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Curso de Pós-Graduação em Dependência QuímicaMódulo 02 | Neurobiologia
1
Neurobiologia da Neurobiologia da Dependência químicaDependência química
Profa. Ana Regina Noto
Neurobiologia Neurobiologia Cronograma do MóduloCronograma do Módulo
Sábado Sábado tardetarde 6. Psicofarmacologia II 6. Psicofarmacologia II (cinética e dinâmica das DR)(cinética e dinâmica das DR)
9. Debate final e Avaliação do módulo9. Debate final e Avaliação do módulo
Domingo 8. Bases genéticas da dependênciaDomingo 8. Bases genéticas da dependência
3. Filme: “O poder do cérebro”3. Filme: “O poder do cérebro”
Sexta 1. Introdução Sexta 1. Introdução
2. Neuroanatomia e neurofisiologia2. Neuroanatomia e neurofisiologia
Sábado Sábado manhãmanhã 4. Psicofarmacologia I 4. Psicofarmacologia I (sistemas de NT)(sistemas de NT)
5. Reforço, Tolerância, S. Abstinência5. Reforço, Tolerância, S. Abstinência
7. Filme: “Quem somos nós?”7. Filme: “Quem somos nós?”
INTRODUÇÃO
PSICOATIVAS PSICOTRÓPICAS
Categoria de drogas psicoativas que podem
provocar DEPENDÊNCIA
DROGAS
Atuam no Sistema Nervoso Central (SNC) e provocam alterações de
comportamento
Dependência
Modificações de comportamento e outras reações que
incluem: Impulso a utilizar a substância de modo contínuo ou periódico com a finalidade de experimentar seus efeitos psíquicos ou de evitar o desconforto da privação
Organização Mundial de Saúde
Estado resultante da interação entre um organismo vivo e uma substância, caracterizado por:
Movimento de Temperança
Lei seca
1920 - 1933
AlcoólicosAnônimos
1940
G.Edwards
1976
Jellinek
1960
Sobell & Sobell
19801900 2000
MODELO MÉDICO psicologiasociologia
antropologia
SÍNDROME
Contínuo-dinâmico
MODELO MORAL
“Falta de caráter”
Escolha pessoal
DOENÇA
Lei do “tudo ou nada”
Falta de controle
Meta: abstinência Moderação
Comportamento aprendido
Sintoma
Escolha
Dependência:
Evolução do conceito
Neuro-ciências
MÉDICO
DOENÇA - SÍNDROME
SOCIAL SINTOMA
MACROSSOCIAL
PSICOLÓGICO
SINTOMA
ESCOLHA
COMPORTAMENTO APRENDIDO
RELACIONAL
Dependência:
Modelo Biopsicossocial
AbstinênciaUso exporádico
Abuso
Dependência
Grave
Dependência
Moderada
Dependência
Leve
Reforço
Tolerância
Síndrome de Abstinência
Fissura
Per
spec
tiva
biol
ógic
a P
ersp
ectiv
a bi
ológ
ica
dos
sina
is e
sin
tom
as
dos
sina
is e
sin
tom
as
Perspectiva biológica do avanço da dependência (sinais e sintomas)
1. Desejo ou compulsão2. Dificuldade em controlar o consumo3. Abandono de prazeres e interesses alternativos4. Persistência no uso a despeito da evidência de conseqüências nocivas5. Síndrome de Abstinência6. Tolerância
Dependência: Principais características
Organização Mundial de Saúde
NEUROANATOMIA E DEPENDÊNCIA
DEPENDÊNCIADependência envolve transtornos da
função cerebral pelo uso de substâncias. Os processos mais
alterados são:
senso-percepção motivação
coordenação motora julgamento
entre outros
NIDA, 2005
CÓRTEX
HIPOTÁLAMO
HIPOCAMPO
AMIGDALA
GÂNGLIOS DA BASE
Sistema Nervoso Central
NIDA, 2005
Recompensas NaturaisRecompensas Naturais
ComidaComida
ÁguaÁgua
SexoSexo
NEUROFISIOLOGIA
NEURÔNIO
dendritos
axônio
Corpo celular
1-1 Stahl S M, Essential Psychopharmacology (2000)
