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AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA MBA em Gestão, Auditoria e Controladoria COMO SER UM EMPREENDEDOR DE SUCESSO Autora: CYNTHIA JANAINA ESTEVES DA SILVA Orientadora: CYNTHIA CÂNDIDA CORREA COMODORO MT 2013

CYNTHIA JANAINA ESTEVES DA SILVA - APROVADA · Autora: CYNTHIA JANAINA ESTEVES DA SILVA Orientadora: CYNTHIA CÂNDIDA CORREA Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial

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AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

MBA em Gestão, Auditoria e Controladoria

COMO SER UM EMPREENDEDOR DE SUCESSO

Autora: CYNTHIA JANAINA ESTEVES DA SILVA

Orientadora: CYNTHIA CÂNDIDA CORREA

COMODORO MT 2013

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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA – AJES

MBA em Gestão, Auditoria e Controladoria

COMO SER UM EMPREENDEDOR DE SUCESSO

Autora: CYNTHIA JANAINA ESTEVES DA SILVA

Orientadora: CYNTHIA CÂNDIDA CORREA

Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial de avaliação das atividades de elaboração de Trabalho de Conclusão de MBA- Gestão, Auditoria e Controladoria da AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA.

COMODORO MT 2013

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DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado à

minha família por ter compreendido

minha ausência para a realização do

mesmo.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus por fazer com que eu conquistasse mais esta etapa da

minha vida e por me dar sabedoria, persistência e coragem para continuar buscando

mais conhecimento.

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RESUMO

As empresas estão inseridas em um cenário cada vez mais competitivo e

gobalizado, onde as barreiras geográficas já não existem, e mais do que nunca,

todos são concorrentes de todos. Com base nesta situação, este trabalho propõe

uma investigação sobre as características essenciais para que um empreendedor

entre neste mercado tão competitivo, se mantenha e obtenha sucesso. O

empreendedorismo tem origem francesa e caracteriza aquele que assume riscos e

começa algo novo, surgiu a partir das relações entre capitalistas e comerciantes.

Assumir riscos é a característica atribuída ao profissional que busca diferenciar a

forma de administrar o seu negócio, procurando ser inovador e criativo. Este estudo

se caracteriza como um ensaio teórico, de natureza exploratória e visa resgatar

elementos que situem o tema no sentido conceitual, evolutivo e sustentação. A

realização deste trabalho expôs as características exigidas de um empreendedor.

Também foi possível entender que o espírito empreendedor não é inato, mas pode

ser formado seguindo as características específicas, não necessariamente precisa

ter todas as características, sendo possível apenas destacar e aperfeiçoar as que

possui.

Palavras chave: Empreendedorismo, mercado, espírito empreendedor.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 07

CAPÍTULO I – REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................... 09

1.1 EMPREENDEDORISMO..................................................................................... 09

1.1.1 O Que é o Empreendedorismo ...................................................................... 09

1.1.2 Processo Empreendedor ............................................................................... 11

1.2 O EMPREENDEDOR .......................................................................................... 13

1.2.1 O que é ser empreendedor ............................................................................ 14

1.2.2 Formação da visão do Empreendedor ......................................................... 15

1.2.3 Perfil do Empreendedor ................................................................................. 15

1.3 PLANO DE NEGÓCIOS ...................................................................................... 18

1.3.1 Importância do Planejamento ....................................................................... 19

1.3.2 Características pessoais empreendedoras .................................................. 20

1.3.3 A pessoa nasce empreendedora? ................................................................ 26

1.4 10 DICAS PARA SER UM EMPREENDEDOR ................................................... 26

1.4.1 O que leva alguém a ter o próprio negócio? ................................................ 27

1.5 COMO SE TORNAR UM EMPREENDEDOR DE SUCESSO ............................. 29

1.5.1 Características para se tornar um empreendedor de sucesso .................. 32

1.6 O CICLO DO SUCESSO ..................................................................................... 33

1.6.1 Trabalho .......................................................................................................... 34

1.6.2 Problemas ....................................................................................................... 35

1.6.3 Medo ................................................................................................................ 35

1.6.4 Coragem .......................................................................................................... 36

1.6.5 Persistência .................................................................................................... 36

1.6.6 Metas ............................................................................................................... 36

1.7 POR QUE OS EMPREENDEDORES FALHAM .................................................. 37

CAPÍTULO II – METODOLOGIA .............................................................................. 38

CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS ........................................... 39

3 Empreendedorismo: Fonte de Novas ideias e práticas da inovação .............. 39

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 42

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INTRODUÇÃO

As empresas estão inseridas em um cenário cada vez mais competitivo e

gobalizado, onde as barreiras geográficas já não existem, e mais do que nunca,

todos são concorrentes de todos.

Com base nesta situação, este trabalho propõe uma investigação sobre as

características essenciais para que um empreendedor entre neste mercado tão

competitivo, se mantenha e obtenha sucesso.

O estudo sobre empreendedorismo foi despertado pela imensidão de novas

idéias, técnicas e mudanças velozes de produtos e serviços existentes no mercado.

O empreendedor chamou a atenção, pelo fato de iniciar algo novo, de ver aquilo que

ninguém vê, enfim, realizar antes, sair da área do sonho, do desejo, e partir para a

ação. O empreendedor de sucesso consegue despertar nas pessoas aquele desejo

que muitas vezes é desconhecido pelo próprio eu. E para alcançar o sucesso o

empreendedor tem que imaginar desenvolver, realizar visões e desejos muitas

vezes desconhecidos e isso não é para qualquer um. Esse estudo pretende

identificar quais as técnicas e artimanhas utilizadas por empreendedores que

conseguem de fato captar o desejo dos clientes e torná-los reais e sua permanência

nesse mercado competitivo e exigente.

Tendo em vista as grandes mudanças ocorridas, de forma rápida e

tecnológica o empreendedor se obriga a acompanhar as transformações exigidas

pelo mercado moderno e seus clientes que, devido ao grande numero de opções de

escolhas, estão cada dia mais exigentes, a competitividade, novas idéias e recursos

tecnológicos, dificultam cada vez mais a permanência das empresas no mercado,

muitas vezes a falta de experiência, pesquisas de mercado e planejamento faz com

que muitos cheguem ao fracasso. Neste cenário, a presente pesquisa pretende

responder: Quais as técnicas e artimanhas utilizadas por empreendedores para se

manterem no mercado?

Este trabalho via o teste das seguintes hipóteses:

• A busca de conhecimentos gerais e específicos, quais recursos e técnicas para

se manter no mercado empreendedor.

• Entender como se preparar para entrar no mercado empreendedor, quais

seguimentos existentes no mercado.

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• Como fazer um bom planejamento para alcançar o sucesso esperado e se

manter no mercado.

O principal objetivo deste trabalho é: Expor as técnicas utilizadas por

empreendedores para se manterem no mercado.

Para alcançar tal resultado, tem-se os seguintes objetivos específicos:

• Demonstrar quais as técnicas utilizadas pelos empreendedores para realizar

sonhos, aumentar a autoestima de seus colaboradores e se manter no

mercado;

• Compreender como um bom planejamento é essencial para esse negócio dar

certo, quais métodos devem ser usados na descrição desse planejamento;

• Diferenciar aqueles que conseguem fazer as idéias transformarem em

realidade, isto é, que implementam idéias e saber utilizá-las, daqueles que

não conseguem;

• Analisar de forma breve como o empreendedor faz uso de sua imaginação;

• Entender porque muitos fracassam, quais os erros mais comuns, por que

muitos não conseguem se reerguer e acabam desistindo dos seus sonhos.

A intenção do presente trabalho de pesquisa, é despertar em nós um mundo

de verdade e de lições que, com certeza, vão nos ensinar a mudar maneiras de

pensar, em se tratando do mundo tecnológico e competitivo que vivemos.

Tendo em vista que o empreendedor, em geral, é motivado pela auto-

realização e pelo desejo de assumir responsabilidades e ser independente.

Considera-se irresistíveis os novos empreendimentos e propõe sempre idéias

criativas, seguidas de ação.

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CAPÍTULO I

REFEFENCIAL TEÓRICO

1.1 EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo é um fenômeno global, que define na capacidade

individual de empreender, a geração de novos negócios e o desenvolvimento do

espírito empreendedor. Ele está em todos os países do mundo, trabalhando como

uma válvula propulsora que cria valores e riquezas para os povos.

1.1.1 O Que é o Empreendedorismo

A palavra empreendedor (entrepreneur), vem de 800 anos atrás. Tem origem

francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo (fazer algo). O

sentido da palavra já descreve o que realmente é empreendedorismo, pois o

empreendedor, quando começa a sua empresa não tem uma visão do futuro,

simplesmente procura fazer um planejamento do que espera para os seus negócios,

o que não é precisamente certo.

