CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS 2018 PISM I … · Proibiu cultos politeístas, confiscou bens de quem não aderiu ao islamismo, organizou saques a tribos ... - o rei Clóvis unificou

1 CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS – 2018 – PISM I – HISTÓRIA MÓDULO II

1) Mundo Islâmico

-atualmente é a segunda maior religião do mundo

-defende a justiça e a generosidade entre as pessoas

-seus seguidores são conhecidos como “muçulmanos” que em

árabe significa “aquele que se subordina a Alá”

Orações diárias ajoelhados em direção de Meca.

-foi fundada próximo do século VII, na região da atual Arábia

Saudita, pelo profeta Maomé e desempenhou um papel de

unificação das tribos em torno de um governo centralizado.

Muçulmanos ajoelhados em oração, direcionados para a cidade de Meca.

1.1) INTRODUÇÃO

-por volta de 1200 a.C a península arábica era dividida por tribos

-com passar do tempo alguns comerciantes começaram a organizar caravanas para a Palestina e a Síria onde

vendiam suas mercadorias que chegavam pelo oceano índico do oriente.

-por volta do século XII a.C algumas cidades-Estado começaram a se organizar no entorno dos Oasis que se tinham

pelos desertos. Algumas enriqueceram tanto que se tornaram grandes centros, como o de Sabá.

-além do comércio as caravanas serviam de fluxo de informação.

-por estarem em contato com outros povos – judeus, zoroastristas, pagãos e mais tarde cristãos – foi possível a

existência dos primeiros sincretismos religiosos.

-inicialmente cultuavam deuses ligados aos astros e outros

fenômenos naturais

-Meca já era considerado um lugar sagrado para a concentração

de peregrinos

Havia um santuário construído em formato de cubo,

conhecido como Caaba, em que cerca de 360 deuses

diferentes eram cultuados e reverenciados.

Caaba durante uma peregrinação de muçulmanos ao templo na cidade

de Meca.

-a partir de 613, Maomé, um condutor de caravanas passou a pregar preceitos religiosos diferentes dos que existiam

na região.

Afirmava a existência de um único deus (Alá) e denominava sua religião por Islã.

-para os grandes comerciantes, o monoteísmo de Maomé representava perigo, pois podia afastar caravanas e

peregrinos.

-hostilizado, Maomé fugiu em 622 para a cidade de Yatrebe. Essa viagem é conhecida como hégira (emigração) e

marca o início do calendário da nova religião difundida por Maomé.


-Yatrebe foi o primeiro povoado sob o regime islâmico.

Governo teocrático de Maomé, se julgando representante de Alá na terra, assumindo funções de juiz, líder

espiritual, militar e administrativo.

Proibiu cultos politeístas, confiscou bens de quem não aderiu ao islamismo, organizou saques a tribos

vizinhas e a caravanas que passavam pelo deserto, e justificava estar praticando luta contra os infiéis (guerra

santa – Jihad).

Aqueles que morressem em nome da fé seriam recompensados com a salvação eterna com a salvação

eterna no paraíso, o que ocasionou em um aumento no número dos dispostos a combater em nome de Alá.

Os lideres das forças militares perceberam a força de Maomé e se uniram a ele, se convertendo ao

islamismo também.

-em 630, Maomé invadiu Meca, mandou destruir os “ídolos” existentes na Caaba e declarou o templo um lugar

sagrado para os muçulmanos.

Organizou mais Jihads.

-Maomé:

Unificou as tribos da península arábica

Criou um sentimento unitário de identidade entre os árabes

Fez surgir um Estado árabe-muçulmano

-quando morreu em 632, toda a península arábica estava sob o domínio da teocracia islâmica.

-depois da morte os muçulmanos se dividiram em dois grupos:

1) sunitas: achavam que o melhor sucessor de Maomé era um de seus sogros, Abu-Bakr, pois era o mais qualificado.

Sunni – que segue as tradições

2) xiitas: acreditavam que o cargo deveria ser hereditário, passando para o parentesco mais próximo, o primo e

genro Ali.

Shi’at – partido de Alá.

-essa divisão é presente até hoje. Enquanto os sunitas acreditam que se deve centralizar todos os governos

muçulmanos, os xiitas acreditam que o líder da comunidade – o imã – é quem deve centralizar o poder.

-Abu-Bakr tomou o poder e recebeu o título de califa (líder político e religioso)

-depois da morte de Abu-Bakr, o império já estava imenso abrangendo a península ibérica, o norte da África, a

península ibérica e grande parte da Ásia.

