e Editoração Eletrônica: LINOTECProjeto de Capa: FABIO GIGLIOImpressão: PSP DIGITAL

Versão impressa: LTr 6197.5 — ISBN: 978-85-361-9987-0

Versão digital: LTr 9566.5 — ISBN: 978-85-301-0038-4

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Franco Filho, Georgenor de Sousa

Curso de direito do trabalho / Georgenor de Sousa Franco Filho. -- 5. ed. atual., ampl. e rev. -- São Paulo : LTr, 2019.

Bibliografia.

ISBN 978-85-361-9987-0

1. Direito do trabalho 2. Direito do trabalho -Brasil I. Título.

19-24934 CDU-34:331(81)

Índice para catálogo sistemático:

1. Brasil : Direito do trabalho 34:331(81)

Page 5: Curso de Direito do Trabalho

Um homem se humilha

Se castram seu sonho

Seu sonho é sua vida

E a vida é trabalho

E sem o seu trabalho

Um homem não tem honra

E sem a sua honra

Se morre, se mata

Não dá pra ser feliz

(versos de Guerreiro menino, de Fagner)

À memória de meus Pais,

Hermínia e Georgenor Franco,

a saudade é o relógio da memória.

Ao meu trio familiar,

Elza, Carolina e Georgenor Neto,

sempre.

Page 6: Curso de Direito do Trabalho
Page 7: Curso de Direito do Trabalho

sumário

PREFÁCIO À QUINTA EDIÇÃO ............................................................................................................... 25

PREFÁCIO À QUARTA EDIÇÃO .............................................................................................................. 27

PREFÁCIO À TERCEIRA EDIÇÃO ........................................................................................................... 29

PREFÁCIO À SEGUNDA EDIÇÃO ........................................................................................................... 31

PREFÁCIO ................................................................................................................................................. 33

PREÂMBULO ............................................................................................................................................ 35

PRINCIPAIS SIGLAS E ABREVIATURAS ................................................................................................. 37

parte idireito individual do trabalho

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO .................................................................. 43

1. ASPECTOS PRELIMINARES .................................................................................................................. 431.1. Conceito ....................................................................................................................................... 431.2. Fundamentos ................................................................................................................................ 451.3. Formação histórica ....................................................................................................................... 461.4. Princípios ..................................................................................................................................... 48

1.4.1. Fases do princípio da boa-fé ........................................................................................... 491.5. Conteúdo ...................................................................................................................................... 50

2. RELAÇÕES COM OUTROS RAMOS DA CIÊNCIA JURÍDICA E DO CONHECIMENTO .................... 50

3. FONTES .................................................................................................................................................. 513.1. Fontes formais no direito brasileiro ............................................................................................. 513.2. Fontes subsidiárias ....................................................................................................................... 52

4. APLICAÇÃO ........................................................................................................................................... 53

5. DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL .................................................................................................. 55

CAPÍTULO II – DIREITO INTERNACIONAL DO TRABALHO .................................................................. 57

1. AUTONOMIA E FINALIDADE............................................................................................................... 57

2. ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT) ................................................................ 572.1. Princípios da OIT ......................................................................................................................... 582.2. Estrutura e ação da OIT ............................................................................................................... 58

Page 8: Curso de Direito do Trabalho

8Curso de Direito do Trabalho

Georgenor de Sousa Franco Filho

3. PRINCÍPIOS DO DIREITO INTERNACIONAL DO TRABALHO .......................................................... 603.1. Princípios da justiça e da política social ....................................................................................... 603.2. Princípio da igualdade de direitos e oportunidades ..................................................................... 613.3. Princípio do respeito aos direitos humanos ................................................................................. 613.4. Princípio da solução pacífica de conflitos .................................................................................... 62

4. APLICAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL DO TRABALHO .......................................................... 63

5. A QUESTÃO DA SUPRALEGALIDADE ................................................................................................. 65

6. APLICAÇÃO DAS CITS NA JUSTIÇA DO TRABALHO ......................................................................... 66

CAPÍTULO III – DIREITO CONSTITUCIONAL DO TRABALHO .............................................................. 67

1. CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO ............................................................... 67

2. EVOLUÇÃO CONSTITUCIONAL NO BRASIL ...................................................................................... 672.1. Constituição de 1824 ................................................................................................................... 682.2. Constituição de 1891 ................................................................................................................... 682.3. Constituição de 1934 ................................................................................................................... 682.4. Constituição de 1937 ................................................................................................................... 682.5. Constituição de 1946 ................................................................................................................... 692.6. Constituição de 1967 ................................................................................................................... 692.7. Constituição de 1988 ................................................................................................................... 69

3. DIREITOS SOCIAIS ................................................................................................................................ 703.1. Direito à Educação ....................................................................................................................... 703.2. Direito à Saúde ............................................................................................................................. 703.3. Direito à Alimentação ................................................................................................................... 713.4. Direito ao Trabalho ....................................................................................................................... 713.5. Direito à Moradia ......................................................................................................................... 713.6. Direito ao Transporte .................................................................................................................... 723.7. Direito ao Lazer ............................................................................................................................ 72

3.7.1. Formas mais usuais de entretenimento .......................................................................... 723.7.2. Prática do desporto ......................................................................................................... 733.7.3. Dois casos específicos: menores e idosos ....................................................................... 74

3.8. Direito à Segurança ...................................................................................................................... 753.9. Direito à Previdência Social .......................................................................................................... 753.10. Direito de Proteção à Maternidade e à Infância ............................................................................ 763.11. Direito de Assistência aos Desamparados..................................................................................... 763.12. Direito à Felicidade ...................................................................................................................... 77

3.12.1. A doutrina da felicidade ................................................................................................. 773.12.2. Direito constitucional à felicidade .................................................................................. 793.12.3. Índice de felicidade no reino do Butão ........................................................................... 803.12.4. Índice de felicidade no Brasil e nas Nações Unidas ........................................................ 833.12.5. Encontro da felicidade .................................................................................................... 85

4. DIREITOS TRABALHISTAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS ................................................................... 86

5. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO .................................................................................... 88

CAPÍTULO IV – DIREITO ADMINISTRATIVO DO TRABALHO ............................................................... 91

1. A REFORMA DE 2019 ............................................................................................................................ 91

2. ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO .................................................................................... 92

Page 9: Curso de Direito do Trabalho

9

Sumário

3. MINISTÉRIO DA ECONOMIA E SUAS ATRIBUIÇÕES ......................................................................... 93

4. FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO ........................................................................................................... 93

CAPÍTULO V – CONTRATO DE TRABALHO .............................................................................................. 95

1. AS DISTINTAS FORMAS DE RELAÇÕES DE TRABALHO .................................................................... 951.1. Fases da Contratação .................................................................................................................... 95

2. CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO .......................................................................................... 962.1. Características do Contrato de Trabalho ...................................................................................... 972.2. Classificação do Contrato de Trabalho ......................................................................................... 972.3. Tipos Comuns de Contrato de Trabalho ...................................................................................... 98

2.3.1. Por prazo indeterminado ................................................................................................ 982.3.2. Por prazo determinado ................................................................................................... 98

2.3.2.1. De experiência ................................................................................................ 992.3.2.2. Por obra certa ................................................................................................. 992.3.2.3. Para acréscimo de empregados ....................................................................... 992.3.2.4. De trabalho temporário .................................................................................. 100

2.3.3. De trabalho rural ............................................................................................................ 1012.3.4. Em tempo parcial ........................................................................................................... 1022.3.5. Trabalho intermitente ..................................................................................................... 103

2.3.5.1. Tratamento no direito comparado .................................................................. 1032.3.5.2. Formas de prestação do trabalho intermitente ............................................... 1042.3.5.3. Pontos polêmicos ........................................................................................... 105

2.4. Contratos Afins ............................................................................................................................ 1072.4.1. De trabalho avulso .......................................................................................................... 1072.4.2. De trabalho avulso não portuário ................................................................................... 1102.4.3. Autônomo....................................................................................................................... 113

2.4.3.1. Motorista Uber ............................................................................................... 1152.4.4. Vendedor ambulante ...................................................................................................... 1162.4.5. Diarista ........................................................................................................................... 1172.4.6. Eventual .......................................................................................................................... 1172.4.7. Estagiário ........................................................................................................................ 118

2.4.7.1. Evolução legislativa ........................................................................................ 1182.4.7.2. Natureza jurídica ............................................................................................ 1182.4.7.3. A prestação do estágio .................................................................................... 1192.4.7.4. O recesso do estagiário ................................................................................... 1192.4.7.5. Responsabilidade no estágio ........................................................................... 121

2.4.8. Por equipe ...................................................................................................................... 1212.4.9. Trabalho em cooperativas ............................................................................................... 121

2.4.9.1. Origem e regime jurídico ................................................................................ 1212.4.9.2. Definição ........................................................................................................ 1222.4.9.3. Classificação ................................................................................................... 1222.4.9.4. Normas civilistas ............................................................................................ 1222.4.9.5. Objeto ............................................................................................................. 1232.4.9.6. Ingresso .......................................................................................................... 1232.4.9.7. Características ................................................................................................ 1232.4.9.8. Contribuição previdenciária de cooperativas ................................................. 124

2.4.10. Parassubordinação .......................................................................................................... 127

Page 10: Curso de Direito do Trabalho

10Curso de Direito do Trabalho

Georgenor de Sousa Franco Filho

3. OUTROS TIPOS DE CONTRATO ........................................................................................................... 1283.1. De Prestação de Serviços .............................................................................................................. 1283.2. De Trabalho Voluntário ................................................................................................................ 1283.3. De Representação Comercial ........................................................................................................ 1293.4. De Franquia .................................................................................................................................. 1293.5. De Empreitada .............................................................................................................................. 1303.6. De Subempreitada ........................................................................................................................ 1313.7. De Mandato .................................................................................................................................. 1323.8. De Corretagem ............................................................................................................................. 132

3.8.1. Corretores de imóveis ..................................................................................................... 1333.9. De Trabalho Multifuncional ......................................................................................................... 133

CAPÍTULO VI – EXERCÍCIO DE ALGUMAS PROFISSÕES ....................................................................... 135