Potencial de açãoPotencial de ação
Comunicação química entre neurôniosComunicação química entre neurônios SINAPSE SINAPSE
STAHL, 2000
NEURÔNIO PRÉ-SINAPTICO
NEURÔNIO PRÉ-SINAPTICO
NEURÔNIO PÓS-SINAPTICO NEURÔNIO PÓS-SINAPTICO
Neurotransmissores (NT)Neurotransmissores (NT)
Vesículas sinapticasVesículas sinapticas
ReceptoresReceptores
“Caminhos” dos neurotransmissores“Caminhos” dos neurotransmissores SINAPSE SINAPSE
STAHL, 2000
NEURÔNIO PRÉ-SINAPTICO
NEURÔNIO PRÉ-SINAPTICO
NEURÔNIO PÓS-SINAPTICO NEURÔNIO PÓS-SINAPTICO
LiberaçãoLiberaçãoRecaptação (NT volta para o
neurônio pré-sinaptico)Recaptação (NT volta para o
neurônio pré-sinaptico)
Metabolismo (inativação do NT com
auxílio de uma enzima)
Metabolismo (inativação do NT com
auxílio de uma enzima)
PSICOFARMACOLOGIA 1SISTEMAS DE NEUROTRANSMISSÃO
Dopaminérgico
Noradrenérgico
Serotonérgico
Colinérgico
Gabaérgico
NeurotransmissoresNeurotransmissoresSubstâncias químicas (moléculas)
que transmitem “mensagens” entre neurônios
Substâncias químicas (moléculas) que transmitem “mensagens”
entre neurônios
Ex: DOPAMINAEx: DOPAMINA
OH- CH2 – CH2
NH2
OH-
NEUROTRANSMISSORESDOPAMINA (DA) - Sistema Dopaminérgico
NORADRENALINA(NA) – Sistema Noradrenérgico
SEROTONINA (5HT) – Sistema Serotonérgico
ACETILCOLINA (Ach)– Sistema Colinérgico
GABA – Sistema Gabaérgico
GLUTAMATO – Sistema Glutamatérgico
ReceptoresReceptores
Complexos moleculares, localizados na membrana do neurônio,
responsáveis por receber “mensagens”
Complexos moleculares, localizados na membrana do neurônio,
responsáveis por receber “mensagens”
Ex: Ex:
IONOTRÓPICOS (rápidos)
METABOTRÓPICOS (lentos)
Controlam “segundo mensageiro” ex: Proteína G
(transmitem a mensagem química, para desencadear outros eventos -
metabolismo)
TIPOS DE RECEPTORES
Controlam canais IÔNICOS
(entrada e saída de íons)
RECEPTORES E SISTEMAS DE NEUROTRANSMISSÃO
Cada neurotransmissor tem seus receptores específicos
DOPAMINA (DA) – D1, D2
NORADRENALINA – alfa, beta
SEROTONINA (5HT) – 5HT1 (a, b, c e d), 5HT2
ACETILCOLINA – Nicotínico e Muscarínico
GABA – GABAa e GABAb
GLUTAMATO – NMDA, AMPA e cainato
Metabolismo Ex: inativação da dopamina
Metabolismo Ex: inativação da dopamina
DopaminaDopamina HVA(ácido homovanílico)
HVA(ácido homovanílico)
MAOMAO COMTCOMT
ENZIMASENZIMAS
ENZIMAS: substâncias que catalizam (aceleram) reaçõesSem elas, as reações são mais lentas ou nem mesmo acontecem
MAO – Monoamonoxidade (uma das principais enzimas, responsével pela inativação da dopamina, noradrenalina e serotonina)
ENZIMAS: substâncias que catalizam (aceleram) reaçõesSem elas, as reações são mais lentas ou nem mesmo acontecem
MAO – Monoamonoxidade (uma das principais enzimas, responsével pela inativação da dopamina, noradrenalina e serotonina)
Comunicação DopaminérgicaComunicação Dopaminérgica
STAHL, 2000
DopaminaDopamina
D1D1
D2D2MAOMAO
(ou COMT)(ou COMT)HVA
(ácido homovanílico)HVA
(ácido homovanílico)
VIAS DOPAMINÉRGICASVIAS DOPAMINÉRGICAS
- Nigro- estriatal (relacionada ao sistema motor - Parkinson)- Nigro- estriatal (relacionada ao sistema motor - Parkinson)
- Meso-cortical (relacionada doenças afetivas - Esquizofrenia)- Meso-cortical (relacionada doenças afetivas - Esquizofrenia)