1.2) DINASTIA OMÍADA (661-749)

-família Omíada.

-monarquia laica

-cargos administrativos, antes ocupados de acordo com a posição

religiosa, agora de acordo com a competência e o conhecimento.

-capital transferida de Medina para Damasco, na Síria.


-árabe foi declarado o idioma oficial

-entre 749/750uma guerra civil derrubou os Omíada, que criaram um califado independente na Península ibérica em

756.

1.3) DINASTIA ABÁSSIDA (749-1258)

-permitiu que os muçulmanos não árabes ocupassem cargos públicos, transformando o império de árabe para

muçulmano.

-o califa tornou-se autocrata, com poderes absolutos.

-passou a ter um primeiro ministro, o vizir, para cuidar da parte

administrativa do reino.

-transferiram a capital de Damasco para Bagdá, atual capital de Israel.

1.4) O MUNDO ISLÂMICO SE DIVIDE

-no século VIII o território islâmico foi dividido por califados independentes, assim a denominação “império islâmico”

passou a ter conotação religiosa, não mais política.

-em 1095, as cruzadas promovidas pela igreja católica foram campanhas bélico-religiosas contra os muçulmanos

para a reconquista de Jerusalém.

-em 1258, os mongóis invadiram e saquearam Bagdá. A partir de

então o território se fragmentou dando origem a diversos Estados

muçulmanos independentes.

-a unidade cultural nunca foi fragmentada, permanecendo até os

dias atuais.

Cidade de Bagdá atualmente

1.5) AVANÇOS CIENTÍFICOS E CULTURAIS

-tradução para o árabe dos tratados de Filosofia, Ciências, Matemática e Medicina, do grego, latim, hindu, persa e

outras.

-construção do Bait Al-hikma (a casa da sabedoria) em Bagdá, que passou a atrair muitos intelectuais

-muitos califas passaram a atuar como protetores das artes e das ciências favorecendo o avanço e a propagação de

conhecimento, além de tecnologias e métodos agrícolas como a construção de canais de irrigação.

-AGRICULTURA: introdução de gêneros alimentícios de diversos locais do mundo. Ex.: cana-de-açúcar, arroz, laranja,

limão.

-ASTRONOMIA: fundação de laboratórios de observação astronômica, incorporação de quadrantes e astrolábios à

sua navegação.

-MATEMÁTICA: criação da álgebra e trigonometria a partir do sistema hindu de numeração

-QUIMICA: descoberta de diversos produtos químicos como o bórax, a amônia, o sal amoníaco, o ácido sulfúrico,

além de inventarem diversas tintas para tingir tecidos.


-MEDICINA: pioneiros na elaboração de diagnósticos que levavam em conta o estado emocional dos pacientes e as

primeiras percepções de doenças contagiosas, como o sarampo.

-ARQUITETURA: construção de mesquitas sustentadas por grandes colunas, com arcos em forma de ferraduras, e

enormes cúpulas. Decoração feita por grandes formas geométricas denominadas arabesco.

2) Formação e consolidação do Mundo Medieval

2.1) INTRODUÇÃO

-depois da conquista do território que correspondia ao Império Romano do Ocidente, os povos germânicos se

organizaram em vários povoados, dentre os quais podem ser listados os Visigodos, os Ostrogodos, os Francos, os

Vândalos, os Anglo-Saxões, etc.

-de acordo com o historiador Perry Anderson, a união das culturas romanas e germânicas originou na divisão da

sociedade entre uma aristocracia rural formada pelos grandes proprietários e o campesinato totalmente

dependente dos donos de terras.

-para manter seus povos unidos, os soberanos germânicos organizavam conjuntos militares, que funcionavam como

um exército:

Os senhores recrutavam guerreiros em troca de um soldo ou em troca da garantia de subsistência

Muitos guerreiros doavam suas pequenas propriedades em troca de proteção e da garantia de poderem

continuar produzindo ali

Embora livres se tornasse dependentes dos senhores

2.2) O PODER DA IGREJA

-o fluxo do comércio caiu e o poder dos reis também ocasionando no desaparecimento de vários reinos

-apesar de tudo a Igreja Católica se manteve unida e forte, pois suas posses não pertenciam aos clérigos, mas à instituição.

-Religião oficial do Império Romano desde 380 d.C, esta também converteu alguns reis germânicos ao cristianismo, como Clóvis, rei dos francos, em 496 d.C.

