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Complemento - 1 Central de Concursos 1. Classificação de materiais 1.1. Atributos para classificação de materiais 1.2. Tipos de classificação. Classificação de Materiais É um processo onde se busca reunir os materiais por características semelhantes. Para se obter maior êxito na classificação temos de considerar alguns atributos importantes que são: a) Abrangência – objetiva-se tratar de uma gama de características ao invés de ficar reunindo apenas materiais para serem classificados. b) Flexibilidade – deve ter como escopo a permissão de interfaces entre os vários tipos de classificação, para que se possa obter uma visão holística do ge- renciamento dos estoques. c) Praticidade – a classificação deve objetivar sempre ser direta e simples. Tipos de Classificação 1) Por Demanda a) Materiais de Estoque – Materiais Produtivos; Maté- rias Primas; Produtos em Fabricação; Produtos Aca- bados; Materiais em Manutenção; Materiais Impro- dutivos; Materiais de Consumo Geral. b) Materiais não de Estoque – são materiais de de- manda imprevisível, para os quais não há definição de parâmetros para ressuprimento automático. 2) Materiais Críticos a) Por Problemas de Obtenção – Material Importado; Existência de um único fornecedor; Escassez no Mercado; Material Estratégico; Difícil Fabricação ou Obtenção. b) Por Razões Econômicas – Material de Valor Eleva- do; Material com Elevado Custo de Armazenagem; Material com Elevado Custo de Transporte. c) Por Problemas de Armazenagem e Transporte – Material Perecível; Material de Alta Periculosidade; Material de Elevado Peso; Material de Grandes Di- mensões. d) Por Problemas de Previsão – Material com Difícil Previsão de Utilização. e) Por Razões de Segurança – Material de Reposição de Alto Custo; Material para Equipamento Vital da Produção. 3) Perecibilidade – Não Perecíveis e Perecíveis a) Pela Ação Higroscópica – Sal Marinho; Cal Virgem etc. b) Pela Limitação do Tempo – que possuam prazos de validade – Alimentos; Remédios etc. c) Instáveis – produtos químicos – peróxido de éter; oxido de etileno etc Complemento de Recursos Materiais Técnico Administrativo do MPU - Cód.: 0947 d) Voláteis – Amoníacos e) Por Contaminação pela Água – óleos para transfor- madores. f) Por Contaminação por Partículas Sólidas – graxas. g) Pela Ação da Gravidade – eixos de grande comprimento. h) Por Queda, Colisão ou Vibração – cristais; vidros; instrumentos de medição; etc i) Pela Mudança de Temperatura – selantes para ve- dação; anéis de vedação em borracha; etc j) Pela Ação da Luz – filmes fotográficos; etc k) Por da Atmosfera Agressiva – materiais que so- frem corrosão em contato com a atmosfera (gases e vapores). l) Pela Ação de Animais – grãos; madeira; etc 4) Periculosidade – visa identificar materiais químicos, gases, inflamáveis etc. 5) Possibilidade de Fazer ou Comprar – fazer interna- mente; comprar; decidir por fazer ou comprar; re- condicionar. 6) Tipos de Estocagem – estocagem permanente ou estocagem temporária 7) Dificuldade de Aquisição – fabricação especial; es- cassez no mercado; sazonalidade; monopólio ou tec- nologia exclusiva; logística sofisticada; importações; 8) Mercado Fornecedor – mercado nacional; mercado estrangeiro; materiais em processo de nacionalização. 1.3. Metodologia de cálculo da curva ABC CLASSIFICAÇÃO ABC A curva ABC é um importante instrumento para o admi- nistrador; ela permite identificar aqueles itens que justi- ficam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração. Obtém-se a curva ABC através da orde- nação dos itens conforme a sua importância relativa. Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a sequência dos itens e sua classificação ABC, disso resulta imedia- tamente a aplicação preferencial das técnicas de ges- tão administrativas, conforme a importância dos itens. A curva ABC tem sido usada para a administração de es- toques, para definição de políticas de vendas, estabeleci- mento de prioridades para a programação da produção e uma série de outros problemas usuais na empresa. Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras: Classe A: Grupo de itens mais importante que de- vem ser trabalhados com uma atenção especial pela administração.

d 0947 Tec MPU Complemento Recursos Materiais 20130403

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  • Complemento - 1

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    1. Classificao de materiais1.1. Atributos para classificao de materiais1.2. Tipos de classificao.

    Classificao de Materiais um processo onde se busca reunir os materiais porcaractersticas semelhantes. Para se obter maior xitona classificao temos de considerar alguns atributosimportantes que so:a) Abrangncia objetiva-se tratar de uma gama de

    caractersticas ao invs de ficar reunindo apenasmateriais para serem classificados.

    b) Flexibilidade deve ter como escopo a permissode interfaces entre os vrios tipos de classificao,para que se possa obter uma viso holstica do ge-renciamento dos estoques.

    c) Praticidade a classificao deve objetivar sempreser direta e simples.

    Tipos de Classificao1) Por Demandaa) Materiais de Estoque Materiais Produtivos; Mat-

    rias Primas; Produtos em Fabricao; Produtos Aca-bados; Materiais em Manuteno; Materiais Impro-dutivos; Materiais de Consumo Geral.

    b) Materiais no de Estoque so materiais de de-manda imprevisvel, para os quais no h definiode parmetros para ressuprimento automtico.

    2) Materiais Crticosa) Por Problemas de Obteno Material Importado;

    Existncia de um nico fornecedor; Escassez noMercado; Material Estratgico; Difcil Fabricao ouObteno.

    b) Por Razes Econmicas Material de Valor Eleva-do; Material com Elevado Custo de Armazenagem;Material com Elevado Custo de Transporte.

    c) Por Problemas de Armazenagem e Transporte Material Perecvel; Material de Alta Periculosidade;Material de Elevado Peso; Material de Grandes Di-menses.

    d) Por Problemas de Previso Material com DifcilPreviso de Utilizao.

    e) Por Razes de Segurana Material de Reposiode Alto Custo; Material para Equipamento Vital daProduo.

    3) Perecibilidade No Perecveis e Perecveisa) Pela Ao Higroscpica Sal Marinho; Cal Virgem etc.b) Pela Limitao do Tempo que possuam prazos

    de validade Alimentos; Remdios etc.c) Instveis produtos qumicos perxido de ter;

    oxido de etileno etc

    Complemento de Recursos MateriaisTcnico Administrativo do MPU - Cd.: 0947

    d) Volteis Amonacose) Por Contaminao pela gua leos para transfor-

    madores.f) Por Contaminao por Partculas Slidas graxas.g) Pela Ao da Gravidade eixos de grande comprimento.h) Por Queda, Coliso ou Vibrao cristais; vidros;

    instrumentos de medio; etci) Pela Mudana de Temperatura selantes para ve-

    dao; anis de vedao em borracha; etcj) Pela Ao da Luz filmes fotogrficos; etck) Por da Atmosfera Agressiva materiais que so-

    frem corroso em contato com a atmosfera (gasese vapores).

    l) Pela Ao de Animais gros; madeira; etc4) Periculosidade visa identificar materiais qumicos,

    gases, inflamveis etc.5) Possibilidade de Fazer ou Comprar fazer interna-

    mente; comprar; decidir por fazer ou comprar; re-condicionar.

    6) Tipos de Estocagem estocagem permanente ouestocagem temporria

    7) Dificuldade de Aquisio fabricao especial; es-cassez no mercado; sazonalidade; monoplio ou tec-nologia exclusiva; logstica sofisticada; importaes;

    8) Mercado Fornecedor mercado nacional; mercadoestrangeiro; materiais em processo de nacionalizao.

    1.3. Metodologia de clculo da curva ABCCLASSIFICAO ABC

    A curva ABC um importante instrumento para o admi-nistrador; ela permite identificar aqueles itens que justi-ficam ateno e tratamento adequados quanto suaadministrao. Obtm-se a curva ABC atravs da orde-nao dos itens conforme a sua importncia relativa.Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a sequnciados itens e sua classificao ABC, disso resulta imedia-tamente a aplicao preferencial das tcnicas de ges-to administrativas, conforme a importncia dos itens.