A definição para empreendedorismo tem seu conceito em um envolvimento

de pessoas e processos que juntos transformam idéias em oportunidades, o

empreendedor, é aquele que consegue enxergar uma oportunidade e cria um

negócio, e assume os riscos para conseguir lucro sobre ele.

Para David (2004) o estudo sobre empreendedorismo consiste em um campo

de pesquisa recente, com suas bases teóricas e empíricas ainda em construção,

apresentando uma série de aspectos nebulosos, porém fecundos, pois novos

parâmetros e estudos surgem todos os dias. O autor ainda explica a razão de tanto

interesse pelo estudo do empreendedorismo: “O empreendedor é identificado como

um dos fatores de crescimento e desenvolvimento econômico da sociedade, pois é

ele quem gera riquezas, implementando inovações de todos os tipos nas

organizações contemporâneas”.

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O conjunto que compõe o instrumental necessário ao empreendedor de

sucesso, ou seja, o know-how tecnológico e o domínio de ferramentas gerenciais é

visto como uma conseqüência do processo de aprendizado de alguém capaz de

atitudes definidoras de novos contextos: o empreendedor. “As teorias modernas que

fundamentam os programas de capacitação de empreendedores apregoam a

necessidade vital de preparar as pessoas para aprenderem a agir e pensar por

conta própria, com criatividade, com liderança e visão de futuro, para inovar e

ocupar o seu espaço no mercado...” (MOREIRA, 2004).

Segundo Dolabela (2002), empreendedor não significa somente ter um

acúmulo de conhecimentos, mas também valores, atitudes, comportamentos, formas

de percepção do mundo e de si mesmo voltados para atividades em que o risco, a

capacidade de inovar, perseverar e conviver com a incerteza são elementos

indispensáveis.

Não se pode afirmar com absoluta certeza de que seremos excelentes

empreendedores e obteremos sucesso em nosso negócio se seguirmos os passos

dos empreendedores de sucesso. “O que se pode dizer é que, se determinada

pessoa apresenta as características e aptidões mais comumente encontradas nos

empreendedores, mais chances terá de ser bem sucedida.” (DOLABELA, 2002).

Para Dornelas (apud Costa, 2007) empreendedor, é aquele que persegue

agressivamente as oportunidades em curto prazo, para assim descobrir rapidamente

se elas são valiosas a ponto de serem exploradas ou abandonadas. Pois aqueles

que se não dedicam tempo e esforço para realizar as atividades necessárias para

iniciar um novo empreendimento, irá enfrentar provavelmente uma situação de estar

sempre tentando, ao invés de prosperar ou fracassar.

Segundo Hisrich (2005) empreendedorismo é identificar a oportunidade e

essa é uma das fases mais difíceis, mas a parte mais crítica com certeza é avaliar

essa oportunidade. Trata-se de como o empreendedor vai enfrentar as atividades

complexas, como irá analisar se o produto ou serviço proposto irão trazer os

retornos necessários, os riscos envolvidos e também se as habilidades pessoais e

os objetivos do empreendedor estão alinhados, com a diferenciação a ser criada

num ambiente competitivo.

Davidsson (2000) destaca no processo empreendedor duas ações básicas:

descoberta e exploração. A descoberta envolve a geração de idéias e a

identificação, detecção, formação e refinamento da oportunidade. A exploração tem

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característica específica de lidar com a aquisição de recursos e a coordenação de

novos recursos. Segundo o autor, para que o processo empreendedor seja

diferenciado para efetiva criação de valor, tanto a descoberta quanto a exploração

são necessárias. Pois sem a descoberta a exploração de idéias e esforços se

tornam em vão e não apresentarão oportunidades reais e sem a exploração não há

criação de valores e consequentemente não há empreendedorismo.

1.1.2 Processo Empreendedor

O processo empreendedor é identificado quando o indivíduo enxerga a

oportunidade, começa a desenvolver um plano de negócios, busca recursos

necessários, para o início do seu empreendimento, ele já começa iniciando tais

etapas, portanto com estas características está se formando o empreendedor. Tal

processo começa quando um conjunto de atividades e idéias são organizadas e

executadas, seguindo um planejamento, para alcançar um objetivo.

Para Brito (2003) o processo empreendedor envolve várias funções, tais

como, atividades e ações associadas a perceber as oportunidades e a criação de

empresas que buscam organizadamente essas oportunidades.

O processo empreendedor ocorre devido a aptidões pessoais, fatores

externos, ambientais e sociais, geralmente ocorre quando, a pessoa tem uma busca

de realização pessoal, de assumir riscos, insatisfação com o trabalho, demissão,

idade, influência familiar, modelos de sucesso, visão de oportunidade e investimento

de capital. Dentro desse processo é exigido percepção, direção e muito trabalho

para alcançar o talento empreendedor, com estes fatores se cria a oportunidade de

crescimento e o desenvolvimento de um bom negócio, somando isso em boas

idéias, e ao combustível, que é o capital, o processo empreendedor começa a

acontecer. (DORNELAS, 2005)

Os altos índices de desemprego, a falta de oferta de trabalho impôs muitos

desafios a sociedade, levando as pessoas a empreender como alternativa de

trabalho e às vezes até por sobrevivência. (DEDECA, 1998). Por tais motivos Filion

(1999) argumenta que foi criado os empreendedores involuntários que são formados

por pessoas que foram demitidas por processos de privatizações, fusões de

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reengenharia nas empresas onde trabalham, após esse período não conseguem

voltar ao mercado de trabalho e como alternativa montam seu próprio negócio.

“A inovação é o instrumento específico dos empreendedores, o meio pelo

qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente

ou um serviço diferente”. (DRUCKER, 1987, p. 25).

Drucker (1987) explica que a inovação pode ser uma disciplina a ser

aprendida e praticada. Os empreendedores necessitam de fontes de inovação, eles

precisam conhecer, e por em prática os princípios da inovação bem sucedida.

O autor salienta que os empreendedores têm que inovar, pois este é o

espírito do empreendedor. A inovação cria um recurso. O recurso não existe até que

o homem encontre um uso para ele através da inovação e o transforme com um

determinado valor econômico. Portanto a inovação muda o rendimento dos recursos.

1.2 O EMPREENDEDOR

Segundo Filion (2000) o empreendedor não é um seguidor, mas um criador

de caminhos, para si e para os outros. Portanto, precisa se conhecer muito bem,

tanto para detectar no ambiente externo os sinais que lhe interessam quanto para

definir o papel que pretende desempenhar neste mundo.

Ser empreendedor é fazer o que ninguém fez, encontrar novas soluções para

antigos problemas, antecipar respostas a perguntas ainda não formuladas, agilizar

processos, facilitar trâmites, acelerar resultados, colocar o sorriso antes do motivo

para sorrir. Empreender é gerar riqueza, patrocinar progresso, criar vida. O

empreendedor não é apenas útil, é necessário, ou mais, imprescindível. (MUSSAK,

2005).

O que torna diferente o empreendedor dos outros agentes da organização é a

capacidade de definir visões, projetos que compreendem elementos de inovação e

se afastam do que já existe. (FILION, 2000).

O que distingue o empreendedor das outras pessoas é a maneira como este

percebe a mudança e lida com as oportunidades, a presença da iniciativa para criar

um negócio novo, paixão pelo que faz aliada a utilização de recursos disponíveis de

forma criativa, transformando o ambiente social e econômico onde vive e finalmente

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a presença de uma grande facilidade para assumir riscos e possibilidade de

fracasso. SCHLINDWEIN (2004).

Um dos principais motores da sociedade moderna é o empreendedor. É ele

quem, por meio de seus negócios, gera riqueza, bem-estar, propicia novos

empregos e novas fontes de renda. O empreendedor é, sobretudo, aquele indivíduo

que é capaz e tem necessidade de desenvolver novos projetos, assumindo a

responsabilidade de conduzir um negócio próprio, de forma que o empreendimento

alcance sucesso.

1.2.1 O que é ser empreendedor

O economista austríaco Joseph A. Schumpeter (1959), no livro Capitalismo,

socialismo e democracia, publicado em 1942 associa o empreendedor ao

desenvolvimento econômico. Segundo ele, o sistema capitalista tem como

característica inerente, uma força que ele denomina de processo de destruição

criativa, fundamentando-se no princípio que reside no desenvolvimento de novos

produtos, novos métodos de produção e novos mercados; em síntese, trata-se de

destruir o velho para se criar o novo.

Pela definição de Schumpeter, o agente básico desse processo de destruição

criativa está na figura do que ele denominou de empreendedor. Numa visão mais

simplista, podemos entender como empreendedor aquele que inicia algo novo, que

vê o que ninguém vê, enfim, aquele que realiza antes, aquele que sai da área do

sonho, do desejo, e parte para a ação. Um empreendedor é uma pessoa que

imagina, desenvolve e realiza visões Filion .