- Túbero infundibular (relacionada a hormônios - GH)- Túbero infundibular (relacionada a hormônios - GH)
- Retinal - Retinal
-Mesolímbica (relacionada agressividade, reforço)
-Mesolímbica (relacionada agressividade, reforço)
FUNÇÕES RELACIONADAS AO SISTEMA DOPAMINÉRGICO
FUNÇÕES RELACIONADAS AO SISTEMA DOPAMINÉRGICO
- Reforço- Agressividade- Sistema motor- Afetividade
- Reforço- Agressividade- Sistema motor- Afetividade
Drogas de abuso – sistema dopaminérgicoDrogas de abuso – sistema dopaminérgico
STAHL, 2000
DopaminaDopamina Aumenta a liberação
(ex: ANFETAMINAS)
Aumenta a liberação
(ex: ANFETAMINAS)
Diminui a recaptação
(ex: COCAÍNA)
Diminui a recaptação
(ex: COCAÍNA)
Comunicação NoradrenérgicaComunicação Noradrenérgica
STAHL, 2000
NoradrenalinaNoradrenalina
Receptores: alfa ou betaReceptores: alfa ou beta
MAOMAO
(ou COMT)(ou COMT)HVMA
(ác. homovanílmandélico)HVMA
(ác. homovanílmandélico)
VIAS NORADRENÉRGICASVIAS NORADRENÉRGICAS
Feixe noradrenérgico ventralFeixe noradrenérgico ventral
Feixe noradrenérgico dorsalFeixe noradrenérgico dorsal
FUNÇÕES RELACIONADAS AO SISTEMA NORADRENÉRGICO
FUNÇÕES RELACIONADAS AO SISTEMA NORADRENÉRGICO
- Vigília (acordar)- Humor - Recompensa- Controle da PA (Pressão Arterial)
- Vigília (acordar)- Humor - Recompensa- Controle da PA (Pressão Arterial)
DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA NORADRENÉRGICO
DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA NORADRENÉRGICO
STAHL, 2000
NoradrenalinaNoradrenalina Aumenta a liberação
(ex: ANFETAMINAS)
Aumenta a liberação
(ex: ANFETAMINAS)
Diminui a recaptação
(ex: COCAÍNA)
Diminui a recaptação
(ex: COCAÍNA)
Comunicação SerotonérgicaComunicação Serotonérgica
STAHL, 2000
Serotonina (5HT)Serotonina (5HT)
Receptores: 5HT1, 5HT2Receptores: 5HT1, 5HT2
MAOMAO5HIAA
(ác. 5 hidroxi indol acético)5HIAA
(ác. 5 hidroxi indol acético)
FUNÇÕES RELACIONADAS AO SISTEMA SEROTONÉRGICO
FUNÇÕES RELACIONADAS AO SISTEMA SEROTONÉRGICO
- Alterações sensoriais (pode
propicia alucinações)- Humor (melhora)- Temperatura (desregula)- Apetite (diminui)- Dor (diminui)
- Alterações sensoriais (pode
propicia alucinações)- Humor (melhora)- Temperatura (desregula)- Apetite (diminui)- Dor (diminui)
DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA SEROTONÉRGICO
DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA SEROTONÉRGICO
STAHL, 2000
Serotonina Serotonina Aumenta a liberação
(ex: êxtase)
Aumenta a liberação
(ex: êxtase)Diminui a recaptação (ex:
fluoxetina, êxtase)
Diminui a recaptação (ex:
fluoxetina, êxtase)
Agonista (ex: LSD, êxtase,
DMT, mescalina)
Agonista (ex: LSD, êxtase,
DMT, mescalina)
TIPOS DE RELAÇÃO ENTRE DROGA-RECEPTOR
TIPOS DE RELAÇÃO ENTRE DROGA-RECEPTOR
AGONISTAS: drogas que se acoplam ao receptor produzindo
efeitos, como “falso-neurotransmissores” (ex: LSD é agonista dos receptores 5HT2a)
AGONISTAS: drogas que se acoplam ao receptor produzindo
efeitos, como “falso-neurotransmissores” (ex: LSD é agonista dos receptores 5HT2a)
ANTAGONISTAS: drogas que se acoplam ao receptor e NÃO produzem efeitos, inclusive, impedem a ação dos neurotransmissores (por “ocupar o espaço”)
ANTAGONISTAS: drogas que se acoplam ao receptor e NÃO produzem efeitos, inclusive, impedem a ação dos neurotransmissores (por “ocupar o espaço”)