    A curva ABC tem sido usada para a administrao de es-toques, para definio de polticas de vendas, estabeleci-mento de prioridades para a programao da produo euma srie de outros problemas usuais na empresa.Aps os itens terem sido ordenados pela importnciarelativa, as classes da curva ABC podem ser definidasdas seguintes maneiras:

    Classe A: Grupo de itens mais importante que de-vem ser trabalhados com uma ateno especial pelaadministrao.

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    Classe B: Grupo intermedirio.

    Classe C: Grupo de itens menos importantes em ter-mos de movimentao, noentanto, requerem atenopelo fato de gerarem custo de manter estoque.

    A classe A so os itens que nesse caso do a susten-tao de vendas, podemos perceber que apenas 20%dos itens corresponde a 80% do faturamento.(alta rota-tividade).A classe B responde por 30% dos itens em estoque e15% do faturamento.(rotatividade mdia).A classe C compreende a sozinha 50% dos itens emestoque, respondendo por apenas 5% do faturamento.

    2. Gesto de estoquesA gesto de estoque , basicamente, o ato de gerir re-cursos ociosos possuidores de valor econmico e desti-nado ao suprimento das necessidades futuras de ma-terial , numa organizao.Os investimentos no so dirigidos por uma organiza-o somente para aplicaes diretas que produzam lu-cros, tais como os investimentos em mquinas e emequipamentos destinados ao aumento da produo e,conseqentemente, das vendas.

    Outros tipos de investimentos, aparentemente, no pro-duzem lucros. Entre estes esto as inverses de capitaldestinadas a cobrir fatores de risco em circunstnciasimprevisveis e de soluo imediata. o caso dos inves-timentos em estoque, que evitam que se perca dinheiroem situao potencial de risco presente. Por exemplo, nafalta de materiais ou de produtos que levam a no realiza-o de vendas, a paralisao de fabricao, a desconti-nuidade das operaes ou servios etc., alm dos cus-tos adicionais e excessivos que, a partir destes fatores,igualam, em importncia estratgica e econmica, os in-vestimentos em estoque aos investimentos ditos diretos.

    Porm, toda a aplicao de capital em inventrio privade investimentos mais rentveis uma organizao in-dustrial ou comercial. Numa organizao pblica, a pri-vao em relao a investimentos sociais ou em ser-vios de utilidade pblica.A gesto dos estoques visa, portanto, numa primeiraabordagem, manter os recursos ociosos expressos peloinventrio, em constante equilbrio em relao ao nveleconmico timo dos investimentos. E isto obtidomantendo estoques mnimos, sem correr o risco de not-los em quantidades suficientes e necessrias paramanter o fluxo da produo da encomenda em equilbriocom o fluxo de consumo.

    Especificao descrio das caractersticas de ummaterial, para diferenci-lo dos seus similares. Com aespecificao ocorre naturalmente algumas facilidadescomo coleta de preos, que cuidados tomar na hora detransportar, identificao, inspeo, armazenagem e pre-servao dos materiais.

    A descrio dever ser concisa, completa e permitir aindividualizao.A estrutura e formao da especificao devem conteralguns elementos como: Nome bsico; Nome Modifica-dor (termo complementar); caractersticas fsicas; uni-dade metrolgica; medidas; caractersticas de fabrica-o; caractersticas de operao; cuidados com relaoao manuseio e armazenamento e embalagem.

    Codificao a codificao visa facilitar comunicaointerna na empresa no que se refere a materiais e com-pras, evitar a duplicidade de itens no estoque, facilitar apadronizao de materiais e facilitar o controle contbildos estoques.

    Tipos de Codificao1. Codificao Decimal divide os materiais em gran-

    des grupos, de acordo com o campo de emprego,numerando-os de 01 a 99. Os grupos so divididosem subclasses, numerando-os do 001 a 999. E ositens sero identificados tambm de 001 a 999. Ex.:um material adquirido receber a seguinte codifica-o 01 (grupo) 001 (subclasse) 001 (item)ficando assim formatado: 01.001.001

    2. Federal Supply Classification (FSC) sua estrutura composta por 11 dgitos, sendo que os quatro pri-meiros definem o Grupo (dois primeiros dgitos) eClasse (os dois seguintes) e os sete dgitos se-guintes indicam o nmero de identificao, onde ostrs primeiros dgitos significam a unidade de apli-cao e os quatro ltimos indicam a seqncia decadastramento do material. Pode-se criar ainda umdcimo segundo dgito que ser o dgito verificador.

    Gerenciamento de EstoquesFuno do sistema de Administrao de Materiais,que tem como objetivo manter em nveis satisfatri-os economicamente o atendimento s necessida-des em material de qualquer empresa.

    1. Estoques - so os materiais, mercadorias ou pro-dutos de qualquer natureza acumulados para con-sumo posterior, visando atender regularmente asnecessidades dos usurios, permitindo a continui-dade das atividades laborativas.

    2. Consumo material a ser utilizado para atender asnecessidades oriundas da produo, comercializa-o ou para consumo administrativo. O consumopode ser classificado como:

    a) Consumo Regular caracteriza-se por materiaisutilizados significativamente, em quantidade de pe-quena variao entre sucessivos intervalos de tem-po constantes.

    b) Consumo Irregular caracteriza-se por materiais uti-lizados em quantidades aleatrias, por meio de gran-de variao entre sucessivos intervalos de tempo.

    c) Consumo Sazonal caracteriza-se por um padrorepetitivo de demanda em perodos especficos, comconsidervel elevao de consumo.

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    3. Demanda a inteno de consumo e tem comoobjetivo bsico realizar previses atravs de clcu-los tcnicos (estatsticos) com base em uma evolu-o histrica a ser considerada.Formao de Estoque deve ser sempre realizadacom bases em clculos (ndices) tcnicos, mas sa-bemos que a formao de estoque ideal seria zero,ou melhor, a inexistncia de estoques. A quantidadedos estoques est diretamente relacionada a fatoresde influncia, internos e externos, descritos a seguir.

    a) Influncias Internas geralmente ocorrem nos confli-tos de interesses entre produo, materiais e financei-ro. Que so solucionados administrativamente consi-derando-se necessidade de espao para armazena-mento, perecibilidade do material, capital aplicado emsua manuteno, variao da quantidade consumida,disponibilidade imediata e o risco de falta que possaafetar a produo (perda de vendas e de clientes).

    b) Influncias Externas Segurana contra riscos deproduo (paralisaes por greves), cumprimentodos prazos de entrega (distncia dos fornecedorese meios de transportes a serem utilizados) e dispo-nibilidade de mercado (escassez do produto ou ape-nas um nico fornecedor).Polticas de Estoques o ideal almejado porqualquer empresa o estoque zero, transpor-tando para o fornecedor todos os encargos demanuteno dos mesmos.

    a) Just in Time a produo na quantidade necess-ria, no momento necessrio, para atender variaode vendas com o mnimo de estoque em produtosacabados, em processos e matria-prima. O foco prin-cipal do just in time ter somente o estoque necess-rio e melhorar a qualidade tendendo a zero defeito.Considera-se ainda que o JIT emprega conceitossimples para eliminar as perdas e elevar o moral e adignidade dos funcionrios. O JIT um programapara melhora constante do desempenho do empre-gado dentro da manufatura, num meio integrado. uma ao integrada de todos os funcionrios paramelhora continuada do desempenho operacional,mantendo a qualidade e reduzindo os desperdcios.O JIT tem como uma de suas caractersticas, tornarseus funcionrios mais flexveis e polivalentes.O JIT quando aplicado adequadamente, reduz ou eli-mina a maior parte dos desperdcios que ocorremnas compras, produo, distribuio e atividades deapoio produo e de qualquer atividade produtiva.

    b) Kanban tcnica japonesa de gesto de materiaise de produo no momento exato, controlados pormeio visual e/ou auditivo.