1. ATLETA PROFISSIONAL ........................................................................................................................ 1351.1. Histórico do Desporto no Brasil ................................................................................................... 1351.2. Legislação Brasileira sobre Desporto ............................................................................................ 1361.3. Peculiaridades das Questões Desportivas ..................................................................................... 137

1.3.1. Passe ............................................................................................................................... 1371.3.2. Direito de arena .............................................................................................................. 1381.3.3. Bicho e luvas ................................................................................................................... 1391.3.4. Concentração .................................................................................................................. 1391.3.5. Jornada de trabalho ........................................................................................................ 140

2. RADIOLOGISTA ..................................................................................................................................... 140

3. MÉDICO ................................................................................................................................................. 141

4. DENTISTA ............................................................................................................................................... 141

5. ENGENHEIRO E ENGENHEIRO-AGRÔNOMO ................................................................................... 141

6. ARQUITETO E URBANISTA .................................................................................................................. 142

7. PROFESSORES ........................................................................................................................................ 1427.1. A Atividade Docente ..................................................................................................................... 1427.2. Faltas do Professor e Reposições de Aulas ................................................................................... 144

7.2.1. As diversas situações legais ............................................................................................ 1447.2.2. A solução mais indicada ................................................................................................. 146

8. TURISMÓLOGO ..................................................................................................................................... 147

9. CABELEIREIRO, MANICURE E ASSEMELHADOS ............................................................................... 149

10. SOMMELIER ............................................................................................................................................ 151

11. DISC-JOCKEY (DJ) .................................................................................................................................. 15211.1. Sentido da Profissão ..................................................................................................................... 15211.2. A Atividade de Disc-Jockey (DJ) ................................................................................................... 15311.3. De Lege Ferenda: À Regulamentação Vetada ................................................................................. 155

12. ARTISTA .................................................................................................................................................. 156

13. COMERCIÁRIO ...................................................................................................................................... 157

14. JORNALISTA ........................................................................................................................................... 159

15. RADIALISTA ........................................................................................................................................... 160

16. CABINEIRO DE ELEVADOR .................................................................................................................. 162

Page 11: Curso de Direito do Trabalho

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Sumário

17. ÍNDIO TRABALHADOR ......................................................................................................................... 162

18. EMPREGADO DOMÉSTICO .................................................................................................................. 16318.1. Evolução e Características ............................................................................................................ 16318.2. Emenda Constitucional n. 72/2013 .............................................................................................. 16418.3. A lei complementar n. 150/2015 .................................................................................................. 16518.4. Contrato de trabalho .................................................................................................................... 166

18.4.1. Celebração ...................................................................................................................... 16618.4.2. Rompimento ................................................................................................................... 166

18.4.2.1. Proibição de dispensa arbitrária ou injusta .................................................... 16718.4.2.2. Seguro-desemprego ........................................................................................ 16718.4.2.3. Aviso-prévio .................................................................................................... 168

18.5. Salário e remuneração .................................................................................................................. 16918.5.1. 13º Salário ...................................................................................................................... 16918.5.2. Vale-transporte ............................................................................................................... 16918.5.3. Crime de retenção dolosa ............................................................................................... 16918.5.4. Família em viagem ......................................................................................................... 16918.5.5. Sobreaviso e prontidão ................................................................................................... 17018.5.6. Salário-família ................................................................................................................. 170

18.6. Casos de interrupção .................................................................................................................... 17018.6.1. Proteção à maternidade .................................................................................................. 17018.6.2. Licença-paternidade ....................................................................................................... 17118.6.3. Repouso semanal ............................................................................................................ 17118.6.4. Férias .............................................................................................................................. 171

18.7. Jornada de trabalho ...................................................................................................................... 17118.7.1. Intervalos ........................................................................................................................ 17218.7.2. Controle de frequência ................................................................................................... 17318.7.3. Jornada 12x36 ................................................................................................................ 17318.7.4. Adicional noturno .......................................................................................................... 174

18.8. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ..................................................................................... 17418.9. Outros Direitos ............................................................................................................................. 174

18.9.1. Previdência social ........................................................................................................... 17418.9.2. Fiscalização do trabalho doméstico ................................................................................ 17518.9.3. Riscos inerentes ao trabalho ........................................................................................... 17518.9.4. Negociação coletiva ........................................................................................................ 17618.9.5. Proibição de discriminação ............................................................................................ 17618.9.6. Trabalho do menor ......................................................................................................... 17718.9.7. Creches e pré-escolas ..................................................................................................... 17718.9.8. Seguro contra acidente de trabalho ................................................................................ 178

18.10. Descontos Permitidos e Proibidos ................................................................................................ 17818.11. Simples Doméstico ....................................................................................................................... 17918.12. Os direitos excluídos .................................................................................................................... 18018.13. Convenção n. 189/2011 ............................................................................................................... 18018.14. Perspectivas para a Relação de Trabalho Doméstico .................................................................... 182

19. GUARDADOR E LAVADOR AUTÔNOMO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES ...................................... 185

20. ADVOGADO ........................................................................................................................................... 186

21. MÚSICO .................................................................................................................................................. 188

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12Curso de Direito do Trabalho

Georgenor de Sousa Franco Filho

CAPÍTULO VII – OUTRAS FORMAS DE CONTRATAÇÃO ........................................................................ 190

1. TELETRABALHO .................................................................................................................................... 190

2. PEJOTIZAÇÃO ........................................................................................................................................ 193

3. TERCEIRIZAÇÃO ................................................................................................................................... 1943.1. Parâmetros Gerais ........................................................................................................................ 1943.2. Em Empresas de Energia Elétrica e de Telecomunicações ........................................................... 1973.3. Em Bancos .................................................................................................................................... 199

4. QUARTEIRIZAÇÃO ................................................................................................................................ 200

5. DESLOCALIZAÇÃO ............................................................................................................................... 2015.1. Deslocalização Internacional ........................................................................................................ 201

5.1.1. Deslocalização na União Europeia ................................................................................. 2025.2. Deslocalização Interna.................................................................................................................. 204

5.2.1. Identificação e características ......................................................................................... 2045.2.2. A realidade inegável e um norte a seguir ........................................................................ 205

6. TRABALHO NO ESTRANGEIRO ........................................................................................................... 2076.1. Aspectos Gerais ............................................................................................................................ 2076.2. Elementos de Conexão ................................................................................................................. 2096.3. Conflito de leis ............................................................................................................................. 2106.4. Ordem Pública e Fraude à Lei ...................................................................................................... 2116.5. Situações Especiais ....................................................................................................................... 212

6.5.1. Aeronautas e marítimos .................................................................................................. 2126.5.2. Técnicos estrangeiros no Brasil ...................................................................................... 212

7. TRABALHO PARA ENTES DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO ............................................... 2137.1. Sujeitos ......................................................................................................................................... 2137.2. Estados ......................................................................................................................................... 215

7.2.1. Elementos e Direitos....................................................................................................... 2157.2.2. Tipos de Estados ............................................................................................................. 2167.2.3. Surgimento, transformação, extinção, substituição e reconhecimento de Estado ......... 2167.2.4. Órgãos de representação do Estado ................................................................................ 217

7.3. Organizações Internacionais ........................................................................................................ 2187.4. Coletividades Não Estatais ........................................................................................................... 2197.5. Outras Coletividades .................................................................................................................... 220

8. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA .............................................................................................................. 2208.1. Direito ao trabalho, habilitação e reabilitação profissional e inclusão no mercado de trabalho .. 221

CAPÍTULO VIII – SUJEITOS: EMPREGADO E EMPREGADOR ................................................................. 222

1. O EMPREGADO ..................................................................................................................................... 2221.1. Identificação Profissional ............................................................................................................. 222

1.1.1. CTPS ............................................................................................................................... 2221.1.1.1. CTPS digital .................................................................................................... 223

1.1.2. Registro de empregados .................................................................................................. 2231.2. Empregado hipersuficiente........................................................................................................... 224

1.2.1. Críticas ao modelo .......................................................................................................... 2241.2.2. Remuneração .................................................................................................................. 2251.2.3. Direito adquirido e direitos garantidos........................................................................... 226

Page 13: Curso de Direito do Trabalho

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Sumário

2. EMPREGADOR ....................................................................................................................................... 2262.1. Desconsideração do Empregador ................................................................................................. 2272.2. Grupo de Empresas ...................................................................................................................... 2282.3. Alteração na Estrutura da Empresa .............................................................................................. 2282.4. Sucessão de Empregador .............................................................................................................. 229

2.4.1. Responsabilidade de sócios ............................................................................................ 2302.4.2. Jurisprudência acerca de sucessão trabalhista ................................................................ 230

2.5. Recuperação e Falência da Empresa ............................................................................................. 2312.5.1. Recuperação Judicial ...................................................................................................... 2312.5.2. Falência da empresa ....................................................................................................... 232

3. DIREITOS E DEVERES DAS PARTES ..................................................................................................... 233

4. ALTERAÇÕES DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO ............................................................................... 2344.1. Casos mais Costumeiros............................................................................................................... 2344.2. Transferência do Empregado ........................................................................................................ 2374.3. Jus Variandi x Jus Resistentiae ....................................................................................................... 2384.4. Transferência para o Exterior ....................................................................................................... 238

4.4.1. Engenheiros e assemelhados .......................................................................................... 2384.4.1.1. Lei aplicável .................................................................................................... 2384.4.1.2. Salário ............................................................................................................. 2394.4.1.3. Férias .............................................................................................................. 2394.4.1.4. Hipóteses de retorno ....................................................................................... 2404.4.1.5 FGTS ............................................................................................................... 2404.4.1.6. Outros aspectos .............................................................................................. 241

4.4.2. Empregados brasileiros no exterior ................................................................................ 2414.5. Desvio de função e acúmulo de funções ...................................................................................... 241

CAPÍTULO IX – SUSPENSÃO, INTERRUPÇÃO E EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO .......... 243

1. SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ...................................................... 2431.1. Conceito e Distinção .................................................................................................................... 2431.2. Hipóteses de Suspensão ................................................................................................................ 244