Comunicação Colinérgico Comunicação Colinérgico
STAHL, 2000
Acetilcolina (Ach)Acetilcolina (Ach)
Receptores: M1, M2Receptores: M1, M2
AchEAchEAcetato + colina
Acetato + colina
FUNÇÕES RELACIONADAS AO SISTEMA COLINÉRGICO
FUNÇÕES RELACIONADAS AO SISTEMA COLINÉRGICO
- Aprendizado e Memória (Dç Alzheimer)
- Motricidade (Dç Parkinson)
- Vigília
- Aprendizado e Memória (Dç Alzheimer)
- Motricidade (Dç Parkinson)
- Vigília
- Anticolinérgicos (Ex: Lírio Bc, Artane, etc)- Anticolinérgicos (Ex: Lírio Bc, Artane, etc)
DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA COLINÉRGICO
DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA COLINÉRGICO
Comunicação Gabaérgica Comunicação Gabaérgica
STAHL, 2000
GABAGABA
Receptores: GABA a Receptores: GABA a
GABA tGABA tSuccinil semi aldeído
Succinil semi aldeído
Cl-Cl-
O CLORO HIPERPOLARIZA A MEMBRANA, DIFICULTANDO A OCORRÊNCIA DE POTENCIAL DE AÇÃO
O CLORO HIPERPOLARIZA A MEMBRANA, DIFICULTANDO A OCORRÊNCIA DE POTENCIAL DE AÇÃO
Benzodiazepínicos: facilitam a ação do GABA por modificar a configuração do receptor GABAa (agonista alostérico)
Benzodiazepínicos: facilitam a ação do GABA por modificar a configuração do receptor GABAa (agonista alostérico)
DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA GABAÉRGICO
DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA GABAÉRGICO
DROGAS PSICOTRÓPICASDROGAS PSICOTRÓPICAS
ESTIMULANTES ESTIMULANTES
Cocaína Cocaína
Anfetamina Anfetamina
DEPRESSORAS DEPRESSORAS
Álcool Álcool
Heroína Heroína
Solventes Solventes
Benzodiazepínicos
Benzodiazepínicos
Chaloult, 1971; Abraham et al., 1996; Kovar, 1998
Chaloult, 1971
PERTURBADORAS - ALUCINÓGENAS
(psicodislépticas)
PERTURBADORAS - ALUCINÓGENAS
(psicodislépticas)
Ecstasy Ecstasy
Maconha Maconha
LSD LSDCogumelos (Psiloscibe sp)Cogumelos (Psiloscibe sp)
DMTDMT
Fatores que influenciam os efeitos
das drogas
• Droga e sua ação no SNC• Dose administrada e farmacocinética• Tempo de uso• Contexto de uso• Estado psicológico
COCAÍNA, ANFETAMINAS,
CAFEÍNA, NICOTINA
ESTIMULANTESESTIMULANTES
Estimulantes = Psicoanalépticos
• Aumento da atividade do SNC - Alteração “quantitativa”
• Aumento da energia, vigor físico, disposição, vigília e diminuição do cansaço e da fome
• Além do uso “recreativo”, são empregadas nos remédios moderadores de apetite
COCAÍNA
Mecanismo de ação principal:Cocaína diminui a recaptação de
dopamina e noradrenalina
Mecanismo de ação principal:Cocaína diminui a recaptação de
dopamina e noradrenalina
DopaminaDopamina
COCAÍNA Diminui a recaptação, aumentando a concentração de dopamina na fenda sinaptica
COCAÍNA Diminui a recaptação, aumentando a concentração de dopamina na fenda sinaptica
xx
Principais efeitos da cocaínaPrincipais efeitos da cocaína
• Aumento da energia• Aumento da disposição• Vigor físico• Sensação de poder • Diminuição do cansaço• Redução do apetite/fome
Álcool, solventes, benzodiazepínicos,
barbitúricos
DEPRESSORESDEPRESSORES
BENZODIAZEPÍNICOS
Depressoras = Psicolépticos
• Diminuição da atividade do SNC - Alteração “quantitativa”
• Lentidão, sonolência, apatia, redução da coordenação motora, dificuldade de concentração e redução da memória.