    LogsticaA logstica empresarial trata de todas as atividades demovimentao e armazenagem que facilitam o fluxo deprodutos desde o ponto de aquisio da matria prima

    at o ponto de consumo final, assim como dos fluxos deinformao que colocam os produtos em movimento,com o propsito de providenciar nveis de servio ade-quados aos clientes a um custo razovel.a) Atividades Primrias so consideradas ativi-

    dades primrias para a Logstica a parte deTransportes, Manuteno de Estoques e Proces-samento de pedidos, e so considerados aque-les que contribuem com a maior parcela do cus-to total da logstica.

    b) Atividades de Apoio so as atividades adicionais,que do suporte ao desempenho das atividadesprimrias, para que possamos ter sucesso na em-preitada organizacional, que manter e criar clien-tes com pleno atendimento do mercado e satisfa-o total do acionista em receber seu lucro. Essasatividades so: armazenagem, manuseio de mate-riais, embalagem, suprimentos, planejamento e sis-tema de informao.Planejamento e Controle da Produo (PCP) um conjunto de aes inter-relacionadas que obje-tiva direcionar o processo produtivo da empresa ecoorden-lo com os objetivos do cliente; (progra-mao e controle da produo)

    3. ComprasA funo compras um segmento essencial do Depar-tamento de Material Suprimentos que tem pr finalidadesuprir as necessidades de materiais ou servios plane-j-las quantitativamente e satisfaz-las no momento certocom as quantidade corretas, verificar se recebeu efetiva-mente o que foi comprado e providenciar andamento.Compras , portanto, uma operao da rea de materi-ais, muito importante entre as que compem o proces-so de suprimento.

    Em todo sistema empresarial, para se manter um volu-me de vendas e um perfil competitivo no mercado e,consequentemente, gerar lucros satisfatrios, a mini-mizaro de custos deve ser perseguida e alcanada,principalmente os que se referem materiais utilizados,j que representam uma parcela pr demais consider-vel estrutura de custo total.

    Podemos concluir ento que os objetivos bsicos deuma Seo de Compras seriam:

    a) Obter um fluxo contnuo de suprimentos a fim deatender aos programa produo.

    b) Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicadoum mnimo de investimento afete a operacionalidadeda empresa.

    c) Comprar materiais e insumos aos menores preosobedecendo padres de quantidade e qualidadedefinidos.Procurar sempre dentro de uma negociao justa ehonesta as melhores condies para empresa,principalmente em condies de pagamento.

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    3.1. Organizao do setor de comprasIndependente do porte da empresa, os princpios bsi-cos da organizao de compras constituem-se de nor-mas fundamentais assim consideradas: Autoridade para compra; Registro de compra; Registro de preo; Registro de estoque e consumo; Registro de fornecedores; Arquivos e especificaes; Arquivo de catlogos;Completando a organizao, podemos incluir como ati-vidade tpicas da seo de compras:

    a) Pesquisa dos fornecedores Estudo do mercado Estudo dos materiais Analise dos custos Investigao das fontes de fornecimento Desenvolvimento de fontes de fornecimento Desenvolvimento de fontes de materiais alternativos

    b) Aquisio Conferencia de requisies Analise dos cotaes Decidir comprar pr meios de contratos ou mercado

    aberto Entrevistar vendedores Negociar contratos Efetuar as encomendas de compras Acompanhar o recebimento de materiais

    c) Administrao manuteno de estoques mnimos; transferncias de materiais; evitar excessos e obsolescncia de estoque; padronizar o que for possvel.

    d) Diversos fazer estimativa de custo; dispor de materiais desnecessrios, obsoletos ou

    excedentes; cuidar das relaes comerciais recprocas.

    3.2. Etapas do processo

    Operao do sistema de ComprasIntroduoUm sistema adequado de compras tem variaes emfuno da estrutura da empresa e em funo da suapoltica adotada. A rea de compras em empresas

    tradicionais vem a cada ano sofrendo reformulaesna sua estrutura. Em sua sistemtica so introduzidosalteraes com varias caractersticas bsicas parapoder comprar melhor e encorajar novos e eficientesfornecedores. De tempos em tempos esses sistemavem sendo aperfeioado, acompanhando a evoluoe o progresso do mundo dos negcios, mas os ele-mentos bsicos permanecem os mesmos. Entre es-sas caractersticas podemos destacar:a) Sistema de compras a trs cotaes: tem pr finali-

    dade partir de um nmero mnimo de cotaes paraencorajar novos competidores. A pr-seleo dosconcorrentes qualificados evita o dispndio de tem-po com um grande nmero ,de fornecedores dosquais boa parte no teria condio para fazer umbom negocio.

    b) Sistema de preo objetivo: o conhecimento prvio dopreo justo, alm de ajudar nas decises do com-prador proporciona uma verificao dupla no siste-ma de cotaes. Pode ainda ajudar (;s fornecedoresa serem competitivos, mostrando lhes que suas ba-ses comerciais no so reais e que seus preosesto fora de concorrncia. E garante ao compradoruma base para as argumentaes nas discussesde aumentos de preo e nas negociaes de distri-buio da porcentagem.

    c) Duas ou mais aprovaes: no mnimo duas pesso-as esto envolvidas em cada deciso da escolha dofornecedor. Isto estabelece uma defesa dos interes-ses da empresa pela garantia de um melhor julga-mento, protegendo o comprador ao possibilitar revi-so de uma deciso individual. No fosse s estarazo, poder-se-ia acrescentar mais uma: o sistemade duas aprovaes permite que os mesmos este-jam envolvidos pelo processamento da compra, umavez que a sua deciso esta sujeita a um assessora-mento ou superviso.

    d) Documentao escrita: a presena de muito papelpode parecer desnecessria, porm fica evidente quea documentao escrita anexa ao pedido, alm depossibilitar, no ato da segunda assinatura, o examede cada fase de negociao, permite a reviso e es-tar sempre disponvel junto ao processo de comprapara esclarecer qualquer dvida posterior.

    Solicitao de ComprasA Solicitao de Compras um documento que da a au-torizao para o comprador executar uma compra. Sejapara materiais produtivos ou improdutivos ela e sol cita-da para um programa de produo para um projeto quese esta desenvolvendo ou ainda para abastecimento geralda empresa. o documento que deve informar o que sedeve comprar a quantidade o prazo de entrega local daentrega e em alguns casos especiais, os provveis for-necedores. Seguem-se modelos de Solicitao de Com-pras, com e sem ocorrncia.

  • Complemento - 5

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    Coleta de preosA cotao o registro do preo obtido da oferta de diver-sos fornecedores em relao ao material cuja compra foisolicitada. No deve ter rasuras e dever conter preo,quantidade e data do recebimento na Seo de Com-pras; dever ainda estar sempre ao alcance de qualquerconsulta e anlise de Auditoria quando for solicitada. Eum documento que precisa ser manuseado com aten-o; os elementos ai contidos devem fornecer no so-mente ao comprador, mas tambm a qualquer outro osinformes completos do que se est pretendendo com-prar, para que a cotao dada corresponda exatamenteao preo do produto requerido e no surjam dvidas futu-ras pr insuficin-cia de lados ou das caractersticas exi-gidas. Para melhor anlise desses dados, eles podemser transcritos em um mapa que a cpia Fiel das cota-es recebidas, a fim de que se tenha uma melhor visu-alizao, conforme modelo apresentado a seguir. Exis-tem casos em que a empresa utiliza a prpria solicitaode compras para registro da coleta de preos.Ao se fazer uma cotao de preos para determinadoequipamento ou produto, os fornecedores em potencialenviam propostas de fornecimento, que informam pre-o, prazo, reajuste e uma serie de condies gerais queestabelecem. A empresa pr intermedio do compradorfixa tambm diversas condies para o fornecedor. Veja-mos algumas das condies mais usuais que so fei-tas plos fornecedores.

    As propostas ficam sujeitas a confirmao.Os preos indicados so lquidos, para entregas nafabrica.