1.2.1. Auxílio-doença ............................................................................................................... 2441.2.2. Aposentadoria por invalidez ........................................................................................... 2441.2.3. Serviço Militar e Encargo Público .................................................................................. 2451.2.4. Mandato sindical ............................................................................................................ 2461.2.5. Suspensões disciplinar e para apuração de falta grave ................................................... 2461.2.6. Greve .............................................................................................................................. 2471.2.7. Prisão preventiva ............................................................................................................ 2471.2.8. Inquérito administrativo ................................................................................................ 2471.2.9. Acidente de trabalho ...................................................................................................... 247

1.2.9.1. Acidente de trabalho fora do trabalho ............................................................ 2481.2.10. Aborto criminoso ........................................................................................................... 2491.2.11. Violência doméstica e familiar ........................................................................................ 2491.2.12. Qualificação profissional ................................................................................................ 250

1.3. Hipóteses de Interrupção ............................................................................................................. 2511.3.1. Ausências legais .............................................................................................................. 2511.3.2. Doença ............................................................................................................................ 252

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14Curso de Direito do Trabalho

Georgenor de Sousa Franco Filho

1.3.3. Gestante .......................................................................................................................... 2521.3.4. Repouso semanal remunerado, feriados e férias............................................................. 2521.3.5. Testemunha .................................................................................................................... 2521.3.6. Licença-Paternidade ....................................................................................................... 2531.3.7. Jurado ............................................................................................................................. 2541.3.8. Aborto não criminoso ..................................................................................................... 2541.3.9. Motivo de segurança nacional ........................................................................................ 2541.3.10. Paralisação da empresa ................................................................................................... 2551.3.11. Meio ambiente de trabalho inadequado ......................................................................... 2551.3.12. Exame vestibular ............................................................................................................ 2561.3.13. Reunião de organismo internacional .............................................................................. 2561.3.14. Consultas médicas .......................................................................................................... 256

1.4. Efeitos nos Contratos ................................................................................................................... 256

2. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ....................................................................................... 2572.1. Formas .......................................................................................................................................... 257

2.1.1. Quitação ......................................................................................................................... 2582.1.2. Quantidade de empregados despedidos ......................................................................... 259

2.1.2.1. Dispensa individual ........................................................................................ 2602.1.2.2. Dispensa individual plúrima .......................................................................... 2602.1.2.3. Dispensa coletiva ............................................................................................ 260

2.2. Modalidades ................................................................................................................................. 2612.2.1. Dispensa imotivada, arbitrária e discriminatória ........................................................... 2612.2.2. Dispensa por justa causa ................................................................................................ 262

2.2.2.1. Noções gerais .................................................................................................. 2622.2.2.2. Casos de justa causa ....................................................................................... 263

2.2.2.2.1. Faltas graves praticadas pelo empregado ...................................... 2632.2.2.2.2. Faltas graves praticadas pelo empregador .................................... 270

2.2.3. Rescisão por acordo ........................................................................................................ 273

3. OUTRAS HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ............................................ 2743.1. Culpa Recíproca ........................................................................................................................... 2743.2. Demissão ...................................................................................................................................... 2743.3. Cumprimento de Obrigações Legais ............................................................................................ 2743.4. Morte do Empregador Pessoa Física ............................................................................................ 2743.5. Morte do Empregado .................................................................................................................... 2753.6. De Contrato por Prazo Determinado ........................................................................................... 2753.7. Factum Principis ............................................................................................................................ 2763.8. Seguro-desemprego ...................................................................................................................... 276

CAPÍTULO X – AVISO-PRÉVIO .................................................................................................................... 279

1. GENERALIDADES .................................................................................................................................. 279

2. AVISO-PRÉVIO PROPORCIONAL ......................................................................................................... 280

3. INDENIZAÇÃO ADICIONAL ................................................................................................................. 281

CAPÍTULO XI – APOSENTADORIA E O CONTRATO DE TRABALHO .................................................... 282

1. A CONDIÇÃO DE APOSENTADO À LUZ DA CLT ............................................................................... 282

2. A SITUAÇÃO ANTE A NORMA VIGENTE ............................................................................................ 283

Page 15: Curso de Direito do Trabalho

15

Sumário

3. A JURISPRUDÊNCIA E O PROBLEMA DA ACUMULAÇÃO ................................................................ 285

4. DESAPOSENTAÇÃO E REAPOSENTAÇÃO ........................................................................................... 2874.1. Posição do STF: será o fim da desaposentação? ........................................................................... 288

CAPÍTULO XII – GARANTIA DE EMPREGO .............................................................................................. 290

1. GENERALIDADES SOBRE O INSTITUTO ............................................................................................. 290

2. ESTABILIDADE DECENAL .................................................................................................................... 291

3. CASOS DE GARANTIA DE EMPREGO .................................................................................................. 2923.1. Acidente do Trabalho ................................................................................................................... 2933.2. Membro de CCP ........................................................................................................................... 2933.3. Dirigente de Cooperativa ............................................................................................................. 2943.4. Empregado Reabilitado e Deficiente Habilitado ........................................................................... 2943.5. Representante de Empregados no CNPS ...................................................................................... 2943.6. Representante de Empregados no Conselho Curador do FGTS .................................................. 2953.7. Dirigente Sindical ......................................................................................................................... 2953.8. Cipeiro .......................................................................................................................................... 2973.9. Gestante ........................................................................................................................................ 2973.10. Empregados do Estado ................................................................................................................. 2983.11. Portador de HIV ........................................................................................................................... 2993.12. Representante dos empregados em comissão de empresa ............................................................ 299

4. PROGRAMA SEGURO-EMPREGO ......................................................................................................... 3004.1. Mecanismos para seu funcionamento .......................................................................................... 3014.2. Negociação para o acordo coletivo ............................................................................................... 3024.3. Exigências para sua implementação ............................................................................................. 3034.4. Previdência social e FGTS ............................................................................................................ 3034.5. Exclusão do programa .................................................................................................................. 304

CAPÍTULO XIII – DANOS AO TRABALHADOR ......................................................................................... 305

1. TIPOS DE DANO E NECESSIDADE DE REPARAÇÃO .......................................................................... 305

2. DANO EXTRAPATRIMONIAL: AS REGRAS DA CLT ............................................................................ 306

3. DANO MORAL/ DANO EXTRAPATRIMONIAL..................................................................................... 3083.1. Assédio Sexual .............................................................................................................................. 3113.2. Assédio Processual ....................................................................................................................... 3113.3. Revista Íntima ............................................................................................................................... 3133.4. Dano Biológico ............................................................................................................................. 3153.5. Assédio Moral e Dano Psicológico ............................................................................................... 3153.6. Dano Existencial........................................................................................................................... 317

4. DANO MATERIAL/PATRIMONIAL ........................................................................................................ 317

5. DANO ESTÉTICO ................................................................................................................................... 318

6. DANO COLETIVO .................................................................................................................................. 318

7. ACIDENTE DO TRABALHO .................................................................................................................. 3197.1. Indenização pelos danos ao trabalhador ...................................................................................... 319

8. PARAMETRIZAÇÃO DO DANO EXTRAPATRIMONIAL....................................................................... 3208.1. Cumulação de pedidos ................................................................................................................. 3208.2. Critérios para apreciação do dano ................................................................................................ 3218.3. Tabelamento do dano ................................................................................................................... 321

Page 16: Curso de Direito do Trabalho

16Curso de Direito do Trabalho

Georgenor de Sousa Franco Filho

CAPÍTULO XIV – SALÁRIO E REMUNERAÇÃO ........................................................................................ 323

1. DISTINÇÕES NECESSÁRIAS ................................................................................................................. 323

2. ELEMENTOS CARACTERIZADORES DO SALÁRIO ............................................................................ 323

3. ELEMENTOS INTEGRANTES DO SALÁRIO ........................................................................................ 3243.1. Comissão ...................................................................................................................................... 3243.2. Percentagem ................................................................................................................................. 3243.3. Diárias .......................................................................................................................................... 3243.4. Reembolso de Despesas ................................................................................................................ 3253.5. Abonos ......................................................................................................................................... 3253.6. Prêmios ......................................................................................................................................... 3253.7. Gratificações Ajustadas ................................................................................................................ 3253.8. Participação nos Lucros e Resultados ........................................................................................... 325

3.8.1. Lucro social .................................................................................................................... 326

4. ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E DE PERICULOSIDADE ............................................................ 3264.1. Finalidade e Alcance dos Adicionais ............................................................................................ 3264.2. Cumulação dos Adicionais ........................................................................................................... 328

4.2.1. A regra das Convenções ns. 148 e 155 da OIT ............................................................... 3294.2.2. O ajuste necessário na legislação brasileira .................................................................... 330

4.3. Base de cálculo ............................................................................................................................. 332

5. ADICIONAL DE PENOSIDADE E ADICIONAL DE ALTURA ............................................................... 333

6. SALÁRIO IN NATURA ............................................................................................................................. 3346.1. Utilidades Excluídas da Natureza Salarial .................................................................................... 334

7. VALE-CULTURA ..................................................................................................................................... 335

8. VALE-TRANSPORTE .............................................................................................................................. 335

9. VALE-ALIMENTAÇÃO ........................................................................................................................... 336

10. GORJETA ................................................................................................................................................ 33710.1. Gueltas ......................................................................................................................................... 338

11. CLASSIFICAÇÃO DA REMUNERAÇÃO ................................................................................................ 338

12. PROTEÇÃO DO SALÁRIO ..................................................................................................................... 33912.1. Importância do Salário ................................................................................................................. 33912.2. Tipos de Garantias ........................................................................................................................ 340

12.2.1. Defesa do salário em face do empregador ...................................................................... 34012.2.2. Defesa do salário em face dos credores do empregado ................................................... 34112.2.3. Defesa do salário em face dos credores do empregador ................................................. 34112.2.4. Defesa do salário em face da família do empregado ....................................................... 342

13. SALÁRIO MÍNIMO ................................................................................................................................. 342

14. PISO SALARIAL E SALÁRIO PROFISSIONAL ....................................................................................... 343

15. GRATIFICAÇÃO DE NATAL .................................................................................................................. 344

16. 14º SALÁRIO ........................................................................................................................................... 345