-no séc. VIII será possível o surgimento de um império amparado pelo cristianismo, o Império Carolíngio.

2.3) O REINO FRANCO

- o rei Clóvis unificou as tribos da Gália (atual França) e posteriormente se converteu ao cristianismo, abrindo espaço para o poder da Igreja Católica.

A igreja o ajudava com apoio administrativo, enquanto o reino oferecia apoio político e militar.

-depois da morte do rei e de um período de crises, o reino passou a ser administrado pelo principal funcionário do reino.

-Carlos Martel

Um dos administradores;

Líder dos carolíngios, uma família de alta nobreza;

Impediu a invasão muçulmana em 732;

Carolíngios passaram a serem vistos como grandes defensores do mundo cristão;

-em 751, depuseram o ultimo rei merovíngio e colocou Pepino III, que a pedido do Papa Estevão II, conquistou a península ibérica e doou para a igreja junto com o ducado de Roma.


2.4) IMPÉRIO CAROLÍNGIO

-Carlos, filho de Pepino III, iniciou uma política de conquistas territoriais procurando converter a população dominada para o cristianismo.

Bem vista pela igreja, pois expandia a fé cristã;

Estruturou as relações entre a igreja e o Estado.

-25/12/800 d.C – missa de natal, Carlos recebeu o título de Carlos Magno

Restaurar o Império Romano do ocidente e fazer Carlos um representante de Deus na terra

-Carlos assumiu o controle de tribunais, o território foi dividido em condados, sob a administração dos condes, criou unidades administrativas (marcos), escolhendo os marqueses entre a nobreza, criou os duques para convocar e comandar os exércitos dos condados.

Mantinha o controle sob todo o império, comandava a Igreja nomeando os bispos como funcionários do Estado.

*Quais elementos podem perceber nas vestimentas de Carlos Magno que indicam aspectos da sociedade Medieval?

2.5) RENASCIMENTO CAROLÍNGIO

-precisava do clero e nobreza capazes de garantir uma boa administração

-criou escolas provocando uma renovação cultural

Escolas episcopais e escolas palatinas para a formação da vida religiosa

-estudo da bíblia, gramática, retórica, dialética, matemática, astronomia, musica e mais tarde medicina.

Tinham por base os textos da Antiguidade como Cícero ou Aristóteles

Caminho para o surgimento das primeiras universidades

2.6) FRAGMENTAÇÃO

-todo o renascimento entra em crise após a morte de Carlos Mango em 814

-uma geração depois a unidade do reino se desfez

Divisão do império entre os três netos para França oriental, Central e Ocidental.

-disputas internas e invasões externas, como a dos vikings ou dos normandos enfraqueceram ainda mais.

-a frança oriental acabou em 911

-a frança ocidental acabou em 987

-o poder se concentrou na França central que enfraqueceu e deu espaço para o surgimento da sociedade feudal

3) O feudalismo


-forma de organização de produção que substituía o escravagismo presente na Antiguidade.

-dificuldade de repor a mão de obra escrava, baixa produtividade deste tipo de trabalho e constantes insurreições

foram os fatores determinantes para a transição do modo de produção.

-o feudalismo promoveu a ruralização da sociedade.

-características: agricultura, sociedade hierarquizada por laços de dependência pessoal, elite formada pelo alto clero

pelos senhores da terra, poder político fragmentado entre senhores feudais e o rei, grande massas de camponeses

presos à terra vivendo sob a dominação do senhor.

-vassalos juravam fidelidade ao senhor feudal (suserano) de permanência no feudo e prestação de serviços em troca

da sobrevivência e alimentação.

-colonato: os colonos trabalhavam na terra dos senhores, um grande proprietário de terras, e em troca de parte

considerável de sua colheita de serviços.

-vínculo do camponês a terra o obrigando a trabalhar para o detentor da terra.

-dominação baseada na grande propriedade feudal e na sujeição pessoal do camponês ao senhor feudal. O

camponês não era um escravo, embora estivesse em situação de servidão.

-perdurou durante séculos na Europa Ocidental assumindo particularidades em cada região.

-Subenfeudação: subdivisão dentro do próprio feudo para vários senhores, por causa das propriedades serem

grandes demais.

–divisão da classe senhorial:

1) ALTA NOBREZA: príncipes, duques, condes, barões, comandantes de castelos, alto clero

2) BAIXA NOBREZA: cavaleiros e religiosos de poucas posses.