    Em casos de atrasos na entrega de mercadorias semculpa do fornecedor, as datas dos pagamentos perma-necero as mesmas, como se a entrega tivesse sidofeita na data devida. Se as condies de pagamento,inclusive as relativas ao reajuste de preos, no foremobservadas alem da correo monetria, a ser calcula-da com base nos ndices conjuntural, publicado pelaF.G.V., e proporcional ao atraso ocorrido, o compradorficara sujeito ao pagamento de multa moratria de 1%ao ms sobre as importncias devidas sem necessida-de de qualquer interpelao, judicial ou extrajudicial.Comprador no pode suspender ou reduzir os paga-mentos, baseado em reclama-es no reconhecidascomo procedentes plos vendedores. Se, pr ocasiodo trmino da fabricao, no for possvel o despachodo material, pr motivos alheios vontade do fornece-dor, efetua-se o respectivo faturamento, correndo aarmaze-nagem pr conta exclusiva do comprador.

    Pagamento inicial efetuado pelo comprador mesmo semo envio do pedido traduz a concorrncia tacita do volumedo fornecimento, das caractersticas tcnicas e das con-dies constantes da proposta. Consistindo o pedido emvrias ou diferentes unidades, assiste-nos o direito defornecer e faturar cada unidade separadamente As dupli-catas extradas em conformidade com as condies de

    pagamento ajustados devem ser aceitas nos termos dalegislao em vigor. Um eventual reajuste de preo deve-r ser pago contra apresentao da respectiva fatura.Os prazos de fabricao so geralmente indicados naproposta em dias teis de trabalho, de acordo com aprogramao estimada na data da proposta. portantopara que tenha validade pr ocasio da encomenda, osprazos devem ser expressamente confirmados. O prazode fabricao dever ser contado a partir da data do re-cebimento do sinal e da primeira parcela do preo devenda ou da data de nossa confirmao, pr escrito, dopedido expressamente aceita pr ns.

    O prazo, inclusive para efeito do clculo do reajuste depreo, ficar prorrogado de tantos dias quantos forem osdias da mora no pagamento das prestaes ajustadasou nos casos de qualquer das seguintes ocorrncias:

    Informaes, documentao e esclarecimentospedidos ao comprador, a pes-soas ou entidadesindicadas pelo mesmo comprador, e no respon-didos ou entregues no devido tempo.

    Atrasos pr motivos de fora maior, tais como guerra,revoluo, motim perturbao da ordem, epidemias,inundaes, incndio, exploso greves e de modogeral, geral, acontecimentos fortuitos, alheios von-tade, inclusive falhas de fabricao e impossibilida-de na obteno de matrias-primas.

    Salvo o que diferentemente for estabelecido, a entregado material efetuada na fbrica. O material, uma vezpronto, total ou parcialmente, devera ser retirado logoaps o aviso. Na impossibilidade da retirada do Mesmo,por motivos independentes.

    A vontade do fornecedor, reserva-se o direito de despa-cha-lo ao endereo do comprador, pr sua conta e risco,ou de armazen-lo igualmente pr sua conta e risco,mantendo-o distncia do mesmo, sendo consideradoentregue. Os venci-mentos para efeito de pagamento, socontados a partir da data do aviso de disponibilidade.

    Excees ou modificaes dessas Condies Geraissomente sero vlidas quando forem aceitas por escri-to. Na existncia de condies de compra estabeleci-das pelo comprador, contrrias s condies gerais,prevalecem estas ltimas.

    PEDIDO DE COMPRAO Pedido de Compra um contrato formal entre a em-presa e o fornecedor, devendo representar fielmente to-das as condies e caractersticas da compra ai esta-belecidas, razo pela qual o fornecedor deve estar cien-te de todas as clusulas e pr-requisitos constantes doimpresso, dos procedimentos que regem o recebimen-to das peas ou produtos, dos controles e das exignci-as de qualidade, para que o pedido possa legalmenteser considerado em vigor. As alteraes das condiesiniciais tambm devem ser objeto de discusses e en-tendimentos, para que no surjam dvidas e venha aempresa a ser prejudicada com uma contestao plos

  • 6 - Complemento

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    fornecedores envolvidos. O Pedido de Compra tem for-a de contrato e a sua aceitao pelo fornecedor impli-ca o atendimento de todas as condies a estipula-das, tais como: quantidade, qualidade, freqncia deentregas, prazos, preos e local de entrega. Deve-sealertar o fornecedor para a propriedade dos desenhose marcas exclusivas da compradora e para as implica-es legais dai decorrentes. Cuidados especiais de-vem ser tomados na negocia-o que envolva a enco-menda e a compra de uma ferramenta especfica, evi-tando-se que a mesma no venha a ser fornecida aterceiros. Os pedidos de compra devem sempre serremetidos ao fornecedor pr intermdio de um protoco-lo para o qual se faro registros e controles, conforme omodelo seguinte:Apresentamos um modelo de Pedido de Compra quepoder, dentro de certas especificas, ser til a qualquertipo de empresa. So bastante normais atrasos nosprazos de entrega dos fornecedores, porem esta situa-o deve, na medida do possvel, ser evitada; o com-prador dever manter um acompanhamento constantedesses prazos, comunicando ao fornecedor quando Osatrasos passam a ser significativos. Pr intermdio dosmodelos das cartas seguintes pode-se cobrar o forne-cedor em trs estgios

    bastante comum que no verso do Pedido de Compracada empresa registre as suas condies de compra,que so caractersticas especiais da estrutura de cadaempresa e da sua poltica de Compras. Essas Condi-es poderiam ser de maneira geral as seguintes:

    1. As mercadorias devero ser entregues absoluta-mente dentro do prazo combinado. A no-observn-cia da presente clusula garante-nos o direito decancelar este Pedido de Compra em todo ou emparle, sem qualquer prejuzo de nossa parte.

    2. Todo material fornecido devera estar rigorosamentede acordo com o nosso pedido no que se refere aespecificaes, desenhos etc.,, e sua aceitao condicionada a aprovao de nossa inspeo. Emcasos de rejeio ser colocado a disposio prconta e risco do fornecedor, at sua retirada. Qual-quer despesa de transporte, relativa a materiais as-sim rejeitados, ocorrera pr conta do fornecedor.

    3. Reservamo-nos o direito de recusar e devolver, ascustas do fornecedor, qualquer parcela de materialrecebido em quantidade superior quela cujo for-necimento foi autorizado pela presente.

    4. A presente encomenda no poder ser faturado prpreo mais elevada do que aqueles aqui estabele-cido, salvo prvia modificao e posterior consenti-mento de nossa parte.

    5. No sero aceitas responsabilidades de paga-mentos referentes a transporte, embalagem, se-guros etc., salvo se especificadamente autoriza-dos pela presente.

    6. Qualquer dbito resultante de pagamento prparte do fornecedor sobre transporte, embala-

    gem, seguro etc., quando autorizado, dever sercorretamente documentado junto fatura corres-pondente ao fornecimento feito.

    7. Fica expressamente entendido que o fornecedor serconsiderado estritamente responsvel pr qualquerobrigao ou onus resultante da venda ou fabrica-o de qualquer dos itens deste pedido de compraque viole ou transgrida qualquer lei, decreto ou direi-tos de patentes e de copyright ou marca registrada.

    8. No assumimos qualquer responsabilidade pr mer-cadorias, cujas entregas no tenham sido autoriza-das pr um Pedido de Compra devidamente aprova-do ou que, de qualquer modo, no estejam de acordocom os termos e condies supra-esta-beleci das.

    9. Garanta a possibilidade de novos pedidos respeitandoo estabelecido nos itens acima. Pedimos em beneficiorecproco avisar-nos pr telefone, telegrama ou cartasobre qualquer dilatao que venha a sofrer o prazo deentrega originalmente fixado ou sobre sua impossibili-dade de cumprir qualquer das clusulas acima.Ao receber um produto do fornecedor existem nor-malmente algumas divergncias entre aquilo que foisolicitado e o que efetivamente o fornecedor entre-gou, ou divergncias com qualquer negociao com-binada anteriormente constante no Pedido de Com-pra. Para evitar comunicaes extensas e peridi-cas, lana-se mo de uma carta-padro onde estenglobada todas as irregularidade que porventurave-nham a acontecer Fornecemos, a propsito, ummodelo que pode ser utilizado para este fim.