17. ISONOMIA SALARIAL ........................................................................................................................... 34517.1. Generalidades ............................................................................................................................... 34517.2. Requisitos da Equiparação ........................................................................................................... 346

17.2.1. Identidade de funções .................................................................................................... 347

Page 17: Curso de Direito do Trabalho

17

Sumário

17.2.2. Trabalho de igual valor ................................................................................................... 347

17.2.3. Tempo de serviço ............................................................................................................ 348

17.2.4. Mesmo empregador ........................................................................................................ 348

17.2.5. Mesmo estabelecimento ................................................................................................. 348

17.2.6. Contemporaneidade da prestação de serviços ................................................................ 349

17.2.7. Multa por discriminação ................................................................................................ 349

17.3. Casos que Excluem a Equiparação ............................................................................................... 349

17.3.1. Existência de quadro de carreira ou plano de cargos e salários ..................................... 349

17.3.2. Regime de readaptação ................................................................................................... 350

17.3.3. Vantagens de caráter pessoal .......................................................................................... 350

18. EQUIVALÊNCIA SALARIAL ................................................................................................................... 350

19. SALÁRIO-SUBSTITUIÇÃO ..................................................................................................................... 350

20. ABONO SALARIAL ................................................................................................................................. 351

21. ACESSÓRIOS DO TRABALHADOR ....................................................................................................... 351

CAPÍTULO XV – TRABALHO DA MULHER ................................................................................................ 353

1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA ....................................................................................................................... 353

2. PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER........................................................................................... 354

2.1. No Direito Internacional .............................................................................................................. 354

2.2. No Direito Comparado ................................................................................................................. 356

2.3. No Brasil ....................................................................................................................................... 357

3. MEDIDAS ANTIDISCRIMINATÓRIAS ................................................................................................... 358

4. CONSCIENTIZAÇÃO DA REALIDADE ................................................................................................. 359

5. PRIVILÉGIOS DA MULHER TRABALHADORA .................................................................................... 359

5.1. Garantia de Emprego na Maternidade .......................................................................................... 359

5.1.1. Proteção à maternidade na CLT ..................................................................................... 360

5.1.2. Garantia de emprego e contrato por prazo determinado ............................................... 362

5.1.2.1. A posição do STF ............................................................................................ 362

5.1.2.2. A mudança do TST ......................................................................................... 364

5.2. Creches e Pré-Escolas ................................................................................................................... 366

5.3. Licença-maternidade .................................................................................................................... 366

5.4. Mãe Adotiva ................................................................................................................................. 366

5.5. Mãe Social .................................................................................................................................... 366

5.6. Empresa Cidadã ............................................................................................................................ 367

CAPÍTULO XVI – TRABALHO DO MENOR ................................................................................................ 368

1. DISTINÇÃO ............................................................................................................................................ 368

2. ESCORÇO HISTÓRICO .......................................................................................................................... 368

3. PANORAMA INTERNACIONAL ............................................................................................................ 368

4. PROGRAMAS DE SUSTENTAÇÃO ECONÔMICA ................................................................................ 369

5. IDADE DO MENOR ................................................................................................................................ 370

6. DIREITO AO TRABALHO ...................................................................................................................... 371

7. APRENDIZ .............................................................................................................................................. 371

Page 18: Curso de Direito do Trabalho

18Curso de Direito do Trabalho

Georgenor de Sousa Franco Filho

8. ESTATUTO DA JUVENTUDE ................................................................................................................. 373

9. PROIBIÇÃO DO TRABALHO INFANTIL ............................................................................................... 374

CAPÍTULO XVII – TRABALHO DECENTE .................................................................................................. 375

1. SENTIDO DE DECÊNCIA NO TRABALHO ........................................................................................... 375

2. UM PROBLEMA SÉRIO: A ÁSIA INDECENTE ...................................................................................... 376

3. O PROBLEMA NO BRASIL ..................................................................................................................... 376

3.1. Truck System e Aviamento ............................................................................................................ 377

3.2. Trabalho Forçado ......................................................................................................................... 379

3.2.1. A Emenda Constitucional n. 81 e as distinções necessárias ........................................... 379

3.2.2. Tratamento no direito internacional ............................................................................... 380

3.2.3. Regras legais brasileiras .................................................................................................. 381

3.2.4. Hipóteses de trabalho forçado ........................................................................................ 383

3.3. Pontos de Discriminação .............................................................................................................. 384

3.3.1. Trabalho da mulher ........................................................................................................ 384

3.3.2. Trabalho infantil ............................................................................................................. 384

3.4. O que Tem Feito o Brasil .............................................................................................................. 385

4. OUTRAS PREOCUPAÇÕES .................................................................................................................... 386

CAPÍTULO XVIII – DURAÇÃO DO TRABALHO ......................................................................................... 388

1. HISTÓRICO ............................................................................................................................................ 388

2. FUNDAMENTOS E DISTINÇÕES .......................................................................................................... 388

3. CLASSIFICAÇÃO DA JORNADA ........................................................................................................... 389

3.1. Quanto à Duração ........................................................................................................................ 389

3.2. Quanto ao Período ....................................................................................................................... 389

3.3. Quanto à Profissão ....................................................................................................................... 389

3.4. Quanto à Remuneração ................................................................................................................ 390

3.5. Quanto à Rigidez do Horário ....................................................................................................... 390

4. TIPOS DE HORÁRIO .............................................................................................................................. 390

4.1. Jornada Normal ............................................................................................................................ 390

4.2. Regime de Tempo Integral ............................................................................................................ 391

4.3. Regime de Tempo Parcial ............................................................................................................. 391

4.4. Trabalho Extraordinário ............................................................................................................... 392

4.4.1. Acordo para prorrogação de jornada .............................................................................. 392

4.4.2. Sistema de compensação de jornada .............................................................................. 393

4.4.3. Casos de necessidade imperiosa ..................................................................................... 394

4.4.3.1. Força maior .................................................................................................... 395

4.4.3.2. Serviços inadiáveis e prejuízo manifesto ........................................................ 395

4.4.4. Reposição de paralisações............................................................................................... 395

4.5. Banco de Horas ............................................................................................................................. 395

4.6. Empregados Excluídos da Jornada Legal ..................................................................................... 397

4.7. Sobreaviso ..................................................................................................................................... 398

4.8. Prontidão ...................................................................................................................................... 398

4.9. Turnos Ininterruptos de Revezamento ......................................................................................... 399

Page 19: Curso de Direito do Trabalho

19

Sumário

4.10. Intervalos ...................................................................................................................................... 4004.10.1. Intervalo intrajornada .................................................................................................... 4004.10.2. Intervalo interjornada .................................................................................................... 4024.10.3. Intervalo pré-jornada suplementar ................................................................................. 402

4.10.3.1. Recepção pela Constituição ............................................................................ 4034.10.3.2. Pela revogação ................................................................................................ 4044.10.3.3. Aplicação abrangente ...................................................................................... 4054.10.3.4. A solução mais ideal ....................................................................................... 406

4.10.4. Outros intervalos ............................................................................................................ 4074.10.4.1. Intervalo para recuperação térmica ................................................................ 4074.10.4.2. Intervalo em minas de subsolo ....................................................................... 4074.10.4.3. Intervalo de mecanografia e digitação ............................................................ 4084.10.4.4. Intervalo especial do rurícola ......................................................................... 408

4.11. Horário in itinere ........................................................................................................................... 4094.12. Jornadas especiais ......................................................................................................................... 410

4.12.1. Bancários ........................................................................................................................ 4104.12.1.1. Banco Postal ................................................................................................... 411

4.12.2. Telefonistas e assemelhados ........................................................................................... 4124.12.3. Trabalhadores em cinemas ............................................................................................. 4134.12.4. Ferroviários .................................................................................................................... 4134.12.5. Marítimos ....................................................................................................................... 4154.12.6. Trabalhadores em frigoríficos ......................................................................................... 4164.12.7. Mineiros .......................................................................................................................... 4164.12.8. Trabalhadores em mecanografia e informática ............................................................... 4174.12.9. Motorista profissional ..................................................................................................... 4174.12.10. Jornada 12x36 ................................................................................................................ 418

4.13. Trabalho Noturno ......................................................................................................................... 4184.13.1. Delimitação da jornada noturna ..................................................................................... 418

4.13.1.1. Empregados urbanos ...................................................................................... 4194.13.1.2. Empregados rurais .......................................................................................... 419

4.14. Repouso semanal remunerado ..................................................................................................... 4204.15. Feriados ........................................................................................................................................ 421

CAPÍTULO XIX – FÉRIAS ............................................................................................................................. 422

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................................................... 422

2. OBJETIVOS E PRINCÍPIOS .................................................................................................................... 422

3. ATUAÇÃO DA OIT QUANTO ÀS FÉRIAS ............................................................................................. 423

4. DURAÇÃO DAS FÉRIAS ......................................................................................................................... 424

5. PERÍODO CONCESSIVO ....................................................................................................................... 426

6. REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS .............................................................................................................. 427

7. ABONO DE FÉRIAS ................................................................................................................................ 428

8. TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO ......................................................................................... 428

9. FÉRIAS PROPORCIONAIS ..................................................................................................................... 4299.1. Situação de Empregado com Menos de um Ano de Casa ............................................................. 429

10. FÉRIAS COLETIVAS ............................................................................................................................... 429

Page 20: Curso de Direito do Trabalho

20Curso de Direito do Trabalho

Georgenor de Sousa Franco Filho

CAPÍTULO XX – FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO ....................................................... 431

1. ORIGENS E MOTIVAÇÕES .................................................................................................................... 431

2. SIGNIFICADO ........................................................................................................................................ 432

3. NATUREZA JURÍDICA ........................................................................................................................... 432

4. ADMINISTRAÇÃO .................................................................................................................................. 433

5. MECANISMOS DO SISTEMA ................................................................................................................. 4335.1. Valor do Depósito ......................................................................................................................... 4335.2. Cálculo ......................................................................................................................................... 4345.3. Efeitos sobre Situações Específicas ............................................................................................... 436

6. HIPÓTESES DE SAQUE .......................................................................................................................... 4366.1. Códigos de Saque ......................................................................................................................... 438

