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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009...4 Ao definir o que é lixo, não se deve incluir “tudo” o que é descartado como algo sujo, feio e que não tem mais utilidade. Quando se percebe

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

MARIA ILZA ZANDONADI

UNIDADE DIDÁTICA

TRABALHANDO EM SALA DE AULA COM AS QUESTÕES QUE ENVOLVEM O LIXO

ICARAÍMA 201O

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MARIA ILZA ZANDONADI

UNIDADE DIDÁTICA

Material didático apresentado para implementação do projeto de intervenção pedagógica do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional.

Orientadora: MS Glaucia Deffune

ICARAÍMA 2010

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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO IES: Universidade Estadual de Maringá - UEM

PROFESSORA PDE 2009: Maria Ilza Zandonadi

ORIENTADORA: Glaucia Deffune

ÁREA: Geografia

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: A Dimensão Socioambiental do Espaço

Geográfico

TEMA: Resíduos Sólidos

TÍTULO: Trabalhando em sala de aula com as questões que envolvem o lixo.

2 INTRODUÇÃO

Os resíduos sólidos no ambiente são provenientes de uma ação consumista. A

industrialização e o processo tecnológico têm a sua parcela de contribuição,

contribuindo para a escassez dos recursos naturais. Mediante este fato, observa-se

a necessidade de rever atitudes e valores, por meio do reaproveitamento e da

reciclagem, na tentativa de diminuir o consumo de matéria-prima, valorizando a

sustentabilidade do planeta.

A sustentabilidade almejada por todos, está relacionada às práticas adotadas

nos respectivos espaços de vivências. Para que haja uma melhor qualidade de vida

e garantir o futuro do planeta, é necessário despertar a responsabilidade de cada

habitante no meio ambiente. Assim sendo, é importante refletir sobre a problemática

do lixo, revendo questões pertinentes ao estilo de vida dos indivíduos no cotidiano.

Mediante as necessidades de readequações pedagógicas nas práticas da

disciplina de geografia, sobretudo, em relação à problemática da disposição de

resíduos sólidos nas cidades, tema que compõe um dos conteúdos estruturantes da

disciplina (Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico), e, por se tratar de

conteúdos de interesse coletivo e educacional, apresentamos essa unidade didática

como proposta de trabalho. O lixo é um problema inerente a todo município, que

precisa realizar a coleta e depositar em aterro com todas as exigências ambientais

rigorosamente definidas. Os cuidados especiais e preventivos são essenciais, pois

podem provocar sérios riscos à saúde coletiva.

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A proposta envolve a aplicação de questionário e entrevistas e outros

recursos de pesquisa e implementação didática tais como: mapa mental (uso da

percepção), histórias em quadrinhos, observação crítica sobre imagens fotográficas

e oficina de reciclagem. Os referidos recursos e outros encaminhamentos de

pesquisa são norteadores da metodologia de trabalho adotado, desenvolvido

conforme os pressupostos da ciência geográfica.

Acredita-se que não basta conhecer o lugar geográfico, é preciso percebê-lo e

respeitar as restrições inerentes ao meio ambiente, adotando atitudes responsáveis.

Trabalhar a cidade em Geografia permite avaliar a vivência do aluno, contribuindo

com sua formação para a cidadania, possibilitando-lhe a refletir sobre o seu papel

no espaço de vivência.

Deste modo, a presente Unidade Didática tem como objetivo auxiliar

professores do Ensino Básico, que tenham interesse em trabalhar com as questões

que envolvem o “lixo”. Ela deriva do nosso projeto de Intervenção Didática intitulado:

“Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico e os Resíduos Sólidos na cidade

de Icaraíma”. Os encaminhamentos das atividades têm como base a reflexão sobre

a problemática do lixo (resíduos sólidos) fonte desse estudo de caso, e de

intervenção na escola.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É importante destacar o valor da percepção da sociedade sobre o espaço

vivido (natureza) e a responsabilidade de suas ações sobre o mesmo.

Para Neto (2007, p. 24), “ quando jogamos lixo em lugar inadequado, estamos

propiciando um lugar adequado para reprodução de insetos, assim como os animais

domésticos correm o risco de contaminação”.