    Acompanhamento de comprasUm Comprador eficaz deve manter um arquivo onde deveregistrar a vida do produto, controlando todas as fasesdo processo de compra, as variaes de preo, as modi-ficaes das quantidades solicitadas, a indicao de umanova condio de paga mento e as entradas de merca-dorias correspondentes ao pedido colocado. Qualquerfalha nesses registros ou insuficincia de dados podeacarretar uma m performance das atividades de Com-pras. Deve ser mantido atualizado devidamente a hm deser consultado a qualquer momento.

    3.3. Perfil do comprador.

    Comprador de materiais diversosEfetuar e acompanhar pequenas compras de materiais sobsuperviso da chefia da seo; classificar e analisar requi-sies de compras remetidas por outros setores; pesqui-sar cadastro de fornecedores e efetuar coleta de preos;estudar preos e qualidades, optando pelo que obter me-lhores condies; efetuaras compras e controlar a entregados materiais; manter arquivo de catlogos e fornecedores.

    Comprador TcnicoEfetuar compras de materiais especiais de produomediante a superviso e orientao da chefia; classificar

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    e analisar solicitaes de compra; estudar e analisarnecessidades tcnicas; pesquisar cadastro de fornece-dores; preparar concorrncia. analisar informaoes re-cebidas e informar chefia as melhores condies; man-ter e atualizar cadastro geral de fornecedores; assesso-rar as vrias sees com informaes tcnicas; acom-panhar e controlar a entrega dos materiais.

    Comprador de Matria-primaEfetuar compras de matrias Primas utilizadas em urna ouvrias unidades fabris, sob superviso da chefia da seo:classificar analisar solicitao de compra remetidas pr outrosetor; pesqisar cadastro de fornecedores; consultar em pu-blicaes especficas as cotaes dos produtos; organizarpequenas concorrencias; analisar as informaes e opinarsobre as melhores ofertas; providenciar as compras e acom-panhar as entregas das mesmas.

    Auxiliar de ComprasControlar o recebimento de solicitaes de compras eefetuar conferncia dos valores anotados; pesquisararquivo de publicaes tcnicas; elaborar relaes defornecedores para cada material, emitir pedidos de Com-pra; controlar arquivo de catlogos e documentos refe-rentes s compras efetuadas.

    Acompanhador de Compras Follow-upAcompanhar, documentar e fiscalizar as encomendasrealizadas em observncia aos respectivos prazos deentrega; informar ao comprador o resultado doacompanha-mento; efetuar cancelamentos, modificaese pequenas compras conforme determi nao da chefia.

    Qualificao de compradoresMesmo para aqueles mais novos na atividade de com-pras j deve ter-se tornado evidente a importncia dessafuno e o quanto ela interessante. Aos mais antigos noexerccio do cargo deve ter ocorrido a diferena entre afuno de comprador atual e o primitivo Colocador dePedido, que antes somente fazia a entrega de formulri-os preenchidos e assinados, para cuja deciso ou for-malizao em nada tinham contribudo e infludo.

    Antigamente os homens de compras iniciavam-se comoalmoxarifes, aos quais eram delegadas a responsabilida-de de compra de algumas coisas de uso geral na fbricae a acomodao das providncias finais do recebimento earmazenagem de mercadorias. Algumas vezes nem sabi-am que mercadorias eram ou para que se destinavam.

    Possivelmente era um Gerente de Fbrica que enco-mendava diretamente, sem concorrncia, sem pedido,sem solicitao, sem nada, e o comprador era o ltimoa saber, ou seja, ficava sabendo somente na hora dachegada da mercadoria.

    Atualmente o comprador um elemento experiente e afuno tida e reconhe-cida como uma das mais impor-tantes em uma empresa. O padro atual exige que o com-prador tenha timas qualificaes e esteja preparado paraus-las em todas as ocasies. Para conduzir eficazmente

    suas compras, deve demonstrar conhecimentos amplosdas caractersticas dos produtos dos processos e das fa-ses de fabricao dos itens comprados. Deve estar pre-parado para discutir em igual nvel de conhecimento comos fornecedores.O comprador ideal deve saber ouvir atentamente os argu-mentos apresentados pelo vendedor, para depois agirsensatamente. Muitas vezes as razes e opinies apre-sentadas pelo vendedor podero ser bem contra-argu-mentadas, levando a nego-ciao a representar um be-nefcio para a empresa. Assim, uma agressividade bemorientada, pr firmeza de convices leva a um bom ter-mo uma negociao que, a primeira vista, poderia pare-cer de resultado inglrio.Outra caracterstica do bom comprador estar perfeita-mente identificado com a poltica e os padres de ticadefinidos pela empresa, como, pr exemplo, a manuten-o do sigilo nas negociaes que envolvam mais de umfornecedor ou at mesmo quando um s est envolvido.As concorrncias, as discusses de preos e a finaliza-o da compra devem ser orientadas plos mais eleva-dos nveis. O objetivo obter dos fornecedores negci-os honestos e compensadores, sem que pairem dvi-das quanto dignidade daqueles que o conduziram.No caso de a empresa vir a tomar decises que possamafetar as operaes ou influir expressivamente nas rela-es comerciais com o fornecedor, de boa tica e dointeresse de Compras da Empresa que os envolvidos se-jam comunicados rapidamente. E uma atitude que vemreforar a poltica da manuteno de boas relaes e per-mite um planejamento de operaes com vista s ativida-des futuras, sem perdas e estreme-cimentos de relaes.Outro padro a ser seguido o de no restringir a liber-dade do fornecedor, que deve poder discutir em qual-quer nvel da Empresa, para obter esclarecimentos so-bre qualquer aspecto das suas relaes ou que lhe cau-saram dvidas ou surpresas.

    Compradores com boa qualificao profissional fornecems empresas condies de fazer bous negcios; dai vem amaior responsabilidade, constituindo o comprador umafora vital, que faz parte da prpria vida da empresa, pois oobjetivo comprar bem e eficientemente, e com isso aten-der aos objetivos de lucro, uma vez que o departamento deCompras , em igualdade de condies com outras re-as, um centro de lucro. E ser mais ainda um centro delucro quando os fornecedores forem encora-jados a en-frentar novas ideias e novos projetos, dispondo-se a apro-veitar a oportunidade de fazerem novos negcios.

    3.4. Modalidades de compraA compra pode ter dois trmites: normal ou em carterde emergnciaa) Compra normal utilizada quando o prazo for com-

    patvel para obter melhores condies comerciais etcnicas na aquisio de materiais, por meio de to-das as etapas demonstradas no fluxo bsico dacompra (mais vantajosa).

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    b) Compra em Emergncia: ocorre quando a empresafalha na elaborao do planejamento ou no atendi-mento de necessidade oriunda de problemas ope-racionais (perda em vrias etapas fundamentais).

    3.5. Cadastro de fornecedores

    Classificao de fornecedoresPodemos classificar como Fornecedor toda empresainteressada em suprir as necessidades de outra em-presa em termos de: matria-prima; servios; e mo-de-obra.A eficincia de um Departamento de Compras est di-retamente ligada ao grau de atendimento e ao relacio-namento entre o comprador e o fornecedor que devemse os mais adequados e convenientes. Dentro de umaclassificao podermos ter:a) Fornecimento monopolista. Monopolistas so os

    fabricantes de produtos exclusivos dentro do mer-cado; normalmente o volume de compras deter-minado o grau de atendimento e relacionamento.Ocorre tambm na maioria das vezes uma atenobem pequena dos vendedores para seus clientes;so chamados !apanhadores de pedido, porqueno existe uma da venda; o fornecedor conscien-te de seu monoplio. Nesses casos o compradortem de manter o interesse da aquisio.

    b) Fornecedores habituais So normalmente os forne-cedores tradicionais que sem-pre so Consultadosnuma coleta de preos; eles possuem uma linha deproduto padronizada e bastante comercial. Geralmen-te so os fornecedores que prestam melhor atendi-mento, pois sabem que existe concorrncia e queseu volume de vendas est ligado qualidade deseus produtos e ao tratamento dado ao Cliente.

    c) Fornecedores especiais. So os que ocasional-mente podero prestar servios mo-de-obra e atmesmo fabricao de produtos, que requerem equi-pamento especiais ou processos especficos eque normalmente no so encontrados nos forne-cedores habituais.