Alta nobreza detinha do poder econômico e militar.

-fortalecimento do poder dos senhores feudais e queda do poder real.

Senhores feudais cobrava impostos, aplicavam a justiça, afinal não existia um Estado centralizado.

Acumulação de poder na acumulação de terras, no casamento dos filhos (união de acordo com os interesses

dos pais).

-falta de informação sobre os camponeses

Os impostos pagos por eles sustentavam a economia feudal


As mulheres cuidavam da casa e dos filhos enquanto os homens iam pras lavouras.

-divisão entre os camponeses:

SERVOS: pessoas que na época do Império romano abandonaram as cidades e foram para o campo, viviam

subordinados aos senhores. Não tinham liberdades, pois estavam presos à terra.

VILÕES: camponeses livres, antigos proprietários que entregaram suas terras para os senhores feudais em

troca de proteção.

-divisão social:

-impostos:

CORVEIA: realização de serviços gratuitos

obrigatórios nas terras do senhor.

BANALIDADE: taxa que servos e vilões tinham

que pagar por usarem a terra dos senhores

OUTRAS TAXAS: quando a mulher do servo/vilão

ficava grávida; quando descobria que a mulher do

servo/vilão cometera adultério; quando um servo/vilão

casava alguns senhores exigiam passar uma noite de

núpcias com a noiva, mas isso só acontecia quando o

marido não pagava a indenização ao senhor.

-tudo que os camponeses produziam só poderiam reter o

necessário a subsistência, o excedente deveria ser entregue

como imposto.

FEUDO

4) Organização social: cultura e religião.

4.1) INTRODUÇÃO

-a igreja católica tornou-se aos poucos a maior instituição da Europa ocidental, e alguns de seus líderes se tornaram grandes influentes na sociedade feudal.

-tinha o domínio quase total da vida espiritual da população

Os representantes afirmavam que só a igreja poderia remover os pecados das pessoas

4.2) HIERARQUIA


4.3) CRISE MORAL

-instituição como uma grande integrante do sistema feudal

O alto clero tinha o mesmo status da nobreza

Regras canônicas eram frequentemente deixadas de lado, como o celibato dos padres.

Cargos religiosos eram vendidos a nobres sem a mínima instrução necessária para desenvolvimento da atividade, como rezar missas

-modificações iniciadas em 910, em um mosteiro beneditino em Borgonha, França.

Pela gravidade da situação, alguns clérigos se uniram para esta reforma moral e religiosa;

Vários mosteiros beneditinos se espalharam pela Europa, sob o comando do abade Cluny.

-Concílio de Latrão (1059):

Papa Nicolau II

Confirmou o celibato dos padres, proibiu que os bispos fossem indicados por reis sem consciência do papa, pontífices seriam escolhidos por doze cardeais dos mais altos dignatários eclesiástico, não mais por imperador ou reis.

-questão de Investidura:

Quando o papa Gregório VII publicou uma bula papal que permitia ao pontífice a derrubada de um rei

Henrique IV (Sacro Império Romano Germânico) reagiu e tentou derrubar o papa. Foi excomungado, perdeu apoio dos senhores feudais, foi obrigado a pedir perdão ao pontífice.

O conflito ampliou o poder da igreja.

4.4) AS CRUZADAS

-expedições religiosas com objetivo de retomar Jerusalém dos muçulmanos

-inicio com o papa Urbano II que convocou os cristãos a “arrancar a Terra Santa das mãos da raça malvada”, de acordo com as palavras dele.

-interesses particulares por trás das cruzadas

A igreja queria recuperar o prestígio e a unidade abalados por corrupção e pelo Cisma do Ocidente.

Os nobres queriam acumular mais riquezas

Os mercadores queriam a reabertura do comércio no mediterrâneo

Os camponeses sonhavam com a liberdade

-oito expedições militares no decorrer dos séculos XI, XII e XIII.

-não alcançaram o objetivo inicial, mas incentivou o comércio entre ocidente e oriente.

-as cruzadas enriqueceram ainda mais a Santa Sé


-a igreja atingiu seu apogeu de autoridade política e religiosa com Inocêncio III (1198-1216)

-anos depois, já na era moderna, seria criado um tribunal para a repressão de heresias, a Inquisição.