7. MULTAS DO FGTS ................................................................................................................................. 439

8. REVISÃO DO FGTS ................................................................................................................................ 4408.1. Atualização dos Depósitos ............................................................................................................ 4418.2. Forma de Recuperação das Perdas ............................................................................................... 4418.3. Enfrentamento no STJ e no STF ................................................................................................... 443

CAPÍTULO XXI – MEIO AMBIENTE DO TRABALHO ................................................................................ 444

1. SIGNIFICADO, NATUREZA JURÍDICA E ABRANGÊNCIA .................................................................. 444

2. PREOCUPAÇÕES COM O MEIO AMBIENTE DO TRABALHO ............................................................ 445

3. A CONVENÇÃO N. 155 DA OIT ........................................................................................................... 446

4. EMPREGOS VERDES .............................................................................................................................. 448

5. IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS AMBIENTAIS TRABALHISTAS .................................................... 449

6. ALGUMAS SUGESTÕES ......................................................................................................................... 451

CAPÍTULO XXII – PRESCRIÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO .............................................................. 453

1. GENERALIDADES .................................................................................................................................. 453

2. HIPÓTESES ESPECIAIS .......................................................................................................................... 4542.1. Menores e Indígenas ..................................................................................................................... 4542.2. Férias ............................................................................................................................................ 4542.3. Comissões de Conciliação Prévia ................................................................................................. 4542.4. FGTS ............................................................................................................................................ 4552.5. Dano Moral Trabalhista ................................................................................................................ 4552.6. Equiparação salarial ..................................................................................................................... 4592.7. Trabalhador doméstico ................................................................................................................. 4592.8. Prescrição Intercorrente ............................................................................................................... 460

CAPÍTULO XXIII – MOBILIDADE HUMANA E RELAÇÕES DE TRABALHO .......................................... 461

1. EFEITOS DA GLOBALIZAÇÃO .............................................................................................................. 461

2. AS MIGRAÇÕES HUMANAS .................................................................................................................. 462

3. FORMAS ESPECÍFICAS DE MOBILIDADE HUMANA .......................................................................... 463

4. AS MIGRAÇÕES INTERNA E INTERNACIONAL ................................................................................. 4644.1. Migração no Brasil ........................................................................................................................ 4644.2. Migração internacional ................................................................................................................. 464

Page 21: Curso de Direito do Trabalho

21

Sumário

5. A SITUAÇÃO DOS ESTRANGEIROS ..................................................................................................... 466

6. OUTROS ASPECTOS RELEVANTES ...................................................................................................... 467

parte ii

direito coletivo do trabalho

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 471

CAPÍTULO I – LIBERDADE SINDICAL ....................................................................................................... 472

1. DIREITO DE ASSOCIAÇÃO ................................................................................................................... 472

2. LIBERDADE SINDICAL E SINDICALISMO ........................................................................................... 472

3. ESPÉCIES DE SINDICALIZAÇÃO .......................................................................................................... 4733.1. Sindicalismo no Brasil .................................................................................................................. 4743.2. Situação Atual no Brasil e a Posição da OIT ................................................................................. 4753.3. Situação dos Parceiros no Mercosul ............................................................................................. 4763.4. Sindicalização no Serviço Público ................................................................................................ 4763.5. Perspectivas .................................................................................................................................. 477

4. DIMENSÕES DA LIBERDADE SINDICAL ............................................................................................. 478

CAPÍTULO II – ORGANIZAÇÃO SINDICAL ............................................................................................... 480

1. REGISTRO SINDICAL ............................................................................................................................ 480

2. ESTRUTURA SINDICAL ......................................................................................................................... 4832.1. Autonomia .................................................................................................................................... 4832.2. Sistema Confederativo Hierarquizado .......................................................................................... 4832.3. Funções ........................................................................................................................................ 483

2.3.1. Função negocial ............................................................................................................. 4842.3.2. Função assistencial ......................................................................................................... 4842.3.3. Função econômica.......................................................................................................... 4842.3.4. Função política ............................................................................................................... 4852.3.5. Função financeira ........................................................................................................... 4852.3.6. Função representativa .................................................................................................... 4852.3.7. Função colaboracionista ................................................................................................. 4852.3.8. Função social .................................................................................................................. 486

2.4. Centrais Sindicais ......................................................................................................................... 4862.5. Estrutura Interna .......................................................................................................................... 487

2.5.1. Órgãos ............................................................................................................................ 4872.5.2. Dirigente sindical ........................................................................................................... 4872.5.3. Atuação do sindicato ...................................................................................................... 489

2.6. Receita Sindical ............................................................................................................................ 4902.6.1. Contribuição sindical ..................................................................................................... 490

2.6.1.1. Contribuição sindical para servidor público .................................................. 4922.6.2. Contribuição confederativa ............................................................................................ 4942.6.3. Mensalidade sindical ...................................................................................................... 4962.6.4. Contribuição assistencial ................................................................................................ 496

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22Curso de Direito do Trabalho

Georgenor de Sousa Franco Filho

CAPÍTULO III – CONFLITOS TRABALHISTAS E AUTONOMIA PRIVADA COLETIVA ......................... 497

1. GREVE .................................................................................................................................................... 4971.1. Considerações Gerais ................................................................................................................... 4971.2. Histórico ....................................................................................................................................... 4991.3. Tipos ............................................................................................................................................. 500

1.3.1. Greves atípicas ................................................................................................................ 5001.3.2. Greves típicas ................................................................................................................. 5001.3.3. Outras formas de paralisação ......................................................................................... 500

1.4. Greve no Direito Internacional e Comparado .............................................................................. 5011.4.1. Greve na França e na Itália ............................................................................................. 502

1.5. Elementos ..................................................................................................................................... 5021.6. Exercício Conforme a Atividade................................................................................................... 503

1.6.1. Atividade privada ........................................................................................................... 5031.6.2. Nos serviços essenciais ................................................................................................... 5031.6.3. Práticas de abuso ............................................................................................................ 5041.6.4. Servidores públicos......................................................................................................... 5051.6.5. Vedação do exercício da greve ........................................................................................ 506

1.7. Greve Ambiental Trabalhista ........................................................................................................ 5071.7.1. Generalidades ................................................................................................................. 5071.7.2. Greve tradicional e greve ambiental ............................................................................... 5071.7.3. Previsões legais sobre paralisações ambientais ............................................................... 5081.7.4. Identificação da greve ambiental .................................................................................... 5091.7.5. Possibilidades de seu regular exercício no Brasil ........................................................... 5111.7.6. Forma de implementação ............................................................................................... 511

1.8. Locaute ......................................................................................................................................... 512

2. AUTONOMIA PRIVADA COLETIVA ..................................................................................................... 5132.1. Importância, Destinação, Ultratividade ........................................................................................ 513

2.1.1. Ultratividade ................................................................................................................... 5142.2. Espécies de Normas Coletivas Autônomas .................................................................................. 5152.3. Condições de Validade das Normas Coletivas Autônomas .......................................................... 516

CAPÍTULO IV – SOLUÇÕES EXTRAJUDICIAIS DE CONFLITOS ............................................................ 518

1. ESPÉCIES ................................................................................................................................................ 5181.1. Autônomas ................................................................................................................................... 5181.2. Heterônomas ................................................................................................................................ 518

2. NEGOCIAÇÃO COLETIVA DIRETA ...................................................................................................... 5182.1. Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) ...................................................................................... 5192.2. Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ............................................................................................ 5192.3. Legitimidade ................................................................................................................................. 5192.4. Quorum ......................................................................................................................................... 5202.5. Registro ......................................................................................................................................... 5202.6. Protesto Judicial ........................................................................................................................... 521

3. NEGOCIAÇÃO COLETIVA OBRIGATÓRIA .......................................................................................... 521

4. MEDIAÇÃO ............................................................................................................................................ 522

5. ARBITRAGEM ......................................................................................................................................... 5235.1. Generalidades sobre a Importância do Mecanismo ...................................................................... 523

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23

Sumário

5.2. Procedimento Arbitral .................................................................................................................. 5255.3. Arbitragem no Trabalho Portuário ............................................................................................... 5275.4. Execução da Sentença ou Laudo Arbitral ..................................................................................... 5285.5. Perspectivas da Arbitragem Trabalhista ........................................................................................ 528

5.5.1. A realidade brasileira para a arbitragem trabalhista ....................................................... 5295.5.2. Uma possível solução ..................................................................................................... 529

CAPÍTULO V – NEGOCIADO VERSUS LEGISLADO ................................................................................. 531

1. A INTENÇÃO DAS MUDANÇAS ........................................................................................................... 531

2. O QUE PODE SER NEGOCIADO........................................................................................................... 533

3. O QUE EXPRESSAMENTE NÃO PODE MUDAR ................................................................................... 535

4. OS MEIOS DE INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS NEGOCIADAS ........................................................ 536

CAPÍTULO VI – SOLUÇÃO JURISDICIONAL DE CONFLITOS COLETIVOS: DISSÍDIO COLETIVO .. 538

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................................................... 538

2. TIPOS DE DISSÍDIOS COLETIVOS ........................................................................................................ 5392.1. Dissídio Coletivo de Natureza Jurídica ........................................................................................ 5392.2. Dissídio Coletivo de Natureza Econômica ................................................................................... 540

2.2.1. Poder normativo e o de comum acordo ......................................................................... 5402.3. Dissídio Coletivo Originário ........................................................................................................ 5412.4. Dissídio Coletivo de Revisão ........................................................................................................ 5412.5. Dissídio Coletivo de Extensão ...................................................................................................... 5412.6. Dissídio Coletivo de Greve ........................................................................................................... 541

3. PRINCÍPIOS DO PROCESSO COLETIVO ............................................................................................. 544

4. PROCEDIMENTO ................................................................................................................................... 5454.1. Petição Inicial ............................................................................................................................... 5454.2. Conciliação ................................................................................................................................... 5464.3. Fase Contenciosa .......................................................................................................................... 5464.4. Sentença Normativa ..................................................................................................................... 5464.5. Ação de Cumprimento ................................................................................................................. 547

CAPÍTULO VII – O FUTURO DAS RELAÇÕES COLETIVAS ..................................................................... 548

1. ORIGENS DO FUTURO ......................................................................................................................... 548

2. FUTURO DO TRABALHO ...................................................................................................................... 549

3. O FUTURO DO DIREITO DO TRABALHO............................................................................................ 550

4. O FUTURO DA JUSTIÇA DO TRABALHO ............................................................................................ 551

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................... 555

ÍNDICE ALFABÉTICO REMISSIVO.............................................................................................................. 562

PRINCIPAIS OBRAS DO AUTOR .................................................................................................................. 568

DE AUTORIA EXCLUSIVA ............................................................................................................................. 568

OBRAS COORDENADAS ................................................................................................................................ 569

OBRAS EM COAUTORIA ............................................................................................................................... 570

PREFÁCIOS .................................................................................................................................................... 573

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PrefáCio à Quinta edição

O Direito do Trabalho tem vivido, nesses últimos anos, momentos de muitas mudanças provocadas pelas alte-rações na legislação trabalhista no Brasil, fruto das modificações na vida da humanidade.