Ser empreendedor significa, acima de tudo, ser um realizador que produz

novas idéias através da congruência entre criatividade e imaginação. Seguindo este

raciocínio; a professora Maria Inês Felippe defende a idéia de que o empreendedor,

em geral, é motivado pela auto-realização e pelo desejo de assumir

responsabilidades e ser independente. Considera irresistíveis os novos

empreendimentos e propõe sempre idéias criativas, seguidas de ação. A auto-

avaliação, a autocrítica e o controle do comportamento são características do

empreendedor que busca o auto desenvolvimento. Para se tornar um empreendedor

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de sucesso, é preciso reunir imaginação, determinação, habilidade de organizar,

liderar pessoas e de conhecer tecnicamente etapas e processos.

Maria Inês (2004), define empreendedor como sendo: “aquele capaz de deixar

os integrantes da empresa surpreendidos, sempre pronto para trazer e gerir novas

idéias, produtos, ou mudar tudo o que já existe. É um otimista que vive no futuro,

transformando crises em oportunidades e exercendo influência nas pessoas para

guiá-las em direção às suas idéias. É aquele que cria algo novo ou inova o que já

existe e está sempre pesquisando. É o que busca novos negócios e oportunidades

com a preocupação na melhoria dos produtos e serviços. Suas ações baseiam-se

nas necessidades do mercado.”

1.2.2 Formação da visão do Empreendedor.

Filion (1991) em sua teoria de como se forma uma idéia de um produto, e

quais as condições para o surgimento dela. Pessoas motivadas ao abrir uma

empresa vão criando, conforme adquirem experiência e idéias que vem como um

sonho e ainda não se transformaram em produto. Após este processo o

empreendedor busca informações para testar suas idéias e ver se serão rentáveis,

ele começa a pesquisar, ler sobre o assunto e agregar novas características. Para o

autor as idéias são os estalos iniciais, que o empreendedor irá buscar e estudar para

que ela atinja a forma ideal de seu produto, e sendo assim direcioná-lo a quem deve

ser vendido. Este é o processo de formação de visão.

1.2.3 Perfil do Empreendedor

Somos nós por intermédio da mente, que decidimos acerca do nosso sucesso

ou do nosso fracasso. Nossa mente é a maior perfeição criada por Deus é o elo de

ligação com ele, assim nos tornamos fortalecidos para pensarmos e seguir em

frente sempre. Alguns dizem que não é sorte, não é hereditariedade, não é o curso

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superior, não é o destino, então quem decide se você vai ou não fazer sucesso é

você mesmo.

Para Drucker (1987) qualquer indivíduo que tenha à frente uma decisão a

tomar pode aprender a ser um empreendedor, se tornar um empreendedor, é ter um

comportamento e não um traço de personalidade, pois suas bases e aprendizados

são conceitos e teorias, não a intuição.

Segundo Brito (2003) as características a seguir são fundamentais para o

empreendedor:

• Criatividade e inovação: o empreendedor consegue enxergar oportunidades

de negócios aonde ninguém mais consegue notar

• Habilidade para aplicar criatividade: ele consegue focar esforços em um único

objetivo.

• Força de vontade: o empreendedor acredita em suas habilidades para

mudanças, tem forças e paixão para obter o sucesso.

• Foco na geração de valor: ele deseja fazer as coisas da melhor forma, do

modo mais rápido e barato.

• Correr riscos: executando distância e quebrando regras.

De acordo com o autor Dornelas (2005), o empreendedor para obter sucesso,

deve apresentar os seguintes perfis.

• Ser visionário: ter visão de como será o futuro para seu negócio, e conseguir

implementar seus sonhos.

• Saber tomar decisões: saber tomar a decisão certa na hora certa,

principalmente em momentos difíceis, implementando rapidamente suas

decisões, sendo isso um fator indispensável para seu sucesso.

• Fazer a diferença: transformar idéias em algo concreto e saber agregar valor

aos serviços e produtos colocados no mercado.

• Explorar o máximo de oportunidades: para os empreendedores os grandes

negócios são gerados das idéias que todos conseguem ver, mas não

enxergam algo prático para torná-las em oportunidade, pois um bom

empreendedor é aquele que inova e consegue identificar uma oportunidade

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no mercado, sendo um indivíduo curioso, identificador e atento às

informações.

• Determinação e dinamismo: são características essenciais o

comprometimento, superação de adversidades, ultrapassar obstáculos,

inconformismo com a rotina e fazer acontecer.

• Dedicação: dedicação de 100% de seu tempo ao seu negócio, ser um

trabalhador exemplar, mesmo quando encontrar obstáculos pela frente, ter

energia para continuar, ser incansável e louco pelo trabalho.

• Otimismo e paixão pelo que faz: adorar o trabalho que realiza, ter paixão, é o

combustível para manter a animação e autodeterminação, isso faz com que

venda cada vez mais seus produtos e serviços. O otimismo faz com que o

empreendedor tenha visão de seu sucesso e não do fracasso.

• Independência e direção do próprio destino: querer ser dono do próprio

negócio, ser independente, determinar seus próprios passos, ser patrão e

gerar empregos.

• Ficar rico: o verdadeiro empreendedor acredita que esse fator não seja o

principal, e sim o sucesso, e o dinheiro por conseqüência.

• Ser líderes e formadores de equipes: saber que para obter o sucesso precisa

de uma equipe competente, tendo assim um senso de liderança incomum,

recrutar as melhores cabeças e montar um time, sabendo valorizá-los,

estimulá-los e recompensá-los.

• Bem relacionado: saber construir uma rede de contatos, com clientes

fornecedores e a sociedade.

• Organizados: alocar recursos materiais, tecnológicos, humanos e financeiros,

usando para o melhor desempenho de sua empresa.

• Planejar: a cada passo que der tem planejar, desde uma simples ação até as

mais altas estratégias, tendo sempre a visão do seu próprio negócio.

• Possuir conhecimento: ter sede pelo conhecimento, pois quanto maior ele for,

maior serão as chances de ter êxito. Obter o conhecimento através de

experiências, informações, cursos ou até de pessoas que tem o mesmo tipo

de empreendimento.

• Assumir riscos calculados: essa é uma das maiores características dos

empreendedores, o verdadeiro empreendedor assume riscos e sabe

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gerenciá-los, isso tem haver com desafios, e quanto maior o desafio mais

estimulante é o seu trabalho.

• Criar valor para a sociedade: gerar empregos com inovação e dinamismo,

usando a criatividade para melhorar a vida das pessoas.

1.3 PLANO DE NEGÓCIOS

Primeiramente uma vez decidida a criação de uma empresa, deve-se definir

por escrito as principais variáveis do negócio. É isso que chamamos de Plano de

Negócio. A elaboração de um plano de negócio é fundamental para o

empreendedor, não somente para a busca de recursos mas, principalmente, como

forma de sistematizar suas idéias e planejar de forma eficiente, antes de entrar de

cabeça em um mercado sempre competitivo.

É importante estarmos atualizados e bem preparados, dominar o conteúdo a

ser explorado, aquilo que você planejou deve ser muito bem estudado e seguido de

forma abrangente antes de ser executado. O Plano de Negócio deve ajudá-lo a

responder questões importantes relativas ao seu negócio antes do seu lançamento.

Não é incomum mudanças profundas no projeto ou até mesmo o abandono da idéia

inicial, quando se começa a pesquisar e checar as suposições iniciais para a

montagem do Plano de Negócio. É justamente aí, que reside o seu valor: é muito

mais fácil modificar um negócio que está apenas no papel do que quando a empresa

já está no ar com o comprometimento de parcela expressiva de seus recursos.

Quando se ouve o termo empreendedorismo já se associa a palavra plano de

negócios, pois a principal ferramenta para o empreendedor ter o desenvolvimento é

planejamento. O Sebrae define o plano de negócios sendo um documento que

contém escrito as idéias e opções para que o empreendedor analise e tome suas

decisões sobre a empresa. A função deste documento é ajudar na avaliação do

novo negócio, nos pontos de organização, mercadológico, técnico, jurídico e

financeiro. Por ele o empreendedor analisa a evolução de sua empresa e também a

obtenção de capital de terceiros.

Para Dornelas (2005) o plano de negócios é, todo o empreendimento e o

modelo de negócios descritos em um documento, ao elaborar este documento, o

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empreendedor aprende e conhece todo o seu ambiente de negócios, no plano de

negócios devem ser descritos, qual é o ramo de negócio, o que vender e mercado

alvo.

1.3.1 Importância do Planejamento.

O mundo evolui à velocidade as luz, de forma magnífica. O homem foi

encontrando seu caminho de forma magnífica, mas é preciso ter cuidado na hora de

planejar, para não comprometer seu empreendimento. Na visão de Dornelas (2005)

as falhas de planejamento ocorrem por armadilhas do gerenciamento, como, falta de

experiência, falta de capital, atitudes erradas, localização, expansão inexplorada,

gerenciamento de inventário impróprio, excesso de capital em ativos fixos, difícil

obtenção de crédito e usar grande parte dos recursos do dono.