5) Urbanização, desenvolvimento comercial e fortalecimento da burguesia européia, na Baixa Idade

Média

5.1) INTRODUÇÃO

-a passagem de milênio foi um crescente terror para a população

Notícias circulavam que o fim do mundo se aproximara junto com o ano 1000

Na verdade ocorreu o contrário, as invasões dos povos, vikings, por exemplo, diminuíram gerando grande estabilidade e crescimento demográfico.

-vários avanços tecnológicos no período, como os moinhos de água, ou os moinhos de vento trazidos pelos árabes.

Rotação trienal de culturas

5.2) RENASCIMENTO COMERCIAL

-as cruzadas fortaleceram o comércio, trazendo produtos da Ásia e desenvolvendo cidades como Gênova, Veneza, Champagne, Flanders, Pisa, etc

-burgos – aglomeração em torno de abadias ou castelos

Burgueses – mercadores ou artesãos sem vínculo com o senhor feudais

-cartas de franquia – tratados de independência dos burgueses para autonomia na administração das cidades por meio de conselhos ou assembleias

-forte caráter econômico nas cidades

IMAGENS DA CIDADE DE PRAGANA REPÚBLICA TCHECA, COM CONTRUÇÕES MEDIEVAIS NOS DIAS ATUAIS.

IMAGENS DA CIDADE DE SIENA NA ITÁLIA, COM CONSTRUÇÕES MEDIEVAIS NOS DIA ATUAIS.

5.3) HIERARQUIA


5.4) CORPORAÇÕES DE OFICIO

-associações nascidas com o objetivo de defender os interesses coletivos das diferentes categorias profissionais

Inicialmente se preocupavam com a qualidade da mercadoria e evitar a superprodução para não ter queda no preço do produto final

Passaram a funcionar como sistema que inibia a ascensão profissional dos trabalhadores mais pobres porque as exigências para se tornar mestres eram outras mais rigorosas

-nas oficinas têxteis, tecelagem, costura e bordado eram atividades realizadas por homens. As mulheres tosavam cordavam e retiravam irregularidades dos tecidos

-em outros ramos, metalurgia ou construção civil, as mulheres também faziam o trabalho pesado como pedreiras, carpinteiras ou ferreiras.

5.5) CULTURA

-a principal mudança cultural aconteceu na educação que antes era monopolizada pela igreja e agora tem o financiamento de reis e burgueses formando escolas independentes

-surgiram também as primeiras universidades

-nas cidades também havia o incentivo ao lazer com grandes festivais, dança, música e comidas.

- o incentivo à prática de outras línguas, como o latim e a escrita estava nas praças.

Dante Alighieri – A divina comédia

5.6) FOME E PESTE NEGRA

-todo este florescimento sofreu um grave abalo no século XIV

-continente europeu como palco de crise econômica e social

Revoltas, desolação, medo, fome e morte.

-conquista do Império Bizantino pelos Turco-Otomanos

Parceiros comerciais

Economia ocidental retraiu

-secas prolongadas


Prejudicavam a agricultura

População sem alimento

1315-1316: a fome foi tão grande que há registro de canibalismo

-Peste negra

Peste bubônica

Chegou em 1347, vinda do oriente e se espalhou rapidamente.

Pulga de ratos e contato com infectados

Dizimou cerca de 25 milhões de pessoas, que na época correspondia a 1/3 da população.

-insatisfação generalizada na população

CAMPO: senhores tentavam impedir a fuga aumentando os impostos

CIDADE: alta burguesia impedia a conquista de direitos políticos dos artesãos

-toda a situação provocou revoltas urbanas e camponesas em diversos lugares da Europa

Enfraquecimento das relações feudais

Centralização administrativa em torno dos reis.

6) Império Bizantino

ANTECEDENTES

-guerras civis, disputas internas pelo poder e invasões estrangeiras.

-culminou na divisão do império em dois por Teodósio em 395 d.C, entre seus dois filhos:

Honório – ficou com o Império Romano do Ocidente

Arcádio – ficou com o Império Romano do Oriente, também conhecido como Império Bizantino por causa da sua capital, Bizâncio.

FORTALECIMENTO E ORGANIZAÇÃO

-enquanto o ocidente se esfacelava com as invasões germânicas, o oriente se fortalecia na região do mediterrâneo e na região do próprio império.

-a forma de governo era uma autocracia absoluta, ou seja, controle total do imperador/basileu/chefe nos aspectos militar, religioso, executivo e legislativo – era considerada uma pessoa sagrada, um vice-rei de Deus na terra.