Certamente, entre nós, a grande alteração foi provocada pela Lei n. 13.467/2017, reclamada anos a fio pelos que criticavam a CLT, chamando-a de anacrônica, e depois reclamada porque retiraria direitos trabalhistas. Em outras palavras, a queixa contrária ocorre em qualquer circunstância.

A ela, aprovada às pressas pelo Congresso Nacional, seguiu-se uma medida provisória (MP n. 808/2017) que não foi convertida em lei, deixando-se vencer. Para tentar corrigir alguns equívocos que a MP n. 808/2017 não conseguiu, o Ministério do Trabalho editou uma portaria (Portaria MTb n. 349/2018). Assim terminamos 2018.

No alvorecer de 2019, nova Medida Provisória (MP n. 870, de 01.01.2019), nessa legislação soluçante a que se referia o saudoso jurista Orlando Teixeira da Costa, promoveu ampla mudança na estrutura do Poder Executivo, extinguiu o Ministério do Trabalho e transferiu suas atribuições para três outros ministérios: Cidadania, Economia e Justiça e Segurança Pública. E, nessa linha, a Medida Provisória n. 873, de 1.3.2019, surgiu criando especialmente mecanismos para recolhimento de contribuições aos sindicatos brasileiros, e se encontra em exame do Parlamento.

Vivemos, então, um novo período na vida trabalhista do Brasil, na esperança de que os graves problemas so-ciais e econômicos que atingem nosso país, como de resto o mundo todo, consigam ser superados pela colaboração e participação de todos.

No mais, o que se pode esperar? Devemos continuar confiando no Poder Judiciário, e realçar a competência da Justiça do Trabalho, a fim de, corrigindo eventuais equívocos das normas reguladoras e regulamentadoras dos direitos trabalhistas de agora, a permitir que se mantenha a paz social. O crepe de ameaças de sua extinção ou fusão deve ficar apenas no mundo das ideias que não devem prosperar. Seu papel relevante é significativo e mui-tos outros países adotam esse tipo de serviço judiciário (Alemanha, Austrália, Argentina, Chile, Espanha, França, Israel, México, Nova Zelândia e Peru, dentre outros).

Dentre os muitos efeitos do que alguns chamam de “nova CLT” está a expressiva redução de demandas traba-lhistas. É que, com as regras introduzidas, passou-se a criar um senso de responsabilidade que parece que estava sendo esquecido. As lides estão deixando de ser apenas uma disputa para ganhar dinheiro, e passam a ser destina-das a preservar, recuperar ou obter direitos, como sempre deveriam ter sido.

A mudança na máquina administrativa aparentemente não deve alterar expressivamente a situação das relações de trabalho no Brasil.

A reforma efetuada na legislação trabalhista, por seu turno, não representou o ideal, mas atendeu às necessi-dades do momento mundial, no qual tenta-se conservar as boas relações entre os direitos sociais e as tendências econômicas. Isto não é fácil, mas, com boa vontade, pode ser alcançado.

Reitero meu agradecimento aos que fazem a LTr Editora Ltda., registrando saudosa homenagem ao sempre lembrado Armandinho Casimiro Costa Filho, cujo trabalho continua a ser seguido pelos que fazem essa grande casa editora brasileira.

Belém, março, 2019

GeorGenor de SouSa Franco Filho

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PrefáCio à Quarta edição

O ano de 2017 foi um ano atípico para o Direito do Trabalho brasileiro. É sabido que a nossa CLT precisava passar por mudanças, atualizando-se com o mundo do trabalho e com a realidade que está se impondo em todos os cantos do planeta.

Alguém precisava tomar a iniciativa e, finalmente, ela foi tomada. O Poder Executivo encaminhou ao Congres-so Nacional projeto de lei que, ali, sofreu inúmeras alterações e acabou transformado em lei, a Lei n. 13.467 de 13 de julho de 2017. Essas modificações na legislação trabalhista começaram a vigorar 120 dias após sua publicação, e, agora, estão presentes no dia a dia da vida brasileira. Seguiu-se, em 14 de novembro, três dias após iniciar a vigência da primeira reforma, outras modificações, representadas pela Medida Provisória n. 808/2017.

Este Curso de Direito do Trabalho está atualizado pela nova ordem jurídica que se impôs ao Brasil. Foram muitas e foram profundas as mudanças. Certamente, nos anos correntes, inúmeras alterações ainda devem ser feitas. Serão ajustes necessários para atender aos reclamos gerais da sociedade. Uma coisa devemos ter certeza: era preciso atualizar o que existia. A esse fim, necessário assumir os riscos e deixar fazer.

A doutrina ainda não está firme nas suas apreciações, e tudo representa um mundo novo e revolucionário, repentinamente alterado, sem uma prévia assinalação, o que deixou a todos surpresos e angustiados. O mesmo se diga com relação à jurisprudência: os tribunais ainda não tiverem oportunidade de apreciar questões envolvendo matérias complexas da nova ordem jurídica trabalhista que está posta no Brasil. Isto ocorrerá nos próximos tem-pos.

É inegável que não possuem relevância as posições ideológicas ou tendências contrárias. O novo ordenamento que está posto não é o ideal. Mas precisava ser feito para, então, podermos ajustá-lo e adequá-lo à nossa realidade. A hora é de recolher as pedras e tentar construir melhorias para o país, e não as atirar novamente.

Nesta quarta edição, as matérias tratadas foram atualizadas, tanto a Parte I (Direito Individual do Trabalho), como a Parte II (Direito Coletivo do Trabalho), com atenção aos comandos da Lei n. 13.467/17 e da Medida Pro-visória n. 808/17, inclusive ampliando o índice alfabético-remissivo a fim de facilitar a pesquisa e a consulta.

Almejo que essas alterações ajudem nosso povo e espero que as considerações que formulo neste livro sejam úteis para a compreensão das mudanças e seus possíveis efeitos.

Reitero minha gratidão à LTr Editora Ltda. e confio que dias melhores hão de vir para o Brasil.

Belém, janeiro, 2018

GeorGenor de SouSa Franco Filho

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PrefáCio à terCeira edição

Nesta terceira edição, atualizamos este Curso de Direito do Trabalho, não apenas no que se refere ao atual Código de Processo Civil de 2015, como também no atinente às diversas normas legais que passaram a vigorar nesse período (2016). Ademais, incluímos referências às eventuais mudanças que podem ocorrer proximamente no Brasil, inclusive no relativo à prevalência do negociado sobre o legislado e às decisões do STF no que pertine à desaposentação/reaposentação.

Ampliamos o estudo acerca de alguns assuntos, e acrescentamos o índice alfabético-remissivo, que facilitará a localização dos temas a serem pesquisados.

Almejamos que este Curso esteja servindo a sua finalidade maior que é a de proporcionar o estudo e a pesquisa sistematizada do Direito do Trabalho.

Eventuais equívocos – errar é humano! – existiram e existirão, pelo que esperamos a compreensão dos leitores.

Por fim, permanece a reiteração de nosso agradecimento aos queridos amigos da LTr Editora Ltda., que, agora, publica essa terceira edição.

Belém, janeiro, 2017

GeorGenor de SouSa Franco Filho

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PrefáCio à segunda edição

Um livro que se escreve e publica é como um filho que, gerado, vemos nascer. Isto todo mundo sabe e não é novidade alguma. Assim é o sentimento quando vemos a 1ª edição de um livro nosso. Acredito seja dessa maneira com todos os autores.

A segunda edição, e certamente as que se seguirem, é um alerta para a necessidade de permanente atualização, de correções de equívocos anteriores, de ajustes indispensáveis, de ampliação do conteúdo primitivo, de, muitas vezes, revisão de pensamento e opinião.

O objetivo é sempre o de prover o leitor com um texto mais consentâneo com a realidade, mais claro nas ex-posições, mais atual na matéria examinada e nas considerações que efetuamos.

Por isso mesmo, efetuamos uma ampla revisão no texto primitivo. Corrigimos muitos deslizes que, à primeira leitura, não foram observados. Retiramos incorreções. Aperfeiçoamos assertivas.

Essas providências, na medida do possível, tentamos fazer para esta segunda edição deste Curso de Direito do Trabalho. Erros continuarão a existir porque a obra humana é falha. Perfeita apenas a obra de Deus.

Ampliamos boa parte dos temas examinados anteriormente e que precisavam de maior sustentação. Incor-poramos um novo capítulo (n. XXIII) para cuidar de mobilidade humana e relações de trabalho, considerando a globalização da economia. Acrescentamos outros itens, apreciando temas que não haviam sido objeto de comen-tário anterior e, nessa linha, encontram-se seguro-desemprego, abono salarial, base de cálculo do adicional de insalubridade e Estatuto da Pessoa com Deficiência, dentre outros assuntos.

A facilidade com que se costuma legislar no Brasil, muita vez para adequar nosso corpo legal ao modelo eco-nômico do momento, modifica muito e rapidamente todas as coisas. Daí, algumas manifestações do pensamento serem igualmente alteradas, justamente porque o Direito não é estático e tem sua maior fonte formadora na pró-pria sociedade. Essa a razão pela qual algumas propostas da primeira edição apresentam-se alteradas na de agora.

