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CURSO SENTIDO ÚNICO !
ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO CONSTITUCIONAL
!DISCIPLINA: ORDEM ECONÔMICA,
FINANCEIRA E TRIBUTÁRIA !
APRESENTAÇÃO PROFESSORProf. Ms. Diego Martins - [email protected]"
Pós Graduando do curso de MBA em Planejamento Tributário Estratégico pela PUC-RIO (2016 - 2017); "
Mestre em Direito Constitucional - Área de Concentração: Direito Constitucional Público e Teoria Política (2014) - UNIFOR;"
Pós graduado em Direito e Processo Tributários (2011) - UNIFOR;"
Graduado em Direito (2010) - UNIFOR;"
Professor Universitário titular - FANOR;"
Professor pós graduação lato sensu - UNIFOR, Juris Escola Jurídica, Sentido Único, URCA, Faculdade Ateneu, UNICHRISTUS, UVA; Estácio;"
Advogado com atuação nas áreas de relações governamentais, em especial, seara tributária e administrativo-regulatória, sendo sócio-fundador do Escritório Martins e Almeida Advogados. "
É Conselheiro do Contencioso Administrativo Tributário do Município de Fortaleza- CAT (2015 - 2017); Conselheiro do Contencioso Administrativo Tributário do Estado do Ceará - CONAT/CE (2016 - 2018). "
É Coordenador jurídico da Controladoria e Ouvidoria Geral do Município de Fortaleza - CGM.
APRESENTAÇÃO DISCIPLINA
Ordem Econômica, Financeira e Tributária na Constituição Federal;"
Primeiramente, abordar-se-á a parte relacionada à tributação; depois, a ordem econômica; por último a atividade financeira do Estado dentro de uma perspectiva da destinação dos recursos públicos.
OBJETIVOS DISCIPLINA
Verificar como ocorre a arrecadação de tributos, analisando os entes que têm competência para criar as espécies tributárias à luz das limitações que a própria Constituição Federal impõe;"
Explicar o funcionamento do Estado através de sua intervenção na atividade econômica, identificando os princípios aplicáveis à ordem econômica;"
Examinar a atividade financeira do Estado com o foco na formação do orçamento público e nas Leis que legitimam os governantes a gerirem os recursos públicos, decidindo a finalidade do que for arrecadado.
ORDEM TRIBUTÁRIA
É a par te da Const i tu ição que t ra ta da competência tributária de cada ente federativo na instituição de seus tributos, assim como das limitações ao poder de tributar e dos tributos que existem no ordenamento jurídico brasileiro, com suas respectivas hipóteses de incidência e peculiaridades de cada um.
DIVISÃO CF:
A Constituição Federal é dividida em títulos:
Título I - Princípios Fundamentais - Art.1 a 4;"
Título II - Dir. e Gar. Fundamentais - Art.5 a 17;"
Título III - Organização do Estado - Art.18 a 43;"
Título IV - Organização dos Poderes - Art.44 a 135;"
Título V - Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas - Art.136 a 144;
DIVISÃO CF:
Título VI - Tributação e Orçamento - Art.145 a 169;
Título VII - Ordem Econômica e Financeira - Art.170 a 192;
Título VIII - Ordem Social - Art.193 a Art.232;"
Título IX - Disposições Constitucionais Gerais - Art.233 a 250;"
Título X - Disposições Constitucionais Transitórias - Art.1 a 97
ESTADO
“Ficção jurídica que define a corporação de um povo assentado em um determinado território e dotado de um poder originário de mando.” Jellinek!"
“Estado não é ficção, é formado por indivíduos, deve ser o Estado, portanto, uma unidade da ação humana organizada e de natureza especial, visto que todo grupo social, ao ser capaz de trabalhar e decidir, torna-se uma estrutura organizada que pode efetivar os interesses do Estado.” Heller
ESTADO
Um dos objetivos do Estado é a tomada de decisões em nome da coletividade. É exigir algo que pretenda exercer sobre os jurisdicionados."
Esse poder deve ser limitado – Estado de Direito."
O modelo de Estado de Direito interfere na forma de regime econômico e na forma de tributação a ser adotada.
ESTADO DE DIREITO
Estado de Direito Liberal "
Estado de Direito Social"
Estado Democrático de Direito/Pós Social
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
Estado que, além de possuir a Constituição Federal como reguladora de atos e poderes dos governantes, deve agir para alcançar os objetivos previstos na Carta Magna, procurando aliar a livre iniciativa ($$$) com os valores sociais do cidadão;"
CF/88 - RICA - Limita o poder de tributar, norteia a elaboração e aplicação das normas tributárias, bem como prescreve as hipóteses de incidência da norma (âmbito do tributo) e outras técnicas de arrecadação."
FEDERALISMO
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
O Estado (entes) tem o poder de tributar em prol do bem comum nacional, regional e local. O que seria esse Poder?"
Poder é sinônimo de competência? Quem tem poder? Quem tem competência?"
Tem competência quem institui, arrecada e fiscaliza tributos - Verificar arts.6 a 8 do Código Tributário Nacional."
Competência x Capacidade.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Competência - Indelegável e atribuída pela CF - Entes."
Legisla"
Fiscaliza"
Arrecada
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Comum:"
Qualquer ente é competente para instituir os tributos do art.145 da CF;"
Privativa:"
Privativa de cada ente (art.153,155,156 da CF)
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Cumulativa:"
Art.147, CF."
Especial:"
Art.148, CF e art.149, art.149, §1º e art.149-A, CF.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Residual:"
UNIÃO - Novos impostos: art.154, I, CF."
Extraordinária:"
UNIÃO - Casos extremos: art.154,II, CF.
IMPOSTOS
O que é um imposto?"