    Esta classificao bastante genrica e acadmica. exis-te um grau de dependncia nessa classificao que vari-ar de acordo com o grau de necessidade e importnciados produtos a serem comprados, que pode ser direta-mente ligado s Caractersticas do fornecedor, ou Seja:a) se um fabricante, revendedor, ou representante;b) se o produto a ser adquirido especial ou de linha

    nomal;c) se todo o processo de fabricao realizado inter-

    namente no dependendo de terceiros;d) se existem lotes mnimos de fabricao ou inde-

    pendentes das quantidades vendidas

    e) grau de assistncia tcnica ao cliente comprador;f) analise de capacidade de produo e qualidade dos

    produtos fornecidos anterior-mente;g) anlise da procedncia da matria prima e qualidade.Com exceo de fornecedores do tipo monopolista, o De-partamento de Compras deve sempre manterem seu ca-dastro um registro de no mnimo trs fornecedores paracada tipo de material. No recomendvel urna empresadepender do fornecimento de apenas uma fonte, semqualquer alternativa. As inmeras vantagens que esse cri-trio pode acarretar para a rea de Compras seriam: maior segurana no ciclo de reposio de material; maior liberdade de negociao e consequentemente

    um potencial de reduo de preo de compra; maiores oportunidades de os fornecedores se familia-

    rizarem com os nossos com-ponentes e/ou peas.

    Existem algumas situaes em que no h vantagens emtrabalhar com mais de um fornecedor; so os casos dosfornecedores monopolistas, das situaes de produtospatenteados ou de processo de fabricao exclusivo; astolerncias de qualidade do produto que so bastante res-tritas e que, como conseqncia, diminuem a amplitudede fontes de fornecimento, quantidades de compra dema-siadamente pequenas, antieconmicas e operacionalmen-te inviveis; existncia de necessidades de programarentregas, ocorrendo um desgaste muito grande quandose tm vrios fornecedores, no sentido de acompanha-mento e cobrana de entrega. Uma das alternativas bas-tante utilizadas so as alternncias de fornecedores, reci-clando-os a cada determinado perodo.

    Um dos documentos primordiais do Departamento deCompras o Cadastro de fornecedor e a Ficha de mate-rial, quando ento existem condies de escolher o for-necedor ou provveis fornecedores de determinado ma-terial. Atravs desse cadastro e que se realizar a sele-o dos fornecedores que atendam s quatro condiesbsicas de uma boa compra: preo, prazo. qualidade econdies de pagamento.O setor de Compras deve possuir dois tipos de cadas-tro, um pr fornecedor e outro pr tipo de material dosquais apresentamos modelos. O cadastro de fornece-dor rene fichas de diversos fornecedores, especifi-cando o material que fabricam, ou que representam; ocadastro de material so fichas em une se identificamos fornecedores aprovados dos quais se pode adqui-rir A necessidade desses dois cadastros devida asituao em que o comprador desconhece o fornece-dor de determinado produto, nesse ele deve consultaro cadastro de material.

    Uma excelente fonte de informao sobre a performancedo fornecedor e tambm acompanhar as suas entregas,tendo como finalidade registrar as compras efetuadas,os recebimentos, as devolues, as alteraes de preoe condies de pagamento, os cancelamentos e as alte-raes de prazos de entrega.

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    4. Compras no setor pblico4.1. Objeto de licitao4.2. Edital de licitaoCompras no Servio Pblico nas empresas estataise autrquicas, como tambm no servio pblico, as aqui-sies de qualquer natureza, tero que obedecer Lei8.666/93 e 8.883/94.1) Licitao um procedimento administrativo pelo

    qual a administrao pblica, em qualquer de seusnveis, objetivando aquisio de materiais ou servi-os, realizao de obras, alienao ou locao debens, convoca os interessados para apresentaremsuas propostas, para que se possa selecionar a quese revele mais conveniente em funo do preestabe-lecido do Edital de Licitao devidamente publicado.A licitao tem por finalidade propiciar igualdade deoportunidades entre os que desejam contratar coma Administrao Pblica. Toda licitao tem por obri-gao observar os princpios bsicos que so:

    a) Princpio da Igualdade - princpio primordial da lici-tao, este descarta a discriminao entre seus par-ticipantes.

    b) Princpio da Publicidade no pode existir licitaosigilosa.

    c) Princpio da Probidade Administrativa enfatiza ahonestidade de proceder ou a maneira criteriosa decumprir todos os deveres que so atribudos ou co-metidos por fora da lei.

    d) Princpio do Procedimento Formal significa que alicitao est vinculada s prescries legais queregem as frases e atos.

    e) Princpio do Sigilo na Apresentao da Proposta garante a igualdade entre os licitantes no que con-cerne a competitividade.

    f) Princpio da Vinculao ao Instrumento Convo-catrio (edital) significa dizer que a Administra-o e os licitantes ficam sempre adstritos aos ter-mos do pedido ou do permitido no instrumentoconvocatrio (edital).

    g) Princpio do Julgamento Objetivo o julgamentodeve estar apoiado em fatores concretos pedidospela Administrao em confronto com o ofertadopelos proponentes dentro do especificado no edital.

    h) Princpio da Adjudicao Compulsria ao Vence-dor gera ao vencedor o direito subjetivo adjudi-cao, isto , atribuio de seu objeto a que foi clas-sificado em primeiro lugar.

    2) Objeto da Licitao um servio, uma compra, umaalienao, um locao, uma concesso ou umapermisso, nas melhores condies para o PoderPblico. A definio do objeto condio indispen-svel de legitimidade da licitao.Na contratao de Obras e servios conforme legis-lao vigente faz-se necessrio a apresentao deum projeto bsico e um projeto executivo.

    a) Projeto Bsico um conjunto de elementos quedefinem a obra ou o servio que so o objeto dalicitao e que possibilita a estimativa de seu custofinal e prazo de execuo.

    b) Projeto Executivo o conjunto de elementos ne-cessrios e suficiente execuo correta da obraou da prestao do servio.

    3) Obra toda construo, reforma, fabricao, recu-perao ou ampliao, realizada por execuo dire-ta ou indireta.

    4) Servio toda atividade prestada para a Adminis-trao para o atendimento de suas necessidadesou de seus administradores. Exemplos: demolio,fabricao, conserto, instalao, montagens, ope-rao, reparao, manuteno, transporte, comuni-cao ou trabalhos tcnico-profissionais.

    Compra a legislao exige que seja realizada umaadequada caracterizao do objeto da compra e a indi-cao dos recursos financeiros para seu pagamento,adotando, ainda, alm das vantagens semelhantes sdo setor privado, o princpio da padronizao e o siste-ma de registro de preos.