No mais, resta agradecer novamente a LTr Editora que, nos recebendo de novo, oferece a segunda edição deste CURSO, esperando que continue a merecer a acolhida anterior.

Belém, outubro, 2015

GeorGenor de SouSa Franco Filho

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PrefáCio

A obra que tenho o privilégio de apresentar, pode-se dizer que nasceu de uma pergunta despretensiosa que formulamos ao festejado autor, por ocasião de seu inspirado discurso proferido na concorrida sessão de posse do magistrado Rodolfo Pamplona Filho, em Salvador, no dia 04.03 corrente na Presidência da Academia Brasileira de Direito do Trabalho.

A pergunta foi no sentido de saber se na ocasião em que atingia o ápice da carreira de professor e magistrado não estaria cogitando publicar o seu manual contendo a sistematização de toda a sua obra, construída no magis-tério junto à Universidade da Amazônia.

Assim, porque a ideia de reunir toda a experiência adquirida nos longos anos de magistério consiste num fecho de ouro e numa oportunidade gloriosa de reunir grande parte de sua experiência profissional.

Georgenor de Sousa Franco Filho me respondeu, prontamente, que realmente seria uma ideia a ser cogitada. Passados alguns dias recebi uma carta sua dizendo que já tinha antes pensado mesmo no assunto e boa parte dos trabalhos já estavam reunidos no que se chamaria “Curso de Direito do Trabalho”.

Com impressionante eficiência o autor, pouco antes de uma viagem a Tel Aviv de férias, me enviava um sucu-lento sumário do seu “Curso de Direito do Trabalho”, no qual nada faltava porque a abordagem ampla e completa trata de todos os aspectos relevantes do Direito do Trabalho. Ao mesmo tempo, me pedia aceitar o encargo que muito me dignifica de fazer o prefácio da obra, na verdade grandiosa, sistematizada e didática como interessa a um país como o Brasil.

Desde logo, me pus então a esquadrinhar o seu formidável trabalho no magistério e na carreira brilhante de magistrado.

Na verdade, conhecia boa parte dos seus trabalhos, pois o ilustre autor realizou o curso de Doutorado em nossa Universidade de São Paulo. Fui convidado a fazer parte da Comissão Examinadora, razão pela qual pude testemunhar o seu surpreendente entusiasmo e sua competência sob a orientação do Prof. Vicente Marotta Rangel. A tese final do doutorado levou a Comissão Examinadora a aprová-la por unanimidade com a nota 10 (dez). A proclamação do resultado causou comoção no corpo de colegas e pessoas gradas que assistiam ao concurso.

Para alcançar esse êxito, raro na USP, teve de enfrentar todas as dificuldades que aqueles que vêm de longe a São Paulo, em busca de aperfeiçoamento cultural, padecem longe de sua família, contando no caso apenas com a parceria de sua dedicada esposa, advogada nos foros do Pará, e de seus dois filhos menores, vencendo os longos períodos de curso e atividades.

À medida que revia sua impressionante produção científica, fazia notar sua impecável linha ética a tudo aten-dendo, embora atropelado pelos encargos judiciais e sociais da Presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, que reúne os Estados do Pará e do Amapá.

O denodado professor a nada faltava, participando das reuniões, congressos, reuniões sem fim exigidas pelo exercício da Presidência do Tribunal, sem descurar de obrigações de amoroso pai de família.

Sua obra política e jurídica é enorme. Dos 37 livros que escreveu individualmente, os mais importantes são: Imunidade de jurisdição trabalhista dos entes de Direito Internacional Público, que recebeu o Prêmio “Oscar Saraiva” do Tribunal Superior do Trabalho (São Paulo: LTr, 1986); Relações de trabalho na Pan-Amazônia: a circulação de

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Georgenor de Sousa Franco Filho

trabalhadores, a sua Tese de Doutorado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (São Paulo: LTr, 1996); Competência Internacional da Justiça do Trabalho (São Paulo: LTr, 1998), e os dezessete volumes de Direito do Trabalho no STF, coletânea de julgados da Suprema Corte, série iniciada em 1998.

Ao lado disso, está um conjunto expressivo de participações como coordenador pelo menos de oito obras, in-clusive em homenagem aos juristas Orlando Teixeira da Costa, Roberto Araújo de Oliveira Santos e Alice Monteiro de Barros, todas com o selo da LTr Editora.

As obras em coautoria também são ricas e variadas, chegando a 32 livros, além de diversos verbetes do Dicio-nário Brasileiro de Direito do Trabalho, aos quais devem ser acrescentados mais 24 prefácios.

Não é de estranhar, portanto, que o conjunto de sua produção deva ser qualificado de “formidável”. Essas referências são um retrato de que o livro que ora se publica constitui um monumento de glória pessoal.

O panorama dos pensamentos e das letras brasileiras, menos por seu principal veículo de expressão que foi sempre os seus dons de oratória, tem conteúdo, essencialmente jurídico, político, e é tão volumosa que escapa da acepção de “obra literária”. É mais do que isso. Vai além disso, porque mostra atuação continuada sem se falar na peculiar eficiência de coexistência de inteira atuação na presidência das entidades de direito do trabalho, dentre as quais se destaca o festejado exercício da Presidência da Academia Brasileira de Direito do Trabalho.

A obra é muito valorizada por rica bibliografia e por denso conteúdo enriquecido pelas belezas e méritos de seu estilo claro e fácil de ser compreendido.

Na verdade, a compreensão e valorização de sua obra se devem a sua vida e formação cultural extraordinária que não se limita a discussões jurídicas, porém se estendem as concepções filosóficas e políticas.

Não se deve esquecer que a crescente demanda do ensino jurídico precisa corresponder a uma concepção da metodologia do aprendizado das opções que devem ser oferecidas ao concluinte do bacharelado ou doutorado.

A formação adequada precisa conceber um profissional criativo, com capacidade crítica e condições de contí-nua reciclagem para enfrentar os desafios de um futuro incerto e enigmático.

É claro que a maior parte da formação do jurista envolve um núcleo comum, destinado à formação mínima de todos os profissionais de direito. Mas, como anota o ilustre magistrado Renato Nalini, no seu livro sobre o ensino do direito, são múltiplos os aspectos do aprendizado de direito. Em alguns países existe uma instituição única destinada à preparação do advogado, promotor e juiz, como ocorre no Japão. O mesmo órgão forma a categoria única dos magistrados.

No caso do Brasil, a Portaria Ministerial n. 1.886, de 30.12.1994, contribuiu para a determinação das diretrizes curriculares e conteúdo mínimo do curso jurídico, estendendo-se a uma visão lúcida dos requisitos e conteúdos recomendáveis.

A aludida Portaria foi, sem dúvida, uma reação às deficiências do ensino do direito (vide José Renato Nalini, “O futuro das profissões jurídicas”, Ed. Oliveira Mendes, 1998), que escutou as críticas sobre as deficiências do ensino de direito e inspirando a criação de Escolas de advocacias, do Ministério Público e de juízes.

Ao autor não faltou a consciência de todas essas responsabilidades do professor na Escola que serve as diversas especializações. É importante que em todas as áreas jurídicas se medite também sobre o conjunto de competências exigíveis ao operador do direito futuro. Dele depende a preservação da justiça humana, como instrumento de reso-lução dos conflitos, tão criticado ultimamente, sufocado pelo volume que resulta do “demandismo desenfreado”.

Ao autor, cuja obra tive a feliz oportunidade de conhecer melhor, não escapou a plena consciência dessas res-ponsabilidades tanto que alcançou exemplar prestígio entre os alunos e professores.

Para terminar, poderíamos repetir as expressões de Rui Barbosa:

“É nobre, é sonoro e é sinfônico, apreciar o verbo da oração, nos escritos de qualidade.”

Parabéns!

cáSSio MeSquita BarroS

Professor Titular aposentado de Direito do Trabalho da Universidade de São Paulo. Ex-membro da Comissão de Peritos da OIT por 16 anos. Presidente da Fundação Arcadas.

Associado Emérito do Instituto dos Advogados do Estado de São Paulo. Presidente Honorário da Academia Brasileira de Direito do Trabalho.

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Preâmbulo

Em 1972, iniciei meu curso de Direito da Faculdade de Direito do Largo da Trindade, em Belém do Pará, onde nasci. Em 1975, com quatro anos de curso, conforme permitia a legislação da época, obtive meu Bacharelado. Em 1979, assumi, por concurso público, o magistério superior, lecionando Direito Internacional na Universidade da Amazônia (UNAMA). Em 1980, ingressei por concurso na magistratura do trabalho da 8ª Região, e passei a ter convivência direta com Direito do Trabalho. Em 1989, fui fazer meu Doutorado em Direito Internacional na Facul-dade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, e uni os dois ramos em busca do Direito Internacional do Trabalho. Em meados de 1990, ingressei na Academia Brasileira de Direito do Trabalho, cuja Presidência assumi em 2004, quando já definitivamente vinculado, apaixonado e envolvido pelo Direito do Trabalho.

Pois bem! Ao longo desses anos todos, tenho escrito vários livros, proferido diversas palestras, ministrado alguns cursos, em cidades do Brasil e, eventualmente, no exterior. Foi assim que, a partir de avaliar minha produ-ção, entendi ser a hora adequada de, porque me sinto com razoáveis conhecimento e experiência (mais esta que aquele), escrever um Curso de Direito do Trabalho, onde, dentro de minhas limitações, pudesse expor meus pontos de vista sobre assuntos de interesse geral sobre essa importante disciplina jurídica, e, a partir de janeiro de 2013, dispus-me a essa missão, agora finalmente concluída. Devo a Deus, na Sua infinita misericórdia, ter completado este sonho, várias vezes interrompido, quase desistido, mas, enfim, acabado. Enfim, pude plantar a semente.

A obra está dividida em duas partes, com o total de vinte e oito capítulos. A Parte I é dedicada ao Direito Indi-vidual do Trabalho quando trato dos aspectos mais conhecidos da relação de trabalho. Nos primeiros capítulos (1 a 4), cuido das noções preliminares do Direito do Trabalho, da importância do Direito Internacional do Trabalho, da evolução do Direito Constitucional do Trabalho, enfatizando os direitos sociais da Constituição de 1988, e do relevante papel do Direito Administrativo do Trabalho.