Dornelas (2005), porém, explica que, não existe uma fórmula para fugir das

armadilhas, a única forma é a capacitação gerencial, aplicação de conceitos teóricos

para o aprendizado, e sempre planejar.

O autor frisa que a razão e o raciocínio lógico, não são suficientes para fazer

com que um empreendimento tenha sucesso, além disso, existe a arte de como as

atividades devem ser seguidas, como todos os processos devem ser executados,

como serão traduzidos em documentos e assim se tornando a maior ferramenta

para o empreendedor, o plano de negócios.

Bangs (1998) mostra a seguir por que é importante o plano de negócios:

• Estabelecer comunicação eficaz com parceiros, fornecedores, clientes e

eficiência na comunicação interna.

• Entender e estabelecer o caminho a traçar.

• Gerenciamento de forma mais eficaz.

• Conseguir financiamentos.

• Monitoração da empresa.

• Identificação de oportunidades.

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1.3.2 Características pessoais empreendedoras

Segundo pesquisa, foram criadas dez características pessoais que identificam

o perfil empreendedor: busca de oportunidade e iniciativa, persistência, correr riscos

calculados, exigência de qualidade e eficiência, comprometimento, busca de

informação, estabelecimento de metas, planejamento e monitoramento sistemático,

persuasão e rede de contatos e independência e auto confiança. Segundo Dolabela

(2002) sem conotações determinísticas, tais características têm contribuído para a

identificação e compreensão de comportamentos que podem levar o empreendedor

ao sucesso, servindo de base para o ensino na área.

O empreendedor não fica esperando que os outros (o governo, o empregador,

o parente, o padrinho) venham resolver seus problemas. O empreendedor é uma

pessoa que gosta de começar coisas novas, iniciá-las. A iniciativa, enfim, é a

capacidade daquele que, tendo um problema qualquer, age: chama para si as

responsabilidades e parte para a solução.

É necessária uma dose de energia para se lançar em novas realizações, que

usualmente exigem intensos esforços iniciais. O empreendedor dispõe dessa

reserva de energia, vinda provavelmente de seu entusiasmo e motivação. Segundo

Bernhoeft (1997) a maioria dos empreendedores têm um ponto em comum: são

pessoas que observaram um problema e o transformaram numa oportunidade.

As oportunidades estão por toda parte. A questão é saber quais terão

sucesso. O caminho é descobrir um mercado realmente grande – ou que vai ser

grande – e ineficiente. Então, você entra com uma fórmula revolucionária de

proporcionar valor para o consumidor. MAGAZINE, 2002).

Descobrir oportunidades de negócio é o cerne da atividade do empreendedor.

Quanto mais o mundo muda e evolui, mais oportunidades aparecem.

É certo que os empreendedores devem seu sucesso, em grande parte, ao

interesse por novas tendências e ao faro por oportunidades. (INC MAGAZINE,

2003).

O empreendedor precisa constantemente pesquisar o mercado para

identificar oportunidades que poderá explorar para expandir o negócio (exemplos:

nichos de mercado, parcerias estratégicas, etc.), e deverá criar estratégias para

aproveitar tais oportunidades.

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Na pesquisa de oportunidades de negócio, é preciso evitar as “armadilhas”,

as quais são situações enganadoras que se apresentam como oportunidades

fantásticas, mas são passageiras. Para ser produtiva, a oportunidade de negócio

deve responder não apenas às necessidades do mercado, mas também às do

empreendedor.

A oportunidade captada parece que precipita idéias em sua mente. A partir

delas começa a ser construída a visão. Mas nada é assim tão fácil. Descobrir

depende de procurar e para reconhecer é preciso conhecer - não confundir idéia de

negócio com oportunidade de negócio.

Não saber distinguir entre uma idéia e uma oportunidade é uma das grandes

causas de insucesso. A confusão entre idéia e oportunidade é muito comum entre os

empreendedores iniciantes. Para Dolabela (2006), atrás de uma oportunidade

sempre existe uma idéia, mas somente um estudo de viabilidade, indicará seu

potencial de transformar-se em um bom negócio.

O empreendedor, por estar motivado, convicto, entusiasmado e crente nas

possibilidades, é capaz de persistir até que as coisas comecem a funcionar

adequadamente Ele é otimista, o que não quer dizer sonhador ou iludido. Acredita

nas possibilidades que o mundo oferece, acredita na possibilidade de solução dos

problemas, acredita no potencial de desenvolvimento.

O empreendedor nunca deixa de ter a esperança de ver seus projetos

realizados, porque se bem informado, conhece o chão que pisa e tem confiança em

seu desempenho profissional. SCHLINDWEIN (2004).

O empreendedor não se acovarda diante dos problemas e os encara como

aliados ou pré-requisitos para outras lições. Não adianta dar as costas para o

problema, enfrente-o de peito aberto, com coragem, determinação e gratidão. Ele

veio para ajudá-lo, mesmo que você não esteja conseguindo ver. (ALMEIDA, 2001).

A paixão pelo negócio central da empresa é o combustível para sustentar a

perseverança do empreendedor. É o que faz com que ele encare os obstáculos e

dificuldades que certamente irá enfrentar como desafios e oportunidades. Para o

empreendedor não existem apenas problemas, existem problemas com soluções.

(RAGONEZI, 2004).

Pode-se dizer então que não há resultado sem persistência. Ela é uma

condição para transformar uma idéia em algo real, mas cuidado, há persistência sem

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resultado, também conhecida como persistência cega, a qual já não está mais a

serviço do objetivo principal.

Uma das características do empreendedor é gostar de correr riscos, mas

riscos calculados. (FILION, 2000). O risco é um dos aspectos mais comuns de nossa

vida que nos acompanha constantemente no nosso dia-a-dia. O empreendedor

aceita riscos, ainda que muitas vezes seja cauteloso e precavido contra eles.

Sonhar é preciso, mas ser ambicioso, ousado ou correr riscos também tem

limites. (BERNHOEFT, 1997). Muitos negócios de grande sucesso na sua fase inicial

fracassam pela incapacidade de compreender que existem limites a serem

respeitados. (BERNHOEFT, 1997). Muito cuidado ao entusiasmar-se com um

crescimento e com demandas surpreendentes, pois podem ser armadilhas para

aqueles que não se prepararam para elas. (BERNHOEFT, 1997).

Toda a vida ou morte de uma empresa ou projeto vive na corda bamba, na

incerteza. Para Schlindwein (2004) Os riscos fazem parte de qualquer atividade e é

preciso aprender a administrá-los. Arriscar significa ter coragem para enfrentar

desafios, ousar a execução de um empreendimento novo e escolher os melhores

caminhos, conscientemente.

Duas chaves caracterizam o risco: a probabilidade do fracasso e as perdas

resultantes dele. O termo perdas deve ser entendido em seu significado amplo, que

vai além do econômico e material, visto que até uma diminuição no bem-estar

pessoal deve ser considerado.

O empreendedor fará tudo o que for necessário para não fracassar, mas não

é atormentado pelo medo paralisante do fracasso. Correr riscos, sem dúvida, é um

processo complexo, mas não ao nível de mistificá-lo ou temê-lo.

Eficiência e qualidade: duas palavras que talvez não façam parte de nosso

vocabulário usual, mas cujo conteúdo nos deparamos diariamente, mesmo quando

em geral, justamente é sua ausência que lamentamos.

Eficiência se refere ao nível dos recursos envolvidos na realização de uma

meta, ou mais especificamente na relação entre os recursos aplicados e o resultado

obtido. A busca da qualidade é um critério que está relacionado pelo conjunto, na

situação e no estado final de um resultado.

Ambas são importantes e determinam, na maioria dos casos, o sucesso ou o

fracasso de um empreendimento. Pequenos e quase insignificantes aspectos devem

ser sempre lembrados quando falamos de qualidade e eficiência. É como na guerra,

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onde são igualmente necessários o papel higiênico e as balas. Ambos no local certo

e à hora exata. Não permite-se falhas quando se deseja sobreviver.

Segundo Boyett (2001) exigir qualidade e eficiência das pessoas torna o ambiente

altamente produtivo as pessoas ficam muito mais empolgadas por ter que fazer as

coisas do melhor modo possível se estão trabalhando num ambiente onde a

excelência é esperada, então farão um trabalho excelente.

O comprometimento é outra característica pessoal que identifica um

empreendedor. O empreendedor não fica esperando que os outros decidam por ele.

Ele toma decisões e aceita a responsabilidade que acarretam, comprometendo-se

com os resultados.