A relação lixo-rua e disposição em locais causadores de problemas são

defendidas por Rodrigues e Cavinatto (2003, p. 15) da seguinte forma:

Qualquer cidade, por menor que seja, concentra uma quantidade considerável de entulho, o que ocasiona problemas à administração municipal, pois os montes deixados nas calçadas prejudicam as tarefas de varrição, entopem bueiros e se transformam rapidamente em ninho de ratos, baratas e até mesmo escorpiões.

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Ao definir o que é lixo, não se deve incluir “tudo” o que é descartado como

algo sujo, feio e que não tem mais utilidade. Quando se percebe a possibilidade de

reutilização, reciclando grande parte do que é jogado fora, advêm novos conceitos

sobre o que é considerado lixo e o que não é lixo.

Muitas vezes, a forma de percepção acerca do que é lixo, dificulta a ação de

reduzir, reaproveitar e reciclar. Segundo Oliveira (2006):

De acordo com os novos paradigmas e os novos conceitos, vamos substituir a palavra lixo por resíduos sólidos, pois diante de várias teorias, o lixo é colocado como algo sem valor, que não presta, e, no entanto, sabemos que nem tudo que é descartado é produto sem valor, dessa forma, “lixo”, passa a ser denominado de “resíduos sólidos”, onde é considerado lixo, apenas aquilo que é descartado e que não tem valor nenhum. Os vários conceitos utilizados hoje para definir lixo devem levar em consideração a preocupação com o meio ambiente, com o consumo e a reutilização, num contexto da sustentabilidade (OLIVEIRA, 2006, p. 46).

Na década de 1980 aconteceu a primeira expressão do desenvolvimento

sustentável a “União Internacional para Conservação da Natureza”, com a

elaboração de documento específico e objetivos definidos. Diante de tais fatos e

com a necessidade da satisfação básica do ser humano, a Conferência de Otawa

em 1986 envolveu os órgãos internacionais Programa das Nações Unidas Para o

Meio Ambiente (PNUMA), UICN e Fundo de Amparo para Natureza (WWF)

tomassem posição.

Proposto pela Comissão Mundial Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento

(CMMAD) o Relatório de Brundtland deu a definição do desenvolvimento

sustentável, com capacidade para não comprometer as gerações futuras com o

suprimento da geração presente.

De acordo com SORRENTINO [...] “precisamos despertar em cada indivíduo o

sentido de “pertencimento”, participação e responsabilidade na busca de respostas

locais e globais que a temática do desenvolvimento sustentável nos propõe”.

(SORRENTINO, 2005 p.19)

Considerando os aspectos acima tratados essa Unidade Didática tem como

proposta, apresentar vertentes norteadoras aos professores que tenham interesse

de trabalhar esse tema em sala de aula, e algumas sugestões de caminhos a serem

seguidos na ação didática propriamente dita.

Os problemas ambientais perpassam o planeta, sendo visível e percebido

pelas mudanças climáticas, aumento de áreas desérticas, a escassez da água,

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desmatamento, poluição, epidemias, etc. Segundo Sanches (apud FIALHO, 2010, p.

53, [...] “– objeto de estudo da Geografia - é produto da ação humana sobre o

ambiente natural e que todas as questões de ordem ambiental se arranjam como

consequências dessa relação”.

O desenvolvimento de propostas de ensino que tratem das questões sobre:

cidade e área urbana, “promovem a educação para a formação consciente do aluno,

atuante e crítico em relação à transformação do espaço vivido” (SCHÄFFER, 2003,

p.116).

Vivencia-se a necessidade de utilização de novas metodologias e recursos

na educação, principalmente, na disciplina de Geografia. Nesse sentido, cabe à

escola, segundo MÈSZÁRIOS (2007, p.212, apud PARANÁ, 2008, p.15):

[...] incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade de “...uma transformação emancipadora. É desse modo que uma contraconsciência, estrategicamente concebida como alternativa necessária à internalização dominada colonialmente, poderia realizar sua grandiosa missão educativa” (MÈSZÁRIOS, 2007, p.212, apud PARANÁ, 2008 p. 15).