É um tributo (uma das espécies), portanto, segue todos os requisitos do art.3 do CTN, mas é um dos tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativamente ao contribuinte - Art.16 - CTN.
IMPOSTOS NA CF:
Art.145,I;"
Art.147;"
Arts.153, 154, 155 e 156."
A Constituição Federal só trata de competência dos entes tributários - poder limitado para instituir e cobrar impostos.
TAXAS
O que é uma taxa?"
É um tributo (uma das espécies), portanto, segue todos os requisitos do art.3 do CTN, que tem como fato gerador uma atividade do Estado, ora um serviço público, ora o exercício do poder de polícia do Estado.
TAXAS NA CF
FG é dividido em dois.Exercício do poder de polícia, próprio do Estado."
Serviço público, específico e divisível, utilizado, de modo efetivo ou potencial, pelo contribuinte ou colocado à disposição dele.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
É um tributo que também tem como fato gerador um serviço público, mas não é qualquer um, é uma obra pública que acarrete valorização imobiliária de bens imóveis ao redor da obra."
Esse tr ibuto visa , acima da arrecadação, a realização da justiça, à medida que cobra a contribuição de quem teve seu imóvel valorizado pelo Estado mediante obra pública.
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Art.148, CF: Competência especial (não se fala em pr iva t i va porque e s ta c l a s s i f i cação es tá relacionada à cobrança de impostos);"
Tributo com natureza jurídica anômala;
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
Inicia o estudo pelo Art.149 - CF:"
Sociais Gerais (Art.149, Art.212, §5o, Art.239, Art.240 - CF);"
CIDE’s (Art.149 - CF); Corporativas (Art.149-CF); COSIP (Art.149-A, CF).
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Art.150, CF:"
I - Legalidade;"
II- Isonomia;"
III, “a” - Irretroatividade;"
III, “b” e “c” - Anterioridade;"
IV - Vedação ao Confisco;"
V - Liberdade de Tráfego;"
VI - Imunidades.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Legalidade com Art.146, CF; Art.153, §1º e Art.96 e 97, CTN;"
Isonomia com Art.151, I, CF;"
Irretroatividade com art.106, CTN;"
Anterioridade com art.150, §1º e Art.62, CF
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Vedação ao confisco c/Art.145, §único;"
Imunidades - Razões de existir c/c Art.195, §7º - CF
ORDEM ECONÔMICA
É a par te da Const i tu ição que t ra ta da intervenção do Estado na economia nacional. O que o Estado deve ou fazer para melhorar economia. Há vários instrumentos previstos na Constituição Federal e uma gama de princípios, que serão observados.
ORDEM ECONÔMICA
Função Estado;"
Função mercado;"
Neoliberalismo e globalização;"
Desafio do Estado Democrático de Direito;
ESTADO E ECONOMIA
Ordem econômica e Direito Econômico;"
Constitucionalização da Economia;"
A Economia e as cláusulas transformadoras;
ESTADO E ECONOMIA
Princípios da Ordem Econômica:"
Soberania;"
Propriedade privada;"
Livre-concorrência e Monopólio;"
Defesas: Meio-ambiente e consumidor;"
Busca por emprego pleno.
ESTADO E ECONOMIA
Redução das desigualdades;"
Tratamento favorecido para empresas optante do SIMPLES NACION AL;"
Política Urbana e Agrícola.
ORDEM FINANCEIRA
É a parte da Constituição que estuda o destino dos tributos que foram arrecadados e que incidem, em sua grande parte, sobre a atividade econômica.
REPARTIÇÃO DE RECEITA
Art. 157, CF - Pertence aos Estados e DF:
I - IRRF servidores estaduais - exercício função;"
II - 20% Impostos Residuais;
REPARTIÇÃO DE RECEITA
Art. 158, CF - Pertence aos Municípios:
I - IRRF servidores municipais - exercício função;"
II - 50% ITR quando a zona situada no município não for urbana (Pode chegar a 100% desde EC 42/2003)"
III - 50% IPVA dos carros licenciados nos municípios;"
IV - 25% ICMS;
REPARTIÇÃO DE RECEITA
Art. 159, CF - A União entregará:
Produto do IR e IPI - 48%:"
21,5% - FP Estados/DF;"
22,5% - FP Municípios;"
3% - Programas de financiamento ao setor produtivo no Norte, Nordeste e Centro-Oeste;"
1% - FP Municípios;
REPARTIÇÃO DE RECEITA
Art. 159, CF - A União entregará:
Produto do IPI - 10% aos Estados/DF proporcionalmente ao valor das exportações;"
Produto da CIDE - 29% aos Estados/DF;
REPARTIÇÃO DE RECEITA
Art. 153, §5º, CF - IOF sobre o ouro como ativo financeiro/instrumento cambial:"
30% - Estados/DF;"
70% - Município;
FORMAÇÃO ORÇAMENTO
PPA - ESTRATÉGIA DE GOVERNO - Diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada."
LDO - ORGANIZAÇÃO - Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento;"
LOA - OPERACIONAL.
REFERÊNCIAS
GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na constituição de 1988. 11.ed. São Paulo: Malheiros, 2006."
BERCOVICI, Gilberto. Política econômica e direito econômico. In: Pensar. Revista do Curso de Direito da Universidade de Fortaleza. v.16. Fortaleza: Universidade de Fortaleza, 2011, p.562-588.
REFERÊNCIAS
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 5 ed. São Paulo: Método, 2011; "
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2005;"
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 26 ed. São Paulo: Malheiros, 2005.
REFERÊNCIAS
HARADA, Kiyoshi . Dire i to Financeiro e Tributário. 26.ed. São Paulo: Atlas, 2017. "
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito constitucional tributário. São Paulo: Malheiros, 2014."
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 2014.