O empreendedor precisa soltar as amarras e, sozinho, determinar seus

próprios passos, abrir seus próprios caminhos, decidir o rumo de sua vida, enfim, ser

seu próprio patrão. SCHLINDWEIN (2004).

Segundo Boyett (2001). A maioria dos empreendimentos fracassam simplesmente

porque seus iniciadores não se agarram determinadamente a eles - e com

freqüência desistem quando estão a um passo do objetivo.

As pessoas que se dedicam a atividades empreendedoras possuem um grau

elevado de realização profissional e pessoal, e porque não dizer: comprometimento.

Isso acontece porque a atividade empreendedora geralmente é a exteriorização do

que se passa no íntimo das pessoas, recebendo o empreendedor com todas as suas

características pessoais. Ela faz com que trabalho e prazer andem juntos.

Para Schlindwein (2004) “o empreendedor deve ser capaz de tomar decisões

corretas no momento exato, estar bem informado, analisar friamente a situação e

avaliar as alternativas para poder escolher a solução mais adequada. Essa

qualidade requer vontade de vencer obstáculos, iniciativa para agir objetivamente, e

confiança em si mesmo.”

Os empreendedores são constantemente desafiados, não apenas para

tomarem decisões baseadas em fatos concretos, mas também para conseguirem

resolver problemas conflituosos e detectarem sinais muito subtis que possam surgir

no meio da escuridão e do nevoeiro. A busca incessante por informação passa a ser

uma característica imprescindível.

O empreendedor precisa definir metas de desempenho para cada estratégia

elaborada. Só assim poderá monitorar seu sucesso estratégico e pensar em novas

conquistas. Pensar no médio e longo prazos também ajuda a remover a visão

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imediatista que normalmente aflige os empreendedores que esperam ter sucesso

imediato.

Uma definição completa de uma meta deve abranger os seguintes critérios:

atingível, uma vez que deve ser inserida num objetivo possível; desafiadora, afim de

assegurar que não faremos apenas o que sabemos fazer; específica, para não

deixar margens de interpretação; mensurável, para saber se foi atingida ou não,

tornando-a verificável; e realista, orientada nas condições e circunstâncias reais.

A maioria dos empreendedores, definem com clareza, suas metas e objetivos

que representam desafios e tenham, principalmente, significado pessoal.

Por ser organizado e saber planejar, o empreendedor não desperdiça tempo,

dinheiro e energia. Tem capacidade para utilizar recursos financeiros, materiais e

humanos cuidadosamente. Estabelece suas metas para cada passo planejado. É

capaz de mudar de planos ao perceber, depois de uma análise cuidadosa, que o

cenário de seus planos está sofrendo alterações.

“Acompanhar constantemente as finanças do empreendimento em confronto

com as projeções feitas no plano de negócio inicial e em revisão anual é

indispensável para que as atividades avancem de maneira mais suave possível.”

(FILION, 2000).

Para tirar melhor proveito de um planejamento, é necessário que o empreendedor

compreenda-o como algo essencialmente dinâmico, um processo contínuo onde o

acompanhamento e o controle alimentam com informação os ajustes e afinações

necessárias. Contudo, um conceito dinâmico pode servir como desculpa para

adaptar o que foi mal planejado a cada momento, evitando-se um confronto com a

realidade de um fracasso.

Sendo assim podemos verificar que o planejamento e monitoramento

sistemático identificam-se como característica empreendedora pessoais.

O que diferencia o empreendedor dos outros agentes da organização é a

capacidade de definir visões, projetos que compreendem elementos de inovação e

se afastam do que já existe. Em geral, essas visões são construídas em torno de

oportunidades de negócio que o empreendedor percebeu no mercado, que o leva a

conceber um sistema organizacional que vai interagir, interna e externamente, com

pessoas. Isto equivale a dizer que, além de definir visões o empreendedor também é

hábil em gerar relacionamentos, o que exige dele um bom domínio de comunicação.

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Gerar relacionamentos pode começar ao se entrar em contato com todas as

pessoas conhecidas, ou conhecidas de alguém conhecido. É necessário construir,

mobilizar e aumentar uma rede de influências aos mais diversos níveis, para,

posteriormente, a utilizar de uma forma produtiva. Esses relacionamentos podem têr

uma finalidade protetora e de apoio aos membros envolvidos.

Ao dizer que o ser humano é uma combinação de fraquezas e fortalezas,

objetiva-se criando redes de contatos, complementar os lados fracos ao buscar a

fortaleza de outros e colocá-la à disposição.

O empreendedor em geral não é somente um fazedor, no sentido obreiro da palavra.

Ele cria equipe, delega, acredita nos outros, obtém resultados por meio de outros.

“Tenha em mente que o seu sucesso vai depender do grau de comprometimento

daqueles que vierem trabalhar com você e dos ideais que você prega e pratica.”

(BERNHOEFT, 1997).

O empreendedor tem autoconfiança, isto é, acredita em si mesmo. Se não

acreditasse, seria difícil para ele tomar a iniciativa. A crença em si mesmo faz o

indivíduo arriscar mais, ousar, oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras, enfim,

torna-o mais empreendedor.

Ao tornar-se empreendedor, o indivíduo começa a se destacar na hierarquia

empresarial e passa a ser observado, por amigos, colegas e principalmente

subordinados. “Na posição de liderança, seu exemplo torna-se uma referência.

Oscilações de bom e mau humor, como otimismo ou pessimismo, afetam todos

aqueles que estão ao seu redor.” (BERNHOEFT, 1997). O empreendedor precisa

perceber que a motivação de sua equipe depende de sua própria capacidade de

motivá-la.

Uma autoconfiança sadia e uma auto-estima sadia são o melhor ponto de

apoio que temos para qualquer das outras características empreendedoras. Poderia-

se comparar com uma fonte de energia da qual provém a força e intensidade com a

qual empreendemos as coisas. Autoconfiança significa acreditar em si mesmo e não

temer cometer erros.

1.3.3 A pessoa nasce empreendedora?

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Segundo Fernando Dolabela, consultor de importantes instituições em todo o

Brasil e também reconhecido por ser um especialista em empreendedorismo, a tese

de que o empreendedor é fruto de herança genética não encontra mais seguidores

nos meios científicos. Na verdade ninguém nasce empreendedor. O contato com

família, escola, amigos, trabalho, sociedade vai favorecendo o desenvolvimento de

alguns talentos e características de personalidade e bloqueando ou enfraquecendo

outros. Isso acontece ao longo da vida, muitas vezes ao acaso, pelas diversas

circunstâncias enfrentadas.

O empreendedor é um ser social, e assim sendo é fruto da relação constante

entre os talentos e características individuais e o meio em que vive.

A professora Maria Inês Felippe explicita muito bem este enunciado quando

diz que: “a profissão empreendedor não é fruto do nascimento ou de herança

genética, mas resultado de trabalho, talento e reserva econômica. É própria de uma

sociedade capitalista liberal e de sua ideologia de sucesso individual.”

1.4 10 DICAS PARA SER UM EMPREENDEDOR

Cada vez mais as pessoas buscam alternativas para se tornarem

empreendedores, ou seja, concretizarem o sonho de ter seu próprio negócio. Em

todo o mundo ocorre um crescimento gigantesco de empresas, apesar desse

crescimento de negócios próprios, nem todas as pessoas sabem o que é preciso

para se tornarem boas empreendedoras e, assim se manterem no mercado. Não

adianta, somente ter vontade de trabalhar, sem que saiba usar a criatividade ou

disciplina na execução das tarefas e que muitos não dão importância ter um bom

diálogo com seus funcionários.

Um bom empreendedor precisa ter iniciativa para criar um novo modelo de

negócio, já que o empreendedorismo é uma característica do empreendedor que

tem como objetivo alcançar o sucesso. Seguem algumas dicas para que o

empreendedor consiga alcançar esse sucesso:

1- Não tenha medo. Seja numa situação de desemprego, seja pela vontade de

ganhar autonomia, todo mundo já teve o desejo de se tornar o próprio patrão,

mas poucos colocam seu sonho em prática, a maioria desiste ao primeiro passo.

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2- Iniciativa. A busca constante por oportunidades de negócios. Estar sempre

atento ao que acontece no mercado em que vai atuar.

3- Saiba lidar com personalidades desafiadoras. Ouça com o coração, com os

olhos e não apenas com os ouvidos.

4- Tenha determinação e disciplina. Anote idéias e faça seu planejamento com

seu dia, hora e local onde tudo irá acontecer.

5- Seja inteligente, saiba usar o seu pensamento ao seu favor. Seus

pensamentos determinam a sua freqüência, e seus sentimentos lhe dizem

imediatamente em que freqüência você está. Quando se sente mal você está na

freqüência que atrai coisas ruins, prejudicando o alcance das metas, já estando

bem, você terá mais facilidade de raciocinar a seu favor.