SOCIEDADE

-altamente hierarquizada

DA ASCENSÃO À QUEDA

-desejo dos bizantinos de reconstruir o império romano em sua totalidade a partir de 527 d.C com Justiniano

-em 533, conquistam o norte da África e ocupam a península itálica.

-em 550, invadiram a península ibérica e tentaram recuperar o Direito Romano.

*O que é o Direito Romano?


-em 565, morre Justiniano e seus sucessores não conseguem manter a unidade do império.

-em 636, perde a Síria para os muçulmanos, depois a Palestina, a Pérsia e o Egito.

-em 711, perde a península ibérica que passa a ser controlado pelos islâmicos, ainda com crises internas, revoltas e conflitos religiosos dentro do próprio território do império.

-em 1204, a cruzada dos Venezianos que iria para Jerusalém mudou seu rumo e partiu para Constantinopla, tesouros, obras de arte e livros foram destruídos ou saqueados. A capital do império foi incendiada e a partir dali não conseguiu se recuperar

-em 1453, ocorreu a invasão e a tomada do império pelos Turcos Otomanos. Esta é demarcada a queda final do Império Bizantino e, de acordo com a Historiografia o fim da Idade Média.

EXERCICIOS:

1) (UEFS/BA) Em relação ao islamismo, pode-se afirmar:

A) O renascimento cultural do mundo islâmico baseou-se no abandono dos dogmas maometanos e na assimilação

completa da cultura e das técnicas ocidentais.

B) A riqueza trazida pelo petróleo tem permitido a unidade entre os países árabes e a melhoria da qualidade de vida

de sua população, consequência da política redistributiva de renda.

C) A coesão religiosa dos muçulmanos possibilitou que o Império Romano do Oriente rechaçasse as invasões

bárbaras, tornando o Império Bizantino o centro irradiador do islamismo.

D) O fanatismo religioso e as práticas rituais bárbaras e primitivas, inerentes ao islamismo, contribuíram para

impedir uma maior expansão da religião islâmica.

E) Os atentados de 11/09/2001 contribuíram para o ocidente associar genericamente o terrorismo aos árabes

islâmicos, demonstrando uma postura egocêntrica e preconceituosa em relação aos muçulmanos

2) (UNESP/SP) “Quando Maomé fixou residência em Yatreb, teve início uma fase decisiva na vida do Profeta, em seu

empenho de fazer triunfar uma nova religião. A cidade de Yatreb, que doravante seria chamada de Medinat al-Nabi

(Medina, a cidade do Profeta), tornou-se a sede ativa de uma comunidade da qual Maomé era o chefe espiritual e

temporal.”(Roberto Mantran, Expansão muçulmana). Essa mudança para Medina, que assinalou o início da era

muçulmana, ficou conhecida como:

A)Xiismo;

B)Sunismo;

C)Islamismo;

D)Hégira;

E) Copta.

3) (UFPE) O islamismo, uma religião tão comentada no século XXI, foi fundada por Maomé (570-632). De caráter

monoteísta, esta religião, também conhecida por muçulmana ou maometana, foi a base do Estado Muçulmano de

caráter teocrático criado por Maomé, que passou inicialmente a dominar a península Arábica. Em face desse

enunciado, analise as afirmações seguintes:


A) A expansão muçulmana, principalmente após a morte de Maomé, fez com que esse Estado dominasse vastos

territórios, desde o norte da África, noroeste da China e quase toda a Península Ibérica.

B) O livro sagrado do islamismo é o Alcorão, que teria sido resultado das revelações do Deus Alá ao Profeta Maomé.

Além de ditar a conduta religiosa, este livro contém recomendações de como manter a ordem social e os interesses

dos grandes comerciantes.

C) A força do Alcorão, para alguns, deve-se à obediência a alguns princípios, tais como: fazer cinco orações diárias;

crer em Alá, deus único, e em Maomé, seu profeta; ir em peregrinação a Meca, pelo menos uma vez na vida; ser

generoso com os pobres e dar esmolas.

D) Maomé, ao pregar o monoteísmo, foi de encontro à religião politeísta que dominava entre os árabes. Entretanto,

conseguiu organizar um exército de seguidores e, através dele, proibir o politeísmo e assim unir as diversas tribos

árabes em torno da religião.

E) A decadência do Império Islâmico é atribuída às disputas internas, que provocaram o desmembramento do

Império. No entanto, deve-se também levar em consideração a reação dos diversos povos submetidos à dominação

árabe

4) (UPE) Sobre a cultura islâmica, analise atentamente as afirmativas abaixo.