• Além do uso “recreativo”, são empregadas nos remédios ansiolíticos e hipnóticos
STAHL, 2000
GABAGABA
GABA a GABA a
Mecanismo de ação principal:Facilitam a ação do Gaba
Mecanismo de ação principal:Facilitam a ação do Gaba
Cl-Cl-
O CLORO HIPERPOLARIZA A MEMBRANA, DIFICULTANDO A OCORRÊNCIA DE POTENCIAL DE AÇÃO
e portanto ocorre “depressão” de várias áreas do SNC
O CLORO HIPERPOLARIZA A MEMBRANA, DIFICULTANDO A OCORRÊNCIA DE POTENCIAL DE AÇÃO
e portanto ocorre “depressão” de várias áreas do SNC
ÁLCOOL
• Variações individuais (ex: gênero), alimentação, padrão de uso.
• Efeito bifásico: – 1º estimulante (ação em DA e NA) – 2º depressor (ação em GABA e Glutamato).
• Gravidez (Síndrome fetal) e amamentação
ÁLCOOL
ALUCINÓGENOSALUCINÓGENOS
Classificação dos alucinógenosClassificação dos alucinógenosDe acordo com a similaridade estrutural e funcionalDe acordo com a similaridade estrutural e funcional
1. INDÓLICOS (indolalquilaminas)1. INDÓLICOS (indolalquilaminas)Ex: LSD, Pscilocibina, Ibogaína, DMTEx: LSD, Pscilocibina, Ibogaína, DMT
Abraham et al., 1996 Kovar, 1998
2. FEAs (feniletilaminas)2. FEAs (feniletilaminas)Ex: Mescalina, MDMA (ecstasy)Ex: Mescalina, MDMA (ecstasy)
3. ANTICOLINÉRGICOS3. ANTICOLINÉRGICOSEx: atropina, escopolamina, triexafenidil (Artane®)Ex: atropina, escopolamina, triexafenidil (Artane®)
4. PCP e ketamina (anestésicos dissociativos)4. PCP e ketamina (anestésicos dissociativos)
5. CANABINÓIDES5. CANABINÓIDESEx: maconhaEx: maconha
Perturbadoras, alucinógenas = Psicodislépticos
• Modificação da atividade do SNC - Alteração “qualitativa”
• Confusão mental (delírios e alucinações), despersonalização, distorção de tempo e espaço.
• Não tem indicação clínica (exceto alguns alucinógenos secundários, como anticolinérgicos e anestésicos dissociativos)
INDÓLICOSINDÓLICOS
LSDLSDPscilocibinaPscilocibina DMTDMTIbogaínaIbogaína
MDMA
Psilocibina
LSD
Mescalina
serotonina
5HT2A5HT2A
13-10 Stahl S M, Essential Psychopharmacology (2000)
Interação 5HT-DA
Substância negra
Núcleos da rafe
11-17 Stahl S M, Essential Psychopharmacology (2000)
LSD - EfeitosLSD - Efeitos
Efeitos agudos - intensosEfeitos agudos - intensos
Sinestesia Sinestesia Cinestesia Cinestesia Entre outros... Entre outros...