6- Tenha meta e siga um método. Quando se tem os dois se rompe barreiras.

7- Tenha Fé, mas não deixe de agir para modificar a realidade. Vá de

pensamento a ação.

8- Deve o empreendedor. Encontrar, avaliar e desenvolver a oportunidade de criar

algo novo, Inovar.

9- Rede de contatos. É importante participar de eventos e feiras relacionados ao

seu produto. Ambientes informais ajudam a formar bons contatos, família,

amigos, vizinhos e antigas experiências. Deve-se trazer isso para a realidade do

negócio

10- Tire proveito do fracasso. Saiba usar a experiência sem sucesso no

aprendizado.

1.4.1 O que leva alguém a ter o próprio negócio?

Em geral, as pessoas que sonham em ter o seu próprio negócio são movidas

pela ambição de ganhar muito dinheiro e ser independentes. A simples idéia de

estarem subordinadas a alguém as apavora.

Algumas pessoas são levadas a abrir o seu próprio negócio por motivos que,

muitas vezes, são alheios às suas vontades. Tais situações abrangem exemplos de

profissionais que saíram de grandes organizações com recursos econômicos

significativos e que resolveram montar o seu próprio negócio; aqueles que deixaram

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seus empregos para se tornarem empresários e aqueles que, sem a maior

pretensão, herdaram algum negócio da família.

Na realidade, ser o próprio patrão implica estar exposto a constantes

mudanças, assumir responsabilidades e sofrer pressões da sociedade, dos órgãos

governamentais e dos empregados. A dedicação ao trabalho aumenta

significativamente: muitas vezes trabalha-se mais de 8 horas por dia, sem um salário

fixo, garantido no final do mês, e sem férias integrais.

O que leva uma pessoa a empreender é ter um sonho e um motivo em tornar

seu sonho realidade, assim são visionários, fazem a diferença, exploram as

oportunidades, são determinados e apaixonados pelo que fazem, não tem medo de

se arriscar, se antecipam , procuram solucionar os problemas quando surgem. O

empreendedorismo não está ligado somente à criação de novos negócios, assim

surgem pessoas que tem a necessidade de fazer a diferença . O modismo também é

considerado um fator estimulador do empreendedor, pois quanto mais surgem novas

tendências mais as pessoas sentem a necessidade de criar, inovar, constatar

oportunidades de mercado, reunir informações e identificar clientes. Sentem a

necessidade de colocar em prática um conjunto fundamental de informações aliadas

a uma vocação de negócio. Para muitos, empreendeer é tato, empreender é arte,

levando-os a identificar produtos e serviços, assim se tornado artistas de suas

criações.

1.5 COMO SE TORNAR UM EMPREENDEDOR DE SUCESSO

Muitas pessoas dizem não ter o "dom" ou não "levar jeito" para serem

empreendedoras. No entanto, o espírito empreendedor não é inato e pode ser

formado seguindo as características necessárias e, como se trata de um ser inserido

na sociedade, influenciado pelo meio que em que vive, a formação empreendedora

pode acontecer por influência familiar, estudo e prática (BENEVIDES, 2010).

Primeiramente todo empreendedor deve ser um bom administrador, pois o

foco do administrador é planejar, organizar, controlar e liderar, afirma Dornelas

(2001). Algum tempo atrás se acreditava que o empreendedorismo não se aprendia,

somente era empreendedor que nascia com o dom, mas atualmente passou a

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difundir-se a idéia de que o empreendedorismo pode ser ensinado e aprendido por

qualquer pessoa.

Essa trajetória está sendo escolhida por jovens recém-formados, profissionais bem-

sucedidos no mercado e também por aposentados que depois de uma vida inteira

trabalhando como empregados, resolvem empreender por conta própria (SALIN et

al, 2004).

Para se tornar um empreendedor bem sucedido, é preciso ter responsabilidade em

tudo o que faz, saber delegar e estabelecer metas, mostrar que tem capacidade

para resolver problemas. Também é verdade que, além de administrador, um bom

empreendedor tem que ser um bom líder e cumprir as metas traçadas, pois não

basta ter a melhor meta se não souber qual é a estratégia para seguir essa meta.

Cabe destacar que Dolabela (2003, p. 80) diz que empreender é buscar, é uma

ação; não é chegar. Portanto, é um estado de espírito em busca de um sonho e que,

para alcançar o sonho está sempre se reinventando.

Segundo Daft (2005) o processo de aprendizagem é uma parte importante de uma

organização, isso porque ela contribui para a identificação mais rápida dos

problemas e oportunidades, para a tomada rápida de decisão e para a maior

capacidade de aprendizado das informações e conhecimento amplamente

compartilhados.

De acordo com Salin et al (2004), a decisão de abrir o próprio negócio parte de

acontecimentos e circunstâncias pessoais, que fazem o empreendedor tomar tal

atitude. Essa decisão pode partir de diversas situações em que a pessoa se

encontra, podendo ser pela simples vontade de ter seu próprio negócio, ou até

mesmo por uma demissão na empresa no qual trabalha, sujeitando-o a partir para

uma nova experiência.

Diz Almeida (2001), que ao observar os empreendedores de sucesso, pode-se

compilar didaticamente a cultura empreendedora da seguinte forma:

1. Transformar crise em oportunidade.

Os empreendedores saõ otimistas. Conseguem transformar tragédia em

portunidade. Uma situação de desemprego pode ser encarada não como o fim do

mundo, mas como o início de uma grande oportunidade de começar um negócio.

2. Empreender sem capital.

A habilidade de começar com quase nada é uma das mais importantes. O telefone,

o carro da família, a dependência de empregada virando escritório: é o improviso

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gerando soluções para quem não tem capital. A utilização do capital de terceiros,

com o tempo, faz surgir do nada verdadeiros impérios empresariais.

3. Marketing e negociação.

A capacidade de vender a idéia é, sem dúvida, uma grande habilidade dos

empreendedores. São capazes de vender seu peixe com uma maestria admirável.

São vendedores de sua imagem profissional e de seus talentos.

4. Know-How e experiência anterior.

Negócios são abertos, em geral, por ex-gerentes e executivos do mesmo ramo.

Desta forma , eles já detêm uma boa rede de relacionamentos com fornecedores,

concorrentes e clientes. Este networking ( rede de relacionamentos e este know-how

(saber fazer), sem dúvida, têm sido a melhor vacina contra o fracasso.

5. Visão empreendedora.

Aqui está a habilidade de enxergar no mercado as lacunas deixadas pelas

empresas. Criam-se novos caminhos, novos horizontes que, no início, nada mais

eram que uma mera intuição, um feeling.

6. Opinião própria.

Não é incomum encontrarmos familiares de empreendedores dizendo que o negócio

só foi para frente porque ele era um teimoso, um cabeça-dura que não ouvia

ninguém. Contrariou tudo e todos, e, com a sabedoria dos mestres, soube discernir,

ouvir e escutar.

7. Persistência.

Esta tem sido um verdadeiro teste de paciência e ressitência. É muito comum

querermos saber como certa pessoa conseguiu esperar com paciência todo aquele

tempo de vacas magras. Agradecer o semear e cuidar com amor e dedicação

enquanto se espera a hora da colheita é uma verdadeira virtude humana. Todos

sabem que é na hora mais escura e fria da noite que o dia começa a clarear, mas

poucos têm a paciência de estar acordados e alertas nessa hora.

8. Assumir riscos.

É a atitude de coragem de superar o medo, de trilhar caminhos incertos, mantendo a

chama da esperança acesa. Saber calcular riscos e ousar enfrentar o novo. Aqui, é

colocada em xeque nossa autoconfiança e nossa autodeterminação.

9. Ser líder e entusiasmado.

Esta habilidade de se automotivar e conseguir aumentar a energia dos

colaboradores e envolvidos é, sem dúvida alguma, fundamental. Saber delegar,

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definir tarefas, organizar, combinar métodos e processos e, sobretudo, saber

reconhecer os liderados. Aqui é a prova de fogo da auto-estima.

10. Harmonia com a missão.

Se falamos Pelé, vem à nossa cabeça o futebol. Se falamos Chico Anísio, vem-nos

o humor. Se falamos Roberto Carlos, pensamos em música romântica. Será que o

sucesso ocorreu por acaso? Não. Ele é composto por um conjunto de habilidades e

renùncias que estão alicerciadas em nossos talentos, em nossa vocação, em nossa

missão. É aqui que aparece o amor, a dedicação e a entrega de corpo, alma e

espírito a uma causa maior da nossa razão de viver.

O sucesso e os bons resultados profissionais dependem do poder pessoal que, por

sua vez, depende de três fatores básicos:

1) ENERGIA, que se transformam em AUTO-ESTIMA.

2) COMUNICAÇÃO, que se transforma em PODER.

3) MEDO, que se transforma em CORAGEM.