I. A cultura islâmica afirmou-se pela sua religiosidade e pela falta de descoberta em outras áreas da produção

cultural.

II. A interação da cultura islâmica com a ocidental trouxe contribuições importantes e renovadoras.

III. As conquistas territoriais dos árabes atingiram territórios do continente europeu.

IV. As divisões internas do islamismo causaram disputas políticas que ainda permanecem na sociedade

contemporânea.

V. Não há semelhanças entre o islamismo e o cristianismo.

Após a análise, conclui-se que:

A) todas as afirmativas acima estão corretas;

B) apenas as afirmativas I e V estão incorretas;

C) apenas as afirmativas III, IV e V estão corretas;

D) apenas a alternativa V está incorreta;

E) apenas a afirmativa III está incorreta.

5) (UEMS) A história do Mediterrâneo é a história das migrações populacionais e da circulação de valores de culturas

diferentes. Sobre a expansão árabe, a partir da unificação islâmica na Idade Média, é correto afirmar:

A) A doutrina islâmica não permitiu a criação de um Estado teocrático.

B) O Jihad, ou guerra santa, foi usado como justificativa para o expansionismo árabe.


C) Conquistadores não permitiam que os povos conquistados continuassem a praticar sua fé.

D) Medina tornou-se o centro das peregrinações islâmicas.

E ) Iatreb era o centro das peregrinações islâmicas, onde se localiza a Caaba, o monumento sagrado dos muçulmanos

6) (UFMS) Analise as alternativa abaixo e, em seguida, aponte qual(is) está(ão) correta(s):

I. O budismo, religião que não considera a idéia de um deus ou de um ser supremo que controla o universo, baseia-

se na vida e nos ensinamentos de Sidartha Gautama, que ensinou a forma de superar a miséria da existência.

II. O islamismo tem cinco princípios básicos: a profissão da fé; a oração, que se faz cinco vezes ao dia; o zakat,

imposto obrigatório e destinado a atender aos necessitados; o jejum de Ramadã; e o hadj ou a peregrinação a Meca.

III. O cristianismo, especialmente o catolicismo romano, é a única das grandes religiões que está submetida ao

controle do clero organizado e considera a idéia de um deus ou ser supremo que controla o Universo.

IV. O budismo, religião que considera a idéia de um deus ou de um ser supremo que controla o Universo, baseia-se

na vida e nos ensinamentos de Buda, que ensinou a forma de superar a miséria da existência.

A) As afirmativas I e II estão corretas e as III e IV estão erradas.

B) As afirmativas I, II e III estão corretas e a IV está errada.

C) As afirmativas II e III estão corretas e as I e IV estão erradas.

D) As afirmativas II e IV estão corretas e as I e III estão erradas.

E) As afirmativas I e III estão corretas e as II e IV estão erradas.

7) (Fatec-SP) Uma das características a ser reconhecida no feudalismo europeu é:

a) A economia do feudo era dinâmica, estando voltada para o comércio dos feudos vizinhos.

b) A sociedade feudal era semelhante ao sistema de castas.

c) As relações de produção eram escravocratas.

d) Os ideais de honra e fidelidade vieram das instituições dos hunos.

e) Os servos estavam presos a várias obrigações, entre elas o pagamento anual da capitação, talha e banalidades.

08) (UFPA) Nas relações de suserania e vassalagem dominantes durante o feudalismo europeu, é possível observar

que:

a) A servidão representou, sobretudo na França e na Península Ibérica, um verdadeiro renascimento da escravidão

conforme existia na Roma imperial.


b) As principais instituições sociais que sustentavam as relações entre senhores e servos eram de origem

muçulmana, oriundos da longa presença árabe na Europa Ocidental.

c) Mesmo dispondo de grandes propriedades territoriais, os suseranos eclesiásticos não mantinham a servidão nos

seus domínios, mas sim o trabalho livre.

d) O sistema de impostos incidia de forma pesada sobre os servos. O imposto da mão morta, por exemplo, era pago

pelos herdeiros de um servo que morria para que continuassem nas terras pertencentes ao suserano.

e) Os suseranos leigos, formados pela grande nobreza fundiária, distinguiam juridicamente os servos que

trabalhavam nos campos dos que produziam nas cidades.