O referente material tem como proposta nortear o trabalho do professor de

geografia quanto à problemática que envolve o lixo nas cidades, tema de relevante

interesse coletivo e educacional, proporcionando momentos de observação, reflexão

sobre o problema do lixo na escala local e global, contribuindo, assim, para

mudanças culturais, viabilizando o resgate da responsabilidade como cidadão crítico

e consciente de suas ações.

4 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

4.1 Oficina 1 – Desenvolvimento e Sustentabilidade

O professor iniciará a aula com base na seguinte questão:

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E o nosso planeta como está?

A Figura 1 abaixo será apresentada aos alunos para ilustrar a aula, levando os a

refletirem sobre a realidade do lixão e dos catadores de lixo.

Figura 1 – Catadores de lixo

Fonte: Disponível em: <www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1>. Acesso em: 21/04/2010

Após, as discussões iniciais e explicações do professor, serão propostas as

seguintes questões aos alunos:

•••• O que é observado?

•••• O que podemos concluir sobre esta imagem?

Será explicado que os resultados das ações humanas podem ser negativos

ou positivos. Portanto, É preciso que as pessoas cuidem das atividades que

desenvolvem e que podem interferir no ambiente.

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Partindo dos resultados produzidos pela ciência e tecnologia pode-se afirmar

que estas proporcionaram comodidade e conforto. Contudo, os resultados deste

processo é a poluição, que causa muitos malefícios, que precisam ser revertidos por

cada pessoa, por meio de mudanças de comportamento. Cada indivíduo deverá

assumir a sua responsabilidade, para que seja possível alcançar resultados positivos

para o futuro do planeta.

Após o trabalho com a definição de resíduos sólidos e de lixo, os alunos serão

levados a refletir sobre os seguintes conceitos:

a) Reflita e dê a sua opinião ao grupo sobre:

•••• O que é lixo?

•••• O que é resíduo sólido?

b) Essa problemática exige uma ampla reflexão sobre os nossos costumes e

atitudes.

•••• E você como está agindo?

•••• Como você observa o que está em sua volta?

•••• Qual é seu papel no espaço onde vive?

•••• O que você consome?

•••• Qual é o destino do lixo de sua residência?

Essa reflexão contribuirá para que os alunos se tornem mais conscientes a

respeito da necessidade de mudanças, principalmente, das nossas atitudes, no dia-

a-dia, em casa, na escola e na natureza.

Será explicado que quando estudamos os nossos antepassados, percebemos

a simplicidade, que viviam e eram felizes. Os recursos naturais eram utilizados

somente para a sobrevivência, e não, para visar o lucro. Na atualidade, o que

prevalece é o consumo desenfreado dos recursos que não são renováveis

rapidamente, e o pior de tudo! Estamos entulhando a superfície da terra com uma

superprodução de lixo, de toda ordem de contaminação e de volume de materiais

descartáveis sobre os ambientes.

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Após as discussões e considerações feitas, serão propostas as seguintes

questões:

•••• E ai? Qual é sua contribuição e atitude diante des ta

problemática?

•••• E na sua cidade quais são os problemas existentes com

relação ao lixo?

•••• -Nas ruas...

•••• -Na escola...

Discutir as questões presentes no texto abaixo:

Cada cidadão deve buscar o Desenvolvimento Sustentável, definido no

Relatório de Brundtland, com capacidade para não comprometer as gerações

futuras com o suprimento da geração presente. O Desenvolvimento Sustentável visa

manter o crescimento, sem provocar destruição na natureza, sendo ela a

mantenedora da vida. No sistema capitalista onde o que conta é o lucro, muitos

produziram explorando a natureza, sem se preocuparem com as consequências

desencadeadas por suas ações. Devemos rever os nossos conceitos, e diminuir os

danos causados no planeta.

Os recursos naturais são retirados da natureza e são utilizados como matéria-

prima, para a fabricação dos produtos. A divulgação é feita pelos meios de

comunicação, estimulando o consumo, e, o aumento da produção de lixo.

O crescimento da economia é o grande vilão dos problemas ambientais, não

adianta falar em desenvolvimento sustentável sem um real comprometimento dos

habitantes, não podemos deixar de produzir, criar, crescer, mas temos que garantir o

futuro dos habitantes da Terra, buscando um equilíbrio entre sociedade e natureza.