    Edital de licitaoa) Documentao Necessria para cadastramen-

    to a empresa que pretende fornecer bens e ser-vios deve cadastrar-se na unidade administrati-va respectiva, por meio de requerimento. O ca-dastramento realizado mediante a apresenta-o de documentao inerente habilitao jur-dica e regularidade fiscal do interessado, e tam-bm da documentao comprobatria de qualifi-cao econmico-financeira.

    b) Habilitao Jurdica registro comercial (empresaindividual); ato constitutivo, Estatuto ou Contrato So-cial em vigor, e alteraes subsequentes devida-mente registrados na junta comercial, e se for soci-edades annimas, acompanhados de documentosde eleio de seus administradores; inscrio doato constitutivo no caso de sociedades civis; decre-to de autorizao, em se tratando de empresa es-trangeira em funcionamento no pas.

    c) Qualificao Tcnica registro ou inscrio em en-tidade profissional competente, caso no possua oregistro, apresentar declarao em papel timbrado,justificando a inexistncia de tal registro; atestadode desempenho anterior, para cada uma das ativi-dades exercidas pela empresa; indicao das ins-talaes para realizao do objeto do cadastro; indi-cao do aparelhamento tcnico adequado e dis-ponvel; e relao da equipe tcnica da empresa,com indicao do responsvel tcnico, acompanha-da do respectivos currculus.

    d) Qualificao Econmico Financeira Balano pa-trimonial e demonstraes financeiras contbeis doltimo exerccio social; certido negativa de falncia

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    ou concordata expedida pelo distribuidor dasede da pessoa jurdica, ou Certido Negativade Execuo Patrimonial, expedida no domiclioda pessoa fsica.

    e) Regularidade Fiscal Inscrio no CNPJ; InscrioEstadual ou Municipal; Certido Negativa de Dbito(CND), expedida pelo Instituto Nacional de Seguri-dade Social; prova de regularidade com a FazendaFederal, Estadual ou Municipal, do domicilio ou sededo solicitante, oui outra equivalente na forma da lei;Certido de Regularidade de Situao (CRS), doFGTS emitida pela Caixa Econmica Federal.

    5. Recebimento e armazenagemIntermdia as tarefas de compras e pagamento ao for-necedor, sendo de sua responsabilidade a confernciados materiais destinados a empresa.

    5.1. Entrada considerada a primeira fase, representando o inciodo processo de recebimento, e tem como propsito efe-tuar a recepo dos veculos transportadores, procedera triagem da documentao suporte do recebimento eencaminha-los para descarga e efetuar o cadastramen-to dos dados pertinentes para o sistema.a) Na portaria da empresa conferncia primria de

    documentao que objetiva identificar, constatar eprovidenciar, conforme cada caso.

    b) No Almoxarifado conferncia de volumes, confron-tando-se Nota Fiscal do fornecedor com os respec-tivos registros e controles de compra, posiciona-mento do veculo no local exato da descarga, provi-dncias de equipamento e material de descarganecessrios.

    c) Exame de Avarias e Conferncia de Volumes necessrio para apontamento de responsabilida-des. A existncia de avarias constatada por meioda anlise de disposio de carga observando seas embalagens ou protees esto intactas e invi-olveis ou contenham sinais evidentes de quebra,umidade, e outras caractersticas.

    d) Recusa do Recebimento as divergncias consta-tadas devem ser apontadas no conhecimento detransporte e tambm no canhoto da Nota Fiscal,deve-se anotar tambm, no verso da 1 via da NotaFiscal as circunstncias que motivaram a recusa,bem como nos documentos do transportador.

    5.2. ConfernciaConferncia Quantitativa a atividade que verifica sea quantidade declarada pelo fornecedor na Nota Fiscalcorresponde efetivamente recebida, devendo-se optarpor um modelo de conferncia por acusao, no qual oConferente aponta a quantidade recebida, desconhe-cendo a quantidade faturada pelo Fornecedor, conheci-do como princpio da contagem cega. A confrontaodo recebido versus faturado efetuada a posteriori.

    Dependendo da natureza dos materiais envolvidos,estes podem ser contados utilizando-se um dos se-guintes mtodos:a) Manual: para casos de pequenas quantidadesb) Por Meio de Clculo: para os casos que envolvem

    embalagens padronizadas com grandes quantidadesc) Por meio de Balanas Contadoras Pesadoras: para

    casos que envolvem grande quantidade de peque-nas peas, como parafusos, porcas ou arruelas.

    d) Pesagem: para materiais de maior peso ou volume,a pesagem pode ser feita com o veculo transporta-dor sobre balanas rodovirias ou ferrovirias, ca-sos em que o peso lquido ser obtido por meio dadiferena entre o peso bruto e a tara do veculo.

    e) Medio: em geral, as medies so efetuadas pormeio de trenas.

    5.3. Objetivos da armazenagemO objetivo primordial do armazenamento utilizar o es-pao nas trs dimenses, da maneira mais eficientepossvel. As instalaes do armazm devem proporcio-nar a movimentao rpida e fcil de suprimentos desdeo recebimento at a expedio.

    5.4. Critrios e tcnicas de armazenagemA armazenagem pode ser simples ou complexa. Depen-dendo de algumas caractersticas intrnsecas dos mate-riais, a armazenagem torna-se complexa em virtude de:a) fragilidadeb) combustibilidadec) volatizaod) oxidao

    5.5. Arranjo fsico (leiaute)O layout nada mais do que um desenho (projeto), noqual define-se um planta, onde estar definido a ade-quao do local (modificao ou ampliao). O Layout iniciado com a aplicabilidade da elaborao de um pro-jeto, sendo finalizado por sua concretizao.

    6. Distribuio de materiaisA distribuio a atividade por meio da qual a empresaefetua as entregas de seus produtos, estando, por con-sequncia, intimamente ligada a movimentao e a trans-portes

    6.1. Caractersticas das modalidades de transportea) Transporte Rodovirio: destinado a cargas que exi-

    gem prazos relativamente rpidos de entrega;b) Transporte Ferrovirio: destinado a cargas maio-

    res, cujo fator tempo para entrega no ser pre-ponderante;

    c) Transporte Hidrovirio e Martimo: destinado a car-gas cujo tempo de entrega no seja fator prepon-derante;

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    d) Transporte Aerovirio: destinado a cargas, cujo o pra-zo de entrega seja imperioso;

    e) Transporte Intermodal: requer trfego misto, envol-vendo vrias modalidades. O intermodal pode serconsiderado como soluo ideal para atingir locaisde difcil acesso ou de extrema distncia.

    6.2. Estrutura para distribuioPara se realizar uma adequada estrutura para distribui-o deve-se contemplar os seguintes segmentos:a) Depsitos Regionais e de Mercadorias em Trnsito:

    recebimento, armazenagem e expedio de materiais.b) Movimentao de materiais: manuseio interno dos

    depsitos, movimentao interna e externa dos de-psitos e terminais e centros de distribuio.

    c) Transportes e Fretes: determinao de roteiros parautilizao dos servios de transporte da forma maiseconmica e eficiente.

    d) Embalagem e Acondicionamento: embalagens deproteo e acondicionamento, material de embala-gem, servio de carpintaria, mecanizao de emba-lagem e enchimento.

    e) Expedio: preparao de cargas, determinao dascondies de transporte, carregamento, expedioe controle cronolgico das remessas.

    7. Gesto patrimonial

    O ATIVO IMOBILIZADOO ativo imobilizado o total dos bens e direitos neces-srios s atividades empresariais. Tais ativos podemser de forma tangvel: como prdios, mquinas, auto-mveis, etc. interessante ressaltar, que o ativo imobili-zado, classificado tambm nos recursos aplicados ouj destinados, de maneira tangvel, na aquisio de bens.Tal operao, mesmo que no ativa no momento, comoconstrues e importaes, caracterizam este grupo.O Ativo Imobilizado tambm caracterizado nos custosnecessrios para benfeitorias, seja em bens locadosou arrendados. Outro ponto relevante que, caso hajamodificaes ou inverses em bens, de forma perma-nente, mas que no seja para utilizao em operaes,devero ser classificados em outro grupo distinto: o gru-po de investimentos. Tal processo necessrio enquan-to indeterminado a destinao do mesmo.Dentro do total de ativos de um empreendimento, osativos imobilizados que restrito aos ativos tangveis, se-guem algumas caractersticas peculiares.Primeiramente, o ativo imobilizado tangvel, pode ser man-tido por um empreendimento para utilizao na comercia-lizao de mercadorias, ou at mesmo o prprio uso dasmesmas, com possibilidade tambm de locao ou utili-zao em processos administrativos. necessrio tam-bm, que tal ativo caracterstico do imobilizado tangvel,tenha sua utilizao em um exerccio de mais de 1 ano, eque tenha projeo de gerar benefcios econmicos emsua utilizao. O ponto primordial do mesmo, que sejapossvel determinar com segurana o seu custo.De forma geral, os ativos podem ser classificados em duasmodalidades: ativo circulante, ou ativo no circulante.