A partir do capítulo 5 aprecio as diversas formas de contratação de mão de obra humana e de seus reflexos. Examino o contrato individual de trabalho (que também pode ser chamado de contrato de emprego), os contratos afins e outros tipos de contratos. Adiante, cuido do exercício de diversas profissões, de variadas formas de con-tratação, de trabalho no estrangeiro e para os entes de Direito Internacional Público. Em seguida, são tratados os sujeitos da relação de emprego, seus direitos e deveres, as alterações nas condições de trabalho, a suspensão, in-terrupção e extinção do contrato e seus efeitos. Após, examino o aviso-prévio, aposentadoria, garantia de emprego e danos ao trabalhador.

O capítulo 14 é dedicado à remuneração e salário, e os capítulos 15, 16 e 17 destinei-os ao trabalho da mulher e do menor e ao trabalho decente. Em seguida, no capítulo 18, os diversos aspectos da duração do trabalho (ho-rário, intervalos, jornadas especiais), e, nos seguintes (capítulos 19 a 22), abordo férias, FGTS, meio ambiente do trabalho e o instituto da prescrição, respectivamente.

A Parte II deste livro é dedicada ao Direito Coletivo do Trabalho, dividida em seis capítulos, onde são estuda-dos liberdade e organização sindicais, conflitos trabalhistas e suas soluções extrajudiciais e dissídio coletivo, afora alguns comentários sobre o futuro das relações coletivas de trabalho.

Em apertada síntese, é o conteúdo deste livro, que, penso e almejo, possa ser útil aos operadores do Direito, aos estudantes universitários, aos profissionais da área (advogados, magistrados, membros do Ministério Público, professores) e a todos àqueles que se interessam pelo trabalho humano de modo geral, acreditando que possa ser-vir aos que prestam o Exame da Ordem ou pretendem participar de concursos públicos.

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36Curso de Direito do Trabalho

Georgenor de Sousa Franco Filho

Manifesto minha estima permanente por ilustres e eminentes amigos que, ao longo dos anos, o Direito do Trabalho nos aproximou: de São Paulo, Cássio Mesquita Barros, que foi meu professor no Largo de São Francisco, examinador em meu Doutorado e generosamente prefacia este livro; Nelson Mannrich e Pedro Paulo Teixeira Manus; do Paraná, Luiz Eduardo Gunther; da Bahia, José Augusto Rodrigues Pinto e Rodolfo Pamplona Filho; do Rio de Janeiro, João de Lima Teixeira Filho; de Pernambuco, Sérgio Torres Teixeira; do Rio Grande do Norte, Bento Herculano Duarte Neto; das Minas Gerais, a saudade de Alice Monteiro de Barros; do Pará, a lembrança de Joaquim Lemos Gomes de Souza, que me abriu as portas do magistério superior; dentre os tantos e tantos amigos que, com a graça de Deus, fui ganhando.

Agradeço a acolhida da LTr Editora, que tem publicado a maioria de meus livros, pelo meu saudoso e sempre lembrado amigo Armando Casimiro Costa, a quem chamava de Mecenas do Direito do Trabalho, e de seus diletos filhos Armandinho e Manoel. Homenageio, de modo extremamente afetuoso, pessoas que me são particularmente caras, todas realizando a viagem definitiva: Orlando Teixeira da Costa, que me fez amar o Direito do Trabalho; Arnaldo Lopes Süssekind, que me incentivou a produzir cada vez mais nesse ramo do Direito; Amauri Mascaro Nascimento, meu professor no Doutorado, em São Paulo, que me abriu as portas dos eventos nacionais e inter-nacionais nos quais tenho atuado.

Dedico esta obra à memória de meus pais, Georgenor e Hermínia de Sousa Franco, e ao meu mundo íntimo--familiar, minha mulher, Elza, companheira de mais de 35 anos, e meus filhos, Carolina e Georgenor Neto. Deles sempre recebi apoio e compreensão indispensáveis para realizar atividades como as que resultaram neste Curso.

Finalmente, na linha de um antigo ditado popular, se não existirem flores, pelo menos terá valido a intenção da semente...

Belém, verão de 2014.

GeorGenor de SouSa Franco Filho

Page 37: Curso de Direito do Trabalho

PrinCiPais siglas e abreviaturas

A

Ac. – Acórdão

ACT – Acordo coletivo de trabalho

ADCT – Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

ADIN – Ação declaratória de inconstitucionalidade

ADPF – Arguição de descumprimento de preceito fundamental

Art(s). – artigo(s)

C

c/c – combinado com

CCP – Comissão de Conciliação Prévia

CCT – Convenção coletiva de trabalho

CDC – Código de Defesa do Consumidor

CEF- Caixa Econômica Federal

Cf. – conforme

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

cit. – citado

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho

CNPS – Conselho Nacional de Previdência Social

CPC – Código de Processo Civil (Lei n. 13.105, de 16.03.2015)

CR – Constituição da República

CTN – Código Tributário Nacional

CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social

D

Dec. – Decreto

DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

D.J. – disc-jockey

DJ – Diário da Justiça

DOU – Diário Oficial da União

DUDH – Declaração Universal dos Direitos Humanos

E

EC – Emenda Constitucional

ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente

ed. – edição

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38Curso de Direito do Trabalho

Georgenor de Sousa Franco Filho

F

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

I

INSS – Instituto Nacional da Seguridade Social

L

LC – Lei Complementar

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

LICC – Lei de Introdução ao Código Civil

LINDB – Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro

LPBPS – Lei dos Planos de Benefícios da Previdência Social

M

MERCOSUL – Mercado Comum do Sul

Min. – Ministro

MP – Medida Provisória

M.Tb. – Ministério do Trabalho

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

N

n. – número

NCPC – Novo Código de Processo Civil (Lei n. 13.105, de 16.03.2015)

NR – Norma Regulamentadora

O

Ob. – Obra

OGMO – Órgão Gestor de Mão de Obra

OIT – Organização Internacional do Trabalho

OJ – Orientação Jurisprudencial

ONU – Organização das Nações Unidas

P

p./p. – pagina(s)

PEC – Proposta de Emenda Constitucional

PL – Projeto de Lei

PLS – Projeto de Lei do Senado

PN – Precedente Normativo

PPE – Programa de Proteção ao Emprego

R

RE – Recurso extraordinário

REsp. – Recurso especial

RO – Recurso ordinário

ROAR – Recurso ordinário em ação rescisória

RPS – Regulamento da Previdência Social

RR – Recurso de revista

Page 39: Curso de Direito do Trabalho

39

Principais Siglas e Abreviaturas

S

SBDI-1 – Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais

SBDI-2 – Subseção 2 Especializada em Dissídios Individuais

SDC – Seção de Dissídios Coletivos

SE – Seção Especializada

SESI – Serviço Social da Indústria

SESC – Serviço Social do Comércio

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

SRTE – Superintendência Regional do Trabalho e Emprego

STF – Supremo Tribunal Federal

STJ – Superior Tribunal de Justiça

T

Trad. – Tradução

TRT – Tribunal Regional do Trabalho

TST – Tribunal Superior do Trabalho

V

v. – ver

v.g. – verbi gratia

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Parte iDireito Individual do Trabalho

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CaPítulo i

INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO

1. ASPECTOS PRELIMINARES

1.1. CONCEITO

Direitos humanos são todos aqueles positivados no plano internacional, sobretudo os que cuidam de liberdade e igualdade. Quando esses direitos estão constitucionalizados, isto é, incorporados ao ordenamento interno, cha-mamos de direitos fundamentais. Daí, temos dois aspectos: o conteúdo desses direitos são os mesmos (v.g., direito à vida é humano e fundamental); o âmbito em que se consagram, todavia, são diferentes (v.g., internacional e interno).

Ademais, assinalemos, como Patrick Wachsmann, que les droits de I’homme sont donc un universalisme (its s’adressent à tous les hommes, sans distinction), lls ne sont pas universels(1), até porque certas peculiaridades humanas (fundamentos religiosos, culturais etc.) colocam-se, em determinadas regiões, em posição diametralmente oposta àquela preconizada pelo direito habitualmente consagrado. Veja-se, para tanto, as distinções da cultura ocidental comparada à oriental.

Embora criticada por muitos renomados doutrinadores, costuma-se apresentar os direitos humanos divididos por gerações. Valério Mazzuoli, por exemplo, entende que não é exato falar em gerações, mas, adiante, admite a junção de uma a outra(2). E há autores que preferem chamar de dimensões, por entender que se trata de terminolo-gia mais adequada, a fim de identificar uma nova concepção de universalidade dos direitos fundamentais(3).

As dimensões dos direitos humanos poderiam ser identificadas em três. A dimensão da liberdade, consagrada nas Constituições francesa e americana. A da igualdade, que aparece nas Constituições do México e de Weimar. A da fraternidade, contemplando os direitos transindividuais, por meio das constituições do segundo pós-guerra.

A classificação geracional, que não deve representar nenhuma condição preferencial de direitos, ou de elimi-nação do anterior pelo posterior, serve apenas de identificação histórica da consagração do direito humano na sociedade internacional, identificação, cronologicamente, o seu surgimento e nada além disso.

Na verdade, a um direito anterior é agregado um novo direito, ampliando-se, dessa forma, o leque de garantias que merecem proteção internacional e interna.

Assim, podemos identificar pelo menos cinco gerações de direitos humanos(4), a saber:

• primeira geração: são direitos de liberdade existentes no Estado liberal, quando este tem uma postura negativa (non facere) ante os direitos, como, dentre outros, à vida e à liberdade. Sua consagração ocorreu com a Revolução Francesa, no final do século XVIII;

(1) WACHSMANN, Patrick. Les droits de l’nomme. 5. ed. Paris: Dalloz, 2008. p. 49-50.

(2) MAZZUOLl, Valério de Oliveira. Curso de direitos humanos. São Paulo: Método, 2014. p. 48.

(3) LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Manual de direitos humanos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014. p. 84.

(4) Outras considerações acerca dessas gerações, v. o nosso Avaliando o direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2010. p. 15-21.