4.2 Oficina 2 – O Espaço Urbano e o Consumismo

As questões presentes no texto a seguir serão colocadas para reflexão:

O espaço urbano historicamente desenvolveu-se, tanto no que diz respeito à

área, como em população. O sistema capitalista, os meios de comunicação

(globalização) proporcionam um estímulo ao consumo. Os produtos têm uma menor

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durabilidade e estão sendo revestidos a cada dia por um maior número de

embalagens.

Com isso aumenta a nossa responsabilidade como cidadão, consumidor

consciente, analisando e revendo o que realmente é necessário, assumindo nosso

papel sobre o destino do lixo que produzimos, sabendo para onde vai, os danos que

ele pode causar à natureza e à saúde pública. Reutilizando o quando possível,

separando e destinando para reciclagem, principalmente não jogando lixo em

lugares inadequados como: ruas, bueiros, terrenos baldios, evitando a poluição

visual, proliferação de insetos, doenças e enchentes.

A Figura 2 e 3 a seguir ilustrará a problemática dos bueiros e do

consumismo.

Figura 2 - Bueiros

Fonte: Zandonadi (2010)

Figura 3 - Consumismo

Fonte: <www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1>. Acesso em: 21/04/2010

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Tendo como suporte as Figuras 2 e 3 serão propostas as seguintes

atividades:

•••• Qual é função do bueiro?

•••• Onde jogamos o lixo?

•••• Para que produzimos?

•••• O que produzimos?

•••• O que consumimos?

•••• O que jogamos fora?

Após as discussões acerca das questões propostas acima, os alunos

realizarão a atividade denominada “ Elaborando um Mapa Mental”, conforme Figura

4.

Figura 4 - Mapa Mental

Exemplo: Mapa mental (coleta).

Fonte: Elaborado pela Autora (2010).

•••• Após realizar um percurso pela sua cidade,(rua, esc ola, casa,

etc.), elabore um Mapa Mental, abordando o lixo jog ado em

lugares inadequados.

Nesta imagem observamos a presença da coleta informal, que é uma das formas de coleta do material reciclável.

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Será distribuido aos alunos uma folha fotocopiada, conforme o modelo

abaixo, para que eles redijam uma frase sobre o seu mapa mental.

Escreva uma frase sobre

o seu mapa mental.

Após será sugerido aos alunos que eles façam uma pesquisa sobre a ação do

homem no meio ambiente dentro do processo histórico, tendo como enfoque os

resíduos sólidos. Posteriormente, será organizado um painel, conforme

exemplificado no desenho a seguir:

Tema: Resíduos

Frases curtas

Fotografias ou figuras Desenhos

Tipos de resíduos

Reciclagem

Produtos elaborados

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4.3 Oficina 3 – Resíduos Sólidos

A aula será iniciada explicando aos alunos que a definição de resíduos

sólidos sempre esteve atrelada ao lixo, sendo tudo o que é descartado, considerado

sem utilidade, sem valor. Será explicado que atualmente são utilizados dois termos

como:

•••• Lixo – tudo que descartamos que não pode ser reaproveitado e

nem reciclado.

•••• Resíduos - tudo que descartamos e que pode ser reaproveitado ou

reciclado.

Também, serão trabalhados os tipos de resíduos:

•••• Resíduo Domiciliar – Proveniente das residências, como matéria

orgânica, papel, lata e plástico, etc.;

•••• Resíduo Comercial – Proveniente do comércio, como papel,

plástico e, matéria orgânica, etc.;

•••• Resíduo Público – Oriundo da limpeza da cidade, como podas de

árvores, limpeza de praias, etc.;

•••• Resíduo Especial – Resíduos perigosos oriundos da área da

saúde, indústrias, sendo tóxicos, venenosos e que necessitam de

cuidados no transporte e armanezamento;

•••• Resíduo Industrial – Proveniente das indústrias;

•••• Resíduo da Saúde – Proveniente de hospitais, farmácias e

laboratórios, etc.;

•••• Resíduo Atômico – Perigosos pela elevada radioatividade, e

provocam graves danos à saúde;

•••• Resíduo Agrícola – Derivados das atividades agrícolas, como

fertilizantes e agrotóxicos, resto de colheita, etc.;

•••• Resíduo Espacial – Originários de toda matéria lançada ao

espaço;

•••• Resíduo Radioativo – Provêm das atividades dos reatores

nucleares.