ÊXTASE
22 33 44 55 66 77 88 99 1010 1111 1212
Farmacocinética da MDMA (ecstasy)
Farmacocinética da MDMA (ecstasy)
Início: 20-90 min
Aumento: 5-20 min
Platô 2-3 horas
Início: 20-90 min
Aumento: 5-20 min
Platô 2-3 horas
11
HORASHORAS
EF
EIT
OS
EF
EIT
OS
Curran & Travil, 1997
Mecanismo de ação da MDMAMecanismo de ação da MDMA
DOPAMINÉRGICODOPAMINÉRGICO
NORADRENÉRGICONORADRENÉRGICO
LIBERAÇÃO
RECAPTAÇÃO
LIBERAÇÃO
RECAPTAÇÃO
LIBERAÇÃO
RECAPTAÇÃO
LIBERAÇÃO
RECAPTAÇÃO
SEROTONÉRGICOSEROTONÉRGICO
LIBERAÇÃO
RECAPTAÇÃO
LIBERAÇÃO
RECAPTAÇÃO
AGONISTA 5HT2 AGONISTA 5HT2 SINAPSE SINAPSE
STAHL, 2000
Downing, 1986; Vollenweider,et al, 1998
ÊXTASEEfeitos Imediatos com Dose Usual
ÊXTASEEfeitos Imediatos com Dose Usual
POSITIVOS
Felicidade / Bom humor
Proximidade c/ outros
Empatia
sentidos
autoconfiança
Euforia
Loquacidade
Agitação
“Aumento de energia”
POSITIVOS
Felicidade / Bom humor
Proximidade c/ outros
Empatia
sentidos
autoconfiança
Euforia
Loquacidade
Agitação
“Aumento de energia”
NEGATIVOS OU NEUTROS
Diminuição do apetite
Bruxismo / Trismo
Náuseas e vômitos
Taquicardia
Hipertensão
Insônia
Sudorese
Tremores
Hepatotoxicidade
NEGATIVOS OU NEUTROS
Diminuição do apetite
Bruxismo / Trismo
Náuseas e vômitos
Taquicardia
Hipertensão
Insônia
Sudorese
Tremores
Hepatotoxicidade
MACONHA
Receptores CBReceptores CB
Regiões do SNC desenho esquemático de binding de THC – CB1
Regiões do SNC desenho esquemático de binding de THC – CB1
Cortex - Cognição e sentidosCortex - Cognição e sentidos
Hipocampo – MemóriaHipocampo – Memória
Cerebelo – Equilíbrio, coordenação motora
Cerebelo – Equilíbrio, coordenação motora
Via do reforço Acumbens (Gânglios da base)
Via do reforço Acumbens (Gânglios da base)
Reforço – Compulsão
Tolerância
Síndrome de Abstinência
1. Desejo ou compulsão2. Dificuldade em controlar o consumo3. Abandono de prazeres e interesses alternativos4. Persistência no uso a despeito da evidência de conseqüências nocivas5. Síndrome de Abstinência6. Tolerância
Dependência: Principais características
Organização Mundial de Saúde
REFORÇO – COMPULSÃO
CompulsãoCompulsão
Estado em que um organismo apresenta umEstado em que um organismo apresenta um comportamento comportamento impulsivo e repetitivo:impulsivo e repetitivo:
- Comportamento é reforçado - Comportamento é reforçado (recompensa (recompensa ou prazer) ou prazer)
- Perda do controle - Perda do controle em limitar o consumoem limitar o consumo
TOLERÂNCIA
Necessidade de quantidades crescentes da substância para obter o mesmo efeito
(ou quantidade habitual produz cada vez menos efeito)
OMS, 2004
TOLERÂNCIA
O organismo vai ficando menos sensível aos efeitos da substância:
NIDA
DOWNREGULATION DOS RECEPTORES
quando o cérebro do usuário, uma vez já tolerante à droga, invoca o mesmo mecanismo adaptativo quando exposto à outras drogas que produzem efeitos psicoativos similares.
Ex.: cocaína e anfetaminasálcool e anestésicoMorfina e Heróina
TOLERÂNCIA CRUZADA
DESAFIO: Pq não ocorre tolerância cruzada entre, por exemplo, cocaína e benzodiazepínicos ???????