    Como exemplo de ativos circulantes, temos o dinheiro emcaixa, ou mesmo nos bancos. Temos tambm todos osbens, direitos e os valores a receber desde que estejamdentro do prazo do trmino do exerccio seguinte. Comodefinio de ativo no circulante, temos os recursos apli-cados ao imobilizado ou ativo fixo. Estes que so os in-vestimentos em recursos efetuados de forma permanen-te, que so utilizados pelo empreendimento na realizaode suas atividades. Estes bens tambm podem ser dividi-dos sob duas categorias: bens tangveis e intangveis.Administrao, contabilizao e controle do ativo imo-bilizado A gesto do Ativo Imobilizado feita na maioriadas empresas por uma unidade organizacional que re-cebe geralmente o nome de controle do ativo fixo ouimobilizado. Sua funo registrar, controlar e codificaros bens considerados imobilizados.O controle feito atravs de uma ficha individual quepode ser um arquivo do sistema computadorizado ondese registram os dados (data da requisio, cdigo, valorinicial, prazo de depreciao).

    DepreciaoFenmeno contbil que expressa a perda de valor queos valores imobilizados de utilizao sofrem no tempo,por fora de seu emprego na gesto.Conceitua-se depreciao como sendo a diminuio dovalor dos bens corpreos que integram o ativo perma-nente, em decorrncia de desgaste ou perda de utilida-de pelo uso, ao da natureza ou obsolescncia.

    Administrao e manuteno de imveisUm dos maiores desafios aos gestores atuais (pbli-cos ou privados) a manuteno do patrimnio, atravsdo gerenciamento dos recursos disponveis. A capaci-dade produtiva de uma instalao deve ser preservada,sendo consequentemente mantido o seu valor.Sempre que for constatada a necessidade de qualquerconserto ou reparo,o patrimnio dever garantir que oseu registro patrimonial seja mantido intacto. Caso noseja possvel a reparao ou conserto do bem, por mos-trarem-se inoportunos ou inconvenientes aos interesses,o patrimnio, dever propor a sua baixa patrimonial.

    7.1. Tombamento de bens

    TombamentoO tombamento o ato de reconhecimento do valor cultu-ral de um bem, que o transforma em patrimnio oficial einstitui regime jurdico especial de propriedade, levan-do-se em conta sua funo social.

    O instituto do tombamento coloca sob a tutela pblica osbens mveis e imveis, pblicos ou privados que, por suascaractersticas histricas, artsticas, estticas, arquitetni-cas, arqueolgicas, ou documental e ambiental, integram-se ao patrimnio cultural de uma localidade.O tombamento no retira a propriedade do imvel e nem impli-ca seu congelamento, permitindo transaes comerciais eeventuais modificaes, previamente autorizadas e acompa-nhadas, alm de auxlio tcnico do rgo competente.O processo o conjunto de documentos que constituia fundamentao terica que justifica o tombamento.Deve seguir metodologia bsica de pesquisa e anli-

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    se do bem cultural a ser protegido (monumentos, sti-os e bens mveis), contendo as informaes neces-srias identificao, conhecimento, localizao evalorizao do bem no seu contexto.O ato administrativo que declara e registra o tombamentopode ser feito de ofcio, voluntrio ou compulsoriamente.Limita-se a sada de bens tombados do pas, condicionan-doa prvia autorizao da Unio, Estado ou Municpio. ala ser protegido (monumentos, stios e bens mveis).

    Manutenes Preventiva, Corretiva e PreditivaOs equipamentos de uma empresa (pblica ou privada)constituem parte importante do seu patrimnio, possuemvalores monetrios, portanto, devem ser preservados e dis-ponibilizados, tanto ao cliente externo, quanto ao interno.A manuteno uma das formas mais eficientes de sepreservar esses bens, ou o que eles representam. Te-mos trs formas de manuteno:Manuteno Preventiva: Consiste na execuo de de-terminadas tarefas que visam o aumento da vida til doequipamento, tais como: a troca de leo, engraxamen-to, limpeza etc, de acordo uma programao predeter-minada. A base de informaes sero os manuais deinstalao e operao do prprio fornecedor, e que de-ver ser executada com muita disciplina.Esse tipo de preveno traz a reduo dos custos acurto prazo,diminui as interrupes do fluxoprodutivo,melhora a qualidade dos produtos, pode serprogramada para horrios mais convenientes e implantauma mentalidade preventiva na empresa.Manuteno Preditiva: Monitoramentos constantes deequipamentos ou instalaes atravs de sensores com-putadorizados e controlados a partir de softwares dedi-cados. Trata-se de um investimento caro, por isso so-mente os equipamentos considerados crticos e quepodem causar riscos e danos s pessoas ou empre-sa que recebem esse tratamento.Manuteno Corretiva: tem por objetivo restaurar, recu-perar ou corrigir a capacidade produtiva de um determi-nado equipamento ou instalao que tenha perdido oureduzido essa sua capacidade original.

    7.2. Controle de bensPara se realizar o controle de materiais necessrioprimeiramente realizar a identificao dos materiais quesero utilizados na organizao para que eles no se-jam confundidos em termos de sua utilizao, caracte-rsticas individuais ou quaisquer outros critrios de ge-renciamento. Para isso utilizamos uma numerao se-quencial (pode ser uma codificao alfa-numrica) emplaquetas, etiquetas, carimbos ou relao).O controle fsico geralmente realizado via lanamentoem sistema de controle patrimonial de bens.

    7.3. InventrioInventrio Fsico a realizao de inventrios fsicosrealizados periodicamente, tem por objetivo comparara quantidade fsica e quantidade contabilizada em re-gistros especficos, a fim de eliminar as discrepncias

    que possam existir, entre os valores contbeis, dos livrose dos que realmente existem em estoque.

    Alguns autores consideram dois tipos de inventrios queso: Geral ou Rotativoa) Geral elaborado no fim de cada exerccio fiscal

    de cada empresa, abrangendo a contagem fsicade todos os itens existentes de uma s vez. Geral-mente durante este tipo de operao, faz-se neces-srio a interrupo do processo operacional (fe-chado para balano).

    b) Rotativo feito no decorrer do ano fiscal da em-presa, sem qualquer tipo de parada no processooperacional concentrando-se em cada grupo deitens em determinados perodos (dirio / semanal/ quinzenal / mensal)

    7.4. Alienao de bensConsiste na operao que transfere o direito de proprieda-de do material mediante, VENDA, PERMUTA OU DOAO.

    7.5. Alteraes e baixa de bens

    Baixa PatrimonialAs baixas patrimoniais so caracterizadas pela perdado poder exercido sobre o bem, valor ou direito pelouso intensivo ou prolongado do bem, tornando-o ob-soleto ou acarretando-lhe desgastes, quebras ou ava-rias que no justifiquem mais a inverso de recursospara sua recuperao.A baixa patrimonial somente ocorrer aps a conclusodo respectivo processo e sob total enquadramento nalegislao em vigor.

    EMENDA CONSTITUCIONAL N 72,

    DE 2 DE ABRIL DE 2013

    Altera a redao do pargrafo nico do art. 7 da Consti-tuio Federal para estabelecer a igualdade de direitostrabalhistas entre os trabalhadores domsticos e os de-mais trabalhadores urbanos e rurais.

    As Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Fede-ral, nos termos do 3 do art. 60 da Constituio Federal,promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

    Artigo nico. O pargrafo nico do art. 7 da ConstituioFederal passa a vigorar com a seguinte redao:"Art. 7 ..........................................................................................Pargrafo nico. So assegurados categoria dos tra-balhadores domsticos os direitos previstos nos incisosIV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condiesestabelecidas em lei e observada a simplificao do cum-primento das obrigaes tributrias, principais e aces-srias, decorrentes da relao de trabalho e suas pecu-liaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV eXXVIII, bem como a sua integrao previdncia social."

    Braslia, em 2 de abril de 2013.