1.5.1 Características para se tornar um empreendedor de sucesso

Um empreendedor de sucesso precisa ter devoção, comprometimento de

tempo e esforço necessário para fazer com que a empresa cresça. Para a maioria

das pessoas, as boas ideias são aquelas que surgem por uma acaso, mas para o

empreendedor de sucesso as boas ideias são aquelas que são geradas daquilo que

pode ser transformado em oportunidade, tendo como base a inovação. Uma

definição para quem seria o empreendedor: "é aquele que destrói a ordem

econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de

novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais"

(SCHUMPETER, 1949, apud DORNELAS, 2001, p. 37).

Para Dornelas (2001, p. 37), "o empreendedor é aquele que detecta uma

oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos

calculados". O autor cita que para ser um bom empreendedor é preciso que tenha

uma visão de como será o futuro para os seus negócios e para a sua vida, é preciso

que o possível empreendedor tenha habilidade para implementar as suas ideias. O

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mais importante é que se sintam seguros para tomar decisões e que sejam tomadas

na hora certa e nos momentos.

De acordo com o Portal da Educação (2010) as habilidades requeridas de um

empreendedor podem ser classificadas em três áreas: técnicas, que envolve

habilidade de escrita, capacidade de ouvir as pessoas e captar informações, ser

organizado, saber liderar e trabalhar em equipe; gerenciais, que incluem as áreas

envolvidas na criação e gerenciamento da empresa (marketing, administração,

finanças, operacional, produção, tomada de decisão, planejamento e controle); e

características pessoais, como ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ter

ousadia, persistente, visionário, ter iniciativa, coragem, humildade e principalmente

ter paixão pelo que faz.

A criatividade é citada por muitos autores como uma das principais

características que leva o empreendedor ao sucesso, já que a criação de algo novo

para os empreendedores atuais é a forma mais rápida de se ter sucesso. Por ser

uma faculdade inata de muitos empreendedores, é um argumento que para muitos

justifica o modo de pensar que o empreendedor já nasce pronto "para ser

empreendedor".

Salin et al (2004) citam dez mandamentos que consideram essenciais para

tornar empresários bem sucedidos: assumir riscos; identificar oportunidades;

conhecimento; organização; tomar decisões; liderança; dinamismo; independência;

otimismo e tino empresarial. E que devem ser seguidos à risca para quem almeja

tornar-se um empreendedor. É necessário reconhecer suas limitações e montar um

time de funcionários que leve a empresa aos objetivos planejados, se envolvendo

essencialmente com questões estratégicas. Seus erros devem ser tomados como

aprendizado para corrigir erros futuros.

Salin et al (2004) afirmam que para ingressar na vida empresarial o indivíduo

precisa estar ciente de três perguntas necessárias para o almejado sucesso

profissional: A quais objetivos pessoais pretendem-se atender com este negócio?

Tem-se a estratégia correta para sua condução? Existe capacidade pessoal de

executar essa estratégia?

De acordo com Dornelas (2001), um bom empreendedor precisa ter iniciativa

para criar um novo negócio, ter paixão pelo que faz, saber utilizar os recursos

disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social e econômico onde

vive e, por fim, aceitar assumir os riscos e a possibilidade de fracassar.

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Conforme Daft (2005) o diálogo é uma forma de ganhar a confiança e colaboração

das pessoas que trabalham juntas. Por este fato, dentro de uma organização precisa

haver um bom relacionamento entre o empreendedor e sua equipe, para que assim,

possam chegar aos objetivos definidos.

1.6 O CICLO DO SUCESSO

Sucesso é a capacidade de atingir metas, sejam elas materiais, sociais ou

mentais. Indiferentemente de serem pequenas, grandes, fáceis, difíceis, simples ou

complexas.

Felicidade é estar satisfeito com as próprias conquistas, é estar alegre com a

vida do jeito que ela é. Para sermos felizes não precisamos de mais nada, é só

estarmos satisfeitos com o que já temos e pronto. É bem verdade que a palavra

sucesso lembra-nos riqueza e acabamos por acreditar que quanto mais dinheiro,

mais sucesso, e vice-versa.

Segundo Almeida (2001), o Ciclo do Sucesso é um caminho obrigatório por

onde todos teremos de passar para atingir nossas metas. Se as pessoas desistem, é

porque as metas não eram fortes, eram metas expressões de desejo. Se forem

realmente metas convictas, você conseguirá forças suficiente para suportar e

superar todos os desafios que cruzarem seu caminho. É uma determinação tão forte

que o universo disponibiliza toda a energia para romper qualquer barreira. O ciclo do

sucesso é uma forma didática que uso para explicar o que ocorre com todas as

pessoas que buscam atingir a meta. Primeiro, a meta é definida, depois começamos

a trabalhar, ocasião em que ocorrem os problemas. Daí, surge o medo e é preciso

coragem e presistência para enfrentá-los e , finalmente, poder usufruir a meta

atingida.

1.6.1 Trabalho

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O trabalho é o meio, o comprometimento físico e mental que você planejou

dar em troca de atingir sua meta. Nele se fazem fundamentais dois aspectos já

discutidos: a organização e a disciplina. Levantar cedo, trabalhar utilizando a

inteligência para maximinizar resultados e minimizar esforços físicos, não ficar

reclamando, ser grato às dificuldades e aos desafios que surgem. Pare de reclamar,

pare de chorar. A vida é dura para quem é mole. Nunca se esqueça queo estresse é

doença de quem está fazendo o que não gosta e, por isso, reclamando demais.

Mude sua crença, ou mude de trabalho, e vá fazer o que gosta. Algo que

esteja em sinergia com sua grande missão.

1.6.2 Problemas

Os problemas são inevitáveis quando trabalhamos e executamos tarefas. Eles

sempre ocorrem, são na verdade forças contrárias e que, infelizmente, muitos

acreditam serem barreiras intransponíveis. O grande segredo do homem de sucesso

é que ele olha para esses problemas como desafios de vêm para fortalecê-lo e criar

anticorpos. São verdadeiras vacinas antifracasso. Pegue suas dificuldades e

limitações e transforme-as em aliadas. Se você quer, se está determinado e

motivado a realizar seu projeto de vida, ninguém poderá detê-lo. Você vai SER e

TER o que quiser, vai triunfar apesar de.... Você caiu, quebrou, faliu? Levante-se!

Sacuda a poeira! Pegue saus trouxas, dê a volta pro cima e siga seu caminho.

Muitas pessoas devem o sucesso de suas vidas e desafios e problemas que

tiveram metas. Imagine que uma pessoa esteja às voltas com um pneu do seu carro

furado. Isso só é problema porque ela tem a meta de chegar ao destino, num horário

previamente marcado. Caso contrário, não será problema algum. Ela pode esperar o

tempo que for necessário para consertar o pneu.

1.6.3 Medo

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Quando começam os problemas, o medo ronda a mente humana, gerando

pavor e desgoverno, principalmente naqueles que não têm metas firmes e fortes. Os

que não estão determinados e comprometidos com a realização de suas metas são

os primeiros a buscar “desculpas” e “justificativas” para desitir. Nós só temos medo

do desconhecido porque nos sentimos incapazes de solucionar determinado

problema. Se vamos em frente e enfrentamos esse medo, logo percebemos que era

uma bobagem, uma ilusão e que só dura o tempo do enfrentamento. O medo nada

mais é do que um alente de aumento do risco. Quanto mais você passa por essa

experiência de enfrentar o medo, mas você fica corajoso, destemido e audaz.

1.6.4 Coragem

Essa é a única arma eficaz contra o medo, que é ilusão e vai ser combatido

com a desgravação mental, a negação, o opsoto desse sentimento de pavor do

desconhecido. Não lhe basta, apenas, a coragem de vencer os primeiros medos e

obstáculos que forem surgindo. É preciso, sobretudo,s eguir em frente, persistindo e

conquistando.

1.6.5 Persistência

Persistência é um exercício de paciência. Quantas pessoas, aos primeiros

sinais de insucesso, desanimam e sentam-se à beira do caminho, desistindo de sua

metas? O empreendedor deve ser persistente, ser perseguidor de suas metas.

Acreditar que vai ter sucesso e que a vitória estará a um passo. É preciso cavar,

enfrentar problemas, adversidades, riscos de prejuízos, anseios e medos. É preciso

coragem e persistência para buscar até conseguir. Os pessimistas estão, de cadeira,

torcendo pelo fracasso. Se você desistir, eles vão comemorar sua derrota.

1.6.6 Metas

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Para se obter o sucesso, deve-se determinar, traçar um plano, definir data,

fazer declaração e mentalizá-la todo dia e entrar em ação. Não tem erro. Assim se

vence qualquer dificuldade. Às vezes poderemos ter errado na data, por falta da

habilidade, mas não se preocupe, ocupe-se. Vá colecionando pequenas metas. É

vencendo pequenas batalhas que acabamos por ganhar a guerra.