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Os “produtos descartáveis” farão parte do trabalho em aula. Como suporte

para as explicações e atividades a serem desenvolvidas, o professor terá como

apoio o seguinte texto:

Produtos Descartáveis

Houve um aumento da população ao longo do século XX, ocasionando um

crescimento na produção e consumo, gerando uma grande quantidade de

embalagens descartáveis que são uma facilidade no nosso dia-a-dia. Essas

embalagens sem utilidade acabam se tornando lixo, pois ao invés de serem

separadas adequadadamente e encaminhadas para reciclagem são descartadas

com o lixo orgânico ou jogadas fora, nas ruas e terrenos baldios, etc.

Na presente era da tecnologia, defrontamos a cada dia com produtos mais

sofisticados, modelos diferentes, praticidade, tais como: computador, geladeira,

celular, etc. A vida útil dos produtos se reduz a cada dia, como por exemplo, um

produto sai de linha por não ter peça de reposição, virando sucata, sendo reposto

por um equipamento mais moderno. Um outro problema que vivenciamos, é o

descarte de bateria, lâmpadas, e aparelhos eletrônicos, conforme Figura 5.

Figura 5 - Celulares

Fonte: Disponível em: <www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1>. Acesso em: 21/04/2010.

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Reciclar é uma ação cidadã e responsável

A Figura 6 ilustrará os grandes vilões da degradação ambiental e dos

problemas de Saúde Pública.

Figura 6 - Problemas ambientais

Fonte: Disponível em: <www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1>.

Acesso em: 21/04/2010.

Com base na Figura 6 será sugerida a seguinte atividade:

•••• Observe os aspectos abordados na figura 05 e elabore um texto

pertinente aos temas.

Serão discutidos os conteúdos relativos à reciclagem e vantagens de reciclar:

•••• Reciclar : é o uso dos resíduos como matéria-prima, na fabricação

de um novo produto.

•••• Vantagens de Reciclar :

- Economia de Recursos Naturais;

- Redução do consumo de matéria-prima;

- Economia de energia;

- Economia do uso de água;

- Redução da poluição;

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Professor e alunos refletirão sobre as regras dos Erres (R's) do consumo

consciente:

• Reduzir - Constitui-se em verificar tudo que consumimos. É

importante? É realmente necessário?

• Reutilizar - transformar as coisas em algo novo, evitando que virem

lixo. Utilizar lata como porta caneta, vidro como porta alimento,

porta algodão etc. fazer vassouras e puff utilizando garrafas PET,

reformar os móveis, aproveitar os dois lados das folhas de papel,

são algumas idéias de reutilização dos materiais. Reutilizar as

sobras de alimentos para fazer adubo orgânico (compostagem);

• Reciclar - reaproveitamento do que não pode ser reutilizado, sendo

usado como matéria-prima para um novo produto como: plástico,

alumínio, vidro, etc.

Então, como ajudar a natureza?

•••• Reduzindo; Reutilizando e Reciclando;

•••• Não poluindo o meio em que vivemos;

•••• Colocando o lixo no local correto!!!

Após as explicações e reflexões sobre o conteúdo proposto na oficina, será

sugerida as seguintes atividades:

•••• Elaborar uma história em quadrinhos, após observar a

distribuição do lixo no espaço geográfico onde vive (escola, rua, casa, aterro, etc.);

Para a elaboração da história em quadrinhos os alun os utilizarão uma folha dividida em seis partes, como exemplo aba ixo. Para tal, os alunos observarão vários aspectos sobre o lixo; •••• Exemplos: - O lixo jogado na rua, no bueiro, na sala de aula, no pátio da escola, provoca? - Poluição visual; - Doenças; - Proliferação de insetos; - Enchentes. - Reciclagem -Separação do lixo; -Coleta Seletiva.

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Título:............................................ .................................................................................

Autor:...........................................................Série..................................Idade..................