09) (UFU-MG) A Alta Idade Média (Século V a X) tem como uma de suas características singulares, que a define

historicamente:

a) A consolidação e generalização do trabalho servil.

b) A formação das cruzadas para combater os infiéis do Islã.

c) O desaparecimento dos reinos germânicos no Ocidente.

d) O desenvolvimento, com posterior centralização do poder real.

e) O renascimento comercial, que reorienta a vida econômica feudal.

10) (UFJF-MG) O islamismo, religião fundada por Maomé e de grande importância na Unidade Árabe, tem como

fundamento:

a) A concepção do islamismo vinculado exclusivamente aos árabes, não podendo ser professado pelos povos

inferiores.

b) O culto dos santos e profetas através de imagens e ídolos.

c) O monoteísmo, influência do cristianismo e do judaísmo, observado por Maomé entre os povos que seguiam essas

religiões.

d) O politeísmo, isto é, a crença em muitos deuses, dos quais o principal é Alá.

e) O princípio da aceitação dos desígnios de Alá em vida e a negação de uma vida pós-morte.

11) (Fuvest-SP) Do Grande Cisma do Oriente sofrido pelo cristianismo no século XI, resultou:

a) A divisão da Igreja em Católica Romana e Ortodoxa Grega.

b) A heresia dos Albigenses, condenada pelo papa Inocêncio II.

c) A Querela das Investiduras, que proibia a investidura de clérigos por leigos.

d) A Reforma protestante, que levou à quebra da unidade da Igreja Católica na Europa Ocidental.

e) O estabelecimento dos tribunais da Inquisição pela Igreja Católica.


12) (Cescem-SP) As corporações de ofício eram organizadas com o objetivo de:

a) Aplicar os princípios religiosos às atividades cotidianas.

b) Combater os senhores feudais.

c) Defender os interesses dos artesãos diante dos patrões.

d) Proporcionar formação profissional aos jovens fidalgos.

e) Proteger os ofícios contra a concorrência e controlar a produção.

Questão 13. (FGV-Adm) A chamada “crise do século XIV”, na Europa Ocidental, caracterizou-se por um conjunto de

fatores como más colheitas, fome, epidemias, rebeliões camponesas e guerras. Pode-se dizer que tais elementos

a) abalaram o sistema feudal, provocando uma acentuada queda demográfica, num processo inverso ao da

expansão verificada entre os séculos XI e XIII.

b) contribuíram para o aumento relativo da população das cidades, onde os índices de mortalidade eram menores

que no campo.

c) fizeram diminuir as taxas e obrigações senhoriais que recaíam sobre os servos e levaram à adoção da escravidão

de africanos nos senhorios feudais.

d) fortaleceram as instituições medievais, principalmente o caráter internacional das universidades.

e) provocaram um enfraquecimento geral da cristandade, sobretudo na península Ibérica, o que permitiu uma nova

ofensiva islâmica na região.

Questão 14. (FMABC-SP) “[A peste negra] era transmitida essencialmente pelos parasitas, principalmente as pulgas e

os ratos. Era uma doença exótica, contra a qual os organismos dos europeus não tinham defesas. Veio da Ásia pela

rota da seda. Veja: a epidemia, essa catástrofe, é, portanto, também um dos efeitos do progresso, do crescimento.”

Georges Duby. Ano 1000 Ano 2000. Na pista de nossos medos.

São Paulo: Editora da Unesp, 1998, p. 80

A partir do texto, que trata do aparecimento da peste negra na Europa do século XIV, podemos dizer que

a) a integração entre regiões diferentes do planeta, provocada pelo comércio e por intercâmbios culturais, também

pode contribuir para a disseminação de doenças.

b) as doenças ficam em geral confinadas ao local de manifestação original e quando se alastram para outras áreas

não provocam grandes problemas nem geram epidemias.


c) epidemias, como a peste negra, são provocadas pela ira divina e não podem ser tratadas pelos homens, a não ser

que a medicina recorra a procedimentos religiosos.

d) más condições de higiene e a falta de um sistema unificado de atendimento médico foram os principais

responsáveis pela proliferação dos parasitas que provocaram a peste negra.

e) problemas de saúde, como a peste negra, derivam sempre da miséria social e as epidemias avançam apenas em

períodos de crise econômica e conflitos sociais.

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CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS 2018 PISM I … · Proibiu cultos politeístas, confiscou bens de quem não aderiu ao islamismo, organizou saques a tribos ... - o rei Clóvis unificou