SINDROME DE ABSTINÊNCIA
Conjunto de sinais e sintomas que ocorrem quando o consumo da substância é reduzido ou interrompido
OMS, 2004
Comunicação química entre neurôniosComunicação química entre neurônios
SINAPSE SINAPSE
STAHL, 2000
NeurotransmissoresNeurotransmissores
ReceptoresReceptores
Retirada da drogaRetirada da droga
Down regulationDown regulation
Quantidade de receptores
insuficiente para manter o sistema
funcionando normalmente
Quantidade de receptores
insuficiente para manter o sistema
funcionando normalmente
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA(OMS)
Bases Genéticas na vulnerabilidade às
dependências
Bases Genéticas
“As heranças genéticas podem ser responsáveis por diferenças de ação
das drogas entre os indivíduos
e, em parte, explicar a variação do consumo e da dependência”
Bases Genéticas
Dependência
é um “Transtorno Complexo”
ou seja, provavelmente causado pela interação de vários genes com
vários fatores ambientais.
Bases Genéticas
substâncias psicoativas podem ter um efeito maior em pessoas com
vulnerabilidade genética a dependência.
CUIDADO! Para não confundir com determinismo biológico (ex:cor dos olhos)
Bases Genéticas
Tipos de estudos:
- Estudos de padrões transgeracionais (famílias) em gêmeos monozigóticos x dizigóticos e indivíduos adotados.
- Estudo de “traços” relacionados
- Busca de genes possivelmente relacionados (como genes de receptores, genes de enzimas, etc)
Genética e a dependência do álcool
- Diferenças nas características dos receptores gabaérgicos, serotonérgicos e dopaminérgicos
- Diferenças no metabolismo: ex. deficiência da enzima aldeído desidrogenase (ADH)
ETANOL ETANOL (Álcool Etílico)(Álcool Etílico)
ACETALDEÍDOACETALDEÍDO ACETATOACETATO
Álcool Álcool desidrogenasedesidrogenase
Aldeído Aldeído desidrogenasedesidrogenase
Dependência do álcool deficiência enzimática ADH, especialmente em orientais
XX
Reações: Reações: “vermelhão” no “vermelhão” no rosto, náuseas, rosto, náuseas, mal estar, etc.mal estar, etc.
Dependência do Tabaco
Vários genes implicados:
-Ex: Metabolismo da nicotina (acúmulo de nicotina no cérebro), receptores, etc
-Diferenças de hereditariedade entre populações, gênero.
Perspectivas da genética
-Uma vez identificados os genes, o desafio será compreender a interação com o ambiente: para novos diagnósticos e tratamentos.
- Os resultados até então encontrados, embora incompletos, indicam perspectivas promissoras.
COMORBIDADE
Transtornos associados
Ocorrência conjunta de dois ou mais transtornos mentais ou
condições médicas gerais.
COMORBIDADE
Tratamento Farmacológico ÁLCOOL
ETANOL ETANOL (Álcool Etílico)(Álcool Etílico)
ACETALDEÍDOACETALDEÍDO ACETATOACETATO
Álcool Álcool desidrogenasedesidrogenase
Aldeído Aldeído desidrogenasedesidrogenaseXX
Reações: “vermelhão” no rosto, Reações: “vermelhão” no rosto, náuseas, mal estar, etc.náuseas, mal estar, etc.
REAÇÃO AVERSIVAREAÇÃO AVERSIVA
Dissulfiram (Anti-álcool)
Tratamento Farmacológico ÁLCOOL
Acamprosato
Substância sintética semelhante a um aminoácido natural. Restabelece atividade de neurônios que ficaram super excitados
devido à exposição crônica ao álcool
Tratamento Farmacológico ÁLCOOL
Naltrexona
Substância que bloqueia os receptores opióides
Tratamento Farmacológico TABACO
Adesivos transdérmicos
Substituição da nicotina com retirada gradativa
Tratamento Farmacológico TABACO
Bupropiona
Inibidor fraco da recaptura de noradrenalina e dopamina
Tratamento Farmacológico HEROíNA
Metadona
Substituição da heroína por metadona com posterior retirada gradativa