4.4 Oficina 4 – Oficina Artesanal de Reciclagem

Nessa oficina serão desenvolvidas as seguintes atividades:

•••• Confecção de lixeiras para salas de aula: lixeira azul para papel

e lixeira vermelha para plástico, etc.;

•••• Porta lápis, algodão, cotonete;

•••• Brinquedos;

•••• Vassoura e puff elaborados com garrafas pet, etc.

No site disponível em: <http://www.recicloteca.org.br>, o professor poderá

acessar exemplos para trabalhar as oficinas de reciclagem.

4.5 Oficina 5 – Coleta Seletiva

A coleta seletiva baseia-se na separação dos resíduos para a reciclagem.

Assim, o lixo deve ser separado para que possa ser reutilizado como matéria-prima,

sendo usado na fabricação de outro produto. Essa ação deve ocorrer em casa, na

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escola, no trabalho. Enfim, é necessário que o município tenha meios de recolher e

armazenar, tendo controle sanitário, para evitar que ocorram outros problemas como

proliferação de insetos e acúmulo de água.

Para a separação dos resíduos existem em alguns lugares coletores

identificados por cores, onde cada cor comporta um tipo de lixo.

• Azul: utilizada para colocar papel e papelão;

• Vermelha: plásticos;

• Verde: vidros;

• Amarela: metal;

• Marrom: resíduos orgânicos, etc.

Os locais onde não há coletores como em casa, deve-se separar o lixo seco

do lixo molhado, enxaguando para evitar mau cheiro e proliferação de insetos,

abrindo as embalagens e amassando as latas, para diminuir os espaços de

armanezamento e facilitar o transporte. O lixo orgânico (molhado) deve ser usado na

compostagem, transformando os resíduos em adubo.

A Figura 7 ilustra a identificação de cores para utilização em coletores.

Figura 7 - Identificação de cores para os coletores

Fonte: Disponível em: <www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1>. Acesso em: 21/04/2010.

Como exemplo de atividade, com relação à população, o professor sugerirá

um diagnóstico local, que poderá ser realizado de duas formas:

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a) Elaborar e aplicar questionários ao público alvo, para detectar a percepção

que se têm sobre o lixo;

b) Entrevistar os moradores mais antigos e mais recentes da cidade, para

analisar a problemática do lixo.

As seguintes atividades serão propostas para complementar as discussões

sobre a problemática proposta:

• Elaborar um texto informativo conscientizando a comunidade sobre a

problemática do lixo;

• Separação do lixo na escola encaminhando à reciclagem

REFERÊNCIAS

FIALHO, E. S. A geografia escolar e as questões ambientais. Revista Ponto de Vista - Vol.5. Universidade Federal de Viçosa. Disponível em: <www.coluni.ufv.br/revista/docs/volume05/geografia.pdf>. Acesso 29 de mar. 2010. NETO, J. T. P. Gerenciamento do lixo urbano aspectos técnicas e op eracionais. Viçosa, MG: Ed. UFV, 2007.

OLIVEIRA, N. A. S. A Percepção dos resíduos sólidos (lixo) de origem domiciliar, no bairro Cajuru - Curitiba-Pr: Um olhar reflexivo a partir da Educação Ambiental. Dissertação de Mestrado - Departamento de Geografia da UFPR. Curitiba, 2006. (160 paginas).

ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS. Nosso Futuro Comum . Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1991. p. 01 a 26.

PARANÁ- Secretaria de Educação do Paraná – Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Geografia – Governo do estado do Paraná: SEED, Curitiba, 2008.

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19

RODRIGUES, F. L.; CAVINATTO, V. M. Lixo: de onde vem? Para onde vai? 2. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2003.

SCHÄFFER, N. O. A cidade nas aulas de geografia . In: CASTROGIOVANNI, A. C.; et al. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 4. ed. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2003, p. 111-118.

SORRENTINO, M. Desenvolvimento sustentável e participação: algumas reflexões em voz alta. In: LOUREIRO, C. F. B.; LAYRARGUES, P. P.; CASTRO, R. S. de. Educação ambiental: repensando o espaço da cidadania. São Paulo: Editora Cortez, 2005, p. 15-21.

Sites consultados:

<lexturisticanova.blogspot.com/.../o-conceito-de-desenvolvimento.html>. Acesso em: 25 de abr. 2010.

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