O ciclo do sucesso, é algo que surgiu da prática para a teoria. Toda pessoa

que buscar atingir uma meta será obrigada a trilhá-lo, ainda que inconscientemente.

Agindo assim, o empreendedor terá mais facilidade em atingir suas metas com mais

tranquilidade e rapidez.

1.7 POR QUE OS EMPREENDEDORES FALHAM

O empreendedor imagina-se sempre vencedor, tem sempre uma visão com

vários cenários pela frente. Tem na cabeça, várias alternativas para vencer, quando

eles falham muitas vezes não conseguem mudar o foco se reestruturar e acabam

desistindo aceitando o fracasso. O aumento dramático do risco de fracasso de novos

empreendimentos é tão comum que já pode ser conhecido como “taxa de

mortalidade infantil das empresas” (FILION, 2000). Algumas empresas, antes

mesmos de nascerem, já fracassam. Elevada burocracia, falta de investimentos

governamentais, incertezas quanto a um mercado consumidor profundamente

exigente e o despreparo dos empreendedores são algumas causas apontadas para

esse insucesso. Muitos indivíduos pensam em abrir um negócio diferente de seus

interesses pessoais, tornando-se uma porta para o fracasso. Por exemplo, pensar

em trabalhar no ramo hoteleiro onde o foco na prestação de serviços é o alto grau

de contato com o cliente, sendo que o indivíduo não tem paciência para conviver

com pessoas, o ideal não seria esse tipo de trabalho, pois logo o cliente percebe a

má vontade por parte do atendente, gerando insatisfação e consequentemente a

perda de muitos clientes e fracasso no negócio (HALLORAN, 1994). Além desse

motivo que pode levar uma empresa ao fracasso, há inúmeros outros que devem ser

levados em consideração, descritos alguns deles por Halloran (1994):

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a) O indivíduo pode criar uma ilusão de que outro ramo de atividade seja melhor ou

mais lucrativo do que este no qual ele está inserido, e sem fazer uma avaliação do

novo negócio põe-se a fazer parte desse novo ramo.

b) Deixar de fazer um plano de negócios, fazer uso de informações não-realistas,

não fazer uma análise de localização para a implementação do empreendimento e

não dispor de conhecimentos necessários para uma boa administração de um

negócio pode tornar-se um sério problema mesmo antes da abertura da empresa.

c) Após a abertura deve-se tomar cuidado com os custos e preços para que

mantenham o lucro e que raramente necessite de empréstimos, pois caso precise é

uma dívida a mais que a empresa vai ter que pagar sem reduzir sua receita.

Outro erro que alguns empreendedores cometem é não fazer uma pesquisa

de mercado para conhecer seu mercado-alvo, e se conhecem, muitas vezes acabam

perdendo-os por falta de um bom gerenciamento. Segundo Benevides (2010) um

mau empreendimento na mão de um bom empreendedor pode até ser melhorado e

sobreviver, mas na mão de um mau empreendedor, nem mesmo um ótimo negócio

sobrevive. Por isso o estudo, a pesquisa e o planejamento do negócio são

fundamentais no empreendedorismo. O empreendedor deve estar preparado para

implantar e dirigir com mais segurança seu negócio. Outro aspecto fundamental são

as características pessoais do empreendedor que podem alavancar ou inviabilizar

um projeto.

Porém, além das características e iniciativa do empreendedor, há outros

fatores que impedem ou dificultam a iniciativa empreendedora, tais como falta de

incentivo, políticas, burocracias de toda a espécie, dificuldades para obtenção de

recursos, entre outros. Podemos citar alguns fatores que contribuem para dificultar o

empreendedorismo.

a) O elevado custo do capital e a dificuldade de acesso por parte do pequeno

empreendedor, a viabilização urgente de um mercado de capital de risco (venture

capital) mediante instrumentos legais e fiscais eficazes;

b) O reforço e a disseminação de uma cultura de empreendedorismo, promovida por

instituições diversas como, por exemplo, escolas, universidades e institutos de

tecnologia, o envolvimento dos meios de comunicação, a valorização de

empreendedores modelos, concursos nacionais incentivando a criação de novos

negócios, etc.

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c) Uma ampla reforma tributária, fiscal e legal, que tenha atenção especial à

condição e particularidades do empreendedorismo. Neste item se inclui a

simplificação radical dos trâmites burocráticos para a criação de um novo

empreendimento.

d) A promoção de uma mudança de valores e normas sociais, valorizando de forma

mais incisiva o empreendedorismo e a atividade empreendedora.

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CAPÍTULO II

METODOLOGIA

Este estudo se caracteriza como um ensaio teórico, de natureza exploratória

e visa resgatar elementos que situem o tema no sentido conceitual, evolutivo e

sustentação. O assunto em estudo foi pouco explorado no universo científico, pois

tais estudos têm como meta obter nova percepção do mesmo e descobrir novas

idéias. A abordagem utilizada foi qualitativa, justificando a escolha pela pretensão de

estudar um tema que envolvem seres humanos, suas relações, as mudanças do

mercado empreendedor e a tecnologia.

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CAPÍTULO III

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS

3 Empreendedorismo: Fonte de Novas ideias e pratica da inovação.

Novas ideias são ferramentas fundamentais para começar um

empreendimento. A prática de inovação é o ato de implementar novas ideias,

abrindo novos mercados e gerando resultados econômicos. A busca da inovação é

também, a busca de otimização dos processos, esta é outra ferramenta essencial,

pois é uma peça da estratégia que visa a modernização e vantagem competitiva.

Schumpeter (1959) relata que sem inovação não pode haver

empreendedorismo, pois ela é a base para desencadear crescimento e

desenvolvimento econômico.

Para Dornelas (2005) os empreendedores de sucesso estão sempre atrás de

novas ideias de negócio e oportunidades de mercado por isso ficam sempre atentos

a tudo que ocorre a sua volta. São curiosos, questionadores, criativos e

identificadores de oportunidades. Novas ideias surgem quando a mente está aberta,

para o empreendedor qualquer informação que ele receba pode ser um ponto de

partida para novas ideias e oportunidades para ele se infiltrar no mercado, pois a

informação é o ponto chave para se criar novas ideias e o empreendedor tem o

dever de estar bem informado.

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CONCLUSÃO

O empreendedorismo está cada vez mais presente no mercado de trabalho, e

esse elemento faz a diferença dentro de uma organização seja esta empresarial ou

institucional. O empreendedor arrisca o seu futuro e dos demais que estão à sua

volta e, consequentemente, o futuro do empreendimento.

Este estudo permitiu constatar que o empreendedorismo nada mais é do que

o ato de inovar algo existente ou criar algo novo, como um produto ou um negócio,

assumindo os riscos inerentes ao mesmo. Ele vislumbra uma oportunidade e é hábil

em buscar os meios de agarrá-la (recursos humanos, tecnológicos, financeiros)

fazendo parcerias, atraindo sócios, etc.

Ser empreendedor não é uma qualidade inata. Se a pessoa não apresenta

todas as características que foram citadas, ela precisa desenvolvê-las ou aperfeiçoar

as existentes e tirar proveito delas na hora de abrir o seu negócio ou criar um

produto novo. Porém um negócio é algo complexo, o empreendedor precisa ser

criativo e traçar bem definidamente as suas metas e estratégias. Para alcançá-las

deve-se ter a capacidade, atingindo assim, um alto grau de eficiência na sua carreira

profissional.

O empreendedor para obter sucesso precisa ter algumas caraacterísticas

como ter visão, tomar decisões corretas, explorar as oportunidades, ter muita

dedicação e juntar tudo isso a um plano de negócios, pois planejamento é a alma do

sucesso.

Muitos empreendedores falham porque deixam de fazer planejamento,

pesquisas, estudos, avaliações, controle entre outras atividades importantes para

bom gerenciamento antes, durante e depois da abertura do negócio. E, além disso,

precisa estar preparado, pois abrir um negócio ou simplesmente criar um novo

produto requer persistência, já que no cenário nacional existem vários fatores que o

empreendedor não pode controlar e impõem empecilhos que dificultam a atividade

empreendedora.

Portanto não se deve descuidar de outras competências que se fazem

importantes ao administrar uma empresa. O contexto mostra que o planejamento e a

estratégia são fundamentais para obter a glória. Não basta apenas abrir o próprio

negócio, é necessário uma administração eficaz e eficiente, e uma equipe

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profissional e preparada para dar suporte às atividades da organização e,

consequentemente, alcançar o tão almejado sucesso.

A realização deste trabalho expôs as características exigidas de um

empreendedor. Também foi possível entender que o espírito empreendedor não é

inato, mas pode ser formado seguindo as características específicas, não

necessariamente precisa ter todas as características, sendo possível apenas

destacar e aperfeiçoar as que possui.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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